Sociologia Médica ICBAS [Sebenta 2010-2011] Rita Amorim

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Instituto de Cincias Biomdicas Abel SalazarMestrado Integrado em Medicina

2010/2011

SOCIOLOGIA MDICA

1 Ano Rita Amorim

1. EVOLUO DOS PARADIGMAS DA MEDICINA E DOS SERVIOS DE SADE

A medicina tem evoludo em funo das mudanas sociais pelo que da maior importncia acompanhar a evoluo e compreender quais so, realmente, as diferenas nas populaes humanas ao longo do tempo. Podemos considerar que as causas de mortalidade mudaram, os comportamentos sociais tambm se alteraram e at a funo do hospital na sociedade tem vindo a modificar-se. As causas da mortalidade evoluram e passaram das infecciosas ligadas ao ar (tuberculose), gua (clera) e alimentao (desinteria) para as doenas de vector (transmitidas por agentes como ratos ou mosquitos malria) e para as doenas degenerativas (cancro e doenas cardiovasculares). Actualmente, as doenas crnicas constituem um dos maiores problemas e desafios medicina e s cincias humanas. Esta evoluo relaciona-se com a melhoria das condies de vida e sanitrias, o que demonstra a estreita relao entre o ambiente, os factores scio-econmicos e a sade.

Os hospitais tiveram o seu crescimento a partir do final do sculo XVIII mas esse no ter sido o passo fundamental para a diminuio da mortalidade, uma vez que os hospitais eram, eles prprios, uma enorme fonte de doena, com risco aumentado de infeces cruzadas. Os hospitais surgiram, pode-se dizer, h milhares de anos j que a civilizao grega e romana j apresentava locais prprios para pobres, rfos, doentes e peregrinos, (estes grupos misturavam-se no que se refere necessidade de cuidados). No entanto, quando passaram a existir numa forma mais organizada, a sua primeira funo foi de ajuda a peregrinos, obras de caridade e intervenes mais ligadas ao culto da alma visto que os hospitais estavam muito ligados a ordens religiosas (um exemplo da importncia da religio nestes primeiros hospitais era a prpria constituio dos edifcios com vrias capelas e altares religiosos em todas as enfermarias).[2]

S algum tempo mais tarde, na Idade Mdia, que os hospitais comearam a funcionar como hospcios, refgio para dementes e pobres que se fingiam doentes para poderem usufruir dos asilos. O sistema de sade deixou de ter esta componente religiosa quando a perspectiva medieval da doena se alterou, quando a crena de que a salvao dos desprotegidos era a salvao da alma para os que praticavam a caridade deixou de ser usual. Assim, o hospital passou a ser um local de combate s diversas doenas e apoio populao.

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Modelos Sociais da Sade e da Doena:

Um modelo importante a considerar o Biopsicossocial:

O primeiro grande estudo sobre a forma como o estilo de vida afectava a sade foi sobre tabaco e cancro feito por Bradford Hill em 1950. Passados cerca de 30 anos, em 1981, Richard Doll publica um estudo sobre as causas do cancro e afirma que, excludo o tabaco, 70% dos cancros so devidos dieta alimentar. Um exemplo da diversidade de dietas a diferena da dos Mrmons versus a dos Adventistas do 7 dia.

Conceitos de Sade e Doena Disease A doena na medicina ocidental refere-se s modificaes patolgicas diagnosticadas atravs de sinais e sintomas considerada objectiva e definida por mdicos. Mas actualmente h inmeras doenas diagnosticadas sem sintomas (ex. DMJ); Illness Experincia subjectiva da doena, varia de indivduo para indivduo e uma condio moral que pode no coincidir com o diagnstico de doena; Sickness Condio social da pessoa doente.[4]

2. DEMOGRAFIA SOCIAL DA SADE

A demografia social da sade apresenta a distribuio de sade por diversos grupos sociais, por diferentes nveis de desenvolvimento para que seja perceptvel a importncia do estilo de vida de cada um na doena. Assim, pode-se dizer que h uma relao causal entre o estilo de vida e a doena, e que dentro de determinados limites sociais os pacientes so livres de escolher entre aces alternativas e provavelmente conhecem as consequncias das suas aces. Esta via conduz a medidas que colocam os fumadores, consumidores de lcool ou simplesmente os gulosos, no fim das listas de espera, supondo que as pessoas tm o dever cvico de se manterem saudveis e que sabem que os seus comportamentos t m consequncias bem conhecidas.

Gnero Existe uma grande diferena entre sexo e gnero que vai para alm da normal diferena fisiolgica e das doenas associadas ao sexo masculino e feminino. O facto de ser gnero envolve um factor histrico, da diferena da vida da mulher ou do home m em determinada cultura (envolve os diferentes comportamentos associados ao sexo e m questo). Por exemplo, o cancro do pulmo afecta mais homens do que mulheres, no porque a morfologia dos pulmes sejam diferentes, mas porque o homem fuma mais.

