Gestão. Administração da unidade toma medidas para tentar...

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Hospital de Beja tem 8,3 milhões de dívidas por cobrar DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 32 // 0,70 [IVA INCLUÍDO] semanário regional // ÀS SEXTAS // 2006.11.10 Gestão. Administração da unidade toma medidas para tentar receber valor elevado ADSE é um dos maiores devedores com valores por pagar na ordem dos 2,7 milhões de euros. Dívidas acumuladas de taxas moderadoras ascendem a cerca de 410 mil euros. S. Martinho Vinho atravessa “momento de ouro” O Paço do Conde nasce nas re- dondezas de Baleizão e tornou- -se em poucos anos um dos mais conceituados vinhos alentejanos. Pela mão do empresário José Cas- telo Branco, a adega começou a laborar em 2002 e engarrafou o primeiro vinho em 2003. Hoje tem uma presença consolidada no mercado e prepara-se para conquistar mercados dos Esta- dos Unidos, Canadá e Brasil. Tal como no resto do Baixo Alentejo, a produção na Encosta do En- xoé atravessa um “momento de ouro”. Nesta edição, o “CA” senta- -se à “Boa Mesa” do Baixo Alente- jo num especial de cinco páginas. P. 11 | BOA MESA pub. pub. 284 602 175 ALJUSTREL pub. O céu voltou a zangar-se Chuvas intensas no último fim-de-semana voltaram a causar destrui- ção em vários concelhos do Sul do distrito de Beja. Odemira sofreu os maiores prejuízos, mas Castro Verde, Mértola e Ourique também fica- ram muito afectados. O Governo não vai dar apoios excepcionais. P. 02 | BAIXO ALENTEJO Empresas Emoções e adrenalina “à venda no Alentejo” Proporcionar momentos de “emoções positivas” aos turistas que passam pelo Baixo Alente- jo, quer através de “descargas de adrenalina” quer mediante instantes “de calma e prazer”, é o grande objectivo da Emotion – – Life On Adventure, empresa de turismo activo que iniciou a sua actividade no passado mês de Setembro e desenvolve a sua actividade no Baixo Alentejo. P. 10 | DINHEIRO & NEGÓCIOS 7 JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

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Hospital de Beja tem 8,3 milhões de dívidas por cobrar

DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 32 // € 0,70 [IVA INCLUÍDO]semanário regional // ÀS SEXTAS // 2006.11.10

Gestão. Administração da unidade toma medidas para tentar receber valor elevado

ADSE é um dos maiores devedores com valores por pagar na ordem dos 2,7 milhões de euros. Dívidas acumuladas de taxas moderadoras ascendem a cerca de 410 mil euros.

S. Martinho

Vinho atravessa“momentode ouro”O Paço do Conde nasce nas re-dondezas de Baleizão e tornou- -se em poucos anos um dos mais conceituados vinhos alentejanos. Pela mão do empresário José Cas-telo Branco, a adega começou a laborar em 2002 e engarrafou o primeiro vinho em 2003. Hoje tem uma presença consolidada no mercado e prepara-se para conquistar mercados dos Esta-dos Unidos, Canadá e Brasil. Tal como no resto do Baixo Alentejo, a produção na Encosta do En-xoé atravessa um “momento de ouro”. Nesta edição, o “CA” senta- -se à “Boa Mesa” do Baixo Alente-jo num especial de cinco páginas.P. 11 | BOA MESA

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O céu voltou a zangar-seChuvas intensas no último fi m-de-semana voltaram a causar destrui-ção em vários concelhos do Sul do distrito de Beja. Odemira sofreu os maiores prejuízos, mas Castro Verde, Mértola e Ourique também fi ca-ram muito afectados. O Governo não vai dar apoios excepcionais.P. 02 | BAIXO ALENTEJO

Empresas

Emoçõese adrenalina“à vendano Alentejo”Proporcionar momentos de “emoções positivas” aos turistas que passam pelo Baixo Alente-jo, quer através de “descargas de adrenalina” quer mediante instantes “de calma e prazer”, é o grande objectivo da Emotion – – Life On Adventure, empresa de turismo activo que iniciou a sua actividade no passado mês de Setembro e desenvolve a sua actividade no Baixo Alentejo.P. 10 | DINHEIRO & NEGÓCIOS

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02 REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2006.11.10

ALQUEVA SOBRE TRÊS METROS As fortes chuvadas causaram uma subida

de três metros do nível da água de Alqueva, atingindo o volume de água armazenado os 71% da capacidade total, segundo o Instituto da Água.

“Os prejuízos [das cheias] são muitos, mas não são muito elevados”.

Manuel MongeGovernador Civil de Beja

INUNDAÇÕES EM BALEIZÃO Em Baleizão, no dia 3, sexta-feira, uma

“tromba de água” elevou o caudal da ribeira que passa junto à aldeia e pro-vocou a inundação de seis habitações na zona baixa da localidade.

ALJUSTREL • ALMODÔVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA

Mau tempo. Chuvas intensas provocaram no último fi m-de-semana muitos estragos

O céu voltou a zangar-seChuvas intensas no último fi m-de-semana voltaram a causar destruição em vários concelhos do

Sul do distrito de Beja. Odemira sofreu os maiores prejuízos, mas Castro Verde, Mértola e Ourique também fi caram muito afectados. O Governo não vai dar apoios excepcionais.

O presidente da Câmara Muni-cipal de Odemira, António Ca-milo, estima que os prejuízos

causados pelo mau tempo no conce-lho atinjam as “centenas de milhar de euros”, afectando sobretudo a zona de Sabóia. “Ainda estamos a fazer o balanço defi nitivo, mas a zona mais atingida no concelho foi entre Sabóia e a Nave Redonda”, explicou o autarca, lamentando os prejuízos materiais, mas congratulando-se por não se te-rem registado vítimas.

António Camilo frisou que, ao fi nal da noite de domingo, mal foi verifi ca-da a subida do caudal da ribeira que passa junto à zona de Sabóia, a autar-quia e os elementos da Protecção Civil “trabalharam por antecipação” e “re-tiraram, atempadamente, as pessoas das suas casas”.

A situação no concelho de Odemi-ra foi uma das mais graves vividas no Baixo Alentejo em resultado das fortes chuvadas que caíram durante a noite e madrugada de domingo, 5, e que provocaram inundações em casas e cortes do trânsito em várias estradas, segundo os bombeiros.

Nove pessoas foram retiradas das suas casas na zona de Sabóia, tendo começado a regressar às moradias durante a manhã, depois de o caudal da ribeira começar a baixar. Carlos Al-berto Guerreiro, vereador na Câmara Municipal de Odemira, referiu que o nível da água naquela povoação do concelho chegou a “estar acima das

portas das casas, quase a dois metros de altura”. “Estamos a efectuar as lim-pezas necessárias, mas o mais impor-tante é mesmo termos conseguido sal-var as vidas dos habitantes”, afi ançou o vereador.

Governo não dá apoios. O minis-tro da Administração Interna anun-ciou entretanto que não está previsto qualquer apoio extraordinário para os municípios mais afectados pelo mau tempo, assegurando que os mecanis-mos normais de apoio estão a ser sufi -cientes para responder às situações.

“Têm vindo a ser realizados inves-timentos que são urgentes, nomea-damente o investimento feito pela Secretaria de Estado dos Transportes para a recuperação das linhas de com-boio que fi caram afectadas”, disse o ministro António Costa. O ministro afi rmou, no entanto, que o Governo está a equacionar a criação de meca-nismos excepcionais de contratação de empreitadas, para facilitar a reali-zação de obras pelos municípios mais afectados.

No fi nal da reunião, os governado-res civis mostraram-se satisfeitos com a resposta dos serviços centrais e das autarquias aos problemas causados pelo mau tempo. O governador civil de Beja, Manuel Monge, afi rmou que os prejuízos “são muitos, mas não são muito elevados”. “Apesar de haver in-fra-estruturas afectadas, as autarquias tem vindo a responder a estas situa-ções”, afi rmou Manuel Monge, enalte-cendo o trabalho dos bombeiros e dos municípios no socorro às pessoas e a articulação entre os serviços centrais e as autarquias.

Castro Verde

As fortes chuvadas registadas no último domingo de manhã, no concelho de Castro Verde, causaram inundações em sete habitações da vila de En-tradas. A subida repentina das águas na ribeira de Terges obrigou algumas pessoas a sair das habitações, “por precaução” mas, após o período crítico, “só uma família é que necessitou de realojamento”. Há prejuízos que até à hora de fecho desta edição não estavam apurados, mas o presidente da Câmara Municipal de Castro Verde, Fernando Caeiros, confi rmou “cerca de 120 mil euros calculados em infra-estruturas municipais, essencialmente estradas, e, no caso de vias públicas, rondará cerca de metade desse mon-tante”. “Há ainda perto de 100 mil euros em danos particulares, como casas e hortas, e por apurar es-tão os prejuízos agrícolas, sobretudo em vedações”, disse. Os prejuízos esten-dem-se, segundo o autar-ca, “um pouco por todas as freguesias do concelho”, nas quais decorreram tra-balhos de limpeza e de re-posição das vias atingidas, muitas das quais tiveram circulação condicionada na segunda e terça-feira.

Entradas sem memória de ver o Terges tão cheio

Mértola

As estradas do concelho de Mér-tola sofreram forte abalo com o temporal do último domingo. A destruição completa da Ponte no Portinho de Alcácer e o de-saparecimento de vários barcos no Guadiana são outros danos causados pelo mau tempo. Na Estrada Nacional que liga a Vila Museu a Beja, na zona de Vale de Açor, o estado em que fi cou um pontão causou problemas de cir-culação. Nas estradas municipais os estragos “são de vária ordem” e, no caso do acesso a Monte Navarro, a circulação chegou a estar interrompida. Os prejuízos estendem-se ainda a vedações, culturas e árvores. Até à hora de fecho desta edição a Câmara Municipal de Mértola ainda não tinha uma avaliação defi nitiva do valor dos estragos.

Estradas estragadase ponte destruída

Ourique

O concelho de Ourique voltou a ser fortemente afectado, po-dendo os prejuízos atingir cerca de 500 mil euros, adiantou ao “CA” o presidente da Câmara Municipal, Pedro do Carmo. A freguesia de Santana da Serra sofreu os maiores danos, tendo a forte enxurrada da ribeira que passa junto à aldeia provocado a destruição de um muro. Uma vivenda esteve em risco de ruir. Pequenas localidades, como Esteiro, Rio Torto e Tacanho, so-freram inundações e, no caso da última, o acesso chegou a estar interrompido. O presidente da Câmara explicou ainda que na barragem do Pomarinho “te-meu-se a impossibilidade de abrir as comportas”. Uma situa-ção que foi ultrapassada com a presença de técnicos do INAG.

Santana sofregraves prejuízos

Ferreira do Alentejo

Três famílias de Santa Margarida do Sado, no concelho de Ferreira do Alentejo, foram retiradas das suas casas devido a uma enchente do rio Sado, causada pela elevada precipitação, que obrigou ao corte do trânsito na ponte local na sex-ta-feira, dia 3. O comandante dos Bombeiros de Ferreira do Alentejo, António Gomes, explicou que as três famílias, num total de cerca de uma dezena de pessoas, foram realojadas em casas de familiares onde aguardaram a descida do rio. “Muitos dos habitantes tinham animais e galinheiros nos terrenos junto ao rio e, com a subida das águas, tudo isso já se encontra sub-merso. Algumas das pessoas ainda tiveram tempo de retirar os seus animais para sítios seguros, mas outros morreram”, adiantou o co-mandante.

Santa Margaridaa “fugir” do Sado

Estado da estrada entre Castro Verde e Santa Bárbara de Padrões mostra bem a força do temporal

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REGIÃO BAIXO ALENTEJO sexta-feira2006.11.1003

Saúde. Administrador da unidade confi rma valor de dívidas a receber

Hospital de Bejasoma 8,3 milhõesde dívidas por cobrar

ADSE é um dos maiores devedores, com valo-res por pagar ao hospital na ordem dos 2,7 mi-lhões de euros.

A cobrança de taxas moderadoras continua a ser uma tarefa difícil. As dívidas acumuladas ascendem a 410 mil euros.

O Centro Hospitalar do Baixo Alen-tejo (CHBA) tem dívidas por cobrar que ascendem a cerca de 8,3 mi-lhões de euros. Uma parte signi-fi cativa deste valor, na ordem dos 2,7 milhões de euros, correspon-de a débitos da ADSE – o sistema de protecção social dos trabalha-dores da administração pública. Mas também há outros sistemas de saúde que somam dívidas ao CHBA na ordem de um milhão e 700 mil euros. As companhias de seguros (cerca de 441 mil euros) e outras entidades acumulam um endividamento na ordem dos 2,4 milhões de euros. Dentro do Servi-ço Nacional de Saúde (SNS), o cré-dito atinge os 945 mil euros. E no caso concreto das taxas modera-doras, a falta de pagamentos junta uma verba de 410 mil euros.

Antes do início de 2006, os an-teriores conselhos de administra-ção “não tinham grandes preocu-pações” com o valor das dívidas. Segundo explica ao “CA” o actual responsável pela ges-tão fi nanceira do hospital, José Manuel Mestre, no fi nal do ano transacto, à semelhança de outros anteriores, o saldo de dívida foi “perdoado” ao CHBA com um lan-çamento na ordem dos sete milhões de euros em “resultados extraordiná-rios”. Uma medida que,

adianta, “permitiu um resultado líquido do exercício muito inferior àquele que na realidade se verifi -cou”.

No caso particular do SNS mu-dam-se os tempos mudam-se as regras. O CHBA integra agora um grupo inicial de 12 hospitais EPE, que se obrigam a novas práticas de gestão. A unidade faz um acerto de contas com os parceiros, nomea-damente com as entidades públi-cas, que deverá começar por um acordo entre as partes. Não sendo isto possível, os movimentos di-vergentes são remetidos para uma comissão arbitral. Deste modo, tri-mestralmente, os valores dos movi-mentos de fornecedores e clientes do SNS são apresentados para ser feito o acerto contabilístico. Neste momento, o CHBA é credor de 945 mil euros dentro das entidades do SNS.

Quatrocentos mil em taxas mo-deradoras. A cobrança de taxas moderadoras continua a ser uma tarefa difícil no Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, particularmen-

te no Hospital de Beja. Neste momento, as

dívidas acumuladas ascendem a 410 mil euros.

“Foram iden-tifi cados vários problemas e de-

senvolvemos es-forços para arranjar

as soluções ideais”, revela José Ma-nuel Mestre, adiantando que o sec-tor de informática teve neste pro-cesso “um papel importantíssimo”.

Essencialmente, o CHBA de-senvolveu interfaces entre as apli-cações informáticas existentes, de modo a que os exames comple-mentares, “onde recai um grande peso de taxas moderadoras”, tives-sem a possibilidade de ser valida-dos na hora da sua execução. Outra medida, explica o mesmo respon-sável, foi “a sensibilização dos ser-viços para esse efeito” – foi empre-endido um esforço para “cobrar a maior fatia das taxas na hora e nos próprios serviços”. Por outro lado, explica, “foi intensifi cado” o envio de avisos de dívida aos utentes que não cumpriam as suas obrigações.

Apesar de tudo, a administração do CHBA reconhece que o valor dessas dívidas continua “preocu-pante”. Em muitos casos trata-se de um ou dois euros e, explica José Manuel Mestre, “não é justifi cável” que um utente com residência fora de Beja venha à cidade para pagar valores dessa ordem.

Face a este quadro, o CHBA contratou uma fi rma especializa-da neste tipo de cobranças para fazer frente ao problema. O tra-balho começará “dentro de uma semana”, devendo os utentes com dívidas receber facturas em sua casa, semelhantes às da água e da luz. As pessoas terão depois a pos-sibilidade de pagar na tesouraria do hospital, no Multibanco ou nos Correios.

Apesar desta medida, José Ma-nuel Mestre confi rma a existência de muitos valores que o serviço de contencioso do hospital “apresen-ta como incobráveis”. Esta situa-ção resulta normalmente de dados apresentados incorrectamente, so-bretudo na Urgência. Por norma são erros nos números de benefi ci-ários, morada, contactos telefóni-cos e até nos próprios nomes.

A Câmara Municipal de Beja (CMB) vai fazer alterações na rua António Sar-dinha, corrigindo a intervenção que foi feita no âmbito do Programa Polis. O executivo camarário aprovou, com voto contra do PSD e abstenção do PS, “uma proposta técnica que contempla o rebaixamento do separador central para uma altura de cinco centímetros”. Segundo a CMB, a solução aprovada “permitirá que os veículos em situação de emergência possam galgar facilmente o respectivo separador central em caso de obstrução da via”. A autarquia explica ainda que a eliminação total do separador “foi uma solução estudada mas inviabilizada pelo facto de a sua manutenção garantir a função de condicionador/dissuasor do excesso de velocidade a que a via convida”. Ainda no âmbito desta intervenção será feito o recuo das caldeiras das árvores existentes permitindo, dessa forma, “aumentar o número de estacionamentos e melhorar a facilidade das manobras”.

Programa Polis

Câmara de Beja vai reduzirseparador da António Sardinha

O supermercado Plus abriu as portas em Beja sem ter o proces-so de licenciamento concluído. O novo espaço, inaugurado na passada semana, 2, tinha previsto uma inspecção da Câmara, Bom-beiros e Protecção Civil exacta-mente para o dia em que abriu as portas. Em declarações à Voz da Planície, o vereador da Câmara de Beja, Miguel Ramalho, con-fi rmou que a presença de “um avultado número de visitantes” impediu a inspecção e a adminis-tração foi informada que “deveria proceder ao encerramento do es-tabelecimento”. Tal não sucedeu e a inspecção acabou por acon-tecer apenas na sexta-feira, 4. O mesmo responsável da autarquia disse que “foram detectadas insu-fi ciências e concedido um perío-do de 15 dias”, para que o super-mercado as possa corrigir.

Comércio

A Associação Sócio-Profi ssional Independente da Guarda (ASPIG) não vai integrar a acção de protes-to marcada para 29 de Novembro pela Associação dos Profi ssionais da Guarda (APG). A decisão da ASPIG resulta da “percepção de que tal iniciativa em nada irá con-tribuir para a defesa dos interesses dos profi ssionais da GNR”. Segun-do a ASPIG, o protesto agendado pretende criar “instabilidade e agitação social, como interessa a certas organizações políticas”. “Esta associação não participa em tais jogos, embora esteja de acor-do que existem fortes motivos para os militares da GNR protes-tarem”, avisa a ASPIG, presidida por José Alho, pedindo ao mes-mo tempo “acções de protesto de forma isenta e independente de infl uências alheias aos interesses dos homens e mulheres da GNR”.

