Supermix - ed119

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Supermix ed119 Distribuição em todo Paraná 16.000 Exemplares

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PresidenteEverton Muffato (Irmãos Muffato & Cia. Ltda.)Primeiro Vice-PresidentePaulo Beal (Supermercado Beal Ltda.)Vice-Presidente FinanceiroDaniel Kuzma (Kusma & Cia. Ltda.)Vice-Presidente de PatrimônioEduardo Antonio Dalmora (Dalmora & Cia. Ltda.)Vice-Presidente de CapacitaçãoMauricio Bendixen da Silva (A. Angeloni & Cia. Ltda.)Vice-Presidente JurídicoLuiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.)Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & Cia. Ltda.)Vice-Presidente de SegurançaMario Seizi Kuwahara (Supermercado Fantinato Ltda.)Vice-Presidente de EventosPedro Joanir Zonta (Condor Super Center Ltda.)Vice-Presidente de ExpansãoCelso Luiz Stall (Supermercado Stall Ltda.)Vice-Presidente de Relações SindicaisAlceu Breda (Fadaleal Supermercado Ltda.)Vice-Presidente AdjuntoCesar Moro Tozetto (Tozetto & Cia. Ltda.)Vice-Presidente AdjuntoJoão Jacir Zonta (Comercial de Alimentos Zonta)Vice-Presidente AdjuntoCarlos Alberto Cardoso (Supermercado Cidade Canção)Vice-Presidente AdjuntoAlceu José Tissi (Supermercados Tissi Ltda.)Presidente Regional Sul – Ponta GrossaNelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli)Presidente Regional Norte – LondrinaAdemar Vedoato (Supermercados Viscardi)Presidente Regional Oeste – CascavelRubimar João Beal (Supermercado Beal)Presidente Regional Sudoeste – Pato BrancoFernando Carlos Delazeri (Comercial Pato Branco)Presidente Regional Noroeste – MaringáTarley Maia Kotsifas (Supermercado Bom Dia Rede Centro)Presidente Regional Norte Pioneiro – JacarezinhoCarlos Henrique Molinis (Supermercado Supernorte)Presidente Regional – CuritibaIrineu Ferrari (Ferrari & Cia Ltda)Presidente Regional – IratiPaulo César Ivasco (Super Ivasco)Presidente Regional – GuarapuavaJoão Ricardo K. Hyczy (Supermercado Superpão)Conselho Fiscal EfetivoRodolfo Pankratz (Supermercados Jacomar Ltda.)Haroldo Antunes Deschk (Haroldo Antunes Deschk & Cia. Ltda.)Dercio Domingos de Costa (Supermercado Videira Ltda.)Conselho Fiscal SuplenteRui Marcos Chemin (RM Chemin e Cia. Ltda.)Edson Zamprogna (Com. Alim. Zamprogna Ltda.)Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado Ltda.)Conselho PermanenteEduardo Antonio DalmoraPedro Joanir ZontaRoberto DemetercoRomildo Ernesto ConteRuy SenSidney SchnekembergSuperintendenteValmor Antônio RovarisDiretor ComercialWalde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações PúblicasEduardo MuffatoDiretor ComercialWalde Renato ProchmannJornalistaAline Esteves de Castro Redação Ana Carolina Cernicchiaro e Fabio PinheiroDepartamento ComercialKhailany Raquel e Rosicléia JonasFone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513E-mail: [email protected]çãoSamuel RodriguesRevisãoPaulo Roberto Maciel SantosFotosAlex SantosPré-Impressão (CtP) e ImpressãoMaxi Gráfica e Editora Ltda.Tiragem16.000 exemplaresDistribuição NacionalEnviada aos supermercados e atacadistas do Brasil.A revista Supermix pertence ao patrimônio da APRAS –Associação Paranaense de Supermercados – e é o seuórgão oficial de divulgação.Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80050-040Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – [email protected] / www.apras.org.brOs artigos assinados são de total responsabilidade de seusautores e não refletem necessariamente a opinião da revista.Todos os direitos reservados.

DIRETORIA EXECUTIVA

TRIÊNIO 2006/2009

050608

16225456

Palavra do Presidente Perfil

Editorial Responsabilidade Social

News Espaço Iespar

Plataforma

sumário

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36

18

42

Verão A estação mais quente do ano

promete aquecer...

Volta às Aulas Com a mochila cheia

ICMS Governo do PR quer reduzir ICMS

Crescimento O ano de 2009 vem

difícil, mas viável

matéria de capa

ICMS

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Palavra dopresidente

Everton Muffato Presidente da Apras

Everton Muffato

Chegou o final de ano e a melhor época do varejo. Mas, e a crise? Ainda temos nossas reservas de produtos no setor supermercadista para este Natal. O setor tem uma boa perspectiva para este final de ano, coroando o melhor ano do setor desde o início da apuração do índice da Abras em 1990.

Para próximo ano, nossa previsão é no mínimo acompanhar o crescimento do PIB, estimado em 3%, que, somado à inflação, terá um crescimento nominal de 8% a 9%

A venda de alimentos deverá ser o foco do crescimento do setor em 2009. Com pouco acesso ao crédito, as pessoas consomem mais os produtos essenciais. Além disso, no Paraná, os preços de diversos produtos devem cair, pois uma mini-reforma tributária será implantada, com o ICMS devendo ser reduzido de 18% para 12% sobre 95 itens. A Apras apóia essa medida do governo do estado, pois quem vai sair ganhando é o consumidor, principalmente das classes de menor poder aquisitivo.

Com a chegada do verão, nossas lojas devem estar ainda mais preparadas para os setores de bebidas e higiene e limpeza. E, em fevereiro, começa a volta às aulas, devemos aproveitar esses períodos para aumentarmos nosso faturamento em 2009.

As expectativas são boas, o mercado deve agir com parcimônia, mas sem desespero. Devemos entender que as perspectivas do setor para o próximo ano são boas, pois em 2008 foram ótimas.

Desejo a todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.

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EditorialSe o fim do ano chegou e se a crise está fazendo o setor se

resguardar, com essa edição daremos dicas de como o mercado vai crescer e de como aproveitar as sazonalidades do verão e da volta às aulas.

Com a crise de crédito, os bens duráveis deverão sofrer uma retração, principalmente fora dos supermercados. Por isso, sobrarão mais recursos para os produtos de primeira necessidade e do dia-a-dia como, por exemplo, os alimentos.

O setor está cada vez mais responsável, e um dos ícones do varejo no estado, Roberto Demeterco, vai contar como fundou e como funciona o Projeto Não-Violência Brasil, a ONG que ele toca e é sediada em Curitiba com a missão de desenvolver e fortalecer a Cultura da Paz, agindo diretamente nas escolas.

Nesta edição também trazemos uma matéria que explica como vai ficar a mini-reforma tributária no Paraná apoiada pela Apras. Com a redução de 18% para 12% em 95 itens, temos certeza que os supermercados repassarão ao consumidor essa queda dos preços.

Boas Festas e Boa Leitura

Aline Esteves de Castro

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NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO PAULISTANO TEM QUEDA EM NOVEMBRO

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) registrou neste mês queda de 4 pontos percentuais em relação ao número famílias endividadas no município de São Paulo, passando de 53% para 49% em novembro. Em relação ao mesmo período de 2007, quando o indicador atingiu 54%, houve queda de 5 pontos percentuais.

Do total de famílias endividadas, 37% estão com contas em atraso, o que representa uma alta de dois pontos percentuais em relação ao mês anterior. Em relação ao mesmo mês de 2007, o indicador apontou queda de um ponto percentual.

A redução no nível de endividamento em novembro é explicada pelo aumento da massa real de rendimentos, que apresentou elevação na região metropolitana de São Paulo, somada à continuidade de expansão da oferta de crédito.

Segundo a Fecomercio, o resultado de novembro encontra-se num patamar favorável. A expectativa é de que o nível de endividamento dos consumidores paulistanos continue igual em virtude do aumento da massa de rendimentos, expansão do crédito e pagamento da 1ª parcela do 13º salário.

De acordo com a pesquisa, entre os consumidores com rendimento de até 3 salários mínimos, 54% têm algum tipo de dívida. Na faixa de renda de 4 a 10 salários, 54% estão endividados, enquanto famílias que ganham mais de 10 salários mínimos o percentual de endividamento alcança 33%.

A PEIC mostra ainda que 45% dos endividados com renda até 3 salários mínimos estão com contas em atraso, contra 36% dos que ganham de 4 a 10 salários mínimos, e 19% entre os que possuem renda acima deste patamar.

O cartão de crédito continua sendo o vilão para 47% dos consumidores. Entre os consumidores

VENDAS A CRÉDITO MOSTRAM LIGEIRA REAÇÃO EM NOVEMBRO Do dia 1º ao dia 23 de novembro de 2008, comparado com igual período em 2007, ambos com 18 dias úteis, as consultas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), indicam que as vendas a prazo avançaram 2,1%.

No SCPC-Cheque (vendas à vista) as consultas recuaram um pouquinho na mesma comparação entre períodos: -0,5% (próximo da estabilidade).

Esses números estão dentro das expectativas da ACSP, pois sinalizam uma ligeira reação nas vendas com a aproximação do Natal.

PLANEJAMENTO 2009: PERFIL DO CONSUMIDOR DEFINE ATÉ CARRINHOS DE COMPRA

O início de um novo ano exige do varejista o planejamento da loja para atender às necessidades dos clientes. Além de definir o sortimento, contratar novos funcionários, negociar com os fornecedores e analisar a necessidade de reformas, por exemplo, é fundamental rever a frota de carrinhos de compras. Esse é o único equipamento do supermercado que o consumidor utiliza em toda a sua estadia na loja, sendo responsável, inclusive, pela imagem que as pessoas terão do estabelecimento.

Uma pesquisa realizada por uma grande rede de supermercados mostrou que depois da troca de carrinhos, o índice de satisfação do consumidor subiu dois pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.

com rendimento até 3 salários mínimos, 42% têm dívidas no cartão de crédito, enquanto que na faixa de 4 a 10 salários mínimos, 51% possuem esse tipo de dívida, e entre aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos, alcança 48%.

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PRODUÇÃO DE GRÃOS CONTINUA ACIMA DE 140 MILHÕES DE TONELADAS O clima e a crise financeira não devem atingir a expansão das lavouras no Sul do Brasil. Pelo menos é o que aponta o terceiro levantamento da safra de grãos 2008/2009 divulgado nesta segunda-feira (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A produção no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina deve crescer 2,9% e chegar a 61,1 milhões de toneladas, recorde na região. Com este saldo, o Brasil alcançará a segunda melhor colheita da história, de 140,3 milhões de toneladas, atrás apenas da safra passada, que foi de 143,9 milhões de toneladas.

Diferentemente do Sul, nas demais regiões a pesquisa registra queda na produção. No Sudeste, a colheita cairá 3,1% e no Centro-Oeste 7,1%. No

PESQUISA DO IDEC CONSTATA QUE INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA JÁ CUMPRE DECRETO SOBRE ROTULAGEM DE TRANSGÊNICO Pesquisa constata que produtos para consumo estão livres de OGM e que a maioria dos fabricantes se preocupa com a segregação e certificação da matéria-prima. Resultados destacam a importância da rotulagem e demonstram que o mercado já está adaptado.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) realizou uma pesquisa com produtores de alimentos destinados ao consumo no mercado interno, cujos principais produtos contivessem algum teor de proteína de soja ou proteína vegetal não identificada. Os resultados demonstram que a maioria das empresas já cumpre o Decreto Federal 4680/03, que estipula a necessidade da rotulagem dos produtos que tiverem mais de 1% de material transgênico em sua composição.

A pesquisa foi composta por um teste laboratorial para aferir a presença ou não de soja geneticamente modificada (GM) e pela aplicação de um questionário aos fabricantes no qual eram sondados aspectos variados da produção de tais alimentos, todos relacionados aos cuidados em

Para definir a quantidade e os modelos de carrinho que a loja precisa, é fundamental conhecer o consumidor e o perfil do negócio.

Os critérios para definir a compra dos carrinhos dependem da metragem da loja, do espaço entre os corredores e do número de check-outs. A cada mil metros quadrados são necessários 150 carrinhos, divididos de acordo com o tipo de consumidor. Os modelos podem ser específicos para compras do mês (cesto grande), compras de passagem (dois cestos pequenos), gestantes (cesto mais alto), carrinhos com cadeira para bebê e carrinho especial para pessoas com necessidades especiais.

relação a garantias de origem da matéria-prima utilizada em seus produtos.

Na análise em laboratório foram selecionados 51 produtos fabricados por 28 empresas nacionais e multinacionais. Todos foram enviados para análise em laboratório na Suíça com a finalidade de detectar a quantidade de material GM presente na sua composição. Dentre todos os produtos, 39 não apresentam (76,4%) ocorrência de OGM ou a apresentaram em níveis baixos (até 0,2%). O fato atesta a capacidade de o setor controlar e segregar a soja utilizada na fabricação de seus produtos, tendo em vista a exigência legal de rotular os produtos que ultrapassem o limiar de 1% de OGM.

Segundo o assessor técnico do Idec, Marcos Pó, “esses resultados demonstram que o Decreto Federal 4680/03 tem cumprido seu papel de disciplinar a rotulagem de produtos contendo OGMs em sua composição. O direito à informação do consumidor, previsto no decreto e no Código de Defesa do Consumidor, está sendo respeitado”.

