Escritor Remy Valduga -...

11
“Quando adquirimos um certo grau de conhecimento passamos a enxergar a miséria cultural de quem se encontra abaixo de nós.” Escritor Remy Valduga GRATUITO

Transcript of Escritor Remy Valduga -...

“Quando adquirimos um certo grau de conhecimento passamos a enxergar a miséria cultural de quem se encontra abaixo de nós.”

Escritor Remy Valduga

GRATUITO

Remy Valduga lançará livro de contos no primeiro semestre deste anoEscritor, que também é viticultor, tem se destacado pela produção de literatura de resgate de fatos da imigração italiana na região

O viticultor e escritor Remy Valduga nasceu no dia 13 de maio de 1940, na linha Ceará, no Vale dos Vinhedos, onde reside até hoje. É filho de João Batista Valduga e Francisca Festa e tem 11 irmãos. Estudou até os 11 anos na Escola Mu-nicipal Rui Barbosa, na Busa, onde concluiu o primário. Em 1976, aos 36 anos, voltou a estudar porque “não se acostu-mava com a ignorância”. Nesta volta as salas de aula, iniciou a carreira de escritor, paralelo a lida na viticultura. É casado com Ami Terezinha Frari, com quem teve os filhos Rogério Carlos e Roberto. É avô de Giulia, de Guilherme e aguarda para maio deste ano à chegada de mais uma neta. Escreveu oito livros. Destes, cinco já foram publicados.

Kátia Bortolini e Cristiane Moro

Integração – Por que você decidiu voltar a estudar?

Remy – Eu percebi que estava ficando para trás. Quando conversava com alguém mais estudado, sentia difi-culdade em entender algumas palavras.Também tinha dificuldade para interpre-tar textos. Aos 36 anos, me matriculei na Escola Estadual Landel de Moura, onde permaneci por dois anos, depois fui para o Colégio Estadual Visconde de Bom Retiro, e em seguida, para a Escola Estadual Mestre Santa Bárbara.

Integração – A leitura o atraia?O primeiro livro que li foi Música

ao Longe, de Érico Veríssimo, aos 42 anos, ganho em um concurso literário, no qual fiquei em primeiro lugar. Gostei tanto da leitura e da maneira como eram narrados os fatos, que decidi procurar algum livro que falasse da história dos nossos antepassados e da nossa região, no gênero romancista. Não encontrei.

Integração – Como aconteceu a participação nesse concurso literário?

Foi um concurso pro-movido pela prefeitura de Bento Gonçalves, voltado a vários gêneros. Fiquei sa-bendo através de uma pro-fessora, a Carmem Ranzi, do Colégio Estadual Mestre Santa Bárbara, onde eu estudava. Eu não conhecia os gêneros literários. Per-guntei sobre o assunto a professora, que explicou a diferença entre os gêneros. Decidi então escrever um conto.

Integração – Qual foi o tema do conto?

Foi sobre uma história verídica, contada pelo meu avô, de uma menina cega, a Catarina, que morava próximo ao Rio Das Antas. Ela foi violentada por um vizinho muito rico e engravidou. O filho de Catarina nasceu em um paiol e quem acompanhou o parto foi à única amiga que ela tinha. Esta amiga prometeu que na mesma noite entregaria a criança ao pai. Durante a madrugada, ela pegou a criança e, no caminho, encontrou um vendedor de erva-mate. A criança foi vendida, sem que a mãe soubesse. Mais

tarde, o pai do menino, sem saber do acontecido, adotou um recém nascido em um orfanato de Porto Alegre. Cata-rina achou que a criança que ele havia adotado era filho dela. Anos depois ela se casou, e teve uma menina. O menino adotado e a menina começaram a na-morar. A mãe da garota, achando que eles se casariam sem saberem que eram irmãos, cometeu suicídio. Quando ter-minei o conto, percebi que tinha escrito 14 páginas, mas a professora disse que poderia ser no máximo, umas quatro ou cinco páginas. Como eu escrevi as 14 páginas em apenas duas horas, me dei por conta que eu tinha capacidade de escrever um livro.

Integração – Qual foi o primeiro livro publicado por você?

Foi o romance O Caçador de Ca-ramujos, escrito no final de 1985, retratando a década de 1940 na região de Bento Gonçalves. Eu queria muito escrever um livro, mas não sabia qual era a qualidade da minha obra. Pensei em Érico Veríssimo e no livro dele, que eu havia acabado de ler. Escrevi sobre a

imigração italiana, sobre fatos que meu pai e meu avô me contaram e outros que presenciei. Demorei um ano para concluir o livro. Eu escrevia algumas páginas e entregava para a professora Carmem, que fazia a correção. Quando terminei, precisava dati-lografar o livro, então ga-nhei dos meus filhos uma máquina de datilografar.

Lembro que minha professora disse que a parte mais complicada estava por vir, porque escrever um livro é muito mais fácil do que publicá-lo. Sairia muito caro pagar pela publicação do meu livro, e eu corria o risco de não vender exemplares, tendo prejuízo. Levei então a minha obra ao padre Oscar Bertholdo, da Pa-róquia Santo Antônio, que era poeta e se interessava muito por literatura. Ele recomendou que eu levasse o livro até a Universidade de Caxias do Sul (UCS), porque lá tinha uma gráfica. Dias depois o vice-reitor me ligou dizendo que a obra era muito boa, mas não era norma da universidade publicar romances. Aí

eu pensei “sou sócio da Cooperativa Vinícola Aurora e a Aurora tem dinheiro”. Entreguei ao diretor da vinícola para que ele pudesse lê-lo. Ele gostou e pro-curou parceria para a publicação com o gerente da Varig, do escritório de Porto Alegre. A Aurora e a Varig investiram conjuntamente, pensando na moeda atual, o equivalente a R$ 15 mil para a publicação de mil exemplares. Em seis meses esgotou a tiragem. Pouco depois, a Aurora pagou a edição de mais mil exemplares para serem entregues a funcionários e associados. Eu lucrei o equivalente a uma safra de uva, daque-las que rendem bastante.

Integração - E depois?Três meses depois de O Caçador

de Caramujos, no inicio de 1986, es-crevi mais um romance: A História de Catarina.Em cinco anos vendeu 38 mil exemplares. A comercialização foi alavancada por palestras em escolas sobre os dois livros e suas relações com a imigração italiana na nossa região. Em 1989, publiquei mais um livro, desta vez de contos, o Piereto, um Fenômeno, com sete histórias. Em 1994, lancei Os Brincos de Dona Irene, também de contos. Em 2005, concretizei a proposta de resgate da história, em romance, da saga das primeiras famílias que funda-ram Bento Gonçalves com a edição do livro Sonho de um Imigrante. Utilizei pesquisas que fiz durante a visita à Itália e memórias de fatos conta-dos pelo meu avô durante toda a minha infância. Este livro foi lançado também na Itália. Recentemente recebi um convite para retornar a Itália, para dar uma palestra a alunos de ensino médio que leram o livro. Irei entre maio e junho deste ano. Depois, em 2005, escrevi sobre a re-cuperação econômica de uma empresa, e em 2008, sobre a construção da Igreja São Bento. Ambos ainda não foram publicados. Agora, estou escrevendo O Tempo e o Espelho, com 52 contos, que será publicado no primeiro semestre deste ano, com uma tiragem de dois mil exemplares.

Integração – Você comentou que era seu avô quem lhe contava a maior parte das histórias. Ele falava em ita-liano ou em português? E você, fala em português e italiano?

Ele falava o dialeto veneto. E eu, domino tanto o dialeto quanto o italiano clássico. Tudo que ele contou guardo na memória.

Integração – Qual é o segredo para ter uma memória tão boa?

Talvez uma parte seja a genética, porque o meu pai também era assim. Mas acredito que o principal seja uma vida tranqüila. Tenho recordações desde quando tinha cinco anos. Estou com quase 70, e não sei o que é estar estressado. Passei por muitas dificul-dades, momentos difíceis, mas sempre resolvi com muita naturalidade. Tenho

memória visual, e uma capacidade de “reviver” a cena da época, como se estivesse acontecendo agora. A me-dida com que os anos passam minha capacidade de lembrar continua igual. Se eu estiver trabalhando nas parreiras e pensar em escrever um capítulo de um conto, consigo gravar minhas idéias até a hora de colocá-las no papel, sem esquecer nada.

Integração – Tem algum fato descrito em um de seus contos, que gostaria de destacar?

