Com a palavra - SBOT-RJ · 2015. 6. 9. · 2 Com a palavra A SBOT-RJ vem realizando um excelente...

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    Com a palavra

    A SBOT-RJ vem realizando um excelente trabalho

    de fomento da educação médica e identificação

    de novas lideranças, por isso é com muito orgulho

    que encaro o desafio de estar à frente da entidade

    em 2015. Com ações estratégicas definidas e a

    certeza de que tenho o apoio da Diretoria, assumo

    a presidência com a expectativa de garantir que

    a vida associativa seja um fórum excelente para a

    troca de experiências.

    O ano começou bastante movimentado.

    Concluímos as parcerias com empresas com as

    quais iniciamos o contato em 2014; definimos o

    calendário das atividades científicas por meio de

    uma atuação descentralizada das Comissões de

    Ensino da SBOT-RJ — CEC e CET —; promovemos a

    quinta edição da campanha “FOLIA SEM TRAUMA –

    Não faça deste o seu último Carnaval”; retomamos

    o projeto “O que vi da Ortopedia” que visa resgatar

    a memória da especialidade; lançamos a nova

    identidade visual da SBOT e um portal dedicado

    exclusivamente aos membros da Regional Rio...

    E este é só o começo.

    Todas essas novidades podem ser conferidas nesta

    edição do BORJ. Ela apresenta um novo projeto

    gráfico que priorizou um layout mais clean e uma leitura mais dinâmica. Agradeço o apoio recebido

    até aqui e reafirmo o compromisso em fazer com

    que a minha gestão marque mais um ano de

    conquistas para a ortopedia do Estado.

    Até breve!

    Dr. Marcelo CamposPresidente SBOT-RJ • Diretoria 2015

    PRESIDENTE 2015

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    Diretoria 2015

    Expediente 2015

    Presidente: Marcelo Campos

    1º Vice-Presidente: Marcos Giordano

    2º Vice-Presidente: José Paulo Gabbi

    1º Secretário: Carlos Eduardo Franklin

    2º Secretário: Pedro Labronici

    3º Secretário: Alexandre Pallottino

    4º Secretário: Marcelo Erthal

    1º Tesoureiro: Tito Rocha

    2º Tesoureiro: Luis Marcelo Malta

    3º Tesoureiro: Marcos Britto

    Conselho Editorial:

    Comissão de Comunicação e Marketing

    da SBOT-RJ (CCM-RJ)

    Coordenação Editorial: JINX° Comunicação

    Redação: Rhaiane Sodré e Natasha Dias

    Edição e Revisão: Mariana Abrahão

    Diagramação: Rodrigo Oliveira

    Impressão: Walprint Gráfica e Editora

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    Sumário

    06Posse diretoriaSBOT-RJ 2015

    14EducaçãoCET SBOT-RJ

    09SBOT Gestão 2015Regional Rio

    18“FOLIA SEM TRAUMA”Campanha 2015

    10EducaçãoCEC SBOT-RJ

    20SBOT-RJChefes de serviço e preceptores do Rio

    13SBOT-RJNova identidade visual

    22“O que vi da Ortopedia”Memória da especialidade

    26SBOT Rio CulturalFerreira GullarPor: Dr. Alberto Daflon

    28Pedra no SapatoMedicina de segunda classePor: Dr. Vincenzo Giordano

    Site do OrtopedistaPortal exclusivo para os membros 30

    31Direitos & DeveresRiscos do uso de prescrição “off label”Por: Dr. Alexandre Martins

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    Calendário 2015

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    Posse da diretoria SBOT-RJ 2015 reúne expoentes da ortopedia

    A gestão 2015 da SBOT-RJ foi entregue oficialmente

    ao Dr. Marcelo Campos pelo Dr. Henrique de

    Barros, presidente em 2014, no dia 29 de janeiro

    em evento no Jockey Club Brasileiro, na Gávea. A

    posse com a tradicional passagem do Martelinho,

    símbolo da transição a diretoria da SBOT-RJ, reuniu

    autoridades, membros e parceiros da Regional Rio.

    “A SBOT-RJ é uma obra em construção e temos

    metas de curto, médio e longo prazo. Isso tem sido

    possível graças a uma administração profissional

    e a projetos estratégicos que são aperfeiçoados

    continuamente, mas com conexão com gestões

    passadas e futuras”, discursou Dr. Marcelo Campos

    durante a solenidade, agradecendo a presença

    de todos, em especial a do seu pai Jonathas de

    Oliveira Campos, também ortopedista e grande

    incentivador de sua carreira.

    Dr. Marcelo ressaltou a felicidade em poder

    compartilhar um momento tão importante da sua

    carreira médica com a família e os amigos que

    participaram da sua trajetória, e com ortopedistas

    que são sua referência profissional. Membro da

    diretoria da Regional Rio desde 2005, o atual

    presidente é chefe do Serviço de Cirurgia do

    Ombro e Cotovelo do Hospital Universitário Pedro

    Ernesto (HUPE/UERJ), membro titular da Sociedade

    Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC)

    e da comissão científica da Sociedade Brasileira de

    Artroscopia e Traumatologia do Esporte (SBRATE).

    Apresentada na cerimônia de posse, a diretoria

    2015 da SBOT-RJ tem como 1º vice-presidente o

    Dr. Marcos Giordano e como 2º vice-presidente o

    Dr. José Paulo Gabbi. A formação apresenta ainda os

    Drs. Carlos Eduardo Franklin, Pedro José Labronici,

    Alexandre Pallottino e Marcelo Erthal, como 1º, 2º,

    3º e 4º secretários, respectivamente. Já a tesouraria

    ficou a cargo dos Drs. Tito Rocha, Luis Marcelo Malta e

    Marcos Britto da Silva.

    “Queremos promover a troca de experiências e a

    defesa profissional, por isso o aprimoramento do

    relacionamento com outras sociedades médicas,

    tais como a de reumatologia, a de radiologia e a de

    neurologia, é uma meta para este ano”, enfatizou o

    presidente da SBOT-RJ.

    Familiares, amigos, autoridades, parceiros da SBOT-RJ e renomados especialistas da área estiveram no evento

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    Posse diretoriaSBOT-RJ 2015

    A solenidade contou com a presença de

    ex-presidentes da SBOT-RJ; de chefes de serviço

    de ortopedia do Estado; do ex-secretário de Saúde

    do estado do Rio, Marcos Musafir; do prefeito de

    Duque de Caxias, Alexandre Cardoso; do corregedor

    do Conselho Regional de Medicina do Estado do

    Rio de Janeiro (CREMERJ), Renato Graça; do

    deputado federal Luiz Henrique Mandetta; e

    do vice-reitor da Universidade do Estado do

    Rio de Janeiro (UERJ), professor Paulo Roberto

    Volpato Dias.

