Brasil de Fato RJ - 129

16
RIO DE JANEIRO Alexander Gottschalk / Bundeswehr Divulgação Ano 3 | edição 129 22 a 25 de outubro de 2015 distribuição gratuita Esporte | pág.15 Cultura | pág.11 Mundo | pág.6 Os bancários rejeitaram a úl- tima proposta feita pela Fede- ração Brasileira de Bancos (Fe- naban) na mesa de negocia- ção, realizada na última quar- ta-feira (21). Os bancos oferece- ram 8,75% de reajuste salarial, sem o abono. A paralisação AGROECOLOGIA O Brasil de Fato RJ conheceu a produção orgânica da pequena agricultora Silvia Baptista, moradora de Vargem Grande. Ela é uma das participantes do I Encontro Nacional de Agricultura Urbana que acontece até sábado (25) na UERJ. Cidades l pág. 5 Atletas reivindicam Célio de Barros Confira entrevista com a professora Edneida Freire Bancos oferecem reajuste abaixo da inflação Cineasta Silvio Tendler participa de debate nesta quinta (22) no Museu da República Marca de imigrantes que chegam pelo mar foi alcançada nesta semana Banqueiros quebram o silêncio e pedem para negociar com trabalhadores, mas oferta ainda está abaixo do reivindicado pela categoria já soma 15 dias. Trabalhado- res pedem 16% de reajuste, au- mento na participação nos lu- cros e resultados (PLR), fim das demissões, entre outras reivin- dicações. Greve deve se esten- der por mais alguns dias. Cidades | pág. 7 EBC Memória Stefano Figalo / Brasil de Fato Filme propõe reflexão sobre privatizações Refugiados: Grécia já recebeu 500 mil

description

 

Transcript of Brasil de Fato RJ - 129

Page 1: Brasil de Fato RJ - 129

RIO DE JANEIRO

Alexander Gottschalk / Bundeswehr

Div

ulga

ção

Ano 3 | edição 129

22 a 25 de outubro de 2015 distribuição gratuita

Esporte | pág.15

Cultura | pág.11 Mundo | pág.6

Os bancários rejeitaram a úl-tima proposta feita pela Fede-ração Brasileira de Bancos (Fe-naban) na mesa de negocia-ção, realizada na última quar-ta-feira (21). Os bancos oferece-ram 8,75% de reajuste salarial, sem o abono. A paralisação

AGROECOLOGIA O Brasil de Fato RJ conheceu a produção orgânica da pequena agricultora Silvia Baptista, moradora de Vargem Grande. Ela é uma das participantes do I Encontro Nacional de Agricultura Urbana que acontece até sábado (25) na UERJ. Cidades l pág. 5

Atletas reivindicam Célio de BarrosConfira entrevista com a professora Edneida Freire

Bancos oferecem reajuste abaixo da inflação

Cineasta Silvio Tendler participa de debate nesta quinta (22) no Museu da República

Marca de imigrantes que chegam pelo mar foi alcançada nesta semana

Banqueiros quebram o silêncio e pedem para negociar com trabalhadores, mas oferta ainda está abaixo do reivindicado pela categoria

já soma 15 dias. Trabalhado-res pedem 16% de reajuste, au-mento na participação nos lu-cros e resultados (PLR), fim das demissões, entre outras reivin-dicações. Greve deve se esten-der por mais alguns dias.

Cidades | pág. 7

EBC

Mem

ória

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Filme propõe reflexão sobre privatizações

Refugiados: Grécia já recebeu 500 mil

Page 2: Brasil de Fato RJ - 129

No último dia 15 de outu-bro morreu, aos 83 anos, o coronel reformado do Exérci-to, Carlos Alberto Brilhante Ustra. Primeiro militar reco-nhecido pela justiça brasilei-ra como torturador na épo-ca da ditadura, Ustra foi co-mandante do DOI-Codi – ór-gão que centralizou a repres-são durante a ditadura – de São Paulo. Sob seu comando, centenas de pessoas foram presas, torturadas, assassi-nadas ou “desaparecidas” em todo o país.

A transição à democracia no país não conseguiu derrubar todo autoritarismo daquela época. Restam estruturas jurí-dicas, instituições, doutrinas e práticas que expressam a vio-lência e o espírito antidemo-crático daquele período. Ci-taremos quatro exemplos.

Dezenas de moradores de regiões que foram “pacifica-das” pelas forças armadas na cidade do Rio de Janeiro so-frem hoje processo na justiça militar. O que justifica, em pleno século XXI e fora de período de guerra, que um brasileiro seja julgado por uma justiça com todos os li-mites como a militar, sem uma série de direitos previs-tos na Constituição?

O segundo exemplo é a permanência da Doutrina de Segurança Nacional. For-mulada nos Estados Unidos e trazida ao Brasil por mili-tares que fizeram cursos de repressão naquele país, es-sa Doutrina foca sua atenção

A transição à democracia no país não conseguiu derrubar todo autoritarismo daquela época

EDITORIAL

Quinta-feira, 22 de outubro, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F24Nublado

PREVISÃO DO TEMPO

EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andra-de, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:André Vieira e Fania Rodrigues

REPORTAGEM:Bruno Porpetta e Pedro Rafael Vilela

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

FOTÓGRAFO: Stefano Figalo

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

(21) 4062 [email protected]

democracia. Hoje, essa Dou-trina forma a polícia brasi-leira, só que o inimigo a ser combatido é o pobre, o mo-rador da periferia e da favela, o jovem negro.

Outra herança da ditadu-ra são os chamados “autos de resistência”, usados para enquadrar como agressores as vítimas dos “confrontos” com a polícia. São vários os relatos – inclusive em ima-gens na internet – de pesso-as que são mortas e têm ar-mas “plantadas” em suas

no chamado “inimigo inter-no”. Na época da ditadura, o inimigo era o chamado “sub-versivo”, ou seja, o militante de esquerda que lutava pela

mãos, para simular confron-to e justificar o assassinato.

Por fim, a prática mais co-mum da ditadura no nos-so cotidiano é a tortura, que ocorre em delegacias, quar-téis, viaturas e nas ruas, como um instrumento de confissão forçada ou, simplesmente, de pura perversidade.

Lutemos para que o Brasil passe a limpo sua história e para que sejam jogados na la-ta do lixo os restos do autorita-rismo que seguem ameaçan-do a democracia brasileira.

Na lata do lixo da história

2 | Opinião Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015

Page 3: Brasil de Fato RJ - 129

gistradas nas delegacias co-mo “autos de resistência”, ou seja, os policiais regis-tram o caso como sen-do legítima defesa. Pa-ra especialistas, a cul-pa é da política de segu-rança pública do esta-do, que estimula uma guerra entre policiais e criminosos, sem bus-car combater a origem da criminalidade. (ABr)

Pablo Vergara / Brasil de Fato

Greve dos bancários sem data para acabar

Os bancários em gre-ve rejeitaram nesta quar-ta-feira (21) a nova propos-ta de reajuste salarial fei-ta pela Federação Nacio-nal dos Bancos (Fenaban) e vão se manter em gre-ve nesta quinta-feira (22), quando haverá nova roda-da de negociação a partir das 14 horas.

