Brasil de Fato RJ - 152

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Cultura | pág. 11 RIO DE JANEIRO Ano 3 | edição 152 1 a 3 de fevereiro de 2016 distribuição gratuita Cidades | pág. 7 Alegorias e adereços fazem a diferença no Carnaval Maricá amplia frota de ônibus gratuitos Cidade oferece transporte de graça desde dezembro de 2014 Confira matéria com trabalhadores que fazem os carros da Imperatriz Leopoldinense Gabriel Santos/Riotur Cidades | pág. 4 Cidades | pág. 6 A crise econômica e o alto custo de vida no Rio levam milhares de pessoas a morarem nas ruas da cidade. Segundo o Conselho Regional de Serviço Social (CRESS-RJ), este problema não tem sido tratado de forma adequada pela Prefeitura. Para o conselho, nos últimos dez anos, mil vagas de assistentes sociais que atuam com a população de rua foram cortadas. Stefano Figalo / Brasil de Fato Pablo Vergara / Brasil de Fato POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA Programa Rio Sem Homofobia é quase desativado por Pezão Dos 85 profissionais, 65 foram demitidos pelo Pastor Ezequiel Teixeira, atual secretário de assistência social e direitos humanos do Rio de Janeiro. Centros de cidadania foram afetados em Niterói, Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Friburgo. Movimentos de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis (LGBTs) criticam postura do secretário, no cargo há pouco mais de um mês. Cidades | pág. 5 Alerta para desidratação infantil no verão Médico pediatra dá dicas para evitar riscos à saúde das crianças.

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Cultura | pág. 11

RIO DE JANEIRO

Ano 3 | edição 152

1 a 3 de fevereiro de 2016 distribuição gratuita

Cidades | pág. 7

Alegorias e adereços fazem a diferença no Carnaval

Maricá amplia frota de ônibus gratuitosCidade oferece transporte de graça desde dezembro de 2014

Confira matéria com trabalhadores que fazem os carros da Imperatriz Leopoldinense

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Cidades | pág. 4

Cidades | pág. 6

A crise econômica e o alto custo de vida no Rio levam milhares de pessoas a morarem nas ruas da cidade. Segundo o Conselho Regional de Serviço Social (CRESS-RJ), este problema não tem sido tratado de forma adequada pela Prefeitura. Para o conselho, nos últimos dez anos, mil vagas de assistentes sociais que atuam com a população de rua foram cortadas.

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Pablo Vergara / Brasil de Fato

POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

Programa Rio Sem Homofobia é quase desativado por PezãoDos 85 profissionais, 65 foram demitidos pelo Pastor Ezequiel Teixeira, atual secretário de assistência social e direitos humanos do Rio de Janeiro. Centros de cidadania foram afetados em Niterói, Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Friburgo. Movimentos de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis (LGBTs) criticam postura do secretário, no cargo há pouco mais de um mês.

Cidades | pág. 5

Alerta para desidratação infantil no verãoMédico pediatra dá dicas para evitar riscos à saúde das crianças.

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EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Au-gusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:Fania Rodrigues

REPORTAGEM:André Vieira, Bruno Porpetta e Pedro Rafael Vilela

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

FOTÓGRAFO: Stefano Figalo

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

(21) 4062 [email protected]

EDITORIAL

Segunda-feira, 1 de fevereiro, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F34Ensolarado

PREVISÃO DO TEMPO

Font

e: G

oogl

e

Há uma década organiza-ções políticas, movimentos

populares e sindicais, associa-ções de moradores, militantes de esquerda e alguns dirigentes políticos avisam: o PMDB que-brará o Rio de Janeiro. Muitos desses avisos foram considera-dos exagerados, por vezes cha-mados de “mimimi” de quem não aceita a derrota nas urnas.

Passados exatos 10 anos que Cabral assumiu o poder no es-tado, ajudou a eleger o prefei-to da cidade do Rio, Eduar-do Paes, e fez seu sucessor no Palácio da Guanabara, Luiz Fernando Pezão, o que ve-mos é a confirmação daque-las previsões.

UM ESTADO QUEBRADOSalários de servidores atrasa-dos, décimo terceiro parcela-do, privatização na educação e na saúde, sucateamento de serviços públicos, remoções de comunidades para benefí-cio da especulação imobiliá-ria etc. Uma das poucas polí-ticas públicas tocadas pelo PMDB em que se verificou algum avanço, aquela volta-da para o combate à homofo-bia, agora é desmontada pelo atual secretário estadual de direitos humanos e assistên-cia social, Pastor Ezequiel.

Mesmo no campo da segu-rança pública, antiga “menina dos olhos” do PMDB, o que se vê é o aumento da violência por parte das forças de segu-

Podemos começar tirando o PMDB de cada uma das prefeituras do estado, para der-rotar de vez esse projeto em 2018

trô e barcas não para de subir e as empresas de ônibus são beneficiadas com o aumento absurdo dos preços das pas-sagens. As empreiteiras e em-presas envolvidas com o setor imobiliário aumentam seus lucros dia a dia, enquanto morar fica cada vez mais caro para o povão. Nem o Maraca escapou: ingressos e demais serviços têm preço padrão FIFA, enquanto o povão foi privado da saudosa “Geral”.

POVO SENTE NO BOLSOA cidade e o estado, que de-veriam ser governados pela e para a maioria trabalhadora do povo, são geridos a servi-ço dos grandes empresários.

rança, a falência das UPPs e a degradação das condições de trabalho de policiais e agentes penitenciários, o que acarre-ta no aumento das mortes da-queles profissionais.

Por outro lado, o lucro das concessionárias de trens, me-

Você sabe que isso é verda-de: sente no bolso, no tempo que demora no transporte, no IPVA e no IPTU, na educa-ção das crianças, no preço da moradia e nas filas dos hos-pitais e postos de saúde.

O PMDB nos governa há muito tempo. Já mostrou o que nos tem reservado. Não se trata de simples “alternância de poder”. Está na hora de pro-curarmos as alternativas que apontem um novo e melhor Rio de Janeiro para nós. Pode-mos começar tirando o PMDB de cada uma das prefeituras do estado, para derrotar de vez esse projeto em 2018. Depen-de de nós fazer com que o Rio volte a ser do povo.

34° 24° 32° 24° 32° 24°

3331

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seg ter qua

PMDB: um partido a serviço dos poderosos

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 20162 | Editorial

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disse a ministra do Meio Ambiente Kátia Abreu. Defensora do agronegócio, ministra

propõe mudança que poderá prejudicar ainda mais a indústria brasileira.

SETOR AÉREO

Trabalhadores ameaçam greve

Pilotos e comissários po-dem entrar em greve, caso não entrem em acordo com as empresas aéreas. As em-presas propõem 5,5% de reajuste em fevereiro e 5,5% em junho. A categoria quer reajuste de 11% dos salários e outros benefícios, retroativo a 1º de dezembro, data-ba-se dos trabalhadores. Se não houver acordo nessa segun-da-feira (10), os funcionários ameaçam entrar em greve.

SINDICALpor Claudia Santiago

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Divulgação

No topo das paradas serta-nejas com a música “99%

anjo, perfeito, mais aquele 1% vagabundo”, Wesley Safadão teve o seu sucesso parodia-do por integrantes do Levante Popular da Juventude.

Eles relacionaram o refrão com a pesquisa divulgada pela ONG Oxfam que revelou que 1% da população concen-tra mais dinheiro do que os 99% restantes.

