Manual Calcadista Parte2

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SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 81 SESMT/CIPA/PPRA Calçados X ltda. I. NR-04 – SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho A indústria Calçados X ltda. deverá constituir o SESMT de acordo com a NR-04, como segue: engenheiro de segurança – 1* médico do trabalho – 1* técnicos de segurança – 3 * tempo parcial (mínimo 3 horas) II. NR-05 – CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes A indústria Calçados X ltda. deverá constituir a CIPA conforme as determinações da NR-05, como segue: Representantes dos Empregados (eleitos em escrutínio secreto): 6 efetivos 5 suplentes Representantes do Empregador (indicados pelo empregador): O empregador deverá garantir que seus indicados tenham representação necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.

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SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 81

SESMT/CIPA/PPRACalçados X ltda.

I. NR-04 – SESMT – Serviço Especializado emEngenharia de Segurança e Medicina do Trabalho

A indústria Calçados X ltda. deverá constituir o SESMT de acordo com a NR-04, como segue:

engenheiro de segurança – 1*médico do trabalho – 1*técnicos de segurança – 3

* tempo parcial (mínimo 3 horas)

II. NR-05 – CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

A indústria Calçados X ltda. deverá constituir a CIPA conforme as determinações da NR-05, como segue:

Representantes dos Empregados (eleitos em escrutínio secreto):6 efetivos5 suplentes

Representantes do Empregador (indicados pelo empregador):O empregador deverá garantir que seus indicados tenham representação necessária

para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde notrabalho analisadas na CIPA.

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Quadro 8 – Arranjo físico: Calçados X ltda.Representação do mapa de risco

Postura econfortotérmico

Almoxarifado

Injetoras

Expedição

Distribuição

Preparação / Pesponto

Corte

Este

ira M

onta

gem

Modelagem

ManutençãoOléo mineral

Ruído

RuídoRuído

Ruído

Ruído

Ruído

Ruído

Postura econfortotérmico

Perfuração,corte das mãose iluminamento

MoinhoRuído

Ruído

Incêndio,explosão,

queda,arranjo físico eiluminamento

Produtosquímicosem geral

Ruído

Bordados

RuídoRevisão

Pré-fresado

Queda ,iluminamento earranjo físico

Postura econfortotérmico

Postura econfortotérmico

corte das mãos eiluminamento

Perfuração ecorte das mãos

Vaporesorgânicos Postura e

confortotérmico

Perfuração,corte das

mãos, batidas,e iluminamento Perfuração e

iluminamentoPostura econfortotérmico

arranjo físico eiluminamento

Vaporesorgânicose poeiras

Postura econfortotérmico

Batidas,prensamento

Graxas esolventes

Perfuração,corte das

mãos, batidas,e iluminamento

Ruído eVibração

Postura econfortotérmico

Corte dasmãos, batidas,arranjo físico eiluminamento

Postura econfortotérmico

Vaporesorgânicos

Postura econfortotérmico

Prensagemdas mãos,

queimadurasiluminamento,corte e batida

Vaporesorgânicose poeiras

Vaporesorgânicose poeiras

Postura econfortotérmico

Prensagemdas mãos,

queimadurasiluminamento,corte e batida

Postura econfortotérmico

Depó

sito

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Infla

máv

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Postura econfortotérmico

Ruído

140

7010

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Risco Pequeno

Risco Médio

Risco GrandeRiscos Físicos

Riscos de AcidentesRiscos ErgonômicosRiscos BiológicosRiscos Químicos

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SESMT/CIPA/PPRA

PPRAPrograma de Prevenção de Riscos Ambientais

Calçados X ltda.

São Paulo, 99 de janeiro de 9999Calçados X ltda.Rua Sapatos Felizes, 99

At.: Sr. Diretor Sapato

Vimos, por meio desta, encaminhar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRApara sua análise e providências cabíveis no que tange ao cumprimento das ações propostas,conforme consta no cronograma aprovado por V.Sa., em reunião datada em dia/mês/ano.

O programa deverá ser alterado quando houver mudança no processo de trabalho, arranjofísico, maquinário, exposição a outros riscos ocupacionais ou mudança do ramo de atividade.

É de responsabilidade da empresa comunicar a este departamento tais mudanças. Colocamo-nos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que se fizerem necessários.

Atenciosamente,

De acordo,Salto Silva

Responsável pela Empresa Engenheiro de Segurança

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Índice

I. Objetivo

II. Apresentação

III. Levantamento da empresa

IV. Histórico4.1 Forma do documento4.2 Riscos ambientais

V. Planejamento do PPRA

VI. Prioridades e metas de avaliação e controle6.1 Prioridades6.2 Implantação de medidas de controle e avaliação de

sua eficácia6.3 Registro e divulgação dos dados

VII. Estrutura da empresa

VIII.Reconhecimento dos riscos8.1 Análise qualitativa8.2 Análise quantitativa

IX. Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação9.1 Implantação das medidas de controle e avaliação de

sua eficácia9.2 Cronograma proposto

X. Conclusão

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I. Objetivo

Em atendimento à Portaria 3.214, Norma Regulamentadora nº 09, estamos desenvolven-do o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais na Indústria de Calçados X ltda.

Este documento constitui um compromisso da empresa com sua comunidade, tendo co-mo objetivo primordial a preservação da saúde e da qualidade de vida de seus funcionári-os através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle dos riscosambientais existentes, ou que venham a existir no ambiente de trabalho, considerando aproteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

A empresa assumirá o compromisso de que o conteúdo deste documento seja efetiva-mente cumprido, sendo de sua responsabilidade a execução do presente Programa.

Os trabalhadores deverão estar cientes dos riscos a que estão expostos, atendendo assimà legislação vigente e viabilizando a participação de todos, empregador e empregados, na im-plantação e execução do PPRA para que o Programa atinja o seu objetivo.

II. Apresentação

Foi executada a cobertura de um ciclo de trabalho, no qual fui (fomos) recepcionado(s) por:

Sr. Diretor Sapato DiretorSr. Chefe Depe Chefe de Departamento PessoalSr. Gerente Sapatos Gerente de Produção

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III. Levantamento da empresa

Razão Social: Calçados X ltda.Local da Visita: Rua Sapatos Felizes, 99CEP: 99999-999Telefone: 0XX-99-999-9999Fax: 0XX-99-999-9999CGC: 99.999.999/0001-10Inscrição Estadual: 999.999.999-999Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) NR-05: 19.3N° Funcionários: 600Grau de Risco: 03Número da CIPA: 009260Eleição: 09/03/9999Posse: 09/04/9999Área Construída: 2.583 m2

Área do Terreno: 8.600 m2

Piso: CerâmicaParede: Alvenaria revestida em cerâmicaCobertura: Telha de fibrocimentoAeração: NaturalIluminação: Natural e artificialHorário de Trabalho: Administrativo: 08:00-12:00/13:00-17:00h

Produção: 06:00-11:00/13:00-16:00h

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IV. Histórico

Planejar as atividades a serem desenvolvidas no decorrer do período de janeiro adezembro de 9999 objetivando a prevenção dos riscos ambientais, levantados através devárias ações, com a participação de toda a comunidade.

O Programa, além de cumprir o seu objetivo principal, que é preservar a saúde e aintegridade dos trabalhadores, deve também considerar a proteção do meio ambiente e dosrecursos naturais existentes.

■ 4.1. Forma do DocumentoTrata-se de um planejamento de ações integradas com os setores responsáveis pelo

desenvolvimento do Programa, principalmente com o Programa de Controle Médico deSaúde Ocupacional.

■ 4.2. Riscos AmbientaisSão considerados como riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos

existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ouintensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

4.2.1. Agentes Físicos são diversas formas de energia a que possam estar expostos ostrabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas externas,radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.

4.2.2. Agentes Químicos são substâncias compostas ou produtos que possam penetrarno organismo pela via respiratória, na forma de poeira, fumo, névoas, neblinas, gases ouvapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou serabsorvidos pelo organismo, através da pele ou por ingestão.

4.2.3. Agentes Biológicos são bactérias, fungos, bacilos, parasitas protozoários, vírus,entre outros.

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V. Planejamento do PPRA

■ Antecipação e Reconhecimento dos Riscos

5.1. A antecipação deverá envolver análise de projetos de novas instalações, métodos eprocessos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscospotenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.

O processo de reconhecimento consiste em avaliar qualitativa e/ou quantitativamente osriscos ambientais existentes, devendo ser aplicáveis os seguintes itens:

a) identificação;b) determinação e localização das fontes geradoras;c) identificação das trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de

trabalho; d) identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;e) caracterização das atividades e do tipo de exposição;f) obtenção de dados existentes na empresa indicativos de possível comprometimento

da saúde, decorrentes do trabalho;g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na

literatura técnica;h) descrição das medidas de controle já existentes.

5.2. Sempre que necessário, deverá ser feita a avaliação quantitativa dos riscosenvolvidos, para:

a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados naetapa de reconhecimento;

b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;c) verificar a eficácia das medidas de controle.

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VI. Prioridades e Metas de avaliação e controle

■ 6.1. PrioridadesEstudos de todos os setores da empresa que apresentaram, na fase de antecipação e re-

conhecimento, risco potencial à saúde dos trabalhadores e ordenação destes em função daprioridade, levando em consideração o aspecto de gravidade do risco.

O controle, na medida do possível, deverá ser constituído de medidas de proteção cole-tiva, com objetivo de eliminar ou reduzir a formação ou a utilização dos agentes prejudici-ais à saúde.

■ 6.2. Implantação de Medidas de Controle e Avaliação de sua Eficácia

O estabelecimento de prioridades conterá todas as medidas necessárias e suficientespara eliminação, minimização ou controle dos riscos ambientais.

Sua eficácia deverá ser observada por meio de avaliações periódicas e análises por par-te do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, que deverá subsidiar a reformu-lação, por ocasião do replanejamento.

■ 6.3. Registro e Divulgação dos Dados

6.3.1. Os registros dos dados constantes neste documento deverão ser mantidos por 20(vinte) anos, e o registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadoresinteressados, ou seus representantes, e às autoridades competentes.

6.3.2. Os dados deverão ser divulgados aos trabalhadores e conter os riscos ambientaisque possam ocorrer nos locais de trabalho, bem como informações sobre os meiosdisponíveis para preveni-los ou limitá-los.

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VII. Estrutura da empresa

A empresa Calçados X, localizada em terreno de 8.600 m2, com área construída de 2.573 m2, possui 600 funcionários e produz 4.000 calçados/dia.

A empresa está subdividida conforme os setores discriminados abaixo:

Setor Nº de funcionáriosAdministração 80 Almoxarifado/Depósito de inflamáveis 10 Modelagem 10Corte 70 Injetoras/Moinho 30 Bordado 20 Distribuição interna/externa 20 Preparação e pesponto 90Pré-fresado 60 Montagem/esteira 140 Controle de qualidade 20 Expedição 30 Manutenção 20

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SESMT/CIPA/PPRAQuadro 9 – Arranjo físico Calçados X ltda.

(identificação de pontos de nível de pressão sonora e nível de iluminação).

Almoxarifado

Moinho

Injetoras

Manutenção

Bord

ados

Preparação / Pesponto

Corte

Pré-fresado

Depó

sito

de

Infla

máv

eis

Este

ira M

onta

gem

2 51

6 7

3 4

8

9

11 13 15 17 19 21 23 25 27 29

31 33 35 37 39 41 43 45 47 49

51 53 55 57 59 61 10

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111110

116

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114113

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127

Modelagem

Distribuição

Revisão

6364

6566

676869

71

7270

160

Expedição

12

180

14 16 18 20 22 24 26 28 30

32 34 36 38 40 42 44 46 48 50

52 54 56 58 60 62122

124

126

128

177172171

170173

169

176

178 175174

179

212

213

215

214

109

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211

210209208207

206205

204203

202201200

199

196

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197

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193

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191

190189188

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183182

181

161 162

163 164

168 159

166 167165

73 7574 76

77

78 105

79

81

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95

102 100

10110310494

91

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80

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92

9697

9899

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SESMT/CIPA/PPRAQuadro 10 – Fluxograma da indústria Calçados X ltda.

Modelagem CorteDepósito deInflamáveis

Bordado

DistribuiçãoMontagem

Injetoras

Pré-fresado

Almoxarifado

Expedição Manutenção

Preparação ePesponto

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SESMT/CIPA/PPRA

VIII. Reconhecimento dos riscos

■ 8.1. Análise Qualitativa

■ Setor Recebimento/Almoxarifado

Máquinas e equipamentos: carrinho hidráulico, “pallets”, escadas portáteis,microcomputador, mesa, bancada, máquina de classificar couro, máquina de medir couro.

Nº de funcionários: 10

Quadro 11 – Funções: almoxarife e auxiliares.

Quantificação: medições de ruído e iluminação.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração delaudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras.

Atividades Riscos

Organiza e/ou executa os trabalhosde almoxarifado, como recebimento,estocagem, distribuição, registro einventário de matérias-primas emercadorias compradas oufabricadas, supervisão do depósitode inflamáveis

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura,carregamento de objetos econforto térmico Acidentes: quedas, arranjo físico, eletricidade, incêndio eexplosão

Funções

Almoxarife

Auxilia o setor no que for necessário

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura,carregamento de objetos econforto térmico Acidentes: quedas, arranjo físico, eletricidade, incêndio eexplosão

Auxiliar

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SESMT/CIPA/PPRA

■ Setor Planejamento/Modelagem

Máquinas e equipamentos: pranchetas, máquinas de pesponto, de corte, facão,chanfradeira, bancada, computadores e mesa.

Nº de funcionários: 10

Quadro 12 – Funções: modelista, auxiliar de modelagem e pespontadeira.

Quantificação: medições de ruído, calor, agentes químicos e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração delaudos ergonômicos; colocar iluminação suplementar; pintar o ambiente com cores claras;adquirir banqueta e cadeira ergonômicas com encosto lombar, com regulagem de altura eprovidenciar descanso para os pés.

Atividades RiscosConfecciona matrizes de calçadosseguindo desenhos eespecificações, utilizando madeira,metal ou papelão para guiar o cortee a montagem das diferentes partesdos calçados

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: perfuração e cortedas mãos

Funções

Modelista

Auxilia o setor no que fornecessário, corta, costura, carimbae cola

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: perfuração e cortedas mãos

Auxiliar demodelagem

Utiliza a máquina pespontadeira,chanfradeira, para fazer a costurado cabedal e desbaste das peças

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: perfuração e cortedas mãos

Pespontadeira

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SESMT/CIPA/PPRA

■ Setor Corte

Máquinas e equipamentos: balancins e bancadas.

Nº de funcionários: 70

Quadro 13 – Funções: cortadores e auxiliar de corte.

Quantificação: medições de ruído, calor e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração delaudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; protetor auricular de inserção ou con-cha; colocação de assentos para serem utilizados por todos durante as pausas.

Atividades RiscosOrganiza e/ou executa os trabalhosde almoxarifado, como recebimento,estocagem, distribuição, registro einventário de matérias-primas emercadorias compradas oufabricadas, supervisiona do depósitode inflamáveis

Fisico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: corte das mãos eeletricidade

Funções

Cortador

Auxilia na execução das mesmastarefas do cortador no que for necessário

Fisico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: corte das mãos eeletricidade

Auxiliar de corte

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SESMT/CIPA/PPRA

■ Setor Bordado

Máquinas e equipamentos: bancadas de preparação e máquinas de bordar

Nº de funcionários: 20

Quadro 14 – Funções: bordadeiras e auxiliares de bordadeira.

Quantificação: medições de ruído, calor e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; rebaixar ascalhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras;protetor auricular de inserção ou concha; treinamento; colocação de assentos para seremutilizados por todos durante as pausas.

Atividades Riscos

Recebe a ordem de serviço, com omodelo do desenho a ser bordado

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: corte das mãos eeletricidade

Funções

Bordadeira

Auxilia a bordadeira no que fornecessário

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: corte das mãos eeletricidade

Auxiliar debordadeira

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SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 97

SESMT/CIPA/PPRA

■ Setor Injetoras e Moinho

Máquinas e equipamentos: moinho, injetora.

Nº de funcionários: 30

Quadro 15 – Funções: operadores de injetoras, operadores de moinho e ajudantes gerais.

* Emissão de gases tóxicos que ocorre com o descontrole da temperatura.

Quantificação: medições de ruído, calor e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração delaudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; implementação de sistema de ventila-ção geral diluidora; utilização de protetor auricular; isolamento do moinho; treinamento pa-ra carregamento de peso; uso de luvas apropriadas; providenciar suporte para sacos de li-xo para uso na moagem.

