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AUTARQUIA EDUCACIONAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS E SOCIAIS DE PETROLINA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
JOÃO CARLOS HIPÓLITO BERNARDES DO NASCIMENTO
OS IMPACTOS DO ANALFABETISMO FUNCIONAL À PLENA UTILIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS NO MUNICÍCIO DE
CASA NOVA-BA
PETROLINA
2009
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JOÃO CARLOS HIPÓLITO BERNARDES DO NASCIMENTO
OS IMPACTOS DO ANALFABETISMO FUNCIONAL À PLENA UTILIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS NO MUNICÍCIO DE
CASA NOVA-BA
Monografia submetida à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador: Prof. Esp. Romério Pereira Galvão
PETROLINA
2009
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JOÃO CARLOS HIPÓLITO BERNARDES DO NASCIMENTO
OS IMPACTOS DO ANALFABETISMO FUNCIONAL À PLENA
UTILIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS NO MUNICÍCIO DE CASA NOVA-BA
Monografia submetida à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis, da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Contabilidade.
Aprovada em ___/___/______
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________ Prof. Esp. Romério Pereira Galvão (Orientador)
Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina
_____________________________________________ Prof. MSc. Agnaldo Batista da Silva
Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina
_____________________________________________ Prof. MSc. Francisco de Assis Silva
Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina
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A Deus, a minha família e amigos.
4
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e irmãos pelo estímulo e apoio ao longo de toda minha vida
acadêmica;
A minha avó, Guiomar Hipólito, pela incessante preocupação;
A minha tia Socorro pela hospitalidade ao acolher-me em seu lar sempre que se
tornou necessário durante o período do curso;
A minha namorada, Juliana, pelo auxílio na correção ortográfica e na impressão do
trabalho, bem como pela compreensão de minha momentânea indisponibilidade de
tempo;
Aos professores do curso pela amizade e dedicação e, em especial, aos professores
Sebastião Francisco Almeida Filho, Reginaldo Alves dos Santos, Deósio Cabral
Ferreira e Wilson Rolim dos Santos, por não medirem esforços em elucidar as
dúvidas que surgiam à produção do presente estudo;
Aos colegas e amigos do curso pelo companheirismo ao longo da jornada;
De modo especial ao meu orientador, Prof. Esp. Romério Pereira Galvão, que soube
dividir os seus conhecimentos ao longo da elaboração do estudo e por ter se
mostrado sempre disponível;
Por fim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a minha vida
acadêmica e profissional, os meus sinceros agradecimentos:
Muito Obrigado!!!
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R E S U M O
A Lei 11.638/2007 apresenta como principal alteração o advento do Ativo Intangível. Esse, assim como todos os demais bens tangíveis de avaliação, apresenta custos/despesas atrelados a sua formação e/ou utilização que demandam atenção. O Analfabetismo funcional é um custo intangível que acarreta em obstáculos ao desenvolvimento tecnológico, inibindo a inovação. Pesquisas recentes alvitram sua ocorrência em cerca de 20% do quadro funcional das organizações, independente do segmento, faturamento e rentabilidade, acarretando em perdas anuais de 6 bilhões de dólares em todo o mundo. No Brasil, aproximadamente 70% da população economicamente ativa é formada por analfabetos funcionais o que acarreta, entre outros exemplos, nos constantes “problemas inesperados” ou recalls que as organizações enfrentam cotidianamente, a peça que não está funcionando corretamente ou mesmo um lote de produtos contaminados por substâncias estranhas. Diante desta realidade, o desafio da pesquisa foi elucidar até que ponto os empresários do município de Casa Nova-BA são plenamente alfabetizados, estando aptos à efetiva utilização das informações contábeis no processo decisório. Por meio de um estudo de caso com os empresários clientes dos escritórios de contabilidade e, utilizando-se da análise discriminante para mensurar o grau de analfabetismo funcional, constatou-se que, embora os empreendedores, na sua maioria (88%), apresentem formação educacional suficiente aos processos de leitura, análise e utilização das informações, apenas 43% detêm efetivamente a competência. Essa realidade até então desconhecida pelos contadores exige uma imediata mudança de postura e, principalmente, o pronto delineamento de novas estratégias a fim de assegurar a efetiva utilização das preciosas informações contábeis. Palavras-chaves: Analfabetismo Funcional, Informação, Contabilidade.
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ABSTRACT
The Law 11638/2007 has an important change the advent of Intangible Assets. This, like all other tangible assets evaluation presents costs / expenses tied to his training and / or use that demand attention. The Functional illiteracy is an intangible cost which results in barriers to technological development, inhibiting innovation. Recent research recommends setting to occur at about 20% of the functional organizations, irrespective of industry, revenue and profitability, resulting in annual losses of $ 6 billion around the world. In Brazil, approximately 70% of the economically active population consists of functionally illiterate which entails, among other examples, listed in the "unexpected problems" and recalls that organizations face daily, a number that is not working properly, or even a lot of products contaminated by foreign substances. Given this reality, the challenge of the research was to elucidate the extent to which entrepreneurs in the municipality of Casa Nova, BA are fully literate, being able to effective use of accounting information in decision making. Through a case study with business clients of accounting firms and, using discriminant analysis to measure the degree of functional illiteracy, it was found that although the entrepreneurs, the majority (88%), provide trainingsufficient educational processes of reading, analysis and use of information, only 43% actually hold the power. This reality hitherto unknown to the counters requires an immediate change of attitude and, above all, ready to design new strategies to ensure effective utilization of precious financial information.
Keywords: functional illiteracy, information, accounting.
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S U M Á R I O
INTRODUÇÃO..........................................................................................................p. 9
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................p.13
1.1 O SURGIMENTO DO CONCEITO DE ANALFABETISMO FUNCIONAL................p. 13
1.2 DEFINIÇÕES DO CONCEITO DE ANALFABETISMO FUNCIONAL.......................p. 14
1.3 O ANALFABETISMO FUNCIONAL E AS CONJUNTURAS DO MERCADO.....p. 16
1.4. AS PERDAS INVISÍVEIS PROVOCADAS PELO ANALFABETISMO FUN-
CIONAL..................................................................................................................... 17
1.5 A FUNÇÃO DA CONTABILIDADE......................................................................p 22
1.6 O CONCEITO DE INFORMAÇÃO....................................................................... . 23
1.7 O APRENDIZADO ORGANIZACIONAL E A GESTÃO DO CONHECIMENTO .26
1.8 AS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS E A RELEVÂNCIA À ECONOMIA
BRASILEIRA............................................................................................................ p. 29
1.8.1 O EMPREENDEDORISMO E A GERAÇÃO DE RIQUEZAS..........................p. 30
1.9 O ADVENTO DOS INTANGÍVEIS E A CONTRIBUIÇÃO DA ANÁLISE DIS-
CRIMINANTE À SUA MENSURAÇÃO.....................................................................p. 31
2 METODOLOGIA...................................................................................................... . 36
2.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA.......................................................................p .36
2.2 OBJETO DE ESTUDO.......................................................................................p. 37
2.3 POPULAÇÃO......................................................................................................p . 37
2.4 MÉTODO DE COLETA, INSTRUMENTOS E ANÁLISE DE DADOS................p. 37
2.5 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA.............................................................. .p. 39
3 ANÁLISE DOS DADOS.........................................................................................p .43
3.1 OS ESCRITÓRIOS DE CONTABILIDADE E OS CLIENTES ESTUDADOS.......p. 43
3.2 LEVANTAMENTO ANTERIOR À MENSURAÇÃO DO ANALFABETISMO
FUNCIONAL..............................................................................................................p. 44
3.3 APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO E ANÁLISE DE DADOS............................p. 47
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... .54
REFERÊNCIAS........................................................................................................... .59
APÊNDICES.............................................................................................................p .64
9
INTRODUÇÃO
O processo de globalização das economias alterou substancialmente o ambiente de
negócios fomentando grandes alterações na forma de gerir as organizações e, de
forma atrelada, na sua interação com o macro ambiente.
Com o atual estágio de geração e propagação do conhecimento, o processamento e,
principalmente, a utilização de um imenso fluxo de informações, torna-se
imprescindível à continuidade organizacional nesta nova realidade. A ciência contábil
é responsável pelo processo de “mensuração e comunicação da informação
econômica para permitir a realização de julgamentos bem informados e a tomada de
decisões por usuários da informação” (HENDRIKSEN e BREDA,1999, p. 135). Logo,
é a ferramenta que fomenta o processo decisório organizacional.
A geração de informação contábil paulatinamente tem respondido de forma
satisfatória às demandas da sociedade, entretanto, o processo de comunicação ainda
necessita de aperfeiçoamento. Quando o processo de transferência da informação
não é plenamente concluído os resultados são severamente afetados.
É notória a atual exigência de valoração do intangível, entretanto, o valor contábil do
patrimônio intelectual pode, como todos os demais bens tangíveis de avaliação, estar
majorado. Recentes pesquisas mostram que, independente do grau de sofisticação,
segmento, faturamento e rentabilidade, 20% das pessoas sofrem em algum grau de
dificuldade de analfabetismo funcional – aqueles que, mesmo tendo aprendido a
decodificar minimamente a escrita, geralmente frases curtas, não desenvolvem a
habilidade de interpretação de textos (BOTELHO, 2008). Essa situação acarreta em
custos relevantes. Segundo Campos (2002, p.7) “No Mundo, a queda de
produtividade provocada pela incidência de analfabetismo funcional, seja traduzida
em perda equivalente a US$ 6 bilhões anuais”.
Estas perdas são potencializadas quando o analfabetismo funcional surge em meio
aos usuários da contabilidade, gestores, coordenadores e empreendedores, pessoas
responsáveis por decisões com potencial de alterar definitivamente os rumos
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empresariais. A necessidade de mensurar o real valor do Capital Intelectual das
organizações é, atualmente, o principal desafio que emerge no limiar para os
Contadores.
Segundo a Resolução CFC n° 774, de 16 de dezembro de 1994, o objetivo da ciência
contábil se manifesta na correta apresentação do patrimônio e na apreensão e análise
das causas das suas mutações. O contabilista atua não somente como emissor da
informação, mas, sobretudo, auxiliando todo o processo de análise e, principalmente,
de sua utilização para a tomada estratégica de decisão.
No momento em que auxilia a transformação da informação em ação, o contabilista
deve se certificar que a informação foi suficientemente decodificada, ou seja,
assegurar que o objetivo de transferir as informações de forma eficaz a ponto de
fomentar a ação subsequente foi plenamente atingido. Logo, é também
responsabilidade de contabilista mensurar até que ponto os usuários da contabilidade
detém plena capacidade de decodificação dos dados disponibilizados, isto é, se esses
são plenamente alfabetizados.
Pode parecer meio paradoxal, mas é considerável o número de “empreendedores”
com nível superior que titubeiam frente a um texto técnico ou a um manual de
software. Não é que para se exercer a profissão, o indivíduo tenha que ser um expert
em interpretação de textos, mas é de extrema relevância que se tenha um nível
mínimo de compreensão nas atividades cotidianas. De nada adianta conseguir
certificados de graduação e/ou especializações se o profissional não tiver domínio de
habilidades aparentemente simples, mas que no dia a dia são de grande valia à
produtividade.
No Brasil, calcula-se que aproximadamente 70% da população economicamente ativa
seja formada por analfabetos funcionais (BOTELHO, 2008). Essa realidade se
materializa, entre outros exemplos, nos constantes “problemas inesperados” ou
recalls que as organizações enfrentam cotidianamente, a peça que não está
funcionando corretamente, um lote de produtos contaminados por substâncias
11
estranhas, enfim, situações em que a limitada capacidade dos profissionais impacta
negativamente nas operações cotidianas (BOTELHO, 2008).
O indivíduo deve ter intrínseca a necessidade de estar em constante aprimoramento
intelectual e, sobretudo, deve estar sintonizado para perceber minúcias e,
paulatinamente, melhorar sua capacidade de leitura e compreensão de textos.
Os contabilistas devem vislumbrar a necessidade de fomentar a plena utilização das
informações produzidas, subsidiando o processo decisório e contribuindo de forma
efetiva ao desenvolvimento dos empreendimentos e, de forma atrelada, à construção
do país. O grande desafio da pesquisa é elucidar o dilema: até que ponto os
empresários do município de Casa Nova-BA são plenamente alfabetizados, estando
aptos à efetiva utilização das informações contábeis no processo decisório do
cotidiano empresarial?
Desse modo, partindo do problema, o objetivo geral a ser elucidado foi mensurar a
ocorrência do analfabetismo funcional nas empresas clientes dos escritórios de
contabilidade de Casa Nova – BA. Quanto aos objetivos específicos, buscou-se:
Identificar as principais dificuldades do empresariado à compreensão e utilização das
informações contábeis no cotidiano organizacional – tomada estratégica de decisão-;
Investigar a consciência dos contadores da existência do analfabetismo funcional nos
usuários da contabilidade; e despertar a necessidade de aperfeiçoar o método de
transferência da informação aos gestores, a fim de fomentar sua utilização plena.
Quanto a metodologia aplicada, a pesquisa é do tipo exploratório-descritiva pois além
da identificação, visa de forma atrelada, o registro e análise da ocorrência e,
principalmente, a consciência dos contabilistas da existência de analfabetismo
funcional entre os clientes dos escritórios de contabilidade na cidade de Casa Nova –
BA (Reis, 2006).