    PARCERIA VALORIZADA

    O apoio dado por empresas à SBOT-RJ foi reco-

    nhecido durante a cerimônia de posse. Em nome

    das diretorias 2014 e 2015, certificados de agra-

    decimento pelo empenho no fomento à educação

    médica e pela contribuição aos projetos da Regio-

    “A SBOT não poderia se fazer ausente na solenidade de uma regional com esta pujança. Fiz questão de parabenizar pessoalmente Dr. Marcelo Campos e dizer que a SBOT está aberta para ouvi-lo e discutir planos em conjunto. Em 2015, a Nacional focará na defesa profissional, intensificando inclusive o trabalho junto ao Ministério da Saúde, caso seja necessário. A luta é pelos honorários médicos e pela melhora na tabela de remuneração” Dr. Marco Antonio Percope de Andrade, presidente da SBOT.

    “Reconheço a importância dos profissionais que colaboraram para que a minha gestão desse

    prosseguimento aos projetos que hoje fazem com que SBOT-RJ seja uma entidade forte e com efetiva

    participação dos seus membros. Desejo que Dr. Marcelo tenha, assim como eu tive, muita alegria à frente da SBOT-RJ” - Dr. Henrique de Barros,

    presidente SBOT-RJ em 2014.

    nal Rio foram entregues aos representantes das

    seguintes empresas parceiras: CDPI, Cedimagem,

    Follow Up, Implantar, Light, Mantecorp Farma-

    sa, Mega Surgical, Mundipharma, Nacional Ossos,

    Novum Hospitalar, OrthoStore, Ortoneuro, Oscar

    Skin, Per Prima, Salva Pé, Tellus e Zeiki Medical.

    “As parcerias são fundamentais para garantir

    a sustentabilidade financeira da SBOT-RJ e o

    cumprimento da nossa principal missão: promover

    a atualização dos ortopedistas e a qualificação

    dos médicos residentes. Daremos continuidade

    à promoção do ensino continuado para os

    membros e ao preparo de médicos que

    querem ingressar na especial idade. Uma

    administração descentralizada das comissões

    CEC e CET garantirá vários modelos de cursos”,

    assegurou Dr. Marcelo Campos.

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  • 9

    Representatividade da Regional Rio na SBOT - Gestão 2015

    DIRETORIA SBOT 2º vice-presidente: João Mauricio Barretto

    Diretor de Comunicação/MKT: Vincenzo Giordano

    COMISSÕES PERMANENTES SBOT CongressosGeraldo Motta

    Controle de Material OrtopédicoHugo Alexandre de A. Barros Cobra

    Dignidade e Defesa ProfissionalCarlos Alfredo Lobo Jasmin – Presidente

    Educação ContinuadaCésar Rubens Fontenelle Ney Pecegueiro do Amaral

    Ensino e TreinamentoLuis Marcelo de Azevedo Malta José Paulo Gabbi Aramburú Filho

    Interatividade SocialMichael Simoni

    Conselho Editorial do JornalMarcelo Erthal

    COMISSÕES ESPECIAIS SBOTAssuntos InternacionaisGeraldo Motta – PresidenteJosé Sergio Franco

    Ensino e Graduação em Ortopedia e TraumatologiaAntonio Vitor de Abreu

    Ex-presidentesMarcos Esner MusafirGeraldo Motta

    Jovem OrtopedistaAlexandre de Bustamante Pallottino

    Planejamento do TEOTJoão Matheus Guimarães

    Políticas PúblicasTito Rocha

    PreceptoresCarlos Alberto de Souza Araujo Neto

    Tabelas e HonoráriosJosé Edilberto Ramalho – PresidenteMarcos N. Giordano

    PRESIDENTES DOS COMITÊS SBOTDoenças OsteometabólicasBernardo Stolnicki

    Trauma OrtopédicoPaulo Roberto Barbosa de Toledo Lourenço

    QuadrilSergio Delmonte Alves

  • 10

    EducaçãoCEC SBOT-RJCOM A PALAVRA, DR. MARCOS GIORDANO

    O atual presidente da Comissão de Educação Continuada (CEC) SBOT-RJ fala

    nesta entrevista sobre as ações da Regional Rio em prol da qualificação

    profissional e a necessidade da constante atualização médica dentro da

    especialidade. Atuando na SBOT-RJ há 12 anos, Dr. Marcos Giordano conta

    que o empenho em desenvolver projetos voltados para a área acadêmica e

    a dedicação à formação de novos ortopedistas é uma realidade em sua vida

    desde que foi aprovado no exame para obtenção do Título de Especialista em

    Ortopedia e Traumatologia (TEOT).

    A experiência de ter sido presidente da Sociedade Brasileira de Quadril

    do Rio (biênio 2010 - 2011) é vista como um diferencial para

    ele assumir o desafio de estar à frente da CEC SBOT-RJ. O

    cargo exige a responsabilidade de reunir ortopedistas para

    compartilharem conteúdos científicos em cursos avançados

    focados nos especialistas que buscam atualização com

    abordagem alinhada à realidade do dia a dia da profissão.

    CONFIRA A ENTREVISTA:

    Em meio a uma rotina agitada, de consultório com grande demanda de pacientes e cirurgias agendadas, qual a importância de o ortopedista não deixar de lado a atualização profissional?A atualização é fundamental para qualquer médico, pois o conhecimento se renova

    muito rapidamente nos dias de hoje. Eu diria que mais do que uma escolha, a

    atualização é uma obrigação do profissional que milita na área da saúde. Lidamos com

    pessoas e seu maior bem: a saúde. Não podemos deixar de oferecer o melhor para os

    pacientes e, para tal, temos que buscar a atualização. Existem alguns meios como, por

    exemplo, ler artigos científicos, participar de cursos e congressos. Dedicar-se a uma

    sociedade médica também é importante, pois permite a troca de conhecimento com

    outros ortopedistas, especialidades que se complementam e instituições de ensino.

    À frente da CEC SBOT-RJ neste ano, Dr. Marcos Giordano assumirá a presidência da Regional Rio em 2016

  • 11

    EducaçãoCEC SBOT-RJ

    Como funciona a estrutura da Casa do Ortopedista para a educação médica continuada?A CEC SBOT-RJ é formada por 14 ortopedistas com larga experiência nas

    diversas áreas de atuação da especialidade, como quadril, joelho, ombro,

    coluna vertebral, entre outras. São pessoas que estão empenhadas e

    trabalhando para a realização de diversos cursos de cunho mais prático para

    auxílio no dia a dia do especialista. Já do ponto de vista estrutural, a Casa do

    Ortopedista conta com toda a infraestrutura necessária para a realização dos

    eventos, com espaço físico confortável e ferramentas pedagógicas de ponta.

    Qual a relevância da prática em peças anatômicas na formação do ortopedista? Qual a dificuldade de se introduzir essa atividade hoje no Brasil?A realização de cursos com peças anatômicas é de grande importância para o

    treinamento de cirurgiões e para a prática de novas abordagens e técnicas. No

    entanto, a legislação brasileira tem sido um grande óbice para a consecução de tais

    eventos. Uma forma de viabilizá-los é por meio de parcerias com as universidades,

    realizando a parte prática nos laboratórios anatômicos. No ano passado, a Regional

    Rio fechou uma parceria com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

    (UNIRIO) que, por sua vez, disponibilizou peças anatômicas e o espaço físico para

    que os participantes pudessem observar e discutir técnicas reconstrutivas in loco. A proposta da CEC SBOT-RJ para este ano é continuar promovendo novos encontros

    com este perfil. Do ponto de vista pedagógico, esses são os melhores cursos.