Confira: Eu abro os dados que estão disponíveis na in-ternet/ Ando na rua reparan-

Viviane Araújo deu o recado sobre preconcei-to contra candomblé e um-banda. “O mal das pessoas é achar que fora das igrejas, dos templos ou qualquer recinto que você pratique a sua fé, não tem Deus”. Ela vai representar uma pomba-gi-ra na Avenida pelo Salgueiro.

O prefeito do Rio Eduar-do Paes (PMDB) afirmou na última quinta-feira (28) que a poluição da baía de Guanabara não é um proble-ma olímpico. A poluição é tãogrande que dirigentes olím-picos cogitam até mesmo transferir provas para Búzios.

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mandoubem

VIDA EM MARTE “Se houver vida em Marte, saberemos nos próximos 5 a 15 anos”, garante o cientista Charley Lineweaver, da Universidade Nacional Australiana. Ele diz que nunca encontraremos vida alienígena em Marte, pois ela se extinguiu provavelmente pouco depois de seu surgimento.

FRASE DA SEMANA

do quem me pede/ Comida, esmola ou me vendendo chi-clete/ O meu problema sem-pre foi enxergar contradição. Ligo no outro dia no jornal da manhã/ Violência, in-justiça, falta de edu-cação/ Vamos ligar os pontos essa crise tem um jeito/ Expor do ca-pitalismo, o seu maior defeito. Tá explorando todo mundo/ 99% pobre, quebra-do/ Mas aquele 1% é bilio-nário/ Aquele 1% é bilioná-rio/ Safado e só te rouba.

Divulgação

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Safadão: “Aquele 1% bilionário”

“Para que alguns vivam, outros têm que morrer”,

TRABALHO ESCRAVO

Mais de mil resgatados

O Ministério do Trabalho e Previdência Social resga-tou 1.010 trabalhadores em 2015 que estavam em con-dições análogas à escravi-dão. As 140 operações fei-tas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel e por au-ditores fiscais do trabalho identificaram trabalhado-res nessa situação em 90 dos 257 estabelecimen-tos fiscalizados. Os dados foram divulgados pelo ministério para marcar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, lem-brado na quinta-feira (28).

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016 Geral l 3

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Divulgação

Divulgação

Salvador Scofano/GERJ

Há pouco mais de um mês no cargo, o novo secretá-

rio de assistência social e di-reitos humanos do Rio de Ja-neiro, pastor Ezequiel Teixeira, tem recebido inúmeras críti-cas de diversos movimentos populares, em especial do mo-vimento de gays, lésbicas, bis-sexuais, transexuais e travestis (LGBTs), por sua atuação, ou a falta dela, em determinados projetos de responsabilidade de sua pasta.

Um desses é o Programa Rio Sem Homofobia, de responsa-bilidade da secretaria do pas-tor Ezequiel. Dos 85 funcio-nários que trabalhavam no programa, 65 foram demiti-dos este ano. Com isso, os qua-tro Centros de Cidadania (Ni-terói, Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Friburgo), respon-sáveis por fazer atendimen-tos jurídicos e de saúde, tive-ram seus trabalhos afetados com a diminuição do quadro. E os problemas não param por aí. Além da demissão, os fun-cionários denunciam que es-tão sem receber desde outu-

bro, além da segunda parcela do 13° salário e um terço das férias.

Bruno Silva, de 32 anos, tra-balhava desde 2012 no progra-ma como auxiliar de adminis-

tração no Centro de Cidadania Leste, localizado em Niterói. Segundo Bruno, além dele, outras oito pessoas que traba-lhavam na unidade, que con-tava com assistente social, advogado, psicóloga e de-mais profissionais adminis-trativos, ficaram sem empre-go. Com as demissões, apenas

o coordenador da equipe está trabalhando em regime de plantão. “Nós realizávamos o casamento coletivo homoafe-tivo, além de todas as deman-das psicológicas, jurídicas e sociais”, conta sobre o trabalho que realizava no Centro.

Para o coordenador do Gru-po Diversidade de Niterói (GDN), Felipe Carvalho, a de-satenção do governo do estado com o Programa Rio Sem Ho-mofobia não é nova, mas a no-meação do pastor Ezequiel é a “cereja do bolo” desse abando-no e desprezo pelo programa.

Dos 85 profissionais, 65 foram demitidos. Centros de cidadania no Rio, Niterói, Duque de Caxias e Friburgo já foram afetados

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Pezão nomeou um secretário que em sua campanha que chamou os LGBTs de anticristo e nos associou com a pedofiliaFelipe Carvalho, do Grupo Diversidade de Niterói (GDN)

Pastor Ezequiel desmonta programa Rio Sem Homofobia

“Pezão nomeou um secretá-rio em sua campanha que cha-mou os LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e traves-tis) de anticristo e nos associou com a pedofilia”, criticou.

Ezequiel, que é pastor e de-putado federal licenciado, em sua campanha de 2014 chegou a colocar na rua um material com conteúdo altamente pre-conceituoso em que fazia ata-ques, dentre outras questões, à adoção de crianças por parcei-ros homoafetivos, à legalização do aborto, dentre outras pautas ligadas aos direitos humanos.

ESCOLHA ERRADAIntegrante do movimento Trans-revolução e travesti, a ativista Indianara Siqueira culpa o go-vernador Luiz Fernando Pezão pela escolha do secretário. “É uma afronta aos direitos huma-nos a nomeação desse pastor, que tem posturas homofó-bicas, transfóbicas, contra o direito das mulheres. Ele não deveria nem ser cogitado pa-ra ser secretário de direitos humanos”, denuncia.

EM NÚMEROSEm cinco anos, o Rio Sem Ho-mofobia foi responsável pelo atendimento de 41.046 pes-soas, sendo 21.235 pelos Cen-tros de Cidadania LGBTs e 19.731 pelo Disque Cidada-nia LGBT, que presta aten-dimento pelo número 0800 0234567 FREE.

SEM RESPOSTAO Brasil de Fato entrou em contato com a Secretaria Es-tadual de Assistência Social e Direitos Humanos para ques-tionar sobre as denúncias apre-sentadas, mas até o fechamen-to desta edição não recebemos nenhuma resposta.

Pastor Ezequiel é criticado por desprezar Programa Rio sem Homofobia

Funcionários do Programa Rio Sem Homofobia denunciam que estão sem receber desde outubro, além da segunda parcela do 13° salário e um terço das férias

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 20164 | Cidades

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O prefeito do Rio Eduar-do Paes (PMDB) vem di-

minuindo, ano a ano, o investi-mento na área social. Conforme dados do Conselho Regional de Serviço Social (Cress-RJ), cer-ca de 1.500 profissionais de as-sistência social atuavam há dez anos. Hoje, eles são pouco mais de 500. “Isso mostra a situação caótica que estamos enfren-tando no Rio”, denuncia Rodri-go Lima, diretor do Conselho.

Na semana passada, a equi-pe do Brasil de Fato percor-reu as ruas do centro, pas-sando pela Praça Tiradentes, Largo de São Francisco e Ave-nida Chile. Ao lado dos dois grandes motores da economia brasileira, a Petrobrás e o BN-DES, a Avenida Chile costuma abrigar grupos de até 15 pes-soas que dormem em baixo do elevado. Durante a repor-tagem, assistentes sociais da prefeitura foram vistos apenas na Praça Tiradentes.

