ENtREViSta. iNiciatiVa. MÁRIO SIMÕES FACECO 2014 PRODUTOS...

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2014.07.18 • edição quinzenal FUNDADO EM 2006. DIRECTOR: CARLOS PINTO // ANO: 9 // N: 353 0,70 IVA INCLUÍDO PUB ROSAIRENSE > CLUBE EM RISCO DE ABANDONAR FUTEBOL SÉNIOR > POLÍTICA PS escolhe Beja para Convenção do Interior O distrito de Beja deverá acolher no início de 2015 a Convenção do Interior, iniciativa onde o PS pretende discutir os problemas que afectam estas regiões. O compromisso foi dei- xado em Beja por António José Seguro. >p06 pub. SOMINCOR CRIA MAIS 22O POSTOS DE TRABALHO MÁRIO SIMÕES “PSD VAI MANTER DEPUTADO POR BEJA” ENTREVISTA. >p07 INVESTIMENTO > A Somincor, empresa que explora as minas de Neves-Corvo, vai alargar trabalhos ao novo depósito de cobre de Semblana. O investimento de 185 milhões de euros implica a entrada de mais 220 trabalhadores e prolongará a vida da mina até 2027. FACECO 2014 PRODUTOS DE ODEMIRA EM DESTAQUE NA FEIRA INICIATIVA. >p12 4.000 utentes de Aljustrel sem médico > PARTIDOS Canudo Sena quer liderar socialistas do Baixo Alentejo Francisco Canudo Sena, ex-comandante do Centro Distrital de Operações e Socorro de Beja, é o segundo candidato oficial à presidên- cia da Federação do Baixo Alentejo do PS, jun- tando-se na “corrida” a Pedro do Carmo. >p16 > REPORTAGEM Casével: uma terra “cheia” de desilusões A Câmara de Aljustrel reivindica a colocação de médicos no centro de saúde da vila após a saída definitiva de dois clínicos, o que deixou “cerca de 4.000” utentes sem médi- co de família por tempo indeterminado. Na resposta a esta reivindicação, a ULSBA explica que os dois clínicos, ambos brasileiros, “denunciaram a 1 de Julho a rescisão dos seus contratos de trabalho” e garanter estar a “realizar inúmeras diligências no sentido da contratação de médicos”. >p08

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2014.07.18 • edição quinzenalFUNDADO EM 2006. DIRECTOR: cArlOs piNTO // ANO: 9 // N: 353

€0,70IVA Incluído

PUB

ROSAiRenSe > ClUBe em RISCO de aBandOnaR fUteBOl SénIOR

> Política

PS escolheBeja para Convenção do Interior O distrito de Beja deverá acolher no início de 2015 a Convenção do Interior, iniciativa onde o PS pretende discutir os problemas que afectam estas regiões. O compromisso foi dei-xado em Beja por António José Seguro. >p06

pub.

SOMinCOR CRiA MAiS 22O pOStOS

de tRAbAlhO

MÁRIO SIMÕES“PSD VAI MANTER DEPUTADO POR BEJA”

ENtREViSta. >p07

INVESTIMENTO > a Somincor, empresa que explora as minas de neves-Corvo, vai alargar trabalhos ao novo depósito de cobre de Semblana. O investimento de 185 milhões de euros

implica a entrada de mais 220 trabalhadores e prolongará a vida da mina até 2027.

FACECO 2014PRODUTOS DE ODEMIRAEM DESTAQUE NA FEIRA

iNiciatiVa. >p12

4.000 utentesde Aljustrel sem médico

> PaRtidoS

Canudo Sena quer liderarsocialistas do Baixo Alentejo Francisco Canudo Sena, ex-comandante do Centro Distrital de Operações e Socorro de Beja, é o segundo candidato oficial à presidên-cia da Federação do Baixo Alentejo do PS, jun-tando-se na “corrida” a Pedro do Carmo. >p16

> REPoRtagEm

Casével: umaterra “cheia”de desilusões

A Câmara de Aljustrel reivindica a colocação de médicos no centro de saúde da vila após a saída definitiva de dois clínicos, o que deixou “cerca de 4.000” utentes sem médi-co de família por tempo indeterminado. Na resposta a esta reivindicação, a ULSBA explica que os dois clínicos, ambos brasileiros, “denunciaram a 1 de Julho a rescisão dos seus contratos de trabalho” e garanter estar a “realizar inúmeras diligências no sentido da contratação de médicos”. >p08

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> Somincor. Exploração do novo depósito de cobre de Sem-blana vai permitir à empresa a criação de mais 220 postos de trabalho directos.

neves-corvo até 2027 A Somincor – Sociedade Mineira de Neves-Corvo, que explora as minas localizadas no concelho de Castro Verde, assinou no final da passada semana um contrato para explora-ção de um novo depósito de cobre, num in-vestimento total de 185 milhões de euros que irá permitir prolongar a vida do complexo mi-neiro até ao ano de 2027.

De acordo com a empresa, com a assina-tura do contrato – “apadrinhado” pelo pri-meiro-ministro e pelo ministro do Ambiente, Pedro Passos Coelho e Jorge Moreira da Silva, respectivamente –, a Somincor já pode aceder ao depósito de Semblana, que contém 200 mil toneladas de cobre. Para iniciar a produção, a

regiÃO >mina de Neves-Corvo

O alargamento da concessão da mina de Neves-Corvo ao depósito de cobre de Semblana ficou registada para a posterida-

de à entrada do edifício da administração da Somincor, onde o primeiro-ministro descerrou uma placa alusiva ao momento.

PLAcA ASSinALA DATA DE concESSÃo Do DEPÓSiTo DE SEmBLAnA

BAiXOALENTEJO

2 2014.07.18

> empresA miNeirA iNveste um tOtAl de 185 milhões de eurOs NO NOvO depósitO de COBre de semBlANA

companhia sediada em Castro Verde estima um investimento de 150 milhões de euros, a que se juntam os 35 milhões já utilizados no desenvolvimento do projecto ao longo dos úl-timos cinco anos.

“Esta ocasião representa um reforço de colaboração entre a Somincor e o Estado por-tuguês. A Somincor e o grupo Lundin Mining estão comprometidos a continuar a utilizar as melhores práticas na gestão dos recursos mi-nerais e a promover uma atitude responsável com todos os stakeholders”, sublinhou duran-te a cerimónia Michael Hulmes, presidente da Somincor e director geral para as operações ibéricas da Lundin Mining.

Já o primeiro-ministro saudou o investi-mento da Somincor, considerando-o “uma prova de confiança no trabalho que o país tem vindo a desenvolver em termos económi-cos”. “É para nós importante conseguir atrair investimento para o nosso país, em particular para uma área que, do nosso ponto de vista, tem potencialidade para crescer em termos

Pedro Passos Coelho e o ministro do Ambiente aproveitaram a passagem por Neves-Corvo para descer ao fundo da maior mina de cobre da Europa. DR

Em 2013 a mina de Neves-Corvo, uma das maiores da Europa, produziu, em for-ma de concentrado e para exportação, cerca de 55.000 toneladas de cobre, 55.000 toneladas de zinco, 2.000 toneladas de chumbo e 700 mil onças de prata, num volume de receitas de metal que ascendeu aos 357 milhões de euros. A mina dá traba-lho a perto de 2.300 pessoas.

Receitas de 357 milhões

de investimento nos próximos anos”, acres-centou Pedro Passos Coelho, crente de que o sector mineiro “tem mais futuro do que se pensou durante muitos anos”.

ProDuçÃo Em 2017 ou 2018A primeira produção de cobre da Somincor a partir do novo depósito de Semblana deverá ocorrer dentro de “três a quatro anos”, sendo que a empresa espera criar até 220 postos de trabalho quando o depósito estiver a produzir “no máximo”.

Segundo a Somincor, o depósito de Sem-blana está situado a 900 metros de profun-didade e a alguma distância das galerias já existentes e, por isso, para o poder explorar e “progredir a expansão da mina” será necessá-rio construir galerias de acesso adicionais”.

A descoberta do novo depósito rico em cobre, baptizado de Semblana, foi anunciada em Outubro de 2010 pela companhia mineira sueca-canadiana Lundin Mining, a proprie-tária da Somincor. O novo depósito, a juntar

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Neves-Corvo até 2027

> protesto. Carta aberta do STIM alerta Governo PSD/ CDS-PP para casos de trabalhadores mineiros impedidos de aceder à pensão de reforma.

sindicato dos Mineiros entrega carta a passos

O Sindicato dos Trabalhadores da Indús-tria Mineira (STIM) aproveitou a visita de Pedro Passos Coelho a Neves-Corvo para entregar ao primeiro-ministro uma carta aberta onde denuncia alguns dos proble-mas que, no seu entendimento, prejudi-cam o sector.

Apesar de garantir não alimentar “algu-ma expectativa” de que o executivo de Pas-sos Coelho venha a resolver os problemas identificados, o STIM questiona na carta o Governo sobre como pretende “corrigir as instruções que deu ao Centro Nacional de Pensões para, ao arrepio da lei, refugiando-se em interpretações abusivas, prejudicar os trabalhadores na idade de acesso à pen-são de reforma nas situações de exercício de actividade profissional especialmente penosa ou desgastante”.

Na missiva, o STIM questiona ainda o Governo sobre a “violação sistemática, das empresas do sector, aos direitos fun-damentais dos trabalhadores”, além de pretender saber qual a sua atitude “face ao despedimento de trabalhadores da empre-sa EPOS”, a laborar na mina.

> DOcumEntO DEnuncIA pROBlEmAs nO sEctOR

Jacinto Anacleto entregou carta com questões do STIM a Passos Coelho. Arquivo

aos cinco já existentes, é considerado a mais importante descoberta no complexo mineiro de Neves-Corvo desde 1988, quando foi des-coberto o jazigo rico em zinco do Lombador.

Além da actividade associada ao depó-sito de Semblana, a Somincor refere que continua a “identificar novas oportunida-des para prolongar a vida útil” da mina de Neves-Corvo. Neste sentido, “a actividade de exploração identificou grandes quantidades de zinco”, entre 600 e 1.300 metros abaixo da superfície, no depósito do Lombador, o que originou novos estudos para analisar a forma como a produção de zinco em Neves-Corvo poderá ser aumentada e cujos resultados de-verão ser conhecidos no início de 2015, indi-ca a empresa.

“Este tipo de actividade vai garantir o fu-turo a longo prazo da mina de Neves-Corvo, demonstrando, assim, o compromisso contí-nuo da Somincor com a região e a sua con-tribuição para a economia nacional”, refere empresa.

