Jornal Municipal - out | nov | dez'15

28
SETÚBAL JORNAL MUNICIPAL. dezembro 2015 .ano 15.n.º58 Concelho em bom ambiente União ajuda no combate a alcoolismo Riso é remédio para a doença pág. 21 Vem aí um ano cheio de eventos desportivos págs. 4 e 5 Atração total no turismo Baixa oferece magia de Natal Estratégia da Câmara Municipal aponta para um crescimento sustentado de Setúbal Olá, 2016! pág. 28 págs. 14 e 15 Jornal Municipal assiste a reunião dos AA Palhaços levam ânimo ao hospital pág. 20 pág. 13 pág. 25

description

Edição de outubro, novembro e dezembro de 2015 de Setúbal - Jornal Municipal

Transcript of Jornal Municipal - out | nov | dez'15

Page 1: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

SETÚBALJORNAL MUNICIPAL.dezembro 2015.ano 15.n.º58

Concelhoem bomambienteUnião ajudano combatea alcoolismo

Riso é remédio para a doença

pág. 21Vem aí um ano cheio de eventos desportivos

págs. 4 e 5

Atração totalno turismo

Baixa oferecemagia de NatalEstratégia

da Câmara Municipal

aponta para um

crescimento sustentado de Setúbal

Olá, 2016!pág. 28

págs. 14 e 15

Jornal Municipal assiste a reunião dos AA

Palhaços levam ânimo ao hospital

pág. 20

pág. 13

pág. 25

Page 2: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

2SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

Setúbal - Jornal Municipal

Propriedade:

Câmara Municipal de Setúbal

Diretora: Maria das Dores Meira,

Presidente da CMS

Edição: SMCI/Serviço Municipal

de Comunicação e Imagem

Coordenação Geral: Sérgio Mateus

Coordenação de Redação: João Monteiro

Redação: Hugo Martins, Marco Silva,

Raquel Proença

Fotografia: José Luís Costa, Mário Peneque

Paginação: Humberto Ferreira

Impressão: PROS – Promoções e Serviços

Publicitários, Lda.

Redação: SMCI - Câmara Municipal

de Setúbal, Paços do Concelho,

Praça de Bocage, 2901-866 Setúbal

Telefone: 265 541 500

E-mail: [email protected]

Tiragem: 8000 exemplares

Distribuição Gratuita

Depósito Legal N.º 183262/02

Sugestões e informações dirigidas a este jornalpodem ser enviadas ao cuidado da redaçãopara o endereço indicado nesta ficha técnica.

informações úteis

sumário

edit

oria

l

CâMARA MUNICIPAL

Paços do ConcelhoPraça de Bocage265 541 500 | 808 200 717 (linha azul)Gabinete da Presidê[email protected] de Administração Geral, Finanças e Recursos [email protected] da Participação Cidadã[email protected]

Edifício do Banco de PortugalRua do Regimento de Infantaria 11, n.º 7265 545 180Departamento de Cultura, Educação,Desporto, Juventude e Inclusão SocialDepartamento de Recursos Humanos

Edifício SadoRua Acácio Barradas, 27-29265 537 000Departamento de Ambiente e Atividades Econó[email protected] de Obras [email protected] de Urbanismo

Gabinete de Apoio ao ConsumidorGabinete de Apoio ao EmpresárioAv. Luísa Todi, 165Mercado do Livramento, 1.º andar265 545 390

SEI – Setúbal, Etnias e ImigraçãoRua Amílcar Cabral, 4-6265 545 177 | Fax: 265 545 [email protected]

Gabinete da JuventudeCasa da CulturaRua Detrás da Guarda, 28265 236 [email protected]

TURISMOCasa da Baía de SetúbalCentro de Promoção TurísticaAv. Luísa Todi, 468265 545 010 | 915 174 442

Posto Municipal de Turismo - AzeitãoPraça da República, 47212 180 729

Loja municipal “Coisas de Setúbal”Praça de Bocage – Paços do [email protected]

ESPAçOS CULTURAISBiblioteca Pública MunicipalServiços CentraisAv. Luísa Todi, 188265 537 240

Polo da Bela VistaRua do Moinho, 5265 751 003

Polo Gâmbia, Pontes e Alto da GuerraEstrada Nacional 10, Pontes265 706 833

Polo de S. JuliãoPct. Ilha da Madeira (à Av. de Angola)265 552 210

Polo Sebastião da GamaRua de Lisboa, 11, V. Nogueira Azeitão212 188 398

Fórum Municipal Luísa TodiAv. Luísa Todi, 61-67265 522 127

Casa da CulturaRua Detrás da Guarda, 28265 236 168

Museu de Setúbal/Convento de JesusPraça Miguel Bombarda265 537 890

Museu do Trabalho Michel GiacomettiLg. Defensores da República265 537 880

Galeria Municipal do Banco de PortugalAv. Luísa Todi, 119265 545 180

Casa BocageArquivo Fotográfico Américo RibeiroRua Edmond Bartissol, 12265 229 255

Museu Sebastião da GamaRua de Lisboa, 11Vila Nogueira de Azeitão212 188 399

Casa do Corpo SantoMuseu do BarrocoRua do Corpo Santo, 7265 534 402

Cinema Charlot – Auditório MunicipalRua Dr. António Manuel Gamito265 522 446

EqUIPAMENTOSDESPORTIVOS

Complexo Piscinas das ManteigadasVia Cabeço da Bolota265 729 600

Piscina Municipal das PalmeirasAv. Independência das Colónias265 542 590

Piscina Municipal de AzeitãoRua Dr. Agostinho Machado Faria212 199 540

Complexo Municipal de AtletismoEstrada Vale da Rosa265 793 980

Pavilhão Municipal das ManteigadasVia Cabeço da Bolota265 739 890

Pavilhão João dos SantosRua Batalha do Viso265 573 212

UTILIDADE PÚBLICA

Loja do CidadãoAv. Bento Gonçalves, 30 – D265 550 200Balcão CMS: 265 550 228/29/30

Piquete de água 265 529 800Piquete de gás 800 273 030Eletricidade 800 505 505

URGêNCIAS

SOS 112Intoxicações217 950 143SOS Criança808 242 400Linha Saúde 24808 242 424Hospital S. Bernardo265 549 000Hospital Ortopédico do Outão265 543 900Companhia Bombeiros Sapadores265 522 122Linha Verde CBSS800 212 216Bombeiros Voluntários de Setúbal265 538 090Proteção Civil265 739 330Proteção à Floresta117Capitania do Porto de Setúbal265 548 270Comissão Proteção Criançase Jovens de Setúbal265 550 600PSP265 522 018GNR265 522 022

SETÚBALJORNAL MUNICIPAL.dezembro 2015.ano 15.n.º58

Concelhoem bomambiente

União ajudano combatea alcoolismo

Riso é remédio para a doença

pág. 21

Vem aí um ano cheio de eventos desportivospágs. 4 e 5

Atração totalno turismo

Baixa oferecemagia de Natal

Estratégia da Câmara Municipal

aponta para um

crescimento sustentado de Setúbal

Olá, 2016!pág. 28

págs. 14 e 15

Jornal Municipal

assiste a reunião

dos AA

Palhaços levam

ânimo ao hospital

pág. 20

pág. 13

pág. 25

4 PRIMEIRO PLANO A Câmara Municipal de Setúbal está a executar uma estratégia ambiental assente em políticas de desenvolvimento sustentável. Planos e ações permitem caminhar para um futuro melhor. 6 LOCAL A zona da Bela Vista dá o exemplo ao resto do concelho em matéria de iniciativa para o aumento da qualidade de vida do coletivo. O Bairro Santos Nicolau também está empenhado.10 FREGUESIA A Junta de Freguesia de Azeitão tem uma nova sede. Já São Sebastião está a recuperar passeios, enquanto a União das Freguesias de Setúbal substitui abrigos de passageiros.11 SEGURANÇA Peritos internacionais avaliaram positivamente um treino da equipa de busca e salvamento em estruturas urbanas colapsadas formada por CBSS e GNR. Tudo numa cidade resiliente.12 ECONOMIA As Hortas Urbanas de Setúbal já contam quase centena e meia de parcelas, com o desenvolvimento da segunda fase. A Baixa volta a surpreender com feiras outlet que até fintam a chuva.13 TURISMO O número de turistas continua a crescer em Setúbal, graças a uma estratégia de captação de visitantes nacionais e estrangeiros. A produção municipal de vídeos promocionais alcança prémios.14 PLANO CENTRAL Os Alcoólicos Anónimos apostam na união de esforços e vontades e na espiritualidade para a resolução de um problema pessoal e social grave. A instituição mostrou-se numa reunião aberta.16 CULTURA As comemorações dos 250 anos do nascimento de Bocage resultam num programa preenchido de eventos culturais. A cidade também já tem festivais de acordeonistas e de música antiga.19 EDUCAÇÃO A receção à comunidade educativa permitiu revelar o reforço de Setúbal como cidade referência em matéria de educação. Já a ligação com o desporto justificou a obtenção de um prémio regional.20 ESPECIAL O Natal comemora-se por todo o concelho. Na Baixa da cidade, um mercado e animações para todos os públicos ajudam o comércio local, enquanto Azeitão festeja a quadra com muito espírito.21 DESPORTO Setúbal recebeu, no Parlamento Europeu, a bandeira oficial de Cidade Europeia do Desporto 2016 e agora venham daí os eventos. As pedaladas do Bike Tour podem servir de inspiração.22 ACADEMIA Jogos que divertem e ensinam foram criados por dois diplomados da Escola Superior de Tecnologia. O Instituto Politécnico de Setúbal impulsionou uma rede de partilha de conhecimento.23 RUMOS A criatividade de Ricardo Campos é movida a bichos-carpinteiros. O jovem setubalense de 23 anos pinta, desenha, escreve, representa e fotografa, mas esta lista peca por ser incompleta.24 RETRATOS A Mercearia Confiança de Troino reabriu no Largo da Fonte Nova com ligação ao passado. Os visitantes/clientes são transportados para uma época distante das correrias e filas do supermercado.25 INICIATIVA O Dr. Nano Sirene e do Dr. Avionet são dois dos sete doutores palhaços dos Remédios do Riso. É vê-los no hospital a deixar um rasto de humor que transforma a vida de todos.26 MEMÓRIA O Troino, um dos mais bairros mais antigos e castiços de Setúbal, deve o nome não se sabe com segurança a quê. Já o Convento dos Grilos é assim chamado devido aos frades que ali viveram.28 PLANO SEGUINTE O Ano Novo promete festa de arromba junto do rio, pelo quinto ano consecutivo, com fogo de artifício à meia noite. Mais recente é o evento de canto lírico Luísa Todi – Jovens Clássicos.

Page 3: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

3SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

edit

oria

lSetúbal é a primeira capital de distrito portuguesa a receber o título de Cidade Europeia

do Desporto.

A Câmara Municipal de Setúbal tem assumido um papel decisivo no sentido de promover

e estimular o aumento da oferta e das condições que permitam, à generalidade

dos cidadãos, o acesso a formas qualificadas de desporto, aumentando os respetivos níveis

de participação e frequência nas atividades desportivas e oferecendo-lhes segurança

e um enquadramento técnico de qualidade, condições estas apoiadas por uma rede

de equipamentos de excelência.

Setúbal tem uma política de desenvolvimento desportivo sustentada na forte dinâmica

do movimento associativo local e regional de forma transversal,

incluindo áreas desde a inclusão, passando pela promoção da saúde

até ao alto rendimento.

A Cidade Europeia do Desporto Setúbal 2016 pretende reforçar

as iniciativas e dar continuidade a uma aposta de promoção da saúde

através da prática da atividade física e desportiva, incentivando

muito mais cidadãos e orientando os seus programas para

as especificidades dos diferentes grupos etários em torno da adoção

de estilos de vida mais saudáveis.

Devido à sua ligação com os recursos naturais que a rodeiam, a cidade de Setúbal e as vilas

de Azeitão possuem elevado potencial de prática desportiva formal e informal, destacando-

-se a autenticidade do Parque Natural da Arrábida, espaço privilegiado para a prática

de atividades da natureza como escalada, caminhadas e passeios de BTT. No Rio Sado

e nas diversas praias existentes temos ao dispor os desportos náuticos como canoagem,

vela, windsurf e o mergulho, entre outros.

Enaltecendo os valores fundamentais protagonizados pela ACES Europe, Setúbal,

como Cidade Europeia do Desporto 2016, apresenta-se determinada a prosseguir

o desenvolvimento de projetos de cariz desportivo com elevado valor, adequando-os

à realidade e às necessidades da população, na tentativa de promover a organização

de um quadro de atividades físicas e desportivas nas vertentes de lazer, formação

e competição.

Neste contexto, tirando partido das condições naturais que Setúbal oferece, procuraremos

aprofundar e desenvolver parcerias com as instituições (clubes, associações, federações

e privados) no sentido de potenciar o concelho e a região como destino desportivo

de excelência.

Encaramos, por isso, esta distinção não apenas como uma honra, mas acima de tudo

como uma oportunidade para promover e desenvolver a prática desportiva.

Com desporto, também fazemos Mais Cidade, Mais Setúbal.

Feliz Natal Neste Natal, ofereçamos todos à nossa cidade as melhores prendas que pode ter: amor,

trabalho e esperança.

Feliz Natal e Bom Ano Novo!

Somos Cidade Europeia do Desporto

Setúbal tem uma política de deSenvolvimento deSportivo

SuStentada na forte dinâmica do movimento aSSociativo local

e regional de forma tranSverSal

Presidente da Câmara Municipal de Setúbal

Page 4: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

4SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

prim

eiro

plan

o

ede de transportes, iluminação, eficiência energética e sensibilização da população são apenas algumas de muitas áreas nas quais a Câmara Municipal de Setúbal está apostada em investir para que o concelho se desenvol-va de forma sustentada.A forte estratégia ambiental da Autarquia assenta no lema “Setúbal – Rio Azul, Cidade Verde”, no qual se harmoniza a vontade de ter uma baía cada vez mais saudável e sedutora, juntamente com uma malha urbana voltada para o Sado e cujo desenvolvimento seja am-bientalmente sustentável.O concelho está atualmente a criar, em par-ceria com a ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, o ambicioso PAESS – Plano de Ação para a Energia Sustentável do Município de Setúbal, no âmbito do qual estão contemplados como setores de inter-venção a construção, os transportes, as fontes de energia renováveis e a produção de ener-gia, a construção pública, o ordenamento do território e as tecnologias de informação e comunicação.

Poupar o ambiente

Sob o desígnio do PAESS estão também a ser traçados o Plano Municipal de Eficiência Energética e o Plano de Mobilidade Susten-tável.

Setúbalem tonsde verde

O clima está a mudar e, com ele, o mundo tal como o conhecemos. Já não se trata de previsões, mas sim de constatações.

Consciente deste facto, a Câmara Municipal de Setúbal está empenhada em mudar a realidade ambiental do concelho.Quer-se mais e melhor ambiente de mãos dadas com mais

poupança e desenvolvimento. Os planos já estão em marcha

Só o Plano Municipal de Eficiência Energética representa um investimento global da ordem dos 624 mil euros que vai permitir uma pou-pança anual de energia de quase 375 mil qui-lowatts e de mais de 156 mil euros.Isto significa que, só em termos de eficiência energética, a Autarquia vai ter o retorno do investimento em menos de quatro anos.No total, este plano define medidas priori-tárias de poupança energética e económica, com a respetiva redução de emissões de dió-xido carbono, em sete setores de intervenção.Essas áreas incidem na iluminação pública, na iluminação interior de edifícios públicos com especial ênfase nas escolas, na rede de semáforos, no aquecimento de água, na pro-dução de energia, na ventilação e climatização e na formação e comunicação. O Plano de Ação para a Energia Sustentável do Município de Setúbal, além de traçar as prin-cipais políticas e estratégias ambientais a im-plementar no concelho, traduz uma resposta a compromissos comunitários, como o Pacto de Autarcas, oficializado em outubro, no Par-lamento Europeu, pela presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, e pelo ve-reador do Ambiente, Manuel Pisco (ver texto nestas páginas).O desenvolvimento sustentável do Municí-pio constitui uma “matéria que, num concelho como o de Setúbal, levanta muitas e complexas

Desde 2011 que a Câmara Municipal de Setúbal, em parceria com a ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida está a realizar a recolha de óleos alimentares usados.O projeto é representado atualmente por uma rede com setenta pontos de recolha, dos quais 32 se encontram na via pública e 38 em estabelecimentos de ensino do concelho.Os principais objetivos da iniciativa

Rquestões”, sublinhou a autarca na segunda reunião do Conselho de Opinião Setúbal XXI, realizada a 29 de outubro, nos Paços do Con-celho.No encontro, subordinado ao tema “Setúbal em Bom Ambiente: Estratégia Ambiental”, o Executivo apresentou e ouviu as perspetivas de um conjunto de personalidades e entida-des de relevo da sociedade sadina sobre a es-tratégia ambiental traçada para o município.Maria das Dores Meira, acompanhada do ve-reador Manuel Pisco, recordou que no terri-tório municipal, ocupado pela Reserva Natu-ral do Estuário do Sado, pelo Parque Natural da Arrábida e pelo Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, “se gera parte significativa do Produto Interno Bruto”, o que lança “desafios constantes na gestão municipal”.“Valorização Ambiental”, “Educação Am-biental”, “Salubridade e Limpeza Pública”, “qualificação do Espaço Urbano e Espaços Verdes” e “qualidade Geral do Ambiente” são os cinco eixos fundamentais em que, su-blinhou Manuel Pisco, assenta atualmente a estratégia ambiental traçada para o concelho.

Uma estratégia

O Executivo tem atualmente definido o Plano Estratégico de Ambiente do Município de Se-túbal, através do qual se preconiza um concelho

Recolha aproveita óleos alimentaresprendem-se com a redução da quantidade de óleos alimentares usados introduzidos nos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais e a reciclagem destes óleos através da produção de biodiesel e de outros produtos.Pretende-se, igualmente, incrementar o uso de biocombustíveis e reduzir as emissões de dióxido de carbono associadas aos transportes.O projeto tem-se de debatido com algumas

adversidades, nomeadamente relacionadas com o aumento do vandalismo e roubo de oleões. O rendimento de produção de biodiesel manteve-se entre 70 e 85 por cento entre 2012 e 2014, mas, neste período, verificou-se uma quebra para cerca de metade dos valores na produção de biodiesel, na recolha total de óleos e nas emissões de gases nocivos evitadas para a atmosfera devido precisamente aos furtos registados aos conteúdos dos oleões.

Page 5: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

5SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

LED ilumina novo caminhoUm novo equipamento de iluminação LED, com lâmpadas de formato convencional mas energeticamente mais económicas e efica-zes, está a ser testado pela Câmara Municipal através de um projeto-piloto em desenvolvi-mento no centro histórico de Setúbal.O projeto, um investimento camarário de cerca de 11 mil euros, é concretizado no âmbito do Plano de Otimização Energética Municipal, iniciativa que, além de vantagens económicas para o Município, aponta à me-lhoria da sustentabilidade ambiental e do conforto urbano.A ação consiste na substituição de lâmpadas de vapor de sódio por outras de tecnologia LED, resultando em situações de diminui-ções de consumo de energia de 150 para 70 watts.As lâmpadas LED, além de energeticamente mais eficientes, com consequências imedia-tas na redução das faturas de energia pagas pela Câmara Municipal, garantem um fluxo luminoso contínuo no espaço público, o que proporciona maior conforto urbano.

