MundoTRI Triathlon Magazine - Ago2011 - nº 11 - Triathlon off-road
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PB MundoTRI.com [ago. 2011] MundoTRI.com [ago. 2011] 1
mun
dotri
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.br
N 11 - ago. 2011
triathlonmagazine
EQUIPAMENTOS
O que voc precisa para encarar seu primeiro tri
off-road
SAIA DA ESTRADAE COLOQUE
O TRIATHLON NAS TRILHAS
BAREFOOT RUNNINGO que diz a cincia
Paulo Dantas, atleta
amador, no XTERRA
Amazon >
Especial Cross Triathlon
INSUFICINCIA ARTICA: uma cardiopatia que pode afetar qualquer atleta
IRONMAN DO HAVAAnalisando o percurso de
natao em KonaTREINOS NO ROLOVALEM A PENA?
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2 MundoTRI.com [ago. 2011] MundoTRI.com [ago. 2011] 32 MundoTRI.com [ago. 2011] MundoTRI.com [ago. 2011] 3
O tecido faz a diferena
Faltam poucos segundos para o
incio. Voc pensa no esforo para
superar mais um desafio, nas
escolhas que fez at chegar
onde est: os treinos intensos,
a alimentao balanceada
e o equipamento ideal.
Agora nada mais pode atrapalhar
sua concentrao e performance.
E o tecido da sua roupa faz toda a
diferena neste momento decisivo.
Comea o desafio.
Agora com voc.
santaconstancia.com.br
Alexandre Ribeiro - TriatletaTETRA CAMPEO MUNDIAL DO ULTRAMAN (2003,2005,2008 e 2009)
Sta_mundotri_2011Alexandre.indd 1 8/2/11 10:39 AM
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SELVA!Emoo nas trilhas do XTERRA Amazon.
Foto: Wagner Arajo
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Editorial
MundoTRImagazine
PUBLISHER
Wagner [email protected]
COLABORADORES
Alexandre Giglioli
Amanda Guadalupe
Ana Ldia Borba
Camila Nassif
Ciro Violin
Felipe PIPO Campagnolla
Lucas Helal
Roberto Lemos
Vincius Santana
Wagner Arajo
Yana Glaser
REVISO
Rita Oliveira
FOTOSAdriano RamosBruna BuenoBruno de Lima - Fotocom.netJanos Schmidt/ITURichard Lam / ITURita OliveiraJorge FernandezTimothy CarlsonWagner Arajo
ATENDIMENTO AO [email protected]
www.mundotri.com.br
Certa vez, recebi um e-mail de um leitor me perguntando sobre qual Ironman ns indicvamos para ele fazer um bom tempo, mas que tivesse muito vento a favor, percurso plano, clima ameno e natao com roupa liberada, mas sem on-das. Claro que essa prova no existe, talvez algumas tenham um perfil prximo (Ironman Flrida, Ironman Frankfurt, Cha-llenge Roth, etc.), mas a grande questo : Se essa prova existisse, qual seria a graa de faz-la?
Pensando mais profundamente, o que vale mais: 10h no Ironman Lanzarote, o mais duro do mundo; ou 9h30 nessa suposta prova superfcil (como se trata de um Ironman, mesmo nessas condies, no seria exatamente fcil).
A maioria de ns, triatletas, est no esporte pelo desafio. A princpio, um short Triathlon j parece algo inimaginvel, at que vamos l e fazemos. Pouco depois vamos para o olmpi-co, para o meio Ironman, Ironman... Alguns at o Ultraman ou mais. s vezes, o desafio completar uma prova mais rapidamente, ou fazer uma mesma distncia em um percur-so mais duro. O ponto que, o que nos mantm praticando o esporte o desafio. No toa que muitos abandonam o esporte aps disputarem o Ironman do Hava, afinal, o que vem depois disso?
Nesta edio, apresentamos um especial sobre o Cross Tria-thlon, o tipo de desafio que encanta triatletas em geral. raro ver algum de ns que j tenha corrido uma prova fora de estrada e no tenha se apaixonado. Se voc ainda no fez, ns damos todos os caminhos para colocar o Triathlon nos trilhos, digo, nas trilhas!
Wagner Arajo - Triatleta, fundador e publisher do MundoTRI
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NUTRIO
Conhecendo os car-
boidratos - parte 2
22
Autorretrato: Thiago Assad, o TurcoAgora, estou 100% focado para disputar o mundial de Duathlon em
setembro
Saia da estrada - Triathlon off-road
agosto 2011
39 ESQUEA SEU CLIPE E SAIA DA ESTRADADicas para voc cair nas trilhas26 SADEInsuficincia artica: cuidados que podem salvar a sua vida
72 CINCIA DO TRIATHLONO Barefoot Running para todos?
28
69
Aro 27 ou 26?
O que melhor no
Moutain Bike?
1745 EQUIPAMENTOSO que voc precisa para encarar seu primeiro Triathlon off-road
90 IRONMAN DO HAVAAnalisando o percurso de natao em Kona
77 TREINOS NO ROLOUma tima opo para o inverno e tambm para o vero
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NDICE Edio Digital n 11 - Triathlon off-road. Ano 2. Agosto de 2011Disponvel na web e na Appe App Store para Ipad/Iphone/ItouchCAPA: Guilherme Manocchio conquista o 2 lugar no Ironman Brasil 2011 - Foto: Wagner Arajo
69 AUTORRETRATOThiago Assad, o Turco
08 REVIEWA Mountain Bike de Felipe Moletta
12 ALEXANDRE GIGLIOLICross Triathlon: essa modalidade vai pegar voc!
19 BIKE TECHAro 26 ou 29 na Mountain Bike?
25 MUNDIAL DE XTERRANovo percurso em Maui
39 CAPAEsquea seu clipe e saia da estrada!
26 SADEInsuficincia artica: cuidados que podem salvar a sua vida
72 CINCIA DO TRIATHLONO barefoot running para todos?
81 BRASILEIROS NO EXTERIORMarcus Ornellas 4 no Triathlon Alpe DHuez
98 CIRO VIOLINProvas off-road
Cartas para a redao:[email protected]
mundotri.com.br
14 CHALLENGE ROTHChrissie Wellington e AndreasRaelert esmagam os recordes
45 EQUIPAMENTOSO que voc precisa para fazer seu 1 TRI off-road
56 SESC TRIATHLON BELMA prova que fez o norte do pas ferver
Os artigos dos colunistas so de responsabilidade dos mesmos e no refletem ne-cessariamente a opinio da MundoTRI.
Proibida a reproduo de qualquer contedo sem au-torizao.
Muitas das atividades cita-das e mostradas na Revista envolvem riscos. No tente realiz-las se no estiver ca-pacitado e com o equipa-mento correto.
32 GP TRIATHLON WINTERA disputa que esquentou o sul do pas
22 NUTRIOConhecendo e entendendo os car-boidratos: parte 2
90 IRONMAN DO HAVAUma anlise do percurso na Grande Ilha: natao
10 KONANomes para ficar de olho em 2011
17 BUZZNovidades do mundo do Triathlon
66 ANA LDIA BORBACorrida no mato para triatletas do asfalto
77 TREINOS NO ROLOUma tima opo para o inverno e tambm para o vero
82 SELVAXTERRA Amazon marca a celebra-o do Triathlon off-road no Brasil
95 WC EDMONTONCarla Moreno conquista 4 lugar e Diogo Sclebin 8
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App MundoTRI para iPad,iPhone e iTouch
Imperdvel.
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A bike de Moletta
REVIEW
Fotos e texto Por Wagner Arajo
O grande talento brasileiro da nova gerao de atletas off-road mostra sua mquina das trilhas
A Merida O.Nine XX de Felipe Moletta.
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Felipe Moletta, paranaense de So Jos dos Pinhais considerado o grande talento brasilei-ro da nova gerao de triatletas off-road.
Moletta, que tenente do Corpo de Bom-beiros do Paran, comeou no multiesporte em 2005, em provas de Duathlon. Logo depois j comeou nas provas de estrada, para ento no parar mais.
No seu currculo esto conquistas como o 2 lugar no XTERRA Terespolis 2009, o 6 lugar
no XTERRA Brasil 2008 - em Angra dos Reis, 3 lugar no XTERRA Brasil 2010 e o 2 lugar no XTERRA Brasil Amaznia, neste ano.
Para encarar esses desafios, Moletta usa uma super mquina, a Merida O.Nine XX. Com ape-nas 8kg (incluindo os pedais Crank Brothers EGGBeater Ti), a bike perfeita para encarar longas subidas. Pelo fato de ter a traseira rgida, tambm garante velocidade e boas resposta nas arrancadas. MT
ESPECIFICAES
TAMANHO18MARCHAS20QUADROO.Nine Carbon Nano Ultralite BB30SUSPENSO DIANTEIRADT Swiss XC Race 80CAMBIOS F/TSram XX / XX mediumTROCADORESSram XX MESAFSA OS99 6GUIDOFSA Carbon Pro CSI Flat 620ALAVANCA DE FREIOSram XX DiscFREIOSSram XX Disc 160/160 mmPEDEVELASram XX 42-37CUBOSDT Swiss 190 Ceramic DiscAROSAlex XCR PRO 300 disc CASSETESram XX 11-36PNEUSSchwalbe Rocket Ron Evo 2.1SELIMSelle Italia SLR Kit CarbonCANOTEMerida Carbon Ultralite SB25 27.2PEDAISCrank Brothers EGGBeater TiPESO (COM PEDAIS)8 KG
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Kona nomes para ficar de olho em 2011 Konanomes para ficar de olho em 2011Andy Potts e Tim ODonnell continuam detonando em 2011. Ambos prometem fazer uma grande prova no Hava em ou-tubro.
Potts venceu mais uma, o tradicional Iron-man 70.3 Vineman, quebrando o recorde da bela prova com 3:45:58. Aps vencer o Ironman Cozumel de forma brilhante no final de 2010 e carimbar seu passaporte para o Hava, o atleta venceu, este ano, o Ironman 70.3 Califrnia e o Flrida, alm de ter dominado as provas de olmpico no Capital of Texas, no tradicional Escape from Alcatraz e no Triathlon Lifetime Phila-delphia.
