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Com a palavra
A SBOT-RJ vem realizando um excelente trabalho
de fomento da educação médica e identificação
de novas lideranças, por isso é com muito orgulho
que encaro o desafio de estar à frente da entidade
em 2015. Com ações estratégicas definidas e a
certeza de que tenho o apoio da Diretoria, assumo
a presidência com a expectativa de garantir que
a vida associativa seja um fórum excelente para a
troca de experiências.
O ano começou bastante movimentado.
Concluímos as parcerias com empresas com as
quais iniciamos o contato em 2014; definimos o
calendário das atividades científicas por meio de
uma atuação descentralizada das Comissões de
Ensino da SBOT-RJ — CEC e CET —; promovemos a
quinta edição da campanha “FOLIA SEM TRAUMA –
Não faça deste o seu último Carnaval”; retomamos
o projeto “O que vi da Ortopedia” que visa resgatar
a memória da especialidade; lançamos a nova
identidade visual da SBOT e um portal dedicado
exclusivamente aos membros da Regional Rio...
E este é só o começo.
Todas essas novidades podem ser conferidas nesta
edição do BORJ. Ela apresenta um novo projeto
gráfico que priorizou um layout mais clean e uma leitura mais dinâmica. Agradeço o apoio recebido
até aqui e reafirmo o compromisso em fazer com
que a minha gestão marque mais um ano de
conquistas para a ortopedia do Estado.
Até breve!
Dr. Marcelo CamposPresidente SBOT-RJ • Diretoria 2015
PRESIDENTE 2015
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Diretoria 2015
Expediente 2015
Presidente: Marcelo Campos
1º Vice-Presidente: Marcos Giordano
2º Vice-Presidente: José Paulo Gabbi
1º Secretário: Carlos Eduardo Franklin
2º Secretário: Pedro Labronici
3º Secretário: Alexandre Pallottino
4º Secretário: Marcelo Erthal
1º Tesoureiro: Tito Rocha
2º Tesoureiro: Luis Marcelo Malta
3º Tesoureiro: Marcos Britto
Conselho Editorial:
Comissão de Comunicação e Marketing
da SBOT-RJ (CCM-RJ)
Coordenação Editorial: JINX° Comunicação
Redação: Rhaiane Sodré e Natasha Dias
Edição e Revisão: Mariana Abrahão
Diagramação: Rodrigo Oliveira
Impressão: Walprint Gráfica e Editora
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Sumário
06Posse diretoriaSBOT-RJ 2015
14EducaçãoCET SBOT-RJ
09SBOT Gestão 2015Regional Rio
18“FOLIA SEM TRAUMA”Campanha 2015
10EducaçãoCEC SBOT-RJ
20SBOT-RJChefes de serviço e preceptores do Rio
13SBOT-RJNova identidade visual
22“O que vi da Ortopedia”Memória da especialidade
26SBOT Rio CulturalFerreira GullarPor: Dr. Alberto Daflon
28Pedra no SapatoMedicina de segunda classePor: Dr. Vincenzo Giordano
Site do OrtopedistaPortal exclusivo para os membros 30
31Direitos & DeveresRiscos do uso de prescrição “off label”Por: Dr. Alexandre Martins
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Calendário 2015
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Posse da diretoria SBOT-RJ 2015 reúne expoentes da ortopedia
A gestão 2015 da SBOT-RJ foi entregue oficialmente
ao Dr. Marcelo Campos pelo Dr. Henrique de
Barros, presidente em 2014, no dia 29 de janeiro
em evento no Jockey Club Brasileiro, na Gávea. A
posse com a tradicional passagem do Martelinho,
símbolo da transição a diretoria da SBOT-RJ, reuniu
autoridades, membros e parceiros da Regional Rio.
“A SBOT-RJ é uma obra em construção e temos
metas de curto, médio e longo prazo. Isso tem sido
possível graças a uma administração profissional
e a projetos estratégicos que são aperfeiçoados
continuamente, mas com conexão com gestões
passadas e futuras”, discursou Dr. Marcelo Campos
durante a solenidade, agradecendo a presença
de todos, em especial a do seu pai Jonathas de
Oliveira Campos, também ortopedista e grande
incentivador de sua carreira.
Dr. Marcelo ressaltou a felicidade em poder
compartilhar um momento tão importante da sua
carreira médica com a família e os amigos que
participaram da sua trajetória, e com ortopedistas
que são sua referência profissional. Membro da
diretoria da Regional Rio desde 2005, o atual
presidente é chefe do Serviço de Cirurgia do
Ombro e Cotovelo do Hospital Universitário Pedro
Ernesto (HUPE/UERJ), membro titular da Sociedade
Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC)
e da comissão científica da Sociedade Brasileira de
Artroscopia e Traumatologia do Esporte (SBRATE).
Apresentada na cerimônia de posse, a diretoria
2015 da SBOT-RJ tem como 1º vice-presidente o
Dr. Marcos Giordano e como 2º vice-presidente o
Dr. José Paulo Gabbi. A formação apresenta ainda os
Drs. Carlos Eduardo Franklin, Pedro José Labronici,
Alexandre Pallottino e Marcelo Erthal, como 1º, 2º,
3º e 4º secretários, respectivamente. Já a tesouraria
ficou a cargo dos Drs. Tito Rocha, Luis Marcelo Malta e
Marcos Britto da Silva.
“Queremos promover a troca de experiências e a
defesa profissional, por isso o aprimoramento do
relacionamento com outras sociedades médicas,
tais como a de reumatologia, a de radiologia e a de
neurologia, é uma meta para este ano”, enfatizou o
presidente da SBOT-RJ.
Familiares, amigos, autoridades, parceiros da SBOT-RJ e renomados especialistas da área estiveram no evento
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Posse diretoriaSBOT-RJ 2015
A solenidade contou com a presença de
ex-presidentes da SBOT-RJ; de chefes de serviço
de ortopedia do Estado; do ex-secretário de Saúde
do estado do Rio, Marcos Musafir; do prefeito de
Duque de Caxias, Alexandre Cardoso; do corregedor
do Conselho Regional de Medicina do Estado do
Rio de Janeiro (CREMERJ), Renato Graça; do
deputado federal Luiz Henrique Mandetta; e
do vice-reitor da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (UERJ), professor Paulo Roberto
Volpato Dias.
PARCERIA VALORIZADA
O apoio dado por empresas à SBOT-RJ foi reco-
nhecido durante a cerimônia de posse. Em nome
das diretorias 2014 e 2015, certificados de agra-
decimento pelo empenho no fomento à educação
médica e pela contribuição aos projetos da Regio-
“A SBOT não poderia se fazer ausente na solenidade de uma regional com esta pujança. Fiz questão de parabenizar pessoalmente Dr. Marcelo Campos e dizer que a SBOT está aberta para ouvi-lo e discutir planos em conjunto. Em 2015, a Nacional focará na defesa profissional, intensificando inclusive o trabalho junto ao Ministério da Saúde, caso seja necessário. A luta é pelos honorários médicos e pela melhora na tabela de remuneração” Dr. Marco Antonio Percope de Andrade, presidente da SBOT.