Boas práticas na indústriaA região de Setúbal reforça a aposta na polí-tica de desenvolvimento ambiental susten-tável através de várias ações, como a adesão da AICEP Global Parques à ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, forma-lizada a 8 de outubro.Na cerimónia realizada no Centro de Negó-cios BlueBiz, a presidente da Câmara Mu-nicipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, salientou que a adesão, além de profícua tanto para a AICEP como para a ENA, é vantajosa para o próprio concelho, “que quer um bom desenvolvimento económico e empre-sarial, com preservação e proteção do ambiente natural”.O acordo, assinado pelo presidente do Conselho de Administração da ENA, Ma-nuel Pisco, e pelo presidente da Comissão Executiva da AICEP Global Parques, Fran-cisco Mendes Palma, especializada em ges-tão e localização de parques empresariais, traduz a intenção de disseminar boas prá-ticas ambientais e de eficiência energética no setor industrial.

Tecnologia oferece energia certaUma tecnologia inovadora que permite a me-lhoria dos índices de eficiência energética, com benefícios para o ambiente e reduções nos custos de energia, foi instalada, em outu-bro, em edifícios com gestão municipal. O Wattguard, a funcionar no Mercado 2 de Abril e no Pavilhão João dos Santos, foi imple-mentado pela Câmara Municipal no âmbito da ação “A Luz Certa no seu Município”, dinami-zada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos através do Plano de Promoção de Eficiência no Consumo de Energia Elétrica.A colocação desta tecnologia materializa um investimento global de 14.732,67 euros, com a Autarquia a assumir 12.863,58 euros e a Entidade Reguladora dos Serviços Energéti-cos a assegurar o remanescente, no valor de 1.869,09 euros.A tecnologia, também designada de “green box”, compatível apenas com sistemas de ilu-minação menos eficientes, é composta por um conjunto de características inovadoras basea-das em transformadores com núcleos de con-tenção em metal.

Um pouco por todo o concelho, mas principalmente na zona do centro histórico, a Câmara Municipal tem desenvolvido esforços no sentido de atualizar os sistemas de iluminação em conformidade com padrões modernos.Na Praça de Bocage, no Largo da Misericórdia e nas ruas da Baixa, por exemplo, as lâmpadas de vapor de sódio já deram lugar a outras de LED, mais eficientes e económicas.Em concurso encontra-se o projeto de requalificação e melhoria da iluminação pública nos bairros do Montalvão e de S. Domingos, o qual prevê a intervenção em 404 luminárias, um investimento de 73 mil euros através de sistema de renting, o que se irá traduzir numa poupança energética e financeira de mais de 118 mil quilowatts e superior a 16.500 euros.Outro exemplo de futuro próximo é o concurso que está a decorrer para atualização da iluminação interior em dez escolas do 1.º ciclo do ensino básico para lâmpadas LED.A poupança anual prevista com esta iniciativa ronda os 32 mil quilowatts/hora e quase os 20 mil euros.

A Câmara Municipal de Setúbal é uma das autarquias europeias que formalizaram a 15 de outubro, em Bruxelas, Bélgica, a redefinição dos objetivos do Pacto de Autarcas, programa comunitário que visa o cumprimento de metas ambientais por meio do Poder Local.Através do convénio europeu, a autarquia sadina, juntamente com mais de seis mil municípios e regiões da União Europeia, compromete-se a reduzir, localmente, em 40 por cento as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera até 2030.As autarquias locais e regionais aderentes estão a desenvolver um conjunto de ações destinadas a assegurar o aumento da eficiência energética e da utilização de fontes de energias renováveis nos respetivos territórios.O Pacto de Autarcas assenta na premissa de que o Poder Local, pela proximidade com as respetivas realidades ambientais, é um das vias mais eficazes para que a União Europeia atinja os objetivos traçados no âmbito da proteção ambiental.

Luz ajudaa pouparna cidade

Pacto para o futuroformalizado em Bruxelas

A Câmara Municipal de Setúbal pretende também aderir ao Compact of Mayors, iniciativa da ONU alargada a autarquias do

sustentável, norteado por políticas ambientais internacionais e com uma política ambiental local de desenvolvimento integrado.Na lista dos principais objetivos encontram--se a proteção e valorização dos recursos naturais do concelho e a implementação de uma rede de parques, jardins e espaços ver-des que valorize a fruição da malha urbana e se constitua como sumidouro de dióxido car-bono.

mundo inteiro, dependendo a apresentação da candidatura setubalense, atualmente, de deliberação da Assembleia Municipal.

O plano também pretende otimizar a gestão dos resíduos sólidos urbanos e a sustentabi-lidade do sistema municipal de recolha dos mesmos, reduzir a emissão de gases com efeito de estufa e implementar políticas mu-nicipais de eficiência energética e de valori-zação das energias renováveis.Além de procurar adaptabilidade do terri-tório do concelho às alterações climáticas, nomeadamente a partir do PIAAC – Plano In-

termunicipal para a Adaptação às Alterações Climáticas, a desenvolver juntamente com Palmela e Sesimbra, abrangidos pela Arrá-bida, e Grândola e Alcácer do Sal, a estratégia municipal procura reforçar a consciência co-letiva da população no que concerne às ques-tões ambientais.Neste sentido, está a ser estudado, por exem-plo, o projeto Casa Verde, que consistirá num centro de educação ambiental a implementar

junto das instalações das Hortas Urbanas de Setúbal, localizadas nos Viveiros Municipais das Amoreiras.Assim, embora existam vários planos am-bientais para o concelho, o objetivo do Executivo é apenas um: garantir o desen-volvimento sustentável de Setúbal, sem comprometer o crescimento económico do território e a qualidade de vida da popula-ção.

Page 6: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

6SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

loca

l

As Grandes Opções do Plano e Or-çamento para 2016 da Câmara Mu-nicipal de Setúbal, com uma dota-ção inicial de 116 milhões e 970 mil euros, revelam a preocupação de reforço da consolidação das finan-ças, a par do desenvolvimento sus-tentável e harmonioso do concelho.A Educação consolida-se como uma das principais prioridades do Mu-nicípio e reafirma-se como dimen-são estratégica do desenvolvimento do concelho, privilegiando-se o desenvolvimento da escola no seu contexto integral.A Cultura assume-se como outra das áreas fundamentais das políti-cas municipais em 2016, em grande parte graças ao vasto programa das Comemorações dos 250 Anos do Nascimento de Bocage, a decorrer ao longo de um ano.A Juventude continua a observar um caráter transversal, através do

DIPLOMACIA. A embaixadora de Marrocos em Portugal, Karima Benyaich, reuniu, a 20 de novembro, com a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, com o objetivo de estreitar as relações culturais. Um dos tópicos abordados no encontro foi a vontade de conferir maior dinamismo ao protocolo de geminação existente entre Setúbal e Safi, nomeadamente com a realização de eventos artísticos e culturais marroquinos no concelho sadino.

A Câmara Municipal de Setúbal aprovou a classificação do antigo edifício do Banco de Portugal como Imóvel de Interesse Municipal.A Autarquia salienta que o imó-vel é um dos “mais emblemáticos no conjunto urbanístico delimitado pela importância da Avenida Luísa Todi” e que contribuiu para que esta se transformasse na “principal artéria sadina”.A “imponência e elegância” do edifí-cio, com construção concluída em 1928, e a forma como, configurando um quarteirão, estruturou e nor-

Orçamentocom rigorfinanceiroO Orçamento para 2016 demonstra a intenção de prosseguir estratégia municipal de rigor e de maior contenção da despesa pública. A melhoria da qualidade de vida da população é outro objetivo da Câmara Municipal de Setúbal

cruzamento com todas as políticas municipais, mas mantendo a sua natureza específica e de apoio à atividade autónoma do movimento juvenil e à iniciativa dos jovens.Destaque ainda para a crescente centralidade do Desporto, de que Setúbal é Cidade Europeia em 2016, nas políticas municipais, orienta-das para o estreitamento das rela-ções de cooperação e parceria com os clubes, coletividades e demais movimento associativo.Em matéria de Urbanismo, é pros-seguida uma aposta na melhoria dos serviços prestados e no estudo, acompanhamento e orientação das operações de caráter urbanístico, com especial atenção às interven-ções em edifícios nos núcleos an-tigos com o objetivo de preservar elementos históricos tradicionais.No setor da Higiene Urbana e Jar-dins é mantida a forte aposta na

Edifício justificaclassificação

Bandeira Azulinspira cidade

SAUDÁVEL. A bandeira da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis foi hasteada a 30 de outubro na varanda dos Paços do Concelho. O gesto simbólico, realizado no dia em que a rede completou o 18.º aniversário, destacou a importância desta plataforma que procura o empenhamento e compromisso político e estratégico dos municípios em assegurar as melhores condições de saúde possíveis para as respetivas populações, atualmente com 29 membros.

qualidade dos serviços urbanos prestados na conservação dos par-ques e espaços de lazer e recreio, com um aumento da operacionali-dade dos serviços, enquanto ao ní-vel da Energia e Iluminação Pública salientam-se as auditorias energé-ticas a edifícios e os estudos sobre a diminuição de encargos, numa ótica de eficiência energética e de redução de custos.quanto ao Turismo, as Grandes Op-ções do Plano para 2016 apontam o prosseguimento da realização de feiras e certames e a constante pro-cura de mais qualidade, com vista à afirmação de Setúbal a nível regio-nal e nacional.A conservação e a requalificação do Parque Habitacional continuam a merecer atenção, numa conjugação com os programas municipais Nos-so Bairro, Nossa Cidade e Setúbal Mais Bonita.

malizou a zona onde está implanta-do “foram determinantes também no desenvolvimento de todo o ‘novo’ terri-tório urbano que se formou no recém--construído aterro ribeirinho”.A Câmara Municipal justifica ainda a classificação com o valor artísti-co e arquitetónico do imóvel que alberga atualmente a Galeria Mu-nicipal do Banco de Portugal, um edifício, com projeto de Arnaldo Adães Bermudes, que revela “traços de revivalismo” e alia “influências dos estilos manuelino e barroco com ele-mentos decorativos contemporâneos”.

O trabalho de reaproximação da cidade ao rio foi destacado no V Seminário Nacional Bandeira Azul 2015|2016, realizado a 24 e 25 de novembro, no Fórum Luísa Todi, com o objetivo de refletir sobre os critérios de atribuição do galardão.A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, indicou que esse trabalho é visível, por exemplo, tanto “na melhoria das condições das praias, o que resul-ta, aliás, na concessão da Bandeira Azul à Figueirinha, como na abertura ao público de vastas áreas ribeirinhas antes enclausuradas entre o mar e usos industriais e navais”.A autarca alertou para a existên-cia de várias tutelas administra-tivas sobre as praias locais, o que, constatou, faz com que a Autarquia, apesar de ser a entidade “que mais investe nestes territórios, seja quem menos lá manda”.Um contrassenso que, sublinhou, impõe “várias limitações nos proces-sos de decisão sempre que a Câmara Municipal quer ir mais longe”, re-freando a “muita vontade de intervir nestes territórios e de qualificar as praias”, mesmo que, reconheceu, exista “boa vontade das tutelas para resolver os problemas”.

José Archer, presidente da ABAE – Associação Bandeira Azul da Eu-ropa, realçou na abertura do semi-nário que, em trinta anos, já foram atribuídos perto de cinco mil galar-dões em Portugal, o que originou mudanças “abissais” nas praias e marinas portuguesas.O seminário incluiu a entrega de prémios dos concursos de Práti-cas Sustentáveis e de Códigos de Conduta, promovidos pela ABAE. O vereador do Ambiente da Câma-ra Municipal de Setúbal, Manuel Pisco, recebeu, em nome da Autar-quia, o primeiro prémio atribuído no âmbito da categoria “Vídeos” do concurso sobre Práticas Sustentá-veis, distinção que se junta a outras na área dos audiovisuais (ver pág. 13).Manuel Pisco participou ainda, a 25 de novembro, na Casa da Baía, no III Seminário Nacional Green Key 2015|2016, promovido igual-mente pela ABAE, sobre progra-ma internacional que reconhece os estabelecimentos turísticos e de restauração que implemen-tam boas práticas que valorizam a gestão ambiental e promovem a educação ambiental para a susten-tabilidade.

Page 7: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

7SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

Alta da Azedabeneficiarede de águaA rede de distri-buição de água na zona alta do Bairro da Azeda está a ser reabilitada numa intervenção lide-rada pela Câmara Municipal de Setúbal destinada a assegurar uma melhor qualidade do serviço prestado à população. A empreitada, orçada em mais de 40 mil euros, com conclusão prevista para janeiro, inclui a renovação de 440 metros de condutas, assim como a reabilitação de meia centena de ramais de abastecimento de água, a colocação de um sistema de descarga de fundo e a instalação de dois hidrantes.

Imagem urbana renovadaUma operação urbanística está a requalificar um talude e algumas zonas verdes de um lo-teamento junto da Estrada de Santas, inter-venção que inclui ainda a plantação de arbus-tos e de uma árvore. As obras, com conclusão prevista até ao final do ano, representam um investimento superior a 3 mil euros e englo-bam também a pavimentação de caleiras.

S. Gabriel recupera passeiosO Largo Campo das Flores, no Bairro de São Gabriel, foi beneficiado numa intervenção li-derada pela Autarquia, orçada em mais de 15 mil euros, para a criação de novas condições de usufruto urbano. Os trabalhos incluíram a construção de acessibilidades pedonais, a cria-ção de bolsas de estacionamento e a reabilita-ção da faixa arbórea, agora integrada no espaço.

Santo Antóniorequalificadois edifíciosUm bloco de dois edifícios da quinta de Santo António, na zona da Bela Vis-ta, está a ser inter-vencionado numa operação que visa assegurar melhores condições de conforto para os inquilinos. A empreitada, um inves-timento superior a 23 mil euros, com conclu-são prevista para fevereiro, centra ações nas coberturas dos imóveis e inclui a execução de operações de reparação de rebocos, fissuras, fendas e juntas de dilatação, a par de imper-meabilizações e de arranjo de caleiras e guar-da-fogos.

O processo de reabilitação da Fortaleza de São Filipe, monumento nacional da respon-sabilidade do Poder Central a necessitar de urgente intervenção estrutural, conheceu novos avanços, após a Câmara Municipal ter encetado contactos e negociações com vários organismos governamentais. A Autarquia foi incluída num aviso-convite da Autoridade de Gestão do Programa Ope-racional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR) para apresen-tar candidatura a fundos comunitários para realizar as necessárias obras de sustentabi-

Operação reforça encostada Fortaleza de São Filipe

Um teste à integridade estrutural do Forte de Albarquel foi realizado com o objetivo de apurar com precisão o estado de conservação da antiga instalação militar, a reativar num projeto em desenvolvimento com valências culturais após obras de reabilitação.A operação, conduzida no final de setembro, consistiu na realização de um ensaio de carga, com vista à validação da integridade estrutu-ral da laje e das paredes do imóvel.O ensaio integra um conjunto de estudos preliminares que acompanham o desenvolvi-mento do projeto de reabilitação que valoriza

Forte testaintegridade

A Câmara Municipal de Setúbal está a instalar na Bela Vista um equipamento infantojuve-nil, inédito no concelho, que inclui uma área com um circuito rodoviário para crianças e outra com um percurso de parkour, já em funcionamento, para jovens.A obra, num investimento de perto de 30 mil euros, reativa, com valências adaptadas às exigências atuais das crianças e dos jovens, o espaço onde funcionou um parque infantil, no Parque Verde da Bela Vista, demolido há perto de dois anos por razões de segurança.No âmbito desta intervenção, enquadrada num vasto investimento de requalificação de parques infantis e espaços de jogos e de re-creio no concelho, desenvolvido pela Autar-quia, foi já instalada uma área que dispõe de um programa completo de parkour.Trata-se de uma infraestrutura inovadora em Setúbal, que permite o desenvolvimen-to de uma atividade desportiva radical muito apreciada pelos adolescentes, que consiste na deslocação rápida e eficiente entre diversos pontos com recurso à destreza atlética para a

superação de obstáculos, apenas com o uso do próprio corpo, em qualquer tipo de ambien-te, urbano ou natural.A outra área do novo equipamento infanto-juvenil, destinada às crianças, ainda em ins-talação, consiste na criação de um circuito de triciclos, trotinetes e bicicletas, desenhado por meio de marcação decorativa em material termoplástico, aplicado no pavimento exis-tente.Os mais novos podem utilizar os seus veícu-los para circularem num percurso dotado de ruas, rotunda, passadeiras e faixa para peões, bomba de gasolina e sinais de trânsito, num estímulo à criatividade e à descoberta da brincadeira segundo princípios da educação rodoviária. A área para crianças do mais recente espaço infantojuvenil da cidade, instalado num dos parques verdes do concelho com maior frui-ção, possuirá ainda uma casinha de madeira destinada a simular um restaurante.Estas duas novas áreas juntam-se à oferta para os jovens existente no Parque Verde da

Desafio radical na Bela Vista

Bela Vista, a maior zona verde da cidade, com dez hectares, que, nomeadamente, possui uma das mais modernas pistas portuguesas de BMX, inaugurada em abril.O Parque Verde da Bela Vista, aberto ao públi-co desde 2003, inclui extensos relvados, pol-vilhados pelas sombras de inúmeras árvores que convidam a piqueniques e merendas.

Um circuito de parkour, inédito no concelho, testa a destreza atlética de adolescentes na superação física de obstáculos.

A infraestrutura radical integra um novo equipamento infantojuvenil instalado no Parque Verde da Bela Vista,

um investimento municipal de cerca de 30 mil euros que inclui ainda um circuito rodoviário para crianças, a instalar em breve

O desporto marca igualmente forte presen-ça naquele equipamento de lazer, existindo para o efeito pistas de manutenção, campos de jogos e balneários, além, naturalmen-te, dos relvados, onde é possível praticar os mais variados desportos de campo, assim como atividades de corrida e de preparação física.

lidade da encosta onde está situado o edifí-cio.A dotação financeira máxima destinada a esta intervenção prioritária é de três milhões de euros, com uma taxa de cofinanciamento de 85 por cento de fundos comunitários prove-nientes do PO SEUR.A Autarquia vai agora desenvolver e contra-tualizar serviços da especialidade para elabo-rar o projeto de estabilização da encosta que apresenta instabilidade e lançar o concurso para os respetivos trabalhos. A obra apresen-ta um prazo total da intervenção de 24 meses.

a antiga instalação militar localizada junto da Praia de Albarquel, no Parque Natural da Ar-rábida.Além do ensaio de carga, foram já realizados testes geológicos e geotécnicos junto do imó-vel, a que se juntam outros, de características semelhantes, a executar num futuro próximo.

Page 8: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

8SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

loca

l

Moradores do Bairro Santos Nicolau respon-deram ao desafio feito pela Câmara Municipal de Setúbal para serem interlocutores, contri-buindo na identificação de questões a solucio-nar naquela zona da cidade.A presidente da Autarquia, Maria das Dores Meira, reuniu a 24 de novembro, no Grupo Desportivo “Os Amarelos”, com cerca de meia centena de moradores do bairro, a quem fez uma apresentação sobre situações que estão sinalizadas, assim como de projetos a imple-mentar com o objetivo de melhorar aspetos da malha urbana.

D. José Ornelas de Carvalho foi ordenado bis-po de Setúbal em cerimónia realizada a 25 de outubro com a presença de representantes de várias entidades e instituições do concelho, incluindo a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira.A cerimónia, presidida pelo cardeal-patriar-ca de Lisboa, D. Manuel Clemente, realizada na Sé de Setúbal, instituiu D. José Ornelas de Carvalho como sucessor de D. Gilberto Cana-varro dos Reis na gestão da diocese setuba-lense.O bispo é o terceiro na Diocese de Setúbal, tendo D. Manuel Martins sido o primeiro prelado a assumir o cargo, em 1975, o que ori-ginou a celebração do 40.º aniversário da sua ordenação episcopal e tomada de posse, com uma missa evocativa realizada a 26 de outu-bro, igualmente na Sé.

