IMPRENSA. AGRICULTURA. “TOPO SUL” CAMPO BRANCO...

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2014.05.23 • edição quinzenal FUNDADO EM 2006. DIRECTOR: CARLOS PINTO // ANO: 9 // N: 349 0,70 IVA INCLUÍDO PUB BEJA > BANDA DESENHADA PARA TODOS OS GOSTOS EM JUNHO “TOPO SUL” PRIMEIRO NÚMERO SAIU HÁ 20 ANOS IMPRENSA. >p10 pub. OBRAS NO IP8 E IP2 RETOMADAS EM JULHO CAMPO BRANCO EXPERIMENTAÇÃO AJUDA AGRICULTORES AGRICULTURA. >p06 ESTRADAS > As obras da A26/ IP8 e do IP2 deverão ser retomadas no próximo mês de Julho, depois da Estradas de Portugal ter chegado a acordo com a empresa responsável pela subconcessão rodoviária do Baixo Alentejo, a SPER. pub. BAIXO ALENTEJO PERDE 16 ESCOLAS GALGOS Paixão forte em CastroVerde As corridas de cães galgos continuam a ser uma pai- xão em Castro Verde e no Baixo Alentejo. São muitos os criadores que se deslocam a vários pontos da re- gião (e até do Algarve) para colocar os seus galgos a competir com outros em dias intensos, de mui- ta velocidade e alguma adrenalina: com ansiedade nas partidas e frenesim nas chegadas! O “CA” foi assistir a uma corrida e mostra-lhe este “mundo” que apaixona cada vez mais gente em toda a região.

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2014.05.23 • edição quinzenalFUNDADO EM 2006. DIRECTOR: cArlOs piNTO // ANO: 9 // N: 349

€0,70IVA Incluído

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BEJA > BANDA DESENHADA PArA toDoS oS goStoS Em jUNHo

“TOPO SUL” PRIMEIRO NÚMERO SAIU HÁ 20 ANOS

IMPRENSA. >p10

pub.

OBRAS NO IP8 E IP2 RETOMADAS EM JulhO

CAMPO BRANCOEXPERIMENTAÇÃOAJUDA AGRICULTORES

AGRICULTURA. >p06

ESTRADAS > As obras da A26/ IP8 e do IP2 deverão ser retomadas no próximo mês de julho, depois da Estradas de Portugal ter chegado a acordo com a empresa responsável

pela subconcessão rodoviária do Baixo Alentejo, a SPEr.

pub.

BAIXO AlENTEJOPERDE 16 ESCOlAS

GALGOSPaixãoforte em CastroVerde As corridas de cães galgos continuam a ser uma pai-xão em Castro Verde e no Baixo Alentejo. São muitos os criadores que se deslocam a vários pontos da re-gião (e até do Algarve) para colocar os seus galgos a competir com outros em dias intensos, de mui-ta velocidade e alguma adrenalina: com ansiedade nas partidas e frenesim nas chegadas! O “CA” foi assistir a uma corrida e mostra-lhe este “mundo” que apaixona cada vez mais gente em toda a região.

ARS do Alentejo garante que nova portaria do Governo não obrigará ao fecho da maternidade do hospital de Beja. Dr

> BEJA. ARS garante que ne-nhuma das três maternidades da região vai encerrar devido à dispersão territorial que existe no Alentejo.

Maternidade não vai fechar

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo assegura que as três materni-dades existentes da região vão manter-se, até porque “a dispersão” do território “não permitiria que houvesse apenas um” desses serviços a funcionar.

“A dispersão territorial do Alentejo não permitiria que houvesse apenas uma ma-ternidade a funcionar. Vamos continuar com a rede hospitalar que foi definida, em conjunto com as instituições”, afiança fonte da ARS do Alentejo à Agência Lusa, depois dos municípios do Baixo Alentejo e da Or-dem dos Médicos terem contestado o even-tual fecho de serviços no hospital de Beja, entre os quais a maternidade [ver texto ao lado].

Actualmente existem três maternidades na região (Évora, Beja e Portalegre), pos-

regiÃO >educação

O pavilhão multiusos do Parque de Feiras e Exposições de Beja recebe este sábado, 24 de Maio, a cerimónia de bênção das pastas dos alunos

finalistas do Instituto Politécnico de Beja, A cerimónia está agendada para o meio-dia e será presidida pelo bispo de Beja, D. António Vitalino Dantas.

BENÇÃO DAS PASTAS PARA OS FINALISTAS DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA

BAiXOALENTEJO> gArAntiA dA AdministrAçÃO regiOnAl de sAúde dO AlentejO

2 2014.05.23

suindo também o Hospital do Litoral Alen-tejano, em Santiago do Cacém, o serviço Ginecologia e Obstetrícia, mas sem sala de partos.

Os receios dos municípios e dos médicos sobre o eventual encerramento da mater-nidade de Beja tem por base a portaria do Governo, publicada em Diário da Repúbli-ca a 10 de Abril, que classifica os hospitais em quatro grupos, segundo as responsabi-lidades, o quadro de valências e a área e a população servidas. Esta legislação poderia implicar, eventualmente, a perda de servi-ços em várias unidades hospitalares.

Contudo, a ARS do Alentejo desdrama-tiza a situação e esclarece que a portaria o que define são “especialidades básicas que devem existir em cada uma das regiões”, mas que “serão ajustadas em função das necessidades”.

No Alentejo, continua a mesma fonte, “estas serão ajustadas ao plano que foi de-finido pela ARS e no qual está indicado um conjunto de especialidades estruturais que devem existir na região” e que “inclui as ma-ternidades” e os serviços “de Ginecologia e Obstetrícia”.

A dispersão territorial do Alentejo não permiti-ria que houvesse apenas uma maternidade a fun-cionar. Vamos continuar com a rede hospitalar que foi definida, em con-junto com as instituições.

O eventual fecho de serviços no hos-pital de Beja, como a maternidade, é veementemente contestado pelos muni-cípios do Baixo Alentejo e pela Ordem dos Médicos, que alertam para os “graves pro-blemas de saúde pública” daí decorrentes.

Segundo a Comunidade Intermunici-pal do Baixo Alentejo (Cimbal) e a Ordem dos Médicos, a cumprir-se a Portaria 82/ 2014, no caso da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), do Grupo I, o hospital de Serpa poderá “desaparecer” e o de Beja perder especialidades, como Ginecologia/ Obstetrícia (o que levará ao fecho da maternidade), Cardiologia, Pneumologia, Oncologia, Urologia, Otor-rinolaringologia, Oftalmologia, Reumato-logia e Hematologia.

Esta portaria, se for cumprida, “trará graves problemas de saúde pública”, “res-tringindo ainda mais o acesso” de “quem mais precisa” à saúde, um “bem essen-cial”, vinca a Cimbal em comunicado.

Já o presidente do conselho distrital de Beja da Ordem dos Médicos, Pedro Vasconcelos, diz que “estão em causa gra-ves problemas de saúde pública, porque, quando a cobertura sanitária é menor, a probabilidade de problemas de saúde pú-blica é maior”. Este responsável vai mais longe e vinca mesmo que a portaria “é um verdadeiro ‘napalm’”. “É o que falta-va para, de uma vez por todas, condenar o interior a uma total falta de desenvol-vimento e à desertificação”, argumenta, referindo que “corte e costura faz-se nas alfaiatarias, mas não é possível em relação à saúde e meramente por questões de rá-cio de pessoas”.

Municípios e médicos contra encerramento

> mAternidAde de BejA

Médico Pedro Vasconcelos apelida Portaria 82/ 2014 de “ verdadeiro napalm” para o interior. Dr

2014.05.23 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

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A recusa por parte do Ministério da Saú-de em renovar os contratos com alguns dos fisioterapeutas em serviço na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo pode colocar em causa a prestação deste serviço em Ourique e Barrancos. A denúncia é feita pelo deputa-do do PCP eleito por Beja, João Ramos, após uma audição do ministro da Saúde, Paulo Macedo, na comissão parlamentar de Saúde.

“O argumento [para a não renovação dos contratos] parece ser o de que o distrito tem fisioterapeutas a mais em função dos rácios definidos. Contudo, os rácios são feitos pelo número de camas e não pelo de utentes. Como o serviço não presta apenas apoio aos doentes internados, existe uma discrepância de apreciação que tem de ser corrigida”, aler-ta o deputado comunista.

Durante a audição do ministro, João Ra-mos levantou ainda questões sobre a falta de médicos de família na região, nomeadamen-te nos centros de saúde de Moura, Vidigueira e Almodôvar, assim como sobre a carência de psiquiatras e pedopsiquiatras, o que tem impedido a abertura do internamento no novo edifício do Departamento de Psiquia-tria do hospital de Beja.

Fisioterapia pode acabar em Ouriquee Barrancos

> sAúdE

A agricultura familiar é o mote da 17ª edição dos Jogos do Ambiente de Ferrei-ra do Alentejo, um projecto da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo que de-corre até ao dia 4 de Junho no Parque de Lazer da Fonte Nova.

A iniciativa, que arrancou no passado dia 19 de Maio, destina-se a todas as crian-ças que frequentam os estabelecimentos de ensino do concelho, que são convidadas a fazer um percurso constituído por várias etapas e jogos, num espaço amplo e aber-to, sempre em contacto com a natureza.

Com os Jogos do Ambiente “pretende-se sensibilizar as crianças para as proble-máticas ambientais do nosso planeta e para a cidadania responsável”, revela ao “CA” o presidente da autarquia ferreiren-se, Aníbal Reis Costa.

Agricultura familiar para os mais novos

> FERREIRA dO AlEntEjO

> PROjEctO nAscE sEGundA-FEIRA Em BEjA

Novo apoio para doentes de Alzheimer

Pessoas com demências, como Alzheimer, e os seus familiares ou cuidadores vão dispor de vários tipos de ajuda e actividades para “me-lhorar a qualidade de vida” dos doentes, atra-vés de um gabinete de apoio que vai ser criado em Beja.

Trata-se do Alémemória – Gabinete de Apoio a Famílias e Doentes com Demências, ideia que surgiu pela mão de uma assistente social, uma psicóloga clínica e uma enfermeira de Beja, através de um protocolo assinado com a Associação Alzheimer Portugal.

O gabinete começa a funcionar na próxima segunda-feira, 26 de Maio, e irá funcionar num espaço no campus do Instituto Politécnico de Beja às segundas-feiras (das 17h30 às 20h00) e nos primeiros dois sábados de cada mês (das 15h30 às 18h30).

A ideia é oferecer várias actividades para melhorar a qualidade de vida dos doentes com demências, como apoio psicológico, grupos de ajuda mútua, estimulação cognitiva, sessões de relaxamento, expressão motora, expressão plástica e musicoterapia, explicam as promo-toras à Agência Lusa.

O Alémemória ambiciona também criar um espaço e serviços promotores da saúde mental, sensibilizar a comunidade e informar

> SAÚDE. Gabinete Alémemória vai funcionar no “campus” do IPBeja e pretende melhorar a qua-lidade de vida dos doentes com demências.

Demências como Alzheimer são cada vez mais frequentes na região, sobretudo entre a população idosa. DR

os familiares de doentes sobre a problemática das demências, “procurando facilitar a iden-tificação de sinais e sintomas da doença e es-tratégias de intervenção junto da pessoa com demência, nomeadamente Alzheimer”.

