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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | 1 DE MAIO DE 2015 | EDIÇÃO 167 Uma doação constante Mães comunitárias

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Uma doação constanteMães comunitárias

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Por Kátia Bortolini e Janete Nodari

Janete Nodari

las geraram filhos biológicos e “adotaram” muitos outros mais. Elas são mães comunitárias, por coordenarem entidades de Bento Gonçalves que atendem crianças e adolescentes. Nada é obstáculo para chegarem às instituições em que atuam, dedicando horas de seus dias a crianças carentes, não só de bens materiais, mas principalmente, de

afeto. Confira as entrevistas com Eliana Casagrande Lorenzini, Elisiane de Barros Smalti e Isabel Clecir Aires da Fonseca, representando aqui as “mães comunitárias” de Bento Gonçalves.

Mães comunitárias

Coordenadora Executiva da Asso-ciação Bento-gonçalvense de Convi-vência e Apoio à Infância e Juventude (Abraçaí), Eliana Casagrande Lorenzini, mãe biológica de Leandro e Giovana. É “boadrasta” e avó postiça de quatro filhos e seis netos.

Integração da Serra - A entidade atende crianças e adolescentes em situação de vul-nerabilidade social no contraturno escolar. Quantos são? De que forma a Abraçaí contri-bui com a formação deles?

Eliana - Estamos com 230. Eles vêm com cinco anos e meio e a partir deste mês de maio, através de uma parceria com o SENAI, poderão ficar até os 17 anos, como jovens-aprendizes. Eles têm acesso à música e à informática, entre outros aprendizados. Educamos para a vida e mostramos o caminho profissional. Dizemos que aqui é a outra casa deles.

Integração da Serra - Quantas “mães” se en-volvem na acolhida a esses jovens?

Eliana - Várias. A maioria é mulher. Temos as educadoras, as cozinheiras, as que fazem a limpeza. Por exemplo, as nossas cozinheiras fa-zem todos os dias o almoço, com amor, que só as mães têm para oferecer.

Integração da Serra - Diante desta realida-de, você se considera, mãe a mais?

Eliana - Sim, claro. Somos responsáveis por estas crianças. Todos aqui se sentem um pouco mães. A maioria dos nossos jovens, quando che-gam à entidade, nos abraça. Somos muito aco-lhedoras. É muito boa essa relação afetiva. Claro que, se acontecer algo em relação a se sentirem mal, por exemplo, chamamos os responsáveis.

Integração da Serra - Eles se apegam a vo-cês?

Eliana - Sem dúvidas, porque somos a se-gunda família. Alguns vêm chorando, não sa-bemos o porquê. Conversamos e eles acabam

Coordenadora da Associação Inte-grada do Desenvolvimento do Down (AIDD) e do projeto social “Jiu Jitsu para Todos”, núcleo Escola Estadual Imacula-da Conceição, Eliziane de Barros Smalti, mãe biológica de Bianca e Brenda

Integração da Serra - Qual é a missão

da AIDD e como funciona o projeto Jiu Jitsu para Todos?

Eliziane - A AIDD acolhe crianças, jovens e adultos com Síndrome de Down e seus familiares, prestando apoio na estimulação precoce dos pequeninos, no acompanha-mento escolar, e na interação com a socie-dade. Na nossa sede, estamos atendendo 30 pessoas portadoras de Síndrome de Down. Também coordenamos o projeto Jiu Jitsu para Todos, na Escola Estadual Imaculada Conceição, com a participação de 45 alunos, com idade entre 7 e 14 anos. Com eles, tra-balhamos o lema da academia Garra Team, de honra, moral, lealdade, humildade e res-peito ao próximo. Também vinculamos o es-porte ao rendimento escolar e ressaltamos a questão da disciplina, dentro e fora do tata-me.

Integração da Serra - Como você inter-

preta o seu trabalho na AIDD e o no projeto de Jiu Jitsu?

Eliziane - Acredito que tudo que ofe-recemos é importante para o acréscimo do bem-estar emocional, tanto para quem rece-be quanto para quem oferece.

Integração da Serra - Como vocês aju-dam a criar cidadãos para o mundo?

Eliziane - Quando trabalhamos com pessoas portadoras de deficiência, seja ela qual for, temos que prepará-las para enfren-tar as diversidades, seja o preconceito, seja a busca dos direitos. Nossa missão acaba se tornando um pouquinho mais fácil quando conseguimos juntar as duas atividades. Cos-

Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal

contando o problema. Assim é todos os dias. O que nos sensibiliza é, ao final do ano, quando os pais e os responsáveis vêm agradecer o que estamos fazendo pelos filhos deles. As crianças mudam. É gratificante.

Integração da Serra - Como a entidade se mantém?

Eliana - Nos mantemos através de repas-ses do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (Comdica) e de contribuições de pessoas físicas e jurídicas e com a captação de recursos para a musicalização, através da Lei Rouanet. Também promovemos eventos para a arrecadação de fundos. No dia 19 deste mês, comemoramos dez anos do evento Eles na Passarela, com um grande desfile, no Pavilhão E do Parque de Eventos de Bento Gonçalves. Na passarela estarão 140 homens. A comuni-dade nos ajuda muito. Queremos agradecer.

Integração da Serra - O que mais a grati-fica no dia a dia à frente da Abraçaí?

Eliana - Mais gratificante é quando a crian-ça chega e agradece por estar aqui. Para as mães que trabalham na entidade e que inclusi-ve têm os filhos aqui, para aquelas que não são mães, mas têm os filhos do coração na Abraçaí, dizemos obrigada por se dedicar a esta cau-sa. É uma causa nobre. O amor dedicado aos filhos naturais e de coração fazem a diferença por um mundo melhor.

Eliana Casagrande Lorenzini com um grupo de crianças da Abraçaí Eliziane de Barros Smalti rodeada pelas crianças da AIDD e do projeto Jiu Jitsu para Todos

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Líder e Coordenadora de Comunidade da Pastoral da Criança da paróquia São Ro-que, Isabel Clecir Aires da Fonseca, repre-sentando as líderes da Pastoral da Criança da paróquia Santo Antônio, Marlene Colle-one e da Pastoral da Criança da paróquia Cristo Rei, Iolanda dos Santos. Isabel é mãe biológica de Eliane e Patrícia e avó de Thuany, Luany e Ágatha.

As pastorais atuam com gestantes e crianças de zero a seis anos. Em Bento Gonçalves, cerca de sessenta líderes das pastorais das três paróquias, atendem hoje cerca de 280 crianças e 60 gestantes.

A Pastoral da Criança, organismo de Ação Social da Confedera-ção Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é uma organização comu-nitária de atuação nacional e internacional, que tem seu trabalho baseado na solidariedade humana e na partilha do saber.

Integração da Serra - Qual o principal objetivo da Pastoral da Criança?Isabel - O desenvolvimento integral das crianças, desde a concepção

até os seis anos de idade, a partir de ações preventivas, que fortaleçam a integração entre família e comunidade.

Integração da Serra - Por ser líder, como você atua?Isabel - Atuamos em nossas próprias comunidades. No meu caso, Lote-

amento Zatt. Busco maneiras de melhorar a realidade. Recebo orientação, através de reuniões com as demais líderes e por meio do Guia do Líder da Pastoral da Criança. Vou fazendo visitas mensais, acompanho o desenvolvi-mento da criança desde a gestação até os seis anos.

Integração da Serra - Quantas crianças são atendidas na sua área de atuação?

Isabel - Na Comunidade São Roque, cerca de 100 crianças.

Integração da Serra - Você se sente bem recebida?Isabel - Sim, as crianças ficam felizes em me ver. No começo, eu iden-

tifico as crianças menores de seis anos e as gestantes. Depois faço o ca-dastramento. Eu acompanho a família em ações básicas de saúde, higiene, nutrição, espiritualidade, educação e cidadania.

Integração da Serra - Qual o retorno desse trabalho?Isabel - Nosso trabalho é voluntário. É um trabalho de amor. É um olhar

diferente para as crianças do meu bairro. Mensalmente, promovemos o Dia da Celebração da Vida, no qual fazemos a avaliação do desenvolvimento das crianças. Vemos se elas estão no peso adequado para a idade. Na oca-sião, partilhamos um lanche nutritivo. As informações sobre essas avalia-ções mensais são enviadas para a nacional da pastoral, em Curitiba, que nos orienta sobre como proceder com as crianças que estão com o peso abaixo das expectativas.

Integração da Serra - Uma mensagem.Isabel - Que as mães tentem dedicar mais tempo aos filhos. Sei que não

está fácil, porque elas precisam trabalhar. Também quero dizer que precisa-mos de mais líderes comunitários. Outro dia, fazendo convite para as pesso-as ajudarem, eu ouvi, quanto se ganha para fazer este trabalho? É uma doa-ção constante. Eu cuido das crianças como se fossem meus próprios filhos.

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tumo envolver as crianças do Concei-ção com as atividades da AIDD. Desta forma consigo trabalhar a inclusão social, o respeito às diferenças e a res-ponsabilidade social, fortificando o nosso lema. No último 21 de março, Dia da Conscientização da Síndrome da Down, reunimos as crianças com as do projeto para a distribuição de folhetos alusivos à data. A ação nos encheu de orgulho porque pude per-ceber que nosso objetivo está sendo alcançado, que nossas crianças estão no caminho certo.

Integração da Serra - Quantas

mulheres envolvem esta acolhida, entre entidade e projeto?

Elisiane - Cerca de 70 mães ou responsáveis.

Integração da Serra - Você se considera mãe a mais?

Eliziane - Não sei se seria esta a expressão, mas quando me pergun-tam quantos filhos eu tenho, digo, duas biológicas e 75 por escolha!