Educação quer reajuste maior

O prefeito Eduardo Pa-es decretou o reajuste anu-al de 10,34% para o funcio-nalismo municipal, com validade a partir de outu-bro. O pagamento será fei-to no início de novembro. O índice é menor do que os 20% reivindicados pelos profissionais da educação.

SINDICALpor Claudia Santiago

EBC

Mem

ória

Divulgação

EBC Memória

Mortes provocadas por policiais no Rio crescem 18% neste ano

As mortes provocadas pela polícia do Rio de Ja-neiro cresceram 18% neste ano, em relação ao ano pas-sado. De acordo com da-dos divulgados pelo Insti-tuto de Segurança Pública (ISP), os policiais mataram 517 pessoas entre janeiro e setembro deste ano, ou se-ja, 79 a mais do que no mes-mo período de 2014.

Essas ocorrências são re-

O ex-presidente do Uru-guai, Pepe Mujica, man-dou bem ao criticar o mo-delo consumista em que vivem as sociedades. “A verdadeira pobreza é gas-tar a vida preocupado em viver acumulando”, decla-rou Mujica em recente vi-sita ao Brasil.

O deputado federal Edu-ardo Bolsonaro (PSC-SP) ameaçou indígenas Guara-ni Kaiowá, dentro do Con-gresso Nacional. A líder in-dígena Valdeci Veron de-nunciou a agressão à Co-missão de Direitos Huma-nos e Minorias.

mandoumal

mandoubem

AGROECOLOGIA A Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes foi reconhecida como de interesse cultural pela Câmara do Rio. Assentados comercializam produtos agroecológicos há seis anos no Largo da Carioca. Projeto foi proposto pelo vereador Renato Cinco (Psol).

disse o cantor Ney Matogrosso, durante entrevista ao jornal espanhol El País.

Comissão de Energia Nuclear

A Comissão Nacional de Energia Nuclear tomou uma decisão que mexe em direitos já garantidos há mais de 20 anos, co-mo insalubridade e direito a férias. A Confederação dos Servidores Públicos (Condsef) solicitou a sus-pensão da medida. Tudo indica que será atendida.

FRASE DA SEMANA

Div

ulga

ção

“O Brasil está mais careta hoje do que era”

Geral | 3Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015

Page 4: Brasil de Fato RJ - 129

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

O processo que envolve os 23 ativistas políticos, presos durante as manifestações de 2013 e 2014, está chegan-do à sua reta final. A par-tir desta semana o juiz Flá-vio Itabaiana poderá dar a sentença aos manifestantes acusados.

Em seu parecer final, o Mi-nistério Público (MP) pediu para inocentar cinco acusa-dos, por falta de provas. En-tre eles estão Fabio Rapo-so Barbosa e Caio Silva de Souza, que em outro proces-so são responsabilizados pe-la morte do cinegrafista da Band, Santiago Andrade.

Os outros 18 ativistas são acusados de “associação cri-minosa”. Entretanto, o MP, em suas alegações finais, também inclui o crime de “corrupção de menor”. Já a professora de filosofia Ca-mila Jourdan e Igor D’Icaraí estão em uma situação ain-da mais complexa, pois tam-bém são acusados de porte de artefato explosivo.

Entretanto, o advogado do Instituto de Defesa dos Di-

Ativistas políticos ainda sofrem perseguição Dois anos depois das manifestações, 23 ativistas ainda respondem processo na Justiça e correm o risco de serem condenados

reitos Humanos (DDH), Lu-cas Sada, responsável pela defesa de seis acusados, in-cluindo Camila Jourdan e Igor D’Icaraí, afirma que o processo tem uma série de ilegalidades. Segundo Sada, a principal testemunha de acusação, Felipe Braz, caiu em contradição por diversas vezes durante o depoimento.

Outra testemunha chave é o policial da Força Nacio-nal, infiltrado entre os ati-vistas nas manifestações de 2013. “Essa é uma das ques-tões mais graves do proces-so. Esse policial foi infiltrado ilegalmente, sem a autoriza-ção da Justiça”, afirma o ad-vogado do DDH.

Também não ficou prova-do que existia “associação” entre os ativistas. “Muitos

deles nem se conheciam e mesmo aqueles que se co-nheciam não se reuniam com o objetivo de cometer crime”, ressalta Sada.

PERSEGUIÇÃOCamila Jourdan e Igor D’Ica-raí podem pegar até 14 anos de prisão, caso recebam a pena máxima. Para os de-mais a condenação pode ser de até 8 anos. Para mui-tos juristas, políticos e pes-soas do meio jurídico, não há dúvidas de tratar-se de perseguição contra pessoas

que protestavam contra po-líticos como Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.

O advogado Nilo Batista, um dos mais renomados cri-minalistas do país, classifi-cou o processo contra os ati-vistas de “absurdo”. “Ali es-tão sendo criminalizados grupos políticos de esquer-da. É um absurdo. Uma coi-sa antidemocrática”, desta-cou. Para os deputados fede-rais Jean Wyllys (Psol), Chi-co Alencar (Psol) e Jandira Feghali (PCdoB) não restam dúvidas de que a prisão dos

manifestantes criminaliza os protestos. Os parlamenta-res assinaram uma petição, no ano passado, pedindo ao MP que fiscalizasse a atua-ção do judiciário nesse caso.

CRIME DE ESTADOO advogado Marino D’Icarahy, responsável pela defesa de Elisa Quadros, a Sininho, e outros 11 acusados, afirma que os jovens não comete-ram nenhum delito ao par-ticipar das manifestações contra o aumento da tarifa de ônibus. Para D’Icarahy, a perseguição é política e quem está cometendocrime nesse caso é o Estado.

“O crime está no fato de o Estado usar de métodos pa-ra tentar transformar jovens conscientes e combativos em supostos membros de uma associação criminosa que só existe por força de in-teresses políticos”, afirmou.

Tanto Marino D’Icarahy quanto Lucas Sada questio-nam a maneira como foram feitas as escutas telefônicas e as interpretações do sig-nificado de algumas expres-sões usadas pelos ativistas. Para eles, as interpretações foram “fantasiosas”.

Processo dos 23 ativistas políticos

está chegando na sua reta final

Em seu parecer final, o Ministério Público (MP) pediu para inocentar cinco acusados, por falta de provas

EBC Memória

Miguéis / MIC

4 | Cidades Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015

Page 5: Brasil de Fato RJ - 129

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Sílvia Baptista tem 54 anos e é agricultora. Porém, sua produção não está fora da ci-dade do Rio nem é cultivada em uma grande área. Mora-dora de Vargem Grande, na zona oeste, e vizinha do Par-que Estadual da Pedra Bran-ca, ela utiliza o próprio quin-tal como espaço para culti-var alimentos livres de agro-tóxicos e sem transgênicos. O contato com a terra é de fa-mília. Desde pequena viu sua mãe transformar os fundos da casa em uma horta.

Em um pequeno espaço de terra, ela cultiva bana-na, inhame, caqui, entre ou-tros. Como não come tudo o que colhe, Sílvia troca com os vizinhos alguns alimen-tos e também vende sua pro-dução. Ela não está só. Desde 2006, um grupo de pequenos agricultores se uniu e formou a Agrovargem, uma coope-rativa que, além de incenti-var os moradores do bairro a plantarem alimentos sem ve-neno, ainda organiza a venda dos produtos em feiras espa-lhadas pela cidade.