Por intermédio de estudo de caso com a carteira dos clientes dos três escritórios de
contabilidade existentes na cidade de Casa Nova-BA, foi possível trabalhar uma
12
amostra de 223 empreendedores, representando uma parcela de aproximadamente
91% dos empreendedores locais. Como instrumentos de coleta de dados, foram
utilizados questionários a fim de obter informações relativas ao nível de alfabetização
em língua portuguesa, habilidades matemáticas e em habilidades lógicas.
Para realizar a análise de dados foi necessário utilizar uma ferramenta estatística, a
análise discriminante, técnica que permite ao pesquisador analisar as discrepâncias
entre dois ou mais grupos (alfabetizados plenos e analfabetos funcionais) permitindo
assim, a caracterização desses (KLECKER apud SILVA, 2009).
O estudo se justifica pela demasiada relevância de se entender a ocorrência do
analfabetismo funcional e, principalmente, de detectá-lo previamente nas
organizações, tendo em vista os custos explícitos e implícitos iminentes à
problemática.
O trabalho encontra-se dividido em três capítulos: no primeiro foram apresentados os
principais conceitos que nortearam a pesquisa embasados nos principais teóricos da
temática como Botelho (2008), Campos (2002); Instituto Paulo Montenegro (2005),
Kassai (1998), entre outros. No segundo, estão apresentados os procedimentos
metodológicos, bem como os passos necessários ao desenvolvimento da ferramenta
de mensuração do analfabetismo funcional nas organizações. No terceiro e último
capítulo se apresentam a análise e discussão dos dados. Após esses capítulos, foram
feitas as considerações finais sobre o tema.
13
C a p í t u l o 1
1 F U N D A M E N T A Ç Ã O TE Ó R I C A
1 . 1 O S U R G I ME N T O D O C ON C E IT O D E A N A L FA B E -T IS MO FU N C IO N A L
Os Estados Unidos foram os pioneiros a iniciar a medição do analfabetismo funcional
em meados da Primeira Guerra Mundial (STICHT, ARMSTRONG apud MOREIRA,
2008). Inicialmente, o foco nasceu dentro do setor militar norte americano. Os
primeiros testes de leitura foram introduzidos por psicólogos das forças armadas dos
Estados Unidos por volta de 1917.
Na época, acreditava-se na hipótese de que a pessoa podia ser muito inteligente, mas
pouco alfabetizada ou mesmo não proficiente em Inglês. Baseados nesse raciocínio
foram desenvolvidos dois testes: o Army Alpha para os adultos alfabetizados e o Army
Beta para os pouco alfabetizados (considerados assim os adultos com até 6 anos de
educação formal) ou que não tivessem o inglês como língua nativa. Ambos os testes
supunham que a inteligência era um traço herdado. Tentava-se medir a inteligência
“natural”, independente da cultura e condições sociais da pessoa (STICHT,
ARMSTRONG apud MOREIRA, 2008).
A prática continuou durante toda a Segunda Guerra Mundial. O AGCT - Army General
Classification Test foi produzido e aperfeiçoado pelas forças armadas norte-
americanas para selecionar recrutas durante a II Grande Guerra. Nesse momento, os
psicólogos que criaram os testes não mensuravam a capacidade mental nativa, pelo
contrário, mediam apenas a habilidade em realizar a avaliação. O teste só seria
reconhecido como indicador das competências nativas se, a cada um dos testados
fosse ofertada igual oportunidade e incentivos para desenvolver as habilidades
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mensuradas. O objetivo do AGCT era aferir a "habilidade geral de
aprendizado"(STICHT, ARMSTRONG apud MOREIRA, 2008).
Findada a guerra, o AGCT foi trocado pelo AFQT - Armed Forces Qualification Test
para teste de aspirantes. O AFQT é usado até hoje com eventuais alterações. A
agilidade do candidato não era destacada no teste e as instruções orais eram
simplificadas. A avaliação foi projetada para ser útil para diferenciação entre os
menos competentes. Os scores em cada sub-teste (Vocabulário, Matemática, Testes
de Raciocínio Espacial, etc.) são combinados em uma pontuação única e agrupadas
para alcançar uma classificação (STICHT, ARMSTRONG apud MOREIRA, 2008).
A prática de mensurar as habilidades de alfabetização só foi exportada da caserna um
pouco mais adiante. O estudo inicial sobre alfabetização entre civis norte americanos
foi realizado por Guy Buswell, da Universidade de Chicago, em 1937, com mais de
1.000 adultos na cidade de Chicago (EUA). O trabalho de Buswell utilizou-se de
materiais "reais", como propagandas de alimentos, programas de rádio, listas
telefônicas, entre outros - procedimento comum nos estudos no setor civil daí para
diante-. Simultaneamente, Buswell conseguiu informações sobre os métodos de
leituras dos adultos estudados (leitura de jornais, revistas e livros). De forma geral,
seus estudos fomentaram a criação do estilo de aferição dos estudos posteriores, até
os levantamentos da década de 90 (MOREIRA, 2006).
1 . 2 D E F IN IÇ ÕE S D E A N A L F A B E Ç ÕE S D E A N A L FA B E -T IS MO FU N C IO N A L
O Instituto Paulo Montenegro –IPM- é a principal autoridade que mensura o
analfabetismo funcional no Brasil, ele mantém um programa chamado INAF – Índice
de Analfabetismo Funcional – que alerta a dimensão e seu hercúleo efeito nas
Instituições nacionais. IPM (2005, p. 12) diz:
É considerada analfabeta funcional a pessoa que, mesmo sabendo ler e escrever um enunciado simples, como um bilhete, por exemplo, ainda não
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tem as habilidades de leitura, escrita e cálculo necessárias para participar da vida social em suas dimensões no âmbito comunitário, no universo do trabalho e da política, por exemplo.
Campos (2002, p.7) compartilha desta visão. Para o autor, o analfabetismo funcional
é: “[...] a incapacidade da pessoa compreender a palavra escrita. Ela consegue ler,
mas não entende o que aquilo significa”.
Nota-se que os autores comungam da idéia de que os indivíduos conseguem ler e
escrever, entretanto, não conseguem extrair a informação na sua plenitude o que,
evidentemente, acarreta no empobrecimento do processo de implantação das
informações colhidas. Outro ponto relevante é a real possibilidade de marginalização
do indivíduo nos grupos sociais, trabalho, escola, política, entre outros.
O Instituto Ethos (2007, p.37) alerta:
O conceito de analfabetismo mudou nos últimos anos. Em 1958 a UNESCO definia como analfabeto um indivíduo que não consegue ler ou escrever algo simples. Vinte anos depois, adotou o conceito de analfabeto funcional: uma pessoa que, mesmo sabendo ler escrever frases simples, não possui as habilidades necessárias para satisfazer as demandas do seu dia-a-dia e se desenvolver pessoal e profissionalmente.
Segundo Botelho (2008)¹: “ Eles sabem ler, escrever e contar, chegam a ocupar
cargos administrativos, mas não conseguem compreender a palavra escrita. Bons
livros, artigos e crônicas, nem pensar!”1
Moreira (2006, p.08) complementa:
São pessoas com limitada capacidade de compressão de um texto escrito num mundo em que o texto escrito é a forma de apresentação das normais legais, das instruções de uso de equipamentos, medicamentos e procedimentos de segurança. E também um importante meio difusor de cultura.
A grande questão a ser debatida é até que ponto os usuários da contabilidade detêm
competências suficientes para utilizar de forma eficaz as informações
disponibilizadas? A conjuntura mercadológica demanda por empreendedores que
consigam alavancar os negócios diariamente potencializando os resultados. Essa
tarefa pode-se mostrar ainda mais árdua quando esses apresentam sérias
1 ¹ As citações diretas sem referência de páginas são provenientes de textos em formato .HMTL
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dificuldades em utilizar as informações contábeis no processo decisório devido à
ocorrência do analfabetismo funcional.
1 . 3 O A N A L FA B E T IS MO FU N C IO N A L E A S C ON JU N -T U R A S D O ME R C A D O
A globalização modificou de forma irreversível o ambiente de negócios fomentando
grandes alterações na forma de gerir organizações, bem como na sua interação com
o macro ambiente.
Um dos principais estigmas decorrentes dessa conjuntura mercadológica é a
exacerbada competitividade a qual estão expostas as organizações. Com a expansão
dos mercados houve o incremento de consumidores potenciais e, de forma atrelada,
de concorrentes bem articulados e com estratégias de negócios bem delineadas.
Nesse contexto, as empresas devem fazer uso de estratégias de diferenciação, ou
seja, os gestores são desafiados a, paulatinamente, implantar fatores competitivos
que distinga a organização e, consequentemente, proporcione a agregação de valor à
marca (PEREZ, FAMÁ, 2004).
Essa conjuntura acarreta na formação de uma nova sociedade que valoriza os bens
intangíveis em detrimento dos bens financeiros. Nessa sociedade, a importância
outrora exclusiva do capital financeiro migra à informação e, por consequência, à
qualidade do capital intelectual das organizações. O conhecimento é o principal
produto do novo século. Perez e Famá (2004, p.12) completam:
[...] a sociedade do conhecimento não se refere apenas às indústrias de softwares, tecnologias de informação, internet ou biotecnologia, mas sim, a novas fontes de vantagens competitivas, como capacidade de inovar, criar novos produtos e explorar novos mercados; e isto se aplica a todas as empresas [...]
Nota-se a relevância da informação à nossa nova sociedade e, portanto, às
organizações, mais do que nunca, fatores como inovação e conhecimento tornam-se
imprescindíveis ao sucesso. Entretanto, para a implantação desse cenário, é
17
necessário um modelo de gestão que fomente esses fatores no cotidiano da
organização.
Para obterem êxito no processo de implantação do modelo de gestão em questão, os
empreendedores devem deter um nível mínimo de conhecimento sob pena de,
eventualmente, perderem o controle da organização no momento em que a
informação gerada ultrapassar seus conhecimentos.
Como um gestor que não detém plenamente a capacidade de leitura e interpretação
de textos pode gerenciar um sistema de criação e, principalmente, propagação de
inovação e conhecimento? De nada adianta ter pleno acesso a fonte de informação
sem deter plena capacidade de decodificá-la, isto é, absolver a informação na sua
totalidade.
1 . 4 A S P E R D A S IN V IS ÍV E IS P R OV O C A D A S P E L O A N A L FA B E T IS MO F U N C ION A L
No controle financeiro das organizações, os gestores estão “calejados” de planejar,
orçar e controlar os custos do processo fabril, os custos contábeis como exaustão e
depreciação, investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento, taxas de
retorno do investimento, despesas da gestão administrativas, entre outros. Entretanto,
um custo, de igual ou maior relevância, que vem sendo marginalizado devido,
sobretudo, pelo desconhecimento das empresas, é o decorrente das perdas causadas
pelo analfabetismo funcional.
Martins (2003, p.17) define custo como “Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na
produção de outros bens ou serviços”. As pessoas (mão de obra) são fatores
preponderantes à fabricação de bens e à oferta de serviços aos consumidores,
contribuindo de forma direta à sua disposição aos consumidores, logo, são
classificadas como custos diretos – que estão diretamente associados à fabricação
dos produtos (MARTINS, 2003).
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É evidente a efetiva contribuição do capital intelectual das organizações ao processo
produtivo, dessa forma, como o analfabetismo funcional é um mal que afeta
diretamente na produtividade das pessoas, torna-se plausível caracterizar os
dispêndios ocultos oriundos da sua ocorrência como custos diretos.
A principal característica dessas perdas camufladas é sua intangibilidade. Os fatores
intangíveis são aqueles que apresentam alto grau de subjetivismo individual e/ou
coletivo (DIEHL, 1997), o que acarreta num certo ceticismo à mensuração e valoração
por parte de alguns. Entretanto, os ativos intangíveis fomentam a formação do valor a
mais reconhecido pelo mercado. Esse valor é estudado e segue a tendência de
harmonização dos padrões contábeis do International Accounting Standards Board
(IASB) e a imposição legal, Lei nº 11.638/2007 que doutrina, entre outros temas, sua
apresentação nas demonstrações contábeis (Balanço Patrimonial) no grupo do
permanente, subgrupo intangível ou bens incorpóreos.
Os ativos intangíveis, como qualquer outra aplicação de recursos, acarretam na
ocorrência de custos, nesse caso específico, de custos intangíveis - parcelas
necessárias à efetiva manutenção desses ativos. Diehl (1997, p.21) define custo
intangível como: “[...] a parcela de sacrifício financeiro absolvida na formação e/ou
manutenção de um fator intangível”. Logo, nota-se que o analfabetismo funcional é
um custo intangível no momento em que onera as organizações devido seu efeito
depreciativo sobre o Capital Intelectual.
Para se ter uma idéia da magnitude do sacrifício financeiro, essas perdas, segundo
pesquisas realizadas, somam ao ano mais de 6 bilhões de dólares em todo o mundo,
algo em torno de 10,6 bilhões de reais, valor próximo dos 11 bilhões que o Governo
Federal planejou investir no PAC em todo o ano de 2008 (CAMPOS, 2002, p.07).
Pode-se perceber o claro enquadramento do analfabetismo funcional como um custo
direto - interfere diretamente na produtividade da mão de obra – e de caráter
intangível – requer sacrifícios financeiros na formação e manutenção do capital
intelectual. Entretanto, mesmo apresentando tal magnitude conceitual e
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principalmente monetária, as perdas decorrentes do analfabetismo funcional não são
contempladas e, consequentemente, gerenciadas pelas organizações.
