Caderno de TGI-II - Isabela

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TECTONICIDADE E DINAMISMO CENTRO INTERGERACIONAL NO MUNICÍPIO DE DOURADO - SP isabela baldim

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Caderno final da disciplina de TGI-II - USP São Carlos

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TECTONICIDADE E DINAMISMOCENTRO INTERGERACIONAL NO MUNICÍPIO DE DOURADO - SP

isabela baldim

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TECTONICIDADE E DINAMISMOCENTRO INTERGERACIONAL NO MUNICÍPIO DE DOURADO - SP

São Carlos - SPIsabela Baldim

CADERNO FINALTRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO

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Universidade de São PauloInstituto de Arquitetura e Urbanismo

BALDIM, Isabela, 2012.Tectonicidade e Dinamismo: Centro Intergeracional no Município de Dourado - SPSão Carlos: Universidade de São Paulo, 2012.Monografia destinada à Disciplina de Trabalho de Graduação Integrado II

CAP: Simone Helena T. Vizioli, Lucia Zanin Shimbo, Joubert José Lancha, Francisco Sales Trajano Filho

São Carlos, novembro de 2012

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A todas as pessoas que, direta ou indiretamente, estiveram presentes durante a concepção deste trabalho:aos professores, por todo o acompanhamento e instrução;

aos amigos da faculdade, às companheiras de casa eaos amigos Du’Berrault pela ajuda e descontração nas extensas horas de trabalho e também de diversão.

Dedico este trabalho à minha família, pela compreensão e apoio,em especial à minha avó Verinha e ao meu avô Rubinho, motivo maior para o desenvolvimento do tema deste trabalho.

AGRADECIMENTOS

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VIVER

«Vovô ganhou mais um dia. Sentado na copa, de pijama e chinelas,enrola o primeiro cigarro e espera o gostoso café com leite.

Lili, matinal como um passarinho, também espera o café com leite.Tal e qual vovô.

Pois só as crianças e os velhos conhecem a volúpia de viver dia a dia, hora a hora,e suas esperas e desejos nunca se estendem além de cinco minutos...»

(Mario Quintana in: Sapato Florido)

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ÍNDICE

PRÉ-TGI 11

MOTIVAÇÃO 15

PROGRAMA 21

ÁREA 25

PROJETO 41

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PRÉ-TGI11

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O início do processo se dá na disciplina de pré-TGI, na qual

foram indagadas questões acerca de nosso universo projetual e

referências arquitetônicas, que seriam possivelmente seguidas. Depois

de pesquisas e estudos, chego à ideia principal de «operações formais».

Na prática, essas operações se tornam visíveis a partir de um processo.

Essa ideia da clareza do processo será uma das vertentes do objeto final

da disciplina de pré-TGI e uma das diretrizes para a concepção do

projeto arquitetônico de TGI-I.

A ideia principal é incitar a curiosidade do espectador e do

usuário do objeto arquitetônico. Isso é possível através de processos de

desconstrução de um objeto, da sua reestruturação e de

experimentações formais simples, estimulando, assim, a curiosidade

perante o implícito, na tentativa de compreender o objeto.

Depois de alguns estudos, chega-se à forma final: uma forma

simples que, através de procedimentos que são apreendidos pelo

espectador, propõe um significado outro através da desconstrução dessa

forma. Um papel passa a ser um objeto tridimensional. A forma é

trabalhada e acaba por se originar de ações realizadas sobre um plano.

Essa intenção de clareza do processo tornar-se-á perceptível

nas diretrizes do projeto arquitetônico, atrelada à ideia de arquitetura

em movimento, sendo esse movimento uma das propriedades da forma

arquitetônica.

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Objeto final da disciplina de Pré-TGI

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MOTIVAÇÃO15

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UNIVERSO PROJETUAL

Desenhos de estudos de Peter Eisenman: relação entre volume e espaço

Volume é espaço definido e contido

Volume interno é positivo, resultante da ideia de enclausuramento

Volume externo é negativo, resultante da justaposição de dois ou mais volumes positivos

Outra interpretação: volume como negativo em relação a qualquer objeto colocado dentro dele

Partindo da vertente de «operações formais», busco

referências de arquitetos e artistas que trabalhem a forma do

objeto arquitetônico e suas propriedades para a

particularização do espaço e sua conformação. Aparece,

então, a ideia de desconstrução e da re-estruturação da

forma.

Alguns aspectos relevantes para minha investigação se

baseiam na busca sobre as propriedades da forma e como elas

influenciam a particularização de um espaço. Desde formas

não-ortogonais, como as obras de Daniel Libeskind, até formas

orgânicas de Zaha Hadid, e mesmo algumas formas mais

ortogonais como as casas de Peter Eisenman são investigadas e

analisadas na busca de algo em comum entre elas. Interesso-

me pelo jogo entre volume e espaço para a conformação da

obra arquitetônica. Nesse contexto, busco estudos e faço

interpretações de obras e desenhos de Rem Koolhaas e Peter

Eisenman, sempre observando e tirando partido das limitações

e contenções que os volumes propostos dão ao espaço.