Atividades Riscos

Opera máquina injetora, manejandodispositivo de controle para moldar

Fisico: ruído, calor eiluminamentoQuímico: vapores*Ergonômico: postura e confortotérmico Acidentes: corte, queimadura,prensagem das mãos eeletricidade

Funções

Operador deinjetoras

Opera máquina de moinho, paramoagem de plástico e resíduos aserem utilizados nas injetoras

Fisico: ruído e iluminamentoQuímico: poeirasErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: corte dos dedos emãos e eletricidade

Operador demoinho

Auxilia o setor no que for necessário

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: poeirasErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: corte, queimadura,prensagem das mãos,eletricidade

Ajudante geral/Misturador

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SESMT/CIPA/PPRA

■ As injetoras deverão atender às cláusulas estipuladas na Convenção Coletiva de Segu-rança e Saúde das Máquinas Injetoras de Plásticos no que tange às proteções neces-sárias e à capacitação dos operadores das máquinas injetoras por meio de cursos.

■ Os controles termostáticos devem ser constantemente checados para evitar falhas nosistema que acarretem temperaturas acima da faixa de 200 a 300 °C. Desta forma, osprodutos da degradação térmica não são liberados para o local de trabalho.

■ Os trabalhadores que manipulam misturadores e moinhos em geral estão expostos apoeiras suspensas no ar e deverão utilizar protetor respiratório apropriado.

■ Setor Distribuição Interna e Externa

Máquinas e equipamentos: bancadas, mesa e microcomputador.

Nº de funcionários: 20

Quadro 16 – Funções: encarregado de distribuição e ajudante de distribuição.

Quantificação: medições de ruído, calor e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração delaudo ergonômico; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintaro ambiente com cores claras; utilização de protetor auricular; nivelamento do piso; melhoriado arranjo físico.

Atividades RiscosDistribui o serviço para o setor depreparação e pespontointernamente e externamente (deacordo com o pedido)

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico, queda

Funções

Encarregado dedistribuição

Auxilia o setor no que for necessário

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico e queda

Ajudante dedistribuição

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SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 99

SESMT/CIPA/PPRA

■ Setor de Preparação e Pesponto

Máquinas e equipamentos: máquina de costura, de rebater costura, de virar,ziguezague, waster, overloque, de debruar, de refilar, de prensar fivelas, rachadeira, chan-fradeira, interteladeira, picotadeira, pespontadeira e bancada.

Nº de funcionários: 90

Quadro 17 – Funções: pespontadeira, chanfradeira, overloquista, refiladora, auxiliarde produção, picotadeira e passadora de cola.

Atividades Riscos

Executa o serviço de costura docabedal e acabamento em geral emmáquinas apropriadas

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: perfuração e cortedas mãos

Funções

Pespontadeira

Opera máquinas de overloque,fazendo a junção das peças

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico e queda

Overloquista

Opera máquinas de refiladeiras paracortar os detalhes que compõem oscalçados

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico e queda

Refilador

Chanfra as laterais das peças decouro de várias espessuras parafacilitar o processo de união destas

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico e queda

Chanfradeira

Perfura o couro com vazadores devários modelos e tamanhos para darum efeito visual ao calçado

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: ferimento das mãos,arranjo físico e queda

Picotadeira

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SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista100

SESMT/CIPA/PPRA

(continuação – quadro 17)

Quantificação: medições de ruído, calor, agentes químicos e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração delaudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; utilização de protetor auricular; sistemade ventilação geral diluidora (a pesquisar); adquirir cadeiras ergonômicas.

Atividades Riscos

Auxilia em todas as tarefasexistentes no setor

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmicoAcidentes: arranjo físico e queda

Funções

Auxiliar deprodução

Passa cola manualmente nosdetalhes dos calçados

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmicoAcidentes: arranjo físico e queda

Passador de cola

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■ Setor Pré-fresado

Máquinas e equipamentos: prensas, balancins, fresa, lixadeiras, equalizadeira, bla-queadeira e máquina de desenhar sola.

Nº de funcionários: 60

Quadro 18 – Funções: cortador, fresador, desenhador de fundo de sola, blaqueador,ajudantes de produção, preparador de vira, preparador de salto e lixador.

Atividades Riscos

Executa a função de montagem dassolas e palmilhas de acordo com alinha de produção, corte, colagem,prensagem etc.

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico e queda

Funções

Ajudante deprodução

Utiliza-se do balancim para cortar asola, entressola, enchimento

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico e queda

Cortador

Utiliza a máquina ziguezague, quefaz o desenho e a fantasia que vaiem volta do solado

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: perfuração, arranjofísico e queda

Desenhador de sola

Chanfra as laterais das peças decouro de várias espessuras parafacilitar o processo de união destas

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: perfuração, arranjofísico e queda

Chanfradeira

Faz a cama de salto, escala, confere,racha e equaliza a espessura docouro

Físico: ruído, vibração eiluminamentoErgonômico: postura e confortotérmicoAcidentes: arranjo físico e queda

Fresador

Faz a costura do solado do sapato

Físico: ruído, vibração eiluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico, quedae ferimento nas mãos

Blaqueador

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(continuação – quadro 18)

Quantificação: medições de ruído, calor, agentes químicos e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração delaudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; uso de óculos de segurança paratrabalhos na lixadeira; utilização de protetor auricular; sistema de ventilação geral diluidorae/ou local exaustora (a pesquisar).

Atividades Riscos

Desbasta o excesso do contorno dosolado e salto, dá melhoracabamento ao solado e à giga

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: poeirasErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico, quedae ferimento nas mãos

Funções

Lixador

Passa cola (PVC) no canal do soladoe prepara-o para a colagem da virae do cabedal

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico e queda

Aplicador de cola

Passa a cola-base para colagem davira

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico e queda

Preparador de vira

Escala e aspera o salto paracolagem

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico e queda

Preparador de salto

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■ Setor de Esteira/Montagem

Máquinas e equipamentos: máquina de grampear palmilhas, máquina de moldarcontraforte, molina, máquina de fechar lado, blaqueadeira, lixadeira, prensa de calcanhar,rex, charuto, máquina de pregar salto, forno, lustradora, cabine de pintura e bancadas.

Nº de funcionários: 140

Quadro 19 – Funções: montadores e ajudantes gerais, blaqueadores, molineiros,operadores de rex, enfumaçadores, montadores de contraforte, pregadores de

palmilha, enbonecadores, prensistas.

Atividades Riscos

Executa a montagem manual dosapato de acordo com a linha deprodução

Fisico: ruído, vibração eiluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmicoAcidentes: ferimento das mãos

Funções

Montador

Auxilia o setor no que for necessário(colagem, colocação de acessórios)e na operação de prensa sorveteira

Fisico: ruído, vibração eiluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmicoAcidentes: ferimento das mãos

Ajudante geral

Trabalha na blaqueadeira, fazendo aunião do cabedal ao solado

Fisico: ruído, vibração eiluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: ferimento das mãos eeletricidade

Blaqueador

Trabalha na máquina molina,fazendo a moldagem do cabedal aosolado

Fisico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: eletricidade

Molineiro

Utilizando a máquina rex, retira asrugas do sapato

Físico: ruído, vibração eiluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: ferimento das mãos edo rosto e eletricidade

Operador de rex

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(continuação – quadro 19)

Quantificação: medições de ruído, calor, agentes químicos e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração delaudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; utilização de protetor auricular; sistemade ventilação geral diluidora (a pesquisar); sistema de ventilação local exaustora naslixadeiras e politrizes (no aguardo destas providências deverá ser utilizado protetorrespiratório com filtro para poeiras); implementar as pausas, e revezamento de atividades;adquirir luvas sem falange distal e óculos de segurança; creme protetor para as mãos paraas atividades de pintura; providenciar suporte de apoio para a peça a ser pintada peloenfumaçador; uso de creme protetor para pintura em geral.

Atividades Riscos

Executa a pintura do sapato,aplicando intermediário (fixador debrilho), utilizando-se da cabine depintura

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: vapores orgânicosErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: dermatite de mãos eeletricidade

Funções

Enfumaçador

Trabalha na lixa boneca, dandopolimento à giga e ao salto

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: ferimento das mãos eeletricidade

Embonecador

Molda o contraforte no cabedal

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: ferimento das mãos eeletricidade

Montador de contraforte

Fixa a palmilha no molde com amáquina de pregar tacha e ajuda amontar manualmente a palmilha

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: ferimento das mãos eeletricidade

Pregador de palmilha

Trabalha na prensa sorveteira paradar o choque térmico no calçado

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: eletricidade

Prensista

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■ Setor Controle de Qualidade

Máquinas e equipamentos: bancadas.

Nº de funcionários: 20

Quadro 20 – Funções: inspetor de qualidade e auxiliares.

Quantificação: medições de iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração delaudo ergonômico; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintaro ambiente com cores claras.

Atividades Riscos

Controla as peças produzidas no quetange à qualidade e à resistência

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico

Funções

Inspetor dequalidade

Auxilia o inspetor no que fornecessário

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico

Auxiliar

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■ Setor Embalagem/Expedição

Máquinas e equipamentos: fitadeira, máquina de fita de goma, bancadas.

Nº de funcionários: 30

Quadro 21 – Funções: encarregado de expedição, embalador e auxiliares.

Quantificação: medições de ruído, iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração delaudo ergonômico; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintaro ambiente com cores claras; utilização de protetor auricular para os operadoresde fitadeiras.

Atividades Riscos

Coordena as atividades do setor,conforme os pedidos recebidos

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico

Funções

Encarregado deexpedição

Monta as embalagens, separa oslotes dos clientes, embala edespacha

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico

Embalador

Auxilia nos serviços inerentes aosetor

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico

Auxiliar

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■ Setor Manutenção

Máquinas e equipamentos: torno, furadeira bancada, esmeril, bancada elétrica,escadas portáteis e lixadeira.

Nº de funcionários: 20

Quadro 22 – Funções: encarregado de manutenção, mecânico de manutenção,eletricista e ajudantes gerais.

Quantificação: medições de ruído, iluminamento.

Atividades Riscos

Coordena os funcionários do setor,expedindo ordens de serviço

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: arranjo físico

Funções

Encarregado demanutenção

Executa todos os serviços demanutenção elétrica

Físico: ruído e iluminamentoErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: queda, ferimento dasmãos e eletricidade

Eletricista

Auxilia nas tarefas elétricas emecânicas em geral

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: graxas e solventesBiológico: oléo mineralErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: dermatite de mãos,eletricidade e ferimento dasmãos

Ajudante geral

Executa os serviços de manutençãodas máquinas e equipamentos emgeral

Físico: ruído e iluminamentoQuímico: graxas e solventesBiológico: oléo mineralErgonômico: postura e confortotérmico Acidentes: dermatite de mãos,eletricidade e ferimento dasmãos

Mecânico demanutenção

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Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração delaudos ergonômico e de eletricidade; pintar o ambiente com cores claras; protetor auricularde inserção ou concha; creme protetor para as mãos; utilizar protetor respiratório com filtrocontra vapores orgânicos por ocasião do manuseio de solventes; utilização de óculos desegurança para as operações em tornos, furadeiras, lixadeiras etc. Para o eletricista,providenciar botas de segurança sem ilhoses e com biqueira de aço, porta-ferramentas,luvas de alta tensão, exigir a qualificação do profissional e cinto de segurança para serviçosem altura, adquirir calçados de segurança com biqueira de aço para os serviços demanutenção mecânica.

■ Setor Administração

Máquinas e equipamentos: computadores e impressoras, copiadoras, mesas.

Nº de funcionários: 80

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração delaudo ergonômico; reorganização do arranjo físico (embutir as fiações que se encontramexpostas em régua); adquirir cadeiras ergonômicas com encosto lombar e regulagem dealtura; observar posição ergonômica, mobiliários e equipamentos necessários (cadeiras,mesas, suporte para os pés, punhos etc.) no uso do computador.

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Quadro 23 – Funções: gerente financeiro, chefe do departamento pessoal, gerentede vendas, contador, secretárias, vendedores, auxiliares administrativos, telefonista,

office boy.

Atividades RiscosExerce a gerência das operaçõesfinanceiras da empresa, trabalhandoem escritório e utilizando ocomputador para consultas

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: quedas e arranjofísico

Funções

Gerentefinanceiro

Chefia as atividades relacionadas auma seção de pessoal, organizandoe orientando os trabalhosespecíficos. Uso demicrocomputador é eventual.

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: quedas e arranjofísico

Chefe dodepartamento

pessoal

Organiza e dirige os trabalhosinerentes à contabilidade daempresa, trabalhando em escritório,utilizando o microcomputador paraconsultas

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: quedas e arranjofísico

Contador

Executa tarefas relativas aanotação, redação, utilizando omicrocomputador com freqüência,atendimento de telefone eagendamento das atividades

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: quedas e arranjofísico

Secretárias

Executa serviços de atendimento aclientes em seus estabelecimentoscomerciais. O trabalho édesenvolvido, basicamente, fora daempresa

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: quedas e arranjofísico

Vendedores

Executa os serviços gerais deescritório, separação e classificaçãode documentos, digita textos e dásuporte em toda a parteadministrativa

Físico: iluminamentoErgonômico: postura e esforçorepetitivoAcidentes: quedas e arranjofísico

Auxiliaresadministrativos

Exerce a gerência das atividadesrelacionadas a vendas, desenvolveseu trabalho externamente e dentroda empresa

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: quedas e arranjofísico

Gerente devendas

Maneja mesa telefônica paraestabelecer comunicações internas,locais e interurbanas

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: quedas e arranjofísico

Telefonista

Executa serviços externos (debanco, entrega de material)

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: quedas e arranjofísico

Office boy

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8.2. Análise Quantitativa

8.2.1. Instrumental e Metodologia

A. Níveis de Pressão Sonora (ruído)Os níveis de pressão sonora foram quantificados utilizando-se decibelímetros,

previamente calibrados.As leituras foram efetuadas no circuito de compensação “A” e no circuito resposta lenta,

para ruído contínuo, na altura da zona auditiva dos trabalhadores, de acordo com asinstruções da Norma Regulamentadora nº 15, Anexo 01 (quadro 24).

B. Dosimetria de RuídoFoi quantificada utilizando-se dosímetros, previamente calibrados.As leituras foram efetuadas no circuito de compensação “A” e no circuito de resposta

lenta, na altura da zona auditiva dos trabalhadores (quadro 26).Se, durante a jornada de trabalho, ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruídos

de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos, combinados, de forma que, sea soma das seguintes frações:

exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância (quadro 25).Na equação acima temos: Cn, que indica o tempo total em que o trabalhador fica

exposto a um nível de ruído específico permissível; Tn, que indica a máxima exposiçãodiária segundo os limites de tolerância para ruído contínuo/intermitente.

C1 + C2 + C3…+ CnT1 + T2 + T3…+ Tn

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C. Níveis de Iluminamento (lux)Os valores de iluminamento mínimo em serviço para iluminação foram quantificados

utilizando-se o aparelho Luxímetro, marca Gossen Pan Lux Eletronic 2, de fabricação alemã.As leituras foram efetuadas de acordo com as instruções da Norma Regulamentadora nº

17, item 17.5.3, ou seja, medidas no campo de trabalho (quadro 24).

D. Exposição ao CalorPara a avaliação do calor foram utilizados os seguintes aparelhos:■ Termômetro de Bulbo Seco (tbs).■ Termômetro de Globo (tg).■ Termômetro de Bulbo Úmido Natural (tbn).■ Aparelho para medição de conforto térmico – Heat Stress Monitor, marca

Reuterstokes, modelo RSS 214 – e calibrador de fabricação canadense.■ Aparelho para medição de conforto térmico – Heat Stress Monitor, marca Quest,

modelo Q-15 – e calibrador de fabricação norte-americana.

De acordo com a Norma Regulamentadora nº 15, em seu Anexo 3, a exposição foi avali-ada através do Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG). As medições foramefetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida.

E. Agentes QuímicosA exposição a solventes orgânicos na atmosfera de trabalho foi oriunda da evaporação

de formulações de solventes, colas, adesivos e tintas.Para a avaliação da concentração desses agentes químicos na atmosfera de trabalho,

foi realizada amostragem de ar passiva na zona respiratória dos trabalhadores, com amos-trador TRACEAIR OVM 2, marca K&M, e amostragem ativa no ambiente na altura da zonarespiratória dos funcionários, com bomba apropriada (Buck Genie, marca A. P. Buck), opera-da em baixo fluxo, tendo como coletor tubo de carvão ativado (SKG, modelo 226-01).