“Reconheço a importância dos profissionais que colaboraram para que a minha gestão desse
prosseguimento aos projetos que hoje fazem com que SBOT-RJ seja uma entidade forte e com efetiva
participação dos seus membros. Desejo que Dr. Marcelo tenha, assim como eu tive, muita alegria à frente da SBOT-RJ” - Dr. Henrique de Barros,
presidente SBOT-RJ em 2014.
nal Rio foram entregues aos representantes das
seguintes empresas parceiras: CDPI, Cedimagem,
Follow Up, Implantar, Light, Mantecorp Farma-
sa, Mega Surgical, Mundipharma, Nacional Ossos,
Novum Hospitalar, OrthoStore, Ortoneuro, Oscar
Skin, Per Prima, Salva Pé, Tellus e Zeiki Medical.
“As parcerias são fundamentais para garantir
a sustentabilidade financeira da SBOT-RJ e o
cumprimento da nossa principal missão: promover
a atualização dos ortopedistas e a qualificação
dos médicos residentes. Daremos continuidade
à promoção do ensino continuado para os
membros e ao preparo de médicos que
querem ingressar na especial idade. Uma
administração descentralizada das comissões
CEC e CET garantirá vários modelos de cursos”,
assegurou Dr. Marcelo Campos.
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Representatividade da Regional Rio na SBOT - Gestão 2015
DIRETORIA SBOT 2º vice-presidente: João Mauricio Barretto
Diretor de Comunicação/MKT: Vincenzo Giordano
COMISSÕES PERMANENTES SBOT CongressosGeraldo Motta
Controle de Material OrtopédicoHugo Alexandre de A. Barros Cobra
Dignidade e Defesa ProfissionalCarlos Alfredo Lobo Jasmin – Presidente
Educação ContinuadaCésar Rubens Fontenelle Ney Pecegueiro do Amaral
Ensino e TreinamentoLuis Marcelo de Azevedo Malta José Paulo Gabbi Aramburú Filho
Interatividade SocialMichael Simoni
Conselho Editorial do JornalMarcelo Erthal
COMISSÕES ESPECIAIS SBOTAssuntos InternacionaisGeraldo Motta – PresidenteJosé Sergio Franco
Ensino e Graduação em Ortopedia e TraumatologiaAntonio Vitor de Abreu
Ex-presidentesMarcos Esner MusafirGeraldo Motta
Jovem OrtopedistaAlexandre de Bustamante Pallottino
Planejamento do TEOTJoão Matheus Guimarães
Políticas PúblicasTito Rocha
PreceptoresCarlos Alberto de Souza Araujo Neto
Tabelas e HonoráriosJosé Edilberto Ramalho – PresidenteMarcos N. Giordano
PRESIDENTES DOS COMITÊS SBOTDoenças OsteometabólicasBernardo Stolnicki
Trauma OrtopédicoPaulo Roberto Barbosa de Toledo Lourenço
QuadrilSergio Delmonte Alves
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EducaçãoCEC SBOT-RJCOM A PALAVRA, DR. MARCOS GIORDANO
O atual presidente da Comissão de Educação Continuada (CEC) SBOT-RJ fala
nesta entrevista sobre as ações da Regional Rio em prol da qualificação
profissional e a necessidade da constante atualização médica dentro da
especialidade. Atuando na SBOT-RJ há 12 anos, Dr. Marcos Giordano conta
que o empenho em desenvolver projetos voltados para a área acadêmica e
a dedicação à formação de novos ortopedistas é uma realidade em sua vida
desde que foi aprovado no exame para obtenção do Título de Especialista em
Ortopedia e Traumatologia (TEOT).
A experiência de ter sido presidente da Sociedade Brasileira de Quadril
do Rio (biênio 2010 - 2011) é vista como um diferencial para
ele assumir o desafio de estar à frente da CEC SBOT-RJ. O
cargo exige a responsabilidade de reunir ortopedistas para
compartilharem conteúdos científicos em cursos avançados
focados nos especialistas que buscam atualização com
abordagem alinhada à realidade do dia a dia da profissão.
CONFIRA A ENTREVISTA:
Em meio a uma rotina agitada, de consultório com grande demanda de pacientes e cirurgias agendadas, qual a importância de o ortopedista não deixar de lado a atualização profissional?A atualização é fundamental para qualquer médico, pois o conhecimento se renova
muito rapidamente nos dias de hoje. Eu diria que mais do que uma escolha, a
atualização é uma obrigação do profissional que milita na área da saúde. Lidamos com
pessoas e seu maior bem: a saúde. Não podemos deixar de oferecer o melhor para os
pacientes e, para tal, temos que buscar a atualização. Existem alguns meios como, por
exemplo, ler artigos científicos, participar de cursos e congressos. Dedicar-se a uma
sociedade médica também é importante, pois permite a troca de conhecimento com
outros ortopedistas, especialidades que se complementam e instituições de ensino.
À frente da CEC SBOT-RJ neste ano, Dr. Marcos Giordano assumirá a presidência da Regional Rio em 2016
11
EducaçãoCEC SBOT-RJ
Como funciona a estrutura da Casa do Ortopedista para a educação médica continuada?A CEC SBOT-RJ é formada por 14 ortopedistas com larga experiência nas
diversas áreas de atuação da especialidade, como quadril, joelho, ombro,
coluna vertebral, entre outras. São pessoas que estão empenhadas e
trabalhando para a realização de diversos cursos de cunho mais prático para
auxílio no dia a dia do especialista. Já do ponto de vista estrutural, a Casa do
Ortopedista conta com toda a infraestrutura necessária para a realização dos
eventos, com espaço físico confortável e ferramentas pedagógicas de ponta.
Qual a relevância da prática em peças anatômicas na formação do ortopedista? Qual a dificuldade de se introduzir essa atividade hoje no Brasil?A realização de cursos com peças anatômicas é de grande importância para o
treinamento de cirurgiões e para a prática de novas abordagens e técnicas. No
entanto, a legislação brasileira tem sido um grande óbice para a consecução de tais
eventos. Uma forma de viabilizá-los é por meio de parcerias com as universidades,
realizando a parte prática nos laboratórios anatômicos. No ano passado, a Regional
Rio fechou uma parceria com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
(UNIRIO) que, por sua vez, disponibilizou peças anatômicas e o espaço físico para
que os participantes pudessem observar e discutir técnicas reconstrutivas in loco. A proposta da CEC SBOT-RJ para este ano é continuar promovendo novos encontros
com este perfil. Do ponto de vista pedagógico, esses são os melhores cursos.