Igreja celebracom bispossetubalenses

Moradores ativosem Santos NicolauA política de município participado continua a dar frutos. A população do Bairro Santos Nicolau está empenhada, juntamente com as instâncias autárquicas, em encontrar soluções que contribuam para o aumento da qualidade de vida local

A sessão, na qual também participou o presi-dente da Junta de Freguesia de S. Sebastião, Nuno Costa, além de servir para serem in-dicadas questões locais, teve a finalidade de encontrar voluntários que sirvam de interlo-cutores junto da Câmara Municipal para apre-sentar, de forma mais célere e precisa, casos em que se sinta a necessidade de intervenção.Doze moradores responderam positivamente ao desafio e disponibilizaram-se, logo na reu-nião, para representar as ruas ou zonas onde residem, participando em visitas de trabalho que envolvem igualmente técnicos municipais.“Não estamos a pedir que paguem alguma coisa. Estamos apenas a pedir que todos deem um bo-cadinho de si e do seu tempo. É da união que se fazem grandes coisas. Só assim teremos um bairro melhor. E só assim se faz uma cidade melhor”, su-blinhou Maria das Dores Meira. O envolvimento da população como agente ati-vo na resolução de situações na cidade resulta de uma política de participação cidadã, trans-versal a todo o trabalho municipal, que tem vindo a ser implementada noutros pontos do concelho, como na zona da Bela Vista.“O levantamento está feito e há questões que ne-cessitam de diferentes abordagens. O envolvi-

mento dos moradores será uma ajuda muito im-portante para que a maioria destas questões seja ultrapassada”, acentuou o presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião.Entre as problemáticas levantadas na sessão, tanto por moradores, como pela apresentação feita por Maria das Dores Meira, a autarca re-feriu, ainda, projetos que estão previstos para o Bairro Santos Nicolau.Um deles é a criação do Jardim Multissenso-rial das Energias. O projeto, a concretizar no Jardim Camilo Castelo Branco, constitui um investimento de 300 mil euros e está a ser desenvolvido em colaboração com várias as-sociações representantes de pessoas com de-ficiência.O principal objetivo é criar um jardim acessí-vel a todos, pensado para cidadãos com mobi-lidade reduzida, mas que inclua também estí-mulos diversos, como cores e sons.O espaço deverá ser incorporado por um per-curso pedagógico e interpretativo, através do qual se promoverá a interação dos visitantes com temáticas de natureza ambiental, com referências, por exemplo, a diferentes tipos de energias, como solar, hídrica, eólica e geo-térmica.

Luz contra pena de morte Setúbal é uma das mais de duas mil cidades de todo o mundo que se associaram ao movimento contra a pena de morte, ato simbólico assinala-do a 30 de novembro com a iluminação do pe-lourinho para destacar uma faixa criada para o efeito. “Cidade contra a pena de morte” é a frase que constava nessa faixa, numa resposta solidá-ria da Câmara Municipal de Setúbal ao desafio lançado pela Comunidade de Sant’Egídio e pela Amnistia Internacional.

Flores honram soldadosO 97.º aniversário do armistício da I Guerra Mundial foi assinalado a 11 de novembro no monumento da Praça Almirante Reis, onde decorreu uma cerimónia evocativa, organiza-da pelo Núcleo de Setúbal da Liga dos Comba-tentes, que contou também com a presença de responsáveis militares e civis, incluindo o ve-reador Carlos Rabaçal. Coroas de flores foram depositadas em honra dos soldados portugue-ses mortos no conflito de 1914-18.

Cancro da mama preocupaA importância de sensibilizar a população para os primeiros sinais de alerta do cancro da mama foi destacada numa sessão realizada a 27 de outubro, na Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal. A iniciativa, promovida pela Liga dos Amigos do Hospital de S. Bernardo, em parceria com a Câmara Municipal, entre outras entidades, reuniu no mesmo espaço médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, voluntários e re-presentantes de instituições.

Cruz Vermelha centenáriaO centenário da Delegação de Setúbal da Cruz Vermelha Portuguesa, assinalado a 20 de no-vembro, incluiu a cerimónia de tomada de posse da nova direção, presidida por Duarte Machado, uma conferência e um apontamen-to cénico, no Salão Nobre dos Paços do Conce-lho. A presidente da Autarquia destacou o pa-pel da instituição em áreas como a emergência social, as migrações, a igualdade de género e a prevenção da violência.

À eucaristia seguiu-se um jantar celebrativo na tenda panorâmica do Santuário do Cristo Rei, em Almada, durante o qual a presiden-te da Autarquia elogiou a “singular coragem de D. Manuel Martins” durante o bispado que conduziu na Diocese de Setúbal, estrutura eclesiástica que “viria a tornar-se modelar”, respondendo ao que se esperava da Igreja “perante as novas e gritantes necessidades hu-manas, das famílias e dos indivíduos”.

Page 9: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

9SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

Os moradores da zona da Bela Vista continuam ativos e a dar o exemplo à cidade em termos de iniciativa. Uma reunião mostrou a vontade de prosseguir o trabalho de criação de medidas de melhoria da qualidade de vida do coletivo

Novas ações a dinamizar no território da Bela Vista foram apresentadas a 29 de novembro, na EB+S Ordem de Sant’Iago, no 3.º Encon-tro Nosso Bairro, Nossa Cidade, com cerca de duas centenas de moradores a participar ati-vamente com novas propostas. O Nosso Bairro, Nossa Cidade, que decorre desde 2012 na Bela Vista, Forte da Bela Vista, Alameda das Palmeiras, Manteigadas e quin-ta de Santo António, tem desencadeado “inú-meras ações que se sentem nos bairros” e “con-seguido manter as melhorias que foram feitas e essa é, sem dúvida, uma grande transformação que todos fizeram”, acentuou a presidente da Câmara Municipal de Setúbal.Após uma sessão de abertura, em que parti-ciparam igualmente o vereador Carlos Raba-çal e o presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião, Nuno Costa, os participantes reu-

Já no Forte da Bela Vista, as ideias incluem a reabilitação do espaço verde junto da escul-tura “Autocarro” e a recuperação da zona de circulação pedonal na barreira.As Manteigadas sugeriram o encerramento dos túneis para iniciativas culturais, forma-ções de saúde para os mais novos e exploração de espaços comuns para a comercialização de produtos, enquanto a quinta de Santo Antó-nio pretende a recuperação de espaços verdes, a colocação de pilaretes para evitar o estacio-namento abusivo, formações na área da saúde e a reorganização do grupo de caminhadas. Finalmente, uma secção de jovens propôs workshops de primeiros socorros, maquilha-gem, capoeira, padaria e costura, colónias de férias, um “foto-paper” pela cidade, ativida-des de ocupação de tempos livres e um desfile de moda.

niram-se em grupos de trabalho para debater e avaliar o resultado das iniciativas saídas do segundo encontro anual e perspetivar novas ações para os próximos dois anos.No encontro, em que participaram ainda os vereadores Pedro Pina e Carla Guerreiro, a Alameda das Palmeiras, além de obras nos edifícios de habitações, anseio comum a ou-tros bairros, apontou a inauguração do espaço “A Nossa Casinha” com um mural de graffiti, a constituição de um banco de bens para ce-dência a moradores, a remoção de raízes de árvores e a colocação de uma paragem de au-tocarro na Avenida Belo Horizonte.A Bela Vista indicou a criação de um banco de tempo para troca de serviços e tarefas, a subs-tituição de contentores convencionais por moloks e uma campanha porta a porta de sen-sibilização de questões de higiene e limpeza.

Moradores de habitações sociais de Setúbal, com o apoio da Câmara Municipal, apresenta-ram a 3 de dezembro, em conferência de im-prensa, as principais propostas de alteração à Lei do Arrendamento Apoiado e ações de con-testação por um regime legal mais justo.“Este é um processo de participação ímpar, em que um conjunto de pessoas que se sentem afeta-das por uma nova legislação que lhes é desfavo-rável decide fazer algo para mudar essa lei”, su-blinhou a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, no encontro, realizado no Salão Nobre dos Paços do Con-celho.Aspetos relacionados com o cálculo das ren-das, com a mobilidade e com o despejo ad-ministrativo são aqueles em que o grupo de

Lei afetarendassociais

legislação, porque, tal como os inquilinos, e ainda que, neste caso, a Autarquia seja a se-nhoria, considerou que “a Lei do Arrendamen-to Apoiado tem de ser melhorada”.Paulo Leal, morador na quinta do Freixo, vin-cou que este movimento não diz respeito ape-nas aos setubalenses e, por isso, a mensagem será passada aos outros bairros sociais do País. “Esta é uma luta de todos os bairros sociais de Portugal por uma lei mais justa.”

Bairros com iniciativa

trabalho, formado por quatro dezenas de mo-radores eleitos em representação dos 13 bair-ros camarários setubalenses, faz propostas de alterações, as quais vão merecer insistência junto dos grupos parlamentares.Maria das Dores Meira afirmou que este é “um procedimento de pura cidadania a que a Câmara Municipal de Setúbal se aliou”, tendo dinamizado reuniões nos bairros com mais de seiscentas pessoas para discussão da nova

Semana a pensar em todos“Com Arte” deu tema à 7.ª Semana Te-mática da Deficiência, entre 30 de no-vembro e 4 de dezembro, com cinema, música, teatro e workshops. O progra-ma, organizado pela Câmara Municipal e pelo Grupo Concelhio para as Deficiên-cias – Setúbal, promoveu um encontro que apontou caminhos para a criação do cargo do provedor municipal para a de-ficiência, no qual participaram, entre outros, responsáveis de associações com intervenção na área social, técnicos mu-nicipais e o vereador da Inclusão Social, Pedro Pina. A semana terminou com o espetáculo “Arte com Todos”, de teatro e dança inclusiva.

Festival com arte inclusivaTeatro, música e dança foram algumas das expressões artísticas trabalhadas e apresentadas, entre 20 de novembro e 3 de dezembro, no XVI ExpressArte – XVI Encontro de Expressões Artísticas, fes-tival dedicado à promoção de atividades pela APPACDM de Setúbal, entidade que organizou o evento, e por instituições congéneres. Destaque, a 30 de novem-bro, para uma manhã dedicada à dan-ça, com a apresentação de coreografias de dois grupos vindos de associações. Na abertura do festival, houve diversas apresentações e entrega de prémios de dois concursos de poesia, um da comu-nidade escolar.

São Martinho aquece TroinoA Praça Machado dos Santos, no cora-ção do bairro do Troino, esteve em festa a 11 de novembro, com um magusto em ambiente comunitário, de partilha de castanhas e jeropiga pelos moradores. A terceira edição da Festa de S. Martinho no Bairro do Troino foi animada com música e bailarico. A iniciativa, orga-nizada pelo Centro de Cidadania Ativa e pelo grupo de voluntariado Toma Lá Dá Cá, com as parcerias da Câmara Muni-cipal e da União das Freguesias de Se-túbal, contou com a ajuda de moradores e comerciantes locais, que deram apoio financeiro e em géneros para o evento, além de voluntariado.

Page 10: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

10SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

freg

ues

ia

A União das Freguesias de Setúbal procedeu re-centemente, na Aldeia Grande, à substituição de uma paragem de autocarro por um equipa-mento moderno com maior comodidade para a população e que oferece mais segurança.O novo abrigo, instalado no âmbito de um in-vestimento de perto de 1500 euros, vem subs-tituir a paragem existente ao quilómetro 32 da Estrada Nacional 10, destruída na sequência de um acidente de viação.Os danos verificados na estrutura, a qual havia sido construída pelos moradores da área da Aldeia Grande na década de 70, motivou a in-tervenção da União das Freguesias de Setúbal, realizada no final de setembro.O novo abrigo possui painéis de policarbona-to alveolar com proteção contra os raios ul-travioleta, suportado por aro em calha de alu-mínio anodizado. O banco é feito de chapa de

A Junta de São Sebastião está a desenvolver uma operação de melhoria geral dos acessos pedonais na freguesia, com a recuperação e construção de passeios.A intervenção, com meios próprios decorren-tes da delegação de competências da Câmara Municipal de Setúbal nas freguesias, constitui um dos principais objetivos definidos pela Junta de S. Sebastião para este mandato.Sem qualquer interregno, já decorreram obras em bairros como Camarinha, Mantei-gadas, 25 de Abril, Terroa, Peixe Frito, Monte Belo Norte e Fonte do Lavra.Algumas das principais vias intervencionadas no âmbito deste plano de melhoria da mobi-lidade e acessibilidade pedonal, num inves-timento de perto de 200 mil euros, foram as ruas da Cevedeira, Manteigadas, João Mota, Rosmaninho, Adriano Correia de Oliveira,

A sede da Junta de Freguesia de Azeitão abriu ao público no dia 2 de novembro na Rua José Augusto Coelho, em Vila Nogueira, em insta-lações completamente novas, depois da exe-

S. Sebastião anda melhor

Aldeia Grande abrigada

Valverde, Júlio Dinis, Álvaro Cunhal, Fialho de Almeida, Diogo Cão e Pintassilgos.A operação soma já centenas de metros qua-drados de passeios construídos ou recons-truídos e prossegue noutros pontos da fregue-sia, com a colocação de pavimentos em pavet, a par de reparações de áreas de calçada.As requalificações resultam, principalmente, da necessidade de solucionar situações ante-riores a 2001, ou seja, antes do programa de delegação de competências nas freguesias, em que não se realizaram as infraestruturas devi-das na construção de edifícios particulares e públicos.“Tem sido uma aposta ganha com resultados no aumento da qualidade de vida das populações por força da melhoria da mobilidade e da ima-gem urbana”, destaca o presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião, Nuno Costa.

aço pitonada, galvanizada e lacada em estufa a resina de poliéster.Está prevista a instalação de uma nova pa-ragem, igualmente na EN 10, perto da zona intervencionada, que substituirá um abrigo construído em moldes antigos.As novas paragens terão estruturas com in-formação e imagens sobre os antigos abrigos, construídos pelos habitantes, como forma de homenagear o trabalho popular.O presidente da União das Freguesias de Setúbal destaca a importância destas inter-venções para a população. “A renovação das paragens em Aldeia Grande vem ao encontro das necessidades dos moradores da zona, tal como já foi efetuado na Rasca e nas zonas envolventes. Substituímos os abrigos que já não oferecem se-gurança e que estão desajustados em relação ao traçado da via.”

Casa nova junta Azeitão

A sede da Junta de Freguesia de Azeitão mudou. E para melhor. Está mais central, no coração de Vila Nogueira, mas também mais funcional e muito mais acessível a quem realmente interessa, a população

cução de um projeto de recuperação e moder-nização de um edifício cedido pelo Município.“São agora instalações modernas, aptas a aten-der o público e com todas as condições para os

funcionários”, assinala Celestina Neves, presi-dente da Junta de Freguesia de Azeitão.A nova sede da Junta de Azeitão é constituída por dois pisos e, entre outras valências, as-

segura a acessibilidade a pessoas portadoras de deficiências motoras e inclui um posto de atendimento da empresa Águas do Sado me-diante pagamento de renda à autarquia azei-tonense.O projeto arquitetónico é da autoria da Câma-ra Municipal de Setúbal e a empreitada levou aproximadamente quatro meses a ser execu-tada, sendo o investimento global de cerca de 200 mil euros suportado pela Junta de Fregue-sia de Azeitão.Na cerimónia oficial de inauguração, a 31 de outubro, na qual estiveram presentes cente-nas de pessoas, a presidente da Câmara Mu-nicipal de Setúbal sublinhou que a nova sede reflete “os efeitos positivos do trabalho do Poder Local”.Maria das Dores Meira salientou que a con-cretização do projeto “é também um símbolo da dinamização que se pretende para esta rua his-tórica e central da freguesia [José Augusto Coe-lho] e toda a envolvente” e saudou o trabalho desenvolvido pela Junta de Freguesia e pela presidente Celestina Neves, “pela constante evolução que se sente em Azeitão provocada pela ação desta autarquia, pela qualidade das ações desenvolvidas, pela resposta pronta aos interesses destas populações”.Além da sede em Vila Nogueira, a Junta de Fre-guesia tem mais um espaço de serviços técni-cos e administrativos em Vendas de Azeitão e uma delegação em Brejos de Azeitão.

Page 11: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

11SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

segu

ran

ça

Sismo a fingir testa escolasMais de duas centenas de crianças da EB da Azeda participaram, a 13 de outubro, num simulacro de sismo e incêndio integrado no Dia Internacional para a Redução de Catás-trofes. O exercício, realizado em todas as es-colas do concelho, teve como objetivo testar a resposta da comunidade num cenário de catástrofe, com o envolvimento de alunos, docentes e pessoal não docente.

Trabalho debate segurançaA importância da comunicação entre entida-des no sentido de dar respostas mais efica-zes para a segurança no local de trabalho foi apontada no seminário “A Cultura de Segu-rança – Como Comunicar?”, realizado a 8 de outubro, no Cinema Charlot – Auditório Mu-nicipal, no qual ficou patente a preocupação municipal com as questões da segurança no contexto laboral.

Voluntários fazem 132 anosA Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Setúbal assinalou, a 19 de ou-tubro, o 132.º aniversário da instituição com uma cerimónia de hastear da bandeira e um moscatel de honra. Na cerimónia marcaram presença o comandante dos Voluntários, João Ferreira, e o vice-presidente da Autarquia, André Martins, entre outros representantes de entidades convidadas.

Peritos partilham proteçãoUm grupo de dez peritos suecos na área da proteção civil visitou a 19 de novembro a cidade e a região no âmbito de um progra-ma europeu de partilha de boas práticas em matéria de resiliência e redução de ca-tástrofes. O vereador Carlos Rabaçal deu as boas -vindas aos especialistas e apresentou as medidas adotadas para a criação de um território mais seguro.

Os principais riscos, as ocorrências registadas e as boas práticas implementadas em sete mu-nicípios portugueses que integram a campa-nha “Construir Cidades Resilientes: A minha cidade prepara-se!” constam de uma publica-ção lançada a 13 de outubro, Dia Internacional para a Redução de Catástrofes. Setúbal, Cascais, Funchal, Lisboa, Odivelas, Torres Vedras e Amadora integram o docu-mento que apresenta os principais riscos identificados bem como as ocorrências re-gistadas naqueles territórios, assim como os exemplos de boas práticas implementadas e os resultados alcançados. Cheias e inundações, sismos e tsunamis, aci-dentes no transporte de mercadorias perigosas e em parques industriais, assim como incên-dios florestais são os principais riscos naturais e tecnológicos do território de Setúbal.Como exemplos de boas práticas implementa-das ao nível da redução do risco de catástrofe, Setúbal destaca, entre outros, a adoção de um conjunto de instrumentos de gestão da pre-venção e de planeamento, assim como a con-cretização de um investimento médio anual de 3,5 milhões de euros na estrutura e atividades municipais de proteção civil e bombeiros.Ações de formação e treino de funcionários municipais são outras boas práticas impulsio-nadas em Setúbal, cidade onde funciona um sistema protótipo para deteção, comunicação e alerta de risco de tsunamis.

Resiliênciaé apostana cidade

Busca e resgate testa eficácia

A consolidação de procedimentos e o trabalho em equipa foram reforçados numa iniciativa que juntou bombeiros e militares num treino de busca e resgate. O exercício, avaliado por peritos internacionais, abre caminho para a formação da primeira equipa portuguesa certificada pela ONU nesta área do salvamento

A equipa de busca e salvamento em estrutu-ras urbanas colapsadas formada por elemen-tos da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal (CBSS) e da GNR foi avaliada po-sitivamente por peritos internacionais no EU SETEX – USAR 2015, exercício realizado nos dias 20, 21 e 22 de outubro.A equipa, uma parceria dos Sapadores sadi-nos e do GIPS – Grupo de Intervenção, Pro-teção e Socorro, da GNR, efetuou um exer-cício, em larga escala, de simulação de uma catástrofe no concelho.O comandante da CBSS, Paulo Lamego, adiantou no final das operações que “tudo correu como esperado”, realçando que a atua-ção da equipa, a que se juntou um contingen-te da Associação Nacional dos Alistados das Formações Sanitárias, cumpriu as expectati-vas dos vários peritos internacionais de pro-teção civil que acompanharam o exercício.“O grande objetivo era saber se estamos em con-dições de socorrer os nossos cidadãos numa ca-tástrofe em Portugal que envolva estruturas co-

lapsadas. Todas as avaliações indicam que sim. Isso deixa-nos contentes”, sublinhou o coman-dante da CBSS.O SETEX juntou cerca de uma dezena de peritos de proteção civil de vários países da União Europeia, que, além de avaliar o de-sempenho da equipa portuguesa, partilhou conhecimentos e apontou caminhos e es-tratégias possíveis para que Portugal forme a primeira equipa do País certificada.

