Guilherme Pasin -...

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES, 05 DE FEVEREIRO DE 2013 | EDIÇÃO 140 Quero devolver aos moradores de Bento Gonçalves o orgulho de residir na cidade. Prefeito de Bento Gonçalves Guilherme Pasin

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Quero devolver aos moradores de Bento Gonçalves o orgulho de residir na cidade.

Prefeito de Bento Gonçalves

GuilhermePasin

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o último dia 27 de janeiro, o prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, completou 30 anos. Pasin, um dos ho-mens mais jovens eleitos para administrar a prefeitura de

Bento Gonçalves pela coligação PP/PMDB, surpreendeu muitos moradores do município ao derrubar o favoritismo do ex-prefeito Roberto Lunelli, PT, candidato a reeleição. Esta vitória, segundo ele, foi preparada passo a passo, através de trabalho e planejamento, condutas que, ainda de acordo com ele, estão sendo mantidas agora, no poder, para organizar as finanças públicas. Ele assumiu a prefeitura com graves problemas financeiros.

O atual prefeito de Bento Gonçalves, natural do município, é filho do casal Elizabete Teresinha Rech Pasin e Luiz Pasin (in me-moriam). Casou com a cirurgiã-dentista Cynthia Beatriz Gomes Costa Pasin em dezembro de 2012, na igreja da comunidade 15 da Graciema, em cerimônia matrimonial conduzida pelo padre Izidoro Bigolin, religioso que também o batizou.

Kátia Bortolini

Por Kátia Bortolini e Janete Nodari

Integração - Como você define política? Qual é a sua missão?

Prefeito Pasin - Política é arte do relacionamento que tem por fim o bem comum e essa é a missão.

Integração - Quando o bem da maioria der de frente com o interesse de alguns, o que vai acontecer?

Prefeito Pasin - A função do Ad-ministrador Público não é agradar a todos em ações específicas, é fazer o correto, fazer o que precisa ser feito. E fazer o correto é atender o interesse da coletividade. Meus princípios são muito claros, e tenho a certeza de que o cargo que estou ocupando pode ser o primeiro degrau de uma subida, ou o último. Trabalhando de forma ética e responsável, quem decidirá a quantidade de degraus é a nossa comunidade.

“Meus princípios são muito claros, e tenho a certeza de que o cargo

que estou ocupando pode ser o primeiro degrau de

uma subida, ou o último”.

Integração - Em que situação fi-nanceira você encontrou a prefeitura de Bento Gonçalves?

Prefeito Pasin - Assumimos o Executivo municipal em uma situa-ção financeira delicada. Fiz questão de abrir essa situação para a nossa comunidade por questão de respeito ao contribuinte e, principalmente, por primar pela transparência. Com uma dívida pública de R$ 51.220, 000,00,

representada pelo montante total que o governo municipal devia, entre contas e obrigações vencidas, mais compromissos vincendos. De recur-sos livres para pagamento do passivo, herdamos um saldo de apenas R$ 1.210.000,00. Afora isso, restaram saldos referentes aos fundos muni-cipais, contas vinculadas e contas com depósitos referentes a recursos advindos de programas e projetos federais. No entanto, cabe esclarecer novamente, que esses recursos não podem ser utilizados para abatimen-tos dos compromissos já realizados. São recursos que estão disponíveis para contratação de novas despesas, por isso é que entendemos não ser apropriado falar em déficit (que é o saldo negativo de receitas menos despesas) e sim dívida. Não podemos permitir jogo de números para con-fundir nossa população. O momento financeiro do município bateu com nossa proposta de transparência e não admito que tal situação financei-ra seja argumento para não fazer. Es-tamos trabalhando muito para fazer mais com menos e assim garantir que o ponto de equilíbrio seja alcançado o mais breve possível.

Integração - Qual a arrecadação de Bento Gonçalves? Quanto tempo para equilibrar?

Prefeito Pasin - Um dos maiores erros de um gestor público é confun-dir a previsão orçamentária com a arrecadação de fato. Existe uma previ-são de arrecadação que é indicada na LDO, no entanto seria extremamente irresponsável fechar os olhos para as oscilações de mercado e tantos ou-

tros fatores que comprometem dia a dia um aumento ou uma redução do que realmente compõe o orçamento municipal. É meio olho na previsão e um olho e meio no que entra nos cofres públicos para realizar compro-missos que realmente condizem com a nossa capacidade de investimento. A arrecadação mês a mês oscila, mas, segundo uma previsão orçamentária, a média/mês seria em torno de 20 a 23 milhões. Já ouvi algumas pessoas falando que se a arrecadação mensal gira em torno desse montante, em pouquíssimo tempo poderíamos sair dessa crítica situação. No entanto, es-quecem de contabilizar todas as des-pesas que a administração municipal tem para manter seus serviços como a folha de pagamento dos servidores, manutenção da estrutura, material de consumo, aluguéis, reserva de 1/12 para o pagamento das férias e 1/12 para pagamento do 13º salário, dentre tantas outras. O foco é reduzir drasticamente as despesas correntes e assim fazer caixa para pagar os compromissos herdados, sem que se deixe de fazer o dia a dia.

Integração - Parece mais uma sucessão de problemas...

Prefeito Pasin - Eu estou vendo como um desafio. Estamos traba-lhando com forças-tarefa: roçada, limpeza, iluminação pública, etc.. No interior, fizemos a limpeza das estra-das vicinais para a safra da uva. Havia 300 pedidos de troca de lâmpadas. Já estamos zerando essa listagem, mas temos a consciência de que tem muito mais a fazer.

Integração - Prioridades de sua administração para 2013?

Prefeito Pasin - Saúde, educa-ção e limpeza urbana. Também é meta, para este ano, concluir obras iniciadas pela administração anterior, entre elas a Via del Vino, onde deter-minamos a colocação das tampas de concreto e conserto do passeio público e ampliação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Botafogo. Estas obras já consumi-ram muito dinheiro público, que não pode ser perdido.

“O foco é reduzir drasticamente as

despesas correntes e assim fazer caixa para

pagar os compromissos herdados, sem que se

deixe de fazer o dia a dia”.

Integração - De onde vai sair o dinheiro para isso?

Prefeito Pasin - Como disse an-teriormente, o município continua arrecadando, continua respirando. Cabe a nós administrar essa comple-xa equação que é o pagamento do passivo, a otimização das despesas e a manutenção dos investimentos.

Integração - Quando a política partidária começou a fazer parte de sua vida?

Prefeito Pasin - Olhando para trás, vejo que sempre tive esse per-fil, todas as recordações da minha infância sempre estava em grupo, desde atividades de classe até pelo

Guilherme Pasin: o político jovem que driblou as previsões

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esporte, depois vieram os grêmios estudantis, o movimento estudantil universitário e o início da carreira política foi algo bastante natural. O interessante é que não tive influência familiar na política partidária. Muito pelo contrário, fui criado para ser um empreendedor, com meu pai aprendi as teorias de mercado, a importância da geração do emprego e da renda, cresci o vendo atuar em defesa dos setores produtivos e trago isso muito presente ainda comigo.

Integração - Você se filiou a um partido de direita quando a tendência da juventude era a esquerda. Por quê?

Prefeito Pasin - Conceitos de direita e esquerda poderiam ser de-batidos calorosamente e por muito tempo, mas procuro partir de um princípio que aquele que entra para a vida pública tem por interesse fazer o bem para a comunidade, e para mim isso basta, independente de partido ou ideologia. Mas a minha escolha se deu muito devido a minha formação familiar e também por algumas pes-soas que eu nutria grande admiração.

“...aquele que entra para a vida pública tem por

interesse fazer o bem da comunidade, e para mim isso basta, independente de partido ou ideologia”.

Integração - Quem eram estes ídolos?

Prefeito Pasin - Um deles era o ex-prefeito e ex-deputado Darcy Pozza. Sempre admirei o seu trabalho, pessoa séria e íntegra. Um líder nato, que sempre teve muito contato com a nossa população. Sempre presente e carismático. O momento, mais uma vez foi inusitado. Aos 16 anos fui para Porto Alegre cursar a faculdade de Direito na PUC. Um ano e meio depois, decidi voltar para Bento. Eu era muito jovem, morava sozinho em Porto Alegre e o curso era oferecido aqui na UCS/CARVI e Bento é Bento, só quem vive um pouco fora daqui é que sabe o valor que essa cidade tem! Transferido o curso para cá, comecei a estagiar com o advogado Carlos Perizzollo, que precisava de um auxi-liar para ajudar no caso do processo de emancipação de Pinto Bandeira. Aí juntou tudo, passei a viver a vida partidária.

Integração - Você atuou ao mes-mo tempo na política partidária e na estudantil?

Prefeito Pasin - Sim, já como Presidente da Juventude Progressista de Bento Gonçalves, fui chamado pelo então Vereador do PMDB, Moisés Scussel Neto, para uma conversa so-bre o movimento estudantil da UCS/CARVI. Ele perguntou se eu estaria disposto a concorrer à Presidência do Diretório Regional de Estudantes da UCS, o histórico DARVIN, conversa-mos bastante, montamos uma equipe e vencemos a eleição. Trabalhamos muito. Mudamos o perfil de reivin-dicação estudantil. Precisávamos de uma rótula de acesso à faculdade, começamos a articular para fazer com

que a antiga idéia saísse do papel (só em argumentação, sem baderna), conquistamos junto com o então Pre-feito Gabrielli e a UCS. Conseguimos a pavimentação do estacionamento do campus, reforma do ginásio, semana da cultura, laboratórios de informáti-ca, o ambulatório. Tínhamos ousadia, mas fomos compreendidos pela ar-gumentação. Fui evoluindo, criando senso crítico e aumentando a inde-pendência de pensamento. Conclui a faculdade sabendo que queria atuar na vida pública. No final do curso de Direito, comecei o de Gestão Pública, concluído em 2008, mesmo ano em que concorri a uma vaga na Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves.

Integração - Como foi a experiên-cia de concorrer à vereança?

Prefeito Pasin - Muito boa, por-que na ocasião tive a certeza de que pode existir a boa política. Com 26 anos concorri a uma vaga no Le-gislativo de Bento Gonçalves, fui o candidato mais jovem daquele pleito e acabei sendo o oitavo mais votado do município. Recebi 1733 votos, mas não me elegi. Nunca vou esquecer esse número pela alegria que me deu.

Integração - O que você fez de-pois disso?

Prefeito Pasin - Eu entendi que me faltava experiência para a política. Nesse meio tempo, pensei até em fazer a prova para atuar como profis-sional do Direito na iniciativa privada. Mas, o então deputado estadual Jerô-nimo Goergen, que era o Presidente do Partido no Rio Grande do Sul cha-mou o Perizzollo e o Roberto Cainelli para uma reunião em Porto Alegre e falou: não deixem ele sair da política. Definido que seguiria na política, fui trabalhar em Porto Alegre, na Assem-bleia Legislativa, junto à bancada Progressista, defendendo setores da cidade. Aos 27 anos fui convidado para assumir a Chefia de Gabinete da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia permanecendo no cargo até o final de 2010. Também atuei, a convite do agora deputado federal Jerônimo Gorgen na Câmara dos Deputados. O trabalho durou apenas um ano e meio, mas foi fantástico. Comecei a me relacionar em grupos diferentes, minha visão de mundo e meu discurso mudaram. Para melhor. Em 2009, assumi a presidência do Diretório Municipal do Partido Pro-gressista. Naquela época sofri “uma certa resistência” da “velha-guarda” do partido. Era natural, acho que no início eu pensaria também: o que esse guri está querendo?