Profisso A taxa de mortalidade maior para todas as causas de morte nos grupos mais desfavorecidos como os agricultores e trabalhadores do sector primrio, em todas as faixas etrias. Isto est relacionado com os comportamentos especficos ao grupo.

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H algumas variaes a que devemos estar atentos, nomeadamente o aumento que se verifica das doenas do corao em grupos com profisses cientficas e tcnicas, directores e quadros superiores, que se explicam por outro tipo de condies de stress, a que estes grupos esto sujeitos.

Mortalidade especifica por grupos etrios (por 1000 habitantes):

Raa Nesta categoria social, o importante no diferena biolgica, gentica, entre raas mas sim o facto de este ser um bom indicador de minorias.

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VARIVEIS SOCIAIS DA DOENA

Ao longo do tempo, foi mudada a forma de analisar a doena e a sade. Como j foi descrito anteriormente, as prprias instituies mudaram muito. Inicialmente os hospitais estavam ligados a ordens religiosas para ajuda a peregrinos com caridade, depois eram como hospcios, passando por uma srie de fases chegando ao ponto e m que os hospitais comearam a funcionar como instituies com um papel activo na cura de acidentados, depois um local de morte sobretudo para os pobres e finalmente surgiram hospitais como centros de tecnologia mdica e com medidas de higiene a partir dos finais do sc. XIX. Essa tecnologia mdica deve-se ao encarar da medicina como cincia, evoluo do conhecimento sobre a fisiologia humana e a bacteriologia e tendo outros cuidados com o doente como a introduo do ter como anestsico nas cirurgias. Actualmente podemos considerar que os hospitais tm inmeras medidas anticpticas fundamentais, pessoal especializado como mdicos especialistas, enfermeiras e tcnicos de laboratrio. Apesar de existirem muitas medidas de controlo de doenas, ainda ocorrem contra-infeces em que um indivduo fica doente graas propagao de uma doena do doente do mesmo quarto, da mesma ala, ou dum stio ainda mais afastado mas limpo pela mesma esfregona que a zona de contgio (existem estudos sobre esfregonas usadas em hospitais que funcionam como meio de propagao de contra-infeces).

Papel de Doente Os mdicos desejam que o doente hospitalizado seja passivo, que no reclame, que obedea sempre. Actualmente, verifica-se o contrrio, as pessoas questiona m decises mdicas, so mais activas na sua cura.

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H benefcios em assumir o papel de doente no hospital porque se se for um bom doente, -se melhor tratado pelo staff, entre outras vantagens.

Bom DoenteAceita os tratamentos. Tende a ser conformista. Est motivado a melhorar.

Mau DoenteO staff responsabiliza este doente pela prpria doena (caso de fumadores, alcolicos...). Tem caracteristicas socio-demogrficas que o staff no gosta (adolescente, idoso...). Reclama bastante.

Sistemas de Sade Em que medida o Sistema de Sade Portugus da responsabilidade do Estado? Podemos analisar diversos sistemas de sade: O ingls o mais semelhante ao nosso enquanto o americano completamente oposto. UK Universal. 6.8% PIB; 1391 $ per capita. O servio de sade predominantemente do Estado. Universal, financiado atravs dos impostos. Os clnicos gerais so a porta de entrada no sistema que depois reencaminham os doentes para especialistas se necessrio. USA Seguros. 13.4%; PIB 3912 $ per capita. O servio de sade predominantemente de mercado, ou seja, baseia-se nos seguros. O Medicare do estado para os pobres ou para maiores de 65. H 10% de pessoas sem seguro ou com baixa cobertura neste pas pelo que esto desprotegidas contra imprevistos.

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Alemanha Estado + Seguros. 10.7% PIB; 2364 $ per capita. O servio de sade misto. 88% das pessoas tm seguro de sade sendo que as pessoas contribue m com 13.5% do seu rendimento, metade pago pelos patres e a outra pelos prprios. Os trabalhadores independentes e os melhor remunerados podem optar por Companhias de seguro privadas.

Recomendaes relativas ao Sistema de Sade Cobertura universal; Formar mais clnicos gerais, mdicos de famlia; Introduzir mais mdicos assistentes e enfermeiros; Treinar os mdicos a terem maior sensibilidade para as necessidades das mulheres, dos pobres e de minorias tnicas; Levar as seguradoras pblicas ou privadas a terem uma poltica de custos mais razovel; Estimular a poltica de conteno de custos entre hospitais; Aumentar os programas de medicina preventiva; Assegurar a existncia de centros de sade e servios mdicos em todas as comunidades (incluindo as rurais).

