A Casa das Artes eu vou entregar 100%, custe o que custar....

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES, 15 DE DEZEMBRO DE 2011 A Casa das Artes eu vou entregar 100%, custe o que custar. Secretário Municipal de Cultura, Juliano Volpato

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Atuação de Secretário de Cultura resulta em captação de verbas para BentoKátia Bortolini

Entre os ganhos, a construção de sede própria para a Biblioteca Castro Alves e a restituição da Praça Centenário ao município

Por Kátia Bortolini e Rodrigo De Marco

O Secretário Municipal de Cul-tura e Presidente da Fundação Casa das Artes, Juliano Volpato, nasceu em Bento Gonçalves, em 4 de julho de 1972. É o quarto filho de Danilo Ayres e Mercedes Marcolin Vol-pato. Cresceu em meio à música. O pai tocava gaita e violão, o avô materno regia o coral da igreja, quando as missas eram em latim, e o bisavô era maestro. É graduado e pós-graduado em Música pela Uni-versidade Federal de Santa Maria. É casado com Bernardete Otawnoski e pai de Paulo Volpato. Pela primei-ra vez, está atuando como gestor público, trabalho pelo qual vem se diferenciando pelos resultados positivos na captação de recursos federais para a cultura.

Integração - Recentemente, você surpreendeu a comunidade anunciando que obteve uma verba de R$ 1,8 milhões do projeto Espaço Mais Cultura, do Ministério da Cultura, com contrapartida da prefeitura de R$ 450 mil, para a construção do prédio próprio da Biblioteca Pública Castro Alves na Praça Centenário. Como sur-giu a ideia da biblioteca na praça?

Volpato - Desde 2010, tínhamos essa intenção e, após a promoção, no local, da última Feira do Livro, foi possível visualizar a possibilidade. A praça Centenário já tem uma história. No projeto original, de 1976, tem até arena para espetáculos nos moldes do Coliseu em Roma, entre outros espaços voltados à cultura, mas, atu-almente, a ocupação da praça não é para esta finalidade. A Biblioteca Castro Alves tem por necessidade ser central. É uma biblioteca de re-ferência, não é qualquer biblioteca, têm 40 mil itens no acervo e atende toda a comunidade de estudantes e demais interessados. Nas suas várias mudanças de endereço, teve que se adaptar ao prédio que lhe era ofereci-do, mas sempre foi central. Impossível adquirir outro terreno central ava-liado em cerca de R$ 5 milhões para construir a biblioteca, pois as verbas

próprios do Museu. Realizamos duas licitações neste semestre para esta etapa e nenhuma empresa apareceu. E não é por causa de valor, porque quem fizer esse trabalho vai ganhar mais que o Prefeito, mensalmente. Aí, se foram três meses de trabalho burocrático que ninguém vê. As empresas que estiveram “in loco”, sugeriram novas aberturas. Nosso objetivo é manter a tipologia original do prédio, dentro do que restou dela desde 1913. Os orçamentos dessas empresas ultrapassam os R$ 200 mil e fica óbvio que querem enriquecer às custas da sublocação de mão de obra e principalmente do dinheiro públi-co, pois este trabalho será 90% feito manualmente e quem vai realizá-lo será artesão, um carpinteiro ou um marceneiro. Vamos pagar o preço justo pelos serviços sem explorar ninguém. Esse é outro problema, mas nós não nos entregamos: a Secretária Eliana Passarin conseguiu mais R$ 200 mil para o museu por meio do Fundo ATAR. Inscrevemos o projeto de restauro no Edital do IBRAM, soli-citando R$ 270 mil. Em 2012 teremos mais R$ 35 mil de recursos próprios e creio que o Governo Municipal há de se sensibilizar também. Já estamos finalizando uma nova licitação, agora, incluindo as janelas, forro superior, entrepiso, assoalho, drenos no sub-solo para resolver as infiltrações e a umidade, escada interna, plataforma elevatória, instalações de lógica, SPDA, PPCI e elétricas, climatização, reboco e pintura interna e demolição dos banheiros. Tomara que apareça alguém...

Integração - Fale um pouco so-bre a Casa das Artes.

Volpato - Estar como Presidente da Casa das Artes é bem mais difícil do que estar como Secretário de Cultura. O Secretário tem um status político maior e mais voz. Já o Presidente da Casa das Artes tem que se limitar a tudo, politicamente e na questão orçamentária, além de assumir todas as responsabilidades da legislação, sozinho, ou melhor, o Prefeito não responde pela Fundação, sou eu e o Tribunal de Contas. Lembrando que o presidente da Fundação não é remunerado e ainda administra a Biblioteca Pública e o Museu do Imigrante. Coisa pra louco mesmo... Quando assumi a presidência da Fun-dação prometi que entregaria a Casa das Artes 100%. Também foi uma promessa de campanha do Prefeito. Esse é um peso que eu carrego nas costas desde 1° de janeiro de 2009 e me incomoda muito. Desde então, trabalho sem descanso e exijo muito de minha equipe. No início, a pressão da comunidade era infernal e ainda é. Não havia um dia que um jornalista, um radialista ou um repórter ligasse. De um dia para o outro, eu tive que aprender a administrar, advogar, contabilizar e licitar no ambiente do serviço público e se tu não fazes o que tem para fazer ninguém faz por ti e a burocracia vem a galope lento... Tive que estudar todos os projetos civis, arquitetônicos e complementares

não caem do céu, e para reformar prédios velhos teríamos que utilizar re-cursos próprios, que não existem para isso, além de continuarmos com os mesmos problemas que se apresentam hoje.

Integração - A pra-ça era do Estado do Rio Grande do Sul. Como foi o processo de cedência da área para a prefeitura de Bento Gonçalves ?

Volpato - Quando descobri que a praça pertencia ao Governo do Estado, fui até o Depar-tamento de Patrimônio da Secretaria de Admi-nistração do Estado o Rio

Grande do Sul, em Porto Alegre, bati na porta e falei bem assim: eu quero a praça de volta! Nessa ocasião, co-nheci o Dr. Mário Ferrari, uma pessoa muito bacana, do departamento de patrimônio. Ele me ajudou a enca-minhar todo o processo. Por aqui, fui gerenciando esse projeto sozinho, até o momento da transferência ser vota-da pela Assembleia Legislativa, onde teve a parceria do prefeito Lunelli e da secretária Eliana Passarin.

“Conseguimos concretizar vários convênios

desta maneira, indo pessoalmente fazer

as propostas e depois entregando e explicando

os projetos”.

Integração - Como será este novo espaço cultural?

Volpato - Vai se chamar Espaço Mais Cultura Bento Gonçalves. Terá 1.695 metros quadrados de área construída, entre três pavimentos. A Biblioteca Castro Alves continuará com o mesmo nome e ocupará uma boa parte do espaço que, também sediará um auditório com 112 lugares que poderá ser utilizado para oficinas de teatro e dança. O espaço ainda abrigará cafeteria, salas de leitura, hemeroteca, banheiros, sala de cata-logação e triagem, sala de restauro e midiateca. A cafeteria estará dispo-nibilizando livros, jornais e revistas e terá um palco para o pessoal tocar violão, piano, declamar uma poesia e apresentar monólogos. No segundo pavimento, terá espaço para oficinas de desenho e pintura, de artes gráfi-cas, design, edição de cinema e sala de exposição. No terceiro piso, além da parte de acervos, terá oficina para crianças, brinquedoteca, clubinho de leitura e sala de jogos educativos para jovens e adultos. Também terá um espaço muito interessante, para a leitura braile, pois a biblioteca tem um acervo de leitura braile que não está sendo disponibilizado por falta de espaço. Tudo dotado com acessi-

bilidade para deficientes e segurança para o público. Teremos um ambiente multicultural em todos os sentidos, além da revitalização da Praça Cente-nário. O projeto é da arquiteta Isabel Filipon. Como ela conhece a praça Centenário desde o início, e o pai dela também conhecia, era a pessoa mais certa a estar na equipe. O Ministério da Cultura tem um modelo para o Espaço mais Cultura, mas como era muito simples nós o reformulamos. A verba federal está empenhada e a previsão de repasse é para janeiro de 2012. Assim, poderemos licitar e iniciar a obra em março de 2012, com prazo de 10 meses para o término mas, com o nosso clima, no inverno, não sei se será possível.

Integração - Por ocasião da ex-planação do projeto do Espaço Mais Cultura na Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves, quais foram as dúvidas ?

Volpato - Havia muita gente com medo e com opiniões baseadas em boatos de má fé. Imaginavam um arranha-céu de 10 andares e que deceparíamos todas as árvores. Um ou dois radialistas espalharam a polêmica da “destruição da praça” a partir de suas mentes fantásticas, e, baseados em informações que nunca tiveram a ética de buscar na fonte, induzindo aos ouvintes e moradores próximos ao local a pensar o que não deviam pensar. Ora, quem teve a capacidade de inventar isso, que responda por isso, porque esse não é o nosso projeto. Por isso tivemos que apresentar o projeto do Espaço Mais Cultura pela metade. Mas tudo bem, é difícil encontrar bons profissionais hoje em dia. Um gestor público tem tantas quantas responsabilidades com a comunidade, bem como tam-bém, tem um formador de opinião. Uma das dúvidas dos moradores era em relação à preservação da arborização que também era uma das nossas maiores preocupações. Realizamos um pré-levantamento sobre impacto ambiental acompa-nhados de um engenheiro ambiental. Possuímos mapeamento topográfico do terreno e no local estudado para a construção serão retiradas somente duas arvores exóticas, mais precisa-mente dois pinheiros americanos. O ajardinamento da biblioteca será feito com árvores nativas. Realizamos um estudo de sondagem do subsolo, perfurando cinco pontos diferentes, chegando até 15 metros de profun-didade, através do qual constatamos que não existem vertentes ou olhos d’água. Outra dúvida dos moradores era sobre o estacionamento: claro, tivemos que apresentar o projeto pela metade... O problema do estaciona-mento em Bento não é da biblioteca e se arrasta há anos. Quer dizer, exis-tem quase 70 mil veículos na cidade e a biblioteca é que tem que resolver agora? Óbvio que, não queremos que a instalação da biblioteca venha agravar o problema. Mas não vamos construir um estacionamento para

que o cara que vai ao centro resolva estacionar seu veículo ali, enquanto resolve seus afazeres particulares. Os frequentadores da Biblioteca Castro Alves são na maioria estudantes que não possuem veículos. Imaginemos que o fluxo de pessoas aumente na praça com o Espaço Mais Cultura: que bom, é isso que esperamos, praça é para ser frequentada, ademais , não estamos construindo um shopping, nem um centro comercial e nem um prédio habitacional... E o projeto con-templará estacionamento.

“Fui até o Departamento de Patrimônio

da Secretaria de Administração do Estado o Rio Grande do Sul, em

Porto Alegre, bati na porta e falei bem assim:

eu quero a praça de volta!”

Integração - Quantas vezes você já foi para Brasília a trabalho como gestor da cultura em Bento Gonçalves?

Volpato - Seis ou sete vezes a trabalho pela prefeitura e a troco de quase R$ 4.000.000,00 de recursos para o desenvolvimento cultural do nosso município. Sempre tento agendar. Quando eles não agendam, vou da mesma maneira e fico na fila até ser atendido, mas nunca tive pro-blemas maiores quanto a isso, pois somos respeitados no Ministério da Cultura. Conseguimos concretizar vários convênios desta maneira, indo pessoalmente fazer as propostas e depois entregando e explicando os projetos. Tem que convencê-los, de fato, e não é nada fácil. Eles pensam que, por Bento Gonçalves ser uma “cidade rica”, não precisa de recursos, mas não é bem assim. Tem que pelear pela descentralização dos recursos federais, explicar pra eles que se a ci-dadezinha lá do nordeste tem direito, nós também temos, pois no “cofrinho de Brasília” encontram-se os impostos do nosso município também.

Integração - Como está o an-damento do restauro do Museu do Imigrante?

Volpato - Recebemos o Museu caindo aos pedaços. Mas, eu não fujo da raia. A primeira etapa foi concluída e inclui o telhado, subcobertura em aço, calhas e telas para não entulhar folhas e restauro e tratamento das madeiras. O novo telhado ficou em teste durante o inverno e a obra foi aprovada. Foram investidos R$ 55 mil, oriundos do projeto Patrimônio é Show que já trouxe Oswaldo Mon-tenegro, Tom Zé, 14 Bis e Serginho Moá. A segunda etapa compreendia o restauro das 44 aberturas e do forro superior, no valor de R$ 55 mil, também arrecadados por meio do referido projeto, mais alguns recursos

de todo o prédio da Casa das Artes. Lidar com convênios atravancados. Em 2009, foi uma cobrança muito forte, fui praticamente obrigado a inaugurar o teatro, mas isso está aí para todo mundo aproveitar e ver o quanto a comunidade almejava e necessitava, era interesse público. Reformamos a Galeria de Arte e con-cluímos o Salão Nobre de Exposições, denominando-o de Anastácio Orli-kówski, por sugestão da comunidade artística. O prédio da Casa das Artes foi inaugurado em 2005, dentro de determinadas normas de segurança. De 2010 em diante, devido ao vo-lume de acesso de pessoas ao local e ao superaumento de público e à necessidade de se adaptar a todas as legislações que envolvem a segu-rança, refizemos em todo o prédio o Programa de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI), terminado em maio deste ano. Neste ano, acabamos de instalar um transformador de 112,5 KWA. Concluímos, equipamos e inauguramos a Sala de Cinema, atua-lizamos os projetos de mecânica e ilu-minação cênica e a licitação ocorrerá em janeiro de 2012, graças à ajuda e iniciativa da Secretária Jaqueline da SMED. Já possuímos as verbas para os camarins que também serão licitados em janeiro, rumo ao 100% da Casa das Artes. Sobre as atividades e eventos nem vou falar: são mais de cem por ano... Na Fundação e fora dela em todos os segmentos artísticos e cul-turais e mais o apoio aos eventos de terceiros...

“...é graças a minha personalidade, ao meu

temperamento, a minha cultura, identidade e ao

meu sangue italiano que os projetos estão dando

certo”.

Integração - A Lei do Fundo de Cultura está sendo reformulada?

