Pranchas finais de TGI II

4
Av Andrade Neves Av Lix da Cunha Av Benjamin Constant Rua Treze de Maio Av Senador Saraiva R. Amador Bueno Av Faria Lima Terminal Metropolitano Rodoviária Av. Lix da Cunha Rua Lidgerwood Centro Fábrica da Lidgerwood Rua Treze de Maio Av. João Jorge Rua Francisco Teodoro Casas antigas Rua Cel. Antonio Manoel Rua Dr. Sales de Oliveira CENTRO VILA INDUSTRIAL Viaduto Cury Av. João Jorge Linha do trem de carga Rua Francisco Teodoro Av João Jorge Rua Dr Sales de Oliveira Muro Muro e talude Muro Propriedades Privadas Muro Viaduto e Arrimo Muro e Arrimo Sobreposições e Percursos Campinas.SP O Lugar A escolha da área de intervenção para o desenvolvimento do projeto, o Pátio Ferroviário Central de Campinas, deu-se principalmente pela situação da malha urbana a sua volta, cuja conformação está intrinsecamente ligada à existência do pátio , este lugar configura, portanto uma situação única, ele registra um momento importante na história da cidade já que é remanescente dos primeiros estágios da formação urbana. O vazio existente não é gratuito, ele foi mantido justamente pela importância que apresenta como patrimônio e momento chave no traçado da cidade. Tais características possibilitam trabalhar de maneira clara a idéia das pré-existências e do contexto enquanto mapas operativos para a atividade projetual. Além dessas questões relativas ao contexto como pretexto para a exploração formal, esse lugar permite a coexistência, de diferentes escalas, desde a local até a Regional - Territorial. Contexto Urbano O entorno da área de intervenção abrange distintas situações urbanas, o pátio ferroviário funciona como uma barreira entre o Centro da cidade e a Vila Industrial, locais com dinâmicas muito diferentes, o Centro apresenta intenso fluxo de pedestres e automóveis, cabe citar a proximidade ao terminal multimodal Ramos de Azevedo e à Rua Treze de Maio (Rua do comércio), A Vila Industrial conserva suas características de bairro residencial e dinâmica local. O Pátio Ferroviário encontra -se isolado de seu entorno urbano por uma série de barreiras, a proposta de projeto visa eliminar tais barreiras com a demolição dos muros e transposição dos desníveis. Barreiras Mapa de Campinas em 1878, mostrando a ferroviária, o traçado urbano ainda não chegou na estação, o pátio se coloca como uma barreira que irá reconfigurar a situação urbana. Conceito O interesse deste trabalho foi a princípio o de tratar das camadas temporais presentes na cidade. Esse interesse surgiu por meio de questionamentos na fase do Universo Projetual, tais como: É possível basear o projeto no contexto sem, contudo, perder a autonomia da intervenção. É necessário desvincular totalmente o novo do pré- existente para atingir uma linguagem própria? O conceito utilizado de Arqueologia da cidade, sobrepõe momentos distintos na conformação da malha urbana, são resgatados momentos passados que se justapõe com instantes futuros, revelando a cidade existente e aquela que poderia ter sido. A arquitetura revela sua antiga condição de permanência ao tempo e assume a alteração como possibilidade de repensar o existente. O projeto procura mostrar que apesar de ser baseada no contexto, a malha resultante do cruzamento das linhas de força provenientes do entorno é abstrata e não corresponde a nenhuma função específica, cria-se então algo novo, um pretexto para a exploração formal, conferindo ao projeto uma linguagem autônoma. A ação de revelar o que estava antes imperceptível norteia o projeto, pela coexistência e sucessão de camadas distintas, neste caso não apenas temporais, mas também do próprio funcionamento da cidade. É na lógica de percepção contemporânea que entra a idéia dos percursos como possibilidade de apreensão do todo. No cenário atual já não é possível visualizar tudo a um único olhar, o tempo do caminhar torna-se, portanto fundamental para a junção mental dos fragmentos e a visão de conjunto Mapas Por meio das datas de construção dos edifícios históricos e da análise de mapas antigos foi possível ter idéia do crescimento da cidade, e recuperar a Arqueologia Urbana pretendida no projeto. Pré - existências O Antigo pátio de manobras das Companhias Paulista e Mogiana apresenta vários imóveis tombados pelo patrimônio histórico municipal. A maioria deles em desuso. Estação Cultura Implantação Geral do projeto 1/4