Foram amostrados trabalhadores pelo critério de grupos homogêneos* de exposição.

* Pessoas que executam funções semelhantes

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As análises das amostras foram realizadas em laboratório especializado, utilizou-se atécnica de cromatografia gasosa/coluna capilar. Os resultados foram expressos em concen-tração (ppm) de tolueno e n-hexano, solventes mais freqüentes nos insumos considerados.

Amostragem pessoal, ativa, na zona respiratória dos trabalhadores, com bomba marca“Buck Genie”, operada em baixo fluxo, tendo como coletor tubo de carvão ativado (méto-do NIOSH – National Institute of Occupational Safety and Health). Reamostragem no mes-mo indivíduo.

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Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento

■ Almoxarifado001 Medir área de couro 77 1000 1000002 Bancada de seleção do couro 1 74 1200 1000003 Mesa 1 74 700 500004 Mesa 2 74 1100 500005 Bancada de seleção do couro 2 74 1500 1000006 Bancada de seleção do couro 3 74 1450 1000007 Bancada de seleção do couro 4 74 1000 1000008 Corredor 74 80/100 200009 Bancada de apoio 75 90 300

■ Setor de Corte010 Mesa 80/86 140 500011 Balancim 82/87 1300 1000012 Bancada 82/87 350 1000013 Balancim 82/87 300 1000014 Bancada 82/87 390 1000015 Balancim 82/85 900 1000016 Bancada 82/85 700 1000017 Balancim 80/86 1400 1000018 Bancada 80/86 700 1000019 Balancim 80/84 900 1000020 Bancada 80/84 400 1000021 Balancim 81/87 900 1000022 Bancada 81/87 450 1000023 Balancim 81/86 900 1000024 Bancada 81/86 350 1000

Locais Nível de PressãoSonora dB(A)

Nível deIluminamento

NBR 5413 Mínimo LUXPonto

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Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

■ Setor de Corte (continuação)025 Balancim 81/85 1000 1000026 Bancada 81/85 400 1000027 Balancim 81/84 1300 1000028 Bancada 81/84 450 1000029 Balancim 81/84 550 1000030 Bancada 81/84 320 1000031 Balancim 80/83 1000 1000032 Bancada 80/83 450 1000033 Balancim 81/84 1200 1000034 Bancada 81/84 350 1000035 Balancim 81/84 1300 1000036 Bancada 81/84 250 1000037 Balancim 81/85 1000 1000038 Bancada 81/85 700 1000039 Balancim 81/85 1000 1000040 Bancada 81/85 450 1000041 Balancim 81/85 750 1000042 Bancada 81/85 450 1000043 Balancim 81/85 1000 1000044 Bancada 81/85 450 1000045 Balancim 81/85 800 1000046 Bancada 81/85 550 1000047 Balancim 81/84 1000 1000048 Bancada 81/84 400 1000049 Balancim 81/84 700 1000050 Bancada 81/84 400 1000

Locais Nível de PressãoSonora dB(A)

Nível deIluminamento

NBR 5413 Mínimo LUXPonto

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Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

■ Setor de Corte (continuação)051 Balancim 81/85 1000 1000052 Bancada 81/85 450 1000053 Balancim 81/85 740 1000054 Bancada 81/85 490 1000055 Balancim 81/86 1000 1000056 Bancada 81/86 450 1000057 Balancim 81/86 900 1000058 Bancada 81/86 450 1000059 Balancim 81/87 1000 1000060 Bancada 81/87 380 1000061 Balancim 81/87 750 1000062 Bancada 81/87 200 1000

■ Setor de Revisão063 Bancada 1 80 1000 1000064 Bancada 2 80 750 1000065 Bancada 3 80 980 1000066 Bancada 4 80 980 1000067 Máquina de cortar aviamento 80/84 1000 1000068 Bancada de colagem de aviamento 75/80 350/450 500069 Bancada de pintura do afil 80 350 500070 Máquina para rachar fia 86/89 500 500071 Maquina lixadeira 96 350/450 500072 Cabine de pintura 80/86 550 500

Locais Nível de PressãoSonora dB(A)

Nível deIluminamento

NBR 5413 Mínimo LUXPonto

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Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

■ Setor Pré-fresado073 Balancim 1 93 560 1000074 Bancada 1 93 600 1000075 Balancim 2 98 850 1000076 Bancada 2 98 800 1000077 Máquina equalizadora 93 800 500078 Máquina de rachar 90 1000 500079 Máquina fresa 91/95 400 500080 Máquina cama de salto 84 450 500081 Máquina de desenhar sola 85 800 500082 Máquina carimbadeira 85 800 500083 Máquina vira falsa 85 600 500084 Máquina de abrir canaleta 91 300 500085 Máquina de asperar 85/90 400 500086 Máquina de halogenar 84 300 500087 Máquina de passar cola 85/90 150 500088 Pinheirinho 85/90 300 500089 Máquina prensa 89/90 150 500090 Máquina de lixar/asperar 94 300 500091 Máquina de passar cola base 90 600 500092 Máquina de asperar borracha 90 700 500093 Máquina blaqueadeira 94 800 1000094 Máquina cola base 86 200 500095 Máquina cola vira/solado 86 300 500096 Máquina prensa 89/90 150 500097 Máquina lixação de giga 89 600 500098 Máquina boneca 1 91 700 500

Locais Nível de PressãoSonora dB(A)

Nível deIluminamento

NBR 5413 Mínimo LUXPonto

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Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

■ Setor Pré-fresado (continuação)099 Máquina boneca 2 95 700 500100 Máquina de frisar 94 200 500101 Mesa de tinta 88 200 500102 Forno de aquecimento 88 300 300103 Máquina de queimar 88 800 500104 Máquina de lustrar 92 150 500105 Mesa de revisão 87 600 1000

■ Setor Injetoras106 Injetora 1 75/85 250 500107 Bancada 1 75/85 145 500108 Injetora 2 80/84 300 500109 Bancada 2 80/84 140 500110 Injetora 3 80/86 350 500111 Bancada 3 80/86 350 500112 Injetora 4 80/86 350 500113 Bancada 4 80/86 300 500114 Injetora 5 80/86 350/450 500115 Bancada 5 80/86 200 500116 Injetora 6 80/88 320 500117 Bancada 6 80/88 240 500118 Injetora 7 80/86 250/300 500119 Bancada 7 80/86 250/300 500120 Moinho 97 550 500

Locais Nível de PressãoSonora dB(A)

Nível deIluminamento

NBR 5413 Mínimo LUXPonto

Page 38: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista118

SESMT/CIPA/PPRA

Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

■ Setor Bordados121 Máquina Bordadeira 84 350 1000122 Bancada 83 250 1000123 Máquina bordadeira 84 250 1000124 Bancada 83 250 1000125 Máquina bordadeira 84 600 1000126 Bancada 84 550 1000127 Máquina bordadeira 85 700 1000128 Bancada 85 800 1000

■ Setor de Preparação/Pesponto129 Máquina de rachar peça 82 720 500130 Máquina chanfradeira 83 450 500131 Máquina chanfradeira 84 700 500132 Máquina chanfradeira 84 650 500133 Máquina chanfradeira 84 550 500134 Máquina chanfradeira 84 700 500135 Máquina chanfradeira 84 280 500136 Máquina chanfradeira 84 200 500137 Máquina chanfradeira 84 240 500138 Máquina chanfradeira 84 280 500139 Máquina chanfradeira 84 650 500140 Máquina chanfradeira 84 550 500141 Máquina auxiliar 84 700 500142 Máquina chanfradeira 84 720 500143 Máquina auxiliar 83 700 500144 Máquina auxiliar 83 500 500

Locais Nível de PressãoSonora dB(A)

Nível deIluminamento

NBR 5413 Mínimo LUXPonto

Page 39: Manual Calcadista Parte2

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SESMT/CIPA/PPRA

Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

■ Setor de Preparação/Pesponto145 Máquina rachadeira 84/85 700 500146 Bancada conferência 81 450/1000 1000147 Bancada conferência 81 300/900 1000148 Máquina carimbadeira 83/89 500 500149 Máquina carimbadeira 2 83/92 250 500150 Máquina carimbadeira 83/87 300 500151 Máquina carimbadeira 80/90 1000 500152 Máquina carimbadeira 82/89 750 500153 Máquina carimbadeira 82/92 500 500154 Máquina carimbadeira 80/88 750 500155 Máquina entertela 80/93 300 500156 Máquina cambradeira 80/88 380 500157 Máquina pesponto 85 800 1000158 Máquina pesponto 85 750 1000

■ Modelagem159 Bancada de corte 75 1000 1000160 Máquina carimbadeira 80/87 350 500161 Máquina entertela 80 400 500162 Máquina chanfradeira 80 450 500163 Bancada colagem 80 550 500164 Máquina pesponto 84 1000 1000165 Máquina ziguezague 86 1000 1000166 Máquina dobra tiras 80 1000 500167 Máquina tesoura 80 1000 500168 Bancada 80 1200 500

Locais Nível de PressãoSonora dB(A)

Nível deIluminamento

NBR 5413 Mínimo LUXPonto

Page 40: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista120

SESMT/CIPA/PPRA

Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

■ Setor Manutenção169 Mesa 70 700 500170 Esmeril 82 800 500171 Furadeira de bancada 80 700 500172 Bancada 75 700 500173 Torno mecânico 84 400 1000174 Torno revolver 85 750 1000175 Fresa 85 700 500176 Plaina 83 650 500177 Máquina de solda 82 300 200178 Bancada elétrica 81 600 500179 Bancada mecânica 81 450 500

■ Setor Montagem/Esteira180 Distribuição calçado na esteira 84/91 800 500181 Máquina asperar base 97 400 500182 Bancada de colagem 1 97 300 500183 Bancada de colagem 2 90 200 500184 Forno 92 300 500185 Máquina calceira 92 300 500186 Conformadeira de base 92 500 500187 Retirada de taxa manual 92 600 500188 Bancada queimar linha 93 400 500189 Politriz 95 300/500 500190 Bancada lavar calçado 94 300 500191 Politriz 94 250 500192 Cabine de pintura 1 97 700 1000

Locais Nível de PressãoSonora dB(A)

Nível deIluminamento

NBR 5413 Mínimo LUXPonto

Page 41: Manual Calcadista Parte2

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SESMT/CIPA/PPRA

Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

■ Setor Montagem/Esteira (continuação)193 Cabine de pintura 2 96 700 1000194 Cabine de pintura 3 96 500 500195 Lixadeira 97 250 500196 Bancada colagem 92 500 500197 Bancada monta caixa 89 300 500198 Máquina sorveteira 95 180 500199 Base para retirar da fôrma 89 180 500200 Máquina blaqueadeira 107 200 1000201 Máquina blaqueadeira 108 300 1000202 Puxar linha manual 106 750 500203 Bancada pintar canaleta 93 400 500204 Máquina politriz 93/97 1000 500205 Máquina pregar salto 103 100 500206 Cabine de pintura (cera) 95 700 1000207 Bancada colar calcanheira 95 300 500208 Máquina politriz 93 240 500209 Bancada para enrolar bambolim 93 220 500210 Máquina politriz 92 300 500211 Bancada de revisão 88 750 1000

■ Setor Expedição212 Bancada de revisão 72 700 1000213 Bancada de revisão 72 950 1000214 Mesa 70 800 500215 Bancada de encaixotamento 70 800 500

Locais Nível de PressãoSonora dB(A)

Nível deIluminamento

NBR 5413 Mínimo LUXPonto

Page 42: Manual Calcadista Parte2

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Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

■ Setor Administrativo216 Mesa 1 65/75 300 500217 Mesa computador 65/75 800 500218 Mesa 2 65/75 550 500219 Mesa computador 65/75 750 500220 Mesa 3 65/75 650 500221 Mesa computador 65/75 600 500222 Mesa 4 65/75 350 500223 Mesa 5 65/75 380 500224 Mesa computador 65/75 350 500225 Mesa 6 65/75 300 500226 Máquina de datilografia 65/75 320 500227 Mesa computador 65/75 250 500228 Mesa 7 65/75 450 500229 Mesa 8 60/64 600 500230 Mesa computador 60/64 550 500231 Mesa 9 59 550 500232 Mesa computador 60 500 500233 Mesa 10 60 450 500234 Mesa computador 72 550 500235 Mesa 11 68 500 500236 Mesa 12 68 350 500237 Mesa computador 70 350 500238 Mesa 13 70 380 500239 Máquina de datilografia 65/74 450 500240 Mesa computador 72 430 500241 Mesa 14 70 500 500

Locais Nível de PressãoSonora dB(A)

Nível deIluminamento

NBR 5413 Mínimo LUXPonto

Page 43: Manual Calcadista Parte2

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Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

■ Setor Administrativo (continuação)242 Sala de reunião 50 350 300243 Sala de vendas 60/74 600 500244 Mesa computador 60/72 700 500245 Mesa do departamento de pessoal 60/74 650 500246 Mesa do contador 60/74 350 500247 Mesa contas a pagar 65/76 480 500248 Mesa contas a receber 65/76 520 500249 Mesa da secretária da diretoria 60 600 500250 Mesa do diretor técnico 60 620 500251 Mesa do diretor financeiro 60 620 500252 Sala da telefonista 70/82 300 500253 Mesa da recepcionista 70/82 750 500254 Mesa do diretor de produção 60/64 600 500

ABNT-NBR 5.413 – Norma brasileira registrada que visa estabelecer os valores deIluminação mínimos em serviço de luz artificial, em interiores, onde se realizam atividadesde comércio, indústria, ensino, esporte e outros.

Para análise do nível de pressão sonora foi usado o limite de tolerância para ruídocontínuo ou intermitente (quadro 25), de acordo com o Anexo 1 da Norma Regulamentadoranº 15.

Locais Nível de PressãoSonora dB(A)

Nível deIluminamento

NBR 5413 Mínimo LUXPonto

Page 44: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista124

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Quadro 25 – Tabela que mostra o limite de tolerância para ruído

Nível deruído dB(A)

Máxima exposiçãodiária permissível

85 8 horas86 7 horas87 6 horas

89 4 horas e 30 minutos

91 3 horas e 30 minutos

93 2 horas e 30 minutos

95 2 horas

98 1 hora e 15 minutos

102 45 minutos

105 30 minutos

108 20 minutos

112 10 minutos

115 7 minutos

88 5 horas

90 4 horas

92 3 horas

94 2 horas e 15 minutos

96 1 hora e 45 minutos

100 1 hora

104 35 minutos

106 25 minutos

110 15 minutos

114 8 minutos

Fonte: NR-15

Page 45: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 125

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B. Dosimetria de RuídoO critério de escolha dos postos que serão avaliados pela dosimetria é definido pelos fa-

tores “intensidade e oscilações de ruído de determinado posto de trabalho”, tendo comoobjetivo determinar a dose de ruído recebida pelo trabalhador durante sua jornada de tra-balho, além do que, trata-se de um documento legal que comprova a exposição ou não dotrabalhador aos limites estabelecidos por lei.

dB(A) Distribuição%

70 1,875 69,880 19,2

90 2,2

100 0,0

85 6,6

95 0,2

CumulativoDistribuição

%

100,098,228,4

2,6

0,2

9,2

0,4

dB(A) Distribuição%

70 0,075 0,480 15,3

90 17,9

100 0,1

85 19,5

95 46,9

CumulativoDistribuição

%

100,0100,099,6

64,8

0,0

84,3

46,9

Quadro 26A – Distribuição ecumulativo da dosimetria de

ruído do ponto B1.

Quadro 26B – Distribuição ecumulativo da dosimetria de

ruído do ponto B2.

B-1Nome: Sra. CalçadoFunção: PespontadeiraSetor: PespontoData: 06/12/2000Start: 07:00hEnd.: 11:00hRun.: 4:00hPause: 0:00hDose %: 15Dose 8h%: 48Lav dB(A): 79,6Max L dB(A): 101,0Max P dB(A): 138,9

B-2Nome: Sr. CalçadoFunção: Pregador de viraSetor: Pré-fresadoData: 14/02/2001Start: 07:25hEnd.: 10:32hRun.: 3:02hPause: 0:05hDose %: 118Dose 8h%: 311Lav dB(A): 93,1Max L dB(A): 101,4Max P dB(A): 127,9

Page 46: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista126

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Observações: Legendas usadas na dosimetria de ruído

= 85 dB(A) = 100% Dose< 100% dentro dos limites por> 100% acima dos limites por

= Final da medição em

= Parada do tempo da medição horas/minutos

= Representa o valor em % da dose extrapoladaem um período de 8 horas

= É o nível de pressão sonora máximo para umperíodo de medição

= Início da medição em

= Tempo de medição em

= Representa a quantidade de energia recebidapelo trabalhador, expressa em porcentagemde dose permitida

= Representa a energia média do nível sonorodurante um período de medição, ou seja, o deruído estabilizado contínuo que tem a mesmaenergia acústica que o ruído medido durante omesmo intervalo de tempo

= É o pico de nível de pressão sonora máximopara um período de medição

8 horasDose 8 horasDose 8 horas

End

Pause

Dose 8%

Max L

Start

Run

Dose %

Lav ou Leq (nívelsonoro contínuo

equivalente)

Max P

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SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 127

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Com relação à dosimetria, foi utilizado para interpretação dos resultados o quadro 27 aseguir, conforme estabelece a norma da Fundacentro – NHT – 06 R/E, de 1985.