GNR

ASPIG nãofaz protesto

Loja Pluscom defi ciêcias

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

A Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista manifestou esta sema-na solidariedade com as populações afectadas pelas fortes chuvadas que assolaram a região. Em comunicado, os socialistas realçam “o esforço de resposta dado às mais variadas situações pelo Serviço Distrital e Munici-pais de Protecção Civil” e pelas diversas corporações de bombeiros. Reuni-das na passada segunda-feira, em Beja, a direcção regional do PS analisou ainda o Orçamento do Estado de 2007, sublinhando que este “prossegue a política de rigor e de resolução dos problemas fi nanceiros do país”. No distrito de Beja, o PS “assinala muito positivamente” as dotações, para o desenvolvimento do projecto do aeroporto de Beja e do IP8. Por outro lado, sublinha o facto de as transferências para as autarquias do distrito regista-rem “um ligeiro aumento”, que prova, segundo o PS, “que mais uma vez, as informações deturpadas e os discursos negativistas, que continuam a ser lançadas por alguns, não merecem crédito”.

PS do Baixo Alentejoelogia Orçamento de Estado

Política

Despesas a baixarO responsável pelas fi nanças do CHBA re-

velou ao “CA” que está a haver uma im-portante “contenção de despesas” na-

quela unidade. Segundo José Manuel Mestre, no fi nal do terceiro trimestre deste ano, face ao mesmo período de 2005, os custos totais das matérias consumidas “baixaram 2,5%”. No consumo de medicamentos o de-créscimo está na ordem dos 2,2%. Ao mesmo tempo, foi feita uma recuperação no período de dívi-da a fornecedores. Actualmente os pagamentos são efectuados a 150 dias, mas o conselho de administração “tem como ob-jectivo, até 31 de Dezembro de 2006, fi xar esse período em 120 dias”.

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REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2006.11.10 04

A canadiana Eurozinc, proprietá-ria das minas alentejanas de Ne-ves-Corvo e de Aljustrel, e a sueca Lundin Mining concluíram a 31 de Outubro o seu processo de fusão e originaram uma nova empresa com 1.500 funcionários.

Em comunicado, a empresa resultante da fusão, que fi ca com a designação de Lundin Mining Corporation, explica que, além de integrar as bolsas de valores de Toronto (Canadá) e Estocolmo (Suécia), passa também a estar cotada na Bolsa de Valores norte--americana.

O acordo de fusão entre a Eu-rozinc, que detém em Portugal a Somincor (que explora as minas de Neves-Corvo, em Castro Verde) e a Pirites Alentejanas (das minas de Aljustrel, em processo de re-activação), e a Lundin Mining foi anunciado a 21 de Agosto.

O processo foi aprovado em Assembleia de Accionistas a 19 de Outubro e, no dia 24, surgiu tam-bém a aprovação por via judicial, tendo a transição fi cado total-

Lundin Mining é o nome da empresa resultante da fusão en-tre a Eurozinc e os sue-cos da Lundin Mining. Desde 31 de Outubro que as duas minas alen-tejanas têm novo dono.

Economia. Lundin Mining associa-se à Eurozic nas minas alentejanas

Somincor e Piritestêm um novo dono

ricanos e um cash fl ow operacional de 203 milhões de dólares norte-americanos”, sublinha a empresa, na qual a Eurozinc e a Lundin Mi-ning fi caram igualitariamente re-presentadas na administração.

“A nova Lundin Mining Corpo-ration encontra-se bem posiciona-da para criar valor aos accionistas com excelentes operações produti-vas, bem como projectos internos de crescimento, representados pe-los projectos de zinco, em Portugal e na Rússia”, afi rma Colin Benner, vice-chairman da empresa resul-tante da fusão.

O mesmo responsável argu-menta ainda que a empresa pos-sui “oportunidades signifi cativas de exploração” na proximidade das operações já em curso e nou-tros países, onde foram realizados investimentos. “Tais projectos e investimentos, juntamente com o nosso sólido balanço, concorrem fortemente para os planos de cres-cimento da empresa”, assegura Co-lin Benner.

A Somincor passou a ser total-mente controlada pela Eurozinc em Junho de 2004, quando a cana-diana adquiriu, por 70 milhões de euros, os 51% que estavam na pos-se da Empresa de Desenvolvimen-to Mineiro (EDM, holding estatal para o sector).

Quanto ao complexo de Aljus-trel, a Eurozinc realizou os estudos para avaliar a viabilidade económi-ca da retoma da extracção mineira, adquirindo a totalidade do capital das Pirites Alentejanas, em Dezem-bro de 2001, por 128 milhões de euros, para reactivar a laboração.

mente concluída na passada sema-na, relata a empresa.

Com um total de 1.500 funcioná-rios, a Lundin Mining Corporation vai operar “quatro minas lucrati-vas” na Suécia, Portugal e Irlanda, prevendo o início de produção num quinto complexo mineiro, o de Aljustrel (parado desde o início da década de 90), em Setembro do próximo ano.

Para este ano, acrescenta o co-municado, a produção das duas empresas, em conjunto, está calcu-lada em aproximadamente 180.000 toneladas de zinco metal, 90.000 de cobre metal, 45.000 de chumbo me-tal e seis milhões de onças de prata.

“Num futuro próximo, a Lundin Mining espera aumentar sua pro-dução de zinco, chumbo e prata, com o início da produção da mina de Aljustrel, e com potencial para aumento de produção de zinco na mina de Neves-Corvo, o qual está a ser objecto de estudo”, realça o co-municado.

A empresa realça ainda que, adi-cionalmente, o projecto de zinco Ozornoe, na Rússia, “oferecerá um aumento substancial na produção de zinco e chumbo”.

A Lundin Mining garante ainda possuir um “balanço sólido”, sendo que, no fi nal de Junho, apresentava um total de caixa e investimentos de curto prazo na ordem dos 229 milhões de dólares americanos, en-quanto as dívidas de longo prazo atingiam os 43 milhões de dólares norte-americanos.

No primeiro semestre deste ano, é referido, “as vendas totalizaram 462 milhões de dólares norte-ame-

A EDAB – Empresa de Desen-volvimento do Aeroporto de Beja, vendeu as instalações onde tem funcionado a sua sede social. A empresa já está instalada no edifício da Ex-pobeja, no Parque de Feiras e Exposições da cidade, onde se manterá até ter prontas as ins-talações no futuro aeroporto de Beja. Em declarações à Voz da Planície, o presidente do conse-lho de administração da EDAB confi rmou a venda do imóvel e a instalação no edifício da Ex-pobeja.

Beja

Foi inaugurado esta semana, na Cabeça Gorda, o Espaço Inter-net e Biblioteca da Cabeça Gor-da, que funciona no Largo da Igreja entre as 17 e as 21 horas. O espaço é o resultado de uma parceria entre a Junta de Fre-guesia e a Associação de Jovens Carpe Diem. Segundo a Junta de Freguesia, o objectivo do es-paço “é proporcionar à popula-ção da Cabeça Gorda, de forma gratuita, o contacto e utilização da Internet nas suas mais varia-das potencialidades e também um espaço de leitura”.

Cabeça Gorda

Bibliotecae espaço de Net

EDAB ocupanova sede social

O concelho de Ferreira do Alentejo celebra o S. Martinho com várias iniciativas nas diferentes freguesias. Os festejos associados à data ar-rancam hoje, sexta-feira, nas escolas do município, com um progra-ma preenchido por assada de castanhas e dramatização da lenda de S. Martinho. Estas iniciativas decorrem nos Núcleos de Ferreira do Alentejo, Figueira dos Cavaleiros, Odivelas, Santa Margarida do Sado, Alfundão, Peroguarda, Canhestros, Gasparões, Fortes, Aldeia de Ruins e Aldeia do Rouquenho. Também neste sexta-feira, em Peroguarda, a partir das 14h30 há um magusto e tarde cultural, no âmbito do projec-to “Ferreira em Rede para a Inclusão”. Em Gasparões, às 15h00 tam-bém há magusto e matinée dançante com o organista Hugo Silva, na sede da Associação Sócio Cultural dos Gasparões e Aldeia do Rouque-nho. Na sede de concelho, a partir das 16 horas, além das castanhas, há dramatização da lenda de São Martinho pelas crianças do ATL, se-guindo-se canções e poesia pelas crianças do jardim-de-infância de Ferreira do Alentejo. Em Canhestros, apenas no sábado, dia 11, está programado um magusto e tarde cultural, a partir das 15h00.

Festejos do S. Martinhoum pouco por todo o concelho

Ferreira do Alentejo

A cultura e o vinho vão estar de braço dado em Ervidel durante o pró-ximo fi m-de-semana, 11 e 12 de Novembro. Trata-se da V edição da Vin&Cultura, organizada pela Câmara Municipal de Aljustrel, em con-junto com a Junta de Freguesia de Ervidel e produtores locais.

A festa decorre em toda a localidade, nomeadamente nas adegas tra-dicionais, mas também com stands de artesanato, enchidos, doçaria, produtos regionais, entre eles o grão-de-bico, e muitas outras coisas.

No Salão de Festas de Ervidel funciona a “adega colectiva”, onde es-tão reunidos os vinhos dos produtores de Ervidel, petiscos para todos os gostos, acompanhados com música tradicional. Ao lado encontra-se o Lagar de Azeite, onde os visitantes podem observar como se produz artesanalmente este produto tão característico da cozinha alentejana.

Um pouco por toda a aldeia existem pelo menos seis adegas, que durante estes dois dias estão de portas abertas para os visitantes – as adegas dos senhores Saraiva, Amador, Raposo, Chaveiro, Moreira e Var-rasquinho. Em cada uma destas tabernas estão previstas várias activi-dades, tais como grupos corais, ranchos folclóricos ou poesia popular. Na Casa do Povo pode ver-se a exposição intitulada “A História do Vi-nho”. Trata-se de uma mostra da autoria do grupo de jovens de Ervidel “Amigos do Roxo” onde é possível ver representações das vindimas de outrora.

Ervidel

Ervidel celebra S. Martinhocom a V edição da Vin&Cultura

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REGIÃO BAIXO ALENTEJO

Novo livro já idealizadoDepois de cinco anos a escrever O Perfumista, Joaquim Figueira Mestre encontra-se já em pleno processo criativo para um novo livro. O cenário será a cidade de Beja no século XVII e terá por mote a paixão arrebatadora entre soror Mariana do Alcoforado e um ofi cial francês.“Não vou procurar fazer uma reconstituição histórica e precisa [desse episódio]. Vou apenas basear-me num facto verdadeiro e depois criar à sua volta. Não será portanto um livro sobre Mariana do Alcoforado, pois tem uma abordagem diferente. Mas ela é a musa inspiradora”, rev-ela.O sucessor d’O Perfumista voltará a levar a escrita de Joaquim Figueira Mestre para o Alentejo. Isto porque o autor confessa não sentir “grande apetência para escrever sobre as cidades”.“O Alentejo é de uma grande contenção verbal. É um espaço de silên-cio e de solidão. É preciso descobrirmos por detrás de tudo isso uma outra realidade que vive nas pessoas, mas não é visível à primeira vista. […] As cidades não me inspiram, muito menos as cidades con-temporâneas. Não sou um escritor urbano, mas do mundo rural. E é esse imaginário do mundo rural que me inspira e interessa abor-dar”, fi naliza.

sexta-feira2006.11.1005

“O Perfumista é uma história de amor com muitas histórias lá dentro. É um livro que procura resgatar um certo imaginário do Alentejo que não tem propriamente a ver com questões so-ciais ou políticas que foram tão caras aos neo-realistas. É um livro que vai mais ao indivíduo e àquilo que certas pessoas transportam de fantástico, de maravilhoso, de assombro. Procurei dar voz àquelas fi guras de espanto e assombro que povoavam o Alentejo. Procurei dar voz a essas pessoas que estão esquecidas no Alentejo, pesso-as que tinham qualquer coisa de ma-ravilhoso dentro delas”.

O discurso na primeira pessoa é de Joaquim Figueira Mestre, que descre-ve assim o seu segundo romance, OPerfumista, editado pela Ofi cina do Livro no passado mês de Setembro. Uma história de amor de um homem pelo odor da sua mulher passada na fi ctícia aldeia de Almorim e que tem por pano de fundo o início do século XX, o surto de febre pneumónica, a primeira Grande Guerra Mundial e a revolução bolchevique.

“Uma coisa que sempre me in-teressou e que de alguma forma, se calhar inconsciente, esteve na base do livro foi o facto de acreditar que as pessoas se escolhem umas às outras pelos aspectos intelectuais e também pelos aspectos físicos. E a questão do olfacto é determinante nas escolhas que fazemos de amigos e, principal-mente, amorosas. Tenho a percepção que há aquilo a que as pessoas cha-

Obra aborda a história da paixão de um ho-mem pelo cheiro da sua mulher numa aldeia do Baixo Alentejo no início do passado século.

Com os seus livros, Joaquim Figueira Mestre procura revelar o que cada pessoa tem de “ma-ravilhoso, de fantástico ou ‘sobrenatural’”.

Literatura. O Perfumista é o novo livro de Joaquim Figueira Mestre

“Quero que cada livro meu seja uma caixinha de emoções”

tre prefere defi nir-se como “contador de histórias” e não como “escritor”. Interessa-lhe, sobretudo, “o interior das personagens”, onde se cruzam a morte e o amor, o desespero e a per-da, a solidão.

“São essas coisas que me inspiram fortemente. Interessam-me muito mais as questões interiores e ver em cada pessoa aquilo que ela tem de di-ferente de todas as outras, o que traz dentro de si de maravilhoso, de fan-tástico ou ‘sobrenatural’”, garante.

Isto leva-o a construir os seus li-vros como “caixinhas de surpresas”, onde as emoções esperam um desfo-lhar de páginas para se soltarem pela imaginação dos leitores. “O que me interessa é contar histórias que fa-çam as pessoas pensar, que as emo-cionem, divirtam ou irritem. Quero que cada livro meu seja uma caixinha de emoções. Não procuro transmitir qualquer mensagem política ou so-cial”.

De momento, Joaquim Figueira

Na edião de 27 de Outubro, pu-blicámos erradamente uma fo-tografi a que não era de Alberto Trindade (foto), o escultor do momunento a Cristóvão Co-lombo, inaugurado no dia 28 na vila Cuba. Lamentamos o suce-dido e apresentamos as nossas sinceras desculpas aos dois vi-sados neste lapso.

Cuba

Monumentode Colombo

“Momentos ao Natural” é o tí-tulo da exposição integrada nas comemorações do Dia do Ins-tituto Politécnico de Beja, que está patente no Espaço de Ex-posições dos Serviços Comuns. Trata-se de uma mostra de 20 trabalhos de fotografi a de natu-reza da autoria de Dinis Cortes. O autor, que participou e foi premiado em vários concursos e apresenta regularmente os seus trabalhos em exposições individuais e colectivas, dedi-ca-se a várias áreas da fotogra-fi a, abordando, de forma espe-cial, a temática da fotografi a de natureza. A colecção exposta foi seleccionada a partir de um portefólio de imagens de natu-reza que têm vindo a ser capta-das desde 1990 e estará patente até ao próximo dia 17, podendo ser visitada entre as 9 e as 21 horas.

Beja

“Momentosao Natural”no Politécnico

Bernardo Sassetti actua em Cas-tro Verde este domingo, 12. Tra-ta-se do concerto “Alice”, que terá lugar no Cine-Teatro Municipal, pelas 21h30. Um concerto único, que assinala o VIII Aniversário do Lumière – a revista de cinema publicada mensalmente pela au-tarquia de Castro Verde. Conce-bido a partir de um fi lme recente do cinema português, realizado por Marco Martins, “Alice” é um projecto multidisciplinar que depressa se afi rmou como um espaço criativo, inovador, íntimo e profundo. Bernardo Sassetti adaptou ao palco a banda sono-ra do fi lme e apresenta-a agora em Castro Verde.

Castro Verde

Bernardo Sassetti na festado “Lumière”

mam de ‘química’, um conjunto de diversos factores em que entra o odor da própria pessoa. Foi pensando um pouco acerca disso que escrevi este livro”, explica o autor, que é também director da Biblioteca Municipal José Saramago, em Beja.

Corria na altura o ano de 2001. Cinco anos depois, O Perfumistachegou às bancas. “Foi um livro de-morado, porque só escrevo quando realmente sinto a voz das persona-gens, quando sinto que estou com aquela toada, aquele ritmo. Porque na minha opinião, O Perfumista tem uma toada, uma musicalidade que nos vai transportando. E eu tenho de sentir essa música ressoar dentro de mim, como se fosse uma lenga-len-ga. E só quando sinto isso é que eu escrevo”, garante.

Desse processo resulta uma escri-ta “espontânea” e de “paixão”, em que são as personagens a defi nir o seu próprio rumo. “Há muita imagina-ção dentro deste livro e as perso-nagens é que o vão escrevendo. Eu apenas as vou conduzindo. Mas a maior parte das vezes nem as consigo controlar. É como se pegasse numa jan-gada, a metesse ao mar sem remos e bússola, e deixasse que ela fosse guiada pelas estrelas, à bolina”, observa.

Contador de histórias. Analisando a sua obra lite-rária – O Livro do Esque-cimento (2000), A Cega da Casa do Boiro (2001) e O Perfumista (2006) –, Joaquim Figueira Mes-

Mestre encontra-se a promover OPerfumista pelo Norte do país. Um contacto mais directo com os leito-res que considera ser “interessante”, até porque “a principal gratifi cação que uma pessoa tem depois de tan-tos anos a escrever um livro é que as pessoas gostem da obra”.

“O feedback dos leitores é a única recompensa que podemos ter. Por-que nisto dos livros ou se vendem uns largos milhares de livros ou não há compensação nenhuma em ter-mos monetários. E a recompensa que temos é mesmo ter leitores, ter pessoas que nos leiam, ter pessoas que sabemos que de alguma forma lhe criámos momentos de prazer, fi zemo-las entrar num espaço de fi c-ção e durante esse tempo que leram o livro foram transportadas para dentro da história”, conclui.

leia estas e outras notícias emwww.correioalentejo.com

CARLOS PINTO

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

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RETRATO 7 DIASRESUMO DA SEMANA • AS ESCOLHAS DO CORREIO ALENTEJO • OPINIÕES • INQUÉRITOS • IMPRENSA • EFEMÉRIDES • HOJE É SEXTA

1911. A República chinesa é proclama-da em Xangai.

1922. O túmulo do faraó Tutankha-mon foi descoberto em Luxor, no Egipto, pelo arqueólogo inglês Howard Carter.

1946. A Unesco é fundada.

1972. Nasceu Luís Figo.

1917. O Comando do Corpo Expe-dicionário Português assumiu a responsabilidade da defesa do Sector Português na frente ocidental durante a Primeira Guerra Mundial. Estava subordinado ao 1.º Exército britânico, comandado pelo general Horne.

1795. Lançamento da primeira pedra do Palácio da Ajuda.

1935. A pena de morte foi abolida na Grã-Bretanha.

1989. Queda do Muro de Berlim.

1994. Descoberta do elemento químico Darmstádio

1656. Faleceu Edmond Halley, pri-meiro astrónomo a descobrir um cometa periódico.

1793. O Museu do Louvre abriu ao público, em Paris.

1895. Os Raios-X foram descobertos pelo físico alemão Wilhelm Conrad Rontgen, investigador da Universidade de Wuerz-burg na Alemanha.