description

Pranchas de apresentação TGI II IAU USP. 2011

Transcript of Pranchas finais de TGI II

Page 1: Pranchas finais de TGI II

Av Andrade Neves

Av Lix da Cunha Av Benjamin Constant

Rua Tr

eze

de M

aioAv Senador Saraiva

R. A

mad

or B

uen

o

Av Faria Lim

a

Terminal Metropolitano

Rodoviária

Av. Lix da Cunha

Rua Lidgerwood

Centro

Fábrica da Lidgerwood Rua Treze de Maio

Av. João JorgeRua Francisco TeodoroCasas antigasRua Cel. Antonio ManoelRua Dr. Sales de Oliveira

CENTRO

VILA INDUSTRIAL

Viaduto Cury

Av. João Jorge

Linha do trem de carga

Rua Francisco Teodoro

Av João Jorge

Rua Dr Sales de Oliveira

Muro

Muro e taludeMuro

Propriedades Privadas

Muro Viaduto e Arrimo

Muro e Arrimo

Sobreposições e PercursosCampinas.SP

O Lugar

A escolha da área de intervenção para o desenvolvimento do projeto, o Pátio Ferroviário Central de Campinas, deu-se principalmente pela situação da malha urbana a sua volta, cuja conformação está intrinsecamente ligada à existência do pátio , este lugar configura, portanto uma situação única, ele registra um momento importante na história da cidade já que é remanescente dos primeiros estágios da formação urbana. O vazio existente não é gratuito, ele foi mantido justamente pela importância que apresenta como patrimônio e momento chave no traçado da cidade. Tais características possibilitam trabalhar de maneira clara a idéia das pré-existências e do contexto enquanto mapas operativos para a atividade projetual.

Além dessas questões relativas ao contexto como pretexto para a exploração formal, esse lugar permite a coexistência, de diferentes escalas, desde a local até a Regional - Territorial.

Contexto UrbanoO entorno da área de intervenção abrange distintas situações urbanas, o pátio ferroviário funciona como uma

barreira entre o Centro da cidade e a Vila Industrial, locais com dinâmicas muito diferentes, o Centro apresenta intenso fluxo de pedestres e automóveis, cabe citar a proximidade ao terminal multimodal Ramos de Azevedo e à Rua Treze de Maio (Rua do comércio), A Vila Industrial conserva suas características de bairro residencial e dinâmica local.

O Pátio Ferroviário encontra -se isolado de seu entorno urbano por uma série de barreiras, a proposta de projeto visa eliminar tais barreiras com a demolição dos muros e transposição dos desníveis.

Barreiras

Mapa de Campinas em 1878, mostrando a ferroviária, o traçado urbano ainda não chegou na estação, o pátio se coloca como uma barreira que irá reconfigurar a situação urbana.

Conceito

O interesse deste trabalho foi a princípio o de tratar das camadas temporais presentes na cidade. Esse interesse surgiu por meio de questionamentos na fase do Universo Projetual, tais como:

É possível basear o projeto no contexto sem, contudo, perder a autonomia da intervenção. É necessário desvincular totalmente o novo do pré- existente para atingir uma linguagem própria?

O conceito utilizado de Arqueologia da cidade, sobrepõe momentos distintos na conformação da malha urbana, são resgatados momentos passados que se justapõe com instantes futuros, revelando a cidade existente e aquela que poderia ter sido. A arquitetura revela sua antiga condição de permanência ao tempo e assume a alteração como possibilidade de repensar o existente.