Integração da Serra - Como se

mantém a entidade e o projeto?Eliziane - A AIDD está se man-

tendo com recursos captados através de ações junto à comunidade, como

rifas, pedágio solidário e comer-cialização de produtos em es-paços comunitários. Neste ano, ainda não recebemos o repasse de verbas do Conselho Munici-pal da Criança e do Adolescente (COMDICA), perdendo a presta-ção de serviços de profissionais da área da saúde, por falta de pa-gamento. Também estamos sem secretária. A nossa foi remaneja-da e estamos no aguardo de ou-tra pessoa cedida pelo município. Já para o projeto, a Escola Imacu-

lada Conceição cede o espaço e faz a compra de alguns quimonos com recursos do programa federal Escola Aberta. Ajuda muito, tendo em vista que o valor dos quimonos é elevado e as crianças estão em fase de cresci-mento. A Academia Garra Team doou os tatames e as camisetas e os profes-sores do núcleo são voluntários.

Integração da Serra - Qual a

maior dificuldade nesta missão?Eliziane - Para os dois casos, a

maior dificuldade ainda é a financei-ra, tanto para a manutenção da AIDD, quanto para que possamos possibili-tar aos atletas do projeto a oportuni-dade de disputar mais campeonatos. A equipe se mantém há três anos no pódio do campeonato gaúcho. No dia 8 deste mês viajo para o Rio de Janeiro, com os monitores e quatro alunos que se sobressaíram em notas escolares, em busca do título brasilei-ro. Vinculamos as participações deles em campeonatos ao rendimento es-colar. Para ter uma ideia sobre a difi-culdade financeira, estamos pagan-do as despesas para participar desse campeonato desde o último mês de janeiro, com a colaboração de amigos e apoiadores, e ainda falta R$ 600,00 para quitar o restante da estada.

Líderes comunitárias da Pastoral da Criança São Roque: Isabel da Fonseca (centro), Ana Maria Fronza, Eronilce Fernandes, Cleusa dos Santos e Lurdes Cyis. Na foto ao lado, pesagem de uma criança

Dia da Celebração da Vida, onde as crianças partilham lanche nutritivo da Pastoral

Eliziane de Barros Smalti com as filhas Bianca e Brenda

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DistribuiçãoGRATUITA ANO 13 | Nº 167 | ABRIL/MAIO 2015 | www.integracaodaserra.com.br

Editorial

É dia de quê?

Página 9

Página 3

Slow Food presente na região da Serra Gaúcha

Especial Mães:“Amor sem medida”

Segunda-feiral G.O. Sagrada FamíliaIgreja Matriz Santo Antônio, 20hl G.O. Santa RitaComunidade Santa Rita, 19h30minl Pais orando pelos filhosAssociação Servos de Maria, 13h30min

Terça-feiral G.O. Fé e VidaIgreja Matriz São Roque, 14h

Quarta-feiral G.O. Santo AntônioAuditório da Igreja Santo Antônio, 14hl Terço para homensIgreja São Luís, bairro Glória, 19h30min(somente na 2ª semana de cada mês)

Quinta-feiral G.O. Servos de MariaAssociação Servos de Maria, 14hl G.O. São LuísIgreja São Luís, bairro Glória, 19h30minl G.O. N. S. de CaravaggioIgreja N.S. Caravaggio, Tamandaré, 19h30l Adoração ao Santíssimo SacramentoAssociação Servos de Maria, das 8 às 14h

Sábadol G.O. Jovem nas Asas do EspíritoAssociação Servos de Maria, 20hl Adoração ao Santíssimo SacramentoIgreja São Luís, 18h - 4º Sábado

LOCAIS DE ORAÇÃO

Apoio:

Na redação do Jornal Integração da Serra, é comum ouvir-se essa pergun-ta. Seja para alimentar as redes sociais com as datas comemorativas, ou para as pautas das edições impressas. Chegamos ao quinto mês do ano, com respostas para a pergunta acima. O mês de maio é lindo. Tem homenagem às mães gera-doras de vida e condutoras do amor. Na entrevista da Sobrecapa, o que move as “mães comunitárias”, expressão que estamos usando, nesta edição, para definir mulheres que dedicam parte de seu tempo para trabalhar com crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social ou portadoras de deficiência. Também, nas páginas 8 e 9, as mães são homenageadas com reportagem sobre o amor incon-dicional que vai além.

No caderno Mosaico, um triste fato histórico contrapõe a lindeza do mês. O articulista Rogério Gava relembra os 70 anos da bomba atômica. Ainda na edição de maio de 2015 destacamos arte, cultura, música, saúde e muito mais. Aha! Leia também, sobre o movimento Slow Food, página 3. Uma forma de se voltar às ori-gens, valorizando a calma, o simples, a terra, o alimento, quem o produz e quem o manipula. Boa leitura!

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Página Dois2 Jornal Integração da Serra | 1 de maio de 2015

Os artigos publicados com assinatura são

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do Jornal. Suas publicações obedecem ao

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRAPeriodicidade: MensalTiragem: 12.000 exemplaresCirculação: Na primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves,Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos.Propriedade: Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda.Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374Redação/Revisão: Janete Nodari e Rodrigo De MarcoÁrea Comercial: Moacyr Rigatti e Sinval Gatto Jr.Administrativo: Aline Festa

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Espaço do Leitor

Rua CobertaOscar Biasin

A rua coberta, ideia sugerida por mim, há mais de dez anos, para o centro da cidade, não na forma que está projetada, cobertura fixa, mas, meus moldes seriam de uma cobertura móvel para realizar um evento dentro de um crono-grama aprovado pela sociedade e, findo este evento, abre-se a cobertura e li-bera-se a circulação de veículos até chegar a vez do próximo evento, já agenda-do. Portanto, todos estariam informados por um bom período de tempo sobre o que iria acontecer na rua coberta e programarem-se antes de cada evento. Sabe-se pela imprensa que o prefeito Pasin autorizou licitar a execução da rua coberta sobre a rua Rolando Gudde, no bairro Planalto, atrás do Hotel Dall ‘On-der. Não menos de cem por cento da população de Bento, que usa o sistema viário da cidade com veículo, a pé, de bicicleta, reclama da situação atual do trânsito. Várias pessoas usam espaços de rádio, jornal e televisão para fazer suas reclamações dos problemas que enfrentam e exigem do governo municipal soluções urgentes.

Então, você que é um reclamante, junte-se a mim, e reaja contra esta de-cisão do prefeito em construir a rua coberta na rua Rollando Gudde, pois esta é a única rua que poderá – e já deveria – ser utilizada para formar um sistema binário com a rua Herny Hugo Dreher, já totalmente saturada. Saiba você que este projeto de circulação já está pronto e é de conhecimento do prefeito e não lhe custou nenhum centavo. É urgente que esta obra seja relocalizada para que a cidade não tenha mais este prejuízo na circulação de veículos.

Quero parabenizar o Jornal Integração da Serra pela excelente e bem conduzida entrevista com o escritor Anastácio Orlikowski. Parabéns!Ladis T. Rodrigues, via email

O Jornal Integração da Serra, de Bento Gonçalves, edição 166, de 1 de abril, apre-senta uma entrevista sensacional com o artista plástico Anastácio Dietrich Orliko-wski. Um porto-alegrense que hoje reside em Pinto Bandeira, na Serra Gaúcha e, no decorrer dos próximos dias, quero ter o privilégio de conhecer. Parabéns pela ex-celente matéria. Luz, Paz, Saúde, Trabalho e Sucesso Constante. Fiquem com Deus.Voltencir Fleck, via facebook

Foto do Leitor

Esse cacto é conhecido como Dama-da-noite. Pertence ao gênero Epiphyllum. Suas flores somente abrem à noite, porque os insetos que realizam a sua polinização são de hábito noturno. O leitor Laurindo Zanin fotografou o momento. Que show!

Foto da Redação

O tucano estava no pátio do Jornal Integração da Serra bicando os caquis. Conseguimos o flagrante, depois de dias ”no bico” do visitante. Conforme biólogos, essa espécie é nativa e alimenta-se de frutas e voltou a ser vista com mais frequência na cidade, devido à preservação.

Sinval Gatto Jr

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1 de maio de 2015 | Jornal Integração da Serra Modo de Vida 3

Por Janete [email protected]

O Slow Food, movimento iniciado na Itália em 1989, em contraposição ao fast food e ao modo de vida ace-lerado, tem adeptos em Bento Gon-çalves, Garibaldi, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Carlos Barbosa. Mo-radores desses municípios integram a Convivium Primeira Colônia Italiana Slow Food, instituída em 2013, com o objetivo de articular relações com produtores, fazer campanhas para proteger alimentos tradicionais, or-ganizar degustações e palestras, en-corajar os chefs a usar alimentos re-gionais, cultivando o gosto ao prazer e à qualidade de vida no dia a dia.

Agora, o Slow Food é uma orga-nização ecogastronômica interna-cional, sem fins lucrativos, mantida pelos próprios membros, comprome-tida em mudar a forma como o ali-mento é produzido e consumido. O movimento busca contrastar o ritmo frenético da vida atual, o desapareci-mento das tradições culinárias locais, o interesse cada vez menor das pes-soas pela comida, pela origem e sa-bor dos alimentos. Também objetiva esclarecer como as escolhas alimen-tares podem ter impacto no mundo. A associação conta com mais de 100 mil associados de 150 países, conju-gando o prazer e a alimentação com consciência ambiental e responsabili-dade social.

