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Cultura | pág. 10 Geral | pág. 12 RIO DE JANEIRO Ano 3 | edição 158 29 de fevereiro a 2 de março de 2016 distribuição gratuita Jornada de trabalho noturna? Conheça seus direitos! Rodas do Samba Carioca no Sesc Evento reúne artistas consagrados que comemoram o centenário do samba com muita animação Divulgação Divulgação Pablo Vergara / Brasil de Fato Stefano Figalo / Brasil de Fato Esse horário gera desgaste físico e mental para os trabalhadores Frentes promovem ato dia 31 de março A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo se unem para fazer ato nacional GREVE DA EDUCAÇÃO Os profissionais da educação do Estado do Rio decidiram que vão entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (3). A decisão foi tomada em assembleia promovida pelo SEPE, o sindicato da categoria. Geral | pág. 12 Geral | pág. 3 Cidades | pág. 5 Cortes de energia e falta de assistência da empresa são críticas frequentes de moradores. Procurado pela Associação de Moradores de Santa Bárbara, o vereador Leonardo Giordano (PT) entrou com o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, na Câmara Municipal de Niterói, para investigar a empresa concessionária de energia. Vereadores de Niterói querem investigar Ampla

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Cultura | pág. 10

Geral | pág. 12

RIO DE JANEIRO

Ano 3 | edição 158

29 de fevereiro a 2 de março de 2016 distribuição gratuita

Jornada de trabalho noturna? Conheça seus direitos!Rodas do Samba

Carioca no SescEvento reúne artistas consagrados que comemoram o centenário do samba com muita animação

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Jornada de trabalho noturna? Conheça seus direitos!

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Pablo Vergara / Brasil de Fato

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Esse horário gera desgaste físico e mental para os trabalhadores

Frentes promovem ato dia 31 de marçoA Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo se unem para fazer ato nacional

GREVE DA EDUCAÇÃO Os profissionais da educação do Estado do Rio decidiram que vão entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (3). A decisão foi tomada em assembleia promovida pelo SEPE, o sindicato da categoria.

Geral | pág. 12Geral | pág. 3

Cidades | pág. 5

Cortes de energia e falta de assistência da empresa são críticas frequentes de moradores. Procurado pela Associação de Moradores de Santa Bárbara, o vereador Leonardo Giordano (PT) entrou com o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, na Câmara Municipal de Niterói, para investigar a empresa concessionária de energia.

Vereadores de Niterói querem investigar Ampla

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EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Au-gusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:Fania Rodrigues

REPORTAGEM:André Vieira, Bruno Porpetta e Pedro Rafael Vilela

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

FOTÓGRAFO: Stefano Figalo

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

(21) 4062 [email protected]

EDITORIAL

Seunda-feira, 29 de fevereiro, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F32Tempestades

com raios

PREVISÃO DO TEMPO

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Denunciar as más condi-ções de trabalho, a pre-

carização da educação no estado e as mentiras da mí-dia sobre a greve são algu-mas das muitas tarefas que os professores da rede públi-ca estadual do Rio de janeiro enfrentarão pela frente. Em assembleia promovida pelo Sindicato Estadual dos  Pro-fissionais de Educação do Rio (Sepe), os educadores do Rio decidiram que vão entrar em greve por tempo indetermi-nado a partir desta quinta-feira (2/3).

Fazer greve nunca foi fácil. Ninguém faz greve porque gosta ou porque prefere o en-frentamento ao diálogo. Os educadores se dedicam em dobro em períodos como esse quando são obrigados a rom-per o curso normal do ano le-tivo para fazer greve porque o seu patrão, o governo, fecha os canais de negociação e se po-siciona, de forma intolerante, para fazê-los perder direitos.

REAJUSTE SALARIALA reivindicação deles é por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Os pro-fessores exigem o pagamen-to dos salários em dia e são contra o projeto de reforma da previdência do governo do estado de aumentar a taxa de contribuição de 11% para 14%.

O governo diz que não tem como garantir o investimento em saúde e educação, mas tem verba de sobra para as empresas. Fica a pergunta: falta dinheiro ou faltam prioridades?

Pátria Educadora para quem?

28° 23°32° 24° 27° 23°

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pagamento de empresas ter-ceirizadas e muitos profissio-nais estão sem receber salá-rios integrais desde novem-bro de 2015.

ISENÇÃO PARA A LIGHT?No entanto, o Governo do Estado propôs a possibilida-de de conceder isenção fiscal de até R$ 170 milhões à Light

durante os Jogos Olímpicos. É constrangedor, diante de um momento de desespero dos servidores, aprovar mais esta isenção fiscal. O governo diz que não tem como garan-tir o investimento em saúde e educação, mas tem verba de sobra para as empresas. Fica a pergunta: falta dinheiro ou faltam prioridades?

Essa pauta é legítima e to-dos nós devemos defendê-la. Lutemos todos por uma edu-cação pública, gratuita e de qualidade, como fizeram os

estudantes secundaristas e os professores de São Paulo. Eles deram um exemplo prá-tico de que se pode reverter o quadro dramático da educa-ção, com a união entre a ju-ventude e os trabalhadores.

Eles estão em estado de gre-ve desde dezembro, quando o Pezão reconheceu que uma crise abalou as contas. Os ser-vidores sofreram uma série de mudanças no pagamen-to, que passou a ser deposi-tado com muito atraso, além do parcelamento do 13º salá-rio e o reajuste zero. A chama-da “crise” também afetou o

Rio de Janeiro, 29 de fevereiro a 2 de março de 20162 | Editorial

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EM FOCO

Marcelo Carmargo/Agência Brasil

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A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo

emitiram uma nota na sema-na passada convocando to-dos os cidadãos e cidadãs a tomarem as ruas no dia 31 de março. Essas frentes são compostas por mais de 50 movimentos populares.

As principais pautas do ato no dia 31 são o combate à reforma previdenciária, ao ajuste fiscal e aos cortes nos investimentos sociais. Além disso, os movimentos saem em defesa do emprego e dos

A atriz Emma Watson, famosa pela personagem Hermione na saga Harry Pot-ter, mandou muito bem ao anunciar que vai deixar sua carreira de lado por um ano para se dedicar ao movi-mento feminista. “Quero es-cutar o máximo de mulheres que puder”, disse a artista.

O governo Dilma Rou-sseff mandou muito mal ao negociar com o senador José Serra (PSDB) a apro-vação de mudanças na lei do pré-sal. Se sancionado, esse projeto vai entregar, de mão beijada, a rique-za do povo brasileiro para empresas estrangeiras.

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TRANSPORTEO Tribunal de Justiça do Rio determinou que 100% da frota de ônibus da cidade deve ter ar-condicionado até o fim de 2016, e não 70%, como Eduardo Paes planejava. Prefeitura vai recorrer da decisão.