Como não estão sendo mensuradas, são custos invisíveis do processo produtivo –,
pois além de um “ralo” desperdiçador de divisas, inibe a inovação, principal produto
das organizações modernas. Segundo Fernandez (2006, p.1):
A inovação é a mola propulsora das empresas. Ela pode ser inovação de produto, de processo ou de mercado. Para sobreviver às empresas deverão inovar sempre [...]. Não há como criar mais lucro sem a geração de novas receitas (isso é pura matemática), e estas só são possíveis através das inovações.
A Inovação pode ser enfocada sob duas óticas, a Tecnológica e Estratégia
Competitiva. Cruz e Pedrozo (2004) argumentam que a inovação tecnológica está
ligada às funções de pesquisa e desenvolvimento, agregado a função de produção, e
de marketing. Já a inovação Estratégica está ligada aos recursos intangíveis - know
how (conhecimento técnico), marcas, patentes e fundo de comércio à cultura
organizacional (HALL apud CRUZ e PEDROZO, 2004).
A inovação estratégica garante uma vantagem competitiva às organizações no
momento em que fomenta quatro tipos de capacidades diferenciais. Coney apud Cruz
e Pedrozo (2004, p.3) define-as:
a) Capacidade funcional: resulta do conhecimento, das habilidades, da experiência dos funcionários e de outros que compõem a cadeia de valor;
b) Capacidade cultural: incorpora os hábitos, as atitudes, as crenças e os valores que permeiam os indivíduos e os grupos na organização;
c) Capacidade posicional: é consequência de atitudes passadas, que produziram algum tipo de reputação com os clientes, algum tipo de vantagem de colocação, etc;
d) Capacidade regulatória: resulta da posse de questões legais, como direitos de propriedade intelectual, contratos, segredos de troca, etc.
Nota-se que a inovação Estratégica, que oferece hercúlea capacidade de criação da
vantagem competitiva das organizações, é justamente a afetada pelo analfabetismo
funcional, evidenciando assim a dimensão dos impactos ao qual estão expostas as
organizações.
20
Outro custo asilado oriundo da ocorrência do analfabetismo funcional é a necessidade
de realização de recalls – anúncio publicitário com o intuito de convocar os
consumidores para realizarem trocas ou ajustes de componentes defeituosos - por
parte das indústrias. Como é um procedimento ocasionado devido a erros no
processo produtivo – não detectados previamente pelo departamento de controle da
qualidade-, estão intimamente ligadas às pessoas que trabalham na produção.
Embora a atual geração seja notoriamente conhecida pela sobrevalorização do
conhecimento, nos últimos anos o número de ocorrências de recalls tem
paulatinamente crescido. A Agência Estado (2009) contribui:
As montadoras convocaram no ano passado 969,5 mil veículos para conserto ou verificação de defeito de fábrica, quase quatro vezes mais do que as 256,3 mil unidades incluídas em recall em 2007. Ao todo, foram 27 campanhas de recall. O número de carros de diferentes anos de fabricação que tiveram de voltar às concessionárias corresponde a mais de 30% das vendas de veículos novos no País em 2008, que foram 14,5% maiores que em 2007.
Esta prática, além dos custos de mão de obra e, principalmente, de reposição de
peças, também impacta diretamente na imagem percebida pelo cliente. A organização
que investe cifras em pesquisa e desenvolvimento de produtos, em divulgação,
patrocínios e demais investimentos para formação da marca pode ter os retornos
ofuscados devido a arranhões oriundos da fragilização da imagem percebida pelos
cliente após a realização de recalls.
Estimativas preliminares mostram que aproximadamente 20% do quadro funcional
das organizações sofrem em algum grau de analfabetismo funcional, inclusive os
gestores (BOTELHO, 2008). Mesmo setores estigmatizados por seu alto grau de
sofisticação e desenvolvimento tecnológico como o de Tecnologia da Informação (TI)
são lesados em igual magnitude. As empresas encontram-se em um momento ímpar
de efetuar as mudanças necessárias para corrigir o rumo. Diversas ações estão
sendo implantadas ao redor do globo, a responsabilidade pela educação migra da até
então exclusividade governamental para serem de competência compartilhada com
as instituições.
21
A contabilidade é atualmente desafiada a mensurar o valor do capital humano, o valor
de ter disponíveis pessoas inovadoras, capazes de gerar conhecimento e riquezas.
Até então, os estudiosos focavam seus esforços em registrar fatos passados a fim de
subsidiar o processo decisório, entretanto, as conjunturas exigem uma mudança de
postura, exigem-se ferramentas que evidenciem com mais segurança essa
potencialidade de criação de valor.
Devido à própria definição, nota-se que o capital humano não está no bolso do
empregador, nem tão pouco no parque tecnológico instalado, encontra-se na cabeça
de cada colaborador. As utilizações dos recursos financeiros e tecnológicos não
garantem necessariamente a efetiva disponibilidade de capital humano.
Já é notória a tendência de valorar com maior intensidade os bens intangíveis, a
capacidade de criação, o conhecimento técnico, a capacidade de inovação, o
conhecimento do mercado, o ambiente organizacional, entre outros, entretanto, deve-
se ter em mente que o lado operacional não deve, de forma alguma, ser
marginalizado. Existe um risco, mesmo que ínfimo, de criar-se uma bolha onde a
exacerbada valorização dos intangíveis venha, em longo prazo, sobrevalorizar as
organizações.
Tomados os devidos cuidados para não criar a bolha especulativa, deve-se então
focar em estratégias organizacionais para desenvolvê-los, entretanto, para isto, deve-
se entender as particularidades. O foco é identificar o grau do analfabetismo funcional
e quais as ações a serem tomadas que proporcionem a pronta resolução do problema
no menor espaço de tempo e com a melhor utilização dos recursos financeiros
disponíveis.
22
1 . 5 A F U N Ç Ã O D A C ON T A B IL ID A D E
Segundo a Resolução CFC n° 774, de 16 de dezembro de 994, a função/objetivo da
ciência contábil manifesta-se na correta apresentação do patrimônio e na apreensão e
análise das causas das suas mutações. Nota-se que a amplitude do contador vai
muito além do que apresentar a atual situação financeira, econômica e fiscal das
organizações, contempla também a análise das informações geradas.
Em 1966, a Associação Americana de Contabilidade, por intermédio do documento “A
Statement of Basic Accounting Theory (Asobat)”, concluiu que a Contabilidade é “[...]
o processo de identificação, mensuração e comunicação de informação econômica
para permitir a realização de julgamentos bem informados e a tomada de decisões
por usuários da informação” (HENDRIKSEN, BREDA,1999, p. 135).
Nota-se que a responsabilidade dos profissionais contábeis vai muito além de gerar
demonstrativos contábeis e informar sobre o patrimônio, a sua atuação deve ser
suficiente para fomentar a tomada de decisão, ou seja, os contabilistas devem atuar
como staffs dos gestores, subsidiando a gestão na realização de julgamentos sobre a
organização.
O Financial Accounting Standards Board (FASB), órgão norte-americano que
estabelece os princípios gerais dos demonstrativos financeiros nos EUA – também
contribui com a idéia do papel da ciência contábil contribuindo à tomada de decisão:
“a divulgação financeira deve fornecer informações que sejam úteis para investidores
e credores atuais e em potencial, bem como para outros usuários que visem à tomada
racional de decisões de investimento, crédito e outras semelhantes” (HENDRIKSEN,
BREDA,1999, p. 93).
De acordo com esse conceito, a informação contábil ganha uma amplitude bem maior
do que a alardeada anteriormente, esta contempla não somente os públicos atuais,
mas também aqueles potenciais, logo, nota-se a necessidade de transferir uma
informação clara e precisa.
Diante do atual cenário mercadológico que exige imensa velocidade de reação das
organizações, os contadores assumem papel de hercúlea relevância. O processo
23
decisório precisa ser subsidiado com informações relevantes que potencializam as
chances de acerto nas decisões tomadas cotidianamente.
1 . 6 O C ON C E IT O D E IN F OR M A Ç Ã O
Para efetuar a transferência de informações, torna-se necessário o conhecimento de
dois conceitos aparentemente simples, porém frequentemente confundidos. Dados e
informação são muitas vezes utilizados, de forma errônea, como sinônimos, Gavira
(2003) define dados como registros estruturados de transações e os considera
matéria prima para a criação da informação. Posteriormente define informação como
dados dotados de relevância e propósito tendo como objetivo modificar o modo de
como se vê algo, exercendo influência sobre um julgamento e comportamento
(DRUCKER apud GAVIRA, 2003, p.13).
Informar excede transferir determinada quantidade de dados, a informação vai muito
além de agregar dados aleatórios, ela aglutina uma série de dados que se afins que,
após ser transmitida e decodificada pelo receptor, fomenta a transformação de
determinada realidade. Logo, o contabilista deve atuar enriquecendo o processo de
transferência de informações e auxiliando a utilização destas informação a fim de
maximizar os resultados, em detrimento de frequentes casos onde ocorre a supérflua
transferência de dados.
No quadro abaixo, pode-se visualizar um resumo das características qualitativas da
informação, propostas pelo Asobat e pelo FASB, por meio do Statement of Financial
Accounting Concepts nº 2, de 1980:
24
Quadro 1: Características qualitativas da informação
Fonte: (FUJI, 2003)
Nota-se a que as definições de ambas as instituições são complementares, tanto o
Asobat quanto o FASB se detiveram na questão da relevância da informação,
atrelando-a a pertinência com relação ao assunto analisado.
A informação, para ser útil ao processo decisório, deve contemplar todas as
características apresentadas acima, tendo em vista a interdependência de todos os
fatores, de nada adianta uma informação relevante se não houver meios de mensurá-
la, por exemplo.
Diante das características inerentes à informação, percebe-se a extrema necessidade
de aperfeiçoar continuamente o fluxo de informação entre os componentes do
sistema. Para isto, torna-se necessário entender o funcionamento do sistema de
informação organizacional.
25
Figura 1: Sistema de informação organizacional
Fonte: (MIRANDA, 1980)
O contabilista atua como emissor da informação abastecendo o sub-sistema de
gestão, que reúne os processos de planejamento, execução e controle empresarial
(CATELLI et al, 1999).
Entretanto, cotidianamente, sua atuação tem sido bastante tímida tendo em vista a
relevância do papel proposto. O profissional de contabilidade deve atuar de forma
bem mais contundente, auxiliando todo o processo sistêmico, sua transformação e,
principalmente, a plena utilização por parte dos gestores fomentando, inclusive, à
retroação da informação (feedback), formando assim um movimento cíclico.
No momento em que auxilia a transformação da informação em ação, o contabilista
deve se certificar que a informação foi suficientemente decodificada, ou seja,
assegurar que o objetivo de transferir as informações de forma eficaz a ponto de
fomentar a ação subsequente foi plenamente atingido. Logo, torna-se necessário
mensurar até que ponto os usuários da contabilidade detêm plena condições de
recepção das informações, que apresentam plenas condições de leitura e,
26
principalmente, de interpretação das informações apresentadas, ou seja, que são
plenamente alfabetizados.
1 . 7 O A P R E N D IZ A D O OR GA N IZA C ION A L E A GE S T Ã O D O C ON H E C I ME N T O
Diante do cenário que o analfabetismo funcional é um mal crônico que afeta , em
maior ou menor grau, todas as organizações, alguns gestores perceberam que não
poderiam ficar inertes frente à problemática. A exacerbada competitividade imposta
pelas conjunturas mercadológicas demanda uma pronta resposta das Empresas.
O processo de aprendizagem é entendido como a criação de uma nova interpretação
e/ou a revisão do significado de uma experiência, a qual orienta a compreensão e a
ação seguinte (MEZIROW, apud REIS; SILVA; EBOLI, 2008). Devido à constante
mutação que o mercado demanda das organizações (criatividade, inovação,
competitividade, entre outras), as informações devem ser paulatinamente
interpretadas e, mais do que nunca, subsidiar a constante mudança. Logo, o processo
de aprendizagem acarreta necessariamente na alteração da presente situação.
A ação refere-se à implementação de um propósito e pode envolver tomada de
decisão, criação de uma associação, revisão de um ponto de vista, reestruturação ou
solução de um problema, modificação de atitude ou produção de mudança de
comportamento (MEZIROW, apud REIS; SILVA; EBOLI, 2008).
As organizações, vistas como fontes inesgotáveis de conhecimento, em resposta às
conjunturas externas, fomentam a criação e, principalmente, a pronta disseminação
do conhecimento. Os contabilistas devem contribuir de forma incisiva à implantação
de estratégias que fomentem o aprendizado da organização a fim de implantar o ciclo
virtuoso de informação.
A mudança é algo inerente ao atual contexto mercadológico, o sucesso empresarial
depende da percepção e, principalmente, das estratégias implementadas. Nas
27
grandes organizações já é comum a existência da gestão de mudanças (TUOMINEM
apud MARTIN, 2002), responsável por planejar e, principalmente, vislumbrar o
horizonte para, sempre, antecipar à volatilidade do ambiente externo.
Nesse processo de estabelecimento do ciclo virtuoso de construção e disseminação
do conhecimento, o maior empecilho ocorre, sobretudo, quando a deficiência
encontra-se no próprio gestor (empreendedor). Qualquer mudança é, potencialmente,
um processo difícil, entretanto, o fato do público em questão ser o detentor do capital
a dificuldade é ampliada. Para que ocorra a mudança, torna-se necessário que o
indivíduo reflita sobre os pré-supostos que fundamentam seus pensamentos. Por
meio desse processo de reflexão, a realidade é transformada (MEZIROW, apud REIS;
SILVA; EBOLI, 2008).