Questionada sobre o núme-ro de profissionais na cidade do Rio, a assessoria da Secre-taria Municipal de Desenvol-vimento Social (SMDS) infor-mou que há 608 profissionais atuando na área. A secretaria também informou que con-ta com 29 Unidades de Rein-serção Social (URS) próprias e 24 abrigos conveniados, to-talizando 2.177 vagas na rede de acolhimento.

“Trabalho na Avenida Chile há dois anos e nunca vi nenhum funcionário da prefeitura con-versando com as pessoas que

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

dormem embaixo do elevado”, comenta Valter Luiz dos Santos, despachante de ônibus.

A SMDS afirma ainda que as equipes têm como meta a reinserção dos acolhidos num prazo máximo de nove me-ses. As pessoas em situação de rua passam por três etapas desse processo: acesso, evolu-ção e reinserção. Mas, não in-formou os resultados obtidos até o momento.

Fotos: Stefano Figalo / Brasil de Fato

Conselho Regional de Serviço Social (CRESS-RJ) denuncia que pouco mais de 500 assistentes sociais atuam na rede pública municipal

Trabalho na Avenida Chile há dois anos e nunca vi nenhum funcionário da prefeitura conversando com as pessoas que dormem embaixo do elevadoValter Luiz dos Santos, despachante de ônibus

Prefeitura corta mil vagas da Assistência Social em dez anos

PERFIL DOS MORADORESO diretor do Cress destaca que grande parte das pessoas em situação de rua são traba-lhadores que não têm como voltar para casa todos os dias. “Tem uma pesquisa que mos-tra que essas pessoas ganham entre 20 e 80 reais por sema-na. É um valor muito baixo. O Rio é uma cidade cara e as pessoas moram longe dos lu-

gares onde estão as melhores oportunidades de trabalho”, destaca Rodrigo Lima. Isso, aliado ao alto valor do trans-porte, contribui para o au-mento da população de rua.

Outros perfis dos moradores de rua, de acordo com o pre-sidente do Cress, são aqueles

expulsos de suas casas ou co-munidade pela violência e o tráfico de drogas. E, por últi-mo, há aquelas pessoas que sofrem de dependência quí-mica ou de algum problema mental. Entretanto, um estudo do Núcleo de Direitos Huma-nos da Defensoria Pública que traçou o perfil das pessoas em situação de rua, na zona me-tropolitana do Rio de Janeiro, mostrou que 65% não bebem e 62% não usam drogas.

REGRAS RÍGIDASNos abrigos, as queixas são mui-tas. Os usuários afirmam que não há quase nenhuma ati-vidade e as regras são muito rígidas. Rodrigo conta que exis-te um estatuto para lidar com a população de rua, mas ele não é cumprido. “Não existe nem a tentativa de tornar esses espaços mais democráticos, com assembleias onde eles poderiam discutir as regras de convivência. Poderia haver mais flexibilidade”, destaca Rodrigo.

Na Avenida Chile, grupos costumam dormir em baixo do elevado

Usuários de abrigos criticam regras rígidas impostas pela Prefeitura

Segundo Prefeitura, há 2.177 vagas na rede de acolhimento

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016 Cidades l 5

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A combinação de altas tem-peraturas, típicas do ve-

rão brasileiro, com o período de férias escolares e viagens em família pode se transfor-mar em um prato cheio para o aumento de casos de desidra-tação infantil. O alerta é da So-ciedade Brasileira de Pediatria.

Em entrevista à Agência Bra-sil, o presidente do departa-mento Científico de Pediatria Ambulatorial da entidade, Ta-deu Fernandes, explicou que o quadro de desidratação con-siste na perda de água pelo or-ganismo por meio de vômitos, diarreia ou mesmo pelo suor.

“Muitas crianças ficam de-sidratadas por causa do ca-lor, do excesso de exposi-ção ao sol ou quando não há uma preocupação, por exem-plo, em manter o quarto fres-quinho. A criança perde ca-lor pela pele, transpirando. Isso acontece principalmente entre crianças pequenas, que não têm boa reposição.”

Segundo o especialista, ali-mentos mal acondicionados podem atuar como grandes vi-lões durante o verão, sobretu-do em praias, festas e restau-rantes. “No verão, se a gente não conserva direito os ali-mentos, eles estragam mais rápido. Um iogurte compra-do no mercado, por exemplo, ao entrar em contato com as altas temperaturas do por-ta-malas pode já chegar em casa azedo e, posteriormen-te, é servido à criança”.

Dicas simples de prevenção, de acordo com o pediatra, in-cluem evitar pedir gelo para

Pais devem ficar atentos para evitar desidratação infantil durante o verão

Paula Laboissière da Agência Brasil

guro do que preparar o soro em casa, já que pode haver er-ros na preparação, como mais sal ou menos sal”, explicou.

“Muitas mãe se enganam utilizando bebidas isotônicas como soro para reidratação. Elas não servem para reposi-ção em casos de diarreia, vô-mito e desidratação infantil. Outra lenda é o uso da água de coco, que não é a bebida cor-reta para se fazer a reidratação oral. Também não adianta dar água pura para a criança por-que o que ela perde é água sal-gada, com sódio e potássio”.

A criança perde calor pela pele, transpirando. Isso acontece principalmente entre crianças pequenas, que não têm boa reposiçãoTadeu Fernandes, pediatra

Divulgação Arquivo pessoal

É preciso oferecer água constantemente para as crianças

sucos e rodelas de limão ou la-ranja em refrigerantes. “Onde essas frutas estavam guardadas e há quanto tempo? Será que esse gelo foi feito com água fil-trada ou da torneira? A ideia é limitar o risco”. Também é preciso oferecer água constan-temente para as crianças.

Os sinais de desidratação in-fantil incluem urina muito con-

centrada e em menor quanti-dade, criança mais irritadiça, pele com menos elasticidade e de aparência seca e olhos fun-dos. Em bebês, é possível per-ceber ainda a moleira com as-pecto afundado. A orientação é procurar serviço médico sem-pre que houver quadro de vô-mitos e diarreia, para que a si-tuação não se agrave.

“O mais importante, no tra-tamento, é a terapia de reposi-ção oral com o soro preconiza-do pela Organização Mundial da Saúde, que pode ser retira-do gratuitamente em postos de saúde ou comprado nas far-mácias. É, inclusive, mais se-

Tadeu Fernandes, pediatra

Excesso de exposição ao sol pode provocar desidratação em crianças

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 20166 | Cidades

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Fernando Silva/ Prefeitura Maricá

Divulgação/Prefeitura Maricá

A partir de março, os verme-lhinhos, como ficaram co-

nhecidos os ônibus coletivos da prefeitura de Maricá, vão ga-nhar um reforço e passarão a funcionar com 23 veículos.

Atualmente, a Empresa Pú-blica de Transportes (EPT), da prefeitura, opera com 13  coletivos, que interligam regiões que não eram atendi-das pelas empresas privadas de ônibus. Quatro linhas cor-tam a cidade, de Ponta Negra ao Recanto de Itaipuaçu, 24 horas por dia.

Em nota, a prefeitura de Ma-ricá afirma que foram compra-dos dez micro-ônibus. “O iti-nerário está sendo definido e os veículos serão utilizados para beneficiar os moradores de bairros distantes do Centro, como Santa Paula e Espraiado, e dos condomínios do Minha Casa Minha Vida de Itaipuaçu e Inoã”, informou a assessoria de imprensa.