J Tim ODonnell, lder do ranking para o Mundial de Ironman, no Hava, ven-ceu o fortssimo Boulder Peak Triathlon, prova na qual o brasileiro Santiago As-ceno terminou em 4 lugar. Alm disso, o atleta venceu o Ironman Calgary 70.3 no Canad, onde mostrou ser um atleta completssimo. Tim fez a segunda melhor natao (24min29eg), o melhor pedal (2h10min16seg) e a segunda melhor cor-rida (1h18min14seg).
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Kona nomes para ficar de olho em 2011 Konanomes para ficar de olho em 2011Eduardo Sturla est realmente em grande fase. Aps o 3 lugar no Ironman Cozumel, a 6 posio no Ironman frica do Sul e a vitria espetacular no Iron-man Brasil, o atleta terminou em 4 lugar no durssimo Ironman Lake Placid. Com o terceiro melhor tempo de pedal, no percurso desafiador, no estado de Nova York, Sturla conseguiu segurar sua posio na corrida. Se continuar nesse ritmo, Sturla tem tudo para repetir o top 10 em Kona conquistado em 2009.
Sobre sua participao no Mundial de Ironman, Sturla declarou: Ainda no sei. Sinceramente, acho pouco provvel que compita esse ano em Kona. Fazem 10 anos que vou ao Mundial, j conquistei 2 vezes 13, 1 vez 10 e 1 vez 19. Quero ir para melhorar meu 10 lugar, mas preciso melhorar ainda mais na minha na-tao. importante sair na frente na gua para estar no grupo (peloto) de ciclistas que se formam... essa a realidade, infelizmente. A no ser que esse dia tenha um tufo, o que seria o dia ideal para mim (foi o que aconteceu em 2008) e o peloto se separe. Ento, os bons ciclistas se destacam na prova. O meu objetivo estar em Kona para treinar com meus amigos, ou-tros atletas, que me ajudaram muito no incio do ano quando estive na Austrlia, e depois fechar o ano com o Ironman Arizona, Florida ou Austrlia. Vamos ver o que acontece at l!
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Coluna do Alexandre Giglioli
Voc j participou de alguma prova com este per-fil? Se j, talvez voc tenha tido uma experincia nica e com certeza deve ter se sentido muito bem, pois o contato com a natureza, que nosso pas tem, um convite, no ?
Caso no tenha feito, est a uma grande chance, j que o calendrio nacional repleto de Dua-thlons e Triathlons.
O que torna essa prova especial , com certeza, o contato com a natureza, mas tambm, provas sem pelotes, onde o vcuo no nem mencionado, j que a tcnica nas trilhas, nos uphills e dowhills faz a total diferena. Calados adequados tambm so necessrios para que voc consiga ficar de p no meio das trilhas, normalmente escorregadias.
Vou falar aqui o que aconteceu comigo na primei-ra prova de Ilha Bela, em 2005. Sa em primeiro da gua e j comecei a atrapalhar a vida de quem vinha atrs. Eu no havia treinado em trilhas e minha MTB no era nada adequada (no tinha suspenso), da os meus principais erros. Mas, a paisagem e o esforo fizeram com que eu es-quecesse essas falhas, at o primeiro tombo de peito na terra. Bom, melhor tomar cuidado a partir de agora, pensei. Comecei a fazer as desci-das mais ngremes fora da bike, pois tinha certeza que iria parar no cho novamente. Ah, outra coisa impressionante que a bike parecia que era su-gada para todos os buracos existentes, sem brin-cadeira! Todos sem exceo! Mas, tudo bem! Uma placa dizia que estvamos no ponto mais alto da ilha e ento, o negcio era apreciar e ver, cada
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Coluna do Alexandre Giglioli
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c! vez mais longe, o helicptero que acompanhava os lderes da prova.
Depois dos 30 km, um pedainho de areia fofa e a to sonhada corrida de 8 km por trilhas. Essa sim, j mais fcil de encarar. Por fim, a linha de chegada, sem nada machucado ou que-brado, apenas alguns arranhes e a certeza de ter feito uma prova que tinha marcado, com muito aprendizado, minha vida de atleta e treinador.
Pude observar ento, que o treinamento com a MTB funda-mental. Pelo menos duas vezes por semana o ideal j que o posicionamento totalmente diferente de uma Time Trial, fa-zendo com que a musculatura envolvida tambm se torne um pouco diferente. Como para a maioria dos atletas, ir a uma trilha durante a semana complicado, um dos dois treinos semanais pode ser realizado em estrada. Mas, v com calma e escolha percursos mais fceis evoluindo progressivamente aos mais difceis. Treine subidas, descidas, singles tracks, subida e descida da bike utilizando a sapatilha, alm de saber cambiar adequadamente nos momentos chaves. Os equipamentos de segurana so os bsicos, capacete, culos e luvas. Ter uma bike com suspenso muito importante, tirando assim todo o impacto que seu msculo trapzio poder vir a sofrer. Enfim, o treino em trilhas fundamental, muito prazeroso e divertido com os amigos.
Com relao corrida, o treino em trilhas tambm funda-mental, mas mais fcil de executar, j que a maioria das pes-soas acaba treinando em terrenos variados ganhando assim, certa experincia.
O calado apropriado fundamental tambm, pois se uma trilha estiver escorregadia, com os tnis normais voc, com certeza, acabar se machucando.
A natao, esta sim idntica a qualquer prova de Triathlon no mundo, j que a esteira muito importante, e quanto mais na frente sair, melhor ser, pois pegar menos trfego em su-bidas mais ngremes!
Bom, eis a uma modalidade nova, que est no Brasil a poucos anos e atrai, cada vez mais, novos adeptos!
Seja mais um, experimente!
Bons treinos. MT
Alexandre Giglioli, um dos treinadores de Triathlon mais experientes do pas e
Diretor Tcnico A. GIGLIOLI ASSESSORIA ESPORTIVA
www.agiglioli.com.br
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Recordes desabam em Roth
Chrissie Wellington (GBR) fechou a prova com 8:18:13, terminando na 5 colocao geral do Challenge e que-brando seu prprio recorde da distncia Ironman. Chrissie ainda cravou a segunda me-lhor maratona do dia.
Natao: 49:49 (1:18/100m)
Bike: 4:40:39 (38,5 km/h)
Corrida: 2:44:35 (3:54/km)
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Andreas Raelert (ALE) marcou impensveis 7:41:33, quebran-do o recorde de Marino Van-hoenacker (que durou apenas 2 semanas) em quase cinco minutos. Sem dvida, Raelert o triatleta de longa distncia mais completo da atualidade.
Natao: 46:18 (1:13/100m)
Bike: 4:11:43 (42.9 km/h)
Corrida: 2:40:52 (3:48/km)
Algum segura esses dois no Hava?
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BUZZ novidades do Mundo do Triathlon
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ITU anuncia punioa Wiltshire
A ITU (International Triathlon Union) resolve penalizar com seis meses de suspenso, o atleta britnico Harry Wiltshire. Aps uma investigao de um ms, a entidade concluiu que ele realizou uma conduta insegura e anti-desportiva contra o espanhol e atual campeo mundial Javier Gomez no Campeonato Europeu, em Pontevedra (ESP). A deciso foi tomada com base nos vdeos da prova e testemunhas presentes.Esse um bom exemplo para o esporte brasileiro, que tem sido brando at mesmo em alguns casos de doping.
Os compatriotas de Harry, Alistair e Jonathan Brownlee foram os grandes vencedores da prova, conseguindo o 1 e o 2 lugar respectivamente. Por outro lado, Gomez terminou a prova em uma modesta 40 colocao, devi-do cimbras em virtude da fora que teve que fazer no ciclismo para compensar o tempo perdido na natao. Poucos acreditam que Gomez venceria, mas o resultado final poderia ser outro.
Santiago de Volta ao Brasil
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Santiago Asceno retornou ao Brasil aps seu training camp com o lendrio Dave Scott em Boulder/EUA. Pelo desempenho de Santiago no GP Winter Edition, tudo indica que a tempora-da nos EUA foi excelente. Asceno melhorou a natao e, de quebra, ainda fez o melhor pedal e a melhor corrida da prova. O atleta vem com tudo para conquistar o bicampeonato do Iron-man Brasil 70.3, no proximo dia 27 de agosto.
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Bike tech: Aro 26 ou aro 29 na Mountain Bike?
O Mountain Bike (MTB) uma modalidade que inova seus conceitos de forma surpreendente, a evoluo nas duas ltimas dcadas foi enorme, mas a mais recente mudana est causando mui-tas divergncias e dvidas. As 29er, como foram batizadas, so extremamente imponentes, rodas enormes que passam a impresso de que tudo possvel, mas ser que ela realmente vai aposen-tar as bicicletas aro 26?
O modelo 29 surpreende, surgiu como modelo top de linha, est sendo colocada prova por atletas profissionais que disputam a Copa do Mundo de MTB e j conquistou sua primeira vitria com o checo Jaroslav Kulhavy em Dalby Yorkshire, na Inglaterra, na segunda etapa da Copa do Mundo de MTB 2011.
Sem dvida, o modelo j possui muitos adeptos, mas no atender a todos os ciclistas, pois sua geometria tem algumas limitaes devido ao tamanho da roda. Os primeiros modelos eram muito alongados, tornando a bicicleta lenta e muito ruim para curvas fechadas. Os novos mo-delos j corrigiram essas deficincias, porm, para atletas de baixa estatura, a 29 vai apresen-tar alguns limitadores. A bicicleta possui um stack grande, mantendo a frente alta, diminuindo a
possibilidade de um posicionamento agressivo e dificultando as subidas mais tcnicas e ngremes. O uso de uma mesa negativa pode amenizar o problema, porm pode tornar a frente um pou-co inst-vel em alta velocidade e em trechos tc-nico de descida, nesse caso, acho interessante o modelo aro 26 que possibilitar maior quanti-dade de ajustes de posicionamento na bicicleta. J para atletas altos, como o checo Jaroslav Kul-havy, o modelo 29 vai se adequar perfeitamente, pois para eles, um quadro 21 ou maior j torna a bicicleta mais lenta, mesmo sendo aro 26, ento melhor optar por uma bike aro 29, que trar as mesmas dificuldades em trechos tcnicos e tra-vados, mas levar vantagens em trechos planos e transposio de obstculos.
As 29er fazem grande diferena em provas de maratona, onde as rodas vo trazer grande benefcio para manuteno da velocidade e en-frentar os buracos e imperfeies. A bicicleta tem uma rodagem mais suave, sem perder ren-dimento.