    Como o especialista pode acompanhar a agenda das atividades?O calendário de eventos científicos é amplamente divulgado nos nossos

    canais de comunicação: BORJ, site e Facebook. Também enviamos newsletter quinzenalmente àqueles que realizam o cadastro voluntariamente no portal

    da SBOT-RJ e e-mail marketing em ações pontuais.

  • 12

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    EducaçãoCEC SBOT-RJ

    O incentivo e o apoio de empresas contribuem para o desenvolvimento de atividades com cunho científico? A estrutura e logística de um evento científico exige investimento. Para viabilizar

    todos os projetos é fundamental o apoio de empresas parceiras que participem

    de forma ética. Sem conflito de interesses, ambas as partes se beneficiam. A SBOT

    é uma associação científica sem fins econômicos que tem dentre as inúmeras

    finalidades estatutárias a responsabilidade na formação de especialistas, além de

    prover condições para atualização permanente, sob a forma de ensino, pesquisa,

    educação continuada e desenvolvimento cultural. Certamente, é uma das sociedades

    médicas do país mais atuante na formação e na atualização de seus associados.

    mailto:[email protected]

  • 13

    A diretoria de Comunicação e Marketing da

    Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia

    (SBOT) criou um novo logo para as regionais

    com o objetivo de unificar e integrar a

    Nacional e todas as suas representantes em

    cada Estado. A escolha foi feita após diversos

    estudos onde os diretores e os presidentes das

    regionais tiveram participação por meio de uma

    enquete com os associados. Um e-mail marketing

    foi enviado para todos os membros com três

    opções de desenhos, e mais de 2 mil ortopedistas

    participaram sugerindo o que mais agradou. Durante o evento de posse da diretoria

    2015 da SBOT-RJ, o presidente da entidade,

    Dr. Marcelo Campos, apresentou a novidade,

    que já pode ser conferida nos meios de

    comunicação da Regional Rio — site, newsletter, BORJ, OrtoBlog Rio e Facebook— e em peças de

    divulgação, como banner e cartazes de eventos científicos, por exemplo. “Faz parte de uma

    grande estratégia de valorização da nossa

    marca junto ao Estado e dos ortopedistas

    membros da entidade junto à sociedade civil”,

    destacou Dr. Marcelo Campos.

    Cada Estado deve adotar o mesmo logo da

    Nacional, mas com suas variações conforme a

    região. Uma das principais causas que motivou

    a elaboração de uma nova identidade foi

    definir uma imagem única para a a sociedade

    representativa da ortopedia e da traumatologia

    no Brasil e as suas Regionais, consolidando assim

    a marca SBOT.

    SBOT-RJ adota nova identidade visual

    O novo logo (à direita) foi escolhido por 55% dos membros que participaram da enquete

    13

  • 14

    EducaçãoCET SBOT-RJCOMISSÃO Dá BOAS-VINDAS AOS RESIDENTES DO 1º ANO

    A Comissão de Ensino e Treinamento (CET)

    SBOT-RJ deu boas-vindas aos médicos residentes

    do primeiro ano (R1) da especialidade no dia

    16 de março, na sede da Regional Rio. O evento foi uma oportunidade para apresentar os R1

    à Casa do Ortopedista, mostrar como atua a

    comissão, suas metas e o calendário de eventos

    científicos de 2015.

    O presidente da CET SBOT-RJ, Dr. Rodrigo

    Rodarte, explicou a dinâmica do OrtoCurso —

    com encontros aos sábados uma vez ao mês — e

    destacou a importância da participação dos R1

    nos dez módulos que serão promovidos no ano.

    Em números, ele mostrou o alto percentual de

    aprovação na prova para a obtenção do Título

    de Especialista em Ortopedia e Traumatologia

    (TEOT) dos residentes do terceiro ano (R3) que

    estiveram presentes entre dez e oito módulos

    do OrtoCurso em 2014: 29 foram aprovados e

    três reprovados. Dos 41 R3 que participaram de

    quatro a sete encontros, 31 conseguiram a

    aprovação no TEOT.

    “A CET SBOT-RJ oferece o OrtoCurso abordando

    diferentes subespecialidades mensalmente e, no

    final dessa maratona, temos o Curso Intensivo

    realizado em Itaipava. As atividades servem

    como complemento ao que é aprendido no

    serviço de ortopedia dentro de cada hospital,

    e a intenção é a de que o residente agregue

    o máximo de conhecimento e técnicas para

    chegar na prova do TEOT qualificado para

    conseguir o Título. É uma longa caminhada, e não

    adianta começar agora e parar ao longo do ano”,

    enfatizou Dr. Rodrigo Rodarte.

    O vice-presidente da CET SBOT-RJ, Dr. Marcelo

    Bragança, apresentou o canal de comunicação

    destinado aos residentes, o OrtoBlog Rio, e

    o Alternativa Certa, quiz científico realizado

    no segundo semestre do ano que garante ao

    O presidente da CET SBOT-RJ, Dr. Rodrigo Rodarte, apresenta as ações de 2015 para os residentes do primeiro ano (R1)

  • 15

    EducaçãoCET SBOT-RJ

    primeiro colocado uma inscrição no Intensivo

    CET SBOT-RJ. A Reunião de Imagem Ortopédica

    (R.I.O.), baseada na apresentação de casos

    clínicos, também foi destaque. O especialista

    parabenizou os residentes pelo esforço e pela

    escolha, ressaltando que a comissão tem um papel

    complementar na formação de um ortopedista.

    Formado em medicina pela Universidade Federal

    Fluminense (UFF) e R1 no serviço do Instituto

    Nacional de Ortopedia e Traumatologia (INTO),

    Dr. Igor Pedrinha, conta que foi incentivado pelo

    seu chefe de serviço — Dr. Carlos Alberto de Araújo Neto

    — a conhecer a SBOT-RJ e participar do OrtoCurso.

    “Acredito que as aulas sejam um complemento

    e possam agregar grandes aprendizados. Não

    dá para estudar só na reta final, temos que

    começar agora”, opinou Dr. Igor Pedrinha.

    Para Dr. Juan Daniel, graduado pela Universidade

    Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também R1 no

    INTO, o interesse pela ortopedia surgiu quando

    ele começou a dar plantão em hospitais públicos.

    “Eu nem pensava em atuar na área, queria fazer

    uma especialidade cirúrgica,

    mas no meio da faculdade,

    quando comecei a dar plantão,

    acabei tendo mais contato e

    me interessando”. Sobre as

    atividades programadas para os

    residentes, ele revela que ouviu

    falar muito bem da CET SBOT-RJ.

    “No serviço, os especialistas e

    residentes comentam sobre as

    ações desenvolvidas pela SBOT-RJ.

    Pretendo frequentar o Ortocurso

    e espero que seja um diferencial

    para o TEOT", completou.