Maricá é o primeiro muni-cípio brasileiro com mais de 100 mil habitantes a oferecer ônibus gratuito. Segundo a pre-feitura, foram transportadas mais de 2 milhões de pessoas, em um ano de operação.

Além disso, o primeiro con-curso público da empresa foi realizado em outubro de 2015 e teve quase 19 mil candida-

Maricá mostra que passe livre é possívelUm ano depois de começar a fornecer transporte público gratuito, prefeitura vai ampliar sua frota de ônibus

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

tos às 128 vagas oferecidas. Os motoristas e os demais funcio-nários aprovados devem ser incorporados à empresa a par-tir do dia 1º de março.

QUEDA DE BRAÇODesde o ano passado, a pre-feitura de Maricá vem lutan-do contra as grandes empresas que fazem o transporte coleti-vo no município. Elas tentaram impedir na Justiça o funciona-mento dos ônibus gratuitos. A frota ficou um mês parada, em agosto do ano passado, mas

tura de São Paulo, garantem que a gratuidade do transporte cole-tivo é possível no Brasil.

Segundo ele, os subsídios não precisam ser exclusiva-mente com impostos muni-cipais, mas com a copartici-pação de governos estaduais e federal. “Essa pode ser uma solução e não pode ser mini-mizada só porque o prefeito x ou o governador y diz que não tem dinheiro”, disse.

Ele mostra ainda como a passagem no Brasil é cara se comparada a outros lugares do mundo. “É preciso uma dis-cussão séria a respeito de como um país do porte do Brasil, que é a sétima maior economia do mundo, tem uma tarifa nessas proporções”, critica. Segundo ele, se fosse comparado com o sistema de transporte de Pa-ris (França) e Pequim (China), a tarifa de ônibus de São Pau-lo, que hoje é de RS 3,80, deve-ria ser de R$ 1,27. Comparando com os subsídios aplicados em Buenos Aires, a tarifa na capi-tal paulista cairia para R$ 0,85. “Política é isso. É construir pos-sibilidades e não gerir impossi-bilidades”, destaca Gregor, em entrevista à Agência Brasil.

voltou a funcionar depois que a prefeitura de Maricá venceu a queda de braço.

Há 40 anos as empresas Aviação Nossa Senhora do Amparo e Costa Leste mono-polizavam o transporte públi-co no município.

TARIFA ZEROEspecialistas em transporte pú-blico, como o engenheiro civil Lúcio Gregori, que foi secretário de Transportes da gestão Luiza Erundina (1989-1993) na prefei-

Maricá é o primeiro município brasi-leiro com mais de 100 mil habitantes a oferecer ônibus gratuito

Frota de vermelhinhos terá um reforço de dez micro-ônibus

Prefeito Washington Quáquá observa ônibus adaptado para cadeirantes

População de Maricá conta com transporte gratuito desde 2014

Pablo Vergara / Brasil de Fato

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016 Cidades l 7

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Dinamarca vai confiscar bens de imigrantesO parlamento da Dinamar-

ca aprovou uma reforma legal que permite confiscar recursos de refugiados com bens ou valores superiores a 10 mil coroas dinamarquesas, que equivale a 1.340 euros.

A medida foi proposta pelo governo do primeiro-minis-tro Lars Lokke Rasmussen, do Partido Liberal.

A Anistia Internacional cri-ticou a nova lei e disse que ela

Fotos Públicas

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Markus Ercksen/Fotos Públicas

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ESPAÇO A Nasa apresentou fotos de uma flor cultivada na Estação Espacial Internacional (ISS). Desde maio de 2014, os astronautas que ali vivem mantêm um projeto para cultivar plantas no espaço.

A pessoa mais influente do mundo na ciência é uma mulher. Trata-se da pesqui-sadora do Instituto Broad do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e Univer-sidade de Harvard, Sta-cey Gabriel, cujos trabalhos são dedicados à genética.

A empresa multinacio-nal Thompson Reuters, que possui uma base de dados de nove milhões de cientis-tas, fez uma lista dos mais importantes cientistas do mundo, que produziram pesquisas entre 2003 e 2013.

A Thompson Reuters pu-blica dois milhões de arti-gos científicos todos os anos e tem a maior base de publi-cações científicas do mundo.

O Brasil foi representado por cinco cientistas nas dis-ciplinas de física, medicina clínica, geofísica e duas ou-tras ciências. (Sputnik)

Colômbia: Farc e governo chegam a acordo para o cessar-fogo

CIÊNCIA

Mulher lidera lista de cientistas mais influentes

Uma missão liderada pelas Nações Unidas vai monitorar o cessar-fogo em oito zonas da Colômbia. Esse pode ser o fim do conflito armado que já dura meio século no país.

Atualmente, não existe uma trégua no território, embora a guerrilha das Farc mantenha desde julho do ano passado uma pausa no fogo unilateral, o que significou uma redução próxima a 90% das investidas

armadas, segundo informou o governo da Colômbia.

O acordo foi anunciado pelo governo colombiano, que mantém diálogos de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colôm-bia (Farc) há três anos, em Cuba. De acordo com da-dos oficiais, a guerrilha das Farc possui certa de sete mil combatentes em todo o ter-ritório. (Telesur)Farc e governo da Colômbia seguem buscando acordo

Anistia internacional criticou ataque aos direitos dos refugiados

Dinamarca se afastou de seu apoio histórico às normas internacionais incluídas na Convenção dos Refugiados”.

prolonga o sofrimento dos re-fugiados. “O voto mesquinho no Parlamento dinamarquês não apenas procura confiscar os valores em posse dos refu-giados, mas também prolon-gar desnecessariamente a sua separação das pessoas que lhes são queridas”, afirmou John Dalhuisen, diretor da or-ganização de defesa dos direi-tos humanos para a Europa e Ásia Central.

O representante da Anis-tia Internacional considera a decisão dos deputados uma “triste reflexão sobre como a

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 20168 | Mundo

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Multinacionais pressionam contra regras do pré-sal

Divulgação

Atuais regras direcionam recursos do petróleo para saúde e educação do país

Poucas vezes o petróleo es-teve com um preço tão bai-

xo. O barril mais comum tem variado próximo a 29 dólares nas cotações mais recentes. Cenário drasticamente oposto ao de anos anteriores, quando a cotação girava acima dos 100 dólares. Esse cenário tem sido o combustível para que a im-prensa comercial brasileira es-tampe em suas capas o fim do pré-sal brasileiro, cuja produ-ção teria deixado de ser vanta-josa. Será isso mesmo?

O Brasil de Fato conversou com trabalhadores e espe-cialistas do setor para enten-der os interesses envolvidos. De um lado, setores empre-sariais atuam no país para re-ver regras do setor. Eles que-rem acabar com o modelo de partilha. Esse modelo tornou a Petrobrás a operadora única dos consórcios que atuam nas reservas, além de estabelecer um Fundo Social soberano.

Esse fundo aumenta a arre-cadação do Estado e destina esses recursos para gastos so-ciais, principalmente saúde e educação, áreas subfinancia-das no Brasil e alvo das prin-cipais reclamações da popu-lação. O contrato de partilha ainda favorece compras e en-comendas de produtos fa-bricados e desenvolvidos no país, impulsionando a indús-tria local e gerando empregos.

As multinacionais querem mudar esse cenário. Represen-tantes do Instituto Brasileiro de

“Nos EUA, a indústria do pe-tróleo de rocha, que seria uma alternativa, está parada por-que ela só se viabiliza com bar-ril de petróleo a 60 dólares. O Brasil consome 2,2 milhões de barris de petróleo por dia. Já os EUA consomem nada menos do que 22 milhões por dia. Nos próximos 50 anos, o petróleo continuará sendo a principal matriz energética”, analisa.