Paulo Lamego afirmou que, “talvez daqui a três anos”, se existir o desejo dessa candida-tura, poderá ser possível a equipa da CBSS e do GIPS vir a ser certificada pela ONU, atra-vés do INSARAG – International Search and Rescue Advisory Group, como uma equipa USAR (Urban Search and Rescue) de média escala, o que viabilizará intervenções inter-nacionais.Um seminário técnico, na Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politéc-nico de Setúbal, com módulos de treino para que os elementos das diferentes unidades otimizassem procedimentos em conjunto, deu início ao SETEX, a que se seguiu o exer-cício de larga escala.O simulacro, que envolveu a preparação de cenários nas antigas instalações da Metali-mex e junto dos Armazéns Municipais de Po-çoilos, incluiu a movimentação e o corte ver-tical e horizontal de peças de betão com mais de dez toneladas, a atuação em escombros de alvenaria e, por fim, o resgate de vítimas.

Page 12: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

12SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

A prática da agricultura susten-tada é promovida nas Hortas Urbanas de Setúbal, projeto de estímulo da convivência social e da economia das famílias que dispõe agora de uma segunda fase, inaugurada a 5 de outubro nos viveiros camarários, nas Amoreiras.“As hortas são um equipamento co-munitário que permite uma forte li-gação ecológica, social e económica entre os habitantes da cidade e uma atividade agrícola sustentada”, su-blinhou a presidente da Câmara Municipal de Setúbal na cerimó-nia de entrada em funcionamen-to da segunda fase do projeto.No ato, assinalado com a assina-tura dos acordos de utilização das novas 74 parcelas de terreno dis-

As lojas da Baixa da Setúbal aco-lheram a 24 de outubro a terceira edição da Feira Outlet, iniciativa de aumento da atratividade do cen-tro da cidade, com artigos a preços vantajosos e animação para os dife-rentes públicos.O evento, organizado por comer-ciantes da Baixa comercial, com o apoio da Câmara Municipal e da União das Freguesias de Setúbal, contou com a participação de duas centenas de lojas, que aproveita-ram para cativar os clientes neste sábado especial. Vestuário, acessórios de moda, perfumes e artigos de decoração foram alguns dos produtos ven-didos a preços convidativos, num evento que tem como principal

Empresa nova na Sapec BayA atração e fixação de investimentos qualifi-cadores no território foi destacada pela pre-sidente da Câmara Municipal a 17 de novem-bro na inauguração da Alfa Laval no Parque Industrial Sapec Bay. O centro de produção, serviços e reparações da empresa sueca em Portugal, destinado ao fabrico e à reparação de peças para caldeiras e outros componen-tes para navios, gerou vinte postos de traba-lho, que podem ascender às três dezenas.

Produção aumentanas hortas urbanasAs Hortas Urbanas de Setúbal estão a crescer. Quase centena e meia de parcelas estão entregues a munícipes que desenvolvem produções de agricultura sustentável. O projeto continuará a florir

poníveis, com 30 metros quadra-dos cada, Maria das Dores Meira destacou a importância da prática da horticultura nas Hortas Urba-nas de Setúbal para a satisfação da população urbana.“Permitem o cultivo de alimentos saudáveis ao ritmo da natureza, acrescentando qualidade ao quo-tidiano urbano e poupança à eco-nomia dos agregados familiares”, realçou, para destacar a impor-tância do consumo de alimentos produzidos em modo biológico.A iniciativa municipal, além de estimular “a integração e a con-vivência social entre pessoas com variadas idades, aptidões físicas e heranças culturais e de promover as práticas ancestrais de trabalho do solo”, permite o fortalecimento

das relações sociais e da identi-dade cultural dos munícipes.A apresentação e assinatura dos contratos de utilização das novas parcelas de terreno para cultivo nas Hortas Urbanas de Setúbal decorreu no refeitório munici-pal, espaço no qual se cruzaram diferentes gerações, a maior par-te a iniciar a primeira aventura na agricultura.Após a assinatura dos contratos de utilização das 74 novas parce-las de terreno para cultivo, alguns dos novos agricultores urbanos, apesar das condições meteoro-lógicas adversas, não resistiram em fazer um primeiro contacto com os talhões destinados à agri-cultura biológica.Nas mãos traziam vasos com

Preços especiais atenuam chuva outonalobjetivo o estímulo e a revitalização do comércio tradicional da Baixa da cidade.Os lojistas, desafiados a estender

as vendas, principalmente no pe-ríodo da manhã, enquanto a chuva não caiu. Com o agravamento do estado do tempo de tarde, houve necessida-de de cancelar algumas das ativi-dades musicais programadas, mas a maioria acabou por realizar-se para gáudio dos muitos visitantes.Esta edição da Feira Outlet segue -se a outras duas realizadas em março deste ano e em outubro de 2014, iniciativa que se enquadra nas no-vas dinâmicas criadas na Baixa de Setúbal, com o envolvimento dos comerciantes e a parceria da Câma-ra Municipal, zona alvo de ações de requalificação urbana destinadas a contribuir para um aumento das condições de atratividade.

Dia saudável no mercadoOs produtos frescos do Mercado do Livra-mento estiveram em destaque no Dia Mun-dial da Alimentação, a 16 de outubro, com visitas de crianças do pré-escolar e uma sessão de cozinha ao vivo dinamizada pelo chef Álvaro Santos, que demonstrou formas saudáveis e saborosas de se comer o pescado local. O ceviche, prato sul-americano à base de peixe cru marinado com citrinos, foi con-fecionado, o que atraiu as atenções.

Pitéu de tremoço mostra-seCom três variedades à venda e outras três em preparação, o “Taroço”, criado por três jovens setubalenses, foi apresentado a 17 de novem-bro no Mercado do Livramento numa inicia-tiva destinada a divulgar a marca do patê de tremoço. A vereadora Carla Guerreiro subli-nhou que projetos com estas características, que marcam pela inovação e empreendedo-rismo, são sempre bem-vindos para a econo-mia local e nacional.

Alegro festeja primeiro anoO Alegro Setúbal festejou, a 12 de novembro, o primeiro aniversário com o marco de oito milhões de clientes num ano, o que equivale a mais de 23 mil pessoas por dia a entrarem nesta zona comercial com 114 lojas, que re-presentou um investimento global de 110 milhões de euros, gerador de 1500 postos de trabalho. Ao longo do dia houve eventos para todos os públicos e, ao início da noite, foi cortado um bolo com cinco metros.

plantas de cravos túnicos que servem de repelente de moscas e outros insetos, numa oferta feita pela presidente da Câmara Mu-nicipal e pelo vereador do Am-biente, Manuel Pisco.“Parece-me que vêm aí boas produ-ções”, anunciou, confiante, o ve-reador, ao agradecer “o interesse demonstrado” por mais de uma centena de pessoas em utilizar a segunda fase das Hortas Urbanas de Setúbal. “Estamos orgulhosos deste projeto e não queremos ficar por aqui.”Com a inauguração da segunda fase do projeto, num investi-mento de mais de 20 mil euros, as Hortas Urbanas de Setúbal fi-cam com um total de 148 parcelas de terreno.

as montras dos estabelecimentos até à rua e com decoração própria, incluindo balões coloridos, mos-traram-se bastante satisfeitos com

econ

omia

Page 13: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

13SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

turi

smo

Natureza atrai públicoUm milhar de pessoas passou pelo ObservaNatura, de promoção do turismo de natureza, realizado no início de outubro na Mourisca, no qual foi firmada a adesão de lojas turísticas com gestão munici-pal à marca nacional Natural.PT. Observação de aves, workshops, palestras, passeios e atividades de educação ambiental foram atrati-vos do evento.

Juventude na modaCerca de quinhentas pessoas assistiram a mais uma edição da Moda Sado, desfile que, a 18 de outubro, no Mercado do Livra-mento, apresentou as coleções de outono/inverno de lojas de roupa da Baixa de Setúbal. Entre as vinte raparigas e rapazes par-ticipantes, a Just Models selecio-nou Ana Pereira, 17 anos, e Tiago Pinto, 18, para agenciamento.

Outono com bom saborO Moinho de Maré da Mourisca encheu a 8 de novembro com a Feira de Outono e Magusto, de-dicada à promoção de produtos regionais e de época, que incluiu a degustação de castanhas e água--pé, com poesia e música a acom-panhar. O certame contou com diversas atividades como passeios de barco e de charrete, que o bom tempo tornou apetecíveis.

Promoção em EspanhaOs vinhos e as ostras do Setúbal foram apreciados em sessões de degustação no Iberovinac – 16.º Salão do Vinho e Azeitona da Ex-tremadura, no final de novembro, em Almendralejo. A Autarquia promoveu o turismo de Setúbal, com a presidente a receber o pré-mio “Musa do Vinho”, entregue pelo trabalho de cooperação com o município espanhol.O número de turistas continua a

crescer em Setúbal, com os dados mais recentes, referentes ao perío-do de janeiro a setembro, a indica-rem um aumento de 5,3 por cento nas dormidas na hotelaria face a igual período do ano passado.A Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, com base numa amostra de 87 por cento da oferta turística de Setúbal, revela que se registaram 172.599 dormidas no concelho nos três primeiros tri-mestres de 2015.Este total representa um cresci-mento de 5,3 por cento no com-parativo com as 163.911 dormidas verificadas no período homólogo de 2014.

De salientar que esta subida é al-cançada sobre um acréscimo as-sinalável de 23 por cento ocorrido em 2014 face a 2013 e apesar do encerramento de duas unidades hoteleiras, o Hotel Isidro e a Pousa-da de São Filipe, que, somadas, ori-ginavam à volta de 20 mil dormidas anuais.O encerramento destas unidades terá contribuído para a diminuição de 3,1 por cento nas dormidas de turistas estrangeiros no compara-tivo entre os nove primeiros meses de 2015 e de 2014, com, respetiva-mente, 76.992 e 79.487.Este decréscimo só não foi mais elevado devido ao esforço que a Câ-mara Municipal de Setúbal está a

realizar de divulgação do concelho em mercados internacionais, em particular em Espanha, que se tra-duz na captação de muitos turistas estrangeiros.Em contrapartida, o turismo inter-no cresceu 13,2 por cento, graças às 95.607 dormidas de portugueses em 2015, enquanto em 2014 houve 84.424.Neste particular é de admitir o efeito positivo no turismo interno gerado pela telenovela Mar Salgado, filma-da em Setúbal, que a SIC transmitiu precisamente até setembro, o que demonstra a pertinência da aposta da Autarquia de trazer para o con-celho esta produção, líder de au-diências na televisão.

Inovaçãoem desfile

Três vídeos promocionais da Câmara Municipal de Setúbal foram distin-guidos recentemente, com um deles, produzido no âmbito da reabertura ao público do Convento de Jesus, a alcançar um primeiro prémio num festival internacional de cinema.

Vídeos municipais premiados

Peças de roupa confecionadas com penas, metais e açúcar desfilaram na noite de 10 de outubro no Cais 3 do Porto de Setúbal, numa passagem de modelos da nova coleção de moda do estilista Filipe Blanquet.Pela passerelle do desfile da coleção “Mutant”, decorada com terra e sal, dez manequins setubalenses reve-laram ao público uma produção com mais de três dezenas de modelos açucarados, metalizados e elaborados com penas.Com a coleção, composta por linge-rie, macacões, vestidos e capas, Filipe Blanquet pretendeu demonstrar que o ser humano aprende a viver com a transformação, metamorfose que o indivíduo atravessa durante a vida, em termos pessoais e profissionais.As criações em açúcar, imagem de Fi-lipe Blanquet, são utilizadas em peças de lingerie como forma de encarar, de maneira pura e cristalina, a passa-gem pelo imaginário e pela fantasia.Os metalizados, elaborados, entre outros, com latas de refrigerantes, recriam a fase da materialização, da maturidade, expressa com um mate-rial pesado, frio e duradouro. As pe-nas, leves e com carga mística, sim-bolizam a espiritualidade.Além das criações de Filipe Blanquet, o espetáculo contou com um elabo-rado trabalho de esculturas de Pedro Marques.

O Art&Tur – Festival Internacional de Cinema de Turismo, realizado no final de outubro no Porto, conside-rou o filme sobre o Convento de Je-sus o melhor a concurso na categoria “Turismo Religioso”.No mesmo certame, que contou com

a participação total de 254 filmes provenientes de 54 países, a autar-quia sadina recebeu, ainda, uma menção honrosa pelo vídeo promo-cional da candidatura de Setúbal a Cidade Europeia do Desporto, que concorreu em “Desporto e Ar Livre”, uma das 13 categorias da competição internacional.Outro filme promocional, igual-mente produzido exclusivamente com meios da Câmara Municipal de Setúbal, alcançou o primeiro prémio da categoria “Vídeos” do concurso “Práticas Sustentáveis”, da Associa-ção Bandeira Azul da Europa, entre-gue num seminário realizado a 24 e 25 de outubro em Setúbal (informa-ções na pág. 6).

Setúbal prossegue a rota de crescimento turístico, a que não é alheio o aumento de visibilidade gerado por uma estratégia de aposta nos mercados interno e externo. A subida nas dormidas na hotelaria é superior a 5 por cento nos primeiros nove meses do ano em relação a 2014

Total de turistasem crescimento

Page 14: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

14SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

plan

oce

ntr

al

auditório tem mais de metade das cadeiras ocupadas. Lidera na sala o silêncio e a atenção que a plateia dedica por inteiro aos oradores da noite.Entre a generalidade das cabeças orientadas para a mesa veem-se duas mulheres sentadas lado a lado, de idades bem distintas, que empurram a lógica para a indução de que pode-rão ser mãe e filha.quem fala para a plateia é Sónia, membro de Al-Anon, de Setúbal, que partilha, na primeira pessoa, o testemunho duro, mas preenchido com esperança, de quem conviveu ao longo da vida com alcoólicos.Al-Anon significa Alcoólicos Anóni-mos e é a sigla que representa a co-munidade de parentes e amigos de alcoólicos.A atividade desta associação foca-se em prestar apoio àqueles que, sendo saudáveis, partilham as vidas com quem sofre de alcoolismo, levando, por inerência, uma vida também so-frida.O discurso de Sónia comprime o peito. Aparenta estar na casa dos 30 anos e o sorriso, bonito e aberto, não esconde trejeitos amargos.“Quando digo que sou familiar de al-coólicos, sou-o a vários níveis. Sou neta de alcoólico, filha de pai e mãe alcoóli-cos e sou casada com um alcoólico.” É assim, nesta reunião aberta de AA – Alcoólicos Anónimos, que Sónia se apresenta.A inconstância do equilíbrio fami-liar, a necessidade de fuga pessoal, a personalidade reservada e a preocu-pação latente, como que opressora, pelo bem-estar dos familiares mol-daram-lhe o caráter.“Desenvolvi estratégias para conviver com o facto de que vivo numa casa de alcoólicos. Uma delas foi dedicar-me aos estudos e à escola. Não tinha muitos amigos. Na verdade, a maioria deles se-ria os livros. Eles ajudavam, como num escape à realidade”, continuou.Perante o relato, a suposta filha do início deste texto aperta a mão da suposta mãe, reconfortando-a. A

O

O direito de ser feliz

O alcoolismo é uma doença e não existe comprimido que lhe faça frente. É crónico e dissimulado, pois a diferença entre o abuso e a dependência é ténue.

O principal diagnóstico parte do próprio alcoólico, que se deve reconhecer como tal. Dado esse passo, os Alcoólicos Anónimos propõem a elevação da

espiritualidade como o caminho para a recuperação. Sempre de portas abertas aos alcoólicos, a comunidade abre-se esporadicamente também ao mundo

exterior. O objetivo é que a doença não seja motivo para se negar a felicidade

mulher mais velha está cabisbaixa. Soluça discretamente e afasta dos olhos lágrimas de desespero. É um dos exemplos evidentes na sala de quem se identifica com a história que está a ouvir.O relato de Sónia, não se tratando diretamente do de uma alcoólica, foi usado para o início desta reportagem devido a uma outra observação feita pela representante, naquela noite, de Al-Anon. “Quando entrei pela pri-meira vez numa sala da comunidade ia cheia de medo. Cheia de medo! Curio-samente, encontrei ali muita felicidade e alegria. Encontrei esperança.”O alcoolismo não é um vício, um capricho ou qualquer prova de per-sonalidade leviana ou estouvada. O alcoolismo é uma doença cientifica-mente comprovada, sem cura e que destrói vidas. Pode atingir qualquer pessoa e, com ela, as que a rodeiam.Na reunião aberta desta noite chuvo-sa de outubro o ambiente no auditó-rio da Cúria Diocesana de Setúbal é descontraído. Pode não ser ampla-mente feliz ou alegre, mas não coin-cide certamente com as realidades, pretéritas ou atuais, de cada uma das mais de quarenta vidas presentes.Começar esta reportagem pelo seu início, por este início descontraído, esperançoso e até sorridente, seria errado. Este não é – nunca é – o iní-cio de um alcoólico, seja já ele anóni-mo ou não. Mas este pode e deve ser o seu objetivo e o seu quotidiano.

Não há culpados

A reunião de 26 de outubro a que o Jornal Municipal assistiu foi orga-nizada pelos Alcoólicos Anónimos e tinha a característica de ser aberta. De norte a sul do País fazem-nas re-gularmente, sendo que em Setúbal se realizam a cada dois meses.Ao contrário das reuniões habituais, mais frequentes e destinadas unica-mente a alcoólicos, qualquer pessoa pode assistir às abertas, constituin-do uma forma que a comunidade en-controu para facilitar que quem sofra

ou conviva de perto com a doença possa quebrar barreiras e procurar apoio.Além de Sónia, de Al-Anon, a mesa do encontro conta com as participa-ções de Vítor C., moderador, e José Luís, ambos AA, e de Marta Pratas, terapeuta na Unidade de Alcoologia de Lisboa.A técnica de saúde é também presi-dente nacional de Alcoólicos Anóni-mos e porque “os AA têm de ter alguém que dê a cara pela associação”, como explica à plateia Vítor C., não é al-coólica.“Não sou alcoólica só por hoje”, diz Marta Pratas em tom de brincadeira que serve também de explicação e de alerta. “Nada me garante que ama-nhã não esteja sujeita a esta doença.”O alcoolismo é uma doença primária, pois pode surgir espontaneamente, sem estar associada ou ser causada por outra doença. É também crónica, progressiva e potencialmente fatal, tanto pelas ações que o doente pode tomar enquanto ébrio, como pelas consequências diretas que o consu-mo em excesso e repetido de álcool pode ter no corpo humano.Numa pirâmide que retrate o con-sumo de álcool, a base é constituída pelos consumidores moderados, o meio, pelos abusadores e, o topo, pe-los dependentes, estágio para o qual não existe cura conhecida.Marta Pratas sublinha uma necessi-dade primordial para se entender e combater o alcoolismo. “Esta doença não tem a ver com moral. Não há culpa-dos. Mas um alcoólico tem a responsa-bilidade de se tratar.”