Os tipos de ajuda e actividades disponi-bilizados pelo gabinete destinam-se a todas as pessoas com diagnóstico de demências, como Alzheimer, e aos seus familiares ou cui-dadores e serão prestados pelas promotoras do projecto, ou seja, uma assistente social, uma psicóloga clínica e uma enfermeira es-pecializada na área da Saúde Mental e Psiqui-átrica, todas em regime de voluntariado.

Os tipos de ajuda e acti-vidades disponibilizados pelo gabinete destinam-se a todas as pessoas com diagnóstico de demências, como Alzheimer.

> InIcIAtIvA REAlIzA-sE EntRE Os dIAs 23 E 25 dE mAIO

Ourique mais saudável

O fim-de-semana vai ser bem “mexido” em Ourique! Entre esta sexta-feira e domingo, dias 23 a 25 de Maio, a vila recebe o “Ourique Mega-Fitness 2014”, iniciativa organizada pela autarquia local com o objectivo de promover hábitos saudáveis de vida junto da população.

O evento arranca na noite de sexta-feira, a partir das 21h30, com o colóquio “Despor-to e Nutrição – Diferentes perspectivas”. Pelo auditório da Biblioteca Municipal vão passar Joaquim Gomes (ex-ciclista profissional), Piti-co (ex-futebolista profissional que joga actual-mente como amador no FC São Marcos), João

> DESpOrtO. Colóquios, aulas de pilates e zumba, danças de salão e uma caminhada são alguns dos destaques do “Ourique Mega-Fitness 2014”.

“Chapas” Silva (praticante profissional de des-portos de combate) e Célia Francisco (mestre em Psicologia do Desporto), numa conversa conduzida por Rui Rosa, jornalista da Rádio Castrense.

No sábado, 24, haverá actividades para todas as idades e gostos no pavilhão gimno-desportivo, com ioga, pilates, desporto para seniores, danças de salão, kizomba, zumba, hip-hop, aerodance e kombat. Ao longo do dia estará também disponível no local uma zona com insufláveis e jogos para crianças, assim como uma health zone, onde poderá fazer a sua avaliação corporal e receber dicas alimen-tares.

O “Ourique Mega-Fitness 2014” termina no domingo, 25 de Maio, com uma prova de BTT e uma caminhada. Ambas as provas têm parti-da às nove da manhã, estando a concentração dos participantes marcada para a zona junto ao Quiosque Tony, no centro da vila.

Aula de zumba é uma das iniciativas do “Ourique Mega-Fitness 2014”. DR

4 2014.05.23BAIXO ALENTEJOREGIÃO

Apesar do acordo entre a Estra-das de Portugal e a SPER prever a retoma das obras da A26/ IP8 em Julho, continua a decorrer no Tri-bunal Administrativo e Fiscal de Beja a acção administrativa co-mum apresentada pela Câmara de Ferreira do Alentejo contra o Esta-do português pelo abandono das obras de construção desta via. Esta iniciativa da autarquia ferreirense visa exigir ao Estado a “reposição/ reabilitação daquilo que foi des-truído com a não-conclusão” das obras. Ao mesmo tempo, o autarca Aníbal Reis Costa espera que a ac-ção judicial “seja um exemplo no sentido de justiça e de respeito pelo abandono ‘selvagem’ das obras”. “E também demonstrar que, sempre que qualquer pessoa particular ou entidade colectiva se sentir lesada – tendo motivos para isso – deve poder recorrer a outras instâncias que assegurem que as nossas pre-tensões sejam ouvidas”. acrescenta.

Ferreira com acção judicial

> ACESSIBILIDADES. Estradas de Portugal e SPER chegaram a acordo e estão reunidas condições para o recomeço dos trabalhos.

Obras do IP8 e IP2 retomadas em Julho

As obras da A26/ IP8 e do IP2 deverão ser retomadas no próximo mês de Julho, depois da Estradas de Portugal ter chegado a acordo com a empresa responsável pela subconcessão rodoviária do Baixo Alentejo, a SPER.

Em comunicado emitido esta semana, a Estradas de Portugal in-forma que o acordo celebrado na terça-feira, 20 de Maio, encerra a segunda fase negocial que, neste caso, “tinha uma urgência especial, dada a interrupção das obras que se verifica desde 2011” e que se-rão retomadas pela concessionária SPER no próximo mês de Julho.

Ainda sujeito a verificação por parte dos sindicatos bancários en-volvidos, do Estado e do Tribunal de Contas, o acordo prevê, segundo a Estradas de Portugal, uma pou-pança de 944 milhões de euros na subconcessão do Baixo Alentejo, referindo-se aos pagamentos a rea-lizar pela empresa “ao longo do pe-ríodo” da subconcessão, com início

> GARAntIA dAdA pElA EmpREsA EstRAdAs dE pORtuGAl

Estado de degradação do IP2 é evidente e coloca em causa a se-gurança rodoviária dos condutores que circulam nesta via. Dr

apenas em 2015 e após a conclusão das obras.

Segundo a Estradas de Portugal, fica agora assegurada a conclusão das obras previstas “para a A26/ IP8 entre Sines e Relvas Verdes, para a A26-1/ ER261-5, entre Sines e San-to André, a construção da A26 entre o IC1 e Santa Margarida do Sado, concluindo a ponte sobre o rio

Sado”, garantindo também a requa-lificação do IP2 entre São Manços e Castro Verde.

O IC33, entre Roncão e Grândo-la Norte, e o IC1, entre Marateca e Grândola Sul, vão ser “reintegrados na jurisdição da Estradas de Portu-gal”, que vai “equacionar” a requali-ficação do IC1 através do seu plano de proximidade.

AcESSIbIlIdAdES

ODEmIrA PEDEOBrAS nAS EStrADAS

A Assembleia Municipal de Odemira aprovou uma moção, apresentada pelos eleitos do PS, onde questiona a Estradas de Portugal sobre a intervenção de me-lhoramento da via que liga o Viradouro às localidades de Nave Redonda (para sul) e de luzianes-Gare (para norte). As obras nesta via entre Viradouro e luzianes estão paradas e o traçado praticamente intransitável, o que leva a Assembleia Municipal odemirense a questionar a em-presa acerca do prazo para a conclusão total da empreitada. Ao mesmo tempo, a moção questiona também sobre a data em que está previsto o começo da em-preitada entre o Viradouro e o limite sul do distrito, no sentido de permitir “uma correcta ligação do concelho de Odemira ao distrito de Faro”.

AMbIENtE

PrAIA Em mILfOntES PrEOCuPA AmEIxA

O deputado do PS eleito por beja está preocupado com o desapare-cimento parcial de uma das praias de Vila Nova de Milfontes devido à eroisão provocada pelo mau tempo do último Inverno. luís Pita Ameixa visitou no início da semana o concelho de Odemira e acompanhado pelo também deputado do PS Pedro Farmhouse constatou no local que, após os tempo-rais do início do ano, a areia foi levada pelo mar, as correntes alteraram-se no estuário do rio Mira e não há reposição de areias. trata-se de uma situação “complexa” e que exige uma intervenção “muito urgente”, defende o deputado socialista, que vai apresentar o problema ao Governo, na tentativa de ser encontrada uma solução.

AGRIcultuRA

trABALhO ILEgAL Em hErDADE DE SErPA

Nove imigrantes foram detectados esta semana a trabalhar numa herdade em Serpa, através de uma empresa prestadora de serviços, “em absoluta irregularidade”, indocumentados e sem terem recebido, embora já estives-sem a trabalhar há algum tempo. Os trabalhadores, oito romenos e um moldavo, foram detectados durante uma acção inspectiva de combate ao trabalho não declarado e verificação das condições de segurança e saúde no trabalho realizada pela Act. No local, os inspectores constataram que não havia contratos nem registo dos tempos de trabalho, entre outras irregularidades, tendo levantado os respectivos autos de notícia e apurado as contribuições para a Segurança Social.

SEGuRANçA

BASE DE BEJA nãO IntErESSA AOS EuA

O departamento de defesa dos EuA não tem planos para enviar para beja o seu destacamento de “marines” da base de Morón de la Frontera, em Espanha, informa o Pentágono. de acordo com a agência de notícias espanhola EFE, as Forças Armadas dos EuA realizaram treinos em Portugal, mas tal não significa que Washington vá transferir a sua Força de Resposta Rápida de Morón para a base Aérea de beja. “Não temos planos para mudar a localização das forças dos EuA de Morón para beja”, indicou à EFE a porta-voz do Pentágono para a Europa, Eileen lainez, garantindo que os EuA irão continuar a trabalhar com Portugal “no desenvolvimento de oportunidades de treino bilaterais”.

SEGuRANçA

BEJA PODE rECEBEr nOvO PóLO DA umE

O Regimento de Infantaria de beja (RI3) poderá vir a acolher um pólo da unidade Militar de Emergência (uME), revelou esta semana o deputado do PSd eleito por beja. Mário Simões passou na terça-feira, 20, pelo quartel do RI3 e garantiu que existe a possi-bilidade de lá ser colocado um dos três pólos da uME, que tem sede em chaves. A instalação em beja deste pólo seria “importante para a uME e para reforçar a sua operacionali-dade”, defendeu Simões, que voltou igualmente a defender “a importância geo-estratégica” do RI 3 num quadro de defesa NAtO e lamentou que o quartel tenha apenas 125 pessoas, entre militares e civis, de momento apesar de ter capacidade para 800.

944Milhões de euros é quanto se-rão poupados na subconcessão rodoviária do baixo Alentejo após o acordo entre a Estradas de Portugal e a SPER.

2014.05.23 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

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Os vereadores do PS na Câmara de Beja acusam o exe-cutivo CDU de envolver “em secretismo” a real situação financeira do Município, desde as últimas autárquicas, mas o presidente da autarquia diz que as contas são “pú-blicas”.

Em comunicado, os vereadores socialistas afirmam que a situação financeira da Câmara de Beja está “en-volta em grande secretismo” e referem que, “apesar das repetidas solicitações” ao executivo CDU, “continuam sem ter informação fidedigna sobre a real situação fi-nanceira do Município e a evolução das contas desde as últimas eleições” autárquicas, em Setembro de 2013.

“Contrariando a lei”, no sítio de Internet da Câmara de Beja, na área reservada à informação sobre as dívi-das da autarquia, “consta apenas a informação relativa ao primeiro semestre de 2013”, quando o Município era gerido pelo anterior executivo PS, referem os vereadores socialistas.

Segundo os vereadores, “as suspeitas” sobre o “se-cretismo” à volta da real situação financeira e da evo-lução das contas da Câmara de Beja “vieram agora ser confirmadas” pela Direcção Geral das Autarquias Locais (DGAL), que divulgou a lista do prazo médio de paga-mento registado por cada município em Dezembro de 2013.

De acordo com esta lista, consultada pela Agência Lusa, no caso da Câmara de Beja, o prazo médio de pa-gamento “quase duplicou”, passando de 117 dias a 30 de Setembro de 2013 para 208 dias a 31 de Dezembro de 2013. “Pior será a situação actual, já que são inúmeros os sinais de agravamento da situação, com a quase parali-sação de muitos serviços, com os prejuízos daí decorren-tes para os munícipes”, lamentam os vereadores do PS.

Rocha desmente acusaçõesEm declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Beja, o comunista João Rocha, diz que as acusações do PS “não correspondem à verdade”, porque as contas do Município “são públicas e conhecidas”.

