Jornal O Municipal - Nº 9226

8
ANO LXI - N° 9226 - 5 a 12 de Outubro de 2012 Capital - Baixada - Sul Fluminense O PRIMEIRO DE DUQUE DE CAXIAS R$ 1,00 PMDB OFERECEU R$ 1 MILHÃO PARA TER O APOIO DO PTN PÁGINA 4 ELEIÇÕES PÁGINA 2 Biometria vai facilitar votação de 7,7 milhões n Novidade estará em testes nestas eleições e, em breve, possibilitará que o eleitor vote em qualquer seção - PAGINA 4 Redes sociais são cada vez mais decisivas entre jovens na escolha do candidato Votar com celular, filmadora ou máquina fotográfica será punido com cadeia BANCO DE IMAGENS Festival de Teatro de Duque de Caxias: vencedores são de São Paulo e do Rio DIVULGAÇÃO n A solenidade de premiação aconteceu na noite de domingo (30), com apresentação do espetáculo “Tribobó City”, com alunos do Teatro Municipal Armando Melo, sob a direção de Guedes Ferraz. Na foto, atores e diretores do CPT com alguns grupos participantes do festival - PÁGINA 7 Corpo-a-corpo e caminhadas confirmam crescimento de Zito n Aprovação cresceu nos últimos dias. “Indecisos” escolhem Zito - PÁGINA 5 ALBERTO ELLOBO Feira de Artesanatos fomenta negócios em Caxias SMCT/ALBERTO ELLOBO n O evento foi promovido pelas secretarias de Assistência Social e de Cultura e Turismo de Duque de Caxias, em parceria com o E.L.F.O. - PÁGINA 6 Outubro é o mês dos musicais no Teatro Raul Cortez Soberania brasileira pode estar em risco PÁGINA 7 PÁGINA 8 Alexandre Cardoso tenta calar O Municipal ELE TEM MEDO DO QUE? n Numa atitude retró- grada aos anos de chum- bo da Ditadura Militar, o candidato à prefeitura de Duque de Caxias, Alexan- dre Cardoso (PSB) solici- tou que a Polícia Federal lacrasse a redação de O Municipal. A tentativa de voltar à era do “prendo e arrebento”, porém, foi in- deferida pela Justiça Elei- toral - PÁGINA 3 ASSOCIAÇÃO DE IMPRENSA EMITE NOTA DE REPÚDIO n A Associação Caxiense de Imprensa Escrita e Falada (ACIEF), repudiou publicamente o comportamento do deputado federal Alexandre Cardoso. Em nota divulgada ontem (dia 4), o presidente da entidade, jornalista Carlos de Sá Bezerra, classificou o episódio como lamentável. “Hoje tentou-se O Municipal , amanhã, quem será a próxima vítima?”, questiona - PÁGINA 3

description

ANO LXI - N° 9226 - 5 a 12 de Outubro de 2012

Transcript of Jornal O Municipal - Nº 9226

Page 1: Jornal O Municipal - Nº 9226

PÁGINA 15 a 12 de Outubro de 2012 O MUNICIPAL PÁGINA 113 a 27 de Abril de 2012 O MUNICIPAL

ANO LXI - N° 9226 - 5 a 12 de Outubro de 2012 Capital - Baixada - Sul FluminenseO PRIMEIRO DE DUQUE DE CAXIAS R$ 1,00

PMDB OFERECEU R$ 1 MILHÃO PARA TER O APOIO DO PTNPÁGINA 4

ELEIÇÕES

PÁGINA 2

Biometria vaifacilitar votação de 7,7 milhõesn Novidade estará em testes nestas eleições e, em breve, possibilitará que o eleitor vote em qualquer seção - PAGINA 4

Redes sociais são cada vez mais decisivasentre jovens na escolha do candidatoVotar com celular, filmadora ou máquina fotográfica será punido com cadeia

BANCO DE IMAGENS

Festival de Teatro de Duque de Caxias:vencedores são de São Paulo e do Rio

DIVULGAÇÃO

n A solenidade de premiação aconteceu na noite de domingo (30), com apresentação do espetáculo “Tribobó City”, com alunos do Teatro Municipal Armando Melo, sob a direção de Guedes Ferraz. Na foto, atores e diretores do CPT com alguns grupos participantes do festival - PÁGINA 7

Corpo-a-corpo e caminhadas confirmam crescimento de Zito

n Aprovação cresceu nos últimos dias. “Indecisos” escolhem Zito - PÁGINA 5

ALBERTO ELLOBO

Feira de Artesanatos fomenta negócios em CaxiasSMCT/ALBERTO ELLOBO

n O evento foi promovido pelas secretarias de Assistência Social e de Cultura e Turismo de Duque de Caxias, em parceria com o E.L.F.O. - PÁGINA 6

Outubro éo mês dosmusicais

no Teatro Raul Cortez

Soberania brasileira

pode estar em risco

PÁGINA 7

PÁGINA 8

Alexandre Cardoso tenta calar O Municipal

ELE TEM MEDO DO QUE?n Numa atitude retró-grada aos anos de chum-bo da Ditadura Militar, o candidato à prefeitura de Duque de Caxias, Alexan-dre Cardoso (PSB) solici-tou que a Polícia Federal lacrasse a redação de O Municipal. A tentativa de voltar à era do “prendo e arrebento”, porém, foi in-deferida pela Justiça Elei-toral - PÁGINA 3

ASSOCIAÇÃO DE IMPRENSA EMITE NOTA DE REPÚDIOn A Associação Caxiense de Imprensa Escrita e Falada (ACIEF), repudiou publicamente o comportamento do deputado federal Alexandre Cardoso. Em nota divulgada ontem (dia 4), o presidente da entidade, jornalista Carlos de Sá Bezerra, classificou o episódio como lamentável. “Hoje tentou-se O Municipal, amanhã, quem será a próxima vítima?”, questiona - PÁGINA 3

Page 2: Jornal O Municipal - Nº 9226

O MUNICIPALPÁGINA 2 5 a 12 de Outubro de 2012

VENEU & ALMEIDA ORGANIZAÇÃO JORNALÍSTICA ME - CNPJ: 02.301.211/0001-90ENDEREÇO: Rua Corrêa Meyer nº 18/2° andar, Centro, Duque de Caxias / RJ

Telefone: 2671-1348 - E-mails: [email protected] / [email protected]

Presidência: Neuza Veneu Rosa / Gutemberg Cardoso dos SantosEditor: Gutemberg Cardoso dos Santos

Gerência Comercial: Sidney de Oliveira (contato: 9598-6727)Administração: Renato Gonçalves (contato: 7616-5938)

Designer, Paginação e Fotografias: Alberto Araujo da Silva (Alberto Ellobo)

COLABORADORES: Josué Cardoso e Wilson Gonçalves

Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião do jornal.Seus autores são apenas colaboradores, não tendo, portando, vinculo empregatício.

Circulação: Capital, Baixada e Região Sul FluminenseDistribuição Dirigida e em Bancas

Tiragem: 50.000 exemplares

O PRIMEIRO DE DUQUE DE CAXIASFundado em 25 de agosto de 1950 por EURICLES DE ARAGÃO

Filiado às ADJORI e ABRAJORI / Registro CNJI Nº 135

“Vencer o medo é remar sem saber nadar”n OPINIÃO

Por Dalva Lazaroni*

(*)Dalva Lazaroni de Moraes é professora, escritora e ambientalista

ALBERTO ELLOBO

Porque eu quero ser feliz e quero que todos sejam também

n O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) apro-vou, em sessão plenária, uma resolução que proíbe o eleitor de usar celular, máquinas foto-gráficas, filmadoras ou qualquer equipamento ao entrar na cabine de voto.

A medida, segundo o presi-dente do TRE-RJ, Luiz Zveiter, tem por objetivo impedir que milicianos e traficantes obri-guem eleitores a fotografar os votos.

- O tribunal quer dar seguran-ça para eleitores que, eventual-mente, possam sofrer pressão desses grupos criminosos. A população tem que entender quem é o ator principal nesse processo eleitoral. O tribunal não quer cercear o direito do cidadão de usar esses aparelhos eletrônicos - esclarece o presi-dente do TRE.

De acordo com a resolução, os celulares e outros dispositivos multimídia deverão ser entre-

gues aos mesários, antes que o eleitor vá à cabine de votação. Quem descumprir a regra será inicialmente advertido. E, se insistir em desrespeitar a norma, o eleitor pode receber voz de prisão por crime de desobedi-ência, previsto no artigo 347 do Código Eleitoral.