Volpato - Sim. O Fundo de Cul-tura tem recursos próprios, vida própria, é uma lei própria. Só que, estamos com os recursos do Fundo atravancados à Lei de Auxílios e seus respectivos decretos (aquela das entidades parceiras, sabe?). O Fundo de Cultura não está funcionando em sua total possibilidade. Vamos pegar como exemplo um artista das plásti-cas, ou um músico, que são pessoas físicas. Se este artista, como pessoa física, quiser concorrer aos editais do fundo, não pode, porque a proposta tem que estar atrelada a alguma enti-dade parceira. Isso acabou amarrando a ação do Fundo de Cultura. Se os Editais públicos em nível de Governos Estadual e Federal, e que dispõem recursos públicos para pessoas físicas são legais e constitucionais, porque em Bento não pode??? A Secretaria e o Conselho de Cultura tem traba-lhando nisso há 5 meses. O Conselho tem representado a sociedade civil e principalmente aos artistas muito bem. Na nova versão, o Fundo de

Cultura será totalmente desvincu-lado da lei das entidades parceiras e será possível uma pessoa física apresentar projetos. A nova Lei do Fundo vai ser consolidada junto com as Leis da Secretaria, Conferência e Conselho de Cultura. Em conjunto, essas leis formalizarão a LEI DO SIS-TEMA MUNICIPAL DE CULTURA, que prevê, também, os Fóruns Setoriais de Cultura, o Plano Municipal de Cultura, o Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais (censo da cultu-ra), o Programa de Formação na Área da Cultura e os Sistemas Setoriais de Cultura, e outros vários benefícios à comunidade artística e em geral, que em 2012 será conclamada a discutir e a implementar tudo isso. Isto é, nós não paramos ainda... Com isso formalizaremos, no papel, a adesão ao Plano e ao Sistema Nacional de Cultura, que já existe, mas que tem que ficar tudo certinho.

Integração - Em 2011, a Secre-taria Municipal de Cultura trabalhou com recursos do Fundo. Como esses recursos foram aplicados?

Volpato - O Conselho de Cultura, a Comissão de Análise e Seleção de Projetos e as entidades da sociedade civil beneficiadas é que trabalharam com os recursos do Fundo. A Secre-taria não pode mexer num centavo. Foram aprovados 11 projetos pela referida Comissão e pelo Conselho, entre eles, um projeto da Associação Ativista Ecológica, do Gilnei Rigotto, com um link bem legal entre o meio ambiente e a cultura. O total de recur-sos investidos em 2011 foi de aproxi-madamente R$ 60 mil e os recursos que sobraram neste ano serão soma-dos aos do Fundo de Cultura 2012 e isso já foi aprovado pelo Secretário de Finanças e pela Secretária de Go-verno, portanto o Fundo não perdeu nada, e o Edital 2012 terá um aporte de recursos bastante considerável. Estaremos oferecendo mais oficinas de capacitação gratuitas.

Integração - A atuação da Se-cretaria Municipal de Cultura tem se caracterizado pela elaboração e aprovação de projetos para captação de programas federais. Como tem sido esse processo?

Volpato - Os anos de 2010 e 2011 foram muito trabalhosos, elaboramos muitos projetos e nem todos foram aprovados e temos outros concor-rendo a editais. Particularmente, já possuo bastante prática em elaborar projetos, é por isso, também, que uma faculdade e pós- graduação valem a pena. Um dia uma pessoa falou numa rádio, que não queria saber de projetos. Mas eu quero saber, porque isso aqui é um órgão público e não um boteco de esquina que tu vai lá e faz um puxadinho atrás e depois um do lado e sem projeto. Aqui, fazemos projetos de R$ 1.800.000,00, aprova-mos no Ministério e trazemos para Bento e vamos continuar fazendo. Fizemos e aprovamos junto ao Minis-tério 5 pontos de cultura, 22 Arca das Letras, 10 Pontos de Leitura, 8 Cines e Mais Cultura, 15 agentes de leitura

e a provamos mais um projeto no Edital Modernização de Bibliotecas, totalizando quase R$ 1.700.000,00 de recursos para Bento. Ah! Repassados e sendo utilizados, não são só projetos. São mais de 10 bairros e 4 distritos envolvidos, quase 2.000 pessoas participando das ações citadas, sem contar com o público. Isso é fomentar o desenvolvimento cultural. São R$ 180 mil para cada Ponto de Cultura, que objetiva o fomento e a poten-cialização de atividades artísticas e culturais já existentes. Temos Ponto de Cultura em Tuiuty, Caminhos de Pedra, Faria Lemos e nos bairros Vila Nova e Progresso, mas que atendem a outros bairros também. No bairro Vila Nova, por exemplo, o Ponto de Cultura Acorde atende 150 crianças carentes, que aprendem canto, decla-mação, violão, violino e flauta, além do projeto Caldeirão Gastronômico que integra este Ponto. Outros con-vênios importantes são os Pontos de Leitura e o Arca das Letras, sendo o primeiro caracterizado pela imple-mentação de 10 mini-bibliotecas em bairros periféricos e o segundo, pela implantação de 22 mini-bibliotecas nas linhas mais distantes do interior. Viva os projetos.

Integração - Você tem o tem-peramento forte. Como tem lidado com esse seu temperamento forte na política?

Volpato - Digamos que isso tem me feito muito bem, porque é graças a minha personalidade, ao meu temperamento, a minha cultura, identidade e ao meu sangue italiano que os projetos estão dando certo. Meus antepassados atravessaram o mar, passaram fome. Aqui, abriram estrada a picão, são pessoas que vieram para trabalhar, e essa questão de brigar pelas coisas, de ter o tem-peramento forte, é para não morrer na praia. Tem que ter uma mão de ferro, porque senão te montam a cavalo. Tem funcionário público que não quer saber de trabalhar, tem estagiário que acha que vem aqui passear, cargo de confiança que pensa que é só ficar sentado, tem os politiqueiros, os invejosos... Nesses três anos, quem quis levar vida boa não durou. Mas tem gente muito boa aqui comigo, portanto não é um fato a ser generalizado. Agora, é sempre mais fácil colocar a culpa num gestor público, né? Seria bom todo mundo olhar o seu temperamento primeiro. A Dilma também tem temperamento forte. Não sou Jesus Cristo e não estendo a outra face mas, sou uma pessoa correta, honesta, muito persistente, quero tudo no lugar e cobro muito, porque a comunidade me cobra mais ainda. Porque se o Gestor Público deixar o patrimônio público cair aos pedaços pode até ser preso e se as coisas andarem de ré então é melhor desistir. Eu nasci e me criei na Vila Conceição, se não tivesse boa educação e boa índole poderia ter sido bandido, traficante, estelio-natário, em função do meio. Meus pais me ensinaram a trabalhar, a ser forte, a nunca cair no meio

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Atuação de Secretário de Cultura resulta em captação de verbas para BentoKátia Bortolini

Entre os ganhos, a construção de sede própria para a Biblioteca Castro Alves e a restituição da Praça Centenário ao município

Por Kátia Bortolini e Rodrigo De Marco

O Secretário Municipal de Cul-tura e Presidente da Fundação Casa das Artes, Juliano Volpato, nasceu em Bento Gonçalves, em 4 de julho de 1972. É o quarto filho de Danilo Ayres e Mercedes Marcolin Vol-pato. Cresceu em meio à música. O pai tocava gaita e violão, o avô materno regia o coral da igreja, quando as missas eram em latim, e o bisavô era maestro. É graduado e pós-graduado em Música pela Uni-versidade Federal de Santa Maria. É casado com Bernardete Otawnoski e pai de Paulo Volpato. Pela primei-ra vez, está atuando como gestor público, trabalho pelo qual vem se diferenciando pelos resultados positivos na captação de recursos federais para a cultura.

Integração - Recentemente, você surpreendeu a comunidade anunciando que obteve uma verba de R$ 1,8 milhões do projeto Espaço Mais Cultura, do Ministério da Cultura, com contrapartida da prefeitura de R$ 450 mil, para a construção do prédio próprio da Biblioteca Pública Castro Alves na Praça Centenário. Como sur-giu a ideia da biblioteca na praça?

Volpato - Desde 2010, tínhamos essa intenção e, após a promoção, no local, da última Feira do Livro, foi possível visualizar a possibilidade. A praça Centenário já tem uma história. No projeto original, de 1976, tem até arena para espetáculos nos moldes do Coliseu em Roma, entre outros espaços voltados à cultura, mas, atu-almente, a ocupação da praça não é para esta finalidade. A Biblioteca Castro Alves tem por necessidade ser central. É uma biblioteca de re-ferência, não é qualquer biblioteca, têm 40 mil itens no acervo e atende toda a comunidade de estudantes e demais interessados. Nas suas várias mudanças de endereço, teve que se adaptar ao prédio que lhe era ofereci-do, mas sempre foi central. Impossível adquirir outro terreno central ava-liado em cerca de R$ 5 milhões para construir a biblioteca, pois as verbas

próprios do Museu. Realizamos duas licitações neste semestre para esta etapa e nenhuma empresa apareceu. E não é por causa de valor, porque quem fizer esse trabalho vai ganhar mais que o Prefeito, mensalmente. Aí, se foram três meses de trabalho burocrático que ninguém vê. As empresas que estiveram “in loco”, sugeriram novas aberturas. Nosso objetivo é manter a tipologia original do prédio, dentro do que restou dela desde 1913. Os orçamentos dessas empresas ultrapassam os R$ 200 mil e fica óbvio que querem enriquecer às custas da sublocação de mão de obra e principalmente do dinheiro públi-co, pois este trabalho será 90% feito manualmente e quem vai realizá-lo será artesão, um carpinteiro ou um marceneiro. Vamos pagar o preço justo pelos serviços sem explorar ninguém. Esse é outro problema, mas nós não nos entregamos: a Secretária Eliana Passarin conseguiu mais R$ 200 mil para o museu por meio do Fundo ATAR. Inscrevemos o projeto de restauro no Edital do IBRAM, soli-citando R$ 270 mil. Em 2012 teremos mais R$ 35 mil de recursos próprios e creio que o Governo Municipal há de se sensibilizar também. Já estamos finalizando uma nova licitação, agora, incluindo as janelas, forro superior, entrepiso, assoalho, drenos no sub-solo para resolver as infiltrações e a umidade, escada interna, plataforma elevatória, instalações de lógica, SPDA, PPCI e elétricas, climatização, reboco e pintura interna e demolição dos banheiros. Tomara que apareça alguém...

Integração - Fale um pouco so-bre a Casa das Artes.

Volpato - Estar como Presidente da Casa das Artes é bem mais difícil do que estar como Secretário de Cultura. O Secretário tem um status político maior e mais voz. Já o Presidente da Casa das Artes tem que se limitar a tudo, politicamente e na questão orçamentária, além de assumir todas as responsabilidades da legislação, sozinho, ou melhor, o Prefeito não responde pela Fundação, sou eu e o Tribunal de Contas. Lembrando que o presidente da Fundação não é remunerado e ainda administra a Biblioteca Pública e o Museu do Imigrante. Coisa pra louco mesmo... Quando assumi a presidência da Fun-dação prometi que entregaria a Casa das Artes 100%. Também foi uma promessa de campanha do Prefeito. Esse é um peso que eu carrego nas costas desde 1° de janeiro de 2009 e me incomoda muito. Desde então, trabalho sem descanso e exijo muito de minha equipe. No início, a pressão da comunidade era infernal e ainda é. Não havia um dia que um jornalista, um radialista ou um repórter ligasse. De um dia para o outro, eu tive que aprender a administrar, advogar, contabilizar e licitar no ambiente do serviço público e se tu não fazes o que tem para fazer ninguém faz por ti e a burocracia vem a galope lento... Tive que estudar todos os projetos civis, arquitetônicos e complementares

não caem do céu, e para reformar prédios velhos teríamos que utilizar re-cursos próprios, que não existem para isso, além de continuarmos com os mesmos problemas que se apresentam hoje.

Integração - A pra-ça era do Estado do Rio Grande do Sul. Como foi o processo de cedência da área para a prefeitura de Bento Gonçalves ?

Volpato - Quando descobri que a praça pertencia ao Governo do Estado, fui até o Depar-tamento de Patrimônio da Secretaria de Admi-nistração do Estado o Rio

Grande do Sul, em Porto Alegre, bati na porta e falei bem assim: eu quero a praça de volta! Nessa ocasião, co-nheci o Dr. Mário Ferrari, uma pessoa muito bacana, do departamento de patrimônio. Ele me ajudou a enca-minhar todo o processo. Por aqui, fui gerenciando esse projeto sozinho, até o momento da transferência ser vota-da pela Assembleia Legislativa, onde teve a parceria do prefeito Lunelli e da secretária Eliana Passarin.

“Conseguimos concretizar vários convênios

desta maneira, indo pessoalmente fazer

as propostas e depois entregando e explicando

os projetos”.

Integração - Como será este novo espaço cultural?

Volpato - Vai se chamar Espaço Mais Cultura Bento Gonçalves. Terá 1.695 metros quadrados de área construída, entre três pavimentos. A Biblioteca Castro Alves continuará com o mesmo nome e ocupará uma boa parte do espaço que, também sediará um auditório com 112 lugares que poderá ser utilizado para oficinas de teatro e dança. O espaço ainda abrigará cafeteria, salas de leitura, hemeroteca, banheiros, sala de cata-logação e triagem, sala de restauro e midiateca. A cafeteria estará dispo-nibilizando livros, jornais e revistas e terá um palco para o pessoal tocar violão, piano, declamar uma poesia e apresentar monólogos. No segundo pavimento, terá espaço para oficinas de desenho e pintura, de artes gráfi-cas, design, edição de cinema e sala de exposição. No terceiro piso, além da parte de acervos, terá oficina para crianças, brinquedoteca, clubinho de leitura e sala de jogos educativos para jovens e adultos. Também terá um espaço muito interessante, para a leitura braile, pois a biblioteca tem um acervo de leitura braile que não está sendo disponibilizado por falta de espaço. Tudo dotado com acessi-

bilidade para deficientes e segurança para o público. Teremos um ambiente multicultural em todos os sentidos, além da revitalização da Praça Cente-nário. O projeto é da arquiteta Isabel Filipon. Como ela conhece a praça Centenário desde o início, e o pai dela também conhecia, era a pessoa mais certa a estar na equipe. O Ministério da Cultura tem um modelo para o Espaço mais Cultura, mas como era muito simples nós o reformulamos. A verba federal está empenhada e a previsão de repasse é para janeiro de 2012. Assim, poderemos licitar e iniciar a obra em março de 2012, com prazo de 10 meses para o término mas, com o nosso clima, no inverno, não sei se será possível.

Integração - Por ocasião da ex-planação do projeto do Espaço Mais Cultura na Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves, quais foram as dúvidas ?