Croqui: Binhai Mansion, China, 2001 - Projeto de Rem Koolhaas: movimento do edifício se dá nas elevações

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«Para entender a base

c o n c e i t u a l d a f o r m a

arquitetônica, é necessário

isolar as propriedades que

relacionam a forma genérica

a o s e u c o n c e i t o

a r q u i t e t ô n i c o . E s s a s

propriedades devem ser

VOLUME, MASSA, SUPERFÍCIE

e MOVIMENTO: o movimento é

c o n s i d e r a d o u m a

propr iedade da forma

genérica, essencial para a

experiência e, portanto, para

a compreensão de qualquer

situação arquitetônica. Essas

propriedades fornecerão o

vocabulário básico para uma

linguagem formal.»

(Peter Eisenman em «The

Formal Basis of Modern

Architecture»)Croqui: Bibliothèque Multimédia à Vocation Régionale, França, 2010 - Rem Koolhaas - Volume limita e contém o espaço

Passo a procurar operações

nas formas arquitetônicas,

interpretando cheios, vazios e

dobras como operações formais.

Essas operações podem ser

apreendidas pelo processo do

projeto arquitetônico. A partir das

definições de Peter Eisenman

sobre as propriedades da forma

arquitetônica, faço a minha

e s c o l h a p o r u m a d e s s a

propriedades: o «movimento».

Partindo das ideias de Eisenman,

de que o volume que caracetriza o

espaço e que este pode ser

pensado como um senso dinâmico,

tento buscar esse dinamismo

através de ações projetuais.

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AÇÕES PROJETUAIS

Partindo da ideia do movimento como propriedade da forma, busco maneiras de evidenciar

esse movimento no objeto arquitetônico. Através de relações entre o objeto, seu entorno, sua

materialidade, o relevo em que está inserido, relações entre o objeto e a luz que nele incide ou

que dele emana, o ângulo que se vê o objeto, sua forma, sua implantação e a relação entre

elementos do objeto, faço estudos, interpreto referências e procuro soluções através de ações

projetuais.

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RELEVO

MATE

RIAL

IDAD

EIM

PLAN

TAÇÃ

OIL

UMIN

AÇÃO

ÂNGU

LO V

ISUAL

FO

RM

AEN

TO

RN

OESTRU

TU

RA

CO

BERTU

RA

Ações projetuais: investigações acerca do movimento da forma na arquitetura

Tentativa de síntese das ideias em um objeto.

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PROGRAMA21

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CENTRO INTERGERACIONALUm dos aspectos sociais mais significativos da nossa sociedade é o espetacular aumento da

expectativa de vida e o consequente envelhecimento da população. Esse triunfo da vida, baseado em

uma série de fatores, como os avanços da medicina, a alimentação, a segurança das pessoas, tem sido

um fator de transformação da sociedade, que afeta a todos os âmbitos de nossa existência, sejam esses

econômicos, familiares, sanitários ou culturais.

Tendo em vista a crescente expectativa de vida da população em geral, a necessidade do aumento

de serviços para pessoas idosas se afirma. Ao longo dos tempos, os idosos acabaram sendo deixados em

segundo plano na vida das pessoas e até mesmo do país. A função de cuidador não vem sendo bem

cumprida porque as pessoas mais jovens, além de estarem gradualmente em menor número frente aos

idosos, estão cada vez mais indisponíveis, em busca de oportunidades de trabalho e de estudos fora da

cidade de origem.

O principal intuito do projeto é proporcionar um espaço inclusivo e de vivência para o idoso e para a

criança, que gere uma melhoria na sua qualidade de vida. A ideia da junção de gerações é motivada pela

relação simbiótica presente entre idosos e crianças. Essa relação será levada ao campo arquitetônico,

com o intuito de junção de atividades e interesses.

O público-alvo do projeto são os idosos, contando com grande participação das crianças para que

essa ideia de ajuda mútua seja aplicada. O projeto contará com unidades habitacionais para os idosos e

para as crianças, além de salas para o desenvolvimento de atividades comuns e uma estrutura clínica

para assistência aos idosos e assistência pedagógica. Serão desenvolvidas atividades que atraiam

crianças e idosos da cidade de Dourado e da região.

O que fundamenta a ação do projeto é o estímulo à comunicação intergeracional, através do

intercâmbio de vivências e experiências entre ambas as gerações. O projeto vai buscar o estímulo da

criatividade das crianças e idosos e a convivência entre eles. A principal inovação caracteriza-se na

tentativa de estimular experiências entre as gerações, rompendo o isolamento social do idoso e

estimulando o aprendizado infantil.