Para combater irregularidades na eleição, o TRE-RJ criou em maio o disque-denúncia eleitoral. O serviço já recebeu milhares de denúncias no estado, sendo que a

maior parte delas, cerca de 40%, são relativas a placas irregulares, faixas e adesivos. Em seguida, estão as denúncias sobre o fun-cionamento de centros sociais, principalmente em São Gonçalo e Duque de Caxias.

Os números do serviço, são: (21) 3513-8204, (21) 2524-0404, (21) 3513-8144 e (21) 3513-8249 (nessas duas últimas linhas telefônicas são aceitas ligações a cobrar). Não é preciso se identificar.

Eleições: Portar com celular, câmera efilmadora na hora de votar pode dar cadeia

Depois das experiências somadas aprendi a dar valor às coisas, por menores que possam

parecer. Aprendi a não perder tempo com reclamações e, ao invés disso, passei a ser mais tolerante e agradecida.

Decidi dormir menos e sonhar mais. Resolvi caminhar mais e descansar menos. Parar? Apenas o suficiente para recuperar as forças e continuar andando em direção aos meus objetivos. Assim pude ver que o melhor caminho é o que conduz à liberdade e ao resumo da arte. E que a vida é a arte do resumo.

Não passo um dia sem dizer a alguém: “eu te amo”, isso porque descobri que estou apaixonada pela vida e pelas crianças. Passei a dar menos bola para a realidade e a encher a bola da criatividade. Foi então que a paixão se rendeu ao amor e cedeu a vez à Natureza.

Percebi que vencer o medo é remar sem saber nadar; é voar sem ter asas; é cantar, apesar de desafinada, para uma plateia de músicos só para celebrar a vida; é fazer tudo isso mesmo sabendo que o coração descompassa, as pernas bambeiam e das mãos pingam suores frios.

Comecei a pensar menos e a me deixar levar mais pela emoção. Então vi: a delicadeza venceu a razão, a máquina perdeu para o artesão e a bondade destruiu a arrogância. Ora, o processo é mais importante que o resultado! Mas se o processo é bom o resultado será melhor ainda.

A certeza não me tiraniza mais. Cheguei à conclusão de que se tira mais proveito das dúvidas. Com isso passei a respeitar mais a verdade, que nunca é absoluta.

Entendi que cada encontro é único, que uma pessoa não substitui a outra e que ninguém é igual a ninguém. Que só fica sozinho quem quer e só quer ficar sozinho quem tem medo de se entregar ao amor.

Depois disso tudo, passei a sorrir mais. Sorrir é o melhor remédio contra a dor e que sorrir de si mesmo exorciza os próprios fantasmas.

Por fim, me posicionei contra a ditadura da ambição desenfreada e o consumismo que fragiliza. Coloquei um basta na discriminação que cega e impede que eu veja a beleza do outro. Determinei combater o preconceito que cria barreiras intransponíveis.

Porque eu decidi ser feliz.

No entanto, como diz Rita Lee, digo eu: “Sexo frágil / não foge à luta / e nem só de cama / vive a mulher / por isso não provoque / é cor de rosa choque!”

n O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu foi inocentado hoje (4) da acusação de corrup-ção ativa pelo revisor da Ação Penal 470, Ricardo Lewando-wski. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) disse que não há provas da participação de Dirceu na distribuição de dinheiro a políticos da base aliada ao governo entre 2003 e 2004, esquema conhecido como mensalão.

“Não afasto a possibilidade de que José Dirceu tenha de fato participado desses eventos, não descarto que foi até mentor da trama criminosa, mas o fato é que isso não encontra ressonân-cia na prova dos autos”, disse Lewandowski, que criticou o trabalho do Ministério Público Federal (MPF), classificando as imputações como “políticas muito mais que jurídicas”.

“Mesmo após vasta instrução, o Ministério Público limitou-se a potencializar o fato de José Dirceu exercer funções públicas para imputar diversos crimes sem dar-se ao trabalho de descrever, ainda que minima-mente, as condutas delituosas que foram praticadas por ele. São meras suposições, figurino genérico no qual se poderia encaixar qualquer personagem que ocupasse alto cargo no go-verno central”, disse o ministro.

O revisor desqualificou o depoimento do presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson, o primeiro a envolver Dirceu no mensalão, afirmando que ambos são “inimigos figa-dais”. Por outro lado, destacou depoimentos de petistas, que, segundo ele, deram prova “tor-rencial e avassaladora” que Dir-ceu se afastou da administração do PT quando assumiu cargo de ministro da Casa Civil. “Supor que, nos bastidores, [Dirceu] estivesse manejando os cordéis deste teatro de fantoches é uma possibilidade, mas não é uma realidade processual”.

De acordo com Lewando-wski, os depoimentos colhi-dos comprovam ainda que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares agia com “total autono-mia” e que Dirceu não sabia dos empréstimos fraudulentos e da distribuição de dinheiro a parlamentares. O ministro também entendeu que sequer ficou comprovado o papel de articulador político de Dirceu. Como exemplo, citou a reforma da Previdência, que, segundo Lewandowski, foi negociada no Congresso Nacional pelo então ministro da Previdência Ricardo Berzoini.

O revisor ainda argumen-tou que não há prova cabal da relação íntima entre Dir-ceu e Marcos Valério e nem de que Dirceu influenciou a indicação de pessoas no go-verno em troca de vantagens financeiras a parlamentares. Para o ministro, as conclu-sões para incriminar o réu são embasadas em ilações e em depoimentos de “ou-vir dizer” e há vários outros depo imento s que d i zem justamente o contrário.

Sobre as vantagens obtidas pela então mulher de José Dir-ceu, Ângela Saragoça, com os bancos citados na ação penal, e com o réu Rogério Tolentino, Lewandowski entendeu que não há ilicitude nos atos. Desta-cou, ainda, que esses fatos não são relevantes para a discussão sobre corrupção ativa.

Segundo Lewandowski, a denúncia não informa a ação específica praticada por Dirceu em relação aos partidos da base aliada nem o ato que ele espe-rava dos parlamentares. Para comprovar seu ponto de vista, o revisor apresentou estudo divul-gado na Comissão Parlamentar Mista (CPI) dos Correios que não identifica correlação entre os pagamentos e as votações im-portantes para o governo. “Não estou dizendo que não possa ter havido compra de voto. Estou dizendo que há prova para todos os gostos nesse imenso acervo probatório”.

O revisor argumentou que o fato de Jefferson ser “inimigo declarado” de José Dirceu “re-força a imprestabilidade do seu depoimento” e citou a frase de Jefferson, repetida pela impren-sa, na qual ele diz: “Eu salvei o Brasil de José Dirceu”. Para o ministro, o depoimento de Jefferson não deve ser conside-rado para condenação Dirceu, já que, na situação de réu, ele pode mentir em sua defesa.

Para o revisor, o Ministério Público não conseguiu compro-var as acusações contra Dirceu. Ele ressaltou ainda que há total carência de provas na denúncia. “Nada há contra José Dirceu, salvo as polêmicas acusações de Roberto Jefferson”, avaliou. “Existem sim suspeitas, ilações, totalmente carentes de suportes probatórios”, disse.

O magistrado também con-testou a tese alemã da Teoria do Domínio do Fato, doutrina que tem ganhado força no julga-mento. Lewandowski destacou que a doutrina foi criada em 1963 e contextualizou com a construção do Muro de Berlim e o assassinato de alemães que tentavam cruzar a fronteira entre a Alemanha Ocidental e a antiga Alemanha Oriental. A tese prega que uma pessoa de alto cargo, em uma instituição, pode contribuir definitivamente com um crime, ainda que não tenha participado diretamente nos fatos, pela posição de influ-ência que ocupa.

Lewandowski lembrou que a tese foi utilizada para condenar o ex-ditador peruano Alberto Fujimori por violações dos di-reitos humanos enquanto esteve no poder. Além disso, citou que a Corte Interamericana pode usar a teoria em casos de guerra. “Não há nenhuma razão para se aplicar a Teoria do Domínio do Fato. Não estamos em situação excepcional, não estamos em guerra, não estamos em situ-ação de convulsão intestina”, concluiu o revisor.

Durante praticamente todo o voto de Lewandowski, o mi-nistro-relator, Joaquim Barbosa, esteve fora do plenário.

