Relatório Farmacognosia I - Terpenos 2014

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – ICET CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: FARMACOGNOSIA I RELATÓRIO DE FARMACOGNOSIA I ITACOATIARA – AM JANEIRO – 2014

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Relatório aula prática - extração de terpenos

Transcript of Relatório Farmacognosia I - Terpenos 2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM

INSTITUTO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ICETCURSO: FARMCIADISCIPLINA: FARMACOGNOSIA I

RELATRIO DE FARMACOGNOSIA I

ITACOATIARA AMJANEIRO 2014UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM

INSTITUTO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ICETCURSO: FARMCIADISCIPLINA: FARMACOGNOSIA I

TERPENOS: EXTRAO E IDENTIFICAO

DOCENTES: Anderson Cavalcante Guimares, Renata TakearaDISCENTES: Adna Santos, Cludia Santos, Lidiane Lamaro, Marlene da Silva e Silva.

ITACOATIARA AMJANEIRO 2014SUMRIO

1. INTRODUO........................................................................................ 4 2. OBJETIVO............................................................................................... 63. MATERIAIS E REAGENTES................................................................. 63.1. MATERIAIS..................................................................................... 63.2. REAGENTES.................................................................................... 74. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL................................................... 84.1. PREPARO DO MATERIAL A SEPARAR...................................... 84.2. IDENTIFICAO............................................................................ 85. RESULTADO E DISCUSSO................................................................ 95.1. PREPARO DO MATERIAL A SEPARAR...................................... 95.2. IDENTIFICAO............................................................................ 96. CONCLUSO........................................................................................ 117. ANEXO.................................................................................................. 128. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS................................................... 13

1. INTRODUO

Os terpenides distribuem-se amplamente na natureza e so encontrados em abundncia nas plantas superiores. Alm disso, alguns fungos produzem vrios terpenides interessantes, e os organismos marinhos so a fonte prolfica de terpenides pouco comuns. Esses compostos tambm so encontrados em feromnios de insetos e suas secrees de defesa. Os terpenides so definidos como produtos naturais cuja estrutura pode ser dividida em unidades de isopreno, por isso, esses compostos tambm so chamados de isoprenides. As unidades de isopreno originam-se biogeneticamente do acetato por via do cido mevalnico e tem cadeias ramificadas, com cinco unidades de carbono que contm duas ligaes duplas.

Isopreno

Durante as formaes dos terpenides, as unidades de isopreno em geral se ligam de cima para baixo, e o nmero de unidades incorporadas em determinados terpenides hidrocarbnico insaturado serve de base para classificao desses compostos. Os monoterpenides so compostos de duas unidades e tem a frmula molecular . Os sesquiterpenoides, , contm trs unidades de isopreno. O diterpenides,, tm quatro unidades de isopreno. Os triterpenides, , so compostos por seis unidades de isopreno. Os tetraterpenides ou carotenides, , tm oito unidades. O gnero Mentha, produz um leo essencial, rico em mentol ou metan-3-ol, cujas aplicaes nas indstrias farmacuticas, de higiene e do tabaco lhe conferem uma importncia econmica muito grande. As espcies de Mentha mais cultivadas no Brasil so a Mentha arvensis e Mentha spicata, pois ambas so bem adaptadas ao clima subtropical.O mentol ocorre como cristais hexagonais incolores, geralmente aciculares, como massas amalgamadas como p cristalino e tem um odor agradvel de menta. Aplicado pele em concentrao 0,1 a 1%, dilata os vasos sanguneos e produz sensao de refrigrio seguida por inibio dos receptores sensoriais resultando em ao antipruriginosa. Em concentraes de 1 a 6%, atua como contrairritante. Combinado com cnfora e leo de eucalipto em pomadas, antitussgenos, aerossol nasais e inalantes, aliviam os sintomas da bronquite, a sinusite e a congesto nasal. Em pequenas doses orais tm ao caminativa, mas em grandes doses pode exercer ao de depresso cardaca.

A cromatografia um mtodo fsico-qumico de separao. Est fundamentada na migrao diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes interaes, entre duas fases imiscveis, a fase mvel e a fase estacionria. Mostra-se extremamente til para o isolamento, purificao e identificao de componentes de uma mistura. Pode ser utilizada para a identificao de compostos, por comparao com padres previamente existentes, para a purificao de compostos, separando-se as substncias indesejveis e para a separao dos componentes de uma mistura.Os parmetros de caracterizao das substncias separadas variam conforme a modalidade ensaiada. No caso da cromatografia em camada delgada (CCD), geralmente emprega-se o valor de Rf, que definido como a razo entre a distncia percorrida pela substncia (a), a partir do ponto de aplicao at o meio da mancha, e a distncia percorrida pela fase mvel, a partir do ponto de aplicao.