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Norte e Nordeste, apenas os agricultores do sul do Maranhão, sul do Piauí e sudoeste da Bahia iniciaram o plantio. Nas demais localidades, os produtores estão esperando o período de chuvas para começar a semear, o que deverá ocorrer a partir de janeiro.

Já a área plantada em todo o país terá um crescimento de 97,8 mil hectares em relação ao ciclo anterior e totalizará 47,48 milhões de hectares. “O Centro-Sul está com aproximadamente 90% do plantio concluído. Com as lavouras que serão iniciadas no Norte e Nordeste, o resultado global deverá crescer a partir dos próximos acompanhamentos”, diz o presidente da estatal, Wagner Rossi.

A primeira safra de feijão é o destaque deste

período. De acordo com o estudo, a produção será 20,1% maior que a anterior, atingindo 1,49 milhão de toneladas. Os estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo concentram os maiores números, com crescimento de 33,5%, 13,3% e 38,1%, respectivamente.

Nos arrozais, a Conab também aponta crescimento de 1,6%, atingindo 12,25 milhões de toneladas. Este percentual seria maior, não fossem as enchentes em Santa Catarina provocadas pelo excesso de chuvas. Até novembro, era calculado aumento de até 6,3% na produção do estado. Agora a estatal indica uma retração de 0,4%.

Soja e milho - A produção de soja no Sul e Sudeste cresceu e o volume chega a 25,3 milhões de toneladas, o que corresponde a 43% do total

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nacional. O melhor desempenho está no Paraná, com 12,05 milhões de toneladas (+1,3%), Rio Grande do Sul, com 8,13 milhões (+4,6%), Minas Gerais, com 2,54 milhões (+0,2%) e São Paulo, com 1,50 milhão (+4,1%). No Centro-Oeste, a oleaginosa terá quebra de 4,9%, principalmente em Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.

As plantações de milho de primeira safra devem diminuir em todo o país. É esperada uma colheita de 37,02 milhões de toneladas, ou 2,9 milhões a menos que a safra passada. No Paraná, a redução pode chegar a 10,7% e, no Mato Grosso, a 28,7%. A colheita total do cereal (primeira e segunda safras) está projetada em 54.4 milhões de toneladas.

AMÉRICA LATINA SERÁ O PRINCIPAL DESTINO DOS INVESTIDORES ESPANHÓIS EM 2009 Mesmo com a atual crise que afetou o mundo inteiro, a América Latina será o principal destino de investimento das empresas espanholas em 2009. Segundo uma pesquisa elaborada pela IE Business School e pela consultoria de relações públicas Gavin Anderson & Company com as empresas da Ibex35, os investidores espanhóis vêem grande vantagem expandir seus negócios no mercado latino.

A grande revelação deste estudo foi a ascensão do México como mercado mais atraente – cerca de 75% dos entrevistados revelaram interesse em aumentar sua presença no País. Em seguida estão o Brasil e o Chile, com 65% de respostas positivas cada um. Na pesquisa do ano anterior, o Chile liderava o grupo.

Os países classificados menos atrativos para investimentos são Bolívia e Equador, com 25% de empresas interessadas. Em último lugar está o Uruguai com apenas 20%.

A maior vantagem competitiva apontada pela pesquisa é o mercado interno. Cerca de 70% dos entrevistados consideram o mercado interno latino como um diferencial na escolha

do investimento, seguido pela abundância de matéria prima, 55%.

O principal ponto fraco apontado é a qualificação de mão-de-obra. Apenas 10% dos entrevistados consideram a mão de obra adequada. Além disso, a competitividade também é apontada como ponto fraco, com apenas 10% das opiniões.

A pesquisa apontou opiniões muito favoráveis sobre o futuro do Brasil, México e Colômbia. O Brasil apresenta os resultados mais positivos em relação à evolução econômica no próximo ano. Das 20 empresas entrevistadas, 33% delas acreditam que o país terá uma evolução muito boa; 61% que será boa e apenas 6% apostam em uma evolução regular.

Além disso, São Paulo e Santiago foram consideradas as melhores cidades para concentrar os investimentos espanhóis na América Latina. Santiago tem 34% da preferência dos empresários enquanto São Paulo detém 32%.

Embora os dados de investimento sejam favoráveis, 95% dos entrevistados acreditam que a crise financeira irá impactar o mercado e o crescimento nestas regiões durante os próximos anos. A crise é o principal fator de insegurança constatado neste ano em relação aos investimentos. Nos anos anteriores, a principal preocupação era a instabilidade política destes países. Mas mesmo assim, a América Latina é o melhor lugar para se investir para os empresários espanhóis.

NESTLÉ INAUGURA CENTRO DE INOVAÇÃO DEDICADO À ALIMENTAÇÃO FORA DO LAR A Nestlé FoodServices, área especializada em alimentação fora do lar da Nestlé, inaugura na cidade de Sólon, no Estado de Ohio, nos Estados Unidos, o Centro de Inovação dedicado ao desenvolvimento de soluções para o segmento de “culinária profissional”.

Os estudos do Centro de Inovação estão

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disponíveis a todos os países das Américas, inclusive o Brasil, que pode usufruir das inovações e descobertas para aplicá-las no mercado local.

Com esta inauguração, a Nestlé destaca a importância que atribui à Pesquisa & Desenvolvimento e ao segmento de alimentação fora do lar – um dos pilares de crescimento do grupo e que apresenta grande potencial de crescimento.

Ao longo dos próximos anos, a empresa promoverá ciclos de visitas para que chefs e profissionais do setor – entre restaurantes, padarias, confeitarias, bares, etc – conheçam o Centro de Inovação e participem de palestras ministradas por consultores gastronômicos, que mostrarão as tendências de mercado e o perfil dos principais consumidores. Os clientes poderão colaborar no desenvolvimento de soluções e de menus personalizados.

O segmento de alimentação fora do lar conta com um mercado potencial de CHF 500 bilhões e a Nestlé pretende duplicar as vendas de seus produtos nos próximos dez anos em todo o mundo.

CONDOR INAUGUROU MAIS UM HIPER EM CURITIBA Seguindo o plano de expansão proposto para 2008, o Condor Super Center, abriu para o público, dia 3 de dezembro, seu mais novo hipermercado, localizado na Avenida das Torres (Av. Comendador Franco, 6005), que contou com investimentos de R$ 25 milhões, em uma área de 23.000m². A loja com 33 check-outs ergonômicos é a mais moderna do Paraná, aliando conforto e qualidade, em uma área de vendas de 5.000m².

O evento de inauguração contou com a presença do vice-governador Orlando Pessuti, que enalteceu a rede por contribuir com a geração de renda e emprego, mostrando a força dos empreendedores do Paraná.

O novo Hipermercado da Torres é a 26ª

loja da rede, e gerou 480 empregos diretos, totalizando 5.400 colaboradores do Condor. O estacionamento com vagas rotativas é coberto e bem iluminado, podendo atender em média 5 mil veículos ao dia.

O novo empreendimento foi montado com equipamentos de última geração para disponibilizar melhor atendimento e qualidade dos produtos. O setor de refrigerados conta com um sistema inovador da Eletrofrio que utiliza gás refrigerante GLICOOL, inofensivo a camada de ozônio, reduzindo em 90% os gases poluentes, o sistema também possibilita uma melhor conservação dos produtos refrigerados.

O projeto do Hiper das Torres foi idealizado a partir de diversas visitas às lojas de departamentos, de rua, de shoppings, além de hipermercados de Curitiba e São Paulo, que após análise do levantamento foi concluído que o novo hipermercado devia ser moderno, prático e aconchegante.

Partindo dessas análises, foi criado um espaço onde os clientes podem comprar seus vinhos ou espumantes gelados, além de terem a disposição uma sommelier para ajudar na escolha e esclarecer dúvidas.

Outro aspecto para levar praticidade é uma área refrigerada na seção de hortifrutigranjeiros destinada para legumes congelados. Para as mulheres, um grande atrativo é a seção de perfumaria, criada com uma riqueza de detalhes em um local elegante e com grande variedade de produtos.

O setor de têxtil foi totalmente reestruturado dentro de um novo conceito, buscando valorizar os produtos e facilitar na escolha.

Com móveis totalmente desenhados para o Condor, a área de eletrodomésticos foi integrada com a seção de presentes, criando um ambiente único, fugindo do tradicional corredor de entrada.

Toda a estrutura do Hiper das Torres foi projetada com uma arquitetura de última geração para respeitar o meio ambiente. 80% da obra é industrializada, reduzindo o prazo de execução e a quantidade de resíduos provenientes da construção.

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Na área de vendas, na cobertura e nas paredes foram utilizadas estruturas metálicas que permitem uma economia de até 30% com os custos de fundações e administração da obra, que por ser compatível com outros sistemas construtivos, vem sendo cada vez mais usada como solução estrutural.

Para as fachadas foi optado pela utilização de painéis isotérmicos isojoint, ótimos isolantes térmicos que ajudam a economizar energia, mantendo a temperatura baixa e evitando o consumo com ar condicionado; o projeto foi elaborado para aproveitar ao máximo a luz natural, mesmo em dias nublados, com um sistema de Domus Prismático que filtra os raios ultravioleta em 98%, economizando energia e tornando o ambiente agradável. Na iluminação foram utilizadas lâmpadas T5 que economizam até 45% de energia elétrica, nas fachadas foram usadas lâmpadas com tecnologia LED, que são econômicas e eficientes. Foi também pensando na preservação dos recursos naturais, que o Condor montou um sistema de reaproveitamento de água da chuva. Todo o processo de fabricação foi

desenvolvido pela Dória Lopes Fiuza Arquitetos Associados e pela Nichelle Engenharia, dentro do programa de gerenciamento de resíduos da construção civil, aprovado pela Secretaria do Meio Ambiente.

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UM NOVO SUPERMERCADO COM DIFERENCIAIS PARA BRIGAR COM A CONCORRÊNCIA Irati ganhou, no dia 4 de dezembro, uma terceira unidade do Supermercado Ivasko, que traz algumas novidades no seu conceito e uma lista de soluções de projeto que o coloca entre os supermercados mais bem planejados da atualidade, não apenas no seu círculo regional.

As novidades vão desde a disposição estratégica dos produtos, o conceito de comunicação visual, equipamentos de última geração, entre outros cuidados que tem como objetivo satisfazer e surpreender seus clientes.

Conceitualmente voltado para todas as classes sociais que prezam pela qualidade, o supermercado adotou uma comunicação visual vibrante e alegre, em sintonia com a personalidade da família Ivasko, que atende carinhosamente os clientes e treina constantemente a equipe de funcionários com consultores externos. Por isso, foram utilizadas fotos de pessoas felizes, que apresentam os departamentos em um fundo desenhado por computação gráfica em 3D. Cada departamento traz uma frase que resume

a qualidade do produto, como por exemplo por exemplo na área de hortifruti: “Tudo fresquinho para você!”.

Para a valorização do mix que chega a 14 mil itens, foram criados nos seus 1.745 m2 de área de vendas setores bem definidos através de algumas soluções originais. Nos corredores de gôndolas do supermercado o cliente atravessa trechos chamados de “mini-lojas” que nada mais são que uma seqüência de gôndolas com cores diferentes e portais metálicos na entrada e na saída que sinalizam, por exemplo, o Pet Shop (com gôndolas verdes), a área de alimentos Diet, Light e Integrais (com gôndolas azuis). No setor de bazar, a disposição perpendicular das gôndolas pretas com corredores pequenos possibilitou a subdivisão desta área em papelaria, brinquedos, vidros e cristais, entre outros. Os demais setores possuem cada qual uma cor própria na decoração, vermelho para o açougue (inclusive gabinetes vermelhos e revestimentos), verde para o hortifruti, azul para frios e laticínios, ocre para a panificação e lanchonete, e assim por diante.

Entre as várias novidades do projeto, foram utilizados vidros coloridos para forrar as paredes dos setores de atendimento, que são fáceis de limpar. As vascas de hortifruti que estão

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SUPER MUFFATO VETA PRODUTOS REAJUSTADOS. Garantir aos clientes um Natal sem alta nos preços. Com este objetivo, o Super Muffato paralisou as negociações com fornecedores que promoveram reajustes em suas tabelas de preços, tendo como base a média de preço praticado no último mês.

Única empresa do setor a adotar este posicionamento, o Super Muffato comercializa cerca de 45 mil itens em suas 28 lojas, localizadas no Paraná e interior do estado de São Paulo.

“Estamos realizando um grande esforço de combate ao aumento de preços. Em nosso entendimento, este é o caminho para preservar o poder de compra do consumidor e contribuir para a estabilidade do mercado”, informa Everton Muffato, diretor da rede.

O Super Muffato ressalva que eventuais oscilações podem ocorrer apenas nos produtos colocados em oferta e que, passado o período da promoção, retornam ao seu preço normal.

“Nosso desejo é garantir um Natal sem reajuste nos preços e estamos trabalhando para isso”, complementa Muffato.

espalhadas no salão estão um passo à frente, pois incorporam espelhos reflexivos sobre os produtos e revestimento em folha plástica colorida que pode ser lavada e moldada em cantos redondos nos topos para não machucar os vegetais, além de terem pára-choques metálicos cromados e serem completamente coloridas para combinar com a cor de cada produto. A lanchonete tem conforto acima da média para um supermercado, com sofás fixos aconchegantes e serviço de garçonete, servindo lanches e refeições.