Na década de 1950, um senhor da família Panno estava sendo velado em uma noite muito fria. Era costume da época ter nos velórios alimentos e vinho. Na madrugada as pessoas que estavam no velório acabaram bebendo demais, se agrupando na cozinha, deixando o corpo do morto sozinho na sala. Um amigo íntimo do falecido chegou ao velório, também bêbado, e começou a relembrar dos tempos em que ambos eram jovens. Ele pegou o falecido no colo, e sem perceber que no assoalho havia um buraco, caiu com o corpo de uma altura de três metros, até o porão. Quando as pessoas que estavam no velório ouviram o barulho, desceram até o porão, recolheram alguém e foram para o hospital. Mas, em vez de levarem o possível ferido, se confundiram e le-varam o falecido. Outro fato aconteceu comigo, quando tinha sete anos. Eu

tinha muito medo de tem-poral, então, quando cho-via muito forte durante a noite, costumava ir para o quarto dos meus pais, ou de minhas irmãs, e dormir nos pés Uma noite estava com muito medo, errei de porta e acabei entrando no quarto dos meus tios, que estavam na casa para ajudar na colheita da uva.

Porém, como não tinha espaço na cama, eu me deitei embaixo dela. Tapei meus ouvidos, e percebi que meu tio mexia na minha cabeça, nos meus cabelos e dizia para minha tia “mas cadê a alça desse penico que eu não consigo achar?” Minha tia avisou que ela tinha levado o penico para outro quarto. Ele pediu então o quê é que estava embaixo da cama, e minha tinha respondeu que era o cachorro. Meu tio se levantou e foi fazer xixi pela janela. Na volta, convidou a minha tia para transar. Saí correndo do quarto naquele instante. Logo depois, toda a família foi acordada com um barulho que vinha do quarto deles. Eles haviam quebrado a cama.

Integração – De que forma você tem entretido turistas na Capela Nossa Senhora das Neves, no Vale dos Vinhedos.

Conto a história da igreja, constru-ída no início do século passado. A obra aconteceu durante uma estiagem que durou quase nove meses.Não tinha água para a argamassa. Moradores da comunidade tiveram a idéia de fazer uma procissão pedindo chuva. Para

tanto, precisavam do consentimento do padre. Uma comissão de moradores foi falar com o padre, em Bento, mas não o encontraram porque ele tinha fugido com a filha do juiz. Daí solicitaram a intervenção do Intendente (Prefeito da época) junto ao Bispo, para a procissão. Enquanto isso, alguém da comunidade teve a idéia de usar vinho no lugar da água. Também conto histórias dos meus livros, salientando a relação delas com os fatos da imigração italiana.

Integração – Na época da constru-ção da capela a igreja católica exercia muita influência sobre as famílias da comunidade. Na sua opinião, quais foram os reflexos positivos e negati-vos dessa influência?

O positivo é o aspecto da fé, que fortalecia perante as dificuldades. O negativo é a proibição do controle da natalidade. Minha mãe, por exemplo, não queria ter tido tantos filhos. Aos 40 anos, ela foi se confessar e disse ao padre que não queria mais filhos. Ouviu como resposta que se ela tentasse evitar uma próxima gravidez, seria excomungada.

Integração – O que a literatura representa para você?

Sempre fiz da arte de escrever um lazer. Continuo trabalhando como viti-cultor, mas se eu quisesse viver apenas do lucro obtido com os livros e com as palestras, eu conseguiria. A minha maior recompensa é poder deixar fatos da história da imigração italiana na região registrados para as futuras gerações. Muito tem se perdido. É necessário fazermos um resgate histórico. Isso vale mais do que qualquer dinheiro. Penso que meus descendentes podem perder sua identidade cultural. Isso porque, antigamente a igreja e a família eram as únicas duas formadoras de opinião. Hoje somos bombardeados pelo excesso de informações, que surgem dos mais va-riados meios. Penso também na questão do Vale dos Vinhedos. Há uma vontade cada vez maior de lucrarmos em cima dele. Muitos dizem “Bento Gonçalves destruiu o patrimônio histórico”, e eu concordo com isso. Nossos antepassa-dos não tinham o dever de cuidar do patrimônio, e sim, de construí-lo. Da dé-cada de 1950, em diante, o compromis-so de preservá-lo é nosso. Antigamente, a maioria das pessoas falava o dialeto italiano. Há 50 anos, Bento Gonçalves tinha 60% dos habitantes na zona rural, e 40% na zona urbana. Agora, apenas 9% da po-pulação está concentrada no interior. O livro O sonho de um Imigrante, tem sido vendido não apenas na nossa região, mas também em outros lugares onde há uma grande concentração de descendentes de italia-nos, como em Santa Catarina, e Paraná, por exemplo. Tem um casal da cidade de Campinas, em São Paulo, que sugeriu para a Rede Globo a filmagem de uma mini série sobre este livro.

Integração - Quais as mudan-ças mais marcantes entre a Bento Gonçalves da época retratada pelo livro Sonho de um Imigrante e a de agora?

Tanto naquela época quanto na em que eu nasci era muito difícil viver por causa da miséria, da falta de rou-pa e dos poucos recursos em relação à saúde. Porém, nós já estávamos acostumados com aquela situação,

e tínhamos a impressão de que esse era o nosso mundo. De que não havia uma maneira de progredirmos, porque foram várias décadas de uma evolução muito lenta. A vida que temos hoje é a realidade do sonho dos imigrantes. Eles sabiam que não desfrutariam de conforto, mas sonhavam com o quê te-riam futuramente os seus descendentes. Somos a concretização do sonho deles. Hoje sentimos um orgulho enorme por sermos descendentes de um grupo que tinha muita fé, que trabalhou muito e tinha muitos ideais.

Integração – Atualmente, qual é sua produtividade na leitura e na escrita?

Quando estou escrevendo tenho pouco tempo pra ler. Mesmo assim, eu leio. Mas, é claro, demoro um pouco mais para concluir a leitura.

Integração – Como é a sua rotina hoje?

Eu continuo morando no mesmo lugar, desde que nasci. Como é no in-terior, minha esposa e eu ainda cuidamos das vacas, tiramos o leite, fazemos queijo. Isso é um passa tempo para nós. Entre cortar grama, dar pales-tras, “cuidar” dos e-mails e escrever, ocupo todo meu

tempo. E não assisto televisão. Nunca precisei dela para ficar bem informado. Ela está ajudando a destruir nossos valo-res. Quando quero saber sobre notícias, leio jornais ou acesso a Internet. O lado positivo da televisão são os debates e matérias referentes às inovações nas áreas da saúde, educação e formação profissional. Também valorizo as cam-panhas de combate ao tabagismo e de defesa ecológica. Como aspecto nega-tivo, a exibição de cenas do cotidiano de uma sociedade corrompida, como a desestruturação das famílias, apre-sentadas principalmente em novelas. Além disso, as imagens de corrupção

dos políticos, do tráfico de drogas e da violência, mostradas de várias formas, são prejudiciais à sociedade.

Integração – Há quanto tempo você utiliza o computador para es-crever os livros?

Há quatro meses, mas consigo fazer bastante coisa, apesar do pouco tempo que tenho ele. E o e-mail, criei em dezembro, e já recebi mais de 500 mensagens! A maior parte é de leitores e de turistas.

Integração – Quais as lições que você tem aprendido no decorrer da vida?

Vivemos em um vasto campo, e temos o direito de semearmos. Porém, a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Descobri que tudo depen-de das nossas escolhas. A felicidade ou a infelicidade surge disso. Tenho fé e acredito em Deus, mas Ele nos deixa livre. Se começasse a me perguntar, não entenderia, por exemplo, como Deus permitiu um terremoto no país mais pobre das Américas.

Integração – Quais são os se-gredos para levar uma vida tão tranquila?

Acredito que ninguém consegue viver bem tendo ódio, rancor, ou só pensando em dinheiro. O universo dessa pessoa se torna tão limitado que ela não consegue enxergar mais nada e ninguém ao seu lado. A vida é muito mais ampla. Preciso, sim, de dinheiro. Mas o suficiente para ter uma vida digna. A vida é muito curta para desperdiçar-

mos nosso tempo almejando apenas coisas materiais. Quero viver bastante tempo, ainda! Meu avô, quando tinha a mesma idade que eu, foi ao médico. Ele chegou ao consultório e disse que gostaria de viver, pelo menos, mais 20 anos. O médico perguntou “Você bebe excessivamente, fuma, tem maus hábi-tos alimentares e é mulherengo?”. Para todas as perguntas, meu avô respondeu “não”. O médico disse: “Então você quer viver mais 20 anos pra fazer o quê?” (risos). Outra coisa importante é termos amigos. E, de preferência, amigos que estão no mesmo nível que você. Não me refiro ao nível econômico, mas o cultural. Não quero dizer que sou mais culto, mais inteligente do que os outros. Quando adquirimos um certo grau de conhecimento passamos a enxergar a miséria cultural de quem se encontra abaixo de nós.

Integração – O que você tem a dizer aos escritores que batalham tanto para conseguirem patrocínio, e muitas vezes, não conseguem?