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A partir da definição do programa, penso nas atividades em comum entre a população idosa e

infantil, sejam atividades físicas ou intelectuais. Defino, então, os usuários do projeto e detalho o

programa:

Infraestrutura: o projeto abriga 68 idosos e 56 crianças, num total de 124 pessoas

DESCRIÇÃO ÁREA (m²) DESCRIÇÃO ÁREA (m²) DESCRIÇÃO ÁREA (m²) DESCRIÇÃO ÁREA (m²) DESCRIÇÃO ÁREA (m²)

696 nutricionista 8 ap. Duplo (8) 232 espaços verdes hall de entrada 40

720 geriatria 8 ap. Quadruplo (8) 240 biblioteca/acervo 200 sala de espera 13

espaço convivência 80 psicologia 8 brinquedoteca 90 artes 70 administração 16

80 fisioterapia 8 playground 150 informática 90 almoxarifado 10

30 terapia ocupacional 8 sanitários 30 café 70 sanitários 30

dentista 8 DML 8 nichos de leitura sala de reuniões 50

enfermaria 72 espaço apresentação 150 100

acomp. pedagógico 10 jogos 90 restaurante 200

piscina/SPA 200 DML 5 DML 5

farmácia 20 convivência 60

sanitário/fraldário 40 treinamento técnico 25

recepção/reunião 15

DML 4

1606 409 750 675 549

TOTAL 3989

individual (24)

duplo (24)

sala de estar

sanitários

cozinha

RECEPÇÃO/APOIOHABITAÇÃO/IDOSOS CLÍNICA ABRIGO/CRIANÇAS LAZER/RECREAÇÃO

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ÁREA25

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DOURADO SP

Partindo da problemática da

situação dos idosos, procuro uma área que

se adeque a esse programa. Faço minha

escolha pela cidade de Dourado, no estado

de São Paulo, com o intuito de que o

projeto abranja não somente a cidade,

mas toda a região. No Brasil, existem

programas de vivência intergeracional,

mas não um edifício que seja destinado

propriamente para essa finalidade.

A inserção do projeto na cidade de

Dourado se dá devido à localização central

da cidade. O município de Dourado se

localiza no centro geográfico do estado de

São Pau lo , apresentando cer ta

equidistância em relação a importantes

municípios paulistas e até mesmo a

estados do país. Por esse motivo, nenhuma

cidade paulista apresenta distância

superior a 431Km. O programa proposto

terá impacto regional, atendendo a várias

cidades vizinhas, por ser um programa

pioneiro na região.

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Page 29: Caderno de TGI-II - Isabela

Localização do município de Dourado, no estado de São Paulo

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DADOS SOBRE O MUNICÍPIO

CIDADE DISTÂNCIA

São Paulo (Capital) 275

Araraquara 50

Bauru 90

Campinas 183

Jaú 38

Limeira 137

Marilia 191

Piracicaba 145

Ribeirão Preto 140

Santos 335

São Carlos 48

São José do Rio Preto 219

São José dos Campos 324

Sorocaba 240

Relação da distância do município de Dourado em relação aos principais municípios do estado de São Paulo

População 2010: 8.609 habÁrea da unidade territorial 205,875 Km²Densidade demográfica 41,82 hab/km²

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Imagem do município de Dourado e localização da área de interesse

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ÁREA DE INSERÇÃO DO PROJETO

O edifício se localiza em uma

região de fácil acesso na cidade,

relacionando-se diretamente com

sua entrada. Os acessos se darão

principalmente a partir dessa via

de entrada na cidade, que é uma

via de mão-dupla, podendo ter

acessos secundários para as

pessoas que já se encontram na

cidade. O s ít io escolhido

apresenta forte relação com a

paisagem, por estar localizado

num pequeno vale próximo da

zona rural. O bucolismo e a

tranquilidade da pequena cidade

de Dourado são questões

relevantes para o programa

escolhido. Os usuários do projeto

poderão tranquilamente sair às

agradáveis ruas da cidade e

dificilmente serão incomodados

com o ruído e o estresse típico das

grandes cidades.

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Page 33: Caderno de TGI-II - Isabela

principais acessos à cidade

área de interesse

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Page 34: Caderno de TGI-II - Isabela

DIRETRIZES

Tendo escolhido o terreno, procuro

seguir diretrizes de projeto que esse tipo

de terreno favorece. A área do terreno

engloba uma parte do que seria a APP do

Córrego Bento Corrêa. Tomo a adequação

da área de preservação permanente

como um partido de projeto: nessa área

se implantará um bosque. A ideia é que o

projeto como um todo se volte para esse

bosque, seja com aproximações físicas do

edifício ou visuais do usuário.

Outro partido de projeto a ser seguido

é a preservação da

Para aproveitar o desnível do terreno,

opto por trabalhar a topografia do

terreno a favor do projeto, trabalhando

com diferentes níveis na edificação e

relacionando esses níveis à essa

topografia.

s árvores existentes na

área. As árvores serão mantidas e

constituirão um «hall» para a entrada

principal de pedestres no complexo de

edifícios.

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Page 35: Caderno de TGI-II - Isabela

Área do projeto: curvas de nível e

região da APP

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Page 36: Caderno de TGI-II - Isabela

DIRETRIZES

Em relação às edificações existentes, opto pela demolição das edificações indicadas na página seguinte

e relatadas nas fotografias a seguir. A principal justificativa para a demolição se dá pela área extensa do

projeto que será implantado e pela falta de uso e condições precárias das edificações existentes.