A iluminação utiliza lâmpadas de alto rendimento com vapor metálico e as janelas possuem brises metálicos externos que interceptam os raios solares antes que entrem e esquentem o ambiente, possibilitando um pano de vidro na fachada com 200m2. A cobertura do edifício foi projetada com telhas de aço galvanizado com enchimento isolante em poliuretano, que reduz o calor e o ruído, e ainda foi instalado forro com propriedade isolante em toda a área de vendas. No bazar, a iluminação é feita com lâmpadas PAR-20 direcionáveis em um forro de gesso baixo para dar mais brilho e coloração aos produtos, além disso, cada prateleira possui sua própria iluminação.

A qualidade dos produtos frescos é garantida pelos detalhes das instalações. São seis câmaras refrigeradas no total, separando cada tipo de produto, com salas de preparo climatizadas a 15 graus a fim de controlar qualquer contaminação. A panificação, confeitaria e rotisseria são separadas e possuem uma área de lavagem, com pias para higienização das mãos acionados pela perna. Os fornos têm sistema de ligação com água para não ressacar demais os pães e assados.

Existe uma área separada para armazenagem do lixo reciclável e outra para lixo orgânico, separadas por porta vedada dos demais ambientes para o controle de pragas.

Todo o empreendimento começou a ser planejado através da contratação da Yoshimura Arquitetura de Varejo, que realizou o projeto, previu todos os custos em detalhes e posteriormente realizou a obra em sete meses

a um preço fixo. Esta organização foi decisiva para que os recursos fossem alocados de forma manter o controle do investimento.

O novo Supermercado Ivasko vem para tornar a rede a maior da cidade, levando à frente o caminho de rápido crescimento do grupo Ivasko, que também possui postos de combustíveis e uma transportadora. O grupo sempre teve grande afinidade com o seu público, mesmo na época em que os fundadores, o Sr. Mariano e sua esposa, Dona Tereza, possuíam uma pequena venda na periferia da cidade, já cativavam os clientes chamando cada um pelo nome. Com o tempo, os filhos e noras, José Carlos, Edna, Paulo e Alessandra foram unindo forças e trabalhando com dedicação aos seus clientes e funcionários.

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Perfil

“Cada dia é uma vitória”

Começar a trabalhar muito cedo é uma condição básica para o sucesso de qualquer em-preendedor, sobretudo no comércio. Quanto antes o futuro empresário lidar com clientes, fornecedores, preços e todos os imprevistos da atividade, mais preparado ele estará para os de-safios de uma atividade que por si exige uma combinação de experiência e criatividade.

Não foi diferente com Tarley Maia Kotsifas, diretor da rede Centro Bom Dia e presidente da regional Noroeste da Apras. Mineiro de São Se-bastião do Paraíso, aos dez anos ele aproveitava os domingos para ajudar no açougue do tio, en-quanto os seus colegas aproveitavam o dia livre para brincar. O pagamento – um pastel – não era lá grande coisa, mas animava o menino, que ia aos poucos conhecendo toda a dinâmica do comércio. Quatro anos depois, Tarley já dava expediente integral no mesmo açougue.

Daí em diante, o varejo entrou em sua vida de vez. Aos 16 ele passa a trabalhar no primeiro supermercado aberto pelos pais, fazendo de tudo um pouco. Na seqüência, voltou a trabalhar no açougue do tio e na empresa cerealista do irmão. O resultado de tamanha dedicação é que, com apenas 23 anos e tanta experiências nas costas, Tarley abriu seu primeiro negócio, um açougue.

Com faro para as oportunidades, Tarley soube que um supermercado da região estava à venda. Seria um salto enorme para o menino que aos dez anos trabalhava no açougue do tio. Incentivado pelo irmão e confiando no proprietário do estabelecimento à venda, Tarley não vacilou. Comprou a loja de 300 metros, chamou a esposa Luciene e uns amigos para ajudar a tocar o negócio, o maior de sua vida até então. Se um açougue já era uma grande responsabilidade, um supermercado rep-resentava um desafio ainda maior. No começo, eram apenas sete funcionários.

Com empenho e grande experiência, o negócio deu muito certo. A loja tornou-se pequena. Mais duas lojas foram adquiridas, a última em 2004. Hoje a rede Centro conta com 4 lojas e 120 fun-cionários em Maringá.

Tarley mora a 2km da empresa. Procura cumprir uma jornada semanal das 8h30 até as 18h00. Se preciso, fica até mais tarde. Trabalha aos sábados até as 13h30 e evita trabalhar aos domingos.

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Dedica os fins de semana à família: a esposa Luciene, que muito contribuiu para o sucesso do negócio, os filhos Diego – seu braço direito da empresa – Camila e Andrey.

O período livre também é reservado para a prática esportiva. Aos 44 anos, mantém a saúde em forma jogando futebol três vezes por semana, participando inclusive de campeona-tos no clube que freqüenta. Define-se como um entusiasta do esporte. “Gosto de tudo, de assistir e de praticar”. Seu time de coração é o Santos.

Como supermercadistas lidam diariamente com centenas de clientes, funcionários e for-necedores, os conflitos são inevitáveis. A re-ceita de Tarley para momentos de tensão é dar uma pausa. “A gente precisa ter autocontrole o tempo todo. Mas se alguma situação fica tensa, o melhor é parar, sair, tomar um café e deix-ar para resolver no dia seguinte. Jamais tomo uma decisão de cabeça quente”.

Para o empresário, valorizar o ser hu-mano é se colocar no lugar do outro. “Procuro imaginar se aquilo que eu pen-so ou faço com o outro eu faria comigo mesmo”. Entre os valores que considera mais importantes para uma pessoa, es-tão a honestidade, ética e a lealdade.

Uma das paixões do supermercadis-ta é a rede Bom Dia, a associação de compras que reúne 40 lojas de médio e pequeno porte na região. “É gente que enfrenta todos os dias os gigantes do setor e as dificuldades de crescer com esse quadro de globalização. A força da nossa rede é a nossa união”, destaca.

O supermercadista considera que o principal desafio do setor é buscar o crescimento num cenário de concorrên-cia brutal com as grandes redes naciona-is e internacionais. Acredita que as altas cargas tributárias atrapalham muito os negócios e não perdoa as taxas de juros. “Este é o grande problema para o setor,

sobretudo para quem precisa de empréstimos para capital de giro, reforma ou ampliação”. Cor-rupção, incompetência e má vontade da classe política contribuem, segundo Tarley, para dificul-tar o crescimento do Brasil. “Mas temos grande bons homens públicos”, ressalta.

Tarley Kotsifas é uma pessoa que aproveita bem a vida. Católico, freqüenta a missa todos os domingos e acredita muito na família. Tanto que suas grandes alegrias são o casamento com Luciene e o nascimento dos filhos. Lembra com carinho de momentos especiais, como a compra do primeiro fusca e a primeira vez que viu o mar. Sonhos a se realizarem: ver os filhos casados e vivenciar o nascimento e crescimento dos netos. “Cada dia é uma vitória e devemos viver bem todos os dias”.

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ICMS

Governo do PR quer reduzir ICMS

95 mil itens vendidos no varejo, sobretudo em super e hipermercados devem te seus preços reduzidos.

O Governo do Paraná está propondo um pacote tributário que deve modificar as alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), com grande impacto para toda a atividade varejista no Estado. Se aprovado na Assembléia Legislativa, o Projeto de Lei 402/08 dará uma nova redação aos artigos 14 e 15 da Lei 11.580, justamente os que tratam dos percentuais de ICMS a serem recolhidos.

A proposta do Governo é reduzir as alíquotas em cerca de 95 mil itens comercializados no varejo. A redução será de 18% para 12% nos medicamentos, alimentos, calçados, vestuário, rações, papel higiênico, absorventes, fraldas e

escovas de dente, sacolas, madeiras, talheres, panelas e alguns eletrodomésticos como chuveiros, liquidificadores e fogões. Para xampus e desodorantes, a redução proposta é de 25%

para 12%.Cálculos da Secretaria de Estado da Fazenda

estimam que a perda de arrecadação com as novas alíquotas seria de R$ 412,5 milhões. Para compensar o valor, o pacote prevê alta na cobrança de ICMS para a gasolina (26% para 28%), serviços de comunicação, energia elétrica, cigarros e bebidas alcoólicas (27% para 29%).

A proposta do Governo se baseia no princípio da seletividade das alíquotas em impostos de valor agregado, como é o ICMS. Neste caso, a eficácia tributária é garantida pela concentração da arrecadação em bens e serviços que permitem

reduzir os custos e otimizar a receita. Pela lógica do projeto, ainda há espaço para reduzir as alíquotas de ICMS, daí a opção ela redução em bens de consumo populares, com foco no consumidor final.

“Como a lógica que norteia a proposta é uma modulação nas alíquotas de ICMS sem que haja impacto na arrecadação, propõe-se elevação de alíquota, em dois pontos

percentuais, na energia elétrica (exceto a destinada para eletrificação rural), nos serviços de comunicação, na gasolina (inclusive o álcool anidro a ela misturado), no fumo e cigarros, nas cervejas e outras bebidas alcoólicas. O aumento é apenas na proporção necessária para compensar o impacto decorrente da redução na alíquota”, justifica o texto do anteprojeto de Lei. A receita adicional com as novas alíquotas é estimada em R$ 409 milhões por ano.

A Apras apóia a iniciativa. “O setor será beneficiado com a redução das alíquotas. Neste

Minirreforma tr ibutár ia reduzirá de 18% para 12% o ICMS de 95 itens

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A Apras apoia a redução de ICMS

momento de grave crise financeira e indícios de retração no consumo, qualquer redução terá impacto significativo sobre o faturamento das empresas”, lembra Everton Muffato, presidente

os impactos positivos e negativos das medidas”, afirma Sebastião Medeiros, coordenador jurídico da CCJ da Assembléia.

Se o impacto, em um primeiro momento, soa positivo para o varejo em geral, sobretudo os super e hipermercados, a alta nas alíquotas de energia elétrica e de combustíveis preocupa o setor industrial e os proprietários de postos de combustíveis. Representantes destes setores questionam o benefício real na conta final, pois o mesmo consumidor, sobretudo o de baixa renda, pode pagar menos nos produtos nas gôndolas, mas terá menos renda com a conta de energia mais cara. O projeto deve ir a votação ainda este ano.

O contabilista e economista João Gelásio Weber vê com bons olhos a proposta, mas alerta para o impacto das altas. “Ainda não sabemos como o setor vai repassar os custos de energia, comunicações e combustíveis. Cada empresa deve ter bem claro o impacto da majoração destes custos no resultado operacional.”

Weber lembra que as reduções de 25% e 18% para 12% são bem maiores que as de 26% para 28% e 27% para 29%. “O universo de itens reduzidos é muito maior que as altas propostas. Claro que o governo espera a contrapartida dos super e hipermercados na redução do preço final para o consumidor, do contrário não há porque criar um pacote tributário”, afirma

Sobre as reclamações da indústria e atacado, Weber lembra que estes segmentos já contam com o benefício do diferimento parcial. “Hoje o setor supermercadista recebe uma mercadoria com carga tributária de 12% e vende na ponta recolhendo 18% ou 25% A proposta traz para o varejo um benefício que já existe para a indústria e atacado”.

Segundo Weber, a tendência é que o varejo reduza os preços na gôndola, até pela pressão da concorrência. “As empresas devem manter seus lucros líquidos por unidade vendida e a redução dependerá de cálculos caso a caso, porque há outras variáveis na composição do preço de venda, alem do ICMS”, explica.

da Apras.Antes de entrar em vigor, o pacote precisa ser

aprovado pela Assembléia Legislativa. O deputado Durval Amaral (DEM), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da AL, participou de varias audiências pelo interior do Estado, para discutir a proposta junto a representantes de setores produtivos. “As reuniões serviram para que a sociedade organizada pudesse se manifestar sobre o projeto. Cada setor argumentou sobre

Everton Muffato

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ICMS

MUDANÇAS NA PRÁTICA

O contabilista João Gelásio Weber colocou na ponta do lápis um exemplo de como a redução de ISS deve impactar o preço final no varejo. Partindo-se do princípio, que não haja alteração no custo de aquisição de um determinado produto, teremos a seguinte situação:

Observa-se que, o lucro obtido sem levar em consideração outras variáveis que compõem a formação do preço de venda tais como IPI e frete, permaneceu o mesmo, ou seja, R$ 8,18, valor este que deverá ser suficiente para fazer frente às despesas operacionais,e gerar um percentual de lucro (final) desejado. “O acréscimo do ICMS nas contas de energia elétrica, comunicação e combustíveis, deverão ser repassados ao novo preço de R$ 92,37. Em qual percentual? Depende da estrutura de cada empresa”, lembra Gelásio.