Conseguir patrocínio é a parte mais difícil, principalmente no começo. É necessário ter uma boa obra, bem escrita, com um assunto interessante, e ter um objetivo. Saber o porquê você está escrevendo. Isso tornará o trabalho mais fácil. Hoje, como já escrevo há muito tempo, se eu sair de casa pela manhã precisando arrecadar R$ 50 mil para a publicação de um livro, à noite voltarei com esta quantia. Precisamos ter perseverança. Eu também poderia ter escrito o primeiro livro e depois desistir. Poderia pensar “já tenho filhos, escrevi um livro, plantei árvores, então vou parar por aqui”. Pretendo escrever mais uns dez livros antes de morrer. É necessário também que o escritor seja bastante sensível. Se você quiser fazer um leitor chorar, precisa viver a cena descrita, e sentir a mesma vontade.

Integração - Alguma mensagem que você queira deixar aos nossos leitores?

Quero destacar o papel da família na formação do caráter de uma pessoa e da sociedade. A família é a razão do meu viver. A minha esposa, meus filhos e meus netos sempre foram muito im-portante para meu desenvolvimento. Desde criança sempre convivi em um ambiente familiar muito bom. Uma sociedade desenvolvida é consequência de famílias que bem convivem. Quero também fazer um apelo às pessoas responsáveis pela manutenção de nossa identidade cultural. Precisamos manter nossa identidade cultural. O turista vem a nossa cidade atraído por cultura, localização e cardápio diferenciados. Ele vem para satisfazer curiosidades sobre uva, vinho, vem em busca de novidades, vem para curtir o frio, entre outros atrativos não encontrados em suas terras natais. Percebo que agora estamos aprendendo a receber os tu-ristas. Precisamos melhorar, mas já foi dado um grande passo.

“Há 50 anos, Bento Gonçalves tinha 60%

dos habitantes na zona rural, e 40% na zona urbana. Agora,

apenas 9% da população está con-

centrada no interior. “

“A vida que temos hoje

é a realidade do sonho dos imigrantes.”

“A minha maior recompensa é poder deixar fatos da his-tória da imigração italiana na região

registrados para as futuras gerações.“

Cristiane Moro

ANO 10 | Nº 105 | FEVEREIRO/MARÇO | WWW.INTEGRACAODASERRA.COM.BRDistribuição

GRATUITA

Em uma época que a paisagem

urbana muda rapidamente, este pequeno trecho da rua

Visconde de São Gabriel é uma exceção.

Acervo: Museu do Imigrante

Tati

Moc

ellin

Processo de tombamento de Santa Tereza em fase finalAprovado pelo Ministério da

Cultura em outubro de 2009, o pro-cesso para tombamento histórico do município de Santa Tereza, iniciado em 1986, parece estar chegando ao fim. De acordo com o presidente da Associação de Proteção do Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Turístico de Santa Tereza (APHAT), César Augusto Prezzi, agora falta apenas uma reunião do Ministério da Cultura, prevista para acontecer em março de 2010.

Prezzi adianta que, após a conclu-são deste trâmite burocrático, iniciarão as obras de restauração de alguns mo-numentos. Salienta que o tombamento objetiva a preservação do patrimônio

e a transformação de Santa Tereza em destino turístico. Explica que será considerado patrimônio histórico todo núcleo urbano e entorno, “para garantir a beleza da paisagem natural e cultural”. De acordo com Prezzi, o Programa de Aceleração e Crescimento (PAC) prevê um investimento de 2,5 milhões em obras em Santa Tereza após o tombamento, que incluem: aterramento da fiação aérea na avenida Itália e na rua Tramontina, restauração da casa e Padaria Ferri, revitalização do camping e execução de projeto arquitetônico decorrente de concurso público. Estamos trabalhando por um turismo sustentável”, afirma.

Alm

ir D

upon

t

Começo da década de 60

EditorialIntegração online no ano

do seu décimo aniversárioO Jornal Integração da Serra come-

mora dez anos de circulação no próximo mês de junho. Completar uma década de atividades é motivo de orgulho para a equipe do periódico, que tem sua história marcada por inovações gráficas e edito-riais . O Integração da Serra foi o primeiro jornal de Bento Gonçalves de distribuição gratuita, disponibilizando o conteúdo editorial e os produtos de anunciantes a mais pessoas, além daquelas tradicio-nais classes A e B habituadas a leitura de periódicos . Também foi o primeiro jornal do município com conteúdo na íntegra em site na internet. Esses diferenciais do Jornal Integração da Serra, entre outros, conquistaram leitores e anunciantes

diferenciados, que apreciam informação de qualidade. Dando continuidade a essa trajetória de inovações, o Integração, a partir desta edição, será enviado por e-mail para vários endereços eletrônicos. Interessado em receber online podem enviar o endereço para o e-mail [email protected].

A edição que dá início a mais essa inovação reporta na sobrecapa entre-vista com o escritor Remy Valduga. Ele já concedeu inúmeras entrevistas, mas, com certeza, nenhuma tão personaliza-da. Procurar fazer o melhor é marca re-gistrada da nossa equipe. Sabemos que, num universo de múltiplas escolhas, o que se sobressai é a qualidade.

02 Opinião 03Informação

As cartas e artigos publicados com assinatura são de inteira responsabilidade do autor e não traduzem, necessariamente, a opinião do Jornal. Suas publica-ções obedecem ao propósito de refletir as diversas tendências e estimular o debate dos proble-mas de interesse da sociedade.E

XP

ED

IEN

TE

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRAPeriodicidade: MensalTiragem: 12.000 exemplaresCirculação: Bento Gonçalves,

Santa Tereza, Monte Belo do Sul,Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos.

Propriedade:Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda

Diretora e Jornalista responsável:Kátia Bortolini - MTB 8374

Área Comercial: Moacyr Rigatti eIsmael Viana de Souza

Diagramação: www.RobsonB.com.br

Colaboradores e Colunistas: Cristiane Moro, Janete Nodari Fracalossi, Ernani Cousandier, Simone Serafini, RobsonB, Paulo Capoani, Breno Marzola, Thompsson Didoné, Aldacir Pancotto e Silvio dos Santos.

Endereço: Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS

Fone: (54) 3454.2018 / 3451.2500E-mails:

[email protected]@integracaodaserra.com.br

Site: www.integracaodaserra.com.br

Filiada à ADJORI.

*Jornalista, Repórter do Correio do Povo,graduado pela PUC em 1977, ex-seminarista

e Estudante de teologia da EstefE-mail: [email protected]

Entenda a legislação:O FGTS – Fundo de Garantia

por Tempo de Serviço foi cria-do pela Lei nº 5.107/66, que em seu artigo 4º fixou que os juros sobre os saldos das contas vinculadas teriam inci-dência progressiva, com taxas entre 3% e 6%, dependendo do tempo de permanência do trabalhador no mesmo emprego.

Poster iormente, a Lei nº 5.705/71, regulamentada pelo Decreto nº 69.165/71, estabe-leceu a taxa fixa de juros de 3% ao ano. Restou excepcionado no Decreto, o reajuste progres-sivo aos trabalhadores que em 22/09/71 já possuíam contas vinculadas ao FGTS.

Tal regramento foi mantido pelo parágrafo 3º do art. 13 da Lei nº 8.036/90, garantindo a capitalização dos juros de forma progressiva a todos os trabalhadores optantes com contas vinculadas existentes em 22 de setembro de 1971.

Ainda, a Lei nº 5.958/73 veio a criar a chamada “Opção Retro-ativa”, que garantia a todos os trabalhadores que ainda não tivessem optado pelo regime do FGTS, ou que optaram na vigência da Lei nº 5.705/71, o direito de fazê-lo com efeitos retroativos a 1º de janeiro de 1967 ou à data da sua admis-são no emprego.

Diferenças de correções do fgts! Você tem direito?

A opção retroativa chegou a ser questionada junto ao Judiciário, porém, tal maté-ria restou pacificada com a edição da Súmula nº 154 pelo Superior Tribunal de Justiça.

Isto quer dizer que, mesmo os trabalhadores que optaram pelo regime do FGTS a partir de 22/09/71 (data de início da vigência da Lei nº 5.705), poderiam obter o benefício da aplicação dos juros progressi-vos, por força da retroativida-de da opção facultada pela Lei 5.958/73.

Assim sendo o trabalhador poderá ser beneficiado com a aplicação dos juros pro-gressivos fixados pela Lei nº 5.107/66, em duas situações:

1º) quando a opção pelo re-gime do FGTS foi formalizada no período entre 14/09/1966 e 21/09/1971, desde que aten-didas as demais exigências legais fixadas;

2º) quando a opção tenha sido formalizada na vigência da Lei nº 5.705/71 de forma re-troativa, situação em que seus efeitos retroagirão à 01/01/67, ou ainda, à admissão do em-pregado, se posterior, confor-me dispõe a Lei 5.958/73.

Ele, Kratos, o Deus da Guerra, no desfecho da trilogia do acla-mado God of War® (GoW), que iniciou sua jornada épica no PlayStation 2 (PS2), em 2005, criado originalmente por David Jaffe, o mesmo David do tam-bém aclamado pelo público e crítica Twisted Metal - este mais famoso uma década atrás, ainda no primeiro PlayStation.