“Bento é Bento, só quem vive um pouco fora daqui

é que sabe o valor que essa cidade tem!”

Integração - Entendeu o porquê desta oposição?

Prefeito Pasin - Eles achavam que eu poderia ser um aventureiro. Eu disse: - vamos unir as duas cor-rentes (os jovens e os experientes) e o partido vai crescer. A situação estava meio indefinida. Daí, O Darcy

me chamou. Eu, que já o admirava de muito tempo, passei admirar ainda mais porque ele entendeu muito bem o que eu queria, e passei a contar o aconselhamento dele. Além disso, queria unir o grupo das mulheres, dos líderes históricos e dos jovens, sabia que iria dar certo. E deu. Trabalhamos com a experiência e com o discurso mais moderno. Em 2010, o Darcy queria que eu concorresse a Depu-tado Estadual, o momento era difícil para mim, achei que era cedo demais, não fui... não tenho como dizer quem estava certo, mas na dúvida: ele.

“Naquela época sofri uma certa resistência da “velha guarda” do

partido. Era natural, acho que no início eu pensaria também: o que esse guri

está querendo?”

Integração - Como aconteceu o processo de consolidação de sua candidatura?

Prefeito Pasin - Durante os úl-timos quatro anos, extremamente intensos, trabalhei para fazer o par-tido, mudar a cara dele, rejuvenescer as idéias, a forma de fazer política. Ao mesmo tempo, queria minha cadeira na Câmara. Busquei experiência, tra-balhando na Assembleia Legislativa, no Governo do Estado e no Congresso Federal. Como presidente do dire-tório do PP, atuei com empenho na formação de candidatos à Câmara de Vereadores. O meu candidato e candidato natural do PP para Pre-feito era o ex-prefeito Darcy Pozza, sempre. Mas, ele mesmo afirmava que precisávamos renovação, sempre disse, talvez nós é que não queríamos entender por desejar o seu retorno. Até que chegou o dia da convenção municipal e abrimos a convenção sem um candidato. O Secretário Geral do partido teve que suspender por trinta minutos nossa convenção, enquanto finalizávamos a chapa. Nos últimos minutos, batemos o martelo, com Mário Gabardo como candidato a vice. Minha referência é o Darcy, que me incentivou muito. Ele é meu padrinho. Mas também devo muito ao presidente do diretório municipal do PMDB, Luiz Alberto Maioli. Ele acreditou em mim, deu certo. Os ex- prefeitos Aido Bertuol e Alcindo Ga-brielli também confiaram. O Gabardo me passou confiança e credibilidade, uma honra para mim. Abraçamos a campanha. A questão da renovação foi muito bem construída.

Integração - Sua candidatura, aprovada, no último momento, sur-preendeu os filiados e a população?

Prefeito Pasin - Claro. Surpreen-deu e muito. O que ouvíamos era: “Pô, o Pasin é muito jovem. É um gurizão. Tem futuro na política, mas precisa de mais tempo”.

Integração - Como foi esse cres-cendo na campanha?

Prefeito Pasin - Tínhamos pou-cas pessoas. Fizemos um trabalho diferenciado, o Coordenador Geral

era o Cesar Gabardo e tínhamos o Marcos Fracalossi e Carlos Perizzollo como coordenadores. A campanha foi profissional. Aperfeiçoamos o modo de fazer campanha. Fizemos estudos. Investimos em ciência. Nosso discurso estava compatível com a situação. Não existe mais política intuitiva. É trabalho e planejamento. O “jingle” é uma história à parte. “Eu digo sim, sim, sim, eu vou de 11 vou de Guilherme Pasin”. A rima surgiu em Brasília, na metade de 2011, quando jantava com o Chefe de Gabinete da Senadora Ana Amélia Lemos, o Marco Aurélio Ferreira. Ele escreveu num guarda-napo e disse: “ta aí o jingle que você vai usar no ano que vem em Bento”. De pronto eu neguei, disse que meu trabalho estava sendo para concorrer a Vereador, não a Prefeito... ele pediu que eu guardasse o papel. Ainda te-nho ele comigo!

Integração - O que aconteceu depois?

Prefeito Pasin - Nos últimos dias de eleição, a população falava de outros candidatos. Mas, as pesquisas indicavam o contrário. Corremos muito, falamos com muita gente, visitamos todos os cantos de nossa cidade e interior.

Integração - Após a eleição surgiram boatos que você não iria assumir por ter sido aprovado em concurso público para atuar com juiz de Direito?

Prefeito Pasin - Surgiram boatos que eu havia passado em concur-sos públicos. Falaram que eu havia passado em três concursos. Eu não considero maldade, apenas boataria. Não existe nada disso. O concurso que passei foi no último dia 7 de outubro. Neste sim fui aprovado.

“A questão da renovação foi muito bem construída”.

Integração - O que pontuou a escolha de pessoas para a ocupação de cargos do primeiro escalão?

Prefeito Pasin - Primeiro, o cará-ter técnico. Depois disso cumprido, busquei fazer a mesma mescla que deu certo nas eleições: experiência e renovação. Na escolha para determi-nadas pastas, pesou mais a experiên-cia. Para outras, a renovação.

Integração - Você se considera um político nato?

Prefeito Pasin - Não sei. O que tenho certeza é que vivo para isso. Dedico minha vida a isso porque eu acredito que dá para fazer a diferença!

Integração - Algo a acrescentar?Prefeito Pasin - Iniciei a vida

política me perguntando: - Quero ser protagonista de um processo ou co-adjuvante de uma realidade? Estou no primeiro degrau de uma carreira tra-balhando pelo certo. Quero devolver aos moradores de Bento Gonçalves o orgulho de residir na cidade. Devolver o apego pelas nossas bandeiras: o Esportivo, a Fenavinho, o orgulho de nosso passado, da nossa gente... A minha vida é sonhar, planejar e buscar fazer acontecer.

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Marcha de Braguinha e Alberto Ribeiro, gravada por Carmen Miranda em 1936 e regravada por Gal Costa em 1975...

Por Janete Nodariwww.oblogdajanete.blogspot.com

Memória daCidade

“Ô balancê, balancê

Quero dançar com você

Entra na roda morena pra ver

Ô balancê, balancê...”

...balançando os carnavais de outrora nos clubes de BentoArquivo Pessoal Família Santana

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Arquivo Pessoal Família Bortolini

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DistribuiçãoGRATUITA ANO 11 | Nº 140 | JANEIRO | FEVEREIRO 2013 | www.integracaodaserra.com.br

Editorial

Uma boasafra

Página 18

Corsan aguarda liberação do IPHAN para iniciar obras na Estação de Tratamento de Esgoto da bacia do Barracão

Ortodontia | Implantes Dentários

A safra da uva - 2013, na região serrana do Rio Grande do Sul, mais uma vez rouba a cena pelo aroma, pelo visual e pela degustação. Com previsão de chuvas abaixo da média, as uvas têm apresentado

excelentes condições de desenvolvimento. Conforme o Instituto Brasileiro do VInho - Ibravin, o momento é de tranquilidade quanto à colocação da produção.

A tristeza coletiva que invadiu este verão com a tragédia de San-ta Maria serve de alerta para que cuidemos da vida, da natureza, dos jovens e da nossa casa. O ano de 2013 promete.

Que as perspectivas de uma boa safra sejam positivas para brindarmos dias melhores. Com mais atenção à educação, à saúde e ao trânsito de Bento (é o que declarou o prefeito Guilherme Pasin em entrevista na sobrecapa). Na cultura, previsto o restauro do Museu Casa do Imigrante.

Ao reiniciarmos a circulação em 2013, estamos conscientes de nosso papel em zelar pela notícia, ressal-tando informações que fazem a diferença.

Boas-vindas à nossa equipe de colunistas para o escritor e professor Rogério Gava, com suas Crônicas do Cotidiano.

Boa leitura! Bom carnaval!

Giovani Nunes

É tempo de Vindima

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02 Jornal Integração da Serra | 05 de fevereiro de 2013Opinião

Os artigos publicados com assinatura são

de inteira responsabilidade do autor e

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do Jornal. Suas publicações obedecem ao

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Colaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto, Bruna Bello, Cristiane Grohe Genrich Arroyo, Ernani Cousandier, Janete Nodari, Marta Barbosa, Paulo Capoani, Rogério Gava, Sinval Gatto Jr, Thompsson Didoné

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRAPeriodicidade: MensalTiragem: 12.000 exemplaresCirculação: Bento Gonçalves, Santa Tereza, Monte Belo do Sul,

Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos.

Propriedade: Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda.Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374Área Comercial: Moacyr RigattiAdministrativo: Aline Festa

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Ser ou não ser...

“KátiaBortolini

[email protected]

Um Conselhão dos gaúchosMarcelo Danéris*

Popularmente conhecido como Conselhão,

o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul completou, no último mês de janeiro, dois anos de existência. Integrante do Sistema Estadual de Participação Cidadã, o CDES-RS, hoje, é um órgão que se afirma como espaço público institucional de democra-tização da gestão social, no qual a sociedade gaúcha se faz representar e valer suas contribuições, produzidas através de intenso e amplo diálogo.

Mesmo que a participação da sociedade civil nas decisões públicas seja uma das marcas de governos democráticos, muitas vezes, os processos são contaminados pela lógica de vencidos e vencedores, maiorias e minorias, nos quais os interesses corporativos subordinam visões mais universais e solidárias. Em sentido inverso, o CDES-RS se diferencia especialmente por uma prática ino-vadora: o processo decisório não se dá pelo voto, mas pela busca de definições coletivas que, partindo do dissenso, verifique pontos convergentes e produza propostas consensuais. Este é um valor intangível do CDES-RS.

Duas grandes conquistas marcaram esse primeiro mandato do Conselhão: primeiramente, o reconhecimento público da importância do diálogo entre sociedade e governo como método democrático. Em segundo, expressas na sua eficácia, estão as mais de 130 propostas de conselheiros transformadas em políticas públicas, que estão mudando a vida de milhares de pessoas. Políticas como o Pacto Gaúcho pela Educação, o Programa de Irrigação, um novo modelo de pedagiamento, previdência pública, Conselho Metropolitano, medidas de incentivo tributário aos setores produtivos (calçadista, indústria, agricultura, inovação tecnológica). Além de medidas de desenvolvimento regional (Serra, Sul, Fronteira).

Os resultados já alcançados pelo CDES-RS, junto às perspectivas para 2013, de crescimento do PIB gaúcho, de investimentos dos governos estadual e federal na ordem de R$ 20 bilhões e privado de R$ 29 bilhões, obras de saneamento, reforma de mais de mil escolas e aumento da produção agrícola sem estiagem, ampliam ainda mais a sua responsabilidade. O Conselhão, que inicialmente se pensava ser um órgão exclusivamente do Governador, hoje pertence a todos os gaúchos, em uma nova cultura de diálogo solidário e cidadão. Parabéns a todos os conselheiros e conselheiras de 2011/2012 pelo comprometimento cívico e pelos resultados obtidos.