    ORTOCURSO

    O primeiro módulo do OrtoCurso com o tema

    Trauma I / Básico foi realizado no dia 21 de março

    e teve recorde de participantes, totalizando 214

    médicos residentes. Ao todo serão dez encontros,

    todos aos sábados. A programação conta com

    aulas teóricas e práticas, discussão de casos e

    aplicação de prova com 30 questões. As atividades

    começam às 8h para os R3 e se estendem até

    às 11h45. Já para os R1 e R2, as aulas começam

    às 12h com aplicação da prova — o mesmo

    modelo realizado pelos R3, mas opcional como

    treinamento —, e segue até 15h50.

    Residentes do terceiro ano com maior frequência no OrtoCurso e maior quantidade de acerto nas provas aplicadas serão recompensados

    no final do ano. Os prêmios se dividem em

    inscrição para o TEOT; estadia em Campinas,

    local de realização da Prova; e inscrição no Curso

    Intensivo CET SBOT-RJ.

    Os médicos residentes em ortopedia Júlio Ferreira, Juan Daniel e Igor Pedrinha participaram do evento.

  • 16

    EducaçãoCET SBOT-RJ

    TROCA DE EXPERIÊNCIAS

    Os encontros mensais da Reunião de Imagem

    Ortopédica (R.I.O.) oferecidos pela CET SBOT-RJ

    continuam a acontecer em 2015. Já definida, a

    programação, sob a coordenação do Dr. Marcelo

    Bragança, tem como proposta estimular o inter-

    câmbio de conhecimento entre ortopedistas

    e radiologias. A R.I.O. é realizada às segundas

    quintas-feiras de cada mês, das 19h às 20h30, na

    Casa do Ortopedista.

    O objetivo é estimular a inter-relação entre as

    duas especialidades médicas para o diagnóstico

    das afecções ortopédicas traumáticas e não trau-

    máticas, além de difundir entre os radiologistas

    informações que os ortopedistas necessitam para

    uma adequada avaliação dos exames de imagem.

    Neste ano, a iniciativa contará com a participação

    dos seguintes radiologistas colaboradores: Bruno

    Hassel, Elise Tonomura, Flavia Costa e Silvana

    Mendonça (todos da clínica CDPI); Jair Eletério

    (Medicina Nuclear da Guanabara); e Sabrina

    Veras (Cedimagem).

    “A R.I.O. é de grande importância para ortopedis-

    tas e radiologistas, como também para médicos

    residentes em ortopedia. Ela permite o aprofun-damento no estudo do diagnóstico por imagem das afecções ortopédicas e promove o debate e a troca de conhecimento entre os participantes. A

    atividade também funciona como um treinamento

    do diagnóstico para a realização da prova oral do

    TEOT”, enfatiza Dr. Marcelo Bragança.

    ENTENDA A R.I.O.

    A dinâmica da Reunião é baseada na apresentação e

    discussão de três casos clínicos com duração de 30

    minutos e a abordagem de assuntos referentes ao

    módulo do OrtoCurso que a antecede. O primeiro

    caso é apresentado por um radiologista convidado;

    o segundo por um ortopedista convidado e o ter-

    ceiro é aberto a residentes ou especialistas que

    tenham interesse em participar desde que os casos

    tenham sido inscritos previamente.

    “Há uma verdadeira troca de conhecimento.

    Radiologistas contribuem principalmente na

    identificação e caracterização das lesões e os orto-

    pedistas ressaltam os aspectos mais relevantes

    das afecções ortopédicas que devem ser priori-

    zados na execução e avaliação dos exames pelos

    radiologistas em cada afecção. Assim, todos saem

    ganhando e o resultado final pode ser revertido

    aos pacientes”, avalia Dr. Marcelo Bragança.

    Os ortopedistas, radiologistas e residentes in-

    teressados em apresentar casos clínicos na

    R.I.O. devem enviar previamente um e-mail para

    [email protected], anexando o arquivo em

    formato pdf ou ppt. Mais informações no

    contato: 21 2543-3844.

    Todas as ações desenvolvidas pela CET SBOT-RJ

    para os residentes podem ser encontradas no

    OrtoBlog Rio (ortoblogrio.blogspot.com.br), assim

    como a programação da R.I.O. e do OrtoCurso.

    mailto:[email protected]

  • 17

  • 18

    A SBOT-RJ promoveu a quinta edição da campanha

    “FOLIA SEM TRAUMA – Não faça deste o seu último

    Carnaval”, com o intuito de conscientizar e alertar a

    sociedade civil sobre a importância de ter atenção

    redobrada para evitar acidentes de trânsito no

    Carnaval, período no qual há registro de um

    aumento expressivo de mortes.

    Lançada no dia 5 de fevereiro, a iniciativa teve

    como foco o atropelamento de pedestres, que

    foi a segunda maior causa de óbitos nas estradas

    federais do país no Carnaval de 2014 — com 22

    registros —, ficando atrás apenas das colisões

    frontais, que ocasionaram 61 mortes.

    Além de uma vasta divulgação na mídia — "FOLIA

    SEM TRAUMA" foi destaque nos programas Bom

    dia Brasil da TV Globo, Balanço Geral RJ da Rede

    Record e no portal Veja Rio, por exemplo — outras

    abordagens englobaram as ações realizadas para

    difundir a campanha no Estado e alcançar o maior

    número possível de pessoas.

    Outdoors foram instalados em todas as regiões da cidade do Rio e também nos municípios de Duque

    de Caxias e São João de Meriti; ventarolas foram

    distribuídas nos principais blocos carnavalescos

    car iocas , em polos gast ronômicos com

    grande concentração de jovens e no Sambódromo

    nos dois dias de desfile do Grupo Especial. Outra iniciativa que contribuiu para evidenciar a campanha foi a disponibilização de fôlderes e cartazes em unidades hospitalares públicas e

    privadas do Estado.

    "Enquanto associação representativa de classe

    médica, é importante sinalizarmos para a

    população, por meio de uma campanha que

    repercute em diversos municípios e na classe

    médica, que o ortopedista é o profissional

    na linha de frente do trauma no estado do

    Rio, sendo de sua responsabilidade realizar

    o atendimento de urgência e emergência

    nos hospitais", destacou o presidente da

    SBOT-RJ, Dr. Marcelo Campos.

    SBOT-RJ CONTRIBUI PARA REDUÇÃO DE ACIDENTES

    Criada em 2011 com o objetivo de chamar a atenção

    para o aumento expressivo do número de atendi-

    mentos de urgência e emergência nos hospitais do

    Rio durante o Carnaval, a campanha “FOLIA SEM

    TRAUMA”, junto com a intensificação da Operação

    Lei Seca, tem colaborado para diminuir os índices

    alarmantes constatados por órgãos responsáveis —

    os registros de acidentes em 2015 são os menores

    dos últimos oito anos, segundo a Polícia Rodoviária

    Federal (PRF), que confirmou 2.785 acidentes com

    120 mortos durante o feriado prolongado nas

    rodovias federais brasileiras. O índice de vítimas

    fatais teve redução de 28% em comparação com

    2014, que registrou 3.357 acidentes.