O espartano, no GoW3, chega logo após o box “collection” ao PlayStation 3. O relançamento dos dois primeiros jogos aplica uma boa polida nos gráficos de-les para o hardware mais pode-roso do console mais moderno da Sony. A série se projetou sen-do considerada como o melhor jogo do segundo console da Sony, em God of War 2 (GoW2), mas tem o seu primeiro título juntamente entre os 10 melho-res jogos do videogame, ao lado de famosos como Gran Turismo e Shadow of the Colossus.

Para este ano, o GoW3 não apenas conclui a história original de Kratos, mas também deverá apresentar outros itens que permanecem quase ocultos na série, como já visto superficial-mente no vídeo “Birth of the Beast” (“Nascimento da Besta”, em tradução direta, presente nos extras do primeiro GoW). Nele, o irmão de Kratos, ainda sem nome, é cogitado como um possível chefe no terceiro jogo. Tenho dado bons palpites como jogador e levo fé de que o revelado irmão do espartano não deve estar ali, não agora, ou será apenas apresentado de maneira mais formal, para que seja ele a continuação da série como um todo.

Se sabe de certeza que a série não se encerra no terceiro jogo, apenas a trilogia original.

God of War deverá ser presença marcante no Video Game Awards (VGA), o Oscar dos jogos, levando certamente várias estatuetas. Entre elas, creio que é forte can-didato a “melhor trilha sonora original” e, uma estatueta que importa mais para quem joga, a de “título mais antecipado do ano”, visto que a SCE Studios Santa Monica (a empresa da

E ele estáchegando...

* RobsonB

Sony que criou todos os jogos da marca God of War, incluindo o GoW3) está dentro do prazo previsto e matando a sede dos jogadores com vídeos novos rigorosamente nas datas prome-tidas. Quando se poderá ir para o aguardado final do jogo? Dia 16 de março de 2010 para região 1 (EUA, a mesma que a nossa no PS3, embora não aja trava para de região para o console).

Vale a pena comprar? Se você possui um PS3, é certeza que é um título quase obrigatório. Porém, se você é realmente um fã, procure um pouco mais, não compre nem o collection e nem o Pandora’s Box (que traz GoW3, um documentário, trilha sonora em CD, álbum de heavy metal e demais itens). Assim como ocorre com os filmes, você poderá com-prar a trilogia toda em um box só, o “Ultimate Trilogy Edition”, um box que traz uma caixa de pandora mais detalhada, conten-do GoW3, o Collection (Gow1 e Gow2 em HDReady com suporte para troféis, em um único disco), conteúdo adicional (via PSN*), Combat Arena com 7 desafios, algumas roupagens adicionais para o Kratos, Bônus sonoro especial, trilha sonora da trilogia (3 CDs), o álbum de Heavy Metal “God of War: Blood and Metal EP” (via PSN) e mais uma penca de itens “menores”, como o artbook. Por enquanto, o dito box “com tudo” será raro, mas valioso.

* Designer e diagramadorFone: (54) 9105.0246

E-mail e msn: [email protected]: http://blog.robsonb.com.br

GlossárioPSN* • PlayStation Network, precisará

de acesso a Internet pelo PlayStation 3

Mun

do D

igit

al e

m P

rim

eira

Pes

soa

Vânia Mara Jorge Cenci – Advogada Trabalhista - OAB-RS 28.885 Roberto Camargo Meggiolaro Jr. – Adv. Tributarista – OAB-RS 68.149MCR – Meggiolaro, Cenci & Rizzi Advogados Associados S/SOAB/RS 3.403Rua Gal. Gomes Carneiro, 436, Sl. 20, Centro, Bento Gonçalves - RSFone: (54) 3055.2878

A podridão da uva madura causada por Glomerella cin-gulata provoca perdas. tanto na qualidade, como na quan-tidade da uva produzida em regiões com verão quente e chuvoso. Também tem sido relatada a ocorrência deste fungo em diversas espécies de fruteiras temperadas e tropi-cais, causando principalmente podridão dos frutos.

Sintomatologia

As infecções iniciam-se após à floração e permanecem laten-tes até a manutenção da uva. Os sintomas mais evidentes são observados nos cachos na fase de maturação ou em uvas colhidas. Sobre as bagas ata-cadas surgem manchas circu-lares, marrom-avermelhadas, que posteriormente atingem todo o fruto, escurecendo-o. Em condições favoráveis ( alta umidade), aparecem as estruturas reprodutivas do fungo na forma de pontuações cinza-escuras, concêntricas, das quais exsuda uma massa rósea ou salmão, que são os conídios do fungo. Esta massa rósea serve para di-ferenciar da podridão amarga. Estas doenças podem ocorrer simultaneamente no mesmo cacho. Glomerella provoca a murcha do cacho e a mumi-ficação de parte ou de todas as bagas.

Condições favoráveis

Temperaturas entre 25º e 30º e alta umidade são as condi-ções ideais para a ocorrência e desenvolvimento da doença. O fungo sobrevive em frutos mumificados e pedicelos e na primavera, a elevada umidade produz abundante frutifica-ção, que é a fonte primária de inoculo. O excesso de ni-

trogênio e ferimentos nas bagas favorecem a infecção e desenvolvimento da doença. A infecção pode ocorrer em todos os estágios de desenvol-vimento do fruto. No final da floração ou em bagas jovens, o fungo penetra na cutícula e permanece latente até o início da maturação da uva quando os sintomas tornam-se visíveis.

Medidas de controle

A remoção e queima de ca-chos mumificados e das par-tes podadas no inverno, que permanecem da safra anterior são medidas que reduzem a doença, auxiliando no seu controle. Utilização de calda sulfocálcica durante o inver-no para redução do inoculo do patógeno no vinhedo. O controle químico deve ser preventivo, iniciando na flo-ração e reaplicado 2 a 3 vezes até a maturação, dependen-do das condições climáticas. Os fungicidas cúpricos não controlam a doença. Controle de insetos-pragas para evitar ferimentos nas bagas, que po-dem proporcionar “porta-de-entrada” para o fungo. Outras medidas recomendadas são: evitar o excesso de adubação nitrogenada, poda verde para favorecer o arejamento dos cachos e a penetração dos fungicidas, com a alternância de fungicidas de contato e sistêmico.

Fonte: Embrapa

Podridão da uva madura (glomerella)

* Aldacir Pancotto

Ald

acir

Pan

cott

o

* Emater/RS-Ascar Monte Belo do Sul

* Advogada - OAB/RS 32072Escritório profissional na

Galeria Solar, sala 14, CentroFone/Fax (54) 3055.4453

Mande suas dúvidas ou sugestões para: [email protected]

Parece nome de uma bomba nuclear, mas não deixa de ser. Se refere a terceira versão do Pro-grama Nacional de Direitos Hu-manos, um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicado em 21 de dezembro de 2009. Este é mais um “programinha” gover-namental que ameaça a liberdade de imprensa, protege invasores de terra, legaliza o aborto, apóia o casamento de homossexuais, im-pede o uso de símbolos religiosos em espaços públicos e permite a investigação de crimes cometidos por militares durante a ditadura militar, sem é claro atingir os pra-ticados pelos terroristas e guerri-lheiros (os amigos do rei).

O que nós temos com isso? TUDO. Juristas renomados que tiveram acesso ao decreto, entre eles e na minha opinião, um dos melhores, como o Dr. Yves Gandra Martins, ficaram impressionados com o conteúdo absurdo do re-ferido programa, considerando-o inconstitucional. O texto prevê mudanças na lei para dificultar a desocupação de terras invadidas. O que nada mais é que dificultar a retirada dos invasores de terra. A Lei será um prato cheio para aque-le povo ordeiro e trabalhador do MST que todos nós conhecemos... um governo que se diz democrá-tico, ao apresentar uma Lei que dificulta e obstrui o caráter urgen-te das reintegrações de terra de quem é invadido, está apoiando os movimentos criminosos que in-vadem e depredam o patrimônio alheio. O invasor terá mais direitos que o proprietário.

Outra pérola, do referido de-creto, se refere à prostituição. Esta chaga da sociedade, que recruta mulheres cada vez mais jovens, não poderá ser combatida. Segundo o programa, a prostituição deve ser reconhecida como uma profissão, ou seja, com direitos trabalhistas. Deverá, também, haver campa-nhas (pagas com nosso dinheiro óbvio) para desconstruir qualquer preconceito com relação á imagem dos “profissionais do sexo”.