As 29er vieram pra ficar, trazem alguns benef-cios, mas as 26 tm sua fatia de mercado garanti-da por mais alguns anos, grandes nomes do MTB mundial j declararam que no se adaptaram s
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por Felipe Campagnolla
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29er, e aqui no Brasil ainda no
temos sua presena na elite do
MTB.
Felipe PIPO Campagnolla Diretor da Vlotech e habilitadoRetul bike fit e Colaborador da equipe SCOTT FITTIPALDI MTBRacing team.
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29er, e aqui no Brasil ainda no temos sua presena na elite do MTB.
Um test bike ter grande valor para aqueles que ainda no esto seguros em fazer a troca.Aqui no Brasil, ainda temos poucos modelos disponveis, mas a promessa dos importado-res que para 2012 tenhamos mais modelos nas lojas, o que sem dvida vai ajudar a con-solidar esse novo conceito tambm no mer-cado nacional. MT
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Conhecendo e entendendo oscarboidratos: parte 2
NUTRICOPOR YANA GLASER
Na Revista MundoTRI de junho/julho, demos in-cio a uma srie de 3 captulos sobre carboidratos. Tivemos informaes bsicas sobre os carboidratos; principais funes e como so metabolizados e ar-mazenados.
Nesta edio, veremos mecanismos energticos uti-lizados durante diferentes tipos de exerccios e por que o carboidrato conhecido como moeda ener-gtica da clula.
Na edio de agosto, teremos Carboidratos, hormnios e ndice Glicmico; suplementao de acordo com o horrio, tipo de treino e objetivo.
Para falar sobre os mecanismos energticos utiliza-dos durante os exerccios fsicos preciso enten-der muito de bioqumica e seria necessrio escrever muito mais do que um livro para explicar detalha-damente. O intuito dessa srie no dar uma aula nem tentar explicar, passo passo, os processos bioqumicos que ocorrem, o importante saber o
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bsico para poder fazer as escolhas certas na hora de de-cidir o que ingerir antes, durante e aps o exerccio fsico.
A energia do alimento no vem pronta para a utilizao, os carboidratos que so quebrados em molculas de gli-cose, sero armazenados no msculo e fgado em forma de glicognio. A gordura degradada em acido graxo e glicerol e armazenada em forma de triglicerdeos, j os depsitos de protenas encontram-se sob forma de amino-cidos.
A forma imediata de energia utilizada pelas clulas mus-culares um composto de fosfato chamado de adenosina trifosfato (ATP), porm os msculos no armazenam quan-tidades limitadas dessa fonte energtica. Como o exerccio muscular requer um suprimento constante de energia (ATP) para a contrao, existem outras vias metablicas celulares que podem produzir ATP:
1) Sistema ATP-CP: Utiliza o estoque intramuscular de Creatina fosfato, que pode fornecer energia muito rapi-damente, porem muito regulado e os estoques podem acabar depois de alguns segundo (dura em torno de 6 10 segundos) de exerccio de alta intensidade. Exemplos: corridas de 100 metros, provas de natao de 25 metros, levantamento de peso e sprints no futebol.
2) Sistema Glicolitico: Utiliza o glicognio heptico e muscular, que pode fornecer quantidade relativamente grande de energia ao msculos. Essa reao no necessita de oxignio, e ocorre em exerccios de alta intensidade e mdia durao (entre 20 a 90 seg.), o tempo de exerccio ser limitado pela oferta de glicognio disponvel. Exem-plos: lutas, musculao, corridas de 800 metros e hquei no gelo.
3) Sistema Oxidativo (aerbio):Utiliza oxignio, carboidratos, gorduras e protenas e ativado durante os perodos mais longos do exerccio. Se o indivduo mantm a intensidade do exerccio moderada ou baixa e sustenta a atividade em um mnimo de 5 minutos, pode ser consid-erada aerbia. Exemplos: corridas longas, caminha, ciclis-mo, natao e Triathlon.
No sistema aerbio, a gordura contribuir para o forneci-mento de energia e esse processo chamado de liplise (quebra de lipdios). Apesar da liberao de energia atravs
Uma dieta deficiente de car-
boidratos apaga rapidamente o
glicognio muscular e heptico
e afeta profundamente tanto a
capacidade anaerbia de alta in-
tensidade, quanto a capacidade
de realizar exerccios aerbicos
de longa durao
do carboidrato ser at trs vezes mais rpida do que a liberao de energia atravs dos lipdios, os depsi-tos de carboidratos so capazes de fornecer apenas 1200 a 2000 cal de energia, enquanto a gordura armazenada nas fibras musculares podem fornecer cerca de 70.000 a 75.000 cal. Portanto, quando ocorre a utilizao de cidos graxos, o tempo do exerccio prolongado.
Quanto mais treinado o indivduo , mais ele au-menta a capacidade do msculo em utilizar a gor-dura como substrato energtico, preservando o
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glicognio muscular. A ingesto de gorduras no es-timula o msculo a utilizar os cidos graxos livres. Os fatores que estimulam a liplise so: exerccio, pre-sena de oxignio e um alto nvel de catabolismo dos carboidratos.
Quatro fatores importantes determinam a velocidade e o grau que so esvaziadas as reservas de carboidra-tos:
1- Intensidade do exerccio
2 -Durao do exerccio
3 -Estado de treinamento
4 Ingesto de carboidratos
Uma dieta deficiente de carboidratos apaga rapida-mente o glicognio muscular e heptico e afeta pro-fundamente tanto a capacidade anaerbia de alta in-tensidade, quanto a capacidade de realizar exerccios aerbicos de longa durao.
As gorduras necessitam de certa quantidade de car-boidratos em seu catabolismo continuo para obten-o de energia. Pode-se dizer que nesse sentido as gorduras queimam numa chama de carboidratos. MT
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Yana Glaser Nutricionistae triatleta h 10 anos.
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Caracterstica ATP - CP cido Ltico AerbicoCombustvel utilizado Fosfato de alta energia Carboidratos Carboidratos, gorduras e protenas
Localizao Sarcoplasma Sarcoplasma Mitocndria
Fadiga devido a... Depleo de fosfato Acmulo de lactato Depleo de glicognio
Capacidade:
Homem
Mulher
Muito limitada
8 a 10 Kcal
5 a 7 Kcal
Limitada
12 a 15 Kcal
8 a 10 Kcal
Sem limite
> 90.000 Kcal
> 115.000 Kcal
Fora:
Homem
Mulher
Muito alta
36-40 Kcal/min
26-30Kcal/min
Alta/ moderada
16-20 Kcal/min
12-15 Kcal/min
Moderada/baixa
12-15Kcal/min
9-12 Kcal/min
Intensidade:
% mximo
muito alta
> 95% F.C.M.
alta/moderada
85%-95 F.C.M.
moderada /baixa
3000 m
>1000 m
Fonte: AFAA, 1995.
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Caracterstica ATP - CP cido Ltico AerbicoCombustvel utilizado Fosfato de alta energia Carboidratos Carboidratos, gorduras e protenas
Localizao Sarcoplasma Sarcoplasma Mitocndria
Fadiga devido a... Depleo de fosfato Acmulo de lactato Depleo de glicognio
Capacidade:
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Fonte: AFAA, 1995.
Aps 15 anos no mesmo local, o Campe-onato Mundial de XTERRA vai deixar a cidade de Makena, na Ilha de Maui - Hava. A com-petio, no dia 23 de outubro deste ano, ser em Kapalua, a 72km do local original.
A mudana deixar a prova ainda melhor, pois permitir acomodao do nmero cres-cente de atletas. A competio comear com 1,5km de natao em uma nica volta, em uma rea com muitas ondas e mar agi-tado.
Depois, os atletas encaram uma nica vol-ta de 29 km de moutain bike com mais de 1.000 metros de elevao. No percurso, os atletas vo se deparar com terra batida, sin-gle tracks, travessias de rios e mata fechada. Alm de excitante, o pedal ser ainda mais desafiador.
J na corrida, os triatletas vo encarar 9,6 km de trilhas, areia, pedras e montanhas. Sim, montanhas! Sero mais de 220 metros de elevao com muitos obstculos tcnicos.
A organizao do evento divulgou uma srie de fotos do percurso, feitas com atletas locais que fizeram o teste e aprovaram. Veja tudo no portal MundoTRI.
Novo percurso do Mundial de XTERRA
em Maui
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Insuficincia artica
SADE
Cuidados que podem salvar a sua vidaConsultoria tcnica:Dr. Eduardo Palmegiani - CardiologistaProf. Dr. Adalberto Lorga Filho - Cardiologista, Arritmologista e Eletrofisiologista Clinico - [email protected] Instituto de Molstias Cardiovasculars IMC, S. J. Rio Preto (SP) - [email protected]
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Em 1996, Eduardo Kleinbing, o Duda, ven-ceu seu primeiro Campeonato Brasileiro de Tri-athlon, na categoria 18-19 anos. A partir da, foram trs anos consecutivos de vitrias em sua categoria. Melhor amador no tradicional SESC Triathlon Caiob 2000, com o incrvel tempo de 56min26seg no Short Triathlon (750 m de na-tao, 20 km de bike e 5 km de corrida), Duda abraou a carreira de atleta profissional de Tri-athlon.
Foram dois anos vencendo praticamente todas as competies que entrava como profissional. Em 2001, conseguiu um resultado histrico, a medalha de bronze no mundial de Duathlon na categoria 20-24 anos. O atleta ainda se emocio-na quando se lembra da conquista: Foi um ti-mo prmio para quem passou 7 anos andando mais de 70 km por dia s para nadar em Porto Alegre, pois minha cidade natal, Montenegro,
tinha piscina de 25m, mas sem aquecimento.
Em 2002, Duda se mudou para Florianpolis, visando ficar mais prximo sua equipe da ci-dade de Itaja, que defendeu por cinco anos nos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC), a competio mais importante do estado cata-rinense.
Um ano depois, Duda desembarcou em So Paulo, sua nova residncia. O objetivo do atleta era completar o bacharelado e a licenciatura em Educao Fsica. Kleinbing tambm queria alavancar sua carreira como triatleta, j que os grandes patrocinadores e as grandes provas es-tavam em terras paulistas, como o Trofu Brasil de Triathlon.