Como o especialista pode acompanhar a agenda das atividades?O calendário de eventos científicos é amplamente divulgado nos nossos
canais de comunicação: BORJ, site e Facebook. Também enviamos newsletter quinzenalmente àqueles que realizam o cadastro voluntariamente no portal
da SBOT-RJ e e-mail marketing em ações pontuais.
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EducaçãoCEC SBOT-RJ
O incentivo e o apoio de empresas contribuem para o desenvolvimento de atividades com cunho científico? A estrutura e logística de um evento científico exige investimento. Para viabilizar
todos os projetos é fundamental o apoio de empresas parceiras que participem
de forma ética. Sem conflito de interesses, ambas as partes se beneficiam. A SBOT
é uma associação científica sem fins econômicos que tem dentre as inúmeras
finalidades estatutárias a responsabilidade na formação de especialistas, além de
prover condições para atualização permanente, sob a forma de ensino, pesquisa,
educação continuada e desenvolvimento cultural. Certamente, é uma das sociedades
médicas do país mais atuante na formação e na atualização de seus associados.
mailto:[email protected]
13
A diretoria de Comunicação e Marketing da
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
(SBOT) criou um novo logo para as regionais
com o objetivo de unificar e integrar a
Nacional e todas as suas representantes em
cada Estado. A escolha foi feita após diversos
estudos onde os diretores e os presidentes das
regionais tiveram participação por meio de uma
enquete com os associados. Um e-mail marketing
foi enviado para todos os membros com três
opções de desenhos, e mais de 2 mil ortopedistas
participaram sugerindo o que mais agradou. Durante o evento de posse da diretoria
2015 da SBOT-RJ, o presidente da entidade,
Dr. Marcelo Campos, apresentou a novidade,
que já pode ser conferida nos meios de
comunicação da Regional Rio — site, newsletter, BORJ, OrtoBlog Rio e Facebook— e em peças de
divulgação, como banner e cartazes de eventos científicos, por exemplo. “Faz parte de uma
grande estratégia de valorização da nossa
marca junto ao Estado e dos ortopedistas
membros da entidade junto à sociedade civil”,
destacou Dr. Marcelo Campos.
Cada Estado deve adotar o mesmo logo da
Nacional, mas com suas variações conforme a
região. Uma das principais causas que motivou
a elaboração de uma nova identidade foi
definir uma imagem única para a a sociedade
representativa da ortopedia e da traumatologia
no Brasil e as suas Regionais, consolidando assim
a marca SBOT.
SBOT-RJ adota nova identidade visual
O novo logo (à direita) foi escolhido por 55% dos membros que participaram da enquete
13
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EducaçãoCET SBOT-RJCOMISSÃO Dá BOAS-VINDAS AOS RESIDENTES DO 1º ANO
A Comissão de Ensino e Treinamento (CET)
SBOT-RJ deu boas-vindas aos médicos residentes
do primeiro ano (R1) da especialidade no dia
16 de março, na sede da Regional Rio. O evento foi uma oportunidade para apresentar os R1
à Casa do Ortopedista, mostrar como atua a
comissão, suas metas e o calendário de eventos
científicos de 2015.
O presidente da CET SBOT-RJ, Dr. Rodrigo
Rodarte, explicou a dinâmica do OrtoCurso —
com encontros aos sábados uma vez ao mês — e
destacou a importância da participação dos R1
nos dez módulos que serão promovidos no ano.
Em números, ele mostrou o alto percentual de
aprovação na prova para a obtenção do Título
de Especialista em Ortopedia e Traumatologia
(TEOT) dos residentes do terceiro ano (R3) que
estiveram presentes entre dez e oito módulos
do OrtoCurso em 2014: 29 foram aprovados e
três reprovados. Dos 41 R3 que participaram de
quatro a sete encontros, 31 conseguiram a
aprovação no TEOT.
“A CET SBOT-RJ oferece o OrtoCurso abordando
diferentes subespecialidades mensalmente e, no
final dessa maratona, temos o Curso Intensivo
realizado em Itaipava. As atividades servem
como complemento ao que é aprendido no
serviço de ortopedia dentro de cada hospital,
e a intenção é a de que o residente agregue
o máximo de conhecimento e técnicas para
chegar na prova do TEOT qualificado para
conseguir o Título. É uma longa caminhada, e não
adianta começar agora e parar ao longo do ano”,
enfatizou Dr. Rodrigo Rodarte.
O vice-presidente da CET SBOT-RJ, Dr. Marcelo
Bragança, apresentou o canal de comunicação
destinado aos residentes, o OrtoBlog Rio, e
o Alternativa Certa, quiz científico realizado
no segundo semestre do ano que garante ao
O presidente da CET SBOT-RJ, Dr. Rodrigo Rodarte, apresenta as ações de 2015 para os residentes do primeiro ano (R1)
15
EducaçãoCET SBOT-RJ
primeiro colocado uma inscrição no Intensivo
CET SBOT-RJ. A Reunião de Imagem Ortopédica
(R.I.O.), baseada na apresentação de casos
clínicos, também foi destaque. O especialista
parabenizou os residentes pelo esforço e pela
escolha, ressaltando que a comissão tem um papel
complementar na formação de um ortopedista.
Formado em medicina pela Universidade Federal
Fluminense (UFF) e R1 no serviço do Instituto
Nacional de Ortopedia e Traumatologia (INTO),
Dr. Igor Pedrinha, conta que foi incentivado pelo
seu chefe de serviço — Dr. Carlos Alberto de Araújo Neto
— a conhecer a SBOT-RJ e participar do OrtoCurso.
“Acredito que as aulas sejam um complemento
e possam agregar grandes aprendizados. Não
dá para estudar só na reta final, temos que
começar agora”, opinou Dr. Igor Pedrinha.
Para Dr. Juan Daniel, graduado pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também R1 no
INTO, o interesse pela ortopedia surgiu quando
ele começou a dar plantão em hospitais públicos.
“Eu nem pensava em atuar na área, queria fazer
uma especialidade cirúrgica,
mas no meio da faculdade,
quando comecei a dar plantão,
acabei tendo mais contato e
me interessando”. Sobre as
atividades programadas para os
residentes, ele revela que ouviu
falar muito bem da CET SBOT-RJ.
“No serviço, os especialistas e
residentes comentam sobre as
ações desenvolvidas pela SBOT-RJ.
Pretendo frequentar o Ortocurso
e espero que seja um diferencial
para o TEOT", completou.