FRASE DA SEMANA

direitos dos traba-lhadores.

As frentes pe-dem também a saída do presi-dente da Câma-ra dos Deputa-dos Eduardo Cunha (PM-DB-RJ), e se posicionam contra o im-peachment da presiden-ta Dilma Rou-sseff (PT).

Pablo Vergara/Brasil de Fato

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Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo promovem ato dia 31 de março

“Perdão por ter abordado o feminismo a partir da minha experiência pessoal”Fernanda Torres, atriz, ao se desculpar por ter publicado um texto na Folha de S. Paulo em que diz se irritar com a “vitimização do discurso feminista”. Pedido veio após críticas de internautas.

Desemprego sobe

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país su-biu em janeiro para 7,6%, segundo o Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o maior nú-mero para o mês de janeiro desde os 8,2% de 2009.

Gerdau na mira

A Polícia Federal (PF) co-meçou, no dia 25, a 6ª fase da Operação Zelotes. A ação investiga fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recur-sos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. Se-gundo a assessoria de im-prensa da PF, os policiais estão realizando ações nos estados do Rio de Janei-ro, Rio Grande do Sul, Per-nambuco, São Paulo e no Distrito Federal. Um dos al-vos desta etapa é o grupo siderúrgico Gerdau. A sus-peita é que o grupo tenha atuado no Carf para evitar o pagamento de multas que chegam a R$ 1,5 bilhão.

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direitos dos traba-

As frentes pe-dem também a saída do presi-dente da Câma-ra dos Deputa-

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Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

A festa estava armada, casa cheia e todo mundo de

branco para comemorar a pas-sagem do ano. Mas no bairro de Santa Bárbara, zona norte de Niterói, a festa foi à luz de ve-las e o espumante estava quen-te na hora do brinde. Foi assim na casa de Renan dos Santos Gomes, presidente da Associa-ção de Moradores do bairro, e das 13 mil pessoas que resi-dem na região.

Boa parte do bairro ficou sem energia elétrica desde o dia 23 de dezembro até o dia 1º de ja-neiro. “A gente planeja uma fes-ta. Chega o dia e não podemos fazer a comida do jeito que a gente deseja, a bebida não gela”, lamenta o morador.

Mas o pior de tudo é que

Vereadores de Niterói querem investigar a AmplaMoradores denunciam cortes de energia e falta de assistência da empresa

isso não ocorreu só uma vez. O corte de energia já faz par-te da rotina de Niterói e o bair-ro de Santa Bárbara é um dos mais prejudicados. “Todo ve-

rão, principalmente na parte da tarde, acontecem cortes de energia. Isso já é algo comum em toda a zona norte do mu-nicípio”, afirma Renan dos Santos Gomes. Os moradores reclamam da falta de assis-tência da companhia de ener-gia elétrica, a Ampla Energia. “Ela demora dias a resolver os problemas de falta de luz”, de-nuncia Renan.

Por isso, a Associação de Moradores de Santa Bárba-ra entrou com uma ação ci-vil pública contra a Ampla. A denúncia chegou ao ve-reador Leonardo Giorda-no (PT), que entrou com o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara Municipal de Niterói, para investigar a empresa con-cessionária de energia.

“Já é frequente a falta de energia elétrica nas diversas

regiões de Niterói. E quando tem cortes nos bairros ricos, a energia é religada rapidamen-te, mas nos bairros pobres de-mora dias”, destaca o vereador. Outro problema apontado por

Giordano é que a Ampla tem causado um verdadeiro exter-mínio das árvores de Niterói. “Há regiões inteiras onde ár-vores foram cortadas, sem ins-peção de nenhum engenhei-ro ambiental. Estão acaban-

do com as árvores de Niterói. O descumprimento da lei am-biental é diário”, aponta Leo-nardo Giordano.

ANDAMENTO DA CPIO vereador estima que no máximo em 15 dias a CPI será instalada. Para ser aprovada, a comissão precisaria de no mí-nimo sete assinaturas, mas 15 vereadores já estão apoiando a medida. A ideia, segundo Giordano, é ampliar o apoio à CPI, que também contará com a contribuição de depu-tados estaduais e federais, as-sim como do Ministério Pú-blico e da agência reguladora. “Dessa forma teremos mais força para investigar todas as denúncias de irregularida-des”, garante Giordano.

A expectativa dos morado-res prejudicados pela Ampla é grande. “Segundo os técni-cos com quem conversamos, as redes estão sobrecarrega-das. Queremos o fortaleci-mento da rede, melhora em toda a estrutura e assistência aos bairros”, ressalta Renan dos Santos Gomes.

ACIDENTES GRAVESO cabeamento antigo, a falta de manutenção e a sobrecar-ga das redes da Ampla vêm causando transtornos e gra-ves acidentes em Niterói e São Gonçalo. Têm sido frequentes as notícias na imprensa de pessoas que morrem eletro-cutadas, vítimas de cabos que arrebentam.

Na primeira semana de ja-neiro, uma família inteira mor-reu eletrocutada no Bairro Ne-ves, em São Gonçalo. A polí-cia investiga a causa do rom-pimento do cabo de energia que atingiu as quatro pessoas da família.

Já é frequente a falta de energia elétrica nas diversas regiões de NiteróiLeonardo Giordano (PT), vereador

Renan fala sobre o problema de falta de energia do bairro Santa Bárbara, em Niterói

Vereador entrou com pedido de abertura de CPI contra a Ampla

Fotos: Stefano Figalo / Brasil de Fato

Rio de Janeiro, 29 de fevereiro a 2 de março de 2016 Cidades l 5

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Vladimir Platonowda Agência Brasil

Procurador-geral de Justiça do estado, Marfran Vieira se comprometeu a investigar as denúncias

As ações truculentas de agentes da Guarda Mu-

nicipal do Rio contra foliões que participaram de blocos independentes durante o car-naval levaram um grupo de pessoas a denunciar o fato ao Ministério Público. Elas fo-ram recebidas pelo procura-dor-geral de Justiça do estado, Marfran Vieira, que se com-prometeu a investigar as acu-sações.

O caso mais grave aconte-ceu na manhã do dia 13 de fevereiro, sábado de carna-val, quando foliões do blo-co Technobloco foram agre-didos por guardas munici-pais com uso de cassetetes e bombas. Os agentes agiram com o objetivo de dispersar o grupo, que brincava na Pra-ça Mauá. Alguns integrantes foram espancados e chega-ram a ter fraturas expostas. A prefeitura do Rio afastou 15 guardas que participaram da ação e exonerou do car-go o agente que comandou a operação.