No ano de 2004, Duda Kleinbing teve uma participao brilhante na elite do Trofu. Foram
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Duda, em plena forma,
em sua promissora carreira
como triatleta.
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2 top 10 durante o ano para o jovem e pro-missor triatleta. Em setembro do mesmo ano, Duda correu a meia-maratona Po de Acar, na capital paulista. Mesmo sem sentir nada er-rado, Duda, como de costume, realizou diver-sos exames de rotina para garantir que estava tudo ok, como ele mesmo relata. Foi a que o mundo caiu sobre sua cabea.
Duda foi diagnosticado com uma cardiopatia grave, a insuficincia artica. Trata-se de uma incapacidade progressiva da vlvula artica, causando refluxo de sangue da aorta para o ventrculo esquerdo durante a distole ventri-cular (processo pelo qual o ventrculo se con-trai e envia o sangue para o corpo, no caso do ventrculo esquerdo), o que causa dilatao progressiva da cavidade ventricular.
Em uma semana corri a meia maratona em 1h15min, na outra, estava com uma cardiopa-tia. Fui aconselhado a abandonar o Triathlon, o que fiz para no gerar problemas maiores, embora nunca tenha sentido sintoma algum, inclusive hoje, disse Duda, que sofreu uma grande reviravolta em sua vida. A adaptao no foi fcil. Eduardo passou a ter crises de sndrome do pnico e entrou em uma forte depresso.
Ao contrrio de outras cardiopatias, a insu-
ficincia artica pode ficar anos sem manife-star sintoma algum, enganando os pacientes. Quando os sintomas aparecem, e comum a doena j estar em um grau avanado de de-senvolvimento. Segundo os cardiologistas do Instituto de Molstias Cardiovasculares, Edardo Palmegiani e Adalberto Lorga Filho, os princi-pais sintomas associados so: Falta de ar du-rante esforos fsicos, fraqueza, inchao dos membros inferiores, dor no peito (angina), taquicardias, palpitaes e at morte sbita cardaca. A morte sbita cardaca rara, se-gundo eles, em pacientes assintomticos, a-penas 0,2% ao ano, porm, pode ocorrer.
O fundamental que os atletas faam os exa-mes de rotina, j que o exerccio fsico exige mais do corao. Paradoxalmente, os atletas, pessoas normalmente saudveis, tm apresen-tado aumento no nmero de mortes sbitas em todo mundo, como explicam os cardiolo-gistas consultados. Para indivduos jovens, a avaliao cardaca pr-exerccio recomendada pelas Associaes Americana e Europia de Cardiologia deve ser composta da histria pes-soal e familiar associada a exame fsico deta-lhado, afirmam Adalberto Lorga e Eduardo Palmegiani, embora reconheam que a indi-cao rotineira de eletrocardiograma no seja consensual em atletas jovens (com menos de 35 anos).
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Em uma semana corri a meia marato-na em 1h15min, na outra, estava com uma cardiopatia. Fui aconselhado a aban-donar o Triathlon, o que fiz para no gerar problemas maiores, embora nunca tenha sentido sintoma al-gum, inclusive hoje.
Os dois cardiologistas so enfticos:
Atletas com mais de 35 anos devem montar um histrico mdico com nfase em doena arterial coronariana no diagnosticada. Em pacientes do sexo masculino com mais de 40 anos (ou mulher com mais de 50 anos), recomen-dado a realizao de Teste Ergomtrico se o indivduo tiver um ou mais dos seguintes fatores de risco: Dislipidemia, hipertenso arterial sistmica, tabagismo, diabetes melli-tus ou histria familiar de doena cardiovascular em ho-mens com menos de 55 anos e mulheres com menos de 65 anos.
Vrios exames podem ser feitos para se chegar ao diag-nstico da insuficincia artica e de outras cardiopatias, como o ecocardiograma e o teste ergomtrico, que devem buscar simular o mesmo nvel de esforo dos exerccios fsicos.
Nem todo atleta diagnosticado com insuficincia artica precisa abandonar o esporte. Segundo Lorga, Aps o diagnstico confirmado, a elegibilidade para o exerccio fsico vai depender do tipo de doena cardiovascular e gravidade desta, devendo o atleta ser orientado por um cardiologista.De qualquer forma, o cardiologista adverte: Atletas que participam de esportes competitivos de mo-derada e alta intensidade devem se submeter a reavaliao anual com cardiologista, mesmo na ausncia de doenas cardacas.
Atletas portadores da cardiopatia
A 36 Conferncia de Bethesda (diretriz mdica que ori-enta a prtica de esportes em atletas com doenas carda-cas) classifica a Insuficincia Artica - IAo - (de acordo com sintomas e ecocardiograma) em leve, moderada e grave, recomendando atividades fsicas da seguinte maneira:
> IAo leve e moderada, sem alterao do tamanho do co-rao ou com aumento mnimo: pode participar de todos os esportes competitivos;
> IAo com dilatao moderada do corao: exerccios estticos leves ou moderados, esportes competitivos dinmicos leve, moderados e altos, se teste ergomtrico
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proporcional ao esporte proposto sem sintomas ou arritmias ventriculares. Ex: Boliche, golf, vlei, tnis de mesa, futebol, tnis, corridas longas, basquete e natao.
> IAo grave com dilatao do corao importante e IAo leve e moderada associada a sintomas, no devem participar de qualquer tipo de esporte competitivo
> IAo associado dilatao de aorta ascendente (>45 mm), devem participar apenas de esportes competitivos de baixa intensidade. Ex: bilhar, boli-che e golf. Evitar esportes de impacto.
> Pacientes com Arritmia Ventricular assintomti-ca em repouso ou esforo, devem participar a-penas de esportes competitivos de baixa intensi-
dade. Ex: bilhar, boliche, golf.
Aps a anlise inicial com exame fsico e ecocar-diograma, esses devem ser repetidos aps 2 ou 3 meses, para que haja verificao se houve mu-dana do quadro clnico. Caso o quadro clnico esteja estvel, o seguimento vai depender da gravidade da IAo mostrada acima. Em pacientes assintomticos, com alterao cardaca mnima, o acompanhamento pode ser anual, com reali-zao de ecocardiograma a cada 2 ou 3 anos. Pacientes assintomticos, com funo cardaca normal e alteraes moderadas do tamanho do corao, devem ser seguidos com exame fsico e ecocardiograma a cada 6 a 12 meses. Pacientes com alterao cardaca importante e alto risco de perda de funo do corao, devem ser seguidos a cada 4 a 6 meses. MT
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Fique de olhoO cardiologista Adalberto Lorga, que tambm triatleta, salienta que, se um atleta apresente qualquer um dos itens da tabela abaixo, deve ser levado imediatamente para avaliao de um cardiologista:
1. Desconforto/dor no peito durante exerccio2. Desmaio durante exerccio3. Cansao ou falta de ar excessiva associada a exerccio4. Sopro cardaco5. Histrico familiar de presso arterial sistmica elevada6. Morte prematura (sbita ou inesperada) antes dos 50 anos devido aDoena cardiovascular, em pelo menos um parente7. Incapacidade por doena cardaca em parente prximo com < 50 anos8. Presena em algum membro da famlia de doenas cardacas heredi-trias
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A despedida de Norman Stadler
Bicampeo mundial de Ironman, o alemo Norman Stadler umas figuras mais lendrias do esporte, um dos nicos atletas a conquistar dois ttulos mundiais garantidos na bike, em 2004 e em 2006.
Detentor do recorde do ciclismo no Hava, com 4h18min23seg, o que perfaz uma mdia de in-crveis 41,8km/h de mdia, Stadler passou por uma cirurgia cardaca de emergncia no ltimo dia 4 de julho para corrigir um problema com uma vlvula e um aneurisma na aorta. Aos 38 anos, Norman anunciou sua aposentadoria, j
que no seria possvel voltar a ser um atleta de classe mundial, como ele declarou.
Vale lembrar que Stadler no o primeiro tri-atleta a sofrer com problemas cardacos. O icnico Greg Welch e a mquina de pedalar Torbjorn Sindballe tiveram suas carreiras in-terrompidas por motivos semelhantes. Assim como no caso de Duda Kleinubin, isso lembra a todos a importncia de se fazer exames regu-larmente. MT
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GPTRIATHLONWinterEdition
Santiago Asceno e Susana Festnerdetonaram emBalnerio Cambori
< Guto Antunes na largada
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GP Triathlon - Winter Edition
Aconteceu no dia 24 de julho, em Balnerio Cambori, o GP Triathlon Winter Edition, o an-tigo Desafio dos Pinguins, uma das provas mais tradicionais do Brasil. Mais de 300 atletas esta-vam presentes na disputa do mais duro short triathlon brasileiro, graas ao percurso do ciclis-mo que passa duas vezes pela temida subida da Rainha, com inclinao de incrveis 19%. Foram 750m de natao, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida, tanto para a elite quanto para os amadores.
Na elite, que teve a disputa em formato Time Trial (contra-relgio) - com cada atleta largando a cada 30 segundos - os grandes vencedores foram Susana Festner e Santiago Asceno. Os vencedores fizeram uma boa natao e garanti-ram a vitria fazendo ainda o melhor pedal e a melhor corrida do dia.
O primeiro atleta a largar foi Frederico Monteiro da Silva, que tinha a difcil misso de manter os
30 segundos sobre o segundo atleta, Adriano Sacchetto. Adriano j saiu na frente de Fred nos 750m de natao, realizados em apenas uma volta. A melhor natao do dia, contudo, ficou, como era esperado, com Chico Ferreira. San-tiago Asceno mostrou que o training camp em Boulder deu resultados. Os ensinamentos de Dave Scott fizeram com que ele sasse da gua com apenas 49 segundos de desvantagem, mar-gem bem inferior s provas do GP em 2010.
No pedal, Santiago deixou o martelo cair e foi buscando diversos competidores. Mesmo na temida subida da rainha, Santi no teve dificul-dades. Segundo ele, o segredo est em esco-lher uma relao correta para suas caractersti-cas como atleta. Hoje rodei de 42x27 e me senti muito bem no pedal, sem dificuldades para subir. Minha dificuldade era a descida (risos). Aquela descida realmente impressionante. No geral, fiz um pedal muito bom, com mdia de potncia muito alta.