Parte da Rede Carioca de Agricultura Urbana, o coleti-vo vem fortalecendo suas ex-periências com moradores de outros locais. “Em nossa comunidade sempre existiu uma tradição agrícola. Com a Agrovargem começamos a ter contato com outros agri-cultores e hoje fazemos inter-câmbio”, conta a agricultora.

ENCONTRO NACIONALEsta semana o grupo tem a missão de fazer o café da manhã, com produtos co-lhidos nos quintais de Var-

Existe agricultura na cidade do RioAgricultores urbanos realizam encontro nacional na UERJ

uma banquinha da Agro-vargem é montada em fren-te à Associação de Morado-res de Vargem Grande para as vendas. “O objetivo é tra-zer um produto melhor, da roça, para nossa comunida-de. Os fregueses gostam da mercadoria”, relata a agri-cultora Cristina Correia, de 56 anos, que vende banana todos os sábados.

Feliz com o resultado da organização entre agricul-tores, Cristina, no entan-to, tem uma preocupação. “Vários jovens foram em-bora da roça porque o pes-soal não dava valor à nossa mercadoria. Espero que es-sa juventude que está aqui dê continuidade ao nosso trabalho e tenha chance de permanecer aqui”, conclui.

A horta pode estar em sua casaAgricultoras criam estratégias para produzir e vender alimentos sem veneno

E não é preciso ter muito espaço para começar a plan-tar o próprio alimento. Até em um apartamento é pos-sível cultivar algumas coi-sas. “É possível ter uma hor-tinha em casa, plantar o seu tempero como salsa, cebo-linha. Embora não se acei-te que tem agricultura na ci-dade, tem feira agroecológi-ca pra tudo que é canto. Hoje estamos lutando para fazer uma feira em Vargem Gran-de, que aproxima as pesso-as dos agricultores”, aponta Maraci Santos, de 50 anos, integrante da Agrovargem.

Até a feira ser instalada, os moradores do bairro e de re-giões vizinhas não precisam esperar para comprar fru-tas e verduras colhidas na região. De terça a domingo,

gem Grande, para os partici-pantes do I Encontro Nacio-nal de Agricultura Urbana (ENAU). O evento ocorrerá entre os dias 21 e 24 de outu-bro na Universidade do Esta-do do Rio de Janeiro (UERJ). “Todo cidadão pode se inse-

rir na luta da agroecologia, mesmo que não queira plan-tar. Podemos fazer da nossa cozinha uma trincheira de luta ao falar que não quere-mos alimentos com agrotó-xicos e nem com transgêni-cos”, convoca Sílvia.

Podemos fazer da nossa cozinha uma trincheira de luta ao falar que não queremos alimentos com agrotóxicos

Sílvia Baptista, agricultora

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Silvia planta alimentos sem veneno em Vargem Grande, no Rio

Cidades | 5Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015

Page 6: Brasil de Fato RJ - 129

Argentina vai às urnas

No próximo domin-go (25), os argentinos vão escolher o próximo pre-sidente da República. O candidato Daniel Scioli, apoiado pela presidenta Cristina Kirchner, é o fa-vorito e pode vencer ain-da no primeiro turno. Pa-ra tanto, precisa de 40% dos votos válidos.

As últimas pesquisas eleitorais apontam vitó-ria para Scioli com inten-ções de voto que variam entre 41% e 42%. Na se-gunda posição, aparece o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, com 28%. Logo depois, o deputado Sergio Massa aparece em terceiro lugar, com 23%. (Carta Maior)

EM FOCODivulgação

Casa Rosada

Divulgação

DIA DOS MORTOSMéxico se prepara para um dos festejos mais populares do país, que é quando a população homenageia os mortos. Durante as comemorações são preparados carros alegóricos, fantasias e altares exuberantes.

A Grécia atingiu, essa se-mana, a entrada de 500 mil imigrantes e refugiados, se-gundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), em Ge-nebra, na Suíça.

O número total de imigran-tes que chegaram, esse ano, à Europa, via mar Mediterrâ-neo, já ultrapassou as 643 mil pessoas, até o momento.

Diante das chegadas em massa ao território grego, muitos refugiados e imigran-tes “procuram desesperada-mente prosseguir caminho o

Mais de 500 mil refugiados chegaram à Grécia

Cerca de 27 mil refugiados permanecem em território grego

Benjamin Netanyahu diz que Hitler não queria matar os judeus

mais rápido possível, porque temem que as fronteiras que pretendem cruzar se fechem em breve”, disse a porta-voz da Acnur, Melissa Fleming.

Fleming lembrou ainda que os refugiados “não são imigran-tes”, uma vez que são pesso-as que foram obrigadas a fugir dos seus países. A vida dessas pessoas correm perigo em seus países, e portanto deveriam ser protegidas pelo Direito Interna-cional. “Os sírios, os iraquianos e os eritreus são incontestavel-mente refugiados”, frisou ainda Melissa Fleming. (Abr)

Stephen Ryan / IFRC

O primeiro-ministro de Is-rael, Benjamin Netanyahu, afirmou que Hitler não que-ria exterminar judeus ini-cialmente e que o Holocaus-to foi sugestão palestina. O premiê acusou o líder pales-tino da época, o Haj Amin al-Husseini, de “incitar” o exter-mínio. Segundo Netanyahu, Hitler queria apenas expul-sar os judeus, mas o líder pa-lestino teria dito que não se-

ria o suficiente, pois os ju-deus iriam invadir a Palestina. A polêmica declaração foi feita em meio a uma onda de cres-cente violência entre israelen-ses e palestinos na Cisjordâ-nia, em Gaza e em Israel. Os ataques de Israel deixaram mais de 54 mortos, dos quais, 46 são palestinos. Historiado-res de várias partes do mundo questionaram a versão do is-raelense. (OperaMundi)

Israel culpa palestinos por Holocausto

6 | Mundo Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015

Page 7: Brasil de Fato RJ - 129

Valor oferecido ainda não repõe o poder de compra dos bancários, pois está abaixo da inflação de 9%. E esse é um setor muito lucrativo

Adriana Nalesso, sindicalista

Bancos oferecem reajuste abaixo da inflaçãoBanqueiros quebram o silêncio e pedem para negociar com trabalhadores, mas oferta ainda está abaixo do reivindicado pela categoria

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

EBC Memória

Os bancários rejeitaram a última proposta feita pe-la Federação Brasileira de Bancos (Fenaban) na me-sa de negociação, realiza-da em São Paulo, na última quarta-feira (21). Os bancos ofereceram 8,75% de rea-juste salarial, sem o abono.

“Esse valor oferecido ain-da não repõe o poder de compra dos bancários, pois está abaixo da inflação de 9%. E esse é um setor muito lucrativo. Mas as negocia-ções continuam”, afirma a presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janei-ro, Adriana Nalesso.

Mesmo diante de uma proposta razoável por par-te dos bancos, os represen-tantes de sindicatos devem consultar suas bases antes de aceitar qualquer acordo. Portanto, a greve deve se es-tender por mais alguns dias.