1910. Primeiro voo comercial dos irmãos Wright.

1919. Jornal “Times” de Londres anuncia o sucesso da teoria da relatividade de Einstein.

1975. Juan Carlos I subiu ao trono em Espanha, após a morte do general Franco.

1656. D. João IV morreu em Lisboa.

1817. Casamento de D. Pedro I (D. Pedro IV de Portugal) com a imperatriz Leopoldina.

1929. Morre Columbano Bordalo Pinheiro, um dos mais céle-bres pintores portugueses.

1991. Extinção ofi cial da KGB.

q_08 MUSEU DO SEMINÁRIO DE

BEJA. Cerca de 130 pessoas já visitaram o novo Museu do Seminário. Inaugurado há um mês o espaço oferece aos visitantes uma viagem pela história das religiões no Baixo Alentejo. No espaço podem ser apreciadas peças raríssimas recolhidas durante largos anos.

Tenho a percepção que há aquilo a que as pessoas chamam de ‘química’, um conjunto de diversos factores em que en-tra o odor da própria pessoa. Foi pensando um pouco acer-ca disso que escrevi este livro [O Perfumista].

Joaquim Figueira Mestre | escritor

“CORREIO AZUL

ANTÓNIO JOSÉ BRITO*

director do CORREIO ALENTEJO*

Excesso de zelo

OGoverno parece estar decidido a não com-pensar as autarquias pelos elevados cus-tos provocados pelas chuvadas do último

domingo. Aparentemente por razões orçamentais e, segundo o ministro António Costa, porque “os mecanismos normais de apoio estão a ser sufi -cientes para responder às situações”. Esta posição do Governo parece-nos tudo menos compreensí-vel. A chuvada do último fi m-de-semana causou elevados danos e prejuízos que representarão para as autarquias um custo excepcional. Nal-guns casos, como Ourique, Castro Verde, Odemira e Mértola, são valores muito altos, na ordem das centenas de milhar de euros, porque estão em causa reparações de estradas, ruas, pontes e espa-ços municipais. Trata-se de uma situação absolu-tamente excepcional que obrigará as autarquias a desviar fundos e, desse modo, a desequilibrar orçamentos já muito esticados. O Governo pode ter razão quando fala na importância de poupar e evitar gastos desnecessários, mas não é esse o caso. Agindo assim o ministro está a incorrer num absurdo e pouco aceitável excesso de zelo.

ACIDENTE GRAVE NA AUTO--ESTRADA DO SUL. Nove feridos ligeiros, cinco dos quais crianças, é o resultado de uma colisão ocorrida na A2, entre Alcácer do Sal e Grândola. O acidente resultou de um despiste de um veículo ligeiro de passageiros, que fi cou na faixa de rodagem, com o qual foi colidir outro automóvel que seguia no mesmo sentido.

d_05 DOMINGO s_06 SEGUNDA

SOLIDARIEDADE NA CAIXA. A Caixa de Crédito Agríco-la Mútuo de Santiago do Cacém abriu uma conta de solidariedade para angariar fundos que auxiliem as po-pulações afectadas pelo mau tempo no Litoral Alentejano.

A conta foi criada com o co-nhecimento das autoridades municipais.

QUIOSQUE DIA-A-DIA

“DIÁRIO DE NOTÍCIAS”

As chuvas que caíram no Baixo Alentejo deixaram dezenas de casas inun-dadas em Baleizão e vá-

rias estradas cortadas. Três famílias de Santa Margarida do Sado, em Ferreira do Alentejo, foram retiradas das suas habitações e a cir-culação da ponte cortada.

“PÚBLICO”

Várias zonas de Lisboa e arredoresfi caram sem luz durante quase uma hora, devido a uma “perturba-

ção com origem na rede nacional de transporte de energia” (REN), que inter-rompeu o fornecimento à EDP Distribuição, mas a situação já está normaliza-da, segundo a EDP.

“DIÁRIO DE NOTÍCIAS”

A ideia de voltar a fazer do comboio o transporte do “futu-ro” para o Alentejo está na origem da ligação directa

via-Intercidades entre Évora e Lisboa. Apenas uma hora e 40 minutos separam agora ambas as cidades, pelo preço de 16 euros, ida e volta.

NO MESMO DIA...

s_04 SÁBADO t_07 TERÇA

“JORNAL DE NOTÍCIAS”

O padre que esteve seques-trado por dois reclusos na ca-pela da cadeia de Pinheiro da Cruz tinha montada no pescoço uma

armadilha com arames e uma faca, que atingiria aquela zona do corpo e poderia provocar-lhe a morte no caso de se verifi car uma interven-ção policial

“CORREIO DA MANHÔ

O reitor da Universidadede Lisboa deu voz ao desconten-tamentoque reina entre os reitores das

universidades portuguesas e criticou a política de en-sino superior seguida pelo Governo, nomeadamente no que respeita ao “corte brutal no orçamento das universidades”.

FRASE DA SEMANA

q_09SEIS GRUPOS DE TEATRO JUNTAM-SE EM SERPA. Seis peças de teatro interpretadas por outros tantos grupos nacionais vão subir ao palco do Cine-Teatro Municipal de Serpa, durante uma mostra que arranca quinta-feira para procurar novos públicos e promover intercâmbios entre companhias.

QUARTA

“DIÁRIO ECONÓMICO”

A ponte Chelas-Bar-reiro, que foi orçada em 600 milhões de euros pelo Governo,pode vir a custar 1,7 mil

milhões de euros graças ao projecto de Alta Veloci-dade e à hipótese desta travessia vir a comportar um tabuleiro para tráfego rodoviário.

QUINTA

OLHÓ BONECO!... ONOFRE VARELA

CHUVA FORTE CAUSA VÁRIAS INUNDAÇÔES. Uma forte chuvada provocou inundações em vários pontos do distrito de Beja. Entradas, no concelho de Castro Verde; Funcheira (Ourique); a vila de Mértola e S. Barnabé (Almodôvar) foram alguns dos locais mais afectados pela forte precipitação.

CÂMARAS SEM APOIO EX-TRAORDINÁRIO. O ministro da Administração Interna afi rmou hoje que não está previsto qualquer apoio extra-ordinário para os municípios mais afectados pelo mau tempo, assegurando que os mecanismos normais de apoio estão a ser sufi cientes para responder às situações.

06sexta-feira2006.11.10

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RETRATO 7 DIAS

NÚMEROAI AA FIGURAV

NEGATIVO TEMPO...

CELEBRA-SEVAI A TEMPO...

AINDA VAI A TEMPO...

“CA” SELECCIONA

a empresa//Encosta do GuadianaBaleizão7800 Bejawww.encostadoguadiana.com

No sítio da Sociedade Agrícola Encosta do Guadiana poderá fi car a conhecer melhor a projecto e os vinhos, bem como fi car a par das últimas novidades (lançamentos de vinhos, prémios recebidos, eventos, etc.). Neste espaço a empresa quer “dar ao visitante a oportunidade de descobrir” o que está por detrás dos seus vinhos: a empresa, a sua história e fi lo-sofi a de produção; a herdade; as vinhas; a adega e o perfi l de cada uma das marcas.

blog//Um e o Outro - Blog do TimEndereço: http://umeooutro.blogspot.com

Não é difícil descobrir que se trata do blogue do Tim, o homem da voz nos Xutos & Pontapés. Alentejano de Ferreira, Tim mostra neste espa-ço alguns segredos da sua carreira e o quotidiano de um músico cheio de projectos. A não perder.

o sítio//Jornal de NegóciosEndereço: www.negocios.pt

O sítio do “Jornal de Negócios” é um local indispensável para os seguidores da vida económica e da actividade empresarial. Dife-rente do suporte em papel, há ali oportunidade para decifrar o quotidiano da vida económica do país e do mundo.

António CarneiroRepresentante dos alunos no conselho geral do IPB

Num clima de difi culdades e incertezas, seria muito fácil para o representante dos alunos do Politécnico de Beja enveredar por um discurso demagógico e de crítica. Contudo, sem deixar de pôr o dedo nalgumas feridas, António Carneiro apresenta uma visão respon-sável e sem demagogias sobre a realidade de IPB.

410.000

António Costa

O Governo decidiu não dar apoios às au-tarquias para fazerem frente aos prejuízos causados pelo mau tempo. Uma medida errada, porque há Câmaras, como Mér-tola, Castro Verde, Ourique e Odemira, onde os prejuízos são muito volumosos. O ministro António Costa devia recuar.

Cães Danados

Diariamente, numa região adormecida, triste e sem esperança, o humor dos “Cães Danados” é uma estimulante lufada de ar fresco. Humor irreverente, inspirado na vida regional, ainda por cima bem produ-zido. Parabéns à Rádio Pax e aos autores deste momento de graça diária.

Euros é o valor acumulado de dívidas em taxas modera-doras nos Hospitais de Beja e de Serpa. A cobrança dessas taxas continua a ser uma tarefa difícil, particularmente em Beja. E neste momento, muitos dos valores em débito já são considerados incobráveis [pág. 3].

FOTO DA SEMANA

Foi numa tarde de tempestade que Luís Filipe Scolari e Gilberto Madaíl cumpriram a promessa de regressar a Beja. A convite da direcção da Associação de Futebol de Beja (AFB), o seleccio-nador nacional e o presidente da Federação Portuguesa de Futebol deslocaram-se na passada semana, dia 2, à capital de distrito no senti-do de serem homenageados pela brilhante prestação da selecção de todos nós no último Mundial.A visita de Scolari e Madaíl a Beja terminou à mesa, num jantar em tom mais privado em que os con-vidados especiais da AFB puderam provar os pitéus da região. Mas primeiro, os ilustres convidados da AFB foram recebidos no Salão Nobre do Governo Civil, onde entre as palavras de circunstância fi cou ressalvada a “quase certeza” de Beja ir entrar na “rota das se-lecções”, recebendo a curto-prazo jogos ou estágios. Uma promessa que, espera-se, seja cumprida tal como a primeira.

HOJE SEXTA.NOVEMBRO.2006

10Dia de S. Leão MagnoDia Auspicioso

FERREIRA DO ALENTEJOCâmara recebe os professores

A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo promove, na próxima segunda-feira, 13, pelas 19h30, a ce-rimónia de recepção aos professores. Do programa constam um jantar- -convívio seguido de um momento de animação cultural com a actuação do Grupo Coral e Instrumental da Associação de Reformados e Idosos da Freguesia de Peroguarda. A ceri-mónia decorre no Centro Cultural de Peroguarda (Casa do Povo), com a presença da comunidade educativa do município ferreirense. A autarquia considera que a recepção dos professores “constitui um momento especial, onde todos os docentes e não docentes podem conviver e partilhar as suas experiências”.

POSITIVO

314º dia do ano no calendário gregoriano (315º em anos bissextos).

Faltam 51 para acabar o ano.

alentejanos da história

Al MutamidÁrabe, poeta, rei…e bejense

Foi poeta e rei, amante e guerreiro. Aliás, a história da sua vida bem podia ser uma das 1001 com que Sherazade entreteve o rei mouro que a queria decapitar. Nas-cido em Beja em 1040, em plena época de ocupação árabe na Península Ibérica, Muhammad Ibn Abbad Al Mutamid era fi lho e natural sucessor de al-Mutadid, rei árabe de Sevilha.Aos 12 anos, Al Mutamid foi nomeado governador da cidade de Silves e 17 anos de-pois subiu ao trono de Sevilha, na altura o reino mais forte entre os que surgiram em al-Andaluz – a actual província espanhola da Andaluzia – após a queda do califado de Córdoba. Governou durante 19 anos e o seu reinado fi cará para sempre para a História como dos mais marcantes.“Al Mutamid foi o mais liberal, magnânimo e poderoso de todos os taifas de al-An-daluz. O seu palácio foi a pousada dos peregrinos, o ponto de reunião dos engenho-sos, o centro aonde se dirigiam todas as esperanças”, escreveu Ibn Jaqan, um dos cronistas de então, exaltando em Al Mutamid a sua astúcia política e os seus dotes poéticos, que fazem dele, ainda hoje, um dos maiores poetas árabes.Contudo, em 1088 o poder de Al Mutamid ruiu às mãos dos soldados almorávidas. Destronado, Al Mutamid buscou exílio em Agmat, cidade a sul de Marraqueche (Marrocos), tendo por companheiro Abd Allah, último rei zirí do reino de Granada. Ali morreu no ano de 1095 e, segundo garantem alguns historiadores, o seu túmulo, conservado até hoje, “tornou-se no símbolo dos mais belos tempos de al-Andaluz”.

PROVÉRBIOS TEMPO...

POPULAR“Tudo em Novembro guarda-do; em casa ou arrecadado."

AGRÍCOLA/TEMPO“Cava fundo em Novembro para plantares em Janeiro.“

Scolari e Madaílestiveram em Beja

CARLOS PINTO

07 sexta-feira2006.11.10

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EDITORIAL • COMENTÁRIOS • DEBATES • BLOGS • RECORTES DA IMPRENSA

ANÁLISES & OPINIÃO

RECORTES FRASES FEITAS

Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José BritoEditor: Carlos PintoRedacção: Luís Lourenço, Paulo Nobre, José Tomé Máximo (fotografi a)Paginação: Pedro MoreiraInfografi a: I+G - www.imaisg.com Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Cláudia Gonçalves e Napoleão MiraColunistas: António Revez, Carlos Monteverde, João Espinho, Jorge Serafi m, Miguel Rêgo, Paulo Barriga, Rodeia Machado, Rui Sousa Santos, Sandra Serra e Vítor EncarnaçãoProjecto Gráfi co: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: Fernando Cotovio [967 818 953]

Redacção, administração e publicidadeRua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 BejaTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 | e-mail: [email protected]

Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem Lda. - NIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06Registo ICS: 124.893Tiragem semanal: 3.000 exemplaresImpressão: Gráfi ca Funchalense

1.O Governo anunciou medidas que irão obri-gar os bancos a maior transparência e disci-

plina nos débitos que aplicam aos clientes. E também criou novas e apertadas regras que resultarão no pagamento de mais impostos em 2007. Zeloso da sua missão, o líder da associação representativa da banca, João Salgueiro, logo veio a terreiro endurecer críticas ao ministro das Finanças. Para nós, e certamente para milhões de pesso-as, humildes clientes desse sector privilegiado e bem pago, a medida chega atrasada e peca por escassa. Na verdade, o Governo deveria ter ido mais ao fundo e tratar os senho-res banqueiros com o mesmo rigor que trata o simples contribuinte. Não podendo ser tudo de uma só vez, fi camos à espera de mais para 2008. O país agradece.

2. Nos últimos anos surgiram vá-rias adegas e rótulos de prestígio no distrito de Beja. Em pouco tempo consolidaram posições, cresceram e trabalham agora intensamente para conquistar o mercado exter-no. Associado ao vinho, as mesmas empresas diversifi cam a actividade em projectos no sector do olival, visando a produção de azeite. Um negócio cuja margem de expansão é muito signifi cativa. Esta-mos, pois, perante dois exemplos de como se pode trabalhar bem e com oportunidade. Exemplos que, noutros sectores do mundo rural, devem servir de estímulo para novos esforços que permitam verdadeiras alternativas aos cereais – coisa que, todos sabemos muito bem, tem os dias mais do que contados.

3. José Flamínio Roza é um alentejano como muito amor à sua ter-ra. Cresceu modestamente, formou-se e afi rmou-se como advo-gado conceituado. Seguindo o sonho do regresso ao Alentejo, in-vestiu muito na Fundação Alentejo - Terra Mãe, dando sucessivos exemplos de altruísmo e generosidade que a região nem sempre tem percebido. Na verdade, Flamínio Roza é um grato exemplo de apego e paixão pela sua terra, que também é a nossa. Faz falta dizer isto com clareza e sem meias palavras.

Flamínio Roza é um grato exemplo de ape-go e paixão pela sua terra, que também é a nossa. Faz falta dizer isto com clareza e sem meias palavras.

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

ponto cardealtécnico de segurança social*

Mais vale prevenirque remediar

No momento em que estou a escrever esta crónica veio-me à memória os fatídicos dias 5 e 6 de Novembro de 1997 (faz exac-tamente hoje 9 anos), em que se deram

as grandes inundações no Alentejo, com particular destaque na Aldeia do Carregueiro, concelho de Al-justrel, em que se perderam muitas casas e muitos haveres, mas onde se perderam, acima de tudo, vidas humanas.

Foi exactamente na tarde/noite de 5 para 6 de Novembro de 1997 que as cheias atingiram as popu-lações de uma forma brutal e um pouco por todo o Distrito de Beja, com particular incidência em Quin-tos, onde arrastou viaturas e destruiu a ponte que dá acesso à aldeia; na Cabeça Gorda, onde destruiu casas e arrastou bens, e sobretudo arrastou pastos, terras, pedras e muita lama, que deixaram a povoa-ção “virada do avesso” e a população residente afl ita com tal situação e os ausentes com preocupações acrescidas sobre as condições em que estavam os seus familiares.

Mas igualmente as localidades de Funcheira e Garvão foram atingidas de forma dramática, pois o leito da ribeira transbordou como nunca tinha acon-tecido e arrastou consigo casas e haveres, que foi es-palhando ao longo das margens e onde as águas se conseguiram efectivamente espraiar.

Mais a Sul, no concelho de Odemira, a povoação de Sabóia também foi bastante castigada pelas fortes chuvadas e na vila de Odemira as zonas baixas foram também bastante atingidas provocando prejuízos aos proprietários dos estabelecimentos.

Mas foi sobretudo na localidade do Carregueiro, onde a situação foi mais dramática, pela perda de bens que trouxe, mas sobretudo pela perda do maior bem que temos: a Vida Humana.

Pereceram ali pessoas, onde jamais se pensaria que tal fosse possível, mas os erros humanos pagam--se caros.

A execução da circular externa, junto à povoação do Carregueiro, da Estrada Nacional que liga Aljus-trel a Castro Verde e vice-versa, e a parte sobre o ca-minho de ferro, terão tido certamente algumas res-ponsabilidades nesta situação, mas são sobretudo as alterações climatéricas (por acção do homem) que levam a que as chuvas caiam de forma desordenada e onde menos se espera, como é o caso do que neste momento se está a passar.

Chove demasiado, num curto espaço de tempo, e as ribeiras não aguentam tanta água, transbordando e criando as condições para inundações.

Dirão alguns que cheias sempre houve e sempre haverá, mas na nossa região os registos são mais no Guadiana, na fustigada vila de Mértola e noutras zo-nas ribeirinhas.

“Nunca como agora o Bai-xo Alentejo se viu na con-tingência de passar a zona de caça turística. Nunca como agora estivemos tão próximos de ver transfor-mado o distrito de Beja numa região inviável, para satisfação daqueles que já se banqueteiam com os nossos despojos.”

José Raul Santosin “Diário do Alentejo” 03.11.2006

“Não existe nenhum pro-blema se Sócrates desagra-dar a quase toda a gente. Um grande problema seria se ele quisesse agradar a todos. Não há pior para um país que quer fazer refor-mas do que um primeiro-ministro a necessitar de ser amado.”

Henrique Monteiroin “Expresso” 04.11.2006

“Há décadas que as or-ganizações de esquerda se instalaram nos canais orientadores da vida cultural ofi cial. Críticos, revistas, suplementos culturais, júris de prémios e bolsas foram dominados por cliques que enviesa-ram o sector.”