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Conduta irregular da Guarda Municipal será investigada pelo MP

Participantes de blocos denunciam ao MP truculência da Guarda Municipal do Rio

Isso caracteriza ilícitos pe-nais que serão apurados de-vidamente”, disse Marfan. A investigação será conduzida pelo promotor de Justiça Ho-mero Freitas, da 1ª Central de Inquéritos.

Um dos agredidos, o jor-nalista Bernardo Tabak, teve vários hematomas no cor-po, provocados por golpes de cassetete. “Queremos que isso não se repita nunca. Foi uma truculência desmedida, a troco de nada. A gente apa-nhou por estar desfilando em um bloco de carnaval. Que-remos saber se houve repres-

A prefeitura do Rio afastou 15 guardas que participaram da ação e exonerou do cargo o agente que comandou a operação

“As agressões relatadas são gravíssimas. Há uma eviden-te desproporção entre o que se pretendeu reprimir e a for-ma como se deu a repressão.

ACESSIBILIDADE

Problemas no entorno das arenas

Os caminhos para che-gar às instalações onde vão ocorrer os Jogos Olímpicos, no Rio, têm muitos “con-tratempos” a oferecer para as pessoas com dificulda-de de locomoção. A ava-liação é da equipe do apli-cativo Biomob, que indica locais acessíveis, e do Ins-tituto Brasileiro do Direito da Pessoa com Deficiência (IBDD). O Rio sediará a Pa-ralimpíada em setembro.

“Mas o instituto sempre achou que isso poderia acontecer, porque o Esta-do brasileiro não tem essa preocupação. Nossas leis de acessibilidade são exce-lentes, mas nunca são pos-tas em prática”, disse Teresa Amaral do IBDD.

são aos blocos não oficiais por conta de uma mercanti-lização do carnaval. Quere-mos entender o que está ha-vendo com a banalização do uso de armas não letais”, dis-se o jornalista, referindo-se ao fato de que os blocos ofi-ciais foram todos patrocina-dos por uma única marca de cerveja.

Procurada, a Secretaria Mu-nicipal de Ordem Pública (Seop), responsável pela Guar-da Municipal, não se manifes-tou sobre a investigação do Mi-nistério Público até a publica-ção desta matéria.

AMARILDO

PM do Rio expulsa sete policiais

A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro expulsou sete dos 12 policiais militares condenados pela tortura, morte e desaparecimento do corpo do pedreiro Ama-rildo de Souza em 2013. As exclusões dos policiais, que trabalhavam na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha na época da ocorrência, foram publica-das no Boletim Interno da corporação, divulgado na semana passada.

Rio de Janeiro, 29 de fevereiro a 2 de março de 20166 | Cidades

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Ana Beatriz Sacramento e Rodrigo Otávio

do Rio de Janeiro (RJ)

Fotos: Nando Neves

Os governos não investem em um combate eficaz ao mosquito. Faltam material e condições para os agentes trabalharem

Como avaliam a crise das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti no Rio?Jorge Castelhano - Os go-vernos não investem em um combate eficaz ao mosquito. Faltam material e condições para os agentes trabalharem. Não temos hospitais de refe-rência, que façam diagnósti-cos rápidos e precisos, com informações em conjunto com as coordenações epide-miológicas, para elas fazerem ações de bloqueio nas áreas necessárias, o que evitaria a propagação da doença. For-talecimento no serviço públi-co é remédio contra a dengue.

Como está a distribuição da verba do governo para o se-tor da saúde?Maria Socorro - Está em 4,9% do orçamento. A dívida públi-ca, que rende lucros aos ban-cos privados, está em 47%! Pe-dimos que se faça uma audi-toria pública para que se in-vista no social. A vigilância de saúde atua na vigilância sani-tária, ambiental, epidemioló-gica, na educação e na saúde. Mas o recurso mal dá conta da dengue e tem que dar con-ta desses quatro setores.

O quê estão fazendo e o que precisam os servidores para tornar o combate mais eficaz?Jorge Castelhano - O nosso bom trabalho tem que ser dis-

“Fortalecimento no serviço público é remédio contra a dengue”Doenças como dengue, chikunguya e zika alcançaram números muito altos entre 2015 e 2016 e levaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) a decretar emergência internacional. No Brasil, esse quadro talvez não ocorresse se o governo destinasse mais verbas para a saúde. Confira entrevista com os diretores do Sintrasef (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro) Jorge Castelhano, Jorge Macedo e Maria Socorro, servidores do Ministério da Saúde e guardas de endemias (que combatem os mosquitos).

seminado, multiplicado, para o resultado vir mais rápido. As vitórias no combate às doen-ças foram graças às alianças dos agentes com as escolas. Precisamos de melhores con-dições em todos os aspectos de nosso trabalho. Em alguns municípios os servidores estão sem material de trabalho de-cente, como EPI (Equipamen-to de Proteção Individual) há vários anos. 

Como é a dinâmica na visita dos guarda de endemias. Há diferença de abordagens?Jorge Castelhano – Evita-se ao máximo o trabalho quí-mico. Porém, em alguns lo-cais não tem como. Uma coi-sa é chegar em uma casa com água potável, achar um foco e jogar fora. Outra é subir um morro, onde o cidadão apa-nha água lá embaixo porque não tem água potável e co-loca-a num reservatório. Ele não vai jogar aquela água fora.

Então temos que usar o “larvi-cida”, que é a parte química. Como funciona o Ingresso Forçado com a presença do policial? Há outra alternativa?Jorge Macedo - Em uma casa que está sempre fechada e que oferece um risco, o agente co-munica à polícia e à secretaria de saúde, e retorna com um chaveiro e um policial para fa-zer o tratamento. Em alguns lugares o método flui, em ou-tros não. No outro dia ele não

pode trabalhar ali por ques-tões de segurança. A solução é a administração local cuidar, mandar um aviso no IPTU, algo notificando ou multando. E a região administrativa lo-cal, que normalmente é indi-cada pela comunidade, assu-mir esse papel com os agentes sem colocar a polícia.

A ONU (Organizações das Nações Unidas) defende a descriminalização do abor-to em meio à epidemia de

zika. Qual o posicionamen-to de vocês sobre isso?Maria Socorro - Se o esta-do brasileiro não é capaz de proteger uma mulher grávida para que ela não tenha zika, ele tem que dar condições sanitárias, dentro do Siste-ma Único de Saúde, para que ela faça aborto. Porque uma

criança com microcefalia, de-pendendo do grau, não en-xerga, não come e não anda. E aí é que está o problema, esta mãe não consegue trabalhar, ela só consegue cuidar da-quele filho. Com a previdên-ci a, receberá um salário míni-mo, que não paga o tratamen-to da criança. Então, a gen-te tem que ter uma política mais humanizada. O aborto tem que ser de boa qualida-de e uma mulher tem que ter o direito de não querer aquele filho com problema. Precisa-mos levar esse debate à fren-te. Acho que os homens tam-bém precisam se sensibilizar com essa questão.