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Princpios subjacentes Equidade, tendo em vista as Necessidades, mantendo a Igualdade, a Eficcia e a Eficincia (eficcia dos custos). Quality-adjusted life years (QALYs) Esperana de vida aliada qualidade de vida. s vezes no se trata da cura de uma doena, mas de ma nter a qualidade de vida (por doena crnica, por exemplo)

Objectivos para a melhoria dos servios de sade (Berwick,1994)

(1) reduzir cirurgias, admisses hospitalares e testes diagnsticos, inapropriados; (2) reduzir aspectos-chave que conduzem doena (comportamentos aditivos, violncia, negligncia); (3) reduzir o nmero de cesarianas; (4) reduzir a interveno mdica, no desejada, no fim da vida; (5) simplificar o uso de frmacos, especialmente antibiticos e medicao dos idosos; (6) aumentar a participao activa na tomada de decises; (7) diminuir o tempo de espera nos servios de sade; (8) reduzir os inventrios nos servios de sade; (9) recolher informao til apenas uma vez; (10) consolidar e reduzir a quantidade de alta tecnologia mdica e cuidados cirrgicos

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(11) reduzir o fosso racial na mortalidade infantil e no nascimento de crianas de baixo peso.

O PAPEL DO DOENTE Um doente tem vrios deveres e ao longo do tempo tem havido uma mudana de mentalidade que diz que o doente responsvel pela doena. No entanto, para melhorar o doente tem de abdicar da responsabilidade moral pela doena para se concentrar na cura. Outro dever suspender as obrigaes relacionadas com os papis sociais (trabalho, casa, ) para se dedicar a melhorar pois um outro dever abandonar o mais rapidamente possvel o papel de doente. Talvez o dever mais urgente procurar (quase obrigatoriamente) o mdico.

The other guy Muitas vezes, as pessoas vm a doena como algo que no os atinge. Este modo como as pessoas olham para a doena acaba por ser muito prejudicial. No devemos pensar que a doena s afecta o outro. Como maior exemplo talvez, temos a SIDA: Se no houver conscincia, no h responsabilidade, no h preveno e h comportamentos de risco.

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Modelos Psicossociais do Comportamento do Doente

O importante perceber a diferena entre estrutura e funo e como a funo altera o dia-a-dia. Tolerncia aos sintomas: existem pessoas que toleram bem a dor enquanto outras mesmo com dores menores vo logo ao mdico. Negao: quando um doente no quer confirmar a doena que acha que tem com medo do que realmente poder ser. Interpretaes da resposta da doena: as pessoas tendem a atribuir causas completamente divergentes para as suas doenas.

Componentes bsicas da teoria da motivao para a preveno Intenes de comportamento: como deixar de fumar que nem sempre correspondem s atitudes.

Bases da teoria da aco planeada Os doentes tendem a avaliar as decises do mdico. A pessoa valoriza mais as informaes de quem mais significativo, quem como um ponto de referncia (os media usam a imagem de famosos por causa disso). Processo de aco para a sade Expectativa do que realmente bom para mim e o que posso fazer para melhorar a sade. Expectativas de resultados: acreditar realmente que o tratamento vai funcionar.

O mdico trata de doentes (focado na doena) e o e nfermeiro cuida deles (focado mais na prpria pessoa) crena que se pode considerar real em hospitais. A diversidade de estudos entre homem e mulher para entender como o sexo afecta cada um. Apareceram recentemente estudos sobre homens para entender como so afectados pela doena. Sade Holstica: equivalente ao Modelo Psicossocial no se procuram sintomas, entende-se um doente como uma pessoa.[12]

4. STRESS

A questo do stress representa uma envolvncia entre o indivduo e a sociedade o stress uma questo relativamente nova que afecta toda a gente supostamente. As doenas evoluem com as sociedades e um exemplo claro a obesidade que uma questo que s se manifesta agora. nos pases desenvolvidos que esto as pessoas obesas mas dentro dessa sociedade so os mais pobres que so mais gordos j que a comida mais barata a mais calrica (fast food, etc.). Em Inglaterra, muito mais barata a comida cozinhada num supermercado do que os ingredientes pelo que fica muito mais barato comer a tal comida calrica, ficando uma pessoa de classe baixa mais susceptvel obesidade. Stress: comeou por ser uma questo mais biolgica sendo agora uma questo mais psicolgica, mais emocional. Podemos, ento, considerar o stress como uma reaco emocional/cognitiva a ameaas e desafios psicolgicos e fsicos, incluindoazares e acontecimentos importantes e condies persistentes. necessrio proceder de forma a gerir as exigncias (externas ou internas) que so avaliadas como excedendo os recursos pessoais: esforo, capacidades e recursos. O stress verifica-se quando h um desequilbrio entre as exigncias ambientais e as capacidades de resposta do organismo - capacidades de coping. H uma relao ntima entre as capacidades do indivduo e o meio. Uma pessoa com algumas dificuldades motoras ou cognitivas numa terra mais sossegada com uma rotina mais calma no to destacada com uma com as mesmas capacidades a viver no Porto em que tem de apanhar 3 autocarros e reagir rapidamente s situaes para chegar ao emprego acabando por se aperceber mais das suas limitaes.