1 2

3 4

Associação São Vicente de Paula de Amparo a Velhice de Dourado.

Asilo municipal encontra-se em condições precárias de

administração e instalações. Com a implantação do projeto, será

atendida a população idosa do município de Dourado e da região.

Galpão do extinto SALMER (Sociedade Assistencial ao Menor de

Dourado). Galpão atualmente sem utilização.

Sede do extinto SALMER. Edificação abandonada e em condições

precárias de preservação.

Anexo do gapão do extinto SALMER (Sociedade Assistencial ao Menor

de Dourado).

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Page 37: Caderno de TGI-II - Isabela

Edificações a demolir

Edificações mantidas

Região APP/bosque e árvores mantidas

Córrego Bento Correa

1

2

34

35

Page 38: Caderno de TGI-II - Isabela

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

Panorâmica da área - árvores a serem mantidas

Panorâmica da área - via de acesso

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Page 39: Caderno de TGI-II - Isabela

Panorâmica da área - região onde se implantará o bosque

Panorâmica da área - via de acesso

Vista para a região onde se implantará o bosqueÁrea vista da região onde se implantará o bosque

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Page 40: Caderno de TGI-II - Isabela

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

Árvores na entradaÁrvores a serem mantidas - APP

Árvores na entradaPrincipal via de acesso ao edifício

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Page 41: Caderno de TGI-II - Isabela

Árvores na entradaRua 13 de maio - acesso à área

Rua de acesso à áreaCórrego Bento Corrêa

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Page 43: Caderno de TGI-II - Isabela

PROJETO41

Page 44: Caderno de TGI-II - Isabela

APROFUNDAMENTOS

Observando os objetos obtidos através dos

estudos, percebo que falta uma amarração do projeto

como um todo. Assim, procuro referências e teorias que

fundamentem melhor o projeto e que relacionem melhor

as ações projetuais com o objeto arquitetônico

pretendido.

Partindo de minhas intenções projetuais,

questiono qual será a relação entre as pessoas que

usarão o edifício e que farão parte do projeto. Levanto,

então, duas possibilidades opostas: reproduzir no

projeto a forma mais doméstica possível, na tentativa de

conceder o máximo de conforto para os usuários; ou

assumir as mudanças que ocorrem no ciclo da vida como

algo positivo e pensar as diretrizes de projeto de modo a

reforçar e reafirmar essas mudanças.

Opto pela segunda possibilidade: meu propósito

agora é fazer com que as pessoas, principalmente os

idosos explorem o edifício. O objeto arquitetônico não é

um edifício único, mas sim um complexo de edificações

que se relacionam entre os níveis do terreno. Exploro

possibilidades da topografia do terreno e incorporo essa

topografia na arquitetura. Retomo minhas ações

projetuais através de possibilidades de movimento que a

topografia do terreno oferece ao projeto.

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Page 45: Caderno de TGI-II - Isabela

Zamet Centre - 3LHD Architects

Zamet Centre - 3LHD Architects: diagrama do processo e relação dos blocos com a topografia do terreno

Vilhemsro Primary School - Bjarke Ingels Group

Croquis de estudos sobe a relação entre objeto e topografia

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Page 46: Caderno de TGI-II - Isabela

APROFUNDAMENTOS

Passo, então, a pensar em ambientes que «perturbem», de alguma

forma, os usuários do edifício. De acordo com as teorias do casal de arquitetos

Shusaku Arakawa e Madeline Gins, as pessoas se degeneram e morrem, em

parte, porque vivem em espaços muito confortáveis. A ideia é obrigar as

pessoas a pensarem e se esforçarem para poder explorar o edifício. É fazer com

que elas pensem sobre como e por onde devem se mover. Assim, essas

propostas de projeto ajudam a estimular o desenvolvimento das crianças e o

raciocínio dos idosos. A arquitetura propicia o movimento das pessoas através

de soluções não usuais, na tentativa de obrigar as pessoas a se movimentarem

pelo edifício.

Outras ideias semelhantes são as da dupla Claude Parent e Paul Virilio.

Eles partem da ideia de criar um «lugar comum», onde a experimentação

substitui a contemplação e a arquitetura é experimentada através do

movimento e da qualidade do movimento.

Aliada a essas ideias, o conceito de tectonicidade evidencia-se no

projeto. Helio Piñón diz que «a tectonicidade é a condição estrutural do

construtivo, aquela dimensão da arquitetura na qual a ordem visual e a ordem

material confluem em um mesmo critério de ordem, sem chegar jamais a

fundir-se, animando a tensão entre forma e construção». Alem dessa forte

condição estrutural do projeto, há a relação direta do objeto arquitetônico

com a topografia do sítio. Isso se evidenciará bloco a bloco, ficando claras as

relações entre a estrutura (principalmente da cobertura), topografia e objeto.

Partindo dessas considerações e aliando-as às pesquisas da forma

arquitetônica propriamente dita, elaboro minha proposta de projeto.