Quadro 27 – Avaliação da exposição ocupacional ao ruído.

C. Medições de CalorO único local passível de possuir fonte de calor nesta indústria calçadista será o setor

de injetoras (quadro 28). Para comprovar a inexistência desta fonte, a exposição ao calor foiavaliada através do “Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo” (IBUTG), conformedetermina a legislação.

Quadro 28 – Medições de calor.

IBUTG = Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo ºC.TBN = Temperatura de Bulbo Úmido Natural ºC.TBS = Temperatura de Bulbo Seco ºC.TG = Temperatura de Globo ºC.

Situação daExposição

ConsideraçãoTécnica da Situação

Nível deRecomendação

aceitável — desejável, não prioritária

Valor da Dose 8 horas(%)

10 a 50

Sala 4 – Área Produção – Injetora29,4 °C

SetorIBUTG

26,0 °CTBN33,5 °CTBS37,3 °CTG

ModeradoTipo de atividade

aceitável de atenção de rotina60 a 80

temporariamente séria preferencial90 a 100

inaceitável crítica urgente110 a 300

inaceitável de emergência imediataacima de 300

inaceitável,recomenda-se

interromperde emergência imediata

qualquer, havendoníveis individuais

acima de 115 dB(A)

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SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista128

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As medições foram efetuadas no local onde permanece o trabalhador, na altura da re-gião do corpo mais atingida. Foi considerado como atividade moderada o trabalho intermi-tente com períodos de descanso no próprio local (quadro 29).

Quadro 29 – Limites de tolerância, conforme NR-15 – Anexo 3

O valor obtido de 29,4 °C está acima do limite de tolerância de 26,7 °C.

D. Avaliação QuímicaAs concentrações de tolueno e n-hexano no ambiente de trabalho foram quantificadas

por amostragem ativa no ambiente à altura média da zona respiratória dos trabalhadores,obtendo os resultados apresentados no quadro 30.

No quadro 31 estão apresentadas as concentrações de tolueno e n-hexano das amostrascoletadas de forma passiva na zona respiratória dos trabalhadores.

Leve

Tipo de Atividade

Moderada Pesada

até 30,0 até 26,7 até 25,0

Regime de trabalho intermitentecom descanso no próprio local de

trabalho (por hora)

Trabalho contínuo

30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 a 25,945 minutos trabalho15 minutos descanso

30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,930 minutos trabalho30 minutos descanso

31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,015 minutos trabalho45 minutos descanso

acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0Não é permitido o trabalho sem a adoçãodas medidas adequadas de controle

Page 49: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 129

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Quadro 30 – Resposta ao instrumental e metodologia.

Amostragem ativa de áreas

13 25 <1025 19 <1037 31 <1049 14 1451 <10 1959 18 14

66 14 1972 <10 1163 39 2169 37 1863 28 22

142 25 21148 31 23138 14 19140 <10 33134 39 14130 18 22

75 43 <1083 37 <1095 39 <1082 33 <1098 42 <1077 39 <1094 52 <10

185 36 28210 40 32183 39 34205 35 30191 34 29198 37 24187 39 28200 34 21209 39 28199 32 24197 28 22194 34 27192 34 28182 35 26

168 39 21161 37 18162 28 22164 19 24168 31 23165 14 19

Resultados (ppm)tolueno n-hexano

Setor/Fonte

cortefonte: cola

70 funcionários

revisãofonte: solventes20 funcionários

preparação e pespontofonte: cola

90 funcionários

pré-fresadofonte: cola

60 funcionários

esteira/montagemfonte: cola e solventes

140 funcionários

modelagemfonte: solventes, colas e outros

20 funcionários

Ponto

limites de tolerância 78 50** ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists

Page 50: Manual Calcadista Parte2

Quadro 31 – Amostragem passiva de funcionários em seus postos (pontos) de trabalho.

17 31 1762 23 1630 51 1141 24 1938 16 2525 25 1446 34 1754 24 1211 19 1852 27 14

64 24 1970 16 1268 25 18

147 31 23152 24 19130 25 28133 30 14137 34 17143 42 26

104 54 <10105 31 <1089 33 <1098 29 <1090 34 <1081 34 <1073 25 <1076 46 <10

211 27 21209 26 23204 32 27201 29 24198 35 26196 34 25195 37 24185 29 23206 24 19194 29 21188 22 24186 28 19190 24 17181 34 21183 27 18207 32 16

165 24 19160 16 12162 25 18168 31 23159 24 19166 25 28

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Resultados (ppm)tolueno n-hexano

Setor/Fonte

cortefonte: cola

70 funcionários

revisãofonte: solventes 20 funcionários

preparação e pespontofonte: cola

90 funcionários

pré-fresadofonte: cola

60 funcionários

esteira/montagemfonte: cola, solventes e halogenantes

140 funcionários

modelagemfonte: solventes, colas e outros

20 funcionários

Ponto

limites de tolerância 78 50** ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists

Page 51: Manual Calcadista Parte2

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IX. Estabelecimento de prioridades e metasde avaliação

Os riscos avaliados no item anterior (VIII. Reconhecimento de riscos) servem de basepara as prioridades nas medidas de controle que serão propostas.

■ 9.1. Implantação das medidas de controle e avaliação de sua eficácia

9.1.1. Agentes Químicos

9.1.1.1. Minimização do Risco■ A minimização e/ou a neutralização do risco deverão ser feitas preferencialmente

com a adoção de medidas de proteção coletiva, tais como sistema de ventilação lo-cal exaustora nos pontos em que forem encontrados níveis acima do limite de tole-rância, ou ainda sistemas de ventilação geral diluidora em casos específicos.

■ Para todos os produtos químicos manuseados na empresa, independentemente deser um agente de risco, deverá ser feita a normalização quanto aos cuidados eprimeiros socorros necessários em caso de acidente, dando conhecimento aosfuncionários que o manuseiam.

■ No manuseio de solventes orgânicos em geral, gasolina, querosene, recomendamoso uso de cremes protetores adequados. É importante ressaltar que, no momento dacompra, deverá ser salientada a substância manuseada, para que seja adquirido oproduto mais adequado.

■ Por ocasião da utilização de solventes orgânicos em geral, thinner, gasolina, quero-sene, tintas, colas, deverão ser utilizados protetores respiratórios com filtros especí-ficos aos vapores orgânicos, manipulados sempre que não houver equipamento deproteção coletiva eficiente.

Page 52: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista132

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9.1.1.2. Controle de PessoalNo período transitório, não há como deixar os trabalhadores da fábrica desprotegidos. As-

sim sendo, os trabalhadores deverão utilizar os protetores mencionados em itens anteriores.Por ocasião da compra, deverão ser observados o peso, o conforto e a eficiência do produto.Vale ressaltar que os filtros dos protetores respiratórios recomendados têm um período de va-lidade e, uma vez saturados, deverão ser trocados imediatamente.

Cabe-nos ainda informar que, mesmo com a utilização de protetores respiratórios, os fun-cionários deverão ser submetidos a exames médicos peródicos, conforme especifica oPCMSO (NR-07) elaborado pela empresa.

9.1.2. Agentes FísicosVisando proteger a saúde do trabalhador, o atendimento da legislação vigente, a otimização

dos recursos da empresa e a minimização dos Riscos Potenciais de Acidentes e Doenças Ocu-pacionais, sugerimos que, nos setores em que o nível de pressão sonora ultrapasse 85 dB(A) pa-ra uma jornada de 8 (oito) horas de exposição, deve-se efetuar um estudo com base em:

9.1.2.1. Controle da FonteManutenção constante no tocante não só à troca de peças desgastadas, mas também

quanto à lubrificação.

9.1.2.2. EnclausuramentoEstudar a possibilidade de enclausuramento dos moinhos (injetoras).

9.1.2.3. Controle de PessoalOs trabalhadores da produção deverão utilizar protetores auriculares.Cabe-nos ainda informar que, mesmo com a utilização de protetores individuais, os fun-

cionários que estão expostos a ruído intenso deverão submeter-se a testes audiométricos to-nais pelo menos para a freqüência de 500, 1.000, 2.000, 3.000, 4.000, 6.000 e 8.000Hz, porocasião dos exames médicos admissional, periódico, demissional, de mudança de função eretorno ao trabalho, conforme a Norma Regulamentadora nº 07 do Ministério do Trabalho.

Page 53: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 133

SESMT/CIPA/PPRA

9.1.3. Agentes BiológicosDeverão ser providenciados exames recomendados no PCMSO.

9.1.4. Outros Agentes■ A legislação se reporta às iluminâncias constantes na NBR 5.413 da ABNT, que reco-

menda valores mínimos em função do tipo de tarefa executada. No item 6.3.3 estãotabelados os valores medidos e o mínimo de iluminância para cada posto de traba-lho. Assim, pode-se constatar a existência de muitos locais na empresa em que osvalores medidos encontram-se abaixo dos mínimos estabelecidos e, conseqüente-mente, seria necessário estudo para revisão do sistema de distribuição das luminá-rias ou ampliação do número de lâmpadas.

■ Faz-se urgente a instalação de extintores adequados ao tipo de uso. Para tanto, deve-rá ser feito um dimensionamento dos extintores com a locação correta destes em plan-ta e posterior instalação in loco. Além disso, deverão ser revisados periodicamente.

■ Os funcionários deverão ser treinados quanto ao uso dos extintores.■ Deverá ser feita revisão periódica das instalações elétricas da empresa.■ Para o uso dos computadores, deverão ser providenciadas cadeiras adequadas com as-

sento e encosto ajustáveis à altura da bancada ou mesa em que está instalado.

Page 54: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista134

SESMT/CIPA/PPRA

Quadro 32 – 9.2. Cronograma Proposto

Eventospropostos/Mês

compra dos EPIs

treinamento quanto ao uso dos EPIs

dimensionamento einstalação dos

extintores

constituição dabrigada de incêndio

adequação dasluminárias

PCMSO

enclausuramento domoinho

substituição dascadeiras

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Xreplanejamento doPPRA

ajuste das máquinasobjetivando redução

de ruído

Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan

Page 55: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 135

SESMT/CIPA/PPRA

X. Conclusão

Todas as ações propostas no cronograma (quadro 32) e executadas pela empresa deve-rão ser devidamente documentadas.

Por exemplo, no caso dos equipamentos de proteção individual, abre-se uma pasta comas notas fiscais de compra e respectivos CAs (Certificado de Aprovação a ser fornecido pe-la empresa fornecedora) e de outros serviços propostos.

O PPRA e ações a serem desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresasão de responsabilidade do empregador.

A operacionalização do PPRA consiste em ações executivas e de controle. É um proces-so contínuo, devendo, portanto, ter um coordenador.

Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análi-se global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização de reajustes neces-sários e esclarecimentos de novas metas e prioridades.

Este trabalho visa estabelecer parâmetros que permitam adaptação das condições detrabalho dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança edesempenho eficiente.

Reafirmamos, portanto, que as providências que forem tomadas no sentido de eliminara insalubridade e/ou riscos não constituem gastos e sim investimentos.

Este cronograma foi discutido e aprovado em reunião, com a presença dos senhores Di-retor Sapato, Gerente Sapatos, chefe DEPE, engenheiro coordenador, engenheiro de segu-rança, médico coordenador e representantes da CIPA, em 99/04/99.

Page 56: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista136

SESMT/CIPA/PPRA

Responsabilidades

Do empregador: Estabelecer, implantar e assegurar o cumprimento do PPRA comoatividade permanente da empresa.

Dos empregados: Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA; seguir asorientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; informar ao seu hierárqui-co direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.

São Paulo, 01 de maio de 9999.

Verifico Segurança Técnico SeguroEng.º Verifico Segurança Téc. Técnico Seguro

CREA 99.999 CREA 9.999

Teo Seguro Trabalho Seguros TécnicosTéc. Teo Seguro Trabalho Téc. Seguros Técnicos

CREA 99.99 CREA 999

Page 57: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 137

PCMSOCalçados X ltda.

São Paulo, 99 de janeiro de 9999.

Calçados X ltda.

At.: Sr. Fazedor de Sapatos

Encaminhamos para sua apreciação o Programa de Controle Médico de SaúdeOcupacional (PCMSO) para os funcionários da empresa Calçados X ltda.

O programa consta essencialmente de exames médicos e foi elaborado tendo comosubsídios: a visita aos postos de trabalho em 99/99/9999 e as informações técnicasrecebidas pela empresa nesta data.

O programa poderá ser alterado se houver mudança no processo de trabalho,maquinário, exposição a outros riscos ocupacionais ou mudança do ramo de atividade. É deresponsabilidade da empresa comunicar a este Serviço Médico tais mudanças.

Após o recebimento de todos os resultados dos exames complementares econclusão do atendimento, o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) será emitido em duasvias, sendo a primeira via da empresa e a segunda, do trabalhador.

Os casos suspeitos ou diagnosticados de moléstia ocupacional deverão sernotificados ao INSS através da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho – CATpela empresa. Após a alta da perícia médica, deverão retornar pessoalmente ao ServiçoMédico, munidos da Comunicação de Resultado de Exame Médico – CREM/CPMATfornecida pelo INSS.

O atendimento só será concluído após estes procedimentos.Solicitamos que dúvidas ou informações em relação ao atendimento sejam

esclarecidas pelo telefone: 0-XX-99-999.9999.

Atenciosamente,

Saúde SapatosDr. Saúde SapatosCRM 99.999 Setor Médico de Saúde do Trabalhador

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SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista138

PCMSO

Modelo de:Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PCMSO/NR-7Validade: janeiro/9999 a dezembro/9999

1. Identificação da empresa Empresa: Calçados X ltda.CGC: 99.999.999/9999-99Endereço: Rua Sapatos Felizes, nº 99Telefone: 0-XX-99 - 999.9999CNAE: 19,3Atividade: Fabricação de calçadosGrau de risco: 03Total de funcionários: 600Jornada de trabalho:Administrativo: 08:00/12:00 - 13:00/17:00 horasProdução: 06:00/11:00 - 13:00/16:00 horasMédico: Dr. Saúde SapatosCRM: 99.999Telefone: 0-XX-99 - 999.9999

■ Setores da empresaAlmoxarifado 10 funcionáriosModelagem 10 funcionáriosCorte 70 funcionáriosBordado 20 funcionáriosMoinho/Injetoras 30 funcionáriosDistribuição interna/externa 20 funcionáriosPreparação/Pesponto 90 funcionáriosPré-fresado 60 funcionáriosEsteira/Montagem 140 funcionáriosControle de qualidade 20 funcionáriosExpedição 30 funcionáriosManutenção 20 funcionáriosAdministração 80 funcionários

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SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 139

PCMSO

2. Desenvolvimento do PCMSO

■ 2.1. Compete ao empregador:a) Garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela

sua eficácia.b) Custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO.

Os órgãos de fiscalização poderão exigir os comprovantes destas despesas, que deve-rão ser guardados e organizados para serem apresentados em caso de solicitação.

c) Indicar, entre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia e Segurança eMedicina do Trabalho – SESMT da empresa, um coordenador responsável pela exe-cução do PCMSO.

d) No caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordocom a NR-4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não daempresa, para coordenar o PCMSO.

■ 2.2. Compete ao médico coordenador:a) Planejar e realizar os exames previstos ou delegar a execução para outro médico fa-

miliarizado com o programa.b) Não há necessidade de o médico coordenador estar inscrito no Ministério do Trabalho,

porém, deve estar inscrito no Conselho Regional de Medicina (CRM) da unidade da fe-deração na qual atua e ser preferencialmente especializado em medicina do trabalho.

c) Os exames complementares devem ser realizados por profissionais e/ou entidadesdevidamente capacitados, equipados e qualificados.