Volpato - Havia muita gente com medo e com opiniões baseadas em boatos de má fé. Imaginavam um arranha-céu de 10 andares e que deceparíamos todas as árvores. Um ou dois radialistas espalharam a polêmica da “destruição da praça” a partir de suas mentes fantásticas, e, baseados em informações que nunca tiveram a ética de buscar na fonte, induzindo aos ouvintes e moradores próximos ao local a pensar o que não deviam pensar. Ora, quem teve a capacidade de inventar isso, que responda por isso, porque esse não é o nosso projeto. Por isso tivemos que apresentar o projeto do Espaço Mais Cultura pela metade. Mas tudo bem, é difícil encontrar bons profissionais hoje em dia. Um gestor público tem tantas quantas responsabilidades com a comunidade, bem como tam-bém, tem um formador de opinião. Uma das dúvidas dos moradores era em relação à preservação da arborização que também era uma das nossas maiores preocupações. Realizamos um pré-levantamento sobre impacto ambiental acompa-nhados de um engenheiro ambiental. Possuímos mapeamento topográfico do terreno e no local estudado para a construção serão retiradas somente duas arvores exóticas, mais precisa-mente dois pinheiros americanos. O ajardinamento da biblioteca será feito com árvores nativas. Realizamos um estudo de sondagem do subsolo, perfurando cinco pontos diferentes, chegando até 15 metros de profun-didade, através do qual constatamos que não existem vertentes ou olhos d’água. Outra dúvida dos moradores era sobre o estacionamento: claro, tivemos que apresentar o projeto pela metade... O problema do estaciona-mento em Bento não é da biblioteca e se arrasta há anos. Quer dizer, exis-tem quase 70 mil veículos na cidade e a biblioteca é que tem que resolver agora? Óbvio que, não queremos que a instalação da biblioteca venha agravar o problema. Mas não vamos construir um estacionamento para

que o cara que vai ao centro resolva estacionar seu veículo ali, enquanto resolve seus afazeres particulares. Os frequentadores da Biblioteca Castro Alves são na maioria estudantes que não possuem veículos. Imaginemos que o fluxo de pessoas aumente na praça com o Espaço Mais Cultura: que bom, é isso que esperamos, praça é para ser frequentada, ademais , não estamos construindo um shopping, nem um centro comercial e nem um prédio habitacional... E o projeto con-templará estacionamento.

“Fui até o Departamento de Patrimônio

da Secretaria de Administração do Estado o Rio Grande do Sul, em

Porto Alegre, bati na porta e falei bem assim:

eu quero a praça de volta!”

Integração - Quantas vezes você já foi para Brasília a trabalho como gestor da cultura em Bento Gonçalves?

Volpato - Seis ou sete vezes a trabalho pela prefeitura e a troco de quase R$ 4.000.000,00 de recursos para o desenvolvimento cultural do nosso município. Sempre tento agendar. Quando eles não agendam, vou da mesma maneira e fico na fila até ser atendido, mas nunca tive pro-blemas maiores quanto a isso, pois somos respeitados no Ministério da Cultura. Conseguimos concretizar vários convênios desta maneira, indo pessoalmente fazer as propostas e depois entregando e explicando os projetos. Tem que convencê-los, de fato, e não é nada fácil. Eles pensam que, por Bento Gonçalves ser uma “cidade rica”, não precisa de recursos, mas não é bem assim. Tem que pelear pela descentralização dos recursos federais, explicar pra eles que se a ci-dadezinha lá do nordeste tem direito, nós também temos, pois no “cofrinho de Brasília” encontram-se os impostos do nosso município também.

Integração - Como está o an-damento do restauro do Museu do Imigrante?

Volpato - Recebemos o Museu caindo aos pedaços. Mas, eu não fujo da raia. A primeira etapa foi concluída e inclui o telhado, subcobertura em aço, calhas e telas para não entulhar folhas e restauro e tratamento das madeiras. O novo telhado ficou em teste durante o inverno e a obra foi aprovada. Foram investidos R$ 55 mil, oriundos do projeto Patrimônio é Show que já trouxe Oswaldo Mon-tenegro, Tom Zé, 14 Bis e Serginho Moá. A segunda etapa compreendia o restauro das 44 aberturas e do forro superior, no valor de R$ 55 mil, também arrecadados por meio do referido projeto, mais alguns recursos

de todo o prédio da Casa das Artes. Lidar com convênios atravancados. Em 2009, foi uma cobrança muito forte, fui praticamente obrigado a inaugurar o teatro, mas isso está aí para todo mundo aproveitar e ver o quanto a comunidade almejava e necessitava, era interesse público. Reformamos a Galeria de Arte e con-cluímos o Salão Nobre de Exposições, denominando-o de Anastácio Orli-kówski, por sugestão da comunidade artística. O prédio da Casa das Artes foi inaugurado em 2005, dentro de determinadas normas de segurança. De 2010 em diante, devido ao vo-lume de acesso de pessoas ao local e ao superaumento de público e à necessidade de se adaptar a todas as legislações que envolvem a segu-rança, refizemos em todo o prédio o Programa de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI), terminado em maio deste ano. Neste ano, acabamos de instalar um transformador de 112,5 KWA. Concluímos, equipamos e inauguramos a Sala de Cinema, atua-lizamos os projetos de mecânica e ilu-minação cênica e a licitação ocorrerá em janeiro de 2012, graças à ajuda e iniciativa da Secretária Jaqueline da SMED. Já possuímos as verbas para os camarins que também serão licitados em janeiro, rumo ao 100% da Casa das Artes. Sobre as atividades e eventos nem vou falar: são mais de cem por ano... Na Fundação e fora dela em todos os segmentos artísticos e cul-turais e mais o apoio aos eventos de terceiros...

“...é graças a minha personalidade, ao meu

temperamento, a minha cultura, identidade e ao

meu sangue italiano que os projetos estão dando

certo”.

Integração - A Lei do Fundo de Cultura está sendo reformulada?

Volpato - Sim. O Fundo de Cul-tura tem recursos próprios, vida própria, é uma lei própria. Só que, estamos com os recursos do Fundo atravancados à Lei de Auxílios e seus respectivos decretos (aquela das entidades parceiras, sabe?). O Fundo de Cultura não está funcionando em sua total possibilidade. Vamos pegar como exemplo um artista das plásti-cas, ou um músico, que são pessoas físicas. Se este artista, como pessoa física, quiser concorrer aos editais do fundo, não pode, porque a proposta tem que estar atrelada a alguma enti-dade parceira. Isso acabou amarrando a ação do Fundo de Cultura. Se os Editais públicos em nível de Governos Estadual e Federal, e que dispõem recursos públicos para pessoas físicas são legais e constitucionais, porque em Bento não pode??? A Secretaria e o Conselho de Cultura tem traba-lhando nisso há 5 meses. O Conselho tem representado a sociedade civil e principalmente aos artistas muito bem. Na nova versão, o Fundo de

Cultura será totalmente desvincu-lado da lei das entidades parceiras e será possível uma pessoa física apresentar projetos. A nova Lei do Fundo vai ser consolidada junto com as Leis da Secretaria, Conferência e Conselho de Cultura. Em conjunto, essas leis formalizarão a LEI DO SIS-TEMA MUNICIPAL DE CULTURA, que prevê, também, os Fóruns Setoriais de Cultura, o Plano Municipal de Cultura, o Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais (censo da cultu-ra), o Programa de Formação na Área da Cultura e os Sistemas Setoriais de Cultura, e outros vários benefícios à comunidade artística e em geral, que em 2012 será conclamada a discutir e a implementar tudo isso. Isto é, nós não paramos ainda... Com isso formalizaremos, no papel, a adesão ao Plano e ao Sistema Nacional de Cultura, que já existe, mas que tem que ficar tudo certinho.

Integração - Em 2011, a Secre-taria Municipal de Cultura trabalhou com recursos do Fundo. Como esses recursos foram aplicados?

Volpato - O Conselho de Cultura, a Comissão de Análise e Seleção de Projetos e as entidades da sociedade civil beneficiadas é que trabalharam com os recursos do Fundo. A Secre-taria não pode mexer num centavo. Foram aprovados 11 projetos pela referida Comissão e pelo Conselho, entre eles, um projeto da Associação Ativista Ecológica, do Gilnei Rigotto, com um link bem legal entre o meio ambiente e a cultura. O total de recur-sos investidos em 2011 foi de aproxi-madamente R$ 60 mil e os recursos que sobraram neste ano serão soma-dos aos do Fundo de Cultura 2012 e isso já foi aprovado pelo Secretário de Finanças e pela Secretária de Go-verno, portanto o Fundo não perdeu nada, e o Edital 2012 terá um aporte de recursos bastante considerável. Estaremos oferecendo mais oficinas de capacitação gratuitas.

Integração - A atuação da Se-cretaria Municipal de Cultura tem se caracterizado pela elaboração e aprovação de projetos para captação de programas federais. Como tem sido esse processo?

Volpato - Os anos de 2010 e 2011 foram muito trabalhosos, elaboramos muitos projetos e nem todos foram aprovados e temos outros concor-rendo a editais. Particularmente, já possuo bastante prática em elaborar projetos, é por isso, também, que uma faculdade e pós- graduação valem a pena. Um dia uma pessoa falou numa rádio, que não queria saber de projetos. Mas eu quero saber, porque isso aqui é um órgão público e não um boteco de esquina que tu vai lá e faz um puxadinho atrás e depois um do lado e sem projeto. Aqui, fazemos projetos de R$ 1.800.000,00, aprova-mos no Ministério e trazemos para Bento e vamos continuar fazendo. Fizemos e aprovamos junto ao Minis-tério 5 pontos de cultura, 22 Arca das Letras, 10 Pontos de Leitura, 8 Cines e Mais Cultura, 15 agentes de leitura

e a provamos mais um projeto no Edital Modernização de Bibliotecas, totalizando quase R$ 1.700.000,00 de recursos para Bento. Ah! Repassados e sendo utilizados, não são só projetos. São mais de 10 bairros e 4 distritos envolvidos, quase 2.000 pessoas participando das ações citadas, sem contar com o público. Isso é fomentar o desenvolvimento cultural. São R$ 180 mil para cada Ponto de Cultura, que objetiva o fomento e a poten-cialização de atividades artísticas e culturais já existentes. Temos Ponto de Cultura em Tuiuty, Caminhos de Pedra, Faria Lemos e nos bairros Vila Nova e Progresso, mas que atendem a outros bairros também. No bairro Vila Nova, por exemplo, o Ponto de Cultura Acorde atende 150 crianças carentes, que aprendem canto, decla-mação, violão, violino e flauta, além do projeto Caldeirão Gastronômico que integra este Ponto. Outros con-vênios importantes são os Pontos de Leitura e o Arca das Letras, sendo o primeiro caracterizado pela imple-mentação de 10 mini-bibliotecas em bairros periféricos e o segundo, pela implantação de 22 mini-bibliotecas nas linhas mais distantes do interior. Viva os projetos.

Integração - Você tem o tem-peramento forte. Como tem lidado com esse seu temperamento forte na política?

Volpato - Digamos que isso tem me feito muito bem, porque é graças a minha personalidade, ao meu temperamento, a minha cultura, identidade e ao meu sangue italiano que os projetos estão dando certo. Meus antepassados atravessaram o mar, passaram fome. Aqui, abriram estrada a picão, são pessoas que vieram para trabalhar, e essa questão de brigar pelas coisas, de ter o tem-peramento forte, é para não morrer na praia. Tem que ter uma mão de ferro, porque senão te montam a cavalo. Tem funcionário público que não quer saber de trabalhar, tem estagiário que acha que vem aqui passear, cargo de confiança que pensa que é só ficar sentado, tem os politiqueiros, os invejosos... Nesses três anos, quem quis levar vida boa não durou. Mas tem gente muito boa aqui comigo, portanto não é um fato a ser generalizado. Agora, é sempre mais fácil colocar a culpa num gestor público, né? Seria bom todo mundo olhar o seu temperamento primeiro. A Dilma também tem temperamento forte. Não sou Jesus Cristo e não estendo a outra face mas, sou uma pessoa correta, honesta, muito persistente, quero tudo no lugar e cobro muito, porque a comunidade me cobra mais ainda. Porque se o Gestor Público deixar o patrimônio público cair aos pedaços pode até ser preso e se as coisas andarem de ré então é melhor desistir. Eu nasci e me criei na Vila Conceição, se não tivesse boa educação e boa índole poderia ter sido bandido, traficante, estelio-natário, em função do meio. Meus pais me ensinaram a trabalhar, a ser forte, a nunca cair no meio

continua 4

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do caminho e isso se reflete nesta passagem como gestor pú-blico a nas outras coisas que faço. Sou graduado e pós- graduado numa Federal, não paguei diploma, viajei fazendo turnê por todo o Brasil, é por isso que eu sou um maestro, pelas ba-talhas da vida: escrevo música, toco, canto, leio partitura, faço arranjos,sou regente de orquestras e corais, graças ao meu temperamento. Tem outra coisa: existem algumas pessoas que generalizam e tratam todos os fun-cionários públicos com desprezo e deboche, ofendendo inclusive, e aí, qualquer temperamento muda. Hon-ro cada centavo que recebo de salário e teria que tirar férias de três anos, por todas as horas extras que já fiz. Então, não é bem assim de uns e outros acharem que todo homem público é escória. Se não tivesse temperamento forte, já teria saído correndo daqui no primeiro dia. Muitos querem ser Se-cretário ou Presidente da Casa e ficam tentando achar coisinhas e fazendo fofoquinhas para estragar nosso trabalho e nos derrubar. E aí, com tudo isso, eu tenho que me encolher, encolher e encolher até desistir? Haja temperamento... E ainda tem uns que dizem que eu não sou político, que sou um técnico... Ora, então é meu fantasma que está aqui...

Integração - Houve nesses três anos situações que você bateu de frente com o prefeito Lunelli. Que

fatos acarretaram os atritos? Volpato - O Prefeito é muito in-

teligente e muito experiente. Ele me bota no bolso. Foi uma única vez. A criação do Fundo Municipal de Cul-tura. Na 1ª Conferência Municipal de Cultura o Prefeito assinou um termo de compromisso com a cidade para a instituição do Fundo Municipal de Cultura. Só que eu fiquei com a res-ponsabilidade ouvindo de tudo, de todos. Como criar o fundo sem apoio político e nem verba? O prefeito pro-meteu e acabou ficando nas minhas costas. Todos os dias alguém da co-munidade cobrava. E vinha jornalista cobrar, com razão. Aí um dia vieram quatro pessoas na Fundação cobrar o fundo. Num outro dia vieram sete. Eu propus marcar uma data para um grupo ir até o gabinete do Prefeito, ci-vilizadamente, perguntar se ele ia ou não criar o fundo. Essa data nunca foi agendada e a cobrança para cima de mim era forte. Então, sem agenda, fomos em 27 pessoas, entre artis-tas e representantes de entidades, até o gabinete pressionar. A partir daquele momento ele viu que o interesse público era grande e fez a parte dele, cumpriu e honrou a pala-vra e a galera agradece e está muito feliz. Depois tive que brigar, porque não tinha advogado para ajudar a elaborar a Lei do Fundo... A questão da Secretaria da Cultura também era meio complicada. Eu já havia estuda-do o Plano e o Sistema Nacional de

Cultura e ninguém sabia o que era isso. Queria Bento em trâmite com o MINC. Sabia da necessidade e dos benefícios para a cidade, e o resulta-do está aí para todo mundo conferir. O Prefeito Lunelli sabia das verbas em Brasília e apostou. A prefeitura já possuía toda uma estrutura de funcio-nários, não havendo a necessidade de novas contratações. A única despesa que o município teve foi a diferença salarial entre Secretário e Secretario Adjunto. Por mais de R$ 3 milhões tá bom, né?