Segundo João Rocha, no passado mês de Abril, a Câmara e a Assembleia Municipal de Beja aprovaram a conta gerência do Município relativa a 2013. Por outro lado, lembra, no final de Outubro de 2013, duas sema-nas após ter tomado posse, o novo executivo comunista da Câmara de Beja, cumprindo uma promessa feita pela CDU na campanha para as últimas eleições autárquicas, divulgou, no sítio de Internet do Município, o valor da dívida total da autarquia a 17 de Outubro, dia em que assumiu funções.

Na Câmara de Beja, actualmente, “há transparência”, diz o autarca comunista, referindo que “secretismo havia antes das últimas autárquicas”, quando os vereadores da então oposição CDU “andaram vários meses a pedir as contas ao anterior executivo PS, que nunca as divulgou antes das eleições”.

socialistas contra “secretismo” na câmara de Beja

> POlítIcA> E AINDA...

autaRca de odemiRa defende Regionalização

O presidente da Câmara de Odemira de-fende que se avance urgentemente com uma reforma do Estado e com a regionalização.

pub.

“Todo o Estado precisa de uma reforma. E agora é tempo de alguém assumir a regionaliza-ção e olhar esta realidade de frente”, vinca José Alberto Guerreiro, que defende

que exista “alguém que seja eleito a nível regional, que seja res-

ponsável pela opção política dessa região e dê a cara” perante as populações e instituições.

6 2014.05.23BAIXO ALENTEJOREGIÃO

O Cine Oriental, em Aljustrel, abre portas oficialmente no pró-ximo fim-de-semana, dias 31 de Maio e 1 de Junho, após quase dois anos de trabalhos de requa-lificação. A emblemática sala foi totalmente renovado e amplia-do, numa empreitada promo-vida pela Câmara de Aljustrel e que custou cerca de 1,1 milhões de euros, dos quais 778 mil eu-ros foram comparticipados por fundos comunitários através do InAlentejo.

O renovado espaço, que já foi utilizado a título experimen-tal no início de Abril, durante a primeira edição das Conferên-cias de Aljustrel, vai ser utilizado para a exibição de cinema, mas também para acolher outras iniciativas, como teatro, dança, concertos ou conferências.

Aljustrel inaugura cine-teatro

> dIA 31 dE mAIO

A adega do Monte Novo e Figueirinha, de Beja, teve dois vinhos premiados durante a edição deste ano do “Concours Mondial de Bruxelles”, realizado na capital belga.

A competição, uma das mais prestigiadas do sector a nível mundial, teve mais de 8.200 vi-nhos a concurso e a adega ligada ao Grupo Cameirinha e gerida por Filipe Cameirinha Ramos acabou por vencer duas meda-lhas: uma de ouro para o “Amné-sia Tinto 2012” e outra de prata para o “Herdade da Figueirinha Reserva 2011”. Ambos os vinhos premiados têm a “mão” do enó-logo Filipe Sevinate Pinto.

Já o vinho “Amnésia Rosé 2013”, também da adega do Monte Novo e Figueirinha, re-cebeu o prémio “Boa Compra 2014” atribuído pela “Revista de Vinhos”.

Fonte da sociedade agrícola ligada ao grupo empresarial do comendador Leonel Cameiri-nha revela ao “CA” que o “Am-nésia Rosé 2013” é o vinho ideal para os finais de tarde de Verão, concilia a qualidade com o aces-sível preço de apenas 2,99 euros.

Vinhos da Figueirinha premiados

> BEjA

> PROjEctO AGRícOlA nO cOncElhO dE cAstRO VERdE

Campo Branco“semeia” o futuro!

Como rentabilizar as produções agro-pecuárias numa zona onde as culturas de sequeiro e o pastoreio em extensivo são (e continuarão a ser) dominantes? A questão é anti-ga, mas as respostas têm vindo a ser trabalhadas nos últimos dois anos na zona de Castro Verde, através dos campos de experimentação desen-volvidos pela Associação de Agricul-tores do Campo Branco (AACB) e a Escola Superior Agrária do Politécni-co de Beja (IPBeja).

Tudo começou na campanha agrícola de 2012-2013, altura em que os agricultores António Francisco Colaço e Fernando Rosas, ambos de Castro Verde, decidiram avançar com um projecto que permitisse a realização de alguma experimenta-ção no Campo Branco.

“Pegámos nos cereais, que é um sector que tem sofrido muito com as reformulações da PAC e dos qua-dros comunitários de apoio, e enquadrámo-los no sistema agro-pecuário. Porque hoje se produz cereais para aprovei-tar a semente para os animais, para fazer palha e restolho para os animais comerem e também para cortes de feno. E depois surgiu-nos a ideia de fa-zer alguma coisa mais ligada à pecuária, daí os ensaios a pasta-gens e forragens”, conta ao “CA” António Francis-co Colaço, que integra a equipa coordenadora do projecto, jun-tamente com Fernando Ro-sas e com Ma-nuel Patanita e José Manuel Dores, ambos docentes no IPBeja.

No terreno os campos de ex-

> AGRICULTURA. Expe-rimentação permite aos agricultores da região perceberem a melhor for-ma de rentabilizar as suas explorações.

perimentação contam com o apoio administrativo da AACB e técnico-científico do IPBeja, assim como com a colaboração de 13 empresas ligadas ao sector agro-pecuário. São estas que fornecem as sementes e fertilizantes, entre outro material, utilizados nos ensaios realizados em cerca de quatro hectares de terreno, divididos pelas herdades da Lagoa da Mó e do Torrejão, ambas no con-celho de Castro Verde.

“Fazemos sementeiras e testa-mos novos produtos que achamos terem interesse para a região. Porque estamos a fazer um trabalho para o agricultor”, explica António Francis-co Colaço, revelando que a escolha das variedades e das espécies a tes-tar é da responsabilidade da equipa coordenadora do projecto. “Mas as empresas também podem sugerir

Na campanha de 2013-2014 os campos de experimentação dinamizados pela AACB e pelo IPBeja realizaram quatro ensaios, apresentados a 8 de Maio, durante o “Dia de Cam-po”. No Monte do Torrejão tiveram lugar as experiências em pastagens, com a avaliação produtiva e qualitativa de duas misturas fratenses sujeitas a duas estratégias de fertili-zação. Já na Herdade da Lagoa da Mó realizaram-se os ensaios de forragens (avaliação produtiva e qualitativa de três misturas forrageiras) e de cereais (que utilizaram varie-dades de trigo mole, triticale, cevada hexástica e aveia mediante diferentes estratégias de adubação), assim como o ensaio de um sistema de produção agrícola de sequeiro em

sementeira directa. “Foi um ensaio mais global – com quatro parcelas de triticale, aveia, uma mistura forrageira e tremoço – e bastante interessante, que vamos tentar prolongar

nos próximos anos”, explica António Francisco Colaço.

Quatro ensaios em 2014

alguns produtos novos para experi-mentarmos”, afiança.

TRABALho essenCIALCom apenas dois anos de existên-cia, os campos de experimentação já permitiram alguns resultados in-teressantes mas ainda são poucas as conclusões. “A agricultura é uma actividade a médio e longo-prazo”, justifica António Francisco Colaço.

Ainda assim, este agricultor não tem dúvidas que o projecto será fun-damental para o sucesso da agro-pecuária no Campo Branco. “Estes campos servem, sobretudo, para rentabilizar aquilo que o agricultor já faz”, sublinha, lembrando que a experimentação “é essencial para mostrar ao agricultor que também há aspectos de eficácia e eficiência a melhorar”.

AnTónIo F. CoLAçoAgricultor

Estes campos ser-vem, sobretudo, para rentabilizar

aquilo que o agri-cultor já faz!”

”dros comunitários de apoio, e enquadrámo-los no sistema agro-pecuário. Porque hoje se produz cereais para aprovei-tar a semente para os animais, para fazer palha e restolho para os animais comerem e também para cortes de feno. E depois surgiu-nos a ideia de fa-zer alguma coisa mais ligada à pecuária, daí os ensaios a pasta-gens e forragens”, conta ao “CA” António Francis-co Colaço, que integra a equipa coordenadora do projecto, jun-tamente com

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os campos de ex- nos próximos anos”, explica António Francisco Colaço.

aquilo que o agricultor já faz!”

Campos de experimentação permitem ensaios de cere-ais, forragens e pastagens. DR | IPBEJA

2014.05.23 7BAIXO ALENTEJOREGIÃO

> EstABElEcImEntOs cOm mEnOs dE 21 AlunOs Em RIscO

Baixo Alentejo perde 16 escolas primárias

A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) é contra o previsto fecho de 16 escolas básicas no próximo ano lectivo na região, considerando que este cenário irá contribuir para “um maior esvazia-mento populacional e consequente empobrecimento” do território.

Em causa está a proposta do Go-verno sobre o reordenamento da rede escolar do Ensino Básico, a qual prevê e fecho definitivo de escolas do primeiro ciclo com menos de 21 alunos no próximo ano lectivo. Uma medida que, a confirmar-se, irá im-plicar o fecho das escolas primárias de Messejana e Rio de Moinhos (no concelho de Aljustrel), Santa Clara-a-Nova e Telhada (Almodôvar), Ca-sével e Entradas (Castro Verde), Vila Alva e Vila Ruiva (Cuba), Odivelas, Peroguarda e Santa Margarida do Sado (Ferreira do Alentejo), Garvão

> EDUCAÇÃO. Concelho de Ferreira do Alentejo é o mais afectado, com o pos-sível encerramento de três escolas básicas.

As escolas secundárias de Cas-tro Verde [na foto], Odemira e Ser-pa, assim como as escolas básicas integradas de Vila Nova de São Bento, Mário Beirão e Santiago Maior (ambas em Beja) podem ainda ter material em amianto, denuncia o Sindicato dos Pro-fessores da Zona Sul. O amianto encontra-se, sobretudo, nas telhas de fibrocimento e a sua inalação pode provocar cancro do pulmão e outras doenças respiratórias.

Seis escolas podem ter amianto

> dIstRItO dE BEjA

O edifício da Escola Básica e do jardim-de-infância da aldeia do Rosário foi alvo de uma in-tervenção de requalificação, ava-liada em pouco mais de 145 mil euros e promovida pela Câmara de Almodôvar. Fonte municipal revela que a obra “procurou me-lhorar as condições de conforto e segurança do edifício”, tendo sido construídas novas instalações sanitárias no espaço do recreio coberto, uma nova sala de aulas e uma nova sala de refeições. Fo-ram também criadas rampas de acesso à escola para pessoas com mobilidade reduzida, enquanto a fachada foi alvo de trabalhos de conservação e as caixilharias das janelas substituídas.

Obras na escola doRosário

> AlmOdôvAR

Almodôvar reviveu DescobrimentosMilhares de pessoas passaram no último fim-de-semana por Almodôvar, atraídas pela animação e pelo “burburinho” da 10ª edição do Mercado Medieval, este ano dedicado ao imaginário dos Descobrimentos. “As ruas de Almodôvar não foram suficientemente grandes para acolher tanta gente”, sublinha com satis-fação o autarca António Bota em jeito de balanço.

Os eleitos do Partido Socialis-ta no concelho de Castro Verde são contra a possibilidade das escolas básicas do primeiro ciclo de Casével e Entradas fecharem portas no início do próximo ano lectivo. Em declarações ao “CA”, o vereador António José Brito considera que o encerramento de escolas se trata de uma atitude “profundamente desrespeitosa e desconhecedora da realidade do interior do país” por parte do Governo, garantindo tratar-se de “uma ‘machadada’” contra estas regiões que os eleitos do PS, no caso de Castro Verde, irão tentar contrariar a todo o custo. Tam-bém a Assembleia Municipal de Castro Verde aprovou, no final do passado mês de Abril, uma mo-ção, apresentada pela bancada da CDU, contra o encerramento destas duas escolas.