ENFRAQUECENDO A PETROBRÁSO outro lado da moeda tem a ver com a atual gestão da Pe-trobrás. A opção de vender par-te de suas empresas, como a Gaspetro, a BR Distribuidora e a Braskem – para fazer caixa em uma empresa endividada –, pode ser um tiro no pé, avalia Metri. “Com o mercado em cri-se, esses ativos serão vendidos a preços muito baixos. Com

Petróleo, Gás e Biocombustí-veis (IBP) se reuniram nessa se-mana com a presidenta Dilma Rousseff. Na pauta, um paco-te de medidas para estimular o setor, que incluem pedidos de isenção de impostos e flexi-bilização das regras que obri-gam as empresas a compra-rem parte de seus produtos da indústria brasileira. As medidas negociadas só devem ser anun-ciadas nas próximas semanas.

“O que existe é um movi-mento que, aproveitando que o petróleo está em baixa, pede mudança nas regras do pré-sal diante da vulnerabilidade do Brasil. Ora, se o pré-sal não está mais vantajoso, por que eles querem que a Petrobrás dei-xe de ser operadora única? No fundo, eles sabem que o preço do petróleo não vai ficar mui-to tempo nessa faixa dos 20 dó-lares e voltará a subir no mé-

Pedro Rafael Vilelade Brasília (DF)

dio prazo”, aponta Paulo Metri, conselheiro do Clube de Enge-nharia e especialista no tema de petróleo e gás.

O coordenador da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Emanuel Cancella, destaca que

isso, o preço do barril de pe-tróleo tende a se valorizar mui-to depois, já na mão de outras multinacionais”, explica.

Os trabalhadores do se-tor também defendem outras saídas para a crise financeira da Petrobrás. De acordo com Cancella, uma opção seria a obtenção de empréstimo jun-to ao banco do Brics, institui-ção que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “Outra alternativa seria ven-der petróleo numa chama-da conta futuro para a China. Ela importa muito petróleo e daríamos garantia de forneci-mento do petróleo do pré-sal a preços de mercado, sem ne-cessidade de desafazer do pa-trimônio da Petrobrás. A Chi-na adiantaria um dinheiro para a Petrobrás voltar ao pa-tamar financeiro de outubro de 2014”, argumenta.

Exploração do pré-sal está sendo questionada por

multinacionais

Nos próximos 50 anos, o petróleo continuará sendo a principal matriz energéticaEmanuel Cancella, da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)

não só a Petrobrás, mas todas as petroleiras estão vendo suas ações caírem nesse momento.

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016 Brasil l 9

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A família de Fe-liciano (Marcos Caruso) imita as cores das ce-nas, a confusão, a gritaria e o amor-comédia da família Tufão (Murilo Benício)

Nem de longe A Regra do Jogo conquistou o público e a crítica do megassuces-so Avenida Brasil  (2012), escrita pelo mesmo au-tor João Emanuel Carnei-ro. A expectativa de que a crise de audiência e criati-vidade da teledramaturgia brasileira seria minimizada com a trama sobre a facção criminosa não se concre-tizou. Mesmo tendo bons índices de audiência, so-bretudo depois do encer-ramento de  Os Dez Man-damentos, a média geral de A Regra do Jogo, até o mo-mento, é de 26 pontos, se-gundo o site http://audien-ciadatvmix.com/.

Mas não quero falar aqui dos erros e acertos do folhe-tim. Há tempos quero iden-tificar a grande semelhan-ça de alguns personagens da novela com os de Aveni-da Brasil. Comecemos pelos mais emblemáticos: a famí-lia de Feliciano (Marcos Ca-ruso) imita as cores das ce-nas, a confusão, a gritaria e o amor-comédia da famí-lia Tufão (Murilo Benício). A empregada que sabe tudo o que passa na casa de Di-norah (Carla Cristina Car-doso) lembra bem a diver-

SEMPRE VI NOVELA | Joaquim Vela

Personagens de “A Regra do Jogo” lembram “Avenida Brasil”

(Alexandre Nero), homem sem moral que vive na cola de Atena e do “filho”, se pare-ce muito com Nilo, que ex-plorava Carminha (Adriana Esteves) no lixão de Aveni-da Brasil. Além do aspecto decadente dos dois perso-nagens, a relação de amor e ódio com os vilões e os xin-gamentos dirigidos a eles são outros traços que refor-çam a semelhança.

Reprodução

O quê: Criado por servidores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Bloco se apresenta com bateria formada pelos próprios trabalhadores.Onde: Esquina da Rua Teófilo Otoni com Rua Da Quintana, Centro. Quando: Quarta (3), 20h.Quanto: 0800

O quê: Bloco comemora 25 anos repleto de energia para festejar com a criançada e comemorar sua tradição de levar folia e alegria para a zona norte.Onde: Esquina da Rua Padre Manoel da Nóbrega com a Rua Porto Válter – Piedade. Quando: Quarta (3), 19h.Quanto: 0800

O quê: Fundado por jornalistas, comerciantes, estudantes e trabalhadores em geral, o Bloco da Banda da Rua do Mercado se apresenta pronto para arrastar multidões no centro histórico do Rio.Onde: Rua do Mercado – Centro. Quando: Quinta (4), 19h.Quanto: 0800

O quê: Bloco dos Empregados da Eletronuclear se apresenta cheio de energia e alegria para aquecer de vez as turbinas na chegada do carnaval carioca.Onde: Esquina da Rua Candelária com Rua Teófilo Otoni – Centro. Quando: Quinta-feira (4), 18h.Quanto: 0800

O quê: Peça conta história de um escrevente que precisa se submeter a restrições para economizar e comprar um novo capote. Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66, Centro.Quando: De quarta a domingo, 19h. Até 13/03. Quanto: R$ 10 (meia R$ 5)

O quê: Bloco irreverente se apresenta em mais um desfile, tradição desde 1991. O Bloco surgiu como uma homenagem descontraída ao Convento das Carmelitas.Onde: Esquina da Ladeira de Santa Teresa com Rua Dias de Barros – Santa Teresa.Quando: Sexta (5), 15h.Quanto: 0800

Bloco das Carmelitas

Regula mas libera

O Capote

Banda da Rua do Mercado

Batuke Nuclear

Banda do Tio Marco

AGENDA DA SEMANA

Divulgação

Divulgação

Fernando Maia/Riotur Fernando Maia/Riotur

EBC

Fernando Maia/Riotur

tida Zezé (Cacau Protásio) que trabalhava com a família do ex-jogador de futebol. E o personal trainer Vavá (Mar-cello Novaes) é quase uma cópia do marombeiro Lele-co (Marcus Caruso) de Ave-nida Brasil.

Ascânio (Tonico Pereira), pai de criação de Romero

Dinorah é uma nova versão de Zezé, cozinheira da família Tufão

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 201610 | Cultura

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Eu costumo desfilar com a minha esposa. Vamos no chão. Gosto de ficar ali próximo da escultura que eu gosto mais. Todo ano tem [uma]Daniel Soave, escultor

Cristina Indio do Brasilda Agência Brasil

O quesito Alegorias e Ade-reços costuma chamar a

atenção tanto do público quan-to dos críticos de carnaval, por reunir notas dos jurados para os carros alegóricos, elemen-tos cenográficos e complemen-tos. Esse é o quesito que está mais diretamente relacionado ao trabalho do carnavalesco da agremiação. Com o desen-volvimento de novas técnicas e a necessidade de aprimorar os acabamentos das alegorias, as escolas buscam contratar os profissionais especializados em diversas áreas.