Os mais modernos conceitos em Gestão contemplam, atualmente, um enfoque
exacerbado no aprendizado organizacional. O Modelo de Excelência da Gestão ® ,
desenvolvido pela Fundação Nacional de Qualidade (FNQ) utiliza o conceito de
aprendizado, de acordo com o ciclo do PDCL (Plan, Do, Che, Learm), numa tradução
literal, planejar, fazer, controlar e aprender (FNQ, 2008). Os modelos que até então
contemplavam a Gestão apenas com as três primeiras variáveis foram
paulatinamente aperfeiçoados até a presente abordagem, onde, o conhecimento
atingiu o status de pilar da moderna Administração.
O Modelo de Excelência da Gestão tem entre seu conjunto de fundamentos de
excelência – que nada mais é do que o alicerce sobre o qual as organizações
estruturam seu modelo de gestão – o aprendizado organizacional. Segundo a
definição do programa, o aprendizado organizacional é : “[...] busca e alcance de um
novo patamar de conhecimento para a organização por meio da percepção, reflexão,
avaliação e compartilhamento de experiências.” (FNQ, 2008, p.8).
Os princípios fundamentais da organização e, em consequência, todos os elementos
que constituem a organização, dependem, fundamentalmente, da informação e do
conhecimento para se inter-relacionar, logo, o conhecimento assume, mais do que
nunca, uma postura aglutinadora.
O conceito de Gestão do conhecimento surgiu no início da década de 90 e, segundo
(STOLLENWERK, 2008, p.13) é definido como “um conjunto de técnicas e
28
ferramentas que permitem identificar, analisar e administrar, de forma estratégica e
sistêmica, o ativo intelectual [...]”. É notório o fator estratégico na Gestão do
conhecimento, Sveiby (1998, p. 3) complementa, “a gestão do conhecimento não é
mais uma moda de eficiência operacional. Faz parte da estratégia empresarial”. O
planejamento organizacional vislumbra a disseminação do conhecimento no longo
prazo, logo, a gestão do conhecimento é o aprofundamento do processo de
aprendizagem, a otimização dos ativos mais estratégicos - o conhecimento das
organizações.
A gestão do conhecimento nada mais é do que a implementação de ferramentas que
ofereçam suporte ao processo contínuo (Longo Prazo) da aprendizagem
organizacional.
Nota-se que a própria continuidade organizacional depende da geração e socialização
do conhecimento interno. O processo de aprendizagem é atualmente um dos
principais balizados das estratégias de longo prazo/planejamento. O êxito no passado
não garante necessariamente o sucesso nos desafios futuros, logo, a socialização do
conhecimento pode, eventualmente, assegurar a excelência na tomada de decisão
estratégica.
A implantação de uma cultura com valores como contínuo aperfeiçoamento dos
processos, a aprendizagem continuada, atrelada à gestão do conhecimento, acarreta
em benefícios para as Organizações, no momento em que maximizam a
produtividade/competitividade e para os colaboradores quando propicia o
desenvolvimento intelectual do indivíduo.
A aplicação dos conceitos e das ferramentas de aprendizagem organizacional e da
Gestão do conhecimento não deve ser restrita somente às grandes organizações. Os
contabilista entendendo a importância da informação às organizações, devem
fomentar sua implantação também nas micros e pequenas empresas – tendo em
vista, sobretudo a exacerbada relevância econômica dessas de organizações no
cenário nacional.
29
1 . 8 A S MIC R OS E P E QU E N A S E MP R E S A S E A R E L E V Â N C IA À E C ON O MIA B R A S ILE IR A
A economia brasileira, após o advento do plano real, encontra-se em um momento
ímpar na recente história nacional. Até o ano de 1994 as autoridades econômicas
tinham como foco de suas ações uma exacerbada batalha para conter a inflação.
Vencido esse obstáculo, a preocupação foi direcionada para o crescimento
econômico sustentável e a distribuição de renda.
O principal indicador da má formação da economia brasileira evidencia-se na opção
por atribuir excessivo valor às organizações de grande porte. Os primeiros passos à
inclusão dos micros e pequenos empreendimentos na economia foram dados
somente a partir do governo de Juscelino Kubitschek, ainda sonhando em
incrementar o desenvolvimento nacional no apogeu do sonho de crescimento
cinquenta anos em cinco (FALCÃO, 2008).
Dessa data até os dias atuais muito se agregou ao valor e, principalmente, a
relevância dos pequenos e médios negócios na economia nacional. As micro e
pequenas empresas são atualmente responsáveis por, aproximadamente, 99% das
empresas ativas (em funcionamento) e 40% dos trabalhadores formalmente ocupados
no período entre 2003 a 2006 no Brasil (CALOÊTE, 2008, p.01).
Os dados apresentam uma verdade costumeiramente marginalizada pelos meios de
comunicação, que deixam transparecer uma falsa dimensão dos grandes
conglomerados empresariais. Os grandes empreendimentos, Sociedades Anônimas
(S/A’s), respondem, aproximadamente, por apenas 1% das empresas em operação
no Brasil.
30
1 . 8 .1 O E M P R E E N D E D OR IS M O E A G E R A Ç Ã O D E R I QU E Z A S
Como o governo segue uma tendência mundial de minimização de sua influência no
mercado, atrelado a uma constante exigência para os acentuados cortes de despesas
(custo da máquina), o empreendedorismo assumiu um papel central às economias
modernas. Timmons, apud Dolabela, (1999, p.64) define “[...] o empreendedorismo é
uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução
Industrial foi para o século 20”.
O Brasil ocupa, atualmente, a 7ª posição entre os países que apresentam maiores
taxas de empreendedorismo do mundo, da força de trabalho de 106 milhões de
pessoas, aproximadamente 13,5%, ou , 14 milhões estão envolvidas com a criação
e/ou gestão de algum tipo de negócio com menos de 3,5 anos de vida (GEM, 2008,
p.12).
É evidente que o empreendedor assumirá o papel de principal empregador na nova
estrutura que emerge, será o grande arquiteto da nova economia. Os pequenos
negócios atuando isoladamente, ou como mais recentemente em associações, já
iniciam um contínuo processo de fortalecimento frente aos grandes conglomerados
empresariais.
Os pequenos empreendimentos são também responsáveis por considerável parcela
do atual crescimento econômico brasileiro, o empreendedorismo gera prosperidade:
Existem novos e crescentes indícios que parecem confirmar a percepção de que o nível de atividade empreendedora local tem uma relação estatisticamente significativa com os níveis subsequentes de crescimento econômico [...] (GEM, 2008, p.16)
[...] A atividade empreendedora deste ano aparentemente reproduz de forma aproximada os resultados da economia do passado (GEM, 2008, p.44)
Nota-se que os micros e pequenos empreendimentos influenciam de forma incisiva no
desenvolvimento econômico no período imediatamente posterior, ou seja,
resguardadas as devidas proporções, essas organizações indicam como a economia
se comportará no futuro próximo.
31
As autoridades já despertaram para essa nova realidade, os governos, as ONGs –
organizações não governamentais - e as agências de fomento à geração de renda
têm desempenhado papel fundamental à prosperidade desses negócios. Um estudo
global sobre o empreendedorismo no mundo, realizado no ano de 2002 aponta as
principais condições estruturais que oferecem sustentação à criação e,
posteriormente, à consolidação de micros e pequenas empresas:
[...] a disponibilidade e a facilidade de acesso ao capital, a formulação de políticas e programas mais adequados e consistentes com a realidade do empreendedor, a revisão da carga tributária e exigências legais e processuais, a capacitação para a gestão de novos negócios e o acesso a novas tecnologias e processos. (GEM, 2008, p.14)
A criação de linhas de créditos, políticas direcionados para o fomento da atividade
empreendedora e a concessão de benefícios fiscais (revisão da carga tributária)
atrelado a suavização das exigências legais são as principais estratégias do governo
para incentivar novos negócios. As agências de fomento e as ONGs trabalham de
forma mais agressiva na capacitação dos gestores, facilitando o acesso a novas
tecnologias, rotinas e processos.
Diante dessa nova realidade que desponta, nota-se, a gritante notoriedade dos micros
e pequenos negócios no cenário econômico brasileiro e, de forma atrelada, do
empreendedorismo que assume o papel de gerador e distribuidor de riquezas.
1 . 9 O A D V E N T O D OS IN T A N G ÍV E IS E A C O N T R IB U IÇ Ã O D A A N Á L IS E D IS C R I MIN A N T E À S U A ME N S U R A Ç Ã O
A contabilidade brasileira encontra-se em meio a um importante processo de
mudança, trata-se de um movimento de convergência com as normas internacionais
de contabilidade (IFRS - International Financial Reporting Standards). A partir do final
da década de 90 houve uma intensificação acerca da necessidade de harmonização
das normas contábeis.
32
As seguidas crises financeiras (japonesas, asiática e russa) despertaram a atenção
dos organismos internacionais o fato de existir diferenças consideráveis entre as
nações, o que acarretava na produção de demonstrativos distinto-incompatíveis e,
consequentemente, não atendiam a uma economia globalizada (SOUZA, 2009).
Como não existe um padrão mundial, o risco do investidor é majorado, o que,
evidentemente, acarreta no endurecimento da cobrança por informações claras e
compreensíveis por todos os usuários, logo, reafirma-se a necessidade de
harmonização. Para Pohlmann (1995, p.13):
A harmonização das normas contábeis é um processo necessário e natural, já que é fato notório e incontestável a recente internacionalização e globalização dos negócios, trazendo como provável consequência o requerimento maciço de informações de natureza contábil, com um conteúdo claro e bem compreendido por todos os usuários.
Além da exacerbada valorização da informação no mundo contemporâneo, outro fator
relevante à harmonização das normais contábeis se dá na ocorrência de custos
relativos à adequação de diferentes normas no mundo bem como na re-conciliação
para um padrão. Carvalho, Lemes e Costa (2006, p.15) contribuem:
Balanços de empresas [...] em diversos países tinham que ser comparados quanto a margens, retornos, custos de oportunidade, estruturas patrimoniais e desempenhos, e havia (ainda há) enorme desperdício de tempo e dinheiro para entender as distintas normas contábeis e reconciliá-las para um padrão único. Isso deixará de ser obstáculo e deixará de ser um custo a partir das IFRS – as normas das empresas de países que as adotarem já sairão, na origem, em IFRS, e eventualmente o máximo que se exigirá será a tradução do idioma, e não mais nas práticas contábeis.
Nesse processo de convergência, uma das principais mudanças à contabilidade
nacional dá-se com o advento do Intangível - “ativos de capital que não têm existência
física, cujo valor é limitado pelos direitos e benefícios que, antecipadamente, sua
posse confere ao proprietário” (IUDÍCIBUS,1997, p.203).
Esse valor é estudado e segue uma tendência – imposição legal, Lei nº 11.638/2007 -
de ser mensurado nas Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial) no Grupo do
Permanente, subgrupo Intangível ou bens incorpóreos.
O grande desafio que surge aos contadores é a mensuração dos intangíveis. Martins
apud Mantovani e Souza, 2007, p.2, contribui afirmando que: "Talvez a característica
33
mais comum a todos os itens do Ativo Intangível seja o grau de incerteza existente na
avaliação dos futuros resultados que por eles poderão ser proporcionados." Ou seja, a
falta de objetividade.
Devido a essa falta de objetividade, o processo de mensuração torna-se emblemático.
Entretanto, a subjetividade não deve, de forma alguma, ser obstáculo para e efetiva
mensuração dos intangíveis. O modelo tradicional de contabilidade desenvolvido
durante os séculos não tem contribuído de forma determinante para se resolver a
questão, logo, torna-se necessário fazer uso do conhecimento das ciências correlatas
– Administração, Economia, Estatística, Matemática, Sociologia, Psicologia, entre
outros - para facilitar a geração de informação.
A análise discriminante (A.D.) ou análise do fator discriminante ou, ainda, análise
discriminante canônica é uma técnica estatística desenvolvida a partir de cálculos de
regressão linear que permite resolver problemas que contenham variáveis não
numéricas.
Klecker apud Silva (2003, p.05) conceitua análise discriminante como “uma técnica
estatística que permite ao investigador estudar as diferenças entre dois ou mais
grupos de objetos a respeito de múltiplas variáveis simultaneamente”.
Silva (2003, p.4) fala sobre a utilidade da A.D.:
A A.D. pode servir para determinar se existe uma combinação ponderada (linear) das variáveis que permita discriminar confiabilidade entre as grandezas [...] Esta combinação linear das variáveis [...] designa-se por função discriminante.
Logo, a A.D. é uma técnica que permite aferir a existência de correlação entre duas
ou mais grandezas. Scherer e Lima (2005, p.25) contribui: “A análise discriminante é
uma técnica de análise multivariada que relaciona uma variável dependente
categórica com variáveis independentes métricas (ou categóricas)”. Corrar e
Theóphilo (2004, p.153), “[...] objetiva identificar a que classe pertence cada um dos
elementos de um conjunto que trabalha com variáveis relacionadas a esses
elementos que se pressupõem ser explicativas da definição da classe à que
34
pertencem”. Em outras palavras, a A.D. proporciona a classificação de cada elemento
estudado frente ao grupo a qual pertence.
Para Matarazzo (2003), o modelo de análise discriminante utiliza-se de um
ferramental estatístico que resumidamente almeja responder se dado elemento
pertence à população X ou Y. Aplicado na mensuração de intangíveis, a ferramenta
foi bastante utilizada nas análises de balanço, mais especificamente, para aferir risco
de insolvência.