Maria Socorro denuncia condições de trabalho dos agentes de saúde

Jorge Castelhano, Jorge Macedo e Maria Socorro | Servidores do Ministério da Saúde

Jorge Castelhano e Jorge Macedo são servidores do Ministério da Saúde

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Funcionários públicos começam greve na ArgentinaAs maiores entidades de

trabalhadores do setor público da Argentina, com o apoio de sindicatos e or-ganizações sociais, começa-ram na última semana uma greve de alcance nacional e uma jornada de protestos.

O motivo da greve é a demis-são em massa de funcionários estatais desde o início do go-verno do presidente Mauricio Macri, que já desligou mais de 26 mil trabalhadores do setor público federal, provincial (es-

André Pasti/Intervozes

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MACONHAUm tribunal canadense declarou inválida lei do governo anterior que proibia o cultivo da maconha (canábis), para autoconsumo, pelos doentes autorizados a usar a planta com fins medicinais. (ABr)

O diretor executivo da Agência Europeia de Ges-tão de Fronteiras (Frontex), Fabrice Leggeri, afirmou que continuarão a chegar em massa à Europa refu-giados e requerentes de asi-lo, já que as razões que os levam a fugir dos seus paí-ses se mantêm.

Leggeri apontou a guerra civil na Síria, país de origem de 40% das pessoas que atualmente pedem asilo na Europa, como uma das ra-zões geopolíticas para a sua previsão. Também citou as dificuldades econômicas e políticas nos Balcãs e em “muitos países da África”.

“O desafio continuará”,afirmou, referindo-se ao maior fluxo de imigrantes no continente europeu des-de a 2ª Guerra Mundial. Só no ano passado, foram con-tabilizadas mais de um 1 milhão de refugiados. (ABr)

Venezuela anuncia encontro de produtores de petróleo em março

REFUGIADOS

Chegada em massa é prevista

A Venezuela anunciou que convidou a Rússia, a Arábia Saudita e o Catar para nova reu-nião destinada a analisar o mer-cado petrolífero e discutir ações de combate à queda do pre-ço do petróleo, a principal fon-te de receita do país. A proposta consiste em conseguir que mais países reduzam a produção até junho, “para conseguir um pon-to de equilibro nos preços”. Venezuela articula saída para aumentar o preço do barril do petróleo

Argentinos marcham contra política econômica adotada por Macri

Segundo o ministro Eulo-gio Del Pino, que também é presidente da estatal Petró-leos da Venezuela, está pre-vista a participação, nesse en-contro, de representantes de outros países “que concor-dam em congelar a produção de petróleo”, incluindo mais Estados-Membros da Orga-nização de Países Exportado-res de Petróleo (Opep). (ABr)

tados) e municipal.Entidades como a Central

Sindical dos Trabalhadores Argentinos (CTA) e a Associa-ção de Trabalhadores do Es-tado (ATE) criticam as demis-sões e pedem “a imediata rein-corporação” dos funcionários.

Os grevistas também criti-cam o novo protocolo de se-gurança estabelecido por Ma-cri, que proíbe os bloqueios viários, um dos principais métodos de mobilização dos sindicalistas argentinos. (ABr)

Divulgação

Rio de Janeiro, 29 de fevereiro a 2 de março de 20168 | Mundo

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da Rede Brasil Atualde São Paulo (SP)

Fotos: Moreira Moriz / Agência Senado

Requião criticou a falta de ação do governo na defesa da atual legislação

O senador Roberto Re-quião (PMDB-PR) fez

duro discurso contra o PLS 131, do senador José Serra (PSDB-SP), que permite às petrolíferas estrangeiras ex-plorar o pré-sal sem fazer par-ceria com a Petrobrás. Na prá-tica, coloca o petróleo dessa bacia nas mãos das grandes petroleiras multinacionais. O projeto foi aprovado no Ple-nário do Senado na última quarta-feira (24). O texto ago-ra será votado na Câmara.

Requião criticou a “pres-sa” com que o projeto está sendo conduzido. “Por que esse desejo de velocida-de? Atende a quem? O que está atrás disso?”, questio-nou. “O Wikileaks assegu-rou que o senador Serra ha-via prometido (à petroleira Chevron) acabar (com o do-mínio do setor pela Petrob-rás)”, acrescentou.

Em 2009, de acordo com o site Wikileaks, Serra teria pro-metido a uma representante da americana Chevron que, caso vencesse as eleições em 2010, mudaria a legislação que rege as regras do pré-sal.

Requião também criticou a falta de ação do governo Dilma Rousseff na defesa da atual legislação, que o próprio Palácio do Planalto lutou para aprovar em 2010. “Por que esse governo não age com maior energia?”.

O senador José Serra pediu a palavra e disse que a acu-sação de Requião de que ele defende interesses estrangei-ros é uma “infâmia”. “Nunca conversei com nenhum em-presário estrangeiro ou na-cional sobre o assunto”, ga-rantiu. Segundo o tucano, a discussão tem que “ser ba-

Wikileaks: senadores lembram denúncia de que Serra fez promessa a multinacionalRoberto Requião e Vanessa Grazziotin questionam pressa em aprovar nova legislação que favorece petroleiras norte-americanas

seada em argumentos”. “A única coisa que o projeto faz é tirar a obrigatoriedade (da participação da Petrobrás de ao menos 30% na exploração do pré-sal)”.

Em seu discurso, a senado-ra Vanessa Grazziotin (PCdo-

B-AM) não citou o nome de Serra, chamando-o de “esse senhor”, e rebateu a necessi-dade de urgência num mo-mento em que a companhia petrolífera está fragilizada. Ela também citou documen-

tos do Wikileaks segundo os quais as multinacionais es-tão interessadas na operação dos negócios do petróleo no Brasil. “O projeto só tem um objetivo: aproveitar um go-verno fraco, como disse o se-nador Requião, e fazer leilões da Petrobrás”, disse a senado-ra do Amazonas.

PETROBRÁS PERDE PREFERÊNCIAHumberto Costa, que será o novo líder do governo no Se-nado, afirmou que o subs-titutivo do senador Romero Jucá (PMDB-RR) não garan-te a preferência à Petrobrás, ao contrário do que alguns senadores acreditam. Cos-

ta lembrou que a preferência fica condicionada, segundo o relatório, a ato do Conselho Nacional de Politica Energé-tica (CNPE). “Na prática, o projeto revoga a participação da Petrobrás como operado-ra do sistema do pré-sal”, de-clarou na tribuna.