João César das Nevesin “DN” 06.11.2006

EDITORIA

Breves notas

sexta-feira2006.11.10 08

Nesta altura do ano, no mês de Novembro, as tem-peraturas estão muito acima das médias e as trovoa-das, que tão características eram nos meses de Maio e Junho, são agora muito fortes, no Inverno.

Tudo isto devia apelar à nossa memória, para que fi zéssemos um esforço no sentido de actuarmos de forma diferente, para com o clima, mas sobretudo para que os governantes actuassem de forma di-ferente e aplicassem políticas mais favoráveis ao ambiente, mas que também não esquecessem que as políticas de ordenamento do Território podem e devem ser conduzidas de uma forma mais correcta, isto é, não permitindo que se construa em leitos de cheia e que, sobretudo, as obras hidráulicas e outras, que tão necessárias são ao nosso desenvolvimento, obedeçam a princípios de segurança, que o mesmo é dizer, obedeçam aos princípios de defesa da vida.

Bem sei que existem situações em que não é pos-sível suster os actos da “mãe natureza” e que as catás-trofes naturais podem acontecer em qualquer região do globo, mas “mais vale prevenir do que remediar”, e neste preciso momento estamos mais preocupados em remediar já que pouco prevenimos, quando era necessário que o fi zéssemos.

É costume dizer-se que a “Protecção Civil” somos todos nós, mas não é menos verdade que cabe ao Estado, ao Governo, a qualquer governo, a responsa-bilidade sobre a defesa de pessoas e bens, e nos mo-mentos de afl ição, quem vemos em primeiro lugar na defesa dos cidadãos são os Bombeiros (sempre eles) empenhados em apoiar as pessoas, em defender os bens, arriscando a própria vida.

São eles que actuam em nome de todos nós, na certeza de que as suas vidas estão interligadas ao mais nobre sentimento de interajuda, “a Solidarieda-de Humana”, mas é também em memória daqueles que perderam a vida que temos todos a obrigação de fazer mais e melhor.

RODEIA MACHADO*

Nos momentos de afl ição, quem vemos em primeiro lugar na defesa dos cidadãos são os Bombeiros (sempre eles) em-penhados em apoiar as pessoas, em defender os bens, arriscando a própria vida.

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ANÁLISES & OPINIÃO

Apesar de não ser politicamente correcto neste momento eu estar de acordo com o governo do enge-nheiro José Sócrates, sobretudo no

que toca à alteração sobre o endividamento municipal e à obrigação dos Revisores Ofi -ciais de Contas, ou seja, uma das alterações à Lei das Finanças Locais que mais é contes-tada pela grande maioria dos senhores pre-sidentes de câmara. Ainda por cima, tendo eu sido presidente da Junta de Freguesia de Entradas e vogal da Assembleia Municipal de Castro Verde durante 16 anos, sempre pela CDU, quero-vos deixar aqui algumas das re-fl exões que pessoalmente faço, para justifi car a minha concordância com o governo.

Resumidamente, a nova lei das Finanças Locais vai passar a condicionar o acesso ao crédito pelo montante global das dívidas de cada autarquia e não pelos encargos anuais com juros e amortizações dessas mesmas dívidas. Pelo que conheço, são alterações bastante razoáveis, que não irão afectar quem sempre utilizou o bom senso, quer nos montantes de crédito a que recorreu, quer na aplicação desse mesmo crédito. Felizmente existem muitos bons exemplos de boa ges-tão, e esses não devem misturar-se aos pseu-do bons gestores dos dinheiros públicos, que, infelizmente, são mais do que os primeiros. A carapuça só serve a quem a enfi a, e quan-to a isso chega de demagogia e hipocrisia ao mesmo tempo.

Até agora a capacidade legal de endivida-mento das autarquias está limitada ao mon-tante dos encargos anuais com juros e amor-tizações dos empréstimos contraídos, que concretamente podiam ir até 25% do valor das receitas provenientes das transferências do Estado para as autarquias, ou a 10% das despesas de investimento do ano anterior (normalmente a primeira era a mais vantajo-sa), deixando de fora, ou seja, não contando para esses cálculos, os empréstimos para fa-zer face a habitação social, intempéries, pro-jectos apoiados com fundos comunitários e ainda mais alguns. Para além desse montan-te elevadíssimo de 25% com juros e amorti-zações, a lei também permitia a contratação de empréstimos com cinco anos de carência, ou seja cinco anos sem pagar amortizações de capital, só pagando juros.

Como toda a gente sabe, os juros têm es-tado bastante baixos, o que fazia com que muitas Câmaras se endividassem desalma-damente, sem no entanto ultrapassarem a capacidade legal de endividamento num

MANUEL ANTÓNIO DOMINGOS*

agricultor*

Afi nal o que é ser cidadão?

A cidadania incentiva-se explicando a verdade ao povo. Não o fazer é alinhar objectivamente com os inte-resses daqueles a quem a falta de informação serve objectiva-mente os seus interesses pessoais.“

sul suave

A culpa é do padeiro*

09 sexta-feira2006.11.10

SANDRA SERRA*

*jornalista

opinião

Noite dentro o padeiro amassa dando forma ora ao pão de quilo, ora ao paposseco. Manhã bem cedo Chico padeiro percorre as mercearias da cidade distribuindo os pães ainda quentes. Operação stop àquela hora da madrugada e o Chico que se esque-ceu dos documentos em casa. “Oh sô padeiro se vier um desses de quilo, a gente faz de conta que não viu”. Com menos um pão para entrega, é chegado à mercearia da D. Isilda, mulher grande que parte bordas de pão assentando-o nos peitos. “Menos um pão é que não pode ser! Arranje-se Chico padeiro à hora de abrir a loja quero cá o pão em falta”.

Sem pão que lhe salve a honra de padeiro cum-pridor dos serviços prestados, Chico não está com delongas e na padaria mais próxima compra o pão que lhe há-de trazer de volta a estima da mulher. Satisfeita pela vontade cumprida, Isilda convida o Chico para jantar lá em casa: “Você leva o pão”. E o Chico lá parte, contente da vida de volta à padaria. De regresso, encontra Acácio, homem de bigode farfalhudo e barriga proeminente que lhe vende a farinha. “Sabes como é Chico, a vida está difícil e a farinha está cara. Ouvi dizer que vais jantar com a Isilda? Sabes, se me deixasses ir lá por ti, talvez te possa continuar a vender a farinha pelo mesmo preço...” E lá foi o Chico, de volta a casa onde have-ria de jantar, sozinho, o peixe frito do almoço.

Toca a campaínha. Seria a D. Isilda a pedir pão para partir sob os peitos? Não, é o Ramiro, o ho-mem do fermento. “Sabes como é Chico, a vida está difícil e o fermento está caro. Conheces o Mário, o meu cunhado que quer ser presidente da câma-ra? Pois é, precisava de alguém assim, trabalhador como tu, que dissesse bem dele à imprensa”. E lá fi cou o Chico, com hora marcada para falar na rá-dio, pensando na Isilda, a esta hora cortando bor-das de um pão que não era o dele. Toca o telefone. É Vicêncio, o presidente da câmara. “Sabes como é Chico, a vida está difícil e tu não te podes dar luxo de perder a tua padaria. Podias dizer na rádio que o Mário, o cunhado do Ramiro, é um pantomineiro da pior espécie”.

Chico chega à rádio pronto para dizer o discurso combinado no debate que opõe os dois homens da política. Artur, jornalista do programa da manhã, chega-se-lhe sorrateiro ao ouvido. “Sabes como é Chico, a vida está difícil e os empregos estão escas-sos. E o Mário, cunhado do Ramiro, accionista da rádio e irmão da Isilda não fi caria contente se dis-sesses aquilo que não deves”.

Moral da história: as pressões são constantes no dia-a-dia dos padeiros, dos merceeiros, dos presi-dentes e aspirantes a presidentes, dos jornalistas. Quem disser que não é verdade mente. E se, por ve-zes, a “ombridade e dimensão profi ssional” da pes-soa em causa consegue transpô-las, outras há em que no peneirar só passa aquilo que convém ao pa-deiro, ou mais fermento ou mais farinha. Mas deste pão também só o come quem quer, ou quem não distingue um belo pão cozido a forno de lenha de uma carcaça mal enjorcada. Infelizmente, e apesar de não só de pão viver o homem, também ninguém consegue viver sem ele. E assim, dia-a-dia, conti-nua-se a engolir a seco, suportando o peneirar de verdades à medida do padeiro.

* A propósito da notícia publicada no jornal “Ex-presso” que dá conta de que um assessor do pri-meiro-ministro terá telefonado para a RTP, durante um dos noticiários do primeiro canal, e exigido falar com o editor e depois com o pivô, para condicionar uma notícia. Todos os pivôs desmentiram o facto. Quanto a mim não duvido nada que tal tenha acon-tecido. E que volte a acontecer. E enquanto estas denúncias não forem feitas, não pelos “Agostinhos” que agora deram em zeladores da imprensa, mas pelos próprios jornalistas, continuaremos a comer muita carcaça mal enjorcada.

determinado momento. O pior acontecia quando os tais empréstimos contratados com anos de carência começavam a pagar amortizações de capital. Não é por acaso que existem muitas Câmaras com a capacidade de endividamento largamente ultrapassada e outras com percentagens elevadíssimas que não passam pela cabeça de ninguém. Veja-se o exemplo da Câmara Municipal de Castro Verde, cujos números eu também conheço, que em 2005 tinha a capacidade de endivida-mento ocupada em 56,28% e em 2006, segun-do as previsões, irá estar ocupada em 82,35%, sem que no entanto tivesse sido contraído mais empréstimos dos que constam para os cálculos da capacidade de endividamento. Bastou um empréstimo que tinha sido con-traído com cinco anos de carência começar a pagar amortização de capital para passar de 56,28% para 82,35%.

Veja-se mais um exemplo de Castro Verde para ilustrar o que acima expliquei: passará pela cabeça de alguém que uma autarquia como a de Castro Verde, que ainda o ano pas-sou recebeu de derrama 1.500.000,00 euros e este ano 2.018.000,00 euros, cujo presidente é um “dinossauro” do poder local, que não se cansa de dizer que tem uma boa saúde fi nan-ceira, tenha recebido uma informação da Direcção Geral do Orçamento com data de 08/09/2006 a informá-lo de que o limite má-ximo de endividamento líquido da Câmara para 2006 é de 7.090.012,04 euros. E que, no fi nal de Junho, já tinha atingido o montante de 7.487.602,75 euros, ou seja, já tinha ultra-passado os limites que, por isso, tinha de os corrigir até ao fi nal do ano?

A propósito da obrigação dos Revisores Ofi ciais de Contas. Será admissível que a Câmara Municipal de Castro Verde, cujo or-çamento real é de aproximadamente 11 mi-lhões de euros, nunca tenha tido um Chefe de Divisão de Administração e Finanças até

Abril de 2006? É caso para dizer, Revisores Ofi ciais de Contas para Castro Verde já e em força!

Obrigatoriamente terei de referir que a Lei das Finanças Locais tem estado suspen-sa. E muito bem, na minha opinião, desde o tempo de Manuela Ferreira Leite. Nos últi-mos anos, têm sido as leis do Orçamento do Estado de cada ano que têm ditado as regras do endividamento municipal, não permitin-do essencialmente o aumento do endivida-mento líquido de cada município. Segundo o conceito do Sistema Europeu de Contas, (SEC/95), ou seja, o endividamento das Câ-maras Municipais, em 31 de Dezembro de um ano, não pode ser superior ao endivida-mento líquido em 31 de Dezembro do ano anterior.

O conceito de endividamento líquido corresponde à diferença entre as disponibi-lidades fi nanceiras (dinheiro em caixa nos bancos, etc) e o montante de todas as dívidas que se tenham, quer seja de empréstimos bancários, dívidas a fornecedores, dívidas a empreiteiros, etc.

É meu entendimento que nós não temos o direito de gastar erradamente no presente o que não temos. Muito menos de deixar dí-vidas a pagar pelos outros, hipotecando-lhe irremediavelmente a sua gestão futura. É pre-cisamente em nome dos outros que hão-de vir depois de nós que eu concordo com as al-terações do governo à actual Lei das Finanças Locais. A imprensa regional, escrita e falada, não tem cumprido o seu dever de divulgar a gestão fi nanceira das autarquias. A cidadania incentiva-se explicando a verdade ao povo. Não o fazer é alinhar objectivamente com os interesses daqueles a quem a falta de infor-mação serve objectivamente os seus interes-ses pessoais.

Acredito que todos nós podemos fazer melhor. Afi nal o que é ser cidadão?

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POSITIVO O surgimento de empresas,

como a Emotion, criadas por jo-vens, em sectores emergentes, é um sintoma de que a economia regional pode despertar.

NEGATIVO Com a obra adiantada, só foram

vendidos 1/4 dos apartamentos do empreendimento Colina do Carmo, junto ao Bairro do Carmo, na periferia de Beja.

NÚMERO

60. No total de 204 apartamentos que serão construídos na Colina do Car-mo (Bairro do Carmo, Beja), há apenas 60 acordos para aquisição das moradias.

sexta-feira2006.11.10 DINHEIRO & NEGÓCIOS10

ECONOMIA • BOLSAS • COTAÇÕES • EMPRESAS • SECTORES COMERCIAIS • DÚVIDAS FISCAIS • MARCAS • OPORTUNIDADES • AGENDA • OPINIÕES

O ROUBO A GNR anunciou o furto de 20 bovinos, avalia-

dos em cerca de 15 mil euros, de uma herdade entre Bencatel e Alandroal, no distrito de Évora.

Os 20 bovinos foram furtados durante a noite da herdade, onde habitualmente pernoitam.

Economia. Empresa sedeada em Entradas quer singrar no mercado do turismo activo

Emoções e adrenalina “à venda” no Alentejo

Passeios de bicicleta e moto-quatro ou pro-vas de paintball e tiro com arco são algumas das actividades disponi-bilizadas pela Emotion.

Sócios Hugo Domin-gos e Pedro Bento acre-ditam nas potencialida-des do Alentejo como ponto de “turismo de qualidade”.

P roporcionar momentos de “emoções positivas” aos tu-ristas que passam pelo Baixo

Alentejo, quer através de “descar-gas de adrenalina” quer mediante instantes “de calma e prazer”, é o grande objectivo da Emotion – Life On Adventure, empresa de turismo activo que iniciou a sua actividade no passado mês de Setembro.

Sedeada na vila de Entradas, a Emotion tem um raio de acção que vai da planície do Campo Branco até às arribas do Litoral Alentejano. Tudo com a fi nalidade de “promo-ver emoções positivas nas pessoas, aliando o que de melhor existe no Alentejo”, conforme sublinha ao “Correio Alentejo” Hugo Domin-gos, um dos sócios-fundadores da empresa juntamente com Pedro Bento.

“O território alentejano é um território de aventura por excelên-cia. É um território, pese embora o seu despovoamento, como não há outro em todo o país, preparado para desportos-aventura, para o todo-o-terreno, para passeios de bicicleta ou a pé, para observação de aves… Isso tudo associado às actividades de lazer que se podem oferecer paralelamente, como pro-vas de vinho ou gastronómicas”, acrescenta.

Alicerçados na sua própria ex-periência pessoal e num estudo que fi zeram do mercado, os res-ponsáveis pela Emotion identifi -cam como público-alvo a classe

Pedro Bento e Hugo Domingos querem proporcionar “emoções positivas” aos turistas

“Futuro da região não passa só pelo turismo”

Para Hugo Domingos, o Alen-tejo deve aproveitar as suas potencialidades turísticas, mas compreender que “o futuro da região não passa só pelo turis-mo”. “O Alentejo deverá valer pelo todo que é capaz de desen-volver. Se tivermos só turismo e não tivermos actividades pa-ralelas que atraiam as pessoas difi cilmente poderemos fazer daqui alguma coisa. É necessá-rio que continue a haver agri-cultura, que continue a haver produção de vinho, de queijos e enchidos. Em suma, é neces-sário que o Alentejo continue a manter as suas gentes e tradi-ções para poder ter no turismo uma oportunidade”, assegura o jovem empresário.Consciente de que “as perspec-tivas futuras de investimento na região apontam para um claro crescimento da econo-mia através do turismo”, Hugo Domingos prefere o calculis-mo à euforia, querendo “espe-rar para ver”. “A nossa aposta numa empresa deste género também só faz sentido porque acreditamos nas potenciali-dades do turismo no Alentejo. Sabemos que vai crescer, mas se tanto como se anuncia não sabemos. Mas acreditamos nas potencialidades do Alentejo para se desenvolver um turis-mo de qualidade”, conclui.

média-alta, sobretudo da zona de Lisboa, além dos turistas em pas-sagem pela região.

Nesse sentido, explica Hugo Do-mingos, a estratégia da empresa passa por “contactar directamente com os potenciais clientes” e “es-tar presente junto dos principais alojamentos turísticos da região”, como é o caso do Clube de Campo Vila Galé (Albernoa), onde a Emo-tion disponibiliza um serviço regu-lar de animação turística “sete dias por semana, 52 semanas por ano”. Paralelamente, a empresa possui também um sítio na Internet e di-namiza um parque-aventura no Monte das Aves, perto de Vila de Frades.

Revela Hugo Domingos que em 2007 as actividades da Emotion vão alargar-se às Pousadas de Por-tugal existentes no Alentejo e às herdades dos Grous (propriedade do Grupo Vila Vitta) e Malhadinha Nova – ambas na freguesia de Al-bernoa –, assim como trabalhar com um operador espanhol espe-cializado em turismo juvenil.

Ainda no próximo ano, a Emo-tion vai organizar, entre 24 e 25 de Março, a primeira Volta ao Alqueva

em BTT, assim como o challenge“Espírito Alentejano para Empre-sas”, em Abril ou Maio, e a travessia do Alqueva em kayak, em Setem-bro.

“As inovações vão surgindo qua-se obrigatoriamente, porque quem não inova estagna e está condena-do a fi car no mesmo local. Só ino-vando é que conseguimos manter os nossos clientes e cativar uma nova clientela”, assegura Hugo Do-mingos.

Sonho de faculdade. A ideia de criar uma empresa vocacionada para o turismo activo surgiu na mente de Hugo Domingos e Pedro Bento quando ambos ainda eram estudantes do curso de Desporto, na variante Desporto de Natureza e Turismo Activo, da Escola Superior de Desporto de Rio Maior.

Alentejanos de gema – Hugo Domingos é natural de Entradas e Pedro Bento de Beja –, os jovens decidiram concretizar o projecto na terra que melhor conhecem e por acreditarem que o Baixo Alen-tejo reúne todas as características para um “turismo de qualidade”.

“Este território é tão rico e tão

vasto que permite um conjunto de situações bastante interessantes”, afi ança Hugo Domingos, explican-do que o conceito da Emotion re-sulta “das tendências actuais e do estudo que é feito sobre o consu-midor, onde se conclui que as pes-soas estão mais direccionadas para a vivência de emoções”.