“Haja temperamento... E ainda tem uns que

dizem que eu não sou político, que sou um

técnico... Ora, então é meu fantasma que está

aqui... “

Integração - Algo que queira acrescentar?

Volpato - A minha maior preo-cupação hoje é a Fundação Casa das Artes, é outra briga. A Fundação é um xodó para os bento-gonçalvenses, é motivo de orgulho para a cidade.Te-nho trabalhado direto nos três turnos e de madrugada, eu quase não dur-mo. Eu abandonei a minha profissão lá fora, minha gravadora, abandonei a regência de 6 corais e de duas

orquestras, eu vejo a minha esposa quando dá, não tomo mais chimarrão com meus pais. Tenho me dedicado e tem dado certo, mas eu aceito criticas e sugestões que tenham fundamento, preciso delas. Agradeço ao prefeito Lunelli pela oportunidade. Não me acostumei a usar paletó. Nunca tive essa coisa do poder, isso que muita gente briga, eu não estou nem aí para isso e continuo com a minha essência de Juliano. Passei 15 anos tocando em outros palcos da vida, como músico. Tudo o que eu prometi para a comunidade, eu cumpri e não sou candidato a nada, e fiz mais do que o prometido, com o auxílio de uma super e louvável equipe e da comunidade. Para cumprir o restante que falta e está em andamento, tenho mais um ano. A Casa das Artes eu vou entregar 100%, custe o que custar. E essa história de que eu não entendo de política é uma balela. Eu entendo e faço política mais do que muitos políticos que transitam por aí há décadas. É que eu tenho esse jeito meio louco de falar, afinal, sou artista. Eu sou político, só que do meu jeito. Também sou meio comediante, pelo meu jeito. Blás, blés e bluns! E eu falo das coisas que estão erradas, mas além de falar, vou lá e conserto e mostro que dá para melhorar. Só pra vocês entenderem mesmo, nessas últimas frases estou brigando comigo mesmo... Ou então já estou falando sozinho... Arrivederci.

Continuação entrevista JULIANO VOLPATO

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ANO 10 | Nº 127 | DEZEMBRO 2011 / JANEIRO 2012 | www.integracaodaserra.com.brDistribuiçãoGRATUITA

Editorial

Construção civil aquecida muda cenário urbanode Bento Gonçalves

No ano em que comemoramos 10 anos de fundação...O leitor ganhou seu espaço.As sobrecapas ganharam um diferencial: pela primeira vez, quatro delas foram de equipes.No esporte, uma jornalista estreou. Continuamos valorizando as nossas raízes, dando voz ao homem do interior.Na cultura, cineastas, músicos, escritores, artistas plásticos, artistas de rua... se expressaram.Na saúde, profissionais assinaram seus conhecimentos.Criamos o slogan “10 anos reportando experiências”.Conectamo-nos a novas redes sociais.Adicionamos ao mailing mais de 40 mil endereços eletrônicos.Fotografamos festas, seminários, grandes feiras e aniversários de amigos.Homenageamos personalidades, que ocuparam as páginas dedicadas à en-trevista de sobrecapa, sob uma linha editorial de credibilidade, já conhecida em toda a região e estado. Na nossa festa de 10 anos, os entrevistados da sobrecapa receberam um quadro com a caricatura original desenhada pelo artista Ernani Cousandier.Mas, principalmente, atingimos nossa meta maior

Informar fazendo a diferença.A todos os nossos leitores, anunciantes, colaboradores, colunistas e amigos desejamos Boas Festas e um Feliz Ano Novo!

ComunicadoO Jornal Integração da Serra estará em férias coletivas de

26 de dezembro de 2011 a 8 de janeiro de 2012. Voltaremos a circular no início de fevereiro de 2012. Atenciosamente,

A Direção

Amigosecreto.com

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02 Jornal Integração da Serra | 15 de dezembro de 2011Opinião

Os artigos publicados com assinatura são

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propósito de refletir as diversas tendências

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Linda esta época do ano. Paz, lindas propagandas na TV.

Mensagens emocionantes que nos inspiram a reflexão, tranquilidade e descanso.

Certo? Não. Errado! Esta para mim é a pior época do

ano. Eu entro “em curto”. Tudo que não fiz ou que não consegui concluir durante todo o ano, fico enlouquecida para fazer ou terminar.

Tudo me estressa, me enche de cul-pa e pressa. A televisão, os comerciais, os Papais-Noéis de barbas mal-coladas das lojas, me mandam gastar. Sim, gas-te, compre, consuma, troque de carro (meu Deus, qual escolho?), emagreça, presenteie, corra... fuja!

Nesta época, me sinto pressionada e esmagada pelo “ter que fazer”. Tenho que ir a Gramado ver o Natal Luz, ver pela centésima vez o Roberto Carlos cantando no especial de fim de ano (mesmo não gostando dele...), mandar cartões, montar árvore de Natal, enfei-tar a casa, a porta, as gatas, o escritório...Comprar presentes, ver o panettone que amo custando uma fortuna, e saber que nunca vou ganhar o que gosto, porque sempre me dão aqueles duros e “caseiros”...

Tenho que decidir onde passar o Natal, quem convidar, o que vestir...Pen-sar na sobremesa, se comerei chester, peru, tender ou sei lá o que estiver no super em promoção....

Onde foi parar o Natal lindo que tínhamos uma vez? Por que era tão bom esperar e se preparar para a festa? Por que todas as coisas que citei ficaram tão chatas e automáticas?

Não sei. Talvez, porque ninguém mais se importe com o “sentido” do Natal. Ou talvez, porque perdemos a

inocência, a bondade, a verdade...Este ano não farei nenhuma destas

coisas que sempre fiz.Este ano para mim foi depurador,

de renovação. Eliminei tudo e todos que não me faziam bem ou nada me acrescentavam. Então, para encerrar com chave de ouro, decidi não fazer nada que eu realmente não sinta prazer ou vontade de fazer.

Este ano quero estar só com quem quero e amo nestas festas de final de ano.

Vou viajar para bem longe. Sorrir, se tiver vontade. Não ter que tolerar, por conveniência ou educação, gente que passei o ano todo dando curva para não conviver.

Quero presentear quem eu real-mente tiver vontade e ter certeza de que já é um presente a minha presença, amor e amizade.

Não vou mandar cartões e nem re-tribuir. Vou ligar ou dizer pessoalmente o que eu estiver sentindo. Não vou usar frases feitas em cartões impressos.

Não vou me preocupar com ceia, com roupa, com decoração ou con-vidados. Este vai ser um Natal e Ano Novo de celebração das mudanças e da coragem de mudar.

A festa vai ser estar renovada. A ceia, o que tivermos vontade de co-mer e beber. A roupa a que estivermos vestindo. Os abraços e beijos serão verdadeiros, assim como o desejo de que o ano novo seja verdadeiramente de paz e felicidade.

Desejo a vocês um feliz Natal e um Ano Novo de verdade!

Gostei do Jornal Integração: bela apresentação, conteúdos variados, ilustrados e bem colorido. ZH que se cuide...Ir. Armando Luiz Bortolini - Porto Alegre

A matéria (artistas, Ed. 126) está bem legal, parabéns e obrigado.Boca Migotto - Porto Alegre

Considerando a carência econômica de minha família e o estado debilitado de meu pai fomos buscar ajuda junto ao Lar do Ancião. Fomos tomados de pavor ao sabermos do valor mensal. Ao questionarmos o fato do lar ser uma entidade filantrópica e recebedora de recursos municipais, apelamos para a contraparti-da que a entidade deveria ter do município. Para nossa surpresa, mais uma vez, soubemos que, em 2010, não houve alocação de idosos para o Lar e o mesmo se negou a atender nosso pai. Sendo o Lar uma entidade recebedora de recursos municipais, onde está a contra-partida do município? Remeto este para as mais altas instâncias, desabafando, não prevendo punição, mas um ajuste à legislação.Leonardo Giovanella - Bento Gonçalves

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0315 de dezembro de 2011 | Jornal Integração da Serra Agricultura

Fruticultura de Bento GonçalvesThompsson DidonéTécnico ASCAR/RS - EMATER BG

A instabilidade climática dos úl-timos anos tem gerado um clima de insegurança aos produtores rurais de Bento Gonçalves, causando enormes prejuízos de produtividade e, em al-guns casos, interferindo na qualidade final da produção.

Em dezembro de 2009, o município de Bento Gonçalves foi atingido por um vendaval e, quase 100 famílias tiveram em torno de 150 hectares de vinhedos. com prejuízos imediatos, seja pelo efei-to do vendaval (queda do vinhedo) ou pela ocorrência de doenças fúngicas, advindas dos danos mecânicos (feri-mentos) sofridos pelas parreirais.

Há dois anos, tivemos ocorrência de alta precipitação pluviométrica (chuva) na colheita do pêssego e ameixa, fato que causou rachaduras na epiderme (casca) e na polpa dos frutos, inviabi-lizando estes frutos deformados para o comércio. Neste mesmo ano, muitos pomares haviam sido castigados pela ocorrência de geadas tardias, fato que diminuiu a produção e causou a ra-chadura no caroço dos frutos, os quais

também tiveram pouco ou nenhum valor comercial.

No ano passado, em alguns vinhe-dos e pomares, houve incidência de granizo. Os maiores prejuízos foram em alguns pomares de caqui, chegando em certos casos a comprometer toda a produção, além das pedras de gelo causarem ferimentos nos galhos das plantas, comprometendo também a produção deste ano.

Esta safra de frutas esta sendo mar-cada pela baixa precipitação pluviomé-trica, comprometendo a produtividade das frutas que estão sendo colhidas neste final de ano.

A colheita das variedades precoces de pêssegos foram menos atingidas, mas as variedades de ciclo médio, como é o caso da variedade de pêssego Chimarrita (mais plantada em Bento Gonçalves), variedade Marli e ameixas Reubenel e Fortune (italianinha), que estão em fase de colheita, tiveram prejuízos quanto ao calibre dos frutos (tamanho), com produtividade menor, quando comparada a anos anteriores.

Em pomares instalados em solos de pouca profundidade, onde geralmente existe afloramento de rochas e que o produtor não conseguiu fazer irriga-ção, constatamos sérios prejuízos não somente na produção, mas também no comprometimento fisiológico das plantas, em que a seca continuando, poderemos registrar a morte destas plantas.

Em contrapartida, com o tempo seco e bastante insolação, praticamente não registramos a contaminação destes frutos por doenças fúngicas, como é o caso da podridão parda, típica de clima quente e úmido. Estão sendo colhidos frutos com uma coloração bastante avermelhada e ótima concentração de açúcar; polpa firme e excelente sabor.

Quanto à uva, principal produção de nosso município, a ocorrência de doenças fúngicas também está sendo menor em relação a anos anteriores. A safra já teve início na região de menor altitude (costa do Rio das Antas), com a variedade Vênus sendo comercializada para o consumo in natura. Os vinhedos

localizados nas encostas estão menos sujeitos aos prejuízos causados pela pouca pluviosidade, mas nos vinhe-dos instalados em solos mais rasos, geralmente mais planos, percebe-se plantas que apresentam sinais de mur-chamento.

Uma boa saída, neste ano, seria a utilização de algum sistema de irri-gação, para aqueles produtores que possuem reservatórios de água ou acesso a recursos hídricos. Para isto, deve ser avaliada a viabilidade técnica, econômica e social do investimento, considerando aspectos, como o solo (tipo e uniformidade), água (quantida-de e qualidade), clima, cultura e manejo da irrigação.

De maneira geral, teremos uma diminuição na quantidade de pêsse-gos, ameixas e nectarinas produzidas nesta safra em Bento Gonçalves, porém com uma qualidade superior quando comparada a anos anteriores. Quanto à uva, ainda é cedo para quantificar a produção e a qualidade da fruta que será colhida.

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Teutônia, o sorteio de um automóvel 0 km, de duas motos e de mais de R$ 20 mil em prêmios diversos.

“Ficamos muito satisfeitos com o sucesso dessa edição. A Festa Metalúrgica faz parte de um projeto de ações que nosso Sindicato vem promovendo, bem como os encontros de integra-ção nas subsedes e a agenda de atividades, com o objetivo de consolidar uma relação cada vez mais próxima com o associado, numa caminhada que só tende a trazer frutos positivos para todos”, afirma Elvio de Lima.

04 Jornal Integração da Serra | 15 de dezembro de 2011Entidades

Perante um público de mais de 3,5 mil pesso-as, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (STIMMME) elegeu, no último dia 10 de dezem-bro, as soberanas que vão representar a categoria no período 2012/2013. A nova corte é composta pela rainha Gabriele Porto, da empresa Sulmaq, de Guaporé; 1ª princesa Camila Caumo, da Meber Metais, de Bento Gonçalves, e 2ª princesa, Mayara Mazeto, da Lupatech, de Veranópolis. Elas foram eleitas dentre 17 candidatas que participaram da quarta edição do concurso, idealizado pela diretoria de Elvio de Lima para valorizar e reco-nhecer a importância da parcela feminina no segmento. “Tivemos a alegria de contar com a participação de mulheres belas e inteligentes, traduzindo muito daquilo que há de melhor em nossas empresas. Todas cumpriram muito bem o desafio de participar do concurso e merecem nossa parabenização”, disse o presidente do STIMMME, Elvio de Lima. O desfile das candidatas rendeu também premiação à Lupatech, eleita melhor torcida.