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Teorias Gerais de Stress Fisiolgica: reaco biolgica ao estmulo; Psicolgica: reaco psicolgica ao estimulo, quando h avaliao da situao, pensamento; Ambiental: reaces ao meio normais do ser humano.

Situao Stressante: Em termos de organismo, podemos pensar em vrios nveis de respostas: somticas, comportamentais e o que isto implica em termos subjectivos.

Modelos de Stress H vrios modelos de stress.

Agentes de Stress Cataclismos sismos, tempestades. Acontecimentos de Vida acontecimentos comuns a praticamente a toda a gente como casar, passar pela morte de um familiar, etc. Contrariedades do dia-a-dia: o stress surge quando h obstculos. Agentes Ambientais: presena de muita gente por exemplo causa stress. Quando vamos ver um jogo de futebol, as pessoas nas bancadas no nos provocam stress mas quando queremos ir para casa, ficamos stressados com a presena de tanta gente. Depende do momento.

Trabalho O stress relacionado com o trabalho comum. Podemos ficar stressados por no termos trabalho, por termos um trabalho para o qual no nos adaptamos, etc.

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Classificao Internacional de Doenas A medicina est protocolada, a cada doena est atribudo um nmero e determinadas caractersticas;

Doena Disease

Incapacidade Disability

Desvantagem Handicap

Entre a doena e a incapacidade podemos incluir passos como a reabilitao. Entre a incapacidade e a desvantagem est o pior ou mel hor enquadramento social (sociedade com mais ou menos recursos). Exemplo: AVC: Existem consequncias na vida diria, nomeadamente dificuldades na execuo de actividades que facilmente relacionado com as dificuldades sociais. Este modelo referido em cima atravs do esquema de 1980 e um modelo de sentido nico, demasiado linear que surge numa lgica de doenas crnicas.

Fundamentos de ICF: Abandonam a lgica do que afecta minorias e parte para uma lgica mais centrada no universal.

Uma grande critica feita em Medicina sobre o teste de frmacos pois este feito em indivduos s com aquele problemas clnico/condio e dentro de uma faixa etria reduzida (p.e. 20 aos 40 anos) o que no representa de todo o real receptor dos frmacos.

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Promoo da sade A sade um conceito intrnseco de vida com qualidade. Se aliarmos isso aos problemas econmicos no acesso aos servios de sade, ser necessria a promoo de sade. Os princpios da promoo de sade definidos na Assembleia da OMS em 1984 so: A populao como um todo no seu contexto de vida dirio. A promoo da sade dirige-se mais parte positiva com preveno de sade do que a parte negativa com consequncias de aces. A promoo de sade combina diversos mtodos e perspectivas. No se dirige a grupos de risco mas sim a uma populao mais abrangente. As mudanas devero ser feitas ao nvel local e nacional (nvel micro e nvel macro). As aces podem ser tanto espontneas como planeadas mas o importante dar responsabilidade pessoa, uma melhor capacidade de discernimento. A promoo de sade tem como objectivo a participao concreta do pblico. A promoo de sade tambm pelos profissionais de sade, seja o nvel comunitrio ou em conversas com os pacientes.

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Educao e Defesa da sade A promoo de sade deve ser feita em conta o pblico-alvo e para um problema geral como a falta de exerccio fsico necessrio aplicar diferentes tcticas para captar a aco dos diversos grupos (jovens, idosos, obesos, etc.). 1. O acesso sade, eliminando desigualdades; 2. Melhorar o ambiente, principalmente no trabalho e em casa, no sentido da sade. 3. Fortalecer as redes sociais de apoio: amigos, familiares e tambm instituies (passando do micro para o macro). O apoio da rede social permite lidar melhor com situaes de sade. Tambm poder passar-se o contrrio: se a rede social tiver fracos comportamentos, o indivduo vai ficar com poucas capacidades de coping. 4. Promover estilos de vida saudveis (comportamentos e capacidades de coping). 5. Aumentar o conhecimento e a informao sobre a sade. No s dar informaes como o uso do preservativo prevenir DSTs porque havendo opinies, ideias j feitas, a informao acaba por no sortir o efeito pretendido.

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Promoo de Sade 1. Avaliar as necessidades do indivduo e da comunidade relativamente educao para a sade os grupos so muito diferentes; 2. Planear programas eficazes de educao para a sade; 3. Implementar os programas responsveis de sade tm de ser responsveis e avaliar convenientemente a situao; 4. Avaliar a eficcia dos programas; 5. Coordenar o fornecimento de servios de educao para a sade; 6. Actuar como pessoa de recurso na educao para a sade; 7. Comunicar as necessidades em sade e em educao para a sade e recursos.