O investimento inicial ronda os 100 mil euros, sendo que a opção de assentar arraiais em Entradas foi uma “opção lógica” dada a sua posição geográfi ca. “Para os locais onde vamos operar, Entradas está o mais central que pode haver, com a vantagem dos custos logísticos serem muito mais baixos numa al-deia que numa cidade”, refere.

Com a abertura da empresa, Hugo Domingos e Pedro Bento criaram também os seus próprios postos de trabalho. Num futuro próximo, esclarece o primeiro, a empresa deverá recrutar mais pes-soas, tendo já fi rmado uma par-ceria com Instituto Politécnico de Beja, através dos cursos de Despor-to da Escola Superior de Educação e de Gestão e Estratégia Turística da Escola Superior de Tecnologias e Gestão.

CARLOS PINTO

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

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DESTAQUE BOA MESA sexta-feira2006.11.1011

ALJUSTREL • ALMODôVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA

Adegas. Vinhos de Henrique Uva apostam na consolidação do mercado conquistado

Mingorra quer mais afi rmação

Henrique Uva espera que o novo ano vinícola consolide a “afi rmação” no mercado dos

vinhos produzidos na adega da Her-dade da Mingorra, localizada na fre-guesia de Trindade.

“Este é um ano que encaramos com boas perspectivas, porque va-mos tendo a gama completa. E é im-portante trabalharmos os vinhos com a gama completa. Até aqui tínhamos os vinhos entradas de gama e os vi-nhos intermédios, mas não tínhamos ainda os vinhos topo de gama, que serão as nossas grandes bandeiras e, espero, que ajudem a abrir portas e dar nome, a ser conhecidos e a ga-nhar prémios”, sublinha o empresá-rio ao “Correio Alentejo”.

Nesse sentido, as novidades pre-paradas pela Herdade da Mingorra para 2005-2006 passam pelos vinhos varietais (Alfaraz Merlot e Alfaraz Caubert Sauvignon), assim como um vinho que vai juntar dois tipos de castas, uma proveniente da região do Douro e outra do Alentejo.

“Até ao fi nal do ano, sairá também o ‘Vinhas da Ira’, que será o nosso topo de gama”, acrescenta Henrique Uva, sublinhando que com a saída destes vinhos a gama da Herdade da Mingorra “fi cará completa”, estando prevista a comercialização de cerca de 300 mil garrafas de vinho.

Outra das apostas de Henrique Uva para o novo ano vinícola passa pela internacionalização dos rótulos produzidos pela adega, com os vinhos da Herdade da Mingorra a marcarem já presença nos mercados de Angola, Brasil, EUA, Canadá, Suécia, Norue-ga, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Bélgica, Luxemburgo e Macau.

“Estamos a fazer um esforço gran-de em relação ao estrangeiro. Co-

pub.

meçámos a fazê-lo há seis meses e estão agora a começar a aparecer os primeiros frutos, pois é um mercado lento”, nota.Atento ao mercado, Henrique Uva considera que o sector vinícola “tem pernas para andar”, até porque na sua opinião o Baixo Alentejo “se tem revelado uma zona com vinhos mui-to bons, seja na gama média seja na gama alta”, conquistando inúmeros prémios. “Esse facto deixa transpare-cer uma certa qualidade que se está a afi rmar. Além do mais, consegui-mos ter aqui no Baixo Alentejo cus-tos de produção que ao nível do país são dos mais competitivos”, observa Henrique Uva.

Tudo isto leva o empresário a en-carar com bons olhos as reformas previstas pela União Europeia (UE) para o sector. “A reforma da UE não vai afectar grandemente o Alentejo”, garante, frisando que, no seu enten-dimento, as medidas serão aplicadas de “forma muito reduzida” em Portu-gal.

Restauração. Restaurante Melius com evolução favorável mas “aquém das expectativas”

Restaurante Mélius valoriza cozinha regional

Os sabores da cozinha regional do Alentejo continuam a ser a grande aposta do Restaurante Mélius, em Beja. Sopa de cação, cozido de grão ou migas com entrecosto frito são alguns dos pitéus com presença as-segurada no cardápio do restaurante bejense, que ainda assim não des-cura a cozinha de outros pontos do país.

“É claro que temos também ou-tras especialidades que não são pro-priamente regionais, mas saem mui-to bem, como por exemplo o polvo. No fundo, procuramos ter uma boa cozinha e temos conseguido”, revela ao “Correio Alentejo” a gerente do restaurante, Lurdes Cameirinha.

Com lugar para 150 pessoas ao mesmo tempo e tendo cinco empre-gados, o Restaurante Mélius nasceu nos primeiros anos da última década do século XX. Mais de uma dezena de anos de existência que têm registado, na opinião de Lurdes Cameirinha,

uma evolução “favorável”, apesar de “aquém das expectativas” iniciais.

Uma situação que a empresária considera ser complicada de inverter por dois motivos distintos. Primeiro, porque a conjuntura actual, de crise fi nanceira em grande parte das famí-lias portuguesas, “não permite coi-síssima nenhuma”. Depois porque existe, sobretudo entre os bejenses, a ideia errada de que o Restaurante Mélius faz parte do hotel com o mes-mo nome e localizado no mesmo complexo.

“Isto não é restaurante de hotel. Chama-se Mélius, assim como o ho-tel e todo o edifício. Mas o restauran-te não é do hotel. É um restaurante que podia ser gerido por qualquer

pessoa”, explica Lurdes Cameirinha, garantindo que hotel e restaurante são coisas separadas “mas comple-mentares”.

Além do mais, continua a empre-sária, “era normal os hotéis estarem associados à restauração, com pratos sem condimentos, isto é, aquilo a que se convencionou chamar ‘comida de doentes’. Mas agora os hotéis até têm boas casas de comida”.

“Já disse a tanta gente que isto não era propriedade do hotel, que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas as pessoas continuam a dizer ‘o restaurante do hotel’. Tenho a ideia de que já não vale a pena tentar inverter esta situação. Nem tento”, conclui a empresária com algum desconsolo.

HOTÉIS COM BOA OCUPAÇÃO NO ALGARVE A taxa de ocupação média de quartos de hotel

do Algarve em Outubro foi de 60,6%, manten-do-se idêntica à registada em igual mês de 2005, anunciou a Associação dos Hotéis e Empreendi-mentos Turísticos do Algarve.

BALÕES NO NORTE DO ALENTEJO Trinta e cinco balonistas de oito países parti-

cipam no Festival Internacional de Balões de Ar Quente do Norte Alentejano, em Cabeço de Vide. Nos dias de chuva houve apenas voos de balões presos.

RESTAURANTES VENDEM POUCO Em 2006 o aumento dos preços de ven-

da ao público nos restaurantes cresceu “muito abaixo” do preço das matérias-

-primas adquiridas, revelou a Associa-ção da Restauração de Portugal.

Vinhos da Mingorra apostam na consoli-dação do mercado no próximo ano.

Aposta nos sabores genuínos do Alentejo é o cartão de visita do Restaurante Mélius, na cidade de Beja.

Henrique Uva aposta numa gama completa de vinhos no próximo ano

Pratos tipicamente alentejanos são aposta do Mélius

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150.000.00 € Ref. UAL00012

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DESTAQUE BOA MESA sexta-feira2006.11.1013

J. CASTELO BRANCO

O Paço do Conde nasce nas redondezas de Baleizão e tornou-se em poucos anos um dos mais conceituados vinhos alentejanos. Pela mão do empresário José Castelo Branco, a adega começou a laborar em 2002 e engarra-fou o primeiro vinho em 2003. Hoje tem uma presença consolidada no mercado e prepa-ra-se para conquistar mercados dos Estados Unidos, Canadá e Brasil. Tal como no resto do Baixo Alentejo, a produção na Encosta do Enxoé atravessa um “momento de ouro”.

Como analisa o quadro da produção de vinho no distrito de Beja?Há aqui um momento de ouro da produção de vinho. Com muita qualidade e com pro-jectos diferentes. Esta produção do vinho re-gional alentejano, fora da região demarcada da Vidigueira, que é a mais próxima, tem tido resultados fantásticos, quer em prémios quer em reconhecimento, porque mais importan-te do que os prémios é o reconhecimento do público consumidor. No nosso caso, tem ha-vido um reconhecimento muito interessan-te, mas também tem havido algumas difi cul-dades a nível de Câmara, para obter licenças de construção e para modifi car aqui algumas coisas…

Quer explicar melhor?Nós precisamos aqui de uma área para estu-car produtos secos e, enfi m, como toda a área de construção é muito limitada, não deixam construir mais. É uma lei perfeitamente ab-surda. Uma propriedade que tem mil hecta-res tem direito praticamente à mesma área de construção de uma que tem 10 hectares. Isto não se coaduna com a realidade. A Câ-mara tem tentado colaborar, mas a solução passa por rever o Plano Director Municipal (PDM).

Em termos empresariais como é que analisa este pequeno percurso? As coisas têm decorri-do dentro das expectativas que tinham?A nível de exportação estão muito bem, sem números ainda muito grandes, mas com pers-pectivas boas. Em 2005 a revista de vinhos mais importante do Brasil classifi cou o Paço do Conde como o melhor vinho do Alentejo à venda no país. Como pode imaginar isso deu uma curiosidade enorme ao consumidor e tem-nos levado a aumentar substancialmen-te as exportações para o Brasil…

Estão a desbravar muito caminho?O consumidor brasileiro vai muito pelo que sai nas revistas. É muito infl uenciável por-que não tem uma tradição muito grande de vinhos.

O administrador da Sociedade Agrícola Encosta do Guadiana reconhece que a produção de vinho atravessa um bom momen-to no Baixo Alentejo e anuncia uma aposta na exportação para mercados dos Estados Unidos, Canadá e até de Angola

Vinho atravessa “momento de ouro”

HISTÓRIA: Desde 1928 que a Sociedade Agrícola

Paço do Conde explora para além da Herdade do Paço do Conde, várias outras herdades na região. No entanto, o Monte do Paço desempenhou sempre o papel de casa da família Ferrão Castelo Branco e sede da sua exploração agrícola.

NOME COMPLETO: José António Ferrão Castelo Branco

CARGO: Administrador da Sociedade Agrí-

cola Encosta do Guadiana

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

É o principal mercado importador da vossa produção?Não, talvez não! Os Estados Unidos talvez sejam mais importantes, mas infelizmente a empresa que nos estava a importar bastan-te vinho está a sofrer um processo de rees-truturação interno. Mas já sabemos que o Paço do Conde continuará a fazer parte do portefólio deles, possivelmente como único vinho do Alentejo que vão vender. No Cana-dá também estamos com grandes perspec-tivas. Dentro da Europa exportamos para a Dinamarca, Holanda, Suécia. Países que im-portam pequenas coisas, mas que são mui-to levados pelos prémios conquistados nos mercados internacionais.

África também começa a despertar para o vinho alentejano?Eu mesmo vou a Angola no dia 23 de No-vembro, para ver o mercado. Porque é um mercado que cresceu 140% no último ano em importações de vinho do Alentejo.

O futuro do sector passa essencialmente pela exportação?Não neste momento, mas parece-me que poderá ser o futuro dos produtores com al-guma dimensão. Isso dá-nos capacidade de jogar com a crise, que não é só de venda de vinhos e não é só nacional.

O vinho alentejano é muito conceituado, reconhecido e procurado. E é também muito vasto. Como é possível fazer a afi rmação dos produtos face a uma oferta tão diversifi cada?O Alentejo não tinha uma marca há 10 ou 15 anos. Tinha adegas cooperativas e bons enólogos que desbravaram um pouco o ca-minho e criaram uma mais valia na região, criando rótulos fora das cooperativas. Mas o Alentejo é sem dúvida a parte do país que tem melhores condições para fazer bom vi-nho com preços muito competitivos.

Há quem considere o vinho muito caro?O vinho não continua muito caro…

Na restauração é muito caro.Mas aí não sou eu que tenho que dar essa explicação. Serão os outros que o põem muito caro. As pessoas querem pôr 300% em cima do vinho, não sei porquê. É uma política deles!

Acha que a restauração se deve adaptar?Devia haver legislação para servir vinho a copo. E depois também deveria haver uma moderação nos preços praticados pela res-tauração e pela distribuição. Não se explica que os vinhos tenham 300% de agravamen-to para a restauração. É uma coisa que não faz sentido. Devia haver moderação nisso, até para escoar a produção.

Região demarcada e reforma necessáriaJosé Castelo Branco acha que “tem pouco signifi cado” criar uma região demarcada no sul do Alentejo, onde nos últimos anos despontaram grandes produtores como a sua Encosta do Guadiana. “Eu posso estar a dizer uma enormidade, mas criar mais uma região demarcada para o estrangeiro e para o mercado de exportação tem pou-co signifi cado. Às vezes nem conhecem Portugal, quanto mais regiões demarcadas de Portugal”, afi rma Castelo Branco.Na óptica do produtor de Baleizão, o grande desafi o passa por criar uma marca forte no exterior, sob o rótulo “Portugal”, a exemplo do que fazem os grandes produtores do mundo, como o Chile, Argentina ou França. “É bom vender um país e não uma região demarcada. Com excepção do Douro, que é a região demarcada que tem tradições próprias. Eu vou beber um vinho do Chile, da Argentina, da África do Sul ou da Aus-trália. E isso ajuda a vender o país”, explica.Noutro contexto, confrontado com a anunciada reforma da União Europeia no sec-tor do vinho, a que está associado o arranque de 400 mil hectares de vinha, Castelo Branco entende que o Alentejo “nada tem a temer com esta reforma”. “Pelo contrário, o Alentejo tem o vinho que se vende mais e apresenta condições, em toda a linha, que lhe permitem fazer vinhos de qualidade. Podem haver casos pontuais, mas não acredito que casas estruturadas passem pelo arranque da vinha”, declara.

José Castelo Branco prepara internacionalização da sua adega

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DESTAQUE BOA MESAsexta-feira2006.11.10 14

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DESTAQUE BOA MESA sexta-feira2006.11.1015

Vinicultura. Novo ano vinícola é aguardado com “boas expectativas” pela proprietária da adega

Herdade do Pinheiro privilegia qualidade

Manter a qualidade das últimas campanhas, em que garantiu mui-tos prémios em concursos enófi los nacionais e internacionais, e lançar no mercado dois novos tintos reserva são as grandes apostas da Herdade do Pinheiro para o novo ano vinícola.

Localizada a poucos quilómetros de Ferreira do Alentejo, numa área de quase 130 hectares, a Herdade do Pinheiro é um dos projectos empre-sariais virados para o sector do vinho surgidos nos últimos anos na região e as expectativas para a nova campa-nha são bastante positivas.

“Foi uma vindima tranquila, sem pressas e respeitando o estado de ma-turação da vinha. Por isso, tivemos um bom resultado em termos dos vinhos. Os lotes ainda não estão bem defi ni-dos, mas a qualidade é extremamente boa”, afi ança Ana Bicó, proprietária da adega juntamente com o seu ir-mão, Miguel Silvestre Ferreira.

Este ano, a Herdade do Pinheiro vai aumentar para cerca de 400 mil litros a quantidade de vinho produ-zido, assim como apresentar no mer-cado algumas novidades.

“Uma delas é um vinho que tem estado a ser feito com todo o carinho e atenção, pois será uma homena-gem que iremos fazer ao nosso avô, António Francisco Silvestre Ferrei-ra, que foi quem nos deixou grande parte deste património. É um vinho de uma colheita de 2004 que preten-demos que saia um grande topo de gama. Pretendemos que saia tam-bém no próximo ano o Reserva 2003”, revela Ana Bicó.

Simultaneamente, a Herdade do Pinheiro vai manter os três rótulos já disponíveis no mercado – Herdade do Pinheiro (branco e tinto), Moinho da Asseiceira (branco e tinto) e Cape-la do Calvário (bag-in-box) –, além de aumentar a produção do Herdade do Pinheiro Rosé.

Com toda esta gama de vinhos, supervisionados pelos enólogos José António Fonseca e Luís Leão, Ana Bicó espera manter a bitola de qualidade das últimas campanhas, que tem granjeados vários prémios nacionais e internacionais à Herda-

Em 2007 Herdade do Pinheiro vai manter os rótulos já disponíveis no mercado e investir em dois tintos reserva. Incursão no sector do azeite é outra das apostas.

pub.

O vinho, a par do olival e da criação de gado (sobretudo bovino e porco alentejano), é a úni-ca saída para a agricultura no Baixo Alentejo. A ideia é defendida pela proprietária da Herdade do Pinheiro, que afi rma mesmo que a lavou-ra tradicional, ligada às culturas de sequeiro, “está esgotadíssima” e “é para esquecer”.Com uma visão bastante realista do sector e do Alentejo, Ana Bicó defende a criação de uma região demarcada para os concelhos de Beja e Ferreira do Alentejo, embora na sua opinião a qualidade (ou falta dela) do vinho tenha muito mais importância que a existência, ou não, de

uma região demarcada.Quanto à reforma prevista para o sector pla-neada pela União Europeia, a proprietária da Herdade do Pinheiro refere que “é muito cedo para falar” de tal, ainda que concorde com al-gumas das medidas propostas. Contudo, aler-ta Ana Bicó, existe uma grande difi culdade em “delinear uma política para seguir ao longo dos anos”.“Não existe uma política que vá limitando e projectando aquilo que tem interesse para a nossa região. E depois há aqueles que se aguen-tam e os outros que não”, conclui.

de do Pinheiro. “Tentamos sempre manter os mesmos padrões de qua-lidade para que os nossos consumi-dores não se possam sentir, de certa forma, defraudados ou desiludidos”, observa.

Neste momento, 80% do vinho produzido na Herdade do Pinhei-ro destina-se ao mercado nacional, podendo o restante ser encontrados no Brasil, Alemanha, Luxemburgo e Inglaterra. Futuramente, Ana Bicó quer chegar também ao mercado africano.

Aposta no azeite. “Herdeira” de uma tradição familiar quase centenária, a Herdade do Pinheiro surgiu no sec-tor vinícola em 2000, depois de um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros. “Já era um sonho do nosso avô ter uma marca e entrar no merca-do com vinhos engarrafados”, explica Ana Bicó, que não esquece as difi cul-dades de lançar uma nova marca.

“Lançar uma marca é extrema-mente difícil, sobretudo num ano em que tudo começou a desabar. […] Mas temos sobrevivido a tudo e a qualidade tem falado mais alto”, nota a proprietária.

Optimista quanto ao futuro, Ana Bicó revela que este ano foram plan-tados na Herdade do Pinheiro mais 16 hectares de vinha, estando igual-mente em curso a instalação de olival em 120 hectares. O azeite é, aliás, um sector onde a Herdade do Pinheiro quer penetrar, tendo este ano produ-zido cerca de 11 mil litros, que na sua maioria serão exportados brevemen-te para o Brasil.

“Estamos nos primeiros passos da sua comercialização e até agora as coisas têm tido alguma aceitação, embora seja um mercado compli-cado”, sublinha Ana Bicó, que afasta para já a possibilidade de avançar com a construção de um lagar.

Outro aspecto em que a proprie-tária da Herdade do Pinheiro aposta para um futuro próximo é no enotu-rismo, embora Ana Bicó coloque de parte a construção na propriedade de uma unidade de turismo rural.