O projeto procura mostrar que apesar de ser baseada no contexto, a malha resultante do cruzamento das linhas de força provenientes do entorno é abstrata e não corresponde a nenhuma função específica, cria-se então algo novo, um pretexto para a exploração formal, conferindo ao projeto uma linguagem autônoma. A ação de revelar o que estava antes imperceptível norteia o projeto, pela coexistência e sucessão de camadas distintas, neste caso não apenas temporais, mas também do próprio funcionamento da cidade.

É na lógica de percepção contemporânea que entra a idéia dos percursos como possibilidade de apreensão do todo. No cenário atual já não é possível visualizar tudo a um único olhar, o tempo do caminhar torna-se, portanto fundamental para a junção mental dos fragmentos e a visão de conjunto

Mapas

Por meio das datas de construção dos edifícios históricos e da análise de mapas antigos foi possível ter idéia do crescimento da cidade, e recuperar a Arqueologia Urbana pretendida no projeto.

Pré - existências

O Antigo pátio de manobras das Companhias Paulista e Mogiana apresenta vários imóveis tombados pelo patrimônio histórico municipal. A maioria deles em desuso.

Estação Cultura

Implantação Geral do projeto

1/4

Page 2: Pranchas finais de TGI II

AA

B

BRUA FRANCISCO TEODORO

AV

JO

ÃO

JO

RG

E

Percursos como modo de apreensão do todo

Com o parque urbano e a transposição das barreiras, a área do pátio ferroviário deixa de ser um elemento de divisão na cidade e passa a conectar as várias situações urbanas presentes. Embora cada área do parque apresente uma particularidade, a lógica comum de conformação do todo permite que a partir dos percursos, e da junção mental das partes, o usuário possa compreendê-lo como unidade.

Cortes do Parque

Corte AA - Mostra o estacionamento da estação e o hotel - Escala 1:750Corte BB - Rampa que liga a Rua Lidgerwood à Avenida João Jorge (Viaduto), (transposição do arrimo) - Escala 1:750

Corte AA Corte BB

O ProcessoO processo inicia-se, segundo o conceito de

Arqueologia da cidade, pelo prolongamento para o interior da pátio Ferroviário das linhas do traçado viário do entorno, mesclando a cidade real com a que poderia ter sido. A malha abstrata resultante deste prolongamento é utilizada como uma base operacional para a atividade projetual.

Após a definição da malha foram determinados grandes campos, levando em consideração a coloração e materialidade, e também uma trama principal de circulação. Aqui ainda trabalhando com a macro-escala.

A fim de atingir um desenho perceptível ao usuário foi feito uma trabalho de decomposição e intersecção entre os campos, as linhas utilizadas nesse processo surgem a partir das primeiras linhas definidas.

RodoviáriaTerminal Metropolitano

Feira Popular

Escritórios

Galerias Comerciais

Estação Ferroviária

Administração e e n f e r m a r i a

Sanitário público e depósito de Jardinagem

Centro de convenções

Livraria/mediateca/café

HotelExposição

Estação Cultura

Escola de dança

Ceprocamp

Viaduto Cury

Acessos à plataforma

Quadras

Edifício aberto/ uso livre

Apoio Atividades esportivas

Casa do Hip hopEdifício aberto/ uso livre

Serviços de Apoio/ Bombeiro/ Taxi/ Aluguel de automóveis

O Programa Tanto a Arborização quanto a iluminação do Parque são pensadas dentro da mesmo lógica de conformação do plano de piso, ou seja considerando a base geométrica resultante do processo. Na arborização são consideradas também questões de sombreamento e visuais.

A cobertura que abriga as caixas de acesso à plataforma é também uma memória da linearidade do trem subterrâneo. As marquises marcam a intervenção em todo o parque e transpõe a idéia de dentro fora. O aço corten é um material comum às adições propostas: rampas, passarelas, marquises e a nova fachada da estação.