A escolha das novas soberanas ocorreu du-rante a Festa Metalúrgica, encontro promovido anualmente pelo STIMMME para reunir e integrar os profissionais associados e seus familiares. Sua 13ª edição ocorreu no pavilhão B do Parque de Eventos de Bento Gonçalves. Para o público con-vidado, o Sindicato ofereceu almoço servido pelo Buffet Dalla Costa e preparou atrações especiais como a apresentação musical da Orquestra de

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Bento Gonçalves (SEC-BG) promoveu, na noite da última sexta-feira (16) a Cerimônia de Posse da Diretoria – Gestão 2011/2015. O evento, realizado na Casa Bucco, reu-niu, além da diretoria e representantes da imprensa, membros da Comissão Eleitoral e autoridades.

Em seu discurso de posse, a presi-dente reeleita para o quinto mandato consecutivo com 98,3% de aprovação dos associados destacou a dificuldade de se formar um grupo comprome-tido para presidir uma entidade na sociedade atual. “Este maravilhoso momento festivo que estamos viven-do faz parecer que é fácil chegar onde chegamos.

O SECBG, no último 28 de no-vembro, completou 34 anos de vida institucional continuada, represen-tando comerciários de vários ramos da

O novo presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC/BG) Jordano Zanesco é o 48º presidente da entidade. Ele foi empossa-do no último dia 1 de dezembro, para o biênio 2012/2013, em jantar festivo, recebendo o cargo ocupado pelo empresário Henrique Tecchio. O evento de posse também foi marcado pela entrega do Título de Sócio-Honorário a Ademar Petry, que presidiu a entidade na gestão 2008-2009. O segundo momento da noite ficou por conta da entrega do Mérito Empresarial de Bento Gonçalves para Euclides Rizzi (Lidear Máquinas do Brasil), Helenir Bedin (Lojas Carllize) e Tarcísio Vasco Michelon (Rede Dall´Onder de Hotéis) nas categorias Indústria, Comércio e Serviços. Agora, são 27 empresários homenageados com a distin-

Cerca de 700 pessoas prestigiaram a abertura do Natal Bento 2011, na noite de 2 de dezembro, em frente à prefeitura, na praça Via Del Vino. O evento foi marcado pela apresentação da Orquestra Cinquentenário, de Farroupilha, do tenor Vinícius Brandelli e do Quarteto de Cordas. Paralelo aos shows, foi realizado o passeio pelo Caminho dos Presépios, com ônibus cedido pela Giordani Turismo.

O Natal Bento 2011 segue até o dia 06 de janeiro, numa promoção do Comitê Natal Bento, coordenado pela Prefei-tura, através da Secretaria Municipal de Turismo (SEMTUR), em parceria com a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). Recebe apoio do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas), Universidade de Caxias do Sul (UCS), Secretaria Municipal da Cultura, Secretaria Municipal de Educação (SMED), União das Associações Comunitárias e de Moradores de Bairros (UACB) e Fundação Casa das Artes. A programação completa está no site www.turismobento.com.br.

Jordano Zanesco iniciou sua gestão à frente do CIC de Bento

Zanesco assumiu presidência do CIC em noite de homenagens

Evandro Soaresção, conferida pela entidade desde 1989.

Zanesco é Bacharel em Informática com pós-graduação em Gestão de Pessoas, especialização em Gestão Estratégica de Negócios e com MBA em Gestão de Negócios e Intuição. Teve impor-tante participação na ExpoBento, ocupando as funções de vice-diretor geral, diretor de Mar-keting, vice-presidente e presidente na edição de 2004. Também atuou como vice-presidente da Federação das Associações dos Jovens Em-presários do RS (Fajers) e como presidente da Associação dos Jovens Empresários de Bento Gonçalves (AjeBento). No CIC/BG exerceu a fun-ção de diretor de Micro e Pequenas Empresas. Hoje é diretor comercial da Comabe Soluções em Impressão.

SEC-BG empossa diretoria gestão 2011/2015

A comerciária Orildes Maria Lottici foi reempossada na presidência do SEC-BG

com mandato até 2015

Sílvia Tonon

atividade econômica de 19 municípios da região, firmando convenções co-letivas, simultaneamente com vários sindicatos patronais, sendo a grande maioria, de representação estadual e muito bem assessorada. Hoje temos diretores preparados no campo sindi-cal, que estão capacitados para as mais diversas situações, seja para o processo de negociação coletiva a uma mobili-zação nacional, de uma ação social e solidária na nossa base territorial a uma representação internacional. Mas todos aqui conhecemos a dificuldade que é convencer as pessoas de assumirem o papel coletivo”, ressaltou.

Conforme a Presidente, para mon-tar a chapa foram realizadas 32 entre-vistas com sócios, dos quais, seis acei-taram o compromisso e o desafio e na última sexta-feira passaram a integrar a Diretoria do SEC-BG com mandato até 2015, renovando em 1/3 o conjunto

de dirigentes da entidade. “Mas para o bem da verdade, nem tudo é dificul-dade. Temos a confiança dos trabalha-dores comerciários que autorizaram esta nova gestão, com um índice de dar coragem: 98,3% disseram sim para esta diretoria”, comemorou.

A diretoria empossada está assim constituída: Presidente: Orildes Maria Lottici; Secretário Geral: Sérgio Marino Ribeiro Neves; Tesoureiro: Nelso Tre-visan; Diretor de Formação Sindical: Gilson Antônio Faccin; Diretor de Re-lações Institucionais: Mauri Chaves de Escobar; Diretor de Patrimônio: Anadir Ficagna Fiorentin. Diretores: Rosmari Valduga, Teresinha Mikolaiczyka José, Jamir de Farias Borges, Emanuele Damaceno, Railda Paula Santos, João Nascimento Mota Kellermann, Justino Natal Conte, Janete Maria Geremia Be-luzzo, José Carlos Machado, Idir Heitor Dall’Agnol e Marli Slongo.

Cerca de 700 pessoas prestigiaram shows de abertura do Natal Bento

Almir Dupont

Presidente Elvio de Lima e a nova corte eleita

Stimmme elege soberanas em Festa Metalúrgica para 3,5 mil pessoas

Divulgação

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0515 de dezembro de 2011 | Jornal Integração da Serra Empresas & Cia

Encerra no próximo dia 31 de dezembro o período para participar da campanha interativa “Minha Arvy - E você, o que faz pelo futuro do nosso planeta?”. Dirigido a internautas em geral, tem como objetivo socializar idéias para a preservação da natureza através de práticas no dia a dia.

A iniciativa da Arvy Móveis foi desenvolvida em 2010 para comemorar os 10 anos de fundação da empresa moveleira de Bento Gonçalves, fortemente identificada com a questão ambiental desde sua criação. Seu parque industrial foi implantado com sistema de coleta de água da chuva, ventilação e ilumina-ção naturais e diferenciais na produção que garantiram à empresa o destaque como terceira do setor no país a conquistar a ISO ambiental 14001.

Para participar, basta acessar o site http://www.arvy.ind.br/10anos/ se ca-dastrar e postar sua sugestão para preservar o Planeta no Espaço de Atitudes. As ideias mais votadas serão premiadas: 1º lugar - Estação de trabalho, uma cadeira exclusiva e 50 mudas de árvores; 2º lugar – Mesa de trabalho e 30 mudas de árvores; 3º lugar - Mesa de trabalho e 20 mudas de árvores.

A Refinaria Deli Gourmet, localizada na Rua José Martelli, 58, bairro Maria Goretti, que nasceu com a proposta de trazer mais sabor aos momentos especiais e memorá-veis, apresenta uma receita refinada, com produtos especialmente selecionados, para as festas de Final de Ano. Como sugestão de entrada os saborosos Grissinis, palitinhos crocantes originários de Turim. Acompanha-dos por uma Bruschetta de Alcachofra, da marca La Pastina. Para harmonizar a entrada, a sugestão é o Espumante Reserva Moscatel, da Casa Valduga.

O prato principal Risoto de Quatro Queijos Rosé e Macadâmia

Em 1 litro de água fervente dis-

solva um tablete de

A Medicinalles Farmácia de Mani-pulação, situada na Saldanha Marinho 521, centro de Bento Gonçalves, há 13 anos no mercado, recentemente mudou o leiaute tornando-se uma empresa mais moderna e aconche-gante especializada em manipulação de medicamentos e cosméticos. Hoje, a farmácia conta com uma equipe de 12 pessoas comprometidas com o bom atendimento. A Medicinalles oferece as melhores soluções para a manipulação de medicamentos para as mais variadas necessidades. Além da economia de pagar somente o que irá consumir, os clientes tam-bém têm a garantia de qualidade dentro das exigências do Ministério da Saúde (ANVISA). Outro diferencial é a associação de medicamentos, porque há doenças que precisam ser tratadas com vários remédios ao mesmo tempo.

A farmácia também comercializa loções, sabonetes, aromatizadores de ambientes, necessaires, saches perfumados, sabonetes italianos, bonecas perfumadas, produtos da

O Hotel Villa Michelon, com o apoio da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), está intensificando os preparativos para o começo oficial da Vindima no Vale dos Vinhedos. O even-to de abertura, no Villa Michelon, está programado para iniciar às 17 horas, do dia 28 de janeiro de 2012, com a colheita nos vinhedos do hotel. Para a programação, que segue até o final de março, estão sendo esperados mais de 40 mil visitantes.

As atrações da Vindima no Vale dos Vinhedos integram a programação do Bento em Vindima. Com o apelo da colheita da uva, empreendimentos do roteiro oferecem atrações especiais para turistas, que vêm em busca de no-vas experiências em torno da cultura do vinho. Apostando no atrativo na-tural, os empreendimentos do roteiro incrementam a programação lançando opções em torno da cultura da uva e do vinho. O turista pode participar de um dia de colheita, viver a experiência de amassar as uvas com os pés, se divertir

Refinaria Deli Gourmet sugereprato para festas de final de ano

Acessando o site refinariadeligourmet.com.br, você co-nhece outros produtos, sugestões para presentear e dicas de pratos refinados. (54) 3454-3116. Curta também a página no Facebook: Refinaria Deli Gourmet.

caldo de legumes e reserve.Refogue uma cebola pequena e um

dente de alho na Manteiga President. Acres-cente o Arroz Carmaroli, da Riso Inverni, e deixe dourar por um minuto. Regue com uma taça de Espumante Arte Brut Casa Valduga e deixe absorver o espumante em fogo baixo. Hidrate com o caldo de legumes e mexa o arroz até o cozimento. Quando o arroz estiver cozido, misture o Molho Bertolli de Quatro Queijos Rosé. Retire do fogo e acrescente a Macadâmia Refinaria grosseiramente picada. Para harmonizar, nossa sugestão é o Espumante Arte Brut, da Casa Valduga.

Gran FinaleO refinado e legítimo Panetone, da ita-

liana Bonifanti, no sabor Limonello. Acom-panhado pelo Espumante Reserva Moscatel da Casa Valduga.

Divulgação

Medicinalles completa13 anos com novo leiaute

Amazônia, entre outros. Comercializa, ainda, Florais de Bach, de Minas, Saint Germain, do Sul e da Califórnia. Os pedidos podem ser feitos através do telefone 3452- 3339. O serviço de te-leentrega também é disponibilizado. Nesta época natalina, uma das opções é o Difusor de Aromas Cheiro de Natal, com um blend composto por notas de: Pinheirinho de Natal, Bolinho da vovó e Boneca Susi. Um requinte a mais para seu ambiente familiar.

A farmacêutica Ivana Casagranda e a mãe Ilda Paludo Casagranda

Divulgação

Campanha Minha Arvy está na reta final

Villa Michelon intensifica preparativos para a abertura da vindima no Vale

com a alegria do filó italiano, cantar e dançar com corais, saborear produtos coloniais ou jantares harmonizados, passear entre os vinhedos e degustar uvas, vinhos e espumantes.

São mais de 30 vinícolas aber-tas para visitação e degustação, em sua maioria cantinas familiares que apostam no atendimento personali-zado feito pelo proprietário. O grande destaque é a própria colheita da uva que envolve cantineiros, enólogos, agricultores, possibilitando ao turista a vivência da vindima na prática. [email protected].

Abriu em Bento a loja Sempre Belapara mulheres atentas à qualidade

Conceito.com

Kátia Bortolini

As mulheres de Bento Gonçalves e região, atentas à qualidade, a partir deste mês de dezembro, estão contan-do com a loja Sempre Bela, especializa-da em lingeries, fitness e joias folhadas a ouro e prata. O estabelecimento, situado na rua General Gomes Carneiro, 171, sala 1, centro de Bento Gonçalves, iniciou atividades com produtos pp até extra gg, direto de fábrica, para agradar desde meninas até jovens senhoras. Outros diferenciais da loja são a venda a lojistas e o tele-atendimento.

A proprietária, Maristela da Cunha, tem uma proposta diferenciada ao atender a clientela a domicilio ou no local de trabalho. A cliente liga para o fone (54) 3454- 4372 ou 99453444, des-creve o produto desejado e Maristela leva as opções para a escolha. Maristela salienta que a Sempre Bela está dispo-

nibilizando vendas a lojistas mediante a constatação do deslocamento de muitas comerciantes de Bento Gonçal-ves e região ao município de Guaporé. “Sabemos que o tempo é valioso. Por isso, queremos ajudar as pessoas a economizá-lo”, salienta ela.

Josiane Cereza e Maristela Da Cunha

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Geral06 Jornal Integração da Serra | 15 de dezembro de 2011

“O acréscimo do consumo de vinhos elaborados no Brasil tem refle-tido na busca de diferenciais para os rótulos das garrafas, entre outros com-ponentes do produto, como meios de chamar a atenção do consumidor”. A informação é da designer gráfica Luíza Schneider Protas. De acordo com ela, a tendência para rótulos é buscar o equilíbrio entre estética e informação, não desvalorizando nem um e nem outro. Luíza reitera que a prioridade do rótulo é a informação, e não a estética. “A utilização de cores fortes já está sendo bastante usada como elemento visual, mas o des-taque são as garrafas gravadas com serigrafia. Este processo gráfico gra-va em vidro, entre outros materiais,

marcando o consumidor e aflorando em ponto de venda”, observa ela. Segundo a designer, a serigrafia é a quebra do paradigma que consti-

Vinhos brasileiros investem em rótulos como diferencial

Luíza Schneider Protas

Trânsito de Bento Gonçalvesdiminui cerca de 30% nas férias

Nos meses de janeiro e feverei-ro, o movimento no trânsito de Ben-to Gonçalves diminui cerca de 30%. A informação é do diretor-geral do Departamento Municipal de Trânsi-

Pedro Soliman, diretor-geral do Departamento Municipal de Trânsito

to (DMT), Pedro Soliman.De acordo com ele, existem

em Bento Gonçalves 64.604 veí-culos emplacados pelo município.Soliman ressalta que o decréscimo de veículos em circulação na cida-de nos meses de férias de verão diminui acidentes em cerca de 50%. Ainda conforme Soliman, de novembro de 2010 ao mesmo período deste ano foram empla-cados 3.449 veículos em Bento Gonçalves.