MiChael hulMesPresidente da Somincor

A Somincor e o grupo Lundin Mining estão com-prometidos a continuar a utilizar as melhores práticas na gestão dos recursos minerais e a promover uma atitude responsável com todos os ‘stakeholders’.

pedro passos CoelhoPrimeiro-ministro

É para nós importante conseguir atrair investi-mento para o nosso país, em particular para a área mineira, que, do nosso ponto de vista, tem po-tencialidade para crescer em termos de investimen-to nos próximos anos.

jorge Moreira da silvaMinistro do Ambiente e Ordenamento do Território

A Somincor é uma em-presa exemplar do ponto de vista ambiental, pois conseguiu associar a valo-rização dos recursos geo-lógicos à criação de postos de trabalho e a soluções inovadoras que compatibi-lizam a exploração destes recursos com a protecção ambiental.

As “ilegalidades na transmissão de es-tabelecimento” entre empresas a laborar em Neves-Corvo “e que resultam em sérios prejuízos para os trabalhadores”, assim como as “sistemáticas violações à lei em matéria de aúde e segurança no trabalho em várias empresas do sector” são tam-bém apontadas na carta do STIM.

Por fim, os sindicalistas esperam saber qual a posição do Governo “face à crescen-te degradação das condições particulares de vida e de trabalho dos trabalhadores em geral e deste sector, em particular”.

Ministro do ambiente elogia somincorFoi o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia quem assinou, pelo Governo, o contrato de homologação do alargamento da concessão da mina de Ne-ves-Corvo. No seu discurso, Jorge Moreira da Silva teceu rasgados elogios à Somin-cor e valorizou o facto de a empresa “associar a valorização dos recursos geológi-cos à criação de postos de trabalho e a soluções inovadoras”, que compatibilizam “a exploração destes recursos com a protecção ambiental”. O ministro destacou ainda o potencial do sector mineiro em Portugal, que na sua opinião pode vir a atingir “um por cento do PIB” e passar dos actuais 5.000 “para 25 mil postos de trabalho”.

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4 2014.07.18BAIXO ALENTEJOREGIÃO

Apesar da vila já não ser fre-guesia, o edifício da antiga Junta de Casével mantém-se de portas abertas de segunda a sexta-feira. “Mantivemos a Junta a funcionar e prestamos os mesmos serviços à população, tal qual como se Casé-vel ainda fosse freguesia”, garan-te ao “CA” o presidente da nova União das Freguesias de Castro Verde e Casével. José de Brito Mar-tins é também uma das vozes crí-ticas ao encerramento da escola primária local. “É mais uma ma-chadada no Poder Local demo-crático e mais uma contribuição para a desertificação das aldeias e vilas como esta no nosso país”, ar-gumenta o autarca da CDU.

Junta mantém portas abertas

> casével. Já foi conce-lho, passou a freguesia e hoje nem isso. O tempo passa a fugir pelas ruas silenciosas. A população teme pelo futuro da terra onde nasceu.

Desilusão em casével

Fernanda ajeita a bata, estica a ca-misola e entrelaça os dedos pintados de verde antes de viajar no tempo. “No meu tempo de menina faziam-se seis bailes na vila e estas ruas eram só rochas. Hoje temos água canali-zada e luz, mas há uma grande po-breza: faltam pessoas, faltam jovens e faltam postos de trabalho”, conta enquanto se abriga do sol na parede da casa da madrinha, fazendo uma pausa nos trabalhos de reciclagem que lhe têm ocupado toda a manhã.

Fernanda Palma, de 57 anos, é hoje uma das cerca de 300 pessoas que vivem em Casével. As suas pala-vras espelham bem como os últimos 10 meses foram devastadores para esta vila, outrora concelho (celebrou 500 anos de foral em 2010) e fregue-sia de Castro Verde desde meados do século XIX. A 29 de Setembro de 2013, com a realização das eleições autárquicas, foi extinta a Junta de Freguesia. E no passado dia 23 de Junho foi a vez do Ministério da Edu-cação anunciar o encerramento da

> Em mEnOs dE 10 mEsEs A lOcAlIdAdE “pERdEu” A JuntA dE FREGuEsIA E A EscOlA pRImáRIA

Com cada vez menos gente a residir na vila, todos os caminhos de Casével parecem cada vez mais ir dar... a Castro Verde! Dr

escola básica. Dois golpes profun-dos que deixaram Casével a “san-grar” por dentro e trouxeram muita preocupação a todos os que (ainda) lá vivem.

“O que era melhor aqui na terra vai-se tudo embora. Por isso senti-mos que Casével está cada vez mais pobre e mais triste. Se não fosse o lar [da Fundação Joaquim António Franco] isto não era nada. O lar é que ainda dá uma alegriazinha à terra”, diz Maria Nobre, de 84 anos, abriga-da do sol debaixo do seu chapéu de aba larga.

A sua consternação estende-se aos quatro cantos da vila. “Têm-nos tirado tudo… E é claro que fico pre-ocupada. No meu caso já não tenho falta da escola, mas ainda há muita gente com crianças” em Casével, refere Isabel Brito Guerreiro, de 73 anos, reformada, à medida que ca-minha para a mercearia. Uma rua acima, precisamente junto à escola que tem os dias contados, Lídia Jor-ge, 67 anos, também manifesta o seu desagrado com o fecho de serviços na vila. “É cada vez mais difícil viver aqui, isso é! Há cada vez menos gen-te e sem escola, sem junta de fregue-sia, sem essas coisas, como é que se traz para aqui pessoas?”, questiona.

A pergunta de Lídia Jorge como que ecoa nas ruas silenciosas de Ca-sével, onde o tempo passa a fugir e o

futuro parece ter perna curta. A desi-lusão é mais que muita. “Têm tirado tudo a Casével. Antigamente, Casé-vel era mais importante que Castro Verde, mas tem-nos roubado tudo”, diz o agricultor Adelino Palma, 57 anos, que aproveita as últimas horas da manhã para um dedo de conver-sa à porta do Café Central.

É também na praça envolvente à igreja matriz que Emília Santos des-fruta da rara brisa que ainda sopra sem queimar para se refrescar. Mas nem isso a impedir de carregar forte e feio nos “mandantes deste país”. “Já ficámos sem a Junta de Freguesia e agora é a escola! É mau. Este Gover-no veio para dar cabo de tudo”, subli-nha esta almadense de 73 anos, que há quatro anos reside com o marido em Casével, onde são utentes do lar. Mas entre as críticas a Passos Coelho e companhia, não deixa de também condenar alguns dos habitantes da vila. “Há muita gente que mesmo com a escola aberta ia meter os miú-dos à escola em Castro”, assinala.

Uma opinião partilhada por Fer-nanda Palma e que a leva a concluir que Casével é “quase uma vila-fan-tasma”. “Não há crianças e os jovens vão para fora do concelho porque não há trabalho. A própria terra é, em si, um verdadeiro lar. Isto é uma grande tristeza e estou muito preo-cupada”, desabafa.

pOpulAçÃO REclAmA

AdelinO pAlmA57 anos

“Têm tirado tudo a Casével. Antigamente, Casével era mais importan-te que Castro Verde, mas

tem-nos roubado tudo ao longo do tempo.”

FeRnAndA pAlmA57 anos

“não há crian-ças e os jovens vão para fora do concelho porque não há trabalho. A pró-pria terra é, em

si, um verdadeiro lar. isto é uma grande tristeza!”

isAbel gueRReiRO73 anos

“Têm-nos tirado tudo… e é claro que fico preocupada. no meu caso já não tenho falta da escola, mas

ainda há muita gente com crianças [em Casével].”

lídiA JORge67 anos

“É cada vez mais difícil viver aqui, isso é! Há cada vez menos gente e sem escola, sem junta, sem essas

coisas, como é que se traz para aqui pessoas?”

mARiA nObRe84 anos

“O que era melhor aqui na terra vai-se tudo embora. por isso sentimos que Casével está cada vez

mais pobre e mais triste. se não fosse o lar isto não era nada.”

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> E AINDA...

GNR detem joveNs poR posse de dRoGa em beja e vidiGueiRa

A GNR deteve esta semana dois jovens, um português e outro cabo-verdiano, pelo crime de posse de estupefacientes. O português tem 24 anos e foi detido no início da semana na Vidiguei-

pub.

ra, durante uma acção de fiscalização rodoviária na Vidigueira. EM sua posse tinha duas placas de haxixe e uma faca com vestígios do mesmo produ-to, alegadamente utilizada para corte do mesmo. No mesmo dia, a GNR deteve um cabo-verdiano de 25 anos, que se encontra-

va estacionado de madrugada na berma da EN 121, junto a um posto de abastecimento. Durante a ope-ração, a GNR apreendeu 93 doses de heroína e 38 doses de cocaína,

além de cerca de 1.500 euros em numerário e seis telemóveis.

A Câmara de Aljustrel interpôs uma pro-vidência cautelar em tribunal para tentar impedir o fecho da Escola Básica (EB) de Rio de Moinhos no próximo ano lectivo. A autarquia entende que a decisão de fe-char o estabelecimento “carece de funda-mentação e viola o princípio da igualdade, consolidado na Constituição”, e por isso interpôs a acção no Tribunal Administrati-vo e Fiscal de Beja.

“Os actos administrativos carecem de fundamentação e a Câmara de Aljustrel desconhece completamente a fundamen-tação da decisão de fechar a escola de Rio de Moinhos, por não ter sido notificada do despacho do secretário de Estado da Edu-cação”, explica o autarca Nelson Brito.

Por outro lado, acusa, a decisão de fe-char a escola de Rio de Moinhos “viola o princípio da igualdade”, porque “a lei diz que as escolas com menos de 21 alunos são encerradas”, mas, depois, a Direcção de Serviços da Região Alentejo da Direc-ção Geral de Estabelecimentos Escolares (DGEstE) “fecha umas e mantém outras abertas”.

“Há dois pesos e duas medidas e portu-gueses de primeira e de segunda” nas de-cisões de fechar escolas, o que “não pode acontecer num Estado de Direito”, diz o autarca socialista, mostrando-se “convic-to” de que a decisão de fechar a escola de Rio de Moinhos “vai ter como destino final a nulidade”.

Segundo Nelson Brito, a autarquia já se demarcou da decisão de fechar a escola, “tomada unilateralmente” pela DGEstE, e informou o Ministério da Educação de que “não irá garantir o transporte dos alunos” da localidade de Rio de Moinhos para o es-tabelecimento de ensino que irão passar a frequentar, ou seja, o Centro Escolar Vipas-ca, situado na vila de Aljustrel.