Mas a grande cartada, dos nossos aprendizes de ditadores, fãs de Hugo Chávez, que im-plantou o sistema na Venezuela, trilhando o caminho da ditadura, onde o Poder Executivo é tudo e os outros poderes são nada, está na parte do texto que prevê que emissoras de rádio e televisão po-

dem ter suas concessões cassadas caso transmitam programas que violem os Direitos Humanos. Já imaginaram? Se não havendo uma censura institucionalizada já há per-seguições, retaliações e ameaças, quem terá coragem de publicar denúncias e expor as sujeiras que circulam à nossa volta? Só sobrevi-verá o meio de comunicação que for conivente com a ideologia do governo, podendo haver advertên-cia, multa, suspensão da programa-ção e até a cassação definitiva.

Eu entendo que, qualquer ini-ciativa que visa criar um controle que interfira no conteúdo editorial das empresas de rádio e televisão é censura, que fere a liberdade de expressão da imprensa. Fato que ocorre nos países que vivem uma ditadura, como Venezuela e Cuba, onde o povo vive uma escravidão camuflada. “Quem ler a Constituição venezuelana verifi-cará a extrema semelhança entre os instrumentos de que dispõe Chávez para eliminar a oposição e aqueles que o PNDH-3 apresenta, objetivando alterar profundamente a lei maior brasileira.” - (Yves Gandra Martins - Jurista).

Quem assinou o decreto? Luis Inácio Lula da Silva e seus Ministros. Entre eles, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à presidência da República, Ministro da Justiça, Tarso Genro, e do Ministro da Comunica-ção Social, Franklin Martins.

Por isso, como disse a frase: Os políticos e as fraldas devem ser mudados freqüentemente e pela mesma razão...

Pensem nisso...

PNDH 3

* Simone M. Serafini

Sim

one

M. S

erafi

ni

04 Especial Mulher 05Empresas & Cia

CIC chega aos 96 anos com ampla oferta de produtos e serviçosO Centro da Indústria, Comércio

e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG), sediado atualmente no Parque de Eventos, desde 1914, atua na defesa dos interesses de seus associados. Do início das atividades até agora, a entidade cresceu significativamente, tanto em número de associados quanto em pres-tação de serviços. A representatividade do CIC está no conjunto de suas 760 empresas associadas. Presidido pelo empresário Henrique Tecchio, o CIC conta com uma diretoria formada por 29 membros, sendo seis vice-presiden-tes e 23 diretores em áreas específicas da indústria, comércio e serviços. A entidade, criada em 24 de junho de 1914, também atua com uma comissão de obras formada por quatro membros e um quadro de 11 funcionários.

A ExpoBento, promovida pelo CIC, reúne anualmente cerca de 400 exposi-tores para a comercialização, durante 11 dias, de mais de 15 mil itens. O público da feira gira em torno de 170 mil pesso-

as. A última edição, em 2009, gerou um volume de negócios na ordem de R$ 25 milhões. Em produtos e serviços, a insti-tuição oferece cursos, palestras, seminá-rios, visitas técnicas, videoteca, biblioteca e o site www.cicbg.com.br. A entidade tem equipamentos para locações em eventos e estrutura física com salão para 180 pessoas e espaços voltados a cursos e palestras. Além disso, o CIC disponibili-

za aos associados atendimento jurídico, garante serviços na Junta Comercial com valores diferenciados e parceria com o Sebrae para cursos e assessorias.

A entidade também coordena proje-tos, entre eles os CICs Serra, para defesa de causas regionais, o Fórum das Entida-des por Bento Gonçalves, instituído com o objetivo de aumentar a representativi-dade política do município, o Viva Bento,

voltado a ações de desenvolvimento do comércio local, o Cine CIC, com a pro-jeção de filmes de cinema em escolas frequentadas por crianças de baixa renda e o Rodada de Negócios, para promover a integração e o fomento de negócios entre as empresas associadas.

O CIC presta ainda serviços em as-sessoria para negócios internacionais, através de emissão de Certificados de Origem, de consultoria e da Sala do Exportador, em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais(SEDAI). Além disso, mantém parcerias voltadas ao aprimoramento de produtos, a projetos sociais, ao incentivo do em-preendedorismo e ao acesso a linhas de financiamentos. O Presidente da entidade ressalta que, através do CIC, as empresas são ouvidas.Tecchio acres-centa que o CIC quer receber novos associados “para fortalecer ainda mais a classe empresarial do município”. Informações pelo fone 2102 -1999.

Henrique Tecchio

Parquinho é uma das atrações preferidas das criançasRita de Cássia Neves e Josiele Carolina Steil

Silvia Tonon

CDL/BG promove jantar no Dia Internacional da MulherMais de 100 mulheres serão recepcionadas com um cardápio

regado a espumantes, mais show surpresa e sorteio de prêmiosO Dia Internacional da Mulher –

8 de março - será comemorado em grande estilo pela Câmara de Dirigen-tes Lojistas de Bento Gonçalves (CDL/

BG). A entidade está preparando um jantar especial na Pizzaria Dom Pepe, que deverá reunir mais de 100 mulheres. O jantar, na noite de 8 de

março, será regado a espumantes das vinícolas Torcello, Vallontano e Dal Pizzol e contará com show surpresa e sorteio de prêmios.

De acordo com a presidente da CDL/BG, Helenir Bedin, a iniciativa é para, num primeiro momento, ho-menagear as lojistas e comerciárias de empresas associadas à entidade pelo Dia Internacional da Mulher. “A representatividade da mulher na so-ciedade em que vivemos vai estar em evidência no dia 8. Temos muito que comemorar e para isso estamos pre-parando uma grande festa”, declara.

O evento também está aberto para mulheres de outros setores que desejem comemorar a data num ambiente descontraído, com uma programação diferenciada. O convite estará sendo comercializado a partir da próxima semana, ao valor de R$ 28,00, na sede da CDL/BG na Galeria Zanoni, 2º andar, ou através do telefo-

ne (54) 3455.0555, com Joana.

Atrações especiais

A novidade no jantar será o “car-dápio musical”, onde as participantes poderão escolher as músicas de sua preferência para ouvir na interpreta-ção do artista convidado.

As participantes também estarão concorrendo ao sorteio de prêmios patrocinados por empresas dos mais diversos ramos. Entre os prêmios, des-taque para uma jóia (Joalheria e Ótica Virtual), um relógio (Vízia Óptica), uma diária para duas pessoas (Farina Park Hotel), um dia de beleza (Jane Beauty Centro Estético), uma camiso-la (Intimitá), um curso de informática (Escola Infoserv), um kit cosméticos (Vinotage Cosméticos), uma sessão de fotos (Foto Pavan), uma bolsa de couro (Stivanin), um vale-compras de R$ 150,00 (Carllize), entre outros.

17ª Movelsul Brasil estima lucro de US$ 300 milhões

O Parque de Eventos da Bento Gonçalves sedia, de 22 a 26 de março deste ano, a 17ª edição da Movelsul Brasil, promovida a cada dois anos pelo Sindmóveis. A próxima edição do evento vai reunir 357 expositores, de 68 países. A expectativa de público é de 35 mil pessoas.

Segundo o presidente da Movelsul, Marcelo Haefliger, a estimativa de lucro para essa edição é maior do que os anteriores, devido à redução do Imposto Sobre o Produto

Industrializado (IPI). “Acredita-mos gerar um lucro de US$ 300 milhões. Na outra edição che-gamos aos US$ 270 milhões”, afirma o presidente.

Uma das novidades dessa edição, de acordo com Ha-efliger, é o projeto Móveis x Imóveis. “Além das empresas de móveis, teremos constru-tores na feira, disponibilizando a compra de imóveis mobilia-dos”, explica ele. O horário da visitação à feira é das 12h às 20h. Para maiores informações: (54) 3055.4145.

Páscoa recheada de atrações no Hotel Villa MichelonMais do que uma alternativa fora

dos padrões da hotelaria convencional, o complexo turístico Villa Michelon, na Serra Gaúcha, é o local indicado para quem busca conforto e hospitalidade. Localizado no coração do Vale dos Vinhedos, o Villa Michelon reúne, além dos atrativos naturais e dos melhores vi-nhos do Brasil, um elenco de opções de lazer e entretenimento para a família.

Nesta Páscoa, quem pensa em viajar, encontra no complexo muito mais do que hospedagem. O Villa Mi-chelon preparou um pacote especial para o período de 1º a 4 de abril com itens diferenciados para agradar a to-dos os gostos. O pacote inclui: café da manhã; meia pensão jantar (5ª feira, no Hotel, 6ª feira, Bacalhoada e sába-do, jantar italiano com show); almoço de Páscoa no domingo e programa-ção infantil em todo o período.

A estrutura do hotel permite a

realização de um roteiro de encan-tos, tanto na área externa como na interna. A programação pode incluir passeios e trilhas ao ar livre, prática de esportes, visita e degustação de frutas e verduras no pomar e na horta orgâ-nica e até o contato com pequenos animais, na mini-fazenda. Se o clima estiver mais para o aconchego do lar, as opções podem ser encontradas nos próprios apartamentos ou em ambientes como o Espaço Cultural e a piscina térmica. Para quem quer conhecer mais da história, hábitos e costumes da imigração italiana na região, ainda há o Memorial do Vinho e a Casa do Filó que resgatam antigui-dades e relíquias da colonização.

