Estatinas nas Síndromes Coronarianas Agudas Cláudia Martins Cleiton Franklin José Alvaro Amaral.
Síndromes Coronarianas Agudas ACLS - socergs.org.br · Angina Instável. Fisiopatologia...
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Síndromes Coronarianas Agudas ACLS
Infarto Com Supradesnivelamento de STInfarto Sem Supradesnivelamento de ST
Angina Instável
Fisiopatologia
• Processo complexo– Em 97% dos pacientes a placa obstrui <70%– Placa com morfologia complexa, excêntrica– Placas de rico conteúdo lipídico e fina
cobertura fibrosa– Stress mecânico– Proteinases secretadas por macrófagos
Fisiopatologia
Placa Vulnerável
Grande lago lipídico e excêntrico
Infiltração de células espumosasdo núcleo lipídico, secretando fator tissular
Capa fibrosa fina
Comportamento inflamatório localincluindo neutrófilos linfócitos T, macrófagos, células musculares lisas e citocinas, promovendo a ruptura da capa pela secreção de matrix de metaloproteinases
FisiopatologiaRuptura da Placa
Gatilhos: exercício físico, stress mecânico devido ao aumento da contratilidade cardíaca e
freqüência cardíaca, pressão arterial e, possivelmente, vasoconstrição
Fisiologia
Oclusão Lise espontânea, reparo Oclusão coronariana e remodelamento da coronariana completa parede incompleta
IAM Resolução temporária da Angina Instável / com supra- instabilidade; lesão coro- IAM sem supra-desnível de ST nária de alto risco futuro desnível de ST
Abordagem Inicial
• Diagnóstico baseia-se em:– Quadro clínico– ECG
Elevação de segmento ST ou Bloqueio de ramo esquerdo novo ou supostamente novo: fortemente sugestivo de lesão (IAM com elevação de ST)
Depressão de segmento ST/ inversão dinâmica de ondas T:
fortemente sugestivo de isquemia (angina instável de alto risco/IAM s/supra de ST
ECG não diagnóstico ou normal: dor torácica
fortemente sugestiva de isquemia (angina instável de risco baixo/intermediário).
Caminho Crítico - SCAs
Dor Torácica não Traumática
Admitir em leito monitorizado• Monitor ECG, PANI, Oximetria• Administrar Cateter de O2 a 2 a 4 l/min• Solicitar presença do médico imediatamente• Solicitar ECG de 12 derivações imediatamente
Confirmar a presença de dor sugestiva de isquemia
• Obter acesso venoso• Coletar exames laboratoriais• Realizar HGT• Solicitar RX Tórax no leito
Exames Laboratoriais• Hemograma• Creatinina + Uréia• Eletrólitos• CKMB massa, Troponina I (ou CPK, CKMB atividade)• TP, TTPA e Plaquetas• Glicemia
Quadro Clínico
• Dor anginosa– Características– Localização– Irradiação– Duração– Fatores desencadeantes– Fatores de melhora– Fenômenos acompanhantes
Quadro Clínico
• Dor atípica– Diabéticos– Mulheres– Idosos
Todo indivíduo com mais de 40 anos com dor emabdome superior devem ser submetidos a um ECG
Quadro Clínico
• Sintomas atípicos– Dispnéia– Síncope– Dor epigástrica– Dor irradiada como único sintoma– Fenômenos vegetativos
Marcadores de Lesão Miocárdica
• CKMB Atividade• CKMB Massa• Troponinas T e I• Mioglobina
Proscrito
• LDH• TGO
Marcadores Cardíacos
A – Mioglobina ou Isoformas de CKMBB – Troponinas no IAMC – CKMB no IAMD – Troponinas na Angina Instável
Dias Após Início do IAM
Terapêutica Adjuvante• Nitroglicerina (Tridil)
– Quando• Sempre que houver dor isquêmica• Isquemia miocárdica associada à hipertensão• Dor isquêmica recorrente• Congestão pulmonar – Falência Cardíaca
– Quando não• Hipotensão arterial (PA sistólica < 100 mmHg)• Infarto de VD• Bradicardia ou taquicardia intensa
– Por que• Reduz a pré-carga – consumo de O2 miocárdico• Dilata as artérias coronárias• Reduz a dor causada pela isquemia miocárdica
Terapêutica Adjuvante∀ β-Bloqueadores
– Quando• Sempre que não houver contra-indicações
– Asma ou DPOC severo– Insuficiência cardíaca moderada a severa (Killip III ou IV)– Insuficiência vascular periférica grave
– Quando não• Hipotensão arterial (PA sistólica < 100 mmHg) e Choque• Freqüência cardíaca < 60 bpm• Bloqueios átrio-ventriculares de segundo e terceiro graus
– Por que• Reduz o consumo de O2 miocárdico• Diminui o tamanho da área infartada• Reduz a incidência de FV na fase aguda