ORTOCURSO
O primeiro módulo do OrtoCurso com o tema
Trauma I / Básico foi realizado no dia 21 de março
e teve recorde de participantes, totalizando 214
médicos residentes. Ao todo serão dez encontros,
todos aos sábados. A programação conta com
aulas teóricas e práticas, discussão de casos e
aplicação de prova com 30 questões. As atividades
começam às 8h para os R3 e se estendem até
às 11h45. Já para os R1 e R2, as aulas começam
às 12h com aplicação da prova — o mesmo
modelo realizado pelos R3, mas opcional como
treinamento —, e segue até 15h50.
Residentes do terceiro ano com maior frequência no OrtoCurso e maior quantidade de acerto nas provas aplicadas serão recompensados
no final do ano. Os prêmios se dividem em
inscrição para o TEOT; estadia em Campinas,
local de realização da Prova; e inscrição no Curso
Intensivo CET SBOT-RJ.
Os médicos residentes em ortopedia Júlio Ferreira, Juan Daniel e Igor Pedrinha participaram do evento.
16
EducaçãoCET SBOT-RJ
TROCA DE EXPERIÊNCIAS
Os encontros mensais da Reunião de Imagem
Ortopédica (R.I.O.) oferecidos pela CET SBOT-RJ
continuam a acontecer em 2015. Já definida, a
programação, sob a coordenação do Dr. Marcelo
Bragança, tem como proposta estimular o inter-
câmbio de conhecimento entre ortopedistas
e radiologias. A R.I.O. é realizada às segundas
quintas-feiras de cada mês, das 19h às 20h30, na
Casa do Ortopedista.
O objetivo é estimular a inter-relação entre as
duas especialidades médicas para o diagnóstico
das afecções ortopédicas traumáticas e não trau-
máticas, além de difundir entre os radiologistas
informações que os ortopedistas necessitam para
uma adequada avaliação dos exames de imagem.
Neste ano, a iniciativa contará com a participação
dos seguintes radiologistas colaboradores: Bruno
Hassel, Elise Tonomura, Flavia Costa e Silvana
Mendonça (todos da clínica CDPI); Jair Eletério
(Medicina Nuclear da Guanabara); e Sabrina
Veras (Cedimagem).
“A R.I.O. é de grande importância para ortopedis-
tas e radiologistas, como também para médicos
residentes em ortopedia. Ela permite o aprofun-damento no estudo do diagnóstico por imagem das afecções ortopédicas e promove o debate e a troca de conhecimento entre os participantes. A
atividade também funciona como um treinamento
do diagnóstico para a realização da prova oral do
TEOT”, enfatiza Dr. Marcelo Bragança.
ENTENDA A R.I.O.
A dinâmica da Reunião é baseada na apresentação e
discussão de três casos clínicos com duração de 30
minutos e a abordagem de assuntos referentes ao
módulo do OrtoCurso que a antecede. O primeiro
caso é apresentado por um radiologista convidado;
o segundo por um ortopedista convidado e o ter-
ceiro é aberto a residentes ou especialistas que
tenham interesse em participar desde que os casos
tenham sido inscritos previamente.
“Há uma verdadeira troca de conhecimento.
Radiologistas contribuem principalmente na
identificação e caracterização das lesões e os orto-
pedistas ressaltam os aspectos mais relevantes
das afecções ortopédicas que devem ser priori-
zados na execução e avaliação dos exames pelos
radiologistas em cada afecção. Assim, todos saem
ganhando e o resultado final pode ser revertido
aos pacientes”, avalia Dr. Marcelo Bragança.
Os ortopedistas, radiologistas e residentes in-
teressados em apresentar casos clínicos na
R.I.O. devem enviar previamente um e-mail para
[email protected], anexando o arquivo em
formato pdf ou ppt. Mais informações no
contato: 21 2543-3844.
Todas as ações desenvolvidas pela CET SBOT-RJ
para os residentes podem ser encontradas no
OrtoBlog Rio (ortoblogrio.blogspot.com.br), assim
como a programação da R.I.O. e do OrtoCurso.
mailto:[email protected]
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18
A SBOT-RJ promoveu a quinta edição da campanha
“FOLIA SEM TRAUMA – Não faça deste o seu último
Carnaval”, com o intuito de conscientizar e alertar a
sociedade civil sobre a importância de ter atenção
redobrada para evitar acidentes de trânsito no
Carnaval, período no qual há registro de um
aumento expressivo de mortes.
Lançada no dia 5 de fevereiro, a iniciativa teve
como foco o atropelamento de pedestres, que
foi a segunda maior causa de óbitos nas estradas
federais do país no Carnaval de 2014 — com 22
registros —, ficando atrás apenas das colisões
frontais, que ocasionaram 61 mortes.
Além de uma vasta divulgação na mídia — "FOLIA
SEM TRAUMA" foi destaque nos programas Bom
dia Brasil da TV Globo, Balanço Geral RJ da Rede
Record e no portal Veja Rio, por exemplo — outras
abordagens englobaram as ações realizadas para
difundir a campanha no Estado e alcançar o maior
número possível de pessoas.
Outdoors foram instalados em todas as regiões da cidade do Rio e também nos municípios de Duque
de Caxias e São João de Meriti; ventarolas foram
distribuídas nos principais blocos carnavalescos
car iocas , em polos gast ronômicos com
grande concentração de jovens e no Sambódromo
nos dois dias de desfile do Grupo Especial. Outra iniciativa que contribuiu para evidenciar a campanha foi a disponibilização de fôlderes e cartazes em unidades hospitalares públicas e
privadas do Estado.
"Enquanto associação representativa de classe
médica, é importante sinalizarmos para a
população, por meio de uma campanha que
repercute em diversos municípios e na classe
médica, que o ortopedista é o profissional
na linha de frente do trauma no estado do
Rio, sendo de sua responsabilidade realizar
o atendimento de urgência e emergência
nos hospitais", destacou o presidente da
SBOT-RJ, Dr. Marcelo Campos.
SBOT-RJ CONTRIBUI PARA REDUÇÃO DE ACIDENTES
Criada em 2011 com o objetivo de chamar a atenção
para o aumento expressivo do número de atendi-
mentos de urgência e emergência nos hospitais do
Rio durante o Carnaval, a campanha “FOLIA SEM
TRAUMA”, junto com a intensificação da Operação
Lei Seca, tem colaborado para diminuir os índices
alarmantes constatados por órgãos responsáveis —
os registros de acidentes em 2015 são os menores
dos últimos oito anos, segundo a Polícia Rodoviária
Federal (PRF), que confirmou 2.785 acidentes com
120 mortos durante o feriado prolongado nas
rodovias federais brasileiras. O índice de vítimas
fatais teve redução de 28% em comparação com
2014, que registrou 3.357 acidentes.