Em 15 dias de paralisação, essa foi a primeira vez que a Fenaban chamou os traba-lhadores para negociar. Os bancários pedem 16% de re-ajuste, aumento na partici-pação nos lucros e resulta-dos (PLR), fim das demis-sões, entre outras reivindi-cações. Os bancos fecharam mais de seis mil postos de trabalho no primeiro semes-tre desse ano.

GRANDE ADESÃONo Rio de Janeiro, o núme-ro de agências paradas che-gou a 479 essa semana. O total de funcionários em greve chegou a 14 mil, na última quarta-feira (21). No começo da semana eram 12 mil. O sindicato estima que no Centro da cidade cerca de 70% das agências estão de portas fechadas.

A grande adesão dos ban-cários mostra a insatisfação com um setor que não pa-ra de crescer e lucrar, mes-mo em tempos de crise. A primeira proposta feita pe-

Itaú tenta enganar seus trabalhadores

Semana passada, o Sin-dicato dos Bancários fez um alerta aos funcioná-rios do Itaú. Segundo de-núncias, a direção do ban-co estaria espalhando bo-atos com o objetivo de le-var os bancários a furarem a greve. Gerentes e direto-res ligaram para os empre-gados, pedindo que voltas-sem aos postos de traba-lho, e dizendo que isto te-ria sido resultado de “um acordo com o Sindicato”.

Entretanto, os sindicalis-tas logo desmentiram o bo-ato. “Imagine se o Sindicato iria compactuar com esta conspiração contra a nos-sa própria luta. Se os bancos querem que o trabalhador volte às atividades, basta a Fenaban apresentar uma proposta decente”, afirmou a diretora de imprensa do sindicato, Vera Luiza.

BNDES PAROUOs empregados do BNDES também paralisaram suas atividades, nesta terça-feira (20), inicialmente por 24 ho-ras. Eles poderão parar por 48 horas, nos dias 27 e 28, ca-so a diretoria do banco não apresente uma proposta em relação à pauta de reivindi-cações. Os empregados do BNDES deixaram claro que estão insatisfeitos e dispos-tos a aumentar ainda mais a sua mobilização.

la Fenaban, antes da gre-ve, era de um abono no va-lor de R$ 2,5 mil para todos os bancários e um índice de reajuste dos salários e be-nefícios de 5,5%.

Sindicato estima que no Centro do Rio cerca de 70% das agências estão fechadas

Tânia Rêgo/Agencia Brasil

Cidades | 7Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015

Page 8: Brasil de Fato RJ - 129
Page 9: Brasil de Fato RJ - 129

“Sem mídia democrática, não há democracia!”. Com essa frase, centenas de ati-vistas, movimentos e orga-nizações sociais denunciam a falta de diversidade do sis-tema de comunicação do pa-ís. Apesar de o Brasil contar com uma abrangente cober-tura no sinal aberto de rádio e televisão, que chega a qua-se 100% do território, a maio-ria das emissoras é controla-da por poucos grupos que es-tão vinculados a famílias de magnatas do eixo Rio-São Paulo. Além disso, muitos políticos são donos ou con-troladores de rádio e TV, o que é proibido pela Consti-tuição. Atualmente, ao me-nos 42 deputados e senado-res estão nessa condição.  

Por causa disso, há mais de 10 anos, na semana de 18 de outubro (quando se celebra o Dia Mundial pelo Direito à Comunicação), são realiza-das atividades em todo o pa-ís com o objetivo de reivindi-car mudanças na área. Para o Fórum Nacional pela De-mocratização da Comuni-cação (FNDC), entidade que articula boa parte dos mo-vimentos sociais do setor, é preciso romper com o “mo-nopólio da palavra e do de-bate público” e permitir que mais vozes cheguem todo dia à casa dos brasileiros. “A chamada grande mídia bra-sileira reproduz um pensa-mento único, e que nos úl-timos anos tem, em muitas

Pedro Rafael Vilelade Brasília (DF)

No Brasil dos milhões, a mídia está nas mãos de poucas famíliasMovimentos organizam semana pela democratização da comunicação

Donos dos canais e do dinheiro público

No Brasil, além de poucos grupos controla-rem, ao mesmo tempo, canais de rádio e televi-são, jornais e sites de no-tícia, essas mesmas em-presas recebem quase toda a publicidade ofi-cial distribuída pelo go-verno. Só a Rede Globo faturou, nos últimos 12 anos, um total de R$ 6,2 bilhões. A Record obte-ve R$ 2 bilhões, segui-da pelo SBT (R$ 1,6 bi-lhão) e Band (R$ 1 bi-lhão). Ao todo, isso re-presenta mais de 70% de todas as verbas oficiais de publicidade. A Globo, sozinha, apesar de uma audiência de menos de 40%, recebe quase 70% do total de recursos.

Para saber mais sobre a luta pela democrati-zação da comunicação, acesse o site: www.fndc.org.br.

A maioria dos países democráticos do mundo tem leis e normas para evitar o monopólio

Divulgação / Levante Popular da Juventude

Movimentos pedem fim dos “barões da mídia”

de Brasília (DF)

bo) detém 38,7% do merca-do, seguida pela família do bispo Edir Macedo (Rede Record), da Igreja Universal – que controla cerca de 16% –, além da família de Sílvio Santos (SBT), dona de 13,4% do setor. No caso dos Mari-nho, além de donos de um dos maiores conglomerados de mídia da América Latina, ainda figuram na lista das fa-mílias mais ricas do mundo. De acordo com a revista For-bes, os três irmãos acionis-tas da empresa dividem uma fortuna estimada em mais de 30 bilhões de dólares.

DEMOCRACIA E REGULAÇÃOUm dos objetivos da Sema-na pela Democratização da Comunicação é mostrar que a maioria dos países demo-cráticos do mundo tem leis e normas para evitar o mo-nopólio. Nos Estados Uni-dos, por exemplo, há um ór-gão regulador das comuni-cações, o FCC, que é inde-pendente de empresas e go-verno. Ele controla o po-der econômico para impe-dir que um mesmo detenha mais de 39% da audiência. Além disso, é proibido que

um mesmo grupo seja dono das principais emissoras de rádio, TV e jornal na mesma região. Na Alemanha, quan-do uma empresa atinge 10% do mercado, deve reservar quatro horas semanais da sua programação para pro-duções independentes. Na opinião dos alemães, é pre-ciso evitar que um só gru-po tenha grande poder so-bre a opinião pública por-que prejudica a democracia. Na França, estão assegura-das cotas de músicas e pro-gramas nacionais nas emis-soras de rádio e televisão.

ocasiões, disseminado pre-conceito, discriminação e veiculado um discurso de ódio social e político”, diz um trecho da nota divulgada pe-lo FNDC.

BARÕESHá no Brasil menos de dez grupos familiares que con-trolam 70% da mídia, segun-do dados da BBC de 2013. A família Marinho (Rede Glo-

Brasil | 9Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015

Page 10: Brasil de Fato RJ - 129

Em maio de 2015, eu lancei uma pergunta aos leitores: “como seria a sua novela?” Semanas depois, recebi algumas sinopses que publiquei em outro texto. E não foi que aca-bei recebendo também sugestões de alunos do 1º e 2º ano do Ensino Médio do Instituto Guimarães Rosa, escola de Sete Lago-as, em Minas Gerais?