    Segundo o diretor de Projetos Especiais da SBOT-RJ,

    Dr. Luis Marcelo Malta, a entidade se compromete

    em contribuir para que a população entenda os

    perigos de traumas ortopédicos que o trânsito

    pode ocasionar: “Os motoristas devem respeitar

  • 19

    1 mil fôlderes distribuídos em unidades

    de saúde públicas e privadas do Rio e

    nas estações CCR Barcas.

    18 outdoors instalados nas regiões da

    cidade do Rio e também nos municípios de Duque de

    Caxias e São João de Meriti.

    20 mil ventarolas distribuídas entre os dias

    13 e 17 de fevereiro nas seguintes regiões: Niterói;

    Lapa; Centro; Zona Sul; Zona Norte e Zona Oeste.

    o direito alheio de ir e vir, o que é premissa para

    uma boa convivência. Todos somos pedestres; uns

    por algum momento do dia, outros todos os dias.

    Estamos expostos, nossos corpos correm risco de

    colisão com lataria, ferro, pneus, asfalto, meio-fio,

    postes entre outros elementos, e a população pre-

    cisa ter ciência disso”, alertou.

    Dr. Luis Marcelo também destacou em suas entre-

    vistas a gravidade das lesões dos atropelamentos

    de pedestres e o maior risco de mortalidade como

    consequências diretas da velocidade do veículo,

    pois o risco de morte por atropelamento em que

    o veículo está a 30 km/h é de 10%, enquanto a

    50 km/h esse índice sobe para 80%.

    A quinta edição da “FOLIA SEM TRAUMA – Não faça

    deste seu último Carnaval” contou com o apoio da

    Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia

    (SBOT), da Secretaria de Saúde do Estado do

    Rio de Janeiro, da Companhia de Engenharia de

    Tráfego (CET) do Município do Rio de Janeiro e

    do grupo CCR Barcas.

    Uma ca

    mpanh

    a da:

    Apoio:

    Promotoras distribuíram material educativo na orla do Rio durante o Carnaval

  • 20

    Chefes de serviço e preceptores do RioREGIONAL APRESENTA AÇÕES PARA 2015

    O planejamento e a linha de atuação em 2015 da

    SBOT-RJ foram apresentados para os chefes de

    serviço e preceptores do Rio de Janeiro na noite

    do dia 11 de março, na Casa do Ortopedista. Além

    da aproximação da nova diretoria da sociedade

    com os gestores da ortopedia na saúde pública do

    Estado, o encontro permitiu o debate de questões

    relacionadas ao funcionamento das unidades de

    saúde e ao treinamento dos médicos residentes

    em ortopedia.

    O presidente da SBOT-RJ, Dr. Marcelo Campos,

    ressaltou que o foco neste ano é na interação com

    outras especialidades e sociedades científicas,

    como reumatologia, radiologia, fisioterapia,

    fisiologia, dentre outras, e na ocupação da Casa

    do Ortopedista pelas empresas parceiras para o

    lançamento de seus produtos.

    A nova identidade visual da Regional Rio, já

    adotada pelos canais de comunicação da SBOT-RJ

    — site, newsletter, OrtoBlog Rio, BORJ e Facebook — também foi apresentada; assim como as ações

    realizadas em 2015: a campanha “FOLIA SEM

    TRAUMA – Não faça deste seu último Carnaval”; o

    site exclusivo para os membros; e o projeto “O que

    vi da Ortopedia”, que busca

    manter viva a memória da

    ortopedia do Estado.

    A pauta teve ainda

    discussões sobre o

    treinamento dos médicos

    residentes, objetivando a

    interação dos diversos serviços com a CET SBOT-RJ.

    O presidente da comissão Dr. Rodrigo Rodarte e

    o vice-presidente Dr. Marcelo Bragança explicaram

    a dinâmica e a elaboração da programação

    científica promovida ao longo do ano, bem

    como as mudanças instituídas no OrtoCurso.

    As ações têm um papel complementar na

    formação do residente oferecida pelos serviços de

    ortopedia. As atividades da Comissão de Educação

    Continuada (CEC) SBOT-RJ, destinadas a

    ortopedistas em busca de atualizações na área,

    também foram abordadas.

    Estiveram presentes representantes de 15

    serviços de ortopedia, incluindo hospitais da

    capital e da Região Serrana do Rio: Hospital dos

    Servidores do Estado; Hospital Geral de Ipanema;

    Hospital Municipal do Andaraí; INTO; Hospital

    Geral de Nova Iguaçu; Hospital Central da Polícia

    Militar; Hospital Federal da Lagoa; Hospital Naval

    Marcílio Dias; Hospital São Zacharias; Hospital de

    Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu; Hospital

    Federal de Bonsucesso; Hospital das Clínicas

    de Teresópolis Constantino Ottaviano; Hospital

    Municipal Souza Aguiar; Hospital Universitário

    Pedro Ernesto; Hospital Municipal Miguel Couto.

    Quinze serviços de ortopedia, incluindo hospitais da capital e da Região Serrana do Rio, foram representados

  • 21

    APTUS® Hand | Radius | Elbow | Foot

    Parafusos “Lag Screw” em fraturas transversas levam a compressão primária, uniforme e controlada da fratura

    A Placa de Tensão dissipa a força tensional do tríceps, evitando deslocamento do fragmento e a perda de redução

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    Baixo perfil

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    Parafusos poliaxiais 2.8mm

    PLACAS PARA ÚMERO

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  • 22

    O que vi da Ortopedia

    SBOT-RJ resgata a memória da especialidade

    As memórias e histórias marcantes da ortopedia

    fluminense serão resgatadas pela SBOT-RJ ao

    longo do ano por meio da iniciativa “O que vi da

    Ortopedia”. O projeto, que teve início em 2013 e

    uma pausa em 2014, ganhou um novo formato,

    passando a acontecer dentro de unidades de saúde

    e não mais na sede da Regional Rio.

    A ideia é reunir profissionais que participaram

    do desenvolvimento da especialidade no próprio

    local em que atuaram. Pelas suas inovações

    técnicas, administrativas e um organismo docente

    assistencial pioneiro, o Hospital dos Servidores do

    Estado (HSE), um dos primeiros a ter o programa

    de residência médica no Rio, sediou a retomada do

    “O que vi da Ortopedia”.

    Um tempo de glamour que marcou para sempre a biografia da medicina brasileira foi reverenciado

    nos depoimentos memoráveis de seis renomados

    ortopedistas que dedicaram grande parte das

    suas vidas ao HSE: Drs. Abraham Fiszman, Alfredo

    Teixeira, Ilidio Pinheiro, Jonathas de Oliveira

    Campos, Miguel Sad e Pedro Ivo de Carvalho.

    HOSPITAL DOS SERVIDORES

    Palco de grandes acontecimentos científicos, o HSE contribuiu e ainda contribui para a formação de especialistas. Atualmente, 13 médicos compõem a equipe de residentes do serviço de ortope-dia da unidade, que desde 2013 é chefiado pelo

    Dr. Marcelo Erthal Moreira, membro da diretoria

    2015 da Regional Rio.