A Câmara de Aljustrel também já pediu à DGEstE um “regime de excepção” para a escola de Rio de Moinhos poder continuar a funcionar, tendo ainda questionado este organismo sobre a estratégia que preten-de aplicar para garantir o transporte dos alunos de Rio de Moinhos para Aljustrel e sobre o critério de ocupação de salas a aplicar, a partir do próximo ano lectivo, ao Centro Escolar Vipasca.

providência contra fechoda escola de Rio de moinhos

> ALJUSTREL

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6 2014.07.18BAIXO ALENTEJOREGIÃO

> política. Pedro do Car-mo refere que acontecimen-to será importante para o Baixo Alentejo e que gostava de ver a regionalização entre os temas a discutir.

pS escolhe Beja para convenção do interior

O distrito de Beja deverá acolher no início do próximo ano a Con-venção do Interior, iniciativa onde o Partido Socialista pretende discutir os problemas que afectam as regiões afastadas do litoral. O compromis-so foi deixado no final da passada semana por António José Seguro, durante a sessão em que o secretá-rio-geral dos socialistas apresentou as linhas da sua candidatura às pri-márias do partido, agendadas para o dia 28 de Setembro.

“Foi um sinal do respeito que António José Seguro tem por Beja e pelo Baixo Alentejo, assumindo o quanto é preciso um novo olhar para o interior” do país, refere ao “CA” o presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS. “É um acontecimen-to de que Beja e o Baixo Alentejo precisam. Precisamos deste tipo de iniciativas para promover o interior e o seu desenvolvimento, em parti-cular o distrito de Beja”, acrescenta.

Para Pedro do Carmo, que já tor-nou público o seu apoio a Seguro

> COmpROmIssO dE AntónIO JOsé sEGuRO nA suA pAssAGEm pElA REGIÃO

Problemas da interioridade vão ser deba-tidos pelos socialistas em Beja, durante a Convenção do Interior. Dr

nas eleições internas do partido, um dos temas obrigatórios a abor-dar durante a convenção terá de ser a regionalização, há muito re-clamada pelos socialistas do Baixo Alentejo.

“Todas as questões relacionadas com o fecho de serviços são impor-tantes, mas naturalmente que a re-gionalização deve estar na ordem do

criminação positivas que devem ser tomadas relativamente “ao interior e aos municípios de baixa densidade”, no sentido de inverter o galopante processo de desertificação. E espera que durante o debate se consolide uma ideia lançada por António José Seguro e com a qual concorda em absoluto: a criação de contratos en-tre Estado e cada um dos municípios

PArtIdo soCIAlIstA

Hélder guerreiro não é candidato

Hélder Guerreiro não se vai candi-data à presidência da Federação do Baixo Alentejo do Ps, cujas eleições estão agendadas para o início de setembro. o actual vice-presidente da Câmara de odemira disputou em 2012 as eleições para a Federação com Pedro do Carmo, mas esta semana, declarações à rádio Pax, afirmou que neste momento está apenas envolvido na candidatura de António Costa à liderança nacional do Ps. Para Hélder Guerreiro, “as candidaturas à Fede-ração são uma matéria diferente”. de momento, Pedro do Carmo e Francisco Canudo sena são os dois candidatos à Federação do Ps [ver última página].

dia. É necessária uma regionaliza-ção democrática, com eleitos, para potenciar o interior do país. De ou-tra forma será de todo impossível”, argumenta o também presidente da Câmara de Ourique.

Além da regionalização, o líder do PS no distrito de Beja defende que durante a convenção sejam igual-mente abordadas as medidas de dis-

do interior, que possam permitir a manutenção de serviços públicos nestas regiões.

“Sabemos que há dificuldades e que não é possível manter tudo e todos [os serviços] como estão. Mas é possível, caso a caso e em cola-boração com o município, contri-buir para que estes se mantenham”, afiança Pedro do Carmo.

AlquevA

governo rejeita plantar eucaliptoS

o Ministério da Agricultura assegura que nunca esteve prevista, nem se equaciona a plantação de eucaliptos na zona do Alqueva, defendida pelo presidente da edIA. “tendo em atenção a relevância do projecto de Alqueva para o sector agrícola e agro-industrial, nunca esteve, não está [prevista], nem se equaciona qualquer iniciativa no sentido de plantar eucaliptos nos blocos de rega” do empreendimento, refere o Ministério. A informação surge na resposta do Ministério da Agricultu-ra a uma pergunta do deputado do PCP eleito por Beja, João ramos, sobre a eventual plantação de eucaliptos nos blocos de rega do Alqueva.

MunICíPIos

moção da cimBal em defeSa do interior

A Assembleia Intermunicipal da Cimbal – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo aprovou uma moção em defesa do interior, do Poder local e dos serviços públicos. o documento, apresentado pelos eleitos do Ps, foi aprovado por unanimidade e reafir-ma a discordância da Cimbal “em relação às constantes intromissões do Governo nas questões de âmbito local, nomeadamente através do estrangulamento financeiro imposto às autarquias locais”. o novo Fundo de Apoio Municipal, a reorganização administrativa do território, a reforma do mapa judiciário, o fecho de escolas são igualmente contestados na moção.

MunICíPIos

nova eStratégia no alentejo litoral

A afirmação do turismo e do pólo industrial de sines são dois dos “eixos estratégicos” do novo Plano de desenvolvimento do Alentejo litoral para o período 2014-2020. o plano, apresentado esta semana em santiago do Cacém, reflecte a visão estratégica para o desenvolvimento da região definida pela CIMAl – Comunidade Intermunicipal do Alentejo litoral, que reúne os municípios de Alcácer do sal, Grândola, odemira, santiago do Cacém e sines. segundo a Agência lusa, o plano da CIMAl para a região aposta também na valorização dos recursos regionais e no fomento das acessibilidades.

pedro do carmoPresidente da Federação do Ps

É necessária uma regionalização de-mocrática, com elei-tos, para potenciar o interior do país. De outra forma será de todo impossível!

”Hélder Guerreiro está fora da corrida à liderança do Ps do Baixo Alentejo. Dr

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2014.07.18 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

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O advogado José Pinela Fer-nandes foi eleito para a presi-dência da Comissão Política da Concelhia de Beja do PSD, su-cedendo no cargo ao arquitecto João Pedro Caeiro.

As eleições na concelhia la-ranja decorreram na última sex-ta-feira, 11, com a lista de Pinela Fernandes a garantir 66 votos, mais 24 votos que a candidatura do gestor Freitas Jorge.

Contando na sua equipa com Mário Caimoto e Fernanda Pe-reira enquanto vice-presidentes e Ana Rosa Soeiro como presidente da mesa da Assembleia de Sec-ção, Pinela Fernandes entende que o partido em Beja precisa de “unir-se, credibilizar-se e ganhar um rumo”.

Nesse sentido, o novo presi-dente da Concelhia laranja traça como metas para o seu manda-to “congregar todos os militan-tes e simpatizantes do PSD” e “recuperar a credibilidade” dos sociais-democratas no conce-lho, “acabando com os interesses instalados em redor do partido, trazendo pessoas sérias e de re-conhecido mérito para o PSD, no-meadamente, antigos militantes”.

Reforçar “a matriz social-de-mocrata, interclassista, popular e heterogénea de Francisco Sá Carneiro”, abrir-se ao debate e à sociedade civil “sobre as grandes questões da região e da cidade”, e trazer para o PSD novos militan-tes são outros dos objectivos de Pinela Fernandes, que deixa um alerta aos sociais-democratas be-jenses: “O tempo não é de cigarras mas de formigas”.

Concelhia de Beja do PSD tem novo presidente

> POlítIcA

Quais as prioridades para o seu terceiro mandato na Distri-tal de Beja do PSD? A minha priori-dade é o Baixo Alentejo e, no âmbito daquilo que é a realidade da região, tenho destacado e privilegiado duas áreas de intervenção: a área social e a área agrícola. E naturalmente que irei continuar a fazê-lo. Além disso, e como já tornei público, depois das eleições legislativas [de 2015] iremos voltar a colocar na agenda a questão da regionalização. Mas queremos a seguir um amplo debate sobre a ins-tituição em concreto das regiões ad-ministrativas, associado a um pro-cesso de revisão constitucional, que no nosso entender é urgente. Nesse particular, além de defendermos em concreto as regiões administrativas, há um preceito que na nossa óptica deve ser abolido, que é o da simul-taneidade. Podemos querer avançar com a instituição da região-piloto do Alentejo, mas para que essa região possa ser criada o preceito da simul-taneidade tem de ser eliminado da Constituição.

Esta questão da re-gionalização tem vin-do a ser debatida no seio do PSD? Todos sabemos que a regio-nalização não está na agenda nacional. Nem na agenda do PSD, nem na agen-da do PS. E por isso a Distrital de Beja entende que ela deve ser discutida! E a autonomia que o órgão a que presido tem leva-nos a deter-minar aquilo que em determinado momento também é importante po-dermos colocar na agenda. Mas esta é uma matéria que neste momento não foi dis-

MÁRIO nElsOn dA sIlvA vAz sIMõEsPRESIDENTE DA DISTRITAL DE BEJA DO PSD

IDADE: 43 AnosnATURALIDADE: AngoLA

> EntREvIstA MáriO siMõEsReeleito para um terceiro mandato na Distrital de Beja do PSD, Mário Simões quer voltar a colocar a regio-nalização na agenda política. E não tem dúvidas de que o partido vai manter o deputado eleito no distrito.

“PSD vai manter deputado por Beja”

cutida com a estrutura nacional do PSD.

No plano interno, define como prioridade para este mandato angariar mais militantes. Como? Queremos recuperar alguns militan-tes e também conseguir conquistar novos militantes. Mas sabemos que não é uma tarefa fácil, pois temos de ter a noção que o momento que se atravessa no país – e que é comum a todos os partidos – é de afastamen-to da sociedade relativamente aos principais agentes políticos e aos partidos. Por isso tenho defendido novas formas de intervenção e de diálogo com os cidadãos.

O PSD tem-no feito no distrito de Beja? Tenho a certeza que a for-ma como o PSD de Beja tem feito a sua intervenção política desde 2010 rompeu com muitas das fórmulas que existiam. Temos estado perto das pessoas e, por essa via, conse-guido uma maior proximidade, que estou convicto que dará resultados mais à frente. Nas próximas eleições autárquicas [em 2017] o PSD estará

muito melhor preparado para poder assumir um conjunto de resultados, quer de ganhos em câmaras, quer no reforço dos seus autarcas nos vá-rios concelhos do distrito. E tenho a expectativa que nas próximas elei-ções legislativas o PSD irá consolidar o seu resultado das últimas eleições e deixar de ser o fiel da balança, para ser um dos pratos da balança!