PS conteSta em caStro

e Santana da Serra (Ourique), A-do-Pinto e Vales Mortos (Serpa), e Sel-mes (Vidigueira).

Uma possibilidade que o con-selho intermunicipal da Cimbal não aceita, considerando que esta “contribuirá decisivamente para um maior esvaziamento populacional e consequente empobrecimento” da região.

O Baixo Alentejo é uma região “fortemente afectada pelo despovo-amento”, uma “consequência de au-sência de políticas que favoreçam a fixação de pessoas”, frisa a Cimbal na tomada de posição sobre o assunto assumida recentemente, alertando que “as medidas que têm sido segui-das, neste caso, de reorganização es-colar, ainda conduziram a um maior abandono dos territórios de baixa densidade, aumentando as assime-trias regionais”.

Por outro lado, refere a Cimbal, “o enorme esforço efetuado pelos mu-nicípios no parque escolar e noutros meios que garantam a qualidade e o sucesso do ensino não pode ser preterido, em prol de medidas que põem em causa a fixação de pessoas e a criação de emprego”.

EB1 de Messejana é uma das escolas que pode não abrir portas no próxima ano lectivo. DR

CORRIDAS DE CÃES GALGOS

8 2014.05.23

REPORTAGEM

> história

Conhecidos pela sua velocidade e pelo seu porte característico, os galgos são uma raça com séculos de história

e foram sempre muito utiliza-dos para caçar. Com pelo fino e sedoso, têm um temperamento dócil

VELOZES, DÓCEIS E COM MUITOS SÉCULOS DE EXISTÊNCIA

Velocidade e paixão

O futebol é uma das paixões de Paulo Renato. A outra são os cães galgos. É por isso que mesmo sendo domingo de jogo, o futebolista ama-dor do FC São Marcos não hesitou em arrumar os cães na carrinha e ir dos Namorados, onde vive, até Cas-tro Verde, para participar ao longo da manhã nas corridas realizadas no passado dia 11 de Maio.

“A coisa que mais me satisfaz é ver um galgo correr numa pista…

Adoro isto, é fantástico!”, confessa, sem desviar os olhos da pista onde o Pinguim luta pela vitória com mais três “adversários”. O galgo de pelo branco não consegue chegar ao fim em primeiro, mas recebe na mesma o carinho do dono e o abraço do pe-queno Leandro. “Boa Pinguim, boa”.

As corridas de cães galgos con-tinuam a ser uma paixão entre os baixo-alentejanos e semana após semana são muitos os que imitam Paulo Renato, deslocando-se a vá-rios pontos da região (e até do Al-garve) para colocar os seus galgos a competir com outros. São dias intensos, de muito velocidade e ímpeto. Há ansiedade nas partidas, frenesim nas chegadas. Também alguma polémica, mas sobretudo uma enorme dedicação de quem tem por esta raça uma predilecção

> TRADIÇÃO. Atléticos e impetuosos, os galgos conse-guem percorrer 200 metros em menos de 12 segundos. As suas corridas continuam a ser muito disputadas e a alimentar grandes paixões.

> CORRIDAS DE CÃES GALGOS COnTInuAM A REALIzAR-SE nO DISTRITO DE BEjA

Galgos em pista, atrás da pele de uma lebre. Os cães conseguem percorrer os 200 metros em menos de 12 segundos e alcabçar uma velocidade média de 75 Km/h. Dr

única.“O que é que isto tem de especial?

A velocidade, a adrenalina, os trei-nos… É tudo!”, diz ao “CA” o castren-se Pedro Vicente, que anda nestas lides há quase 20 anos e que desde o final do ano passado é o principal responsável pela Associação Gal-gueira do Sul, que organiza as provas que decorrem no sul do país.

ATLETAS DE qUATRO pATASAs corridas de cães galgos surgiram há cerca de 50 anos em Portugal e rapidamente ganharam adeptos em todo o país. De início havia sobretu-do provas de resistência, mas hoje são as competições que velocidade que juntam mais criadores. Normal-mente, as corridas decorrem entre os meses de Março e Setembro, sen-do disputadas por cachorros (cães

até 20 meses) e adultos (mais de 21 meses).

Os domingos de corrida são sem-pre vividos com grande intensidade durante as consecutivas elimina-tórias. Há provas de manhã até à tarde, sempre com quatro cães em pista, atrás de uma pele de lebre pu-xada mecanicamente (e em alguns sítios do país utilizam-se mesmo lebres verdadeiras, criadas em cati-veiro para o efeito). Os 200 metros são percorridos a alta velocidade em menos de 12 segundos. Há cães que chegam aos 75 Km/h. No final, ganha o mais rápido… mas até lá é preciso trabalhar muito. Tal qual um verdeiro atleta de alta competição!

“Têm de comer uma ração es-pecial de alta energia, não podem ingerir muita gordura, têm de ter um determinado peso para render e

NACIONAL DE 2015 pODERá SER EM CASTRO A pista de Castro Verde pode receber a final do campeonato na-cional de corridas de cães galgos em 2015. “A final é um ano no Nor-te, outro no Centro e outro no Sul. Este ano é no Bombarral, mas em 2015 poderá ser em Castro Verde. A Associação Galgueira do Sul é que decide onde será a prova e se for eu a continuar à frente será em Castro Verde”, afiança Pedro Vicente. Até lá, a pista de Castro Verde, situada nas imediações do Estádio Munici-pal 25 de Abril, deverá receber este anos mais duas ou três corridas.

Velocidade e paixão

2014.05.23 REPORTAGEMCORRIDAS DE CÃES GALGOS

9

> PAIxÃO LEvADA MuITO A SéRIO

Criadores de galgos “correm” por gosto

São dezenas os criadores de cães galgos espalhados pelo Baixo Alentejo. Uns fazem-no apenas por gosto, mas há outros que transportam essa paixão para dentro das pistas. É o caso de Miguel Parreira, uma das caras novas nas corridas de galgos na região depois de muitos anos apenas a criar.

“Já tinha galgos, mas nunca tinha participado em corridas. Era só mesmo por gostar de galgos… Mas este ano inscrevi-me na associação e comecei a participar”, revela ao “CA” en-quanto segura a trela do inquieto “Levezinho”. “Olhe que ele é uma estrela, já fez umas publicidades para a televisão e tudo”, conta com boa disposição.

A alguns metros de distân-

treinar todos os dias. Seja andando uma hora a pé, vir até à pista correr ou fazer natação na barragem”, ex-plica Pedro Vicente.

A paixão pelos cães galgos é ca-paz de “mover montanhas”, mas não deixa de ter os seus custos. A aquisi-ção de um exemplar nacional pode custar, em média, 500 euros, mas se o cão vier da Irlanda (país que é a principal referência na modalidade) o seu preço pode disparar para os quatro, cinco ou seis mil euros! E de-pois há a “manutenção” diária, que vai da alimentação aos cuidados de saúde e pode variar entre os 30 e os 50 euros/ mês por cada animal.

“Não é barato, mas para manter-mos uma actividade que gostamos temos de ter gastos, não é?”, argu-menta Miguel Parreira, criador do Torrão (Alcácer do Sal).

Pedro Vicente e o pequeno Telmo – pai e filho já partilham o gosto pelos cães galgos e pelas corridas. DR

> CÃES. Depois do traba-lho, passam horas a tratar dos seus cães. E aos fins-de-semana, muitas vezes a família passa para segundo plano!

200Dados recentes apontam para a existência em Portugal de mais de duas centenas de cães galgos a participar em corridas de norte a sul do país: 90 cachorros (até 20 meses), 110 adultos (mais de 21 meses) e perto de duas dezenas de cães importados, sobretudo da República da Irlanda.

cia, numa barreira abrigada do ven-to, Paulo Renato vai-se ocupando do Pinguim e da Índia, refrescando-os do calor matinal. “Esta paixão surgiu nos meus tempos de infância, quan-do ia à caça com os mais velhos e ca-çavam à lebre com os cães. Depois

de comecei a adquirir cães, a entrar nas corridas e por aqui ando”, diz de sorriso rasgado, sem esconder o que mais o atrai na raça. “São uns cães extremamente dóceis e depois adoro as suas características: a velo-cidade, o corpo atlético… Tudo isso me fascina”, diz.

Também Pedro Vicente se “apaixonou” pelos galgos ainda jovem. “O meu irmão e um primo andavam nisto, comecei a andar

com eles e tomei-lhe o gosto”, lembra este criador, que

desde 1997 participa em provas. Uma paixão que exige,

contudo, alguns sa-crifícios. Monetários e,

sobretudo, pessoais. “É cansativo, mas quem corre

por gosto não cansa”, garante Pe-dro Vicente. “Aos dias de semana temos de andar com os cães de-pois de oito horas de trabalho, aos fins-de-semana são as provas… Mas é uma paixão, que hei-de fa-zer?”, conclui.

Paulo Renato ladeado pelo “Pinguim” e pela “Índia” - os galgos são uma paixão deste castrense! Dr

PEdro ViCEntECriador – Castro Verde

O que é que isto [cor-ridas de galgos] tem de especial? A velo-cidade, a adrenalina, os treinos… É tudo!

Paulo rEnatoCriador – Castro Verde

A coisa que mais me satisfaz é ver um galgo correr numa pista. Adoro isto, é fantástico!

miguEl ParrEiraCriador – Torrão

Não é barato, mas para mantermos uma actividade que gostamos temos de ter gastos, não é?

75Quilómetros horários é a velocidade que alguns cães galgos atingem durante as provas. Por norma, as competições são realizadas em pistas de terra batida ou relva, quase sempre com cerca de 200 metros, com quatro cães a correr atrás de uma pele de lebre puxada mecanicamente.

ANTÓNIO JOSÉ BRITOdirector do “Topo Sul”

A redacção era um lugar de tertú-lia onde se juntava muita gente e se falava com grande liberdade.

FUTEBOL E MODALIDADESFUTEBOL E MODALIDADES

DESPORTO

10 2014.05.23

> futebol

O Mineiro Aljustrelense (campeão distrital) e o Piense (vencedor da Taça do Distrito de Beja) discutem este sábado, 24 de Maio, a Supertaça

do Distrito de Beja. A partida está agendada para as 17h00 no Estádio Municipal 25 de Abril, na vila de Castro Verde.

MINEIRO ALJUSTRELENSE E PIENSE DISCUTEM SUPERTAÇA EM CASTRO VERDE

> JORNAL. No dia 1 de Junho completam-se 20 anos que saiu a edição de estreia do “Topo Sul” – o único jornal desportivo pu-blicado em Castro Verde.

“Topo Sul”... primeironúmero saiu há 20 anos!

O auge das rádios locais foi o im-pulso que fez nascer em Castro Ver-de o semanário desportivo “Topo Sul”: o jornal saiu para a rua no dia 1 de Junho de 1994 – completam-se agora 20 anos!

O seu surgimento esteve muito ligado ao período dourado de cresci-mento da Somincor, a empresa das minas de Neves-Corvo, e à tradução que esse processo teve no plano so-cial e económico nos concelhos do chamado Campo Branco. Especial-mente em Castro Verde!