    O Hospital dos Servidores já foi reconhecido

    como a mais avançada unidade de saúde pública

    da América Latina por autoridades nacionais

    e estrangeiras, que lhe conferiram a Classe A

    no Sistema Internacional de Classificação de

    Hospitais. Consagrou-se ainda como um centro

    de atendimento médico de alta qualidade em que

    presidentes da República, como José Linhares,

    Juscelino Kubistcheck, João Goulart e João Baptista

    Figueiredo, buscavam tratamento.

    Com uma forte ligação sentimental com o HSE,

    hospital onde acompanhava quando criança seu

    pai ortopedista, Dr. Marcelo Campos, presidente

    da SBOT-RJ, declarou que dar continuidade ao

    “O que vi da Ortopedia” é muito gratificante, pois

    permite o registro de fatos que tiveram grande

    importância para o desenvolvimento da ortopedia

    no Brasil: “Além de manter viva a história da espe-

    cialidade de um hospital emblemático”, enfatizou.

    Os doutores Carlos Giesta e Karlos Mesquita,

    membros da Academia Nacional de Medicina,

    aceitaram o convite e são os mediadores dos

    encontros informais ao longo do ano. “Agradeço

    a oportunidade de rever amigos e estar em con-

    tato com os jovens que escolheram a profissão,

    além de participar desta nova fase da iniciativa”,

    ressaltou Dr. Mesquita.

    Para Dr. Carlos Giesta, “a SBOT-RJ está de parabéns

    por arquivar momentos ricos e inaugurar um novo

    formato que permite reunir figuras destacadas”.

  • 23

    “O QUE VIVI NO HOSPITAL DOS SERVIDORES”

    “É natural sermos saudosistas porque pudemos viver em uma época diferente e muito mais generosa. A hora agora é de sacrifício e de luta, mas isso não deve desestimular os colegas. Conheçam a história, sintam orgulho, mantenham a tradição e toquem o serviço porque vocês têm esse dever. Nós temos, depois de ter vivido uma vida ortopédica, a responsabilidade de passar o bastão, de mostrar o que foi feito e o que pode melhorar. Então, dou os meus aplausos à SBOT-RJ por essa belíssima iniciativa.” – Dr. Ilídio Pinheiro

    “Iniciei minha residência médica no Hospital dos Servidores e por 35 anos trabalhei na unidade, era uma época de ouro que tinha até garçom para servir aos pacientes. Acho muito valiosa a proposta da SBOT-RJ em reunir um grupo de colegas que trabalharam no mesmo serviço dando a sua contribuição. Agradeço muito ao Dr. Marcelo, meu filho e presidente da SBOT-RJ. É uma honra ter um filho que fez uma especialidade como eu fiz e que galgou outro patamar na medicina.” – Dr. Jonathas de Oliveira Campos

    “Na época em que o Rio era a capital federal do Brasil, os governantes queriam um hospital de primeira linha para serem cuidados. O Hospital dos Servidores está decaindo porque o salário dos médicos servidores se aproxima ao da prefeitura. Ele se destacava porque oferecia uma remuneração muito diferenciada, mas a causa principal da decadência foi a mudança da capital federal para Brasília. O Hospital dos Servidores é um castelo de cultura; e a iniciativa da SBOT-RJ de arquivar as histórias vivenciadas em um período de ouro da especialidade é muito valiosa.” – Dr. Alfredo Teixeira

  • 24

    “O meu supervisor era o Dr. Décio Sousa Aguiar, uma das figuras mais proeminente da ortopedia brasileira. Foi quem me incentivou a ir para a Inglaterra e trabalhar com o Dr. Peter Jackson, idealizador da osteotomia alta. Eu pude trazer para o Hospital dos Servidores muitas técnicas aprendidas, como a artroscopia. E nós fizemos aqui, se não a primeira, uma das primeiras artroscopias do Estado e talvez do Brasil, auxiliada pelo Dr. Jonathas Campos. Naquela época era no ‘olhômetro’ e escurecíamos a sala com lençóis. Não posso deixar de felicitar a SBOT-RJ pela belíssima iniciativa e também por nos tirar do ostracismo para encontrarmos antigos colegas, conhecer os novos residentes e falar da nossa experiência.” - Dr. Abraham Fiszman

    “No meu primeiro ano de residência, em 1966, era o único R1 com outros dois R2. Presenciei um serviço de alto nível, o centro cirúrgico, por exemplo, era todo de mármore com ligação para outras salas. Só tenho boas recordações, mas você quer passar para frente e não encontra quem te escute. O ‘O que vi da Ortopedia’ é bom para a SBOT-RJ e para todos, pois ninguém vive sem memória.” – Dr. Miguel Sad

    “Aprendemos além da técnica, a postura de ser médico. Não se admitia que na visita não usássemos jaleco, por exemplo. O Hospital dos Servidores já não tem mais aquela bandeira de melhor da América Latina, mas acho que os jovens profissionais e nós deveríamos continuar nos sentindo muito orgulhosos da unidade, que pode estar decadente no momento, mas ainda tem representatividade dentro do cenário ortopédico no Brasil. Tenho 39 anos de profissão e me sinto muito honrado de estar fazendo parte dessa história que eu busquei desde o dia que me formei.” – Dr. Pedro Ivo de Carvalho

  • 25

  • 26

    SBOT Rio CulturalPor: Dr. Alberto Daflon

    Poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista, ensaísta brasileiro e um dos

    fundadores do neoconcretismo

    FERREIRA GULLAR, pseudônimo de José Ribamar Ferreira

    José de Ribamar Ferreira, pseudônimo Ferreira

    Gullar, nasceu em São Luís do Maranhão, em 10

    de setembro de 1930. Aos 20 anos iniciou sua

    carreira ao ser premiado em um concurso de

    poesia promovido pelo Jornal das Letras. Em

    1949 publicou seu primeiro livro de poemas,

    “Um pouco acima do chão”, e transferiu-se para

    o Rio de Janeiro.

    Poeta inquieto, em 1959 rompeu com o movimento

    da poesia concreta para organizar e liderar o grupo

    neoconcretista, cujo manifesto redigiu e expressou

    em seu famoso ensaio “Teoria do não objeto”.

    Escreveu também para o teatro, em parceria com

    escritores de igual valor, como Oduvaldo Vianna

    Filho, Armando Costa e Dias Gomes. Exilado em

    1971 pela ditadura militar, escreveu em Buenos

    Aires seu livro de maior repercussão, “Poema Sujo”.

    Estar em livrarias à procura de livros que me

    interessam faz parte do meu lazer e uma das que

    sempre frequento é também visitada pelo nosso

    poeta maranhense de nascimento e carioca de

    coração. Toda vez que lá estou sempre busco

    encontrá-lo, mas até recentemente não tinha tido

    esta sorte.

    Naquela tarde de domingo, enquanto esperava o

    início do filme que iria assistir, finalmente o vi entrar

    na livraria. Não tenho hábito e também não sou

    tão desprendido para expressar a minha condição

    de admirador de um grande poeta, pensador,

    brasileiro engajado nas causas justas que em nosso

    país sempre desafiam os homens de bem na defesa

    de princípios e direitos do povo.