44

Page 47: Caderno de TGI-II - Isabela

«People, particularu old people, shouldn’t relax and sit back to help them decline. They should be in an environment that stimulates their senses and invigorates theis lives»

Shusaku Arakawa

Croquis de estudos sobe de Parent e Virilio

Alguns conceitos de Arakawa & Gins aplicados em projetos

Casas-bola, de Eduardo Longo

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Page 48: Caderno de TGI-II - Isabela

IMPLANTAÇÃO E VOLUMETRIA

Considerando as particularidades

do terreno e as intenções projetuais

relacionadas à área, estabeleço

deretrizes para a implantação do

edifício. Divido o programa em blocos e

insiro esses blocos no terreno,

articulando uns aos outros através de

um grande bloco de apoio e serviços.

Para a inserção dos blocos no

terreno, procuro uma lógica através de

estudos de malhas e eixos. O intuito é

atrair o olhar do visitante e o próprio

visitante para dentro do projeto e para

a contemplação do bosque a ser

implantado.

Assim, implanto os blocos no

terreno e defino os níveis de cada

bloco, seguindo, também as melhores

diretrizes para insolação do edifício.

A seguir, croquis de estudo para a

implantação final, relação dos blocos

com os níveis do terreno e planta de

implantação.

Estudos para implantação e volumetria

46

Page 49: Caderno de TGI-II - Isabela

Perspectiva geral

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Page 50: Caderno de TGI-II - Isabela

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO

A partir do partido de permeabilidade visual e física, o bloco

de serviços e apoio é enterrado no terreno, a fim de que o nível da

cobertura seja o mesmo da praça de entrada no complexo de

edificações. Além disso, a cobertura do bloco de apoio clínico

vincula-se com a cobertura do bloco de serviços, sendo ambas

coberturas verdes e transitáveis. O gabarito do bloco de apoio

clínico sofre um aumento, a fim de privilegiar a visão do pedestre e

de modo a conformar um edifício-mirante.

As fachadas privilegiadas são as que se encontram

direcionadas a nordeste. Assim, essas fachadas são responsáveis

pela maior parte de insolação e ventilação do projeto, contendo

caixilhos especiais.

O acesso principal ao edifício acontece através de uma

rampa que se situa em meio às árvores do bosque mantido. Através

da materialidade, essa rampa tem sua continuidade até chegar ao

pátio interno do edifício. Esse procedimento relaciona

diretamente a rua ao edifício e ao bosque implantado. Além da

rampa, há o acesso para funcionários que chega diretamente a um

estar, entre o bloco de habitação para idosos e o bloco de serviços.

Outro acesso se dá no nível do pavimento superior do bloco de

habitação infantil, que é parcialmente enterrado no terreno.

O projeto será melhor explicado a seguir, bloco a bloco.

48

Page 51: Caderno de TGI-II - Isabela

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Page 52: Caderno de TGI-II - Isabela

PARTICULARIDADES

MOBILIÁRIO:

Ao longo de todo o edifício são encontrados

mobiliários não-usuais, desenvolvidos para

este projeto. A ideia da utilização desse

mobiliário é a multiplicidade de usos e sua

versatilidade: a superfície se transforma

em mesas para pintura, assentos,

playgrounds, nichos para descanso, etc.

Dessa maneira e com base em «playgrounds

topográficos», cria-se superfícies que

qualificam os espaços de estar e lazer, que

podem ser observados nas próximas

páginas desse caderno.

FECHAMENTO COM CAIXILHOS

Com o intuito de aproveitar melhor a insolação e ventilação do

local, opto por um caixilho modular. Trata-se de um caixilho

modulado em três partes, sendo as combinações dessas três

partes variável. Suas dimensões e permeabilidade também

variam de acordo com o bloco em questão: nos blocos

habitacionais, devido a insolação, a permeabilidade é menor,

enquanto nos demais blocos, nos quais interessa a relação com

o entorno do edifício, a permeabilidade diminui.

50

Page 53: Caderno de TGI-II - Isabela

ESTRUTURA

Devido às particularidades do projeto, como coberturas inclinadas , planta não-

orogonal, opto pelo sistema estrutural em concreto armado, no sistema pilar-laje

nervurada. As vigas são embutidas nas lajes, o que poupa material e evita o encontro

da malha ortogonal da estrutura com o fechamento não-ortogonal que ocorre na maior

extensão do projeto. A laje nervurada também permite maiores vãos, o que favorece a

distribuição interna dos ambientes nos blocos. Após dimensionamento dos pilares,

chego à seção de 20x70. As lajes vencem vãos de até 10m e as nervuras têm, em sua

maioria, 90cm de altura. Abaixo, a perspectiva do sistema estrutural.

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Page 54: Caderno de TGI-II - Isabela

BLOCO 1 - HABITAÇÃO IDOSOS

TIPOLOGIA HABITACIONAL

Partindo do propósito da investigação e

exploração do edifício, procuro soluções não-

usuais para definir a tipologia básica para

habitação dos idosos e crianças. Através de

pesquisa, chego a uma referência de Alvar

Aalto, a planta dos apartamentos de

Hochhaus em Bremen, na Alemanha e a adoto

como ponto de partida para o projeto da

tipologia.