Com direcção de António José Brito, o “Topo Sul” tinha uma equipa cujo núcleo fundador juntava Fer-nando Cotovio, Francisco Caipirra e Joaquim Rosa. Os quatro, “entre so-nhos e algumas ilusões”, meteram ombros ao desafio de lançar um jornal e arriscar num negócio.

“Não sabíamos muito bem o que podia dar, mas quando se é muito jovem nunca nos falta co-ragem e ousadia”, assume Antó-nio José Brito, que lembra os “dias mágicos e irrepetíveis naquelas noites de fecho de edição” – “A redacção também era um lugar de tertúlia onde se juntava mui-ta gente e se falava muito com grande liberdade”, recorda.

Na primeira capa, o Des-portivo de Beja e a Volta ao Alentejo em bicicleta estive-ram em destaque. E o risco do treinador do Castrense (Toy Marques) “trocar” o clube pelo Imortal de Albufeira também! No fundo, a “alma” do jornal estava muito em Castro Verde e aqueles dias de chegada do FC Castrense ao campeonato nacional da 3ª divisão estiveram muito

> JORNAL DEPORTIVO SEMANÁRIO LANÇADO EM CASTRO VERDE EM 1994

na base da sua fundação.“Foram momentos extraordiná-

rios e só possíveis para quem tem pouco mais de 20 anos. Nós querí-amos escrever, fazer jornalismo e mostrar que éramos capazes. E acho que rompemos com muita coisa e inovámos bastante”, lembra Antó-nio José Brito, então a dar os passos iniciais na profissão e que dirigiu o jornal do início ao fim.

Muito assente na equipa de reportagem desportiva da Rádio Castrense, o “Topo Sul” juntou co-laboradores como o saudoso José

A equipa de ciclismo masters da Peçamodôvar/ casa do Benfica de Almodôvar garantiu no passado sábado, dia 17 de Maio, bons re-sultados em provas realizadas na Marinha Grande e na Galiza (Es-panha).Na zona da Marinha Grande os ciclistas almodovarenses partici-param no Grande Prémio do Resi-neiro, garantindo o primeiro lugar na classificação colectiva e vendo João Portela subir ao primeiro lugar do pódio. Por escalões, a equipa da Casa do Benfica de Al-modôvar ganhou em Elites (João Letras), Masters 30 (João Portela) e Masters 40 (Rui Rodrigues).

Uns quilómetros acima no mapa, realizou-se na região espa-nhola da Galiza a tradicional Copa de Gangas e Moãna, com uma prova de 80 quilómetros e outra de 100 (ambas no mesmo dia), tendo o almodovarense Humberto Silva garantido o segundo lugar na clas-sificação geral [na foto]. O atleta da Peçamodôvar/ Casa do Benfica de Almodôvar foi igualmente segun-do classificado na classificação das Metas Volantes e terceiro na Montanha.

Almodôvar regressaàs vitórias

> CICLISMO

> TEMPO EXTRAFuTSAlFERREIRENSE E OURIqUE DISPUTAM FINAL DA TAÇA

O Pavilhão Municipal de Mér-tola recebe este sábado, 24 de Maio, às 15h30, a final da Taça do Distrito de Beja em futsal, que vai colocar frente-a-frente as equipas do Ferreirense e do Ourique. Nas meias-finais, a equipa de Ferreira do Alentejo eliminou o Alcoforado, enquanto os ouriquenses afastaram o Núcleo Sportinguista de Moura.

António Castilho e nomes que con-tinuam hoje no jornalismo despor-tivo, como Hélder Conduto, Teixeira Correia, Francisco Manta, Rui Rosa e Filipe Nogueira, entre muitos outros.

“Foi gente muito generosa que trabalhou em troca de nada, a não ser pelo imenso prazer de fazer um jornal e mostrar que era possível fa-zer diferente na nossa região”, recor-da António José Brito.

O “Topo Sul” durou entre Junho de 1994 e Novembro de 1999: quatro anos e meio em que foram soma-das muitas horas e muitas reporta-gens. Mas não só! “Houve alegrias,

experiências irrepetíveis e também mágoas”, destaca António José Bri-to, lembrando ainda a “saudável concorrência” com “O ÁS” – o outro semanário desportivo, mais antigo, que era editado em Beja e dirigido por Delmiro Palma.

O veterano jornalista bejense re-corda que, com a concorrência do “Topo Sul”, o seu jornal viu a vida “um pouco complicada”, também porque o novo jornal começou a vender a publicidade “por valores muito baixos, para ocupar o espaço”.

As fracas receitas foram, aliás, um ponto decisivo que impediu a maior longevidade do “Topo Sul”.

António José Brito assume que, no plano da administração, “o jornal incorreu em erros sucessivos e ingénuos, teve mau planeamento, des-conhecimento do sector e ilusões sobre a realidade do

mercado publicitário”. “Mas o pior, nessa altura como agora, era o fraco mercado publici-tário”, assinala, lembrando logo a seguir que o jornal aca-bou, “com dívidas, desgostos e dores na carteira de alguns” – “Mas de cara levantada”, lem-

bra António José Brito.

DESPORTOFUTEBOL E MODALIDADES

2014.05.23 11

A equipa da Sociedade Artís-tica Almodovarense sagrou-se campeã distrital de futsal de 2013-2014, sucedendo no histo-rial da prova ao Desp. Baronia. A festa do título foi feita pelos al-modovarenses a 9 de Maio, após a 25ª e penúltima jornada do campeonato, depois da forma-ção orientada por Hélder Brás ter recebido e vencido o Vasco da Gama por 4-1. Na próxima temporada, o Almodovarense vai regressar ao campeonato na-cional da 3ª divisão de futsal.

Título para o Almodovarense

> FUTSAL

O Piense Sporting Clube ven-ceu pelo segundo ano consecuti-vo a Taça do Distrito de Beja, ao bater no passado sábado, 17 de Maio, na final, a equipa do Ode-mirense por uma bola a zero. Um golo de Rui Moita à passagem do minuto 36 foi o suficiente para a equipa da Margem Esquerda fa-zer a festa e carimbar a presença na edição de 2014-2015 da Taça de Portugal. Esta foi a terceira vez que o emblema de Pias conquis-tou a segunda competição mais importante do futebol distrital.

Piense ganha taça distrital

> FUTEBOL

As conquistas da equipa de futsal da Sociedade Artística Almodova-rense e do “histórico” ciclista Manuel Caeta-nita mereceram os aplausos da Câmara de Almodôvar. Em declarações ao “CA”, o presidente António Bota saudou as duas

CM Almodôvar saúda campeões

> CâMARA MUnICIPAL

conquistas e reafirmou “o compromisso” da au-tarquia em “continuar

fortemente empenhado na promoção da prá-

tica desportiva e no reforço de todas as dinâmicas que pro-

movam o comércio local, a cultura e o con-

celho”.

O almodovarense Manuel Ca-etanita, de 61 anos, sagrou-se no passado dia 11 de Maio campeão nacional de masters durante os campeonatos n a c i o n a i s que se rea-lizaram no concelho de Almodôvar.

A correr como indivi-dual, o “histó-rico” ciclista almodovarense venceu a prova para maiores de 60 anos, cortando a meta com o tempo de 2h12m30, à fren-te de Carlos Cabrita (BTT Loulé/ BPI) e de Vitorino Pe-reira (individual).

Manuel Caetanita aca-bou por dar a única alegria aos almodovarenses que

Manuel Caetanitacampeão nacional

> CICLISMO

gostam de ciclismo, uma vez que apesar de correr em “casa” a equipa da Peçamodôvar/ Casa do Benfica de Almodôvar não conseguiu o ob-jectivo de garantir, pelo menos, um título nacional.

Em Masters 30 a vitória sorriu a João Coelho (da

equipa G-Ride/ Chão de Donas), com Hélder Perei-

ra (Peçamodôvar/ Casa do Benfica de

Almodôvar) a ser segundo, enquanto

em Masters 40 ganhou Luís Machado (Viveiros

Vítor Lourenço/ Sintra CC), sendo que ao terceiro lugar do pódio subiu Rui Ro-drigues (Peçamodôvar/ Casa do Benfica em Almodôvar). Finalmente, na prova de Masters 50 triunfou José Afonso (EC Bruno Neves).

> CLASSIFICAçõES DA éPOCA 2013-2014

Tiago Cordeiro eleito melhor árbitro do ano

Tiago Cordeiro foi eleito o me-lhor árbitro distrital na época de 2013-2014, estando indicado para prestar as provas que poderão dar-lhe acesso aos escalões nacio-nais na próxima temporada.

As classificações finais referen-tes à presente temporada foram reveladas pelo Conselho de Ar-bitragem (CA) da Associação de Futebol de Beja (AFB) a 7 de Maio, com Tiago Cordeiro, de 28 anos e natural de A-do-Pinto (Serpa), a garantir o primeiro lugar na cate-goria C3A – Promoção (a principal no plano distrital), com 10,846 pontos.

Atrás de Tiago Cordeiro na clas-sificação ficaram os árbitros César Leitão (10,796 pontos) e António João Guerreiro (10,526 pontos), segundo e terceiro classificados, respectivamente.

Árbitro desde 2005, Tiago Cor-

deiro vai agora prestar as pro-vas de acesso aos nacionais, juntamente com Cristiano Bexiga (que foi quinto clas-sificado) e Ricardo Diogo (sexto classificado).

Nas restantes cate-gorias, Pedro Crujo foi o melhor árbitro em C3B – Ascensão, João Pereira em C3C – Manutenção (estan-do também indicado às provas de acesso aos nacionais enquanto árbitro assistente), Mar-co Guerreiro em C4A – Promoção, Joel Salva-dor em C4B – Ascensão, António Marques em C4C – Manutenção e Gonçalo Ramos em CJ2 - Estagiários.

Entre os observado-res, o melhor da época 2013-2014 para o CA da AFB foi Jorge Fontes (com 90,214 pontos), estando igualmente in-dicado para os exames de acesso às provas nacionais.

Joel Guerreiro venCe no fuTsAlNo futsal, o melhor árbitro de 2013-2014 no distrito de Beja

foi Joel Guerreiro, que so-mou um total de 11,320

pontos na categoria C3A – Promoção.

Ainda assim, é o árbitro Eduardo Leão (segundo clas-sificado) o indicado pelo CA da AFB para

realizar os exames de acesso aos campeona-

tos nacionais.Entre os árbitros de

futsal estagiários de primeiro ano, o melhor desta época foi Valter Lourenço, com um to-tal de 10,646 pontos,

enquanto o melhor observador foi Jaime Vieira.

> fuTebol. Juiz natural de A-do-Pinto foi o melhor do ano no futebol de 11, enquanto Joel Guerreiro foi o árbitro de futsal do ano.