* Secretário Executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul

Ser ou não ser: eis a questão”. Esta indagação do escritor Shakespeare, feita na peça teatral “ A tragédia de Hamlet, o príncipe da Dinamarca”,

escrita no século XVIII continua atual em várias situações do cotidiano da maioria dos brasileiros. O dualismo básico segue liderando condutas. O caminho do meio ainda é privilégio de poucos. Vivemos entre o amor e o ódio. Entre o dia e a noite. Entre o frio e o calor. Isto sem levar em conta a massa que vive entre a novela das oito e a edição anual do Big Brother.

Neste intercâmbio entre os extremos, damos chances para o azar, ou pior, para tragédias, com a registrada em Santa Maria na madrugada do último dia 27 de janeiro. Na nossa realidade brasileira normalmente não peca-

mos pelo excesso, mas pela escassez. Tudo é à moda “ Miguelão”, inclusive os relacionamentos. As “palavrinhas mágicas” (bom-dia, obrigada, com licença, entre outras afins) inexistem no vocabulário de muitos. Isto reflete o pouco que nos colocamos no lugar do outro. Conduta recomendada até para prever situações de risco. Penso que, enquanto não nos colocarmos no lugar do outro, continuaremos enfrentando dilemas existenciais piores que os do personagem Hamlet, na sua dualidade entre “ser ou não ser”. Na época dele, pelo menos, as tragédias tinham um quê de romance. Agora, é desgraça pura, com o assunto explorado de forma exaustiva graças à mídia, da qual (mea culpa) também faço parte. Desgraça dá audiência, chama leitores e ouvintes. E você, é ou não é?

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0305 de fevereiro de 2013 | Jornal Integração da Serra Agricultura

Fusariose Aldacir Henrique PancottoTécnico ASCAR/RS - EMATER - Monte Belo do Sul

A fusariose é a principal do-ença vascular causadora de morte de videiras na Serra Gaúcha. Os danos causados são bastante sig-nificativos, principalmente pela redução drástica da produtividade do vinhedo provocada pela morte de plantas e consequente redução do número de plantas produtivas. As falhas no vinhedo provocadas pela doença, mesmo em pequeno número e em pontos isolados, trazem prejuízos, pois estas áreas tornam-se improdutivas.

Sintomatologia Os sintomas são observados

internamente no sistema vascular da planta e externamente nas fo-lhas, ramos e frutos. Na parte aérea, no início da brotação, verifica-se uma redução no crescimento dos ramos, as folhas apresentam-se pequenas, com necrose marginal, desprendendo-se em seguida. No final da primavera e no verão devi-do ao calor, poderá ocorrer a morte súbita da planta.

Nessa fase, as folhas basais murcham, tornam-se amareladas e caem. Muitas vezes, antes de cair, elas apresentam uma necrose mar-ginal. Os cachos murcham e secam, mas permanecem aderidos aos ra-mos. Os sintomas poderão aparecer somente num dos ramos principais da planta, ou mais frequentemente em toda a planta.

Na região dos vasos do xilema, verifica-se um escurecimento em forma de faixa contínua, que pode ir desde o sistema radicular até os ramos principais, podendo atingir os ramos de ano. È fácil a observa-ção do sintoma, retirando-se a cas-ca do tronco, longitudinalmente, pode-se notar, na sua superfície do lenho, a ocorrência da faixa escura característica, ou em corte transver-sal do tronco observa-se escureci-mento dos vasos do xilema.

Condições favoráveisOs solos ácidos e ricos em maté-

ria orgânica favorecem a fusariose. O fungo responsável pela doença vive no solo e infecta a planta pelas raízes, penetrando diretamente ou através de ferimentos. Além da sensibilidade varietal, os principais fatores para a sua disseminação nos vinhedos são os ferimentos provo-cados na raiz, seja por pragas ou por práticas culturais, como aração e gradagens profundas. O contato das raízes de plantas doentes com as sadias e água de enxurradas tam-bém disseminam a doença. Estacas contaminadas podem propagar a doença a longas distâncias.

Medidas de controle O controle das doenças radicu-

lares é muito difícil.Os tratamentos químicos são

caros e pouco eficazes. O ideal é a utilização de cultivares menos suscetíveis.

Algumas medidas de controle para evitar a disseminação da do-ença:

l plantio de material sadio e utilização de cultivares tolerantes, como os porta-enxertos Paulsen 1103, R 99, Rupréstris Du Lot e mais recentemente o 043-43 e a cv. Isabel de pé franco;

l evitar danos às raízes durante as práticas culturais;

l desinfetar as ferramentas após utilizá-las em áreas contaminadas;

l eliminar as plantas atacadas, retirando o máximo de raízes, após aplicar calcário ou cal virgem e mis-turar bem com o solo;

l manter isoladas as áreas de vinhedos contaminadas;

l controlar a erosão;l antes do replantio em áreas

contaminadas, estas devem ficar em repouso por no mínimo um ano e plantar culturas anuais como a aveia.

Iniciaram, neste ano, as ações previstas no acordo de cooperação firmado em 2012 entre o setor vitiviní-cola, os supermercadistas e as importadoras voltado ao estímulo do mercado de vinhos finos e ao acréscimo do consumo de produtos nacionais. O Grupo de Tra-balho da Cadeia do Vinho, formado por representan-tes da Associação Brasi-leira de Bebidas (ABRAS), Associação Brasileira de Exportadores e Importado-res de Alimentos e Bebidas (ABBA), Associação Brasi-leira de Bebidas (ABRABE) União Brasileira de Bebi-das (UVIBRA) e Instituto Brasileiro de Vitivinicultura (IBRAVIN), tem como meta aumentar o consumo de vinhos no Brasil de 1,9 litro para 2,5 litros per capita até o final de 2016. Em conjunto, todos os elos da Cadeia do Vinho objetivam ainda ampliar a venda de vinhos finos brasileiros de 19 para 40 milhões de litros em quatro anos.

A primeira ação do Grupo de Traba-lho da Cadeia do Vinho foi a campanha promocional dos vinhos brancos, que desde o último mês de janeiro está acontecendo no varejo, visando au-mentar o consumo da bebida em 20% até março de 2013. Como no Brasil, o consumo de vinho costuma estar relacionado ao frio ou a datas come-morativas, a campanha associa o vinho branco como uma bebida refrescante e aromática combina com praia, happy--hour e frutos do mar.

O Grupo de Trabalho da Cadeia do Vinho continuará trabalhando em ou-

Entidades representativas investem em ações para aumentar o consumo per capita de vinhos

Campanha “No Verão, vá de Vinho Branco” nas gôndolas em São Paulo

tras ações ao longo do ano. Entre estas atividades, a discussão para criação do Fundo de Promoção e Ordenamento do Mercado Vitivinícola no Brasil, no âmbito da Câmara Setorial da Viticul-tura, Vinhos e Derivados, órgão consul-tivo junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em Brasília e que congrega todas as enti-dades participantes do Acordo firmado em 19 de outubro. A previsão inicial é que esse trabalho seja concluído du-rante este ano, quando seria proposta formalmente a criação do fundo, atra-vés de legislação específica.

Jane Prado

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04 Jornal Integração da Serra | 05 de fevereiro de 2013Entidades

EXTRAVIO DE NOTAS FISCAISComunicamos para os devidos fins o extravio de talão de notas fiscais de prestação de serviços, NFs. 158 a 200, de Tática Comunicação e Engenharia Ltda, situada em Bento Gonçalves, na rua Refatti, 101, bairro Maria Goretti. Extravio registrado na Delegacia de Polícia Civil do município, no boletim de ocorrência nº 1083/2013.

O Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG) vai lançar a 42ª edição da Revista Panorama Socioeconômico de Bento Gonçalves no início do segundo se-mestre deste ano, para acessar ao em-presário e gestor público informações de 2012 relevantes para a tomada de decisões ainda em 2013. A entidade já trabalha na 42ª edição da publicação dando prosseguimento as alterações na sistemática, iniciada em 2011, com o objetivo de facilitar a participação das empresas na pesquisa.

O coordenador da comissão or-ganizadora, Antônio Carlos Paludo, 2º diretor tesoureiro do CIC/BG, ressalta que informações sobre exportação e importação, por exemplo, não consta-rão mais entre as questões por estarem contempladas em dados fornecidos

DIRETORIA EXECUTIVA CDL JOVEM DE BG – GESTÃO 2013-2014Presidente: ROGÉRIO PULGAVice-Presidente: BRUNA FACHINETTODiretor Administrativo Financeiro: DIEGO TREVISANDiretor de Planejamento e Secretariado: LEONARDO CARBONIDiretora de Comunicação Social: PATRICIA DE TONIDiretora de Ação Social: MARCELA PASTÓRIODemais Diretores: Giovani Tonietto, Douglas Brévia e Bruno Rizzon

Em março, CDL/BG entrega Mérito Lojista e empossa nova diretoriaA Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento

Gonçalves (CDL/BG), presidida por Marcos Rogério Carbone, já trabalha em mais uma edição do Mérito Lojista. A maior e mais im-portante distinção do varejo do município estará premiando três empresários nas cate-gorias Comércio, Serviços e Jovem Empreen-dedor. O evento acontecerá na noite de 07 de março, juntamente com a posse festiva da gestão 2013-2014, reunindo a classe lojista no Centro de Eventos Carmenére, no Dall’Onder Grande Hotel.

A distinção, que vinha sendo realizada no mês de agosto, foi antecipada para março com o propósito de reconhecer os destaques do varejo do ano passado já no início de 2013, evidenciando a trajetória dos talentos distin-guidos pelos próprios empresários do setor.

Cada empresa associada tem direito a um voto por categoria. Desde 1989, trinta e cinco empresários já foram reconhecidos com o Mérito Lojista em Bento Gonçalves.

DIRETORIA EXECUTIVA CDL/BG – GESTÃO 2013-2014Presidente: Marcos Rogério Carbone1º Vice-presidente: Joel Antonio Razera da Silva2º Vice-presidente: Gustavo Cecon1º Diretor Financeiro: Ari Fachinetto2º Diretor Financeiro: Bruna Boch Osmarin1º Secretário: Andréia ZucchiDiretor para assuntos de Comunicação e Eventos: Cristiane MilaniConselho Fiscal: Helenir Bedin, Adalberto Bombassaro e Paulo Tramontini

CIC antecipará edição da Revista Panorama Sócioeconômico

pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) via Aliceweb.

O questionário vai continuar sendo enviado por e-mail e também através de link para preenchimento online. A análise das informações será feita pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), através de seu departamento de pes-quisa e metodologia científica. Os pro-fessores Fabiano Larentis e Cíntia Paese Giacomello são os responsáveis pela pesquisa. Já o parecer da conjuntura econômica será feito pelo economista Enio Gehlen.

A Revista Panorama Socioeconô-mico de Bento Gonçalves é a única publicação que retrata a economia do município, sua evolução e represen-tatividade nos setores da indústria, comércio e serviços.