“Temos de ir de uma forma lenta, progressiva, com os pés bem assentes na terra, para que tudo possa correr bem”, garante.

CARLOS PINTO

Agricultura de sequeiro está “esgotadíssima”

Ana Bicó revela que a Herdade do Pinheiro vai lançar em 2007 dois tintos reserva

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284 329 400 PUBLICIDADEsexta-feira2006.11.10 16

MERTURIS – EMPRESA MUNICIPAL DE TURISMO – EMANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOSEXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005(Valores expressos em Euros)

As notas que se seguem respeitam a numeração defi nida no Plano Ofi cial de Contabilidade. As notas cuja numeração não fi gura neste Anexo não são aplicáveis ou não são signifi cativas para a apreciação das demonstrações fi nanceiras

1. ACTIVIDADE E PRINCÍPIOS CONTABLÍSTICOSa) Constituição e ActividadeA Sociedade, constituída por escritura pública em 7 de Julho de 2004, tem por objecto principal promover o turismo no concelho de Mértola, assegurar a melhoria da qualidade de vida da população local e a dinamização da actividade económica através do adequado desenvolvimento da indústria do turismo, bem como monitorizar e garantir o cumprimento quer da estra-tégia de actuação defi nida quer dos preceitos regulamentares a criar para as intervenções turísticas no concelho de Mértola, podendo ainda exercer actividades acessórias, complementares ou conexas com o seu objecto social, directamente ou através de participação em quem as desenvolva, constituindo sociedades e participando no capital de outras.

b) Princípios ContabilísticosAs demonstrações fi nanceiras foram preparadas segundo a convenção dos custos históricos, na base da continuidade das operações e em con-formidade com os conceitos contabilísticos fundamentais de prudência, consistência, especialização dos exercícios, substância sobre a forma e materialidade.

3. CRITÉRIOS VALOMÉTRICOSa) Imobilizações corpóreasEstão valorizadas ao custo líquido das amortizações acumuladas. As amor-tizações são calculadas sobre o valor do custo, pelo método das quotas constantes, dentro dos limites das taxas legalmente fi xados, de forma a reintegrarem os imobilizados durante a sua vida útil estimada. As taxas de amortização utilizadas são as seguintes:

% AnualFerramentas e utensílios 20Equipamento administrativo 25Outras imobilizações corpóreas 12.5

As Imobilizações adquiridas mediante contratos de locação fi nanceira, são contabilizadas pelo método fi nanceiro, pelo que o respectivo valor de custo e as correspondentes responsabilidades estão reconhecidas no Balanço.

b) ExistênciasEstão valorizadas ao custo e abaixo do valor de realização.

6. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTOImpostos CorrentesA Empresa encontra-se sujeita ao Imposto sobre o Rendimento das Pes-soas Colectivas (IRC) à taxa normal de 25%, acrescida de Derrama à taxa máxima de 10%, conduzindo a uma taxa de imposto agregada máxima de 27,5%. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fi scais es-tão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fi cais durante um período de quatro anos (cinco anos para Segurança Social), excepto quando tenha havido prejuízos fi scais, tenham sido concedidos benefícios fi scais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são prolongados ou suspensos.Consequentemente, as declarações fi scais da Empresa dos exercícios de 2004 e 2005 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração entende que eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fi scais àquelas declarações de im-postos, não terão um efeito signifi cativo nas demonstrações fi nanceiras em 31 de Dezembro de 2005. Também de acordo com a legislação fi scal em vigor, os prejuízos fi scais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fi scais gerados durante esse período.A Empresa não tem qualquer responsabilidade a pagar de IRC.

Impostos DiferidosA Empresa não reconheceu contabilisticamente, por uma questão de pru-dência, impostos diferidos activos.

7. PESSOAL AO SERVIÇO DA EMPRESAA Empresa tem 4 pessoas ao seu serviço.

10. MOVIMENTO OCORRIDO NO IMOBILIZADOO movimento ocorrido nas rubricas de activo imobilizado e respectivas amortizações foi o seguinte:

Saldo Saldo Inicial Aumentos Abates FinalCustoImobilizações copóreas 270 - 270 Ferramentas e utensílios - 6.364 - 6.364 Equipamento administrativo - 240 - 240 Outras imobilizações corpóreas - - - - - 6.874 - 6.874Amortizações acumuladas Imobilizações incopóreas Ferramentas e utensílios - 102 - 102 Equipamento administrativo - 1.388 - 1.388 Outras imobilizações corpóreas - 85 - 85 - 1.575 - 1.575Valor líquido - 5.299

35. a 37. CAPITALO capital social subscrito, é de duzentos e cinquenta mil Euros, encontran-do-se por realizar 70%, e é detido em 100% pela Câmara Municipal de Mértola.

40. MOVIMENTO NOS CAPITAIS PRÓPRIOS 01.01.05 Aumentos Aplicações 31.12.05Capital 250.000 - - 250.000Resultados transitados - - (7.409) (7.409)Resultado líquido do exercício (7.409) (62.252) 7.409 (62.252) 242.591 (62.252) - 180.339

41. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMI-DAS 2005Existências iniciais 4.725Compras 5.752Existências fi nais (2.400) 8.077

46. RESULTADOS EXTRAÓRDINÁRIOS 2005Custos e perdasDonativos 15.740Multas e penalidades 29Outros custos e perdas extraordinários 47 15.816Valor líquido (15.816)

48. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Saldos Saldos Devedores CredoresIVA a recuperar 7.201 -IRS - retenções na fonte - 583Segurança Social - 1.515 7.201 2.098

49. SUBSIDÍOS À EXPLORAÇÃOOs subsídios são oriundos de entidades que subsidiaram algumas acções promocionais ou eventos no âmbito do turismo concelhio, destacando-se em primeiro lugar o Município de Mértola.

50. RESULTADO LIQUIDO DO EXERCÍCIOO resultado liquido do exercício, prejuízo no montante de 62.252,97€, será contabilizado na conta de Resultados Transitados.

A Administração O Técnico Ofi cial de Contas

(Assinatura ilegível) (Assinatura ilegível)

Correio Alentejo nº 32 de 10/11/2006 Única Publicação

MÉRTURISEmpresa Municipal

de Turismo E.M.

CARLOS MONTEVERDE

Chefe de Serviço de Medicina Interna

Doenças do Estômago,

Fígado e Rins,

Endoscopias Digestivas

Convenções:CTT, CGD, SAMS,

Ministério da Justiça

Consultas em: Aljustrel - 284 600 050

Beja - 284 328 023Castro Verde - 286 320 010

EXPLICAÇÕESDE

ALEMÃO

Qualquer nível de ensino.

Individuais ou em grupo.

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284 329 400 PUBLICIDADE sexta-feira2006.11.1017

J. Monteiro & Associados – Sociedade de Revisores Ofi ciais de Contas, Lda.José Carlos Pinto Silva Mota / José Manuel Carlos Monteiro / Maria Ema Assunção Palma / Salvador Figueiredo Vás Lima

RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO

Senhores Accionistas,A fi m de dar cumprimento aos estatutos e á legislação vigente, na qualidade de Fiscal Único, apresentamos o nosso Relatório e Parecer sobre as Contas e o Relatório de Gestão apresentados pelo Conselho de Administra-ção de MERTURIS – EMPRESA MUNICIPAL DE TURISMO – EM, relativamente ao exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2005.Analisámos o Relatório de Gestão do Conselho de Administração e as contas do exercício fi ndo em 31 de De-zembro de 2005, compreendendo o Balanço, a Demonstração dos resultados por natureza, a Demonstração dos fl uxos de caixa e o correspondente Anexo com as respectivas notas explicativas.Na qualidade de Revisor Ofi cial de Contas, procedemos á emissão da Certifi cação Legal das Contas, e do Rela-tório Anual sobre a Fiscalização Efectuada.Nesta conformidade, entendemos que os documentos acima referidos permitem, quando lidos em conjunto, uma boa compreensão da situação fi nanceira de MERTURIS – EMPRESA MUNICIPAL DE TURISMO – EM, em 31 de Dezembro de 2005, satisfazendo as disposições legais e estatuárias.Como nos compete damos ainda o nosso acordo quanto aos critérios valométricos utilizados pela sociedade, que constam em Anexo ao balanço e à Demonstração dos Resultados.Nestes termos, o Fiscal Único é de Parecer:1º Que sejam aprovados o Relatório de Gestão do Conselho de Administração, o Balanço, a Demonstração dos resultados por natureza, a Demonstração dos fl uxos de caixa e o correspondente Anexo, relativos ao exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2005.2º Que seja aprovada a proposta de aplicação de resultados apresentada pelo Conselho de Administração.

Lisboa, 31 de Março de 2006

O FISCAL ÚNICOJ. MONTEIRO & ASSOCIADOSSociedade de Revisores Ofi ciais de Contas, Lda.

Representada por:(Assinatura ilegível)José Manuel Carlos Monteiro

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CUBA RECEBE PROFESSORES Para manter a tradição dos últimos anos a Câma-

ra de Cuba promoveu quarta-feira, 8, a recepção aos professores. No mesmo dia o concelho foi visitado pelo director regional de Educação, José Verdasca.

MUNICÍPIO PARTICIPADO EM ALJUSTREL A Câmara de Aljustrel está a promover a

iniciativa “Município Participado”. A pri-meira reunião decorreu quarta-feira, 8, na Junta de Freguesia de Ervidel. Seguem-se as restantes freguesias.

AEROPORTO ARRANCA EM 2007 O arranque das obras no aeroporto

de Beja só deverá acontecer em 2007, revelou o ministro das Obras Públicas às comissões parlamentares de Orça-mento e Finanças e de Obras Públicas.

Opresidente da Câmara Mu-nicipal de Alvito pretende que a Estradas de Portugal

(EP) melhore os troços da Estrada Nacional (EN) 257 (entre Viana do Alentejo e Alvito), 258 (entre Alvito e Vila Ruiva) e da 258-1 (entre Vila Ruiva e Cuba). A reivindicação é antiga e justifi ca-se, na opinião de João Paulo Trindade, pelo mau es-tado da via e também pela necessi-dade de captar novos investimen-tos para o concelho.

“As acessibilidades são uma questão importante para a capta-ção de investimentos e até para a fi xação de pessoas. Além do mais, cada vez mais as pessoas olham para as distâncias não tanto em quilómetros, mas em tempo”, re-fere o autarca eleito por um movi-mento independente.

Nesse sentido, e porque a Câ-

Autarquia pretende que Estradas de Portugal melhore traçado das vias que ligam o concelho a Cuba e a Viana do Alentejo.

João Paulo Trindade sublinha necessidade da obra, por forma a captar mais investimentos e pessoas para Alvito.

Acessibilidades. Estado de degradação da via que liga concelho ao IP 2 preocupa autarca João Paulo Trindade

Câmara de Alvito quer melhorar estradas

VIDA ACTUAL SOCIEDADEPOLÍTICA > Estado | parlamento | câmaras municipais | juntas de freguesia • SOCIEDADE • SAÚDE • URBANISMO • EMPREGO • TECNOLOGIA

Granja

A aldeia ribeirinha da Granja, uma das 16 aldeias que integram a rede de aldeias ribeirinhas das albufeiras de Alqueva e de Pe-drógão, vai receber hoje e ama-nhã, 10 e 11 de Novembro, a 1ª Feira Regional Regi Granja 2006. Esta iniciativa está integrada no Plano de Acção para as Aldeias Ribeirinhas 2006/2009 promovi-do pela EDIA - Empresa de De-senvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva e Gestalqueva. A feira tenta remeter o evento para o “mais tradicional”, valorizando os produtos de excelência pro-duzidos na freguesia.

Aldeia promoveFeira Regional

Mértola

Manuel Passinhas da Palma inaugura, no próximo dia 15 de Novembro, às 18h30 horas, uma exposição individual na Casa das Artes Mário Elias em Mérto-la. Manuel Passinhas oferece o traço, o pastel, a aguarela, o óleo, a cor e cada quadro seu cresce e madura como um puzzle. Como se restaurasse minuciosamente um vaso de “corda seca” ou uma frágil “casca de ovo”. Patente ao público até 2 de Dezembro, a exposição tem a colaboração e o apoio da Junta de Freguesia de Mértola e da Câmara Municipal local.

Manuel Passinhasinaugura exposição

Baixo Alentejo

A Direcção da Organização Regional de Beja (Dorbe) do PCP revelou em conferência de imprensa realizada na segunda-feira, 6, algumas das pro-postas que gostaria de ver contempladas no Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (Piddac), por forma a garantir a “melhoria das qualidade de vida da população” e o “de-senvolvimento do distrito de Beja”.

Nesse sentido, a Dorbe do PCP propôs, através do deputado José Soeiro, a construção das variantes a Beja, Beringel, Aljustrel e Moura, assim como a construção da escola básica 1+2+3 de Alvito e do hospital de retaguarda de Moura, o desassoreamento do rio Guadiana ou a recuperação da muralha do castelo de Beja em vários troços, entre outras sugestões.

José Soeiro aproveitou a ocasião para considerar o Orçamento do Esta-do para 2007 apresentado pelo Governo de José Sócrates “mau”, muito por culpa de aspectos como a persistência no “desinvestimento público como forma de reduzir o défi ce”, o agravamento da carga fi scal “sobre reformados e cidadãos com defi ciência” e a insistência “na política de privatização dos sectores mais rentáveis do sector empresarial do Estado”, entre outros.

Deputado José Soeiro criticaPiddac e Orçamento de Estado

Vidigueira

A Câmara Municipal de Vidi-gueira vai promover na próxi-moa terça-feira, 14, a habitual recepção à comunidade educa-tiva (professores, educadores, auxiliares e administrativos) de todas as escolas do concelho. A cerimónia terá início pelas 14h30m, com uma recepção pelo executivo camarário no Salão Nobre dos Paços do Con-celho, seguindo-se a visita ao Museu Municipal de Vidigueira e à Central Hidroeléctrica da Barragem de Alqueva. Esta ini-ciativa terminará com um jantar convívio com animação.

Câmara recebeprofessores

mara Municipal “por si só tem difi culdades em intervir a esse ní-vel”, têm sido feitas as diligências necessárias junto das entidades competentes, nomeadamente junto da EP, por forma a fazer ver a necessidade das remodelações pretendidas.

“Temos reivindicado e já nos disseram que é intenção da EP há alguns anos fazer uma intervenção com algum signifi cado na estada que liga o Itinerário Principal 2 [N.d.r.: no entroncamento logo a seguir à localidade de São Matias] a Viana do Alentejo [N.d.r.: troço Al-vito-Viana do Alentejo da EN 257]. Seria um melhoramento a nível de traçado, de alargamento da via e rectifi cação de bermas”, explica o edil de Alvito.

Sublinha João Paulo Trindade que a intervenção desejada seria “muito importante” para os três concelhos em causa, sobretudo para aquele cuja Câmara Munici-pal preside. “A melhoria das aces-Estrada degradada preocupa João Paulo Trindade

sexta-feira2006.11.10

sibilidades seria importante para o desenvolvimento do concelho de Alvito. Essa é uma constatação de que nos apercebemos no dia-a--dia. Para quem cá ver passar o fi m-de-semana, isso não é muito signifi cativo. Para quem tem de usar estas vias diariamente, [o seu actual estado] já é um obstáculo enorme”, sustenta.

Contudo, continua o autarca, há já dois anos que a proposta de remodelação não é contemplada com qualquer verba no Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administra-ção Central (Piddac), o que leva João Paulo Trindade a argumentar ser “preferível” avançar de imedia-to com o projecto, “mesmo sem ga-rantias de fi nanciamento”. “Talvez a existência de projecto possa faci-litar a inscrição de verbas no pró-prio Piddac [de futuro]”, observa.

Já este ano, João Paulo Trinda-de tentou sensibilizar as entidades competentes para a necessidade da intervenção, mas acabou por ter como resposta a garantia de que em 2006 seria impossível a obra avançar. Uma situação que o leva a concluir que existe, cada vez mais, a opção de “desviar os recursos [fi -nanceiros] para onde as pessoas são mais”.

“Não concordo com essa estra-tégia, porque quanto mais não se investir no interior e nos pequenos concelhos, tanto mais estamos a avolumar os problemas que já exis-tem”, fi naliza João Paulo Trindade.

CARLOS PINTO

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

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19VIDA ACTUAL SOCIEDADE sexta-feira2006.11.10

Ensino Superior. Representante dos Estudantes na Comissão Permanente do Conselho Geral do IPB

Propinas e Bolonhapreocupam estudantes

Estudantes do Instituto Politécnico de Beja, segundo António Carneiro, lamentam o aumen-to de propinas “num tempo de crise” e criticam o modo como está a ser implementado o Proces-so de Bolonha.

O aumento das propinas, “num tempo de crise”, é uma das gran-des preocupações dos alunos do Instituto Politécnico de Beja (IPB). Em entrevista ao “Correio Alente-jo”, o representante das Associa-ções de Estudantes na Comissão Permanente do Conselho Geral do IPB, António Carneiro, mostra-se ainda “preocupado” com a imple-mentação do Processo de Bolonha que, segundo diz, “não esta a ser conduzida da melhor maneira”. “Existem ainda muitas dúvidas e algumas lacunas”, afi rma.

Por outro lado, adianta António Carneiro, as instalações da ESTIG são “um verdadeiro tendão de Aquiles do IPB”. O representante dos alunos lamenta que a escola ocupe instalações provisórias alu-gadas e pavilhões pré-fabricados “há mais de 10 anos”, sublinhan-do que isso se traduz em “grandes transtornos para docentes e estu-dantes”. Os problemas de humida-de e o isolamento em relação ao resto do IPB, no lado oposto da ci-dade, são problemas considerados graves pelos estudantes.

“Penso que este problema tem de ser resolvido o mais breve pos-sível. A construção da ESTIG é também um problema da cidade e da região, pois iria benefi ciar com novos serviços de apoio à comu-nidade. Por isso apelo ao apoio e união de todas as instituições se-deadas em Beja e na região, para se unirem e fazerem ver ao Governo e ao senhor ministro do Ensino Su-perior que é importante a constru-ção desta escola”, declara.

Noutro enquadramento, Antó-nio Carneiro admite que o IPB “não sofre de carências muito grandes ao nível dos serviços de apoio”,

mas identifi ca debilidades “na sua manutenção, pois o orçamento do instituto tem vindo a diminuir ano após ano”.

Com objectividade, o represen-tante dos alunos identifi ca as debi-lidades das quatro escolas do IPB: “A ESTIG, além de uma escola nova, precisa de laboratórios bem equi-pados. A Escola Superior de Saúde precisa de melhores equipamentos e acompanhar permanentemente os estudantes nos seus estágios. A Superior de Educação, como se virou mais para uma componen-te tecnológica, precisa de novos equipamentos para dar apoio as aulas de comunicação, multimé-dia e artes plásticas. A Agrária pre-cisa de ter as explorações agrícolas e pecuárias em bom estado para os alunos poderem praticar”.

Por outro lado, António Carnei-ro salienta que o IPB “poderia me-lhorar os serviços informáticos, de maneira a que muitos do-cumentos e informações não obrigassem os estudantes a irem às secretarias das es-colas”.