A Imperatriz Leopoldinen-se, por exemplo, tem há quatro anos um escultor. Daniel Soave está na escola há dez anos, des-de quando foi contratado como pintor. A mudança de função ocorreu dentro do barracão. “Eu fazia pintura de arte e me in-teressei em fazer as esculturas dos carros, tive oportunidade de ser chamado e estou aqui hoje [como escultor]”, contou.

“O artista no Brasil tem pou-cas oportunidades para tra-balhar com arte mesmo, es-culturas e pintura. Essa é uma chance de mostrar o nosso tra-balho, junto com os carnava-lescos que também passam os serviços para a gente. Estou su-per feliz de poder executar este trabalho”, completou Daniel.

O escultor explicou que, na maioria das vezes, as escultu-ras são realizadas em isopor, mas podem ser feitas em fer-ro ou com espuma. De acordo com o tipo de material, um es-cultor diferente executa o ser-viço. “Cada um tem uma es-pecialização. Dependendo do que o carnavalesco quer, cada um fica com um carro”, disse. Depois de prontas no isopor,

Escolas apostam na especialização para produzir alegorias e adereços

as esculturas recebem os aca-bamentos em pintura ou de revestimentos com outros ti-pos de materiais.

Daniel consegue se manter com o que recebe nos meses em que está na escola. Para o carnaval deste ano, o trabalho no barracão começou em ju-lho de 2015. No resto do ano, ele faz outros serviços. “[Em 2015], trabalhei com o artista plástico Damián Ortega. Fize-mos uma exposição bem ba-cana, trabalhamos com iso-por e fizemos reprodução de várias esculturas”.

E quem trabalha durante tanto tempo no barracão não perde a oportunidade de des-filar com a escola. “Eu costumo desfilar com a minha esposa. A gente não vai em cima do car-ro não. Vamos no chão. Gosto de ficar ali próximo da escultu-ra que eu gosto mais. Todo ano tem [uma]”, acrescentou.

ENREDONeste carnaval, a escultu-ra que reproduz os sertane-jos Zezé de Camargo e Lu-ciano, enredo da Imperatriz, está entre as favoritas. “Gos-

tei muito de executar a escul-tura da dupla. Tem também um anjo caipira que vai tocar uma viola. Foram as que mais gostei de fazer”, disse, com es-perança de conquistar o cam-peonato. “A gente quer que seja campeã. Nosso objetivo é esse e acho que este ano está tudo muito bonito. As cores estão muito vivas”, acrescen-tou. Em 2015, a Imperatriz fi-cou em 6º lugar e com isso teve direito de participar do Desfile das Campeãs, no sá-bado seguinte ao carnaval.

Daniel Soave é escultor da Imperatriz Leopoldinense

Escolas investem cada vez mais na especialização de

profissionais para a fabricação de alegorias e adereços

diferenciados

Tata Barreto/Riotur Cristina Indio do Brasil/ABr

Antonio Cavalcanti/Riotur

Em 2015, a Imperatriz participou do Desfile das Campeãs

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016 Cultura l 11

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Máfia da Saúde: justiça determina que irmãos voltem para prisão

OPINIÃO | João Roberto Lopes Pinto*

2015 ficou para trás, mas não Mariana. Sobre o cri-me ambiental em Mariana--MG, duas questões para o Brasil em 2016. Uma, absur-damente, ausente do deba-te público. E, outra, não to-talmente explorada, apesar do esforço de muitos nas re-des sociais.

Neste caso, temos a ques-tão sobre de quem é a res-ponsabilidade pelo crime ambiental. Sem dúvida, a Vale como controlado-ra (juntamente com a BHP) da Samarco é diretamente responsável e deve respon-der administrativa e judi-cialmente. Mas cabe tam-bém indagar, quem são os controladores da Vale? O Bradesco, que possui 21% do consórcio controlador da Vale, nem de longe foi ci-tado no caso. Outro impor-tante controlador é o próprio Estado, por meio do BNDES (11%) e da Previ, Fundo de Pensão do Banco do Brasil, que detém 49% do consór-cio. Está na hora dos donos da Vale serem também cha-mados à responsabilidade.

CRIME AMBIENTALUma outra questão não tem sido sequer mencio-nada. Trata-se do quanto este crime ambiental ex-põe a insustentabilidade econômica, social e am-biental do atual modelo de “desenvolvimento”, centra-do em commodities (miné-rio, soja, carne, papel e ce-lulose, etanol). Algo que já se mostrava notório, seja pelos extensos passivos sociais e ambientais, seja pela atual retração eco-

O Brasil no espelho de Mariana

nômica fruto da queda dos preços das commodities no mercado externo. Se era notório, agora é inapelável, diante da destruição da 5ª bacia hidrográfica do País e parte de região costeira do Espírito Santo.

PRESENÇA ESTATALCertamente, a presença do Estado brasileiro como sócio das corporações beneficiá-rias do modelo explica, em boa medida, o silêncio em torno à questão. A associação do Estado com os interesses destas corporações ficou, in-clusive, explícita na demo-ra cúmplice do governo em agir sobre o caso, como nas suas declarações patéticas, se não fossem trágicas. A exem-plo da entrevista da Ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, antes de seguir via-gem para a COP21 em Paris, comparando o caso de Ma-riana com o desastre natural do Tsunami na Indonésia.

Silêncio também das prin-cipais forças de oposição, igualmente comprometidas com as mesmas corporações, assim como da ex-candida-ta à presidência Marina Silva/Rede, cuja falta de posiciona-mento é ainda mais gritan-te por ela se apresentar como defensora do meio ambiente. Mariana é evidência cabal da necrose de uma classe políti-ca dominada pelos interesses privados, incapaz de renovar a pauta política do País e fali-da como canal de expressão dos anseios por justiça social e mais democracia.

*é coordenador do Insti-tuto Mais Democracia.

A diretora da Organiza-ção Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, anunciou nes-ta quarta-feira (28) a criação de um comitê de emergência para tratar do vírus Zika. O grupo deve se reunir nesta segunda-

Reprodução/TV Globo

Novos mandados de pri-são preventiva contra os

irmãos Walter e Vagner Pele-grine, responsáveis pela orga-nização social (OS) Biotech, foram expedidos pela Justi-ça. Acusados de desviar R$ 48 milhões, desde 21 de dezem-bro, eles estavam em prisão domiciliar.

Walter e Vagner são acusa-dos de integrar uma quadrilha que fraudou recursos públi-cos dos hospitais municipais Pedro II, em Santa Cruz, e Ro-naldo Gazolla, em Acari. Con-versas flagradas em escutas telefônicas revelaram que os réus ocultaram os verdadeiros endereços residenciais.

A prefeitura do Rio repassa-va dinheiro para Biotech, mas a empresa contratava forne-cedores e pagava um valor mais alto do que os serviços valiam. Os fornecedores de-

volviam os valores para a or-ganização, que lucrava com a diferença. A cada R$ 3 mi-lhões recebidos, cerca de R$ 1 milhão era desviado pela quadrilha. (ABr)

Donos de organização social teriam desviado R$

48 milhões de hospitais

Comissão da OAB recebe jovens torturados no Saara

Três jovens grafiteiros agredi-dos e torturados por seguranças no Saara, na semana retrasada, foram ouvidos na quarta-feira (27) pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Ad-vogados do Brasil (OAB-RJ).