Segundo Marques (2006), a A.D. é uma técnica que trata das questões de alocação
de novas variáveis (observações, itens ou pessoas) em conjuntos previamente
estabelecendo, definindo de forma numérica ou algébrica, a variável que melhor
discrimina dois ou mais grupos.
A A.D. possui dois tipos diferentes de variáveis: nominais ou categóricas e
quantitativas, geralmente contínuas ou métricas. As variáveis nominais ou categóricas
assim se denominam por assumirem valores não numéricos, ou seja, qualitativos,
como sexo, religião, profissão, cargo, classe social, etc. As variáveis contínuas ou
métricas são aquelas que assumem qualquer valor possível dentro de um intervalo
contínuo, tais como idade, peso, altura, etc.
Um dos pioneiros na utilização da A.D. para mensurar grandezas abstratas foi
Stephen Kanitiz, consultor e conferencista, mestre em Administração de Empresas
pela Harvard University, árbitro da BOVESPA na Câmara de Arbitragem do Novo
Mercado e professor titular da Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), que publicou entre outros títulos,
o livro "Como Prever Falências", no de 1978, pela Editora McGraw-Hill, onde
apresentou um termômetro que se propunha a mensurar o grau de insolvência das
organizações.
Entretanto Kanitz foi apenas um dos precursores. Alttman já aplicava a A.D. na
mensuração de insolvência desde a década de 30 nos Estados Unidos. No Brasil,
vários outros pesquisadores como Elisabetsky, Matias e Pereira já realizaram estudos
semelhantes e mais atualizados (FAMÁ, GRAVA, 2000).
35
Tanto o grau de insolvência das organizações como os ativos intangíveis apresentam
como características marcantes a subjetividade e a natureza qualitativa. A ferramenta
estatística que tem contribuído de forma determinante na mensuração de insolvência
pode, de forma semelhante, proporcionar a aferição de outras grandezas
imensuráveis ou mesmo intangíveis.
Silva e Periçaro (2008) contribuem afirmando que em determinados experimentos,
marcados pela ocorrência de variáveis comportamentais e, consequentemente,
imensuráveis, a utilização da estatística multivariada – ramo da estatística que se
ocupa da investigação simultânea de duas ou mais variáveis – que abrange entre
outras técnicas, a análise discriminante, proporciona resultados plenamente
satisfatórios. Logo, nota-se o hercúleo potencial de contribuição da ferramenta
estatística para mensuração de grandezas qualitativas até então imensuráveis.
36
C a p í t u l o 2
2 METODOLOGIA DE PESQUISA
2.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
A presente pesquisa aplicada é do tipo exploratório-descritiva, visto que, além da
identificação (característica típicas das pesquisas exploratórias), visa, de forma
atrelada, o registro e análise da ocorrência e, principalmente, a consciência dos
contabilistas da existência de analfabetismo funcional entre os clientes dos escritórios
de contabilidade na cidade de Casa Nova – BA - fatores característicos das pesquisas
descritivas - (REIS, 2006).
Quanto aos procedimentos, ocorreu um estudo de caso com a carteira dos clientes
dos três escritórios de contabilidade existentes na cidade de Casa Nova-BA, a Master
Contabilidade, Amaral Serviços e Valmir Contabilidade.
O procedimento de estudo de caso permite uma análise das semelhanças entre as
variáveis para determinar o comportamento futuros nas organizações. Jung (2004, p.
198) afirma: “onde após a coleta de dados é realizada uma análise das relações entre
as variáveis para uma posterior determinação dos efeitos resultantes em uma
empresa [...]”.
Nota-se a relevância do procedimento adotado no estudo da ocorrência de
analfabetismo funcional nas organizações.
37
2.2 OBJETO DE ESTUDO
A incidência do analfabetismo funcional entre os clientes dos escritórios de
contabilidade da cidade de Casa Nova-BA.
2.3 POPULAÇÃO
O estudo foi realizado com clientes dos três escritórios de contabilidade da cidade de
Casa Nova – BA, município de pouco mais de 35.000 habitantes. Do universo de 254
empresários, trabalhou-se com uma amostra de 223 que aceitaram participar da
pesquisa, o que representa uma parcela de aproximadamente 91% dos
empreendedores locais.
2.4 MÉTODO DE COLETA, INSTRUMENTOS E ANÁLISE DE DADOS
Devido a presente pesquisa ser de caráter quantitativo, foi utilizado o método indutivo
de coleta de dados devido ser originada em um fato particular – a ocorrência do
analfabetismo funcional entre os usuários dos escritórios de contabilidade na cidade
de Casa Nova – BA – e proporcionar conclusões amplas sobre as características
comuns dos empreendedores da região (Vale do São Francisco).
Como instrumento de coleta de dados, foi aplicado aos empreendedores, a fim de
obter dados relativos ao nível de alfabetização, três questionários, um de língua
portuguesa, um de habilidades matemáticas e o último de habilidades lógicas.
38
A aplicação de questionários almeja obter informações sobre determinada matéria em
estudo, entretanto mantendo certa distância. Por meio de questões objetivas,
formuladas de forma sistêmica e lógica, o pesquisador obtém respostas concisas e
precisas, o que possibilita a tabulação dos dados que fomentam a condução de um
raciocínio lógico e, consequentemente, de conclusões que auxiliam na solução de
problemas (D’ASCENÇÃO, 2001).
Entretanto, a aplicação de questionários apresenta algumas desvantagens, dentre as
principais pode-se citar a possibilidade de as questões serem interpretadas pelos
entrevistados de forma diferente, o que evidentemente, acarretaria em respostas
distorcidas e em prejuízos à pesquisa e a pouca margem para detalhamento das
questões em eventuais dúvidas por parte dos entrevistados (D’ASCENÇÃO, 2001).
Aos contabilistas, a fim de analisar a consciência da eventual existência do
analfabetismo funcional entre seus respectivos clientes, foi realizada uma entrevista.
A técnica é utilizada quando se deseja obter de dado público informações que estão
“registradas” na sua memória e que requeiram reflexões, Como pontos positivos do
procedimento, possibilita-se o contato direto (in loco), é maleável (pode-se alterar a
ordem e/ou incluir perguntas, em decorrência do desenvolvimento e direção que a
entrevista assume) e, mais importante, possibilita a oportunidade de motivar os
responsáveis pelo processo (contabilistas) a contribuir para que possa ser melhorado
(D’ASCENÇÃO, 2001).
Como pontos negativos da técnica podem-se destacar, principalmente, o elevado
grau de subjetivismo (novas informações que surgem não fundamentadas nos
princípios metodológicos), impossibilidade de realizar anotações de todas as
informações disponíveis e a maiores exigências à tabulação dos dados
(D’ASCENÇÃO, 2001).
Para realizar a análise de dados foi necessário utilizar uma ferramenta estatística, a
análise discriminante, técnica que permite ao pesquisador analisar as discrepâncias
entre dois ou mais grupos (alfabetizados plenos e analfabetos funcionais) permitindo
assim, a caracterização desses (KLECKER apud SILVA, 2009).
39
2.5 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA
Devido não existir uma ferramenta de mensuração difundida e, consequentemente,
utilizada no meio empresarial, tornou-se necessário o desenvolvimento do dispositivo
de tabulação de dados, mais especificamente de mensuração do analfabetismo
funcional. No primeiro momento, foram aplicados questionários – que mensuram as
habilidades matemáticas, raciocínio lógico e de língua portuguesa - a pessoas
reconhecidamente alfabetizadas – nível de leitura de 9 ou mais anos de estudo
(BRUENING apud MOREIRA, 2000), nesse caso, um grupo de 50 pós graduados. O
questionário exige muito mais do que o conhecimento formal, segue a nova tendência
de reformulação do conceito de alfabetizado, tendo em vista a nova conjuntura
mercadológica, onde as organizações exigem inúmeras competências dos
colaboradores, onde, deve-se aplicar toda a bagagem conceitual à solução de
problemas cotidianos (IMEL apud MOREIRA, 2000).
No segundo momento, o questionário foi aplicado a um grupo de trabalhadores rurais
tidos como analfabetas funcionais - nível de leitura de 0 a 4 anos de estudo -
(BRUENING apud MOREIRA, 2000, 1989), na pesquisa, um grupo de 50 com ensino
básico completo. Recebidos os questionários de ambos os grupos, foi utilizada a
Análise Discriminante (A.D.). Resumidamente, o objetivo da utilização da análise
discriminante é a constituição de uma função, que visa classificar as observações em
grupos distintos previamente definidos (alfabetizados plenos e analfabetos
funcionais).
Os dados foram tabulados e classificados sendo atribuídos números às variáveis não
numéricas, logo, (1) para alfabetizados plenos e (2) analfabetos funcionais. Por
intermédio da planilha eletrônica, foi realizado o cálculo de regressão linear o que
gerou a equação matemática do problema, a saber:
40
Onde, (COEF.H.P.) representa a média obtida no teste de habilidades de língua
portuguesa, (COEF.H.M.) a média de habilidades matemáticas e (COEF.H.L.) a
média auferida nos testes de habilidades lógicas. A análise do índice de erro da
ferramenta foi realizada por meio do “R-quadrado” que revelou uma grandeza de
0,87418878 e do “R-quadrado ajustado” de 0,87025718, índices que dão credibilidade
a equação.
O grau de precisão da ferramenta foi constatado por meio do cálculo do score
discriminante e do ponto de corte. Depois de realizado todos os procedimentos,
constatou-se o grau de eficácia de, aproximadamente, 97%, índice considerado
incontestável no meio científico.
Por intermédio do cálculo do desvio padrão foi possível construir uma escala para
auxiliar o processo de classificação dos indivíduos analisados, representado pelo
gráfico abaixo:
Figura 1 – Gráfico de mensuração do analfabetismo funcional
Fonte: do autor
Fica evidenciado no gráfico a existência de três áreas. Aqueles que obtém resultados
entre 0,8894 a 1,2364 são considerados analfabetos funcionais, ou seja, apresentam
sérias dificuldades para exercer atividades inerentes ao cotidiano organizacional;
àqueles que obtém resultados entre 1,1364 a 1,7793 encontram-se numa zona crítica,
uma área de risco inerente que, caso não seja direcionado o devido cuidado, pode, no
médio prazo, agregar o grupo de analfabetos funcionais. Por último existem aqueles
que apresentarem resultados no intervalo entre 1,7793 a 2,0948 que são classificados
41
alfabetizados plenos, tendo em vista que detêm plenas competências de leitura e
interpretação de textos.
As etapas para a elaboração de uma análise discriminante podem ser expressos por
(BRUNI; FAMÁ; MURRAY, 2008, p.3) :
a) Seleção de dois ou mais grupos (população), compreendendo empresas
solventes e insolventes;
b) Coleta dos dados (índices) das empresas de cada grupo, na tentativa de
encontrar uma função matemática que melhor discrimine os dois grupos.
Posteriormente, a variável dependente, expressa em pontos, é comparada a um
padrão determinado pelo modelo, recebendo então a classificação de solvente ou
insolvente. Matematicamente, a equação de solvência encontrada poderia ser
expressa por :
Y = a1x1 + a2x2 + a3x3 + a4x4 ... Onde Y é variável dependente; representa a pontuação obtida pela empresa; a1, a2,
a3, a4, ... São os pesos que indicam a importância de cada índice e x1, x2, x3, x4, ...
são as variáveis independentes.
Resumidamente, os passos à criação da presente ferramenta de mensuração
resumem-se em (KASSAI, 1998):
1º Passo: obter dados e montar o problema;
2º Passo: efetuar a regressão linear e definir a função discriminante;
3º Passo: calcular o score discriminante ou o ponto de corte;
4º Passo: analisar o grau de precisão do modelo;
5º Passo: construir o indicador de analfabetismo funcional (gráfico).
42
Desenvolvida a ferramenta, o passo seguinte foi aplicar o questionário aos clientes
dos escritórios contábeis, a fim de obter as notas nos testes e, posteriormente, fazer
uso da ferramenta de mensuração do nível de analfabetismo funcional.
Foram ainda realizadas entrevistas com os contabilistas para demonstrar o grau de
percepção das perdas implícitas ocorridas nas organizações bem como a consciência
dos contabilistas quanto à existência do analfabetismo funcional entre os seus
clientes (empresariado).
As pesquisas bibliográficas subsidiaram o estudo de caso, com informações
relevantes a temática. Teóricos como Botelho (2008), Campos (2002), Moreira (2006),
Kassai (1998), entre outros.
43
C a p í t u l o 3
3 A N Á L IS E D O S D A D OS
3.1 OS ESCRITÓRIOS DE CONTABILIDADE E OS CLIENTES ESTUDADOS
Existem na cidade de Casa Nova-BA, três escritórios de contabilidade: M.A.
Contabilidade e serviços empresariais, profissional responsável Valmir Mariano da
Silva, CRC TO-000561/O-5 T-BA, situada à Quadra ZB, lote 2
Centro, Casa Nova – BA, CEP 47300-000, fone (74) 3536-2497, que apresenta uma
carteira de 46 clientes ativos; a Master Contabilidade, profissional responsável
Antônio Marcos Correia Romeiro, CRC-BA 24.797-0, situada à quadra AB lote 22
Centro, Casa Nova – BA, CEP 47300-000, fone (74) 3536-1686, com carteira de 49
clientes ativos e a Amaral Serviços Empresais, profissional responsável Isael Amaral
Assis Batista, CRC-BA 16.907-0, CNPJ 00.219.159/0001-00, situado à quadra G Lote
59 – Borges, CEP 47300-000, fone (74) 3536-1888 e (74) 3536-3587 que detém uma
carteira de 81 clientes ativos.