Convidado a iden-tifi car caminhos para melhorar as condi-ções gerais de fun-cionamento no IPB, o representante dos alunos admite que “é mais complicado” fazê-lo, mas destaca como “necessário e fundamental uma avaliação pedagógica das escolas”, para que seja apurado como está a ser ministrado o ensino.

“A implementação do Pro-cesso de Bolonha é uma opor-

tunidade única para se mexer no Ensino Superior. Considero que o ensino politécnico está mais pre-parado para se adaptar, mas no-tam-se algumas reticências na sua implementação. Muito docentes interpretaram mal o espírito de Bolonha”, assinala o aluno.

Noutra área, António Carnei-ro afi rma que gostaria de ver ul-trapassada a diferença na acção social entre politécnicos e uni-versidades. “Os politécnicos são vítimas de uma grande injustiça. Os alunos dos institutos são, por norma, mais carenciados do que os das universidades e recebem bolsas inferiores”, destaca.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCES) con-sidera “prioritária” a atribuição do fi nanciamento para a construção das novas instalações da Escola Superior de Tecnologias e Gestão de Beja (Estig). A garantia foi deixada pelo director-geral do Ensino Supe-rior em Beja na passada terça-feira, 7, aquando da sua intervenção na

sessão solene comemorativa do Dia do Instituto Politécnico de Beja (IPB), que assinalou igualmente a abertura ofi cial do novo ano

lectivo 2006-2007.Perante uma plateia bem composta, António Morão

Dias elogiou a “atitude pró-activa” do IPB, que na sua opinião “tem demonstrado iniciativas de resposta”

aos sucessivos desafi os e revelado “todo um trabalho colectivo na construção de uma instituição que pre-

tende aliar uma cultura de qualidade a um papel actuante no desenvolvimento sustentado da re-

gião onde se insere”.Por isso mesmo, acrescentou Morão Dias, é

esperada “para muito breve uma solução para o problema das instalações da Estig”, tendo o MCES solicitado ao IPB uma candidatura ao Programa Operacional Ciência e Inovação, por forma a garantir o fi nanciamento para a

construção da primeira fase da nova escola.As palavras do director-geral do Ensino Supe-

rior foram de encontro àquelas que haviam sido as preocupações manifestadas momentos antes pelo presidente do IPB. No seu discurso, José Luís Ramalho mostrou-se esperançado no avanço do projecto, realçando o facto do IPB ter sido o único instituto do ensino superior politécnico contem-plado pelo Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (Pi-ddac) para 2007 com uma verba de 200 mil euros.

“Será uma demonstração de boa vontade? Pensamos que sim. […] Estamos confi antes que o poder político não

voltará mais uma vez atrás. Acreditamos que, desta vez, a engenharia fi nanceira encontrada concretiza justas e já an-tigas expectativas de toda a comunidade académica daquela escola”, disse.

Apresentando um discurso de confi ança e optimismo, José Luís Ramalho sublinhou ainda a necessidade de serem fomentadas parcerias com outras instituições, para de segui-da revelar que o IPB está a envidar “todos os esforços” para a criação, a “curto-prazo”, da “grande região do conhecimento do sudoeste europeu”.

O projecto vai envolver todas as instituições de ensino superior do Sul do país interessadas, assim como algumas instituições de ensino superior espanholas, no sentido de di-namizar uma zona “onde o ensino e a investigação sejam de reconhecida e inquestionável competência”.

Antes de José Luís Ramalho e António Morão Dias, intervie-ram na sessão solene comemorativa do Dia do IPB o represen-

tante dos alunos no Conselho Geral da instituição, António Car-neiro, e o presidente da Escola Superior de Educação, Vito Carioca,

que apresentou a oração de sapiência “Pressão no sistema ou desa-fi os ao ensino superior politécnico? Encruzilhadas da modernidade, refl exões que se impõem”. A animação musical esteve a cargo da Tuna Masculina da Escola Superior Agrária, Semper Tesus.

Dia do Instituto Politécnico de Beja

ESTIG “prioritária” para o Ministério do Ensino Superior

IPB e região deveriam“conseguir maior sintonia”O representante dos alunos do IPB considera que há proximi-dade entre o instituto e a cidade de Beja, mas ressalva que “de-veria haver mais sintonia em relação à verdadeira importância do IPB na região, como pólo de desenvolvimento tecnológico e científi co das diversas áreas do saber”. António Carneiro entende que as instituições da região deveriam “apostar cada vez mais” nos jovens formados no IPB, “como forma de fi xar quadros superiores no Alentejo, tendo em vista projectos como o aeroporto de Beja, o alargamento do porto de Sines e as múltiplas vertentes da barragem do Alqueva. “Os alunos que constituem o IPB são muito importantes para o desenvolvimento e mudança de mentalidades na cidade e na região. Noto que Beja gosta dos estudantes, fi ca mais bonita e alegre com eles, porque eles dinamizam e despertam a cidade com a sua vivacidade e irreverência”, afi rma António Carneiro, que frequenta a Escola Superior Agrária e preside à Assembleia Geral da Associação de Estudantes.

Presidente do IPB quer criar, juntamente com outras instituições congéneres, a “região do conhecimento do sudoeste europeu”.

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Fernando Sousa Caeiros, Presidente da Câmara Municipal de Castro Verde:

Faz saber que, esta Câmara Municipal, em reunião realizada no dia 25 de Outubro de 2006, deliberou, aprovar o seguinte calendário para a realização de Feiras e Mercados em Castro Verde, durante o ano de 2007.

• Feiras Anuais:

MÊS DIAS DENOMINAÇÃO LOCAL Janeiro 20 Feira do Pau Roxo Rossio do Santo (S. Sebastião) Maio 5 Feira de Maio Parque de Feiras e Exposições Outubro 13 a 15 Feira de Castro de Castro Verde

• Mercados Mensais:

MÊS DIAS LOCAL Fevereiro 7 Março 7 Abril 4 Junho 6 Parque de Feiras e Exposições Julho 4 e 18 de Castro Verde Agosto 8 Setembro 5 Novembro 7 Dezembro 5 e 19

(a) - Os dias indicados para a realização de mercados coincidem com a pri-meira e terceira 4ª. feira de cada mês, à excepção do mercado no mês de Agosto que se realiza na 2.ª quarta feira.

Castro Verde, 2 de Novembro de 2006

O Presidente da Câmara

(assinatura ilegível)

Fernando Sousa Caeiros

284 329 400 PUBLICIDADEsexta-feira2006.11.10 20

CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

EDITAL N.º 30/06 CALENDÁRIO DE FEIRAS E MERCADOS

NO ANO DE 2007

Correio Alentejo nº 32 de 10/11/2006 Única Publicação

N.º do Processo: 203/03.6TBAVZ-AAlvaiázere – Tribunal Judicial – Secção ÚnicaExequente (s): Artur Caetano da Silva e outrosExecutado (s): José Maria Burrica e outrosValor: 6.351,09 €Referência interna: PE/7/2004

DATA07-11-06

DESCRIÇÃO

ANÚNCIO

FAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados, encontrando-se designado o dia 30 de Novembro de 2006, pelas 9,30 h, no Tribunal da Comarca de Alvaiázere, para a abertura das propostas, que sejam entregues até esse momento, na secretaria do Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: Prédio Urbano de rés-do-chão, com área coberta de 74 m2 e descoberta de 66m2, sito em R. do Rocio, aldeia e freguesia de Baleizão, concelho de Beja, inscrito na matriz respectiva da freguesia de Baleizão sob o artigo 484.O bem pertence aos executados Manuel Maria Burrica e mulher Maria Ascensão Ca-nena Cristina, casados sob regime de comunhão de adquiridos, residentes na R. 1º de Maio nº9 # Atalaia # Vila Nova da Barquinha em compropriedade com Gertrudes Ca-rolina Canena Cristina Canhoto, Alexandre Ralha Canena Cristina, Carmelina Canena Cristina Gouveia, Joaquim Lourenço Canena Cristina, Gertrudes Carolina Canena, Luís António Canena Cristina e José Alexandre Cristina.Valor base: 21.500.00€Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 15.050.00€, corresponden-te a 70% do valor base.É fi el depositário, que os deve mostrar, a pedido, o Sr. Manuel Maria Burrica# exe-cutado.Pombal, 7 de Novembro de 2006

Assinatura(Assinatura Ilegível)Fátima Gonçalves

FÁTIMA GONÇALVESSolicitador de Execução

Correio Alentejo nº 32 de 10/11/2006 Única Publicação

†- Faleceu o Exmo. Sr. ARMANDO JOSÉ RODRI-GUES PRETO, de 33 anos, natural de Sé - Bragança, casado com a Exma. Sra.

D. Susana Marisa Vaz Pereira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 1, da Casa Mortuária de Vale de Onor - Bragança, para o cemité-

rio local.

RIO DE ONOR / BRAGANÇA

†- Faleceu o Exmo. Sr. JOAQUIM MARIA DOS

SANTOS, de 76 anos, na-tural de Conceição - Ouri-que, casado com a Exma. Sra. D. Catarina Custódia Rocha. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 2, da Casa Mortuária do Penedo Gor-do, para o cemitério local.

PENEDO GORDO

†- Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA DAS DORES FERREIRA, de 76 anos, natural de Alvito, casada

com o Exmo. Sr. Francisco Faustino Ferreira. O funeral a cargo desta Agência reali-zou-se no passado dia 2, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

BEJA

†- Faleceu a Exma. Sra. D. MARIE EVELYNE FROIDU-RE GUERREIRO APOLÓ-NIA, de 57 anos, natural de Saint Denis – França, viúva.

O funeral a cargo desta Agência realizou-se no

passado dia 7, no cemité-rio de Ferreira do Alentejo,

onde foi cremada, seguindo os seus restos mortais para o cemitério da terra de sua

residência.

HAMELET-FRANÇA

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

Às famílias

enlutadas

apresentamos

as nossas mais sinceras

condolências.

†- Faleceu o Exmo. Sr. AUGUSTO MANUEL

CASADINHO, de 74 anos, natural de Santiago Maior

- Beja, casado com a Exma. Sra. D. Antónia do Rosário Guerreiro Casadinho. O fu-neral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 03, da Igreja Paroquial do

Carmo, para o cemitério de Beja.

BEJA

†- Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA ELISA MATA PINTOS MOURATA, de

58 anos, natural de Cuba, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 3, da Casa Mortuária de Cuba, para o

cemitério local.

CUBA

†- Faleceu a Exma. Sra. D. AUGUSTA MENDES, de 91

anos, natural de Aljustrel, viúva. O funeral a cargo

desta Agência realizou-se no passado dia 3, da Igreja de Montes Velhos, para o

cemitério local.

MONTES VELHOS

ALMODÔVAR - T1 no centro da vilac/ sala + kitchnet, WC, quarto c/ roupeiro,

dispensa, A/C e garagem.

PREÇO: € 70.200 CONTACTO: 286 322 060

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Nuno Palma Ferro tomou esta quin-ta-feira, 9, posse como presidente da Associação de Patinagem do Alente-jo (APA). Em entrevista ao “Correio Alentejo”, Palma Ferro revela as li-nhas que vão orientar o seu segundo mandato, traçando como objectivo trazer mais jovens para a prática da modalidade e, simultaneamente, reorganizar administrativamente a associação. As estas metas, o presi-dente da APA acrescenta também o desafi o de dar outra projecção à as-sociação. Nesse sentido, está já con-fi rmada a realização, em 2007, da fi nal four do campeonato nacional de juniores de hóquei em patins em Castro Verde.

Que balanço faz do primeiro mandato como presidente da APA?Serei sempre pessoa suspeita para fazer um balanço. Penso que devem ser as pessoas que estão à volta da associação que devem fazer esse balanço. No entanto, devo ressalvar que ao longo destes dois anos tive-mos uma equipa extraordinaria-mente coesa, que trabalhou sempre com a melhor das intenções e de for-ma a projectar a patinagem, o que, à

Modalidades. Nuno Palma Ferro revela expectativas para o seu segundo mandato na Associação de Patinagem do Alentejo

PEPE QUER JOGAR POR PORTUGAL O defesa-central Pepe quer naturalizar-se

português e alinhar com a camisola da selecção nacional portuguesa. O desejo foi admitido pelo próprio no início da semana, depois da vitória do FC Porto em Setúbal.

CAPITÃO CUSTÓDIO DEFENDE GRUPO Custódio saiu em defesa dos seus colegas

e desdramatizou o ciclo sem vitórias do Sporting. “Estávamos a ter essa carência de golos, mas frente ao Sp. Braga fi ze-mos três e vencemos”, realçou.

ENCARNADOS CONTESTAM RELATÓRIOS O Benfi ca anunciou em comunicado que enviou uma exposição à Liga, devido à “enorme estra-nheza” que foi ter recebido três relatórios de três delegados, quando para o FC Porto-Benfi ca só estariam nomeados dois delegados.

CORREIO DESPORTIVO

Nos próximos dois anos, Nuno Palma Ferro quer garantir a reorganização adminis-trativa da associação e trazer mais jovens para a patinagem.

CARLOS PINTO JOSÉ TOMÉ MAXIMO

Patinagem quer crescer

AGENDA

FUTEBOL | 6

Sábado, 11 Juniores | 2ª Div. Nacional > jornada 11

Despertar - Barreirense [15h00]

Juniores | Camp. Distrital > jornada 2 FC Castrense - Moura [15h00] Bairro da Conceição - Ferreirense [15h00] Piense - Desportivo de Beja [15h00]

Seniores | Taça do Distrito > 1ª eliminatória Almodôvar - Salvadense [15h00] Alvorada - FC São Marcos [15h00]

Domingo, 12 Iniciados | Camp. Nacional > jornada 9

Estrela - Despertar [11h00] Sp. Cuba - Imortal [11h00]

Juvenis | Camp. Nacional > jornada 8 Odemirense - Farense [10h30]

Seniores | Taça do Distrito > 1ª eliminatória At. Ficalho - Ferreirense [15h00] Entradense - Renascente [15h00] Alfundão - Aldenovense [15h00] Messejanense - Santa Clara-a-Nova [15h00] Vale de Vargo - São Domingos [15h00] Vasco da Gama - Odemirense [15h00] Piense - Alvito [15h00] Moura - Bairro da Conceição [15h00] Baleizão - Milfontes [15h00]

JORNADA | 8

Lusitano VRSA - Lusitano de Évora .................1-1 Campinense - Silves .......................................2-1 Desportivo de Beja - Amora ...........................1-2 Juventude de Évora - FC Ferreiras ...................4-2 Cova da Piedade - FC Serpa ...........................6-0 Vit. Setúbal B - Almansilense ..........................2-1 Lagoa - Beira Mar MG ....................................3-1 Descansou: At. Reguengos

série F III DIVISAO

J V E D M-S P 1 Lagoa 7 6 0 1 15-07 18 2 Juventude 8 5 2 1 16-08 17 3 Cova da Piedade 7 5 0 2 18-08 15 4 Amora 8 4 3 1 08-05 15 5 FC Ferreiras 8 4 2 2 13-09 14 6 Beira Mar MG 7 3 2 2 08-07 11 7 Almansilense 7 3 1 3 15-12 10 8 Lusitano VRSA 8 3 1 4 07-10 10 9 Desportivo Beja 8 3 0 5 07-09 9 10 Vit. Setúbal B 7 3 0 4 08-11 9 11 Campinense 8 2 3 3 07-11 9 12 At. Reguengos 7 2 2 3 08-11 8 13 FC Serpa 7 2 0 5 04-15 6 14 Silves 8 1 1 6 07-12 4 15 Lusitano Évora 7 1 1 5 06-12 4 16 Vasco da Gama 0 0 0 0 0-0 0

Próxima Jornada | 19.11.2006 Lusitano VRSA-Campinense; Silves-Desportivo de

Beja; Amora-Juventude de Évora; At. Reguengos- -Cova da Piedade; FC Serpa-Vit. Setúbal B; Almansi-

lense-Lagoa e Lusitano de Évora - Beira Mar MG Descansa: FC Ferreiras

AF BEJA 1ª DIVISAO

JORNADA | 7

Entradense - Ferreirense .................................1-0 FC São Marcos - Guadiana ......................(adiado) Barrancos - Odemirense .................................1-2 Moura - Piense ...............................................0-1 Salvadense - Almodôvar .................................0-3 Vasco da Gama - FC Castrense .......................1-0 Milfontes - Mineiro Aljustrelense ....................1-7

J V E D M-S P 1 Vasco da Gama 7 4 2 1 12-08 14 2 Aljustrelense 7 3 4 0 22-10 13 3 FC São Marcos 6 4 1 1 12-08 13 4 Moura 7 4 1 2 17-07 13 5 Entradense 7 4 1 2 11-12 13 6 FC Castrense 7 3 2 2 11-07 11 7 Ferreirense 7 3 1 3 16-08 10 8 Piense 7 3 1 3 11-12 10 9 Odemirense 7 3 1 3 08-11 10 10 Milfontes 7 2 2 3 12-17 8 11 Almodôvar 7 2 2 3 10-11 8 12 Barrancos 7 1 1 5 08-19 4 13 Guadiana 6 1 1 4 05-13 4 14 Salvadense 7 1 0 6 06-18 3

Próxima Jornada | 19.11.2006 Ferreirense-Milfontes; Guadiana-Entradense;

Odemirense-FC São Marcos; Piense-Barrancos; Al-modôvar-Moura; FC Castrense-Salvadense e Mineiro Aljustrelense-Vasco da Gama

FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR

nossa medida e nossa maneira, pen-so que conseguimos.

Consegue eleger o ponto alto e o ponto baixo deste primeiro mandato? Pontos baixos tenho muita difi cul-dade em encontrá-los, já que um dos motivos que nos leva a continuar é porque os pontos altos foram muito maiores que os pontos baixos. Como ponto alto, tínhamos projectado fo-mentar a actividade desportiva e o hóquei em patins. E o Torneio In-ter-Regiões, em Aljustrel, foi o nosso ponto alto em termos activos, apesar de no dia-a-dia o trabalho que todos temos na associação ter sido muito mais árduo. Mas o Torneio Inter-Re-giões foi, de facto, o evento que deu uma melhor imagem daquilo que andamos a fazer das portas para dentro.

Que espera do novo mandato?As expectativas são sempre a subir, porque se fosse para manter não nos tínhamos recandidatado. Este ano vamos levar a fi nal four do campeo-nato nacional de juniores em hóquei em patins para Castro Verde, onde es-peramos ter os expoentes máximos do hóquei em patins nacional. Que-remos também apresentar uma can-didatura de Beja ao Campeonato da Europa em Patinagem Artística para juvenis em 2008. Estes são os nossos próximos desafi os. Já provámos que somos capazes de fazer provas nacio-nais bem feitas e agora queremos dar um pulo pela nossa região.

São essas as grandes metas que pre-tendem alcançar até 2008? Estas serão as grandes marcas deste segundo mandato. E também ar-rumar a casa administrativamente, não esquecendo o objectivo de au-

mentar o número de atletas, o que tem sido muito difícil.