É precisamente aqui que reside a força dos AA. Para se integrar os Al-coólicos Anónimos é preciso, antes de tudo, reconhecer que o álcool é um problema e querer, efetivamen-te, resolver esse problema.A condenação social em relação ao bêbado dificulta substancialmente que uma pessoa se reconheça como um.Na verdade, um alcoólico nem pre-cisa de estar permanentemente a beber. Alguns até podem passar anos sem consumir uma bebida alcoólica. Só que, quando o fazem, não conse-guem parar.“A maioria das pessoas tem uma espécie de ‘patilha’ mental que aciona quando vê que atingiu determinado limite. Um alcoólico tem essa ‘patilha’ partida e não vê o limite. A partir daí as conse-quências podem ser dramáticas”, ex-plica Marta Pratas.Um AA que queira singrar na tera-pêutica que abraçou tem, por isso, de se mentalizar de que nunca mais poderá quebrar a abstinência.

De corpo e alma

José Luís aparenta estar na casa dos 40 e partilha com a plateia a sua vida como alcoólico.“Sempre fui muito reservado. Uma criança muito tímida. Não sabia falar com as pessoas. Em miúdo descobri numa festa, logo com uísque, que o ál-cool me soltava.”Seguiram-se anos de abuso no con-sumo do álcool e que levaram à de-pendência de José Luís.“Entrei para os AA e pouco depois tive

Page 15: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

15SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

Nos AA, define-se um alcoóli-co como um doente. Essa é uma terminologia da comunidade ou trata-se de uma doença cientifica-mente comprovada?O alcoolismo é uma doença. Está as-sim designado nos livros de psiquia-tria e também da medicina em geral. Tem critérios claros, específicos e característicos que o distinguem de um vício.

É um fenómeno físico ou psicoló-gico?Tem muitas consequências físicas. Nesse plano, por exemplo, há a sín-drome de privação de álcool, aquilo que vulgarmente se chama de res-saca. Também tem fatores psicoló-gicos, porque, se não fossem esses, a doença teria cura. Fazia-se uma desintoxicação e ficava tudo bem. Só que a pessoa é eternamente se-duzida pelo álcool. À medida que o tempo passa sente menos craving, menos desejo intenso de beber. Esta é uma doença das emoções, porque normalmente o alcoólico bebe con-soante os problemas do momento e com os quais não sabe lidar. O álcool é também usado por alguns para se esquecerem de que estão sós. É uma doença física, orgânica, psíquica, emocional. Uma multiplicidade de fatores pode fazer alguém ficar al-coólico aos 40 anos.

Uma pessoa que adoeça mais tarde na idade adulta indica que já con-vivia com esse problema de forma latente?

O programa de recuperação pro-posto pelos Alcoólicos Anóni-mos a um doente é constituído por doze etapas.Funcionam como guias de orien-tação espiritual e não é obrigató-rio respeitá-los pela ordem su-gerida ou, sequer, a todos.“Sejamos realistas. Não é possível segui-los a todos ao mesmo tem-po, na perfeição, isto é, de forma permanente, constante. O primeiro é o mais importante. Os restantes são guias de vida”, afirma Carlos

uma recaída. Isto porque nunca parei de beber. Não queria deixar de beber, mas antes aprender a beber”, ana-lisa.Mudou o paradigma, encostou a be-bida e, confessa, já não se imagina afastado de Alcoólicos Anónimos. “Estou nos AA de corpo e alma”, ga-rante.A génese dos AA está intimamente ligada à experiência e às conclusões recolhidas pelos próprios alcoólicos no sinuoso percurso para se mante-rem sóbrios.A comunidade rege-se por um con-junto de regras e a página de internet www.aaportugal.org divulga, inclu-sivamente, uma lista de coisas que a associação não faz.Entre outras relutâncias, não pu-blicita a comunidade, não mantém registo dos membros, não faz diag-nósticos médicos nem psicológicos ou sequer serviços de desintoxi-cação. Não providencia qualquer tipo de serviço social, alojamento, alimentação, vestuário, trabalho ou dinheiro.Faz ponto de honra em manter auto-nomia institucional e, por isso, não aceita contribuições, financeiras ou outras, de fora da organização.Carlos Eduardo e o senhor B, dos AA, ilustram com o caso da reunião aberta, em que a associação podia ter usado o espaço gratuitamente, mas fez questão de alugá-lo, “nem que por um valor simbólico”. A comunidade organiza-se exclusivamente com as contribuições dos membros.Então, o que fazem os Alcoólicos Anónimos? Carlos Eduardo e o se-

“É uma doençadas emoções”

Há um “terreno fértil” para algumas pessoas se tornarem alcoólicas. Sa-bemos de pessoas que abusam do álcool numa fase, mas depois re-gridem e bebem moderadamente. Um exemplo são os ex-combatentes da guerra em África. No período do conflito o consumo era imenso por fatores mais ou menos evidentes. Dessa franja de pessoas, neste caso homens principalmente, só uma parte se tornou alcoólica. Ninguém sabe quem tem “terreno fértil”. Es-tão definidas quantidades de con-sumo antes de se tornar alcoólico e quando uma pessoa começa a beber até ultrapassar essa linha está com um pé na dependência.

É possível traçar um panorama da afluência de utentes no País? Os AA são mais procurados atual-mente?Enquanto comunidade, a AA tem a particularidade de não se meter em controvérsias. Não emite opiniões sobre coisas de fora do seu círculo. Cada membro de AA está preocu-pado com a sua recuperação e em ajudar o alcoólico que chega à reu-nião. Isto é uma forma de proteção também dos próprios alcoólicos. Se começassem a falar sobre políticas de Saúde, o objeto e objetivo da reu-nião deixaria de ser esse. Enquanto técnica de saúde posso dizer que continuam a chegar pessoas a AA. Não sei se mais, se menos. Algumas fixam-se e fazem reuniões durante muitos anos. Outras param de beber e vão à sua vida.

Doze PassosDesde que seguidos com ho-nestidade por um alcoólico, já deram provas de que podem me-lhorar a realidade quotidiana de muitos doentes.Da mesma maneira, a comuni-dade criou as “Dozes Tradições”, listagem de regras de funciona-mento dos grupos para harmo-nizar o relacionamento entre pessoas de origens tão distintas, mas com um mal comum, assim como com a comunidade exte-rior a AA.

nhor B apresentam-se como “servi-dores do grupo” e explicaram o con-ceito da comunidade.“Ajudamo-nos mutuamente. Prati-camente só um alcoólico é capaz de entender outro alcoólico. Desde que se queira realmente parar de beber, a AA funciona como um local de partilha dos avanços e dos recuos, sem julgar nin-guém e sem impor nada a ninguém”, resume Carlos Eduardo.Só esta declaração incorpora os três legados de AA: Unidade, Serviço e Recuperação.A humildade e a entreajuda cons-tituem o núcleo de todo o conceito, “descoberto” por dois alcoólicos americanos na década de 30. Ao reconhecer as dificuldades por que passavam devido ao álcool, aperce-beram-se de que conseguiam ficar mais tempo sóbrios se ajudassem outros alcoólicos nesse processo. Assim nasceu a “Unidade”.O “Serviço” é o seguimento natural desse método, em que um AA asse-gura questões técnicas ou logísticas para que, por exemplo, as reuniões se materializem. “É rotativo. Hoje fo-mos nós, mas da próxima serão outros membros”, reforça Carlos Eduardo.Esta dedicação alimenta o envolvi-mento com a comunidade e potencia as probabilidades de os membros se manterem sóbrios durante mais um dia.A soma desses dias acaba por resul-tar em anos. “O que se quer é viver sem beber, mas também viver com uma qua-lidade muito melhor. Felizes”, conclui Carlos. Eis a “Recuperação”.Os AA respeitam integralmente a

privacidade de cada membro. O anonimato permite quebrar bar-reiras e favorecer a ajuda de quem precisa.Não se tratando de uma seita ou de um culto, apelam a que o alcoólico procure uma espiritualidade com capacidade de lhes restituir a sani-dade perdida.Este é o caminho proposto e que muitos aceitam, mesmo sendo ag-nósticos ou ateus. A crença na exis-tência ou não de um deus não fulmi-na a espiritualidade de cada um.A doença sem cura que é o alcoolis-mo é assim combatida como podem e sabem. A solidariedade, entreaju-da e humildade servem como pode-rosos profiláticos e que, no caminho árduo da recuperação, ajudam qual-quer indivíduo, doente ou não, a ser também uma pessoa melhor.

Marta Pratas, terapeuta na Unidade de Alcoologia de Lisboa e presidente nacional de Alcoólicos Anónimos, alerta que o alcoolismo é uma doença que pode revelar-se em qualquer período da vida. O consumo em excesso acaba por estar ligado às emoções e à maior dificuldade de algumas pessoas em lidar com as adversidades da vida

Eduardo, sublinhando a relevância de ter de admitir a impotência pe-rante o álcool e a ingovernabilidade pessoal que daí resultou.Os “Dozes Passos” foram criados a partir da experiência de outros al-coólicos. São uma espécie de com-pêndio de um conjunto de fatores que os ajudaram a recuperar o con-trolo dos próprios destinos.Embora não sejam infalíveis, apre-sentam-se como um caminho pos-sível e que potencia bastante a re-cuperação.

Page 16: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

16SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

O recital dramatizado do projeto GoG “Aquele canta e ri; não se embaraça.”, apresentado a 5 de dezembro na Casa da Cultura, foi um dos últimos eventos do ano das Comemorações dos 250 Anos do Nascimento de Bocage, com atividades até 15 de setembro de 2016.Depois do Dia da Cidade, realizou-se, a 19 de setembro, uma “Noite Bocagiana”, com milhares de pessoas a passarem pelo centro histórico neste evento com jogos tradicio-nais, passeios a cavalo, degustação de vinhos, poesia itinerante, marionetas, concertos de música barroca e a tertúlia “Eis Bocage... Conversas de Botequim”.Neste momento decorre o projeto “Bocage na Rua – 30 Poemas”, que consiste na instalação de 15 estruturas de mobiliário urbano, a con-ceber por artistas plásticos que concorreram para o efeito, nas quais se poderá ler, em cada uma, dois poemas, acessíveis ainda por vídeo.

Bocage passa pela cidadeAs atividades em torno das Comemorações dos 250 Anos do Nascimento de Bocage continuam a marcar os eventos culturais de Setúbal. Das artes plásticas à literatura, da música ao cinema, da história às animações

Verso inspira San PayoManuel San Payo mostrou na Casa da Cultu-ra, em outubro, “Soma Agreste”, título para uma exposição de pintura e desenho inspi-rado num verso de “Era um Redondo Vocá-bulo”, numa evocação do antigo Círculo Cul-tural de Setúbal, instituição frequentada por José Afonso que funcionou naquele espaço. Na mostra, organizada pela Câmara Munici-pal de Setúbal e pelo atelier DDLX, o artista plástico apresentou um conjunto de traba-lhos monocromáticos, num desafio pessoal em que quebrou a habitual utilização de co-res. O autor esteve presente na inauguração.

A influência de Flamengo Uma exposição sobre a vida e obra de Fran-cisco Augusto Flamengo está patente, até 31 de janeiro, na Galeria Municipal do Banco de Portugal. “Francisco Augusto Flamengo [1852/1915] – Um Pintor de Setúbal” foi or-ganizada, pela Câmara Municipal, no ano em que se cumpre o centenário da morte do ho-menageado, mostra que assinala a influência e o contributo que teve na dinâmica artística local da época, com painéis com imagens de obras e informação biográfica, recortes de jornais, documentos e diversos quadros, a maioria na vertente de retrato.

Vida conventual reveladaA forma como as freiras clarissas habitaram o Convento de Jesus foi explicada pela arqueó-loga Maria João Cândido, da Câmara Munici-pal de Setúbal, em encontro realizado a 9 de outubro, na Casa da Cultura. A palestra “O Convento de Jesus de Setúbal: A intervenção arqueológica e a caracterização dos espaços conventuais” divulgou os resultados obtidos nas intervenções arqueológicas realizadas no âmbito da requalificação do monumento, que permitiram a recolha de contributos para um melhor entendimento do quotidiano das freiras que ali viveram.

Museu dá arte ao objetoA importância do objeto de arte enquanto peça de museu, não apenas para contem-plação mas como testemunho da realidade humana, aspeto potencializado por pesqui-sas documentais, foi destacada numa pales-tra da técnica municipal Francisca Ribeiro, realizada a 3 de outubro, na Casa da Cultura. O encontro “O Objeto de Arte – Fonte de Conhecimento e Veículo de Comunicação” realçou a ideia de que, por contraponto a um artigo comum, uma peça de museu é dotada de renovadas características e relevância para a sociedade.

Os artistas plásticos de diversas áreas dis-põem também do concurso “Bocage Visto e Interpretado pela Arte Contemporânea, até 16 de janeiro, com um prémio pecuniário de 2500 euros e exposição das peças.Outras exposições, uma relacionada com o filme “Bocage”, realizado por Leitão de Barros

em 1936, e outra da coleção de Adelino Noé, com peças inspiradas no poeta, estiveram patentes no Fórum Luísa Todi e no Museu do Trabalho Michel Giacometti.Um concerto do quarteto de Cordas de Sintra e a conferência de Ana Margarida Chora “O Orientalismo em Bocage”, na Casa da Cultura, foram outros eventos realizados.

Lisboa também celebra poeta

O programa, arquitetado pela Câmara Muni-cipal de Setúbal e por uma comissão científi-ca presidida por Daniel Pires, com diversas parcerias, ultrapassa as fronteiras do conce-lho, com Lisboa a registar, em novembro, um conjunto diversificado de iniciativas.A Biblioteca Nacional de Portugal recebeu as conferências ”Modernizar o que é obsoleto e iluminar o que é obscuro: Tentativas de refor-

cult

ura

mar e humanizar a Inquisição entre o Pombal e o Liberalismo”, por José Eduardo Franco, “Para além do Inferno Cristão do Marquês de Sade: Leituras surreal-abjecionistas de Bo-cage”, por Rui Sousa, e “Bocage e o Teatro do Século XVIII”, por Vanda Anastácio.O mesmo espaço foi palco da performance “Bocageana teatral: na diáspora dos sentidos (1765-2015)”, de Isabel Pinto, e antes, em outubro, Daniel Pires apresentou a conferên-cia “A Transgressão em Bocage”, enquanto, em dezembro, Viriato Soromenho-Marques abordou “O Mundo Europeu de Bocage: das Luzes à Revolução”.De registar em Lisboa também a exposição “Bocage, 250 anos”, no Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Facul-dade de Letras da Universidade de Lisboa, e o lançamento da Fotobiografia de Bocage, na Imprensa Nacional – Casa da Moeda.

Page 17: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

17SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

Percussões da Metropolitana, em conjunto com Sforzanduo, dupla constituída por Miguel Filipe e Tomás Moital, do pianista Bernardo Pinhal e do Stravinstrio, com Vítor Trindade, Miguel El-rich e Ana Pires.Uma gala de música e dança, no dia 8, assinalou os 148 anos da Sociedade Musical Capricho Se-tubalense, com uma atuação da Capricho Big Band e participações especiais de Toy, Deolinda de Jesus, Pedro Fragoso, Salsa Setúbal e Leónia Oliveira com as Danças do Mundo.A carreira de Rão Kyao foi percorrida do dia 18, espetáculo em que o músico se fez acompanhar de alguns cúmplices e amigos musicais de longa data e com convidados especiais, nomeadamen-te a instrumentista chinesa de pipa Lu Yanan.O Fórum Municipal Luísa Todi foi ainda palco, no último trimestre, entre outros, de espetácu-los de Natal de instituições culturais do conce-lho, além das habituais sessões de cinema co-mentadas por Lauro António.Houve ainda diversos espetáculos de teatro, como o “Boeing Boeing”, a 9, 10 e 11 de outubro, comédia com João Didelet, Luís Esparteiro, So-fia Ribeiro, Melânia Gomes, Elsa Galvão e Bár-bara Norton de Matos. Seguiram-se, a 21 e 22 de novembro, duas ses-sões de “Juntos em Revista”, encenação musica-da que colocou pela primeira vez em palco Ma-rina Mota e Carlos Cunha com a filha do antigo casal, Érika Mota.A migração foi o tema da peça “Vai Vem”, apre-sentada no dia 27, uma produção Gato SA, com encenação de Juan Carlos Agudelo.Em dezembro, nos dias 13 e 20, a principal sala de espetáculos de Setúbal apresentou “A Caro-chinha”, conto tradicional que tem encantado gerações, numa produção ProtagonizaMagia.

A Orquestra Metropolitana de Lisboa voltou a atuar diversas vezes no último trimestre do ano no Fórum Municipal Luísa Todi, a primeira a 1 de outubro, Dia Mundial da Música, com obras de Brahms, Schumann e Berio, que assinalou igualmente o início da II Temporada Sinfónica de Setúbal 2015/2016.Seguiu-se, a 25 de outubro, uma atuação da Or-questra Académica Metropolitana, com música de Ravel e Rameau, formação que, acompanha-da do Coro da Universidade Nova de Lisboa, in-terpretou Mozart num Concerto de Natal, a 12 de dezembro.A Orquestra Metropolitana de Lisboa também atuou em dezembro, a 19, para um Grande Con-certo de Natal, com a participação do Coro Lis-boa Cantat, com “A Oratória de Natal”, de Bach.Outra formação de música clássica, a Orquestra Gulbenkian, deu um concerto a 17 de outubro, o segundo da II Temporada Sinfónica de Setúbal, com temas de Mozart e Mendelssohn.Na área da música de realçar ainda o espetáculo infantil “A Bela e o Monstro”, com várias ses-sões, entre 1 e 8 de novembro, numa produção da Yellow Star Company e de Paulo Sousa Costa.O cantor Miguel Guerreiro, regressado de mais uma digressão no Japão, apresentou o álbum “Até ao Fim” a 20 de novembro, véspera de com-pletar 17 anos de idade.Na semana seguinte, no dia 28, José Afonso foi homenageado por amigos e músicos, num es-petáculo que evocou a fase inicial da carreira do cantautor, com o fado e a balada de Coimbra.Em dezembro, entre os dias 1 e 4, o Fórum Municipal Luísa Todi recebeu as I Jornadas de Música de Câmara de Setúbal, com a participa-ção de Olga Prats e Alejandro Elrich Oliva, de Agostinho Sequeira e Rodrigo Azevedo, Duo de

Perto de duas dezenas de acordeonistas atua-ram a 14 de novembro perante o auditório esgotado do 1.º Festival de Acordeão de São Sebastião.A primeira edição do evento levou 17 acordeo-nistas ao palco da sede do Grupo Desportivo Independente, que atuaram para uma plateia com cerca de 350 pessoas.O leque de participantes incluiu alguns dos melhores intérpretes da atualidade e com ex-periências muito distintas, com as idades dos acordeonistas a variar entre os 12 e os 72 anos.A iniciativa, que contou com as parcerias da Câmara Municipal de Setúbal e da Junta de Freguesia de São Sebastião, foi organizada pelos Amigos do Acordeão de São Sebastião, instituição formada Grupo Desportivo “Os Amarelos”, pelo São Domingos Futebol Clube, pelo Grupo Desportivo Independente e pelo Sadinos Futebol Clube.

Acordeonistas com festivalOs acordeonistas passam a dispor de um festival próprio que exalta a sonoridade única de um instrumento intimamente ligado à cultura portuguesa. A primeira edição do certame contou com casa cheia

Tiago Inácio, 20 anos, natural do Barrei-ro, ganhou o único galardão competitivo do certame, o Prémio Público a Jovem Acordeo-nista.O festival, que contou com a participação de acordeonistas da Escola de Música Maria Adélia Botelho, do Instituto Musical Patrício e da Associação de Acordeonistas de Portugal, teve vários momentos altos, como a entrega, pela vereadora da Câmara Municipal Carla Guerreiro, da distinção “Tributo” ao Instituto Eugénio Lima Rainha do Acordeão o Recanto – Espaço Museológico, de Rio Maior, recebi-da por António Coito.Ao longo das cerca de cinco horas de duração do evento foram ainda entregues o Prémio Consagração de Carreira a Tino Costa e Ma-ria Adélia Botelho e o Prémio Dignificação e Divulgação do Acordeão a Manuel Patrício Ramos Aníbal e a Irlinda Viegas.