A líder do Convivium Slow Food Primeira Colônia Italiana, Ivane Fá-vero, conta que acompanhava o movimento Slow Food pelo mundo

Chef Rodrigo Bellora cultiva horta orgânica no Vale dos Vinhedos

Slow Food: movimento presente na região através da Convivium Primeira Colônia Italiana

Frutas e flores da regiãoCozinhando como se fosse para a família, a proposta é criar pratos saudá-

veis, com alimentos de plantações orgânicas, também adquiridos com os pro-dutores. Bellora cria pratos com frutas e flores da estação. “Cada dia tem um diferencial. Aqui, até as flores são comestíveis. A água que servimos é de uma fonte localizada a poucos metros do restaurante. O ecossistema tem que estar funcionando. Eu sou corresponsável pelo que o agricultor está produzindo. Se eu não usar agrotóxicos será bom para o meu vizinho também. Além disso, recuperamos a forma tradicional de cozimento. O pão, as sobremesas, tudo é artesanal,” salienta ele. O matambre que vai ao forno por oito horas, por exem-plo, numa temperatura de 80 a 100º elucida o fato.

tentando associar-se, mas não con-seguia, pela falta de um convivium na região. “Em 2013, a Luana Tusset, bento-gonçalvense que vive na Itá-lia, me procurou perguntando se eu tinha interesse no movimento. Com a ajuda dela foi instituído o Convivium Primeira Colônia Italiana, trazendo o movimento Slow Food para a região,” acrescenta. Ela salienta que qualquer pessoa física pode se associar e par-ticipar das ações. “Este ano, além de trabalharmos com o projeto “Edu-cação para o Gosto”, tivemos a felici-dade de, mais uma vez com a ajuda da Luana Tusset, construirmos um “gemellaggio” com o Convivium Ter-ritori Del Cesanese, que fica próximo a Roma. Disto resultará uma viagem

de intercâmbio, onde 15 integrantes de nosso Convivium serão recebidos na Itália, conhecendo suas melhores práticas, ligadas à filosofia do Slow Food, “acentua.

A Slow Food Primeira Colônia Ita-liana é composta por várias pessoas físicas, entre elas proprietários de restaurantes de rotas turísticas da re-gião. É o caso do chef Rodrigo Bello-ra, proprietário do Restaurante Valle

Rústico, no Vale dos Vinhedos, que segue o conceito à risca. “Nós somos um estabelecimento slow food, valo-rizamos o tempo de estar à mesa e o alimento bom, limpo e justo: alimen-tos livres de agrotóxicos, cultivados de maneira sustentável,” afirma. As frutas, verduras e temperos são co-lhidos no dia do preparo. “O objetivo desta filosofia de vida é servir o que nasce na natureza,” ressalta.

Líder do Convivium Slow Food Primeira Colônia Italiana, Ivane Fávero

Arquivo Pessoal

Janete Nodari

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Entidades4 Jornal Integração da Serra | 1 de maio de 2015

A equipe do Projeto Orchestra Brasil, uma parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exporta-ções e Investimentos (Apex-Brasil) e o Sindmóveis Bento Gonçalves que promove as exportações de forne-cedores da indústria moveleira, con-cluiu a seleção de projetos de desig-ners brasileiros que vão compor uma coleção destinada à promoção da diversidade dos designers de moveis brasileiros no mercado de Nova York. Denominada Design Challenge, essa ação de posicionamento contou com o suporte de três consultores norte--americanos e vinha sendo desenvol-vida desde o ano passado, resultando em uma coleção composta por 40 produtos de 17 designers.

O Design Challenge integra o pla-no de negócios criado pelo Orchestra Brasil para a inserção competitiva do design brasileiro no mercado norte--americano. Como próxima etapa, os consultores contratados acompanha-rão os designers do projeto, agora prestando consultoria individual para a prospecção de oportunidades de negócios, com assessoria para licen-ciamento e abordagem a canais de vendas nos Estados Unidos.

O objetivo dessa ação foi propor-cionar experiência aos designers no desenvolvimento de produtos ade-quados às preferências do consumi-dor dos Estados Unidos, mas capazes

O Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG) promove os cursos de Marketing Estratégico e Balanced Scorecard (BSC) nos dias 18 e 19 de maio. O trei-namento em marketing é destinado a gestores de empresas com foco em potencializar o resultado por meio do desenvolvimento de estratégias de marketing orientadas para o mer-cado e será ministrado por Andreia Gentilini Milan, das 18h às 22horas, na sede da entidade. O investimento é de R$ 190,00 para associados e R$ 380,00 para não associados.

No programa constam temas como: desafios estratégicos de ma-rketing; estratégia e cultura organiza-cional; organizações orientadas para o mercado; análise estratégica de

Consultores norte-americanos contratados para assessorar os designers na criação de seus produtos

CIC promove cursos sobre MarketingEstratégico e Balanced Scorecard

ambiente, tendências, mercado atual e potencial; e planejamento, plano e marketing estratégico. A instrutora Andreia Gentilini Milan é graduada em Comércio Internacional pela Uni-versidade de Caxias do Sul, com MBA Executivo Empresarial pela Fundação Dom Cabral, Post-MBA pela Kellogg School of Management e mestranda da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Atualmente é consulto-ra com experiência em marketing na-cional e internacional.

Já o curso BSC acontecerá das 18h30min às 22h30min e tem como público-alvo executivos em geral, gerentes, diretores, presidentes de empresas e profissionais das áreas de planejamento estratégico, finanças e controladoria, performance e qua-

lidade, TI, orçamento, e demais inte-ressados. O investimento será de R$ 170,00 para associados e R$ 340,00 para não associados. Melissa Poletto, engenheira de alimentos, especialista em Administração de Produção e Ma-teriais e MBA em Auditoria, Perícia e Gestão Ambiental, será a facilitadora do tema e terá como objetivo forne-cer conhecimento sobre a ferramenta e o seu alinhamento com as estraté-gias da organização de forma a iden-tificar as formas de monitoramento do atingimento das metas.

Confirmações podem ser feitas até 14 de maio pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (54) 2105-1999, com Denise. Cancela-mento de inscrição só será feito com antecedência de dois dias úteis.

Brasileiros criam coleção de móveis para EUA

de expressar o design brasileiro. O presidente do Sindmóveis, Henrique Tecchio, explica que o intuito era de-senvolver uma identidade de marca e ampliar a percepção mundial do design brasileiro. “O papel do Sind-móveis e da Apex-Brasil é ajudar a de-senvolver um modelo de negócio vi-ável e sustentável para os designers”, afirma.

O Projeto Orchestra BrasilO Projeto existe desde 2006 e

promove a inserção competitiva de fornecedoras do setor moveleiro no mercado internacional. Destina-

do a fabricantes de acabamentos, acessórios, ferramentas, máquinas, matérias-primas, químicos e tecnolo-gia, a partir 2012 incluiu também os serviços de design. Atualmente, par-ticipam dessa ação 73 indústrias e 50 estúdios de design de todo o Brasil.

Estúdios selecionados para a coleção: Alfio Lisi, Bernardo Senna, Bold, Edu Bortolai, Fix Design, Galli-na Visentini, Girona, Indio Da Costa A.U.D.T, Lattoog, LEO Romano, Ma-meluca, Marta Manente, Marton, NDT, Projeto3, Quadrante Design, Sergio Fahrer.

Divulgação Sindmóveis

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Empresas 51 de maio de 2015 | Jornal Integração da Serra

A franquia Nella Pietra Pizza Ben-to Gonçalves, inaugurada em 2013, apresenta ao público o alto padrão de qualidade das pizzas artesanais Nella Pietra, com opção de borda recheada sem custo adicional. As iguarias ela-boradas em forno à lenha e servidas na pedra oferecem ao público expe-riências gastronômicas únicas. Na Nella Pietra é possível degustar um intercâmbio de sabores, com diversas tendências culinárias como a Pizza Champs-Élysées que leva pomodoro pelati italiano, mussarela, presunto cru, queijo Brie e ervas de Provence; até receitas que exaltam a grande va-riedade de sabores regionais como a pizza Terroir Serra Gaúcha preparada com queijo serrano, queijo colonial, copa suína, pomodoro pelati italiano e orégano.

A unidade foi projetada para pro-porcionar conforto ao consumidor com iluminação indireta, móveis de demolição, cores quentes e decora-ção elegante, com capacidade para 120 pessoas. A franquia também está equipada com uma adega climatiza-

Sabores da nossaterra em fatias

Alesi Ditadi

Daiane De Toni

da, com capacidade para armazenar cerca de 300 garrafas. A carta de vi-nhos reúne rótulos selecionados ex-clusivamente para o público de Ben-to Gonçalves, levando a assinatura do sommelier internacional, embaixador do vinho Chileno no Brasil e diretor da rede Nella Pietra, Fabio Centenaro.

Seguindo o objetivo de propor-cionar experiências únicas, nesse Dia das Mães a rede lança a campanha: Registre o Amor pela sua Mãe com a Nella Pietra que convida os filhos a postarem fotos com a mãe usando a #maeenellapietra. A foto seleciona-da ganhará um jantar para os filhos comemorarem com sua mãe. Além disso, em todas as quintas-feiras de maio os consumidores que apresen-tarem o cartão fidelidade da rede, ga-nham 25% de desconto na conta.

Na Nella Pietra Bento Gonçalves o público desfruta, também, de de-livery gratuito para degustar a sua Nella Pietra. Saboreie em cada fatia experiências únicas, na rua 15 de No-vembro, Esquina Herny Dreher, 08 - São Bento, fone 54 3452-4000.

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Social / Moda6 Jornal Integração da Serra | 1 de maio de 2015

ModaRecortes da

RodrigoDe [email protected]

Social

Repr

oduç

ão

Um novo estilo ganha as ruas do mundo todo. Como não poderia ser diferente uma nova gíria é usada para ilustrar esse conceito da moda. Analisando sites e blogs, é notável a valorização de peças largas, deixando, no cabide, roupas mais justas. A aposta no confortável e, de certa forma, desapegado chega com gás total.

A novidade é embalada pela palavra “hobo”, originária do inglês e que significa “vagabundo”. A expressão é atualmente usada para designar aquele estilo extremamente despojado, onde não existe tanta preocupação estética. É o fa-moso estilo “largado”, despretensioso e relaxa-do adotado em sua maioria por homens jovens

Presidente da ExpoBento 2015, Laudir Miguel Piccoli, Cassiane Lotes e o diretor de Serviços da feira, Mauri Demarchi, no lançamento dos shows nacionais

Jeferson Soldi

A alegria dos noivos Juraci Spinelli e Edevaldo Vieira da Silva, no casamento realizado na Capela das Neves, Vale dos Vinhedos, na manhã

do dia 11 de abril, com festa na Vinícola Marco Luigi

Foto Leyser

“Hobo”: tendência das ruasCalça de moletomSim, finalmente elas voltaram a ser ten-

dência e ninguém vai mais julgar você por sair assim de casa. Mas, é claro, o bom-sen-so segue valendo: entenda que ela conti-nua sendo uma peça bastante casual, então pense duas vezes antes de usá-la em uma ocasião mais formal. Para incrementar no estilo é possível jogar uma camiseta mais larga e uma jaqueta de couro. Na verdade o estilo da jaqueta é indiferente, o importan-te é ficar descolado.

e modernos. Tal atitude com a vestimenta é complementada com um certo desleixo com os cabelos e a barba que dá ares de mendigo aos adeptos do estilo hobo.