José Dirceu não participoudo mensalão, concluiministro Lewandowski

n A legislação eleitoral brasi-leira é clara ao definir quais são as pessoas que têm prio-ridade na hora de votar e não precisam enfrentar fila na seção. No entanto, diz o pro-fessor Leonardo Hernandez, da Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás, ainda é co-mum a prática da chamada “carteirada” por autoridades não incluídas entre os casos previstos em lei.

Pela lei, têm prioridade apenas juízes e promotores eleitorais, auxiliares e ser-

vidores da Justiça Eleitoral, policiais militares em serviço, eleitores com mais de 60 anos, doentes e pessoas com deficiência ou com dificul-dade de locomoção, além de gestantes e mulheres em período de amamentação. Os eleitores devem, por-tanto, ficar atentos para os furões de fila, que sempre tentam dar carteirada, disse Hernandez, em entrevista à Agência Brasil.

“Políticos; juízes de direito, promotores e servidores que não sejam da Justiça Eleito-

ral; e policiais à paisana não terão direito de votar antes de qualquer outro cidadão comum.” Segundo Hernan-dez, nas últimas eleições, foi constatado que até represen-tantes de organizações não governamentais (ONGs) e médicos tentaram furar a fila na hora de votar.

O professor ressaltou que, no caso de mulheres que estejam no início da gravidez e de portadores de alguma doença que não seja facil-mente percebida pelos me-sários, é bom levar atestados

médicos ou outro documento comprobatório para evitar constrangimentos.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os mesários são treinados para agir sempre com boa fé, evi-tando pedir atestado médico ou outros documentos no caso de eleitores que se enquadram nas exceções previstas em lei. Tal atitude contribui para ace-lerar o processo de votação e cumprir a estimativa do TSE de que cada eleitor gaste em mé-dia 40 segundos para concluir sua escolha.

Carteirada na hora de votar ainda é prática comum no país, diz professor

n Na segunda- fe i ra (8 ) , ce r ca de 1 ,6 m i lhão de contribuintes vão saber se receberão dinheiro do Fisco. A Receita Federal libera, às 9h, a consulta ao quinto lote de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física de 2012. O órgão também divulgará lotes residuais dos exercícios de 2011, 2010, 2009 e 2008.

O dinheiro será deposita-do no próximo dia 15, nas contas informadas na decla-ração do Imposto de Renda. A relação dos beneficiados estará disponível na página da Receita na internet (www.receita.fazenda.gov.br). A consulta também pode ser feita por meio do Receitafo-ne, no número 146.

As restituições serão acresci-

das de 4,29%, que correspon-dem à variação da taxa Selic (juros básicos da economia) entre maio e outubro deste ano. A Receita pagará ainda R$ 33,4 milhões a 17.759 contribuintes que declararam Imposto de Renda em 2011 e terão a res-tituição corrigida em 15,04%.

A restituição ficará disponí-vel no banco durante um ano. Caso o valor não seja credita-

do, o contribuinte deverá ir a qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para os telefones 4004-0001 (capi-tais), 0800-729-0001 (demais local idades) e 0800-729-0088 (deficientes auditivos). Nesse caso, o contribuinte deverá agendar o crédito em qualquer conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

Receita abre consulta a quinto lote de restituição do IR nesta segunda

Page 3: Jornal O Municipal - Nº 9226

PÁGINA 35 a 12 de Outubro de 2012 O MUNICIPAL

n Panfletos, comício, carro de som, propaganda elei-toral, nada disso repercute com tanta rapidez como um comentário nas redes sociais. Segundo o Instituto Ibope, são mais de 74 milhões de usuários com mais de 16 anos que utilizam as redes sociais, dando ao Brasil a 5ª posição entre os países com maior nú-mero de conexões à Internet. Assim, 80% dos internautas brasileiros estão conectados às mídias sociais.

Como ferramenta poderosa na busca por eleitorado para a disputa por uma vaga nas eleições municipais de 2012, políticos já começam a dar os primeiros passos na aproxi-mação com jovens entre 20 a 35 anos que freqüentam regularmente as redes so-ciais. Segundo pesquisas eles possuem Orkut, Facebook, Twitter acessam o Youtube e interage o tempo todo com meio eletrônico.

Segundo o especialista em

marketing político Cândi-do Gomes, a principal dica para quem busca uma vito-ria na campanha municipal é desenvolver metas e estra-tégias para atingir esse elei-torado: redes sociais para os jovens e rádio e tv para a grande massa. “A Internet oferece a possibilidade de se tornar um espaço midiá-tico mais amplo e democrá-tico para a participação polí-tica. Mais do que uma nova tecnologia, trata-se de um meio de comunicação, de interação e de organização social”, destacou.

“A internet será uma ferra-menta essencial nessas elei-ções, através dela políticos vão interagir 24 horas com o seu eleitorado. O marke-ting político no Twitter, uma das opções mais procuradas pelos políticos, e que atin-ge principalmente os novos eleitores, permite a troca de mensagens entre de partici-pantes, tornando o debate

mais democrático, podendo gerar um agitação nas con-tagens dos votos”, explicou.

Porém a super exposição nas redes sociais, também pode acarretar sérios pro-blemas aos pretensos candi-datos, inclusive na obtenção do registro de candidatu-ra junto à Justiça Eleitoral. Segundo o especialista em Direito Eleitoral Leonardo Airton Soares, o fato da le-gislação de campanha na internet ser muito recente, requer ainda mais cuida-do por parte dos políticos. “Medidas como o cuidado com o conteúdo, publicida-de on-line e o que o candi-dato divulga nas mídias so-ciais são passos que podem influenciar no sucesso ou no fracasso de um candidato à vida pública”, destacou.

Para o consultor Alberto Valle, especialista em ma-rketing digital e instrutor do curso de marketing político digital do CEC, as eleições

de 2012 terão uma influên-cia forte do que for veiculado nas mídias sociais. “As redes sociais caíram no gosto do brasileiro e os políticos já per-ceberam isso. Temos sentido uma procura muito maior por nossos cursos este ano, um si-nal claro que as campanhas irão apostar fortemente nes-sas mídias. O candidato que ficar de fora, certamente vai estar em desvantagem”, afir-mou o consultor.

O uso das mídias sociais em campanhas está regulamenta-da a partir do projeto de lei 5984/09, de dezembro de 2009. Em 2010 a lei foi apli-cada com rigor para punir os infratores. “Assim, calúnias, injúrias e difamações contra adversários políticos são de-vidamente monitorados pelos militantes e o Tribunal Supe-rior Eleitoral – TSE, deixou bem claro o que será e o que não será permitido nas cam-panhas, punindo os excessos com rapidez”, finalizou.

Eleitores mais jovens usarão cada vez maisas redes sociais para escolher seus candidatos

n A ACIEF-Associação Caxiense de Imprensa Escrita e Falada vem a público para repudiar o lamentável comportamento, arbitrário e ditato-rial, do deputado federal Alexandre Cardoso, candidato à Prefeitura de Duque de Caxias pelo PSB-Partido Socialista Brasileiro, de tentar recolher edição número 9225 do jornal O Municipal, de Duque de Caxias, o mais antigo em circulação na Baixada Fluminense. A alegação do candidato foi a publicação da matéria “Alexandre Cardoso na mira do Tribunal de Contas - Contrato teve aditivo de R$ 69 milhões”, a qual o deputado chama de “notícia requentada”.

O pedido foi feito ao TRE e, além do recolhi-mento da edição do tradicional periódico, visou também a proibição de impressão de novos exem-plares, lacramento da gráfica até o término do 2º turno das eleições e, por fim, requisição de “todo aparado da Polícia Federal” para prender quem estiver distribuindo exemplares do jornal. Vale lembrar que o senhor Alexandre Cardoso optou, já há algum tempo, por manter relações distantes com órgãos de imprensa da Baixada Fluminense, os quais rotula como “insignificantes”, conforme já se verificou inúmeras vezes em solenidades oficiais das quais participou.

A liberdade de expressão, garantida pela juíza eleitoral Natacha Nascimento Gomes Tostes Gon-çalves de Oliveira em despacho que indeferiu a pretensão do deputado, é um direito humano inalienável e sua proteção, um elemento essen-cial para as sociedades democráticas. O Brasil, ao restabelecer o regime democrático com a promulgação da Constituição de 1988, voltou a viver sob um clima de ampla liberdade, embora algumas circunstâncias ainda gerem apreensões. O restabelecimento da liberdade de expressão ocorreu antes mesmo da promulgação da Carta, mas alguns textos legais seguem ameaçando os profissionais e os veículos de comunicação. É o caso da Lei de Imprensa de 1967, em vigor, um resquício do período ditatorial com dispositivos incompatíveis com a democracia. Ao mesmo tempo, diversas propostas em tramitação no Poder Legislativo, algumas delas de iniciativa do Poder Executivo, representam perigo real de restrições à liberdade de expressão no país.