Tiago Cordeiro sucede a Ruben Rochinha como

árbitro de futebol do ano no distrito de Beja. Dr | AF BejA

Joana Prior | Notária

Cartório notarial de serpa

“Correio Alentejo” nº 349 : Única publicação :: 23.MAI.2014

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que, no dia 21 de Maio de 2014, iniciada a folhas 89 do livro de notas número 40 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual VÍTOR MANUEL QUA-RESMA MOISÃO, NIF 194.383.717, natural da freguesia de Santiago Maior, concelho de Beja, casado com Maria do Carmo Figueira Palma, NIF 205.198.996, no regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua da Atafona, número 55, freguesia de Vila Nova de São Bento, con-celho de Serpa, alega que é dono e legítimo possuidor, por sucessão na posse e com exclusão de outrem, do prédio rústico de cultura arvense de sequeiro e oliveiras, denominado “Califórnias Velhas”, sito na União das freguesias de Vila Nova de São Bento e Vale de Vargo, concelho de Ser-pa, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número quatro mil cento e noventa, da freguesia de Vila Nova de São Bento, inscrito na matriz sob o artigo 98, da secção J, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de € 635,30, a que atribui igual valor. Que apesar do citado imóvel se encontrar registado na mencionada Conservatória a favor dos titulares inscritos Maria da Consolação Lopes Carrasco, casada com Sebastião Godinho Machado, na comunhão ge-ral, Vale de Vargo, Serpa, pela apresentação três, de cinco de Março de mil novecentos e oitenta e cinco, desconhecendo-se actualmente o seu paradeiro, tendo os mesmos e respectivos herdeiros incertos sido previa-mente notificados editalmente, nos termos do artigo noventa e nove, do Código do Notariado, através da notificação já arquivada neste Cartório no maço referente às notificações avulsas do ano corrente, o mesmo é pertença do justificante. Que o referido imóvel fazia parte do património de João de Mira Lopes Carrasco, falecido no dia sete de Março de dois mil e sete, no estado de solteiro, maior, sem descendentes, nem ascendentes vivos, tendo-lhe sucedido como único herdeiro do referido imóvel, o primeiro outorgante, como consta da escritura de habilitação lavrada no extinto Cartório de Serpa, no dia dezasseis de Março de dois mil e sete, iniciada a folhas setenta e quatro, do livro de notas número cento e quarenta e nove – D,

cujo acervo documental se encontra a meu cargo, e veio à posse daquele João de Mira Lopes Carrasco por o haver adquirido por compra verbal, em dia e mês que se ignora do ano de mil novecentos e noventa, a Es-tevão Luís Ferreira Paixão e mulher Assunção Martins Vitória, casados na comunhão geral, já falecidos, residentes que foram na dita freguesia de Vila Nova de São Bento, tendo pago o ajustado preço, tendo os aludi-dos Estevão Luís Ferreira Paixão e mulher adquirido também por compra verbal, em dia e mês que se ignora do ano de mil novecentos e oitenta e sete, o mencionado prédio rústico aos referidos titulares inscritos Maria da Consolação Lopes Carrasco e marido Sebastião Godinho Machado, não tendo sido celebradas as respectivas escrituras públicas, motivo pelo qual não é detentor de qualquer documento formal que legitime o seu domínio sobre o mesmo. Porém, desde aquela data de mil novecentos e noventa e sem interrup-ção, o mencionado João de Mira Lopes Carrasco entrou na posse do imóvel, cultivando-o e usufruindo todas as suas utilidades e suportando os respectivos encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que durou até à morte daquele João de Mira Lopes Carrasco, pos-se essa continuada pelo ora justificante, com as mesmas características, que por sucessão na posse, que dura há mais de vinte anos, o adquiriu por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhe permita fazer a prova do seu direito de propriedade.Que, desta forma, justifica a aquisição do identificado imóvel por usu-capião.Está conforme o original.Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, vinte e um de Maio de dois mil e catorze.A Notária,(assinatura ilegível)

pub.

12

> música

O cine-teatro Sousa Telles, em Ourique, re-cebe este sábado, 24 de Maio, um espectáculo que juntará em palco o músico Rao Kyao e o

Coro do Carmo de Beja. A iniciativa, agendada para as 21h30, é organizada pela Paróquia de Ourique, com o apoio da autarquia local.

Rao KYao e coRo do caRmo de beja juntos na vila de ouRique

FIMSEMANADE

TEMPO LIVRECULTURAESPECTÁCULOSCINEMA e TVAGENDA E SERVIÇOSPESSOAS

2014.05.23

DE

> FEsTIVaL InTERnacIOnaL DE BD aRRanca DIa 31 DE MaIO

beja “capital” da banda desenhada

Mais de 100 autores de 23 países, como o brasileiro Laerte Coutinho e o francês Étienne Davodeau, vão contar “histórias em imagens” na décima edição do Festival Inter-nacional de Banda Desenhada (BD) de Beja, que arranca no próximo dia 31 de Maio (sá-bado) pela “mão” da Bedeteca de Beja e da autarquia local.

Até 15 de Junho, os “amantes” de BD vão poder apreciar pranchas, desenhos e ilustra-ções de autores consagrados e novos talen-tos da nona arte, através de 21 exposições (17 individuais e quatro colectivas), além de quatro mostras espalhadas por oito espaços culturais da cidade de Beja.

A Casa da Cultura de Beja será novamente o núcleo principal do festival, mas as exposi-ções vão também poder ser apreciadas nas instalações do Museu Jorge Vieira, na Casa do Governador no castelo, no Conservatório Regional do Baixo Alentejo, no Instituto Poli-técnico e em três núcleos do Museu Regional de Beja.

Na edição deste ano, o Festival Interna-coional de BD de Beja vai mostrar trabalhos de mais de 100 autores de 23 países e ofere-cer uma programação paralela muito varia-da. Das exposições individuais, o director do evento, Paulo Monteiro, destaca as de Laerte Coutinho, “um autor de BD muito famoso e importante”, e de Étienne Davodeau, que já ganhou “vários prémios um pouco por todo o mun-do” e “boa parte do seu trabalho como autor de BD já foi adaptada ao cinema”.

Paulo Monteiro destaca também as expo-sições do finlandês Tommi Musturi, que tem uma “vasta obra” e já participou em “inúme-ros fanzines”, do português Miguel Mendon-ça, que actualmente trabalha para os EUA no segmento de BD de super-heróis, e do italia-no Fabio Pochet, um desenhador da Disney.

Além das exposições, o festival bejense inclui ainda o Mercado do Livro, com uma dezena de lojas de BD e mais de 70 editores

> iniciativa. Décima edição do festival organizado pela Bedeteca de Beja vai contar com a participação de mais de uma centena de autores de BD de 23 países.

Geraldes Lino” ao autor de BD português José Smith Vargas são algumas das ofertas da programação paralela.

Entre as presenças no festival para “dois dedos de conversas”, Paulo Monteiro destaca os britânicos David Loyd, desenha-

dor da série de romances gráficos e criador da célebre máscara “V

de Vingança”, e Paul Gravett, jornalista, investigador e, para muitos, o maior especialista mundial de banda desenhada

da actualidade

representados, e a Tasquinha da BD, que disponibilizará almoços e petis-cos típicos do Alentejo, assim como alguns pratos vegetarianos.

Lançamentos e apresentações de livros e revistas, sessões de autógrafos e de desenho ao vivo, workshops, conversas, con-certos, cinema, o anúncio oficial dos vencedores dos Prémios Profissionais de Banda Desenhada 2014 e a entrega do “Prémio

O director do Festival Internacional de BD de Beja faz um balanço “muito positivo” do projecto. “Tem sido um percurso incrível, porque, quando olhamos para estes 10 anos, vemos que uma boa parte dos nomes maiores da BD mundial já passou pelo festival”, refere Paulo Monteiro em declarações à Lusa. Por outro lado, o festival “revelou e deu a conhe-cer muitos novos autores de BD e afirmou-se

a nível nacional e internacional e já é uma re-ferência fundamental para a BD portuguesa”, frisa. “Quem fizer a história da BD do início do século XXI não pode deixar de parte o Festival Internacional de BD de Beja”, acrescenta esta responsável, referindo que o festival “tem vin-do a crescer um pouco todos os anos”, sendo “eclético” e divulgando “um pouco” de todos os formatos, géneros e estilos de BD.

“Percurso incrível”

A aldeia de Santana da Serra vai estar em festa este fim-de-semana, dias 23 a 25 de Maio, com a 23ª edição da feira “Saberes e Sabores da Serra”, uma iniciativa da Junta de Freguesia local com o apoio da Câmara de Ourique e a colaboração do Centro Cultural e Recreativo de Santana da Serra. A feira ar-ranca às sete da tarde desta sexta-feira, 23, e de noite, a partir das 21h30, há muita música com as actuações de José Manuel Pasadi-nhas e do grupo “Gente do Alto Mira”. Para sábado, 24, de manhã está previsto um pas-seio de ciclomotores antigos (9h00), enquan-to que depois de almoço irão actuar o Grupo Instrumental de Montoito (14h30 e 19h00), Grupo Coral “Trabalhadores de Montoito” (16h00) e o Rancho Folclórico “Os Alegres

Bragadenses” (17h30 e 21h00). Pelo meio, às 16h30, realiza-se um encon-tro sobre apicultura, organizado pela Associação de Apicultores da Serra do Caldeirão e Planície Alentejana, ao passo que à noite, a partir das 22h00,

há baile com Vítor Cabrita. A 23ª feira “Saberes e Sabores da Serra” termina do-

mingo, 25, com a actuação do Rancho Fol-clórico “Ladeira do Vau” (14h00), um torneio de sueca (15h00), uma matiné dançante com Paulo Vacas (também às 15h00) e a actuação da cantora Maria Alice (20h30).

saberes e sabores em santana

> OuRIquE

A professora de Biologia Maria Ana Ameixa, natural de Ferreira do Alentejo, lança este sábado, 24 de Maio, Uma aven-tura rumo ao céu, o seu quarto romance. A obra é apresentada a partir das quatro da tarde na unidade de turismo rural do Monte Chalaça, situado perto da localida-de de Abegoaria. A autora revela ao “CA” que a acção do seu novo livro desdobra-se “entre um Alentejo de famílias tradicio-nais e uma Coimbra académica”, através da relação de um professor universitário “apaixonado pela vida” com uma aluna brilhante “que vive a ressaca de uma tra-gédia e que ambiciona, mais do que tudo, reabilitar-se emocionalmente”.

maria ameixa lança novo romance

> FERREIRa DO aLEnTEjO

> música

O cine-teatro Sousa Telles, em Ourique, recebe este sábado, 24 de Maio, um espectáculo que juntará em palco o músico Rao Kyao e o

Rao KY

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Correio Alentejo n.º 349 de 23/05/2014 Única Publicação

Aprovação pela Assembleia Municipal

Dr. António Manuel Ascenção Mestre Bota, Presidente da Câmara Muni-cipal de Almodôvar:Torna público:

Nos termos e para os efeitos do disposto no Artigo 56º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, na sua atual redação, que a Assembleia Municipal de Almodôvar, em sessão ordinária de 29 de abril de 2014, sob proposta opor-tunamente aprovada pela Câmara Municipal na sua reunião ordinária de 02 de abril de 2014, deliberou aprovar, no âmbito da competência constante do Artigo 25.º n.º 1 alínea g) da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, na sua atual redação, o Regulamento Municipal da Loja Social e Ajudas Técnicas, a qual entrará em vigor no dia seguinte após a sua publicação em Diário da República.Para que não se alegue desconhecimento, é publicado o presente aviso e afixados editais de igual teor nos lugares públicos do costume, bem como na página electrónica do Município de Almodôvar – www.cm-almodovar.pt.