Dentre as características principais do esti-lo hobo está a sobreposição de peças, sem ne-cessariamente ser associada à preocupação em combiná-las bem.

Os jeans rasgados, os tecidos puídos, os tricôs, os moletons e os tecidos manchados e desbotados também são frequentes nos looks, que apresentam, em sua maioria, peças largas e confortáveis, bem como acessórios como bonés, cachecóis e gorros.

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JaneteNodari

[email protected]

1 de maio de 2015 | Jornal Integração da Serra 7

SocialMesa ao vivo

Entre as atrações da ExpoBen-to 2015, nos dias 4, 5 e 6 de junho, acontece o Mesa ao Vivo. Reno-mados chefs participam com pra-tos típicos da região e muita cria-tividade. O Mesa ao Vivo fará da área vinícola da ExpoBento uma grande aula-show de enogastro-nomia.

André Pellizzari Fotografia

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Foto

grafi

aAndré Pellizzari clicou modelos e misses da região para o

Editorial Noivas, com cabelo e maquiagem de Andréia Salão Boutique e vestidos M.Blanc

A mãe Mariane Quevedo Saldanha

com seu lindo Felipe

Patrimônio Histórico No próximo dia 21 de maio,

às 19h, as arquitetas Marilei Piana Giordani e Margit Arnold Fenter-seifer ministram Palestras sobre o Patrimônio Histórico Bento Gonçalves - 140 anos da Imigra-ção Italiana, na Casa do Filó Villa Michelon. O evento é promovido pelo COMPAHC e Circolo Trentino Bento Gonçalves.

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Comportamento8 Jornal Integração da Serra | 1 de maio de 2015

Integração da Serra - Qual o tempo que dedica aos quatro patas?

Elisa - Se eu fosse responder com uma frase, diria, dedico aos anjos de quatro patas o tempo que for neces-sário para o bem-estar deles, porém vou estender-me na resposta, para que as pessoas entendam o que é ser voluntária e optar pelos animais. Há 16 anos dedico parte do meu tempo ao voluntariado pelos animais, indis-tintamente, incondicionalmente, ao socorro de maus tratos, à conscienti-zação do quanto eles também fazem parte do nosso planeta, portanto, que precisamos desenvolver a compai-xão também pelos animais, vegetais e todos os seres vivos, além de nós, humanos. Quando me perguntam: Porque não cuidar de crianças, idosos e deficientes? Devolvo a pergunta: Tu dedicas o teu tempo voluntariamen-te a quem? Vou citar a filosofia de tra-balho voluntário, que há mais de 40 anos a famosa atriz Brigitte Bardot, sempre afirma: “Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de lutar por crianças, por deficientes e por idosos. Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem defender-se!”

Integração da Serra - Como é ser mãe de quatro patas?

Elisa - Ser mãe, na maioria das vezes, é amar e dedicar-se aos filhos, educando-os para a vida. O amor li-berta, portanto, manipular, sufocar e sentir-se dona deles, não é amor. É posse. Com os animais e quase igual, pois eles também necessitam sentirem-se amados. Isso significa protegê-los, alimentá-los, dar-lhes carinho e socorrê-los sempre que

No próximo dia 17 de maio ocorre na Serra do Rio Grande do Sul mais um encontro regional da grande Família Bortolini. O palco do evento, promovido com o apoio da Associação Família Bortolini (AFB), é o salão comunitário da Linha Torino, interior de Carlos Barbosa.

A programação inicia às 10 horas, com re-cepção aos familiares e prossegue às 11 horas, com missa na Capela Nossa Senhora da Saúde. Ao meio-dia, almoço com sopa de capeletti, pien, carne lessa, massa, galeto, carne suína e bovina, mais saladas e pães. Após, momentos culturais e de integração, com a apresentação do Grupo Sertanejos de Cristo. Ingresso RS 35,00.

Encontro Regional da Família Bortolini

Contatos: Ademar Bortolini (54) 8124.6590 | 3462-1983 Kátia Bortolini (54) 9974.3579 | 3454-2018

Quando o instinto maternal vai além

Cães adotados pela protetora voluntária Elisa

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O CTG GAUDÉRIO SERRANO com sede na Rua Carlos Gomes, 39, bairro São Roque, em Bento Gonçalves/RS, através de seu patrão Sr. Adelino Osório Omizzollo que no uso de suas atribuições previstas no estatuto da entidade convoca seus associados em ple-no gozo de seus direitos para a ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, a realizar-se em 22/5/2015, às 19h30min em primeira chamada com a maioria de seus associados e, em segunda chamada, às 20h com qualquer número, para deliberarem conforme pauta a seguir:

1) ALTERAÇÃO E APROVAÇÃO DA REFORMA DOS ESTATUTOS.

Bento Gonçalves, 7 de maio de 2015.

ADELINO OSóRIO OMIzzOLLOPatrão

A mãe e avó Elisa Schein Wenzel Luzzatto, residente em Pinto Bandeira sabe bem administrar essas funções em seu dia a dia. Seu instinto maternal vai além. Ela dedica seu tempo e seu amor também “aos anjos de quatro patas”, como ela mesma diz.

A protetora voluntária de animais concedeu esta entrevista. Confira.

necessário. A diferença entre filhos e filhos de quatro patas é que os fi-lhos devem ser estruturados emo-cionalmente para seguirem sua vida independentemente de nós. Com os animais, principalmente os animais domésticos, não é assim, eles neces-sitam que não os abandonemos nun-ca, pois isso seria condená-los a maus tratos, à fome, à sede e à crueldades inenarráveis. Adotar a compaixão, também pelos animais, é uma atitu-de divina! Jamais vou compreender por que grande número de pessoas, que estão sempre nas igrejas, são tão cruéis e indiferentes com o sofrimen-to dos animais.

Integração da Serra - Quantos

são? Você os adotou quando e por quê?

Elisa - Desde criança, em nossa casa, sempre tivemos cães e gatos. Nunca imaginei casa sem bichos. Evidentemente, não seria de admirar que eu viesse a ser uma cuidadora

de animais – cães e gatos –, além de sempre ter sonhado ter cavalos, dos quais gosto tanto, e que aprendi a andar com eles, na casa de meus tios, que os tinham. Minha casa, desde que me dediquei ao voluntariado de proteção animal, há 16 anos, foi sem-pre “casa de passagem”. Isto significa que a ONG, da qual eu fazia parte em Garopaba, socorria, recolhia, tratava, castrava, os voluntários ficavam com esses animais até que os mesmos fossem adotados. Por mim passaram dezenas e dezenas de animais, po-rém, aqueles mais emocionalmente sofridos, que não se adaptavam em lares cujos adotantes não lhes tives-sem um incondicional amor e com-preensão, voltavam, pois não con-seguiam superar os traumas pelos quais passaram, então foram ficando. Agora tenho em casa 14 cães (12 ca-delas e dois cães), todos castrados, e uma gata, a Esperança, que está com 16 anos e não foi afetada pelos enve-nenamentos que os outros gatos so-freram. Acho que foi até coincidência com o nome, pois o diz o ditado: “A esperança é a última que morre!”

Integração da Serra - Mais con-siderações.

Elisa - Sou protetora convicta, porque sigo o que apregoo, porque os animais despertam a compaixão que existe dentro de nós, porque se não fosse a energia do bem que eles transmitem não teria superado as vi-cissitudes que a vida me apresentou. Sou eternamente grata aos animais por tudo o que me ensinam e pela compaixão que despertaram em mim, tornando-me uma pessoa me-lhor. Do médico alemão que dedicou sua vida aos animais e ao povo afri-cano, Albert Schweitzer: “O homem só encontrará a paz quando estender seu círculo de compaixão a todos os seres vivos!”

Integração da Serra - Uma men-sagem.

Elisa - Parabéns às mães dos an-jos de patas, especialmente às mães protetoras! “Adotem a compaixão, adotem um bicho de rua, vocês resol-vem a vida deles e eles melhoram a sua!”

Elisa Luzzatto com os netos e a cadelinha Lolalolita

Janete Nodari

Arquivo Pessoal

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Mês das Mães 91 de maio de 2015 | Jornal Integração da Serra

O aniversário de 18 anos de Júlia Rafaela Maciel dos Santos, no último dia 1 de março, reuniu a família, avós, padrinhos, amigos e teve bolo com decoração diferenciada. A mãe Már-cia da Costa Maciel, 38 anos, conta que uma amiga confeccionou o en-feite: “a boneca Júlia em uma cadeira de rodas.“ “Para comemorar o aniver-sário, Júlia fez cabelo e maquiagem, estava muito feliz,“ acrescenta Márcia. No dia a dia, a jovem portadora de necessidades especiais, gosta mes-

“Ela é o anjo de luz que Deus confiou a mim”mo é do colo da mãe e do pai, Valmir Francisco dos Santos.