    “O poema não voa de asa-delta Não mora na Barra Não frequenta o Maksoud [...] Em vez disso, o poema é miserável: Parece demais com o povo”

    Lampejo GULLAR, Ferreira

  • SBOT Rio Cultural

    Em sua obra está o homem, o poeta. É esse homem

    magro e de cabelo prateado que se agiganta na

    postura, na cultura e no seu poetar. No espaço da

    livraria, eu, como admirador, olhava as prateleiras

    em busca de alguns “Barulhos”, “Em Alguma parte

    alguma”, “Na vertigem do dia”, “Dentro da noite

    veloz”, pensando “O homem como invenção de si

    mesmo”, sem me esquecer do “Poema sujo”, que

    em sua obra é também um retrato do Brasil e do

    seu povo. Ele, com sua simplicidade, folheava um

    livro qualquer.

    Dos seus poemas, o meu preferido, que revela

    toda sua sabedoria, imaginação e sensibilidade é

    “Inseto”, que vem em seguida fechar este texto.

    Inseto - GULLAR, FerreiraUm inseto é mais complexo que um poemaNão tem autorMove-o uma obscura energiaUm inseto é mais complexo que uma hidrelética

    Também mais complexoque uma hidreléticaé um poema(menos complexo que um inseto)

    e pode às vezes(o poema)com sua energiailuminar a avenidaou quem sabe uma vida

    Os benefícios do Genium X3, são uma combinação única de tecnologia, funcionalidade e uso intuitivo. Ele responde imediatamente a todas necessidades dos amputados tranfemorais ativos, seja numa caminhada simples ou corrida, mesmo em mudanças de velocidades repentinas.

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  • 28

    “Che strana vita, dunque”

    Sempre me achei muito crítico, algo severo

    por vezes. Aquele que popularmente alcunham

    “cri-cri”; o chato. Aos mais próximos menciono

    constantemente minha identificação com

    a perspectiva surrealista de Buzzati sobre a

    inexistência da calmaria pela eterna sensação do

    cachorro mordendo suas entranhas. Assim me sinto

    e desse modo vivo.

    Quando surgiu a ideia dessa coluna no BORJ,

    vinda de forma brilhante da mente do meu amigo

    Paulo Barbosa, presidente da Regional na gestão

    2012, logo me identifiquei. Estávamos então

    no ano seguinte, durante minha presidência

    da SBOT-RJ, e havíamos formado um grupo de

    interessados em dar nova identidade ao nosso

    boletim dos ortopedistas fluminenses. Era, sem

    sombra de dúvidas, uma oportunidade singular

    de externarmos nossas insatisfações e de

    manifestarmos nossos anseios por uma medicina

    melhor, mais justa e mais abrangente. Estava criada

    aseção “Pedra no Sapato” e com ela um espaço para

    todos escreverem sobre o que estavam em desacordo

    e o porquê.

    Não é difícil perceber que minha personalidade

    ácida havia encontrado o local em que poderia ler

    e também escrever sobre assuntos tão distintos,

    como a desaparecimento dos filmes impressos

    de radiografia e o holon grego. Alimentar

    um pouco mais o tal cachorro que cisma em

    manter-se faminto. Pois bem, in ic iando

    2015, a convite do atual pres idente da

    SBOT-RJ, Marcelo Campos, tenho novamente a

    oportunidade de estar com a palavra e dividir

    com os leitores uma das minhas maiores

    MEDICINA DE SEGUNDA CLASSE

    Pedra no Sapato*Por: Dr. Vincenzo Giordano

    “Che strana vita, dunque”

    inquietudes já há algum tempo: a existência de

    duas medicinas.

    Falo do nosso Sistema Único de Saúde (SUS),

    responsável pela atenção à saúde de milhares de

    brasileiros e que, a exemplo de outros modelos de

    saúde pública ao redor do mundo desenvolvido,

    deveria dar à nossa população um tratamento

    impecável. Mas infelizmente não é isso que

    vimos há anos acontecer no país. Ao contrário,

    motivado pelo fortalecimento do setor privado da

    saúde suplementar, observamos gradualmente o

    aniquilamento dos setores políticos responsáveis

    pela manutenção do setor público. Surge daí, a

    medicina de segunda classe.

    Escutei pela primeira vez do colega Isaac Rotbande,

    atual chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital

    Universitário Gaffrée e Guinle, a expressão

    “paciente de segunda classe” e a achei pragmática,

    verdadeira em sua essência, objetiva. Afinal, são as

    mesmas doenças, as mesmas fraturas, as mesmas

    necessidades de cuidado, mas tratamentos

    muito distintos entre aqueles que podem ser

    atendidos de forma privada (o que inclui a saúde

    suplementar de grupo e os seguros médicos) e os

    que não. Discrepâncias que vão desde a qualidade

    das acomodações hospitalares, passando pela

    velocidade em que são realizados os exames

    complementares e culminando com o material

    cirúrgico disponibilizado.

    Ilustro o que acabo de escrever com o exemplo que,

    a meu ver, é o maior de todos e torna-se em âmbito

    não só nacional um problema de saúde pública: a

    fratura do extremo proximal do fêmur no paciente

  • 29

    Pedra no Sapato

    idoso. Enquanto nas redes privadas esse paciente é

    avaliado em poucas horas, compensado em até um

    dia e operado com ótimas condições de imagem,

    implantes e cuidados pós-operatórios, no SUS

    (ou ao menos na maioria dos nosocômios desse

    sistema de saúde), a avaliação e a compensação

    pré-operatórias levam dias (às vezes semanas),

    no ato cirúrgico nem sempre estão disponíveis os

    recursos mais indicados e o período pós-operatório

    imediato não infrequentemente é realizado fora de

    uma unidade clínica fechada.

    Mas não é somente o paciente que é tratado como

    de segunda classe. Praticamos uma medicina de

    segunda classe no SUS. Acredito que esse termo

    seja mais condizente com o que vivenciamos,

    principalmente aqueles que trabalham nos

    hospitais públicos deste enorme país. E embora

    essa caracterização possa, a princípio, parecer crítica

    a nós médicos, ela é somente fruto do trabalho

    que ainda conseguimos fazer. Caso contrário,

    teríamos uma medicina de terceira, quarta ou sei

    lá que classe. Veríamos o abandono do paciente

    público. Ou alguém acreditou na eficiência do

    “Mais Médicos”?

    De acordo com o cirurgião torácico Márcio

    Maranhão, autor do ótimo livro “Sob pressão

    - A rotina de guerra de um médico brasileiro”

    (Editora Foz), “a realidade é chocante, muitas vezes

    paralisante”. Não importa qual tenha sido ou qual

    seja a motivação que fez o médico ingressar no

    serviço público, sua atuação é sempre altruísta e

    proativa para com o enfermo. Basta lembrar quantos

    de nós operamos fora das condições ideias para

    não suspender o procedimento e deixar o paciente

    mais alguns dias aguardando uma nova marcação

    no mapa cirúrgico. “Prometo que, ao exercer a arte

    de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos

    da honestidade, da caridade e da ciência” é o que

    está no Juramento de Hipócrates. Mais do que

    uma ciência biomédica, vejo a medicina como

    uma profissão humanística. Lembro de Perestrelo,

    da pessoa cuidando da pessoa, da capacidade

    do silêncio ser, por vezes, mais eloquente que

    as palavras. Lembro de Eksterman, “sem relação

    humana não temos medicina”.