Preço de custo: R$ 82,00(-) Crédito de ICMS 18% com diferimento parcial de 33,33% R$ 9,84(-) Crédito PIS e COFINS – 9,25% R$ 7,59(=) Custo de Compra – líquido de tributos R$ 64,57

Preço de venda – atual R$ 100,00(-) Débito ICMS 18% R$ 18,00(-) Débito PIS/COFINS 9,25% R$ 9,25(=) Preço de venda – líquido de tributos R$ 72,75Lucro por unidade vendida (72,75 (-) 64,57) R$ 8,18Icms a pagar: (18,00 – 9,84) = R$ 8,16 – 8,16% s/preço de vendaPIS/COFINS a pagar: ( 9,25 – 7,59) = R$ 1,66 – 1,66% s/preço de venda

Com a proposta do Governo, o mesmo produto poderá ser vendido ao consumidor final por R$ 92,37, ou seja com um desconto de 7,63%:Preço de venda R$ 92,37(-) Débito ICMS 12% R$ 11,08(-) Débito PIS/COFINS 9,25% R$ 8,54(=) Preço de venda – líquido de tributos R$ 72,75Lucro por unidade vendida (72,75 (-) 64,57) R$ 8,18Icms a pagar: (11,08 – 9,84) = R$ 1,24

O ICMS a pagar é igual à aplicação da alíquota de 12% sobre o valor agregado, ou seja, preço de venda de R$ 92,37 (-) custo de aquisição de R$ 82,00 = R$10,37 x 12% = R$ 1,24, deixa de existir o diferencial de alíquota.PIS/COFINS a pagar: ( 8,54 – 7,59) = R$ 0,95

Mesmo raciocínio do ICMS: preço de venda de R$ 92,37 (-) custo de aquisição de R$ 82,00 = R$10,37 x 9,25% = R$ 0,95.

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Roberto Demeterco

O Projeto se inspira em líderes pacifistas

Responsabilidade Social

Por uma cultura da pazEx-empresário varejista coordena projeto que estimula a resolução pacífica de conflitos tendo como base a escola

Basta ligar a televisão em qualquer noticiário, folhear as páginas de um jornal ou acessar um site de notícias. O assunto de maior destaque e com maior freqüência é quase sempre o mesmo. Assassinatos motivados por dívidas de drogas, vítimas de perdem suas vidas ao reagir a assaltos, discussões de trânsito que acabam em pancadaria, pais que covardemente agridem filhos, crianças que sofrem abusos sexuais, conflitos de gangues em escolas. O desfile de brutalidades parece não ter fim e leva a sociedade a refletir sobre os motivos de tanta violência.

A impressão que se tem é que, apesar de todo o progresso científico e tecnológico, algo lá no fundo ser humano permanece obscuro, sem explicação. E cada vez mais aflora de maneira incompreensível. O que exige o engajamento de todos para que a violência, em suas diversas e perversas manifestações, seja compreendida e combatida em suas raízes.

Em 1997, o empresário Roberto Demeterco, na época comandante da tradicional e bem sucedida rede de supermercados com a bandeira Mercadorama – que um ano depois seria adquirida pelo grupo português Sonae, na onda de fusões e aquisições que sacudiu o varejo paranaense – foi aos Estados Unidos participar de um encontro de lideranças de vários países. Dentre as palestras apresentadas, sobre os efeitos da globalização e meio ambiente, uma em especial chamou a atenção de Demeterco.

Era uma apresentação sobre a Non-Violence Project Foundation, de uma Organização Não Governamental com sede em Genebra, na

Suíça. O empresário se interessou muito pela apresentação e tratou de conhecer pessoalmente o palestrante. Com o firme propósito de criar no Brasil uma iniciativa semelhante, reuniu amigos e, em 1998, fundou a Associação Projeto Não-Violência Brasil, uma ONG sediada em Curitiba, sem fins lucrativos e que tem como missão desenvolver e fortalecer a Cultura da Paz, agindo diretamente nas escolas.

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“Trouxe a idéia para o Brasil e ao apresentar a proposta para alguns empresários, senti que eles gostaram da iniciativa. Naquele momento, no final dos anos 90, havia um crescimento assustador da violência nos grandes centros urbanos. E a escola era o lugar ideal para as crianças praticarem a paz”, lembra Demeterco.

O projeto foi adaptado para atender à realidade brasileira, muito diferente da suíça. Professores e psicólogos foram contratados para criar atividades e materiais que fazem parte de diversos programas aplicados junto a alunos da rede pública municipal.

“Não adianta só fazer uma passeata pela paz quando acontece um crime brutal. O efeito termina com o fim da passeata. Precisamos fazer algo efetivo para mudar a maneira das pessoas se relacionarem entre si, alterar as mentalidades, incentivar as pessoas a adotarem a não-violência como um estilo de vida”, conta.

Sediado em Curitiba, mas com atuação nacional, o Projeto Não-Violência se inspira em líderes pacifistas como Martin Luther King e Mahatma Gandhi. Eles foram homens que,

diante de conflitos e divergências, procuraram buscar soluções pacíficas e obtiveram grandes resultados.

Tendo a escola como uma instituição privilegiada para o fomento de uma Cultura de Paz, o Projeto Não-Violência tem investido seus esforços em compartilhar conhecimento gerador de reflexões e transformações efetivas em prol da prática pacífica diária. Em dez anos de atividade, o PNV vem atuando na melhoria da relação entre professores e alunos; formação de educadores como agentes multiplicadores; fortalecimento de atitudes que expressem valores como o respeito e a ética por parte dos educadores, a fim de que sejam exemplo e inspiração aos seus educandos.

O PNV iniciou sua atuação em escolas em 2000, e já atendeu 25 escolas em Curitiba. Em 2008, desenvolve seu trabalho em parceria com 16 escolas (9 estaduais, 5 municipais e 2 localizadas no município de Araucária-PR). Ao todo, seus programas atingiram 818 educadores e 10.000 alunos.

O PNV criou apostilas que os professores usam

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Os Programas procuram mostrar como é possivél resolver uma situação de forma pacifico

Responsabilidade Social

em sala de aula para trabalhar com os alunos. A intenção é que os estudantes aprendam a lidar com a manifestação da violência no cotidiano. A apostila “Pratique a Paz” traz lições de como se comportar diante de situações de conflito, com capítulos como responsabilidade pelas atitudes, conversar para resolver, ouvir com atenção, como lidar com a raiva e respeito às diferenças.

O Projeto é composto por palestras, roda de diálogos, fortalecimento de lideranças e a capacitação de educadores para que usem a metodologia de resolução pacífica de conflitos. “Diante de um conflito, os programas procuram mostrar como é possível resolver uma situação de forma pacífica, sem agressão verbal ou física. Um professor pode mediar uma discussão entre dois alunos, para que eles se entendam. Procuramos estimular que não é preciso fugir de um conflito, mas participar pacificamente dele”, explica Demeterco. O projeto tem ainda ações para melhorar as relações entre o aluno e seus familiares.

Em 2006 o PNV lançou o Centro de Capacitação Projeto Não-violência, que oferece a todos os educadores de Curitiba e região cursos, palestras e debates sobre o seu foco de atuação: o tema “violência escolar”. Assim, qualquer educador interessado pode se capacitar refletindo sobre o tema e trabalhando em seu cotidiano para a prevenção deste fenômeno. Em 2006 foram 133 pessoas formadas, em 2007, 252 e em 2008, até agosto, já foram 325 pessoas formadas.

A sustentabilidade do PNV é garantida pela doação de mantenedores mensais, que colaboram pagando uma mensalidade de R$ 150,00, além de doadores eventuais e parceiros, pessoas físicas ou jurídicas, que podem ainda adotar uma escola. Toda a diretoria do PNV não é remunerada. Os mantenedores recebem relatórios freqüentes feitos por uma auditoria externa.

Demeterco acredita que o varejo paranaense tem feito sua parte quando o assunto é

responsabilidade social, mas que o setor pode fazer mais. “As empresas do setor têm investido em ações voltadas para o meio ambiente. Seria importante que elas também aderissem à luta contra a violência. Todos nos perguntamos como nossos netos vão conseguir viver em um mundo com ar e rios poluídos e violência. As empresas, além de doações, devem se aproximar das entidades sérias e vibrar com os resultados”, comenta.

De acordo com Demeterco, os supermercados têm uma facilidade enorme de levar mensagens positivas ao seu público, devido à grande quantidade de pessoas que circula pelas lojas. “Todo mundo é consumidor. Um cartaz em local visível já chama a atenção para um problema. Não podemos mais nos omitir. Precisamos nos envolver no combate aos problemas de forma construtiva”, lembra.

Mais informaçõeswww.naoviolencia.org.br

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Os Programas procuram mostrar como é possivél resolver uma situação de forma pacifico

COMO DOAR – FORMAS DE APOIAR O PROJETO NÃO-VIOLÊNCIA

PROJETOS EM FASE DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS

O “Projeto Escola que Faz pela Paz – fase III”, aprovado pelo COMTIBA – Conselho Mu-nicipal da Infância e Adolescência, autoriza do Projeto Não-Violência a captar junto a ini-ciativa privada o valor de R$ 88.474,90 para a execução do projeto. Este projeto será de-senvolvido em 2009 em três escolas públicas estaduais e municipais. Pessoas jurídicas e pessoas físicas podem contribuir utilizando-se do benefício da Lei de Renúncia Fiscal. Para doar basta acessar o link abaixo, escolher a instituição, o projeto, definir o valor e emitir o boleto bancário. Este boleto quitado será o seu comprovante de doação que permitirá abater até 1% do Imposto de Renda Devido (para pessoas jurídicas) e, até 6% do Impos-to de Renda Devido (para pessoas físicas). http://criancaquerfuturo.curitiba.pr.gov.br/geral/doacao.

O programa tem por objetivo trabalhar pela cultura de paz nas escolas para que crianças e adolescentes possam aprender a valorizar princípios como o respeito, a tolerância, o diálogo e a solidariedade.

O programa “Tribos da Paz” foi seleciona-do pela BOVESPA SOCIAL para receber re-cursos dos parceiros e investidores da Bolsa de Valores.

O programa tem por objetivo estimular 150 jovens alunos de escolas parceiras do PNV, para descobrirem formas criativas de protago-nizar ações não violentas, propiciando aos jo-vens oportunidades de reflexão sobre seu papel de cidadão na sociedade através de ações orga-nizadas em prol da cultura de paz.

Para participar, basta acessar o site da BOVE-SPA SOCIAL, escolher a instituição, definir o valor e forma de pagamento. O Projeto Não-Violência será informado da doação, e enviará um recibo ao doador, que permitirá o desconto de 2% do lucro operacional (para pessoas jurídi-cas).

www.bovespasocial.org.br/institucional.

Adote uma Escola

A sua empresa pode ser madrinha de uma es-cola parceira do Projeto Não-Violência.

É só verificar a lista de espera das escolas que querem receber o PNV e escolher qual pretende apoiar. Empresas como a Trombini e a Gerdau já fizeram esta escolha. Como empresa madrin-ha, ações de aproximação entre a empresa e a escola beneficiada fortalecem os resultados do PNV.

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O Projeto Não-Violência possui Título de Utilidade Pública Municipal, Es-tadual e Federal, o que permite receber contribuições por intermédio da Lei de

Renúncia Fiscal n° 9249/95. § 3º, art. 13.

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Verão

É verão!A estação mais quente do ano promete aquecer o setor

supermercadista com muitas novidades

Vem chegando o verão e é hora de contabilizar o lucro de final de ano e se preparar para mais uma sazonalidade que promete ser lucrativa e rechear as prateleiras com novidades. O clima é favorável para festas, encontros com os amigos e churrascos. Sem contar que é época de férias e de praia, de cuidar da saúde e da forma física.

Tudo isso faz do verão um momento propício para o consumo. Equipamentos para esportes ao ar livre, piscinas, barracas, guarda-sóis, cadeiras de praia, protetores solares, produtos de beleza e alimentos leves e de baixa caloria incrementam as vendas no setor supermercadista. Além, é claro, das bebidas, que refrescam e hidratam o corpo, e das frutas e verduras, que são produzidas em maior quantidade e qualidade nesta estação, atraindo o consumidor.

Mas, como já estamos cansados de saber, as vendas não acontecem sozinhas. Não basta encher o supermercado de produtos sazonais, é preciso organizar-se, armazená-los corretamente e, principalmente, investir em uma exposição atrativa.

Para Maurício Bendixen da Silva, gerente da unidade do Angeloni de Curitiba, a exposição dos produtos de verão é uma importante estratégia para os supermercados aumentarem suas vendas. “No Angeloni, buscamos criar cenários que lembrem o verão e que incentivem o cliente a comprar”, conta.

A rede se preocupa ainda com a variedade de produtos. Na linha de bronzeadores e protetores, por exemplo, investe num mix bastante completo, disponível aos consumidores já em dezembro. “Assim que o sol começa a brilhar com mais força, os clientes começam a se preocupar em cuidar da pele”, informa. Outro segmento que, segundo ele, tem um grande incremento nas vendas é o de produtos de bazar, como cadeiras de praia e guarda-sóis, entre outros.

Maurício Bendixen da Silva: a exposição dos produtos de verão é uma importante

estratégia para os supermercados aumentarem suas vendas.

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Verão

Quem também aposta nesta linha é o Hipermercado Big, da rede Wal-Mart Brasil. Segundo Roberto Marcos Prato, diretor do setor de bazar, os itens mais vendidos são, geralmente, as cadeiras de praia, piscinas, barracas, tendas, guarda-sóis e caixas térmicas. “Seguimos acreditando no sucesso de vendas de itens de maior valor agregado, como as piscinas de grande litragem, barracas grandes e linhas de kits para jardim”, diz.

Prato revela que, no verão, a empresa busca trabalhar com os conceitos de refrescância, calor, praia e sol, tanto nas peças publicitárias como no ponto-de-venda, que é todo diferenciado para esta época e recebe pontos-extras de exposição. Entre as estratégias de marketing da empresa também estão as feiras sazonais. “Em alguns casos, fazemos tendas na área externa das lojas, no estacionamento ou em algum outro ponto de destaque, criando o ‘Mundo do Verão’”, explica.