Segundo o diretor de Projetos Especiais da SBOT-RJ,
Dr. Luis Marcelo Malta, a entidade se compromete
em contribuir para que a população entenda os
perigos de traumas ortopédicos que o trânsito
pode ocasionar: “Os motoristas devem respeitar
19
1 mil fôlderes distribuídos em unidades
de saúde públicas e privadas do Rio e
nas estações CCR Barcas.
18 outdoors instalados nas regiões da
cidade do Rio e também nos municípios de Duque de
Caxias e São João de Meriti.
20 mil ventarolas distribuídas entre os dias
13 e 17 de fevereiro nas seguintes regiões: Niterói;
Lapa; Centro; Zona Sul; Zona Norte e Zona Oeste.
o direito alheio de ir e vir, o que é premissa para
uma boa convivência. Todos somos pedestres; uns
por algum momento do dia, outros todos os dias.
Estamos expostos, nossos corpos correm risco de
colisão com lataria, ferro, pneus, asfalto, meio-fio,
postes entre outros elementos, e a população pre-
cisa ter ciência disso”, alertou.
Dr. Luis Marcelo também destacou em suas entre-
vistas a gravidade das lesões dos atropelamentos
de pedestres e o maior risco de mortalidade como
consequências diretas da velocidade do veículo,
pois o risco de morte por atropelamento em que
o veículo está a 30 km/h é de 10%, enquanto a
50 km/h esse índice sobe para 80%.
A quinta edição da “FOLIA SEM TRAUMA – Não faça
deste seu último Carnaval” contou com o apoio da
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
(SBOT), da Secretaria de Saúde do Estado do
Rio de Janeiro, da Companhia de Engenharia de
Tráfego (CET) do Município do Rio de Janeiro e
do grupo CCR Barcas.
Uma ca
mpanh
a da:
Apoio:
Promotoras distribuíram material educativo na orla do Rio durante o Carnaval
20
Chefes de serviço e preceptores do RioREGIONAL APRESENTA AÇÕES PARA 2015
O planejamento e a linha de atuação em 2015 da
SBOT-RJ foram apresentados para os chefes de
serviço e preceptores do Rio de Janeiro na noite
do dia 11 de março, na Casa do Ortopedista. Além
da aproximação da nova diretoria da sociedade
com os gestores da ortopedia na saúde pública do
Estado, o encontro permitiu o debate de questões
relacionadas ao funcionamento das unidades de
saúde e ao treinamento dos médicos residentes
em ortopedia.
O presidente da SBOT-RJ, Dr. Marcelo Campos,
ressaltou que o foco neste ano é na interação com
outras especialidades e sociedades científicas,
como reumatologia, radiologia, fisioterapia,
fisiologia, dentre outras, e na ocupação da Casa
do Ortopedista pelas empresas parceiras para o
lançamento de seus produtos.
A nova identidade visual da Regional Rio, já
adotada pelos canais de comunicação da SBOT-RJ
— site, newsletter, OrtoBlog Rio, BORJ e Facebook — também foi apresentada; assim como as ações
realizadas em 2015: a campanha “FOLIA SEM
TRAUMA – Não faça deste seu último Carnaval”; o
site exclusivo para os membros; e o projeto “O que
vi da Ortopedia”, que busca
manter viva a memória da
ortopedia do Estado.
A pauta teve ainda
discussões sobre o
treinamento dos médicos
residentes, objetivando a
interação dos diversos serviços com a CET SBOT-RJ.
O presidente da comissão Dr. Rodrigo Rodarte e
o vice-presidente Dr. Marcelo Bragança explicaram
a dinâmica e a elaboração da programação
científica promovida ao longo do ano, bem
como as mudanças instituídas no OrtoCurso.
As ações têm um papel complementar na
formação do residente oferecida pelos serviços de
ortopedia. As atividades da Comissão de Educação
Continuada (CEC) SBOT-RJ, destinadas a
ortopedistas em busca de atualizações na área,
também foram abordadas.
Estiveram presentes representantes de 15
serviços de ortopedia, incluindo hospitais da
capital e da Região Serrana do Rio: Hospital dos
Servidores do Estado; Hospital Geral de Ipanema;
Hospital Municipal do Andaraí; INTO; Hospital
Geral de Nova Iguaçu; Hospital Central da Polícia
Militar; Hospital Federal da Lagoa; Hospital Naval
Marcílio Dias; Hospital São Zacharias; Hospital de
Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu; Hospital
Federal de Bonsucesso; Hospital das Clínicas
de Teresópolis Constantino Ottaviano; Hospital
Municipal Souza Aguiar; Hospital Universitário
Pedro Ernesto; Hospital Municipal Miguel Couto.
Quinze serviços de ortopedia, incluindo hospitais da capital e da Região Serrana do Rio, foram representados
21
APTUS® Hand | Radius | Elbow | Foot
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O que vi da Ortopedia
SBOT-RJ resgata a memória da especialidade
As memórias e histórias marcantes da ortopedia
fluminense serão resgatadas pela SBOT-RJ ao
longo do ano por meio da iniciativa “O que vi da
Ortopedia”. O projeto, que teve início em 2013 e
uma pausa em 2014, ganhou um novo formato,
passando a acontecer dentro de unidades de saúde
e não mais na sede da Regional Rio.
A ideia é reunir profissionais que participaram
do desenvolvimento da especialidade no próprio
local em que atuaram. Pelas suas inovações
técnicas, administrativas e um organismo docente
assistencial pioneiro, o Hospital dos Servidores do
Estado (HSE), um dos primeiros a ter o programa
de residência médica no Rio, sediou a retomada do
“O que vi da Ortopedia”.
Um tempo de glamour que marcou para sempre a biografia da medicina brasileira foi reverenciado
nos depoimentos memoráveis de seis renomados
ortopedistas que dedicaram grande parte das
suas vidas ao HSE: Drs. Abraham Fiszman, Alfredo
Teixeira, Ilidio Pinheiro, Jonathas de Oliveira
Campos, Miguel Sad e Pedro Ivo de Carvalho.
HOSPITAL DOS SERVIDORES
Palco de grandes acontecimentos científicos, o HSE contribuiu e ainda contribui para a formação de especialistas. Atualmente, 13 médicos compõem a equipe de residentes do serviço de ortope-dia da unidade, que desde 2013 é chefiado pelo
Dr. Marcelo Erthal Moreira, membro da diretoria
2015 da Regional Rio.
O Hospital dos Servidores já foi reconhecido
como a mais avançada unidade de saúde pública
da América Latina por autoridades nacionais
e estrangeiras, que lhe conferiram a Classe A
no Sistema Internacional de Classificação de
Hospitais. Consagrou-se ainda como um centro
de atendimento médico de alta qualidade em que
presidentes da República, como José Linhares,
Juscelino Kubistcheck, João Goulart e João Baptista
Figueiredo, buscavam tratamento.