Costa garantiu que o gover-no não tem preconceito contra a iniciativa privada, mas disse não ver necessidade em subs-tituir uma “boa lei, construída por uma discussão de quatro anos”, por uma feita sem o ne-cessário debate.

O senador Edison Lobão (PMDB-MA) defende a manu-tenção da lei em vigor e, por-tanto, se manifesta contra o projeto de Serra. Ele afirmou no Plenário discordar da ale-gação de que a Petrobrás, em crise, não tem recursos para explorar o pré-sal. “Os custos serão pagos pela receita garan-tida da exploração”, disse.

Projeto que acaba com a participação obrigatória da Petrobrás foi aprovado no Senado. Texto ainda será votado na Câmara dos Deputados

Por que esse governo [Dilma] não age com maior energia?Roberto Requião, senador

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O 8 de março foi fixado após uma manifestação, organizada por tecelãs e costurei-ras de Petrogrado. Esse foi o estopim da primeira fase da Revolução Rus-sa em 1917

Divulgação

O quê: Evento reúne sambistas consagrados que comemoram o centenário do samba com muita música e projeções de imagens históricas e contemporâneas.Onde: Sesc Ginástico – Av. Graça Aranha, 187, Centro.Quando: Terça (1) e Quarta (2), 19h30.Quanto: R$ 20 (R$ 10 meia)

O quê: Mostra reúne mais de 800 peças entre livros, cartazes, objetos, fotografias, desenhos, vídeos e instalações para contar a história do artista.Onde: Museu de Arte do Rio – Praça Mauá, 5, Centro.Quando: De terça a domingo, de 10h às 17h. Até junho. Quanto: 0800 às terças

O quê: Exposição apresenta 15 painéis com fotos e narrativas sobre um dos maiores ativistas negros da História.Onde: Biblioteca Parque Estadual – Av. Presidente Vargas, 1261, Centro. Quando: De terça a sábado, de 11h às 19h, por todo o mês de março.Quanto: 0800

O quê: Espetáculo trata das desventuras de um escrevente que precisa se sacrificar para economizar dinheiro e comprar um novo casaco.Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66.Quando: De quarta a domingo, 19h. Até 13/03.Quanto: R$ 10 (R$ 5 meia)

O quê: Espaço oferece jogos, dramatizações e contações de histórias que convidam à reflexão sobre a cultura africana.Onde: Centro Cultural Justiça Federal – Av. Rio Branco, 241, Centro.Quando: De ter a sex, de 13h às 17h. Agendamento: 3261-2567 e 3261-2552Quanto: 0800

O quê: Aulão de dança de salão ocorre em um espaço agradável para o aprendizado e prática de ritmos para alunos de todas as idades.Onde: Arena Carioca Dicró – Parque Ary Barroso, Penha. Entrada pela Rua Flora Lobo.Quando: Toda quarta-feira, das 19h às 21h.Quanto: 0800

Dança de Salão

Rodas do Samba Carioca

África Hereditária Interativa

Martin Luther King – Legado & Inspiração

O Capote

O poema infinito de Wlademir Dias-Pino

AGENDA DA SEMANA

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EBC

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Cartilha mostra que 8 de março foi data da Revolução Russa

O 8 de março está che-gando. Para contar a histó-ria da origem do Dia Inter-nacional da Mulher, come-morado nessa data, o Nú-cleo Piratininga de Comu-nicação (NPC) acabou de relançar a cartilha “A origem socialista do dia da mulher”.

GREVEA versão bastante difun-dida é uma greve ocorrida em 1857 em Nova Iorque, quando teriam morrido 129 operárias queimadas vivas. No entanto, o material mos-tra que a data tem uma ori-gem socialista, que remon-ta ao início do século 20 e foi apagada ao longo dos anos, principalmente durante o período da Guerra Fria.

Inclusive o 8 de março foi fixado a partir de uma gre-ve iniciada no dia 23 de fe-vereiro (calendário russo) de 1917, na Rússia. A data corresponde ao nosso 8 de março. Naquele dia, uma manifestação, organizada por tecelãs e costureiras de Petrogrado, foi o estopim da primeira fase da Revolu-ção Russa. Como escreveu Alexandra Kollontai, mem-bro do Comitê Central do Partido Operário Social De-mocrata Russo, “nesse dia as mulheres russas levanta-ram a tocha da revolução”.

Dia da Mulher: a origem socialista

8 DE MARÇOO material é bastante didáti-co, com ilustrações do cartu-nista Carlos Latuff e texto de Vito Giannotti e Claudia San-tiago. Mais do que flores e chocolates, os leitores verão que o 8 de Março é um marco das muitas lutas das mulheres no passado e as que elas ain-da têm pela frente.

A cartilha está à venda por R$ 10,00 na Livraria Antonio Gramsci, que

fica na Rua Alcindo Guanabara, 17, térreo,

Cinelândia. Para garantir a sua, entre em contato

pelo e-mail [email protected]

Rio de Janeiro, 29 de fevereiro a 2 de março de 201610 | Cultura

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De acordo com os envolvidos, todo o valor arrecadado, inclusive por meio de downloads, será destinado a obras sociais comunitárias

Reprodução

Antônio Cruz/Agência Brasil

Agência Brasil

da Rede Brasil Atualde São Paulo (SP)

Projeto vai auxiliar famílias afetadas pelo desastre

“O sertão vai virar mar, é o mar virando lama.

Gosto amargo do Rio Doce, de Regência a Mariana”. Assim começa o lamento de Cacim-ba de Mágoa, música com-posta por Tato do Falamansa e Gabriel O Pensador. A canção é sobre o desastre ambiental de Mariana, em Minas Gerais, onde houve o rompimento de uma barragem da Samarco no dia 5 de novembro de 2015. Já tem até um videoclipe divul-gado na internet. O dinheiro arrecadado deve ser destina-do às vítimas das comunida-des atingidas.

Com a presença de artis-tas e esportistas como Nasi (vocalista da banda paulis-tana Ira!), Tico Santa Cruz, Dani Suzuki, Eri Johnson e Neymar, o clipe apresenta os locais devastados pelo “tsu-nami de lama”. Também mos-tra imagens de moradores atingidos diretamente pelo desastre da mineradora, con-trolada pela brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP.

Em tom de cobrança, a can-ção segue com versos que evi-denciam o drama das comu-nidades atingidas. “Quantos pescadores sem redes e sem canoas? Quantas pessoas so-frendo, quantas pessoas?”, questionam os músicos.