Na sua opinião, o PSD irá con-seguir manter o deputado eleito por Beja? O PSD de Beja tudo fará para que assim seja. E eu estou cren-te que teremos todas as condições para manter a nossa representação parlamentar, porque o feedback que me chega é que, pese embora algum descontentamento com a estrutura partidária em termos nacionais, fru-to de algumas medidas mais difíceis da governação, o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no terreno por mim e por outros companhei-ros meus dará frutos. É um trabalho onde as pessoas reconhecem efecti-vamente aquele que tem sido o meu contributo na resolução de proble-mas no distrito de Beja.

Pinela Fernandes sucede a João Pedro Caeiro na con-celhia laranja de Beja. DR

Mário Simões garante que não existe nenhuma “aliança” entre PSD e CDU no concelho de Beja, ao contrário do que afirmam algumas vozes críticas, tanto dentro como fora do partido. De acordo com o presidente da Distrital laranja, as concelhias sempre tiveram “autonomia para estabelecerem os en-

tendimentos autárquicos que entenderem”, seja com CDU ou PS. “Tudo depen-de dos superiores interesses do concelho e dos seus cidadãos”, refere Simões, sublinhando que “o único acordo que existe com algum formalismo acrescido até é com o PS em Almodôvar”. O líder laranja assume ainda, “sem pudor”, que o presidente da Câmara de Beja tem solicitado ocasionalmente a sua interven-

ção, “no sentido de encontrar soluções para o concelho”. “Mas o que faço com o presidente João Rocha também faço com o presidente Tereno [de Barrancos], com

o presidente Narra [da Vidigueira] ou com os presidentes de Almodôvar e Aljustrel, desde que isso me seja solicitado”, garante Simões.

“Não há aliaNça com acdu No coNcelho de beja”

A forma como o PSD de Beja tem feito a sua intervenção política desde 2010 rompeu com o que existia.

[Nas legislativas de 2015 o PSD vai] dei-xar de ser o fiel da balança, para ser um dos pratos da

balança!

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BAIXO ALENTEJOREGIÃO

2014.07.18

publicidade

A Câmara de Aljustrel reivindica a coloca-ção de médicos no centro de saúde da vila após a saída definitiva de dois clínicos, o que deixou “cerca de 4.000” utentes sem médico de família por tempo indeterminado.

Em comunicado, o Município manifesta-se “muito preocupado com as consequên-cias da saída definitiva” dos dois médicos do Centro de Saúde de Aljustrel, integrado na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), e “reivindica” a colocação de novos médicos no Centro de Saúde de Aljustrel, que, “no mínimo, reponham o nível de ser-viços de saúde prestados à população até à saída” dos dois clínicos.

Estas preocupações da autarquia levaram a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) a vir a público garantir que a saída de dois médicos do Centro de Saúde daquele concelho aconteceu por iniciativa dos pró-prios clínicos.

Em comunicado enviado ao “CA”, o con-selho de administração da Unidade Local de Saúde explica que os dois clínicos, ambos de nacionalidade brasileira, “denunciaram a 1 de Julho a rescisão dos seus contratos de trabalho”, afiançando que “a carência de dois médicos de medicina geral e familiar no Centro de Saúde de Aljustrel está há alguns meses identificada” pela ULSBA, “que tem vindo a realizar inúmeras diligências no sen-tido da contratação de médicos”.

Os responsáveis pela ULSBA adiantam ainda que o Centro de Saúde de Aljustrel tem

4.000 pessoas sem médico em Aljustrel

> CâmARA munICIpAl pREOCupAdA

> InVESTIGAÇâO dO BAIRRO ISlâmICO

A Câmara Municipal de Mértola anunciou que está a decorrer mais uma cam-panha de escavações na al-cáçova do castelo da vila, destinada a permitir um maior conhecimento do bairro islâmico descoberto na zona.

Segundo a autarquia, a campanha, que vai dar se-guimento a intervenções anteriores, pretende, em concreto, obter um maior conhecimento dos eixos viários do bairro islâmico.

A decorrer até ao dia 01 de Agosto, a

Mértola faz campanhade escavações no castelo

actualmente quatro médicos e 9.705 utentes inscritos, sendo que as 3.285 pessoas que fi-caram agora sem médico de família e que se encontram em acompanhamento nos pro-gramas de Diabetes, Hipertensão e Saúde Materno-Infantil, “estão a ser acompanha-dos pela coordenadora do Centro de Saúde e têm prioridade na inscrição na consulta de recurso”.

A ULSBA acrescenta igualmente que “está a decorrer um procedimento concur-sal, através da plataforma do Ministério da Saúde, para aquisição de serviços médicos de várias especialidades incluindo medici-na geral e familiar”, garantindo que sempre que lhe sejam atribuídas vagas serão toma-dos os “procedimentos concursais para re-crutamento de médicos de medicina geral e familiar para celebração de contratos de trabalho”.

CorridA de Toiros

> sAúde. Saída de dois médicos brasileiros do concelho aumentou problemas no Centro de Saúde. ULSBA garante estar a tentar con-tratar novos clínicos.

campanha, organizada pelo município e pelo Campo Arqueológico de Mértola, envolve voluntários de vá-rias instituições de ensino de Portugal, Espanha e Tunísia e conta com a participação de jovens da vila.

Na campanha, pretende-se também aplicar novas metodologias de recolha e

acondicionamento de materiais metáli-cos, que permitam estabelecer relações comparativas, em termos de conservação, com objetos exumados em anos anterio-res, explica a autarquia.

Carências do Centro de Saúde de Aljustrel estão a deixar autarquia local preocupada. Dr

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2014.07.18 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

9

> AutArquiAs. Fase de apresentação de propostas já terminou. Votações irão decorrer em Outubro e Novembro.

Povo de Odemira apresenta 25 ideias

A população odemirense apre-sentou um total de 25 propostas para investimentos públicos no âm-bito do “Orçamento Participativo” (OP) de 2014. A fase de apresentação de ideias terminou no final de Junho e os projectos, depois de devida-mente validados, irão ser colocados à votação dos munícipes nos meses de Outubro e Novembro.

Fomentar a democracia partici-pativa é o grande objectivo do OP de Odemira, promovido pela autarquia

> “ORçAmEntO PARtIcIPAtIvO 2014” Em AndAmEntO

pub.

OP é promovido pela Câmara de Odemira. Dr

local e cujas propostas mais votadas, até ao montante individual de 125 mil euros e global de 500 mil euros, serão incluídas no orçamento muni-cipal de 2015.

De momento, decorre a fase de

> tuRIsmO

A Entidade Regional de Turis-mo do Alentejo e Ribatejo está a trabalhar, juntamente com agentes públicos e privados que actuam na costa alenteja-na, na elaboração de um Plano Operacional Estratégico para o produto turístico Sol e Mar. O plano, que conta com a parce-ria da Comunidade Intermuni-cipal do Alentejo Litoral, visa a implementação de estratégias que permitam um eficaz apro-veitamento dos recursos da orla marítima da região alentejana. A ideia é contribuir “para a progra-mação e execução dos investi-mentos necessários à respectiva qualificação e promoção” da-quele produto turístico, explica ao “CA” fonte oficial da Turismo do Alentejo e Ribatejo.

sol e mar com nova estratégia

> E AIndA...

MilfOntes vAi ter nOvO jArdiM PúblicO

A empreitada de construção do jardim público de Vila Nova de Milfon-tes, no concelho de Odemira, orçada em 434 mil euros, arranca na próxima segunda-feira, 21, e deverá ficar concluída em 2015. Segundo a Câmara de Odemira, o jardim vai ser cons-truído num terreno de 7.120 metros quadrados, situado junto à sede e ao campo de futebol do Clube Desportivo Praia de Milfontes e cuja expropriação custou quase 387 mil euros.

PrOtOcOlO PArAlAr de relíquiAs

A Câmara de Odemira e a Casa do Povo de Relíquias assinam este domin-go, 20, durante a Faceco, um protocolo de cooperação para apoio financeiro no montante de 250 mil euros (dividido em duas tranches de 125 mil) para a construção do lar de idosos daquela localidade. O futuro lar terá a capaci-dade para 30 utentes e representa um investimento de um milhão de euros.

análise técnica das propostas, que se prolongará até Setembro. Serão excluídas do processo as ideias que a comissão de análise técnica entenda “não reunir os requisitos necessários à sua implementação, designada-mente por não apresentar todos os dados necessários à sua avaliação, o valor expectável à implementação ultrapassar o valor definido, con-trariar deliberações municipais ou colocar em causa o interesse muni-cipal”, explica ao “CA” fonte do Mu-nicípio odemirense.

Em Outubro e Novembro será a vez das votações, seja através do site www.op-cm-odemira.pt, seja pre-sencialmente no Balcão Único da Câmara Municipal ou na mesa de voto itinerante que irá deslocar-se a todas as freguesias do concelho.

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FUTEBOL E MODALIDADESFUTEBOL E MODALIDADES

DESPORTO

10 2014.07.18

> patinagem artística

A secção de patinagem artística do Minei-ro Aljustrelense sagrou-se vice-campeã da Taça Alentejo/ Algarve 2014, que se realizou

nos dias 5 e 6 de Julho na cidade algarvia de Tavira. A equipa aljustrelense é orientada por Isabel Ramos e Julieta Joseph.

MINEIRO ALJUSTRELENSE VICE-CAMPEÃO DA TAÇA DO ALENTEJO E ALGARVE

> fUTEbOL. Abandono do “Distritalão” é o des-tino mais provável para a equipa que há quatro anos venceu a Taça do Distrito e a Supertaça.

Adeus Rosairense?

O Rosairense está em vias de di-zer adeus ao principal campeona-to do futebol distrital! A direcção do emblema da pequena aldeia do Rosário, no concelho de Almo-dôvar, está ainda a ponderar qual o futuro a dar à sua equipa sénior tendo em vista a época de 2014-2015, mas, segundo apurou o “CA”, a falta de pessoas para colaborar e as elevadas despesas podem fazer o prato da balança pender… para a desistência.

A confirmar-se este cenário, será o fim de um ciclo de cinco épocas da Associação Juventude Desportiva Rosairense no “Dis-tritalão”, onde acabou por deixar a sua marca. Depois de sagrar campeão distrital da 2ª divisão em 2008-2009, o emblema do Rosário conseguiu consolidar o seu esta-tuto de clube de 1ª divisão ao ven-cer a Taça do Distrito de Beja e a Supertaça Distrital em 2010-2011,

> EqUIPA DO cOncELhO DE ALMODôvAR EM RIScO PARA A PRóxIMA TEMPORADA

tarde de quarta-feira, 16 de Julho].Ainda assim, em Abril deste

ano, o vice-presidente Gilberto Guerreiro garantiu ao “CA” que, com ou sem futebol, o clube iria continuar. “O futuro a Deus per-tence e às pessoas que cá estão”, disse na ocasião.