A professora de Língua Portuguesa deles, Mariân-gela Araújo, se inspirou no desafio proposto por mim e pediu que os seus alunos fizessem uma redação res-pondendo à pergunta. Os estudantes não somen-te fizeram os textos como me enviaram por email. A iniciativa e o empenho dos alunos merecem ser reco-nhecidos aqui, verdade? Então, cito abaixo o nome dos jovens escritores de novela e os temas escolhi-dos, comentados por mim, claro! Teve de tudo um pouco, confere aí!

Isabella P. – contradições entre a vida no lixão e nas casas luxuosas de bairros ricos, inspirada em “Aveni-da Brasil” (2012)Isabella S. – a vida nas fa-velas do Brasil (tema cres-cente das novelas atuais)

SEMPRE VI NOVELA | Joaquim Vela

Nós leitores

José Geraldo – tragicomé-dia de mutantes presos nu-ma ilha deserta (que medo!)Raul – uma trágica paixão interrompida pela morte dos amantes (seria tipo Romeu e Julieta dos dias atuais?)Guilherme – uma nove-la sobre esporte, comédia e amor para diferenciar das novelas violentas de hoje em dia (mais leve, verdade?)Luisa – novela inspirada no filme “Jardim Secreto” (não vi, mas gostei do nome!)Carol – história de um gru-po de amigos que lutam por um mundo melhor (a equipe do Brasil de Fato também luta por isso!)Yasmini – novela de um Brasil futuro sem corrup-ção e violência (eu quero viver neste Brasil)Stephanie – história do povo brasileiro (nossa, es-sa vai ser bacana, certeza!)Bianca – história de amor no interior do Goiás (apos-to que a Bianca conheceu algum goiano legal)

Eu fiquei muito feliz por saber que a coluna é lida e ainda inspira atividade pe-dagógica. A moçada é inte-ligente, escreve bem e es-tá de parabéns. A professo-ra também, claro! Lembrei dos meus tempos de esco-la. Ai, como era bom!

EBC

Mem

ória

AGENDA DA SEMANA

O quê: Feira Internacional de Quadrinhos volta com palestras, encontros e curiosidades das histórias em quadrinhos.Onde: Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna – Praia do Flamengo, 158, Flamengo. Quando: De sexta (23) a 1º de novembro, de 10h às 18h.Quanto: 0800

O quê: Evento tem o objetivo de valorizar as manifestações da cultura regional, através de exposições, mesas de debate, oficinas e performances.Onde: Auditório do IFRJ – Rua Lúcio Tavares, 1045, Centro de Nilópolis. Quando: Quinta (22), de 8h às 18h.Quanto: 0800

O quê: Evento comemora mês da criança com programação recheada de música, contação de história, performances, palhaços, mágicos e gastronomia.Onde: Largo do Machado, s/n, Catete.Quando: Sexta (23), sábado (24) e domingo (25), de 12h às 21h.Quanto: 0800

O quê: Mostra reúne elementos da arte e da cultura do povo Maori, originário da Nova Zelândia. São mais de 80 objetos produzidos por nativos. Onde: Espaço Tom Jobim - Parque Jardim Botânico, 1008.Quando: Todos os dias, de 10h às 18h. Até sábado (24).Quanto: 0800

O quê: Exposição reúne obras nacionais e internacionais que trabalham com cinema, fotografia, videoarte, instalação audiovisual e internet.Onde: Fundição Progresso – Rua dos Arcos, 24.Quando: Todos os dias, das 10h às 18h. Até dia 25.Quanto: 0800

O quê: Espetáculo conta sobre Mara, uma prostituta veterana que canta e faz shows.Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – Avenida Primeiro de Março, 66, Centro.Quando: Qua e qui às 18h30. Sex a dom, às 17h30 e 19h30. Até dia 25.Quanto: R$ 10 (R$ 5 meia).

A mão na face

Comic Mania

Mostra 3M de Arte Digital

Arte com Ziriguidum

Tuku Iho: Legado Vivo Maori

Manifestações das Culturas Populares

Die

go S

ouza

/ D

ivul

gaçã

o

Div

ulga

ção

Mar

cos L

ópez

Repr

oduç

ão

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

Conheça as novelas sugeridas por alunos ao Brasil de Fato

SUGESTÕES:[email protected]

10 | Cultura Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015

Page 11: Brasil de Fato RJ - 129

Militância cultural e pro-tagonismo estudantil: essas são as expressões que resu-mem a essência do coleti-vo Seu Gusta, um grupo de produção cultural compos-to por alunos da Universi-dade Federal Rural do Rio (UFRRJ), em Seropédica, na Baixada Fluminense. Des-de junho de 2013, o coleti-vo realiza atividades cul-turais como sessões de fil-mes, apresentações teatrais e eventos musicais. O obje-tivo é aproximar a comuni-dade estudantil à população que mora na cidade.

Formado pelos estudan-tes Karine Guimarães, de 23 anos, Leonam Monteiro, de 22, Paulo Teodoro, de 19, e Pablo Lima, de 27, o coleti-vo surgiu porque havia uma demanda dos estudantes por

Quando a cidade e a universidade se encontramColetivo Seu Gusta realiza atividades que aproximam a Universidade Rural à comunidade de Seropédica

Victor Ohanade Seropédica (RJ)

mais atividades na Univer-sidade e na própria cidade. “O cenário cultural em Sero-pédica é bem ruim. Há falta de acesso a atividades cultu-rais, mas não é porque a ga-lera não quer cultura. É por-

que realmente não tem mui-ta coisa. Só agora em 2015 inauguraram um centro cul-tural, mas ainda assim é lon-ge, não tem acessibilidade”, explica Karine.

Com o apoio da Pró-Rei-

toria de Extensão da Rural, o coletivo realiza regular-mente três atividades: o “Ci-ne Casulo”, cineclube que ocorre toda quarta-feira; o “Depois da Janta”, que re-úne apresentações musi-cais de conjuntos da univer-sidade e da cidade; e peças teatrais com grupos locais e da região metropolitana.

Grande parte dos eventos

Coletivo destaca a diversidade cultural em suas atividades

ocorre no anfiteatro Gustavo Dutra, na própria Universi-dade, espaço que inspirou o nome do coletivo. Além dis-so, o coletivo já trouxe à ci-dade o VerCine – Festival de Cinema Brasileiro da Bai-xada Fluminense, e a Mos-tra Internacional de Cine-ma e Direitos Humanos. Tu-do de graça. “O que a gente quer é quebrar esses muros

invisíveis que a universidade tem. Muitos de Seropédica acham, por exemplo, que a Rural é um local pago, só pa-ra quem é rico. Mas, quando chegam aqui e desfazem es-se mito, a gente quebra essas barreiras”, argumenta Pablo.

CULTURA COM DIVERSIDADELonge dos produtos da gran-de mídia, o coletivo bus-ca promover atividades que ofereçam maior diversidade de conteúdo. Durante o mês de setembro, por exemplo, o grupo realizou uma mostra de cinema apenas com filmes latino-americanos. Na exibi-ção de um longa-metragem mexicano, o coletivo atraiu cerca de 170 espectadores.