Com uma forte ligação sentimental com o HSE,
hospital onde acompanhava quando criança seu
pai ortopedista, Dr. Marcelo Campos, presidente
da SBOT-RJ, declarou que dar continuidade ao
“O que vi da Ortopedia” é muito gratificante, pois
permite o registro de fatos que tiveram grande
importância para o desenvolvimento da ortopedia
no Brasil: “Além de manter viva a história da espe-
cialidade de um hospital emblemático”, enfatizou.
Os doutores Carlos Giesta e Karlos Mesquita,
membros da Academia Nacional de Medicina,
aceitaram o convite e são os mediadores dos
encontros informais ao longo do ano. “Agradeço
a oportunidade de rever amigos e estar em con-
tato com os jovens que escolheram a profissão,
além de participar desta nova fase da iniciativa”,
ressaltou Dr. Mesquita.
Para Dr. Carlos Giesta, “a SBOT-RJ está de parabéns
por arquivar momentos ricos e inaugurar um novo
formato que permite reunir figuras destacadas”.
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“O QUE VIVI NO HOSPITAL DOS SERVIDORES”
“É natural sermos saudosistas porque pudemos viver em uma época diferente e muito mais generosa. A hora agora é de sacrifício e de luta, mas isso não deve desestimular os colegas. Conheçam a história, sintam orgulho, mantenham a tradição e toquem o serviço porque vocês têm esse dever. Nós temos, depois de ter vivido uma vida ortopédica, a responsabilidade de passar o bastão, de mostrar o que foi feito e o que pode melhorar. Então, dou os meus aplausos à SBOT-RJ por essa belíssima iniciativa.” – Dr. Ilídio Pinheiro
“Iniciei minha residência médica no Hospital dos Servidores e por 35 anos trabalhei na unidade, era uma época de ouro que tinha até garçom para servir aos pacientes. Acho muito valiosa a proposta da SBOT-RJ em reunir um grupo de colegas que trabalharam no mesmo serviço dando a sua contribuição. Agradeço muito ao Dr. Marcelo, meu filho e presidente da SBOT-RJ. É uma honra ter um filho que fez uma especialidade como eu fiz e que galgou outro patamar na medicina.” – Dr. Jonathas de Oliveira Campos
“Na época em que o Rio era a capital federal do Brasil, os governantes queriam um hospital de primeira linha para serem cuidados. O Hospital dos Servidores está decaindo porque o salário dos médicos servidores se aproxima ao da prefeitura. Ele se destacava porque oferecia uma remuneração muito diferenciada, mas a causa principal da decadência foi a mudança da capital federal para Brasília. O Hospital dos Servidores é um castelo de cultura; e a iniciativa da SBOT-RJ de arquivar as histórias vivenciadas em um período de ouro da especialidade é muito valiosa.” – Dr. Alfredo Teixeira
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“O meu supervisor era o Dr. Décio Sousa Aguiar, uma das figuras mais proeminente da ortopedia brasileira. Foi quem me incentivou a ir para a Inglaterra e trabalhar com o Dr. Peter Jackson, idealizador da osteotomia alta. Eu pude trazer para o Hospital dos Servidores muitas técnicas aprendidas, como a artroscopia. E nós fizemos aqui, se não a primeira, uma das primeiras artroscopias do Estado e talvez do Brasil, auxiliada pelo Dr. Jonathas Campos. Naquela época era no ‘olhômetro’ e escurecíamos a sala com lençóis. Não posso deixar de felicitar a SBOT-RJ pela belíssima iniciativa e também por nos tirar do ostracismo para encontrarmos antigos colegas, conhecer os novos residentes e falar da nossa experiência.” - Dr. Abraham Fiszman
“No meu primeiro ano de residência, em 1966, era o único R1 com outros dois R2. Presenciei um serviço de alto nível, o centro cirúrgico, por exemplo, era todo de mármore com ligação para outras salas. Só tenho boas recordações, mas você quer passar para frente e não encontra quem te escute. O ‘O que vi da Ortopedia’ é bom para a SBOT-RJ e para todos, pois ninguém vive sem memória.” – Dr. Miguel Sad
“Aprendemos além da técnica, a postura de ser médico. Não se admitia que na visita não usássemos jaleco, por exemplo. O Hospital dos Servidores já não tem mais aquela bandeira de melhor da América Latina, mas acho que os jovens profissionais e nós deveríamos continuar nos sentindo muito orgulhosos da unidade, que pode estar decadente no momento, mas ainda tem representatividade dentro do cenário ortopédico no Brasil. Tenho 39 anos de profissão e me sinto muito honrado de estar fazendo parte dessa história que eu busquei desde o dia que me formei.” – Dr. Pedro Ivo de Carvalho
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SBOT Rio CulturalPor: Dr. Alberto Daflon
Poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista, ensaísta brasileiro e um dos
fundadores do neoconcretismo
FERREIRA GULLAR, pseudônimo de José Ribamar Ferreira
José de Ribamar Ferreira, pseudônimo Ferreira
Gullar, nasceu em São Luís do Maranhão, em 10
de setembro de 1930. Aos 20 anos iniciou sua
carreira ao ser premiado em um concurso de
poesia promovido pelo Jornal das Letras. Em
1949 publicou seu primeiro livro de poemas,
“Um pouco acima do chão”, e transferiu-se para
o Rio de Janeiro.
Poeta inquieto, em 1959 rompeu com o movimento
da poesia concreta para organizar e liderar o grupo
neoconcretista, cujo manifesto redigiu e expressou
em seu famoso ensaio “Teoria do não objeto”.
Escreveu também para o teatro, em parceria com
escritores de igual valor, como Oduvaldo Vianna
Filho, Armando Costa e Dias Gomes. Exilado em
1971 pela ditadura militar, escreveu em Buenos
Aires seu livro de maior repercussão, “Poema Sujo”.
Estar em livrarias à procura de livros que me
interessam faz parte do meu lazer e uma das que
sempre frequento é também visitada pelo nosso
poeta maranhense de nascimento e carioca de
coração. Toda vez que lá estou sempre busco
encontrá-lo, mas até recentemente não tinha tido
esta sorte.
Naquela tarde de domingo, enquanto esperava o
início do filme que iria assistir, finalmente o vi entrar
na livraria. Não tenho hábito e também não sou
tão desprendido para expressar a minha condição
de admirador de um grande poeta, pensador,
brasileiro engajado nas causas justas que em nosso
país sempre desafiam os homens de bem na defesa
de princípios e direitos do povo.