Rosairense esteve em três finais da Taça e saiu vencedor da prova em 2010-2011. Agora está em vias de dizer adeus ao futebol!. Dr

além de garantir novas presenças na final da Taça nas duas tempo-radas seguintes.

No último ano, em que o aban-dono já esteve no horizonte, a equipa acabou por realizar um campeonato tranquilo, alcançan-do rapidamente a manutenção e

fuTebol

ALMODôVAR COM NOVO PRESIDENTEE CONTRATA TéCNICO PEDRO CAMõES

Élio Guerreiro é o novo presidente da direcção do Clube Desporti-vo de Almodôvar, sucedendo no cargo a fernando Palma, que liderava o clube desde o Verão de 2012. Além de Élio Guerreiro, a nova direcção do Desportivo de Almodôvar conta ainda com os nomes de José encarnação (secretário), Duarte Sousa (tesoureiro), Tiago Sousa e Jorge Guerreiro (vogais). Já para a presidência da mesa da Assembleia Geral foi eleito José Reis Rodrigues, enquanto o novo conselho fiscal será liderado por francisco Carrilho.As eleições para o emblema almodovarense decorreram no passado dia 23 de Junho e a tomada de posse dos novos ór-gãos sociais realizou-se na última segunda-feira, 7 de Julho.entretanto, a nova direcção não perdeu tempo e chegou a acordo com o técnico Pedro Camões para liderar a equipa sénior em 2014-2015, época em que os almodovarenses estão de regresso ao campeonato distrital da 1ª divisão, depois da estreia nos nacionais na última temporada.

fuTebol

PANóIAS PODE ESTAR DE REGRESSO

o Clube Desportivo Cultural de Pa-nóias pode regressar às competições

distritais em 2014-2015, depois de dois anos de ausência. Quem

o garante é o presidente do clube, luís Martins, que em declarações à Rádio

Castrense revelou que o possível regresso do clube às provas da Associação de futebol de beja está apenas dependente dos apoios que conseguir reu-nir, nomeadamente junto da Câmara de ourique e da união das freguesias de Panóias e Conceição.

fuTebol

AMARELEJENSE COM OITO CONTRATAÇõES

Tendo por objectivo a subida à 1ª divi-são distrital, o Amarelejense já garantiu oito reforços para 2014-2015. o guarda-redes luís Correia (ex-Safara), os defesa Rui Monteiro (sem clube), José António e Vítor Apolo (ambos ex-NS Moura – futsal), os médios André Pica (ex-Moura b) e Carlos Janeiro (ex-juvenis), e os avançados Nuno Palma (sem clube) e Manel (ex-juvenis) são as caras novas no plantel, onde continuam Jorge e Johnny (guarda-redes), Tonico, Zé Carlos, Valter Tola e Ricardo ferreira (defesas), Pedro Marques, Alexandre Godinho, António borralho, Gonçalo Póvoa, Óscar e João Grilo (médios), José belo, Jorge Costa e Joaquim Marono (avançados).

fuTebol

ANDRé E JOÃO DAVID VOLTAM A MéRTOLA

o guarda-redes João David, que na última temporada defendeu a baliza do Rosairense, e o avançado André Mestre, que estava sem clube, estão de regresso ao Guadiana de Mértola em 2014-2015. Na nova temporada, a equipa da “vila museu” vai continuar a ser orientada pelo técnico Mário Tomé e já garantiu um total de três reforços, depois da entrada no plantel do médio Dary, que em 2013-2014 jogou com a camisola do Pêro Pinheiro nos campe-onatos distritais de lisboa. Na próxima temporada, o Guadiana de Mértola vai tentar realizar um campeonato ainda mais tranquilo que o do ano passado, em que foi 11º classificado.Pedro Camões

ficando na 10ª posição da classifi-cação geral, com 29 pontos.

O “CA” tentou confirmar junto da direcção do Rosairense a conti-nuidade, ou não, da equipa sénior do clube da próxima temporada, o que não foi possível até à hora do fecho desta edição [no final da

O eventual abandono do Rosai-rense em 2014-2015 não será caso inédito no campeonato distrital da 1ª divisão, que na última déca-da já registou quatro desistências. No final da época 2007-2008 foi o Entradense (do concelho de Cas-tro Verde) que deixou o “Distrita-lão”, na altura sob o argumento de não ter um relvado sintético, o que complicava a vida do clube na hora de reforçar o seu plan-tel. Dois anos depois, no Verão de 2010, foram as dificuldades financeiras e directivas a levar o Barrancos FC a abdicar da sua participação no “Distritalão”. Mais recentemente, após o cam-peonato de 2011-2012, o mesmo sucedeu com o “histórico” o Fer-reirense e Panóias: o primeiro por problemas financeiros, o segundo por não ter escalões de formação como exigiam os regulamentos da Associação de Futebol de Beja na altura.

Quatro clubes abandonaram desde 2004-05

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Baixo-alentejanos vão deixar de poder apreciar a perícia dos melhores pilotos do mundo. Dr

DESPORTOFUTEBOL E MODALIDADES

2014.07.18

Os concelhos de Almodôvar e Ourique vão perder o Rali de Por-tugal, que no próximo ano vai re-gressar ao norte do país, revela a organização da prova do Campeo-nato do Mundo.

Esta decisão do Automóvel Clube de Portugal (ACP) cumpre

Almodôvar e Ourique perdem Rali de Portugal

> ACP MUDA RALI DE PORTUgAL PARA O nORTE DO PAíS

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O Mineiro Aljustrelense regres-sa aos treinos esta segunda-feira, 21 de Julho, com cinco reforços e a vontade de garantir a manu-tenção no Campeonato Nacional de Seniores. Vítor Rodrigues, que conduziu a equipa ao título dis-trital na última temporada, con-tinua no comando técnicos dos aljustrelenses, que se reforçaram com o defesa Tiago Torres (ex-FC Castrense), os médios Wilson (ex-Vilafranquense) e Bruno Rolo (ex-Carregado), e os avançados Bacari (ex-Pêro Pinheiro) e An-dré Ribeiro (ex-Odemirense). Do plantel da última época transitam Fábio Reis e Miguel Cruz (guarda-redes), Rui Pirralho, Nuno Alves, Marcos, Daniel Correia, Paulo Serrão, Nuno Martins (defesas), Tiago Lopes, Nelson Raposo e João Nabor (médios), Bruno Conduto, Rafael Nogueira, João Paulo e Adão (avançados).

Aljustrelense de regresso ao trabalho

> FUTEBOL

> AutOmObilismO. Edição de 2015 do rali terá como “base” a cidade de Matosinhos e será toda disputada acima do Douro.

> MERCADO DE VERÃO

GARRett e nunO bAtistA RefORçAm sãO mARcOs O guarda-redes Artur Garrett e o médio Nuno Batista são os primeiros reforços confirmados do FC São Marcos para 2014-2015. O primeiro tem 36 anos e está de regresso ao clube do concelho de Castro Verde, de onde saiu a meio da última temporada para integrar a equipa técnica do FC Serpa. Já o segundo tem apenas 20 anos e representava o Desp. Beja.

DesP. bejA cOntRAtAmAis tRês jOGADORes Depois da dupla Mansinhos (o pai João para o cargo de treinador e o filho, também João, para a defesa), o Desp. Beja garantiu mais três reforços para a nova temporada: os médios Paulo Graça (ex-Bairro da Conceição) e Tiago Loureiro (ex-Aldenovense), e o avançado Chiquinho (ex-Despertar). Em 2014-2015 o emblema da rua do Sembrano volta a competir no campe-onato distrital da 2ª divisão.

jOãO PAulO AGAtãOvOltA AO AlDenOvense O experiente médio João Paulo Agatão, de 37 anos, está de regresso a Vila Nova de São Bento, para representar o Aldenovense, que em 2014-2015 vai disputar o campeonato distrital da 2ª divisão. Na última temporada o atleta representou Os Oriolenses, equipa que milita na Divisão de Elite da Associação de Futebol de Évora.

jOsé estRelA tReinA bAiRRO DA cOnceiçãO O técnico José Estrela, que na última temporada foi adjunto de Joaquim Rodeia nos juniores do Despertar, é o novo treinador do Bairro da Conceição, que em 2014-2015 está de regresso ao campeonato distrital da 2ª divisão. Antes da equipa bejense, José Estrela trabalhou várias épocas nos escalões de formação do Vasco da Gama da Vidigueira.

AvAnçADO Rui PePeReGRessA AO cAstRense Um ano depois de ter rumado a Aljus-trel, onde se sagrou campeão distrital e venceu a Supertaça com a camisola do Mineiro, o avançado Rui Pepe está de regresso ao FC Cas-trense. O ponta-de-lança é o 12º reforço garantido pela turma de Castro Verde para 2014-2015, em que continuará a ser orientada por David Guerreiro.

a promessa feita pelo seu presi-dente, Carlos Barbosa, que deu a entender que a prova poderia re-gressar à região norte, o que será uma realidade já em 2015.

Totalmente disputado acima do rio Douro e tendo como base a Exponor, em Matosinhos, o Rali de Portugal de 2015 terá o apoio das câmaras municipais de Ama-rante, Baião, Caminha, Fafe, Gui-marães, Lousada, Matosinhos, Mondim de Basto, Ponte de Lima, Valongo, Viana do Castelo e Vieira do Minho.

Foi já com a prova a realizar- A equipa B do Sporting vai “apadrinhar” a 2 de Agosto a apre-sentação do plantel do Moura AC para 2014-2015, em que a turma da Margem Esquerda volta a dis-putar o Campeonato Nacional de Seniores. Além da partida com os “leões”, os mourenses têm jogos de preparação agendados com os ju-niores do Vitória de Setúbal (26 de Julho), U. Montemor (30 de Julho) e Nacional da Madeira (1 de Agos-to). A equipa do Moura AC regressa ao trabalho na próxima segunda-feira, 21 de Julho, com Bruno Ri-beiro a manter-se no comando técnico e seis reforços no plantel: o defesa Cajú (ex-Oeste – Brasil), o médio Serge Kouadio (ex-WAF – Marrocos), e os avançados Bruno Severino (ex-Pinhalnovense), Do-mingos Gomes (ex-Nogueirense), Moses (ex-Persib Bandung – In-donésia) e Adam Smith (ex-Crusa-ders – Irlanda do Norte).

sporting b na apresentação do moura Ac

> FUTEBOL

se no Algarve e Baixo Alentejo, em 2007, que o Rali de Portugal reintegrou o calendário do WRC, tendo desde então apenas saído do elenco de provas do campeo-nato do Mundo em 2009, devido a uma rotação de países promo-vida pela FIA.