Divulgação

Marcos Rogério Carbone, presidente da CDL/BG

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0505 de fevereiro de 2013 | Jornal Integração da Serra Empresas & Cia

O empresário José Carlos Estefenon foi empossado oficialmente pelo go-vernador Tarso Genro no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES/RS). A posse aconteceu em con-junto com os demais Conselheiros, em audiência no Palácio Piratini no último dia 22 de janeiro. Conforme Estefenon, a escolha do seu nome “trata-se, indis-cutivelmente, do reconhecimento por parte do atual Governo, da destacada representatividade socioeconômica que possui o setor vitivinícola da nossa região e Estado.”

Ele ressalta que o seu maior propó-sito é defender os interesses do setor vitivinícola, através de proposições voltadas ao fortalecimento de toda a cadeia produtiva. “Também vamos trabalhar por outras questões socioe-

Estão se intensificando os pre-parativos para a 11ª edição da Feira Internacional de Máquinas, Matérias--Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira (FIMMA Brasil), que ocorre de 18 a 22 de março deste ano, nos pavilhões de exposição do Parque de Eventos de Bento Gonçalves, numa promoção da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (MOVERGS), sediada no município. Para esta edição, presidida por Cacildo Tarso, foram fortalecidas as relações com parceiros de polos moveleiros de

Empresário Estefenon no Conselho Estadualde Desenvolvimento Econômico e Social

conômicas ligadas à região, para que as propostas aprovadas pelo plenário sejam transformadas em políticas pú-blicas”, acrescenta.

Estefenon também salienta que neste primeiro momento, será prio-rizada a recuperação das rodovias estaduais que ligam Bento Gonçalves aos demais centros do País, “indispen-sáveis ao deslocamento seguro e ao escoamento da produção”.

Os pedágios, a previdência do Rio Grande do Sul, a segurança pública, o meio ambiente e a fiscalização dos pro-gramas do Governo já foram definidos como temas de debate do Conselho para as primeiras reuniões deste ano. Já a primeira audiência pública acon-tece no próximo dia 5 de março, em Carazinho, para debate sobre o novo

modelo dos pedágios do Rio Grande do Sul. Outras audiências sobre o mes-mo tema ocorrerão em Lajeado, Caxias do Sul, Região Metropolitana de Porto Alegre, Santa Cruz, Gramado e Vacaria.

Estefenon, empresário do setor vitivinícola, economista e advogado, já teve atuação destacada em diversas entidades institucionais da região e do estado. Foi Presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (UVIBRA) e do Sindicato das Indústrias do Vinho do Estado do Rio Grande do Sul (SINDI-VINHO). Também presidiu o Conselho Deliberativo do Centro de Indústria e Comércio de Bento Gonçalves (CIC/BG). Atualmente, exerce a Presidência da Associação Brasileira das Indústrias de Sucos (ASBRASUCO) e é Diretor da FIERGS/CIERGS.

Divulgação

Empresário José Carlos Estefenon

Intensificados preparativos para a FIMMA Brasil 2013que acontece no Parque de Eventos, de 18 a 22 de março

Os interessados em mostrar o seu potencial criativo no Prêmio Inovação da FIMMA Brasil 2013 ganharam um prazo a mais para inscrever seus trabalhos. As inscrições para empresas, profissionais e estudantes na premiação foram prorrogadas até o próximo dia 15 de fevereiro.

A quinta edição do Prêmio Inovação, além de ser uma vitrine para a cadeia produtiva de madeira e móveis, estimula os expositores da FIMMA a exibir novidades durante o evento, reconhecido mundialmente pelos lançamentos apresentados.

diversas regiões do globo, através da participação da diretoria do evento em alguns dos mais representativos encontros do setor de móveis. Um dos destaques da FIMMA Brasil para a concretização de importantes parcerias comerciais é o Projeto Comprador. A iniciativa promove rodadas de negocia-ção entre expositores e importadores convidados, com o objetivo de atender às diferentes necessidades do público--alvo. Nesta sétima edição do projeto, o objetivo é superar as cifras registradas em 2011: US$ 6,55 milhões.

Divulgação FIMMA

Divulgação FIMMA

Prêmio Inovação prorroga inscriçõesAlém disso, a distinção incentiva estudantes

a participar com produtos inovadores e que possam ser oferecidos ao mercado. Neste ano, um dos diferenciais é a modalidade ‘Profissional’, direcionada aos que atuam na área de desenvol-vimento de produtos.

Para participar basta acessar o site oficial da FIMMA Brasil (www.fimma.com.br/premioi-novacao) ler o regulamento e se inscrever gra-tuitamente a conhecer as novidades do setor e concretizar negócios – em 2011, foram gerados US$ 403 milhões através da feira.

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Redes Sociais06 Jornal Integração da Serra | 05 de fevereiro de 2013

Por Bruna [email protected]

No dia 27 de janeiro de 2013, o Rio Grande do Sul sofreu com a maior tragédia de sua história. Um incêndio em uma boate em Santa Maria resul-tou na morte de 235 pessoas, em sua maioria, jovens, entre 18 e 30 anos. O que para o Estado, parte do Brasil e também do mundo foi motivo de tristeza e comoção, para alguns foi motivo de piada. Jovens, através de redes sociais, manifestaram frieza e apatia em relação ao acontecido, fazendo piadas e difamando a comu-nidade gaúcha.

Na opinião da psicóloga cognitiva comportamental Bibiana Barbosa, isto acontece porque através da tela do computador as pessoas se sentem mais livres para se manifestarem. De acordo com ela, a tela oferece uma falsa ilusão de proteção, sem conse-quências para os atos. “É exatamente o contrário. Cada vez mais estamos ligados nas atualizações e opiniões das pessoas. Isso também tem gerado repercussões no trabalho e na vida social. Mas, não podemos deixar de

Manifestações insensíveis em relação à tragédia em Santa Maria no facebook

observar que as redes sociais criam correntes de ajuda e solidariedade às pessoas que sofrem perdas. Como tudo na vida, as redes sociais devem ser utilizadas com prudência e equi-líbrio”.

Ética na redePodemos conceituar “ética” como

o conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros seres humanos, garantindo o bem-estar social. As redes sociais, por serem um ambiente sócio virtual, devem envolver valores e regras de relacionamento com a devida ética e respeito.

Hoje, a forma como as pessoas utilizam as redes sociais é complexa.

Algumas informa-ções postadas são usadas por outras pessoas ou empre-sas. A grande ques-tão acaba sendo qual é a fronteira entre o privado e o público. Brigas com o namorado (a) é um assunto privado. Público é gosto musical, ci-tações de poetas e pensadores, além de notícias de in-teresse coletivo. É importante dis-cernir entre o que é público e priva-do em postagens no facebook, uma vez muitas em-presas buscam saber mais sobre candidatos a va-gas através dos perfis.

Hoje em dia também é comum em restaurantes, entre outros locais públicos, pessoas manuseando eletrônicos ao invés de interagir com alguém que está pró-ximo. Neste aspecto, as redes sociais não seriam antissociais?

Interação presencial substituída pela virtualA psicóloga Bibiana salienta

que os seres humanos, sociais por natureza, vivem em comunidades, rodeados por outras pessoas. Obser-va que é muito difícil imaginar a vida sem a participação ativa de outros indivíduos. “Com o passar dos anos, a interação presencial foi sendo substi-tuída pela virtual”, acrescenta. A psi-

cóloga ressalta que as redes sociais, fenômeno da modernidade, vêm ao encontro a esta nova modalidade de interação social.

Para Bibiana, o uso das redes sociais pode ser positivo para as pessoas trocarem ideias, imagens, trabalhos, compartilhar experiências, ajudar a angariar fundos e divulgar a causas sociais. Acrescenta que o uso das redes também pode ser importante para aproximar amigos distantes, reaproximar pessoas, saber um pouco mais sobre alguém próxi-mo. Mas, complementa ela, as redes sociais também oferecem riscos àqueles que não conseguem medir sua exposição e seu uso. “Dentre os possíveis aspectos negativos, destaco a facilidade de acesso a informações pessoais dos usuários, seus gostos, rotina, endereço, quem são seus amigos próximos e seus familiares”, explica Bibiana.

Brigas e ameaças na internetA psicóloga constata ainda o

acréscimo da frequência do cyber-bullying nas redes. “Existem pessoas que usam a internet para ameaçar e hostilizar, comportamentos que po-dem gerar agressão física contra uma pessoa ou grupo”, alerta. Ainda de acordo com Bibiana, o uso das redes sociais por crianças e adolescentes, que só vem aumentando, é preo-cupante. “Muitas vezes, por falta de orientação ou acharem que não serão descobertas, acabam expondo-se de maneiras inadequadas”. Ela ressalta que os pais devem ficar atentos e monitorar os sites e redes sociais que seus filhos utilizam. Acentua que os pais também devem orientar quanto aos conteúdos e até que ponto vale a exposição de comentários e fotos pessoais.

Psicóloga Bibiana Barbosa

Arquivo Pessoal

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Educação 0705 de fevereiro de 2013 | Jornal Integração da Serra

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A promoção no Brasil da Copa do Mundo, em 2014 e das Olimpíadas, em 2016, representa oportunidades de trabalho em vários setores. A previsão é de que o governo federal ofereça cerca de 300 mil vagas de empregos temporários durante es-ses dois eventos desportivos. Como cerca de 48% da população brasileira não domina outros idiomas, escolas de todo o país estão voltadas para este filão de mercado. Além disso, o fortalecimento da economia brasileira também está favorecendo as escolas de idiomas.

A diretora da escola de idiomas Cultura Americana, Raquele Vieira Flores, prevê, para este ano, acréscimo

Copa do Mundo, Olimpíadas e economia aumentam procura por cursos de idiomas

Divulgação Cultura Americana

Os estudantes do Ensino Funda-mental e Médio da rede municipal iniciam as aulas no dia 20 de fevereiro. A rede municipal possui 40 escolas, sendo 20 de Ensino Fundamental, uma de Médio, uma de Especial e 18 de Educação Infantil.

Segundo a secretária municipal de Educação, Iraci Luchese Vasques, existe um grande número de estu-dantes excedentes, mas todos serão atendidos. Ela afirma que para suprir as necessidades dos alunos da Educa-ção Infantil será efetuada a compra de vagas na rede particular. Para os alu-nos do Ensino Fundamental e Médio, será feito o ajuste de vagas em outras escolas municipais ou estaduais.

Alunas da escola de idiomas Cultura Americana

de 20 a 30% no número de alunos em diversos cursos de idiomas. Segundo ela, o aumento na demanda também pode ser atribuído a globalização da economia.

Na opinião de Rachele, poucas pessoas no Brasil se programam com antecedência. Por esta característica, ela acredita que a procura de cursos em função da Copa e das Olimpíadas aumente progressivamente. “A cria-ção de produtos é prioridade para as escolas que buscam este novo consumidor. Neste perfil, oferecemos cursos de um ano, como o Welcome to Brazil, um intensivo voltado à con-versação e compreensão da língua inglesa”, destaca.

Ano letivo inicia em fevereiro nas três redesOs alunos dos colégios Sagrado

Coração de Jesus, Marista Aparecida e Scalabriniano Nossa Senhora Media-neira iniciam as aulas no dia 18 de fe-vereiro. No colégio Mutirão Objetivo e no Cenecista, as atividades começam no dia 25, também de fevereiro.