No Villa Michelon, a beleza natu-ral da região e a ampla variedade de opções de lazer e entretenimento são brindadas com os melhores vinhos e espumantes brasileiros.

Fotos: Divulgação Villa Michelon

Família pode desfrutar bons momentos na piscina térmica

Rita de Cássia Neves: “Já levei tombos, mas nunca desisti.”

A comerciante Rita de Cássia Ne-ves é uma mulher empreendedora, destacada pelo Jornal Integração da Serra como exemplo no Dia Interna-cional da Mulher, comemorado em 8 de março. Rita é natural de Criciúma, Santa Catarina, onde começou a tra-balhar como sacoleira, aos 15 anos. Aos 17 anos, mudou-se para Caxias do Sul, onde manteve a atividade de sacoleira, paralela a de secretária de uma empresa, onde atuou por três anos. Após, continuou na atividade de sacoleira, aliada a de vendedora de cosméticos.

Há dois anos, abriu em Bento Gonçalves a loja Linda RK Fashion, na rua 13 de maio, 383, centro, com vestuários de qualidade a valores entre R$ 9,90 a R$ 69, 90. A proposta obteve tanto sucesso que, no próxi-mo mês de abril, será aberta filial em Garibaldi e até o final deste ano em Carlos Barbosa e Veranópolis. Para

conseguir comercializar mercadorias de qualidade a valores acessíveis. Rita viaja muito, visitando confecções de municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. “É possível vestir bem e barato”, afirma ela. Ela também atribui o sucesso do empreendimen-to a forma de atender a clientela, com o predomínio da verdade. “Não mentimos para vender. Se a roupa não fica bem, falamos para a pessoa”, acrescenta. Outros diferenciais da Linda RK são a troca de mercadoria a qualquer hora e a abertura da loja em todos os sábados do mês.

Ela diz que “já levou muitos tom-bos, mas nunca desiste”. De acordo com ela, o sol nasce para todos, vai de cada um buscar o seu raio. Rita ressalta ainda a colaboração da funcionária Josiele Carolina Steil para cuidar da loja por ocasião de suas viagens a ne-gócios. “ Ela é uma pessoa com muita garra, em quem confio bastante”.

Arquivo Pessoal

Perfil de empreendedora

06 07Social Persona

Perfil Persona

Persona Infantil

Moacyr Rigatti Confira o perfil de um dos responsáveis pelo sucesso do setor comercial do Jornal Integra-ção da Serra: Moacyr Rigatti. Há mais de dez anos atuando em vendas, ele é persona.

Nome: Moacyr Rigatti .Idade: 48 anos.Vida: Dom de Deus.Lugar: Minha Casa.Viagem: Ao Sagrado Coração de Jesus.Lembrança: Das brincadeiras saudáveis quando criança.Família: A Minha - Base de Tudo.Livro: A Bíblia SagradaBento Gonçalves: As pessoas precisam exercitar a humildade.Palavra: Amor.Frase: ”Tudo posso N’Aquele que me fortalece”.Confiança: Em Deus.

Fábrica de linhoA nossa volta ao passado,

nesta edição, vai até os anos 1920. Com a chegada da estra-da férrea à região, nota-se uma transformação no, até então, centro agrícola.

A fábrica de linho (foto) es-

tava situada no Bairro Borgo, próximo à gruta. Com máquinas movidas a vapor e com caldeiras instaladas no porão, a indústria oferecia diversos empregos. A produção era comercializada em Porto Alegre.

[email protected]

Além dos limites vou e sou capaz

Álvaro Manzoni“

Túnel do Tempo

Confraternização na fábrica de linho no Bairro Borgo. Entre os presentes identificamos: Acima: (2) Pigo-zzo. Abaixo: (1) Antônio Picolli, (2) Bepi Picolli, (5) Sra. Grasseli, (6) Maria Grasselli, (7) Helena Grasseli, (8)

Rosina A. Menegotto Dal Piaz, (11) José Menegotto(menino), (12) Anselmo Picolli,(13) Sr. Grasseli, (17) Gino Batoquio, (20) Fasolo, (21) Sr. Torriani e funcionárias da fábrica. Vê-se à frente um fardo de linho

cuidadosamente preparado para retratar e comprovar a história da Bento Gonçalves dos anos 20.

- 1920 -

Janete Nodari Fracalossi

Divas

No mês dedicado a elas, fotos das divas do cinema, como a eterna Ma-rilyn Monroe foram escolhidas para decorar o moderno espaço da Diva´s acessórios e cabelos.

Encontro

Vem aí o 5º Encontro Internacio-nal da Família Taffarel. Será na cidade de Porto Mauá/ RS, nos dias 10 e 11 de abril de 2010. A grande família dos Taffarel é procedente da região do Vêneto e espalhou-se pelo sul do Brasil e Argentina. Informações: famí[email protected]

Tiago Coser e Rafael Roman caracterizados para a corrida dos garrafonistas na Festa da Colheita em Tuiuty

Maria Eduarda de Almeida, filha de David e Patrícia, inicia o ano com aulas de música e futebol na agenda

arquivo pessoalJanete Nodari Fracalossi

Arquivo Pessoal

As amigas Maria Eduarda Fontanella Capoani e Marina Bellé de Freitas aproveitaram as férias nas piscinas do Ipiranga

Beleza

Valder Coiffeur e equipe recebe-ram convidados na inauguração do novo salão na Rua Olavo Bilac, 633, sala 1. O espaço conta também com tratamentos cosmetológicos, corpo-rais e banhos relaxantes e terapêuti-cos em banheira de madeira (ofurô) no SPA Day.

Aplausos

Para o projeto Bento em Vindima. A aula-show de culinária com Olivier Anquier foi muito aplaudida. O cozi-nheiro teceu elogios aos vinhos e às paisagens de Pinto Bandeira. Motivo: iguaizinhas ao seu lugar de origem: a França.

A atleta de vôlei Raquel Andreola Nunes que está em Americana/SP veio rever a família e os amigos e ficou para o carnaval em Bento

O economista João Dorval de Almeida Neto e o empresário José Oro em evento no CIC

Rafa teclasRafael Rigo Vignatti tem 22 anos. É tecladista desde os oito. “No início,

tocar teclado era apenas um passatempo para mim. Porém, aos 14 anos, descobri que esta era uma das minhas paixões e passei a me dedicar cada vez mais”, conta.

Com 16 anos, Vig-natti começou a fazer parte do projeto mul-tiartístico Sinagoga e os Poetas da Praça Zen, onde permaneceu por seis anos. “O grupo reunia artistas e instru-mentistas da cidade, em uma mistura de li-teratura, poesia, teatro e música”, acrescenta. Ao mesmo tempo, ele e o guitarrista Giovani Pinceta criaram o Duo Viajando Pelo Brasil. Juntos tocam bossa nova, maracatu, frevo, baião e outros ritmos presentes na Música Popular Brasileira. E aí está outra paixão do instrumentista: a MPB. “Sou bastante eclético, mas gosto muito das técnicas de improviso presentes na Música Popular Brasileira. Ela proporciona mais liberdade aos instrumentistas. É quase como um diálogo”, ressalta.

Hoje, Vignatti também toca com a banda Os Bardos da Pangeia. Recen-temente, assumiu como professor de teclado na Fundação Casa das Artes. “Agora posso dizer que sobrevivo da música, mas me dediquei muito para isso. Tudo o que conquistei é consequência do meu esforço”, conclui.

A música que transmite beleza não se detém no mundo da sensação, mas transcende o mundo pessoal. Contém

uma tendência expansão prazerosa e introduz uma forma elevada e aconceitual de reflexão. – Kant.

09As palavras e as coisas

Indi

caçõ

es d

e fil

mes

Alan Speranza, 10 anos, sugere o filme A Era do Gelo 3, de Carlos Saldanha. Scrat continua tentando agarrar a noz. E, nesse processo, pode acabar encon-trando o seu verdadeiro amor. Manny e Ellie esperam o nascimento de seu minimamute. A preguiça Sid forma sua própria família adotiva, sequestrando alguns ovos de dinossauro. Diego, o tigre, se pergunta se não está ficando “mole” demais, devido à convivência com seus amigos. Em uma missão para resgatar o azarado Sid, a turma se aventura em uma nova era, onde a fauna e a flora são diferentes. Neste local, se encontram com dinossauros, lutam contra plantas carnívoras de fúria assassina – e conhecem uma incansável doninha de um olho só, caçadora de dinossauros, chamada Buck. Gênero: animação.

Morgana Pizzi, 18 anos, indica o filme Pulp Fiction – Tempo de violência, de Quentin Taran-tino. O filme mostra a violência dos gângsteres americanos, utilizando elementos de narrativas de quadrinhos e videogames, misturando o tempo dos acontecimentos. Gênero: ação.