“O poema não voa de asa-delta Não mora na Barra Não frequenta o Maksoud [...] Em vez disso, o poema é miserável: Parece demais com o povo”
Lampejo GULLAR, Ferreira
SBOT Rio Cultural
Em sua obra está o homem, o poeta. É esse homem
magro e de cabelo prateado que se agiganta na
postura, na cultura e no seu poetar. No espaço da
livraria, eu, como admirador, olhava as prateleiras
em busca de alguns “Barulhos”, “Em Alguma parte
alguma”, “Na vertigem do dia”, “Dentro da noite
veloz”, pensando “O homem como invenção de si
mesmo”, sem me esquecer do “Poema sujo”, que
em sua obra é também um retrato do Brasil e do
seu povo. Ele, com sua simplicidade, folheava um
livro qualquer.
Dos seus poemas, o meu preferido, que revela
toda sua sabedoria, imaginação e sensibilidade é
“Inseto”, que vem em seguida fechar este texto.
Inseto - GULLAR, FerreiraUm inseto é mais complexo que um poemaNão tem autorMove-o uma obscura energiaUm inseto é mais complexo que uma hidrelética
Também mais complexoque uma hidreléticaé um poema(menos complexo que um inseto)
e pode às vezes(o poema)com sua energiailuminar a avenidaou quem sabe uma vida
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28
“Che strana vita, dunque”
Sempre me achei muito crítico, algo severo
por vezes. Aquele que popularmente alcunham
“cri-cri”; o chato. Aos mais próximos menciono
constantemente minha identificação com
a perspectiva surrealista de Buzzati sobre a
inexistência da calmaria pela eterna sensação do
cachorro mordendo suas entranhas. Assim me sinto
e desse modo vivo.
Quando surgiu a ideia dessa coluna no BORJ,
vinda de forma brilhante da mente do meu amigo
Paulo Barbosa, presidente da Regional na gestão
2012, logo me identifiquei. Estávamos então
no ano seguinte, durante minha presidência
da SBOT-RJ, e havíamos formado um grupo de
interessados em dar nova identidade ao nosso
boletim dos ortopedistas fluminenses. Era, sem
sombra de dúvidas, uma oportunidade singular
de externarmos nossas insatisfações e de
manifestarmos nossos anseios por uma medicina
melhor, mais justa e mais abrangente. Estava criada
aseção “Pedra no Sapato” e com ela um espaço para
todos escreverem sobre o que estavam em desacordo
e o porquê.
Não é difícil perceber que minha personalidade
ácida havia encontrado o local em que poderia ler
e também escrever sobre assuntos tão distintos,
como a desaparecimento dos filmes impressos
de radiografia e o holon grego. Alimentar
um pouco mais o tal cachorro que cisma em
manter-se faminto. Pois bem, in ic iando
2015, a convite do atual pres idente da
SBOT-RJ, Marcelo Campos, tenho novamente a
oportunidade de estar com a palavra e dividir
com os leitores uma das minhas maiores
MEDICINA DE SEGUNDA CLASSE
Pedra no Sapato*Por: Dr. Vincenzo Giordano
“Che strana vita, dunque”
inquietudes já há algum tempo: a existência de
duas medicinas.
Falo do nosso Sistema Único de Saúde (SUS),
responsável pela atenção à saúde de milhares de
brasileiros e que, a exemplo de outros modelos de
saúde pública ao redor do mundo desenvolvido,
deveria dar à nossa população um tratamento
impecável. Mas infelizmente não é isso que
vimos há anos acontecer no país. Ao contrário,
motivado pelo fortalecimento do setor privado da
saúde suplementar, observamos gradualmente o
aniquilamento dos setores políticos responsáveis
pela manutenção do setor público. Surge daí, a
medicina de segunda classe.
Escutei pela primeira vez do colega Isaac Rotbande,
atual chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital
Universitário Gaffrée e Guinle, a expressão
“paciente de segunda classe” e a achei pragmática,
verdadeira em sua essência, objetiva. Afinal, são as
mesmas doenças, as mesmas fraturas, as mesmas
necessidades de cuidado, mas tratamentos
muito distintos entre aqueles que podem ser
atendidos de forma privada (o que inclui a saúde
suplementar de grupo e os seguros médicos) e os
que não. Discrepâncias que vão desde a qualidade
das acomodações hospitalares, passando pela
velocidade em que são realizados os exames
complementares e culminando com o material
cirúrgico disponibilizado.
Ilustro o que acabo de escrever com o exemplo que,
a meu ver, é o maior de todos e torna-se em âmbito
não só nacional um problema de saúde pública: a
fratura do extremo proximal do fêmur no paciente
29
Pedra no Sapato
idoso. Enquanto nas redes privadas esse paciente é
avaliado em poucas horas, compensado em até um
dia e operado com ótimas condições de imagem,
implantes e cuidados pós-operatórios, no SUS
(ou ao menos na maioria dos nosocômios desse
sistema de saúde), a avaliação e a compensação
pré-operatórias levam dias (às vezes semanas),
no ato cirúrgico nem sempre estão disponíveis os
recursos mais indicados e o período pós-operatório
imediato não infrequentemente é realizado fora de
uma unidade clínica fechada.
Mas não é somente o paciente que é tratado como
de segunda classe. Praticamos uma medicina de
segunda classe no SUS. Acredito que esse termo
seja mais condizente com o que vivenciamos,
principalmente aqueles que trabalham nos
hospitais públicos deste enorme país. E embora
essa caracterização possa, a princípio, parecer crítica
a nós médicos, ela é somente fruto do trabalho
que ainda conseguimos fazer. Caso contrário,
teríamos uma medicina de terceira, quarta ou sei
lá que classe. Veríamos o abandono do paciente
público. Ou alguém acreditou na eficiência do
“Mais Médicos”?
De acordo com o cirurgião torácico Márcio
Maranhão, autor do ótimo livro “Sob pressão
- A rotina de guerra de um médico brasileiro”
(Editora Foz), “a realidade é chocante, muitas vezes
paralisante”. Não importa qual tenha sido ou qual
seja a motivação que fez o médico ingressar no
serviço público, sua atuação é sempre altruísta e
proativa para com o enfermo. Basta lembrar quantos
de nós operamos fora das condições ideias para
não suspender o procedimento e deixar o paciente
mais alguns dias aguardando uma nova marcação
no mapa cirúrgico. “Prometo que, ao exercer a arte
de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos
da honestidade, da caridade e da ciência” é o que
está no Juramento de Hipócrates. Mais do que
uma ciência biomédica, vejo a medicina como
uma profissão humanística. Lembro de Perestrelo,
da pessoa cuidando da pessoa, da capacidade
do silêncio ser, por vezes, mais eloquente que
as palavras. Lembro de Eksterman, “sem relação
humana não temos medicina”.