Segundo o calendário divulgado pela Secretaria de Estado da Educa-ção (Seduc), as aulas nas 2.572 escolas do Rio Grande do Sul começarão em 27 de fevereiro de 2013. Para as crianças matriculadas no ensino in-fantil, as atividades iniciam no dia 06 de fevereiro. O ano escolar estadual começa em 25 de fevereiro, quando os professores retornam às escolas para reuniões de planejamento.

Giovani Nunes

Crianças aguardam com expectativa o retorno às aulas

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Jornal Integração da Serra | 05 de fevereiro de 201308 SocialPor Janete Nodari

[email protected]

Luísa Ferrer Carini, filha de Brenda e Rodrigo, completou um aninho em 4 de janeiro com uma linda festa comemorada junto aos familiares e amigos

Arquivo Pessoal

Janete Nodari

Leonor Nodari Gatto emocionou-se com a festa-surpresa que os filhos e netos programaram no último dia 19 de janeiro

Letícia Mainardi formou-se em Ciências Aeronáuticas, (PUC/RS), no último dia 12 de janeiro, em Porto Alegre. Recebe os cumprimentos dos familiares e da

madrinha Lígia Maria Tres. Valeu!

Arquivo Pessoal

Marina Refatti Fagundes, 17 anos, foi aprovada na UFRGS, para Engenharia Ambiental e na UFSM, para Engenharia Florestal. A jovem, aluna do Marista Aparecida, obteve a primeira colocação na UFSM e a sexta, na UFRGS.

Arquivo Pessoal

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Social 0905 de fevereiro de 2013 | Jornal Integração da Serra

Pré-wedding romântico de Carla Marcon e Samuel Seben

Jovana Zanon e Jeferson Gasperin brilharam no dia de seu casamento, em 12 de janeiro, em Garibaldi

André Pellizzari / Real Color Fotografias

André Pellizzari / Real Color Fotografias

Arquivo Pessoal

Marta Manente Tecchio participou da IMM Cologne, uma das maiores feiras de móveis do mundo, em Colônia, na Alemanha

Carnaval da Gurizada

O Clube Caça e Pesca Santo Huberto e a Estôparia Moda Alter-nativa promovem o 3º Carnaval da Gurizada, no dia 12 de fevereiro, terça- feira. Desfile de fantasias e brindes, além das tradicionais marchinhas.

Os prefeitos de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin e de Monte Belo do Sul, Lírio Turri, com o anfitrião Móises Michelon na festa de abertura da Vindima,

no Vale dos Vinhedos

Vereador Cassiano Bochi, Marciele de Oliveira Ramos, Cláudia Remus e o prefeito Diogo Siqueira, representando Santa Tereza na festa de abertura da vindima

Giovani Nunes

Giovani Nunes

Missa em italiano

O Circolo Trentino de Bento Gonçalves vai recepcionar a Comitiva Di Cavedine (TN), dia 8 de fevereiro com um jantar no Restaurante Zandonai. No dia 9, sábado, missa em italiano celebrada por Don Luigi Benedetti, Pároco de Cavedine e cantada pelo Grupo Florença de Tuiuty, às 19h30min, na Capela das Neves. Reservas: 9142 7711.

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Artistas / História Jornal Integração da Serra | 05 de fevereiro de 201312

Por Janete Nodarioblogdajanete.blogspot.com

De acordo com Kozowski, os livros demonstram seu comprome-timento com o resgate histórico dos pioneiros na Serra Gaúcha. Ele acrescenta que o intuito é revelar que a “América Brasileira” também foi construída pelos imigrantes po-loneses. As pesquisas em cartórios, registros de igrejas e o apoio moral e cultural dos pais e avós permitiram ao escritor o resgate dos nomes de muitos poloneses que imigraram para a região serrana do Estado.

A última publicação, intitulada “Estes também na Serra Gaúcha”, re-laciona mais de dois mil e quinhentos nomes de famílias polonesas imigran-tes locadas na região, em sua edição de 413 páginas, com capa dura. Esse livro traz também comentários sobre o real sentido da existência dos ho-mens, cartas e descrições dos imigra-dos traduzidas para o português pelo próprio autor. O livro é considerado

A Nossa Senhora de Czenstocho-wa é a Padroeira da BRASPOL e Rainha Espiritual da Polônia. Os imigrantes invocavam sua prote-ção. Hoje, o quadro permanece no altar da capela reconstruída, na comunidade polonesa, Tercei-ra Seção, Natividade. Lá, também, está um coração de prata, em cumprimento a uma promessa feita a Nossa Senhora por uma família de imigrantes que se sal-vou das águas do Rio das Antas.

Ao ser indagado sobre o uso da expressão “polaco”, Kozowski explica que os italianos tinham dificuldade em pronunciar – polonês-. Por outro lado, no Brasil, a palavra gerou-se de “polaca” (termo pejorativo), que o autor prefere evitar.

VITOR INACIO KOZOWSKI

A história dos imigrantes poloneses

no meio italianoAos 78 anos, aposentado edita quarto livro

sobre a imigração polonesa na região da Serra

Com uma memória invejável, Vitor Inacio Kozowski (Kozlowski) consi-dera-se um “anotador tardio”. O bento-gonçalvense, nascido, na Linha José Júlio, em Santa Tereza (na época, distrito de Bento Gonçalves), pesquisou durante mais de dez anos a história da imigração polonesa no Rio Grande do Sul, principalmente na Serra Gaúcha. A envolvente pesquisa resultou em quatro livros.

Kátia

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sem similar por Kozowski. “Espero ter contribuído para o preenchimento das lacunas existentes na literatura sobre a história imigratória do Rio Grande do Sul”, diz.

Conhecimento da origemA cultura polonesa é o chão de Vi-

tor Inacio Kozowski. Ele é braspolino, membro da Representação Central da Comunidade brasileiro-polonesa no Brasil (BRASPOL/BG).

O primeiro livro, “Estes imigrantes entre outros”, e o segundo, “Os polo-neses da colônia de Alfredo Chaves/ Guaporé” revelam aos descendentes as raízes de milhares de famílias que, hoje, povoam o estado do Rio Grande do Sul e outros. Esse resgate da histó-ria traz a certeza a Kozowski de que ele cumpre uma missão importante. Deixar registrado, em seu terceiro livro, “Dois registros”, entre outros fatos históricos, o ensino elementar

dos filhos brasileiros dos imigrantes poloneses em Santa Tereza.

“Também salvamos do esque-cimento as lembranças dos descen-dentes, na Terceira Seção do Rio das Antas, Comunidade Neponucemo e da Capela de Nossa Senhora Mãe de Deus de Czenstochowa, denominada Natividade, com áreas inundadas, atualmente, pela Usina Hidrelétrica 14 de Julho. “As águas inundaram, mas não afogaram a lembrança escrita, “ enfatiza.

Passaram-se mais de 135 anos. Leal à sua origem, Kozowski lamenta a falta de bibliografia sobre a imigra-ção polonesa no Rio Grande do Sul. Em vista disso, sua contribuição são os quatro livros, sendo o primeiro sob o título “Estes imigrantes entre outros”, o histórico do berço da imi-gração polonesa e seus pioneiros. Ao expor suas obras ao público, houve uma boa aceitação.

Quatro filhos, quatro livrosNeto do imigrante polonês Ale-

xandre Kozlowski, filho de agricul-tores, ele ajudou os pais na colônia. Estudou Filosofia e Pedagogia nos Seminários de Gravataí e Viamão. Aos 30 anos, emigrou para os Estados Unidos onde morou por 11 anos, tra-balhando como torneiro mecânico e frezador. De volta ao Brasil, tornou-se microempresário. Hoje, está aposen-tando.

Kozowski tem quatro filhos. Não é mera coincidência. Se existe uma máxima, a qual diz que um homem deve plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho, os quatro li-vros editados reascendem o instinto paternal por toda uma geração de compatriotas.

Informações pelo fone (54) 9972 4057.

Renovação Carismática Católica

SEGUNDA-FEIRA* G.O. Sagrada FamíliaIgreja Matriz Santo Antônio, 20h* G.O. Santa RitaComunidade Santa Rita, 20h* Todas as segundas-feiras, às 13h30min, Pais rezando por seus filhos, na Asso-ciação Servos de MariaTERÇA-FEIRA* G.O. Fé e VidaIgreja Matriz São Roque, 14h* G.O. Filhos de MariaCapela da Imac. Conceição/Barracão,19h25min

QUARTA-FEIRA* G.O. Santo AntônioIgreja Matriz Santo Antônio, 14h* Na segunda quarta-feira do mês, às19h30min, Terço para os Homens, na Igreja São Luiz, Bairro GlóriaQUINTA-FEIRA* G.O. Servos de MariaAssociação Servos de Maria, 14h* G.O. São LuísComunidade São Luís, Bairro Glória, 19h30min* G.O. Nossa Senhora do CaravaggioIgreja N. Sra. Caravaggio, Tamandaré, 19h30minSÁBADO* Grupo de Jovens Nas Asas do EspíritoAssociação Servos de Maria, 19h

Onde Orar no Espírito

Associação Servos de MariaSede: Rua General Osório, 630 - Fone 54 3452.2127 - Bento Gonçalves

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Turismo 1305 de fevereiro de 2013 | Jornal Integração da Serra

Ilustração: Ernani Cousandier

Bento-gonçalvenses celebramo Reveillon em Paris

A receptividade dos europeus surpreen-deu a estudante Suelen. “Quando eu falava que era brasileira, eles se encantavam. Todos nos trataram muito bem”, relembra. A virada do ano eles passaram juntos. Suelen conta que ficou impressionada com a atitude e os hábitos dos franceses. “Quando bateu meia--noite, nós brindamos, nos abraçamos. Todos que estavam no local ficaram quietos, sem entender o que nós estávamos fazendo”. Eles são um povo muito contido”, interpreta Ana.

O destino que mais agradou a professora aposentada foi a cidade de Bruxelas, que ela define como “linda, linda e linda”. Já o que a surpreendeu foi o bairro da rua Vermelha, em Amsterdam. “Achei um pouco estranho, tudo se misturava, imagens religiosas de um lado, apetrechos eróticos do outro e crianças andando como se tudo aquilo fosse absolu-tamente normal”, avalia.

Aventura é a palavra-chave para a viagem

Virada de ano tem tudo a ver com praia e calor, certo? Nem sempre. Muitos brasileiros aproveitam as férias de fim-de-ano para viajar à Europa. Foi o que fizeram quatro bento-gonçalvenses. A estudante Suelen Maia, de apenas 15 anos, pediu para os pais, em comemoração pelo seu aniversário, a tão sonhada viagem a Paris. Ela foi sozinha se aventurar por países do outro lado do oceano. Já a professora aposentada Ana Beatriz Callegari, de 62 anos, queria se surpreender, e foi justamente isso que aconteceu. O casal Elisabete, de 58 anos, e Henrique Basso, de 63 anos, apro-veitou o período de férias coletivas para comemorar o aniversário de casamento em território internacional.

Os passeios foram organizados pela Giordani Agência de Via-gens, e também serviram para esses quatro moradores de Bento Gonçalves se conhecerem. Juntos, eles visitaram na França, a Torre Eiffel e o Museu do Louvre. Na Bélgica, conheceram a belíssima cidade Bruxelas. Estiveram ainda em Frankfurt, na Alemanha, e Amsterdam, na Holanda.