Processo implicado no comportamento de preveno A preveno muito virada para grupos de risco e a promoo para grupos mais gerais. Informao Motivao Comportamento

Exemplo: comportamento sexual 1. Reconhecimento - a percepo do risco uma pr-condio fundamental para mudar um comportamento sexual. 2. Adeso - baseada na teoria da aprendizagem sociocognitiva, afirma que as pessoas aderem ao preservativo se forem bem sucedidos em tornar o preservativo uma parte consistente dos encontros sexuais (o preservativo est envolvido um acto mais ertico ou divertido) e isso depende da crena de auto-eficcia e nos efeitos benficos da sua utilizao. 3. Negociao - com um ou mais parceiros que podem no partilhar a mesma percepo de risco. Os adultos que melhor conseguem comunicar o seu desejo de ter sexo seguro, partilhando as respectivas histrias de vida sexual, so os que fazem sexo mais seguro.

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Em termos de estudantes universitrios, com vida sexual activa, apesar de saberem as doenas que o preservativo evita, muitos deles no o utilizao e os problemas passam desde a compra do preservativo at sua introduo na relao sexual.

Preveno Primria (ex: vacinao) promove aces que visam evitar oaparecimento da doena; Secundria, que visa intervir o mais precocemente possvel, nos primeiros sinais de doena (como quando nos sentimos a adoecer e intervimos rapidamente nos sintomas); Terciria que pretende evitar a incapacidade resultante da doena. Toda a aco de preveno antecedida de rastreios, que podem ser feitos em massa, por rotina (avaliao do recm-nascido) ou integrados noutras prticas mdicas (envolve p.e. fisioterapia ps AVC).

Incapacidade, deficincia e desvantagem International Classification of Impairment Disabilities and Handicaps (WHO, 1980) A incapacidade qualquer perda ou anormalidade na estrutura ou funo psicolgica, fisiolgica ou anatmica dos indivduos; devido a uma doena ou a um traumatismo (perda de audio); A deficincia corresponde a qualquer restrio ou falta de capacidade para desempenhar actividades quotidianas e de auto-cuidado, na forma considerada normal para o ser humano (cegueira); A desvantagem a incapacidade do indivduo deixar a condio de deficincia que limita ou evita o desempenho do seu papel social que normal para esse indivduo, dependendo da sua idade, de factores sociais e culturais. A desvantagem pode resultar quer da incapacidade quer da deficincia e traduz-se numa desvantagem social (no conseguem ser pilotos de avio).[19]

5. VIVER COM DOENA CRNICA

As doenas crnicas As suas caractersticas comuns so o facto de serem de longa durao, afectare m profundamente a vida dos indivduos e a interveno mdica ser paliativa, visando mais o controlo dos sintomas do que a sua cura. So muito variadas e potencialmente podem afectar qualquer dos sistemas fsicos do indivduo, indo desde o cancro, doena renal, respiratria, esclerose mltipla, artrite reumatide, psoriasis, poliomielite, entre muitas outras.

Estratgias de Coping Doenas Crnicas (Moos, 1982) 1. Negar ou minimizar a seriedade da doena que, como j vimos, pode ser benfico nas primeiras fases de adaptao a um problema de sade (procurar e centrar a ateno e m aspectos positivos); 2. Procurar informao sobre o problema e meios de tratamento; 3. Aprender para poder tratar da sua doena, (ex: administrar injeces de insulina). Assim os pacientes ganham autocontrolo e auto-respeito pela sua condio; 4. Organizar objectivos concretos mas limitados, tais como exerccio fsico, espectculos, reunies sociais, e manter rotinas regulares o mximo possvel. 5. Recrutamento de suporte instrumental e emocional atravs da famlia e amigos expressando as suas necessidades e sentimentos (se um doente precisa de algum que o leve a consultas ou a fisioterapia pode pedir a um familiar desempregado que seja o seu suporte nessa funo); 6. Considerar possveis eventos futuros e situaes stressantes para saberem o que esperar no futuro e estarem preparados para enfrentarem dificuldades inesperadas; 7. Adquirir uma perspectiva regulvel sobre o seu estado de sade e tratamentos, encontrando objectivos a longo prazo ou significados para a experincia.

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Avaliao dos Recursos de Coping na Doena Processo de coping com crise de doena; Coping em sndrome coronrio agudo; Escala de avaliao dos recursos de coping (ajuda com vrios tipos de coping: individual, colectivo, ) Avaliao da Cognio da Doena Permite ao doente perceber se os seus comportamentos influenciam ou no a doena e como. Avaliao do Suporte Social Influncia do suporte social no desenvolvimento e afastamento s sndromes coronrios agudos. O suporte social ajuda (muito) na recuperao do paciente.