Fórum aberto a todos

Page 18: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

18SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

cult

ura

A música antiga esteve em des-taque em Setúbal, concelho que funcionou entre os dias 10 e 31 de outubro como extensão do VIII West Coast Early Music Festival.O evento, que decorreu também em Oeiras, onde teve origem, e em Lisboa, é organizado pela MAAC – Música Antiga Associa-ção Cultural. O programa desenvolvido em Se-túbal, que, pela primeira vez, foi uma extensão do festival, incluiu espetáculos na Igreja de Jesus, integrada no Convento de Je-sus, monumento nacional onde se podem apreciar as primeiras manifestações arquitetónicas do manuelino.O primeiro espetáculo na Igreja de Jesus ficou a cargo da orques-

O II Festival Ibérico do Teatro, iniciativa que, nos dias 2, 3 e 4 de outubro, espalhou a arte cénica por Setúbal e Palmela, apresen-tou, em estreia, “quatro Mulhe-res para uma Ifigénia”, no Fórum Municipal Luísa Todi.A peça, a cargo da Theatron – Associação Cultural de Monte-mor-o-Novo, é uma adaptação da obra de Josep Maria Benet i Jornet “E.R.” e conta a história de uma jovem estudante de teatro à procura de referências sobre uma atriz mítica.O certame, que decorre alterna-damente entre Portugal e Espa-nha, organizado pela Federação Portuguesa de Teatro e pela Con-federácion de Teatro Amateur

Festival surpreendecom sons antigos

Setúbal foi, pela primeira vez, extensão do West Coast Early Music Festival, certame de referência na área da música antiga. Diversos espetáculos realizaram-se em espaços intimistas, como igrejas, mas também no Fórum Luísa Todi

tra barroca e coro misto Concerto Ibérico, que deu início ao certa-me em Setúbal a 10 de outubro.O cartaz sadino, desenvolvido com o apoio da Câmara Munici-pal, reservou, ainda, uma con-ferência e recital de clavicórdio a cargo de João Paulo Janeiro, no dia 16, na Casa da Cultura, e a atuação conjunta do grupo Di-fferencias Ibéricas com o Coro Infantil de Setúbal e o Coro In-fantil do Conservatório Regional de Setúbal, que esgotou, no dia 24, a Igreja de Jesus. Os Contágio Barroco protagoni-zaram um concerto pedagógico para escolas no dia 31, no Fórum Municipal Luísa Todi, enquan-to, à noite, nas Caves José Maria da Fonseca, em Vila Nogueira de

Azeitão, voltaram a atuar, des-ta feita para o encerramento do certame, numa atuação consti-tuída por sonatas de Galliard.A extensão de Setúbal do VIII West Coast Early Music Festival

Teatro ibérico amador partilha palcos“Escenamateur”, contou nesta edição com o envolvimento do GATEM – Grupo de Animação e Teatro Espelho Mágico e os

abertura oficial do certame a peça “O Principezinho”, num Fórum Luísa Todi esgotado, o evento foi “um sucesso” e “muito benéfico para a partilha de experiências en-tre os grupos de teatro”, apesar de ter coincidido “com uma semana de eleições legislativas”.O II Festival Ibérico do Teatro contou ainda com a participa-ção do Teatro Independente de Loures, que apresentou “His-tórias para serem contadas”, e dos espanhóis Grupo Alhama de Teatro, de Navarra, que subiu ao palco a comédia “El Burguês Gentilhombre”, e A.R.G.E.A Teatro, de Cáceres, com “Troya-nas – Mujeres en el campo de batalha”.

integrou o Mês da Música, pro-grama promovido pela Câmara Municipal que assinala, ao longo de outubro, com um vasto leque de atividades e espetáculos, o Dia Mundial da Música.

apoios das câmaras municipais de Setúbal e de Palmela.Para a diretora do GATEM, Céu Campos, grupo que estreou na

Moniz com sons da revolução“Resistir de Novo” deu o título a um es-petáculo de Carlos Alberto Moniz, a 14 de novembro, que esgotou a Sala José Afonso da Casa da Cultura. O músico apresentou canções inéditas e novos arranjos de temas conhecidos do 25 de Abril, homenageando compositores e poetas como José Afonso, Manuel Alegre, José Gomes Ferreira, Fer-nando Lopes-Graça, Manuel Freire, So-phia de Mello Breyner, José Mário Branco e Alfredo Vieira de Sousa.

Academia promove músicaA Academia de Música e Belas-Artes Luísa Todi atuou a 1 de outubro nas arcadas nos Paços do Concelho, na Praça de Bocage, iniciativa que assinalou o Dia Mundial da Música. Violino e violoncelo foram os ins-trumentos tocados no apontamento musi-cal, que reuniu 25 crianças do pré-escolar e dos 1.º e 2.º ciclos, com a apresentação de três temas infantis acompanhados de canto, com o objetivo de refletir sobre a importância da música.

David Fonseca sobre rodasDavid Fonseca deu um concerto surpresa para fãs, a 23 de novembro, numa autoca-ravana estacionada na Avenida Luísa Todi, evento no âmbito da promoção do álbum “Futuro Eu”. Ouvintes da Rádio Comercial tiveram a oportunidade de assistir ao vivo à atuação do cantor, que iniciou em Setúbal a digressão nacional intitulada “Concerto Mais Pequeno do Mundo sobre Rodas!”, com um total de dez apresentações em ou-tras tantas cidades.

Bocage e Agostinho em cicloA Casa Bocage recebeu, em novembro e dezembro, o ciclo de tertúlias “De Bocage a Agostinho da Silva”, inspirado no pen-samento e obra dos dois autores. A 28 de novembro, houve as intervenções “Entre Bocage e Agostinho da Silva: o vagabundear por dentro”, por Maurícia Teles da Silva, e “Bocage... Um afrancesado”, por Álvaro Arranja, enquanto a 12 de dezembro Fer-nando Dacosta deu uma palestra e apre-sentou o seu livro “Viagens Pagãs”.

Page 19: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

19SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

edu

caçã

o

O trabalho e o esforço no apoio a atividades no âmbito do desporto escolar valeram à Câmara Municipal de Setúbal um prémio de mérito, distinção entregue a 14 de outubro, em ce-rimónia realizada no Fórum Romeu Correia, em Almada.O reconhecimento enquanto “Parceiro do Ano” feito à Autarquia pelo apoio prestado a atividades dinamizadas no ano letivo 2014--2015 foi anunciado no II Encontro de Des-porto Escolar, organizado pela Coordenação Local do Desporto Escolar – Península de Setúbal.“É um grande orgulho receber este reconheci-mento da parte da equipa do Desporto Escolar”, realçou o vereador com os pelouros do Des-porto e da Educação na Câmara Municipal de Setúbal, Pedro Pina, na cerimónia, na qual foram igualmente distinguidas outras enti-dades com Prémios de Mérito do Desporto Escolar – Península de Setúbal.Para o autarca, a atribuição do prémio pelo Desporto Escolar é o “reconhecimento de um trabalho que muitas vezes parece invisível, de quem persistentemente consegue lutar contra ventos e marés na procura de um bem essencial que começa nas gerações mais novas e, sobretu-do, nas escolas”.

Setúbal é referência na área educativaSetúbal mostrou que sabe acolher. O ano letivo começou com uma receção em que a comunidade educativa ficou a conhecer o trabalho feito nas escolas e a oferta que existe no concelho para os agentes do setor

Desportoescolarpremiado

O reforço de Setúbal como cidade referência em matéria de educação e cultura foi parti-lhado pela presidente da Câmara Municipal na receção à comunidade educativa, cerimó-nia com a participação de cerca de sete cen-tenas de pessoas.“Na construção deste futuro e no desenvolvi-mento das nossas populações, a preocupação com a qualidade da educação no concelho tem sido uma prioridade”, realçou Maria das Dores Meira no encontro que deu as boas-vindas à comunidade educativa, realizado do Con-vento de Jesus, a 8 de outubro. Maria das Dores Meira salientou o investi-mento concretizado “para dotar as escolas de condições condignas para uma aprendizagem de sucesso”, trabalho permanente cujo exemplo mais recente foi materializado na III Con-ferência Anual de Educação de Setúbal, que “constituiu o primeiro passo para a construção do Projeto Educativo Local”. Na receção que assinalou o início de mais um

Pela igualdade e contra a violência, cerca de oitocentos alunos do Agrupamento de Escolas Lima de Freitas participaram, a 4 de dezem-bro, numa manifestação cívica integrada na campanha mundial “Orange Day”, das Nações Unidas, que incluiu uma marcha em Setúbal.A cor laranja dominou a indumentária dos participantes, alunos dos 3 aos 18 anos, dos três estabelecimentos de ensino daquele agrupamento escolar e nos quais é dinamiza-do o “Projeto Igualdade”, este ano convidado a integrar a iniciativa da Organização das Na-ções Unidas, com atividades ao longo de 16 dias.

Alunos pela igualdade contra a violência

Além destas iniciativas, Maria das Dores Meira realçou um conjunto de projetos de educação pela arte e para a cidadania, que contam com o envolvimento de alunos e do-centes, nomeadamente o Festival de Música de Setúbal, o Há Festa no Parque, a Semana da Segurança e Prevenção Rodoviária e o Mar Pedagógico. A cerimónia de receção à comunidade edu-cativa, um momento de lazer e de divulgação de recursos educacionais que fomenta a in-tegração da comunidade educativa no conce-lho e promove o património natural e cultu-ral, contou ainda com um apontamento pelo Teatro Animação de Setúbal. A partir das janelas viradas para os claus-tros do Convento de Jesus, o TAS apresentou “Sonetos de Bocage”, declamados por José Nobre, na figura de Bocage, por Célia David, que personificou a marquesa de Alorna, e por Miguel Assis, na pele de António Bersane, poetas contemporâneos do setubalense.

ano letivo, na qual marcaram presença, entre outros, vereadores do Executivo municipal, presidentes de juntas de freguesia e o dele-gado regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, Francisco Neves, a edil setubalense enfatizou a realização do encontro no reno-vado monumento nacional.Maria das Dores Meira destacou ainda o facto de, no próximo ano, Setúbal ostentar a ban-deira de Cidade Europeia do Desporto. “As escolas e a comunidade educativa estarão, obri-gatoriamente, envolvidas no extenso programa anual que estamos a ultimar e que brevemente tornaremos público.”Depois do ano zero, a cidade recebe, em ju-nho, a primeira edição da Festa da Ilustração. “As escolas são convidadas mais uma vez a par-ticipar, em especial com ilustrações dos alunos do 1.º ciclo”, numa iniciativa com “dimensão local, nacional e internacional” que pretende tornar Setúbal na “capital nacional da ilustra-ção”.

O som do grupo de percussão “Bardoada” deu maior visibilidade à marcha pela igualdade, num percurso iniciado na EB+S Lima de Frei-tas, com tarjas e mensagens de conscienciali-zação pela igualdade de género e contra os vá-rios tipos de violência, que culminou na Praça de Bocage.“Este é já um projeto de referência para a cidade e cujo sucesso só é possível com o contributo dos alunos”, vincou o vereador com os pelouros da Educação e da Inclusão Social na Câmara Mu-nicipal de Setúbal, Pedro Pina, na receção aos participantes realizada nas arcadas dos Paços do Concelho.

Pedro Pina afirmou que a atribuição do título de Cidade Europeia do Desporto a Setúbal em 2016 dá continuidade à promoção desportiva nas escolas. “O desporto escolar estará na base daquilo que nós queremos que seja este projeto. Não faz sentido ter este estatuto se, nas gerações mais jovens, o desporto não estiver também pre-sente.”O vereador reforçou que “Setúbal é uma cidade ao dispor e ao serviço do desporto”, naquele que se constitui como um “pilar fundamental para o desenvolvimento social e para a coesão territo-rial” e uma “condição essencial para a dignida-de e para o bem-estar das pessoas, que começa, precisamente, pelos mais jovens”. No encontro foi apresentado o balanço da atividade do Desporto Escolar na Península de Setúbal durante o ano letivo 2014-2015, período em que foi dinamizado um total de 613 eventos, nos quais estiveram envolvidos 16.476 alunos e 1594 árbitros/juízes em 28 modalidades desportivas.

Page 20: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

20SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

Natal é motivo de festa. A quadra é festejada em Setúbal na Baixa comercial com um vasto programa cultural para setubalenses e visitantes. Um mercado natalício centrou atenções na Praça de Bocage, local que recebe, já em 2016, uma atuação em que são entoadas as tradicionais Janeiras

Setúbal festeja o Natal com um programa de animação cultural, entre dezembro e janei-ro, na Baixa comercial da cidade, organiza-do numa parceria entre Câmara Municipal, União das Freguesias de Setúbal e comercian-tes da Baixa.O Pai Natal, presença obrigatória no “Natal na Baixa 2015”, levou, em vários momentos dis-tintos, surpresas às muitas crianças que pas-saram pelo Largo da Misericórdia e pelas ruas daquela zona do centro histórico, iluminada a rigor para receber a quadra festiva. Na Praça de Bocage foi montado o “STB Christmas Market”, mercado com cerca de três dezenas de stands dedicados ao artesa-nato, artigos urbanos e produtos regionais.Em paralelo, os lojistas locais proporciona-ram decorações especiais das montras duran-te o “Natal na Baixa 2015”, programa com vá-rios eventos ao ar livre para todos os públicos.

Malafamado, quarteto de Fado Deolinda de Jesus, VisionEnsemble, Flickin’Through Bossa Nova, Joaquim Gouveia Urban Trio, Zé Zambujo e 2Jah Brothers foram nomes do programa de animação musical, assim como os DJ Monchique e BIX.A dança também esteve em destaque, com vários estilos para apreciar e experimentar. Além de diferentes demonstrações, como dança contemporânea, desportiva e tradicio-nais europeias, houve um vasto leque de aulas abertas, como zumba e ritmos latinos.Os mais novos não foram esquecidos. Das animações infantis “Os Amigos do Pai Natal – Serafim & Benjamina” e “O Mundo da Zin-garela”, à leitura de contos de Natal e a música para crianças, muito houve por que escolher. O Natal na Baixa prolonga-se até 2016, com as tradicionais Janeiras a serem entoadas no dia 6 de janeiro, às 18h00, na Praça de Bocage.

Fado, música popular portuguesa e cante alentejano são alguns dos géneros musicais escolhidos para o programa de animação, no qual marcaram igualmente presença tunas e vários grupos de percussão, com atuações iti-nerantes.

Concertos, um mercado e até um bosque en-cantado deram outro brilho à quadra natalícia em Azeitão, onde decorre, até janeiro, o pro-grama comemorativo Espírito de Natal em Azeitão.A iniciativa, organizada pela Junta de Fre-guesia de Azeitão, com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, incluiu, entre 18 e 20 de dezembro, no Parque Urbano de Brejos de Azeitão, um mercado natalício e o “Bosque Encantado”.O mercado foi enriquecido por cerca de duas dezenas de stands de venda de artesanato e produtos regionais, incluindo bancas dedica-das à iniciativa Azeitão Solidária, para recolha de fundos para instituições de solidariedade

Azeitão celebra com espíritosocial e similares. O Bosque Encantado, ins-pirado no tema “Alice no País da Maravilhas”, consistiu num conjunto de animações para crianças, entre as quais a presença de um simpático Pai Natal, num recinto decorado por alunos de Azeitão.O Espírito de Natal em Azeitão, com entrada livre para todos os eventos, reserva ainda a Temporada Musical nas Capelas e Igrejas de Azeitão, a decorrer desde 6 de dezembro.Este programa cultural termina em janeiro, com o Toquivozes a entoar as janeiras dia 9, às 19h30, na Igreja de Vila Nogueira, e o Coro Bocage a apresentar o espetáculo “Um Con-certo de Ano Novo” dia 10, às 17h00, na Igreja de Vila Fresca.

Animação de Natal leva público à Baixa

Mercadinho adoça moinhoVinhos, queijos, doçaria, artesanato e os-tras do Sado foram atrativos do Mercadi-nho de Natal, a 5 e 6 de dezembro, no Moi-nho de Maré da Mourisca. Mais de uma dezena de expositores marcaram presença na iniciativa, que incluiu um apontamento musical, uma sessão de cozinha ao vivo e atividades de turismo de natureza, como passeios de charrete e de barco.

Festa com todos no museuMais de 160 pessoas, entre utentes das vá-rias valências da APPACDM de Setúbal e do Centro Comunitário de São Sebastião, participaram, a 11 de dezembro, na festa “Natal com Todos”, no Museu do Trabalho Michel Giacometti. A iniciativa incluiu a leitura de um conto e uma mostra de arte-sanato, a par de música e dança por utentes das instituições participantes.

Presentes em dia de aulasSurpresa em dia de aulas. A Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Setúbal entre-gou, ao longo de 14 de dezembro, presentes de Natal a todos os alunos da Escola Bási-ca dos Pinheirinhos. A iniciativa solidária dinamizada por aquela instituição setu-balense, que apadrinha o estabelecimen-to escolar, foi desenvolvida no âmbito do projeto “Uma Escola, Um Amigo”.

espe

cial

Page 21: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

21SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

des

port

o

Perto de setenta criadores de aves participa-ram no V Campeonato Ornitológico da Costa Azul, entre 23 e 25 de outubro, na EB+S Or-dem de Sant’Iago, na Bela Vista, numa mostra que reuniu mais de dois mil exemplares.A iniciativa do Clube Ornitológico de Setúbal e da Associação de Avicultores de Portugal, que recebeu o apoio da Câmara Municipal e outras entidades, incluiu uma exposição e uma feira de criadores, com representantes de norte a sul do País.Aves canoras, espécies como pintassilgo, mi-lheiro e peito-camarim, bem como aves de criação híbrida puderam ser apreciados no evento.

Perto de três centenas de pessoas participa-ram a 11 de outubro no V Setúbal Bike Tour, evento que levou famílias a descobrir a cidade de bicicleta ao longo de um percurso com 16 quilómetros.Na iniciativa, com partida e chegada na Praça de Bocage e um trajeto em circuito urbano, de grau de dificuldade muito reduzido, os ciclo-turistas passaram por zonas da cidade em que é possível circular de bicicleta em segurança.O Setúbal Bike Tour, agora na quinta edição, foi criado com o objetivo de demonstrar e sensibilizar a população para as possibili-dades que a planta urbana setubalense pro-porciona na deslocação através de meios de transporte amigos do ambiente e da forma física, tal como os velocípedes.O passeio contou com participantes dos 8 aos 80 anos, que percorreram o percurso em cer-ca de duas horas sem esmorecer, apesar da chuva que se fez sentir.O V Setúbal Bike Tour foi organizado pela Câ-mara Municipal de Setúbal e pelo Núcleo BTT Vila Fresca, no âmbito do calendário despor-tivo dos 13.os Jogos do Sado.

Bandeira europeia distingue qualidadeSetúbal é, oficialmente, Cidade Europeia do Desporto em 2016. O reconhecimento do trabalho de todos, Autarquia e movimento associativo, projeta um programa desportivo sem precedentes que alia eventos populares a provas de alta competição, que une a cultura e o conhecimento

Campeonatotraz avesa exposição

À descobertada cidadeem bicicleta

Setúbal recebeu a 18 de novembro, no Parla-mento Europeu, em Bruxelas, Bélgica, a ban-deira oficial de Cidade Europeia do Desporto 2016. “É o reconhecimento do trabalho de todos”, destacou, na cerimónia, a presidente da Au-tarquia, Maria das Dores Meira.A comitiva sadina, liderada pela autarca sa-dina, recebeu o galardão juntamente com as outras 32 localidades europeias nomeadas pela ACES Europe como capitais, cidades ou re-giões dedicadas ao desporto.“Setúbal tem uma grande política de desenvolvi-mento desportivo com base no movimento asso-ciativo, cuja promoção de um estilo de vida saudá-vel é transversal a todas as atividades”, realçou.A presidente sublinhou ainda no momento da entrega da bandeira da Cidade Europeia do Desporto que o Município tem feito uma forte aposta no setor, tanto através da organização e apoio de eventos, quanto na requalificação de equipamentos locais destinados à prática das mais variadas modalidades.