Alguns pontos turísticos no roteiro do grupol Torre Eiffel (Paris - França)l Museu do Louvre (Paris - França)l Arco do Triunfo (Paris - França)l Palácio de Versalhes (Paris - França)l Catedral de Notre-Dame (Paris – França)l O bairro de Montmartre (Paris – França)l Basílica de Santo Sangue (Bruges – Bélgica)l Castelo dos Condes de Flandres (Gent – Bélgica)l Catedral Histórica de Frankfurt - (Frankfurt - Alemanha)l Bairro da Luz Vermelha (Amsterdam - Holanda)l Museu Van Gogh (Amsterdam - Holanda)

da estudante Suelen, mas o que não faltaram foram boas gargalhadas. Um dos momentos mais marcantes e engraçados do passeio foi quando Ana e Suelen saíram do hotel e não sabiam como voltar. “Nós pegamos um táxi e não lembrávamos o endereço do hotel. Quando finalmente conseguimos dizer o nome certo, o motorista disse que havia quatro hotéis com a mesma denominação. O que nos salvou foi a placa de uma cerveja, que ficava bem em frente onde estávamos hospedadas”, lembra Ana.

O clima durante essa época do ano esta-va muito parecido com o inverno do sul do Brasil, o que fez os viajantes se sentirem em casa. “Fazia um friozinho bem agradável, o que deu mais charme aos pontos turísticos”. A única coisa que atrapalhou foi a umidade. “Chuviscava o tempo todo”, conta Ana.

Romance em “outro mundo”

Já o casal Elisabete e Henrique aprovei-tou a viagem para celebrar antecipadamente 30 anos de casamento, a serem completos em maio deste ano. Para eles, a visita ines-quecível foi ao Palácio de Versailles. “As pinturas, o ambiente, tudo é muito lindo. Saímos de lá deslumbrados”, relembra Eli-sabete. Viajando pelo exterior pela primeira vez juntos, o casal aproveitou os diversos passeios de barco para conhecer melhor cada cidade por onde passavam. “Almoçar dentro de um barco no Rio Reno foi incrí-vel. Todos os países são lindos. Parecia que estávamos em outro mundo”, ressalta ainda Elisabete.

“Aventureiras” de duas gerações

Henrique, Elisabete, Suelen e Ana em Paris Ana Beatriz Callegari e Suelen Maia em Bruxelas

Fotos: Arquivo Pessoal

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Carnaval14 Jornal Integração da Serra | 05 de fevereiro de 2013

Carnaval de 1993

Concentrações de blocos ganham força em Bento

Cada bloco faz a sua folia, em locais pré-determinados, com venda antecipada de camiseta, passaporte e caneco

Bruna Bello

1987Um grupo de amigos residentes

na avenida Osvaldo Aranha aquece os tamborins na entrada da Boate Grafitti, ao lado do Clube Ipiranga. Após ensaiarem dois meses, tudo tem que sair como o planejado. Mesmo porque, o mestre quer fazer bonito. A ideia de Carlos Alberto Bacca tomou fôlego quando os integrantes, dez ao todo, herdaram os instrumentos da extinta Escola de Samba “A Voz do Morro”. Com uma seleção de mar-chinhas e sambas, começava a folia. O bloco apresentava-se nos clubes sociais do município, como Aliança, Botafogo, Ipiranga e no carnaval de

rua em cidades da região: Garibaldi, Veranópolis, Guaporé, entre outras. Segundo Daian Nodari, ex-compo-nente, em seu auge, o bloco chegou a ter 80 integrantes entre bateria e passistas, sob a presidência de Luis Delano Oselame. Ele acrescenta que, havia três blocos com bateria, mas a do União do Morro foi a única que re-sistiu até o carnaval passado, quando, pelo fato de os instrumentos estarem sem condições de uso, a bateria si-lenciou. Chegamos a usar camisetas pretas, em protesto, agora, a bateria voltou. Em 2013, é só alegria, diz ainda Márcio Sonza.

“A bateria voltou”2013. O repicar do samba vai ser

ouvido na concentração, no antigo Bullevar. Também estarão lá os blo-cos “UTI” e “Kamikases. Com reservas do carnaval do ano passado, a bate-ria volta com dez tamborins, cinco caixas, quatro surdos, dois repiques, três chocalhos, três agogôs, um cava-quinho e dois intérpretes de sambas--enredo. Ainda conforme Sonza, o abre-alas será o samba vencedor da Salgueiro, em 1993 (Terra do samba, da mulata e futebol. Vou vivendo o dia a dia. Embalado na magia. Do seu carnaval. Explode coração. Na maior felicidade) e logo após o da Mocidade. “Nós também vamos fazer um pout-pourri de músicas do Tim Maia, entre outros artistas”, declara.

Sonza informa que, conforme vistoria dos bombeiros, está tudo em ordem na

concentração do União do Morro

Arquivo União do Morro

Para comemorar os dez anos do Bloco União do Morro, fantasias de mexicano

Ensaio geral do União do Morro

Para o coordenador do bloco carnavalesco União do Morro, Márcio Sonza, o carnaval em Bento Gonçal-ves mudou. “Os blocos estão cada vez mais fortes”, avalia. Na opinião dele, esta mudança no comportamento das pessoas deve-se ao reflexo de festas, no período de carnaval, que misturavam som eletrônico e serta-nejo, entre outros. “Nossa referência são as marchinhas e sambas-enredo. O que se observa é que os jovens co-meçam a resistir, e pedem sertanejo, hits do momento e axé. Pensando em agradar e segurar o público, o DJ, após a apresentação do Bloco, muda o ritmo,“ diz Sonza.

Marcinho, como é conhecido, tem 33 anos. Ele divide a coordenação do Bloco com o irmão, Marcos “Biso” Sonza, 31. Eles entraram na turma nos anos 90. Já chegaram a participar de

Após a conclusão do Estatuto, Sonza quer dar um grande passo. Criar a escolinha de bateria do Bloco União do Morro. Para ele, é uma grande responsabilidade, mas vale a pena. “Deixar esse legado para uma nova geração, inclusive para os filhos e netos de quem começou seja na Voz do Morro, ou no Broko da Broka. Desde cedo devemos aguçar o sentido que tem a festa chamada carnaval para a gurizada,” desabafa.

“Bento perdeu a essência do carnaval”

Arquivo União do Morro

carnavais de rua. O que mais marcou foi na cidade de Guaporé. “Quando lá chegamos, fizeram um recuo da ba-teria para que pudéssemos conduzir a folia,” recorda Sonza. “Também os dez anos do bloco com a fantasia de - mexicano- ficaram na história. Para quem costumava puxar o cordão da folia nos clubes, ficar bem assentado em mesas reservadas e acompanhar ritmos carnavalescos, existe um es-tranhamento quanto ao fato de que cada “tribo” faz o seu carnaval. É uma situação verificada em Bento”, conclui Sonza.

As camisetas dos blocos deram lugar às fantasias com alguma ex-ceção para o carnaval infantil, por exemplo, e para a noite de segunda--feira, dia 11, na concentração do Bloco União do Morro ou, ainda, para quem quiser vestir a fantasia de praxe.

Arquivo União do Morro

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Carnaval05 de fevereiro de 2013 | Jornal Integração da Serra 15

O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e repre-sentativas do mundo. Nasceu na Europa, há cerca de 400 anos. Naquela época, nos 40 dias antes da Páscoa, segundo a igreja, não se podia comer carne. Para se preparar para esse tempo sem poder festejar, o povo criou uma grande festa com muita bebida, comida, música e dança, que sempre acon-tecia sete domingos antes da Páscoa. Foi aí que começou o “Carnevale”, que em Latim significa “Adeus à Carne”.

O Carnaval chegou aqui no Brasil com os portugueses. As pessoas comemo-ravam jogando água, lixo, farinha de trigo e até lama uns nos outros (entrudo). Foi só no século 20, que a festa ficou mais elegante, com bailes de máscaras, fantasias e as famosas marchinhas de carnaval. Hoje em dia, comemora-se no Brasil o carnaval de formas diferentes. Tem desfile de escolas de samba no Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, e têm foliões que seguem um trio-elétrico no Nordeste. Têm as suas musas: as rainhas, princesas e madrinhas de bateria famosas.

O Carnaval brasileiro é o mais famoso do planeta e atrai milhares de turistas todos os anos.

União do Morro, UTI e KamikazesDe 8 a 12 de fevereiroA partir 21 horas

Os InsaciáveisA folia do grupo irá ser realizada no Dr. Pub, em Bento Gonçalves, diz Ismael Cacinelli, um dos organizadores do bloco.

Os Filhos da MãeIrá fazer a festa e animar a galera com a concentração no ginásio do bairro Santa Helena, a partir das 21h30min. Cinco noites

KYPara comemorar dez anos, vai se reunir no Bosque do bairro Santo Antão. Serão cinco noites.

ConcentraçãoO carnaval surgiu na Europa há 400 anos

Apoio:

Rua Fernandes Vieira, 146Fone (54) 3452.1317Bento Gonçalves/RS (54) 3453.3180 | www.vaniusturismo.com.br

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Saúde16 Jornal Integração da Serra | 05 de fevereiro de 2013

Vinicius Basegio*

Ao retornar de Santa Maria para minha casa decidi compartilhar, sob forma de relato, a minha vivência nesta tragédia. Primeiro, porque fomos lá? Ao me deparar na madrugada, com a notícia, me senti inquieto, ansioso. A minha casa, não era mais o local onde eu resido e sim onde as pessoas estavam sofrendo, eu precisava ir para lá para ajudar de alguma forma. Reuni quatro voluntários da equipe Samu-Carazinho e partimos com meios próprios para o local da tragédia. O que moveu a nossa ida não foi nada mais do que isso, a vontade de estar ajudando as famílias das vítimas. Não considero isso uma qualidade nobre, que me torne uma pessoa especial, acho sim uma qualidade funda-mental da nossa existência; peço a todos que ao ler essa mensagem, tentem perceber que podemos ser um pouco mais altruístas, podemos fazer o bem sem esperar nada em troca, independente do momento de nossas vidas, em momentos de tragédias ou no nosso dia a dia.

Chegamos junto com a equipe de SAMU-Rosário do Sul e lá nos estabele-cemos para atender as famílias que iniciariam o reconhecimento dos seus filhos e parentes, vítimas do incêndio na boate Kiss. A cada reconhecimento positivo, sentíamos apunhalados e uma enorme tristeza atingia a todos da equipe. Tentávamos nos conter no momento e dar um suporte para esses familiares, sob a forma de um abraco, de alguma palavra ou de qualquer outra maneira. Alguns casos exigiam uma atenção maior, de uma mãe que perdera sua única filha, jovem estudante, ao tio que perdera seus dois sobrinhos. Passamos o dia inteiro atendendo, vivendo essa situação de caos. Apesar de abalados, cansados e completamente exaustos continuávamos atendendo aqueles que precisam de nós. Nosso cansaço era totalmente irrelevante mediante à irreparável perda de todas aquelas famílias. Aguentamos até o momento em

Crianças e adolescentes de Bento Gonçalves estão contando com o atendimento especializado da médica pediatra Ângela Rech Cagol. A médica, que passou a residir no município em junho do ano passado, possui extensa formação na área pediátrica. Após o término da graduação na UCS, em 1998, ela fez seis anos de residência em Porto Alegre, sendo dois no Hospital da Criança, do grupo Conceição e quatro no Hospital de Clínicas, em oncologia pediátrica.