Obs: O programa não necessita ser homologado ou registrado nas DRTs, porém deveficar em local disponível na empresa e, se houver, nas filiais.

Page 60: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista140

PCMSO

■ 2.3. Os exames médicos ocupacionais que deverão ser realizados são os seguintes:

1. Exame médico admissionalConforme determina a NR-7, item 7.4.1, deverá ser realizado antes que o trabalhador as-

suma as atividades. O exame admissional constará de:1. Exame clínico ocupacional.2. Exames complementares realizados de acordo com os termos especificados na

NR-7, conforme os riscos ocupacionais do setor onde irá trabalhar.3. Outros exames, a critério médico, considerando os empregos anteriores do

funcionário ou as alterações encontradas no exame clínico.

2. Exame médico periódicoDeverá ser realizado conforme determina a NR-7, item 7.4.3.2.O exame periódico constará de:1. Exame clínico ocupacional.2. Exames complementares realizados de acordo com os termos especificados na

NR-7, conforme os riscos ocupacionais do setor onde trabalha.3. Outros exames, a critério médico, considerando as alterações encontradas no

exame clínico.

3. Exame médico de retorno ao trabalhoConforme determina a NR-7, item 7.4.3.3, deverá ser realizado obrigatoriamente no pri-

meiro dia da volta ao trabalho do trabalhador ausente por período igual ou superior a 30(trinta) dias, por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.O exame médico de retorno ao trabalho constará de:

1. Exame clínico ocupacional.2. Outros, dependendo do motivo do afastamento e da função exercida.

Page 61: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 141

PCMSO

4. Exame médico de mudança de funçãoConforme determina a NR-7, item 7.4.3.4, será obrigatoriamente realizado antes da da-

ta da mudança. Para este fim, entende-se por mudança de função toda e qualquer altera-ção da atividade, posto de trabalho ou setor que implique a exposição do trabalhador a ris-co diferente daquele a que estava exposto antes da mudança.

1. Exame clínico ocupacional.2. Outros, conforme a mudança de riscos a que estará exposto.

5. Exame médico demissionalConforme determina a NR-7, item 7.4.3.5, será obrigatoriamente realizado até a data da

homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há maisde 90 dias, ou conforme negociação coletiva da categoria.

O exame médico demissional constará de:1. Exame clínico ocupacional.2. Exames complementares, conforme os riscos ocupacionais do setor onde trabalhou.3. Outros exames, a critério médico, considerando as alterações encontradas no

exame clínico.

Obs.: De modo geral, não podem ser demitidos trabalhadores doentes e trabalhadorasgestantes.

Page 62: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista142

PCMSO

■ 2.4. Monitoramento biológico indicado por riscosNo desenvolvimento deste PCMSO, considerou-se a observação dos riscos com exames

a serem realizados de acordo com o quadro 33 abaixo. A seguir, serão expostos os parâme-tros químicos e físicos (quadro 34) usados neste monitoramento, conforme orientação daNR-7, adaptada somente para parâmetros avaliados.

Quadro 33 – Monitoramento biológico com exames indicado por riscos ambientais.

Exame clínico

Audiometria

Exame clínico

Exame clínico

Exame clínico

Dosagem de ácido hipúrico na urina

Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina

Dosagem de metil-etil-cetona na urina

Critério técnico após identificação

Raio X de tórax e espirometria

Exame clínico

Outros exames complementaresindicados a critério médico

1

2

1

1

1

3

4

5

6

7

1

8

Ergonômico

Físico – Ruído

Físico – Calor

Físico – Vibração

Biológico – Vírus, fungos e bactérias

Químico – Tolueno

Químico – N-hexano

Químico – Metil-etil-cetona

Químico – Outras substâncias

Químico – Poeiras (aerodispersóides não fibrogênicos)

Risco de acidentes

Riscos Tipo de Exame Código do Exame

Page 63: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 143

PCMSO

Quadro 34 – Parâmetros para controle biológico da exposição a alguns agentes químicos (Quadro I – NR-7).

Significado:EE – O indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do limite

de tolerância, mas não possui, isoladamente, significado clínico ou toxicológico próprio, ouseja, não indica doença, nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico.

Fonte de dados do quadro 33 retirada da NR-7, adaptação somente para parâme-tros avaliados.

“A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do quadro I deverá ser, no mí-nimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico coordenador, ou por notificaçãodo médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho.”(NR-7, item 7.4.2.1)

Urina

Urina

Urina

Metil-etil-cetona

2,5hexanodiona

Ácidohipúrico

Metil-etil-

cetona2 mg/l Cromatografia

gasosa

Indica que oambiente está

saturado dasubstância EE

Até 12meses

Final do últimodia de jornada

de trabalho

5 mg/g decreatinina

Cromatografiagasosa

Indica que oambiente está

saturado dasubstância EE

Até 18meses

Final do últimodia de jornada

de trabalho

2,5 g/g decreatinina

Cromatografiagasosa ou

cromatografialíquida de altodesempenho

Até 1,5 g/g decreatinina

Indica que oambiente está

saturado dasubstância EE

Final do últimodia de jornada

de trabalho.Pode-se fazer adiferença entre

pré e pós-jornada

N-hexano

Tolueno

AgenteQuímico

IndicadorBiológicoMaterial

Biológico

IndicadorBiológicoAnálise

Valor deReferência

ÍndiceBiológicoMáximo

Permitido

MétodoAnalítico Amostragem Interpretação Vigência

Page 64: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista144

PCMSO

Quadro 35 – Parâmetros para monitorização da exposição ocupacional a algunsriscos à saúde (Quadro II – NR-7).

*Texto adaptado na NR-7, deste manual.Fonte de dados do quadro 35 retirada da NR-7 e da Portaria 19 (adaptação somente para parâmetros avaliados).

Audiometriatonal via aéreaFreqüências:500, 1.000,2.000, 3.000,4.000, 6.000 e8.000Hz

Telerradiografiado tórax

Espirometria

Admissional,6 meses apósadmissão eanual

Admissional,trienal seexposição <15 anos,bienal seexposição >15 anos

Admissionale bienal.

Ruído

Anexo I da NR-7,Portaria 19, queestabelecediretrizes eparâmetrosmínimos paraavaliação eacompanhamentoda audição emtrabalhadoresexpostos a níveisde pressão sonoraelevados*.

Independentementedo uso de EPI.

Otoscopia prévia,repouso acústicodo trabalhador >14h, cabineacústica cf. OSHA81-Apêndice D.calibração doaudiômetrosegundo a Norma ISO 389/75ou ANSI 1969

Classificaçãointernacional daOIT pararadiografias.

Radiografia emposição póstero-anterior, técnicapreconizada pelaOIT, 1980.

Técnicapreconizada pelaAmerican ThoracicSociety, 1987

Aerodispersóidesnão fibrogênicos

Risco ExameComplementar

Periodicidadedos Exames

Método deExecução

Critério deInterpretação Observações

Page 65: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 145

PCMSO

■ 2.5. Exames necessários e sua correlação com os riscos ocupacionais

Apresentação de quadros demonstrativos por setor de trabalho, mostrando as funções,os riscos ambientais, o tipo de monitoramento recomendado e sua periodicidade.

■ Setor de Almoxarifado

Quadro 36 – Funções: almoxarife e auxiliares

N° de funcionários: 10Monitoramento PeriodicidadeRiscos

Exame clínico.Audiometria. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura,carregamento deobjetos e confortotérmico Acidentes: quedas,arranjo físico,eletricidade,incêndio e explosão

Funções

Almoxarife

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura,carregamento deobjetos e confortotérmico Acidentes: quedas,arranjo físico,eletricidade,incêndio e explosão

Auxiliar dealmoxarifado

Page 66: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista146

PCMSO

■ Setor Planejamento e Modelagem

Quadro 37 – Funções: modelista, auxiliar de modelagem e pespontadeira.

N° de funcionários: 10Monitoramento PeriodicidadeRiscos

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: perfuraçãoe corte das mãos

Funções

Modelista

Exame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: perfuraçãoe corte das mãosAuxiliar de

modelagem

Exame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: perfuraçãoe corte das mãosPespontadeira

Page 67: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 147

PCMSO

■ Setor Corte

Quadro 38 – Funções: cortadores e auxiliares de corte.

N° de funcionários: 70

■ Setor de Bordado

Quadro 39 – Funções: bordadeiras e auxiliares de bordados.

N° de funcionários: 20

Monitoramento PeriodicidadeRiscosExame clínico.Audiometria. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Fisico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: corte dasmãos e eletricidade

Funções

Cortador

Exame clínico.Audiometria. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Fisico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: corte dasmãos e eletricidade

Auxiliar de corte

Monitoramento PeriodicidadeRiscosExame clínico.Audiometria. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: corte dasmãos e eletricidade

Funções

Bordadeira

Exame clínico.Audiometria. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: corte dasmãos e eletricidade

Auxiliar debordadeira

Page 68: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista148

PCMSO

■ Setor Injetoras/Moinho

Quadro 40 – Funções: operadores de injetoras, operadores de moinho e ajudantes gerais

N° de funcionários: 30

* Emissão de gases tóxicos que pode ocorrer com o descontrole da temperatura.

Monitoramento PeriodicidadeRiscosExame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Fisico: ruído, calor eiluminamentoQuímico: vapores *Ergonômico: postura econforto térmico Acidentes: corte,queimadura,prensagem das mãose eletricidade

Funções

Operador deinjetoras

Exame clínico.Audiometria.Raio X do tórax.

Espirometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Admissional,trienal paraexposição <15 anos.bienal paraexposição >15 anos.Admissional, bienal.A critério médico.

Fisico: ruído eiluminamentoQuímico: poeirasErgonômico: postura econforto térmico Acidentes : corte dosdedos e mãos eeletricidade

Operador demoinho

Exame clínico.Audiometria.Raio X do tórax.s

Espirometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Admissional, trienal paraexposição <15 anos.bienal paraexposição >15 anos.Admissional, bienal.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: poeirasErgonômico: postura econforto térmico Acidentes : corte,queimadura,prensagem das mãose eletricidade

Ajudante geral/Misturador

Page 69: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 149

PCMSO

■ Setor Distribuição Interna e Externa

Quadro 41 – Funções: encarregado de distribuição e ajudante de distribuição.

N° de funcionários: 20

■ Setor Preparação e Pesponto

Quadro 42 – Funções: pespontadeira, chanfradeira, overloquista, refiladora, auxiliarde produção, picotadeira e passadora de cola.

N° de funcionários: 90

Monitoramento PeriodicidadeRiscosExame clínico.Audiometria. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico e queda

Funções

Encarregado dedistribuição

Exame clínico.Audiometria. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico e queda

Ajudante dedistribuição

Monitoramento PeriodicidadeRiscosExame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: perfuraçãoe corte das mãos

Funções

Pespontadeira

Page 70: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista150

PCMSO

(continuação – quadro 42)

Monitoramento PeriodicidadeRiscosFunçõesExame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: perfuraçãoe corte das mãosOverloquista

Exame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: perfuraçãoe corte das mãosRefilador

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: perfuraçãoe corte das mãos

Chanfradeira

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: perfuraçãoe corte das mãos

Picotadeira

Page 71: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 151

PCMSO

(continuação – quadro 42)Monitoramento PeriodicidadeRiscosFunções

Exame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: perfuraçãoe corte das mãosAuxiliar de

produção

Exame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: perfuraçãoe corte das mãosPassador

de cola

Page 72: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista152

PCMSO

■ Setor Pré-fresado

Quadro 43 – Funções: cortador, fresador, desenhador de fundo de sola, blaqueador,ajudantes de produção, preparador de vira, preparador de salto

e lixador.

N° de funcionários: 60Monitoramento PeriodicidadeRiscosFunções

Exame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico e queda.Ajudante de

produção

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico e queda.

Cortador

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes:perfuração, arranjofísico e queda.

Desenhador de sola

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído, vibraçãoe iluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico e queda.

Fresador

Page 73: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 153

PCMSO

(continuação – quadro 43)

Monitoramento PeriodicidadeRiscosFunções

Exame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico e quedaAplicador

de cola

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído, vibraçãoe iluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico, queda eferimento nas mãos

Blaqueador

Exame clínico.Audiometria.Raio X do tórax.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Espirometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Admissional,trienal paraexposição <15 anos.bienal paraexposição >15 anos.

Admissional, bienal.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: poeirasErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico, queda eferimento nas mãos

Lixador

Page 74: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista154

PCMSO

(continuação – quadro 43)

Monitoramento PeriodicidadeRiscosFunçõesExame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substâncias acritério técnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico e quedaPreparador

de vira

Exame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.Raio X do tórax.

Espirometria.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Admissional, trienal paraexposição <15 anos,bienal paraexposição >15 anos.Admissional, bienal.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico e queda

Preparador de salto

Page 75: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 155

PCMSO

■ Setor de Esteira e Montagem

Quadro 44 – Funções: montadores, ajudantes gerais, blaqueadores, molineiros,operadores de rex, enfumaçadores, montadores de contraforte, pregadores de

palmilha, embonecadores, prensistas.

N° de funcionários: 140Monitoramento PeriodicidadeRiscosFunções

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Fisico: ruído, vibraçãoe iluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: ferimentodas mãos e eletricidade

Blaqueador

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Fisico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes:eletricidade

Molineiro

Exame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

AnualConforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído, vibraçãoe iluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico, queda eferimento nas mãos

Montador

Exame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

AnualConforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Fisico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: ferimentodas mãosAjudante geral

Page 76: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista156

PCMSO

(continuação – quadro 44)

Monitoramento PeriodicidadeRiscosFunções

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: ferimentodas mãos e eletricidade

Montador de contraforte

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: ferimentodas mãos e eletricidade

Pregador de palmilha

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes:eletricidade

Prensista

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído, vibraçãoe iluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: ferimentodas mãos, no rosto eeletricidade

Operador de rex

Exame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

AnualConforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: vaporesorgânicosErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: dermatitede mãos e eletricidadeEnfumaçador

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: ferimentodas mãos e eletricidade

Embonecador

Page 77: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 157

PCMSO

■ Setor de Controle de Qualidade

Quadro 45 – Funções: inspetor de qualidade e auxiliares.

N° de funcionários: 20

■ Setor de Embalagem/Expedição

Quadro 46 – Funções: encarregado de expedição, embalador e auxiliares.

N° de funcionários: 30

Monitoramento PeriodicidadeRiscosFunçõesExame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico

Inspetor dequalidade

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico

Auxiliar

Monitoramento PeriodicidadeRiscosFunçõesExame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico

Encarregado de expedição

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico

Embalador

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico

Auxiliar

Page 78: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista158

PCMSO

■ Setor de Manutenção

Quadro 47 – Funções: encarregado de manutenção, mecânico de manutenção,eletricista e ajudantes gerais.

N° de funcionários: 20Monitoramento PeriodicidadeRiscosFunções

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: arranjofísico

Encarregado demanutenção

Exame clínico.Audiometria.Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: queda,ferimento nas mãos eeletricidade

Eletricista

Exame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: graxas esolventesBiológico: óleomineralErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: dermatitede mãos, eletricidadee ferimento nas mãos

Mecânico demanutenção

Exame clínico.Audiometria.Dosagem de ácidohipúrico na urina.Dosagem de 2,5hexanodiona na urina.Dosagem de metil-etil-cetona na urina.Outras substânciasindicadas a critériotécnico apósidentificação. Outros examescomplementaresindicados a critériomédico.

Anual.Conforme Portaria 19.Semestral.

Semestral.

Semestral.

A critério médico.

A critério médico.

Físico: ruído eiluminamentoQuímico: graxas esolventesBiológico: oléomineralErgonômico: postura econforto térmico Acidentes: dermatitede mãos, eletricidadee ferimento nas mãos

Ajudante geral

Page 79: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 159

PCMSO

■ Setor Administraçâo

Quadro 48 – funções: gerente financeiro, chefe do departamento pessoal, gerentede vendas, contador, secretárias, vendedores, auxiliares administrativos,

telefonista e office boy.

N° de funcionários: 80Monitoramento PeriodicidadeRiscosFunções

Exame clínico.Outros exames comple-mentares indicados acritério médico.

Anual.A critério médico.

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: queda earranjo físico

Gerentefinanceiro

Exame clínico.Outros exames comple-mentares indicados acritério médico.

Anual.A critério médico.

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: queda earranjo físico

Chefe dodepartamento

pessoalExame clínico.Outros exames comple-mentares indicados acritério médico.

Anual.A critério médico.