A Câmara Municipal reuniu no início de novembro com representantes de clubes, associações e coletividades para apelar ao envolvimento do movimento associativo do concelho no programa da Cidade Europeia do Desporto 2016.Em dois encontros, conduzidos pelo ve-reador com o pelouro do Desporto, Pedro Pina, na Casa da Baía, marcaram presença mais de setenta pessoas em representação de cerca de quarenta coletividades, clubes e associações de Setúbal.A iniciativa serviu para dirigentes e pessoal técnico se aperceberem da dimensão do

Associativismo envolvido no programa

concretizada através do programa a importân-cia da atividade física e desportiva para todos os cidadãos.No conceito “Setúbal 2016 #Transpira | Even-tos Desportivos” o programa transpõe a vonta-de de organizar grandes competições despor-tivas, dedicadas a atletas de alto-rendimento e com forte componente de espetáculo para o público.Em “Setúbal 2016 #Ensina | qualificação e Co-nhecimento” o programa procura promover o conhecimento e a qualificação de todas as pes-soas e organizações envolvidas e interessadas na temática do desporto.Por fim, no âmbito da atribuição do galardão, é desenvolvida a área programática “Setúbal 2016 #Inspira | Desporto e Cultura”, através da qual o projeto setubalense vai apresentar o desporto visto como uma manifestação cultu-ral, pela força universal da expressão, anulan-do barreiras culturais, como a língua, a religião e as fronteiras geográficas.

Além de Maria das Dores Meira, a delegação de Setúbal contou com as participações, entre outros, do vereador do Desporto, Pedro Pina, da antiga atleta olímpica Rosa Mota e do ex-jo-gador de futebol Fernando Tomé.À delegação setubalense juntou-se ainda o eurodeputado João Ferreira e o presidente da ACES Portugal, Nuno Santos. O programa “Setúbal Cidade Europeia do Des-porto 2016” foi apresentado, após a cerimónia oficial, numa sessão especial para eurodepu-tados portugueses e pessoal técnico do Parla-mento Europeu.A ação de promoção do programa setubalense no Parlamento Europeu foi dinamizada por Maria das Dores Meira, mas também por Rosa Mota, patrona, tal como José Mourinho, do projeto sadino a desenvolver ao longo do pró-ximo ano.O programa de Setúbal assenta em quatro princípios, como o “Setúbal 2016 #Inclui | Desporto para Todos”, no qual é reconhecida e

programa desportivo para todo o ano de 2016.Pedro Pina destacou que a Cidade Europeia do Desporto é um projeto do concelho e não apenas da Câmara Municipal, sendo crucial o envolvimento, nos mais diferentes níveis, da população e das instituições.O autarca adiantou a intenção de criar uma bolsa de voluntariado que possibilite ao mo-vimento associativo um envolvimento ainda mais próximo na organização de eventos a desenvolver no âmbito do programa.A Autarquia realizou, também, um encontro semelhante com o setor privado desportivo do concelho, nomeadamente ginásios.

Page 22: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

22SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

Oportunidades partilhadas em rede

acad

emia

O desenvolvimento e inovação da Península de Setúbal está na mira do In2set, projeto lançado no iní-cio deste ano, com coordenação pelo Instituto Politécnico de Se-túbal e que envolve uma rede de parceiros dos setores económico, social e ambiental em torno de um objetivo comum.Empresas, indústria, serviços, organizações e instituições sociais e ambientais fazem parte deste interface colaborativo que “pro-cura contribuir ativamente para o conhecimento aprofundado e siste-matizado da região”, explica Filipe Cardoso, coordenador do In2set.O projeto traduz-se em compilar “informação geral, temática e se-

A jogar também se aprende

Jogos que, simultaneamente, divertem e ensinam, para plataformas móveis, foram criados por dois diplomados da Escola Superior de Tecnologia. Uma rede de partilha de conhecimento, impulsionada pelo Instituto Politécnico de Setúbal e assente em sinergias, aponta ao desenvolvimento e inovação da região

torial que permita a todos os interve-nientes neste processo tomar decisões estratégicas tendo em vista a identifi-cação de prioridades de investimento” que aponte ao desenvolvimento e inovação da região, realça aquele responsável.O trabalho já desenvolvido no âm-bito do In2set é materializado num site (www.in2set.ips.pt), no qual é disponibilizada “uma compila-ção de estudos que permitem perceber quais são as oportunidades reais de investimento prioritário na Península de Setúbal”, vinca Filipe Cardoso. “Acaba por ser a porta de entrada para o In2set.”O In2set, atualmente com cerca de uma dezena e meia de parceiros,

destinado a facilitar a tomada de decisão de investidores, está orga-nizado em áreas temáticas, como o turismo, os setores de alta/média tecnologia e serviços de conheci-mento intensivo e a economia azul.Das grandes áreas de intervenção do projeto fazem ainda parte o ter-ritório e o ambiente, a eficiência energética e as energias renováveis, a mobilidade urbana sustentável, o envelhecimento ativo e a qualidade de vida, a par do empreendedoris-mo e inovação.Além da sociedade em geral, o In-2set pode constituir uma ferra-menta valiosa para os estudantes do Instituto Politécnico de Setúbal, em concreto no desenvolvimento e

A matemática, as línguas e a músi-ca desafiam crianças dos 3 aos 12 anos nos jogos digitais do projeto Play4Edu. Para já são quatro, dis-poníveis somente para plataformas móveis. Foram criados a pensar nas crianças, incluindo com necessida-des especiais, mas também nos pais e professores. Lúdicos, pedagógicos e inclusivos. Estas são características diferen-ciadoras das criações de Francisco Fernandes e Carla Ventura, licen-ciados em Engenharia Informática pela Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Setúbal. São um casal, pais e empreendedo-res do projeto.Da adversidade surgiu a oportuni-dade. Francisco Fernandes, profes-sor de informática, ficou desempre-gado enquanto frequentava o curso superior. A paixão pela educação e o gosto pela programação conduzi-ram-no a uma primeira experiência no mundo dos jogos lúdico-peda-gógicos.

A instabilidade profissional tam-bém levou Carla Ventura ao projeto Play4Edu e ao ímpeto de criar algo lúdico com objetivos pedagógicos.quando pesquisavam aplicações para a filha aperceberam-se de que ou não eram adequadas ou tinham publicidade imprópria. As capacidades técnicas e o conheci-mento daquilo que deveria ser uma aplicação com conteúdos educativos de qualidade deram o mote para a maturação do projeto que, atual-mente, caminha para o negócio, com o apoio do IPStartUp, incubadora de ideias do Politécnico de Setúbal.“Princess Agnes and Friends”, “Baby Feed Animals”, “Prisma” e “Children Play Music” são as apli-cações de jogos disponíveis para os sistemas iOS e Android, todas com versões gratuitas, limitadas, que podem ser adquiridas totalmente desbloqueadas por preços que co-meçam nos 0,99 euros.Os jogos, disponíveis em português, inglês, alemão e espanhol, dispõem

concretização de projetos direcio-nados para as necessidades reais dos variados agentes da região.Através deste envolvimento, “é mais fácil adaptar, igualmente, o processo formativo e, por outro lado, indiretamente, garantir que os alu-nos quando terminam o percurso académico têm o conhecimento ade-quado daquilo que é expectável do lado das empresas”.Em suma, o In2set procura gerar informação e criar valor para a região, assim como revitalizar o tecido organizacional e empresa-rial. “Tudo isto com base na concre-tização de projetos colaborativos em que estejam envolvidos todos os ato-res”, destaca Filipe Cardoso.

de configuradores de dificuldade, consoante as idades dos utilizado-res, e incluem controlo de parenta-lidade, ou seja, opções que definem a amplitude de acesso das crianças às valências da aplicação.Através dos jogos, as crianças trei-nam números e letras, brincam com sons e fazem associações de formas. O sucesso no cumprimento dos de-safios didáticos é recompensado com prémios que depois podem ser utilizados na vertente lúdica que faz as maravilhas dos mais pequenos. O Play4Edu já foi às escolas, com resultados positivos. “Pudemos ver a reação de crianças e educadores. A adaptação aos jogos correu bem, in-clusive por alunos com necessidades especiais, o que nos dá ainda mais motivação para continuar”, realça Carla Ventura. Os mais de 10 mil downloads das quatro aplicações nos mercados nacionais e internacionais também ajudam, assim como alguns pré-mios já alcançados, nomeadamente

nos concursos Poliempreende re-gional e nacional e no InovPortugal.

Piratas à vista

Entre as várias propostas para o futuro, a dupla tem em desenvolvi-mento a aplicação “Pirate Mike and Friends”, com sete jogos orientados para o ensino da música, letras, for-mas, matemática, animais, sequên-cias e mecanismos de associação.“A ideia é a mesma das outras aplica-ções. Um jogo educativo que é divertido e que, ao mesmo tempo, dá às crianças as ferramentas de que esta necessita para aprender de forma autónoma, com motivação e atenção enquanto jogam”, explica Carla Ventura.A Play4Edu, que também elabora projetos de acordo com as neces-sidades específicas do cliente, tem em estudo aplicações destinadas a apoiar pessoas com dificuldades na comunicação oral, bem como ferra-mentas direcionadas a crianças com autismo e paralisia cerebral.

Já na área de iniciação à leitura, a dupla de empreendedores tem em desenvolvimento livros digitais animados, os quais permitem que a criança intervenha na construção da própria história. O projeto, dinami-zado em colaboração com Luís Baião, da Cercigaia, inclui minijogos.

Do digital ao real

Os empreendedores optaram por “dar vida” a uma das personagens. “Agnes” vai ser um brinquedo real, com o qual as crianças podem tam-bém brincar. “A ideia é não só promo-ver os jogos, mas também associar algo físico ao jogo digital”, revela Francis-co Fernandes. O protótipo já está a ser preparado, e de forma especial, com o brinquedo a ser concebido com a colaboração de uma artesã portadora de defi-ciência, que demora 15 dias úteis a fabricar uma boneca que respeita um conjunto de criteriosas regras de segurança europeias.

Page 23: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

23SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

Licenciado em Pintura e multi-facetado artisticamente, com tra-balhos em áreas como fotografia, teatro e desenho. Que inspiração é esta?São as artes no geral. A licenciatu-ra foi uma escolha numa altura em que nos dizem que temos de fazer opções.

E há ainda a cenografia, a repre-sentação, a escrita. Estas até fogem um pouco dos parâmetros das Be-las-Artes...Acredito que não. Está tudo interli-gado. Também escrevo e interpreto no meu trabalho de artes plásticas. Tem um caráter muito performa-tivo, que reflete a fisicalidade do corpo. Portanto, há sempre pontos e elos em comum que têm que ver com esse caráter plástico.

Como se dominam tantas lingua-gens artísticas?

“Expresso-me como sei”Ricardo Campos diz-se comandado por bichos-carpinteiros. São eles os responsáveis por estarem a definir o jovem setubalense de 23 anos como uma promessa nas artes plásticas do País. Multifacetado artisticamente, pinta, desenha, escreve, representa e fotografa, numa lista que fica incompleta por falta de espaço nesta página. A licenciatura na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa abriu-lhe portas. Por mérito próprio, foi escolhido pela universidade para representar os artistas plásticos jovens num evento sobre os 20 anos da TVI. Aí, o júri, com nomes como Joana de Vasconcelos e Marcelo Rebelo de Sousa, escolheu-o como o autor do melhor projeto, uma instalação artística. Também já foi eleito jovem revelação pela Câmara Municipal. Colabora com o Teatro Estúdio Fontenova, deu aulas, expõe e, não admira, diz ter a cabeça sempre a fervilhar com ideias. O atelier na Praça de Bocage, onde cria e dá cursos, chama-se “Desassossego”. Diz que a inspiração no livro de Fernando Pessoa o resume como artista e pes-soa, pela vontade que tem em fazer.

Dominar daria origem a uma con-versa bem diferente...

Nesse caso, como se gerem as emo-ções que alimentam cada expres-são?Através da vontade de fazer, de dei-xar uma marca. A minha vontade é tanta que acabo por ter vários bi-chos-carpinteiros. O trabalho mol-da-se ao longo do tempo. Começo com uma ideia e é ela que me dire-ciona, mais do que o meio. Hoje uso uma tela, mas amanhã a mensagem talvez precise de vídeo ou de uma performance. Procuro a melhor via para comunicar. Por isso, deixo fluir esses bichos-carpinteiros. Acabam por ser bons.

Não podem também prejudicar? A dispersão não compromete o domínio exigido em determinada vertente artística?Sim. Pode ter dois lados. No final, eu

decido o que devo ou não mostrar. É uma escolha do artista selecionar o que é seu e íntegro para comunicar para o mundo. Há muita coisa que faço neste atelier que não interessa a ninguém.

A propósito de atelier, as paredes estão decoradas com imagens e textos. A maioria sobre o corpo. Esta é uma temática transversal ou uma fase artística?Sempre me interessou direcionar o trabalho sobre o ser humano. Visualmente traço referências de caráter figurativo, em que procuro uma imagem mais universal, sem pontualizar no tempo e no espaço. Procuro a essência do Homem.

Trata-se de Existencialismo?Talvez, mas mais estético do que filosófico. Interessa-me o arras-tamento do corpo no espaço, o abandono, a solidão. Escrevi um

monólogo, o “Bom dia! E outros pensamentos.”, em que reflito so-bre isso. O artista sempre viveu em crise e nesse espetáculo expressam--se preocupações que podiam ser de hoje ou de há quinhentos anos.

Como é que um artista encara essa e outras crises?Com preocupação. Já não existe o artista sonhador, romântico, que só pinta e desenha. Não faz sentido hoje. Esta área tem características que tornam difícil o início do per-curso. Se as coisas estão complica-das, se a Cultura não tem mais do que 1 por cento [no Orçamento do Estado], temos de nos adaptar. Ten-de-se a esquecer a importância da Arte. É uma prioridade para quem a faz. E quem a faz não sabe fazer outras coisas. Falo por mim. Com outras qualidades, que proporcio-nassem mais trabalho, usava-as. É uma necessidade de expressão.

Sou teimoso, por isso expresso-me como sei.

Nos primeiros passos de uma car-reira existem muitos rumos possí-veis. Existe algum destino traça-do? Num mapa, porventura?Nenhum em especial. Sou umbili-cal em relação a Setúbal, a Portu-gal, à família e aos amigos. Gostava de experimentar uma residência artística ou uma formação fora do País. Vejo muita gente que esteve lá fora e isso deu-lhes “frescura” no trabalho. Deve dar maior destre-za. Sair da zona de conforto pode servir para ir buscar ideias a outras realidades e acabar enriquecendo a nossa. Vejo essa possibilidade como uma ferramenta, embora também tenha curiosidade. Não sou viajado. Se calhar, quando começar, já não paro, o que me parece difícil. Sinto necessidade de fazer algo por aqui e construir o meu caminho aqui.

rum

os

Page 24: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

24SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

retr

ato

s

Depois de muitas obras, a Mercea-ria Confiança de Troino, fundada em 1926, reabriu em setembro de cara lavada. A recuperação do antigo espaço, na Praça Machado dos Santos, o Largo da Fonte Nova, resultou de uma par-ceria entre a Câmara Municipal de Setúbal e Eduardo Silva, proprietá-rio da antiga e tradicional mercearia do bairro (ver caixa).A essência da típica mercearia do “Sr. César”, restaurada como ho-menagem ao pai do proprietário, César Figueiredo da Silva, não mu-dou. Para muitos, é inevitável sentir que se recuou até aos tempos do Pá-tio das Cantigas.Uma placa branca de alumínio com a referência com o nome da mer-cearia e do antigo proprietário, jun-tando-lhe “mercearias, alumínios e louças” dá as boas-vindas aos visi-tantes do, agora, espaço museoló-gico.A decoração é simbólica. O chão quadriculado marca essa “viagem” ao passado. Os armários são bran-cos, cópias das estantes e balcões das antigas mercearias. Dentro deles, não faltam os sortidos de bolachas e biscoitos Paupério, os clássicos boiões de creme Nívea, as embalagens de cereais All-Bran e do chocolate Cola Cao, com forma-

Regresso ao passado

Tulhas de cereais, máquina

registadora e balanças antigas, medidas de latão.

A Mercearia Confiança de Troino,

de volta ao Largo da Fonte Nova,

transporta quem a visita para uma

época distante das correrias e filas do

supermercado. Ponto de abastecimento noutros tempos é

agora museu e café

tos e imagens bastante diferentes em relação aos que vemos hoje nas prateleiras dos supermercados. Por cima das estantes, as paredes são forradas pela imagem do detergen-te Omo, que prometia lavar mais branco.“Foi tudo retirado, o pavimento é novo e foi feito um restauro de todos os mó-veis que existiam na mercearia”, ex-plica Eduardo Silva, proprietário do espaço.Entre as conservas saltam à vista aquelas que lembram outros tem-pos – marcas como Alva, Prata do Mar e Tricana –, as que são feitas

com atum, azeite e tomate ou sim-plesmente sardinhas em óleo. Na Confiança de Troino cruza-vam-se moradores do bairro pisca-tório com pessoas das zonas rurais de Setúbal e tripulantes dos barcos que atracavam para se reabastecer. As bombas medidoras de azeite e óleo alimentar retratam uma outra forma de venda. Eram poucas as coisas que se compravam embala-das. quase tudo se adquiria a granel.Outra das preciosidades expostas no espaço são as senhas de raciona-mento, do pós-II Guerra Mundial. Numa altura em que praticamente

todos os artigos de primeira neces-sidade faltavam ou estavam sujeitos a rigoroso racionamento, a Câmara de Setúbal entregava senhas de dois centavos. Mas as ideias que ali se concretizam não pertencem apenas ao passado. A mercearia, apesar de manter o desenho da antiga loja, conta com um toque de modernidade, aqui e ali, sempre ancorado numa estética vintage: de um lado a zona do fre-guês, de outro a do merceeiro.“O merceeiro não era só aquele que vendia os produtos alimentícios, mas também o homem a quem competia

aferir comportamentos sociais das pessoas, que tinham de ter um carimbo da mercearia para atestar o seu grau de idoneidade”, nomeadamente para os “contratos de rendas de casas, de água e de eletricidade”, conta Eduar-do Silva, engenheiro químico-in-dustrial, aposentado da Inapa.E atrás, onde era o armazém da Confiança de Troino, há agora uma sala nova, que também pode ser visitada. Sacas, jarros para trans-porte e pesagem de mel, canastros para transporte dos avios à casa dos fregueses e piadeiras para corte dos enchidos são alguns dos apetrechos que completam o espaço.A Mercearia Confiança de Troino está agora voltada sobretudo para a divulgação e informação turística e a promoção e venda de produtos regionais, incluindo serviço de ca-fetaria.Há menus de refeição que variam entre os três e os dez euros. Tostas servidas com queijo de Azeitão ou paio, acompanhadas de azeitonas ou batatas fritas. São ainda servidos sumos naturais.Aberta de terça-feira a sábado das dez da manhã às seis e meia da tar-de, a Mercearia Confiança de Troi-no oferece um conjunto de produtos nacionais e regionais para venda, como vinhos, moscatel e doçaria.