Das 176 empresas clientes dos três escritórios de contabilidade, 164 aceitaram a
participar da pesquisa. Destas, aproximadamente 30% são Sociedades por Quotas de
Responsabilidade Limitada LTDA’s, compostas por 108 sócios quotistas. As demais
115 empresas são Firmas Individuais. No total 223 empresários participaram da
pesquisa – uma parcela (amostra) de, aproximadamente, 88% do universo – tendo
em vista que existem 254 empreendedores com empresas ativas nos três escritórios.
44
3.2 LEVANTAMENTO ANTERIOR À MENSURAÇÃO DO ANALFABETISMO FUNCIONAL
Antes de ser iniciado o processo de aplicação dos questionários de mensuração do
real grau de analfabetismo funcional foi realizado um levantamento a fim de traçar o
perfil dos empreendedores locais. Foram colhidas informações relevantes
relacionadas aos gestores e as organizações como grau de escolaridade, ramo de
atuação, porte das empresas e a existência de experiências anteriores na gestão de
empresas.
A carteira apresentou alta homogeneidade com relação ao grau de escolaridade,
conforme a figura abaixo:
Gráfico 1 – Grau de escolaridade
Fonte: do autor
A imensa maioria - 83,41% - concluiu o 2º grau o que leva a crer que o grupo detém
plena competência de leitura e interpretação de textos. Considerando que,
aproximadamente 4% concluíram algum curso superior e 1,35% têm o título de
especialista, têm-se apenas uma margem de 11,21% com formação até o ensino
fundamental que, eventualmente, poderiam apresentar problemas de analfabetismo
funcional.
45
Analisando os ramos de atuação, nota-se a grande maioria dos empreendimentos em
duas áreas, comércio e agricultura:
Gráfico 2 – Ramo de atuação
Fonte: do autor
Agricultura e Comércio compreendem, aproximadamente, 91% das empresas,
enquanto o setor de serviços apresenta um comedido índice de 8,97%. Não há
ocorrência do segmento industrial entre a carteira da Master Contabilidade. Quanto
ao porte, conforme definição do BNB na carta Circular nº 64/2002, de 14 de Outubro
de 2002, nota-se a predominância absoluta de micros e pequenas empresas com
mais de 98%:
Gráfico 3 – Porte empresarial
Fonte: do autor
46
As micros e pequenas empresas representam juntas, aproximadamente, 98,65% das
empresas ativas, cenário bem similar ao contexto nacional,onde abrangem cerca de
99% (CALOÊTE, 2008).
Com relação às grandes empresas, devido o volume dos trabalhos demandados é
corriqueiro notar a existência do Departamento de Contabilidade na própria
organização. Daí o motivo de não aparecerem no respectivo levantamento.
Quando interrogados se tinham experiência anterior na gestão de outras
organizações, os dados foram reveladores:
Gráfico 4 – Experiência de gestão
Fonte: do autor
Quase totalidade dos entrevistados, mais de 92%, não apresentavam nenhuma
experiência na gestão de organizações antes de empreender. Com estes dados
torna-se possível delinear o perfil do empreendedor estudado: concluíram o ensino
médio, são proprietários de estabelecimentos comerciais ou agrícolas de Micro ou
Pequeno porte e que abriram o negócio sem experiência prévia.
47
3.3 APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO E ANÁLISE DOS DADOS
Depois de obtido o cadastro dos empreendedores, foi iniciado o processo de
aplicação dos testes de mensuração. No primeiro contato, via telefone ou e-mail,
foram explicadas as pretensões do estudo, a importância de mensurar a real
capacidade de leitura e, principalmente, de interpretação dos dados, a real
possibilidade de alavancar os negócios no momento da plena utilização da
contabilidade como ferramenta de gestão, entre outros.
Tendo em vista que o público estudado apresenta como característica predominante a
indisponibilidade de tempo, foram marcados momentos oportunos com todos os
entrevistados, face a disponibilidade de suas agendas. Os testes foram realizados,
em sua grande maioria, nas empresas dos próprios funcionários. Foi estipulado um
prazo máximo de 45 minutos para resolução dos questionários. Depois de concluído o
processo de aplicação dos testes, foi estabelecido uma data limite para entrega dos
resultados para todos os participantes do estudo.
Após a correção dos testes, as notas obtidas foram inseridas na fórmula encontrada
da ferramenta de mensuração a saber:
Abaixo segue o resumo da situação dos empreendedores estudados:
48
Gráfico 5 – Resultado da pesquisa
Fonte: do autor
Analisando os dados nota-se que, aproximadamente, 18% (40 empreendedores)
podem ser, efetivamente, considerados analfabetos funcionais. Esta grandeza está
muito próxima do estudo realizado por Botelho (2008) que indica um índice geral de
analfabetismo por volta de 20%. Evidentemente que na prática o grau de
analfabetismo funcional varia devido a uma série de fatores macro-ambientais como o
grau de relevância que a sociedade dá ao conhecimento, a continuidade por longos
períodos de investimentos governamentais em educação, o grau de desenvolvimento
social/político/econômico da região, entre outros, porém, de forma geral, é certo que
uma parcela significante dos empreendedores apresenta sérios problemas para
absolver e, principalmente fazer uso de informações com efetividade no
desenvolvimento das atividades cotidianas.
Dos 25 empresários identificados previamente com maiores chances de apresentar
eventuais problemas de analfabetismo funcional – 11,21% com formação até o ensino
fundamental – 23 apresentaram, efetivamente, pífios resultados nos teste de
habilidades propostos, o que acarretou na classificação de analfabetos funcionais. Os
outros 2 empresários restantes obtiverem scores de 1,2365 e 1,2367, na zona de
penumbra, porém, muito próximo limiar com a zona de analfabetismo funcional,
margens de 0,0001 e 0,0003 respectivamente.
49
Os indivíduos enquadrados como analfabetos funcionais apresentam sérias
dificuldades de leitura e, principalmente de interpretação das informações (CAMPOS
2002).
Moreira (2006, p.08) discorre sobre a dificuldade do analfabeto funcional no cenário
contemporâneo:
São pessoas com limitada capacidade de compressão de um texto escrito num mundo em que o texto escrito é a forma de apresentação das normais legais, das instruções de uso de equipamentos, medicamentos e procedimentos de segurança [...]
Como pode o empreendedor estabelecer uma gestão estratégica do seu negócio sem
apresentar a mínima capacidade de fazer uso das informações disponíveis na sua
plenitude? Pessoas com limitada capacidade de compreensão de textos encontram-
se impossibilitadas de fazer uso de informações relevantes ao sucesso empresarial
decorrentes das demonstrações contábeis.
Os contabilistas, como responsáveis por informar, bem como fomentar a plena
utilização das informações sobre o patrimônio no processo decisório, devem entender
essa particularidade latente dos empreendedores locais.
A responsabilidade do profissional contábil de informar e, principalmente, checar a
efetiva utilização das informações geradas pelos empresários é apresentada na
própria definição da ciência contábil, Hendriksen e Breda (1999, p.135) definem que a
Contabilidade é “[...] o processo de identificação, mensuração e comunicação de
informação econômica para permitir a realização de julgamentos bem informados e a
tomada de decisões por usuários da informação”.
Para permitir a realização de julgamentos e, principalmente, a tomada de decisão, o
contabilista deve se certificar que a informação gerada está efetivamente sendo
decodificada e, consequentemente, utilizada na sua plenitude.
Continuando a análise do gráfico nota-se a ocorrência de 39%, ou 87
empreendedores, enquadrados numa zona de penumbra, faixa intermediária que
também demanda grande preocupação por parte dos gestores. As pessoas
pertencentes a esse grupo conseguem efetuar uma leitura superficial, bem como a
50
interpretação de pequenos demonstrativos desde que o processo não requeiram um
nível intermediário de concentração, ou seja, são aquelas pessoas que, geralmente,
não têm prazer por um bom livro, lêem, mas não conseguem extrair todos os
conhecimentos possíveis da atividade.
Esse grupo representa grandes riscos à continuidade organizacional, tendo em vista
que, ao contrário daqueles com notória dificuldade de leitura e interpretação de textos,
os indivíduos enquadrados na zona de penumbra apresentam comedidas habilidades
de leitura e interpretação de textos o que pode, eventualmente, acarretar numa zona
de conforto por parte do avaliado.
Nessas situações a organização é afetada no momento em que a informação é
subutilizada. Como não é plenamente absolvida, o processo de retenção,
perpetuação e, principalmente, aplicação é severamente obstruído. As decisões
estratégicas, com potencial de alterar substancialmente os rumos organizacionais,
são tomadas sem analisar todas as variáveis pertinentes o que, evidentemente,
compromete as chances de êxito empresarial.
Por último, nota-se a existência de 43% ou 96 empreendedores com plena
capacidade de absorção, decodificação e aplicação das informações recebidas. Os
empreendedores aqui enquadrados são àqueles que apresentam grande capacidade
de leitura e de aplicação das informações absolvidas.
Moreira apud Egito (2009, p. 4) resume as competências do alfabetizado pleno:
[...] a habilidade de um indivíduo de ler, escrever e falar [...], computar e resolver problemas em níveis de proficiência necessários para funcionar no trabalho e em sociedade, para atingir seus objetivos e desenvolver seu conhecimento e potencial.
Nota-se que o conceito transcende a leitura, escrita e argumentação, engloba também
a capacidade de utilizar as informações absolvidas na resolução de problemas
cotidianos, acarretando na maximização da produtividade e, de forma atrelada, do
desenvolvimento individual. Ethos (2007, p.37) completa: “[...] habilidades necessárias
para satisfazer as demandas do seu dia-a-dia e se desenvolver pessoal e
profissionalmente”.
51
Após a análise dos resultados, foi marcado um momento para entrega dos resultados
a cada empreendedor individualmente. Aos contadores (proprietários dos três
escritórios) foi entregue o resumo do nível de alfabetização dos clientes de sua
carteira e explicado a necessidade de adaptar as informações geradas de acordo às
necessidades dos empreendedores. Os três profissionais contábeis mostram-se
surpresos com o resultado da pesquisa, uma vez que nunca foram cobrados por parte
dos empreendedores sobre quaisquer questões inerentes à interpretação e aplicação
das informações produzidas.
Como desconheciam o conceito, bem como a existência do analfabetismo funcional
entre seus clientes, os contadores não apresentavam estratégias delineadas para
minimizar os efeitos da problemática. Todavia, foram unânimes se comprometendo
em melhorar a forma como são passadas as informações, a fim de fomentar a
progressiva utilização das informações contábeis.
Cada empresário recebeu um extrato com seu desempenho em cada teste realizado,
o gabarito oficial e com sua respectiva classificação – alfabetizado pleno, penumbra
ou analfabeto funcional. Tornou-se necessário demandar um cuidado todo especial
com os indivíduos enquadrados na penumbra e, principalmente, com os classificados
como analfabetos plenos.
O primeiro passo foi explicar o que significava cada nível e a real existência de
mobilidade na escala, bastando para isso que o indivíduo inicie um processo de re-
aprendizagem, tendo em vista que o foco do trabalho é apresentar uma realidade até
então desconhecida e de forma atrelada apresentar soluções aplicáveis.
O segundo procedimento foi colher de cada entrevistado os principais empecilhos à
plena utilização das informações contidas nos documentos enviados pela
contabilidade. Esta etapa mostrou-se bastante produtiva tendo em vista o efetivo
levantamento das dificuldades vislumbradas pelo público interessado (gestores),
dentre as principais:
52
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Quadro 1 – Empecilhos à utilização contábil
Fonte: do autor
Nota-se que os problemas citados são comuns a grande maioria dos empreendedores
locais. Diante das lacunas levantadas torna-se possível traçar estratégias que
proporcionem aos gestores uma paulatina ampliação do entendimento das
informações contábeis geradas pelos escritórios e, consequentemente, que
amenizam os impactos do analfabetismo funcional no processo decisório das
organizações.
De forma geral, o indivíduo enquadrado como analfabeto funcional já esperava pelo
resultado, 37 dos 40 empreendedores enquadrados como analfabetos funcionais não
se mostraram surpresos com os resultados, de forma geral, justificaram que nunca
tiveram o hábito de leitura e que nunca tinham notado a real importância do domínio
dessas competências – leitura e interpretação – no contexto empresarial. Para esses
o grau de alfabetização não apresentava nenhuma relação com o desempenho da
organização.
De forma oposta, os indivíduos na zona de penumbra não apresentaram reações
uniformes ao obterem os respectivos resultados. Dos 87 empreendedores
enquadrados nessa faixa, apenas 51, ou 59% aproximadamente, reconheceram
apresentar dificuldades, 31 disseram que, embora não apresentem o hábito de leitura
cotidiana, não se enquadrariam totalmente na faixa de penumbra. Os 5
empreendedores restantes foram categóricos em afirmar que não enxergam
dificuldades de leitura e interpretação de textos, embora os testes apresentem um
cenário distinto.
Quando o empreendedor não domina essas competências e não admite a dificuldade,
a situação é seriamente agravada. Como não enxerga, o problema é marginalizado o
53
que, evidentemente, comprometerá o processo de gestão das organizações. Esse
cenário impacta diretamente na capacidade de inovação da organização. O mercado,
mais do que nunca, demanda cotidianamente por produtos melhores e as empresas,
mais do que nunca, não podem se dá ao luxo de sub-utilizar as preciosas informações
contábeis.