Entre 2010 e 2014, regressou ao calendário do Mundial e man-teve o Algarve e Baixo Alentejo como pontos centrais, mas, na penúltima edição, o presidente admitiu a possibilidade de o nor-te do país voltar a acolher a com-petição.

A jovem Catarina Abreu, atleta da Juventude Desportiva das Ne-ves, ganhou a medalha de prata no lançamento do martelo durante o Campeonato Nacional de Juniores de pista, realizado no Luso. A atle-ta bejense, de apenas 18 anos, ga-rantiu a segunda posição na prova com a marca de 47,51metros, o que constitui igualmente um novo recorde distrital. Catarina Abreu foi ainda oitava no lançamento do peso e 12ª no lançamento do disco.

medalha de prata para catarina Abreu

> ATLETISMO

Marta Nunes, do Clube de Pati-nagem de Beja, voltou a sagrar-se campeã nacional de patinagem de velocidade, desta feita nos 300 metros em contra-relógio e nos 500 metros. A patinadora bejense foi ainda vice-campeã nacional nos 10 km a eliminar, durante os campeonatos realizados em La-gos. Com estes resultados, Marta Nunes foi convocada para repre-sentar Porugal no Campeonato da Europa, em Geisingen (Alema-nha), de 28 de Julho a 3 de Agosto.

marta nunes conquistou título nacional

> PATInAgEM

Catarina Abreu brilhou nas provas de lançamento. Dr

Técnico Vítor Rodrigues continua em Aljustrel. Dr

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Muito frequentados por milhares de visi-tantes, os concertos da FACECO terão este ano um som “100% baixo-alentejano”! Na primeira noite (18 de Julho) sobem ao palco os bejenses Adiafa, prometendo uma actua-ção bem divertida onde não faltará o cante alentejano… ou “As meninas da Ribeira do Sado”. No sábado (19 de Julho) será a vez dos também bejenses Virgem Suta, que em São Teotónio não deixarão de tocar as can-ções mais conhecidas dos seus dois álbuns e talvez alguns novos temas. A última noite de feira (20 de Julho) será passada a toque de viola campaniça, com o espectáculo do grupo Campaniça Trio. Além dos concer-tos, haverá muito mais animação ao longo dos três dias de FACECO, com teatro, cante alentejano, dança e actividades desportivas. E os mais novos terão direito a um verdadei-ro “parque de diversões”, com insufláveis e muitas surpresas!

UM PALCOALENTEJANO

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> sábado, dia 19

Os bejenses Virgem Suta actuam na FACECO na noite de sábado num concerto que promete! Na sexta, dia 18, cantam os Adiafa. No domingo, 20, serão os Campaniça Trio.

ESPECTÀCULO DOS VIRGEM SUTA NA FACECO

FIMSEMANADE

TEMPO LIVRECULTURAESPECTÁCULOSCINEMA e TVAGENDA E SERVIÇOSPESSOAS

2014.07.18

DE

> FEIRA DECORRE NESTE FIM-DE-SEMANA EM SÃO TEOTÓNIO

FACECOÉ FESTA!

Até ao próximo domingo, dia 20, a FA-CECO - Feira das Actividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira “dá força” aos produtos locais e celebra o Ano Internacional da Agricultura Familiar, jun-tando cerca de 200 expositores numa orga-nização da Câmara Municipal de Odemira que se assume como a grande festa do Lito-ral Alentejano.

“A FACECO é o certame de maior expres-são no concelho de Odemira, uma feira que habituou todos os que a visitam a mostrar tanto a realidade como o potencial do con-celho”, assinala em declarações ao “CA” o presidente da autarquia, José Alberto Guer-reiro, que espera três dias de “casa cheia” no Parque de Feiras e Exposições de São Teo-tónio.

À imagem dos anos anteriores, o Pavi-lhão do Artesanato será um dos principais pontos de atracção da feira, com dezenas de artesãos a trabalhar ao vivo e exposição de produtos para todos os gostos e cartei-ras. Já no Pavilhão dos Produtos Locais será possível encontrar os melhores sabores de Odemira, desde a aguardente (e outros pro-dutos) de medronho ao queijo, passando pelo mel, pelos enchidos e pelas compotas.

Por sua vez, o Pavilhão das Empresas dará a conhecer parte do tecido económi-co local, assim como o projecto “Odemira BTT” (através do qual a Câmara Municipal irá implementar uma rede de 1.200 quiló-metros de percursos de BTT geo-referen-ciados, que será a maior do país), enquanto no Pavilhão das Políticas Sociais serão apre-sentadas as estratégias e os projectos mu-nicipais no sector, com a participação das diversas instituições particulares de soli-dariedade social. A par destes quatro pavi-lhões, a FACECO 2014 contará ainda com

> ODEMIRA. A agricultura e as hortofrutícolas, as pescas, o artesana-to, a gastronomia e o turismo são algumas das principais bandeiras da FACECO 2014, que arranca nesta sexta-feira, dia 18, em São Teotónio, no concelho de Odemira.

o Espaço Crédito Agrícola, que terá vários momentos de apresentação e debate, entre os quais um seminário sobre o novo pacote de fundos comunitários.

A feira contará novamente com o Con-curso Nacional da Raça Bovina Limousine, e competições regionais da Raça Bovina Holstein Frísia e da Cabra Charnequeira. Realiza-se também um Concurso de Mel.

A Câmara de Odemira irá ainda apro-veitar os três dias da feira para apresentar as suas políticas municipais viradas para o empreendedorismo, nomeadamente o pro-grama “Odemira Empreende”.

COLÓQUIOS E UM LIVRO“Produtos do Mar, Distintos e Insubstituí-veis” será o tema para o colóquio com o objetivo de divulgar e discutir as estratégias valorização dos produtos do mar. O debate decorrerá nesta sexta-feira, 18, a partir das 14h00 e permitirá “desvendar” a estratégia da autarquia odemirense para a valorização dos produtos do concelho “com maior tipi-cidade e potencialidades económicas, onde os produtos do mar têm particular relevân-cia, nomeadamente o polvo e os percebes”.

No sábado, às 11h00, será altura para de-bater a “Aguardente de medronho - Um pro-duto a valorizar”. O colóquio é dirigido aos produtores de Aguardente de Medronho, com o objetivo de esclarecer sobre o proces-so de legalização das destilarias de medro-nho, bem como quais as infrações que estão associados ao não cumprimento da Lei.

Refira-se ainda que, também no sábado (18h00) será apresentado o livro O Rio Mira no sistema portuário do Litoral Alentejano (1851-1918), do historiador António Mar-tins Quaresma, natural de Vila Nova de Mil-fontes.

No Pavilhão dos Produtos Locais será possível en-contrar os melhores sa-bores de Odemira, desde a aguardente (e outros produtos) de medronho ao queijo, passando pelo mel, pelos enchidos e pelas compotas.

O artesanato ao vivo é uma das “imagens de marca” da FACECO. Dezenas de artesãos mostram o seu trabalho nos dias da feira. DR

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> E AINDA...

JOVENS DE MÉRTOLA VIAJAMPARA PRAGA EM SETEMBRO

Um total de 55 jovens, dos 16 aos 30 anos, residentes no concelho de Mértola, poderão participar na “Viagem Cultural” promovida pela autarquia e que este ano decorrerá em Setem-bro e terá como destino a capital checa, Praga.

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A tradicional “Viagem Cultural com Jovens” irá realizar-se entre os dias 18 e 21 de Setembro e as inscrições estão a decorrer até esta sexta-feira, dia 18, na Divisão de Cultura, Desporto e Turismo da Câmara de Mértola. Cada inscrição deverá ser efectuada pelo próprio participante ou pelo respectivo encarregado de educação, caso se trate de um menor de idade, e as informações,

normas de participação e fichas de inscrição estão disponíveis no sítio de Internet do município em www.cm-mertola.pt Através da iniciativa, a Câmara de Mértola pretende “proporcionar aos jovens do concelho o contacto com outros povos e outras culturas” para “contribuir para a sua for-mação enquanto cidadãos e fomentar o espírito de aventura e de enriquecimento pessoal”. O Museu da Ruralidade, em Entradas, cele-

bra três anos de actividade no dia 29 de Julho e vai festejar a data com um passeio histórico, três oficinas e um espectáculo com “As Ceifei-ras” de Entradas.

Ao longo deste último ano, o Museu da Ru-ralidade dinamizou várias iniciativas no sen-tido de captar novos públicos ao concelho de Castro Verde e dinamizar novas actividades. O objectivo, segundo explica uma Nota de Im-prensa do museu foi, “principalmente, fazer daquele espaço museológico um ponto de encontro de formas de expressão cultural” do concelho e, “em particular, em torno de temas da oralidade”.

No mesmo contexto, a celebração do ter-ceiro aniversário inicia-se a 26 de Julho com uma “Viagem pelas Memórias de Santiago”, cujo objectivo será observar a paisagem e os elementos que a envolvem “ao longo de mui-tos séculos, nomeadamente, os elementos deixados pela Ordem de Santiago”. O percur-so contará com a presença de Luís Filipe Oli-veira, professor da Universidade do Algarve, e inicia-se a partir das 9h00, junto ao edifício dos Paços do Concelho.

No dia 28 decorrerá a Oficina Experimen-tal “Gestos de um Caldeireiro”, e no dia 29 de-correrá outra sobre “Bonecos de Estremoz”. No dia 30 será a vez da Oficina do Grupo da Meia. Refira-se que as velas do bolo do tercei-ro aniversário serão sopradas num momento simbólico que contará com a participação do Grupo Coral “As Ceifeiras”, de Entradas.

Estes festejos integram-se nas Noites em Santiago, festas tradicionais de Entradas que decorrem de 25 a 27 de Julho. Este ano, além da corrida de toiros no primeiro dia (22h00), com os cavaleiros Rui Salvador, Luís Rouxinol, António Brito Paes e o jovem Joaquim Brito Paes, destaque para o concerto de Fernando Correia Marques (sábado) e para o aniversá-rio do Grupo Coral “As Ceifeiras (domingo). A procissão em honra de Santiago e da Senhora da Esperança será outro momento marcante das festas de Entradas, organizadas pela Junta de Freguesia e Câmara Municipal de Castro Verde.