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: queda earranjo físico

Gerente devendas

Exame clínico.Outros exames comple-mentares indicados acritério médico.

Anual.A critério médico.

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: queda earranjo físico

Contador

Exame clínico.Outros exames comple-mentares indicados acritério médico.

Anual.A critério médico.

Físico: iluminamentoErgonômico: postura eesforço repetitivoAcidentes: queda earranjo físico

Secretárias

Exame clínico.Outros exames comple-mentares indicados acritério médico.

Anual.A critério médico.

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: queda earranjo físico

Vendedores

Exame clínico.Outros exames comple-mentares indicados acritério médico.

Anual.A critério médico.

Físico: iluminamentoErgonômico: postura eesforço repetitivoAcidentes: queda earranjo físico

Auxiliaresadministrativos

Exame clínico.Outros exames comple-mentares indicados acritério médico.

Anual.A critério médico.

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: queda earranjo físico

Telefonista

Exame clínico.Outros exames comple-mentares indicados acritério médico.

Anual.A critério médico.

Físico: iluminamentoErgonômico: posturaAcidentes: queda earranjo físico

Office boy

Page 80: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista160

PCMSO

Orientações relativas ao atendimento:1. Previsão de atendimento: 60 dias úteis (exame periódico).2. 10 funcionários por dia, às 7 horas, para os exames médicos.3. Os funcionários deverão trazer a carteira profissional e o documento de identidade.4. Para os exames de retorno ao trabalho deverão trazer CREM/CPMAT (Comunicado de

Resultado de Exame Médico) emitido pelo INSS e a carteira profissional.5. Para os exames de mudança de função deverão trazer um comunicado da empresa

informando a atual e a futura função.6. O encaminhamento deverá ser feito através de guia em duas vias emitida pela em-

presa, contendo a identificação, o setor, a função e o tipo de exame a ser realizado(admissional, periódico, de mudança de função, de retorno ao trabalho ou demissio-nal). Uma via será protocolada e devolvida ao profissional para ser apresentada naempresa e a outra será arquivada neste serviço para controle.

Page 81: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 161

PCMSO

Relatório Anual do PCMSOExames periódicos previstos conforme número atual de funcionários, 600, na data da

elaboração do Relatório Anual (quadros 49 e 50). Não há previsão para exames admissio-nais, demissionais, de mudança de função e de retorno ao trabalho. Este relatório é plane-jado pelo médico após um ano de trabalho. As letras foram usadas (de A a BJ) para identi-ficar os resultados de exames alterados.

Período de janeiro/9999 a dezembro/9999.

Quadro 49 – Planejamento do relatório anual.

Setor/Funções

Avaliação clínica 70 J J x 10070 70

Corte70 funcionários

Avaliação clínica 20 L L x 10020 20

Bordado20 funcionários

Audiometria 70 K K x 10070 70

Audiometria 20 K M x 10020 20

Natureza doExame

NúmeroAnual deExames

Realizados

Número deResultadosAnormais

Número deResultadosAnormais X

100 ÷ NúmeroAnual deExames

Número deExames para

o AnoSeguinte

Almoxarifado 10 funcionários

Avaliação clínica 10 B B x 10010 10

Audiometria 10 C C x 10010 10

Administração 80 funcionários Avaliação clínica 80 A A x 100

80 80

Planejamento e Modelagem – 10 funcionários

Auxiliar deModelagem

2 funcionários

Pespontadeiras6 funcionários

Avaliação clínica 2 D D x 1002 2

Audiometria 2 E E x 1002 2

Avaliação clínica 8 F F x 1008 8

Audiometria 8 G G x 1008 8

Dosagens de 2,5hexanodiona, ácido

hipúrico e MEC48 H H x 100

48 48

TGO, TGP, γGT,uréia e creatinina 80 I I x 100

80 80

Modelista2 funcionários

Page 82: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista162

PCMSO

(continuação – quadro 49)

Operador deInjetora

28 funcionários

Avaliação clínica 28 N N x 10028 28

Audiometria 28 O O x 10028 28

Dosagens de 2,5hexanodiona, ácido

hipúrico e MEC168 P P x 100

168 168

TGO, TGP, γGT,uréia e creatinina 280 Q Q x 100

280 280

Auxiliar deprodução

20 funcionáriosPassador de cola20 funcionáriosPespontadeira10 funcionários

Overloquista 10 funcionários

Refilador10 funcionários

Avaliação clínica 70 Y Y x 10070 70

Audiometria 70 Z Z x 10070 70

Dosagens de 2,5hexanodiona, ácido

hipúrico e MEC.420 AA AA x 100

420 420

TGO, TGP, γGT,uréia e creatinina 700 AB AB x 100

700 700

Avaliação clínica 20 W W x 10020 20Chanfradeira

10 funcionáriosPicotadeira

10 funcionários Audiometria 20 X X x 10020 20

Avaliação clínica 2 R R x 100 2 2Operador de

moinho1 funcionário

AjudanteGeral/Misturador

1 funcionário

Audiometria 2 S S x 100 2 2

Raio X do tórax eespirometria 2 T T x 100

2 2

Avaliação clínica 20 U U x 10020 20Distribuição

Interna/Externa20 funcionários Audiometria 20 V V x 20

20 20

Injetoras e Moinho – 30 funcionários

Preparação e Pesponto – 90 funcionários

Setor/Funções Natureza doExame

NúmeroAnual deExames

Realizados

Número deResultadosAnormais

Número deResultadosAnormais X

100 ÷ NúmeroAnual deExames

Número deExames

para o AnoSeguinte

Page 83: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 163

PCMSO

(continuação – quadro 49)

Ajudante deProdução

10 funcionáriosAplicador de cola

5 funcionáriosPreparador de vira

5 funcionários

Avaliação clínica 20 AC AC x 10020 20

Audiometria 20 AD AD x 10020 20

Dosagens de 2,5hexanodiona, ácido

hipúrico e MEC120 AE AE x 100

120 120

TGO, TGP, γGT,uréia e creatinina 200 AF AF x 100

200 200

Preparador de salto8 funcionários

Avaliação clínica 8 AM AM x 1008 8

Audiometria 8 AN AN x 1008 8

Dosagens de 2,5hexanodiona, ácido

hipúrico e MEC48 AO AO x 100

48 48

TGO, TGP, γGT,uréia e creatinina 80 AP AP x 100

80 80

Avaliação clínica 22 AG AG x 100 22 22

Cortador10 funcionários

Desenhador de sola2 funcionários

Fresador5 funcionários

Blaqueador5 funcionários

Audiometria 22 AH AH x 100 22 22

Avaliação clínica 10 AI AI x 10010 10

Lixador10 funcionários

Audiometria 10 AJ AJ x 100 10 10

Pré-Fresado – 60 funcionários

Setor/Funções Natureza doExame

NúmeroAnual deExames

Realizados

Número deResultadosAnormais

Número deResultadosAnormais X

100 ÷ NúmeroAnual deExames

Número deExames

para o AnoSeguinte

Raio X do tórax eespirometria 10 + 10 AK e AL

AK x 10010

AL x 10010

10 + 10

Raio X do tórax eespirometria 8 + 8 AQ e AR

AQ x 1008

AR x 1008

8 + 8

Page 84: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista164

PCMSO

(continuação – quadro 49)

Montador30 funcionáriosAjudante Geral30 funcionários

Enfumaçador10 funcionários

Avaliação clínica 90 AS AS x 10090 90

Audiometria 90 AT AT x 10090 90

Dosagens de 2,5hexanodiona, ácido

hipúrico e MEC630 AU AU x 100

630 630

TGO, TGP, γGT,uréia e creatinina 900 AV AV x 100

900 900

Avaliação clínica 50 AX AX x 100 50 50

Blaqueador5 funcionários

Molineiro5 funcionários

Operador de Rex5 funcionáriosEmbonecador

10 funcionáriosMontador deContraforte

15 funcionáriosPregador de

Palmilha20 funcionários

Prensista10 funcionários

Audiometria 50 AZ AZ x 100 50 50

Avaliação clínica 20 BA BA x 10020 20Controle de

Qualidade20 funcionários Audiometria 20 BB BB x 100

20 20

Avaliação clínica 30 BC BC x 10030 30Embalagem e

Expedição30 funcionários Audiometria 30 BD BD x 100

30 30

Esteira e Montagem – 140 funcionários

Setor/Funções Natureza doExame

NúmeroAnual deExames

Realizados

Número deResultadosAnormais

Número deResultadosAnormais X

100 ÷ NúmeroAnual deExames

Número deExames

para o AnoSeguinte

Page 85: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 165

PCMSO

(continuação – quadro 49)

3. Programas Complementares de Saúde

I. PCAPrograma de Conservação Auditiva – PCA

I.A. ObjetivoPrevenir a instalação ou a evolução de perdas da audição, junto a uma equipe multidis-

ciplinar (engenheiro, médico, fonoaudiólogo, técnico de segurança, químico, entre outros).

I.B. AtividadesI.B.1. Avaliação e monitoramento da exposição (ruído e/ou

produtos químicos)• Avaliar a presença de ruído e produto(s) químico(s) no ambiente e a exposição

individual a estes.

Mecânico deManutenção

4 funcionários

Ajudante Geral12 funcionários

Avaliação clínica 16 BG BG x 10016 16

Audiometria 16 BH BH x 10016 16

Dosagens de 2,5hexanodiona, ácido

hipúrico e MEC96 BI BI x 100

96 96

TGO, TGP, γGT,uréia e creatinina 160 BJ BJ x 100

160 160

Avaliação clínica 4 BE BE x 1004 4

Encarregado deManutenção

2 funcionáriosEletricista

2 funcionáriosAudiometria 4 BF BF x 100

4 4

Manutenção – 20 funcionários

Setor/Funções Natureza doExame

NúmeroAnual deExames

Realizados

Número deResultadosAnormais

Número deResultadosAnormais X

100 ÷ NúmeroAnual deExames

Número deExames

para o AnoSeguinte

Page 86: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista166

PCMSO

• Avaliar a interferência do ruído na comunicação oral dos trabalhadores e na atençãopara sinais sonoros de alerta.

• Identificar os setores de risco, o tempo de exposição ao(s) risco(s).• Identificar os tipos de ruído (contínuo, intermitente ou de impacto) e a exposição

(direta, de fundo e refletida).• Identificar as fontes emissoras de ruído.• Avaliar a presença de produtos químicos no ambiente e a exposição individual.

I.B.2. Medidas de controle ambiental e organizativas• Alterações propostas pela engenharia, conforme Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais (PPRA).

I.B.3. Avaliação e monitoramento audiológico• Realização de exames audiométricos de referência e de seqüência, conforme

proposto pela Portaria nº 19 (anexo Quadro II – NR-7).• Verificar a eficácia das medidas de controle.

I.B.4. Uso de protetores auriculares• Indicação, orientação e treinamento do uso destes.

I.B.5. Aspectos educativos• Campanhas e palestras preventivas referentes à saúde do trabalhador enfocando o

aparelho auditivo e a voz.

I.B.6. Avaliação da eficácia do programa• Deve ser realizada periodicamente, buscando o aperfeiçoamento do programa.

Page 87: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 167

PCMSO

II. Primeiros Socorros“Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação de

primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida. Manteresse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para essefim.” (NR-7, item 7.5.1)

A empresa deverá promover palestras educativas e treinamentos para que seus traba-lhadores possam estar preparados para as intercorrências e acidentes durante sua jornadade trabalho.

Sugestões para material do estojo de primeiros socorros:1. Ataduras de crepe (10, 15 e 20 cm de largura)2. Compressas de gaze 3. Tesoura de ponta romba4. Luvas cirúrgicas descartáveis5. Esparadrapos6. Curativos adesivos7. Solução anti-séptica (não alcoólica)8. Vaselina líquida9. Soro fisiológico (500 ml)10. Máscara e ambú para ressuscitação respiratória11. Talas para imobilização 12. Maca rígida para transporte de acidentados, modelo bombeiros13. Colar cervical14. Sabão de coco ou sabonete neutro para lavar ferimentos

III. Programa de Higiene PessoalPalestras educativas periódicas, orientando os trabalhadores para a sua higiene pessoal,

prevenindo, desta forma, patologias comumente encontradas entre os trabalhadores. Estas orientações englobam cuidados com uniforme de trabalho, vestimentas pessoais,

higiene oral e corporal.

Page 88: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista168

PCMSO

IV. Programa de Alimentação SaudávelOrientação aos trabalhadores para se alimentarem de forma adequada. Desta maneira,

evitarão doenças nutricionais e carenciais, gastrintestinais e do metabolismo. Poderá inclu-ir orientação dietética dada por nutricionista, refeições realizadas na empresa e diversifica-ção dos alimentos para cada refeição. Aproveitamento de alimentos alternativos.

V. Programas Preventivos De acordo com levantamentos estatísticos realizados pelos médicos, diagnosticar as

patologias mais freqüentes na população e então programar palestras para orientar quantoà prevenção.

Poderão ser abordados os temas: hipertensão arterial, cardiopatias, diabetes, obesida-de, desnutrição protéico-calórica e outros.

4. Informações Complementares

1. Sempre há a necessidade de se realizar o PCMSO – Programa de Controle Médico deSaúde Ocupacional. Basta, para isso, ter pelo menos 1 (um) funcionário registrado.

2. Não existe a necessidade de haver um médico do trabalho coordenador em empresado ramo calçadista (grau de risco 3) que tenha até 10 (dez) funcionários.

3. A partir de 500 (quinhentos) funcionários, há a necessidade da empresa, de grau derisco 3, possuir em seu quadro de pessoal um profissional médico do trabalho.

Page 89: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 169

PCMSO

Quadro 50 – Modelo de ASO

SERVIÇO MÉDICO DE SAÚDE DO TRABALHADORATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL

( ) ADMISSIONAL ( X ) PERIÓDICO ( ) DEMISSIONAL

( ) DE MUDANÇA DE FUNÇÃO ( ) DE RETORNO AO TRABALHO

Atesto que o(a) Sr.(a) FAZEDOR CALÇADO, Prontuário n° 9999, portador(a) do RG 9.999.999-9, CTPS999/99, com idade de 39 anos, foi clinicamente examinado(a) em 99 de janeiro de 9999, no Setor Médico deSaúde do Trabalhador, sendo considerado(a):

( X ) APTO ( ) INAPTO

para exercer a função de MONTADOR, no Setor de ESTEIRA/ MONTAGEM,na Empresa CALÇADOS X LTDA.

Exames complementares a que foi submetido(a):

AVALIAÇÃO CLÍNICA: 99 de janeiro de 9999AUDIOMETRIA: 99 de janeiro de 9999URINA I: 99 de janeiro de 9999TGO/TGP/GAMA GT: 99 de janeiro de 9999URÉIA/CREATININA: 99 de janeiro de 9999METIL-ETIL-CETONA: 99 de janeiro de 9999

Riscos ocupacionais a que está exposto(a): TOLUENO, N-HEXANO, METIL-ETIL-CETONA,RUÍDO, REPETIÇÃO DE MOVIMENTOS E POSTURAS INADEQUADAS.

Recomendações/observações: ----VALIDADE DESTE ATESTADO: 99 DE JULHO DE 9999.

São Paulo, 99 de janeiro de 9999.

Recebi cópia:Fazedor Calçado

CALÇADOS X LTDA. – RUA SAPATOS FELIZES N° 99 – TELEFONE: 0XX99-999-9999

Page 90: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista170

Page 91: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 171

Perfil das Empresas PesquisadasPerfil das indústrias calçadistas analisadasnas cidades de Birigüi, Franca e Jaú

Para a elaboração deste manual, foram pesquisadas 6 empresas em Jaú, 6 empresas emFranca e 5 empresas em Birigüi, perfazendo um total de 17 empresas.

A classificação foi baseada no número do CGC de cada empresa.Foram feitas avaliações nas áreas de Engenharia de Segurança do Trabalho, Toxicologia

Industrial, Medicina Ocupacional e Fonoaudiologia.Na avaliação de campo executada pela Engenharia, foi utilizada a metodologia qualita-

tiva e quantitativa. Nas análises qualitativas foram avaliados mão-de-obra, funções, edifi-cações, máquinas, acidentes de trabalho, agentes ergonômicos, agentes biológicos e agen-tes químicos. Nas análises quantitativas foram avaliados o ruído, o calor, a velocidade doar, o conforto térmico, o iluminamento e os agentes químicos.

Foram utilizados equipamentos específicos para as análises, conforme segue:

Quadro 51 – Equipamentos específicos utilizados para as análises.