“Nosso papel é mostrar outras possibilidades. Mui-tas vezes o espectador já es-tá habituado com as mes-mas histórias, o mesmo ti-po de música, ou seja, ele já tem construído aqui-lo que é bom”, explica Le-onam. “A gente se acostu-ma muito com os filmes de Hollywood. Aí quando se exibe um filme mexica-no, paraguaio, chileno, que tem outro estilo e que tam-bém é bom, você instiga o espectador a ver o diferen-te”, comenta Karine.

Filme de Silvio Tendler abre debate sobre desmonte

Selecionado em festivais na França e na Alemanha, Privatizações – A Distopia do Capital será exibido, com debate, nesta quinta-feira (22), no Museu da República.

No momento em que tra-

Victor Ohana / Brasil de Fato

A gente quer quebrar esses muros invisíveis da universidade

Pablo Lima,estudante

“Privatizações: A Distopia do Capital” será exibido, com debate, no dia 22 de outubro

mitam no Congresso Nacio-nal projetos de lei que pro-põem programas de priva-tização, com graves amea-ças ao patrimônio nacional, a obra, dirigida por Silvio Ten-dler, é extremamente oportu-na. Além de registrar as con-sequências das políticas de desestatização, o documentá-rio aprofunda a percepção so-bre os rumos da democracia.

Participam desta verdadei-ra aula sobre a história recen-te do Brasil Pablo Gentili, Mar-

cio Pochmann, Guilherme Es-trella, Paulo Vivacqua, Carlos Lessa, Ermínia Maricato, João Pedro Stédile, Luiz Pinguelli Rosa, Maria Inês Dolci, Carlos Vainer, Eloá dos Santos Cruz, Eduardo Fagnani, Ladislau Dowbor, Marcos Dantas e Sa-muel Pinheiro Guimarães.

Em seguida à exibição, se-rá realizado debate aberto ao público com o diretor Silvio Tendler; o professor da Uni-versidade Federal Fluminen-se (UFF), Carlos Walter Porto-

Gonçalves, autor de A globali-zação da natureza e a nature-za da Globalização, entre ou-tros trabalhos na área de ge-ografia social; e a economista Ceci Juruá, Doutora em Polí-ticas Públicas pela UERJ, Di-retora do Fórum 21 e do IBEP-Instituto Brasileiro de Estu-dos Políticos.

Privatizações: a Distopia do Capital é uma realização do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Sen-ge-RJ) e da Federação Interes-

tadual de Sindicatos de En-genheiros (Fisenge), que promovem a exibição e o de-bate na programação do ci-clo O BRASIL QUE VOCÊ NÃO VÊ NA TV, em parceria com o Museu da República.

SERVIÇODia: 22 de outubro de 2015, quinta-feira, 18h30Local: Cineclube Silvio Tendler, Museu da República. Rua do Catete, 153 – Catete.

Cultura | 11Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015

Page 12: Brasil de Fato RJ - 129

Para abalar as estruturas da mídia privada, que con-centra poder econômico, político e ideológico, o Fó-rum Nacional pela Demo-cratização da Comunica-ção (FNDC) coordenou, en-tre os dias 14 e 22 de outu-bro, mais uma edição da Se-mana Nacional pela Demo-cratização da Comunica-ção. A ideia é agitar a popu-lação e discutir estratégias para pôr em prática o nos-so direito à comunicação. O Rio de Janeiro, assim como várias cidades do país, terá programação própria.

Embora a Constituição determine o equilíbrio en-tre privado, público e esta-tal nas comunicações, os brasileiros praticamente só conhecem as TVs e rádios privadas, com poucas ex-ceções que merecem des-taque, como a TV Bra-sil, a TV Cultura e a Rádio MEC. O setor privado-co-mercial abocanhou prati-camente todo o espectro radioelétrico e se organi-zou na forma de um oli-gopólio (poucas empresas controlam um mercado).

A televisão concentra a maior parte da verba pu-blicitária e do faturamen-to do setor de comunicação nas últimas décadas. Cin-co grupos, com participa-ção desigual no mercado, comandam todas as redes.

DIVERSIDADEA Semana reforça a luta pelo direito à comunicação e pe-la diversidade. Isto se traduz em batalhas contra a mer-cantilização da comunica-ção, a concentração de po-der, o arrendamento de ho-

OPINIÃO | Bruno MarinoniCarmen Diniz

Cuba vem sofrendo agres-sões por parte dos EUA des-de o início de sua Revolu-ção, em 1959. Apesar de tu-do, o povo cubano mantém sua firmeza e determinação, não se rendendo às pressões da maior potência econômi-ca e militar do planeta em to-dos os tempos.

Há mais de cinquenta anos, portanto, o país vem sendo obrigado a suportar o maior bloqueio já exercido sobre qualquer nação na história da humanidade. Somam-se a isto diversos ataques terroris-tas e atos de sabotagem que visam destruir seus meios de produção para causar escas-sez de alimentos, de medica-mentos e de produtos varia-dos. A finalidade é fazer com que a população, devida-mente “estrangulada”, derru-be o governo revolucionário.

Apesar de tudo isso, Cuba ainda dá um lindo exemplo a toda a humanidade. Mostra que é possível resistir vitoriosa-mente a toda essa monstruosa agressão imperialista quando

Devemos continuar a luta contra o cerco que tem asfixiado o povo cubano durante mais de cinco décadas

A televisão concentra a maior parte da verba publicitária e do faturamento do setor de comunicação nas últimas décadas

Direito à comunicação não pode ser mercadoria

rários em concessões públi-cas, os “passaralhos” (de-missões em massa) nas em-presas de comunicação e o controle ilegal de TVs e rá-dios por políticos, o que de-safia o artigo 54 da Consti-tuição. Representa tam-bém a defesa de que a publi-cidade do poder público se-ja distribuída para veículos de comunicação públicos e independentes, em vez de ser aplicada para reforçar a concentração já existente.

bleia Geral que se reúne to-dos os anos na sede daque-la Instituição. Trata-se da re-solução 69/5, que se intitu-la “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comer-cial e financeiro imposto pe-los Estados Unidos da Améri-ca contra Cuba”. Neste ano, a data da votação vai ser dia 27 de outubro.

Bloqueio contra Cuba: o mais longo da história

Muitos países estão se mo-bilizando para pressionar os poucos que votam con-tra (EUA e Israel) e os pou-cos que se abstêm. Algumas fontes têm indicado que, este ano, os EUA poderiam se abster, ou seja, votar nem contra nem a favor, devido à reaproximação dos EUA com Cuba e pela quantida-de de governantes e autori-dades que se declaram pelo fim do bloqueio – aí incluí-da a figura do Papa Francis-co. Isso já seria considerada uma vitória que sinalizaria ao Congresso estaduniden-se, detentor do poder final de encerrar o bloqueio.

O fato é que o bloqueio con-tra Cuba nunca deveria ter existido e deve cessar de uma vez por todas. A solidarieda-de não pode se desmobilizar. Devemos continuar a luta contra o cerco que tem asfi-xiado o povo cubano durante mais de cinco décadas.