Paralelo à residência no Hospital de Clínicas, fez mestrado e doutorado na UFRGS. O mestrado foi em pediatria, com ênfase em oncologia. Já o doutorado, foi

Médica doutora qualifica atendimentoem pediatria em Bento Gonçalves

voltado à pediatria clínica, com ênfase em oncologia pediátrica. Desde 2005, coordena o serviço de onco-logia pediátrica do Hospital Geral de Caxias do Sul.

Em 2007, ingressou no quadro de professores do curso de Medicina da UCS. A médica doutora atende pelo Tachimed, Unimed, Cassi do Banco do Brasil, Ipê e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrica de Bento Gonçalves (Stimmme), na sala nº 10, da sobreloja da Galeria Solar, situada na rua Saldanha Marinho, 435. Mais informações pelo fone 3451 6108. Pediatra Ângela Rech Cagol

Kátia Bortolini

Os médicos choram? que nosso corpos não tinham mais condições físicas, só então voltamos para as nossas casas.

Voltando com toda a equipe exausta, uma estrada vazia, no mais puro si-lêncio, lembrei de um amigo perguntando porque nós, profissionais da saúde, nos tornarmos pessoas com um temperamento frio, imparciais perante a dor ou sofrimento. A grande maioria deles fala que a gente acaba se acostumando, vira rotina. Para isso existe o protocolo da doença, você vai lá, explica o que o paciente tem, o que ele tem que fazer e acabou. E isso desgasta cada vez mais nossas relações. Eles (pacientes) viram números, letras, fichários... nada mais do que isso. Respondi que já havia compartilhado a dor com alguns pacientes, e até mesmo chorado junto, e foi aí que veio o momento de maior espanto dele. Os médicos choram? Sim, antes de tudo, ainda são seres humanos...

Neste retorno, percebi que não existiam protocolos, não existiam mais os pacientes, e sim somente seus familiares, seres humanos devastados por uma imensa tragédia. Pela metade do caminho da volta, consegui entender que existiam sim ao meu lado, pessoas que como eu, estavam dispostas a fazer de tudo para amenizar a dor deles, simplesmente não esperando nada em troca.

Esse foi o momento de chorarmos juntos...Gostaria muito que cada um ao ler esse texto pudesse pensar sobre como

você pode melhorar sua relação com as outras pessoas. A gente não precisa ver, somente no momento da crise, a nossa parte mais nobre, podemos fazer isso no nosso dia a dia, com pais, mães, irmãos, primos, amigos. Lembrei-me também o que faltava escrever: não precisa ser médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, condutor, socorrista ou qualquer outra profissão da área de saúde para ajudar. Basta ser humano.

*Médico e coordenador da Samu Carazinho

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Evento 05 de fevereiro de 2013 | Jornal Integração da Serra 17

Como tradição, no mês de março de cada ano, é realizado em Bento Gonçalves o Fusca Fest. Em 2013 e em sua 12ª edição, o evento irá contar com mais de 250 veículos expostos. A expectativa do Fusca Clube de Bento Gonçalves, organizador da exposição, é que o evento atraia cerca de três mil visitantes. No dia 10 de março de 2013, a avenida Presidente Costa e Sil-va, das 9 às 17 horas, estará ocupada por raridades. Carros históricos que representam a paixão de seus donos pela sua motorização a ar.

“O objetivo do encontro é con-fraternizar, unir as pessoas que tem essa afinidade em comum e também preservar o fusca e sua história”, ava-lia o presidente da entidade, Pedro Freitas. A visitação é gratuita. Quem quiser expor seu carro, deverá realizar a inscrição com os organizadores no local, a partir das 9 horas. Os primei-ros 200 inscritos pagam o valor de R$ 20,00 e mais um quilo de alimento não perecível, o que dá direito a kits com camiseta e outros brindes. Após os 200 inscritos, o valor da inscrição será de R$ 10,00, mais um quilo de alimento não perecível, sem direito a kit. Os alimentos serão doados a uma entidade beneficente local, como é

Cristiane Grohe Genrich [email protected]

Moda&Beleza

Cabelos pro altoAproveite o calor que

está aí para apostar em penteados diferentes. Co-ques, tranças e rabos de cavalo estão com tudo. Vale usar para a balada e evitar o cabelo grudando na ma-quiagem. Não se preocupe com perfeição, os modelos desconstruídos estão com tudo.

Preços baixosEm fevereiro começaram as liquidações de verão. Se você tem um

dinheiro para investir no guarda-roupa, esse é um bom momento. Dê preferência para as peças básicas, que não saem de moda e até mesmo as que podem compor um look de inverno.

Alongando as pernasUm bom truque para alongar as pernas, no caso de quem não é tão

alta, é escolher calçados que deixem o peito do pé livre. A sensação visual é de pernas mais longas.

Você tem dúvidas de moda ou maquiagem? Sem problemas! Nós podemos dar uma forcinha. Escreva para o

email [email protected] e faça sua pergunta.

Tendências

Conhecer as proporções do seu corpo é fundamental para saber o que fica ou não bom em você. Se os quilinhos a mais insistem em ficar apontados na roupa, saiba que exis-tem muitas formas de disfarçá-los. É o velho recurso do bom senso e de saber dar o truque.

Os tamanhos plus size agora são encon-trados em magazines e no comércio popular. O ideal é pesquisar e fazer um mix de peças que favoreçam a silhueta.

Blusas, camisetas e vestidos em decote V alongam a silhueta, disfarçam papadas e equilibram a parte superior do corpo; calças sempre retas, em cores escuras, ficam melho-res que aquelas cheias de recortes ou detalhes demais. Legging pode, desde que preto, até o tornozelo, com vestidinho sequinho ou blusa fluida abaixo dos quadris.

Braços roliços não ficam bem com alci-nhas; então, cobri-los com spencers leves, bolerinhos de malha e camisas é o mais indica-do. Deixe ombros e colo à mostra. Vestidinhos leves, que marcam a cintura (ou a fazem), com sandálias mais altas e até sapatilhas, deixam o visual mais jovem. Saias longas estão na moda e favorecem as gordinhas, tenha pelo menos uma no armário, e quanto mais cintura alta ela for, melhor será o caimento e o disfarce da barriguinha.

Fusca Clube Bento Gonçalves/Arquivo

12º Fusca Fest em 10 de março no bairro Planalto

Evento será antecedido por gincana

feito todos os anos. São esperados outros clubes de

diversas cidades do Estado, como Porto Alegre, Novo Hamburgo, Ca-noas, Caxias do Sul, Lajeado, Nova Petrópolis, Santa Cruz, Passo Fundo, Marau, Portão, Farroupilha e Nova Prata, entre outras. Segundo Freitas, também está prevista a participação de grupos de Santa Catarina e do Paraná.

2ª Gincafest A 12ª edição do Fusca Festa será

antecedida, no dia 9 de março, pela Gincafest. A gincana, em sua segun-da edição, será realizada no Vale dos Vinhedos, das 13 às 17 horas. As inscrições devem ser feitas até o dia 28 de fevereiro de 2013, pelo site www.fuscafest.com.br O número de inscrições é limitado para 30 duplas, e dá direito ao kit de participação, duas camisetas, adesivo de identificação, material para execução das provas e filó italiano.

As provas serão executadas por duplas (motorista e caroneiro). Outros Volkswagens com motorização a ar também podem participar. O ganha-dor será premiado com uma cesta de produtos coloniais típicos da região.

O Fusca Clube“Fusca: Bom hoje, bom ontem,

bom sempre.” Este é o slogan que representa o Fusca Clube Bento Gon-çalves. O clube, fundado em 25 de Março de 2002, pelos irmãos Eder e Jones Tondo, objetiva reunir pessoas com interesse pelo carro, que possam participar de eventos realizados na região.

A associação faz parte do Ca-lendário Estadual de Encontros de Fuscas, participando dos eventos realizados por clubes parceiros em diversas cidades do Rio Grande do Sul e de outros estados. Para se tornar um associado, basta entrar em contato com o grupo através do e-mail [email protected] ou pelo site www.fuscaclubebg.com.br.

Arquivo de Giovanna Romero

Moda plus size: o que vestir para

se sentir bem

A modelo plus size Carla

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ulga

ção/

Julia

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s

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Meio Ambiente18 Jornal Integração da Serra | 05 de fevereiro de 2013

Saibamais...Um sítio arque-

ológico é um local no qual os homens que viveram antes do início de nossa civilização deixa-ram alguma marca de suas atividades: uma ferramenta de pedra lascada, uma fogueira na qual assaram sua comida, uma pin-tura, uma sepul-tura, entre outros vestígios.

Tomaz Graciliano, Arquivo

A Associação Bento-Gonçalvense de Proteção ao Ambiente Natural (ABEPAN ), neste ano, vai implementar novos projetos voltados à educação ambiental. A entidade também dará continuidade a projetos desenvolvidos em 2012 junto às escolas, entidades e empresas do município com uma série de ações de cunho sócioeduca-tivo, direcionadas à criação de hábitos saudáveis relacionados à preservação ambiental. Também em parceria com Centro da Indústria, Comércio e Ser-viços de Bento Gonçalves (CIC-BG) promoveu reuniões nos municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Far-

ABEPAN aumentará gama de ações em 2013Entidade também dará continuidade a projetos

roupilha sobre o consumo consciente da água.

Aprender para Vencer com SustentabilidadeAtravés do projeto “Aprender para

Vencer com Sustentabilidade”, im-plantado no ano passado, alunos das escolas Estaduais Imaculada Conceição, Cecília Meireles, Anselmo Luigi Picccoli e Mestre Santa Bárbara, mais integran-tes do Pelotão Curumim tiveram, além de aulas de educação ambiental com temas globais, um curso de culinária e boas maneiras. O apoio da Cooperati-va Vinícola Aurora, Lions Clube Bento

Gonçalves – Cidade do Vinho e Poder Judiciário foi fundamental para o êxito das atividades. No Sistema Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), os estudantes aprenderam a manu-sear diferentes tipos de alimentos. Ensinamentos diretos e indiretos foram repassados, entre eles o da destinação correta do óleo de cozinha e a identifi-cação de temperos naturais.

Lixo que AlimentaO projeto para o cultivo de hortas

ecológicas planejadas também obteve respostas positivas na comunidade. Alunos do Medianeira, Imaculada Con-

ceição, Ernesto Dorneles, Ouro Verde, Mestre Santa Bárbara e integrantes do Pelotão Curumim, participaram de palestras, aulas, seminários e workshops referentes a temas ecoló-gicos e, posteriormente, cultivaram diferentes espécies de hortaliças com adubo orgânico. Mais de 130 quilos de legumes e verduras cultivados nessas hortas foram doados ao Lar da Caridade.

O ano de 2012 foi marcado ainda pela comemoração dos 23 anos da ABEPAN com Exposição Fotográfica e distribuição de mudas de plantas nativas no L’América Shopping.