Município de Almodôvar, aos 06 de maio de 2014

O Presidente da Câmara Municipal(assinatura ilegível)

– Dr. António Manuel Ascenção Mestre Bota –

MUNICÍPIO DE ALMODÔVAR

EDITAL N.º 93/2014Regulamento Municipal

da Loja Social e Ajudas Técnicas

Correio Alentejo n.º 349 de 23/05/2014 Única Publicação

Faz-se público, nos termos e para efeitos do n.º 1 do artigo 6º do Decreto-Lei n.º 88/90, de 16 de março e do nº. 1 do art.º 1º do Decreto-Lei n.º 181/70, de 28 de abril, que Maepa – Empreendimentos Mineiros e Participações, Lda., reque-reu a atribuição de direitos de prospeção e presquisa de depósitos minerais de cobre, chumbo, zinco, estanho, ouro, prata e outros minerais metálicos, numa área “Barrigão”, localizada nos concelhos de Alcoutim, Loulé, distrito de Faro e Almodôvar, Castro Verde Mértola e Ourique, distrito de Beja, delimitada pela poligonal cujos vértices se indicam seguidamente, em coordenadas no sistema (European Terrestrial Reference System 1989) PT-TM06/ETRS89:Área total do pedido: 604,737 km2

VÉRTICE X (m) Y (m)

1 12477,305 -237599,576

2 19477,262 -237599,450

3 21879,287 -234853,262

4 31170,005 -242834,335

5 33362,210 -253290,660

6 16524,389 -248724,759

7 -6466,388 -233109,536

8 -19658,411 -211709,637

9 -16086,339 -208648,032

10 -545,611 -226672,478

Convidam-se todos os interessados a apresentar reclamações, ou a manifesta-rem preferência, nos termos do n.º 4 do art.º 13º do Decreto-Lei 90/90, de 16 de março, por escrito com o devido fundamento, no prazo de 30 dias a contar da data da publicação do presente.O pedido está patente para consulta, dentro das horas de expediente, na Dire-ção de Serviços de Minas e Pedreiras da Direção-Geral de Energia e Geologia, sita na Av,ª 5 de Outubro, 87-5º Andar, 1069-039 LISBOA, entidade para quem devem ser remetidas as reclamações. O presente aviso e planta de localização estão também disponíveis na página eletrónica desta Direção-Geral.Direção-Geral de Energia e Geologia, em 30 de abril de 2014.

O diretor geral(assinatura ilegível)

Pedro Henriques Gomes Cabral

MINISTÉRIO DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E ENERGIA

DIREÇÃO GERAL DE ENERGIA E GEOLOGIA

AVISO

Joana Prior | Notária

Cartório Notarial de Serpa

“Correio Alentejo” nº 349 : Única publicação :: 23.MAI.2014

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que, no dia 16 de Maio de 2014, iniciada a fo-lhas 84 do livro de notas número 40 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual, MANUEL DAS PAZES TRONCÃO, NIF 124.777.759, vi-úvo, natural da freguesia de Vale de Vargo, concelho de Serpa, onde reside na Rua Dr. Álvaro Cunhal, número 5; CATARINA DE JESUS PATEIRA TRONCÃO COELHO, NIF 122.010.981, casada com Manuel do Rosário Coelho, NIF 149.387.644, no re-gime da comunhão de adquiridos, natural da dita freguesia de Vale de Vargo, onde reside na Rua das Sete Casas, número 17, por si como procuradora de MARIA JOSÉ PATEIRA TRONCÃO CAMILO, NIF 174.861.060, casada com Sebastião da Ascensão Camilo, no regime da comu-nhão de adquiridos, natural da referida fre-guesia de Vale de Vargo, onde residem na indicada casa da Rua Dr. Álvaro Cunhal; MANUEL PATEIRA TRONCÃO, NIF 119.027.224, casado com Jerónima Ma-deira Pereira Troncão, NIF 119.210.754, no regime da comunhão de adquiridos, natural da citada freguesia de Vale de Vargo, onde reside na Rua da Liberdade, número 38; e ARMANDO JOSÉ PATEI-RA TRONCÃO, NIF 130.067.512, solteiro, maior, natural da mencionada freguesia de Vale de Vargo, onde reside na referida casa da Rua Dr. Álvaro Cunhal, alegam que conjuntamente com a representada Maria José Pateira Troncão Camilo são donos e legítimos possuidores, por suces-são na posse e com exclusão de outrem, do prédio urbano de rés-do-chão, com a superfície coberta de trinta e seis metros quadrados, destinado a habitação, sito na “Rua Álvaro Cunhal”, número 5-A (ante-riormente Bairro da Boa Vista), da União das freguesias de Vila Nova de São Bento e Vale de Vargo, concelho de Serpa, des-crito na Conservatória do Registo Predial

de Serpa sob o número mil e quatrocen-tos, da freguesia de Vale de Vargo, pre-sentemente inscrito na matriz sob o artigo 354 (anteriormente artigo 114 da freguesia de Vale de Vargo), tendo sido pedida a sua alteração no Serviço de Finanças de Ser-pa em treze de Maio corrente, a que atri-buem o valor de mil e quinhentos euros. Que apesar do citado imóvel se encontrar registado na mencionada Conservatória a favor dos titulares inscritos, Maria Roberto Franco, Marcelino Roberto Franco e de Ricardina Maria Roberto, à data solteiros, menores, residentes em Vale de Vargo, Serpa, pela apresentação um de vinte e seis de Fevereiro de mil novecentos e sessenta, quanto a três/quarenta avos indivisos, de Leonor Maria Franco, viúva, Bento Rosa Roberto, solteiro, maior, e de Ana Coelheiras Roberto, casada com Manuel Carrascal Lameira, todos residen-tes em Vale de Vargo, pela apresentação um, de três de Março de mil novecentos e sessenta, quanto a dezassete/quarenta avos indivisos, não incidindo sobre a res-tante metade indivisa qualquer inscrição de transmissão, domínio ou posse, desco-nhecendo-se atualmente o paradeiro dos titulares inscritos, tendo os mesmos e res-petivos herdeiros incertos sido previamen-te notificados editalmente, nos termos do artigo noventa e nove, do Código do Nota-riado, através da notificação já arquivada neste Cartório no maço referente às notifi-cações avulsas do ano corrente, o mesmo imóvel é pertença dos justificantes. Que o referido imóvel fazia parte do património de Catarina de Jesus Pateira falecida no dia 11 de Novembro de 2007, casada que foi com o outorgante Manuel das Pazes Troncão, em primeiras núpcias de ambos e no regime da comunhão geral, tendo-lhe sucedido como únicos herdeiros seu referido cônjuge e quatro filhos, Catarina de Jesus, Manuel Pateira, Armando José

e a Maria José, como consta da escritura de habilitação lavrada neste Cartório em 16 de Janeiro de 2014, a folhas cento e onze, do livro de notas número trinta e oito-A, e veio à posse daquela Catarina de Jesus Pateiro e marido por o haverem adquirido aos titulares inscritos, através de compra verbal, efetuada em dia e mês que ignoram do ano de mil novecentos e setenta e oito, tendo pago o ajustado pre-ço, não tendo sido celebrada a respetiva escritura pública, motivo pelo qual não são detentores de qualquer documento formal que legitime o seu domínio sobre o mesmo. Porém, desde aquela data de mil novecentos e setenta e oito e sem in-terrupção, a referida Catarina de Jesus Pateira e marido entraram na posse do referido imóvel, habitando-o e usufruindo de todas as suas utilidades e suportando os respetivos encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposi-ção de quem quer que fosse e com conhe-cimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que durou até à morte daque-la Catarina de Jesus Pateira, posse essa continuada pelos ora justificantes após a morte daquela, com as mesmas caracte-rísticas, que por sucessão na posse, que dura à mais de vinte anos, o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justificam a aquisição do mencionado imóvel por usucapião.Está conforme o original.Cartório Notarial de Serpa, a cargo da No-tária Joana Raquel Prior Neto, dezasseis de Maio de dois mil e catorze. A Notária,(assinatura ilegível)

Joana Prior | Notária

Cartório Notarial de Serpa

“Correio Alentejo” nº 349 : Única publicação :: 23.MAI.2014

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que, no dia 13 de Maio de 2014, iniciada a folhas 74 do livro de notas número 40 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual ANTÓNIO FRANCISCO DOS SANTOS CARACÓIS, NIF 119.159.155, e mulher MARIA MANUELA JESUS LUÍS CARA-CÓIS, NIF 119.159.163, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Baleizão, concelho de Beja e ela da freguesia de São Marcos da Ataboeira, concelho de Castro Verde, residentes na Rua da Palma, número 13, em Beja, alegam que são donos e legítimos possuidores, com exclu-são de outrem, dos seguintes bens imóveis, sitos na União das freguesias de Vila Nova de São Bento e Vale de Vargo, concelho de Serpa:UM - Prédio rústico de cultura arvense de sequeiro, com a área de seis mil duzentos e cinquenta centiares, denominado “Califór-nias Novas”, que confronta: do norte e do nascente com António Francisco dos Santos Caracóis, do sul com herdeiros de Francis-co Rosa Patrício, e pelo poente com Adelaide Maria de Almeida Soares Stuart Torrié, inscrito na matriz sob o artigo 331, da sec-ção J, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de € 167,56, a que atribuem igual valor, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa; e - DOIS - Prédio rústico de cultura arvense de sequeiro, denominado “Califórnias Novas“, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número oi-tocentos e cinquenta e oito, da freguesia de Vila Nova de São Bento, inscrito na matriz sob o artigo 332, da secção J, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de € 149,87, a que atribuem igual valor. Que estes imóveis somam o valor total atri-buído de € 317,43.Que o imóvel identificado em DOIS encontra-se registado na alu-dida Conservatória a favor dos titulares inscritos Francisca Rosa Palminha Valente, casada com Manuel Palma Valente, no regime da comunhão geral, e de Isabel do Carmo Rosa, viúva, ambos com morada na Rua das Molejas, 49, em Moura, cujo paradeiro atual se desconhece, sem determinação de parte ou direito, pela

apresentação quatro, de vinte e três de Outubro de mil novecen-tos e oitenta e nove, tendo os mesmos sido previamente notifica-dos pessoal e editalmente, bem como os respectivos herdeiros incertos, através das notificações avulsas, nos termos do artigo noventa e nove, do Código do Notariado.Que os imóveis são pertença dos justificantes por os haverem adquirido por compras verbais, em dia e mês que ignoram do ano de mil novecentos e oitenta e sete, portanto, há mais de vinte anos, o indicado em UM a António Rodrigues Palma, viúvo, já falecido, residente que foi em Vila Nova de São Bento, Serpa, e o referido em DOIS a Manuel Palminha e mulher Isabel do Carmo Rosa, casados na comunhão geral, já falecidos e residentes que foram na dita freguesia de Vila Nova de São Bento, não tendo sido celebradas as respetivas escrituras públicas, motivo pelo qual não são detentores de qualquer documento formal que legitime o seu domínio sobre os mesmos imóveis.Porém, desde aquele ano de mil novecentos e oitenta e sete e sem interrupção, os justificantes entraram na posse dos identi-ficados prédios rústicos, cultivando-os e usufruindo de todas as suas utilidades e suportando os respetivos encargos, tendo adqui-rido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que os adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, do-cumento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade.Que, desta forma, justificam a aquisição dos mencionados imó-veis por usucapião.Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, catorze de Maio de dois mil e catorze.