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GP Triathlon - Winter Edition
Adriano Sacchetto e Alexander Balman Gomes tambm fizeram um pedal forte, o que os coloca-vam no preo para levar o ttulo. No fim do pedal, ainda brigavam pelas vagas remanescentes no pdio, Chico Ferreira, Ezequiel Morales, Fred Monteiro, Guto Antunes e Felipe Manente.
A corrida foi boa, os treinamentos em altitude aju-daram muito, corri forte sem me sentir ofegante. Em-barco para uma prova em Palmas, na Copa centro-Oeste, que sempre fao depois da prova foco que o 70.3, onde busco o bicampeonato, disse o campeo, Santiago Asceno.
Na corrida, Adriano Sacchetto tentou tirar a dife-rena para Asceno. Com seu histrico de provas da ITU, onde a corrida sempre muito forte, o mineiro no teve dificuldades para manter o ritmo. Porm, Santiago tambm corria muito bem, o que fez todos perceberem que a diferena entre os dois seria de se-gundos.
Ao fim da prova, apenas 18 segundos separaram San-tiago de Adriano, que acabou com a segunda coloca-o. Com uma corrida tambm muito forte, Balman teve o terceiro tempo no geral, mas uma penalizao (3 minutos) acabou deixando-o na 5 colocao. O mesmo aconteceu com Chico, que acabou ficando fora do pdio. Em terceiro lugar ficou o especialista em Ironman, Ezequiel Morales, seguido de Fred Mon-teiro.
Entre as mulheres, Tuanny Viegas fez uma grande na-tao, e mesmo largando em 3 lugar, foi a 1 a sair da gua. Soledad Omar tambm nadou muito bem. Como a argentina radicada no Brasil foi a ltima a largar, rapidamente foi alcanando as adversrias. Outra surpresa positiva do dia foi a natao de Su-sana Festner, a primeira a largar. Susana, assim como Santiago, conseguiu melhorar muito a natao desde as ltimas provas, um sinal claro de que no h se-gredo alm do treinamento correto e dedicao.
Assim como aconteceu no masculino, foram os 20
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GP Triathlon - Winter Edition
km de pedal que definiram a prova, pois a subida da Rainha faz com que um pedal forte gere uma diferena exponencial nos tempos dos atle-tas. Fiquei muito feliz hoje, consegui superar os problemas que tive na natao em outras provas e sai para pedalar no preo e inteira para fazer fora todo o tempo, disse Festner, melhor parcial na bike do dia. Ela complementou: Eu no cos-tumo girar muito, mesmo assim, antes da subia eu colocava a coroa menor e descia as marchas medida que a inclinao aumentava.
Susana no parou no pedal, a melhor corrida tambm foi da gacha radicada em Braslia, que estava em um dia inspirado:
Hoje, senti-me bem e pude fazer fora o tempo inteiro, do jeito que gosto. Meu foco no so as provas de sprint, mas a longa distncia, o que me deixou ainda mais satisfeita, afirmou a campe, que agora se prepara para o Ironman 70.3 Brasil, que acontece no dia 27 de agosto.
Em segundo lugar, sempre muito simptica, ficou Soledad Omar, que se mostrou muito satisfeita com o resultado: As provas curtas so impor-tantes para ns atletas de longa distncia, pois assim conseguimos manter nossa velocidade. Tuanny Viegas confirmou os bons resultados de
2011, conseguindo mais um pdio aps o pero-do de um ano sem competir em 2010. Comple-taram o pdio as catarinenses Mariana Borges e Alessandra Carvalho, nica atleta de Balnerio Cambori na elite.
Ana Ldia Borba no completou a prova. A atleta foi penalizada no ciclismo e, se achando injustiada, decidiu parar, j que os 3 minutos inviabiliza-riam uma boa posio. A atleta, no entanto, reconheceu o erro e declarou em seu Twitter: Agi por impulso, depois de receber uma penalizao que achei injusta. Sei que a or-ganizao soberana, mas sou absolutamente contra o vcuo, por isso cuidei para no ficar na zona de 7m estipulada pela prova. O fiscal que passou a minha penalizao por rdio e eu s soube depois. Mesmo assim, depois de repen-sar com calma, vi que no devia ter parado em respeito aos atletas, ao pblico e organizao. Peo desculpas.
A prova tambm contou com mais de 300 ama-dores que fizeram a festa em Balnerio Cambo-ri. Apesar da dificuldade do percurso, o clima descontrado tomou conta da prova, que teve as mesmas distncias. Thiago Assad, que est na seo Autorretrato desta revista, e Jlia Roma-
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riz foram os campees gerais da disputa. O em-presrio Joo Paulo Diniz, que possui um extenso histrico no esporte (incluindo diversas provas de Ironman), estava presente e se mostrou muito satisfeito com a prova: muito interessante experimentar percursos novos e desafiadores. O Triathlon, atualmente, mais um estilo de vida do que uma competio em minha vida. Assim, provas com esse tipo de clima entre os atletas so muito interessantes.
A prxima etapa do GP, Summer Edition, acon-tece dia 13 de novembro, tambm em Balnerio Cambori.
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Estrutura de apoio da Shi-mano.
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Adriano Sacchetto
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Pdio feminino
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Pos. AtletaFeminino
Natao Bike Corrida Total
1 Suzana Festner 00:09:11 00:36:17 00:21:21 01:06:49
2 Maria Soledad Omar 00:08:28 00:38:14 00:22:08 01:08:50
3 Tuanny Viegas 00:07:52 00:39:54 00:23:25 01:11:11
4 Mariana Borges 00:09:19 00:38:37 00:23:48 01:11:44
5 Alessandra Carvalho 00:08:53 00:42:43 00:22:41 01:13:57
6 Mariana Martins 00:09:07 00:42:15 00:25:52 01:17:14
Masculino
1 Santiago Asceno 00:08:35 00:30:32 00:17:13 00:56:20
2 Adriano Sacchetto 00:08:04 00:30:55 00:17:39 00:56:38
3 Ezequiel Morales 00:08:32 00:32:04 00:18:00 00:58:36
4 Fred Monteiro 00:08:00 00:33:36 00:18:43 01:00:19
5 Alexander Gomes 00:08:30 00:31:34 00:17:36 01:00:40
6 Chico Ferreira 00:07:45 00:31:53 00:18:21 01:00:59
7 Guto Antunes 00:08:34 00:34:17 00:18:22 01:01:13
8 Felipe Manente 00:08:58 00:33:54 00:19:51 01:02:43
9 Matheus Ghiggi 00:08:15 00:35:54 00:19:48 01:03:57
10 Frederico Silva 00:08:48 00:35:06 00:20:09 01:04:03750m
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Esquea seu clipe esaia da estrada!
CAPA
O triathlon off-road tem crescido em todo o mundo, e logo vai pegar voc
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Se h uma coisa interessante no Triathlon a possibi-lidade de variar sua rotina. Voc pode nadar, pedalar e correr em inmeras combinaes diferentes. Mesmo assim, s vezes, procuramos algo novo. Alguns recor-rem escalada, outros a esportes coletivos (vlei, bas-quete, futebol etc.) Mas, se voc quer ter sensaes realmente novas, como aquelas que experimentou quando se iniciou no Triathlon, bem provvel que voc as encontra em provas de Cross Triathlon, ou Triathlon off-road.
O mais famoso Triathlon fora de estrada o XTERRA, que comeou em 1996, na ilha de Maui, no Hava, como Aquaterra. Desde essa poca, o formato tradi-cional o mesmo: 1,5 km de natao, 30km de moun-tain bike e 11 km de corridas em trilha. Desde ento o Cross Triathlon proliferou, chegando ao Mundial de Cross Triathlon da International Triathlon Union (ITU) e a diversas provas de diferentes organizadores aqui no Brasil.
Apesar de ser Triathlon, algo totalmente diferente daquilo que voc est acostumado na estrada. A parte que mais se assemelha ao Triathlon de estrada a natao, na maioria das vezes, em locais comuns para triatletas. Como aconteceu no XTERRA Amazon, preciso espantar piranhas e outros animais em lo-cais mais afastados, mas isso torna a disputa ainda mais emocionante.
O organizador de eventos de Triathlon de estrada e off-road da SB5, Juliano Salvadori destaca: O mais interessante e desafiador mudar completamente o tipo de terreno e de bike sem perder a essncia do Tri-athlon, o que gera uma expriencia que vai acrescen-tar uma nova forma de ver e treinar o triathlon para cada um, com muita diverso e boas novas histrias para contar.
Assim como aconteceu com todas as distncias e mo-dalidades de Triathlon, a natao tem se tornado cada vez mais importante nas provas off-road, mas ainda no o foco de muitos atletas, especialmente aque-les que vm do mountain bike, assim, h um grande
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espao para ganhar tempo nessa disciplina.
Saindo da gua, o atleta j comea a sentir que tudo mudou. Entre troncos, rochas, razes e mato, chega-se primeira transio. A partir da, os treinos especficos passam a contar muito, pois o mountain bike a etapa crtica. Embora uma prova tpica off Road tenha uma distncia parecida com um Triathlon olmpico (1,5km de natao, 40km de ciclismo e 10km de corrida), voc vai demorar no mnimo 30% a mais, princi-palmente pelo mountain bike. Pedalar em trilhas exige muito mais tcnica, j que o terreno no constante como na estrada. preciso estar forte e muito atento, caso contrrio, o cho ser ine-vitvel.
Ajustes na cadncia e mecnica da pedalada so necessrios, por isso, importante treinar nas trilhas. Seus treinos na estrada ajudam na bike, mas sozinhos no vo fazer voc voar montanha acima a 12 km/h no meio do cascalho. Treine com os mountain bikers, pois assim que voc apren-der a pedalar nas trilhas. Ivan Veloso, mountain biker mineiro que est iniciando no Triathlon, ex-plica a diferena para quem j est acostumado com a terra: Ganhamos muito tempo nas subi-das e nas descidas. Os atletas com mais feedback em estrada tm mais dificuldade para subir e, principalmente, para descer, e isso faz uma dife-rena enorme no mountain bike.
Outra vantagem de se treinar com os atletas de trilha, comear a aprender o bsico sobre mecnica das bikes. Quando se est no meio da trilha, no h escapatria: Ou voc mesmo con-serta sua bike ou ficar no meio da estrada. No espere por um carro de apoio em locais que mal se pode passar empurrando a bike. Aerodinmi-ca uma obsesso dos triatletas. A boa notcia que ela faz muito pouca diferena no mountain bike.