A boa adequação dos apartamentos em

relação à insolação se faz muito necessária,

uma vez que se trata do projeto de

habitação, local de grande permanência. O

modelo elaborado satisfaz essa necessidade,

visto que a faixa de abertura do apartamento

se configura de maneira a aproveitar melhor

a insolação da fachada Nordeste.

Principal referência: Planta da tipologia de Aalto

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Page 55: Caderno de TGI-II - Isabela

Layout da tipologia básica em forma de trapézio. A unidade

habitacional conta com sanitário acessível; sala de estar separada

do dormitório por uma divisória; mesa-escritório; e uma pequena

cozinha com geladeira, pia e armário. A iluminação e ventilação se

dá pela face maior do trapézio.

Layout da tipologia adequada aos idosos. Os

apartamentos estão distribuídos em blocos de

quatro unidades, sendo duas duplas e duas

individuais, como mostrado no desenho ao lado.

Layout da tipologia adequada às crianças. Os

apartamentos estão distribuídos em blocos de

quatro unidades, sendo duas duplas e duas

quádruplas, equipadas com beliches, como

mostrado no desenho ao lado. Para a unidades das

crianças, a cozinha é suprimida, deixando maior

espaço para estar e dormitórios

ESCALA 1:200

ESCALA 1:200

ESCALA 1:200

5,08 5,18 5,18 5,08

9,88 9,88

2,28

1,50

1,5

7

9,94

5,08 5,18 5,18 5,08

8,4

4

5,38

8,4

4

53

Page 56: Caderno de TGI-II - Isabela

BLOCO 1 - HABITAÇÃO IDOSOS

O bloco de habitação para idosos apresenta três pavimentos. Em uma das extremidades há

varandas que praticamente tocam a região da APP. Essas varandas constituem estares com visão

privilegiada do vale e do bosque implantado no projeto. O acesso se dá através do bloco de

serviços ou pelo primeiro pavimento do próprio bloco.

Os conjuntos de apartamentos são, então, distribuídos no bloco de habitação. Os espaços

entre esses conjuntos configuram estares em forma de mezaninos. Os blocos de circulação

vertical se concentram na região dos conjuntos de apartamentos, deixando maior espaço para os

estares.

0.00

0.00

0.00

Planta do segundo pavimento (1:500)

Planta do primeiro pavimento(1:500)

Planta do pavimento térreo (1:500)

1 11

3 11

1 11

2 2

2 2

2 2

ACESSO IDOSOS

4

1- Estares2-Circulação vertical3- Unidades habitacionais4- Recepção

54

Page 57: Caderno de TGI-II - Isabela

Espaço de interação: mobiliário permite maior interação dos

usuários do edifício. Ao lado é possível ver o espaço configurado

pelas angulações das unidades habitacionais, além da varanda

externa do bloco.

55

Page 58: Caderno de TGI-II - Isabela

CORTE AA - HABITAÇÃO IDOSOS

GUARDA CORPO METÁLICOCOM VIDRO TEMPERADO

MURO DE ARRIMO

LAJE INCLINADACONCRETO ARMADO

2.90

2.90

2.902.10

1.001.30

0.90

RAMPA DE ACESSO AOBLOCO DE SERVIÇOS

ESCALA 1:250

56

Page 59: Caderno de TGI-II - Isabela

LAJE NERVURADACONCRETO ARMADO

PILAR DE SEÇÃO RETANGULAR (70x20cm)CONCRETO ARMADO

GUARDA CORPO METÁLICOCOM VIDRO TEMPERADO

57

Page 60: Caderno de TGI-II - Isabela

BLOCO 1 - HABITAÇÃO IDOSOS

Um dos estares do bloco 1: A angulação das unidades habitacionais

direcionam o olhar para o exterior, favorecendo a visão dos usuários do

projeto. O mezanino também aumenta essa permeabilidade do olhar.

58

Page 61: Caderno de TGI-II - Isabela

Rampa de passagem do bloco de habitação dos idosos para o bloco

de serviços. É possível visualizar o espaço de estar sob a cobertura

verde transitável do bloco de serviços.

59

Page 62: Caderno de TGI-II - Isabela

BLOCO 2 - CLÍNICA

1- Recepção2- Reuniões3- Enfermaria4- Farmácia5- Vestiários6- DML7- Reabilitação8- Atendimento médico9- SPA

A estrutura clínica do Centro Intergeracional se concentra em um bloco com configuração bastante

livre. As atividades de reabilitação dos idosos e crianças se dá ao longo do bloco, que possui grande

fenestração e, assim, grande relação com o bosque. O atendimento médico se dá em postos que são

separados por divisórias e se diferenciam do restante do espaço através do piso e de uma pequena

elevação rampada. Esses postos separam, de maneira sutil, a região do SPA do restante do bloco. Esta

parte conta com uma pequena farmácia, enfermaria e uma parte administrativa.

Em relação à composição arquitetônica, este bloco constitui um mirante: seu gabarito é maior,

favorecendo a visão do bosque pelos pedestres.