#COMPARTILHEOBEMPublicado no Youtube no dia 15 de fevereiro, o conteúdo já

possui quase 700 mil visuali-zações. Com a hashtag #com-partilheobem, os envolvidos no projeto divulgaram o clipe nas redes sociais. “Cada visua-lização se transforma em uma

doação para um fundo de as-sistência às famílias ribeirinhas com a finalidade de promo-ver obras sociais”, explica Nasi, pelo Facebook.

“Uma pausa na guerrilha para colaborar com as vítimas de Mariana”, destacou Tico Santa Cruz, também via redes sociais. A canção também será divulgada em outras mídias, além do Youtube, como o Itu-

Parceria entre Falamansa e rapper Gabriel O Pensador vai render ajuda para vítimas

Músicos lançam canção sobre desastre em Mariana

Uma pausa na guerrilha para co-laborar com as ví-timas de MarianaTico Santa Cruz, músico

Conteúdo publicado no Youtube já possui quase 700 mil visualizações

nes e outros portais de música. De acordo com os envolvidos, todo o valor arrecadado – in-clusive por meio de downloads – será destinado a obras sociais comunitárias.

As imagens do vídeo, bem como sua produção, são de au-toria do Instituto Últimos Refú-gios. Em entrevista para um jor-nal local, o fotógrafo capixaba Leonardo Merçon, um dos pri-meiros profissionais a chegar

ao local, afirmou que “foi difí-cil fotografar com lágrimas nos olhos”. De acordo com Merçon, “Tato (Falamansa) e Gabriel já são parceiros de um amigo de Vitória. Tato fez o convite e nós topamos”, disse acerca da pro-dução do material.

Rompimento de barragem em Mariana é considerado o maior desastre ambiental do país

Rio de Janeiro, 29 de fevereiro a 2 de março de 2016 Cultura l 11

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Divulgação

NOSSOS DIREITOS | Ronaldo T. Pagotto

O trabalho noturno é re-gulado pela CLT no art. 73. Para os trabalhadores ur-banos (excetuando os tra-balhadores da agricultura e pecuária, que tem outro horário noturno), a jorna-da noturna inicia às 22:00 e se estende até às 5:00. A CLT e a jurisprudência dos Tribunais preveem os se-guintes direitos:1) A jornada noturna será paga com um adicional de 20% sobre o valor da hora normal. Esse valor é míni-mo e pode ser ampliado em negociação coletiva;2) A jornada que ultrapas-sar às 5:00 deve pagar o res-pectivo adicional, desde que tenha começado antes das 5:00; e3) A hora noturna é de 52 mi-nutos e 30 segundos, a cha-mada hora ficta noturna. Com isso, para cada hora (60 minutos) o trabalhador tem direito a 7 minutos e 30 se-gundos como hora extraordi-nária. Por exemplo, se traba-lhar das 22:00 às 6:00, terá di-reito a uma hora extra por dia.

As três previsões acima são cumulativas, ou seja, as três devem ser conside-radas para todos os traba-lhadores que se ativam em jornada que ocorra – total

Trabalho noturno: saiba mais sobre seus direitos

ou parcialmente – entre às 22:00 e às 5:00, ou se esten-da após as 5:00.

FIQUE ATENTOQuase todas as empresas descumprem essas regras, especialmente não con-siderando a hora reduzida ou não pagando o adicional noturno para jornadas que ultrapassem às 5:00.

A jornada notur-na é mais custosa para os trabalha-dores. Prejudica nos aspectos bio-lógicos, familia-res e sociais

A renda per capita média do brasileiro em 2015 chegou a R$ 1.113, variando entre os R$ 2.252 do Distrito Federal e os R$ 509 do Maranhão

A jornada noturna é mais custosa para os trabalha-dores. Prejudica nos aspec-tos biológicos, familiares e sociais, e tais previsões são compensações para o maior desgaste físico e social dos trabalhadores.

Caso esteja dentro dessas condições, ou trabalhando nessas condições nos últi-mos cinco anos, entre com uma ação trabalhista.

*Ronaldo T. Pagotto - advogado trabalhista

A jornada noturna tem início às 22:00 e se estende até as 5:00

A renda per capita média do brasileiro em 2015

chegou a R$ 1.113, variando entre os R$ 2.252 do Distri-to Federal - o maior valor em todo o país - e os R$ 509 do Maranhão, o de menor peso. Em fevereiro de 2014, a renda era de R$ 1.052. As estimativas de rendimento nominal do-miciliar per capita em 2015, para as 27 unidades da Fede-ração, são decorrentes da Pes-quisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contí-nua e foram divulgadas na sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE).

As informações também estão sendo encaminhadas ao Tribunal de Contas da União e servirão de base para o rateio do Fundo de Parti-cipação dos Estados (FPE), conforme definido pela Lei Complementar nº 143, de ju-lho de 2013. Pelos dados di-

Stefano Figalo/Brasil de Fato

IBGE: renda per capita média atinge R$ 1.113 em 2015Em fevereiro de 2014, a renda do brasileiro era de R$ 1.052

Nielmar de Oliveirada Agência Brasil

vulgados, se destacam pelo lado positivo, além do Distri-to Federal, seis estados com renda per capita acima da média nacional de R$ 1.113.

Pela ordem, aparecem São Paulo, a segunda maior ren-

da per capita do país (R$ 1.482; Rio Grande do Sul (R$ 1.435); Santa Catarina (R$ 1.368); Rio de Janeiro (R$ 1.285); Paraná (R$ 1.241); e a Bahia (R$ 1.128). Além do Maranhão, com R$ 509, tam-bém aparecem com rendi-mento médio per capita bem

abaixo da média nacional, Pernambuco (R$ 598); Pará (R$ 672) e Ceará (R$ 680).

O QUE ÉA Pnad Contínua é uma pes-quisa domiciliar que, a cada trimestre, levanta informações socioeconômicas em mais de 200 mil domicílios, distribuídos em cerca de 3.500 municípios. Segundo o IBGE, os rendimen-tos domiciliares são resultado da soma dos rendimentos do trabalho e de outras fontes, re-cebidos por cada morador no mês de referência da entrevista, considerando todos os residen-tes em um domicílio.

Ao divulgar o rendimento domiciliar, o IBGE atende ao que dispõe a lei complementar 143/2013, que estabelece no-vos critérios de rateio do Fun-do de Participação dos Esta-dos e do Distrito Federal (FPE) e os compromissos assumidos quanto à definição dos valo-res a serem repassados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) aos municípios.