A rede de supermercados Viscardi, com nove lojas em Londrina, uma em Ibiporã e outra em Cambé, também tem um cuidado especial com a exposição dos produtos de verão. As lojas da rede investem em pontos-extras e aumentam o espaço na gôndola para esses alimentos. “As próprias empresas ajudam a preparar o ambiente de exposição dos produtos. Alguns fornecedores de água de coco, por exemplo, colocam mudas de coqueiros, criando um cenário propício para a venda dessas bebidas”, conta Ademar Vedoato, vice-presidente administrativo da rede.

Ele ressalta também que as frutas e verduras naturais são alimentos que vendem muito bem nessa época do ano e exigem cuidados especiais, pois são sensíveis ao calor. “Além do ar-condicionado das lojas, nós estocamos os produtos em local arejado. Sem contar que fazemos as compras destes produtos diariamente, principalmente daqueles que têm vida curta. Os produtos estão sempre frescos”,

Ademar Vedoato ressalta também que as frutas

e verduras naturais são alimentos que vendem

muito bem nessa época do ano e exigem

cuidados especiais, pois são sensíveis ao calor.

ParceriaPara alegrar a loja com as cores do verão e

expor os produtos de forma mais atrativa, a parceria com os fornecedores é essencial. Nesta época, muitas indústrias investem em expositores e promoções no ponto-de-venda, como forma de alavancar o consumo de suas mercadorias. É o caso da Kraft, que está trazendo o filme Madagascar para os supermercados brasileiros. A empresa está realizando promoções do tipo “compre e ganhe” nas lojas. Na compra de

diz, acrescentando que, além do segmento de FLV, outro segmento que tem um aumento de vendas significativo no verão são as bebidas líquidas, principalmente as águas minerais, os sucos concentrados e os sucos naturais em embalagens Tetra Pak.

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R$14,90 em produtos Trakinas, Royal Gelatinas ou Tang, o consumidor ganha um bichinho do filme. A promoção começou no dia 28 de outubro e vai até 20 de dezembro em todo o país. É a primeira vez, fora do tradicional período de Páscoa, que a Kraft utiliza o licenciamento de personagens para incrementar suas vendas. Através deste acordo com a Dreamworks, produtora do filme, a Kraft vai distribuir 650 mil brindes aos consumidores.

Outra novidade da Kraft para o verão é o lançamento do Tang Tangolé, a primeira bebida 2 em 1 do mercado, que pode ser suco ou, se colocado no congelador, picolé. A nova bebida será vendida em três sabores: melancia, abacaxi com coco e frutmix (salada de frutas). Para o lançamento de Tang Tangolé haverá apoio no PDV, com degustação de geladinho e refresco, junto com uma ação de “compre – ganhe” na qual o consumidor leva para casa as forminhas de picolé.

Segundo Andrea Martins, gerente de bebidas em pó da Kraft Foods Brasil, o consumo aumenta significativamente durante o verão, principalmente no segmento de refrescos em pó. Por isso, a recomendação da empresa é

fazer o s pedidos durante os meses de outubro e novembro a fim de ter os mercados abastecidos durante todo o verão. Ela defende também que o supermercadista deve expor os produtos de forma correta, dando

evidência para as marcas mais conhecidas e destacando as promoções do período.

Outra empresa que deve intensificar suas ações no varejo e apresentar novidades na próxima estação é a Yoki. A Operação Verão, como é chamada pela empresa, estará presente nos principais supermercados do Brasil. “No verão, vamos trabalhar intensamente a promoção de novos produtos e itens que são muito procurados nesse período. Com isso, esperamos aumentar em 10% as vendas”, explica o vice-presidente da Yoki Alimentos, Gabriel Cherubini.

Entre os produtos em destaque no período estão os alimentos à base de soja Mais Vita, nas linhas Frutal, Light e Original; e os novos sabores de pó para preparo de sorvete: cajá e

graviola. A linha, que também é composta pelos tradicionais sabores abacaxi, morango, creme, coco e chocolate, é fácil de preparar e rende dois litros.

A empresa apresenta ainda novos sabores de Refrescos Yoki: goiaba, pêssego, morango, caju e o misto de laranja com mamão, todos fonte de vitamina A, C, D e ferro. E, para a linha Light, que conta com oito variantes, a novidade é o sabor uva, rico em vitamina C.

Na linha de petiscos, a novidade são as Batatas na Brasa, nos sabores Calabresa, Frango e Costela. Já para quem gosta de sabores mais intensos, a dica é o Yokitos Queijo Nacho.

novembro - dezembro 2008

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Ciente de que no verão o consumidor investe em produtos saudáveis, a Danone lançou o novo Activia Leite Fermentado 80g. Disponível no sabor baunilha, o produto ajuda a regular o trânsito intestinal e a manter o funcionamento

do intestino, graças ao exclusivo bacilo Dan Regularis que chega vivo e metabolicamente ativo ao intestino. “Com o Leite Fermentado de 80g levamos a funcionalidade da marca para um formato

Estação saudável

De cara novaNo segmento de bebidas, muitas empresas

resolveram aproveitar o verão para dar cara nova a seus produtos. A Cini Bebidas, por exemplo, lançou novos rótulos do Chá Mate Cini, com layout mais arrojado, visando um maior destaque

n a gôndola.

A l é m dos chás, a Cini também aposta no suco Cini Mix, principalmente no sabor frutas cítricas, que lidera a categoria. Sem contar os tradicionais refrigerantes (ou gasosas, como são conhecidos) de framboesa, cola + limão, gengibirra, guaraná, abacaxi e guaraná, laranja e limão. Outro destaque da empresa para este verão é a Água Cristal sabor Limão, que foi lançada no primeiro trimestre deste ano.

Segundo Ingrid Spengler, gerente de marketing da empresa, devido às condições climáticas mais favoráveis e as festas e comemorações mais freqüentes no verão, a empresa costuma ter um aumento de aproximadamente 40% nas vendas. Em relação ao ano passado, a expectativa para este verão é de um crescimento de cerca de 15%.

O u t r a novidade no s e g m e n t o de bebidas é a Itubaína Retrô, do Grupo Schincariol, que comemora os 54 anos da marca Itubaína. Em garrafa long neck de 355ml, o novo p r o d u t o resgata imagens

estilizadas da década de 50 em três diferentes rótulos colecionáveis, um foguete, um copo e uma garrafa. “Com a versão Retro, inovamos com um produto sofisticado, jovem e diferenciado, que preserva o conteúdo original com forma moderna e atualizada”, diz Marcel Sacco, diretor de marketing do Grupo Schincariol.

Outra empresa que investe fortemente no design de seus produtos é a Águas Ouro Fino, de Campo Largo, que conquistou o 2º lugar na etapa nacional do Prêmio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) 2008, na categoria design. A embalagem da Ouro Fino Plus possui forma anatômica que se encaixa ao formato dos dedos e uma tampa colorida que pode ser usada como copo. “Os atrativos em relação à embalagem são essenciais na decisão do consumidor no momento da compra”, afirma o presidente do Conselho da Águas Ouro Fino, Guto Mocellin.

Verão

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mais abrangentes do mercado, totalizando 34 itens.

Com a marca Perdigão, a empresa lançou a linha Especialidades, que oferece ao consumidor sabores exóticos de diferentes partes do mundo. “Com a linha Especialidades, o consumidor brasileiro passa a contar com a praticidade de pratos prontos que só um chef poderia oferecer”, diz Gláucia Gouveia, gerente de Marketing de novos produtos. Os primeiros produtos que chegarão ao mercado são rondellini de codorna, ratatouille com frango e boeuf bourguignon.

Já a linha de fatiados Deli inova pela forma como os produtos são embalados, em atmosfera modificada, que permite que as fatias fiquem mais soltas, frescas e fininhas, reproduzindo exatamente o que ocorre quando o produto é fatiado nas padarias. O nome Deli é derivado de delicatessen, para lembrar o que é preparado artesanalmente.

que a família inteira adora”, afirma Leonardo Lima, gerente de marketing da Danone.

Quem também está investindo fortemente nos produtos saudáveis para o verão é a Perdigão. Na linha Pense Light, da marca Batavo, a novidade são os frios e os pratos prontos de baixo teor

calórico. Entre eles, hambúrguer de carne de peru, presunto de peru, peito de peru cozido e defumado, peito de peru cozido tipo charmant, mortadela de peru, salsicha de peru, lasanha de peito de peru ao molho branco e pizza de frango com requeijão light. Com estes lançamentos, a Pense Light se torna a linha de alimentos light

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Verão

Estação saudávelAlém dos cuidados com a saúde, o verão

também inspira o consumidor a cuidar da beleza. O setor supermercadista espera um aumento de 10% no faturamento dos próximos meses com as vendas de protetores solares, bronzeadores, hidratantes, descolorantes, ceras e cremes depilatórios, entre outros. Os supermercadistas apostam em manter a alta nas vendas dos itens de perfumaria e cosméticos até o mês de fevereiro de 2009, principalmente as que se encontram próximas ao litoral. A população está mais consciente da necessidade do uso freqüente de protetores solares e dos produtos pós-sol, principalmente os que minimizam o ressecamento da pele e previnem manchas e sinais de envelhecimento precoce. As tinturas também são mais consumidas nesta época, pois a exposição dos cabelos ao sol exige mais manutenção e retoques do que em outras épocas do ano, assim como os depilatórios.

Desodorantes antiperspirantes, cremes contra assaduras e loções que aliviam queimaduras de sol também estão na lista dos produtos mais vendidos no verão.

A empresa de cosméticos Naturre, de Londrina (PR), também tem ótimas expectativas. Segundo a diretora comercial Izabella Garcia, no verão, as vendas crescem entre 20% e 30%. Quem concorda é a diretora de marketing da empresa, Talita Garcia, estudante do último ano do curso de Farmácia e Cosmetologia. Ela conta que a linha capilar é a mais vendida nesta época, pois o couro cabeludo transpira mais. Além disso, as pessoas vão mais à praia e à piscina. “Para manter os cabelos bonitos com tantas agressões, as pessoas usam mais produtos”, diz, acrescentando que todas as matérias-primas da Naturre vêm da Alemanha, França, Inglaterra e Estados Unidos. Para este verão, a empresa aposta na loção hidratante Love, nas máscaras

Na Naturre a linha capilar é a mais vendida nesta época, pois o couro cabeludo transpira mais. Além disso, as pessoas vão mais à praia e à piscina. “Para manter os cabelos bonitos com tantas

agressões, as pessoas usam mais produtos.34 | supermix 119

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capilares para tratamento, no novo defrizante capilar e no sabonete líquido.

Outra empresa que vende muito bem no verão é a Armarinhos Paraná Santa Catarina, de Apucarana (PR), distribuidora das marcas L’Oreal, Unilever, Adidas, Nazca e Skala, além de ser distribuidora exclusiva da Johnson & Johnson para o Paraná. “A estimativa é que as vendas aumentem cerca de 20% a 30% em relação ao trimestre anterior”, conta Lafayette Nobre dos Santos. Segundo ele, a projeção média anual de crescimento é de 16%, sendo que, para o verão, a expectativa é de no mínimo 20%.

Segundo Santos, os produtos mais vendidos nesta época são protetores solares, produtos para tratamento capilar, descolorantes, sabonetes e desodorantes. “No verão, as pessoas se expõem mais aos efeitos do sol e do calor, isso faz com que consumam mais cosméticos. Temos também as férias, as festas de final de ano e o Carnaval, que impulsionam o consumo destes produtos”, diz ele, acrescentando que o Brasil ocupa o 3º lugar no ranking mundial de produtos de higiene e beleza.

Entre as novidades da empresa estão os esmaltes Ana Hickmann, que p r o p o r c i o n a m secagem rápida, longa duração e boa cobertura. Com cores

modernas , os novos e s m a l t e s possuem 40 variantes nas linhas básica, fashion, extra brilho e cuidados especiais. Além de forte inserção na mídia, a empresa também está

planejando ações nos pontos-de-venda. Outro destaque é a linha Envix Premium Line, uma máscara nutritiva que possui resultado eficiente em apenas 3 minutos, sem o uso de touca térmica.

O verão também impulsiona as vendas dos aparelhos de barbear e depilar. Para os homens, a BIC aposta no Comfort 3, com três lâminas, cabeça móvel, cabo ergonômico e dupla fita lubrificante com aloe vera, lanolina e vitamina E, nas versões pele normal e pele sensível. Outro destaque é a linha BIC For Men, que atende todas as etapas do barbear. Lançada nas versões Sensitive e Refresh, inclui creme, espuma, gel de barbear, bálsamo e gel pós-barba.

Para as adolescentes, a novidade é o BIC Comfort Teens. Com cores vibrantes e cabo antideslizante com brilho, o depilador foi desenvolvido especialmente para o público feminino jovem. Com duas lâminas Teflon DuPont, que proporcionam uma depilação mais rente, o modelo possui também tampa protetora e fita lubrificante com Vitamina E & Aloe Vera.

Lafayette Nobre dos Santos:a projeção média anual

de crescimento é de 16%, sendo que, para o verão, a

expectativa é de no mínimo 20%.

novembro - dezembro 2008

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Volta as Aulas

Com a mochila cheiaEnquanto ainda contabilizam os lucros de Natal e Ano Novo e comemoram as vendas de verão, os supermercados já se preparam para o volta às aulas.