A legislação eleitoral, igualmente, inclui dispo-sitivos que implicam restrições à liberdade de informar. Em períodos que antecedem eleições, o clima de acirrada competição entre partidos e entre candidatos leva a ações e a decisões judiciais com conseqüências graves, como a proibição de veicular determinadas informações e até mesmo ameaças de impedir a circulação de jornais.

A luta pela liberdade de expressão e de impren-sa, por qualquer meio de comunicação, não é tarefa de um dia, é um esforço permanente. Esse compromisso foi confirmado pelo Brasil quando endossou a Declaração de Chapultepec (em agos-to de 1996, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, e em maio de 2006, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva).

A ACIEF entende que menosprezar e perseguir os veículos de comunicação, além de ser uma atitude condenável, é uma forma de discriminação, sendo mais grave ainda por partir de um político que se declara “socialista” em seus inflamados discursos. Espera, porém, que que essa arbitrariedade come-tida pelo senhor Alexandre Cardoso não faça parte de um projeto por ele orquestrado para questionar as liberdades inscritas na Constituição Federal, que tanto sangue e suor custaram aos brasileiros para se concretizar.

Hoje tentou-se O Municipal, amanhã, quem será a próxima vítima?

Duque de Caxias,04 de outubro de 2012

CARLOS DE SÁ BEZERRA- Presidente

ASSOCIAÇÃO CAXIENSE DE IMPRENSA ESCRITA E FALADA (ACIEF)

[email protected] - Telefones 3659-8531 e 2653-4413

Deputado tenta proibir impressão e circulação de jornal em Caxias

N O T A D E R E P Ú D I On O deputado federal e candidato a prefeito por Duque de Caxias, Alexan-dre Cardoso (PSB), lançou esta semana uma cruzada contra a liberdade de imprensa do município. Numa flagrante atitude no minimo antidemo-crática ele entrou com pedido de fechamento da redação de O Muni-cipal, no último dia 3 de outubro, junto ao TRE, solicitando, inclusive o uso da força (policial fe-deral) para fazer valer sua vontade. A tentativa de cerceamento do direito de livre expressão se deu há apenas cinco dias de um dos mais democráti-cos pleitos já vivenciado pela história do municí-pio, onde oito candidatos concorrem à cadeira de prefeito.

O pedido foi motivado por uma publicação em nossa passada (n° 9225), quando abordamos os valores dos contratos fe-chados entre a Fundação Apoio à Escola Técni-ca (FAETEC) e a empre-sa de terceirização de mão-de-obras Locanty Em requerimento feito por meio de seus advo-gados, o deputado sugere à juíza eleitoral Natacha do Nascimento Gomes Tostes Gonçalves que O Municipal seja tirado de circulação até o segundo turno das eleições. O pedido, porém, foi inde-ferido pela juíza que, em sua conclusão, reafirma a inalienabilidade do di-reito de expressão (ver reprodução de trechos do fac-símile, ao lado).

MORDAÇAS, NUNCA MAIS!

Justiça indefere pedido de Alexandre Cardosopara lacrar e apreender O Municipal

O jornal O Municipal lamenta profundamente que, à luz da democracia, ainda haja cidadãos que não consigam conviver com

opiniões adversas às suas. A população brasileira ainda tem na memória momentos de um passado recente onde todas as liberdades foram caçadas por mandatários - e não almeja voltar a este tempo. Toda tentativa nos calar só reforçará em nós o sentimento de defesa por uma nação livre, feita de cidadãos livres e com direito à voz, onde não cabem mais as mordaças daqueles que perderam o bonde da história.

E D I T O R I A L

Page 4: Jornal O Municipal - Nº 9226

O MUNICIPALPÁGINA 4 5 a 12 de Outubro de 2012

Formação deProfessores é no Saber!

Tel.: 3774-3789 / 3774-3969Rua 7 de Setembro, 49 - Centro - D. de Caxias

www.sabersistemadeensino.com.br

n O Ministério Público Elei-toral do Rio decidiu abrir um procedimento administrativo para apurar as denúncias de que o PMDB carioca teria oferecido R$ 1 milhão para garantir o apoio do PTN à campanha de reeleição do prefeito Eduardo Paes. O procurador regional eleitoral do Rio, Maurício Rocha Ri-beiro, disse que o caso confi-gura abuso de poder político e econômico e recomendou a investigação. Os adversá-rios de Paes entraram com representações no MPE para a investigação das denúncias.

De acordo com o MPE não há prazo para definir se é necessário ou não abrir o inquérito - o procedimento administrativo é preliminar à investigação. A Procura-doria disse ter determinado diligências para apurar as denúncias, como a coleta de depoimentos de teste-munhas e a recuperação da gravação veiculada pelo site da revista Veja, na qual o presidente do PTN, Jorge Sanfins Esch, afirma a cor-religionários que aceitou receber R$ 1 milhão para apoiar a reeleição de Paes.

Parte do dinheiro, cerca de R$ 200 mil, seria destinada a apoiar a campanha de candidatos a vereador pelo partido. O restante, R$ 800 mil, seria para o pagamento de uma suposta dívida de um processo administrativo aberto por Esch contra a prefeitura quando ele era funcionário. O processo foi indeferido e arquivado em dezembro.

OUTROS PARTIDOS - O procurador regional eleitoral disse ontem que o MPE deve

investigar não apenas o PTN, mas também outros partidos da coligação do prefeito. O procurador precisa aguardar providências da primeira instância do MP e só atuará se for aberto processo no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

“Em tese é caracterizado o ato de abuso do poder político e econômico. Pode ser alegado como troca de favor normal, mas a meu ver caracteriza abuso do poder político. Tem que ser apura-do, porque o presidente do PTN disse que outros parti-dos teriam tomado o mesmo caminho. Isso vai aniquilan-do as chances dos demais candidatos, desequilibra o pleito”, afirmou Ribeiro. Segundo ele, a investigação pode resultar em cassação de registro, de mandato, e inele-gibilidade por até oito anos.

REPRESENTAÇÕES - Otá-vio Leite (PSDB), Rodrigo Maia (DEM) e Marcelo Freixo (PSOL), adversários de Paes na corrida pela prefeitura do Rio, entraram com re-querimentos de investigação no MPE. Segundo Rodrigo Maiao, “fica claro o benefi-ciamento (do atual prefeito) e o desequilíbrio eleitoral com tal ato”. Freixo solici-tou também investigação da Procuradoria-Geral da República.

A coligação que apoia Eduardo Paes informou que advogados da campanha também protocolaram no MPE pedido de apuração “rigorosa” das denúncias. O prefeito já afirmou que não houve pagamento em dinheiro ao partido. (Fonte: O Estado de S. Paulo)

PMDB ofereceu 1 milhão para ter apoio do PTN, diz procurador

n A utilização da biometria para identificar os eleitores no momento da votação pode abrir caminho para uma nova organização do sistema eleitoral no país, tornando o processo ainda mais seguro e fácil, con-forme Leonardo Barreto, cientista político da Uni-versidade de Brasília (UnB). Para ele, será possível, por exemplo, o eleitor votar em qualquer seção eleitoral.

Segundo o Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE), a tecnologia que permite identificar o eleitor por meio de suas impressões digitais será utilizada nas eleições deste ano por aproximadamente 7,7 mi-lhões de pessoas em 299 municípios. A expectativa do TSE é que até 2018 to-dos os eleitores brasileiros possam votar após identi-ficação pelas digitais.

“Ainda não há nenhuma posição do TSE nessa di-reção, mas uma das possi-bilidades que a biometria traz é a reorganização de todo o sistema de votação, com a eliminação da ne-cessidade de os eleitores comparecerem a zonas e seções eleitorais específi-cas. Com a biometria, você pode votar em qualquer lugar, porque haverá um

banco de dados disponível em todos os lugares [de votação]”, explicou.

Segundo Barreto, embo-ra uma das possíveis con-seqüências seja a maior comodidade para o eleitor, que poderá escolher onde votar, o principal ganho é o aumento da segurança do processo.