Vrias provas permitem que voc faa o reconhe-cimento do percurso nos dias anteriores prova.
Toda vez que tiver essa oportunidade, no des-perdice, pois sero menos surpresas durante a prova.
A alimentao no ciclismo deve seguir um plano preestabelecido entre voc, seu tcnico e seu nutricionista ou nutrlogo. Muitas vezes, a nu-trio em uma prova como o XTERRA se parece mais com um meio Ironman do que um Triathlon olmpico. Lembre-se que o conceito de posto de hidratao bem distinto do que voc est acos-tumado, ento se programe para levar toda sua alimentao com voc, inclusive hidratao, que tambm pode ser levada em pequenas mochilas. Como as preocupaes aerodinmicas so mni-mas, vale a pena vestir uma camisa de ciclismo, que lhe permitir transportar tudo mais facil-mente.
Esteja preparado para chuva tambm, pois nada pior do que se deparar com a lama e no saber o que fazer na bike. Uma dica nunca levar um pneu totalmente liso, pois voc vai precisar de trao em algum momento da prova, querendo ou no. Eles tambm vo lhe ajudar a lidar com as bruscas variaes de intensidade da prova. Alis, esse um ponto crtico para ser discutido com seu treinador e incorporado em seus treinos, especialmente se voc for um atleta acostumado a provas sem vcuo.
Assim, nas provas com vcuo, a intensidade em um Triathlon fora de estrada varia muito, h descidas, subidas curtas e rpidas, subidas lon-gas e lentas, single tracks, etc. Portanto, a prepa-rao fundamental, ou voc ficar exausto em pouco tempo, mesmo que seu condicionamento aerbico seja bom. Isso comum em atletas de longa distncia, acostumados a fazer uma prova constante, com poucas variaes de intensidade na bike e na corrida.
Voc sentir um grande alvio ao chegar se-gunda transio, mas lembre-se: Nada de mole-za ainda. Se voc chegou ileso na corria, hora
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etO que acho mais interessante no Cross Triathlon o contato com o ambiente natural. Outro fator a tc-nica que envolvida, o que torna a prova bem mais emocionante e desafiadora. No conta s o condicio-namento, tem que saber dominar a bike na terra, se no, vai pro cho!
O que me fez trocar o asfalto pela terra foi exata-mente o fato de ter um novo desafio para me moti-var. Fao triathlon h 21 anos e estava bem desmo-tivado com a cena do triathlon tradicional, com toda a politicagem e mesmice. O que espero sinceramente que o Xterra continue sendo desafiador e indepen-dente de federaes e confederaes, para eu no ter que arranjar outro desafio!
Alexandre Manzan
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Cuidado com os sumidouros!
de redobrar a ateno, pois muitos atletas se le-sionam nas corridas em trilhas.
Um bom calado fundamental, pois estabili-zar sua corrida. Alm disso, assim como no ciclismo, e necessrio treinar de forma especfica para as irregularidades da trilha. Por exemplo, o que fazer se voc se deparar com uma descida cheia de cascalho?
Muitos atletas no tiram suas luvas para a cor-rida, o que pode ser bastante til em situaes de desequilbrio na corrida. Uma boa pedida calar luvas fechadas, ao invs das tradicionais luvas abertas de ciclismo de estrada. Inevitavel-mente voc vai precisar delas!
Se voc gosta de calados baixos para a corrida na estrada, deixe-os em casa! Alm da estabili-
zao, voc vai agradecer por ter corrido com um tnis de trilha ao ver a quantidade de pedras que pode te atrapalhar.
Em muitas provas de Cross Triathlon, comum ver pessoas andando na corrida, no se deses-pere se for preciso fazer isso, especialmente em trechos muito tcnicos. Aproveite o clima de companheirismo e busque fora com outros par-ticipantes. Se vir algum em uma situao difcil, no deixe de ajud-lo.
O clima da prova no se encerra ao cruzar a lin-ha de chegada. Uma das tradies das provas off-road so as festas aps a disputa. Aproveite e comemore mais uma conquista. A essa altura, voc j estar apaixonado pela vida fora da es-trada! MT
Um atrativo, especialmente nas provas XTERRA, a presena de sumidouros na corrida, trechos alagados onde os atletas tm que atravessar correndo, ou seria nadando? H duas tticas bsicas para superar esse desafio: Ou voc vai andando lentamente ou tenta nadar sobre o obstculo. Lembre-se de amarrar bem seus tnis ou nunca mais os ver! Alguns atletas preferem atravessar com os tnis nas mos. Se adotar essa ttica, fique atento aos buracos e pedras na gua, pois voc pode ficar sem os calados.
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O XTERRA, na minha opinio, muito mais interes-sante do que um Triathlon de estrada, pois total-mente off -road! A corrida e a bike so realizados em trilhas e isso d uma emoo muito maior s provas. um desafio e tanto. Temos que estar preparados para os imprevistos e muito importante ter uma tcnica boa para se sair bem. No basta s ter fora, tem que saber se virar nas adversidades
Manuela Vilaseca
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Nossa homenagem a Garth Barfoot, que foi o tlimo e o mais velho atleta (79) a cruzar a linha de chegada com 16:55:23, vencendo sua catego-ria, a 75-59.
EquipamentosA lista bsica para o off-road
Mountain Bike
Asssim como no triathlon de estrada, este o principal item a ser adquirido.
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Luvas
Muitos atletas as utilizam, inclusive, na corrida nas trilhas. D preferncia aos modelos fechados, pois as quedas so constantes.
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Bermuda e camisa de ciclismo
Como a aerodinmica aqui no uma preocupao, vale a pena competir com uma blusa de ciclismo, para levar o equi-pamento de troca de pneus e a alimenta-o.
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culos
Item de fundamental segurana, tambm utilizado para lidar com as mudanas de luiz nas trilhas. D preferncia aos mode-los com lentes que se adaptam a diferentes condies de luz.
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Pneus
A escolha do pneu pode fazer a diferena em sua prova. Nunca corra com pneus lisos, pois a trao dos pneus biscoito funda-mental em subidas e trilhas molhadas.
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Sapatilhas
As dificuldades do off-road inviabilizam o uso de sapatilhas com solado liso, assim vale a pena investir. Veja a seguir uma lista com as melhores sapatilhas disponveis no mercado.
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Tnis para Trilhas
Com a variao do terreno ao longo da prova, se faz necessrio a utilizao de um tnis adequado, pois o risco de escorreges que podem causar leses grande.
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Os calados top para as trilhas Sair da estrada requer cuidados especiais com os psSe voc j est acostumado a pedalar ou correr off-road, voc sequer cogita a possibilidade de sair de casa sem o calado apropriado. Transferncia de fora, peso e trao, quando andando, so os principais fatores para escolher uma boa sapatilha para mountain bike. J o tnis de trilha deve ser estvel o sufi-ciente para suportar as bruscas variaes de terreno.
Shimano SH-M087Sapatilha confortvel e com bom custo-benefcio, considerando o conjunto de travas e o peso, fator importante nas montanhas.
Scott Team IssueTop de linha da Scott, foi projetada para transfe-rncia direta da potncia, com solado muito rgido e trava. Peso: 365g.
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Scott Pro
Modelo de competio, com palmilha em EVA e sola muito rgida. Possui ainda fivela com trava e dois velcros de fixao. Peso: 355g.
Scott Comp
Modelo de entrada a marca sua, com 3 velcros e timo peso: 330g.
Specialized S-Works
Modelo top de linha da marca, com sola de car-bono leve e rgido e um sistema exclusivo de fixao. Peso de apenas 335g por sapato.
Specialized Comp
Modelo de timo custo-benefcio da Specia-lized, com solado composto e fivela com trava. Peso de 370g por sapato.
Specialized Pro
Modelo com palmilha Body Geometry Specia-lized, sola de carbono e fivela com trava. Peso de 385g por sapato.
Shimano SH-M315
Sapatilha top de linha da Shimano, com tecnolo-gia Custom-Fit, solado ultra rgido e grande em fibra de carbono e travas frontais opcionais.
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Asics Trabuco 13
Tnis da marca japonesa, um dos produtos mais comuns no mercado, com tima tecnologia de estabalidade e trao para trilhas.
Saucony ProGrid Pregrine
Modelo bem verstil e de tima trao, segue a linha Saucony minimalista e flexvel, o que o torna uma boa opo para combinar trilhas e asfalto.
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Soul SL 300
Quadro: Alumnio HTSuspenso: Rockshox Dart 2Grupo: Shimano Alvio 24VPreo sugerido: R$1.899,00www.soulcycles.com.br
Gary Fisher (By Trek) Wahoo Disc
Quadro: Alumnio HTSuspenso: SR Suntour SF11Grupo: Altus/SRAM X.4Preo sugerido: At R$4 milwww.trekbikes.com.br
Merida Matts TFS 500
Quadro: Alumnio HTSuspenso: Rockshox Dart 3Grupo: Deore/Deore XTPreo sugerido: At R$4 milwww.merida.com.br
Guia de mountain bikes para triatletas Na medida para seu bolso
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Orbea Compair
Quadro: Alumnio HTSuspenso: Rockshox ToraGrupo: XT Shadow / AlivioPreo sugerido: At R$6 milwww.orbea.com.br
Specialized Camber FSR Comp
Quadro: Alumnio FSRSuspenso: Rockshox ReconGrupo: Shimano SLXPreo sugerido: At R$6 milwww.specialized.com.br
Jamis Dakota D29
Quadro: Carbono HTSuspenso: Rockshox RebaGrupo: Sram X9Preo sugerido: At R$11 milwww.ltdimports.com.br
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Scott Scale 30
Quadro: Carbono HTSuspenso: Rockshox RebaGrupo: XT Shadow/SLXPreo sugerido: At R$11 milwww.scott.com.br
Cannondale Flash 1
Quadro: Carbono HTSuspenso: Lefty Speed CarbonGrupo: Shimano XTRPreo sugerido: At R$20 milwww.cannondale.com.br
BMC Fourstroke FS01
Quadro: Carbono FSSuspenso: Fox FRLGrupo: Sram X0Preo sugerido: At R$30 milwww.omegabr.com
* preos meramente indicativos, su-jeitos a alterao sem aviso prvio
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Calendrio off-road 2011
13 a 14/08 XTERRA Costa Verde - Mangaratoba / RJTriathlon - Travessia - Night Trail Run - Kids Running
27 a 28/08 XTERRA Rota Imperial - Costa Aazul/ ESDuathlon - Night Trail Run - Kids Running - Mountain Bike
16 a 17/09 XTERRA JF - Juiz de Fora/ MGTriathlon - Travessia - Night Trail Run - Kids Running - Mountain Bike
24 a 25/09 XTERRA Ilhabela - Ilhabela/ SPTriathlon - Travessia - Night Trail Run - Kids Running
01 a 02/10 GP CROSS - Balnerio Cambori / SCTriathlon
9/10 2 CROSS TRIATHLON TRIATIVA - Pontal do Paran/PRTriathlon
22 a 23/10 XTERRA Estrada Real - Tiradentes-So Joo Del Rei / MGDuathlon - Night Trail Run - Kids Running - Mountain Bike
10 a 11/12 XTERRA Floripa - Florianpolis/SCTriathlon - Night Trail Run - Kids Running
13/08 Campeonato Brasileiro de Cross Triathlon - Fortaleza/CETriathlon
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CATEGORIAS: DE 15 A 70 ANOSMountainbike t Individual t Revezamento: 2 ou 3 atletas
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SESCTRIATHLON A prova que agitou o norte do pas
Carol Galvo liderou de ponta a ponta, enquanto Diogo Sclebin fez a melhor corrida do dia para conquistar a vitria.