Pesquisa domiciliar levanta informações em mais de 200 mil domicílios

Rio de Janeiro, 29 de fevereiro a 2 de março de 201612 | Geral12 | Geral

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Variedades l 13

Brigadeiro de inhameDiv

ulga

ção

Ingredientes

• 3 inhames médios

• 100g de chocolate meio amargo

• 1 colher de sopa de óleo

• 7 colheres de sopa de açúcar

• Granulado

Modo de preparo

Cozinhe os inhames, amasse e leve ao fogo baixo com os outros ingredientes. Mexa até começar a ver o fundo da panela. Leve à geladeira por 5 horas e enrole acrescentando o granulado.

Tempo de preparo45 minutos

Divulgação

Oi amiga da saúde, é normal gestante ter dormência nas mãos?

Aparecida Alves, 29 anos, motorista.

Dúvidas? [email protected] So� a Barbosa | Coren MG 159621-Enf

Cara Aparecida, é nor-mal e bastante comum

as gestantes terem dormên-cia nas mãos. Isso aconte-ce por dois motivos. Primei-ro porque a gestante costu-ma ter retenção de líquidos, o que deixa as mãos mais in-chadas. Segundo porque, com o crescimento da barri-ga, a mulher desloca os om-bros para trás para garantir o equilíbrio do corpo e com isso faz uma compressão nos nervos que descem para os braços. Situação um pou-co mais grave é a Síndrome do Túnel do Carpo, quan-do o inchaço faz uma com-

BOMBOU NA INTERNET AMIGA DA SAÚDE

Nesse caso , é necessária a avaliação de um ortopedista para prescrever medidas que possam aliviar os sintomas.

pressão dos nervos na altura do punho, causando dor e dor-mência especialmente nos de-dos indicador, médio e polegar.

Rio de Janeiro, 29 de fevereiro a 2 de março de 2016 Variedades l 13

Receita

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14 | Variedades

Áries (21/3 a 20/4)Não tente alterar o rumo escolhido, o tempo vai trazer a estabilidade e as certezas de que necessita.

Touro (21/4 a 20/5)Tente encontrar soluções viáveis para melhorar a sua situação atual. Não insista em coisas impossíveis.

Gêmeos (21/5 a 20/6)Foque os seus interesses. Dispersão de sentimentos pode trazer instabilidade, a qual não o benefi ciará.

Câncer (21/6 a 22/7)Podem surgir novas opções profi ssionais que deve aproveitar, mas que o vão obrigar a tomar decisões inesperadas

Leão (23/7 a 22/8)Poderá tomar decisões sérias no plano econômico, ainda que envolvam um certo risco.

Virgem (23/8 a 22/9)Vai sentir-se recompensado após alguns esforços ou sacrifícios. Dia de bons resultados profi ssionais.

Libra (23/9 a 22/10)Os assuntos sentimentais estão pautados por grande alegria e é natural que se sinta apaixonado.

Escorpião (23/10 a 21/11)Ande devagar e com prudência. Procure dizer coisas boas, a palavra tem muita força e energia.

Sagitário (22/11 a 21/12)Bons indicadores de conquista. O seu charme e poder de sedução estão no mais alto nível.

Capricórnio (22/12 a 20/1)Aceite discutir novas propostas profi ssionais ou de negócio, pois poderá ter uma boa surpresa.

Aquário (21/1 a 19/2)Prevê-se uma fase de carreira estável, em que pode fi nalmente alcançar uma situação que tanto ambiciona.

Peixes (20/2 a 20/3)Viva o amor de forma mais descontraída, mas não se force a estar com quem não quer ou onde não se sente bem.

HORÓSCOPO FASES DA LUANova8/3

Cheia23/3

Minguante29/2

Crescente15/3

Rio de Janeiro, 29 de fevereiro a 2 de março de 201614 | Variedades

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Tânia Rêgo/Agência Brasil

CBDA vai administrar Julio Delamare

Parque Aquático do Maracanã será gerido pela entidade após acordo com governo

O pivô da seleção brasilei-ra de basquete e do Atlanta Hawks, Tiago Splitter, reali-zou uma cirurgia para cor-rigir uma lesão no quadril na última semana. A opera-ção foi conduzida pelo re-nomado ortopedista esta-dunidense Brian Kelly, com

Cirurgia de Splitter foi boa, mas sem previsão de altaPivô brasileiro passou por operação no quadril, em Nova York (EUA)

enorme sucesso. No entan-to, não existe uma previsão de alta para o jogador.

Tiago sentia dores no lo-cal que o incomodavam para jogar, caminhar e até dirigir. Inicialmente, Splitter voltaria às atividades no basquete so-mente em oito meses, o que o

faria perder os Jogos Olímpi-cos do Rio 2016.

O treinador da seleção, Ru-ben Magnano, apesar da pers-pectiva quase inexistente de Splitter disputar os Jogos, pre-fere esperar até o último mo-mento para definir seu corte ou não da equipe olímpica. (BP)

Ameaça a McGregor

Pense em um ano eleito-ral na cidade. Uma porção de obras ganhando contor-no e acabamento, entregues providencialmente no pri-meiro semestre, visando ga-rantir a reeleição, ou passa-gem de bastão para os ami-gos do sujeito no segundo.

Agora pense nas eleições dos clubes de futebol. É o extremo oposto! Quer saber qual o ano em que seu time vai penar, vai dar tudo erra-do e os jogadores, meio des-concertados, vão citar su-tilmente a situação interna no clube como um fator que atrapalha o rendimento do time? Ano de eleição.

Tal como o Flamengo do ano passado, que não ga-nhou nada e terminou de forma melancólica o Cam-peonato Brasileiro, este ano tem eleições no Fluminen-se. Já dá para imaginar, né?

Mal começou o ano e já estamos observando os efei-tos devastadores de um ano eleitoral no Flu.

Após a segunda derrota se-guida em clássicos, um vice de futebol e pré-candidato a presidente resolve demitir o treinador. Faz isso sem nem ao menos comunicar o pre-sidente do clube, ou discutir coletivamente com a alta cú-pula do tricolor.

Resultado? Mico.O presidente o demite ime-

diatamente, afasta o diretor--executivo de futebol e cha-ma uma coletiva para confir-mar todas as decisões toma-das, inclusive sobre o treina-dor. Fora o esporro público.

Mário Bittencourt ficou fa-moso quando advogou para o Fluminense na questão que salvou o clube do rebai-xamento, surfou na fama e foi parar no cargo mais cobiçado

Mário Bittencourt ficou famoso quando advogou para o Fluminense na questão que salvou o clube do rebaixamento

O FBI, em conjunto com o UFC, investiga uma pro-vável ameaça à vida de Co-nor McGregor, que enfren-tou Nate Diaz, irmão mais novo de Nick Diaz, pelo UFC 196. Durante a cole-tiva que antecede a luta, McGregor chamou Diaz de “mexicano do gueto”, em referência à origem la-tina do adversário, comum na Califórnia (EUA).