Marcelo Gugel, 16 anos, indica o filme Dis-trito 9, de Peter Jackson. O filme relata o primeiro contato feito pelos aliens com a terra. Os humanos esperavam que a raça quisesse destruir o planeta. Em vez disso, as criaturas pediram asilo, já que são as últimas sobreviventes de seu planeta de origem. Porém, depois de um tempo a convivência entre as espécies se torna difícil. Por isso os “não-humanos”, como são chamados, permanecem escondidos em uma área improvisada na África do Sul, denominada

Distrito 9. Lá, aguardam a decisão dos humanos, que irão determinar o que será feito com eles. Gênero: ficção.

As palavras e as coisas,

por Cristiane Moro,[email protected]

08 Saúde

* Dermatologista, infectologista, pós-doutorando em Imunobiologia

A pele é a maior órgão do corpo humano. Envolve o organismo e determina o seu limite com o meio externo, correspondendo a 16% do peso corporal, exercendo diversas funções, como: regu-lação térmica, defesa, controle do fluxo sanguíneo, proteção contra diversos agentes do meio ambiente e funções sensoriais(calor, frio, pressão, dor e tato). A pele é um órgão vital e , sem ela, a sobrevivên-cia seria impossível. É formada por três camadas:epiderme, derme e hipoderme, da mais externa para a mais profunda, respectivamente. A hipoder-me, também chamada de tecido celular subcutâneo, a porção mais profunda da pele é composta por feixe de tecido conjuntivo que envolvem cé-lulas gordurosas(adipócitos) e formam lobos de gordura. Sua estrutura fornece proteção contra traumas físicos, além de ser um depósito de calorias. A hipodermite é a inflamação do tecido subcutâneo.

É importante entender que o diagnóstico da paniculite ou hipodermite é feito por exame histológico(biópsia da pele). São vários os grupos de do-enças que podem acometer o tecido celular subcutâneo e só o exame da pele é que deverá

Paniculites ou Hipodermites

dar a causa da inflamação.Como causas de panícu-

lite, podemos citar o Eritema Nodoso(hipodermite mais comum), a Paniculite de Vila Nova, a Paniculite Nodular Migratória, a Paniculite de We-ber-Christian, a Paniculite de Rothman-Makai, Vasculite No-dular, Paniculite Lúpica, Pani-culite associada a Pancreatite, e afecções próprias do recém-nascido, como escleredema neonatal e a necrose sub-cutânea do recém-nascido; entre outras. Os sinais clínicos mais comuns são nódulos doloros (principalmente nas pernas), com ou sem presença de febre nos adultos; e nos recém-nascidos o compro-metimento do abdomen ou região lombo-sacra.

Trouxe este assunto para esclarecimento de um tipo de afecção cutânea que não é tão comum e que pode trazer muitas dificuldades clínicas para seus portadores.

Dr.

Bren

o M

arzo

la

* Dr. Breno Marzola

Poes

ia: Eu canto porque o instante existe

e a minha vida está completa.Não sou alegre nem triste:

sou poeta.Irmão das coisas fugidias,

não sinto gozo nem tormento.Atravesso noites e dias

no vento.

Se desmorono ou edifico,se permaneço ou me desfaço,

-não sei, não sei. Não sei se ficoou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.Tem sangue eterno e asa ritmada.

E sei que um dia estarei mudo:-mais nada

Motivo – Cecília Meireles

Bento Gonçalves terá acesso a filmes clássicos de diretores consagrados

A partir do mês de abril, a G&M produções, que já trouxe a Bento Gonçalves peças como Guri de Uruguaiana e Se Meu Ponto G falasse, passa a coor-denar a programação das duas salas de cinema do Shopping L’América.

Uma das salas exibirá se-manalmente filmes clássicos e diretores consagrados, além de filmes vencedores de prêmios

e mostras, como Semana da Comédia, Semana do Terror e Semana da Criança.

A outra será destinada apre-sentar projetos aos vivo, mini pe-ças teatrais, palestras, shows de música e lançamento de livros.

Segundo a G&M produções, também há a possibilidade de existir um ambiente externo para um café ou uma loja de doces.

Quiropraxia alivia doresA quiropraxia é uma profissão

na área da saúde que se dedica à prevenção, diagnóstico e trata-mento de alterações no sistema neuro-músculo-esquelético e suas consequências no organismo. “O tratamento é realizado através de ajustes manuais que corrigem alte-rações nas articulações, aliviando a dor”, explica a quiropraxista Bruna Carrer Stefenon. Ela acrescenta que a quiropraxia é indicada para pesso-

as que sofrem de dores nas costas, na cabeça, no nervo ciático, hérnia de disco, articulações temporo-mandibular, alterações na postura e problemas nos joelhos, ombros e punhos, aliviando as dores.

Bruna Carrer Stefenon tem seu consultório localizado na rua Salda-nha Marinho, sala 502, em Bento Gon-çalves. O telefone é o (54) 8149-1012. Também atua em Serafina Corrêa, (54) 3444.1153.

arquivo pessoal

A quiropraxista Bruna Carrer Stefenon em atendimento

Projeto Segundo Tempo - Iniciou em Bento Gonçalves, na última semana de fevereiro, o Projeto Se-gundo Tempo, que é um Programa Estratégico do Governo Federal, em parceria com governos estaduais e municipais, voltado à democratiza-ção, prática e cultura do Esporte. O projeto em Bento Gonçalves, desenvolvido no Ginásio Municipal de Esportes, vai contemplar 200 pessoas, com idades entre 7 e 17 anos, com a prática gratuita de futsal, futebol de campo e ginástica olímpica, em seis horas semanais, durante 13 meses.

Objetivos Específicos:• Contribuir para a melhoria da

qualidade de vida (auto-estima, con-vívio, integração social e saúde);

• Contribuir para a diminuição da exposição aos riscos sociais (drogas, prostituição, gravidez precoce, criminalidade, trabalho infantil e a conscientização da prática espor-tiva, assegurando o exercício da cidadania).

• Desenvolver valores sociais, entre tantos outros aspectos sociais.

Resultados Esperados

Esportes da Terra

Silvio dos Santos

Impactos diretos:• Melhoria no convívio e na inte-

gração social e na auto-estima dos participantes;

• Melhoria das condições de saúde dos participantes;

• Aumento do número de pra-ticantes de atividades esportivas educacionais, entre outras tantas atividades.

Impactos indiretos:• Diminuição da exposição dos

participantes a riscos sociais;• Melhoria no rendimento escolar

dos alunos envolvidos;• Diminuição da evasão escolar

nas escolas atendidas;Expobento: Estão abertas as ins-

crições para a disputa da 2ª Copa Expobento de Futebol Amador. Local: Ginásio Municipal de Es-portes. Contato: Silvio dos Santos, pelos fones 3055.7421, 3055.7419 ou cel. 9139.5464 no horário das 18h30min às 22 horas.

Espo

rtes

da

Terr

aA

poio

:

R.uaJúlio de Castilhos, 644 - Sala 01 - CentroBento Gonçalves - RS - CEP 95700-000

Email: [email protected]: 55*80*34308

Fones: (54) 3055.4511(54) 9139.5464

10 Esportes

ExpoBento promove competições em várias modalidades esportivas

Nos finais de semana, entre 21 de março a 12 de junho deste ano, acontece-rão, em Bento Gonçalves, competições es-portivas promovidas pelo projeto 1º Jogos ExpoBento. O evento lançado pela Expo-Bento 2010, em parceria com a Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves, através da Secretaria Municipal da Cultura, Esporte e

Lazer, será marcado por competições de Pesca, Bolão, Percurso de Carabina, Rali Amador, Paddle, Enduro do Vinho e Judô. Já de março a junho, também deste ano, acontece a 2ª Copa ExpoBento de Futebol Amador. Os interessados podem se inscre-ver na sede da Secretaria, junto ao Ginásio Municipal de Esportes.

Mod

alid

ades

e d

atas Pesca

Bolão

Percurso de Carabina

Rali Amador

Paddle

Enduro do Vinho

Judô

21 e 22 de março

17 e 18 de abril

27 e 28 de março

8 e 9 de maio

15 e 16 de maio

22 e 23 de maio

12 de junho

Clube Caça e Pesca

Clube Botafogo

Clube Caça e Pesca

Vale dos Vinhedos

Local a ser definido

Vale dos Vinhedos

Pavilhão F, durante a ExpoBento 2010

Aumenta a prática de Full Contact no Brasil

O Full Contact, resultante de uma mistura de boxe com karatê, tem sido bastante procurado no Brasil nos últimos anos, por ambos os sexos. Segundo o professor de Full Contact, Gustavo Tonetto, o esporte não é mais visto como uma luta violenta. Mas, segundo ele, no Brasil poucos atletas tem conseguido se destacar, devido a falta de incentivo financeiro

ao esporte. “Em outros países, como por exemplo os Estados Unidos, onde surgiu o esporte, os praticantes recebem auxílio oficial para cobrirem gastos com treinos, roupas e campeo-natos”, acrescenta Tonetto. De acordo com o professor, se o aluno participar de três aulas semanais, com duração de 1h30min, em três anos poderá ser atleta profissional.