Amor sem medida

No terceiro mês de gravidez, Márcia descobriu que havia contra-ído um vírus que ocasionaria diver-sas sequelas na criança. Júlia nasceu com microcefalia, uma condição neurológica rara, em que a circunfe-

rência da cabeça é menor do que o normal. Portadores dessa doença são mais frágeis. Precisam de cuidados constantes, porque os pulmões e a coluna ficam enfraquecidos. Confor-me Márcia, a filha apresenta atraso nas funções motoras e de fala, mas possui entendimento total do que acontece ao seu redor. “Ela ama víde-os de músicas. Assiste comigo os da internet,” relata. Márcia, que ajudava a

mãe a cuidar de um irmão com para-lisia cerebral, vê como missão o zelo com a filha em tempo integral. Para ela, a filha Júlia dá uma lição de vida. “Aprendi e aprendo todos os dias o que é um amor de verdade, infinito. É ela que me ensina e cuida de mim, me tornando uma pessoa melhor. Ela é minha filha, amiga e o anjo de luz que Deus confiou a mim. Um amor sem medida.”

Arquivo Pessoal

Júlia comemorando aniversário com os pais, avós e amigos

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Saúde10 Jornal Integração da Serra | 1 de maio de 2015

Por Rodrigo De [email protected]

Um copinho para a coleta do sangue da menstruação, lavá-vel, hipoalérgico, antibacteriano e ajustável ao corpo. Essa é a descrição do coletor menstrual, recurso existente na Europa desde a década de 30, no Brasil, ainda desconhecido pela maioria das mulheres. No país, o produto, que dura de cinco a dez anos, é encon-trado apenas em sites específicos, com um custo que varia entre RS 70,00 a R$ 155,00

“Quanto tempo o absorvente leva para decompor na natureza?“ Essa indagação induziu a bióloga Ca-roline Castro de Melo, de 28 anos, a descobrir na internet, há cinco anos, o coletor menstrual. “O dispositivo é a alternativa ideal para a mulher que pensa na preservação ambiental e na saúde do corpo. Os absorventes pos-suem produtos químicos que há lon-

A visão da ginecologista A ginecologista Simone Regina Vaccaro, 39 anos, que clinica em Porto

Alegre, no bairro Moinhos de Vento, tomou conhecimento do dispositivo através de duas pacientes. Ambas, segundo ela, satisfeitas com o uso. “Até agora, nenhum representante de laboratórios visitou a clínica para apre-sentar o coletor”, acrescenta.

A médica, embasada em pesquisas, afirma que o uso dos coletores não é recomen-dado para virgens e pós-par-turientes. Ela diz que para os demais casos, o dispositivo é seguro. “Não há caso descrito de síndrome do choque tóxi-co, geralmente ligado ao uso de absorventes interno”, infor-ma. Na avaliação da médica, é interessante dobrar parte do coletor para o posiciona-mento correto do dispositivo no canal vaginal, evitando desconforto e vazamento. Ela acrescenta que, na retirada, pode ser usada a mesma téc-nica. Simone observa ainda que outra alternativa para evi-tar a contato com substâncias químicas existentes nos ab-sorventes são os similares or-gânicos, biodegradáveis, pro-duzidos inicialmente por uma empresa inglesa.

Coletores menstruais: práticos e ecológicos

go prazo podem prejudicar a saúde da mulher”, salienta.

A bióloga revela que, em dias de fluxo menstrual intenso, lava o cole-tor a cada seis horas. Caroline acres-centa que após a utilização, é essen-cial a esterilização do produto, com álcool ou fervura. Segundo ela, o uso do dispositivo elimina parte do odor desagradável porque o sangue não fica em contato com a pele. O coletor é comercializado pela internet nos ta-manhos P, M e G. Para quem pratica esporte, existe a opção de um coletor mais rígido.

Mais confortável O coletor menstrual gera cer-

ta desconfiança por parte das mu-lheres brasileiras, por ser novidade. Esse medo, segundo a universitária Elisa Rossi Kemmer, 22 anos, pode ser superado através de pesquisa na internet. Ela usou pela primeira vez o coletor da menstruação há cerca de um mês e já aponta vantagens em re-lação aos absorventes. “Ele não deixa

cheiro e é mais confortável. Também é indicado para quem tem alergia aos absorventes”, afirma.

Elisa tomou conhecimento dos coletores numa página do face cha-mada “coletores brasil-menstrual cups”, em que as adeptas trocam in-formações sobre o uso desse dispo-sitivos. “É interessante conversar com

pessoas que usam há algum tempo”, comenta. A relação da mulher com o próprio corpo, na visão da universitá-ria, é muito restrita. “Ainda estamos presas há opiniões machistas que causam inibições sobre assuntos re-lacionados ao nosso corpo. A própria menstruação é vista como vergo-nhosa em algumas culturas”.

Simone Regina Vaccaro, ginecologista

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Rodrigo De Marco

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Saúde1 de maio de 2015 | Jornal Integração da Serra 11

O que éCPAP afinal?

AlexandrePressi

Médico Pneumologistae Especialista em Sono

Do último mês de março até ago-ra, 1530 meninas, de 9 a 11 anos, mo-radoras de Bento Gonçalves, foram abrangidas pela Campanha Nacional de Vacinação contra o HPV (Papiloma Vírus Humano) doença sexualmente transmissível mais comum no mun-do. A informação é do coordenador do setor de imunizações da Secreta-ria Municipal da Saúde, enfermeiro Maichel Manfredini. Ele diz que servi-dores das Unidades Básicas de Saúde estiveram nas escolas de suas áreas de abrangência aplicando as vacinas. Acrescenta que agora a campanha continua nas unidades até serem abrangidas em torno de 1630 meni-nas, perfazendo 80% do grupo. “A campanha está sendo positiva. Esta-mos perto de atingir o objetivo. Além disso, o processo foi de grande valia

CPAP é uma sigla em inglês cuja tradução significa PRESSÃO DE AR POSITIVA NAS VIAS AÉREAS.

Ele é utilizado para o tratamento de pacientes com Roncos durante a noite e com Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS).

Este aparelho simplesmente “empurra” ar dentro dos pulmões e evi-ta que as vias aéreas se fechem durante o sono. Não se utiliza medica-mento dentro dele e normalmente também não Oxigênio.

É importante desmistificar o seu uso pois no primeiro contato o pa-ciente se assusta e fantasia de forma negativa sua utilização. Ele é muito bem tolerado e quando bem adaptado proporciona um sono tranquilo e reparador, eliminando 100 % dos roncos e um acordar com disposição e energia.

Grande parte dos seus usuários são homens, obesos e tem mais de 50 anos, porém pacientes jovens e magros também podem desenvolver a doença assim como mulheres após a menopausa.

Os benefícios de seu uso são incontáveis e incluem melhor qualida-de de vida eliminando a hipersonolência diurna, os bocejos, reduzindo a face cansada e “inchada”, melhora o controle do diabetes e da hiper-tensão e os paciente sentem-se uma década mais jovens. O desempe-nho e o poder de concentração no trabalho e ao dirigir, além do humor, também melhoram de forma significativa. Ao contrário do que muitos imaginam (“como vou dormir com meu companheiro (a) usando esse aparelho, como ele (a) vai sentir atração por mim?”), ele melhora a vida do casal, proporcionando um dormir junto, sem roncos e aumenta o es-tímulo e desempenho sexual. A longo prazo, reduz de forma significa-tiva o risco de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.

Rua 13 de Maio, 581 - Salas 114/115 - CentroBento Gonçalves - Fone (54) 3454.1652

Vacina contra o HPV em Bento foiaplicada em mais de 1500 meninas

para a integração entre escolas e uni-dades de saúde”, salienta Manfredini.

O enfermeiro lembra que a vaci-na é válida também para os meninos. Acrescenta que clínicas particulares oferecem o serviço. Ainda conforme Manfredini, para os meninos a vacina oferece proteção contra os cânceres de pênis, ânus e garganta e também previne verrugas genitais. “O sexo masculino é responsável pela trans-missão do vírus. Vacinados, colabo-ram com a redução da incidência do câncer de colo de útero e vulva nas mulheres.

Com mais de cem tipos de vírus, estima-se que 50% da população se-xualmente ativa já tenham sido infec-tadas por algum tipo de HPV. O vírus é uma das principais causas de ocor-rência do câncer do colo de útero.

Reprodução

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Esportes / Agricultura12 Jornal Integração da Serra | 1 de maio de 2015

RodrigoDe [email protected]

Cinco curiosas modalidades esportivas

Manejo das plantasfrutíferas na pós-colheita

ThompssonDidoné

EnólogoEmater/RS-Ascar Bento Gonçalves

período que compreende o término da safra e o início da brotação ou flo-ração de frutíferas de clima tempe-

rado é a época oportuna para que sejam feitos alguns tratos culturais nas plantas e/ou manejo de solo, que influenciarão na produtividade, sanidade e qualidade dos frutos da próxima safra.

Uma das primeiras recomendações é quanto à necessidade de serem feitos tratamentos fitossanitários nas plantas. Normalmente, as fruteiras que possuem folhas caducas (caem no outono/inverno) e mesmo nas que possuem folhas perenes (citros) precisam que as folhas estejam sa-dias até a chegada do inverno, pois a que-da precoce devido ao ataque de pragas e doenças, além de aumentar o inóculo de fungos e pragas para o próximo período vegetativo fazem com que a planta fique debilitada, pois o acúmulo de reservas nu-tritivas é diminuído.

Outra prática é a coleta de amostras para realização da análise de solo e conse-quente adubação de manutenção, pois al-guns adubos podem ou devem ser distri-buídos no período de repouso vegetativo.

Na nossa região é importantíssimo que o agricultor adote a prática de culti-vo de plantas de cobertura de solo, sejam plantas semeadas e/ou manejo de plantas nativas. As espécies semeadas mais plan-tadas são: aveia preta, aveia branca, nabo forrageiro, ervilhaca, trevo e o consórcio de aveia e ervilhaca. A recomendação de cada espécie depende da declividade, fer-

squeça tudo o que você entende por esporte, deixe o insano tomar conta e descubra as mo-

dalidades mais curiosas (inusitadas). São jogos que combinam xadrez e boxe, ginástica e vôlei, polo e basquete e assim por diante. E como não há limites para a criatividade, cada um deles se mostra único na hora de inventar regras e determinar diferentes ma-neiras de jogar. Confira a seleção abaixo.