Depois da entrevista, o lu-tador irlandês recebeu men-sagens ameaçadoras e uma foto de uma arma através do twitter. O perfil do homem que enviou as mensagens foi retirado do ar e o caso está sendo apurado com seriedade.

do clube, a vice-presidência de futebol. Sua candidatura a presidente do clube fazia par-te do percurso natural.

No fim das contas, a ânsia de se mostrar capaz de to-mar decisões rápidas o aca-bou derrubando. Por mais que questões técnicas pu-dessem fazer Eduardo Bap-tista cair, a demissão dele foi tão somente uma ação políti-ca de alguém que tinha pres-sa de “jogar para a galera”.

Que 2016 acabe logo para o Flu.

Nelson Perez/Fluminense

Divulgação

Após acordo firmado na úl-tima semana entre o go-

verno do estado do Rio de Ja-neiro e a Confederação Brasi-leira de Desportes Aquáticos (CBDA), a entidade passará a administrar o Parque Aquático Julio Delamare, no Maracanã.

O local, que possui uma piscina olímpica e outra se-miolímpica , será reformado

Cidades invertidas

a partir de março, com pre-visão de término em julho. A partir daí, passará a ser admi-nistrado pela CBDA, confor-me informação dada no site da entidade.

O Julio Delamare perten-ce ao Complexo Esportivo do Maracanã, cedido a um Con-sórcio que inclui empreitei-ras investigadas pela Opera-ção Lava-Jato. A crise no setor, em especial na Odebrecht, acionista majoritária do Con-sórcio, fez com que este nego-ciasse sua saída da operação do local, prevista para depois dos Jogos Olímpicos. (BP)

A partir de julho, governo repassará Julio Delamare à CBDA

Mário Bittencourt foi acusado por Peter

Siemsen de misturar trabalho com eleições

Rio de Janeiro, 29 de fevereiro a 2 de março de 2016 Esportes l 15

TOQUES CURTOS | Bruno PorpettaBINÓCULO

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Vasco e Botafogo se enfren-taram em São Januário, em busca da melhor campanha nestas sete rodadas iniciais do Campeonato Carioca.

O Botafogo entrou em cam-po com 100% de aproveita-mento na competição, en-quanto o Vasco perdeu pon-tos no empate com a Fribur-guense, no meio da semana.

Jogando em casa, com uma aula de torcida dada pelos anfitriões, o Vasco teve a ini-ciativa de atacar. Com espa-ço, Nenê criava bons lances e levava perigo ao gol de Je-fferson. O atacante Riascos se movimentava bem e fazia boa partida.

O Botafogo só equilibrou o jogo a partir dos 30 minutos, fazendo com que Martin Sil-va também mostrasse servi-ço. Com a intervenção dos goleiros, o placar seguiu zera-do até o intervalo.

No retorno para o segun-

Vasco e Botafogo ficam no empate em São JanuárioEmpate por 1 a 1, com gols de Riascos e Emerson, deixa Fogão com melhor campanha

Emerson (Botafogo) e Riascos (Vasco) marcaram os gols do clássico

do tempo, o Botafogo lan-çou Neilton no time, dando trabalho para a defesa vas-caína. Já o Vasco entrou mais lento em campo, fazendo com que Jorginho tirasse Ju-lio dos Santos e botasse Éder Luís em seu lugar.

A mudança logo surtiu efei-to. Aos 15 minutos, o zagueiro Luan lançou bola longa para a velocidade de Éder Luís, que se aproveitou da falha de Diogo Barbosa e cruzou para Riascos abrir o placar.

O Vasco quase ampliou,

com Nenê disparando um chute na trave de Jefferson, mas foi o Botafogo que che-gou ao gol. Aos 42, Emerson cobrou falta de longa dis-tância e acertou no ângulo. Martin Silva fez golpe de vis-ta e acabou buscando a bola no barbante.

O jogo ficou movimenta-do nos minutos finais, com chances dos dois lados, mas acabou ficando no empate por 1 a 1. O Botafogo chega à última rodada com a melhor campanha do Carioca.

O presidente do Flumi-nense, Peter Siemsen, em entrevista à Rádio Globo neste domingo (28), disse que já acertou com o subs-tituto de Fernando Simo-ne como diretor-executivo de futebol do clube. Trata-se de Jorge Macedo, ex-In-ternacional.

Siemsen confirma executivo e conversas por treinadorO executivo se despediu

do clube gaúcho no sába-do (27), sendo que no dia anterior já havia estado no Rio para tratar de questões relativas à mudança. Ele chega definitivamente ao tricolor na próxima quar-ta-feira (2).

Sobre o substituto do trei-

nador Eduardo Baptista, Pe-ter confirmou que tem con-versado com dois nomes, embora não tenha revela-do quais. Especula-se que o favorito para assumir o car-go seja Levir Culpi, demiti-do do Atlético-MG no fim do ano passado. Cuca corre por fora. (BP)

Peter Siemsen não tem pressa para ocupar a vaga de treinador

O Flamengo enfren-tou o Resende no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ), pela sétima rodada do Cam-peonato Carioca. Com uma bela exibição, o ru-bro-negro fez 5 a 0 no time do sul fluminense e garantiu vaga na disputa da Taça Guanabara.

Em cinco minutos, o Fla já vencia por 2 a 0. Antes do primeiro mi-nuto, Mancuello cobrou escanteio e, na segunda trave, Emerson tocou pa-ra o gol.

Mancuello foi decisi-vo para o segundo gol, quando deu passe de primeira e achou Marce-lo Cirino em velocidade pela direita, que driblou o zagueiro e bateu para ampliar o placar.

Nelson Perez /Fluminense FC

Paulo Fernandes/Vasco

Gilvan de Souza/Flamengo

Fla goleia e garante vaga

O Fla levou o jogo em “ba-nho Maria” até o intervalo, mesmo perdendo Man-cuello por lesão no joelho, aos 38.

No segundo tempo, o ro-teiro se repetiu. Sheik teve gol anulado no início, mas, logo aos seis minutos, Cirino ampliou após receber passe de calcanhar de Guerrero. Um minuto depois, Gabriel recebeu belo passe de Jorge e fez o quarto.

O Fla continuava contro-lando o jogo e passou por apenas um único susto, em bola que Juan salvou em cima da linha.

Ainda deu tempo pa-ra o rubro-negro ampliar, com Sheik desviando cruzamento rasteiro de Jorge pela esquerda. Vi-tória maiúscula e vaga garantida. (BP)

Mancuello e Cirino foram destaques da goleada sobre o Resende

16 | Esportes

Bruno Porpetta Rio de Janeiro (RJ)

Rio de Janeiro, 29 de fevereiro a 02 de março de 2016