“Sem dúvida esta nova organização eliminaria

uma fonte de coronelismo político. Com o nível de detalhamento que existe hoje, sabendo-se exata-mente onde cada pessoa confirma sua escolha, há candidatos que pressio-nam eleitores a garantir determinado número de votos nas seções onde estão cadastrados. Sem a estipulação de zonas e seções, perde-se esse tipo de controle”, disse.

De acordo com o TSE, o uso da biometria para identificação dos eleitores foi implementado de for-ma pioneira nas eleições municipais de 2008 nas cidades de Colorado do Oeste (RO), Fátima do Sul (MS) e São João Batista (SC). Em 2010, o sistema foi utilizado por mais de 1,1 milhão de eleitores de 60 municípios em 23 estados.

Biometria pode liberar eleitor para votar em qualquer seção

n A Secretaria Estadual do Ambiente, em operação con-junta com a Secretaria de Meio Ambiente de Duque de Ca-xias, interditou na manhã desta quarta-feira, 3 de outubro, mais uma empresa responsável pela poluição do Rio Calombé, no segundo distrito. Na vistoria feita pela equipe comandada pelo secretário Carlos Minc e técnicos do município foi interditada a empresa Montman Serviços,

Reparos Marítimos e Terrestres, Ltda., localizada na Rua Sou-za Dantas, no bairro Chácara Rio-Petrópolis. A empresa que trabalha com limpeza e reforma de tanques de armazenamento de óleo combustível, infringiu a Lei Estadual 3476/200. A multa será estipulada e poderá chegar a R$ 10 milhões.

Em setembro, na mesma região, as secretarias estadual e municipal de meio ambiente,

atendendo denúncias de mora-dores interditaram as empresas Nero 20 e Leusado que traba-lham com reciclagem de óleo, querosene e thinner por poluí-rem o mesmo rio. O secretário de Meio Ambiente de Duque de Caxias, Samuel Maia, disse que as operações vão continuar e que as empresas serão punidas por poluírem o Rio Calombé.

As operações contam com técnicos e agentes da Secretaria

Municipal de Meio Ambiente de Duque de Caxias, do INEA, do Batalhão da Polícia Florestal, da Polícia Civil e da Coordena-ção Integrada de Combate aos Crimes aos Crimes Ambientais do Estado (CICCA). Na região, foram identificados 12 pontos de poluição. Todos serão investigados e as empresas que cometerem crimes ambientes serão fechadas para o bem do meio ambiente e da população da região.

Mais uma empresa interditada por poluir o Rio Calombé, em Caxias

Page 5: Jornal O Municipal - Nº 9226

PÁGINA 55 a 12 de Outubro de 2012 O MUNICIPAL

n OPINIÃO

Prof° Gutemberg Cardoso dos Santos

n Faltando dois dias para a realização das Eleições Muni-cipais, a popularidade do atual prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito (PP), voltou às proporções iniciais de seu começo de mandato, ratifi-cando sua afinidade com as caminhadas e a busca do voto através do corpo-a-corpo.

A crescente demonstração de apoio, em sua esmagado-ra maioria, vem do caxiense médio – a maior camada da população, formada daque-les que vivem em Duque de Caxias, conhecem a cidade e sua recente história. “Boa parte do eleitorado caxien-se (mais de 30%) aparecia como indeciso em pratica-mente todas as pesquisas. Porém, esta parcela está se decidindo pela continuida-de do governo Zito”, analisa um cronista político. “E, sendo a voz do povo a base dum processo democrático como as eleições, esta ten-dência poderá levar Zito a mais uma vitória nas urnas”, conclui.

Para Zito, a resposta e a confiança que a população tem lhe oferecido não tem preço: “Fico emocionado com o carinho desse povo.

Trazer, saneamento, asfalto, educação e saúde para quem mais precisa não é mais que o meu dever como prefeito. Por isso, quero continuar cuidando dessa cidade”, re-velou o prefeito em seu site de campanha.

No próximo domingo, dia 7/10, quase 700 mil eleitores de Duque de Caxias estarão aptos a comparecer às ur-

nas e votar na escolha dos servidores públicos que irão governar e legislar na cidade pelos próximos quatro anos (a partir de 2013). Caso ne-nhum candidato majoritário atinja 51% dos votos válidos, haverá um 2° turno entre os dois mais bem-votados, no dia 28/10. “Meu voto é do prefeito Zito. O cara fez e continua fazendo coisas

muito boas pela cidade. Enfrentou leões, encontrou uma verdadeira casa-da-mãe-joana para endireitar e olha só, agora, como a cida-de está ficando bonita! Não podemos ser ingratos, temos que escolher certo. E o certo é Zito!”, exclamou o torneiro mecânico Adelino Oliveira, 37 anos, morador do bairro Jacatirão, ao revelar seu voto.

Cresce a aceitação de Zito junto a população de Duque de Caxias

Candidato à reeleição, o prefeito José Camilo Zito (PP) mantém a fórmula que o levou àprefeitura de Duque de Caxias em três disputas anteriores: o corpo-a-corpo com a população

ALBERTO ELLOBO

Tomei ciência na manhã de hoje

(dia 4), da existência de um mandado de intimação onde o autor, o deputado federal Alexandre Cardoso, solicita a justiça eleitoral uma implacável reprimenda pelas autoridades policial e judiciária ao Jornal O Municipal, como “medida coercitiva, dura e severa”. Não satisfeito, o autor, pede que a justiça acione a Polícia Federal e todo seu aparato para impedir a livre circulação de idéias. Tal atitude, típica daqueles que têm saudades do período ditatorial não me assusta, até porque entendo que as ideologias não morreram.

Fica claro nossos lados opostos. No período do arbítrio, ainda muito jovem, fiz a opção por lutar contra a Ditadura - na clandestinidade, inclusive, sendo sabedor que corria riscos. E o senhor Alexandre Cardoso, de que lado estava? Sempre prezei pela liberdade de imprensa e, na minha história de vida, nunca pautei por panfletos apócrifos como o deputado insinua. A ditadura militar e seus apoiadores tentaram calar a imprensa, inclusive prendendo , torturando e sacrificando centenas de patriotas, exemplo maior tendo vivido Vladimir Herzog, jornalista enforcado no DOI-CODI de São Paulo.

Mesmo assim, tais repressões não impediram que jornais como Movimento, O Repórter, Em Tempo, O Bagaço, Jornal do Brasil e tantos outros se tornassem exemplos de resistência, nacionalmente – e O Municipal, em Duque de Caxias tendo à frente seu fundador, o socialista Euricles Aragão.

Requerer a “Polícia Federal e todo seu aparato”, como foi solicitado por Alexandre Cardoso para impedir a livre circulação de idéias é algo temerário e extremamente preocupante em uma sociedade pautada no Estado Democrático de Direito. E a presidenta Dilma, senador Lindberg Faria e Lula o que dirão ao saber deste lamentável ato praticado? Qual a posição do PT- Partido dos Trabalhadores de Duque de Caxias (entidade comprometida, desde sua fundação, com a defesa dos princípios democráticos)?

O Jornal O Municipal não faltou com a verdade e sempre prezará por ela. É muito satisfatório saber que a justiça indeferiu tal pretensão arcaica e incompatível com os princípios democráticos zelados pela Carta Magna. Viva a liberdade de imprensa, viva a democracia. Viva a Pátria Livre!

JornalO Municipal,O primeiro de Duque de Caxias

n O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), Luiz Zveiter, pregou hoje (3) uma políti-ca de “tolerância zero” no combate aos ilícitos eleito-rais no estado, entre esses a chamada boca de urna, que

não poderá ser feita em qual-quer circunstância: “Nem a 20 quilômetros do local de votação”, frisou.

O presidente do TRE falou a uma plateia formada por juízes eleitorais, na presença de autoridades do Exército,

da Marinha e das polícias Civil, Militar, Federal e Ro-doviária Federal.

A rigidez na aplicação da lei já começa às 22 horas de sábado, quando fica proibi-da a propaganda eleitoral, incluindo uso de carros de

som, realização de carreatas e distribuição de panfletos. Quem for preso por algum desses motivos, será en-caminhado à delegacia de polícia, onde será lavrado o flagrante e marcada a audiência judicial.

TRE anuncia tolerância zero para boca de urna no estado

Page 6: Jornal O Municipal - Nº 9226

O MUNICIPALPÁGINA 6 5 a 12 de Outubro de 2012

Crônicas doAlbuquerque

Por jornalista Wilson Gonçalves ([email protected])

O histórico Festival deWoodstock de 1969

(*) Josué Cardoso é jornalista e pesquisador musical

DIVULGAÇÃO

Falta água, falta luz e sobram cornos em Duque de Caxiasn Albuquerque estava aflito. Tomou conheci-mento de uma pesqui-sa em que Duque de Caxias aparece como a cidade com o maior número de cornos no Brasil. E corno manso! Manso! Esbravejava.