2. OBJETIVOExtrao e identificao do mentol de gomas de hortel.

3. MATERIAIS E REAGENTES3.1. MATERIAIS13

Algodo Argola Basto de vidro Bqueres (10 ml; 100 ml) Cmara escura UV Capela de exausto Capilar Chapa aquecedora Funil comum Funil de separao 250 ml Pipeta pauster Placa cromatogrfica com slica gel GF Proveta 50 ml Recipiente de vidro Rgua Secador de cabelo Suporte universal3.2. REAGENTES Agente dessecante gua destilada Clorofrmio Gomas de hortel Hexano Substncia padro - monoterpeno mentol Vanilina-cido sulfrico

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL4.1. Preparo de material a separara) Em um recipiente de vidro e com o auxlio de um basto de vidro, dissolveu-se quatro gomas de hortel em 30 ml de gua destilada.b) Transferiu-se a amostra para um funil de separao.c) Lavou-se o recipiente de vidro por duas vezes com 10 ml de hexano em cada lavagem e juntou-se a mistura no funil de separao.d) Deixou-se decantar e separou-se a camada hexanica da soluo aquosa.e) Adicionou-se uma pequena quantidade de agente dessecante a camada etrea e homogeneizou-se com o basto de vidro.f) Colocou-se um pequeno chumao de algodo no funil comum e filtrou-se a soluo obtida.g) Transferiu-se para um bquer de 10 ml e concentrou-se com a ajuda de um secador de cabelo.4.2. Identificaoa) Realizou-se a CCD utilizando-se como substncia padro o monoterpeno mentol, encontrado em espcies de Mentha (hortelo)b) Utilizou-se a placa cromatogrfica com slica gel GF como fase estacionriac) Utilizou-se os reveladores: cmara escura UV; vanilina-cido sulfrico/calor

5. RESULTADOS E DISCUSSO5.1. Preparo de material a separarNo processo de extrao, em um recipiente de vidro foram dissolvidas quatro gomas de hortel em 30 ml de gua destilada. Aps esse procedimento, a amostra foi transferida para um funil de separao acoplado a um suporte universal com a ajuda de uma argola (Fig. 1). Lavou-se o recipiente de vidro por duas vezes com 10 ml de hexano em cada lavagem para a remoo completa da amostra das paredes do recipiente de vidro e juntou-se a mistura do funil de separao. Retirou-se o funil de separao do suporte universal e foram feitos pequenos movimentos com o mesmo, retirando-se a presso de dentro do funil. Em seguida esperou-se decantar para a separao das fases, resultando em uma fase aquosa e uma orgnica. Separou-se a camada hexanica e adicionou-se uma pequena quantidade de agente dessecante . Filtrou-se em um funil comum com algodo e transferiu-se para um bquer e com a ajuda de um secador de cabelo, aguardou-se a evaporao parcial.5.2. IdentificaoAps a evaporao parcial, iniciou-se a identificao da substncia. Com a ajuda de uma rgua, mediu-se a placa cromatogrfica com slica gel GF (fase estacionria), contendo 5 cm de altura. A amostra e a substncia padro fora aplicadas com um capilar na parte inferior da placa (ponto de partida), formando-se uma mancha circular. A placa foi imersa em um bquer com eluente, clorofrmio, para que ocorresse a migrao das substncias (Fig. 2). Assim, o solvente elui pela placa, a amostra e a substncia padro so compartilhadas entre a fase lquida mvel e a fase slida estacionria. Aps esse procedimento, a placa foi levada para a cmara escura UV possibilitando a observao de todas as manchas coloridas, inclusive as que no so possveis enxergar a olho nu. Em seguida, retirou-se a placa da cmara escura e borrifou-se vanilina-cido sulfrico sendo transferida posteriormente para a chapa aquecedora para a revelao das substncias (Fig. 3).Aps a exposio da placa ao calor, pode-se observar a formao de manchas na placa cromatogrfica (Fig. 4). Em seguida, calculou-se o valor de Rf da amostra obtendo-se 0,58 e verificou-se que esse valor est dentro dos padres descritos nas literaturas, valor ideal entre 0,4 e 06.

Clculo do Rf:

6. CONCLUSOA cromatografia em camada delgada (CCD) uma tcnica utilizada no laboratrio de qumica orgnica experimental para identificar a polaridade de certas substncias e de acordo com os experimentos, identificar os reagentes que melhor reagem com a substncia estudada. Na prtica realizada, utilizou-se este mtodo para a determinao do mentol, concluindo-se que um mtodo simples, rpido e econmico.

7. ANEXO

Fig. 2 - Placa cromatogrfica imersa em clorofrmioFig. 1 - Funil de separao com amostra

Fig. - 3 Placa cromatogrfica exposta ao calorFig. - 4 Placa cromatogrfica aps exposio ao calor

8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS1. BARBALHO, C.R.S.; MORAES, S.O. Guia para normalizao de relatrios tcnicos cientficos. Manaus: EdUA, 2003.2. Disponvel em Acessado em 12/01/2014. 3. ROBBERS, J.E.; SPEEDIE, M.K.; TYLER, V.E. Farmacognosia e Farmacobiotecnologia. Editora Premier, p. 91, 96-97, So Paulo, 1997.4. MORTIMER, E.F.; SECRETARIA DE EDUCAO BSICA. Cromatografia um breve ensaio. Coleo Explorando o Ensino, v. 4, Qumica. Braslia: Ministrio da Educao, p. 18-20, 2006.