Os jovens foram obrigados a tirar a roupa por seguran-

ças que cuidavam das ruas do centro na outra quinta-fei-ra (21). Vídeo publicado pe-los próprios agressores nas redes sociais mostra os grafi-teiros, apenas de cueca, sen-do espancados com barras de ferro, ameaçados de morte e pintados com tinta. A 4ª Dele-

gacia de Polícia está apuran-do o caso.

O presidente da comissão da OAB, Marcelo Chalréo, disse que os jovens estão com medo e talvez sejam necessárias me-didas protetivas. “Estão teme-rosos, porque foram ameaça-dos de morte.” (ABr)

OMS convoca comitê de emergência para tratar do vírus Zika

feira (1º) para tratar do aumen-to de casos de malformações em bebês e de doenças neuro-lógicas associadas à infecção.

De acordo com a OMS, o co-mitê também deve definir se a epidemia do vírus Zika consti-

tui emergência em saúde pú-blica de importância interna-cional, como aconteceu com a epidemia de ebola detectada na África Ocidental. Até o mo-mento, 23 países já reportaram casos da doença. (ABr)

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 201612 | Geral

Page 13: Brasil de Fato RJ - 152

Variedades l 13

Crepe fácilDiv

ulga

ção

Ingredientes

• 2 xícaras de farinha de trigo

• 2 xícaras de leite

• 3 ovos

• sal a gosto

• óleo para untar

Modo de preparo

Misture todos os ingredientes no liquidificador e bata por 2 minutos ou até que a massa fique homogênea e com uma consistência um pouco líquida. Pré-aqueça a frigideira antiaderente, já untada com óleo, em fogo baixo. Despeje a massa na frigideira girando a frigideira de forma que todo o líquido preencha sua superfície. Quando começar a levantar as bordas da massa vire para assar o outro lado. Quando assar os dois lados, retire da frigideira e recheie com o recheio de sua preferência.

Tempo de preparo30 minutos

Rendimento8 porções

EBC

Amiga, tenho vários problemas de saúde e todos os remédios que eu uso estão em falta na farmácia do Centro de Saúde. Não tenho condições de comprar. O que eu faço?

Maria do Socorro, 62 anos, aposentada.

Dúvidas? [email protected] Sofia Barbosa | Coren MG 159621-Enf

Querida D. Maria, esse é um problema muito sé-

rio que está acontecendo no SUS.  Vários medicamentos que deveriam estar dispo-níveis para os usuários su-miram das farmácias desde o fim de 2015. Acredito que esse problema seja devido à má administração da prefei-tura, que compra menos re-médios que o necessário e quando chega no fim do ano, na hora de fechar as contas, diz que não tem mais dinhei-ro para gastar com os remé-dios. E a gente fica pensando:  para onde vai tanto dinheiro

BOMBOU NA INTERNET AMIGA DA SAÚDE

que o povo paga de impostos o ano inteiro? É um absurdo essa falta de medicamentos. A população tem direito a re-ceber seus remédios todos os meses, sem falta. O povo pre-cisa se organizar e exigir das autoridades que eles cum-pram com seus deveres e ga-rantam os direitos da popu-lação. Reúna o pessoal do seu bairro, converse com o conselho local de saúde, le-vem o problema também ao ministério público. Todos precisam saber o que está acontecendo e pressionar o governo a repor as faltas.

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016 Variedades l 13

Receita

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14 | Variedades

Áries (21/3 a 20/4)Viva a sua vida amorosa protegido dos olhares indiscretos. Pode se dividir entre dois amores.

Touro (21/4 a 20/5)Analise com serenidade e sabedoria a sua vida sentimental para obter maior alegria no seu coração.

Gêmeos (21/5 a 20/6)A sua vida social pode tender a misturar-se com alguns importantes contatos profissionais

Câncer (21/6 a 22/7)Se está direta ou indiretamente ligado ao campo das artes terá uma semana produtiva e recompensadora.

Leão (23/7 a 22/8)Serão a calma e o equilíbrio na sua vida a dois que darão a força para viver os próximos dias.

Virgem (23/8 a 22/9)A solidão poderá fazer parte dos seus dias. Contrarie esta tendência com todas as suas forças.

Libra (23/9 a 22/10)Sentirá necessidade de viver uma vida afetiva liberta de todo o tipo de compromissos.

Escorpião (23/10 a 21/11)Poderá empreender um compromisso amoroso estável, sem interferências de terceiros

Sagitário (22/11 a 21/12)Nem sempre encontrará uma boa recepção das suas ideias. Seja paciente e persistente.

Capricórnio (22/12 a 20/1)Controle os excessos. Os seus impulsos poderão atrapalhar as suas relações pessoais.

Aquário (21/1 a 19/2)Uma discussão mais acalorada poderá terminar um relacionamento já por si muito fraco.

Peixes (20/2 a 20/3)Notícias inesperadas e de grande importância poderão levá-lo a questionar a sua vida amorosa.

HORÓSCOPO FASES DA LUA

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Nova 8/2

Cheia 22/2

Minguante 7/2

Crescente 15/2

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 201614 | Variedades

Page 15: Brasil de Fato RJ - 152

Fernando Frazão/ABr

O presidente do Comitê Olím-pico Internacional visi-

tou um campo de refugiados chamado Elaionas, em Atenas (GRE), e afirmou em seu discur-so que o COI disponibilizará a bandeira olímpica para que re-fugiados possam disputar os Jogos Olímpicos do Rio 2016.

No entanto, para que os refu-giados possam se abrigar sob a bandeira olímpica, precisa-rão conquistar o índice míni-mo em suas modalidades para

COI quer refugiados nos Jogos, mas só com índiceThomas Bach, presidente do COI, esteve em campo de refugiados na Grécia

poder competir nos Jogos. Des-filarão com a bandeira na aber-tura, em 5 de agosto, e um dos refugiados carregará a tocha.

Existe a possibilidade de três refugiados conquistem índice para disputar os Jogos. Um judoca do Congo que está no Brasil, uma nadadora síria que está na Alemanha e a iraniana Raheleh Asema-ni, que ainda pode competir pela Bélgica, caso consiga se naturalizar a tempo. (BP)

Na última quinta-feira (28), o halterofilismo paralímpico brasileiro sofreu um baque por uma trágica notícia. O me-dalhista de ouro no Parapan de Toronto (CAN), na categoria até 107kg, Joseano Felipe, faleceu aos 42 anos de idade por um

Halterofilismo paralímpico brasileiro está em lutoMorreu Joseano Felipe, ouro no Parapan de Toronto na categoria até 107kg

infarto durante a madrugada.Como havia conquistado a

medalha de ouro na etapa do Rio de Janeiro da Copa do Mundo de Halterofilismo, Joseano esta-va na zona de classificação para os Jogos Paralímpicos do Rio 2016, com vaga quase garantida.

Joseano era policial militar em Natal (RN) e tornou-se ca-deirante após ser baleado em uma tentativa de fuga do co-nhecido assaltante de bancos potiguar, Valdetário Carnei-ro, da Penitenciária de Alca-çuz, em 2000. (BP)

Nasr na lanterna da grana

Nada como um banho de realidade para fazer com que uns e outros acordem para a vida. A tentativa de sabo-tagem da Primeira Liga por parte da FERJ, com a chan-cela da CBF, soa como um “mimimi” infantil diante do inevitável início da Sul-Minas-Rio.