ModeloDescriçãoDosímetro da marca Bruel KjaerDecibelímetro da marca SimpsonDecibelímetro da marca Bruel KjaerDecibelímetro da marca Bruel KjaerConforto térmico da marca QuestConforto térmico da marca Reuter Stokes

Amostrador passivo Traceair-Ovm2Bomba de amostragem BuckgenieTubos de carvão ativado 226-01Calibrador da marca A.P. Buck

Termohigroanemômetro da marca Kerstel

Luxímetro da marca Gossen

443688622352236Q-15

RSS-214

K&MAP BUCK

SKCMINIBUCK

3000 "POCKETWEATHER METER"

PANLUX II

Page 92: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista172

Perfil das Empresas Pesquisadas

Na avaliação médica foram utilizadas fichas contendo dados pessoais dos funcionários,tempo de empresa, antecedentes familiares, queixas relativas a problemas de saúde, cita-ções de uso de equipamento de proteção individual, ocorrências de afastamentos por aci-dentes e/ou doenças, uso de medicamentos para diversas patologias, antecedentes de do-enças pregressas, e foram realizados exames clínicos completos para cada funcionário, per-fazendo um total de 1.617 funcionários avaliados, além de exames complementares audio-métricos e análise de material biológico.

Estabeleceram-se como parâmetros no levantamento de dados as queixas referidas dostrabalhadores e as informações encontradas no exame clínico, distribuindo-as na Classifi-cação Internacional de Doenças (CID-10) através da identificação do código referente a ca-da aparelho ou sistema do corpo humano, como segue:

Quadro 52 – Classificação Internacional de Doenças – lista tabular de inclusões esubcategorias de quatro caracteres.

I. Algumas doenças infecciosas e parasitáriasII. Neoplasias (tumores)III. Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitáriosIV. Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicasV. Transtornos mentais e comportamentais

Definições relativas ao Capítulo V – Transtornos mentais e comportamentaisVI. Doenças do sistema nervosoVII. Doenças do olho e anexosVIII. Doenças do ouvido e da apófise mastóideIX. Doenças do aparelho circulatórioX. Doenças do aparelho respiratórioXI. Doenças do aparelho digestivoXII. Doenças da pele e do tecido subcutâneoXIII. Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivoXIV. Doenças do aparelho geniturinárioXV. Gravidez, parto e puerpérioXVI. Algumas afecções originadas no período perinatalXVII. Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicasXVIII. Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratórios não classificados em

outra parteXIX. Lesões, envenenamento e algumas outras conseqüências de causas externasXX. Causas externas de morbidade e de mortalidadeXXI. Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com o serviço de saúde

Page 93: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 173

Perfil das Empresas Pesquisadas

%

51 49

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Birigüi(620 funcionários)

Franca(666 funcionários)

Jaú(306 funcionários)

32

68

39

61

Sexo femininoSexo masculino

Os exames audiométricos foram feitos para possibilitar a realização de pesquisa de da-dos clínicos e ocupacionais e procuraram atender à Portaria nº 19, de 19/04/1998 (Anexo I).

Todos os exames foram realizados em cabina acústica adaptada em unidade móvel oucabina acústica desmontável instalada dentro das empresas, com audiômetro marca InterAcoustics modelo AD27, calibrado segundo Norma ANSI.

Para a análise química do material biológico, foram coletadas amostras de urina paradosagem de ácido hipúrico (avaliação de tolueno), utilizando-se de cromatografia a gás emcoluna empacotada e de 2,5 hexanodiona (avaliação de n-hexano), utilizando-se de croma-tografia e gás em coluna capilar. Nas análises de creatinina (fator de correção), utilizou-seespectrofotometria UV visível.

As características predominantes verificadas nos dados coletados das empresascalçadistas foram:

■ Mão-de-obraNas indústrias avaliadas, aproximadamente 60% da mão-de-obra é masculina (figura

32). Trata-se de uma população jovem, sendo 70% compreendida entre 18 e 34 anos, e 24%entre 35 e 50 anos (figura 33).

Figura 32 – Distribuição percentual da população avaliada segundo o sexo, por cidade.

Page 94: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista174

Perfil das Empresas Pesquisadas

O grau de escolaridade da população entrevistada está demonstrado na figura 34 abaixo:

0,13

< 14 anos

5,72

19,53 18,15 16,218,61 6,91 5,72 2,70 1,44 0,38 0,31 0,25 0,06

13,88

14 a 18

18 a 22

22 a 26

26 a 30

30 a 34

34 a 38

38 a 42

42 a 46

46 a 50

50 a 54

54 a 58

58 a 62

62 a 66

66 a 70

50

40

30

20

10

0

%100�

Figura 33 – Distribuição percentual da população avaliada segundo a faixa etária .

50

40

30

20

10

00,19

analfabeto

39,39

15,26 17,71 22,87

2,14 0,06 0,062,32

1º grau

incompleto 1º grau

completo

2º grau

incompleto

2º grau

completo

superior

incompletosuperio

rcompleto

pós-graduação

incompletapós-g

raduaçãocompleta

%100�

Figura 34 – Distribuição percentual dos resultados obtidos segundo o grau de escolaridade.

Page 95: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 175

Perfil das Empresas Pesquisadas

Nas cidades de Birigüi e Jaú, a mão-de-obra é em sua maioria oriunda da lavoura, e otreinamento é feito na própria indústria durante o decorrer do trabalho. Franca dispõe deescola de formação de profissionais do SENAI, possibilitando um treinamento especializadoda mão-de-obra, além do aprendizado desenvolvido na própria indústria.

O Índice de Massa Corpórea (IMC) é obtido através da divisão do peso do indivíduo emquilogramas, pela altura em metros elevada ao quadrado. Os casos que apresentaram IMCmaior que 30 foram orientados a procurar atendimento especializado e tratamento, paraevitar as complicações da obesidade (figura 35).

Foi avaliado o índice de massa corpórea (IMC), verificando-se que a maior porcentagemde trabalhadores encontra-se dentro da faixa de normalidade.

■ FunçõesAs funções com maior número de trabalhadores avaliados são montadores, cortadores,

pespontadeiras, lixadores, blaqueadores, requistas, molineiros e auxiliares em geral. Obser-vou-se que a maioria é denominada de acordo com as tarefas executadas e não com o car-go e/ou função existente oficialmente no CBO (Código Brasileiro de Ocupações).

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)

5920

49

28

7 114

50

17 205 1

21

53

%

IMC < 20 - indivíduo de baixo pesoIMC entre 20/25 - indivíduo normalIMC entre 25/30 - indivíduo com sobrepesoIMC > 30 - indivíduo obesoNR - dados insuficientes para cálculo de IMC

Figura 35 – Distribuição percentual dos resultados obtidos segundo o índice de massa corpóreados trabalhadores avaliados, por cidade.

Page 96: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista176

Perfil das Empresas Pesquisadas

■ EdificaçõesOs tipos de edificações avaliadas nas cidades acima referidas apresentam, em sua maio-

ria, ventilação apenas natural e iluminação natural complementada por artificial. Em geral, nãohá preocupação quanto ao conforto térmico, sendo de grande incidência coberturas tipo côn-cavas com telhados metálicos sem revestimento termo-acústico. As aberturas para ventilaçãosão projetadas quanto ao seu dimensionamento e o seu posicionamento de forma inadequada.

■ MáquinasNas indústrias calçadistas encontram-se máquinas como balancim, pespontadeira, ra-

chadeira, chanfradeira, politriz, picotadeira, carimbadeira, calceira, molina, prensa sorvetei-ra, blaqueadeira, rex, ziguezague, charuto, máquina de vira falsa, de passar cola, de pregarpalmilha, de moldar contraforte, de prensar calcanhar, de pregar salto, lixadeira comum elixadeira tipo boneca. As empresas que possuem setor de pré-fresado, além das máquinasacima citadas, possuem outras como equalizadeira, fresa, prensa, máquina de abrir canale-ta, de asperar, entre outras. Em Birigüi, muitas empresas possuem setor de injeção, commáquinas injetoras, misturadores e moinhos.

Observamos que a maioria das empresas não possui setor de manutenção que executeum trabalho preventivo em suas máquinas, havendo apenas manutenção corretiva, que mui-tas vezes, é terceirizada.

■ Exposição aos Riscos Ambientais

ErgonomiaA grande preocupação hoje na indústria calçadista é oriunda dos afastamentos gerados

principalmente por doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho, podendo ser decorren-tes de problemas ergonômicos (figura 36).

Os problemas ergonômicos encontrados são comuns às cidades de Birigüi, Franca e Jaú,gerados principalmente pela ausência de pausas, trabalho em pé, postura inadequada, re-petitividade de movimentos, mobiliário inadequado (assentos e altura de bancadas) e ine-xistência de rodízio de funções em tarefas especializadas.

Page 97: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 177

Perfil das Empresas Pesquisadas

A biomecânica (figura 37) está relacionada com a força muscular dispendida pelotrabalhador para vencer uma determinada resistência.

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

37 41

Birigüi (27 postos) Franca (60 postos) Jaú (45 postos)

22 22

52

2642

3325

Condições boasCondições razoáveisCondições ruins

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

Birigüi (27postos) Franca (60 postos) Jaú (45 postos)

15

41 4427 33

40 33 3829

Condições boasCondições razoáveisCondições ruins

Figura 36 – Distribuição percentual das análises ergonômicas por cidade.

Figura 37 – Distribuição percentual das análises biomecânicas por cidade.

Page 98: Manual Calcadista Parte2

Problemas relacionados à biomecânica apareceram nas situações descritas abaixo demaneira isolada ou associada:

■ Sustentação de pesos com membros superiores para se evitar deslocamento navertical ou na horizontal.

■ Trabalhos estáticos ou com elevação dos braços acima do nível dos ombros, ou aindaem trabalho na posição em pé agravado quando da necessidade de apertar pedais.

Foram analisados aspectos da lombalgia (figura 38) originários principalmente dolevantamento de pesos.

Os riscos de lombalgia encontrados nas indústrias calçadistas de maneira geral são pe-quenos, com exceção dos trabalhos desenvolvidos em moinhos na recuperação de materi-al para injetoras.

Foi avaliado o sistema osteomuscular (figura 39), que levou em consideração a inspeção,palpação e movimentação da coluna vertebral, membros superiores e membros inferiores.A constatação de alterações na deambulação ou presença de deformidades nestes segmen-tos corpóreos foi em cerca de 11%.

As alterações do sistema osteomuscular na sua maioria foram levantados em época debaixa produtividade.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista178

Perfil das Empresas Pesquisadas

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

81

15

Birigüi (27 postos) Franca (60 postos) Jaú (45 postos)

4 5 0

95 89

110

Condições boas =Baixo risco de lombalgiaCondições razoáveis =Moderado risco de lombalgiaCondições ruins =Alto rico de lombalgia

Figura 38 – Distribuição percentual dos riscos de lombalgia por cidade.

Page 99: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 179

Perfil das Empresas Pesquisadas

RuídoAs empresas avaliadas apresentaram níveis de pressão sonora (ruído) que ultrapassam

os limites de tolerância. A cidade de Franca apresentou um maior número de setores ruido-sos devido ao processo de trabalho utilizar máquinas com níveis de pressão sonora maiselevados, conhecidas como máquinas blaqueadeira e rex, chegando a atingir 113 dB(A). Naocasião da coleta dos dados, Jaú estava voltada para a produção de sandálias, não utilizan-do as máquinas acima citadas.

As características das edificações aliadas à falta de manutenção preventiva nas máqui-nas são também fatores responsáveis pelo aumento dos níveis de ruído (figura 40).

Os trabalhadores apresentaram queixas fisiológicas auditivas e não auditivas, psicoló-gicas e sociais, também relacionadas ao ruído.

30

20

10

0

%

13

Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)

10 10

100�Figura 39 – Distribuição percentual das alterações do sistema osteomuscular por cidade.

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

88

Birigüi (1.481 pontos) Franca (1.371 pontos) Jaú (808 pontos)

35

1512

65

85

Acima do limite de tolerância 85 dB(A)Dentro do limite de tolerância 85 dB(A)

Figura 40 – Distribuição percentual dos pontos dos níveis de pressão sonora por cidade.

Page 100: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista180

Perfil das Empresas Pesquisadas

Uma das queixas fisiológicas auditivas analisadas nos exames audiométricos foi aalteração auditiva sugestiva de Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) (figura 41).

A população de trabalhadores avaliados foi predominantemente jovem (inferior a 30anos). Vale ressaltar que a população que permanece exposta a ruído intenso sem que me-didas preventivas sejam tomadas provavelmente terá um índice de alteração auditiva su-gestiva de PAIR agravado.

Os dados dos efeitos fisiológicos não auditivos (figura 42) a seguir foram obtidos atra-vés de queixas dos funcionários no questionário aplicado ou por achados de exame clínico.

50

40

30

20

10

0

%

13 6

Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)

111328

13 11 7 6

Alteração osteo-articular muscularAlteração circulatóriaAlteração digestiva

100�Figura 42 – Distribuição percentual dos efeitos fisiológicos não auditivos da exposição ao ruído.

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

10

Birigüi (620 exames) Franca (666 exames) Jaú (306 exames)

81

9

67

1419

79

3

18

Audição normalAlteração auditiva não sugestiva de PAIRAlteração auditiva sugestiva de PAIR

Figura 41 – Distribuição percentual dos resultados obtidos nos exames audiométricos.

Page 101: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 181

Perfil das Empresas Pesquisadas

A grande maioria relata que o nervosismo é o efeito psicológico (figura 43) que mais in-comoda o dia-a-dia dos trabalhadores.

Segundo a figura 44 abaixo, observa-se que pessoas que trabalham expostas ao ruídointenso apresentam queixas relacionadas ao seu convívio social, uma vez que relatam dimi-nuição de concentração e memória, resultando no isolamento social.

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

4039

Birigüi (620 exames) Franca (666 exames) Jaú (306 exames)

4865

57 57 5745 44

NervosismoIrritaçãoAnsiedade

Figura 43 – Distribuição percentual dos efeitos psicológicos da exposição ao ruído.

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

17

Birigüi (620 exames) Franca (666 exames) Jaú (306 exames)

3325

15 1528 27

1817

Isolamento socialDiminuição da concentraçãoDiminuição da memória

Figura 44 – Distribuição percentual dos efeitos sociais da exposição ao ruído.

Page 102: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista182

Perfil das Empresas Pesquisadas

Verifica-se na figura 45 que a atividade de lazer predominante da população pesquisadaé freqüentar shows musicais, compatível com a faixa etária (inferior a 30 anos).

70

60

50

40

30

20

10

0

28

Birigüi (620 exames) Franca (666 exames) Jaú (306 exames)

3646

236

53

26126

Freqüentar shows musicaisFreqüentar cultos religiososUso de walkman/discman

%100�

Figura 45 – Distribuição percentual dos hábitos auditivos extraocupacionais dos trabalhadores.

Page 103: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 183

Perfil das Empresas Pesquisadas

CalorAs avaliações de campo foram realizadas nos meses de outubro a março, período em

que a temperatura é predominantemente elevada nessas regiões. As medições de temperatura apresentaram valores de IBTUG acima do limite de tolerân-

cia, que é de 26,7 ºC para atividades moderadas, chegando a atingir 40,1 ºC, fator extrema-mente preocupante (figura 46).

A equipe médica avaliou alterações do aparelho circulatório (figura 47), de pele e de ní-veis pressóricos, que também podem ser influenciadas pelas temperaturas elevadas.

40

30

20

10

0

%

13

Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)

28

7

100�Figura 47 – Distribuição percentual das alterações do aparelho circulatório

dos trabalhadores por cidade.

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

89

11

Birigüi (46 setores) Franca (33 setores) Jaú (32 setores)

79

53

Acima do limite de tolerânciaDentro do limite de tolerância -26,7 ºC para trabalho moderado

21

47

Figura 46 – Distribuição percentual do conforto térmico – Tipo de atividade moderada.

Page 104: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista184

Perfil das Empresas Pesquisadas

Estas alterações englobam as queixas referidas em relação ao sistema circulatório, comoalterações da pressão arterial, presença de varicosidades ou varizes de membros inferiores.

Pode-se observar que em Birigüi ocorreram mais alterações relativas ao sistema osteo-articular muscular e em Franca do sistema circulatório (figura 42).

Analisando-se as alterações em relação à pele, há uma série de aspectos que devem serlevados em consideração:

■ Condições precárias de higiene corporal que podem predispor a infecçõescutâneas (figura 48).

■ Vestuário com manutenção deficiente facilitando a contaminação com quesubstâncias fiquem em contato com a pele por maior tempo.