Oferecendo praticidade e preços competitivos, as redes de supermercados conquistaram seu espaço como canal de venda de produtos de papelaria, fazendo do período de volta às aulas uma sazonalidade importante para o setor. Nas semanas que antecedem o início do ano letivo, as gôndolas que abrigam os produtos escolares se expandem pelas lojas, garantindo um crescimento incrível no volume de vendas. Esta época permite duplicar, e até triplicar, a venda destes produtos em relação ao resto do ano

Nos Hipermercados Big, bandeira integrante do grupo Wal-Mart Brasil, por exemplo, o período de volta às aulas representa 60% da venda de artigos de papelaria do ano. “Este é com certeza o momento mais significativo para as v e n d a s destes produtos”, revela Roberto Marcos Prato, diretor do setor de Bazar.

Q u e m c o n c o r d a com ele é Antonio C rav inhos Jr, gerente

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nacional de vendas do Grupo Empal, que fabrica materiais escolares e de escritório com a marca Slim. Ele conta que, nos produtos classificados

como material escolar, as vendas

neste período significam entre 50% a 65% do volume de vendas da empresa durante o ano. “As vendas são maiores nesta época porque ocorre uma reposição dos materiais escolares e um incremento de novos usuários que iniciam os estudos”, diz ele, acrescentando que, nos supermercados, as vendas neste segmento de papelaria vêm crescendo cada vez mais e, para o período de volta às aulas, significam perto de 80% do resultado do ano.

Para este próximo ano, esta sazonalidade deve ser ainda melhor, principalmente se considerarmos o crescimento das indústrias do setor. No caso da Slim, até agora, este aumento foi cerca de 40% maior que em 2007 e deve, segundo Cravinhos, chegar a 55% sobre os números do ano passado.

Outra empresa do setor que teve grande sucesso neste ano foi a Bic. Segundo Alexandre Leão Bered, gerente regional de vendas, o ano passado foi marcado por uma forte reestruturação na companhia. “Tivemos a preocupação de regular os preços de venda dos atacadistas e todos os estoques especulativos. Preparamos o mercado para fazer uma grande temporada 2008/2009 e estamos colhendo os frutos. Vamos fechar 2008 com 29% de crescimento em unidades vendidas e 34% em faturamento”, conta, acrescentando que o período de volta às aulas representa um grande crescimento no faturamento da categoria, chegando a 65%.

Ainda sobre a Bic, o gerente nacional de

trade marketing, Leandro Menezes, conta que a expectativa da empresa para o volta às aulas de 2009 é um incremento nas vendas em torno de 20% em relação ao mesmo período de

2008. Menezes destaca que

existem dois momentos de intenção de compra no período de volta às aulas. “A primeira demanda acontece no final de dezembro e início de janeiro, com as listas escolares entregues

pelas escolas particulares. O segundo momento acontece com o início das aulas nos colégios públicos, por volta de fevereiro e março”, diz.

Nesse sentido, vale lembrar que, em 2009, a volta às aulas deve ser ainda mais cedo. O

Roberto Marcos Prato: o período de volta às aulas representa 60% da

venda de artigos de papelaria do ano.novembro - dezembro 2008

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Volta as Aulas

calendário escolar da Secretaria de Estado de Educação do Paraná prevê o início das aulas da rede pública para o dia 9 de fevereiro.

É por isso que, para Maurício Bendixen da Silva, gerente da unidade de Curitiba do Angeloni, em se tratando de volta às aulas, planejamento é essencial. “É preciso acompanhar o mercado para saber quando começarão as vendas, quais produtos são tendência e etc”, afirma. Ele explica que, normalmente, estes produtos começam a chamar a atenção a partir da segunda quinzena de janeiro, mas, no caso de uma cidade como Curitiba, que não tem praia, já começam a ser expostos logo após o Réveillon. “Quanto antes melhor para o consumidor, que gosta de começar a pesquisa logo no início do ano”, conclui.

O segredo está na exposiçãoBendixen defende que a exposição dos

produtos de volta às aulas deve ter um cuidado especial. “É preciso cuidar de todos os detalhes”, analisa. Na loja do Angeloni, ele aposta em pontos-extras e em decorações adequadas com as tendências, principalmente em relação aos personagens que ilustram os produtos, figuras essenciais do volta às aulas. “Estes personagens estão nos cadernos, canetas, agendas... e devem estar também na exposição dos produtos”, diz.

Mas não são apenas os artigos de papelaria que ganham atenção nesta época. O gerente conta que o Angeloni também aposta na exposição diferenciada do mix que costuma “rodar junto”, ou seja, produtos que compõem a merenda, achocolatados, biscoitos, mochilas, tênis, etc...

Também nas lojas do Big a grande aposta para este segmento são os produtos ilustrados com personagens famosos. “A venda alcançada com esses itens tem grande peso nos resultados”, diz Roberto Prato. Ele destaca ainda os cadernos e os papéis A4, as mochilas, canetas, hidrocores, lápis pretos e de cor. “Como são bastante usados e têm vida útil limitada, é natural que a demanda

Antonio Cravinhos Jr: As vendas são

maiores nesta época porque ocorre

uma reposição dos materiais escolares

e um incremento de novos usuários que

iniciam os estudos. Nos supermercados,

as vendas neste segmento de papelaria

vêm crescendo cada vez mais e, para

o período de volta às aulas, significam

perto de 80% do resultado do ano.

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por esses produtos seja alta todos os anos”, analisa.

A estratégia de marketing da empresa para essa sazonalidade começa já na escolha dos produtos. “Inicialmente, há um trabalho de acompanhamento de tendências e pesquisa de mercado realizados pelo setor comercial”, conta Prato, acrescentando que este trabalho continua na forma de expor os produtos. “A exposição segue o conceito de feiras sazonais, que são montadas em espaços privilegiados nas lojas”, revela.

A exposição dos produtos no ponto-de-venda também é uma preocupação da indústria. Alexandre Bered afirma que os supermercados são muito importantes para a exposição dos produtos. “É lá que conseguimos mostrar ao consumidor nossos lançamentos e todas as variações de modelos e cores que temos no nosso

portfólio. O ideal é que os supermercadistas abram para as indústrias do setor a possibilidade de trabalharem o gerenciamento de categoria, adequando a exposição dos produtos, de forma que o consumidor consiga visualizá-los de maneira organizada e segmentada, melhorando a venda do mix de todos os fornecedores com isenção, ou seja, não beneficiando nenhuma das indústrias, e sim o consumidor”, defende o gerente regional de vendas da Bic.

Quem concorda com ele é o gerente nacional de marketing da empresa, Rogério de Andrade. Segundo ele, a exposição deve ser feita sob a ótica do consumidor. “Através de estudos de gerenciamento por categoria, descobrimos que a exposição deve ser de acordo com o ciclo de vida dos consumidores, ou seja, devemos dividir a exposição em três mundos – ‘Kids, Teen e Office’. Dessa forma, o consumidor consegue

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Volta as Aulas

perceber facilmente que todos os produtos de 1ª a 4ª série estão no universo Kids e assim sucessivamente”, ensina.

Segundo Andrade, os supermercados vêm ganhando espaço no segmento de papelaria a cada ano. “De modo geral, as lojas privilegiam a exposição de papelaria no período sazonal. No entanto, apenas algumas mantêm o espaço em gôndola durante o ano todo. Isso é importante para criar identidade da categoria e alavancar as vendas no período não sazonal. Além disso, a categoria de papelaria oferece uma rentabilidade considerável entre os segmentos”, diz.

Antonio Cravinhos, da Slim, aconselha as lojas que pretendem atuar neste segmento a criar espaços únicos e identificados para o período de volta às aulas. Segundo ele, as redes devem desenvolver mudanças na apresentação dos produtos nas gôndolas, garantir ao consumidor facilidade para identificar as mercadorias de acordo com suas necessidades e escolher bons produtos, que tenham garantia de uso, de toxicidade e de durabilidade. “A atenção ao tipo de

consumidor também é fundamental. A decisão de compra em 95% dos casos é das mulheres: mães, tias, madrinhas, avós, etc... E elas sempre procuram produtos com bom custo-benefício”, complementa.

Cravinhos ressalta ainda a importância de treinar os funcionários ligados ao setor, tanto em relação aos produtos como em relação à forma

de atendimento. “Os funcionários devem demonstrar alegria em atender. Além disso, é preciso criar um ambiente alegre, feliz e de muitas cores. Pois é um momento único para a família”, diz. Ele explica que, se possível, a loja deve alimentar a motivação do consumidor com som ambiente e uma

decoração que faça referência ao momento. “Esta situação motivacional deve ocorrer nos 30 a 40 dias anteriores ao início das aulas, de acordo com cada região, uma vez que não existe uma data nacional única”, afirma.

O gerente de vendas conta que a Slim está planejando para o volta às aulas campanhas com o mascote Slimmy e com o jingle da marca. Sem contar os inúmeros lançamentos, como as

Normalmente, estes produtos

começam a chamar a atenção a partir

da segunda quinzena de janeiro, mas,

no caso de uma cidade como Curitiba,

que não tem praia, já começam a ser

expostos logo após o Réveillon.

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canetas Gel Escolar, ideais para crianças e adolescentes entre 3 e 15 anos, as canetas Gel Office, para o uso em escritórios, que permite uma escrita macia e de destaque, e as canetas Hidrocor

em diversas versões e com extensa variedade de cores e tons. Além das novas massas para modelar e a nova linha de giz de cera que permite pinturas uniformes. A empresa também deve apresentar a nova tesoura Slim. Desenvolvida especialmente para crianças, o novo modelo se destaca pela segurança e praticidade.

Já a Bic desenvolveu a campanha “Expresse suas idéias com BIC”. Com um mural digital chamado Expressões Digitais os internautas poderão postar frases, recados, carregar fotos e interagir com outros “posts”, utilizando produtos Bic como as canetas Cristal Gel, Shimmers e Velocity, o corretivo Shake’n Squeeze, o marca-texto Brite Liner e o lápis de cor Bic. O site da campanha www.bicexpressoesdigitais.com.br foi ao ar no dia 29 de outubro e ficará ativo até o período pós-volta às aulas de 2009. Além disso, a VJ Mary Moon, blogueira que ganhou espaço na MTV, fará interações com o mural digital em seu programa Scrap MTV para aproximar a novidade da garotada.

Na marca Pimaco, destaque para a linha Expressions, voltada para personalização e decoração, no conceito ‘Faça você mesmo’. A linha é composta por cartões de ocasião, transfer para camiseta, papel magnético para imãs e adesivo para laptop. A Pimaco também está lançando notas adesivas, em oito modelos com cores e formatos variados. Já na marca Sheaffer, a novidade fica por conta da Sheaffer Prelude, Sheaffer Gift Collection 300, Sheaffer Gift Collection 500 e Sheaffer Couro.

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Crescimento

O ano de

vem difícil, mas viávelAcompanhamento contínuo do mercado, cautela e força para estimular o

consumo são atitudes que precisam estar presentes no setor supermercadista diante do cenário econômico atual

A partir do pedido de concordata, em setembro deste ano, do Lehman Brothers, quarto maior banco americano, o mundo está às voltas com a crise das crises que segundo muitos analistas, é comparável ao crash de 1929, que derrubou os Estados Unidos. O ambiente gerado desde então desencadeou ainda mais falências de instituições americanas, fortes quedas em bolsas de valores, alta do dólar, expectativas reduzidas de crescimento em 2009 e uma onda de temor pelo que virá. Saindo dos dilemas macroeconômicos, as questões que ficam para quem depende da circulação de dinheiro e economia aquecida é o que vem pela frente e como reagir a um cenário que ainda se configura. E olhando para dentro do nosso mercado: como ficará o setor supermercadista? O que deve fazer para amenizar perdas e procurar aproveitar oportunidades?

A resposta não é fácil, mas ela tem sido bastante formulada por quem vivencia o mundo dos negócios do varejo. Para o presidente da

Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Everton Muffato, o ano de 2009 merece cautela, já que a desaceleração deve ser gradativa e o varejo poderá se prejudicar se houver desemprego e queda de poder de compra, mas precisa também espírito observador de oportunidades: “em virtude da crise de crédito, os bens duráveis devem ser prejudicados, fazendo com que possa sobrar mais recursos para os gêneros de primeira necessidade, do dia-a-dia”, afirma. Muffato aponta para o mês de julho de 2009 como um bom marco possível para medir o impacto da crise de crédito no setor varejista.

Com crescimento entre 7% e 8% por ano desde 2004, o setor supermercadista no Paraná precisa se preparar para uma provável baixa nesta seqüência de bom desempenho. “É cedo para afirmar, mas pelas análises que acompanhamos deveremos ter uma redução desta evolução constante. Isto não significa necessariamente que não vamos crescer, mas que podemos

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crescer menos do que estamos acostumados”, analisa Muffato. Em 2005, o setor fechou o ano com um faturamento de R$ 7,9 bilhões e 2008 deve encerrar em R$ 9,9 bilhões. Formado por uma grande quantidade de pequenas empresas – há cerca de 5.300 estabelecimentos de um check-out no Estado – segundo Everton Muffato, cerca de 80% de todo consumo está nas redes paranaenses e nas multinacionais.

Pelas características da crise, essencialmente de crédito, Muffato acredita que o momento pode ser de oportunidade para os negócios que não dependem tanto dele. “As vendas a prazo nos supermercados representam, em geral, cerca de 10% a 15% do total. Boa parte disso em cheques e cartão de crédito com crédito rotativo de curto prazo. Os hipermercados vendem em média de 10% a 15% no crédito de longo prazo, o que pode gerar maior impacto. Mas há setores que têm no crédito mais longo quase 90% das suas vendas”, detalha. “Precisamos trabalhar com cautela, mas otimismo ao mesmo tempo. É preciso estimular o consumo e combater a inflação, que nos prejudica”, recomenda o dirigente.