Como trazer mais jovens para a práti-ca da patinagem?É muito difícil e todas as modali-dades, à excepção do futebol, estão com este problema. É um problema grave e julgo que social. Porque hoje em dia os pais têm de acompanhar os fi lhos e como a vida familiar está muito difícil, cada vez temos menos jovens a praticar desporto, nome-adamente a patinar. Fazemos in-tervenções ao nível da formação, já temos bastantes técnicos espalha-dos pelo Alentejo, os clubes também estão bem organizados e esperamos

que, desta forma, as pessoas tragam os seus fi lhos para a patinagem. Por-que patinar é giro e não há nenhum miúdo que não goste.

De que forma analisa a realidade da patinagem no Alentejo?Julgo que vamos assistir a um renas-cimento da patinagem de velocida-de. A patinagem artística tem mais dois clubes inscritos este ano na APA e seguramente que também vai su-bir. O hóquei em patins é que está com algumas difi culdades, mas está a surgir um segmento que até agora não tinha aparecido, que é o hóquei feminino. Por isso, julgo que a ten-dência geral é melhorar.

Futebol

Francisco Fernandes é desde quar-ta-feira, 8, o novo treinador do Mineiro Aljustrelense. O técnico bejense chegou a acordo com a di-recção do emblema da vila das mi-nas no início da semana e substitui no cargo Jorge Shéu, que deixou o comando técnico da equipa no passado sábado devido aos resultados menos positivos registados no campeonato da 1ª Divisão Distrital.

Trata-se do re-gresso de Francisco Fernandes a uma casa que ele bem conhece, já que na

temporada transacta o técnico be-jense orientou a equipas nas últi-mas sete jornadas da Série F da 3ª Divisão Nacional. Por isso mesmo, considerou o presidente do Mi-neiro Aljustrelense, Nelson Brito, a opção por Francisco Fernandes “foi

óbvia”.O novo técnico do Mi-

neiro começou a traba-lhar apenas na quarta-fei-ra, 8, não tendo prestado declarações à imprensa antes do fecho de edição. A estreia de Francisco Fernandes vai ocorrer no próximo dia 19, em casa, diante do líder Vasco da Gama da Vidigueira.

Francisco Fernandes substitui Jorge Shéu no Mineiro Aljustrelense

Futebol

Realiza-se este fi m-de-semana a primeira eliminatória da Taça do Distrito de Beja. Ao todo, são 27 emblemas aqueles que vão tentar inscrever o seu nome no historial da prova.

No sábado, 11, disputam-se duas partidas antecipadas, que vão colocar frente-a-frente Almo-dôvar e Salvadense, e Alvorada de Ervidel e FC São Marcos. No domingo, realizam-se as restan-tes nove partidas desta primeira eliminatória, com destaque para a partida entre o Vasco da Gama e o Odemirense. Ficaram isentos nes-ta ronda FC Castrense, Mineiro Al-justrelense, Barrancos, Guadiana de Mértola e Cabeça Gorda.

Taça do Distrito este fi m-de-semana

sexta-feira2006.11.1021

Nuno Palma Ferro quer ver mais jovens a patinar

AF BEJA 2ª DIVISAO - SÉRIE A

JORNADA | 1

Bairro da Conceição - Aldenovense ................2-2 Alvito - Cabeça Gorda ....................................2-1 Vale de Vargo - At. Ficalho ......................(adiado) Alfundão - Baleizão .................................(adiado) J V E D M-S P 1 Alvito 1 1 0 0 02-01 3 2 Aldenovense 1 0 1 0 02-02 1 3 B. Conceição 1 0 1 0 02-02 1 4 Alfundão 0 0 0 0 00-00 0 5 At. Ficalho 0 0 0 0 00-00 0 6 Baleizão 0 0 0 0 00-00 0 7 Vale de Vargo 0 0 0 0 00-00 0 8 Cabeça Gorda 1 0 0 1 01-02 0

Próxima Jornada | 19.11.2006 Aldenovense-Alvito; Baleizão-Bairro da Conceição;

Cabeça Gorda-Vale de Vargo e At. Ficalho-Alfundão

AF BEJA 2ª DIVISAO - SÉRIE B

JORNADA | 1

Santa Clara-a-Nova - Boavista ........................2-2 Beira Serra - Sanluizense ................................4-2 São Domingos - Messejanense .......................2-3 Renascente - Alvorada de Ervidel ....................2-0

J V E D M-S P 1 Beira Serra 1 1 0 0 04-02 3 2 Renascente 1 1 0 0 02-00 3 3 Messejanense 1 1 0 0 03-02 3 4 Boavista 1 0 1 0 02-02 1 5 Santa Clara 1 0 1 0 02-02 1 6 São Domingos 1 0 0 1 02-03 0 7 Sanluizense 1 0 0 1 02-04 0 8 Alvorada 1 0 0 1 00-02 0

Próxima Jornada | 18.11.2006 Boavista-Beira Serra; Alvorada de Ervidel-Santa Clara-

-a-Nova; Sanluizense-São Domingos e Messejanense- -Renascente

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CORAL HARMONIA EM ALVITO O Coral Harmonia, de Santiago do

Cacém, apresenta-se este sábado, 11, na Igreja Matriz de Alvito para um espectáculo. A iniciativa está agendada para as 21h00.

TEATRO DO CENDREV EM BEJAA “Segunda Surpresa do Amor” é uma comédia de amores entre patrões e criados. Escrita por Marivaux, a peça de teatro é apresentada pelo Cendrev este sábado, 11, no Pax Julia.

MÉRTOLA CELEBRA SÃO MARTINHO A Câmara de Mértola assinala o Dia de São

Martinho (11) com um magusto no Largo da Feira. Joaquim da Graça e Maria Umbe-lina vão animar musicalmente a festa, que tem início agendado para as 17h00.

GUIA CULTURAL

Seis peças de teatro interpreta-das por outros tantos grupos nacionais vão subir ao palco

do Cine-teatro Municipal de Serpa, durante uma mostra que arrancou quinta-feira, 9, para procurar novos públicos e promover intercâmbios entre companhias.

Organizada pela Companhia de Teatro Baal 17 de Serpa, numa parce-ria com a autarquia local, a primeira “Folha Caída - Mostra de Teatro de Outono” vai decorrer até dia 18, in-cluindo quatro peças para o públi-co em geral, uma para adolescentes e outra para crianças. “Trata-se de uma mostra de sala que pretende conquistar novos públicos para o teatro, como os adolescentes e as crianças”, disse o produtor da Baal 17, Rui Garcia.

Por outro lado, continuou, a mos-tra pretende também “desenvolver novos intercâmbios ou aprofundar os já existentes entre as companhias envolvidas”. “Queremos apostar cada vez mais no intercâmbio de espectá-culos itinerantes, contribuindo para uma efectiva descentralização da produção teatral em Portugal”, assi-nalou.

A iniciativa vai dar a conhecer as mais recentes produções de compa-

Companhias da Covilhã, Évoras, Lousada, Tondela, Lisboa e Serpa apresentam espectáculos para todos os gostos no Cine-Teatro Municipal da “cidade branca”.

Espectáculos. “Folha Caída - Mostra de Teatro de Outono” arrancou quinta-feira, 9

Mostra de Teatrono palco de Serpa

Serpa acolhe seis espectáculos de teatro até dia 14

nhias de teatro com “mais história e trabalho em Portugal”, com as quais a Baal 17 desenvolve protocolos de intercâmbio de espectáculos.

Além da companhia alentejana, preencherão o cartaz da “Folha Caí-da” o Teatro das Beiras (Covilhã), Tri-go Limpo Teatro ACERT (Tondela), Jangada teatro (Lousada), o Centro Dramático de Évora (Cendrev) e o grupo “Os Papa-léguas” (Lisboa).

Os espectáculos para o público em geral, sempre às 21h30, arrancaram com a peça “Quadros do Interior”, pelo Teatro das Beiras. Seguem-se, sábado, “Uma História a Penas” con-tada e interpretada pelo Trigo Limpo Teatro ACERT, “Um Inimigo do Povo”, pelo Cendrev (dia 16), e “O Paraíso”, pela Jangada Teatro (dia 18).

Os espectáculos para os mais no-vos, às 14:30, começam dia 13 com “Ary”, a nova produção da Baal 17, que explora as emoções, a sátira e o carácter interventivo da poesia de Ary dos Santos, desta vez numa re-presentação para alunos do ensino secundário.

No dia 14, sobe à cena “Algazarra no Galinheiro”, um espectáculo do grupo “Os Papa-Léguas” para alunos das escolas do primeiro ciclo do en-sino básico.

EXPOSIÇÕES | 8

ALJUSTRELBiblioteca MunicipalAté 29 de Novembro

“Colecção Camoniana”

ALMODÔVARGaleria de Exposições da Praça Até 7 de Dezembro

“Mina de São Domingos - Olhares Sobre Um Lugar”, fotografi as de António Cunha, Helena Lousinha e Jean Pierre dos Santos

FERREIRA DO ALENTEJOMuseu Municipal

Até 30 de Novembro “Meninos de Ontem e de Hoje - Sonhos e Brincadeiras”

Posto de Turismo Até 15 de Novembro Exposição de Aguarelas de Ana Pereira

Capela de Santo António Até 10 de Dezembro Artes plásticas de Cristiana Ramos

Biblioteca Municipal Até 30 de Novembro “Mulheres Prémio Nobel”

MÉRTOLAConvento de S. FranciscoAté 31 de Dezembro“Arte Cinética de Christaan Zwannikken”

MOURAMuseu Municipal de MouraAté 31 de Dezembro

“Artes e Ofícios Tradicionais”

CINEMA | 10

ALJUSTRELCine-Teatro Oriental

A Minha Super Ex Domingo | dia 12 | 21h30

ALMODÔVARCine-Teatro Municipal

O Sentinela Sexta | dia 10 | 21h30

BEJAPax Júlia Teatro Municipal

A Caminho de Guantanamo Sexta | dia 10 | 21h30

2046 Segunda | dia 13 | 21h30

CASTRO VERDECine-Teatro Municipal

Havana - Cidade Perdida Sexta | dia 10 | 21h30

FERREIRA DO ALENTEJOCine-Teatro Municipal

Serpentes a Bordo Sexta a domingo | dias 10 a 12 | 21h00

MÉRTOLACine-Teatro Marques Duque

Havana - Cidade Perdida Sexta | dia 10 | 21h00

MOURACine-Teatro Caridade

A Verdadeira História do Capuchinho Vermelho

Domingo | dia 12 | 16h00 e 21h15

ODEMIRACine-Teatro Camacho Costa

O Filme da Treta Sexta | dia 10 | 21h30

SERPACine-Teatro Municipal

A Minha Super Ex Sexta a domingo | dia 10 a 12 | 21h30

TEATRO | 1

BEJAPax Júlia Teatro Municipal“A Segunda Surpresa do Amor”

Sábado | dia 11 | 21h30

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GUI’ ARTEsexta-feira2006.11.10 22

Histórias dramáticas e de fi cção científi ca vão deixar os cinéfi los de Beja de “olhos em bico” durante as noites de segunda-feira deste mês no Teatro Municipal Pax Júlia, num ciclo dedicado ao cinema oriental.

O director artístico do Pax Júlia, José Filipe Murteira, explicou que o ciclo, denominado “Oriente”, pre-tende “promover a já importante e premiada cinematografi a oriental”, exibindo fi lmes que, “normalmente, fi cam fora dos circuitos comerciais”.

O ciclo inclui a exibição de quatro fi lmes pouco conhecidos do grande público, originários de países como a China, Coreia do Sul, Japão e Paquis-tão.

As histórias verídicas de “Águas Silenciosas”, da realizadora paquista-

Ciclo. Cinema nas noites de segunda-feira durante o mês de Novembro

Cinema no Pax Júlia rendido ao “Oriente”nesa Sabiha Sumar, abriu o ciclo na passada segunda-feira.

Segue-se, no dia 13, a película de fi cção científi ca “2046”, do realiza-dor chinês Wong Kar-Wai. O fi lme, que decorre em Hong Kong, no ano de 1966, conta a história de Chow (Leung), um jornalista que ganha a vida a escrever fi cção para um jornal. Uma das suas histórias passa-se em 2046, num lugar para onde as per-sonagens se deslocam à procura das suas memórias perdidas.

Vencedor de seis prémios no Hong Kong Film Awards de 2005, este fi lme de Wong é considerado, por alguns críticos, uma metáfora política, já que 2046 será o último ano da Região Administrativa Especial de Hong Kong (a integrar na China).

A odisseia de quatro crianças abandonadas pela mãe em “Nin-guém Sabe”, do cineasta japonês Hi-rokazu Koreeda, vai ser exibida dia 20. O fi lme baseia-se no caso verídico de quatro crianças de Tóquio aban-donadas pela mãe, em 1988, num apartamento arruinado durante seis meses, sem ninguém saber da sua existência, por serem fi lhas de pais diferentes e não estarem sequer re-gistadas.

Com este fi lme, o pequeno actor japonês Yagira Yuya, que interpreta o mais velho dos quatro irmãos, ganhou o Prémio de Melhor Actor na edição de 2005 do Festival de Cannes.

O ciclo termina dia 27, com o drama “A Samaritana”, um fi lme do realizador sul coreano Ki-Duk Kim,

premiado com o Leão de Prata para o Melhor Realizador no Festival de Berlim, em 2004.

Todos os fi lmes têm sessão mar-cada para as 21h30 no auditório do Teatro Municipal Pax Júlia.

Depois dos ciclos “Europa”, que durante o mês de Outubro promo-veu a cinematografi a do velho con-tinente, e “Oriente”, este mês, segue- -se, em Dezembro, um ciclo dedi-cado ao realizador espanhol Pedro Almodóvar.

O ciclo incluirá a exibição de “Fala com Ela” (dia 4), “Má Educação” (dia 11) e “Volver-Voltar” (dia 18), três fi lmes que José Filipe Murteira con-siderou os “mais marcantes” da obra de “um dos mais importantes cine-astas contemporâneos”.

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SEXTA 10.11.2006 MÁ

XIM

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MÍN

IMA TEMPO PARA HOJE. Céu pouco nublado ou limpo. Vento fraco a moderado

de leste, soprando moderado a forte no Algarve. pág. 23

p.02 REGIÃO > Baixo Alentejo • p.06 RETRATO 7 DIAS • p.08 ANÁLISES & OPINIÃO • p.10 DINHEIRO & NEGÒCIOS • p.11 DESTAQUE BOA MESA • p.18 VIDA ACTUAL > Sociedade • p.21 CORREIO DESPORTIVO • p.22 GUI’ARTE

20 08

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sudokugrau de difi culdade > MÉDIO

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solução

INSTRUÇÕES DO JOGOCompletar a grelha (de 9 quadrados) com 81 casas dispostas em 9 colunas alinhando as mesma com os números de 1 a 9, sem que repita nenhum número em cada coluna nem em cada quadrado.

SÁBADO [21H00] BALDÃO EM ALMODÔVAR

O cante ao baldão domina a noite do próximo sábado, 11, em Moinhos de Vento, no concelho de Almodôvar.

DOMINGO. [21H00] SASSETTI EM CASTRO VERDE O pianista Bernardo Sassetti

sobe ao palco do Cine-Teatro de Castro Verde para tocar a banda sonora de “Alice”.

António Carneiro REPRESENTANTE DOS ALUNOS DO IPB [pág.19]

A vila de Cuba promove a partir desta sexta-feira, 10, mais uma edi-ção da Feira de S. Martinho. Flores, vinho, olival, regadio e frutos secos estão em destaque neste certame promovido pela Câmara Munici-pal, estando ainda programados ateliers para crianças, uma prova de atletismo e um colóquio.“A agricultura alentejana a um passo do futuro” é precisamente o tema para o colóquio que abre a iniciativa, nesta sexta-feira, 10, a partir das 9h30, no auditório da EB 1 de Cuba. Ainda neste dia de ar-ranque destacam-se o atelier “Can-tinho da Criança” e uma Ofi cina de Artes Florais. A feira abre às 18h00, ao mesmo tempo que na tenda central pode começar a ser vista uma exposição de fotografi a sobre “Flores do Alentejo”.Este sábado, Dia de S. Martinho, é o dia forte deste evento. Além de

Os politécnicos são vítimas de uma grande injustiça. Os alunos dos institutos são, por norma, mais carenciados do que os das universidades e recebem bolsas inferiores.“

Cultura. Adiafa actuam sábado à noite no palco da feira

Feira de S. Martinhoaté domingo em Cuba

Apoios às autarquias por causa das cheias

Governo mantém posiçãoO ministro da Administração Interna, António Costa, reafi rmou quarta-feira que os “mecanismos de apoio normais” do Estado são sufi cientes para acudir às carências das zonas atingidas pelas inundações nas últi-mas semanas. O ministro falava aos jornalistas após uma reunião com autarcas, deputados e representantes dos organismos desconcentrados do Estado destinada a avaliar os danos causados pela intempérie. Antó-nio Costa considerou que os apoios existentes são sufi cientes e não são necessárias “medidas extraordinárias” para fi nanciar a recuperação de equipamentos públicos ou imóveis privados. “Não vale a pena encarar medidas extraordinárias” pelo que os vários ministérios estão no terre-no a gerir os problemas encontrados, disse. Apesar desta posição do mi-nistro, um dos autarcas presentes na reunião, o presidente da Câmara de Tomar, Narciso Mota, considerou que seria importante a atribuição de “dinheiro a fundo perdido” ou empréstimos a “juro bonifi cado” para fazer face aos problemas encontrados.

prosseguirem as actividades inicia-das sexta-feira – ateliers, exposição e ofi cina de artes fl orais –, destaca-se a realização do 3º Grande Pré-mio de Atletismo “País das Uvas”, que terá partida no Parque António Manuel Castro.Ao fi m da tarde o espaço da feira terá forte animação. Primeiro com os grupos corais Os Amigos do Cante e Os Ceifeiros do Alentejo. Ao mesmo tempo o espaço da fei-ra será animado pelo espectáculo “Trupilariante”. A noite, a partir

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das 22 horas, está reservada para um espectáculo do grupo Adiafa, na tenda central, onde certamente não faltarão por lá as célebres “me-ninas da Ribeira do Sado”…A Feira de S. Martinho termina no domingo, estando marcado para as 9h00 o 2º Passeio de BTT S. Marti-nho. Durante a tarde o espaço da feira será animado pelos grupos corais Os Ceifeiros de Cuba e Flo-res do Alentejo. E continuará a ha-ver animação com o espectáculo “Trupilariante”.

Os hospitais de Beja, Évora e do Litoral Alentejano já estão a dar formação aos profi ssionais de saúde para prepararem o novo sistema de marcação de consul-tas consoante a gravidade de cada caso. Os doentes, com o sistema que o Ministério da Saúde quer testar, passam a saber o tempo de espera para uma consulta de especialidade ou uma cirurgia e o número de inscritos à sua frente. Os hospitais têm também que ter um médico responsável pela tria-gem dos casos que chegam dos centros de saúde, dando priori-dade aos mais urgentes.

Hospitais

Novas regrasnas consultas

Flores, vinho e fru-tos secos em destaque na Feira de S. Marti-nho, que hoje arranca na vila de Cuba.

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