Museu daRuralidadefaz três anos

> ENTRADAS

2014.07.18 FIMSEMANADE

TEMPO LIVRE

13

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Joana Prior | Notária

Cartório Notarial de Serpa

“Correio Alentejo” nº 353 : Única publicação :: 18.JUL.2014

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que no dia 4 de Julho de 2014, iniciada a folhas 69 do livro de notas número 41 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual José António Malveiro Monteiro, casado, natural da freguesia de Salvador, concelho de Serpa, residente na Estrada de São Brás, lote 5, em Serpa, na qualidade de presidente da “ UNIÃO DAS FREGUESIAS DE SERPA (SALVADOR E SANTA MARIA ”, também designada por Freguesia de Serpa (Salvador e Santa Maria), com sede em Serpa, na Rua Ramon Nonato de Lá Féria, número 65, NIPC 510.840.132, alega que a sua representada é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio urbano de rés-do-chão e quintal, com a superfície coberta de cento e catorze vírgula setenta e seis metros quadrados, e descoberta de cento e vinte e um vírgula doze metros quadrados, sito na Rua da Abegoaria, da União das Freguesias de Serpa (Salvador e Santa Maria), concelho de Serpa, que confronta: do norte com Helena Maria Rebocho, do sul com Rua da Abegoaria, do nascen-te com Rua do Progresso, e pelo poente com Travessa Pública (do Paraíba), inscrito na matriz sob o artigo 3980, com o valor patrimonial de € 58.250,00 a que atribui igual valor, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa. Que o identificado imóvel veio à posse da sua representada, por a extinta freguesia de Santa Maria, ago-ra designada de União das Freguesias de Serpa ( Salva-dor e Santa Maria) em virtude da agregação das extintas freguesias de Santa Maria e Salvador, pela Lei número 11-A/2013 de 28 de Janeiro de 2013, o haver adquirido por

doação, verbalmente, em dia e mês que ignora do ano de mil novecentos e oitenta e cinco, pelo Município de Serpa, nessa data composto de terreno para construção, não ten-do, todavia, sido celebrada a respectiva escritura.Que, porém, desde aquele ano de mil novecentos oitenta e cinco, e sem interrupção, a justificante sua representa-da, através dos seus órgãos representativos, entrou na posse do referido imóvel, construindo, usufruindo de to-das as suas utilidades como sede da extinta freguesia de Santa Maria e após a referida agregação das freguesias como balcão de atendimento da União das Freguesias de Serpa ( Salvador e Santa Maria), e suportando os respe-tivos encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que a sua representada adquiriu por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição documento algum que lhe per-mita fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justifica para a sua representada a aquisição do aludido imóvel por usucapião. Está conforme o original. Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Ra-quel Prior Neto, quatro de Julho de dois mil e catorze.

A Notária, (Assinatura ilegível)

Joana Prior | Notária

Cartório Notarial de Serpa

“Correio Alentejo” nº 353 : Única publicação :: 18.JUL.2014

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que, no dia 9 de Ju-lho de 2014, iniciada a folhas 75 do livro de notas número 41 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de jus-tificação, pela qual EUGÉNIA MARIA GUERREIRO, NIF 119.129.914, e marido FRANCISCO DOS SANTOS, NIF 119.129.922, casados no regime da comunhão de adquiri-dos, naturais da freguesia de Vale de Vargo, concelho de Serpa, onde residem na Rua General Humberto Delgado, número 38, alegam que são donos e legítimos possuido-res, com exclusão de outrem, dos seguintes imóveis de-nominados “ Almojafas “, sitos na União das freguesias de Vila Nova de São Bento e Vale de Vargo, concelho de Serpa: - UM - Prédio rústico de olival, descrito na Conser-vatória do Registo Predial de Serpa sob o número 1126, da freguesia de Vale de Vargo, onde se mostra registada a aquisição a favor de Domingas Janeiro Machuco, casada com Mateus Vasques Moreno, no regime da comunhão geral, Rua Dr. Garcia Peres, 65, Moura, pela apresentação cinco, de vinte e um de Setembro de mil novecentos e oi-tenta e três, inscrito na matriz sob o artigo 181, da secção 1 H, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de € 4.511,63;. DOIS - Prédio rústico de olival, descrito na citada Conservatória do Registo Predial sob o número 1415, da freguesia de Vale de Vargo, onde se mostra re-gistada a aquisição a favor de Mateus Vasques Moreno, viúvo, Rua Dr. Garcia Peres, 65, Moura, pela apresenta-ção dez, de três de Maio de mil novecentos e oitenta e oito, inscrito na matriz sob o artigo 182, da secção 1 H, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de € 3.497,45; e TRÊS - Prédio rústico de olival e cultura ar-vense em olival, descrito na mencionada Conservatória do Registo Predial sob o número 1381, da freguesia de Vale de Vargo, onde se mostra registada a aquisição a favor de Mateus Vasques Moreno, viúvo, Rua Dr. Garcias Peres, 65, Moura, pela apresentação dez, de três de Maio de mil novecentos e oitenta e oito, inscrito na matriz sob o artigo 336, da secção 1 H, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de € 8.410,51. Que os imóveis somam o valor total e atribuído para efeitos de IMT de € 16.419,59.Que os referidos imóveis encontram-se registados na ci-tada Conservatória a favor dos referidos titulares inscritos, tendo os mesmos, cujo paradeiro actual se desconhece, sido previamente notificados editalmente e pessoalmente, bem como os respectivos herdeiros incertos, através das

notificações avulsa, nos termos do artigo noventa e nove, do Código do Notariado, já arquivada neste Cartório do maço referente às notificações avulsas do ano corrente. Que, em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e noventa, portanto, há mais de vinte anos, os justificantes adquiriram os citados imóveis através de compra verbal efetuada a Manuel Marcelino Martins Con-deças e mulher Francisca Dias Manhoso, casados na co-munhão geral, residentes que foram na dita freguesia de Vale de Vargo, cujo paradeiro se desconhece, tendo pago o ajustado preço, compra essa nunca reduzida a escritura pública, motivo pelo qual não são detentores de qualquer documento formal que legitime o seu domínio sobre os mesmos, prédios rústicos estes que os aludidos Manuel Marcelino e mulher Francisca Dias, adquiriram por compra verbal aos referidos titulares inscritos, o indicado em UM a Domingas Janeiro Machuco e marido Mateus Vasques Moreno, em dia e mês que se ignora do ano de mil nove-centos e oitenta e cinco, e os indicados em DOIS e TRÊS a Mateus Vasques Moreno, em dia e mês que se ignora do ano de mil novecentos e oitenta e nove, não tendo, toda-via, sido celebradas as competentes escrituras de compra e venda. Porém, desde aquele ano de mil novecentos e noventa e sem interrupção, os justificantes entraram na posse dos identificados prédios rústicos, cultivando-os e usufruindo de todas as suas utilidades e suportando os respetivos encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conheci-mento de toda a gente, agindo sempre por forma corres-pondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que os adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aqui-sição, documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade.Que, desta forma, justificam a aquisição dos aludidos prédios rústicos por usucapião. Está conforme o original. Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Ra-quel Prior Neto, nove de Julho de dois mil e catorze.

A Notária,(assinatura ilegível)

Joana Prior | Notária

Cartório Notarial de Serpa

“Correio Alentejo” nº 353 : Única publicação :: 18.JUL.2014

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que, no dia 7 de Julho de 2014, ini-ciada a folhas 71 do livro de notas número 41 - A, deste Cartório, foi la-vrada uma escritura de justificação, pela qual, HELENA LUÍSA RAPOSO GUERREIRO AFONSO, NIF 184.752.434, casada com Lourenço Teodoro Afonso, NIF 140.309.640, no regime da comunhão de adquiridos, natural da freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, onde reside no lugar de Moreanes, Caixa Postal 1874, alega que é dona e legítima pos-suidora, com exclusão de outrem, do prédio urbano de rés-do-chão, des-tinado a arrecadações e arrumos, com a superfície coberta de vinte e seis metros quadrados, sito no lugar de Moreanes, da freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, que confronta: do norte e do poente com Via Pública, do sul com Maria José Martins, e pelo nascente com Maria Bárbara e irmã, inscrito na matriz sob o artigo 228, com o valor patrimonial de € 720,00, a que atribui igual valor, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Mértola. Que o identificado imóvel veio à sua posse, no estado de solteira, por o haver adquirido por doação verbal efectuada em dia que ignora do ano de mil novecentos e oitenta e dois, de seus pais Humildade Felicia Raposo e Francisco Mestre Guerreiro, este já falecido, residentes que foram no referido lugar de Moreanes não tendo, todavia, sido celebrada a respectiva escritura. Que, porém, desde aquele ano de mil novecentos e oitenta e dois e sem interrupção, a justificante entrou na posse do referido imóvel, arrecadando objectos, usufruindo de todas as suas utilidades e suportando os respecti-vos encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposi-ção de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriu por usucapião, não tendo, toda-via, dado o modo de aquisição documento algum que lhe permita fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justifica a aquisição do aludido imóvel por usucapião.Está conforme o original. Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, sete de Julho de dois mil e catorze.A Notária,(assinatura ilegível)

BEJASOLDADOR (M/F)

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COMERCIAL (M/F) Experiência na área comercial

e na venda de serviços

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REMUNERAÇÃO OFERECIDA: 550 euros / mês

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e gerir a cozinha - só almoços.

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ELECTROTÉCNICO (M/F)

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+ 5,24 euros subs. refeição

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>palavras

“ José manuel fernandes> observador.pt 15.07.2014

“contesto a ideia de que, numa socie-dade de recursos finitos, a melhor forma de fazer justiça social seja garantir o rendimento dos avós em vez de criar mais oportunidades para os netos.”

ana sá lopes> “i” 16.07.2014

“a cultura em vigor é a maior ameaça à natalidade: as mulheres deixaram de reconhecer o relógio biológico e convenceram-se de que é possível e absolutamente natural ter o primeiro filho depois dos 40 anos.”

José antónio lima> sol.pt 14.07.20134

“rui rio não foi mais do que presidente de câmara e não resiste à comparação com figuras que o psd pode apoiar para belém como marcelo rebelo de sousa ou durão barroso, que têm ou-tra craveira, outro estatuto e outra carreira política.”

> Editorial

Futuro garantido em neves-Corvo

mais de três décadas depois, a Somincor viu alargada a sua conces-são ao depósito mineiro de Semblana, onde existem perto de 200

mil toneladas de cobre, cuja exploração irá representar um investimento a rondar os 185 milhões de euros em Neves-Corvo e a criação de mais de duas centenas de postos de trabalho [ver reportagem nas páginas 2 e 3 deste “CA”]. Isto para não falar da longevidade da mina, que terá activi-dade garantida até ao ano de 2027, havendo ainda estudos em marcha que podem obrigar à revisão – para cima – deste horizonte.