Segundo estatística do DMT, da Brigada Militar e da Polícia Civil, de janeiro a outubro deste ano foram registrados 1.259 acidentes de trânsito somente no períme-tro urbano de Bento Gonçalves. Dirigir utilizando telefone celular e avançar o sinal vermelho são as principais causas de multas na cidade. A terceira maior causa de infração é o não uso de cinto de segurança, seguido por conduzir veículo sem Carteira Nacional de Habilitação.

Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal

Rótulos de serigrafia

tui a inovação. Ela acrescenta que novas formas de rotular são o próxi-mo passo. Luíza relata que o rótulo de vinho por muito tempo se manteve apenas como informativo, sua função quando surgiu em 4000 aC. na Grécia. “A apresentação do rótulo aparece antes da informação, diferenciando o marketing das marcas”, conclui a designer.

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Casamentos

08

Prazer em todos os detalhes

SocialJornal Integração da Serra | 15 de dezembro de 2011

BoasFestas!Planejar cada detalhe, fazendo da celebração um

espetáculo ao vivo e em cores, com flores, luzes, cenários e tendências. Confira os noivos clicados

por André Pellizzari, da Real Color Fotografias.

Anderson Dorss e Vanessa Marcolin casaram-se na Igreja São Bento, no último dia 26 de novembro

O casal Márcio Koltz e Assuele Larentis uniu-se na Igreja Santo Antônio, com festa no Clube Botafogo, no último dia 3 de dezembro

Casamento de Dalvo Piacentini e Francieli de Menezes ,realizado na Igreja Cristo Rei, com recepção no Susfa, no último dia 3 de dezembro

Iliene Ferranti Pinheiro e Diego Basso uniram-se no último dia 12 de novembro, na Igreja Santo Antônio, com recepção na Cave de Pedra

E S P E C I A L

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Social 0915 de dezembro de 2011 | Jornal Integração da Serra

[email protected]

JaneteNodari

L`América Shopping: 54 3451.7696Via Del Vino: 54 3452.4163

Luíza Protas comemora graduação em Design Gráfico (Uniritter)

“ A você que brilhou... A você que vai brilhar ainda mais em 2012... Feliz Natal! Feliz Ano Novo!”

DocumentárioO ano de 2011 foi especial para

o jovem músico Samuel Francesco Pedrotti. Ele participou do elenco do documentário sobre Enrica Passianot: Un baci su Cristo, il Santo su Pozzo (Um beijo no Cristo, Santo no Poço). Valeu!

Chave de OuroPara fechar com chave de ouro a

gestão 2010/11 do Centro da indús-tria e Comércio (CIC/BG). Henrique Tecchio e sua diretoria recepcionaram convidados na Lovara. A festa contou com show da Banda Viccia e mais, uma bela homenagem a Tecchio.

Os formandos em Pu-blicidade e Propaganda

(Faculdade Cenecista), Fernando Assumpção,

Daian Nodari e Isaac Merlo brindaram a

conquista com familiares e amigos com uma festa

no Restaurante Botafogo, após coloção de grau na

Fundaparque.

Janete Nodari

A diretoria da MOVERGS 2012/2013 na noite da posse no Dall´Onder

Grande Hotel

Evandro Soares

Moacyr Rigatti do Jornal Integração da Serra e o Pe. Ezequiel Dal Pozzo, em encontro de reflexão, na Igreja Cristo Rei, no último dia 6

Janete Nodari

Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal

A fofa Nalu Isabelle de Oliveira come-morou seu primeiro aninho com os

pais Jason e Janaína, a mana Amelie e familiares, no dia 25 de novembro

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Rua Dom José Baréa, 11 | Cidade Alta | Bento Gonçalves | 54 3452 3455 | 9977 2053 | [email protected] | www.leximoveis.com.br

Localizado em um dos mais novos bairros de Bento Gonçalves. Em meio à natureza, entre o verde dos parreirais, no coração da comunidade de São Valentim. Realização

CRECI - 782

Solidez em urbanismo

Continua(*) Ué! Mas eu disse que votaria a favor.

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Rua Dom José Baréa, 11 | Cidade Alta | Bento Gonçalves | 54 3452 3455 | 9977 2053 | [email protected] | www.leximoveis.com.br

Localizado em um dos mais novos bairros de Bento Gonçalves. Em meio à natureza, entre o verde dos parreirais, no coração da comunidade de São Valentim. Realização

CRECI - 782

Solidez em urbanismo

Continua(*) Ué! Mas eu disse que votaria a favor.

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Especial12 Jornal Integração da Serra | 15 de dezembro de 2011

Por Janete Nodariwww.oblogdajanete.blogspot.com

Aos 53 anos, a bento-gonçalvense que reside em Porto Alegre, nascida e criada no então distrito de Monte Belo, desenvolve ações de volunta-riado com seu blog “ONG da Rute”, em que divulga vagas de emprego e currículos gratuitamente.

Em 2009 e em 2010 foi premiada com o TopBlog, na categoria “Varie-dades”, pelo trabalho voluntário de-senvolvido, utilizando o blog. Neste final de ano, concorre novamente ao prêmio. É coordenadora do Suporte Pedagógico às Plataformas de Edu-cação à Distância (EAD) da UFRGS, professora em cursos na modalidade à distância.

Além disso, pesquisa sobre Edu-cação à Distância, Aprendizagem e Redes Sociais. Já com vistas ao Dou-torado na Informática na Educação, Rute ainda encontra tempo para um trabalho voluntário para as pessoas que estão em busca de um emprego. É só acessar o endereço eletrônico e Rute compromete-se em postar as oportunidades de emprego. É grá-tis, tanto para quem procura vagas de emprego ou estágio, como para quem as oferece. “Espero que essa iniciativa continue auxiliando muitas pessoas. Fico em êxtase ao saber que pude fazer a diferença para alguém. Um que seja”, diz ela.

com a VidaConectada

Conectada 24 horas por dia – ou quase

isso- a professora das áreas de Informática,

Educação e Informática na Educação e Mestre em

Educação pela Universida-de Federal do Rio Grande

do Sul ( UFRGS), Rute Fávero diz ser uma apaixonada pela

diversidade cultural que as redes sociais proporcionam.

Tuitando realizaçõesA filha de Oly e Rosalina Fávero valoriza muito suas raízes. Parte de sua

vida passou em Bento Gonçalves, cursando o Ensino Médio, no Colégio Esta-dual (hoje Escola Mestre) e sempre que pode volta à cidade e ao seu lugar do coração: Dolorata, entre Monte Belo do Sul e Santa Tereza. A cozinha italiana é sua preferida. Ama massas, lasanha, mas adora uma torta de aipim “receita della mamma“. Cozinhar é uma das paixões, além dos livros, claro.

O blogRute criou o blog, quando per-

cebeu a dificuldade de seus filhos Sérgio e Karenina e seus orientandos em Informática conseguirem um estágio. “Passei a perguntar a meus amigos, se na empresa deles não havia a necessidade de um estagiário em Informática. Mesmo que me dis-sessem que não, eu os convencia de que precisavam e que eu tinha ótimos alunos. Isso se disseminou e, quando alguém comentava que precisava de um profissional da área de informá-tica, estagiário ou não, as pessoas já indicavam: a professora Rute têm excelentes alunos. Passei a receber as vagas diretamente no meu email e as enviava aos meus alunos da área de informática, também por e-mail. Depois passei a enviar para os alunos. Sabendo disso, os alunos enviavam seus currículos. Na época, eu ainda conseguia verificar se estava tudo ok, caso não, devolvia o currículo com dicas. Chegou uma fase em que eu levava dois dias, quase full-time, para organizar currículos e vagas e enviá-los, semanalmente, aos mais de 5 mil emails que eu já tinha na minha lista. Passava os finais de semana em casa fazendo isso. Ausentei-me de minha família, em prol deste trabalho. Hoje tenho cinco voluntários”, relata.

Rute Fávero

Nas Redes Sociais, Rute é responsável pelas seguintes contas de Twitter: @rutevera, @ongdarute, @twiter_mix, @seadufrgs.

E no Facebook, coordena as seguintes contas, grupo e páginas: Página da ONG da Rute; Grupo do Twitter Mix; Conta da SEAD - UFRGS; Página da SEAD - UFRGS.

Rute ressalta que a grande transfor-mação da realidade proporcionada pelo Twitter e pelas redes sociais é :

l aproximar as pessoas que têm ideias em comum;

l possibilitar que essas pessoas con-sigam desenvolver trabalhos que atinjam quem espera e necessita deles;

l humanizar as pessoas, proporcionan-do a elas uma sensação maior de pertenci-mento e, por conseguinte, felicidade.

Jane

te N

odar

i

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15 de dezembro de 2011 | Jornal Integração da Serra Patrimônio 13

Este ano, a fachada do templo metodista de Bento Gonçalves pela primeira vez em sua história foi de-corada para o Natal, por sugestão do professor e artista Henry Dalla Colleta. O templo da igreja Metodista é o mais antigo de Bento Gonçalves e também do Estado do Rio Grande do Sul. Sua fundação data de 27 de março de 1889, mas dois anos antes, o Meto-dismo já estava presente em Bento Gonçalves, sendo pioneiro na Serra Gaúcha. De acordo com a bisneta de uma das famílias dos fundadores do templo e Coordenadora do Ministério de Educação da igreja, professora Vânia Kratz, esse era um desejo cultivado há muitos anos. “Só agora conseguimos concretizar, graças a uma campanha comunitária que deu certo, porque estamos muito felizes de ver a igreja integrada à decoração das praças no projeto Natal Bento”, diz. A Igreja Metodista, situada em frente à praça Vicco Barbieri, conserva o estilo arquitetônico colonial de sua fundação. Sendo que, nesse período, foram acrescidas as janelas frontais. Segundo Vânia, uma lei de âmbito nacional proibia que os templos pro-testantes tivessem construção seme-lhante a um templo católico. A escada de pedras é original, tendo à direita esculpidos três peixes e, à esquerda, um sol, símbolos do Cristianismo. O prédio é tombado como patrimônio

Templo antigo é iluminado para o Natal pela primeira vez

O templo recebeu decoração natalina pela primeira vez em sua história

histórico da cidade.

HistóriaEnquanto a região colonial ita-

liana especializava-se no cultivo das vinhas, na então Colônia Dona Isabel, um grupo de imigrantes chamados “valdenses” pregavam a fé evangé-lica trazida da Itália, em reuniões em suas casas. Em 1887, o pastor Carlos Lazzare, chega à região e idealiza a primeira congregação metodista do interior do Estado. Conforme o livro de registro “Rol de Membros”, do acervo do Museu Casa do Imigrante, a congregação foi idealizada por 43 pessoas das famílias Baccin, Goron, Marcon, Busnello, Carrero, Brun, Fiorentin, Caprillo, Betto, Bortolo, Premaor, Novelini,Pozza, Ferrari, Sar-tori, Lazzare, De Gasperi, Rostirolla, Rossatto, Meneghetti, Covolo, Girondi e Sachett.

Rosas e féUm dos mais dedicados obreiros

foi o italiano Mateus Donatti. Conse-guiu empregar-se como colportor (vendedor de Bíblias) na Sociedade Bíblica Americana. Da Argentina, foi enviado ao Rio Grande do Sul, deixan-do sua marca de fé. O pastor foi aco-lhido pela família de Antônio Premaor e Angela Meggiolaro, na Linha Zemith por mais de um ano, após atender a família com orações pela morte de

duas crianças. Para não perderem o local do sepultamento, os pais das meninas plantaram uma roseira. Enquanto ali esteve ensinou a ler e escrever, tendo as Escrituras como livro didático. Ele se deslocava todos os domingos para o então povoado Dona Isabel a cavalo, reunindo-se com os demais valdenses. Hoje, a mo-radia pertence à neta Maria Premaor, que conserva a casa em que o pastor Donatti morou. A roseira plantada, à sombra de um parreiral, floresce todos os anos. Ainda conforme a professora Vânia, os primeiros livros da igreja que registram batismos, ca-samentos, a recepção de novos mem-bros, além dos falecimentos, estão

sob a guarda do Museu do Imigrante (já micro-filmados). “Algumas pessoas nos procuram para a cidadania italia-na”, comenta a professora.

Vânia que é bisneta de Giovani Batista Covolo e filha de Valto Kratz e Nilza Covolo Kratz (in memoriam) já exerceu diversas atividades como líder da juventude metodista. De acordo com ela, os mais de 120 anos de história do Metodismo em Ben-to Gonçalves foram marcados por momentos difíceis, ocasionados por apedrejamentos e perseguições a fre-quentadores do templo, em função de intolerância religiosa.

Igreja Metodista nos anos 1950

Arquivo Pessoal Kátia Bortolini

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14 Jornal Integração da Serra | 15 de dezembro de 2011

Garibaldi l RS l [email protected] www.bortolini.com.br

Bortolini Móveis conquista a maisimportante Certificação Florestal - FSC®

A empresa gaúcha acaba de se tornar uma das primeiras fabricantes de mobiliário corporativo no Brasil a conquistar a certificação FSC® em seus produtos. Para conhecer as linhas certificadas basta consultar a marca, que conta com mais de 30 showrooms e representações internacionais.

A certificação FSC®, conquis-tada pela Bortolini Móveis no dia 5 de agosto de 2011 e válida até 2016, atesta que os produtos flo-restais utilizados pela empresa são provenientes de fontes responsá-veis. O objetivo desta certificação é garantir a rastreabilidade da matéria-prima recebida na fábrica e certificada pelo FSC® até que esta seja transformada em produto e entregue ao cliente. Este processo passa por todos os controles rígidos estabelecidos pelo organismo cre-denciador da certificação FSC®.

Compreender a importância sustentável dessa certificação, seus benefícios e valores agregados são pré-requisitos para o início do processo, que levou menos de seis meses para ser concluído na Borto-lini Móveis. “A questão do conheci-

“A certificação FSC® demonstra que a Bortolini Móveis está comprometida com os Princípios e Critérios do FSC® para o manejo florestal responsável – tornando-se parte deste importante processo sustentável”.Antônio Bortolini, diretor industrial

mento envolve todas as áreas de uma empresa, desde os colaboradores até a direção, pois uma certificação só é conquistada se todas as partes se comprometerem com a ideia. Na Bortolini esta etapa foi bem-sucedida, pois todos se envolveram com o projeto considerando a sua relevân-cia para o meio ambiente”, comenta Daiane Grasiela Gallina, responsável pela Gestão da Qualidade da Bortolini Móveis.