Chess Boxing - Praticado no mundo inteiro, o es-porte é um desafio para o corpo e mente. Os jogado-res precisam ser habilidosos e estarem atentos para dar o melhor nos rounds de boxe e xadrez, jogados alternadamente com intervalos de um minuto. Vence aquele que der xeque-mate ou nocautear o adversá-rio primeiro.

Pato - Essa é mais uma modalidade que combina dois esportes diferentes e tem como resultado uma prática inusitada. Ao juntar basquete e polo os argen-tinos criaram o que é considerado o esporte nacional do país desde 1953. Os times são formados por qua-tro jogadores que entram em campo montados em cavalos e tem como principal objetivo dominar a bola e acertar a cesta do time adversário.

Bossaball - Desta lista esse com certeza é a mo-dalidade mais divertida e familiar a nós brasileiros. Praticado na Espanha, consiste numa mistura de vô-lei, futebol, samba, bossa nova, ginástica e capoeira. Isso tudo numa quadra inflável que tem até trampo-lim. O objetivo do jogo é usar a cabeça, mãos e pés para manipular a bola e marcar pontos no campo adversário. Enquanto o jogo acontece rola até uma trilha sonora. Vale a pena conferir e quem sabe trazer para o Brasil.

Arremesso de tronco - Os escoceses são mestres em criar modalidades esportivas estranhas e curio-sas. O país tem tradição em esportes de peso, e no arremesso de tronco o competidor precisa buscar a precisão na hora de arremessar o tronco. Em média, os pedaços de madeira costumam medir entre 4, 5 e 7 metros e podem pesar até 68 quilos. O vencedor é quem consegue arremessar o tronco da maneira mais reta.

Ferret Legging - praticado na Espanha e tam-bém na Escócia essa sem dúvida é a modalidade mais insana e desafiadora. Sabe o ferret, aquele bichinho com dentes afiados também conhecido como furão? Agora imagine que existe um campeonato para ver quem consegue ficar com um desses animais por mais tempo dentro das calças. Para competir, o cora-joso participante precisa prender as barras da calça e o cós para impedir a saída do animal e aguentar os arranhões e mordidas pelo máximo de tempo possí-vel. Tem ideia de quanto tempo você aguentaria? Pois saiba que o recorde mundial é de 5 horas e meia.

tilidade e grau compactação de cada solo.A vistoria dos pomares para verificar a

ocorrência de cochonilhas é uma prática pouco realizada, mas deve ser implemen-tada, pois interfere na sanidade e na pro-dutividade dos pomares. Quando consta-tada a presença da cochonilha, o controle por ser feito direcionado para as plantas atacadas, não necessitando que o agricul-tor realize o controle em todo o pomar.

Nesta época também pode ser reali-zada a poda de galhos doentes, com da-nos mecânicos, galhos com alto ataque de cochonilhas, retirada de frutos mumifi-cados e mesmo ramos “ladrões”, adiantan-do a poda seca de inverno e diminuindo o risco de ataques mais intensos de pragas e doenças na primavera/verão.

No outono ou inverno é importante que o agricultor faça pelo menos um tra-tamento de inverno e, caso o ataque de pragas e doenças tenha sido intenso, é necessário pelo menos dois tratamentos de outono/inverno, com o objetivo de diminuir a quantidade de insetos ou inó-culos de fungos para o próximo período vegetativo.

Essas práticas são importantes para que o próximo período vegetativo das frutíferas tenha uma menor possibilidade de ataque de pragas e doenças, melho-rando a sanidade e conseqüente qualida-de dos frutos. Para saber as variedades de plantas de cobertura de solo, bem como densidade e quantidade de sementes por hectare, formas de poda de outono/inver-no, coleta de amostras de solo, produtos para tratamentos de inverno, procure um técnico credenciado ou procure a EMA-TER de seu município.

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Há setenta anos, o mundo conhecia a

ameaça nuclear.Páginas 06 e 07

Caderno de Cultura e Arte Nº 22 | Abril/Maio 2015

“Meu Deus,o que foi que fizemos?”

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

Coral Bento-Gonçalvense completa 50 anos

Programe-se com a agenda cultural

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2 | Mosaico | 1 de maio de 2015

Primeiras Palavras

RogérioGava

[email protected]

A PalavraA palavra é um milagre. Foi pela palavra que o ho-

mem se distanciou dos outros animais e se tornou ho-mem. Sem palavras não teríamos criado a literatura, a poesia, a ciência, a arte. Os deuses. O mundo humano é o mundo da linguagem. Das letras que criam palavras e das palavras que geram frases. Frases que permitem a fala e tornam possível a conversa. Conversas que nos aproximam dos outros e de nós mesmos.

A etimologia é sábia: conversar nasce do latim con-versaris, que por sua vez surge de vertere, significando virar, voltar-se para. Conversar, portanto, é voltar-se para o outro e com ele trocar palavras. Conversar é também partilhar versos, a linha da escrita, sempre a retomar o curso. Uma metáfora dos antigos latinos para o movi-mento do arado na lavoura, que trabalha a terra sulcan-do-a em vai e vem. Coincidência ou não, nosso idioma abriga em palavra o verbo lavrar, o ato de revolver o solo, preparando-o para a semeadura. Conversar, portanto, é arar a terra dos sentimentos. Semear palavras para colher significados. Brotar descobertas.

Palavras, é verdade, também castigam. Quando são mal ditas (malditas) ou mal entendidas. Observa Montaigne que a palavra é sempre metade de quem a pronuncia e metade de quem a ouve. Repare: em toda discussão mais acalorada, aparece sempre o “mas não foi bem isso o que eu disse!”. Prova de que as palavras, às vezes, saem de nossa boca por vontade própria. E

aí nos colocam em maus lençóis. Palavras são traiçoei-ras. Temperamentais. São como as abelhas: têm mel e ferrão. É por isso que as conversas – sabemos – nem sempre fluem serenas. Elas podem ser traídas pelas próprias palavras que carregam. Mas quando funcio-nam, quando têm qualidade, podem salvar vidas. A boa conversa alivia, conforta. Aconchega.

Não por acaso a conversa é a base da psicanálise, a conversa com alma – psyche – criada por Freud. En-sinava o poeta Pessoa que “quem não vê bem uma pa-lavra não pode ver bem uma alma”. Freud concordaria. Ele costumava dizer que poetas e escritores foram os primeiros desbravadores do inconsciente. Isso porque a palavra é a chave para o acesso aos fantasmas que se escondem em nosso sótão. E ninguém entende me-lhor de fantasmas e do que não enxergamos do que os poetas e prosadores.

A invenção da palavra é um mistério que o próprio tempo engoliu. É provável que jamais saibamos como passamos do grunhido ao discurso. O momento em que começamos a pensar por meio da linguagem. Em que sons articulados viraram símbolos e começaram a dar sentido a tudo, até mesmo ao que nunca enxerga-mos. Pela palavra criamos tudo o que existe. E tudo o que, imaginamos, talvez possa existir. Pela palavra abs-traímos. Filosofamos. Oramos. Inventamos a palavra e a palavra nos tornou humanos.

Mais de 150 pessoas pedalaram por cerca de cinco quilômetros na RS 444, Estrada do Vinho, entre a sede da Associação dos Produtores de Vinho do Vale dos Vinhedos (Aprovale) e o Hotel Villa Michelon, na última edição do Passeio Ciclístico de Outono, ocor-rido no dia 12 de abril deste ano. O evento, a cada ano, reúne mais participantes no Vale dos Vinhedos. Nessa edição, pedalaram ciclistas de Bento Gonçalves, Garibaldi, Monte Belo do Sul, Carlos Barbosa e Caxias do Sul.

O Passeio Ciclístico de Outono é promovido pelo Hotel Villa Michelon e Jamar Cia do Esporte. Essa última edição contou com o apoio da Corsan, Polícia Rodoviária Estadual, Brigada Militar, Secretaria da Saúde de Bento Gonçalves e das empresas Isabela, Torcello e Almaúnica.

Passeio Ciclístico de Outonocresce em participações

Passeio Ciclístico no Vale dos Vinhedos deu as boas-vindas ao outono

Divulgação Hotel Villa Michelon

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Programe-se

A redação leu

A SELVA DO DINHEIROAutor: Roberto Muggiati(organizador)Páginas: 364Editora: RecordAno: 2002

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Mosaico | 1 de maio de 2015 | 3

Continuando as provocações propostas pe-los grandes filósofos e pensadores da História Ocidental, o Campus Bento Gonçalves do Insti-tuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) prepara a 8ª eta-pa Pré-Olímpica de Filosofia e a 1ª Mostra de Pesquisa Interdisciplinar de Filosofia, Ciência e Tecnologia. O evento acontecerá no dia 27 de junho, deste ano, na sede da instituição.

Nas origens mais remotas das ciências an-tigas, filósofos questionavam-se pela origem do universo, pelos problemas da matemática, da política, da ética e de outros saberes essenciais à vida. A curiosidade, o questionamento e a in-vestigação foram atributos essenciais aos filóso-fos que legaram os alicerces à cultura ocidental.

Trabalhos de pesquisas no formato Resu-

A SELVA DO DINHEIRO

Compilação de escritos literários sobre o dinheiro, esta obra é uma verdadeira crônica sobre a miséria humana atre-lada ao onipresente metal. A busca do dinheiro, sua falta – ou excesso –, sua importância e caráter inebriante para o homem, são dissecados por mestres de todos os tempos. São histórias clássicas sobre o inferno econômico e o papel do dinheiro em nossas vidas.

Mestres da literatura como D. H. Lawrence, Guy de Mau-passant, Scott Fitzgerald, Dostoievski, Edgar Allan Poe, Leon Tolstoi, Nataniel Hawthorne, Eça de Queiroz, Kafka e James Joyce – reunidos pelas mãos do jornalista Roberto Muggiati –, narram histórias nas quais o dinheiro é o grande protagonista. Como se lê na apresentação do livro, “hoje o dinheiro foi alça-do ao poder supremo, um valor sobre os valores, sem antago-nismos nem alternativas”. Melhor entender como ele engendra seu poder.