Corno manso é s i-nal de civilidade, de progresso e de moder-nidade. É compatível com a nossa cidade que arrecada mais de dois bilhões de reais por ano. A pesquisa embora não oficial, para o Albuquer-que tinha credibilidade.

A mulher pode trair por amor, mas o ho-mem trai por esnobis-mo, repetia Albuquer-que. O homem come e depois procura os amigos para afirmar em alto e bom som: sabe quem eu peguei ontem à noite? E aí começa a falar poucas verdades e muitas mentiras.

Quando alguém dá um toque para o corno

abrir os olhos, ele diz: ela não vai desconfiar. O amigo d i s se uma coisa, e ele entendeu outra. Por isso o ditado popular: o corno é o último, a saber.

Na oração do corno há um trecho que diz: “Meu Deus, não per-mita, nunca, que eu seja corno. Mas se eu for que eu não saiba, mas se eu souber que

eu não veja, mas se eu ver, que eu não acredi te, mas se eu acreditar, que eu sai-ba perdoar. Além do mais, a Lei Maria da Penha é dura. O cor-no? Borracha fraca.

Por exemplo: existe o corno que casou com a miss que o trocou pelo próprio filho. Tem o cor-no que levou a polícia para cima do telhado

para dar o flagrante e as telhas despencaram caindo policiais, telhas e corno, nos lençóis ainda úmidos pelo casal. Tem o corno que quis bater na mulher na presença do delegado, que gritava para os policiais: segura o corno, segura o corno. Tem o corno pentacam-peão. Tem o corno que tentou o suicídio, deu um tiro no ouvido, não morreu e continuou com a mesma mulher. Foi um alivio. Passou a não ouvir nada que o povo dizia.

Tem o corno que mata o amante e deixa a mu-lher, inteirinha, para nova traição. E o corno da mu-dança: tira o sofá da sala.

Triste, Albuquerque afirmou cabisbaixo: por isso eu escuto, quando passo, meus amigos can-tarem: Duque de Ca-xias, cidade que de dia, falta água. De noite falta luz. A casa, em Caxias, que não tem um corno é um milagre de Jesus!

n O Espaço Público da Bi-blioteca Leonel de Moura Brizola, na Praça do Pacifi-cador, foi palco da realiza-ção da I Feira de Artesanato de Duque de Caxias, no dia 21 de setembro. O evento, cujo tema foi “Ensaios de Turismo”, foi promovido em parceria pela Prefeitura de Duque de Caxias – através das secretarias de Assis-tência Social e de Cultura e Turismo –, com o grupo Empreendedores, Líderes & Formadores de Opinião (E.L.F.O.). O objetivo do evento foi reunir o maior número de empresários, líderes e formadores de opi-nião, para fortalecer a ini-ciativa. A meta é que cada um conheça um pouco do trabalho do outro, criando soluções conjuntas para os desafios empresariais.

A secretária Municipal de Assistência Social, Ro-seli Duarte, esteve presen-te ao evento e conversou com os expositores e viu os trabalhos dos artesãos. Para Roseli, a iniciativa deve crescer. “O objetivo é dar condições aos novos empreendedores duque-caxienses, criando outras perspectivas de negócios que possibilitem a amplia-ção da economia local e garantam mais qualidade de vida a população”, comentou.

O superintendente de Tu-rismo de Duque de Caxias, Daniel Eugênio, que recebeu os expositores e mostrou a cidade aos visitantes através de uma exposição de fotos e banners, também acredita num crescimento das pers-pectivas de negócios para a população. “Na Secretaria de Cultura e Turismo incen-tivamos a produção artesanal e artística, desde a confecção de bijuterias até a elaboração de peças das artes plásticas, como pintura e escultura”, destacou.

A coordenadora da Casa da Mulher Ruth Cardoso, Rita Maria de Paula, que participou da feira com artesãs e professoras de artesanato da instituição,

lembrou o sucesso do equi-pamento que coordena. “Temos percebido que tem sido uma grande ajuda para dezenas de mulheres. Há mulheres que nos procuram em busca de apoio financei-ro e depois que aprendem algumas técnicas de artesa-nato, passam a produzir e vender seus próprios traba-lhos”, observou Rita.

A Casa da Mulher pro-move, também, acompa-nhamento psicológico e incentiva às mulheres téc-nicas de boa alimentação. “Recentemente tivemos o caso de uma mulher depri-mida que nos procurou e que hoje é uma das nossas professoras de artesanato. Ela reconquistou a autoesti-

ma e independência finan-ceira depois de participar de nossas oficinas”, disse Rita, que ressaltou o fato da Casa da Mulher desen-volver também um trabalho de reeducação alimentar e que periodicamente re-aliza exames preventivos. A unidade promove ações educativas de sociabilida-de, oferecendo curso para geração de renda, ginástica, capacitação profissional e momentos de lazer.

O evento homenageou os artesãos com a apre-sentação de um desfile de moda, com roupas e peças produzidas pelos exposito-res. Ao final, para saudar a primavera, houve uma dis-tribuição de flores naturais.

I Feira de Artesanato em Duquede Caxias fomenta negócios

SMCT/ALBERTO ELLOBO

ASCOM-PMDC/PAULO MARTINS

n Marco do movimento da contracultura, o Festival de Woo-dstock foi o mais importante festi-val de rock and roll de sua épo-ca. Realizado em uma fazenda em Bethel, Nova Ior-que, reuniu num final-de-semana do mês de agosto de 1969, mais de 400 mil pessoas, num espaço originalmente montado para receber 50 mil. Mesmo assim, não foi registrado nenhum incidente grave. A abertura foi ao som de “High flyin’ bird”, pelas 12 cordas do violão de Richie Havens, que criou naquele palco a música “Freedom”. Ao longo dos três dias, participaram, entre outros, o guitarrista Carlos Santana e Johnny Winter; o quarteto Crosby, Stills, Nash & Young; os conjuntos Blood, Swe-at & Tears, Creedence Clearwater Revival, Grateful Dead, Jeferson Airplane, Mountain, Ten Years After e The Who, e os cantores Joe Cocker, Joan Baez e Janis Joplin. Os últimos acordes do evento foram com Jimi Hendrix, executando a clássica “Hey Joe”.

Duas décadas depois, em 1989, uma segunda versão do evento chegou a ser planejada por Joel Rosenman e John Roberts, idealizadores do festival. Contudo, disputas por direitos autorais acabaram in-viabilizando o evento. Somente em 1994, para come-morar 25 anos da primeira edição, 250 mil pessoas se reuniram no Woodstock 94, em Saugerties, a 135 km de Nova York. Cada presente pagou 135 dólares para ouvir quarenta grupos de rock. A tentativa seguinte, em 1999, sucumbiu diante de registros de violência e tumultos que teriam sido incentivados por bandas como Limp Bizkit, Insane Clown Posse e Kid Rock. O momento era outro e a humanidade também.

BANCO DE IMAGENS

n Uma festa inesquecível para a melhor idade de Du-que de Caxias. Assim ficou marcada na memória dos participantes a 1ª Gincana do Produc 3ª Idade, realizada no sábado, 28 de setembro, no ginásio da Vila Olímpica Municipal. Durante toda a manhã, idosos dos quatro cantos da cidade torceram, competiram, mostraram suas qualidades e sua disposição, além de darem um grande exemplo de integração e esportividade. O evento, assim como o projeto Produc 3ª Idade, é uma realização da Secretaria Municipal de Esporte Lazer e premiou com troféus as três melhores equipes participantes.

“A gincana é parte das ati-vidades que desenvolvemos com duquecaxienses acima de 50 anos, visando a sua inclusão social e desenvolvi-mento de atividades físicas e mentais para mantê-los em atividade. São cerca de 4 mil idosos participantes do projeto em 38 polos espa-lhados pelos quatro distritos da cidade. Agrupamos eles em 12 equipes definidas por

cor, cada uma reunindo três polos. Com isso, estimulamos também uma integração entre polos próximos”, disse a secretária Municipal de Es-porte e Lazer ,Martha Valéria de Andrade.