Carmen Diniz é do Comitê de Solidariedade a Cuba

todo um povo está dotado de consciência política, determi-nação de luta e organização.

Ano após ano, é quase una-nimidade os países que com-põem a Organização das Na-ções Unidas (ONU) votarem contra o bloqueio na Assem-

E-mAil pArA AdEsõEs:[email protected] informações: facebook: comitecuba

DEBATESO debate de democratiza-ção da comunicação da Se-mana abrange as mídias di-gitais, envolvendo questões como a da privacidade, da proteção de dados pesso-ais, da neutralidade de rede, da vigilância e da liberda-de de expressão. E tudo isso será relacionado, com mui-ta propriedade, com o direi-to à cidade e com o combate ao extermínio da juventude negra e pobre.

Bruno Marinoni é jornalista e membro do

Coletivo Intervozes

Confira a programação em:facebook.com/events/

754480331341959/

12 | Opinião Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015

Page 13: Brasil de Fato RJ - 129

Filé de frango empanado

BOA E BARATA

Ingredientes• 1 kg de filés de

peito de frango

• Tempero a gosto (sal, pimenta, limão, etc)

• 3 ovos batidos

• Farinha de rosca

• Farinha de trigo

Modo de preparoTempere os filés de frango. Em um recipiente (prato) bata os ovos. Em outro prato coloque a farinha de rosca, e em um ter-ceiro prato, o trigo. Em seguida, pegue os filés já temperados e passe-os na farinha de trigo, nos ovos batidos e, por último, passe na farinha de rosca. Fri-te os filés mergulhando em óleo, em fogo médio até que fiquem dourados. Depois de fritos, coloque-os em papel absorvente para retirar a gor-dura em excesso.Leve à gela-deira e sirva-se!

Div

ulga

ção

Amiga da saúde, como é possível identificar se uma mulher está com depressão pós-parto? Chorar com frequência é um sinal?

Josimar Ferreira, 35 anos, operador de máquinas

AMIGA DA SAÚDE

Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected] / [email protected]

Tempo de preparo30 minutos

rendimento4 porções

MANDE SUA [email protected]

Caro Josimar, o período pós-parto é difícil para todas as mulheres. A gestação e o parto envolvem uma explo-são de sentimentos, bons e ruins.  As mudanças no cor-po, alterações bruscas dos hormônios e o cansaço fí-sico também mexem com a emotividade.    Além dis-so, cuidar bem de um be-bê com muitas pessoas opi-nando sobre o que é certo ou errado é um grande de-safio. Dessa forma, chorar é absolutamente normal. Certa tristeza alguns dias após o parto, que desapare-ce logo, também é normal. Entretanto, atenção para as situações nas quais a tris-

teza toma conta da mulher aos poucos e vai se intensi-ficando cada vez mais. Isso pode ser depressão. Nesses casos, a mulher costuma perder o interesse por tudo que gosta e chega ao ponto de não mais conseguir cui-dar de si e do bebê. Mulhe-res no pós-parto precisam de carinho, atenção e cui-dado. Precisam que alguém cuide das tarefas da casa para que ela possa se dedi-car ao bebê sem ficar esgo-tada. Se há desconfiança de uma depressão, é preciso procurar ajuda profissional o quanto antes.

Sofia Barbosa Coren MG 159621-Enf

Variedades | 13Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015

Page 14: Brasil de Fato RJ - 129

14 | Variedades

Cheia 27/10

Minguante 3/11

Nova 11/11

Crescente Até 20/10

LUA DA SEMANACRESCENTE

FASES DA LUA

Os afetos serão mais vividos no campo social, o que o fará brilhar em termos sociais.

A sua experiência profissional colocada a seu próprio serviço pode trazer benefícios significativos.

A sua vida profissional ocupará largamente o seu pensamento e todo o tempo disponível.

Ideias ou ações, por não estarem bem fundamentadas, podem não dar os resultados pretendidos.

Após alguma agitação afetiva terá tendência para procurar a paz que nem sempre é conseguida.

Enfrente as situações. Não conte com a ajuda dos amigos para a resolução dos seus problemas.

A manipulação ou traição por parte de familiares ou amigos pode afetar os seus dias.

Todo o tipo de atividades que envolvam a criatividade serão levadas a bom porto.

Não se aborreça se os seus amigos não sentem o mesmo prazer que o seu pelas coisas que faz.

Poderá receber notícias que talvez darão início a uma bonita história de amor.

Faça uma pausa para refletir um pouco sobre a sua vida pessoal e também profissional.

É bom mudar alguns aspectos da sua personalidade para incrementar sua relação a dois.

Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015

Page 15: Brasil de Fato RJ - 129

EBC Memória

Divulgação

O estádio de atletismo Cé-lio de Barros, no Comple-xo do Maracanã, não servia apenas de espaço para trei-namentos de atletas reno-mados do Rio de Janeiro e do Brasil. Também era uti-lizado por projetos sociais que tiravam crianças, jo-vens e adultos de comuni-dades pobres da ociosidade.

O fechamento do está-dio fez com que os benefici-ários destes programas, que promovem inclusão social através do esporte, tivessem inúmeras dificuldades para prosseguir em seus treina-mentos, em um período deli-cado do atletismo brasileiro.

No momento em que a so-ciedade discute a redução da maioridade penal como solução para a violência, en-quanto o governo do estado fecha as portas para proje-tos importantes, a professo-ra Edneida Freire, que coor-dena os programas, fala ao Brasil de Fato.

Brasil de Fato - Quem eram os atendidos pelos projetos sociais do Célio de Barros?Edneida Freire – Os pro-jetos sociais e socioeduca-tivos atendiam 160 crian-ças de cinco a doze anos de idade, além de 120 jo-vens entre 13 e 18 anos e 80 adultos, nos períodos de manhã e tarde.

“Estado trata inclusão pelo esporte com descaso”Edneida Freire, professora de atletismo, fala do impacto do fechamento do Célio de Barros

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

Brasil de Fato - Que resultados, esportivos e sociais, foram al-cançados nestes projetos?Dos projetos saíram um cam-peão estudantil sul-america-no e recordista na prova com-binada do hexatlo, na catego-ria até 14 anos, além da parti-cipação no mundial estudan-til do Catar, nos pan-america-nos estudantis e índices entre os oito melhores do Brasil nas categorias de base. Do ponto de vista social, eram impor-tantes na recuperação da au-toestima de jovens com pro-

blema de comportamento es-colar. Também melhoravam o próprio desempenho na es-cola e reduziam a agressivi-dade das crianças e jovens.

Brasil de Fato - Qual o preju-ízo trazido pelo fechamento do estádio de atletismo?Por três meses ficamos pe-rambulando, sem local de treino. Usamos a rampa do metrô, a Quinta da Boa Vis-ta, praças, praia, entre ou-tros. Depois da pressão da Federação de Atletismo e da mobilização popular, fomos

encaminhados para o Enge-nhão (Estádio Nilton San-tos), onde ficamos por mais três meses até sermos des-pejados de novo, por con-ta da obra nas arquibanca-das, que ameaçavam cair. Depois, no período da Co-pa das Confederações, fo-mos impedidos de treinar. Atualmente estamos no En-genhão, quando não há jo-go de futebol. Arrancaram as pistas sintéticas para a re-forma dos Jogos Olímpicos. Mesmo assim continuamos treinando, com risco de le-

são porque a pista está ir-regular. Não tem banheiro, nem bebedouro.