Atividade Existente

Atividade Proposta

2/4

Page 3: Pranchas finais de TGI II

Estação Ferroviária

Dentro do programa proposto, o edifício escolhido para projeto foi o da estação do trem de alta velocidade (TAV), no projeto todas as adições são recuadas em relação à estrutura pré - existente a fim de revelá-la, o vazio central é mantido exceto por uma torre de serviços. A preservação do vazio favorece muito a vista do edifício a partir da passarela.

A plataforma de embarque do TAV é subterrânea, no subsolo à frente da estação passa também o trem de carga, o qual começa a subir envaletado depois dessa área. A estação possui estacionamento subterrâneo.

A Passarela que conecta a estação à Rodoviária funciona como símbolo da estação como nó. Mas é também um lugar que permite apreciar o parque de outros ângulos de visão e conserva portanto a lógica de percursos pretendida.

Restaurantes

Lojas Espera

Guarda-Bagagem Sanitários

Acesso à Internet

Fast Food

Embarque

Bilheterias

AcessoPassarela

Corte da Estação Ferroviária - Escala 1:1000

1 - passarela pré - existente que liga os dois terminais rodoviários.2 - Vista Aérea da Passarela.3 - Descida da Rampa no parque, a marcação no piso funciona como um prolongamento da passarela e ligação com o bairro. 4 - Momento em que a passarela corta e adentra o edifício, marca o choque entre o novo e o antigo.5 - Corte em escala 1:1000, mostra a passarela proposta, que conecta a Rodoviária à estação ferroviária e ao parque. A passarela é também símbolo da transposição da barreira representada pelo pátio ferroviário.

Conexão da passarela proposta à

1

2

3 4

5

Fachada do Hotel Fachada do Edifício de Escritórios

A proposta prevê a inserção na área de dois novos edifícios, um de escritórios e outro do hotel. Esses visam suprir a nova demanda que chega com a estação ferroviária, além da demanda já existente por esse tipo de serviço na área central. Os dois edifícios mantém o solo livre para circulação. A linguagem utilizada nos edifícios faz com que na sobreposição com as pré-existências exista o contraste entre o novo e o antigo

Detalhe

Este trabalho considera o projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV), o qual ligará Campinas ao Rio de Janeiro, e que prevê a instalação de uma das estações nesta área.

A estação ferroviária traz consigo novas camadas, no que diz respeito à escala de abrangência no transporte de passageiros, em conjunto com os terminais rodoviários.

A estação estabelece também questões relativas a sua dupla característica de nó e lugar. Passagem e Permanência.

A estação como lugar

A estação como nó

A estação como nó e lugar

Detalhe mostrando a estrutura da passarela com pilares tubulares ramificados e viga treliçada em aço corten. Escala 1:125

Estacionamento da estaçãoP l a t a f o r m a d e Embarque do TAV

Passarela ligando a Estação à Rodoviária3/4

Page 4: Pranchas finais de TGI II

Sobreposições e Percursos, lida

com camadas desde o início, com o processo de cruzamento de linhas do entorno e portanto de camadas temporais urbanas. Passando pela relação com as pré - existências, uma relação de contraste como forma de revelar, de chamar atenção para o que passa desapercebido.

Soma-se a isso as camadas relativas aos usos, ou à escala de abrangência dos terminais de transporte e das demais atividades. E a coexistência dessas atividades em uma mesma área.

O fato da área de intervenção se relacionar com situações urbanas tão distintas, e do papel fundamental dessas relações no projeto, faz com que diferentes cenários sejam tratados no trabalho.

As imagens ao lado recuperam essa dinâmica e diversidade do projeto. Seja no contraste entre um edifício do século XIX e a plataforma para o Trem de Alta Velocidade, ou em uma visão inusitada da Paisagem, possibilitada pela passarela.

Abaixo fotografias da área de intervenção, como se encontra hoje.

4/4