Planta do Bloco 3 - Clínica (1:250)

projeção cobertura

1

24

3

78

6

5

9

7

Piso tatami

Piso tatami

8

3,6

6

2,36

9,08

12,5

3

5,49

17,84 21,22

7,50

4,2

5

4,8

8

4,4

6

60

Page 63: Caderno de TGI-II - Isabela

Perspectiva sobre o bloco 2. Sobre a cobertura, é

possível visualizar o pátio interno e a praça sobre

o bloco de serviços. O guarda-corpo é de vidro

para não obstruir a visão do bosque.

Camada de plantaCamada filtranteCamada de drenagem (1 polegada de cascalho)Camada filtrante 2Isolamento com poliestireno expandidoMembrana de barreira de raízesMembrana de alta densidade à prova d’águaLaje nervurada de concreto armadoViga invertida embutida na laje nervurada

Detalhamento da cobertura: laje nervurada +

cobertura verde.

61

Page 64: Caderno de TGI-II - Isabela

CORTE BB - CLÍNICA

ESCALA 1:250

1.00

3.803,80 m

TREINAMENTO

DETALHE DO ENCONTRO DA LAJE NERVURADAE INCLINADA

ver detalhe

62

Page 65: Caderno de TGI-II - Isabela

2.104.60

2.50

5.80

RH/REUNIÕES ENFERMARIA

3.30

GUARDA CORPO DE VIDRO LAJE NERVURADA

DIVISÓRIA

FARMÁCIA

63

Page 66: Caderno de TGI-II - Isabela

CORTE BB - CLÍNICA

Interior do bloco 2. Espaçode reabilitação, postos de

atendimento e farmácia.

64

Page 67: Caderno de TGI-II - Isabela

65

Page 68: Caderno de TGI-II - Isabela

BLOCO 3 - SERVIÇOS

1

4

5

7

8

10

6

2

3 9

1- Estar/convivência2- DML3- Sala de contabilidade/protocolo4- Direção/RH/Reuniões5- Convivência e treinamento de funcionários6- Recepção7- Secretaria do refeitório8- Frigorífico/despensa9- Lavagem de pratos10- Cozinha11- Refeitório

11

Planta do Bloco 2 - Seviços (1:250) 5,29

6,51

9,72

3,50

4,99

3,44 3,92 7,76

8,1

3

7,10

4,8

4

4,1

8

O bloco de serviços é responsável por articular os demais blocos, por isso sua implantação se

configura no sentido inverso dos demais. O nível de sua cobertura é o mesmo do da praça de entrada e da

rua, sendo necessário, para isso, o aterro de uma parte do terreno. Sua cobertura é transitável e, uma vez

que o bloco encontra-se parcialmente enterrado, é possível visualizar o bosque e o pátio interno do

edifício quando se está sobre ele.

ACESSO PRINCIPAL

1,8

3

66

Page 69: Caderno de TGI-II - Isabela

Perspectiva da entrada do edifício. Observa-se a rampa de acesso

principal, assim como as coberturas transitáveis ao nível do pedestre.

67

Page 70: Caderno de TGI-II - Isabela

BLOCO 3 - SERVIÇOS

Perspectiva do acesso de funcionários. Estar com ampla visão para o

bosque.

68

Page 71: Caderno de TGI-II - Isabela

Perspectiva do refeitório. É possível visualizar a continuidade da rampa

de acesso até o exterior do bloco, no pátio interno. Também há a

continuidade do piso externo na face do bloco

69

Page 72: Caderno de TGI-II - Isabela

BLOCO 3 - SERVIÇOS

Perspectivas do pátio interno. É possível visualizar a rampa de acesso

principal e o modo com que o bloco de serviços se relaciona com o

terreno.

70

Page 73: Caderno de TGI-II - Isabela

71

Page 74: Caderno de TGI-II - Isabela

17,4

9

8,68 28,79

7,01

11,24

7,73

3,03

7,0

9

10,0

5

BLOCO 4 - LAZER

1- Jogos/Artes2- Acervo/leitura3- Café4- Coordenação curatorial/ Reuniões5- Informática6-Espaço livre/ Apresentações7- Sanitários

O bloco de lazer reúne atividades em comum entre os públicos do projeto. É um bloco mais livre que

conta com um mobiliário diferenciado. Os ambientes são divididos apenas com paredes divisórias próprias

para receber pinturas, o que estimula as atividades e criatividade das crianças e idosos. Na área de acervo,

há esferas que são nichos para leitura. Outros nichos, maiores, estão espalhados por outras partes e

exercem também a função de exibição de outras mídias, sendo equipados com aparelhos televisores e

reprodutores de mídias. A região de informática conta com computadores para uso livre e mobiliário

diferenciado, como será mostrado a seguir. O espaço livre/ apresentações, tem a forma de uma rampa com

inclinação acessível, que pode servir como um auditório informal.