A postura de ação positiva está sendo adotada, por exemplo, por uma empresa que depende do bom desempenho do próprio setor supermercadista: a Auden, fabricante de equipamentos de refrigeração, com sede em Araucária (PR), e consolidada atuação em sua área, exportando para a África, Estados Unidos e países da América Latina. De acordo com seu gerente comercial, Luis Fernando Melech, a Auden vai entrar em 2009 com uma rede mais pulverizada de representantes, reforçando as vendas, e terá lançamento de novos modelos. Entre a criatividade e necessidade de ação dolorosa, que inclui o corte de funcionários, ele afirma que até o momento a fabricante não sofreu efeitos impactantes e a estratégia é estimular novos negócios.

A Associação ECR Brasil, entidade sem fins lucrativos formada por mais de 60 empresas e que tem como missão difundir as ferramentas de Resposta Eficiente ao Consumidor, recomenda que os varejistas fiquem atentos ao comportamento de compra de sua clientela. Segundo o superintendente da ECR, Claudio Czapski, “para vencer o desafio de atrair esse grande contingente de ´desconfiados`, os varejistas necessitam, mais do que nunca, interagir e conhecer muito bem o perfil do consumidor”. Para ele, o medo que a crise persista por muito tempo altera os hábitos de consumidor, como trocar a marca de um alimento por outro mais barato. “Não há a necessidade de métodos sofisticados. O perfil dos clientes pode ser conhecido desde a análise da composição dos tíquetes ou cestas de compra até conversas com quem vai à loja”, sugere Czapski.

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Crescimento

Prudência

Representantes de entidades do setor econômico preferem não traçar um panorama de como será 2009 para o varejo, e o conselho é de muita prudência. “O movimento do comércio no Natal de 2008 será um bom termômetro para indicar até que ponto seremos afetados”, informa o diretor executivo do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo, Emerson Kapaz. Segundo ele, se as vendas de Natal forem boas, o comércio começa o ano com estoques baixos, tendo que fazer encomendas à indústria, e conseqüentemente, fazendo a produção girar. Mas mesmo com essa possibilidade, ele acredita que 2009 será um ano difícil.

O presidente da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), Darci Piana, lembra que a previsão de contratos temporários para o Natal, inicialmente estimada em 25 mil no Estado, já teve redução. “Hoje já se fala em cerca de 10 mil vagas temporárias”, informa, indicando que mesmo no período em que a economia está irrigada com recursos de 13º salário e férias, o varejista está cauteloso.

O ano de 2008 foi bom para o varejo e o setor deve fechar o ano, em âmbito nacional, com crescimento variando de 7,5% a 8%. “Se considerarmos que este crescimento se dá sobre números do ano anterior, quando foi registrado um aumento de 10%, temos um excelente resultado”, pondera Kapaz. No Paraná, Piana diz que a estimativa antes da crise era de um salto de 10,5%. “Hoje acreditamos num crescimento de 9%, o que ainda é bom”. Piana também enxerga um momento maior de dificuldade em 2009 a partir do primeiro trimestre. “Até janeiro e fevereiro acredito que esse bom desempenho vá se manter em função da entrada no mercado de recursos do 13º salário, férias e das próprias indenizações de demissões que já começam a acontecer. Os problemas tendem a se agravar a partir de março, quando esses recursos se esgotam”.

“O movimento do comércio no Natal

de 2008 será um bom termômetro

para indicar até que ponto seremos

afetados”, informa o diretor executivo

do Instituto para o Desenvolvimento do

Varejo, Emerson Kapaz. Segundo ele, se as

vendas de Natal forem boas, o comércio

começa o ano com estoques baixos,

tendo que fazer encomendas à indústria,

e conseqüentemente, fazendo a produção

girar. Mas mesmo com essa possibilidade, ele

acredita que 2009 será um ano difícil.

Cré

dito: A

bel

Fra

gata

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Crescimento

Questões ChaveAs três questões chave para o desenvolvimento

do varejo são o crescimento da economia, a geração de renda e o crédito. Sentir em que medida essas três variáveis são e permanecerão afetadas pela crise é o grande desafio do momento. “Hoje, a projeção que se faz para o ano que vem é de um crescimento do PIB entre 2% e 4%. Se a primeira projeção se confirmar, teremos um ano muito difícil, pois uma variação de PIB de apenas 2% certamente trará desemprego. Se tivermos um PIB de 4% poderemos dizer que a crise teve um custo baixo para o Brasil”, explica o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cid Cordeiro.

A tendência, no entanto, é um resultado que fique no meio do caminho. “A média de projeção é de um PIB de 3%, depois de um ano com 5,2% de crescimento. Essa desaceleração certamente provocará uma queda na geração de novos empregos, de até 40%”, estima Cordeiro, explicando que esse número é fruto de uma projeção linear que pode sofrer variações, uma vez que em tempos de crise os parâmetros podem mudar.

“Com crescimento menor, reduzem-se os investimentos, o que deixa a mão-de-obra desocupada, arrasta a renda e afeta o comércio varejista”, explica Piana. Segundo ele, na medida em que há desemprego na indústria e na agricultura, isso se reflete no comércio, que não vende e passa a não empregar. Hoje o varejo emprega 1,8 milhões de pessoas no Paraná. “Se não há renda, não há venda e todas as pontas da produção – indústria, comércio e agricultura – ficam comprometidas”, afirma.

O setor agrícola já começou a sentir, de forma mais impactante, os efeitos da crise. Os preços de commodities como trigo, milho e soja já caíram. Como boa parte dos insumos da agricultura são importados e o dólar está valorizado, o custo de produção aumentou no momento em que os

Piana também enxerga um momento

maior de dificuldade em 2009 a partir do

primeiro trimestre. “Até janeiro e fevereiro

acredito que esse bom desempenho vá se

manter em função da entrada no mercado

de recursos do 13º salário, férias e das

próprias indenizações de demissões que

já começam a acontecer. Os problemas

tendem a se agravar a partir de março,

quando esses recursos se esgotam”.

Crédito: Nelson Santana/SESC/PR

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preços estão caindo. A safra de 2009 terá um custo muito alto em função disso.

No interior do Estado, é a agricultura que puxa o comércio. O interior, segundo Piana, representa cerca de 58% do total do comércio varejista do Paraná e enquanto nos grandes centros o crescimento do varejo é sempre uniforme, e tem se mantido na casa dos 6,5%, no interior o crescimento varia conforme o comportamento da agricultura, e tem sido da ordem de 12%. “Quando a agricultura vai bem, o comércio do interior vai bem. Mas quando a agricultura entra em crise, o problema se espalha para outros setores”, informa.

Cordeiro também avalia que o desempenho da agricultura pode ser determinante para o impacto da crise no Paraná. “A crise vai repercutir mais ou menos no Paraná, dependendo do comportamento da agricultura. Se os preços das commodities continuarem caindo, a situação piora”.

A queda do preço do petróleo, por exemplo, já compromete a produção de cana-de-açúcar. “Com o petróleo em baixa, o álcool deixa de ser uma opção interessante”, diz Piana. As exportações de carne também já diminuíram. Segundo Piana, a Rússia praticamente cancelou as importações de carne do Paraná. “Hoje nossa exportação tem dificuldades porque não há crédito para os importadores. Enquanto o governo brasileiro tiver fôlego para manter o nível de ajuda financeira para as exportações como vem fazendo, a situação fica relativamente controlada. Mas a pergunta que fica é até quando o governo terá esse fôlego”.

O terceiro elemento dessa equação é o crédito, especialmente para o varejo. “Destravar o crédito é fundamental”, diz Cordeiro. Para ele, é essencial que as instituições financeiras voltem a flexibilizar o crédito e aumentar os prazos para fazer a economia girar. “Os financiamentos já estão mais caros e com prazos menores. A indústria automobilística já está sofrendo com isso”, diz Piana. Segundo ele, hoje existem no Brasil 580 mil carros estocados nas fábricas e

concessionárias. “E a perspectiva de venda é ruim porque até o início da crise, financiava-se um veículo em até 90 meses. Agora, esses prazos estão sendo reduzidos à metade e os juros subiram. Uma parcela de R$ 500,00 subiu para R$ 900,00 o que inviabiliza o acesso de muita gente a este bem”.

Everton MuffatoPresidente da Apras

Estímulo ao consumo e combate à inflação

“Precisamos cuidar também da crise psicológica que se instaura. A

enxurrada de informações negativas gera uma insegurança no consumidor,

o que acabou freando o consumo em setembro e outubro, o que deve ser revertido para o final de 2008. Precisamos estimular o consumo e

combater a inflação. Como na década de 80, as redes mais capitalizadas faziam estoques e atuavam para

vender mais tarde, realizando o lucro inflacionário, a inflação era usada como método de ganho mesmo. Hoje, diante

do cenário que temos, podem até pensar que, para o setor, quanto maior a inflação, melhor. No entanto, sabemos

que na realidade ela é prejudicial e reduz o ganho”.

novembro - dezembro 2008

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Crescimento

Aposta na ForçaPara Cordeiro, o aumento real da renda

do brasileiro pode ser um caminho para o enfrentamento das dificuldades. “O salário mínimo terá a correção da inflação mais um aumento real de 5,4%. Como ele é uma referência, o seu aumento vai impactar na renda das aposentadorias e dos benefícios sociais do governo, como o bolsa família. Serão milhões injetados na economia brasileira, o que pode trazer algum alivio”, diz o economista. Somado a isso, existem também as negociações coletivas das categorias. “Se as categorias trabalhistas continuarem garantindo aumento real como em 2006 e 2007, teremos um aumento da renda”.

A estabilidade da economia do Paraná e o equilíbrio do processo produtivo do Estado também são apontados como fatores que trazem

Everton Muffato, Presidente da Apras

alguma esperança. Piana acredita que é possível crescer em 2009, cerca de 3% a 4% em relação a 2008, se o cenário não piorar. O conselho é para que os varejistas evitem o endividamento, tenham cuidado na hora de oferecer crédito e controlem seus estoques de forma compatível com as vendas. “2009 será um ano difícil, mas viável. Temos que acreditar na força da nossa economia”, afirma o presidente da Fecomércio.

Ele acredita que a economia mundial leve de três a quatro anos para voltar a se acomodar. “Essa crise afeta o Brasil num cenário econômico nacional totalmente diferente. Um momento de estabilidade e de força. Temos que ser otimistas e acreditar na força da nossa economia, sem deixar de lado a cautela”.

“Precisamos trabalhar com

cautela, mas otimismo ao

mesmo tempo. É preciso

estimular o consumo e

combater a inflação, que nos

prejudica.”

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Artigos

por Prof. Menegatti

Eu preciso mudar...

Quantas vezes você já disse essa frase? E por que você não consegue fazer o que quer? Uma das coisas que influenciam nossas atitudes diárias é o nosso sistema de crença. A crença é um sistema de pensamentos que forma a base do que vemos e experimentamos na vida. Assim, nossos pensamentos determinam como percebemos nosso mundo. Formam, então, as nossas fronteiras.

Thomas Gordon dá em seu livro um exemplo bastante interessante para entendermos nossas crenças.

Em fotografia, você deve saber que pode colocar filtros sobre as lentes da câmara para modificar aquilo que ela registra no filme. Existem filtros para tornar o céu mais escuro, para esmaecer o foco, dar um efeito cintilante às luzes e muitos outros. Quando as lentes das câmaras estão com filtro, ela vê uma nova “realidade”. E você pode mudar a “realidade” que a câmera vê trocando o filtro.

Nossas crenças trabalham da mesma maneira. São invisíveis e existem abaixo do nosso nível de consciência. Desta forma, raramente são reconhecidos, examinados ou mesmo entendidos. Assim como o vidro de um aquário forma as fronteiras invisíveis do universo dos peixes, a maioria das pessoas poucas vezes examina as crenças que influenciam suas vidas e, por conseguinte, vivem no ambiente restrito do aquário.

Nossas crenças definem, limitam e influenciam nosso comportamento. Elas formam o que pensamos e o que não dizemos. Nossas crenças influenciam nossa vida como o trilho influencia o comportamento do trem. A maioria das pessoas acredita que controlam suas vidas, mas este controle é tão limitado quanto o controle que o maquinista tem sobre o trem. Na realidade, a única influência que o maquinista tem é sobre a velocidade. Ele pode diminuir ou aumentar a sua velocidade. Da mesma forma que os trilhos determinam a direção do trem. Nossas crenças configuram a direção de nossas vidas.

Além disso, caso suas crenças permaneçam as mesmas, seu futuro é perfeitamente previsível.

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Como o trem nos trilhos sempre seguindo a mesma rota para o mesmo destino, sem uma modificação de suas crenças, seu futuro será simplesmente uma extensão de seu passado.

Afinal, muitas são as mudanças. Veja estes exemplos...

O mundo muda...

Quem disse que vídeo game é só para crianças? Os jogos de videogames adultos é um dos segmentos que mais crescem na industria. A idade média dos jogadores em 2002 era de 24 anos e em 2006 pulou para 33 anos nos Estados Unidos. Já passou a época em que nossos avós ficavam sentados nas praças jogando dominó. Em pouco tempo, os games para idosos irão se multiplicar.