A Notária,(assinatura ilegível)

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152014.05.23 OPINIÃO>opinião

“ FRancisco saRsField cabRal> Rádio Renascença 16.05.2014

“O jOrnalismO nãO vai acabar. Há ex-cessO de infOrmaçãO e tem que Haver quem a selecciOne. mas nãO Há dúvida de que O jOrnalismO está a passar um mau bOcadO.”

edUaRdo oliVeiRa silVa> “i” 21.05.2014

“abster-se é, pura e simplesmente, demitir-se de parte da cidadania e entregar a Outrem a decisãO, sendO também uma fOrma de enfra-quecer uma demOcracia já muitO fragilizada.”

tiago FReiRe> “diário económico” 20.05.2014

“a refundaçãO da pOlítica nãO se faz cOm ‘selfies’, ‘tweets’ Ou facebOOks; issO é apenas transpOr para um meiO diferente a mesma fOrma de funciOnar e de ver O mundO.”

> EdItOrIal

A europA nãoé umA mirAgemno domingo, 25 de Maio, os portugueses vão voltar às urnas. Não para

escolher o novo presidente da câmara ou sequer o próximo primei-ro-ministro. Vão sim votar naqueles que durante os cinco anos que se seguem irão representar o país em Bruxelas e Estrasburgo, durante os plenários do Parlamento Europeu – o que para muitos é algo completa-mente desconhecido e bastante longínquo!

Este cenário, somado ao bom tempo que se avizinha para o fim-de-semana e ao descrédito a que os agentes políticos têm sido submetidos durante os últimos anos, deverá redundar numa enorme taxa de absten-ção. E não votar é, porventura, o maior erro que cada um de nós pode fazer quando, em simultâneo, exige à boca cheia ou à mesa dos cafés uma so-ciedade mais justa e equitativa.

Mais que um direito, votar é um de-ver. Seja nas autárquicas, nas presiden-ciais ou nas legislativas. E nas europeias também, porque ao contrário do que muitos julgam a Europa e a União Eu-ropeia (UE) não são uma miragem em forma de arranhas-céus espelhados, corredores cheios de engravatados e carros pretos de alta cilindrada. Pelo contrário!

Afinal, é da Europa (e da UE) que vem uma grande parte dos fundos que apoiam as obras dos novos lares, es-colas, ninhos de empresas e outros equipamentos em Portugal. É da Eu-ropa (e da UE) que chegam as verbas para apoiar a agricultura, as pescas e o desenvolvimento rural. É na Europa (e na UE) que nasce a legislação para os direitos dos consumidores ou o ambiente. E mais importante que tudo isto, é na Europa e na UE que reside a certeza de termos um futuro de paz e solidariedade. E é por tudo isto (e muito mais) que no domingo é tão importante votar.

ao contrário do que muitos julgam a euro-pa e a União europeia não são uma miragem em forma de arra-nhas-céus espelhados e carros pretos de alta cilindrada.

desde há 20 anos que no dia 15 de Maio se cele-bra o Dia Internacional da Família, instituído

pelas Nações Unidas em 1993. Na semana em que isso ocorre a Igreja dedica-a à reflexão e oração pela vida. Este ano deu-lhe o título de “Gerar vida, construir o futuro”. Isto significa que tanto a socie-dade civil como a Igreja reconhecem o valor fun-damental da família, embora nem sempre vista pelo mesmo prisma. Inspirando-me na iniciativa destas organizações mundiais, vou tecer algumas considerações sobre a família, a vida e o futuro da humanidade.

Vivemos muito absorvidos pelo imediato, a re-alização pessoal, o emprego, os prazeres individu-ais, a conjuntura presente de crise e temos pouca sensibilidade e disposição para enfrentar os pro-blemas estruturais da vida e da sociedade, aqueles que terão significado no futuro da humanidade. Daí o consumo desenfreado e a exploração da na-tureza, sem respeito pelas futuras gerações e uma sã ecologia, necessária à qualidade de vida de to-dos os seres.

A humanidade vive obcecada pelo bem-estar individual e entrou numa espiral do medo, da ins-tabilidade, da falta de confiança. Estas atitudes fundamentais alteraram profundamente a nossa maneira de viver, com consequências ainda fora do alcance da compreensão da maioria das pes-soas.

Anos atrás foi o medo do crescimento drástico da população mundial que levou muitos países a adoptarem medidas de planeamento familiar em que foram postos de parte princípios essenciais da dignidade da pessoa humana, como a liberda-de e o respeito pela vida.

Na China foi imposta a lei do filho único por casal, de preferência masculino, castigando quem ousasse contradizer. Passada uma geração, muitos homens chineses tiveram dificuldade em encon-trar uma esposa chinesa. Nos países do norte do hemisfério não se foi tão longe, mas deu-se facili-dade ao aborto e aos contraceptivos.

> OPINIÃO

O ImedIatO e O futurOHoje há dificuldade em repor as gerações, para

equilibrar as sociedades, inclusive os sistemas so-ciais. Nem mesmo a concessão de subsídios por parte de alguns estados e municípios tem conse-guido inverter a situação. Porquê?

O medo do futuro apoderou-se das pessoas e das famílias e impede-as de ser generosas e aber-tas à vida. Uma geração que não se interessa pela geração seguinte está a pôr em causa o seu pró-prio futuro. Como modificar esta tendência em vista de um equilíbrio racional entre o não egoísta à vida e uma procriação sem planeamento? Vai ser difícil sem uma conversão espiritual de cada pes-soa e sem políticas familiares pró-vida.

Jornal regional editado no distrito de BejaDirector: Carlos PintoColaboradores Permanentes: Marco Monteiro Cândido, Catarina Cardoso da Palma, Napoleão Mira, Vítor Besugo e Vítor Encarnação.Paginação: Pedro Moreira. Infografia: I+GColunistas: Alberto Matos, Ana Ademar, António José Brito, António Sebastião, Jorge Pulido Valente, Luís Dargent, Mário Simões, Miguel Madeira, Paulo Arsénio, Teresa Chaves.Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: [email protected]

Impressão: Empresa Gráfica Funchalense. Distribuição: Jota CBS // VASPISSN 1647-1334

Redacção, administração e publicidadeRua Campo de Ourique, 6-A – 7780-148 CASTRO VERDETel. 286 328 417e-mail: [email protected]

Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem LdaNIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06. Registo ERC: 124.893. Tiragem semanal: 3.500 exemplares

D. ANtóNIoVItAlINo DANtASbispo de beja

o medo do futuro apoderou-se das pessoas e das famílias e impede-as de ser generosas e abertas à vida. Uma geração que não se interessa pela geração seguinte está a pôr em causa o seu próprio futuro.

www.correioalentejo.com

sexta. 2014.05.23

ÚLTIMAS

A GNR deteve nos últimos dias três jovens por posse de droga e sus-peita de tráfico de estupefacientes nas localidades de Olhas (Ferreira do Alentejo), São Teotónio e Colos (am-bas no concelho de Odemira).

Em Olhas, a GNR de Aljustrel de-teve um jovem de 21 anos, de nacio-nalidade portuguesa, que tinha na sua habitação 149 pés de cannabis. O suspeito foi constituído arguido e

Jovens detidos por posse de droga> EM OLhAs (FErrEIrA dO ALEnTEjO), sãO TEOTónIO E cOLOs

VOTAR

> cOnTrAKAPA

Tendo crescido já em democracia cedo conclui que a parti-cipação cívica, princi-palmente o direito

ao voto, é algo de fundamental e incontornável. Por oposição a uma ditadura, as eleições, enquanto escolha livre e consciente, constituem o padrão de uma sociedade mais justa. Não desperdicei as lições da História e aprendi a ler a vida e por isso desde que comecei a exercer o meu direito de voto nunca faltei a qualquer eleição fosse de que âmbito fosse. Votar tornou-se ao mesmo tempo um credo e uma razão. Levo agora três décadas desta mania, deste feitio teimoso de acreditar que a minha opinião conta. Sempre acusei a absten-ção, sempre a achei um desper-dício, uma afronta e uma ofensa à própria liberdade. Nunca estive percentualmente ausente das decisões. Perdendo ou ganhando, fiquei sempre com uma sensação de dever cumprido. Completei assim três décadas enquanto membro activo desta causa. Mas agora, pela primeira vez, duvido das minhas certezas. Duvido que este palavreado par-tidário e ofensivo tenha alguma coisa a ver com os princípios e os valores das democracias. Duvido que as mentiras, as esponjas que tentam apagar as memórias, os mesmos rostos de sempre, as mãos que lavam as outras e os discursos desligados da realidade contribuam para o fortalecimento do respeito e da confiança. Duvido agora que as promessas, os programas e as alternâncias tenham substância. Duvido agora, tantas eleições e tantas ilusões depois, que valha a pena. Desta vez ainda vou fazer uma cruz. Mas de cada vez que lá vou, confesso que ela fica mais pesada. Deve ser da idade e da desilusão.

Vítor EncarnaçãoEscritor

> E AIndA...Cinema independente para ver em Castro

Castro Verde recebe até 4 de Junho a mostra de alguns filmes do Indie-Lisboa’14 – Festival Internacional de Cinema Independente. Para a próxima quarta-feira, 28 de Maio, às 21h30, está programada a exibição no Fórum Muni-cipal de “Amor, Plástico e Barulho”, da brasileira Renata Pinheiro. A Extensão de Castro Verde do IndieLisboa’14, promovida pela autarquia local em par-ceria com a Associação Cultural Indie Lisboa, encerra a 4 de Junho, com a projecção de um conjunto de curtas-metragens, entre as quais “Heights”, de Calum Walter, e “Pouco Mais de Um Mês”, de André Novais Oliveira.

“alenteJo 4 all” revelado em odemira

A Biblioteca Municipal de Odemira recebe esta terça-feira, 27, a partir das 14h30, a apresentação do projecto “Alentejo/Ribatejo 4 All”, que pretende tornar a região mais acessível e com melhores condições de apoio e informação aos turistas seniores e de mobilidade reduzida. A iniciativa é promovida pela Turismo do Alentejo e Ribatejo, contando com a colaboração da Esdime e da Terras Dentro.

vila de mértoladebate linCe ibériCo

A vila de Mértola recebe esta sexta-feira, 23, umas jornadas técnicas de divulgação para proprietários e entidades gestoras, na área de reintro-dução, expansão e conectividade de populações de lince-ibérico. A iniciativa vai decorrer na sede do Parque Natu-ral do Vale do Guadiana, em Mértola, entre as 9h30 e as 14h00.

ipbeJa Colabora Com esColas do alenteJo

O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) os agrupamentos de escolas e escolas secundárias e profissionais do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral assinaram esta semana um proto-colo de cooperação estratégica. O acordo pretende, segundo fonte do IPBeja, “potenciar a participação e o envolvimento” de outros parceiros de vocação educativa e formativa na constituição “de uma rede educativa e formativa de escala regional”.

pub.

aguarda em liberdade o desenrolar da investigação.

O mesmo sucede com outro jo-vem de 21 anos, mas alemão, detido pela GNR de São Teotónio em Rel-va Grande pelo crime de cultivo de estupefacientes. Durante a busca domiciliária efectuada à sua resi-dência foi encontrada uma estufa improvisada e 56 plantas de canna-bis adultas.

Também no Litoral Alentejano, mas em Colos, a GNR de Odemira deteve um jovem de 18 anos, portu-guês, por posse de 18 sementes de cannabis. O suspeito, que aguardará o desenrolar da investigação em li-berdade, foi detido na sequência de uma acção de fiscalização de trânsi-to na localidade, sendo que na busca à sua residência a Guarda apreendeu mais 14 plantas de cannabis.