Cristiane Moro

Esporte mescla golpes de boxe e de karatê

12 Comunidades 23

www.ernanicousandier.com.br

Errata: Na edição anterior (Suplemento de Quadrinhos Tchê e Tchó nº 22) a palavra “impacto” foi grafada com “n”.

Santa Tereza

Monte Belo do Sul

Prédio da Unidade de Saúde será duplicado

Professores beneficiados com plano de carreira do magistério

Prorrogadas inscrições da escolha das soberanas da Vindima 2011

O prédio da Unidade de Saúde central do município de Santa Tereza será duplicado até o final deste ano. O prefeito de Santa Tereza, Diogo Segabinazzi Siqueira e a secretária municipal da Saúde, Cidiane Conti, assinaram, em Porto Alegre, no últi-mo dia 24 de fevereiro, convênio com o governo do estado para o aumento da instalação da unidade, atualmen-te representada por 215 metros qua-drados de área construída.

O governo do estado, através da Secretaria de Saúde, vai investir R$ 160 mil na obra, com contrapar-tida de R$ 100 mil da prefeitura. A ampliação será representada por

292 metros quadrados de área construída. O apoio do governo do estado foi solicitado através de projeto protocolado pela prefeitura em julho de 2009.

O Prefeito salienta que essa par-ceria com o estado é uma das mais importantes, na esfera, da história política de Santa Tereza. Acrescenta que a obtenção da melhoria foi fruto de um trabalho árduo da prefeitura, do deputado estadual Jorge Gobbi e do secretário estadual de Saúde, Os-mar Terra. A secretária Cidiane Conti ressalta que a ampliação do prédio irá proporcionar conforto e atendimento mais eficiente aos munícipes.

Deputado estadual Jorge Gobi, secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, prefeito Diogo Segabinazzi Siqueira e secretaria municipal

da Saúde Cidiane Conti, no ato de assinatura do convênio

Divulgação

Os professores de Monte Belo do Sul já foram beneficiados com a aprovação do novo Plano de Carreira do Magistério. A Lei Federal do Piso Nacional para o Magistério exige que todos os municípios atualizem o Plano de Carreira, para adaptação à nova legislação. Em Monte Belo do Sul, desde 1° de janeiro deste ano, está em vigência o novo Plano de Carreira com inúmeras vantagens, entre elas 45 dias de férias para professores com regência de classe, recebendo, inclu-sive, renumeração correspondente ao período.

O prefeito Adenir Dallé ressalta que existe por parte de Poder Público uma grande preocupação em valorizar esses profissionais tão importantes para o município, “não apenas na questão financeira, mas principalmen-

te na área humana”.Os professores também receberam

reajuste sobre os percentuais de difícil acesso, funções gratificadas, atendi-mento a multisseriadas e alunos com necessidades educacionais especiais, além da correção salarial. Foi acrescida uma classe para a promoção, de acor-do com o tempo e merecimento. Para professores com 20 horas semanais, 20% da carga horária fica reservada para horas-atividade.

A Secretária de Educação Seli Gnoatto Ilha salienta que estar com o aluno é tão importante quanto possuir disponibilidade para o planejamento das ações que envolvem o processo de ensino-aprendizagem. “Essas me-lhorias motivarão os educadores para iniciar o ano letivo com mais entusias-mo”, observa ela. Divulgação

Foram prorrogadas até o dia 10 de março as inscrições para a escolha da Rainha e Princesas da Festa de Abertura da Vindima 2011, por ser uma época bastante tumultuada para as comunidades do interior escolherem suas candidatas, devido a colheita da safra da uva. A escolha acontecerá no próximo dia 23 de abril. No aniversário de emancipação política do município, comemorado em 20 de março, as ins-critas participarão de atividades.

As candidatas deverão preen-cher obrigatoriamente os seguintes requisitos: residir ou ter nascido em Monte Belo do Sul, ter idade mínima de 17 anos até a data do concurso, se inscrever individualmente, ou ser in-dicada para representar comunidades ou entidades. Cada candidata poderá

representar até três entidades.Os documentos necessários para

inscrição são: cópia da identidade, comprovante de residência e foto que será utilizada para divulgação nos veículos de comunicação. Se menores, deverão ter autorização dos pais (o formulário será fornecido pelo Departamento de Turismo).

Depois de eleitas, as Soberanas iniciarão o trabalho de divulgação do evento, que acontecerá em janeiro de 2011. As demais candidatas receberão o título de Embaixatrizes da festa e também trabalharão na divulgação do evento e recepção de visitantes Maio-res informações podem ser obtidas na Prefeitura Municipal de Monte Belo do Sul, pelo fone 3457.1300 ou no site www.montebelodosul.rs.gov.br

Professores e estudantes de Monte Belo do Sul valorizados pelo poder público municipal

04 Artistas da Terra Zilá Maria Nodari | Pura Inspiração

Por Janete Nodari Fracalossi

Arte é assunto de família para a filha de Antenor Pedro Nodari, gráfi-co, e da professora e também artista plástica, Gelvázia Zilá Sandrin Nodari. Esse talento vem de gerações, como a do avô paterno, um artesão de mão cheia e do bisavô, desenhista (autor dos famosos lambrequins - rendas em madeira - que ainda hoje enfeitam a cidade de Antônio Prado). Assim, tra-balhos manuais e, hoje, obras de arte

Uma palavra define o artista: criação. Isso se aplica bem à artista plástica Zilá Maria Nodari. Ela cria peças exclusivas que se enquadram à decoração de ambientes. É a chamada arte decorativa

são a vida da artista. Além, é claro, da filha Carolina, de 18 anos, que segue os passos da mãe na galeria de arte, localizada numa charmosa casa dos anos quarenta. Reunindo um acervo de artistas locais e do estado, o espa-ço de arte conta com obras, pinturas e esculturas em cerâmica, papel machê, porongo, gesso e papietagem (técni-ca com papéis colados).

Texturas

Atraída por Arquitetura, Zilá transitou também pela editoração, revisão e publicidade. No final da década de 90, abriu uma empresa de emoldurações de quadros, amplian-do para cursos (pintura, desenho, de-coração de interiores e paisagismo), galeria e atelier. Convicta de que está fazendo sua parte quanto à educação

do olhar das pessoas para o belo, Zilá é explicativa: “A arte nos proporciona uma visão mais humanista na com-preensão da sociedade e do mundo como um todo.”

A artista utiliza acrílico sobre tela com aplicação de diferentes materiais: vime, sisal, fibra de coco, madeira, palha, juta, além de tecidos rústicos. Seus temas são florais e abs-tratos com aproveitamento de ele-mentos da natureza. Por falar nisso, Zilá participará, pela primeira vez, do Salão Internacional de Artes Plásticas da Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente - FIEMA Brasil 2010 - “No mundo da arte, poluição à parte “de 27 a 30 de abril, na Funda-

parque, em Bento Gonçalves.

Energia

Zilá admira Portinari e Van Gogh. Mas, foi a obra- As meninas Cahen d´Anvers – Rosa e Azul- de Renoir que a deixou paralisada durante uma visita ao MARGS. Nomes como Victor Hugo Porto e Miriam Postal são cita-dos e mostrados pela artista constan-temente. “Tem ocasiões que olhamos para uma obra e percebemos que ela possui alma. A energia está tão presente que fica impressa na tela. É como se tivesse vida” ressalta.

A bento-gonçalvense tem obras em acervos particulares no Brasil e em países como Uruguai, Noruega, Esta-dos Unidos e Alemanha. Ela participa da Movelsul e Casa Brasil na decoração dos estandes. Podemos encontrar suas obras também na Expobento.

Quando não está pintando ou de-corando, a inspirada Zilá gosta de ler as crônicas da gaúcha Marta Medei-ros. Ela ainda pretende conhecer os museus do mundo todo. No momen-to, o que deseja mesmo é seguir com sua meta de educar para a arte. “No começo, não foi fácil fazer as pessoas entenderem que não é somente uma questão de quadros na parede, mas sim, uma visão de concepção estéti-ca”, conclui orgulhosa de se dedicar em tempo integral às artes.

Zilá Spasso da Arte – (54) 3055-4277 – Rua General Vitorino, 277 A – Bento Gonçalves

ATENÇÃO CONSUMIDORES

A exigência de pagamento antecipado para benefícios, emprés-timos, carta de crédito para consórcio pode ser indício de tentativa de golpe contra o consumidor. Em caso de dúvida, antes de fechar um negócio, vá ao Procon ou Delegacia Especializada da Ordem Econômica.

Betha Ruaro