Belm
Fotos por Wagner Arajo
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O dia comeou com a provas dos amadores e dos comercirios, que aconteceu debaixo de muito calor, mesmo com as primeiras largadas s 7:00 da manh. Mais de 450 atletas de 16 estados com-petiram na praia do Chapu Virado, no distrito de Mosqueiro, uma verdadeira festa de celebrao do esporte.
No amador, as distncias foram de 750m de na-tao, 20km de ciclismo e 5km de corrida, nas categorias de faixas etrias, comercirio ou depen-dentes, mountain bike, revezamento e pessoas com deficincia, tanto no masculino quanto no feminino.
s 09:00, j com 32C, os atletas da elite se posi-cionaram para largada. O que eles no esperavam era uma corrente fortssima na natao, que di-ficultou at mesmo para os grandes nadadores, Chico Ferreira e Carol Galvo.
Como de costume, Chico foi o primeiro a sair da gua com 26min42seg, com 40 segundos de van-tagem sobre o grupo onde estavam Diogo Sclebin, Adriano Sacchetto, Flvio Queiroga e Fred Mon-teiro, que retornou s competies aps meses afastado para cuidar de uma fratura no ombro. Estava me sentindo bem e tentei abrir o mximo na gua para tentar sair para correr sozinho, disse Chico aps a prova.
Entre as mulheres, Carol Galvo foi a primeira a sair dos 1.500m com 29min48seg. Thaty Porto e Tuanny Viegas saram juntas, trs minutos aps Galvo. Havia muita correnteza, alis o maior ad-versrio em toda a prova foi o clima. Da 1 para segunda bia a gente nadava e nadava, mas no saa do lugar, mas isso faz parte do esporte, afir-mou Carol aps a disputa.
No ciclismo, Chico tentava se desgarrar do grupo de perseguidores, mas a diferena foi caindo, at que o atleta foi alcanado na 6 das 8 voltas de 5km. Nossa estratgia no era alcanar o Chico muito rapidamente, disse Sclebin aps cruzar a
Largada dos amadores
na praia de Mosquero.
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linha. sabia que ele tentaria outros ataques, ento deixamos para encostar mais no final do ciclismo, complementou o atleta.
No ltimo quilmetro de pedal, Chico escapou no-vamente e chegou T2 com 20 segundos de vanta-gem sobre o peloto. Continuei me sentido bem e sabia que havia grandes corredores no grupo, ento tentei ter alguma vantagem no incio do corrida, re-latou Chico Ferreira.
Entre as mulheres, no houve formao de pelotes, assim a prova se transformou em um contra-relgio. As posies, contudo, no se alteraram. Carol Galvo chegou T2 com a mesma vantagem da natao so-bre Thaty Porto, que conseguiu abrir um minuto de Tuanny Viegas, que vinha em terceiro.
Na corrida, a sensao trmica era de mais de 40C e todos os atletas sentiram muito. O calor pegou pesado. A gente saiu de 3C para este caloro aqui, foi muito difcil, disse Galvo, que vive em So Car-los/SP.
Mesmo assim, Carol, seguiu na frente e fez a melhor corrida, vencendo a disputa com 2:29:21, seguida Thaty Porto, Tuanny Viegas e Jssica Santos. Susana Festner passou mal com o calor e teve que se retirar da prova.
Foi minha 1 vez em Belm, a prova aqui muito legal. O calor humano das pessoas daqui foi fants-tico, isso ajudou muito a suportar o calor intenso que fazia. Gostei muito de ter competido aqui - Carol Galvo
No masculino, Diogo Sclebin, um dos trs atletas que vai representar o Brasil no Pan de Guadalajara, no deu chance para os adversrios na corrida, fechando os 10 km com 33:53, um tempo excepcional, dadas as condies de calor extremo.
Tenho competido muitas provas no exterior, visando uma vaga nas Olimpadas de Londres, e agora estou chegando em meu ritmo de competio, tentando manter uma corrida forte do incio ao fim dos 10km.
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Essa prova foi importante para as disputas inter-nacionais que esto por vir, disse Sclebin.
A estratgia de Chico funcionou e o atleta mi-neiro terminou na segunda colocao: Tento sempre manter uma atitude de no me aco-modar nas provas, tento partir para cima e no ficar esperando, o que tem me deixado muito satisfeito. Completaram o pdio o tambm mi-neiro Adriano Sacchetto, Fred Monteiro e Flvio Queiroga.
Assim como nas outras etapas do circuito, a or-ganizao do SESC foi impecvel, atendendo todas expectativas dos atletas, alm de ser um belo espetculo para quem assistia. Vale tam-bm destacar a hospitalidade do povo paraense, que recebeu de braos abertos a prova, os atle-tas e a equipe MundoTRI.MT
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RESULTADOS ELITE - SESC TRIATHLON BELM3 de julho de 2011 - Praia de Mosquero - Belm/PA1,5 km de natao / 40km de bike com vcuo / 10km de corrida
Pos. Atleta Natao Ciclismo Corrida Total
Masculino1 Diogo Sclebin 0:26:42 01:03:14 0:33:53 02:03:492 Chico Ferreira 0:26:04 01:03:23 0:36:51 02:06:183 Adriano Sacchetto 0:26:40 01:03:16 00:37:59 02:07:554 Fred Monteiro 0:26:43 01:03:17 00:39:52 02:09:525 Flvio Queiroga 0:26:49 01:03:50 00:42:13 02:12:526 Alexander Gomes 00:32:03 01:05:53 00:38:17 02:16:137 Emerson Vale 00:35:31 01:06:54 00:38:41 02:21:068 Antnio de Arajo 00:40:03 01:15:54 00:45:55 02:41:52
Feminino1 Carol Galvo 0:29:48 01:12:42 0:46:51 02:29:212 Thaty Porto 0:32:42 01:12:51 0:47:51 02:33:043 Tuanny Viegas 0:32:42 01:13:37 00:49:10 02:35:294 Jssica Santos 00:39:24 01:22:53 00:51:23 02:53:40
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Carol Galvo venceu de ponta a ponta
Chico, como esperado, foi o melhor nadador
Atleta amadora voando sobre as guas.
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Sclebin fez a melhor corrida do dia para garantir a vitria
Thaty Porto fez uma grande prova e ficou em 2
Mais de 450 amadores estavam presentes
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Tuanny Viegas confirmou a boa fase e fechou na 3 posio
Sacchetto ficouem 3 lugar
Sim, Fred Moraes, voc foi o 1 entre os comercirios
O campees
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Corrida no mato para triatletas do asfaltoPor Ana Ldia Borba
Quem nunca se flagrou com preguia de sair para mais um treino longo de corrida, no mesmo per-curso e ritmo de sempre?
No Triathlon, comum que a maioria dos atletas tenha em sua programao semanal pelo menos um treino de transio, um de velocidade ou for-a, um fartlek e um longo de corrida. normal, por questes de logstica, que esses treinos, quase sempre, sejam executados nos mesmos lugares e por isso que, depois de alguns meses ou anos, a simples lembrana de um determinado trajeto capaz de acabar com a motivao do mais em-polgado triatleta.
Correr em trilhas um timo jeito de quebrar a monotonia dos treinos e desenvolver, simulta-neamente, algumas novas habilidades, como o equilbrio e a propriocepo.
Propriocepo o termo utilizado para descrever a resposta neural aos estmulos sensoriais envia-dos pelos ossos, msculos e tendes a partir de informaes de equilbrio, esttica e deslocamen-tos do corpo. Ou seja: quando o meio ambiente, terreno ou movimento provoca algum tipo de desequilbrio nas estruturas musculoesquelticas, o sistema nervoso recebe sinais dessa instabilidade e gera uma resposta de maneira a reequilibrar o movimento e proteger as articulaes.
Trata-se de uma habilidade que pode ser desen-volvida, gradativamente, a partir de exerccios especficos, como equilbrio em superfcies ins-tveis ou inibio dos estmulos visuais (execuo de movimentos olhando para cima ou de olhos fechados, por exemplo). No caso especfico de corredores e triatletas, uma das melhores formas de trabalh-la com a variao de superfcies,
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Corrida no mato para triatletas do asfalto
perfis de terreno e do ritmo de corrida e tudo isso pode ser obtido em um nico treino quan-do se corre em trilhas.
No entanto, atletas que esto acostumados a correr apenas em asfalto ou concreto devem tomar alguns cuidados na transio entre as su-perfcies.
O primeiro deles fazer essa mudana progres-sivamente, de maneira que o corpo tenha tempo para se adaptar ao novo terreno. interessante comear correndo em estradas de terra batida, abertas e com poucos obstculos, como pedras e razes. Tambm prefervel que, no comeo, o terreno seja pouco acidentado e as corridas no muito longas ou muito rpidas treinos de rodagem, de menor volume, so os melhores para a fase de adaptao.
medida que o atleta melhora sua habilidade em terrenos irregulares, os treinos podem inclu-ir corridas em montanha (tecnicamente, no Brasil, so apenas serras) e em mata fechada, mas interessante que as sesses intervaladas ou mais fortes sejam mantidas em estradas mais bem cuidadas para minimizar o risco de entor-ses e quedas.