Entre as dez competições da gincana, uma das que teve maior destaque foi a dispu-tada eleição da Miss Produc 3ª Idade. As representantes das equipes se apresentaram em trajes de gala e típicos. A vencedora foi a equipe marrom com a agitada Ivete Azevedo Vieira, aposentada de 70 anos, moradora do Par-que Boa Vista, e participante do polo da Praça da Paz, no bairro Beira-Mar. Martha agradeceu ao empenho dos profissionais participantes do projeto, pediu um aplauso do público para todos eles e destacou o trabalho dos coordenadores do Produc 3ª Idade: Peterson Lopes, Os-valdina Paula e Luis Edmun-do Machado. “Foi o carinho e a dedicação de vocês que garantiram a qualidade deste trabalho”, disse a secretária. Todos os monitores dos polos receberam medalhas.

Gincana faz a alegria da3ª idade em Duque de Caxias

Page 7: Jornal O Municipal - Nº 9226

PÁGINA 75 a 12 de Outubro de 2012 O MUNICIPAL

n Os espetaculos “Pé na Curva” (adulto) e “Cabeça de Vento” (infantil) foram os vencedores do 9º Fes-tival Nacional de Teatro de Duque de Caxias, realizado pela Secretaria de Cultura e Turismo e o Centro de Pesquisas Teatrais-CPT. O primeiro, apresentado pela Cia de 2, representou a cidade paulista de São José dos Campos e o segundo - Pandorga Cia de Teatro - o município do Rio de Janeiro. Cada um recebeu prêmio em dinheiro de R$ 5 mil. Os segundo e terceiro lugares de cada categoria receberam res-pectivamente R$ 2.500 e R$ 1.500. Ao todo, 33 es-petáculos (17 adultos e 16 infantis) participaram do

festival, entre 89 inscritos vindos de várias partes do País, como os estados do Ceará, Goiás, Minas Gerais,Rio de Janeiro e São Paulo. Ao longo dos 17 dias do festival, o CPT estima que mais de 20 mil espetadores passa-ram pelo Raul Cortez. A Comissão Julgadora foi formada pelos atores e diretores Ediélio Men-donça, João Duarte e Márcia Aicram.

A solenidade de pre-miação aconteceu na noite de domingo (30), com apresentação do es-petáculo “Tribobó City”, texto de Maria Clara Machado, com alunos do curso de iniciação às artes cênicas do Tea-tro Municipal Armando

Melo, sob a direção de Guedes Ferraz, além de dança de salão com os bailarinos Alda Ferraz e João Bosco e coreo-grafias da Cia de Teatro Oswaldo Filho e da Aca-demia Arte e Dança João Bosco. Os membros e alunos do CPT fizeram uma homenagem sur-presa ao diretor Guedes Ferraz, que recebeu um troféu por suas iniciati-vas em favor do teatro no município. O ator agradeceu e disse que a homenagem deveria ser dividida com nomes importantes do cenário teatral local, como Edi-élio Mendonça e Eve Penha, e com Edgar de Souza e Paulo Renato, os dois ultimos já falecidos.

RESULTADO – Os espe-táculos premiados, na ca-tegoria adulto, foram: “Pé na Curva” (Cia de 2, São José dos Campos-SP, 1º lugar), “Cordel do Amor sem Fim” (A4 Cia de Te-atro, Barra da Tijuca-RJ, 2º lugar), e “A vida como Ela Foi...” (Teatro Obses-sivo Compulsivo, Juiz de Fora-MG, 3º lugar). “Pé na Curva” recebeu ainda troféus por Melhor Figu-rino, Melhor Maquiagem e Melhor Texto. A Melhor Direção ficou com Letícia Karneiro (Cordel do Amor sem Fim), profissional que conquistou também o troféu de Melhor Atriz. O troféu de Melhor Ator ficou com Paulo Wilians (espetáculo “Travessia”, de Santa Cecilia-SP). O

Melhor Ator Coadjuvan-te (Pablo de Almeida) e Melhor Atriz Coadjuvante (Ana Carolina Rainha) fazem parte do elenco de “Cordel do Amor sem Fim”. Fechando a cate-goria, a Melhor Cenogra-fia foi para “O Sumiço da Carroça”, com a Cia. D’Humor, de Goiania-GO e a Melhor Ilumina-ção com ”Pé na Curva”.

Na Categoria infantil, foram premiados “Cabe-ça de Vento” (Pandorga Cia de Teatro, Tijuca-RJ, 1º lugar), “Os Conta-dores” (Cia, Theatrum, Ramos-RJ, 2º lugar) e “História de Prelência” (7Phocus Cia de Teatro, Santa Cruz-RJ, 3º lugar). “Cabeça de Vento” ren-deu troféus para Melhor

Ator (Jan Macedo), Me-lhor Ator Coadjuvante (Eduardo Almeida) e Me-lhor Texto, enquanto “Os Contadores” conquistou os troféus de Melhor Fi-gurino, Melhor Direção (Angelo Faria) e Melhor Atriz Coadjuvante (Ra-faela Garcês). Os outros três troféus restantes da categoria ficaram com “O Casamento da Dona Ba-ratinha” (Melhor Maquia-gem), da Cia de Artes Faz Assim, Barra da Tijuca-RJ; “História de Prelência” (MelhorCenografia), com o 7Phocus Cia de Teatro, Santa Cruz-RJ; e Melhor Atriz Adelita Quintiliano (“História de Prelência”) e Melhor Iluminação (“Ca-beça de Vento”). (Josué Cardoso)

Grupos de São Paulo e Rio vencem o 9º Festival de Teatro de Caxias

Os grupos vencedores da categoria adulto (E), e os grupos vencedores da categoria infantil

FOTOS: DIVULGAÇÃO

n O Teatro Raul Cortez, em Duque de Caxias, será palco de quatro musicais no mês de ou-tubro, com repertórios para agradar a todos os gostos, como Frank Sinatra, Altemar Dutra, Nelson Gonçalves e Noel Rosa, no espetá-culo “Opção show”, em Momentos de Emo-ções, na sexta-feira, dia 5. Outra atração que promete é “As nossas Priscilas”, inspirado no musical “Prisci la da Broadway”, que será apresentada nos dias 13 e 14. No dia 19, a Orquestra Resplande-

cer, uma das mais con-ceituadas Big Bands da cidade pretende emo-cionar o público, com composições nacionais e internacionais regidas pelo maestro Eduardo Acioly. A entrada será um quilo de alimento não perecível.

Fechando a progra-mação musical, nos dias 20 e 21, o teatro Raul Cortez apresentará o musical “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque de Holanda, interpretado pelos ato-res da Cia de Teatro Contemporâneo.

Os pequenos não fo-

ram esquecidos pela Secretaria de Cultura, que levará ao Raul Cor-tez, nos dias 21 e 21, o infantil “As fadas de Abracadabra”, contem-plando a meninada com personagens do mundo de magia, como duen-des, magos e bruxos, além das lindas fadas Ametista e Esmeralda.

O Teatro Municipal Raul Cortez fica localiza-do no Centro de Duque de Caxias (Praça do Pa-cificador, s/n°). Mais in-formações, pelo telefone (21) (21) 2771-3062, ou no site http://www.traulcortez.com.br/

Musicais como atração, emoutubro, no Teatro Raul Cortez

A “Opera do Malandro” - um dos musicais em destaque

DIVULGAÇÃO

Page 8: Jornal O Municipal - Nº 9226

O MUNICIPALPÁGINA 8 5 a 12 de Outubro de 2012

n A presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (2) a ampliação das parcerias en-tre os países sul-americanos e árabes como forma de reagir aos impactos da crise econô-mica internacional.

Dilma reiterou as críticas ao protecionismo dos paí-ses desenvolvidos, como os Estados Unidos, que atinge a economia das nações em desenvolvimento. Ela também reclamou do que chamou de exportação da crise para o mundo.

“Os efeitos da crise econô-mica se propagam”, disse a presidenta, que foi a primeira chefe de Estado a discursar na 3ª Cúpula de Chefes de Esta-do e de Governo América do Sul–Países Árabes (Aspa), em Lima, no Peru.

“Um protecionismo disfar-çado se impõe”, acrescentou, apelando aos presentes: “pre-cisamos desenvolver nossa co-operação com bases solidárias”.