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6. PROMOO DA SADE A sade um conceito intrnseco de vida com qualidade. Se aliarmos isso aos problemas econmicos no acesso aos servios de sade, ser necessria a promoo de sade. Os princpios da promoo de sade definidos na Assembleia da OMS em 1984 so: A populao como um todo no seu contexto de vida dirio. A promoo da sade dirige-se mais parte positiva com preveno de sade do que a parte negativa com consequncias de aces. A promoo de sade combina diversos mtodos e perspectivas. No se dirige a grupos de risco mas sim a uma populao mais abrangente. As mudanas devero ser feitas ao nvel local e nacional (nvel micro e nvel macro). As aces podem ser tanto espontneas como planeadas mas o importante dar responsabilidade pessoa, uma melhor capacidade de discernimento. A promoo de sade tem como objectivo a participao concreta do pblico. A promoo de sade tambm pelos profissionais de sade, seja o nvel comunitrio ou em conversas com os pacientes.

Educao e Defesa da sade A promoo de sade deve ser feita em conta o pblico-alvo e para um problema geral como a falta de exerccio fsico necessrio aplicar diferentes tcticas para captar a aco dos diversos grupos (jovens, idosos, obesos, etc.). 1. O acesso sade, eliminando desigualdades; 2. Melhorar o ambiente, principalmente no trabalho e em casa, no sentido da sade. 3. Fortalecer as redes sociais de apoio: amigos, familiares e tambm instituies (passando do micro para o macro). O apoio da rede social permite lidar melhor com

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situaes de sade. Tambm poder passar-se o contrrio: se a rede social tiver fracos comportamentos, o indivduo vai ficar com poucas capacidades de coping. 4. Promover estilos de vida saudveis (comportamentos e capacidades de coping). 5. Aumentar o conhecimento e a informao sobre a sade. No s dar informaes como o uso do preservativo prevenir DSTs porque havendo opinies, ideias j feitas, a informao acaba por no sortir o efeito pretendido.

Promoo de Sade 1. Avaliar as necessidades do indivduo e da comunidade relativamente educao para a sade os grupos so muito diferentes; 2. Planear programas eficazes de educao para a sade; 3. Implementar os programas responsveis de sade tm de ser responsveis e avaliar convenientemente a situao; 4. Avaliar a eficcia dos programas; 5. Coordenar o fornecimento de servios de educao para a sade; 6. Actuar como pessoa de recurso na educao para a sade; 7. Comunicar as necessidades em sade e em educao para a sade e recursos.

Processo implicado no comportame nto de preveno A preveno muito virada para grupos de risco e a promoo para grupos mais gerais. Informao Motivao Comportamento

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Preveno Primria (ex: vacinao) promove aces que visam evitar o aparecimento da doena; Secundria, que visa intervir o mais precocemente possvel, nos primeiros sinais de doena (como quando nos sentimos a adoecer e intervimos rapidamente nos sintomas); Terciria que pretende evitar a incapacidade resultante da doena. Toda a aco de preveno antecedida de rastreios, que podem ser feitos em massa, por rotina (avaliao do recm-nascido) ou integrados noutras prticas mdicas (envolve p.e. fisioterapia ps AVC).

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7. ENVELHECIMENTO E SADE

O envelhecimento acaba por ser uma boa notcia porque reflecte um sistema de sade que funciona. Em Portugal, considera-se que aos 65 anos o indivduo idoso o que um marcador social.

H mais mulheres idosas do que homens em Portugal e tem vindo a ocorrer uma aproximao da proporo de jovens e de idosos.

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Em termos de proporo de idosos, tem vindo a ocorrer um grande aumento da proporo:

Este grfico apresenta a dependncia dos idosos em diferentes pases da Europa.

Os mais idosos tm uma taxa de iliteracia de 55.1%: Mulheres (64.7%) Homens (41.3%). A percentagem de famlias que tem pelo menos um idoso 32.5%.

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As actividades sociais comuns so: Falar com vizinhos (68% fazem isto todos os dias) Ver televiso (96% fazem isto todos os dias)

O nvel de actividade fsico e participao na comunidade muito baixo (5%).

Tipos de Envelhecimento

Primrio envelhecimento normal e sem doenas (h declnio relativo de sentidos, capacidade cardaca, respiratria, funcionamento cognitivo tambm de acordo com o estilo de vida que tive um atleta de alta competio em natao continua a nadar melhor que muitos de ns mesmo aos 60 anos apesar de outros nveis poderem no estar no mesmo nvel); Secundrio envelhecimento relacionado com a doena; Tercirio perodo, mais ou menos longo, relativamente perto da morte, em que h deteriorao para nveis de desempenho.

No faz sentido no haver a especialidade de geriatria pelo que um problema no idoso (perna partida por exemplo) leva uma multiplicidade de problemas. Ento, a presena de geriatria faz tanto sentido como a especialidade de pediatria porque h especificidade de problemas em determinado grupo etrio.

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O envelhecimento tem 3 componentes: Envelhecimento Biolgico vulnerabilidade crescente e de uma maior probabilidade de morrer a que se chama senescncia; Envelhecimento Social relativo aos papis sociais apropriado s expectativas da sociedade para este nvel etrio. Envelhecimento Psicolgico balano entre envelhecimento biolgico e social.