Brasil de Fato - O governo do Rio ofereceu alguma al-ternativa para os projetos?Até hoje nenhuma alternati-va nos foi apresentada. Sem o Célio de Barros, o único es-tádio oficial e público, o atle-tismo carioca retrocedeu 10 anos. Ficamos sem local de treino e de competição, pois nas pistas militares não se podem competir as provas de campo, como arremesso de peso, lançamento de dar-do, martelo, salto com vara e à distância.

Brasil de Fato - Como o gover-no trata a questão da inclusão social pelo esporte no Rio?Com descaso, falta de res-peito. No atletismo princi-palmente, onde a grande maioria dos que nos procu-ram são pessoas de baixa renda e de comunidades.

Edneida (de amarelo) em ato pela reconstrução do estádio

Até hoje nenhuma alternativa nos foi apresentada. Sem o Célio de Barros, o atletismo carioca retrocedeudez anos

Manifestantes querem estádio de volta e mais investimentos no atletismo

Esportes | 15Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015

Page 16: Brasil de Fato RJ - 129

16 | Esportes

Flu é operado, mas vence o Palmeiras

Fla inova e contrata refugiados para lojas

As lojas oficiais do Fla-mengo agora contam com dez novos funcionários congoleses, que deixaram seus países após passarem por dificuldades. A iniciati-va da contratação dos refu-giados foi festejada na últi-ma segunda-feira (19), com

a presença de dirigentes do clube e ex-jogadores.

Os dez congoleses foram “apadrinhados” por Júlio Cé-sar “Uri Geller” e Adílio. A “apresentação” dos novos fun-cionários foi feita na loja sedia-da dentro do clube, na Gávea.

Porém, assim como em ou-

tras cidades brasileiras, a iniciativa não foi unânime entre torcedores. Alguns conservadores criticaram a contratação dos refugiados, alegando a “crise econô-mica que desemprega bra-sileiros”, dando um mau exemplo de xenofobia. (BP)

Tricolor faz 2 a 1 no Palmeiras; gol alviverde saiu de um pênalti inexistente

O Fluminense recebeu o Palmeiras no Maracanã, com quase 35 mil torcedo-res fazendo uma linda fes-ta, pela partida de ida da se-mifinal da Copa do Brasil. O tricolor carioca construía uma boa vantagem no con-fronto, mas o árbitro Lean-dro Vuaden deu um respiro ao Palmeiras.

O Palmeiras entrou em campo com camisa pratea-da, confundindo quem as-sistia à partida e até o juiz, que chegou a dar um car-tão amarelo para o jogador do time errado. Aos oito mi-nutos, o Palmeiras trocou as camisas por outras brancas.

O tricolor começou com mais posse de bola, porém sem conseguir penetrar na defesa do Palmeiras. As pri-meiras chances mais claras de gol foram do time paulista.

Mas o Fluminense con-seguiu transformar a pos-se de bola em gol. Após co-brança de escanteio, Fred cabeceia livre para grande defesa de Fernando Prass. No rebote, Marcos Júnior

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

completou para as redes, aos 28 minutos.

Aos 41 minutos, em co-brança de falta ensaiada na lateral da área, a bola foi ro-lada para Gustavo Scarpa, que bateu mascado e contou com um pequeno desvio de Gum, antes de entrar no gol.

Nos acréscimos, Fred caiu de mal jeito e acabou tendo uma entorse no tornozelo e no joelho, sendo substituí-

Brasileirão 201532a RODADA

Classificação Série A

Nelson Perez / Fluminense

do por Magno Alves.No segundo tempo, o Pal-meiras chegou ao gol, com um pênalti inexistente, aos 15 minutos, com Zé Rober-to. O gol botou o alviver-de de volta no confronto, além de fazer o jogo esfriar, já que o resultado pode ser importante para as duas equipes na volta.e aliviou os nove mil torcedores presen-tes no Maracanã.

Garotada de Xerém foi decisiva contra o Palmeiras no Maracanã

Zona de classificação para Libertadores Zona de rebaixamento para Série B

X

X

XDom. 25/10

17h

Dom. 25/1017h

Dom. 25/1017h

Dom. 25/1017h

Qua 14/1021h

Sáb. 24/1021h

Sáb. 24/1018h30

Sáb. 24/1017h

Dom. 25/1018h

Dom. 25/1019h30

X

X

X

X

X

X

X

AVA

CAM

CAP

CHA

COR

CFC

CRU

FIG

FLA

FLU

GOI

GRE

INT JEC

PAL

PON

SAN

SAO

SPO

VAS

1o

2o

3o

4o

5o

6o

7o

8o

9o

10o

11o

12o

13o

14o

15o

16o

17o

18o

19o

20o

p J V sGCorinthians 61 29 18 26Atlético-MG 59 30 18 22Grêmio 52 29 15 16Santos 46 29 13 14São Paulo 46 30 13 4Palmeiras 45 30 13 13Flamengo 44 30 14 -3Internacional 44 30 12 -3Ponte Preta 44 30 11 2Sport 43 30 10 12Fluminense 40 30 12 -6Atlético-PR 39 30 11 -3Cruzeiro 38 30 10 1Chapecoense 34 29 9 -8Figueirense 34 30 9 -13Avaí 33 30 9 -19Coritiba 33 30 8 -11Goiás 31 29 8 -1Vasco 27 29 7 -29Joinville 27 30 6 -14

Na última segunda-feira (19), o treinador Jo-el Santana (sem clube) se filiou ao PSB (Parti-do Socialista Brasileiro) para tentar uma vaga na Câmara Municipal do Rio, como vereador.

O PSB é o mesmo par-tido do senador Romá-rio, que já declarou, en-quanto ainda jogava, que Joel havia sido um dos maiores treinadores com quem trabalhou.

O último trabalho de Jo-el Santana se encerrou em dezembro de 2014, quan-do reconduziu o Vasco à primeira divisão do Cam-peonato Brasileiro. (BP)

A Confederação Brasilei-ra de Futebol (CBF) se ma-nifestou através de nota ofi-cial, divulgada na noite de terça-feira (20), sobre a Liga Sul-Minas-Rio, que envolve Fla e Flu, além de outros gi-gantes do futebol brasileiro.

Na nota, a CBF mostra-se preocupada com a so-breposição de datas no já corrido calendário do fu-tebol brasileiro. A entida-de fala em “desarranjo” no calendário, por conta do excesso de jogos.

Outra questão levantada pela entidade é um supos-to “arrepio da ordem jurí-dica”, deixando implícita a possibilidade de a ques-tão ser discutida na justi-ça, principalmente após ter recebido ofício da Fede-ração dos Atletas, sobre o direito de férias de 30 dias. Porém, a CBF se disse sim-pática à ideia da Liga. (BP)

CBF teme “desarranjo” com Liga

“Papai” Joel deve se candidatar

Rio de Janeiro, 22 a 25 de outubro de 2015