Planta do Bloco 4 - Lazer (1:250)

1

3

4

5

2 6

7

projeção da cobertura

8,08 72

Page 75: Caderno de TGI-II - Isabela

Perspectiva da área de acervo: exemplo de utilização de nichos de leitura

73

Page 76: Caderno de TGI-II - Isabela

CORTE CC - BLOCO LAZER

4.50

2.30

2.302.503.30

LAJE NERVURADACONCRETO ARMADO

DIVISÓRIA DE AMBIENTES(SUPERFÍCIE PRÓPRIA PARA DESENHOS)

PLACA CIMENTÍCIA

PILAR DE SEÇÃO REDONDACONCRETO ARMADO

NICHO DE LEITURA

ESTANTE DE MADEIRA

DETALHE DA LAJE INCLINADA DA COBERTURA(INCLINAÇÃO VARIÁVEL)

ESCALA 1:250

74

Page 77: Caderno de TGI-II - Isabela

2.80

4.50

1.00

2.90

2.30

MURO DE ARRIMO

LAJE INCLINADA(VER DETALHE)

2.40

75

Page 78: Caderno de TGI-II - Isabela

BLOCO 4 - LAZER

Perspectiva da área de artes e jogos: o mobiliário é disposto de

maneira a dar várias opções de uso

76

Page 79: Caderno de TGI-II - Isabela

Perspectiva da área de informática: o mobiliário

diferenciado ainda permite opções de uso. Observa-se

também o espaço livre em forma de rampa.

Perspectiva do café: tem grande relação com o bosque

por estar situado na aresta com maior abertura.

77

Page 80: Caderno de TGI-II - Isabela

ESTAR

ESTAR

EXEMPLO DE MOBILIÁRIO

VIDRO TRANSPARENTE

GUARDA CORPO METÁLICOCOM VIDRO

PLAYGROUND TOPOGRÁFICO

BLOCO 5 - HABITAÇÃO CRIANÇAS

O bloco de habitação das crianças segue o

mesmo padrão do bloco habitacional dos idosos. As

unidades são agrupadas em quatro, sendo o espaço

entre os grupos de unidades uma área de estar. O

mobiliário também segue o mesmo padrão,

constituindo «playgrounds topográficos» para as

crianças.

No pavimento superior há outro acesso, que se

dá sobre a cobertura do pequeno bloco de sanitário

ao lado do bloco de habitação, como pode ser

observado nas imagens.

2.90

2.90

2.90

0.90

2.50

5.10

Corte DD - Bloco Habitação Crianças (1:250)

78

Page 81: Caderno de TGI-II - Isabela

-1.00

-1.00

1- Estares2- Circulação vertical3- Habitação4- Estar/playground

2

1

1 4

4

3

3

2

3

3

ACESSOPlanta do pavimento superior (1:250)

Planta do pavimento térreo (1:250)

9,66

7,09 10,50 7,15 13,34

13,34 7,15

15,29

6,66 4,35

7,09 10,50 12,29

15,4

6 14

,23

6,40 4,35

79

Page 82: Caderno de TGI-II - Isabela

BLOCO 5 - HABITAÇÃO CRIANÇAS

Mobiliário dos estares no bloco de habitação das crianças: playground topográfico

80

Page 83: Caderno de TGI-II - Isabela

Acesso ao pavimento superior do bloco de habitação infantil: a cobertura do bloco de sanitários forma um estar ligado à praça e com permeabilidade visual para a APP

81

Page 84: Caderno de TGI-II - Isabela

ELEVAÇÕES

Elevação 1 - Escala 1:500

Elevação 2 - Escala 1:500

82

Page 85: Caderno de TGI-II - Isabela

Elevação 4 - Escala 1:500

Elevação 3 - Escala 1:500

83

Page 86: Caderno de TGI-II - Isabela

VISÃO GERAL - PERSPECTIVA EXPLODIDA

ESTRUTURA

CAIXILHOS

MOBILIÁRIO

FECHAMENTO

84

Page 87: Caderno de TGI-II - Isabela

85

Page 88: Caderno de TGI-II - Isabela

86

Page 89: Caderno de TGI-II - Isabela

REFERÊNCIAS

KOOLHAAS, Rem. Conversa com estudantes; tradução de Mônica Trindade Schramm.

EISENMAN, Peter, 1932. The formal basis of modern architecture.Baden, Switzerland: L. Müller,

2006.

LIBESKIND, Daniel, 1946. Daniel Libeskind : the space of encounter. New York: Universe, 2000.

GAUZIN-MULLER, DOminique. Arquitetura Ecológica; Editora SENAC.

BUITONI, Cassia Schroeder. Mayumi Watanabe Souza Lima: a construção do espaço para a

educação. Dissertação de mestrado. São Paulo: FAUUSP, 2009.

LIMA, Mayumi Watanabe Souza. Arquitetura e Educação. São Paulo: Studio Nobel, 1995

FERREIRA, Avany de Francisco, CORRÊA, Maria Elizabeth Peirão, MeLLO, Mirela Geiger.

Arquitetura escolar paulista: restauro.FDE, São Paulo; 1ª edição, 1998.

SITES

http://daniel-libeskind.com/

http://green.arquitetura.com/

http://www.zon-e.com/

http://www.youtube.com/watch?v=RWHCEvLnc2w

http://www.big.dk/

87

Page 90: Caderno de TGI-II - Isabela

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