Terapêutica Adjuvante
• Morfina– Ações:
• Venodilatador – reduz a pré-carga do VE• Reduz a RVS – reduz a pós-carga do VE• Analgesia no SNC – reduz a ansiedade
– Indicações• Dor torácica isquêmica que não melhorou c/ NTG• IAM sem hipotensão• Edema agudo de pulmão
Terapêutica Adjuvante
• Morfina– Dose
• 2 a 4mg IV – titular até obter o efeito desejado• Pode ser repetida após 5 minutos
– Precauções• Não administre em pacientes hipotensos• Estados hipovolêmicos• Depressão respiratória
Anti-agregantes Plaquetários• Aspirina
– Quando• Na chegada• Sempre que não houver alergia
– Por que• Bloqueia irreversivelmente o Tromboxane A2 plaquetário• Reduz a agregação plaquetária
– Dose• 165 a 350mg - mastigada
– Alternativa / Adjuvante• Clopidogrel 300mg - 4 comprimidos de 75mg
Heparinas de Baixo Peso Molecular
• Dose– Enoxaparina 1mg/Kg a cada 12 horas
• Vantagens – Maior atividade anti fator Xa– Não são neutralizadas por proteínas carregadoras de heparina– Efeitos mais preditíveis– Não é necessária a medição do TTPA– Administrada por via subcutânea, evitando o uso de infusão IV
contínua. • Contra-indicações
– Hipersensibilidade à heparina e produtos suínos– Enoxaparina: use com extrema cautela em pacientes com
trombocitopenia induzida por heparina
Inibidores de Glicoproteína IIb/IIIa
• Inibe o receptor de integrina GP IIb/IIIa na membrana da plaqueta
• Inibe a via final comum de ativação da agregação plaquetária.
Inibidores de Glicoproteína IIb/IIIa
• Indicações
– As maiores indicações correntes nas SCA são
o Infarto sem supra de ST: eptifibatide e tirofiban.o Angina instável tratada clinicamente: eptifibatide
e tirofibano Angina instável ou Infarto que será submetido a
ICP: abciximab, eptifibatide.
Agentes Fibrinolíticos
• Mecanismo de Ação
– São ativadores do plasminogênio
– Convertem o plasminogênio em plasmina
– A plasmina é um potente fibrinolítico intrínseco
Agente Fibrinolítico• Considerações
– rtPA é significativamente mais caro que a streptoquinase
– rtPA traz pequeno aumento no risco de AVCH
• Melhor relação custo/benefício– Dor há menos de 4 horas– Infarto extenso (> 3 derivações de ECG)– Baixo risco de AVCH em pessoas < 65 anos
Fibrinolíticos (Trombolíticos)
• Tempo porta-droga < 30 minutos
• Reperfusão fluxo TIMI III– Alteplase ≅ 54%– Streptoquinase ≅ 33%
• Maior Benefício– Supradesnivelamento de ST o Bloqueio de Ramo– Apresentação precoce– Infarto extenso– Pacientes jovens
Fibrinolíticos (Trombolíticos)
• Benefícios menos pronunciados– Idade > 75 anos– Apresentação entre 6 e 12 horas– Infarto pequeno– Risco aumentado de hemorragia intracerebral
• Não indicado– Infradesnivelamento de segmento ST– Apresentação há mais de 12 horas
Terapêutica Fibrinolítica
• Contra-indicações absolutas
– AVC hemorrágico prévio– Outro AVC ou acidente cerebrovascular no último
ano– Sangramento interno ativo (exclui a
menstruação)– Suspeita de dissecção de aorta
ICP (Angioplastia) Primária
• Restaura o fluxo em > 90%
• Maior efetividade– Choque Cardiogênico (Classe I)– Contra-indicação à fibrinólise (Classe I)– Alternativa ao fibrinolítico (Classe IIa)
Abordagem Inicial
• Diagnóstico baseia-se em:– Quadro clínico– ECG
Elevação de segmento ST ou Bloqueio de ramo esquerdo novo ou supostamente novo: fortemente sugestivo de lesão (IAM com elevação de ST)
Depressão de segmento ST/ inversão dinâmica de ondas T:
fortemente sugestivo de isquemia (angina instável de alto risco/IAM sem SSST)
ECG não diagnóstico ou normal: dor torácica
fortemente sugestiva de isquemia (angina instável de risco baixo/intermediário).
Abordagem Inicial
Elevação de segmento ST ou Bloqueio de ramo esquerdo novo ou supostamente novo: fortemente sugestivo de lesão (IAM com elevação de ST)
Depressão de segmento ST/ inversão dinâmica de ondas T:
fortemente sugestivo de isquemia (angina instável de alto risco/IAM sem SSST)
ECG não diagnóstico ou normal: dor torácica
fortemente sugestiva de isquemia (angina instável de risco baixo/intermediário).