Quanto aos empreendedores enquadrados como alfabetizados plenos o processo de
divulgação dos resultados ocorreu de forma tranquila e uniforme. Todos os
participantes mostraram-se bastante seguros quanto à classificação auferida e já
aguardavam por pelo respectivo resultado.
Todos os empreendedores, independente da classificação obtida, concordaram que
as informações oriundas dos escritórios contábeis poderiam ser transferidas de forma
mais eficiente, o que proporcionaria uma otimização da forma como é utilizada
atualmente pelos gestores.
54
C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S
Se o empresário não domina as competências mínimas de leitura e interpretação de
textos, estaria utilizando as informações na sua primazia e obtendo todos os
benefícios da ciência contábil? Até que ponto o contabilista está efetivamente
desenvolvendo o cliente? A Statement of Basic Accounting Theory - ASOBAT- na sua
definição de contabilidade fala da importância de gerar a informação que possibilite a
realização de julgamentos e, consequentemente, a tomada de decisão aos usuários
da contabilidade.
O papel do contabilista vai bem mais além do que a simples geração de guias /ou
demonstrativos, deve, antes de qualquer coisa, contribuir de forma efetiva à
continuidade das organizações e, de forma atrelada, fomentar a construção do país e
do desenvolvimento econômico. O contador deve sair imediatamente da sua zona de
conforto e implantar um processo de relacionamento mais próximo do cliente,
entendendo suas particularidades e garantindo a efetiva utilização das oportunas
informações geradas pela ciência contábil.
Evidentemente que o contabilista não será o responsável por alfabetizar os
empreendedores, tendo em vista que esta, de forma alguma é sua função, entretanto,
entendido que existe uma lacuna impossibilitando parcialmente sua atuação torna-se
necessária a implantação de estratégias para minimizar o problema.
O primeiro passo é entender que existe uma grande distância entre o contador e os
clientes, o empreendedor se preocupa em evitar chamar a atenção do governo e o
contador simplesmente em cumprir as exigências do fisco. Entretanto, agindo assim,
ambos marginalizam os benefícios que a ciência contábil pode agregar às
organizações.
A quase totalidade dos escritórios de contabilidade resumem suas atividades apenas
às rotinas fiscais e ao departamento pessoal sob a justificativa de que o empresariado
não valorizaria os demais serviços eventualmente oferecidos. Como fazem apenas o
necessário, não oferecem toda a informação possível.
55
Os empresários, por não ter acesso a toda informação plausível de ser
disponibilizada, remunera de acordo com o que recebe, ou àquilo que entende que
recebe. Em outras palavras, é implantado um ciclo vicioso onde ambos perdem.
O profissional contábil perde no momento em que presta um serviço aquém de sua
potencialidade, usurpando os gestores de informações relevantes e, de forma
atrelada, reduzindo drasticamente sua remuneração. Já os empreendedores, no
momento em que deixam de ter acesso à informação útil e pontual, estrangulam o
processo de gestão, mais especificamente de planejamento, e, por consequência,
retardam o crescimento organizacional.
Os contabilistas devem iniciar um processo de aproximação aos empreendedores,
adaptando a forma tradicional de transferir as informações. Torna-se necessário
entender que parte considerável dos clientes apresenta grande dificuldade de extrair
as informações e pô-las em prática.
Os três contadores participantes da pesquisa desconheciam a existência da
problemática nos empresários, em grande parte, devido ao distanciamento existente
na relação escritório/loja. É evidente a dificuldade de mensuração do analfabetismo
funcional, entretanto, na existência de um relacionamento cotidiano, pode-se notar as
minúcias da subutilização das informações.
Como participante do processo de gestão empresarial, o profissional contábil deve
fomentar o pronto estabelecimento de uma relação de confiança com seus clientes,
contribuindo com informações relevantes e, principalmente, promovendo a
maximização continuada da riqueza por intermédio da transferência de informações.
Após transferidas as informações, pode-se iniciar o processo de sua utilização como
subsídio ao processo decisório, assumindo seu papel de auxiliar no processo de
gestão, contribuindo no planejamento estratégico e facilitando o desenvolvimento
organizacional. O contador deve acabar com a visão imediatista do lucro, sair da sua
atual zona de conforto, gerar prosperidade e, certamente, ganhar dinheiro no futuro
próximo.
56
Pode-se notar que apenas 96 empresários, aproximadamente 43% dos participantes
da pesquisa, apresentam plena capacidade de compreensão dos documentos a eles
destinados pelos escritórios contábeis. A imensa maioria dos participantes apresenta
considerável dificuldade no processo de plena utilização das informações dispostas
por intermédio de textos.
Cerca de 18% dos 223 empreendedores, obtiveram scores pífios, resultado que os
caracterizam como analfabetos funcionais. Em outras palavras, 40 empresários não
conseguem entender toda a informação disponibilizada pelos escritórios contábeis e,
consequentemente, até então, abdicavam de, eventualmente, potencializar o
crescimento dos seus empreendimentos devido a subutilização das informações
disponíveis.
Esse grupo apresenta demasiada dificuldade em realizar tarefas aparentemente
simplórias como a leitura de documentos e artigos em geral, normalmente não
apresenta grande capacidade de concentração o que, eventualmente, pode impactar
negativamente no processo de planejamento empresarial. Torna-se então necessário
uma atuação participativa, por parte do contabilista, ou seja, os clientes com
analfabetismo funcional demandam visitas periódicas e, principalmente, de um reforço
no diálogo, a fim de extinguir todas as dúvidas, maximizando assim o entendimento.
Os 87 gestores restantes, cerca de 39%, não apresentam plenas competências à
tarefa de leitura e interpretação de textos, estando enquadrados na zona intermediária
de penumbra. Esses indivíduos também demandam alguns cuidados, tendo em vista,
que, mesmo detendo mediana habilidade de realizar leituras e interpretação de textos,
podem descambar à zona de analfabetismo funcional caso não pratiquem
paulatinamente a rotina de leitura e interpretação de textos. É recomendável que para
esses seja desprendido cuidado semelhante aos considerados como analfabetos
funcionais.
Durante o processo de entrega dos resultados da pesquisa para os empresários,
foram ouvidas as grandes reclamações que motivam à subutilização das informações
disponibilizadas por intermédio dos demonstrativos oriundos dos escritórios contábeis.
Com esses dados, tornou-se possível entender os fatores que impactam
57
negativamente no processo de gestão, bem como possibilitou o delineamento de
estratégias para amenizar os impactos do analfabetismo funcional no processo de
transferência e, posteriormente, de utilização das informações contábeis. O quadro
abaixo apresenta os problemas apontados e as sugestões para extinguir ou, pelo
menos, minimizar seus impactos, a saber:
Problema Sugestões
Os contadores se utilizam de termos técnicos em demasia.
Evitar o excesso de utilização de termos técnicos nos demonstrativos produzidos. Utilização preferencial de palavras acessíveis ao empreen-dedor, ou seja, termos cotidianas em detrimento dos técnicos;
O contador não conhece a organização, está sempre ausente e, quando aparece, é por existem problemas.
Diminuir a distância entre o contador a as organizações . O diálogo deve ser estabelecido, estreitando a relação – aproximação - e implantando um relacionamento com o cliente;
Os demonstrativos e guias geralmente são muito confusos e indecifráveis.
Treinar os empreendedores para extrair todas as informações contidas nos documentos produzidos. Torna-se necessário apresentar todos demonstrativos produzidos pelo escritório e, principalmente, mantê-los sempre atualizados quanto às eventuais alterações.
Quadro 2 – Estratégias à comunicação efetiva
Fonte: do autor
Todas as sugestões são medidas simplistas, entretanto, com hercúleo potencial de
fomento à implantação de gestões mais eficientes. Nota-se que todas as mudanças
propostas são relativas ao comportamento do profissional contábil, de fácil execução
e não requerem demasiado esforço à implementação, basta, no entanto, o
entendimento da dimensão do problema e, subsequentemente, o exercício do real
papel de agente informativo. Com a plena utilização das informações contábeis, os
gestores terão possibilidade de maximizar os resultados organizacionais e gerar
riquezas à sociedade.
58
O processo resume-se em dois pontos principais, o primeiro é conhecer as
organizações dos clientes, sua operação, o mix de produtos, a carteira de clientes, os
planos de curto, médio e longo prazo, enfim, as particularidades dos negócios. O
segundo, não menos importante, é implantar uma substancial alteração na forma com
que as informações são apresentadas ao cliente, aumentando paulatinamente o
vínculo de parceria e, principalmente, de cooperação.
Não se está pregando a alteração dos demonstrativos, mas sim na forma de
explanação das informações. Pequenos ajustes, passos modestos, porém de grande
valia à gestão empresarial.
59
REFERÊNCIAS
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SVEIBY, K. E.. A nova riqueza das organizações – Rio de Janeiro: Campus, 1998
64
APÊNDICES
65
ANEXO A
DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA DE MENSURAÇÃO – ANÁLISE
DISCRIMINANTE
66
1º) Foram selecionados dois grupos com 50 pessoas cada, o primeiro com aqueles
considerados analfabetos funcionais (grupo 1) - nível de leitura de 0 a 4 anos de
estudo - e o segundo (grupo 2) formado por pessoas consideradas plenamente
alfabetizadas (alfabetizadas funcionais) – nível de leitura de 9 ou mais anos de
estudo, nesse caso, um grupo de 50 pós graduados (BRUENING, 1989).
2º) Depois de aplicados os questionários, o desempenho por habilidade (Matemática,
Portuguesa e Lógica) de cada candidato foi tabulado e classificado, conforme a tabela
abaixo:
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67
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68
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Para o grupo de plenamente alfabetizado
Para o grupo de analfabetos funcionais
3º) Efetuando o cálculo de regressão linear foram obtidos os seguintes resultados: £O¤-¥§¦�¨1©mªN©�¥�£9¤«¥�¦�¬"�®]ªN©�¥
¯b°b±²�±³ °b±´ µ¶²�·�¸�¹G¸�º§¹G¸-°2°[»§¼½/¾�¿§À Á� çÀ Ä Å�Æ Ç^È�ɧǧʧÅ^˧Ƚ�ÌGÍ]Î�Ï�ЧÑÒÏ�Ð�Ä Å�Æ Ê^Ó�ÉOÔ-ʧÊ^Ó�ʽ�ÌGÕ�Î�Ï�ЧÑÒÏ�Ð�Ä�Ï-Ö Î�×2Á4Ï§Ð§Ä Å�Æ Ê^Ó�Å�ا٧Ó�Ô-ÊÚ-Ñ"ÑGÄ�Ã�Ï�Ð�ÑÒÛ�Ä Å�Æ~ÔbÊOÔ-ŧÅ�Ë�É�ËÜ�Ý�×[Þ�ÑGß-Ï�à[áOÞ-× Ô-ŧÅ
â,ãäÜ,åOâº�æ ç�è ézè ê ê�·§¸�°[´ º§ë§´ 춴 µ¶²§í[»§¼
½§Þ-î�Ñ"Þ«×�×�Û�Ä È ØCÔ-Æ Ê�Ù�É�Ó�Ô-Ç�Ù Ó�Æ Ø�Ê�ɧǧÅ�Ó Ø§Ø§Ø�Æ È�ɧÇ^È�É É§Æ ÙCÔ�Ø�É�Ó�Ú¶ÌÉ�Ƚ§Þ-×[ï Ð§Î§Ä Ç�Ë È�ÆÔ-É�Ù§Ø�Ê�Å§É§Ê Å§Æ Å�È�اӧ˧Èð�Ä�Á4Ï�À Ç§Ç Ø§Ù
ñ�¼§¸4춴 µ¶´ ¸�ë�±~¸-°ò¯-¹Ò¹G¼�ó�²§·�¹G»§¼ ç�±²�±�± ô¶²§æ ¼§¹Gõö ÷�ø9ùm´ ë�춸�¹G´ ¼§¹G¸«° ÷�ø9ùú°bû«ó^¸�¹G´ ¼§¹Ò¸-° ü ë�춸�¹Ò´ ¼§¹9÷�ø�ýþ�ù ç�û-ó�¸�¹G´ ¼§¹�÷�ø�ýþÿ �-Á[Þ�ÑG׶Þ-à¶Û�Ä Å§Æ Ù�Å�Ø§È Å§Æ Å§É�Ø§Ó Ô�Ô-Æ Ó§Ë�É�Ë Å§Æ Å§Å§Å§Å Å§Æ ÉOÔ�Ó§Ù Å§Æ Ù�Ê�Ó�Å Å§Æ ÉOÔ�Ó§Ù Å§Æ Ù�Ê�Oâ�����Ü$½�ð�� Å§Æ Å�Ù§È�Ê Å§Æ ÅOÔ�Ø§Ë É§Æ Ø§Ù�ÊOÔ Å§Æ Å§Å§Å§Å Å§Æ Å�Ø�Ê�Ó Å§Æ Å�Ó�Ê�Ç Å§Æ Å�Ø�Ê�Ó Å§Æ Å�Ó
69
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Onde, (COEF.H.P.) representa a média obtida no teste de habilidades de língua portuguesa,
(COEF.H.M.) a média de habilidades matemáticas e (COEF.H.L.) a média auferida nos testes
de habilidades lógicas. A análise do índice de erro da ferramenta foi realizada por meio do “R-
quadrado” que revelou uma grandeza de 0,87418878 e do “R-quadrado ajustado” de
0,87025718, índices que dão credibilidade a equação.