A conquista do FSC®, a arquitetura ecoeficiente da nova planta fa-bril, o design sustentável e premiado dos produtos Bortolini são apenas alguns exemplos dos valores corporativos da marca, que investe conti-nuamente no seu Programa de Sustentabilidade.

Princípios Bortolini Móveis1. Fidelização com clientes; 2. Desenvolvimento do ser humano; 3. Foco nos resultados; 4. Desenvolver conceito de cidadania; 5. Ênfase na preservação do meio ambiente; 6. Fortalecimento de alianças estratégicas.

Bortolini. Uma empresa sustentável sob todos os aspectos.

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15 de dezembro de 2011 | Jornal Integração da Serra Cidade 15

O leiaute urbano de vários bair-ros de Bento Gonçalves tem mudado a cada ano com a substituição de casas por prédios residenciais e co-merciais. Prédios estão se expandin-do do Centro para os bairros, antes caracterizados pelo predomínio de residências.

De acordo com informações da Caixa Econômica Federal, de janeiro a novembro deste ano em Bento Gonçalves foram financiados, pelo programa Minha Casa, Minha Vida, 925 apartamentos. Desde o início do programa, em abril de 2009 foram financiados 1.843 apartamentos no município. Em 2008, o IPURB expediu 718 alvarás para construção e 276 cartas de habite-se. Em 2009, 505 alvarás e 343 habite-ses. Em 2010, 665 alvarás e 383 habite-ses. Até no-vembro de 2011, foram 476 alvarás e 288 habite-ses.

O gerente comercial da BG Ma-teriais de Construção, Edson Rigo diz que as construtoras estão recebendo muitas ofertas de permutas de terre-

Substituição de residências por prédiosmuda leiaute urbano de Bento Gonçalves

Mudança é atribuída a permutas e facilidade de financiamentos

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nos por apartamentos. “É comum na cidade a existência de casas antigas, sem tratamento, sem fossas sépticas, entre outras exigências legais, que não valem mais de R$ 100 mil, em terrenos de cerca de R$ 1 milhão. Para proprietários de imóveis nessas condições é mais vantajoso trocar por área construído do que investir em melhorias”, explica ele.

Rigo também atribui o aque-cimento da construção civil para moradias no município aos financia-mentos pela Caixa Econômica Fede-ral e ao aumento do poder aquisitivo de jovens que estão saindo da casa dos pais.

O engenheiro civil, Irani Ray-mondi afirma que há demanda para compra de apartamento, tanto de moradores de Bento Gonçalves quanto de pessoas que migram para o município para trabalhar.”

No caso de pessoas que já mo-ram no município, é comum ir tro-cando por apartamentos maiores, conforme o aumento do poder

aquisitivo”, complementa. De acordo com o engenheiro Raimondi, outro motivo para as pessoas mudarem de casas para apartamentos é o cres-cimento da violência,” pois muitos acreditam que morar em edifícios é mais seguro”.

Já o corretor imobiliário Fábio Roberti, afirma que Bento Gonçalves será uma cidade vertical, em função da topografia e da concentração do comércio na zona central.

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Saúde16 Jornal Integração da Serra | 15 de dezembro de 2011

Trabalho sério nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social.

Fones (54) 3451.1919 | 3451.5212

Faz parte da sua vida.

Trav. Tuiuty, 48 - Cidade Alta - Bento Gonçalves - RS

O Centro Auditivo ScomaSom, da fonoaudióloga Rosmery Scomazzon, foi criado com o intuito de prestar atendimento a um público que vem crescendo a cada dia. De acordo com ela, os portadores de perdas auditivas representam hoje 10% da população mundial. Rosmery acrescenta que um terço destes teve a audição danificada, devido à exposição excessiva a sons que poderiam ter sido evitados. Con-forme a fonoaudióloga, esse número cresce consideravelmente, porque as pessoas estão se expondo a ruí-dos mais constantes sob a forma de música, maquinarias e trânsito, entre outros. Ela salienta que Centro Audi-tivo ScomaSom proporciona a essa população um serviço de qualidade, desde a avaliação, testes e treina-mento até a indicação e adaptação da prótese adequada. Acrescenta que a empresa, através da Argosy Aparelhos Auditvos, do grupo Phonak, oferece ao mercado aparelhos suíços de alta tecnologia com custos e condições de pagamento acessíveis.

Centro Auditivo ScomaSom se consolida com variada gama de prestação de atendimentos

A empresa conta com os serviços da fonoaudióloga Renata Veronese para terapias. Ela trata desde bebês com dificuldade para sugar o seio materno e crianças com atraso na lin-guagem, com trocas de letras na fala, com alterações neurológicas até adul-tos interessados em melhorar a dicção e oratória. A terapia também abrange idosos com dificuldades para deglutir e com alterações na memória e na linguagem. Os atendimentos terapêu-ticos são realizados nos consultórios em Bento Gonçalves e Carlos Barbosa, com horários pré- agendados. O Cen-tro Auditivo ScomaSom presta ainda serviços de atendimento domiciliar e hospitalar. Além disso, no consultório de Bento Gonçalves, localizado no Condomínio Profissional São Gabriel, sala 47, bairro Cidade Alta, é disponibi-lizada assistência a usuários de próte-ses auditivas do SUS, comercializadas pilhas, trocados moldes e realizados ajustes e consertos. Mais informações no site www.cascomasom.com.br ou pelo fone 3451-1604.

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Saúde 1715 de dezembro de 2011 | Jornal Integração da Serra

O QUE É MOLA HIDATIDIFORME?Mola Hidatiforme, cujo nome cien-

tífico é Doença Trofoblástica Gestacio-nal, é uma gravidez, só que ANORMAL.Uma de suas principais características é o crescimento exagerado da placenta.

Qualquer mulher sadia, durante o período em que há possibilidade de engravidar (aproximadamente entre 12 e 50 anos), pode ter mola.Normalmente o óvulo da mulher é fecundado por espermatozóide do homem e, desta união, surge a criança e a placenta (que alimenta a criança durante a gravidez). Caso ocorra alguma anormalidade nessa união, pode ocorrer a mola. É por isso que chamamos a mola de gravidez anormal.Quando uma mulher suspeita estar grávida, geralmente faz algum teste de gravidez. Este, normalmente é feito através da dosagem de um hormônio produzido pela placenta, o beta - HCG.

A MOLA, SENDO UMA GRAVIDEZ, PODE PRODUZIR BETA-HCG?

Sim. Só que, como já foi dito, a mola é uma gravidez anormal e uma das suas principais características é o crescimen-to exagerado da placenta.Sendo assim, os níveis de hCG no sangue da mulher com mola estarão, geralmente, muito acima do valor dito normal.

COM O QUE SE PARECE A MOLA? Com o crescimento exagerado da

placenta, ocorre uma transformação dela em numerosas bolhas, cheias de líquido, que chamamos de vesículas. Estas vesículas, quando reunidas, lembram “cachos de uva” ou pequenas “bolhas” com líquido claro (semelhan-tes a bolinhas de sagu cozido). Existem, basicamente, dois tipos de mola: a mola completa e a mola parcial.Na primeira, a mais comum, não há a formação da criança nem do saco amniótico que a protege durante a gravidez. Somente surge e cresce a placenta.Já na mola parcial, menos comum, existem evi-dências da formação da criança ou de tecidos a ela relacionados. Isto não significa que, obrigatoriamente, existirá criança, à ocasião do diagnóstico. Tal possibilidade pode ocorrer e, também,

A Acantose Nigricante (AN) é caracterizada pelo escurecimento da pele das dobras do corpo e pregas cutâneas, que se tornam espessas e aveludadas.

A doença pode afetar pessoas saudáveis ou pode estar associada a outros problemas de saúde. Alguns casos são herdados geneticamente e é mais comum a ocorrência em pessoas afrodescendentes.

A obesidade, assim como outros distúrbios endócrinos, pode levar ao surgimento da AN, que é frequen-temente encontrada com pessoas portadoras de Diabetes.

Alguns medicamentos como o hormônio do crescimento ou os con-traceptivos orais (pílulas) também são citados como possíveis causadores de AN.Casos graves podem estar rela-cionados à ocorrência de neoplasias malignas (câncer), mais comumente

Doença trofoblástica (Mola Hidatidiforme)

Dr. Rogério ChultzMédico - Patologista

INSTITUTOSANTO ANTÔNIO

PATOLOGIA MÉDICA

CITOPATOLOGIA - BIÓPSIAS - COLPOSCOPIA - PENISCOPIA

Rua José Mário Mônaco, 349 - Sl 201Bento Gonçalves - Fone (54) 3055.3471

Acantose Nigricante(Acantosis Nigricans)

Dr. Breno MarzolaDermatologista, infectologista, pós-doutorando em Imunobiologia

a gravidez evoluir até o fim. Entretanto, não é o que ocorre mais frequentemen-te, e quando ocorre, a criança pode apresentar alguma anormalidade. A mola pode ser encontrada também em abortos, gravidez nas trompas e, até mesmo, após gestações normais.Isto exige que qualquer material obtido do corpo da mulher, que resulte de abor-tos (seja espontâneo ou provocado) ou de cirurgias, seja obrigatoriamente examinado em laboratório de anatomia patológica.

A MOLA É CÂNCER?Não!!! Porém, raríssimos casos, nos

quais a mola invasora não é tratada, pode ocorrer uma transformação maligna da mola, constituindo câncer, chamado de Coriocarcinoma.

A MULHER QUE TEVE MOLA PODERÁ ENGRAVIDAR NOVAMENTE?

Tudo dependerá do tipo de mola (se complicada ou não), do tratamen-to instituído e do acompanhamento médico. Geralmente, nas molas não complicadas e adequadamente tra-tadas, poderá haver nova gravidez. Recomenda-se, no entanto, à mulher que teve mola, não engravidar durante o acompanhamento, ou melhor, até um ano após o primeiro resultado negativo do hCG, independente de ser mola complicada ou não. Encerrado o acom-panhamento no ambulatório (6 meses – mola não complicada; 1 ano – mola complicada), a paciente recebe “ALTA”. Porém, deve retornar em 6 meses para nova avaliação do hCG e revisão. Daí por diante, a cada ano.

do tubo digestivo ou genitourinário, mas sua ocorrência é mais rara.

A Acantose Nigricante evolui lentamente, provocando o escureci-mento progressivo das áreas afetadas e as lesões não são acompanhadas de qualquer outro sintoma.

Os locais mais atingidos são as axilas, virilhas e pescoço, onde formam-se áreas de pele escurecida, espessada, com a superfície rugosa e vincada,conferindo um aspec-to aveludado. Em alguns casos,os lábios,as palmas das mãos,as plantas dos pés ou outras áreas podem estar afetadas.

Se a causa do surgimento da AN for encontrada e tratada, as lesões tendem a desaparecer. Nos casos nos quais não se encontram a causa, produtos de uso local derivados dos retinóides são uma opção para a me-lhora do aspecto das lesões.

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Comunicação18 Jornal Integração da Serra | 15 de dezembro de 2011

Por Rodrigo De [email protected]

“As rádios AM estão migrando para o FM. Podemos pegar como exemplo a Gaúcha, a Band de São Paulo e a Globo. É uma tendência as rádios irem para o FM, agregando o conteúdo na Inter-net, esse é o caminho”. A afirmação é do diretor do grupo RSCOM, Carlos Domingos Piccoli. Ele observa que o advento da Internet mudou a forma de fazer rádio. “Não cabe mais dizer AM ou FM, ou ondas curtas, porque na Internet não tem mais motivo dizer se é AM ou FM. A Web acabou com essa história. A rádio que tem um site hoje, apresenta muitos ganhos. Se a pessoa ouviu uma notícia, e acabou não pegando direito, ou não conseguiu escutar naquele instante, pode acessar o conteúdo na Rede. É uma ferramenta que nos ajuda muito. No rádio não dá para ter texto e nem vídeo, então tudo isso pode ser armazenado em seu site”, explica. Há dez anos, o grupo criou um site para o armazenamento do conteúdo das seis rádios da RSCOM, entre as cinco brasi-leiras e a italiana. É o portal Leouve, que integra o jornalismo de todas as rádios, cada uma com seu site próprio.

Do rádio para a TV“Sempre houve a história de que o

rádio iria morrer, mas temos que enten-der que é um processo de comunicação. Ele deixou de ser apenas o aparelho que

Rádios AM estão migrando para FM em função da Internet

se tinha em casa. Hoje, o rádio está em todo o lugar. O processo do rádio e da TV foi igual na questão do consumo popular. Com o advento da TV, o rádio teve o primeiro impacto, mas depois se recuperou. A TV absorveu todos os programas do rádio, na sua linha ela não tinha o que fazer, não havia o que criar, então ela foi no rádio e buscou os programas que eram sucesso, como te-lenovelas, os de auditório e os musicais. Na Rádio Nacional tinha muitos progra-mas famosos que acabaram indo para a TV. Podemos dizer que no rádio está a alma da TV. Mas ainda há programas da TV que ainda são do rádio. Temos o exemplo da Praça é Nossa do SBT, que surgiu no rádio”, discorre Piccoli.

Falta de rádio específicapara jovens

Desde a extinção da SP3, voltado ao público jovem, não surgiu nenhuma outra rádio do mesmo perfil em Bento Gonçalves. Piccoli concorda que está faltando uma rádio mais voltada para o público jovem na cidade. “As rádios acabaram indo todas para o lado popu-lar. Essa lacuna existe não somente em Bento Gonçalves, mas em toda a região. O objetivo da rádio sempre foi atender o maior público, o popular. O segundo maior público é o de informação, de jornalismo”. Ele acrescenta que a para uma rádio ser viável, tem que viver do mercado, da receita da publicidade.

Processo de produção Roberto Domingos Enricone, mais

conhecido como Bob, trabalha com rádio desde 1970. Ingressou no Grupo RSCOM em 1976. “Na época, eu era discotecário, preparava o material que seria usado pelos locutores, deixava os discos prontos, tudo em ordem. Você tinha uma folha e colocava o break que a folha estava solicitando. Quando havia feito aquele horário, vinha outra folha. Fiz um pouco de

locução também, fiquei uns sete anos fazendo uns programas. Agora estou mais na coordenação “, conta ele. De acordo com Bob, para trabalhar com rádio tem que gostar, porque não tem folga, nem em finais de semana, nem em feriados. Ele acrescenta que é uma área muito paralela, porque no rádio a pessoas encontram o que você gosta de fazer. “Na música também é assim. Só prospera na música quem tem ela no sangue. Porque aquele músico de laboratório pode ate fazer uma canção de sucesso, que fica por um tempo e depois desaparece. Na área artística, não se ganha muito, mas é prazeroso”, finaliza Enricone.