A seleção de Muggiati, assim, descortina toda a glória e desgraça atrelada ao dinheiro. Um livro relevante e oportuno. Indispensável para pensar o lugar do dinheiro na história uni-versal e particular de todos nós.

As alunas de ensino médio do Instituto Federal de Educação (IFRS) Aline Weber, 18 anos, Ingrid Smalti Baggio,17, Laís Belisnki Roman, 17, Luana Lazzarotto Bianchi, 17 e Monique Machado Invernizzi, também 17 anos, desenvolveram o website e o aplicati-vo http://helpinghandapp.com.br/para auxi-liar imigrantes e refugiados que residem no Brasil, com maior enfoque na Serra Gaúcha, mapeando as instituições que podem for-necer algum tipo de apoio para esse grupo de pessoas. O projeto, denominado Helping Hand, está inscrito no concurso internacio-nal Technovation Challenge, que incentiva meninas a usarem a tecnologia na resolu-ção de problemas da comunidade.

A estudante Laís Belinski enfatiza que o sis-tema foi desenvolvido em cinco idiomas: por-tuguês, inglês, espanhol, francês e árabe. “O recurso é necessário porque o idioma é uma barreira para a maioria do nosso público alvo”, acrescenta ela. Laís pontua que o objetivo da equipe é reintegrá-los à comunidade, propondo

Trio de CordasO quê - Trio de Cordas e a Soprano Giulia F. Dall’OglioQuando - 7 de maio, 20hOnde: Teatro do Sesc, Bento Gonçalves

ShowO quê - Johnny Grace e Banda Burning LoveQuando - 9 e 10 de maio, 20h30Onde - Casa das Artes

LivrosO quê - Feira do Livro Infantil SESCTema - Brinquedos e Brincadeiras LiteráriasPatrono - KalungaEscritor Homenageado - Carlos UrbimQuando - 13 a 17 de maioHorário - Quarta a sábado, das 9h às 19h e domingo, das 11h às 17hOnde - Via Del Vino Bingo 1O quê - Bingo Festa de São RoqueQuando - 15 de maio, 19h30Onde - Salão Paroquial São Roque

Bingo 2O quê - Bingo Festa de São BentoQuando - 15 de maio, 20hOnde - CTG Laço Velho

Cris PereiraO quê - Cris Pereira Ponto ShowQuando - 16 de Maio, 20hOnde - CTG Laço Velho Ingressos:O Boticário/ YázigiR$ 30,00 - AntecipadoR$ 60,00 – Na horaClassificação: 14 anosInformações:(51) 9307.8171 - (51) 9859.4751Realização - Artistaria

Festa de Santo AntônioO quê - Chá e Jantar do CodeguinQuando - 17 de maio (chá)29 de maio (jantar)Onde - Salão Paroquial

JantarO quê - Jantar Polenta & VinQuando - 23 de maio, 19hOnde - 40 da Leopoldina

Wine RunO quê - Wine Run 2015Quando - 23 de maioOnde - Vale dos Vinhedos

SimpósioO quê - Simpósio de Segurança AlimentarQuando - 26 de maioOnde - Dall´Onder Grande Hotel

FórumO quê - Fórum Setorial da Cultura de Bento GonçalvesQuando - 26 de maio, a partir das 19h30Onde - Fundação Casa das Artes

FilóO quê - Filó Italiano em Comemoração ao Dia do VinhoQuando - 6 de junho, 20hOnde - Hotel Villa Michelon

IFRS Bento prepara 8ª etapa Pré-Olímpicamo (para alunos de Ensino Médio) e Resumo expandido (para alunos de ensino superior e pós-graduação) serão apresentados, na etapa, por meio de rodas filosóficas, com exposição e defesa de ideias, através de pesquisas desen-volvidas a partir das temáticas propostas para o evento. Os interessados em participar, seja como ouvinte ou apresentando trabalho, devem acessar o site www.bento.ifrs.edu.br e localizar a notícia sobre o evento. Haverá entrega de certi-ficações. As inscrições, gratuitas, devem ser fei-tas até o dia 15 de maio de 2015. A programa-ção completa do evento encontra-se disponível em: http://www.bento.ifrs.edu.br/site/conteudo.php?cat=59&sub=3007. Mais informações po-dem ser obtidas através do e-mail [email protected].

Estudantes criam website e aplicativo para ajudar imigrantes e refugiados

Monique, Laís, Luana, Ingrid e Aline, do projeto Helping Hand

acesso à informação de maneira facilitada. “Vi-vemos o maior movimento migratório desde a Segunda Guerra Mundial. É uma questão que está gerando diversas complicações em vários países, inclusive no Brasil”, observa a estudante.

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Através de fotografias ou pelo registro que ficou na sua memória ou de alguém, o artesão Astrogildo Virgínio Sonza, 74 anos, de Bento Gonçalves, confecciona miniaturas de prédios históricos, casas anti-gas e igrejas, entre outros trabalhos em madeira. Sonza trabalhou du-rante 38 anos em uma madeireira. Em 1997, passou a trabalhar numa pequena marcenaria localizada no porão de sua casa, no bairro Uni-versitário, época em que também passou a se dedicar ao hobby das miniaturas. Ele afirma ser um dos últimos marceneiros da região Nor-deste do Estado.

De lá para cá o artesão já cons-truiu mais de vinte miniaturas, entre elas, a do prédio da prefeitura de Bento Gonçalves e da Casa Nonna Lúdia dos Caminhos de Pedra. “Ob-servo todos os detalhes para de-

Dez muros de Bento Gonçalves estão mais coloridos após a 6ª edi-ção do “Battle in The Cypher”, even-to promovido no município de 30 de março a 5 de abril deste ano, com o apoio da prefeitura. Diversas re-giões da cidade foram visitadas por grafiteiros, com muros sendo pinta-dos nos bairros Centro, Santa Mar-ta, Santa Rita, Planalto, Universitário e São Bento. Organizado por Pedro Festa (Pedrinho Footwork Squad) e William Balestrin. O evento, nessa sexta edição, atraiu mais de duas mil pessoas, mostrou a força da cultura hip hop entre os jovens do município.

Graffiti no mundoAtravés dos anos, o graffiti pas-

sou por diferentes mudanças, sain-do das ruas e chegando a galerias de arte e residências. “Hoje essa

Arte urbanaGraffiti em mais dez

muros da cidadearte ganhou o respeito e admiração, o que é muito bom porque tanto é possível trabalhar com o graffiti nas ruas como trabalhos remunerados. Há uns quinze anos era difícil de imaginar que o graffiti teria esse re-conhecimento”, salienta Balestrin.

A aceitação do graffiti, segundo Balestrim, se deve ao trabalho ár-duo de artistas do segmento, que através dos anos remodelaram o conceito do estilo aprimorando téc-nicas. “Ainda há muito para ser feito. Mas, já somos reconhecidos como artistas e temos muito apoio, é isso que vale”, afirma.

Elas no graffiti “O hip hop não tem gênero,

não existe um estilo para meninos ou meninas, e sim pessoas que se encaixam nessa arte. É um lance de identificação”, afirma a grafi-

teira, Bruna Ferreira, 18 anos, que já participou de eventos de graffiti em diversas regiões do país. Ela começou a grafitar em 2012, após se identificar com cultura hip hop. “Busquei informações sobre essa arte com o pessoal da área e aos poucos comecei a desenvolver meus primeiros trabalhos”.

Bruna, que tem preferência por pintar letras, aperfeiçoa sua arte as-sistindo documentários e acompa-nhando os trabalhos de grafiteiros de todo o Brasil. “A técnica utilizada para pintar letras é sempre a mes-ma. Já na pintura de personagens,

varia a profundidade e iluminação”. A questão de não haver muitas

mulheres trabalhando com graffiti também foi lembrada pela jovem. “A cena de garotas no universo do hip hop é ainda tímida, porém nes-sa última edição do “Battle in The Cypher” foi uma artista de São Leo-poldo que ganhou a batalha de gra-ffiti”, comemora. Bruna é enfática ao se referir ao graffiti e ao Hip Hop como uma paixão, ultrapassando limites financeiros. “Não penso no dinheiro quando vou realizar algum trabalho, faço por paixão mesmo. Arte é isso”, sintetiza.

Artesão faz miniaturas de edificaçõesantigas através de fotos ou memória oral

pois iniciar a trabalho,” diz Sonza. Ele acrescenta que cada miniatura é um aprendizado. “Minha primei-ra foi a da casa onde morou meu bisavô, apresentada em uma festa de família. Daí em diante comecei a receber pedidos de pessoas que querem presentear ou relembrar a casa paterna”, conta. Entre as mi-niaturas feitas por Sonza, estão três pequenas igrejas que antecederam a matriz São Roque, do bairro São Roque. Elas estão em exposição no interior da igreja. Também fez, através de memória oral, a réplica do capitel em homenagem a Santa Lúcia, no bairro Progresso.

Há pouco tempo, Sonza aten-deu o pedido de um pai que queria presentear o filho motorista, no dia do casamento. O presente: uma mi-niatura do caminhão que o filho di-rigia. Detalhe: as alianças foram co-

locadas dentro da miniatura, o que, segundo ele, adicionou emoção à festa. Sonza conta ainda que ou-tro momento emocionante que ele viveu, foi quando sua ex-professora Nilza Covolo Kratz (in memoriam) completou 80 anos. “Tive a ideia de presenteá-la com a miniatura do antigo prédio do Grupo Escolar

Pedro Vicente da Rosa. A emoção foi grande,” relembra. Com uma memória excelente, Sonza diz que “a geração do tudo pronto, do tudo fácil” não dá mais valor ao artesa-nato. “Minha vida foi sempre crian-do. Não posso parar. Faço o que me traz emoção, nem vejo o tempo passar,” enfatiza.