H 3 tipos de idades (> ou < do que a idade cronolgica dos sujeitos): Idade Biolgica: medida pelas capacidades funcionais ou vitais; Idade Social: dada pelos papis sociais desempenhados; Idade Psicolgica: capacidades comportamentais do indivduo em se adaptar ao meio.

Envelhecimento como um processo termodinmico (Yates, 1993) Em diversas culturas h prticas diferentes em que interpretam a idade de outra forma. Ex: Etnia Cigana Admite filhos em jovens de 15 anos. Mesmo na mesma comunidade, depende muito da classe social

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2 Tipos de Capacidades Mentais (Denney, 1982) 1. Capacidades no exercitadas, que so funo do potencial biolgico e da experincia ambiental estandardizada (rea pouco exploradas como musical, desportivo, etc.); 2. Capacidades exercitadas optimamente, que reflectem a capacidade mxima atingvel por um indivduo normal, saudvel, em condies ptimas de treino sofrem um declnio mais tardio e menos dramtico do que as outras. Qualquer destas curvas tem um crescimento at ao fim da adolescncia, incio da idade adulta, e comeam a declinar depois. O nvel da curva das capacidades exercitadas superior (em qualquer altura, o exerccio e o treino podem melhorar o desempenho. Cada individuo tem a sua prpria curva de declnio conforme as actividades que executou com maior frequncia. No incio do desenvolvimento e na velhice o afastamento destas duas curvas menor.

O idoso mais vulnervel devido a vrios factores como: 1. Resduos metablicos, radicais livres, acumulaes entrpicas (-); 2.Acidentes e stressores independentes da idade(-); 3. Doenas e incapacidade (-); 4. Ambiente fsico (i. clima, altitude, poluio da gua e do ar, radiaes (+,-); 5. Ambiente social (i. famlia amigos cultura, religio, envolvimento grupal, economia) (+,-); 6. Estilo de vida (i. dieta, exerccio, drogas, sono, actividade sexual, lazer, actividades de risco) (+,-);

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7. Experincia (i. aprendizagem, sabedoria, comportamento adaptativo, emprego, rendimento) (+,-); 8. Atitude ou perspectiva de vida (+,-).

A cognio fluida declnio varivel - (tipicamente subjacente aprendizagem, memria, ao raciocnio e s capacidades espaciais) diminui progressiva no obstante a grande variabilidade interindividual. A cognio cristalizada declnio mnimo - permanece estvel ou aumenta com o avanar da idade.

medida que envelhecemos, tornamo-nos muito diferentes porque ao longo da nossa vida, tomamos diferentes escolhas pelo que os idosos, apesar de entendidos como grupo homogneo so completamente diferentes (mais diferentes que qualquer grupo de outra faixa etria).

Efeitos do envelhecimento no desempenho cognitivo

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A professora fez estudo em idosos do mesmo nvel social, mesmo nvel de escolaridade: uns entraram num lar e outros mantiveram-se em casa. Ao fim de um ano, os que continuaram em casa mantiveram mais capacidades capacidade de cozinhar, fazer trocos, controlar dinheiro, etc.

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A variabilidade interindividual dos idosos superior constatada noutros grupos etrios. Com o passar dos anos e o acumular de experincias, os idosos acentuam as suas diferenas de partida, sublinhando competncias ou incapacidades que a sua base gentica, em interaco com o meio, permite expressar. No grfico, est representado um conjunto de factores que influenciam o nvel de risco acumulado. O declnio cognitivo no atinge todas as funes, nem todos os indivduos, de forma uniforme, mesmo depois dos 80 anos. Com o aumentar da idade aumentam as diferenas interindividuais de base, resultando num padro de maior variabilidade. No podemos dizer que por sermos mdicos, no tenhamos Alzheimer. Mas considera-se que quem tem menos educao est mais susceptvel. O Alzheimer s correctamente diagnosticado aps a morte do indivduo.

A discriminao pela idade maior que a discriminao pelo gnero. Em Portugal, os idosos so mais discriminados que os jovens. Em pases nrdicos, passa-se o contrrio. Costuma-se relacionar os gastos de sade com o envelhecimento mas 90% desses gastos esto relacionados com novas tecnologias. Em termos de gastos com idosos, maioria verifica-se em idosos que iro morrer em pouco tempo. Estudo americano: 30% dos gastos em sade em 5% da populao que ir morrer em menos de 6 meses. Em termos de gastos pode-se considerar um grfico com uma plataforma elevada em crianas, plataforma baixa em adultos (nas mulheres aumenta a procura do mdico quando engravidam e nos homens quando fazem anlises de sistema reprodutor: exame prostata, etc.) e outra plataforma elevada em idosos.[32]

MitosOs idosos so geralmente pessoas ss e solitrias. Verificou-se num estudo em que apenas 16% dos idosos se queixam deste problema .