Para atletas com tornozelos ou joelhos muito flexveis ou instveis interessante uma fase de preparao com exerccios proprioceptivos na academia, assim como a manuteno deste trabalho em paralelo s sesses especficas do Triathlon. Os treinos de estabilizao e fora do core (vide artigo da MundoTRI Magazine de novembro/2010) tambm so importantes para equilibrar a transferncia de foras entre mem-bros inferiores e tronco e evitar leses.
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Corrida no mato para triatletas do asfalto
O uso de tnis especfico para corridas em trilhas dispensvel enquanto o atleta treina em estradas, mas ganha importncia medida que os caminhos ficam mais tcnicos. Os principais modelos do mer-cado so praticamente impermeveis e seus solados so desenvolvidos para melhorar trao, estabilidade e durabilidade, alm de evitar que o corredor sinta as pedras no cho, como acontece com os tnis mais macios ou baixos.
Vale lembrar que, nas trilhas, no haver bebedouros ou postos de gasolina, ento imprescindvel que o atleta leve alimentao e hidratao suficientes para todo o percurso, contabilizando o fato de que o ritmo ser, provavelmente, mais lento que o habitual.
Ateno com o tempo (nas trilhas, no h muitos abrigos seguros no caso de tempestades), com ani-mais selvagens e com percursos desconhecidos que podem estar mal sinalizados. Menos obsesso por ve-locidade e ritmo que variam muito mais em terrenos irregulares e um pouco de pacincia, pois qualquer nova tcnica exige prtica para a obteno de resul-tados.
Com tudo isso e algum esprito aventureiro, hora de procurar os melhores percursos e desbrav-los! No mnimo, os treinos ficaro mais interessantes. provvel que as corridas em trilhas tambm pro-voquem um aprimoramento da tcnica, com maior economia de movimentos/energia, melhorando, em mdio prazo, a corrida no asfalto.
Ento, p no asfalto! Ou melhor... P na trilha! E bons treinos... MT
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Meu nome Thiago Mattar Assad, conhecido no esporte como turco, moro em Curitiba, tenho 29 anos, sou arquiteto e divido a minha vida entre a profisso e o Triathlon.
Hoje, o Triathlon o meu estilo de vida, um esporte desafiador onde testo meu limite dia a dia.
Minha semana de treino dividida da seguinte forma: Eu tre-ino corrida todos os dias da semana, na hora do almoo; o meu treino de ciclismo feito (tera e quinta) indoor spining e no final de semana vou para a estrada fazer um treino longo. Meu treino de natao feito nas teras, quartas e quintas noite. E assim a minha semana de treino. Diariamente de 2 a 3 horas de atividade, fora as 8 horas como arquiteto, bem cansativo, mas vale a pena!
Esse ano de 2011, est sendo muito especial. Coloquei como ob-jetivo, no inicio do ano, largar como profissional no brasileiro de Duathlon. No s larguei, como conquistei a 3 colocao em um dia onde tudo deu certo. Gosto de competir no Duathlon, pois tem as 2 modalidades em que desempenho bem. Porm, no Triathlon, na etapa da natao, as coisas so bem mais difceis. J obtive bons resultados no Triathlon e o mais importante deles aconteceu agora, no final de julho, em Balnerio Comburiu, onde venci o GP Winter geral age group. Foi uma prova short onde o vcuo no era permitido e acho que eu soube tirar proveito disso.
Meu incio no Triathlon
Quando tinha 14 anos, por incentivo do meu pai que era ex-piloto, comecei a competir no MotoCross e no Supercross. Fiquei nesse esporte at meus 20 anos. Eu vivi bons momentos e tenho at um ttulo de campeo Estadual nas categorias de base. O Motocross um esporte que exige muito preparo fsico, ento eu sempre cor-ria na rua para deixar o condicionamento em dia. Esse contato e compromisso com condicionamento me deram uma base.
Quando parei com MotoCross, continuei fazendo exerccios para manter a forma. No ano de 2004, comecei a fazer umas provas de corrida de 10 km, e obtive bons tempos.
Em 2006, aluguei uma bike e fui me aventurar no Sesc Tria-thlon Caiob. Eu nunca havia pedalado com uma bike speed
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na vida. Confesso que aquele short Triathlon virou praticamente um Ironman pra mim. rsrsrs, mas so-brevivi!
J em 2007, comprei uma bicicleta e comecei a treinar com o triatleta e treinador Fabiano Klents, nos tornamos grandes amigos e ele me apia at os dias de hoje. Comecei a fazer vrias provas do circuito Triativa de Triathlon e Duathlon e fui me-lhorando e aprendendo a cada prova.
Em 2009, foi o ano em que comecei a levar as coi-sas com mais seriedade, a respeitar treinos e dese-jar, realmente, bons resultados. Fui para o Brasi-leiro de Duathlon, em Belo Horizonte MG e venci a
prova na categoria. Acabei sendo convocado pela Cbtri (Confederao Brasileira de Triath-lon) para competir no campeonato mundial, que naquele ano, foi na cidade de Concord, Carolina do Norte, EUA. Nessa prova, obtive a 16 colocao entre 80 atletas que largaram na categoria, pra mim, uma realizao pessoal e um excelente resultado. No mesmo ano, conquistei o ttulo de campeo Panamericano de Duathlon, na categoria 25+, aonde cheguei em 6 colocado geral junto com a elite, na ci-dade de Santiago de Calli, Colmbia.
Em 2010, comecei a ser orientado pelo triatle-ta Guilherme Manoccio, nesse ano venci no-vamente o brasileiro de Duathlon na categoria 25+, que aconteceu em Porto Alegre-RS, e fui convocado novamente para o mundial, dessa vez, na cidade de Edimburgo, Esccia, onde cometi um erro de percurso no final da prova e joguei fora a 6 colocao, terminando em 13 na categoria 25+.
Agora, estou 100% focado para disputar o mundial de Duathlon em setembro. A prova vai acontecer na cidade de Gijon, litoral norte da Espanha. Embarco dia 20 de setembro e espero voltar com um bom resultado, estou bem confiante!
Agradeo revista MundoTRI pela oportuni-dade de poder falar um pouco sobre a minha trajetria no esporte, apesar de ter iniciado no Triathlon pouco tarde, j tenho algo pra contar. Agradeo tambm equipe Gustavo Borges e Woom, que so meus apoiadores. MT
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O barefoot running
para todos?
CINCIADO
TRIATHLON
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Por Camila Nassif, PhDPeter Maulder, PhD
Leah Hutching
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Por muitos anos, temos visto corredores, princi-palmente de pases africanos, correndo de ps descalsos. Para muitos, isso era visto como falta de progresso e desenvolvimento, falta de acesso tecnologia e at como um sinal dos nveis de pobreza destes pases. Em 2009, a publicao do livro de Christopher McDougall chamado Born to Run (Nascidos para Correr) colocou a corrida de ps descalos no foco da ateno do esporte e mudou a perspectiva de atletas sobre o que a corrida de ps descalos e porque al-guns atletas escolhem adot-la.
Mas, a corrida de ps descalo para todos? Triatletas deveriam fazer essa opo? Qual o embasamento cientfico para apoiar o uso ou no da corrida de ps descansos entre atletas? Apesar de por muitos anos nossos ancestrais correrem de ps descalos, como acabamos usando os confortveis, sofisticados e caros tnis de hoje?
Desde os anos setenta, modernos tnis de cor-rida tm sido desenvolvidos e podem ser consi-derados um fator importante no esporte, j que primeiramente tentam reduzir os riscos de leso e permitir um alto nvel de desempenho espor-tivo. Por muitos anos, fabricantes tm feito al-teraes nos tnis de corrida com o objetivo de melhorar suas caractersticas (amortecimento, trao e estabilidade) que auxiliam na reduo de leses e melhoram o desempenho de cor-rida. Entretanto, apesar das constantes modi-ficaes nos tnis, a predominncia de leses tem sido mantida no decorrer dos anos, o que pode provocar uma certa falta de credibilidade na eficincia dos tnis de corrida.
Pesquisas recentes tm sugerido que correr de ps descalos pode ser um mtodo de treina-mento eficiente que talvez possa reduzir leses como tambm melhorar o desempenho. Ape-sar desse conceito estar sendo debatido in-cansavelmente, de extrema importncia que as pesquisas realizadas nessa rea sejam lidas com cuidado, j que no passado tiveram seus resultados interpretados de forma que foram levandos concluses possivelmente errneas.
As pesquisas na area de corrida de ps descalos tm se concentrado em estudos de curta dura-o (aproximadamente 1-2 dias) indicando que existem evidncias cientficas para apoiar so-mente efeitos curtos desse tipo de treinamento. Alguns dos resultados das pesquisas feitas sobre o mtodo de correr de ps descalos tm rela-tado que atletas apresentam menores foras de impacto, frequncia de sobrecarga (j que atle-tas tendem naturalmente a aterrizar na regio mdia dos ps), maior frequncia de passada, correm com mais eficincia e gastam menos tempo em contato com o cho. A reduo do comprimento da passada tem sido o nico fator biomecnico em desvantagem para o desem-penho na corrida apesar disso ser compensado pelo aumento da frequncia da passada, en-tretanto no afetando o desempenho geral na corrida.
A implementao da corrida de ps descalsos tem sido considerada por promover uma me-lhor propriocepo (percepo do prprio corpo) devido grossura dos tnis de corrida agirem como uma barreira entre os ps e a superfcie. Isso talvez reduza a sensibilidade dos ps, o que pode consequentemente atrasar a resposta dos ps causando uma leso.
O tnis de corrida usado por muitos como uma barreira protetora para evitar machucados, escoriaes e/ou bolhas que podem ocorrer com uma variedade de objetos e superfcies. En-tretanto, as propriedades avanadas desenvolvi-das para os tnis de corrida podem exercer um efeito negativo na funo biomenica dos ps, j que este pode estar protegendo os ps em ex-cesso com controle do movimento (reduao no movimento de everso, virar o p para fora) e absoro de impacto (reduo das foras de im-pacto). T