Por mais que Rubens Lo-pes, ou o fantoche do Coro-nel Nunes, tentem dar algum ar de ilegalidade à competi-ção, os clubes estão mais do que certos ao peitar esse rosário de bobagens ditas no documento da CBF que proibia a realização da Liga.

Só que não são apenas di-rigentes de federações, CBF e clubes que fazem as coisas acontecerem no futebol bra-sileiro. Existe um fator funda-mental para definir o rumo das coisas. Ainda mais aqui no Brasil, onde os clubes es-tão à míngua. A televisão.

Não foram divulgados os números de audiência dos primeiros jogos da Liga. Mas é possível imaginar que Atlé-tico-MG e Flamengo foram vistos por mais pessoas em suas casas do que duas hipo-téticas partidas entre Galo contra Guarani de Sete La-goas e Flamengo contra Nova Iguaçu, juntas.

Aí reside o provável mo-tivo da mudança repenti-

Cavalo de pau

na de posição da CBF e do sapão que o Rubens Lopes teve que engolir. A televisão fez as contas, simples assim.

Para a TV, importam me-nos os laços de fidelidade canina aos sujeitos que co-mandam o futebol e mais quantas pessoas estão de

Aí reside o pro-vável motivo da mudança repenti-na de posição da CBF e do sapão que o Rubens Lopes teve que engolir. A televi-são fez as contas, simples assim

Thomas Bach esteve na Grécia visitando refugiados

O site italiano Omnicorse publicou os salários dos pilo-tos de Fórmula 1 em 2016. O espanhol Fernando Alonso, apesar dos resultados ruins na pista com sua McLaren, continua tendo o maior sa-lário da categoria, recebendo cerca de R$ 162 milhões em toda a temporada.

Sobrou para um piloto brasileiro ter o pior salário da F-1. Felipe Nasr, junto com seu companheiro de Sauber, o sueco Marcus Ericsson, es-tão empatados na lanterna com “apenas” 760 mil reais em todo o ano.

Galo e Flamengo jogaram para 30 mil pessoas no Mineirão

olho nos seus anunciantes nos intervalos da programa-ção. Além disso, os clubes que formam a Liga arrastam multidões e, diante da possi-bilidade de perdê-los em ne-gociações futuras, a TV teve que ceder um pouco.

A Primeira Liga corre o sé-rio risco de fazer história no futebol brasileiro, como um ensaio para uma reunificação dos clubes, perdida com o fim do Clube dos 13, que produ-ziu esta divisão desigual do di-nheiro da TV para os clubes.

Divulgação

Div

ulga

ção/

CBB

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016 Esportes l 15

TOQUES CURTOS | Bruno PorpettaBINÓCULO

Page 16: Brasil de Fato RJ - 152

16 | Esportes

Fla vence Correcaminos pela Liga das Américas

Mailson Santana / Fluminense FC

Paulo Fernandes / Vasco

Flamengo tenta o bicampeonato da Liga das Américas, no Panamá

S. Vélez FIBA

O ex-rubro-negro Vinícius Pacheco fez boa partida contra o Flu

Nenê, que marcou um, e Riascos, com dois gols, foram os destaques do Vasco

Flu tem uma estreia para esquecer contra Voltaço

Nenê comanda goleada do VascoMeia mostra futebol de alto nível e dá o tom na vitória por 4 a 1 sobre o Madureira

O Vasco estreou no Campeonato Carioca con-tra o Madureira, em São Ja-nuário, querendo come-çar bem um ano em que a torcida espera que o clu-be se reconstrua, após o terceiro rebaixamento em oito anos no Brasileirão.

O jogo, apesar do for-te calor, começou a todo vapor. Logo aos sete mi-nutos do primeiro tem-po, Nenê cruza bola açu-carada para o cabeceio firme de Riascos, abrin-do o marcador na Colina.

Apesar do placar adver-so, o Madureira mostrou bom preparo físico dian-te do calor e não demorou muito para empatar. Após cobrança de falta, Daniel subiu mais do que a zaga para marcar o gol do tri-color suburbano, também de cabeça, aos 15 minutos.

No intervalo, Jorginho sacou o jovem Matheus Pet para colocar o estreante Ya-go Pikachu. A substituição surtiu efeito logo aos três

O Fluminense foi ao es-tádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, enfren-tar o time da casa e saiu de lá com uma derrota amarga na sacola. O time não se encon-trou em momento algum da partida e perdeu por 3 a 1.

O primeiro tempo do tri-color foi muito ruim, com o time ameaçando muito pouco a meta do goleiro Mo-ta. A equipe ainda perdeu Felipe Amorim, lesionado, logo aos 10 minutos de jogo.

Aos 33, o zagueiro Hen-rique perde uma bola no ataque, que o ex-rubro-ne-gro Vinícius Pacheco car-rega em velocidade e lan-ça para Tiago Amaral ba-ter firme e abrir o placar para o Volta Redonda.

O Flamengo foi à Ci-dade do Panamá enfren-tar o Correcaminos, em jogo válido pela Liga das Américas de Basquete, e venceu de novo na com-petição. Apesar das du-as equipes já entrarem em quadra classifica-das para a segunda fase,

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

minutos da segunda eta-pa. Bola cruzada na área por Luan para Andrezinho, de ombro, desempatar.

A vantagem no placar deu ao cruzmaltino mais tranquilidade para tocar a bola e ditar o ritmo da partida. Desta forma, foi mais fácil encontrar espa-ços na defesa do Madurei-ra e ampliar a diferença.

Aos 35 minutos, Ne-nê, que fez excelente par-tida, cobrou pênalti, so-

frido por Madson, e bo-tou a bola de um lado e o goleiro de outro. Estava se desenhando a goleada.

Já nos acréscimos, aos 47 minutos, Nenê achou bom passe para Eder Luis na es-querda. O veterano ata-cante cruzou de pé direi-to para a entrada de Rias-cos, que fuzilou para as re-des. Depois o time sabo-reou a goleada com os qua-se oito mil vascaínos pre-sentes em São Januário.

a vitória deu ao rubro-ne-gro a liderança do grupo C.

O time carioca teve um primeiro tempo bastan-te instável contra a boa equipe panamenha, que conta com cinco jogado-res dos EUA. Apenas no fi-nal os rubro-negros rea-giram e terminaram o se-

O Flu ia tão mal que o treinador Eduardo Baptis-ta não esperou nem o in-tervalo para mexer, tiran-do Magno Alves aos 38 mi-nutos. Mas não teve jeito.

Aos 41, Wellington Sil-va cortou um cruzamento com a mão dentro da área. Pênalti convertido por Thia-go Amaral e 2 a 0 no placar.

Apesar de o Flu ir pa-ra cima no segundo tem-po, foram poucas as chan-ces criadas. Ainda o ti-me perdeu Henrique, ex-pulso, aos 19 minutos.

O tricolor só diminuiu aos 43, com Fred de pênal-ti, mas viu o Voltaço pu-xar outro contra-ataque aos 46 para Pedro Isidoro mar-car e definir o placar. (BP)

gundo quarto perden-do por apenas um ponto.

No segundo tempo, quem comandou a reação rubro-negra foi o domi-nicano Ronald Ramón, cestinha da partida com 20 pontos. Assim, o Fla-mengo conseguiu abrir uma boa vantagem e venceu por 68 a 61. (BP)

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016