■ Causas indiretas ou fatores predisponentes:■ Idade – a pele do indivíduo idoso em geral é mais espessa que a do jovem,

protegendo-o mais.■ Sexo – as mulheres parecem ter graus menos intensos de dermatoses e de

remissão mais rápida. ■ Raça – as pessoas de pele clara têm menor proteção solar.■ Clima – calor e umidade podem predispor ao aparecimento de dermatoses

infecciosas e não infecciosas.■ Antecedentes de doenças – indivíduos atópicos toleram muito pouco tempe-

raturas elevadas e estão propensos a desenvolver dermatoses do tipo irritativo.Já os portadores de acne ou eczema seborréico pioram seus quadros em contatocom a óleos, ceras e graxas.

■ Condições de trabalho – trabalhadores que não utilizam equipamentos de pro-teção individual entram mais em contato com produtos que podem sensibilizá-los

.■ Causas diretas:

■ Agentes químicos – substâncias orgânicas (solventes) e inorgânicas que podemser irritantes e sensibilizantes.

■ Agentes físicos – radiações ionizantes, raios solares, vibrações, que podemprovocar lesões do tipo calosidade, e temperatura.

Page 105: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 185

Perfil das Empresas Pesquisadas

■ Agentes de acidentes – ação friccional geralmente nas polpas digitais,eletricidade, traumatismos (escoriações até cortes).

■ Agentes biológicos – bactérias, fungos e leveduras.

O estudo realizado baseou-se no levantamento dos níveis pressóricos (figura 49) cons-tantes da avaliação clínica. O critério estabelecido para se considerar o indivíduo dentro danormalidade foi o de apresentar pressão arterial diastólica (mínima) até 90 mmHg e pres-são arterial sistólica (máxima) até 140 mmHg.

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

11

86

Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)

320

80

0 5 5

90 Níveis pressóricosalterados no momentoda avaliaçãoNíveis pressóricosdentro da normlidadeNR - dadosinsuficientes paraconclusão

Figura 49 – Distribuição percentual dos níveis pressóricos dos trabalhadores por cidade.

50

40

30

20

10

0

15

Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)

35

16

%100�

Figura 48 – Distribuição percentual das alterações de pele dos trabalhadores por cidade.

Page 106: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista186

Perfil das Empresas Pesquisadas

Os trabalhadores que apresentaram valores alterados foram orientados a fazer acompa-nhamento médico com o intuito de efetuar a confirmação da alteração da pressão arterial.

IluminaçãoConforme medições realizadas, observou-se que as empresas analisadas apresentam

grandes deficiências de iluminamento (figura 50) na maioria dos setores, o que pode possi-bilitar a fadiga, acarretando o aumento do índice de acidentes do trabalho e a diminuiçãoda qualidade e da produtividade.

Os fatores que mais contribuem para esta situação são:■ Luminárias mal posicionadas quanto à altura e à distribuição.■ Falta de iluminação suplementar nas máquinas.■ Paredes e telhados escuros.■ Baixos níveis de iluminação natural.

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

62

38

Birigüi (893 pontos) Franca (1.061 pontos) Jaú (556 pontos)

5235

6548

Dentro dos índices de iluminância conforme NBR 5.413Abaixo dos índices de iluminância

Figura 50 – Distribuição percentual dos índices de iluminância por cidade.

Page 107: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 187

Perfil das Empresas Pesquisadas

Os dados da figura 51 foram obtidos através de observações de alterações de conjuntivae queixas de acuidade visual.

BiológicoO risco biológico está presente nas tarefas de limpeza e faxina dos sanitários.

QuímicoO risco químico foi avaliado em relação à exposição ocupacional a tolueno e n-hexano,

solventes freqüentemente encontrados nas formulações dos produtos químicos utilizadosna produção de calçados. Esta avaliação ocorreu pela análise das concentrações nos ambi-entes e pelos efeitos nos funcionários.

Para a determinação das concentrações nos ambientes, foram coletadas amostras de arde forma passiva, com monitores fixados junto à zona respiratória de aproximadamente10% dos funcionários, e, de forma ativa, utilizando-se bombas com monitores estrategica-mente distribuídos pelos ambientes da produção. Estas amostras foram analisadas em la-boratório de toxicologia por cromatografia a gás em coluna capilar e os resultados foramcomparados aos limites de tolerância estabelecidos, 78 ppm para tolueno e 50 ppm para n-hexano, considerando que 50% destes limites correspondem aos limites de ação. Atravésdestas análises, observou-se também a presença de acetona e de acetato de etila e/ou me-til-etil-cetona.

50

40

30

20

10

04

Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)

91

%100�

Figura 51 – Distribuição percentual das alterações visuais dos trabalhadores por cidade.

Page 108: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista188

Perfil das Empresas Pesquisadas

Para a determinação dos efeitos da exposição, foi colhida uma amostra de urina de apro-ximadamente 30% dos funcionários da produção (quadro 54). Estas amostras foram anali-sadas em laboratório de toxicologia por cromatografia a gás em coluna empacotada e emcoluna capilar para a determinação de ácido hipúrico e 2,5 hexanodiona que avaliam tolu-eno e n-hexano. Os resultados foram corrigidos pelo valor de creatinina, determinada porespectrofotometria UV/V, conforme disposição legal (NR-7).

Quadro 53 – Número de amostras colhidas para análise.

Análise das amostras de arAtravés destas análises, foi detectada qualitativamente a presença de acetona e de ace-

tato de etila nos ambientes. Desta constatação qualitativa sugere-se uma investigaçãomais detalhada para a determinação das concentrações desses solventes orgânicos, bemcomo para a avaliação de impregnações por outras substâncias.

Na comparação por cidade observou-se que as empresas visitadas em Franca apresen-taram mais ambientes inadequados, tanto em relação a tolueno quanto em relação a n-he-xano, enquanto que as de Birigüi apresentaram situação oposta, como mostram as figuras52 e 53.

Franca Jaú TotalBirigüi140 259 55715862 50 1635163 53 16246

No de amostrasUrina

Ar passivoAr ativo

Page 109: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 189

Perfil das Empresas Pesquisadas

Na comparação por setor, foi observado pela análise de tolueno que o setor pré-fresadoapresenta a maior incidência de ambientes inadequados, seguido por acabamento, monta-

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%95

Birigüi (101 amostras) Jaú (103 amostras) Total (333 amostras)

2 3

78

157

92

6 2

87

9 4

Franca (129 amostras)

Resultados abaixodo nível de açãoResultados no nívelde açãoResultados acimado limite detolerância

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

00

100

Birigüi (101 amostras) Jaú (103 amostras) Total (333 amostras)

84

8

92

3 5

91

5

Franca (129 amostras)

8 4

Resultados abaixodo nível de açãoResultados no nívelde açãoResultados acimado limite detolerância

Figura 53 – Distribuição percentual de amostras com concentração de n-hexano acima dos limitesde ação e de tolerância, por cidade.

Figura 52 – Distribuição percentual de amostras com concentração de tolueno acima dos limitesde ação e de tolerância, por cidade.

Page 110: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista190

Perfil das Empresas Pesquisadas

gem e pesponto, enquanto pela análise de n-hexano o setor de pesponto é o de maior inci-dência de ambientes inadequados, seguido por acabamento e montagem, como mostram asfiguras 54 e 55.

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

69

14

Pré-fresado(42 amostras)

Pesponto(68 amostras)

Outros(33 amostras)

17

91

6 3

88

8

87

13

100

Montagem(160 amostras)

Acabamento(30 amostras)

40 00

Resultados abaixodo nível de açãoResultados no nívelde açãoResultados acimado limite detolerância

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

% 100

0Pré-fresado

(42 amostras)Pesponto

(68 amostras)Outros

(33 amostras)

0

82

135

91

4

90

10

100

Montagem(160 amostras)

Acabamento(30 amostras)

50 00

Resultados abaixodo nível de açãoResultados no nívelde açãoResultados acimado limite detolerância

Figura 55 – Distribuição percentual de amostras com concentração de n-hexano acima dos limitesde ação e de tolerância, por setor.

Figura 54 – Distribuição percentual de amostras com concentração de tolueno acima dos limitesde ação e de tolerância, por setor.

Page 111: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 191

Perfil das Empresas Pesquisadas

Foi detectada qualitativamente a presença de acetona e de acetato de etila ou metil-ce-tona nos ambientes avaliados, principalmente os da cidade de Birigüi, como ilustram as fi-guras 56 e 57.

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

% 99

Birigüi Jaú TotalFranca

78 8190

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

64

Birigüi Jaú TotalFranca

3120

38

Figura 57 – Demonstrativo por cidade da porcentagem de amostras que continham acetato de etila e/ou metil-etil-cetona.

Figura 56 – Demonstrativo por cidade da porcentagem de amostras que continham acetona.

Page 112: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista192

Perfil das Empresas Pesquisadas

Os setores pré-fresado, montagem, pesponto e acabamento foram os ambientes queapresentaram a maior incidência da presença de acetona, como ilustram as figuras 58 e 59.

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%95

Pré-fresado Montagem Outros

45

Pesponto Acabamento

91 95

70

Figura 58 – Demonstrativo por setor da porcentagem de amostras que continham acetona.

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

45

Pré-fresado Montagem Outros

15

Pesponto Acabamento

40 4027

Figura 59 - Demonstrativo por setor da porcentagem de amostras que continham acetato de etilae/ou metil-etil-cetona.

Page 113: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 193

Perfil das Empresas Pesquisadas

Análise em material biológicoForam observados resultados semelhantes em relação à concentração da exposição ocu-

pacional nos funcionários, em que apenas 1% das amostras de urina coletadas apresentavalores de ácido hipúrico acima do valor de referência (1,5 g/g de creatinina). Nenhumaamostra apresentou valores acima dos índices biológicos máximos permitidos. Não há va-lor de referência para 2,5 hexanodiona.

Comparativo das entrevistas com funcionáriosFoi aplicado um questionário a cerca de 20% da população trabalhadora avaliada clini-

camente e a empresários (quadro 54), visando obter informações sobre as relações sociaisentre os funcionários e suas condições de trabalho.

Quadro 54 – Número de entrevistas realizadas por cidade.

Analisando o quadro 55, observa-se que os trabalhadores iniciaram as atividades laboraisna faixa abaixo dos 15 anos de idade, caracterizando “trabalho infantil”. Segundo a OIT – Or-ganização Internacional do Trabalho, quanto mais jovem ingressa no trabalho, mais vulnerá-vel fica o trabalhador aos riscos físicos, químicos e de outros tipos que podem incidir nos lo-cais de trabalho, assim como fica sujeito à exploração econômica de seu trabalho.

Quadro 55 – Características dos trabalhadores (média em anos).

Entrevistas comempregador

Trabalhadoresentrevistados

31205116653

Cidade

BirigüiFranca

Jaú

Idade deingresso no

trabalhoIdade dos

trabalhadores

1428133114

Tempo naempresa atual

446

Tempo em quetrabalha na

indústriacalçadista

714624

Cidade

BirigüiFranca

Jaú

Page 114: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista194

Perfil das Empresas Pesquisadas

Pela ordem de preferência apresentada no quadro 56, nos fatores relacionados observa-se que a assistência médica está colocada como a que menos agrada aos trabalhadores. Osfatores que foram relatados pelos funcionários são:

■ Alto custo do plano de saúde.■ Mau atendimento pelos postos de saúde e hospitais regionais.■ Demora para agendamento das consultas.■ Maior permanência do médico na empresa (quando da existência deste).■ Necessidade da contratação de médico.■ Montagem de ambulatório (quando há médico na empresa).

Quadro 56 – Relação de fatores que agradam mais ao trabalhador,em ordem decrescente.

Observa-se no quadro 57 que existe a preocupação dos trabalhadores em relação à ven-tilação no ambiente de trabalho para melhorar a saúde. Na cidade de Jaú não foi avaliadoo fator creche.

JaúFrancaHorárioColegas

EstabilidadeEstabilidadeColegas

Máquina que usaMaterial de trabalho

SalárioProximidade de casaAssistência médica

Chefia

ChefiaHorárioSalário

Material de trabalhoMáquina que usa

Proximidade de casaAssistência médica

BirigüiColegasHorárioChefia

Proximidade de casaEstabilidade

Máquina que usaSalário

Assistência médicaMaterial de trabalho

Page 115: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 195

Perfil das Empresas Pesquisadas

Quadro 57 – Relação dos fatores que melhor contribuem para a saúde dotrabalhador, em ordem decrescente.

* Tiveram o mesmo valor

No quadro 58 observa-se que os trabalhadores apresentam preocupação em relação aosfatores prejudiciais à saúde, como o ruído, a cola e a posição de trabalho.

Quadro 58 – Relação dos fatores considerados prejudiciais à saúde do trabalhador,em ordem decrescente.

JaúFrancaVentilaçãoAlimentação

Ventilação Ganhar maisPausas

RefeitórioAlimentaçãoTransporteUsar EPI

Ganhar maisUsar EPI

TransportePausas

RefeitórioCreche

BirigüiVentilação

Ganhar maisPausas

Refeitório*Creche*Usar EPI

TransporteAlimentação

JaúFrancaColaRuído

Posição de trabalho Posição de trabalhoRuído

Risco de acidenteRitmo de produção

ColegasChefia

Risco de acidenteRitmo de produção

ColaColegasChefia

BirigüiRuídoCola

Risco de acidentePosição de trabalhoRitmo de produção

ColegasChefia

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SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista196

Perfil das Empresas Pesquisadas

Os trabalhadores amostrados foram questionados sobre os itens relacionados no quadro59, sendo-lhes solicitado que dessem notas de zero a dez, de acordo com sua percepção deruim a ótimo. Conforme demonstrado abaixo, o trabalhador valoriza o seu desempenho notrabalho atual.

Quadro 59 – Relação de itens selecionados em função da satisfação dotrabalhador, em ordem decrescente.

Demonstrativos dos trabalhos realizados (quadros 60, 61, 62 e 63e figura 60)

Quadro 60 – Engenharia Ocupacional

*VUT = Velocidade de movimentação do ar/Umidade/Temperatura.

JaúFrancaTrabalho atualTrabalho atual

Fadiga Ritmo de produçãoServiço médico

da empresaHospital regional

SUS

Fadiga

Hospital regional

SUSServiço médico

da empresaRitmo de produção

BirigüiTrabalho atual

Ritmo de produçãoServiço médico

da empresaSUS

Hospital regional

Fadiga

Pontos Dosimetria

Medições de ruído

949 1.481 064 893 053 027 2.577057

792 1.331 077 1.061 036 060 2.602037

314 807 061 556 032 045 1.565064

2.055 3.619 202 2.510 123 132 6.744158

Cidade Nº deFunc.

Iluminaçãopontos

Calorpontos

ConfortotérmicoV.U.T.*

Ergonomiapostos

avaliados

Total demedições

por empresa

BirigüiFrancaJaúTotal

Page 117: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 197

Perfil das Empresas Pesquisadas

Quadro 61 – Medicina do trabalho.

Quadro 62– Fonoaudiologia ocupacional.

Quadro 63 – Química.

Alterações encontradas nas avaliações médicas nos diferentes sistemas orgânicos

705

608

622

790

189

1.601

304

1.617

Cidade Nº de func.examinados

TotalAlterados

BirigüiFrancaJaúTotal

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XV* XVI XVII XVIII XIX XX XXI

02 01 12 72 06 16 25 10 92 39 42 107 93 26 02 07 00 02 68 00 00 00

03 04 03 51 04 13 55 05 167 37 80 213 65 13 10 02 00 06 59 00 00 00

00 00 01 10 01 07 02 06 21 21 18 48 33 11 02 00 00 00 06 01 01 00

05 05 16 133 11 36 82 21 280 97 140 368 191 50 14 09 00 08 133 01 01 00

Total de examesrealizados

Nº defuncionários

620949666792306314

Cidade

BirigüiFranca

Jaú1.5922.055Total

Amostras ambientaisPassiva Ativa

Amostrasbiológicas

511586514050

506453259

Cidade

BirigüiFranca

Jaú166 167557Total

Page 118: Manual Calcadista Parte2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista198

Perfil das Empresas PesquisadasNú

mer

o de

trab

alha

dore

s 524600

500

400

300

200

100

0

133 82

280

97 140

368191

50133

normal

endócrinas, n

utr. metabólicas

olho e anexos

aparelho circulatório

aparelho respira

tório

aparelho digestivo

pele e tecido subcutâneo

sistema oste

omuscular

aparelho genitourinário

outros s

inais e sin

tomas

Figura 60 – Alterações dos sistemas orgânicos.

Page 119: Manual Calcadista Parte2
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