FactosOs idosos constituem um grupo etrio muito diverso. A maior parte dos idosos mantm contactos prximos com a famlia.

A maior parte dos idosos so iguais. Os idosos constituem um grupo etrio muito diverso.

Os idosos so doentes incapacitados e dependentes dos outros.

Os idosos so deprimidos

Para a maior parte dos idosos, mesmo quando h declinio de capacidades, estes no so to severos que influenciem actividades dirias.Os idosos a residir na comunidade tm taxas de depresso mais baixas do que os adultos mais jovens.

Os idosos tm frequentemente problemas cognitivos.

H uma grande variao nas taxas referidas em diferentes estudos. Em geral aceita-se que para alm da demncia h uma relativamente baixa prevalncia de virtualmente todas as perturbaes psicolgicas incluindo a ansiedade e a depresso major (Carstensen et al. 1999). Jeste et al. (1999) estima a prevalncia das perturbaes psicolgicas nos idosos, excluindo a demncia em 16.3% prevendo-se um aumento para 21.6% em 2030. Num estudo longitudinal em Suecos com mais de 70 anos a morbilidade psiquitrica foi 30%, aumentando de 24% aos 75 anos para 31% aos 79 anos (Skoog, 2004).

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No Berlin Aging Study (BASE) verifica-se uma prevalncia de 24% de doena psiquitrica em pessoas com 70 anos ou mais, a que se juntam 33% de pessoas com subdiagnstico de morbilidade psiquitrica. Depois da demncia a depresso o segundo diagnstico mais frequente (Helmchen et al. 1999). A taxa de depresso major (1 a 2%) mais baixa do que em gente jovem, mas as taxas de sintomas de depresso com significado clnico (16%) so mais elevadas comparativamente aos adultos jovens (Kasl-Godley, et al. 1998). A prevalncia da depresso em britnicos com mais de 75 anos a viver na comunidade 7.7% (Osborn et al. 2003). As pessoas que vivem no Norte de Londres tm uma taxa de 17% de depresso (Prince et al. 1997). A prevalncia de depresso para o UK de 10 a 15% (Anderson (2001)). A prevalncia de depresso para residentes na comunidade na Holanda de 15.4% (Stek et al. 2004), idntica a outros pases europeus. A prevalncia de depresso clnica e subclnica numa amostra dos USA em sujeitos de 65 e mais anos era de 3.9% em homens e 6.4% em mulheres (Steffens et al. 2000). H um aumento na prevalncia de depresso com a idade nos idosos da Sucia progredindo de 5.6% nas pessoas de 70 anos, para 12.6% em pessoas de 85 anos (Skoog 2004).

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8. MORTE

Morte rpida (Lofland (1978)) Baixo nvel de tecnologia; Deteco tardia da doena ou condies que produzem a fatalidade; Alta incidncia de mortalidade por doena aguda; Alta incidncia de injurias que provocam a fatalidade;

Morte lenta (Lofland 1978) Agora pode-se considerar esta morte a mais comum. Alto nvel de tecnologia mdica; Deteco precoce da doena ou das condies que a produzem; Alta incidncia de mortalidade devido a doena crnica ou degenerativa; Baixa incidncia de injrias que produzem a fatalidade (h menos acidentes por pouca segurana no trabalho: quanto mais segurana houver menor a fatalidade);

A dignidade na MORTE A liberdade de escolha Controlo autonomia E na ausncia de capacidade de escolha: testamento vital (neste momento, e m Portugal est a ser ponderada a introduo do testamento) ou cuidados paliativos?! Formao dos profissionais para enfrentar os novos desafios Espiritualidade a maneira como encaramos a morte depende da espiritualidade, da religio.

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A equipa de sade perante a morte: Comunicao com o doente Quem comunica? Como comunica? Relao entre especialidades Jogo do Empurra A famlia como mediador?! No se sentem confortveis ao lidar com a morte nem mdicos nem familiares e, portanto, acontece esta passagem de pasta entre mdicos e esta dificuldade manifesta-se na comunicao com a famlia antes e aquando da morte.

Estados do processo de morte 1. A definio do paciente como estando a morrer; 2. Preparativos por parte da famlia e do staff bem como do paciente se tiver conscincia do facto, para a morte que se aproxima; 3. Momento em que se considera em que no h mais nada a fazer para evitar a morte; 4. O final descendente que pode demorar semanas, dias ou horas; 5. As ltimas horas; 6. A observao da morte; 7. A morte propriamente dita.

Estdios do luto I. II. Pequeno perodo de choque at deposio do corpo; Perodo de luto intenso, acompanhado de afastamento do mundo externo e acompanhado de mudanas

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fisiolgicas, por exemplo, do sono e do apetite; III. Perodo final de restabelecimento de social e da homeostase fsica com estabilizao do sono e do peso, com o interesse de novo dirigido para o mundo exterior.

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