Divulgação Abepan

Aula de Culinária no Senac - Escola Anselmo Luigi Piccoli Horta ecológica do Medianeira

Corsan aguarda parecer do IPHAN para iniciar obras da ETE da bacia do Barracão

A Corsan está aguardando uma prospecção do Instituto do Patri-mônio Histórico e Artístico Nacio-nal (IPHAN/RS) sobre a existência ou não de sitio arqueológico na área de terra que sediará a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da bacia do Barracão para poder ini-ciar as obras. As informações são do superintendente regional da Corsan na região Nordeste do Es-tado, Alexsander Pacico. Segundo ele, a arqueologia, no processo de licenciamento ambiental, no final de novembro de 2012, encontrou indícios da existência de sitio ar-queológico próximo a um muro colonial (de taipa), entre a proprie-dade da Corsan que sediará a ETE e o terreno vizinho. Acrescenta que a arqueologia, para evitar problemas futuros de interrupção de obras, sugeriu o pedido de prospecção ao IPHAN.

Conforme Pacico, a Corsan fez

a solicitação ao Instituto no dia 4 de dezembro do ano passado. Ele acrescenta que prazo para o IPHAN dar o parecer encerra no próximo dia 4 de março. O superintendente explica que a prospecção é caracteri-zada por escavações na área em que apareceram os indícios. Na região Nordeste do Estado já foram encon-trados vinte sítios arqueológicos.

De acordo com Pacico, a estatal tem R$ 26 milhões, captados junto ao BNDES, para investir na ETE do Barracão, que num primeiro mo-mento tinha previsão de término para o final de 2014. Acrescenta que o BNDES também já liberou mais R$ 49 milhões para a ETE do Burati. Está prevista ainda a construção da ETE Vinhedos, no Vale dos Vinhedos, ainda sem locação de recursos. O superintendente da Corsan informa que, através das ETES, será tratado 80% do esgoto doméstico de Bento Gonçalves. Superintendente regional da Corsan na região

Nordeste do Estado, Alexsander Pacico

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Esportes05 de fevereiro de 2013 | Jornal Integração da Serra 19

Da arquibancadaCristiane Grohe Genrich [email protected]

Como você torce?Quase todo mundo tem lá as suas manias, superstições e crenças.

Eu não passo embaixo de escadas - isso me faz caminhar um pouco mais e encontrar um desvio - roupa nova na virada no Ano Novo, três batidas na madeira para isolar uma palavra ruim que foi dita, uma oração antes do avião decolar. Só para garantir uma boa sorte.

E em dia de jogo de futebol? Técnicos, jogadores, na maioria, têm um segredinho para ajudar na vitória, ou pelo menos para a derrota não ser tão feia. E quem assiste e torce? Vale usar a camisa que se estava vestindo no dia de uma vitória, ficar sempre no mesmo lugar do estádio ou do sofá de casa, fazer promessa para o Santo preferido e até usar a mesma meia. Tem gente que acha que o time não ganha se estiver sem a camisa do time no estádio, que vai dar az...Ops! Dizem que não é bom pronunciar essa palavra.

E se tiver cobrança de pênalti? Assistir ou fechar os olhos? O que fa-zer com a adrenalina? E o coração na boca? E pode piorar! Decisão nos pênaltis. Quem aguenta? Será que nesse caso quem vence é o melhor ou é pura sorte? E se for sorte, todo mundo quer dar uma forcinha pra ela e ajudar o time a ganhar. Será que funciona? Ninguém sabe, mas para garantir toc, toc na madeira e uma oração para Santo Antônio.

O início do Gauchão 2013 não foi dos melhores para o Esportivo. Após a derrota de 0 x 1 para o Lajeadense, no sábado, dia 2 de fevereiro, a direção do clube de Bento Gonçalves se reuniu e optou para a dispensa do preparador físico Diéckson dos Santos. Os atletas João Cléber e Luciano “Marreta” tam-bém foram dispensados por, segundo o diretor de futebol, Eduardo Casa-granda, não se encaixarem no perfil do clube.

Quem assume a preparação física

Esportivo: clube dispensa atletase busca melhorar no Gauchão

dos atletas da “polenta mecânica” é Mar-celo Carneiro, ex-Inter de Santa Maria e Novo Hamburgo.

“A equipe vem crescendo. O cami-nho está certo”, afirmou o Diretor. De acordo com ele, novas contratações de atletas devem ocorrer no Campeonato. “O Esportivo está aberto para novas contratações sempre que possível. Mas para isso tem que ter jogadores de qualidade, que se enquadrem den-tro da realidade do clube financeira e tecnicamente”.

Bruna Bello

Diretor de Futebol do Clube Esportivo, Eduardo Casagranda

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Cultura20 Jornal Integração da Serra | 05 de fevereiro de 2013

O Trágico e o Irrisório

Cena em um café da cidade: um cliente, profundamente irritado, reclamava que o pão de queijo não tinha sido aquecido o suficiente. Quinze segundos de microondas e tudo se resolveu. Mas ficou a cara feia, o mau humor, a impaciência.

Situações como essa me deixam espantado. Vejo fatos insigni-ficantes como um café frio, a demora no atendimento, uma cortada no trânsito, cada vez mais tirarem as pessoas do sério e assumirem proporções de catástrofe. Por que andamos tão pouco tolerantes? Por que nos irritamos com coisas tão diminutas? Por que reagimos como se os pequenos incômodos do dia-a-dia fossem problemas incontornáveis?

Na vida, há o realmente trágico: a morte de um ente querido, a doença, um acidente grave, uma grande decepção amorosa. Todo o resto é irrisório, e aí se incluem os cem reais perdidos, a derrota do nosso time ou o vizinho que gosta de lavar o carro com o som no máximo às 8h da manhã de domingo.

Temos que entender que nem tudo na vida se ajusta aos nossos desejos. É infantil pensar o contrário. Já viu uma criança fazendo birra porque quer o que quer na hora em que quer? Crianças ainda não aprenderam a lidar com as frustrações. Acham que tudo deve se comportar como elas esperam. É por isso, também, que as educamos. Para que aprendam que o mundo não é propriamente como gostarí-amos que ele fosse, e que bater pé nada resolve. Vejo muitos adultos comportarem-se como crianças.

Temos que aprender que nossos ataques de raiva não melhoram as coisas. Esbravejar nunca resolveu qualquer problema, pelo con-trário. Insultos e palavrões tampouco. Veja o trânsito nosso de cada dia. Eu mesmo me pego irritado, às vezes, com as filas nas sinaleiras, tráfego lento e motoristas mal-educados. Conto até dez e penso: “Rogério, não vale a pena se irritar por isso. A vida é muito profunda para se perder tempo com coisas tão pequenas”. Dá certo.

Diante dos probleminhas sem valor, vamos lembrar que estarmos vivos é uma sorte extraordinária. Pelas probabilidades, tínhamos chances remotas de estarmos aqui. Bastava nossos pais, ou avós, ou bisavós, não terem se conhecido. Ou outro espermatozoide ter vencido a corrida. Mas ganhamos na loteria e cá estamos. Não vamos desperdiçar os segundos preciosos, então, com ninharias. Chega de se preocupar e de se irritar com coisas pequenas. Não precisamos sofrer nem sermos grosseiros com os outros por causa delas. Pense nisso, na próxima vez em que um pão de queijo te desapontar.

Crônicas do CotidianoO restauro do Museu “Casa do

Imigrante” está previsto para iniciar neste ano. A obra, que gira em torno de R$ 1 milhão, foi beneficiada pela prorrogação da Lei Rouanet. As infor-mações são do secretário municipal da Cultura, Jovino Nolasco de Souza, que também preside a Fundação Casa das Artes. De acordo com ele, também devem ser iniciadas, em 2013, as obras do Espaço Mais Cul-tura, previsto para ser construído na praça Centenário, situada no centro da cidade.

Conforme o projeto, da arquiteta Isabel Fillipon, já aprovado pelo go-verno federal, o Espaço Mais Cultura, de 1.695 metros quadrados de área construída, entre três pavimentos, será representado pela sede própria da Biblioteca Castro Alves, auditório com 112 lugares, cafeteria, salas de leitura e hemeroteca, entre outros espaços destinados a oficinas de diversas manifestações artísticas e culturais.

A produtora de cinema de Bento Gonçal-ves, 7FILMZ está montando o curta-metragem “Parasitas do Lodo” gravado no interior do município de Pinto Bandeira nos últimos dias 18, 19 e 20 de janeiro deste ano.

O filme produzido e dirigido por Fernando Menegatti, tem por base revelar crimes grotes-cos que ainda hoje ocorrem principalmente em pequenas comunidades localizadas no interior dos três Estados do Sul do Brasil. Muito mais do que denunciar, “Parasitas do Lodo” tenta entender o grau de demência de mentes criminosas, apresentando assim os personagens centrais do filme, De La Roque (Fábio Vergani), Boris (Ismael Sebben) e Bella

Enquanto o clima no país é de carnaval, a Banda Elixir pega a estrada rumo a São Paulo, invadindo o estado com seu rock n’roll. A banda bento--gonçalvense aterrissará por lá no próximo dia 11, onde tocará em diver-sas cidades divulgando seu primeiro álbum intitulado como “Get out”. No mesmo embalo, a banda iniciará as gravações do seu segundo disco - Midnight Sun, no Norcal Studios, onde já havia gravado anteriormente.

Rogério GavaEscritor e [email protected]

Gravações de “Parasitas do Lodo”. Cena com os atoresFábio Vergani e Maura Ambrosi

Pinto Bandeira foi palco degravação de curta-metragem

(Maura Ambrosi). O elenco do filme é formado por atores

dos municípios de Bento Gonçalves e Caxias do Sul. Também fizeram parte os atores, Salvador Longo, Suzy Menegat e Cristian Ce-chin, além de figurantes. Na equipe técnica, a produção é de Andressa De Ré, fotografia de Rogério Rodrigues, direção de arte de Bárbara Macagnan Lopes, áudio de Daniel de Moura e Cristian Texeira e maquiagem de Charlene de Farias Dias.

O lançamento está previsto para o inverno de 2013 com o patrocínio e apoio de Alfema, Supermercado Carbonera, Manfroi, Soniane Decorações, Soluciona Imóveis e NAC.

Divulgação

Restauro do museu e obras de espaçocultural previstos para iniciarem em 2013

Nolasco garante que, em março deste ano, serão retomadas as ofici-nas na sede da Casa das Artes inter-rompidas, em novembro de 2012 pela administração anterior. Segundo ele, todos os projetos iniciados na gestão passada vão se concretizar. O Secre-tário enfatiza que um dos principais objetivos da atual administração é valorizar os artistas locais.

Bruna Bello

Secretário Jovino Nolasco de Souza

Banda Elixir faz turnê em São Paulo

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A banda, com mais de dez anos de estrada, foi uma das quatro ban-das gaúchas selecionadas pela MTV e gravou um quadro com a Cachorro Grande em 2008. Em 2011 foi a São Paulo gravar o primeiro CD com canções autorais. A banda é liderada pelos vocais de Vini, a guitarra de Giovanni, o baixo de Della Justin, os teclados afiados de Marcos e a bateria de Maurício Meinert.