4º) Aplicando a fórmula às notas dos grupos e calculando o desvio padrão tem-se: @BA�CEDF@HG<IKJL@MJONPGRQSC<J � TVU-¢������ � �@BA�CEDF@HG<IKJL@MJONPGRQSC<J ¢ TVU-¢���¡/� ¢��
WYX<@HZ=D[N\GRQFCVJ ¢ ¢]U�T����<^_T �WYX<@HZ=D[N\GRQFCVJ � ¢]U�^�¡.��T_^ �
5º) Em posse dos dados tornou-se possível o desenvolvimento do gráfico de
mensuração do analfabetismo funcional:
Fica evidenciada no gráfico a existência de três áreas, àqueles que obtêm resultados
entre 0,8894 a 1,2364 são considerados analfabetos funcionais, ou seja, apresentam
sérias dificuldades para exercer atividades inerentes ao cotidiano organizacional,
àqueles que obtêm resultados entre 1,1364 a 1,7793 encontram-se numa zona crítica,
uma área de risco inerente que, caso não seja direcionado o devido cuidado, pode, no
médio prazo, agregar o grupo de analfabetos funcionais. Entretanto àqueles que
apresentarem resultados no intervalo entre 1,7793 a 2,0948 são considerados
alfabetizados plenos.
70
Aplicando a ferramenta nos indivíduos analisados obtém-se a classificação ajustada
que evidenciou a ocorrência de apenas três erros, a saber:
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� � �p�a`��}"� � �1}���� � {�w�����}2���=wKbdc��U�1�� � � � � ¢]U�^ � � � �� � � � � ¢]U���T�� �� � � � � ¢]U����.��� �� � � � � ¢]U�^�^eT�� �� � � � � ��U�T�¢/��¡ �� � � � � ��U-¢�����¡ �� � � � � ��U-¢������ �� � � � � ¢]U�������� �� � � � � ¢]U����.� ��� � � � � ¢]U�����¡�¢ ���� � � � � ¢]U�� � ¢�� �� � � � � � ¢]U���^�¡�� �� � � � � � ¢]U�^ � � � ���� � � � � ¢]U�^���¡�¢ ���� � � � � ¢]U���^�¡�¢ �� � � � � � ¢]U���¢<^�¡ ���� � � � � ¢]U¶�<^1¢�� �� � � � � � ¢]U����1¢�� �� � � � � � ¢]U�^�¢<T�� �� � � � � ¢]U�����¡�¢ �� � � � � � ��U¶�/����¡ ���� � � � � ��U�T�T1¢�� ���� � � � � ��U¶�/����¡ �� � � � � � ��U�T ��� � �� � � � � � ��U�T ��� � ���� � � � � ¢]U���^e^�¡ �� � � � � � ¢]U���^e^�¡ ���� � � � � ¢]U���^e^�� ���� � � � � ��U�T�¢���� �� � � � � ��U�T�¢���� �� � � � � � ��U�T�T1¢�� ���� � � � � ��U�T�¡�¡�¢ ���� � � � � ��U�T�¡�¡�¢ �� � � � � � ¢]U�^��e^�¡ �� � � � � � ¢]U���¡�¡�� ���� � � � � ¢]U����.��� �� � � � � � ¢]U���^e^�� ���� � � � � ¢]U���T�� � ���� � � � � ¢]U�^������ ��� � � � � ¢]U�^�¢<T�� ��1� � � � � ¢]U�^�^eT�� �
71
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72
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73
ANEXO B
PLANILHA DE SCORE – ANÁLISE DE MENSURAÇÃO DO ANALFABETISMO
FUNCIONAL NOS EMPREENDEDORES DOS ESCRITÓRIOS DE CONTABILIDADE
DE CASA NOVA - BA
74
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79
ANEXO C
TESTE PARA MENSURAÇÃO DAS HABILIDADES LÓGICAS
80
TESTE PARA ANÁLISE DE MENSURAÇÃO DAS HABILIDADES LÓGICAS
1 - A praia Alpha tem por característica marcante o fato de ser extremamente
volátil. A equipe de salva-vidas, Delta, resolveu então efetuar umas marcações
na praia, a fim de evidenciar o nível da maré. Sabe-se que:
Entre cada marcação há um espaço de 0,50 mt;
Existem 06 marcações; a maré sobe, aproximadamente, 1 mt por hora; e
A maré encontra-se, atualmente, na 1ª marcação.
Com base nessas informações, quanto tempo demorará para alcançar a 5ª
marcação?
a) 1 hora;
b) 2 horas;
c) 3 horas;
d) 3,5 horas.
2 - Em determinado ponto geográfico do globo, o sol "anda", aproximadamente,
15° por hora, sabendo-se que o sol nasce às 6:00 horas e se põe às 18:00 horas,
quando teremos o momento correspondente a 120° ?
R _______________________________
3 - Se José adoece, João adoece junto. Se Josué adoece, José não adoece. Se José
adoeceu, João e o Josué também. Como está a saúde de sr. Joaquim?
a) Doente;
b) Com saúde;
c) n.d.a.
4 - No carregamento de determinado veículo, surgiu a determinada situação:
Temos 500 blocos cerâmicos para carregar;
Cada bloco mede 0,15 cm de largura; e
O veículo mede 2,10 mt de largura (disponível para carga).
Quantos blocos terá cada carreira?
a) 10
b) 12
81
c) 13
d) 14
e) 15
5 - Um caixa d'água com capacidade de 1.500 Litros está sendo enchida. A vazão do
fluxo é de 25 litros por minuto. Quanto tempo demorará para a caixa está
completamente cheia?
a) 45 minutos
b) 55 minutos
c) 1 hora
d) 120 minutos
e) nda
6 - Você foi ao médico que lhe receitou cinco comprimidos para serem ministrados em
meia e meia hora, se você seguir corretamente a receita, em quantas horas tomará os
cinco?
a) 1 hora
b) 2 horas
c) 3 horas
d) 4 horas
e) 5 horas
7 - Você está numa corrida, quando você ultrapassa o 2º colocado em que posição
você fica?
a) 1º lugar
b) 2º lugar
c) 3º lugar
8 - Para cercar uma horta que mede 5 metros por 7,5 metros, o carpinteiro vai montar
um alambrado. Para reforçar a tela, a cada 2,50 metros, vai deve-se soldar uma haste
de ferro. Quantas hastes deverão ser utilizadas na horta?
a) 8
b) 9
82
c) 10
d) 11
e) 12
83
ANEXO D
TESTE PARA MENSURAÇÃO DAS HABILIDADES MATEMÁTICAS
84
TESTE PARA ANÁLISE DE MENSURAÇÃO DAS HABILIDADES MATEMÁTICAS
1 - Paulo, interessado em comprar uma calça Jeans, foi a loja X. Depois de analisar
vários modelos e marcas, optou por uma peça que estava em promoção. Acabou
por pagar R$ 124,20 à vista, quando o preço tabelado era de R$ 175,00. O
percentual de desconto concedido foi aproximadamente:
e) 40%
f) 29%
g) 50%
h) nda
2 - Com o advento dos veículos bi-combustível, Marcos adquiriu um modelo do
ano. Em sua primeira visita a um posto de gasolina, deparou-se com os seguintes
preços:
Gasolina R$ 2,85 o litro - Álcool R$ 1,93 o litro
Sabendo que, o veículo rodando na cidade tem autonomia de aproximadamente 17,5
Km/l de gasolina e de 9,50 Km/l de álcool, qual a melhor alternativa de
abastecimento?
a) Gasolina;
b) Álcool.
3 - Dona Maria está planejando fazer um bolo. Assim, pediu a Pedrinho que fosse até
o mercado fazer uma cotação dos itens, a fim de identificar onde conseguiria realizar
maior economia. A lista entregue a Pedrinho era:
E as cotações foram as seguintes:
85
a) Loja A;
b) Loja B; ou
c) Loja C.
4 - Pedro, João e Raúl foram almoçar juntos. O valor total da conta foi R$ 78,56 e
ficou acordado que seria dividido entre os três seguindo a respectiva proporção:
• 1/3 para Raúl, 37,5% para João e o restante para Pedro. Quanto pagou,
aproximadamente, cada um?
R________________________________________
5 - Paulo resolveu trocar os 4 pneus do seu veículo, chegando a loja obteve três
orçamentos:
a) A marca X custa R$ 135,90 cada e tem vida útil de 3 anos.
b) A marca Y custa R$ 221,55 o par e com vida útil de 2,85 anos.
c) A marca W custa R$ 172,25 cada e com vida útil de 3,32 anos.
d) A marca K custa R$ 168,70 cada e com vida útil de 3,47 anos.
Qual a melhor alternativa?
R_________________________________________
6 - Um senhor resolveu fazer seu inventário. Como tinha semente 3 filhos, resolveu
dividir sua herança que totaliza 53 cabeças de gado com os filhos, da seguinte forma:
Paulo, filho mais velho, metade dos animais;
Pedro, filho intermediário, 1/3 dos animais;
Sara, filha mais jovem, 1/9 dos animais.
Como resolver o problema, visto que, para seguir o desej
86
ado teríamos 26,50 para Paulo, 17,6... para Pedro e 5,8.... para Sara. Lembrando
que, antes de falecer, o Senhor pediu que sua vontade se cumprisse sem haver
necessidade de sacrificar nenhum animal.
R_________________________________________
7 - Dois amigos decidiram apostar uma corrida. Cada um, individualmente, teria que
percorrer um espaço de 1.250 mt no menor espaço de tempo. Pedro fez o percurso
em 8,75 segundos um espaço de 1.250 mt no menor espaço de tempo. Pedro fez o
percurso em 8,75 segundos.
a) 14KM/h e 15KM/h;
b) 143KM/h e 150KM/h;
c) 143MT/s e 150MT/s;
d) 1.4286 KM/h e 1.50 KM/h.
8 - Paulo decidiu realizar a compra de seu computador pessoal, chegando a loja
recebeu a seguinte proposta do vendedor:
À vista R$ 1.125,00 ou em 10 x 126,35.
Paulo não tem recursos financeiros suficientes para a compra, entretanto, tem a
opção de pegar dinheiro emprestado com um velho amigo da família a uma taxa de
3% a.m.(*), a ser devolvido em cinco parcelas consecutivas.
Levando em consideração que Paulo tem condição de honrar ambos planos -
parcelado loja (1) e financiamento do amigo (2)-, qual a melhor opção de
financiamento?
(*) Calcular juros simples = ( taxa de juros % * 3 meses + Capital financiado )
a) Financiamento loja;
b) Financiamento amigo.
87
ANEXO E
TESTE PARA MENSURAÇÃO DAS HABILIDADES LÍNGUA PORTUGUESA
88
TESTE PARA ANÁLISE DE MENSURAÇÃO DAS HABILIDADES LÍNGUA
PORTUGUESA
1 - "[...] é inadmissível o atual estágio da segurança pública no Brasil, a má
distribuição de renda e a pífia qualidade do ensino são os principais propulsores
da violência no país [...]". A principal idéia da frase acima é:
a) A segurança publica não funciona no Brasil;
b) A sinergia da má distribuição de renda e da qualidade do ensino são os
responsáveis pela violência;
c) A distribuição de renda é a grande culpada pela violência;
d) A qualidade do ensino gera violência.
2 - "[...] O veículo apresenta problemas na parte elétrica, tem componentes em
péssimo estado, mas o que realmente comprometeu a vida útil foi a qualidade das
peças inseridas no motor nas manutenções em oficinas sem qualidade [...]". A
principal idéia da frase acima é:
a) O veículo não apresenta nenhuma condição de uso;
b) O veículo apresenta somente problemas elétricos;
c) O maior fator para o estágio do veículo foi a qualidade das peças de reposição;
d) As oficinas sem qualidade são muito ruins.
3 - "[...] a desnutrição infantil ocorre, na maioria dos casos, no nordeste brasileiro [...]".
A principal idéia da frase acima é:
a) A desnutrição ocorre somente no Brasil;
b) A desnutrição infantil ocorre somente no nordeste;
c) A desnutrição ocorre por descaso das autoridades;
d) O maior foco de desnutrição infantil ocorre no nordeste brasileiro.
4 - "[...] Seguramente o brasil será, no médio prazo, uma nação desenvolvida, basta
que direcione mais investimentos à educação [...]"
"[...] a globalização exige uma perfeita gestão da informação. O capital intelectual das
organizações é o principal diferencial das organizações [...]". A idéia comum em
ambos os textos é:
89
a) O Brasil será uma nação desenvolvida;
b) A educação não é tão importante;
c) O Brasil precisa de pessoas desqualificadas;
d) A educação é o fator determinante para todas as organizações.
5 - A mensagem principal da charge abaixo é:
a) A china é um país muito desorganizado;
b) A saúde na china apresenta sérios problemas;
c) A charge faz uma sátira da qualidade do ar chinês;
d) Critica as provas de atletismo.
6 - A mensagem principal da charge abaixo é:
a) Os esforços do governo para combater a corrupção;
b) A preocupação do IBAMA em preservar as espécies em extinção;
c) Os esforços do governo para "maquiar"/esconder a inflação;
d) A situação geopolítica da América do sul.
90
7 - A mensagem principal da charge abaixo é:
a) Critica a qualidade dos pneus utilizados pela Ferrari;
b) Critica a qualidade do motor Ferrari;
c) Critica o desempenho somente do Flamengo;
d) Realiza uma crítica conjunta ao desempenho do flamengo e da Ferrari.
8 - A mensagem principal da charge abaixo é:
a) Critica a idéia defendida por alguns;
b) De que existe água fora da terra;
c) Critica a política americana de exploração espacial;
d) Realiza uma crítica às taxas de juros brasileiras;
e) Elogia a economia do Brasil.