Artesão Astrogildo Virgínio Sonza confecciona miniaturas de prédios históricos

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EDITALAos vinte e três dias do mês de março do ano de dois mil e quatorze, nas

dependências da Câmara Municipal de Vereadores, reuniram-se os associados da Cooperativa Habitacional Amigos do Vale Ltda, CNPJ: 07.332.078/0001-52, para assembleia geral extraordinária, de quórum na Avenida Marrecão, nº 18, bairro Centro, no município de Santa Tereza, CEP 95715-000, que teve como pauta a LIQUIDAÇÃO E EXTINÇÃO DA COOPERATIVA. O fechamento da Cooperativa foi aprovado por unanimidade de votos e as receitas e despesas divididas igualmente entre todos os cooperativados.

Santa Tereza, 23 de março de 2014.

Concerto em homenagem aos 50 anos do Coral Bento-Gonçalvense

Coral Bento-Gonçalvense no lançamento do quarto LP

Uma viagem pela música de todos os temposO Coral Bento-Gonçalvense,

os coros municipais de Flores da Cunha e Serafina Corrêa e o gru-po de flautas do Projeto Mais Mú-sica de Caxias do Sul realizam um concerto na noite de 7 de maio, no Clube Aliança, em Bento Gonçal-ves, com entrada franca. O evento homenageia os 50 anos do Coral Bento-Gonçalvense, comemorados em 1 de maio de 2015. A apresen-tação inicia às 20h 30min.

Atualmente, a regência do Coral Bento-Gonçalvense está a cargo da professora Jo-sette Tesser Giovannini. Na presidência, Lory Suzana Piccinini.

Conforme Josette, que participa do grupo há vá-rios anos, as passagens marcantes, entre festivais e encontros de coros, fo-ram inesquecíveis. “Nos-so objetivo, neste dia 7 de maio, é homenagear todos

Fundado pelo professor Pedro Paganin, em 1º de maio de 1965, o coro chamava-se Coral Polifônico Aparecida. A primeira apresenta-ção aconteceu em 30 de outubro de 1965, por ocasião do Jubileu de Prata do Colégio Marista Aparecida.

A partir de janeiro de 1968, o grupo vocal mudou o nome para Coral Bento-Gonçalvense. Na dé-cada de 1970, o conjunto Arpège, de Bento Gonçalves, participou das

os que se empenharam em apoiar a música e a cultura do município”, diz. Ela acrescenta que a história do coro foi permeada por diversas con-tribuições. “Queremos agradecer a todos, especialmente aos maestros regentes, aos ex e atuais coralistas. Também ao Colégio Marista Apare-cida, que mantém o acervo históri-co, ao Clube Aliança e à Paróquia Santo Antônio, entre outros, que foram sempre grandes parceiros,” enfatiza Josette.

Formação atual do Coral Bento-Gonçalvense

Josette Tesser Giovannini e Lory Suzana Piccinini em frente ao acervo do Coral no Colégio Aparecida

Divulgação

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A história da música em BentoGonçalves passa pelo Coral

gravações dos quatro discos (LPs), lançados pelo coral. Entre as mú-sicas gravadas, estão os hinos da “Capital do Vinho”, do Clube Alian-ça e do Clube Esportivo. Em 1980, assumiu a regência, o Irmão Marista Samuel Pirolli. O Coral Bento-Gon-çalvense teve ainda como regentes Bontzy Sandoval, Renato Filippini, Ricardo de Souza Mello, Cintia de Los Santos, Cibele Tedesco e Julia-no Volpato.

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HistóriaPor Rogério GavaPrêmio Jabuti 2012

Ilustrações: Ernani Cousandier

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70 Anosda Bomba

Em um raio de um quilômetro do epicentro da explosão as pessoas literalmente derretem, queimando vivas a uma temperatura de 3.000 graus Celsius. Todos os prédios dentro desse limite são reduzidos a cinzas. Uma imensa cor-tina de fogo emerge ao céu, fervendo tudo a sua volta. A cidade vira uma ruína de escombros ja-mais vista. O cogumelo macabro – símbolo da insensatez atômica – alça a mais de 18 km de altura. Oitenta mil pessoas morrem instantane-amente. Outras cinquenta mil perderão a vida nos quatro meses seguintes. Era o dia seis de agosto de 1945. Há setenta anos, o mundo co-nhecia a ameaça nuclear.

Por que a Bomba?A decisão de lançar a bomba sobre Hiroshi-

“Meu Deus, o que foi que fizemos?” Robert Lewis, copiloto do Enola Gay, avião que lançou a bomba sobre Hiroshima

anhã de segunda-feira em Hiroshima, cidade japonesa distan-te 800 quilômetros a sudoeste de Tóquio. Uma população de trezentos e cinquenta mil habitantes prepara-se para mais um

dia normal de trabalho. Passam quinze minutos das oito horas. Crian-ças e jovens estão na escola. Pessoas caminham pelas ruas e praças. Então, dos céus, um clarão brilhante anuncia o inferno. A Little Boy, primeira bomba atômica a ser lançada sobre seres humanos, detona a 560 metros de altura sobre o centro da cidade. Jogada de um bombar-deiro B-29 – o Enola Gay –, o artefato explode no ar, bem acima de um hospital. Em seu interior, o poder terrificante da fissão de 10 quilos de urânio-235. Na reação em cadeia, a matéria se desintegra e libera energia equivalente a 15 mil toneladas de TNT.

ma foi do então presidente dos EUA, Harry Tru-man. A guerra contra os nazistas já havia sido ganha, mas o Japão insistia em não se render. A chamada Guerra do Pacífico, com o Japão de um lado e os Aliados em outro, já se arrastava por quatro anos, com milhares de baixas militares e civis em seu rastro. No dia 26 de julho de 1945, os Aliados formalizaram o pedido de rendição na Declaração de Potsdam. Era um ultimato fir-me, uma ameaça explícita de “devastação da pá-tria japonesa”, caso a capitulação nipônica não ocorresse. O governo japonês, no entanto, se manteve firme na recusa. A catástrofe nuclear seria só uma questão de dias.

Os EUA vinham trabalhando de forma con-fidencial no chamado Projeto Manhattan, esfor-ço integrado de cientistas e engenheiros para a

construção da bomba. Sabia-se que os nazistas também concentravam empenho no desenvol-vimento de armas nucleares, o que aumentava ainda mais a urgência americana no projeto. Os Estados Unidos, no entanto, levavam vantagem: era o único país com recursos financeiros, mate-riais e humanos para tocar adiante a empreita-da. Além disso, os melhores cérebros do mun-do haviam migrado para a América, na fuga do Nazismo.

Três semanas antes da catástrofe em Hi-roshima, pela primeira vez na história da hu-manidade uma bomba atômica era detonada. No deserto de Alamogordo, no Novo México, os EUA realizam um teste com um artefato nu-clear. Os técnicos que acompanharam o evento perceberam o poder destrutivo do artefato. “O

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sol é uma vela comparado à bomba”, teria dito um físico que acompanhou o teste. No ponto zero da explosão, o calor foi três vezes superior à temperatura no centro do Sol. Em um raio de 1,6 quilômetro, toda a vida vegetal e animal de-sapareceu. O clarão no céu foi visto a 240 km de distância. Estava evidente o poder extraordiná-rio de destruição das armas nucleares. O teste fora um sucesso. A bomba estava pronta.

Visões do Inferno

Na madrugada do dia 6 de agosto, o Enola Gay parte da ilha de Tinian, no arquipélago das Marianas, escoltado por mais dois B-29. A comitiva macabra percorre os 2400 quilômetros até Hiroshima sem soar desconfiança. Quando chega sobre a cidade-alvo, o avião lança a Little Boy a uma altitude de 9450 me-tros e se afasta a todo curso do local. Seriam quarenta e três segundos de silenciosa queda antes de a bomba explodir. No momento da explosão, os aviões já haviam se afastado cerca de 20 quilômetros do local. De longe, os pilotos observaram, terrificados, os efeitos da devastação.

A onda de calor propagada pela bomba fez tudo ferver sem eu entor-no. Postes foram catapultados a qua-tro quilômetros de distância. Calçadas de pedra e as telhas das casas enruga-ram por força da alta temperatura. As pessoas mais próximas ao centro da explosão literalmente desintegraram. No Hiroshima Peace Memorial Museum, uma foto assombrosa dá a dimensão do terror: a fotografia mostra a sombra de uma pessoa impressa nos degraus que restaram na entrada de um pré-dio. Presume-se que ela estava senta-da na escada, quando foi pulverizada

Pensem nas criançasMudas telepáticasPensem nas meninasCegas inexatasPensem nas mulheres

Rotas alteradasPensem nas feridas

Como rosas cálidasMas oh não se esqueçam

Da rosa da rosaDa rosa de Hiroshima

A rosa hereditáriaA rosa radioativa

Estúpida e inválidaA rosa com cirrose

A antirrosa atômicaSem cor sem perfume

Sem rosa sem nada.

“A Rosa de Hiroshima” Vinicius de Moraes

(1913-1980)

“Meu primeiro pensamento foi que aquilo era igual ao inferno, sobre o qual eu já havia lido. Nunca vira nada parecido antes. Mas achei que, se existia o inferno, era aquilo ali”

Relato de um sobrevivente de Hiroshima

no momento da explosão. O espectro impresso nos degraus é o testemunho assombroso do efei-to devastador da bomba.

O Fantasma Nasce

Três dias depois, o inferno se repetiria, agora em Nagasaki. Mais quarenta mil almas perece-riam. O Japão, arrasado, finalmente se rende. A bordo do couraçado Missouri, na baía de Tó-quio, no dia 02 de setembro de 1945, o general

japonês Ume-

zu assina os termos de rendição japonês, na presença do general americano MacArthur, representante dos aliados. A Segunda Guerra Mundial finalmente chegara ao fim. A partir daí, contudo, os testes nucleares dos america-nos seriam uma constante.

A civilização jamais vira uma escala de destruição como aquela. A Guerra Fria, suce-dendo o final da guerra, traria para sempre o pavor da destruição nuclear. O mundo nun-ca mais seria o mesmo. O fantasma atômico acabara de nascer.

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