Conforme o produtor Moacir Mi-guel Orso, que trabalha com rádio desde 1986, cada programa começa com uma trilha especifica, e a partir disso são criadas as vinhetas. “A cada break ou música tem uma sessão da vinheta do programa, dependendo da necessidade. A pessoa que cuida da parte artística, cuida também dos comerciais, é uma regra”, acrescenta ele. Orso lembra que antigamente existia

o locutor e do outro lado, o operador. Diz que, em função da tec-nologia, hoje está mais fácil. “Com um enter no computador dá para achar tudo que busca-mos e já fazer rodar uma música, ou o comercial. Hoje, já há uma sequ-ência pronta dentro do computador. O locu-tor já faz tudo sozinho”, complementa ele.

Carlos Domingos Piccoli

Fotos: Rodrigo De Marco

Moacir Orso e Bob Enricone

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Esportes15 de dezembro de 2011 | Jornal Integração da Serra 19

Ainda em 2009, foi criado em Bento Gonçalves o Comitê Copa, formado por 25 entidades, com a missão de preparar o município para ser um dos campos-base de equipes na Copa do Mundo de 2014. Segundo a Secretária Municipal de Turismo, Ivane Fávero, já se cadas-traram para receber seleções, turistas e imprensa os hotéis Dall’ Onder, Vitória, Spa do Vinho, Villa Michelon, Viverone, Farina Park e Zamek. Ela salienta que foram contratados dois consultores para divulgar Bento Gonçalves como um dos campos-base em vários even-tos. Ivane Fávero acrescenta que, em 2011, a Secretaria Municipal de Turismo desenvolveu a logomarca “Bento 2014¨, atualmente estampada nas camisetas do Clube Esportivo de Bento Gonçal-ves, através de uma parceria entre a

Esportes da TerraSilvio dos Santos

Rua Gen. Góes Monteiro, 42 - CentroBento Gonçalves - [email protected]: (54) 3701.2001/2002/2003

[email protected]

Sem sombras de dúvidas e sem medo de errar, posso afirmar categori-camente, que o ano de 2011 foi muito especial para o nosso esporte amador, entre as mais variadas modalidades esportivas. Muitas foram as que se des-tacaram durante esse ano, entre elas, cito algumas: Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística, tendo como par-ticipantes, em nosso município, atletas de vários estados do país e de diversas cidades gaúchas; Modalidade Esporti-va Tiro ao Prato, com destaques para as bento-gonçalvenses, Janice Teixeira e Karla de Bona, as quais participaram dos jogos Pan-Americanos de Guadalajara - 2011, na cidade do México, galgando boas colocações. Janice Teixeira foi medalha de bronze em 2003, no Pan-Americano de São Domingo e continua com Karla de Bona, representando bem a nosso município. Já, Karla de Bona é a 1ª colocada no Ranking brasileiro de Tiro ao Prato – Fossa Olímpica; “Socadera X – Treme Show”, Joaninha Free Style, considerado o “Rei” das acrobacias e um dos melhores do mundo no que faz, esteve, pela primeira vez, no município, exibindo sua performance e dando um show a parte com sua moto. Esse evento foi marcado pela presença de um grande público; Downhill Urbano, teve a etapa do brasileiro da modalidade, também foi um grande evento, com um público aproximado de 10 mil pessoas, talvez o evento esportivo que mais juntou pú-blico; Megha-Fight 6.0, MMA e Muay Thai, com destaques para atletas da equipe GarraTeam do nosso município, os quais obtiveram boas colocações durante o evento, proporcionando ao grande público presente ao Ginásio Municipal de Esportes, momentos de alegria, vibração e entusiasmo, foi um show a parte; Campeonato Citadino de Futsal, evento reuniu também no Ginásio Municipal de Esportes um belís-simo público, que pôde prestigiar duas

Retrospectiva Esportiva do município em 2011

Desde 2009, Bento Gonçalves se prepara para a Copa 2014Além disso, a Secretaria de Turismo fez uma parceria com o Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE, para qualificar diretores e funcionários de empreendimentos turísticos do Vale dos Vinhedos, Caminhos de Pedra, Rota das Cantinas Históricas, Vinhos de Pinto Bandeira e Vale do Rio das Antas.

Também para o evento, a Associa-ção Brasileira de Bares e Restaurantes - Abrasel ofereceu gratuitamente em 2010, em parceria com o Ministério do Turismo (MTur) as participantes do Trade Turístico. Participaram 15 empre-endimentos, entre hotéis, pousadas, ba-res, restaurantes. Ainda para a Copa já foram qualificados 50 taxistas em 2010 e 2011 que participaram de 8 palestras referentes às boas práticas de atendi-mento, informações sobre a cidade e

sobre o turismo local. Os participantes receberam certificado e camisetas com a marca Bento Pura Inspiração.

“Bem receber Copa”Oito hotéis da cidade participaram,

de abril a setembro de 2011, do projeto “Bem Receber Copa”, iniciativa da Asso-ciação Brasileira de Bares e Restauran-tes - Abrasel, em parceria com o Minis-tério do Turismo - Mtur, com apoio do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares - SHRBS. O objetivo da ação é preparar, gratuitamente, gestores e funcionários de bares e restaurantes do Brasil para a Copa do Mundo de 2014. No curso, de 200 horas, foram tratados assuntos relacionados às boas práticas em gastronomia, à postura e às técnicas de servir os clientes, entre outros.

prefeitura e o clube. Porém, esta marca, a pedido da FIFA, não poderá mais ser utilizada pelo município.

Qualificação do Trade TurísticoPara a Copa de 2014, o comitê, em

parceria com o Sindicato dos Servidores Públicos –Sindiserp, oferece, desde 2009, cursos de inglês e espanhol para pessoas que trabalham na área turística em Bento Gonçalves. Cerca de 70 pessoas estão sendo qualificadas.

grandes finais. Os grandes Campeões e com todos os méritos foram: na 2ª divisão a equipe do Juventus e na 1ª divisão a equipe da Açolar; Campeo-nato Colonial de Futsal, competição esta, que não acontecia há mais de 12 anos, voltou com força total e um brilho fora do normal. Os jogos aconteceram nos ginásios de diversas comunidades do nosso interior e teve a participação maciça dos torcedores de diversas lo-calidades. Teve como grande Campeão a equipe do Barracão; Campeonato Distrital de Campo 2011 – Valentin Cusin, teve como grande Campeão, nas Categorias Veteranos: Cruzeirinho da Li-nha 40 da Leopoldina, quadro “B” : Estrela da Serra e no quadro “A”: Inter/Flamengo; Atletismo, tem na família SPADARI mais precisamente nos nomes de Heitor, Sue-len e Helen Spadari os grandes nomes do atletismo de Bento Gonçalves, tamanha as conquistas obtidas pelos três, em competições realizadas nesse ano de 2011. Aos três, fica nossa gratidão, por bem representar e por fazerem parte do brilho do esporte em nosso município; Fundista, o nome forte do nosso muni-cípio na modalidade desse ano, chama-se, Paulo César Castagnetti, pelas várias conquistas realizadas ao longo de sua brilhante carreira, entre elas destaco al-gumas: Campeão 150 KM volta à Ilha de Florianópolis, Penta-Campeão regional, estadual e Sul Brasileiro SESIANO, possui o Record atual dos 3000 metros rasos, jogos do SESI, Campeão Circuito Adidas Porto Alegre 10 KM, está classificado para o brasileiro SESIANO de GOIÁS/GO e irá em busca do mundial SESIANO que acontecerá em abril de 2012; Ru-gby Farrapos, promoveu nesse ano o Campeonato Sul-Americano de Rugby, onde participaram equipes de vários países vizinhos, participou do Campe-onato Brasileiro de Rugby, foi Campeão Gaúcho da modalidade, é hoje o nosso representante maior dentro da modali-

dade RUGBY; Campeonato Estadual de Amadores de Futebol, Flamengo de São Valentin conquistou de forma inédita e é o grande Campeão, também registro que foi o grande Campeão no quadro “A” do Campeonato Distrital de Futebol de Campo 2011 – Valentin Cusin; Campeonato Estadual de Futebol Master, foi através da equipe do Esportivo Mas-ter, a conquista do título de Campeão Es-tadual na Categoria esse ano, chegando ao Tetra Campeonato; Skate, Ciclismo, Natação, Tênis de Mesa, Motocross, enfim, poderia citar outras diversas modalidades esportivas, que também se destacaram nesse ano de 2011 e en-grandeceram o esporte do município, em nome desse humilde colunista e em nome do Jornal Integração da Serra, aproveito a oportunidade e desejo a todos os desportistas que fizeram parte dessa bonita trajetória, um Santo Natal, com muita saúde, paz nos corações e que para o próximo ano possamos todos juntos, glorificar e engrandecer ainda mais o nosso “esporte amador”.

Campeonato Estadual de Futsal – “Série Ouro”: O nosso representante maior na Categoria de Futsal, o BGF Futsal, pela primeira vez termina o ano em alta, com uma brilhante performan-ce, ficando entre os quatro melhores do Estado. A todos os integrantes da BGF Futsal, fica registrado tamanha façanha e votos para que o ano que se aproxima, seja duradouro e de muitas conquistas. Parabéns, por bem representarem o nosso município.

Esportivo: Ouço nas ruas de nossa

cidade, nas redes bancárias ou de su-permercados, nos shoppings, enfim, em todo o lugar por onde passo, pessoas questionando, perguntando sobre o futebol profissional e amador do nosso Clube Esportivo, comentários e indaga-ções dos mais diversos tipos. Sabemos o quanto é difícil fazer futebol amador, imaginem fazer futebol profissional? As conotações, as distâncias, os números (valores), as estratégias, os objetivos, poderíamos detectar ou citar muitos outros argumentos para verificar e com-provar, como são enormes as diferenças entre o futebol amador e o profissional. É difícil?

Sim, é muito difícil... em momento algum temos ou devemos comparar o profissionalismo com o amadorismo. O que podemos e devemos fazer, isso sim, é torcer ou procurar ajudar de alguma maneira o nosso querido Esportivo a sair dessa situação incômoda que se encon-tra, em contrapartida, sugiro para que essa nova direção do clube que hora se empossa, deixe de lado se é que existem, as mágoas, as picuinhas, os dissabores do passado, que procurem ajuda, con-selhos, ouvir opiniões, principalmente daquelas pessoas mais experientes que sempre vivenciaram e torcem pelo Esportivo, busquem trazê-los de volta ao reduto do alviazul, fortalecendo e solidificando de vez a tão sonhada volta ao convívio com os grandes do nosso futebol gaúcho. Sabemos que as ideias são boas, mas se fortalecidas e unidas a mais pessoas, poderão, quem sabe, ser melhores ainda. Avante Esportivo... estamos todos na torcida para que 2012, seja o ano da subida.

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Geral Jornal Integração da Serra | 15 de dezembro de 201120

A tecnologia também já faz parte do amigo oculto ou secreto, uma das brincadeiras mais populares das festas de final de ano. Muitas pessoas estão se cadastrando para o sorteio do amigo online ou por celulares. Conforme os adeptos do amigo secreto tecnológico, são várias as vantagens em recorrer a um serviço ou aplicativo para geren-ciar a brincadeira. Entre elas, praticida-de em não ter que se preocupar com anotações e com a fixação de cartazes com a relação de nome e o presente pretendido. Também salientam a pri-vacidade na troca de mensagens entre os participantes.

No site AmigoSecreto.com as pessoas podem se cadastrar gratuita-mente e criar o grupo de participantes, informando o e-mail ou adicionando a conta do Facebook. Após o grupo ter sido criado por meio do sistema, é feito

Por solicitação do empresário Gelito Mattia, o deputado estadual Ronaldo Santini (PTB) reivindicou recentemente ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) a pintura da sinalização na pis-ta da RS-444. O trecho compreende a extensão de 14 quilômetros, entre os municípios de Monte Belo do Sul e Santa Tereza.

Há vários anos a estrada necessi-tava destas melhorias e o parlamentar procurou o superintendente regional do Daer na época, o engenheiro Luiz Martinelli, para que fosse providen-ciado o serviço. Os trabalhos foram finalizados neste mês oferecendo me-

Tecnologia facilita Amigo Secretoo sorteio. É possível trocar mensagens anônimas entre os participantes, ou postá-las no mural do Facebook. O participante pode montar a sua pró-pria lista de sugestão de presentes. O site disponibiliza gratuitamente um aplicativo para iPhone, que dá acesso a todo o serviço através do disposi-tivo. A brincadeira também pode ser gerenciada pelos sites Amigo Secreto Digital, Amigo Oculto e Amigo Secreto Mobile. A estudante de Jornalismo Bruna Medeiros, de 21 anos, diz que a tecnologia facilitou a brincadeira entre seus familiares, porque fica difícil reu-nir todos para o sorteio. Ressalta que outra vantagem em relação ao método tradicional é a sugestão de presentes no perfil com link para imagens do pro-duto escolhido. “Além disso, a tecnolo-gia não permite que a pessoa pegue o próprio nome”, acrescenta ela.

RS-444 recebeu melhorias na sinalização da pista

Daer atende reivindicação de Santini e recupera RS-444

lhores condições de trafegabilidade e segurança aos usuários.

“A RS-444 nunca havia recebido uma pintura completa como esta solicitada pelo deputado Santini e realizada pela equipe do Daer co-mandada por Martinelli”, comentou Gelito Mattia.

Santini afirmou que continuará trabalhando pela população de Santa Tereza. “Estou cumprindo com minha obrigação de parlamentar represen-tante da região. A próxima etapa que estamos solicitando é a recuperação das guardas de proteção laterais e troca das placas de sinalização da estrada”, ressaltou.

Gelito Mattia

LídiaO que está dentro, está fora. Esta é a consta-tação, uma vez que já se passaram dois anos de tua morte física, e continuamos sentindo a tua presença em sonhos, em perfumes, em ditos, e até, em comportamentos que, às ve-zes, adotamos. Também sentimos que estás feliz. A saudade aumenta a cada dia... Dizem que é normal. No mais, toda a família bem, muito graças ao teu amor, empenho, exem-plo e dedicação. Há mães e mães. Tu fostes MÃE em todos os sentidos da palavra.

Familiares da inesquecível Ilia Refatti Bortolini (Lidia) convidam para a missa de dois anos de falecimento, que

será celebrada às 18 horas do dia 23 de dezembro, na Igreja Matriz Santo Antônio.