Caminho CríticoIAM com Supra de ST
• Administrar AAS 300 mg VO• Realizar ECG de 12 derivações
• Acrescentar V3R, V4R, V7 e V8
Única contra-indicação àAspirina é alergia
Tempo porta a ECGInterpretado é 10 min
PA sist. > 100 mmHg
Congestão Pulmonar
Não Sim
• Administrar Isordil 5 mg SL• Administrar Morfina 2 a 3 mg IV
NãoSim
Administrar SF 250 mlEm 5-10 min
Considerar drogaVasoativa
ECG com supradesnivelamento de 1 mmem pelo menos duas derivações consecutivas
ou presença de bloqueio de ramo recente
Se PA sist > 100 mm Hg e não houver infarto de VD• Iniciar infusão de nitroglicerina 10 µg/min• Dose máxima 100 µg/min
Se PA sist > 100 mm Hg e não houver contra-indicação• iniciar metoprolol 1 a 2 mg IV a cada 1 a 2 min• Dose 5 a 15 mg
Comunicar o Cardiologista sempre que• Choque/hipotensão arterial não responsivo a 500 ml de solução salina• Infarto de VD• Congestão pulmonar (Killip II a IV)• Possível dissecção de aorta • Indicação de angioplastia primária
Decidir terapêutica parareperfusão miocárdica
Caminho CríticoIAM com Supra de ST
Angioplastia Primária
Nas seguintes situações• Como alternativa à trombólise• Revascularização mioc. prévia• Choque cardiogênico (Killip IV)• EAP (Killip III)• Infarto de VD• Contra-indicação à trombólise
Não Sim
Trombólise
Apenas um “SIM”é necessário e suficiente
Decidir terapêutica parareperfusão miocárdica
Caminho CríticoIAM com Supra de ST
Angioplastia Primária
Ações a serem tomadas• Bipar hemodinamicista• Informar Hemodinâmica• Bipar cardiologista
Cateterismo iniciaráem menos de 60 min
NãoSim
Heparina - 70 UI/Kg IV em boloTiclopidina-500 mg VO-Clopidogrel-- 300 mg VO
Contra-indicaçãoformal à
Trombólise
NãoSim
Insistir na Angioplastia Primária
Trombólise
Caminho CríticoIAM com Supra de ST
Paciente com• > 65 anos• > 4 horas de evolução• Até 3 derivações comprometidas• Problemas econômicos
NãoSim
Streptoquinase rTPA (Actilise)
Fibrinólise
Apenas um “SIM”é necessário e suficiente
Caminho CríticoIAM com Supra de ST
Abordagem Inicial
Elevação de segmento ST ou Bloqueio de ramo esquerdo novo ou supostamente novo: fortemente sugestivo de lesão (IAM com elevação de ST)
Depressão de segmento ST/ inversão dinâmica de ondas T:
fortemente sugestivo de isquemia (angina instável de alto risco/IAM sem SSST)
ECG não diagnóstico ou normal: dor torácica
fortemente sugestiva de isquemia (angina instável de risco baixo/intermediário).
Inicie tratamento coadjuvante• Clexane 1mg/Kg• Seloken 5 a 15 mg IV• Nitroglicerina IV
Apresenta• Sintomas isquêmicos recorrentes• Disfunção ventricular esquerda• Sintomas isquêmicos persistentes• Troponina positiva• Congestão pulmonar• Hipotensão
Tirofiban IVSF 200mlAgrastat 50ml
Ataque(ml/h) = Pesox0,12x4 (em 30 min)Manutenção (ml/h) = Pesox0,12
• Dor prolongada > 20 min• Dor em repouso• Dor > 20 min na entrada• Bradicardia/Taquicardia• Alterações isquêmicas em diversas derivações• Alterações dinâmicas de ST e T
Não Sim
•Manter • Clexane 1 mg/Kg cada 12h• Seloken 50 mg cada 12h• AAS 200 mg ao dia• Monocordil 40mg cada 8h
SimNão
•Manter • Clexane 1 mg/Kg cada 12h• Seloken 50 mg cada 12h• AAS 200 mg ao dia• Nitroglicerina IV
Informar Cardiologista
Internar
Depressão de segmento ST/ inversão dinâmica de ondas T:
fortemente sugestivo de isquemia (angina instável de
alto risco/IAM SSSST)
Caminho Crítico - Angina Instável e Infarto sem Supra de ST
Abordagem Inicial
Elevação de segmento ST ou Bloqueio de ramo esquerdo novo ou supostamente novo: fortemente sugestivo de lesão (IAM com elevação de ST)
Depressão de segmento ST/ inversão dinâmica de ondas T:
fortemente sugestivo de isquemia (angina instável de alto risco/IAM sem SSST)
ECG não diagnóstico ou normal: dor torácica
fortemente sugestiva de isquemia (angina instável de risco baixo/intermediário).
Caminho Crítico - Angina Instável e Infarto sem Supra de ST
Apresentação• Angina de início recente• Angina a pequenos esforços• Angioplastia há < 6 meses• Cirurgia de R.M.
• Repetir ECG e Troponina após 4 e 8 horas• Recorrência de sintomas
Positivo
Não
Sim
• Avalição pré-alta hospitalar• Teste funcional (solicitar)• Manter AAS 200 mg VO/dia
Negativo
• Alta hospitalar• Tratar conforme indicado
ECG não diagnóstico ou normal: dor torácica
fortemente sugestiva de isquemia (angina instável de risco baixo/intermediário).
Tratar comoAngina de altoAngina de alto
riscorisco