Na universidade americana Duke, parece haver um novo tipo de material escolar. Quase todos os estudantes usam iPod. Mas o som que passa por eles raramente é dos sucessos musicais. Os professores colocam suas aulas em arquivos de áudio na rede para os estudantes baixarem. De acordo com uma pesquisa entre os estudantes, 60% utilizam o equipamento para aprender.

As empresas mudam...

Antes, o foco era basicamente na qualidade do produto. Hoje o foco se volta para as pessoas. Sejam funcionários ou clientes.

Ralph Lauren inovou criando uma vitrine interativa que permite comprar suas roupas da rua. Você escolhe os produtos projetados no vidro passa o cartão de crédito num dispositivo especial, o cliente pode retirar a compra na hora ou receber o que comprou em casa. Ele foi inteligente o bastante para desenvolver algo que trabalha com o impulso de comprar das pessoas. É interessante saber que teremos no futuro lojas disponíveis 24 horas por dia e não teremos mais vendedores mal humorados nos atendendo. Porque esses, com certeza, serão substituídos por uma máquina!

Outra mudança no padrão de compra é o aumento do valor gasto por crianças e

adolescentes. Estamos numa era em que as crianças não só são vistas e ouvidas, como também são atendidas como nunca. Conclusão: perceba que o caminho mais rápido para a carteira do papai e da mamãe pode ser por meio da criança. A GM fez uma propaganda para atrair os chamados “Consumidores do banco de trás”. Por quê? Hoje em dia, os filhos geralmente desempenham o papel de desempatadores na decisão de que carro comprar.

E acharam os bebês! Esse boom começou com o programa infantil Teletubies. Vendido para mais de 130 países, o programa era assistido por cerca de 1 bilhão de crianças todos os dias no mundo todo.

O pessoal do marketing descobriu que: devemos conquistar nossos clientes enquanto são novos. Por quê? Veja alguns dados: 61% de tudo que é comprado para casa são as crianças que decidem. 71% das decisões onde comer é feito pelas crianças.

As pessoas mudam...

Um mundo cada vez mais individualista surge. Cada um no seu canto.

Casais que optam por não terem filhos, tendem a tratar seus animais como crianças. Talvez isso justifique o faturamento de 6 bilhões de reais em produtos para pet shops contra 1,1 bilhão de brinquedos.

Podemos concluir, então, que se o mundo muda, as empresas mudam e as pessoas mudam, isso significa dizer que a verdade está também mudando e será preciso correr atrás das mudanças, empreender muito esforço para acompanhá-las, a fim de vencer os desafios futuros.

Prof. Menegatti: Conferencista em Vendas, Motivação e Liderança. Seu novo livro Talento é fazer coisas comuns de forma extraordinária – Prefácio com Prof. Gretz e Contracapa com Max Gehringer.

www.menegatti.srv.br (41) 3342.9562 // 9942.5550

novembro - dezembro 2008

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Artigos

O DESEMPREGO

E A FALTA DE FUNCIONÁRIOSO desemprego e a falta de pessoas qualificadas

são duas situações interligadas, mas que se confundem. Se por um lado o profissional reclama que não tem trabalho, as empresas também reclamam a falta de funcionários.

A crise econômica mundial tem afetado a contratação neste final de ano em alguns estados, mas algumas pesquisas relatam que, no Paraná, acontece o contrário. Os empresários, principalmente, de pequeno e médio portes da indústria e do comércio aumentaram o volume de pedidos para contratações de temporários em até 10% em relação ao natal do ano passado.

A situação é preocupante, pois só em Curitiba várias lojas de supermercado foram inauguradas neste último trimestre. Este mês o supermercadista pôde contar com o auxílio e a grande iniciativa da Agência do Trabalhador que, no Dia do Supermercado, lotou a agência em Curitiba e em várias cidades do estado.

Este dia forneceu a oportunidade de ouvir dos próprios candidatos seus medos e expectativas. Muitas são as reclamações expostas, mas a maioria tem alegado o trabalho no domingo e, em especial as mulheres, a dificuldade de não ter com quem deixar os filhos. Outras colocações foram sobre horários indefinidos e salários indefinidos. Os mais idosos reclamam da falta de oportunidade e principalmente aqueles que não tem experiência ou que não tem o 2º

grau

completo e s t ã o

desolados.O

comércio tem f e i t o muitas ofertas, e s t á

b u s c a n d o p r o f i s s i o n a i s . O mercado não o s

tem oferecido, o desemprego aparece e a falta d e mão-de-obra qualificada é fato. O supermercadista ouve em todo lugar que os profissionais com boa qualificação estão empregados.

É necessário entender quais são os interesses dos empresários e dos trabalhadores também. O empresário tem vivenciado um momento difícil, pois oportuniza muitos empregos e não

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tem uma boa resposta. Têm trabalhado com um perfil mais flexível de pessoas. Lá encontramos adolescentes, idosos, portadores de deficiência, etc.. Nos cargos técnicos como de padeiros, açougueiros e confeiteiros, o salário teve um acréscimo. Ele investiu também em treinamentos e cursos para os funcionários neste ano de 2008 e por isto deve ser parabenizado!!

É importante entender também o que se passa pela mente do trabalhador. Ele está buscando melhor qualidade de vida e isto não envolve apenas bons salários. Ele quer tempo para o lazer, tem se interessado pelos estudos, entre outras atividades, mas não está encontrando isto trabalhando no comércio varejista.

As empresas deverão ter novas estratégias para o próximo ano – podemos citar algumas, como preparação profissional durante todo o ano. A especialização nas tarefas que executa garantem uma maior produtividade e lucratividade para a empresa e, principalmente, dá oportunidade para o crescimento profissional do colaborador.

A revisão da carga horária e dos turnos é algo

que não poderá entrar no esquecimento do empresário no ano de 2009, pois será um dos pontos cruciais quando se trata de qualidade de vida no país. Um plano de cargos e salários também deverá ser realizado, pois o colaborador quer oportunidade de crescimento e melhor colocação.

O treinamento é o grande instrumento do empresário e precisa ser usado com maior intensidade. Ele é um alimento que nutre a empresa, por isso, é impossível encontrar um profissional forte que se alimenta pouco. É um processo que não acaba nunca. As empresas precisam estar bem nutridas e para tanto devem alimentar-se por toda a vida.

Treinar seus funcionários é um investimento. Proporcionando maiores benefícios e com muito treinamento resultará em um novo profissional!!!

Andréa Luy Gerente de Treinamento da IESPAR

( Inst ituto Escola Paranaense de Supermercados)

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Espaço Iespar

Workshop de Recursos Humanos No dia 7 de outubro de 2008, o Iespar realizou na Regional Maringá o I Workshop de Recursos Humanos no Varejo, com o Tema “Motivos da Rotatividade no Varejo”, e que contou com a presença de vários profissionais de agências de RH, Coordenadora da Agência do Trabalhador, professores, profissionais de RH e diretores de grandes empresas supermercadistas do estado.

Curso de Design e decoração – Regional Curitiba Nos dias 21 e 22 de outubro, foram requalificados 12 cartazistas, colaboradores de supermercados associados à Apras de Curitiba. Agradecemos ao apoio da Metic.

Conclusão de mais uma turma do Curso de Formação Gerencial no Varejo No dia 6 de outubro, na sede da Regional Maringá, a 17ª turma concluiu o Curso de Formação Gerencial no Varejo do Paraná. Participaram do curso 27 colaborados de vários supermercados da região.

Neste ano, o Instituto Escola

Paranaense de Supermercados (Iespar),

braço educacional da Associação

Paranaense de Supermercados (Apras),

capacitou 3.655 colaboradores de

supermercados do Paraná, através

dos cursos, palestras e workshops

realizados na Apras de Curitiba e todas

as regionais da Apras no estado.

PALESTRA Adriane Werner No dia 5 de novembro de 2008 a Apras Regional

Cascavel, realizou, no auditório do Sesc da

cidade, uma palestra com jornalistas Adriane

Werner, com o tema “O Marketing Pessoal como

ferramenta de aproximação entre as pessoas”.

A palestra contou com a participação 60 pessoa

entre fornecedores supermercadistas.

No dia da palestra, foram arrecadados 50kg de

alimentos que foram doados à Creche São José,

localizada no bairro Faculdade em Cascavel.

A Creche conta com a colaboração de toda a

comunidade, pois a ajuda que recebe da prefeitura

é insuficiente para manter todas as despesas, como

salário de funcionários, alimentação das crianças,

material pedagógico, material de limpeza.

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Workshop Litoral: “Bons negócios para os Supermercados do Litoral” No dia 10 de novembro, o Instituto Escola Paranaense de Supermercados (Iespar) realizou em Matinhos, no litoral do Paraná, um Workshop com o Tema “Bons Negócios para os supermercados do litoral”.

O evento teve participação de Walde Renato Prochmann, diretor comercial da Apras; a psicóloga Andréa Luy, gerente de treinamentos do Iespar; Luciana de Oliveira, consultora do Sebrae; e de supermercadistas da região.

Curso de Legislação tributária e formação de preço de venda Nos dias 15 e 16 de outubro, foi realizado na Regional Cascavel o curso de Legislação Tributária, o mais esperado pelos supermercadistas da cidade. O curso foi ministrado pelo Professor João Gelásio Weber, economista, técnico em contabilidade e proprietário da TRIER – Assessoria Contábil e Empresarial. Participaram do curso 26 pessoas, em sua esmagadora maioria proprietários de supermercados pequenos de Cascavel e região.

Turma 20º – Ponta GrossaInício do curso: 09/02/2009Contato: AnitaFone: (42) 3236-3077

Turma 21º – LondrinaInício do curso: 12/02/2009Contato: MirianFone: (43) 3323-7935

PROGRAMAÇÃO DE CURSOS

Depoimento

“Ao término do Curso de formação ger-

encial, consegui observar que foi muito

importante para o profissional poder voltar

para sala de aula. Foram passadas mui-

tas informações voltadas para a realidade

do nosso dia-dia, e também houve muita

troca de informação direta entre os alunos

e os professores. Desta maneira, o repasse

de conhecimentos foi obtido por nós,

profissionais, através do estudo de estra-

tégias e planejamento, e pelo estudo feito

sobre o perfil de um gerente dentro da

nossa realidade.

“Todos os módulos foram de grande im-

portância e contribuíram para preparação

de mudança de valores dentro do varejo

atual”.

Patrícia Olmedo

Turma 22º – CascavelInício do curso: 12/02/2009Contato: MarcelaFone: (45) 3223-9995

Turma 23º – MaringáInício do curso: 03/03/2009Contato: IedaFone: (45) 3223-9995

Turma 24º – CuritibaInício do curso: 09/03/2009Contato: PatríciaFone: (41) 3362-1212

Maiores informaçõeswww.apras.org.br/iespar

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Plataforma

A DIAGEO traz para o Brasil a partir de dezembro a nova garrafa de SMIRNOFF BLACK, versão premium da consagrada marca de vodcas. O novo design da embalagem incrementa o impacto visual do produto e reforça os atributos da vodca.

O novo logotipo é retratado por uma águia dourada imperial coberta pela marca, ressaltando a herança nobre do produto – SMIRNOFF BLACK era a vodca oficial dos czares russos. A garrafa traz a assinatura Small Batch, referência ao tradicional método de destilação artesanal em alambique de cobre, processo que dá à vodca um paladar suave e aveludado.

A Turma da Mônica™, marca da Kimberly-Clark Brasil responsável por produtos destinados a cuidados com bebês e crianças, preparou, para este verão, o lançamento da nova linha Turma da Mônica Cuidados com o Sol.

Sempre em busca de se tornar a marca que mais entende as mães nas rotinas de higiene pessoal dos bebês, a Kimberly-Clark será a primeira marca especialista em bebês a entrar nesse mercado com posicionamento não só para verão, mas para todos os dias do ano.

Marca investe R$ 11 milhões no novo Rexona Men Invisible, que oferece máxima proteção sem deixar manchas brancas*. Esse benefício é o terceiro item citado como importante pelos homens quando o assunto é desodorante

DIAGEO

KIMBERLY

REXONA

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A Nova Schin Zero tem teor alcoólico de 0,0% em sua formulação, mas conserva na sua composição os mesmos ingredientes de uma cerveja pilsen convencional: água, malte, cereais não malteados, carboidratos, lúpulo e CO2 natural. O processo de desalcoolização é feito por meio de um sofisticado equipamento importado da Alemanha e a cerveja resultante, isenta de álcool, preserva as suas características, mantendo o sabor e a qualidade.

Com os objetivos de aumentar a awareness dos shampoos e condicionadores Finesse e oferecer uma nova opção aos consumidores, a Aeger, distribuidora exclusiva da marca no Brasil, apresenta ao mercado duas novidades: a embalagem com 240 ml para toda a linha e a nova versão Revitalizing, para cabelos coloridos ou danificados pelo calor e sol.

Começa a ser vendido nos pontos de venda do Brasil Tang Tangolé, o primeiro refresco em pó do mercado que é 2 em 1, uma bebida ou um picolé. Ao ser diluído em água e colocado no congelador se transforma em picolé. O refresco, que lembra os geladinhos (ou sacolés) feitos em casa, é comercializado pela marca Tang, da Kraft Foods Brasil, e será vendido em três opções de sabores: melancia, abacaxi com coco e frutmix (salada de frutas)

SCHINCARIOL

FINESSE

KRAFT

novem-

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