Mas assim como o carinho e o gesto alimentam
o ser médico, as adversidades e experiências
traumáticas passadas nos hospitais do SUS vão
minando nossa vontade de ir além. Acredito que
muitos já passamos por momentos de dúvida e de
raiva por brigarmos contra tudo e contra todos para
levarmos a cabo o tratamento do paciente público.
Em entrevista concedida ao Jornal O Globo de 31 de
agosto da 2014, o citado médico Marcio Maranhão
diz que não desistiu do sistema, mas o sistema que
desistiu dele, na verdade o expulsou do front. Ao
estratificar a medicina em classes, passa-se a agir
de forma contrária aos valores que defendemos,
fragmenta-se o humanismo contido no ser médico,
tornando tanto pacientes como médicos vítimas
de uma estrutura agressora e transgressora. E
nós, até quando iremos resistir a essa medicina de
segunda classe?
*Dr. Vincenzo Giordano é ex-presidente da SBOT-RJ - gestão 2013
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Site do Ortopedista
A SBOT-RJ lançou um novo canal de comunicação
exclusivo para cada membro ativo. O objetivo é que
a novidade seja a principal ferramenta de indexação
dos ortopedistas no estado do Rio de Janeiro e de
busca para os cidadãos que desejam encontrar
um especialista.
Uma página pessoal editável vinculada ao site da
Regional Rio permite o cadastro de informações
profissionais da área ortopédica, a inclusão
de contatos e fotos. Para o membro realizar o
registro é necessário criar um login e aguardar
um e-mail de confirmação. O processo é rápido
e pode ser concluído após a indexação de
referências desejadas.
Segundo o presidente da SBOT-RJ, Dr. Marcelo
Campos, a criação de um site dedicado aos
membros é um grande benefício para os
ortopedistas do Estado. “Contribui para a exposição
do seu trabalho, a troca de informações entre os
membros e a divulgação para pacientes em busca
de profissionais capacitados”, enfatiza.
Para Dr. Marcos Britto, membro da diretoria à frente
do projeto, a grande maioria dos pacientes nos
Estados Unidos busca referência na internet antes
de marcar uma consulta. “A novidade permite que
a população identifique profissionais reconhecidos
pela SBOT no principal meio de comunicação da
Regional Rio. Para os ortopedistas do Estado e
membros da SBOT-RJ é uma ferramenta importante
para divulgar formação, trabalhos publicados, entre
outros dados relevantes da carreira médica dentro
de um canal oficial da ortopedia”, conclui.
Participe! O acesso deve ser feito por meio do link
www.sbotrj.com.br/membros.
http://www.sbotrj.com.br/membros
31
100% mais social
A Regional Rio intensificou as ações na página
do Facebook com o objetivo de aumentar a
visibilidade das atividades que promove. A nova
dinâmica na página da rede social já mostrou
resultados, passando de 540 para 1.080 curtidas
nos últimos três meses, um crescimento de 100%
no número de seguidores.
Os “fãs” foram conquistados de maneira
orgânica, sem investimentos financeiros. O
alcance das publicações também aumentou.
Hoje, uma média de 800 internautas têm acesso
a cada postagem realizada diariamente.
As publicações são direcionadas aos ortopedistas,
médicos residentes na especialidade e empresas
do setor. Os temas abordados são os eventos
realizados na Casa do Ortopedista, os cursos
c ient í f icos e outros projetos da SBOT-RJ.
Notícias relacionadas à saúde e de outras
s o c i e d a d e s m é d i c a s a f i n s à o r to p e d i a
também são destaques.
Nossa rede de comunicação está aumentando.
Curta a página no Facebook da SBOT-RJ e
mantenha-se informado.
facebook/SBOTRJ
32
Direitos & Deveres*Por: Dr. Alexandre Martins
RISCOS DO USO DE PRESCRIÇÃO “OFF LABEL”
Devemos iniciar nosso artigo esclarecendo que
minha formação é na área jurídica, assim, por mais
óbvio que possa parecer, faço total questão de
enfatizar que abordaremos aqui os “riscos” para
o médico e não para o paciente, vale dizer que
trataremos dos riscos sob o ponto de vista legal e
não biológico.
Feita essa necessária observação, queremos
destacar que o tema “off label”, apesar de recente, já foi por nós abordado no ano passado, em palestra
realizada em São Paulo, onde o tema fora bastante
discutido e alguns médicos revisaram suas rotinas
de trabalho após tomarem ciência dos riscos que
tal procedimento pode causar para suas carreiras e
vidas financeiras.
Para entender melhor o que seria uma prescrição "off label", temos que lembrar que cada medicamento registrado no Brasil recebe aprovação
da Anvisa para uma ou mais indicações, que passam
a constar na bula e são respaldadas pela Agência.
Desta forma, toda vez que um médico receitar uma
medicação objetivando um tratamento, para o
qual o aludido medicamento não possua registro
na Anvisa, o médico estará fazendo uma prescrição "off label", ou seja, o uso não aprovado, que não consta da bula.
O uso "off label" de um medicamento é feito por conta e risco do especialista que o prescreve, e
pode eventualmente vir a caracterizar um erro
médico, tanto em relação aos efeitos colaterais
como a não obtenção do resultado esperado. Em
julgamento de caso similar, o Tribunal de Justiça do
Estado do Rio de Janeiro condenou a empresa FMG
Empreendimentos Hospitalares a indenizar um
paciente, o qual apresentou uma reação alérgica
devido ao que o Tribunal classificou como “erro
GROSSEIRO na prescrição do medicamento”.
Oportuno se faz destacar que a responsabilidade do
profissional de saúde não fica restrita à seara Cível,
uma vez que, além da responsabilidade civil, ou
seja, além do dever de indenizar por eventual dano
de ordem financeira (material) ou moral (abalo ou
constrangimento subjetivo) que o paciente venha
a sofrer, o profissional também está sujeito a ser
indiciado e vir a responder em processo criminal,
na seara Penal, pelo crime previsto no Artigo 273
do Código Penal Brasileiro — pena de reclusão: de
10 a 15 anos e multa.
Lembrando que o processo penal independe de
queixa ou representação da vítima ou de seus
familiares, bastando que as autoridades tomem
conhecimento da prática para iniciar a ação, e
que também a condenação não está vinculada à
ocorrência de mau resultado, bastando a prescrição
para a consumação do delito.
Diante de todo exposto, o médico deve se abster
de indicar medicamento que não vislumbre
registro na Anvisa para tratamento da patologia de
seu paciente.
*Dr. Alexandre Martins é advogado, professor universitário e Consultor Jurídico da SBOT-RJ.
São de sua autoria os seguintes livros: “Responsabilidade Penal do Médico”, “Responsabilidade
Civil Médica” e “Vigilância Sanitária em Saúde”.
Light Jápara comunicação
de falta de luz
Histórico de Consumo
Débito Automático
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