    Mas assim como o carinho e o gesto alimentam

    o ser médico, as adversidades e experiências

    traumáticas passadas nos hospitais do SUS vão

    minando nossa vontade de ir além. Acredito que

    muitos já passamos por momentos de dúvida e de

    raiva por brigarmos contra tudo e contra todos para

    levarmos a cabo o tratamento do paciente público.

    Em entrevista concedida ao Jornal O Globo de 31 de

    agosto da 2014, o citado médico Marcio Maranhão

    diz que não desistiu do sistema, mas o sistema que

    desistiu dele, na verdade o expulsou do front. Ao

    estratificar a medicina em classes, passa-se a agir

    de forma contrária aos valores que defendemos,

    fragmenta-se o humanismo contido no ser médico,

    tornando tanto pacientes como médicos vítimas

    de uma estrutura agressora e transgressora. E

    nós, até quando iremos resistir a essa medicina de

    segunda classe?

    *Dr. Vincenzo Giordano é ex-presidente da SBOT-RJ - gestão 2013

  • 30

    Site do Ortopedista

    A SBOT-RJ lançou um novo canal de comunicação

    exclusivo para cada membro ativo. O objetivo é que

    a novidade seja a principal ferramenta de indexação

    dos ortopedistas no estado do Rio de Janeiro e de

    busca para os cidadãos que desejam encontrar

    um especialista.

    Uma página pessoal editável vinculada ao site da

    Regional Rio permite o cadastro de informações

    profissionais da área ortopédica, a inclusão

    de contatos e fotos. Para o membro realizar o

    registro é necessário criar um login e aguardar

    um e-mail de confirmação. O processo é rápido

    e pode ser concluído após a indexação de

    referências desejadas.

    Segundo o presidente da SBOT-RJ, Dr. Marcelo

    Campos, a criação de um site dedicado aos

    membros é um grande benefício para os

    ortopedistas do Estado. “Contribui para a exposição

    do seu trabalho, a troca de informações entre os

    membros e a divulgação para pacientes em busca

    de profissionais capacitados”, enfatiza.

    Para Dr. Marcos Britto, membro da diretoria à frente

    do projeto, a grande maioria dos pacientes nos

    Estados Unidos busca referência na internet antes

    de marcar uma consulta. “A novidade permite que

    a população identifique profissionais reconhecidos

    pela SBOT no principal meio de comunicação da

    Regional Rio. Para os ortopedistas do Estado e

    membros da SBOT-RJ é uma ferramenta importante

    para divulgar formação, trabalhos publicados, entre

    outros dados relevantes da carreira médica dentro

    de um canal oficial da ortopedia”, conclui.

    Participe! O acesso deve ser feito por meio do link

    www.sbotrj.com.br/membros.

    http://www.sbotrj.com.br/membros

  • 31

    100% mais social

    A Regional Rio intensificou as ações na página

    do Facebook com o objetivo de aumentar a

    visibilidade das atividades que promove. A nova

    dinâmica na página da rede social já mostrou

    resultados, passando de 540 para 1.080 curtidas

    nos últimos três meses, um crescimento de 100%

    no número de seguidores.

    Os “fãs” foram conquistados de maneira

    orgânica, sem investimentos financeiros. O

    alcance das publicações também aumentou.

    Hoje, uma média de 800 internautas têm acesso

    a cada postagem realizada diariamente.

    As publicações são direcionadas aos ortopedistas,

    médicos residentes na especialidade e empresas

    do setor. Os temas abordados são os eventos

    realizados na Casa do Ortopedista, os cursos

    c ient í f icos e outros projetos da SBOT-RJ.

    Notícias relacionadas à saúde e de outras

    s o c i e d a d e s m é d i c a s a f i n s à o r to p e d i a

    também são destaques.

    Nossa rede de comunicação está aumentando.

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    Direitos & Deveres*Por: Dr. Alexandre Martins

    RISCOS DO USO DE PRESCRIÇÃO “OFF LABEL”

    Devemos iniciar nosso artigo esclarecendo que

    minha formação é na área jurídica, assim, por mais

    óbvio que possa parecer, faço total questão de

    enfatizar que abordaremos aqui os “riscos” para

    o médico e não para o paciente, vale dizer que

    trataremos dos riscos sob o ponto de vista legal e

    não biológico.

    Feita essa necessária observação, queremos

    destacar que o tema “off label”, apesar de recente, já foi por nós abordado no ano passado, em palestra

    realizada em São Paulo, onde o tema fora bastante

    discutido e alguns médicos revisaram suas rotinas

    de trabalho após tomarem ciência dos riscos que

    tal procedimento pode causar para suas carreiras e

    vidas financeiras.

    Para entender melhor o que seria uma prescrição "off label", temos que lembrar que cada medicamento registrado no Brasil recebe aprovação

    da Anvisa para uma ou mais indicações, que passam

    a constar na bula e são respaldadas pela Agência.

    Desta forma, toda vez que um médico receitar uma

    medicação objetivando um tratamento, para o

    qual o aludido medicamento não possua registro

    na Anvisa, o médico estará fazendo uma prescrição "off label", ou seja, o uso não aprovado, que não consta da bula.

    O uso "off label" de um medicamento é feito por conta e risco do especialista que o prescreve, e

    pode eventualmente vir a caracterizar um erro

    médico, tanto em relação aos efeitos colaterais

    como a não obtenção do resultado esperado. Em

    julgamento de caso similar, o Tribunal de Justiça do

    Estado do Rio de Janeiro condenou a empresa FMG

    Empreendimentos Hospitalares a indenizar um

    paciente, o qual apresentou uma reação alérgica

    devido ao que o Tribunal classificou como “erro

    GROSSEIRO na prescrição do medicamento”.

    Oportuno se faz destacar que a responsabilidade do

    profissional de saúde não fica restrita à seara Cível,

    uma vez que, além da responsabilidade civil, ou

    seja, além do dever de indenizar por eventual dano

    de ordem financeira (material) ou moral (abalo ou

    constrangimento subjetivo) que o paciente venha

    a sofrer, o profissional também está sujeito a ser

    indiciado e vir a responder em processo criminal,

    na seara Penal, pelo crime previsto no Artigo 273

    do Código Penal Brasileiro — pena de reclusão: de

    10 a 15 anos e multa.

    Lembrando que o processo penal independe de

    queixa ou representação da vítima ou de seus

    familiares, bastando que as autoridades tomem

    conhecimento da prática para iniciar a ação, e

    que também a condenação não está vinculada à

    ocorrência de mau resultado, bastando a prescrição

    para a consumação do delito.

    Diante de todo exposto, o médico deve se abster

    de indicar medicamento que não vislumbre

    registro na Anvisa para tratamento da patologia de

    seu paciente.

    *Dr. Alexandre Martins é advogado, professor universitário e Consultor Jurídico da SBOT-RJ.

    São de sua autoria os seguintes livros: “Responsabilidade Penal do Médico”, “Responsabilidade

    Civil Médica” e “Vigilância Sanitária em Saúde”.

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