Por tudo isto (e já não é nada pouco), o dia 11 de Julho de 2014 terá sido, segu-ramente, um dos mais importantes para os concelhos de Castro Verde e Almo-dôvar, nos últimos tempos. Estes dois concelhos (juntamente com Aljustrel, Mértola e Ourique) são os mais benefi-ciados pela actividade daquela que é a maior empresa de todo o Alentejo e uma das principais exportadoras do país, e o anúncio de futuro garantido por mais 13 anos garante uma tranquilidade social difícil de encontrar em muitos municí-pios da região.

Mas esta boa notícia vinda de Neves-Corvo não deve servir apenas de contentamento. Porque se dentro da mina há muito por fazer, é fora do complexo mineiro que se colocam os grandes desafios. Sobretudo para quem tem a responsabilidade de defi-nir estratégias que consolidem a economia local e dinamizem as inicia-tivas empresariais. Isto para que no dia em que o finito minério deixar de existir não se fique à beira do precipício, sem terreno para recuar e um enorme buraco negro pela frente.

esta boa notícia vinda de neves-Corvo não deve servir apenas de contentamento. por-que se dentro da mina há muito por fazer, é fora do complexo mi-neiro que se colocam os grandes desafios.

osecretário-geral do Partido Socialista, con-frontado com uma atitude irresponsável que

abre uma disputa interna extemporânea, decidiu optar por aquilo que todos consideram ser o “ca-minho mais difícil”: as eleições primárias, para es-colha do candidato socialista a primeiro-ministro.

E o que na verdade parece ser “um caminho di-fícil” não é mais do que a prova de que quem serve a política com nobreza não teme os desafios e as dificuldades sempre que estejam em causa princí-pios e valores. A seriedade acima de tudo!

O que António José Seguro propõe é uma aber-tura do partido à sociedade, à sua base de apoio, um escrutínio feito em total transparência e que apela à verdadeira participação de todos. E o que vale mais: continuar a hipotecar a política, os va-lores e os princípios em favor do facilitismo e da cosmética?

Não me parece que a Seguro restasse outra so-lução. Porque o conheço como homem de fibra, de brilhantismo, de convicções e com compe-tências políticas e técnicas que não consigo, por muito que me esforce, identificar no seu extem-porâneo opositor. Pelo contrário, assisto a muito espectáculo mediático e a um vazio de ideias as-sustador e preocupante!

Nem que fosse por esta diferença abismal no pensamento e no conteúdo, a preferência por Se-guro já se justificaria. Mas há mais! Em política não vale tudo. Não pode valer tudo! A política tem que ser exercida com respeito pelas pessoas, pelas normas, pelas instituições. Porque de outra ma-neira não podem os pretensiosos lideres governar um estado de direito.

Seguro caminhou na adversidade. Combateu a desesperança dos socialistas que em 2011 vati-cinavam um afastamento da governação acima de uma década. Lutou contra uma direita uni-

> opinião

PORQUÊ ANTÓNIO JOSÉ SEGURO?

da desde o governo, passando pela assembleia e até chegar ao próprio Presidente da República. Apresentou medidas quando outros as quiseram ignorar. Confirmou a sua razão muitas vezes. Viu a sua razão muitas vezes confirmada. Colocou-se ao lado dos portugueses sem facilitismo nem pro-messas vãs. Honrou os compromissos em nome do PS, embora reconhecendo que não eram os mais justos. Dignificou o PS com vitórias eleito-rais. Resistiu sofridamente a uma comunicação social que o desprezou sempre. E isto quer dizer muito do seu verdadeiro valor.

E é honesto confirmar alguns erros que come-teu, reconhecendo momentos menos bons. Mas que são parte de uma acção honesta e de muito trabalho.

Em suma, entre tantos outros momentos, Se-guro afirmou um estilo de liderança que privilegia a natureza da política. A política que nasce no me-lhor que os homens têm: a seriedade, a solidarie-dade, o compromisso, as ideias e os valores.

E perante as suas características pessoais e po-líticas e sabendo da necessidade de Portugal em ultrapassar um momento de afastamento e de desconfiança que se vive em relação à política e aos políticos não é sério, e é até eticamente repro-vável, questionar e desvalorizar aqueles que con-tribuem para a credibilidade e para a geração de uma confiança sã entre governação e governados.

Há muitas razões para escolher António José Seguro. Razões de princípio e de compromisso que são a resposta séria aos problemas dos por-tugueses e aos desafios de Portugal. Sim, de Por-tugal, porque ignorar que o PS tem a obrigação de servir o país e ao país fazer sobrepor as ambições pessoais é reduzir à insignificância o património de todos os socialistas.

152014.07.18 opinião

JOSÉ NICOLAUGONÇALVESmilitante do ps

Há muitas razões para escolher antó-nio José seguro. razões de princípio e de compromisso que são a resposta séria aos problemas dos portugueses e aos desafios de portugal.

Jornal regional editado no distrito de BejaDirector: Carlos PintoColaboradores Permanentes: Marco Monteiro Cândido, Catarina Cardoso da Palma, Napoleão Mira, Vítor Besugo e Vítor Encarnação.Paginação: Pedro Moreira. Infografia: I+GColunistas: Alberto Matos, Ana Ademar, António José Brito, António Sebastião, Jorge Pulido Valente, Luís Dargent, Mário Simões, Miguel Madeira, Paulo Arsénio, Teresa Chaves.Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: [email protected]

Impressão: Empresa Gráfica Funchalense. Distribuição: Jota CBS // VASPISSN 1647-1334

Redacção, administração e publicidadeRua Campo de Ourique, 6-A – 7780-148 CASTRO VERDETel. 286 328 417e-mail: [email protected]

Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem LdaNIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06. Registo ERC: 124.893. Tiragem semanal: 3.500 exemplares

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sexta. 2014.07.18

ÚLTIMAS

Francisco Canudo Sena, ex-comandante do Centro Distrital de Operações e Socorro de Beja, é o segundo candidato oficial à presidência da Fe-deração do Baixo Alentejo do PS, juntando-se na corrida ao actual presidente, o autarca ouriquen-se Pedro do Carmo.

“Não me candidato contra ninguém. Faço-o em consciência plena das dificuldades mas tam-bém, das oportunidades de uma mobilização po-lítica em torno do PS, pelo PS, pela democracia, pela pluralidade e pelo desenvolvimento, e pela afirmação do Baixo Alentejo”, adianta Canudo Sena em comunicado.

Canudo Sena candidatoao PS do Baixo Alentejo

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DÚVIDA

> CONTRAKAPA

Ao contrário do que pare-ce, a dúvida é essencial no processo de cresci-mento dos indivíduos. Pôr construtivamente

em causa certezas rotuladas de inatacáveis e reabrir questões arbitrariamente encerradas é um princípio que, apesar de não es-tar incluído em nenhum currícu-lo escolar ou de cada vez menos fazer parte de uma educação familiar criteriosa, deve ser ensi-nado desde a mais tenra idade. As sociedades modernaças, apologistas de que a vida deve dar sempre resto zero, inimigas da filosofia, do pensamento livre e da literatura, têm pavor a esta postura. Por a considera-rem atentatória da confortável dormência, tratam a inquietação como algo maligno que é preciso controlar e, se possível, banir da face da terra. Face a esta progressiva anulação do indivíduo enquanto ser pen-sante e crítico, deve reanimar-se a pergunta, instaurar a dúvida, proclamar a incerteza. Às vezes quem vai sozinho em sentido contrário também está certo. E se não estiver, pelo menos acres-centa um toque de diferença e horizonte. Até o sol, que é uma verdade absoluta, tem vários tons e intensidades.É pois necessário cultivar algum desassossego e instruir no sen-tido de duvidar. Não se trata de subversão ou anarquia. Trata-se sim de perceber o que está por detrás do pano neste palco onde nos mandam actuar.

Canudo Sena quer “recen-tralizar” Baixo Alentejo como maior distrito do país. Dr

> BejA. Antigo comandante distrital de Operações e Socorro de Beja é o segundo candidato anunciado à Federação, depois da recandidatura de Pedro do Carmo.

Vítor EncarnaçãoEscritor

Sob o lema “Por Mais Baixo Alentejo”, a candi-datura de Canudo Sena pretende “pugnar pelas ideias” e “pela defesa da causa e do serviço públi-co, pela importância do distrito e a sua influência no contexto regional, defendendo os justos e reais interesses em todos os domínios do desenvolvi-mento, patrimonial, físico e ambiental”.

“A recentralização do Baixo Alentejo como maior distrito do país” é outra das metas de Ca-nudo Sena, que diz contar “com todos para esta tarefa” através de um projecto político “diferente”, onde as pessoas “estarão na base da afirmação”.

“Pretendo um PS ganhador, um Baixo Alentejo mais próspero, mais igualitário com mais demo-cracia, onde os jovens vivam sem medos e a espe-rança dê lugar ao êxito e à concretização e onde os mais velhos não desesperem na sombra dos dias que passam”, acrescenta o candidato.

As eleições para a Federação do Baixo Alentejo do PS estão agendadas para o primeiro fim-de-semana do próximo mês de Setembro.

> ELEIçõEs AgENdAdAs PARA O INíCIO dE sETEMbRO

A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo avançou com o registo da marca “Feira Nacional da Água e do Regadio” no Instituto Nacional de Propriedade Indus-trial (INPI).

Com esta decisão, só a autarquia ferreirense poderá usar esta desig-nação de ora em diante, deixando assim de existir o risco de surgir um outro evento com o mesmo nome noutro ponto do país.

Para o autarca ferreiren-se Aníbal Reis Costa, o registo como marca no INPI “valoriza”

Ferreira do Alentejo registamarca “Feira da Água e Regadio”

> CERTAME vOLTA A REALIzAR-sE EM 2015

o certame, que considera “emblemático” para o concelho e para a economia local.

Promovida pela Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, a Feira Nacional da

Água e do Regadio teve a sua pri-meira edição em 1998 e desde

2011 que é bianual. A próxima edição será em Junho de 2015, no Parque de Exposições e Fei-ras de Ferreira do Alentejo.

O Politécnico de Beja (IPBeja) vai ter 15 licen-ciaturas em 2014-2015, com a abertura do cur-so de Desenvolvimento e Empreendedorismo Social. Além deste novo curso, o IPBeja dispo-nibiliza ainda mais 14 licenciaturas no próximo ano lectivo: Agronomia, Artes Plásticas e Mul-timédia, Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Desporto, Educação Básica, Educação e Comu-nicação Multimédia, Engenharia do Ambiente, Engenharia Informática, Gestão de Empresas, Serviço Social, Solicitadoria, Terapia Ocupacio-nal e Turismo. A primeira fase das candidaturas de acesso ao ensino superior prolonga-se até ao dia 8 de Agosto.

IPBeja com 15 licenciaturas

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Aníbal Reis Costa destaca importância da Feira da Água e do Regadio para Ferreira. Dr