Dilma condenou os países desenvolvidos que sofrem de maneira mais intensa os efeitos da crise econômica internacional e que adotaram planos de austeridade na ten-tativa de conter os impactos e pagar as dívidas. Para a presi-denta, essas medidas não são a solução para o que chamou de “desemprego galopante”, que afeta principalmente os países da zona do euro

“O futuro das nossas regi-ões depende da cooperação, educação e ciência”, ressal-tou a presidenta, informando que essas parcerias levarão ao aumento da segurança alimentar e energética entre os países. “Não podemos nos conformar com o papel de meros exportadores de commodities, em um mundo cada vez mais interdepen-dente.”

Energia nuclearpara fins pacíficos

Dilma também apelou para que o programa nuclear do Irã tenha fins pacíficos e não de produção de armas, como vem garantindo o governo do país persa.

Os Estados Unidos e seus satélites têm pressionado a ONU e seus membros para que condenem e proíbam o Irã de ter acesso à tecnologia de enriquecimento de urânio, alegando que isso possibilitaria ao país persa a construção de armas nucleares, o que não é comprovado por nenhum relatório da Agência Interna-cional de Energia Atômica, organismo da ONU.

As autoridades iranianas informam que não há produ-ção de armas no país, mesmo assim, o Irã é alvo de uma série de sanções econômicas, comerciais e financeiras pro-movidas pelos Estados Unidos e seus satélites.

Embora faça críticas às su-postas dificuldades impostas pelo governo do Irã à fiscaliza-ção de seu programa nuclear, a AIEA informou recentemen-te que está em curso uma articulação para que um grupo de inspetores verifique as ins-talações nucleares iranianas nos próximos meses.

Dilma defendeu a criação de uma área de livre de armas nucleares. “[O Brasil] apoia uma iniciativa para uma zona livre de armas de destruição no Oriente Médio”, disse a presidenta, lembrando o ide-al é a busca de soluções por meio do diálogo e da paz.

Dilma nega apoio a inter-venção na Síria

Outro aspecto abordado pela presidenta Dilma na 3ª Cúpula de Chefes de Esta-do e de Governo América do Sul–Países Árabes foi sua posição contrária a qualquer possibilidade de intervenção militar externa nos países que sofrem algum tipo de conflito.

“[A solução] só poderá ser encontrada por eles próprios [os países em conflitos]. Sa-bemos que o caminho desses países passa por eles”, disse a presidenta, em defesa da busca pelo diálogo e uma alternativa negociada.

“O mundo árabe vive pro-fundas mudanças, que expri-mem anseios universais, como [o desejo de] justiça social e

liberdade”, disse a presiden-ta, lembrando que a história recente na América do Sul mostra que os países da região também viveram “processos semelhantes e luta política e inclusão social”.

Ao mencionar os episódios recentes de violência religiosa envolvendo muçulmanos e ataques a representações di-plomáticas norte-americanas e de aliados, a presidenta disse que o Brasil repudia a intolerância. Nos últimos dias, várias representações diplo-máticas foram atacadas por muçulmanos indignados com o filme anti-Islã, produzido nos Estados Unidos.

“Repudiamos todas as for-mas de intolerância religiosa, todas as manifestações de islamofobia”, disse a presi-denta. Ela lembrou que o re-púdio também é válido contra os ataques a representações norte-americanas, alemãs e britânicas.

Também estão presentes à cúpula os presidentes Juan Manuel Santos (Colômbia), que amanhã (3) vai se sub-meter a uma cirurgia para a retirada de um tumor maligno na próstata, Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bo-lívia), que usaram camisas e paletós tradicionais de seus povos, além de José Pepe Mujica (Uruguai) e Cristina Kirchner (Argentina).

Dilma Rousseff pede união entre países sul-americanos e árabes

n Seis anos depois da criação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav) por uma resolução do Conselho Na-cional de Trânsito (Contran), a iniciativa deve entrar em funcionamento em janeiro do ano que vem. Esta é a data prevista pelo Departa-mento Nacional de Trânsito (Denatran) para que se co-mece a instalar, em toda a frota rodoviária do país, os dispositivos eletrônicos que armazenarão dados dos veículos.

O objetivo é facilitar o controle e a fiscalização do tráfego no território brasi-leiro por meio de monito-ramento em tempo real. A implantação do sistema deve ser concluída até 30 de junho de 2014.

O desenvolvimento da tecnologia que será usada como base do sistema foi financiado pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e das Cidades e envolve investimentos de aproximadamente R$ 5 milhões. Segundo o coorde-nador de Microinformática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Hen-rique Miguel, o mecanismo funciona a partir de um sistema de radiofrequência, que prevê a emissão de si-nais por antenas espalhadas pelas cidades e rodovias. Estes sinais são captados por um pequeno chip que integra a placa eletrônica a ser instalada no para brisa dos veículos de passeio e em outros locais específicos, no caso de motocicletas e carretas.

“É uma espécie de tag ele-trônico, que vai permitir o controle do tráfego em tempo real. Ao ser acionado, o chip enviará dados do veí-culo às antenas que, por sua vez, enviarão as informações para as centrais de proces-samento, que verificarão a situação do veículo analisa-do. A tecnologia desenvol-vida é bastante complexa e representa uma solução segura e barata, que pode

ser reproduzida”, disse.Entre as aplicações do

sistema, Miguel destaca a possibilidade de loca-lizar um carro furtado e associá-lo ao proprietário, facilitando a recuperação do veículo e evitando a clonagem. Além disso, será possível fiscalizar a velocidade média dos au-tomóveis e a circulação em locais e horários em que ela for proibida.

O Siniav também facilitará o serviço de cruzamento de dados relativos aos veículos e às obrigações do proprie-tário, como o licenciamento anual e o pagamento de impostos e de multas. Com o projeto, espera-se aumen-tar a segurança no envio de cargas e diminuir filas em pedágios, com a possibilida-de de abertura automática de cancelas por meio da leitura do chip.

Henrique Miguel disse que, por se tratar de tec-nologia inédita, o Denatran pôde formalizar o registro de patente no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual.

As informações obriga-tórias que ficarão armaze-nadas no dispositivo são: número de série do chip, identificação da placa, categoria e tipo do veículo.

De acordo com Henri-que Miguel, o serviço pre-vê a confidencialidade das informações relacionadas ao proprietário e o proto-colo de segurança utilizado é confiável, baseado em chaves de proteção “extre-mamente modernas”.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério das Cidades, ao qual está submetido o Denatran, a instalação das placas eletrônicas caberá aos departamentos estaduais de Trânsito (Detrans). O custo para instalação do tag eletrônico, estimado em R$ 5, ficará a cargo do proprietário do veículo e deverá ser cobrado junto com o licenciamento dos automóveis.

Identificação automáticade veículos vai começara funcionar em janeiro

n O Clube de Engenharia encaminhou carta à pre-sidente Dilma Rousseff cobrando ações contra a contratação do Corpo de Engenheiros do Exér-cito dos Estados Unidos (Usace) pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales de São Francisco e Parnaíba (Codevasf).

A carta assinada pelo pre-sidente da entidade Francis Bogossian sugere “zelo na preservação da soberania do país e com o desen-volvimento da engenharia nacional” e que a parceria é uma “desnecessária inter-

ferência externa na gestão do território nacional”, uma vez que a força foi contra-tada pelo Governo Federal, subordinado ao Ministério da Integração.

De acordo com o do-cumento, “não há desa-fios técnicos maiores para justificar a exclusão dos profissionais e empresas de engenharia brasileiros na condução desta obra e, ainda, permitir que uma bacia hidrográfica estraté-gica para o território na-cional seja ‘estudada’ por engenheiros de uma força militar estrangeira.

“O Brasil é um dos maio-res produtores de energia hidrelétrica do mundo, além de já explorar de longa data o transporte hidroviário em bacias im-portantes do nosso terri-tório. Nossos profissionais e empresas de engenharia são altamente qualifica-dos para fazerem esses estudos, uma vez que conhecedores de todas as grandes e médias bacias do nosso país”, enfatiza a carta.

O Clube de Engenharia pede a imediata suspensão do contrato e sugere a aber-

tura de licitação pública para a contratação de uma empresa brasileira.

Os engenheiros do exército dos EUA foi contratado para dar “consultoria” de estudos hidráulicos, geotécnicos e topográficos à Codevasf, visando a navegabilidade do Rio São Francisco e o uso múltiplo da sua bacia hidrográfica. O rio atravessa os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e serve de divisa natural entre Sergi-pe e Alagoas, até desaguar no Oceano Atlântico. A parceria custou R$ 7,8 milhões, ou US$ 3,84 milhões.

Alerta para risco à soberania por contratação de Exército dos EUA para obras no S. Francisco