Eduardo Silva e a Câmara Muni-cipal de Setúbal juntaram-se para recuperar a Mercearia Confiança de Troino, criada nos anos 20, e dar-lhe um novo uso.No âmbito de um protocolo de cogestão, mediante a cedência do imóvel por um período de cinco anos pelo proprietário, a Autar-quia recuperou as instalações para que passem a funcionar também como centro de divulgação e infor-mação turística e de promoção e venda de produtos regionais,

Espaço com cogestão municipalincluindo serviço de cafetaria.O espaço, cedido a título gratuito, foi beneficiado com intervenções executadas pela Autarquia, no-meadamente ao nível das pinturas, sem custos para o proprietário, que também realizou melhoramentos.A Autarquia salienta que “o comércio tradicional, como as mercearias, eram locais de convívio onde as pessoas socializavam e passavam informação entre si” e que a Confiança de Troino “é um exemplo vivo e representativo desse fenómeno do passado, que

enriquece com a sua história e com a cultura ligada às vivências sociais e aos sabores e saberes regionais”.A mercearia tem ainda uma com-ponente pedagógica, a cargo de Eduardo Silva, que serve para os mais novos terem a noção de como se vivia antigamente.As visitas, destinadas à comuni-dade escolar e ao público em geral, podem ser marcadas através dos serviços da Casa da Baía, localizada na Avenida Luísa Todi, contactável através do telefone 265 545 010.

Page 25: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

25SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

rostoRiso de ministra

inic

iati

vaquando entrou na sala de tratamento já os Remédios do Riso deliciavam pacientes e pessoal técnico. Hermínia Leal, 80 anos, passa horas a fio no Serviço de Oncolo-gia desde o ano 2000. “Custa muito, mas estes momentos ajudam bastante.”Rapidamente os Doutores Palhaços a encaminharam ao “gabinete” da nova ministra das Finanças. “Pensa que lhe vou dar algum subsídio, mas daqui não leva nada”, graceja a octogenária ao alinhar na brincadeira com Nano Sirene. “Já os conhecia. Aos de hoje ainda não, mas já vi colegas deles. São sempre muito engraçados.”Hermínia Leal é um rosto deste projeto, como podia ser o senhor Frederico ou o pequeno Afonso. Todos pacien-tes do Hospital de S. Bernardo. Como também podia ser Francisco Vaz, enfermeiro-chefe do Serviço de Pediatria, que jura que “qualquer dia ainda faz parte da equipa de palhaços”. Porque estes rostos, entre doentes e profissio-nais, ficam iguais à passagem dos Doutores Palhaços, com sorrisos rasgados de alegria.

A profilaxia do humor

Doutores “profissionais”,

não curam pernas partidas ou sequer

ministram uma vacina. O estetoscópio

não funciona e provavelmente não sabem como se faz

uma radiografia. Mas sugerem um remédio que pode ser, muitas

vezes, bastante poderoso. São

palhaços e neles nasce o melhor antibiótico

para a alma: o riso

Os narizes verdes, únicos no mundo, parecem predadores pe-los corredores do Hospital de S. Bernardo. Os doutores Nano Sirene e Avionet andam à caça. De gargalhadas.A equipa de serviço dos Remédios do Riso, por entre beiji-nhos, abraços e gracejos, tem uma vida social ativa no demo-rado percurso até ao quinto andar do hospital, na pediatria, onde se encontra o quarto que servirá de camarim.Do pessoal médico, técnicos, auxiliares e pacientes, conhe-cem a maioria das pessoas com que se cruzam. São raras as que não dispensam pelo menos uns segundos para os cum-primentar, mesmo que José Torres e Rui Ferreira ainda não tenham vestido a pele, respetivamente, do Dr. Nano Sirene e do Dr. Avionet.

José Torres e Rui Ferreira são dois dos sete palhaços profissio-nais que constituem a Associação Remédios do Riso – Douto-res Palhaços e o S. Bernardo é um dos quatro hospitais, todos no sul do País, onde desenvolvem atividade.Os restantes são a CUF Descobertas, em Lisboa e o único de gestão privada, o Espírito Santo, em Évora, e o de Faro.“Um hospital não é um lugar para rir. Mas o riso deve estar no hos-pital”, explica José Torres, espanhol natural de Cádis, há vinte anos a viver em Portugal e um dos mentores do projeto.Sem fazerem do hospital uma palhaçada, fazem, isso sim, com que profissionais e pacientes, adultos e miúdos, se abstraiam por instantes das enfermidades que os fizeram encontrar en-tre as mesmas paredes. Uns minutos bem-dispostos ajudam a aligeirar horas ou dias de adversidades.que o diga o novo governo que tomou posse na Sala de Tra-tamento de quimioterapia, no Serviço de Oncologia do S. Bernardo. Sete pacientes foram prontamente empossados na visita de Nano Sirene e Avionet como ministros e ministras das Finanças, da Agricultura e, no caso de um utente apanhado a dormitar, do Alentejo. O humor deu um golpe de estado na-quela sala onde todos aderiram à preciosa revolução.

Rir com regras

Colocado o tal nariz verde, único no mundo, são Nano Sirene e Avionet, mas quando o tiram, geralmente deslizando-o para debaixo do queixo, são José Torres e Rui Ferreira, mesmo que a maquilhagem e indumentária indique o inverso. Este pormenor faz a diferença entre o entretenimento do pa-lhaço que jura, com ar insanamente provocador, que “a dona enfermeira está cada mais sensual” e a seriedade dos profissio-nais que perguntam aos técnicos quantos doentes há naquele dia e que enfermidades têm, importante etapa a que apelidam de “Transmissão”.“Pode haver doenças facilmente transmissíveis, particularidades sociais a respeitar ou até quem simplesmente não possa rir”, ex-plica José Torres.

“O não poder fazer rir, porque, por exemplo, o paciente foi ope-rado a uma apendicite, é o mais complicado”, confessa Rui Ferreira.A dupla Nano Sirene e Avionet respeita um leque de regras se-guido escrupulosamente por todos os palhaços profissionais da associação.“Antes de se ser um Dr. Palhaço, tem-se de ser um palhaço profis-sional”, é a primeira condição a respeitar, explica José Torres.As restantes, além da referida “Transmissão”, incluem, entre outras, não brincar com os problemas de saúde e, no caso das crianças, só entrar nos quartos mediante autorização expressa dos pequenos pacientes.“Médicos e enfermeiros levam o dia a invadir-lhes a privacidade sem perguntar nada. E tem de ser assim. Nós damos a liberdade de poderem dizer ‘não”, observa José Torres.Na maioria das vezes, todavia, os narizes, os tais que são únicos no mundo, recebem sinal verde de entrada.A Sofia, 9 anos, partiu uma perna e está na companhia do pai quando lhe batem à porta.Voam lenços pelo quarto, usam-se extravagantes óculos de sol, tiram-se fotos sem rolo. Reina a galhofa.“Sabia que existiam e que era uma possibilidade”, diz José Ribei-ral sobre a eventualidade de inusitada visita.“Ajudam muito as crianças a passarem o tempo”, garante, en-quanto a filha confirma a análise com um envergonhado, mas decidido, “diverti-me”.Este trabalho de louvor tem um custo. Não para os hospitais e muitos menos para os utentes. A associação vive de apoios institucionais e debate-se com problemas financeiros. Tan-to que as duas visitas semanais ao S. Bernardo tiveram de ser reduzidas a uma.O projeto está amplamente explicado na página de internet www.remediosdosriso.pt e é possível contribuir-se para a causa através do número 760 307 777.Os 60 cêntimos da chamada ajudam o grupo e os seus narizes verdes, únicos do mundo pela cor, símbolo destes Doutores Palhaços que fazem rir e dão esperança.

Page 26: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

26SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

É um dos bairros antigos de Setúbal, que remonta à época romana, e onde terá nascido a pronúncia “charro-ca”, localizado numa das zonas mais emblemáticas da cidade, mas per-sistem dúvidas quanto à origem do seu nome. Pinho Leal no “Portugal Antigo e Moderno” advoga uma explicação relacionada com Troia. Para o in-vestigador, na outra margem do Sado, quando as areias começaram a invadir a cidade que lá existia, os habitantes ter-se-ão refugiado em sítios como Alcácer, Sesimbra e Pal-mela.No entanto, os pescadores apenas tiveram de atravessar o rio e, em frente de Troia, “fundaram, no século X, uma povoação e algumas marinhas de sal, dando a isto o nome de Troína, como quem diz Pequena Troia”, desig-nação que, com o tempo, segundo o autor, se alterou, convertendo-se em Troino.Outra explicação dá-nos Almeida Carvalho nos registos manuscritos existentes no Arquivo Distrital de Setúbal. Segundo o investigador, a designação “Troino” apareceu de-pois do reinado de D. João I, entre 1385 e 1433. “Talvez nesse lugar ou ar-rabalde da vila estive assentado algum trom, máquina bélica de arremessar pedras”, aponta, explicando que nas imediações de Setúbal havia algu-mas fortalezas e que “bem poderiam ser que em algum lugar forte do sítio, que depois se chamou arrabalde de Troino, existisse algum trom”.Outra explicação do autor está re-lacionada com a configuração geo-morfológica da zona. “Antigamente dizia-se arrabalde de Trouno, isto é, do Trono, nome derivado da serra em

Primeiro, chegaram os romanos, depois,

muito mais tarde, a gente ligada

ao mar e, atrás deles, os operários. O Troino

não escapou ao terramoto e o cheiro a peixe encheu-lhe

as ruas. O Largo da Fonte Nova, situado

no coração do bairro, é a praça central que acolhe a maioria dos

restaurantes. Nos dias de hoje, continua com forte ligação

ao mar e à pesca.

Bairro castiço de nome incertoforma de trono que fica no mesmo ar-rabalde, em forma de anfiteatro.”

O largo da fonte

Alice Brito no livro “As Mulheres da Fonte Nova” alude a outra questão associada à geometria íntima deste bairro piscatório, em concreto do Largo da Fonte Nova, “inscrita na criançada, que ao jogar às escondidas interiorizava cada canto e recanto, cada rua que lá ia ter, cada esquina, cada pedaço de chão, sendo todo aque-le território a casa lúdica da infância do Troino, na ausência de brinquedos, de saídas e de passeios”.Esta zona da cidade desenvolveu-se ao longo dos séculos XV e XVI, es-tendendo-se, junto do rio, desde o Sapal – atual Largo de Jesus – até à Fonte Nova.Com o terramoto de 1755 a Igreja Paroquial ficou destruída e, cerca de cem anos mais tarde, no sismo de 1858, esta zona da cidade também não escapou. “Nada ficou de pé. Todas as ruas que vão dar ao Largo se trans-

formaram em poucos minutos num mar de ruínas. No chão, muita parede decomposta em pedaços imprestáveis, muita telha de telhados que caíram pesados e perigosos, tábuas caruncho-sas e tábuas firmes, panelas de barro e fogareiros, meu deus, que inferno de perdição, que tristeza tão triste”, des-creve o livro de Alice Brito.O Largo da Fonte Nova, actual Praça Machado dos Santos, é considera-do um espaço determinante para o perfil urbanístico do bairro de Troi-no. “Este espaço polariza um traçado radial de vias que para ele confluem”, refere José Custódio Vieira no livro “Vilas e Cidades de Portugal”.O nome deve-se à existência de uma fonte, sempre conhecida por “nova”, apesar de não se saber a data da construção. No livro “Histórias da Região de Setúbal e da Arrábida”, João Ribeiro menciona uma crónica publicada em “Coisas de Setúbal”, na qual se explica que o nome atribuído à fonte constituía prova de “que havia uma fonte velha que estaria pouco mais ou menos perto daquele local”.

Ao longo da história do Município, várias posturas têm tido a Fonte Nova como referência. Em 1561, era determinado que ninguém entrasse “dentro da Fonte Nova a tomar água dela, nem ali lavasse as mãos ou fizes-se sujidade”.Dez anos depois, uma ordem de D. Sebastião mandou que fosse “lança-da uma finta” sobre os setubalenses, na “importância de 300 mil réis, para se cobrar em dois anos e ser aplicada à mudança e conserto da Fonte Nova”. Ao escrever sobre a Fonte Nova, João Ribeiro evoca “os embarcadiços e mareantes que levavam para o mar o barrilinho de água da Fonte Nova”, porque a sua “cantante e fresca água tinha fama e viveu no folclore e na tra-dição popular”, de tal forma que, “en-tre os velhos setubalenses, era costume dizer-se de quem bebia água da Fonte Nova não saía de Setúbal”.

As gentes do Troino

A indústria conserveira trouxe, en-tre meados do século XIX e início do século XX, grande empregabilidade aos habitantes do Troino, prove-nientes, principalmente, de Olhão e Tavira.Com a cidade a crescer, a Câmara Municipal aprovou, em 1886, um projeto de construção de um novo bairro social, na praia do Penedo, para albergar os pescadores e os in-dustriais.“Porte altivo, desdenhos e um pouco desordeiros”, os pescadores do Troi-no “vestiam camisolas fortes, barretes grossos, calças de serrabeco, cinta pre-ta, grandes botas altas de cabedal até acima dos joelhos e cujas solas são de madeira, grandes meias de lã dentro

mem

óri

aHistória

delas”, caracteriza Augusto Martins, no livro “Breve História do Bairro de Troino e Zona Envolvente”. Já as mulheres “trajavam saias com-pridas e rodadas, blusas iguais ou cor diferente, um avental que acompa-nhava o comprimento da saia, lenço na cabeça e muitas ainda punham o lenço de cambraia e o capote”.Atualmente, o Troino usufrui de es-planadas, cobertas pela sombra das árvores, em que restaurantes têm vários menus de pratos de peixe.Próximo, na Praça Marquês de Pombal, está o pelourinho da cida-de, erguido na segunda metade do século XVIII. Nas faces do pedestal, quatro legendas historiam a trans-ferência do pelourinho para este local sendo, a par com o Pelourinho de Azeitão, um dos poucos que se conhecem.Alguns metros adiante, na Praça Teófilo Braga, encontra-se a Fon-te do Sapal, em estilo barroco. Um pouco por todo o lado, com predo-minância nesta praça, encontram--se algumas das fachadas de prédios mais características de Setúbal, re-vestidas a azulejo e com varandas em ferro forjado em estilo arte nova.

Fontes“As Mulheres da Fonte Nova”, Alice Brito, Editorial Planeta, 2012.“Breve História do Bairro do Troino e Zona Envolvente”, Augusto Martins, Se-túbal, 2012.“Histórias da Região de Setúbal e Arrábi-da”, João Ribeiro, Setúbal, 2003.“Setúbal”, in Portugal Antigo e Moderno, vol. IX, Pinho Leal, Lisboa, Livraria Edi-tora Matos Moreira & Cª.“Setúbal”, col. “Vilas e Cidades de Portu-gal”, José Custódio Vieira da Silva, Lisboa, Editorial Presença, 1990.

FASCÍNIO. Miúdos na Rua António Maria Eusébio a espreitar o cinema Casino Setubalense, nos anos 30 ou 40. Imagem do Arquivo Fotográfico Américo Ribeiro

CENTRAL. Largo da Fonte Nova, a 20 de março de 1946.Imagem do Arquivo Fotográfico Américo Ribeiro

Page 27: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

27SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

hojeontem O velhinho Campo dos Arcos, utilizado pelo Vitória Futebol Clube ao longo de quase meio

século, até 1962, serviu de recinto desportivo de muitas gerações de jogadores, antes da constru-ção do Estádio do Bonfim. É o caso desta equipa de juniores, captada pela objetiva do fotógrafo

Américo Ribeiro em 1951, já lá vão quase 65 anos. O troço do Aqueduto dos Arcos, obra cons-

truída no reinado de D. João II, em 1487, com o objetivo de dotar Setúbal com um sistema eficaz de abastecimento de água potável, é testemunha nas duas fotos, a mais recente de Mário Peneque, referente a um tempo em que o campo deu lugar a uma zona verde de lazer, o Jardim da Algodeia.

Pessoa

Edifício

O pintor da cidade

Convento com diferentes funçõesO edifício que alberga a Polícia Ju-diciária de Setúbal, na Praça Ge-neral Luís Domingues, na zona de Palhais, é indissociável da história da cidade, graças às várias funções que já desempenhou. O Convento da Boa-Hora terá sido fundado no século de XVI, com al-guns registos a apontarem como data o ano de 1566, passando, mais de um século depois, para a tutela da Ordem dos Agostinhos Descal-ços, um ramo da Ordem de Santo Agostinho surgido de um anseio de renovação espiritual, cujos frades adotaram o uso de sandálias como sinal externo de desprendimento.Este facto justifica que Convento dos Grilos seja outro nome por que aquele edifício também é conheci-do, nomeadamente pela população de Setúbal, uma vez que a Ordem dos Agostinhos Descalços ficou conhecida por “Grilos”, por rela-ção com o nome do local de Lisboa onde se instalou inicialmente em Portugal.

toridades, ordens religiosas, clerezia, várias corporações e grande concurso de povo”, e “houve parada militar com descargas dadas pela tropa da guar-nição; as fortalezas salvaram e à noite houve uma bonita iluminação”.Mais tarde, em 1858, parte do edi-fício foi concedido ao Município, que ali estabeleceu aulas do Liceu Municipal de Setúbal, o primeiro

existente em Portugal, e as oficinas da abegoaria de limpeza da cidade. Foi ainda ocupado pelo Registo Ci-vil e pelo Tribunal e, no rés do chão, teve também uma prisão. O imóvel, atualmente pertencente à Diocese de Setúbal, mantém o tem-plo, no centro, denominado Igreja de Nossa Senhora da Boa-Hora, que celebra missas todos os dias, en-

quanto um dos espaços laterais, in-dependente, é ocupado pela Polícia Judiciária e o outro, com ligação in-terna ao local de culto, é a casa local da Congregação dos Missionários Claretianos.O edifício sofreu diversas altera-ções, em particular motivadas pelo terramoto de 1755, sismo que qua-se o destruiu. Praticamente o que existe atualmente é posterior a essa data e, por isso, o convento é de es-tilo neoclássico, com linhas mais direitas e com menos ostentação do que o original, barroco.De planta retangular, apresenta nave única para a qual abrem cape-las laterais e a capela-mor.Na fachada neoclássica, o tímpano exibe as armas da Ordem de Santo Agostinho, partidas com as de Por-tugal e a águia de Hipona, alegoria a Santo Agostinho e emblema dos Eremitas Agostinhos. No interior, as paredes são revestidas por azule-jos neoclássicos com cenas da vida de Santo Agostinho.

cia de obras de melhoramento em 1884, e para a pintura que se en-contra a enquadrar uma imagem de Nossa Senhora do Rosário, no topo norte do transepto – galeria trans-versal que numa igreja forma a cruz com a nave central – da Igreja de São Sebastião. A obra do artista plástico também pode ser encontrada nou-tras localidades do sul do País.Além de interiores de igrejas, foi muito solicitado para a decoração de casas particulares. Um desses trabalhos está numa sala situada no primeiro andar de um edifício loca-lizado na Praça de Bocage.Nas obras que pintou estão incluí-dos quadros representando aves, peixes, frutos e flores, assim como espaços de Setúbal e arredores, como romarias, pastagens, lezírias e ranchos, e figuras típicas da ci-dade, incluindo Bocage e Manuel Maria Portela.“Alma simples de artista, com uma vigorosa técnica na execução dos tra-balhos, consciência nos desenhos e no

Maria quintas e José Rebelo, no li-vro “Conheça um pouco mais sobre Setúbal”, dão conta de que, a 26 de janeiro de 1822, se realizou na igre-ja do Convento da Boa-Hora “uma grande pompa religiosa, uma festi-vidade para comemorar o primeiro aniversário das cortes gerais, extraor-dinárias e constituintes”, na qual marcaram presença “todas as au-

conjunto, decorações típicas, pinturas de traços delicados, ia espalhando bocadinhos de oiro pelas suas telas”, escreveu o jornal “A Mocidade”, num artigo publicado em 1915 pelo jornalista setubalense João Cardeal Rocha.

Ligações ao teatro

Francisco Augusto Flamengo teve como mestres José Maria Pereira Júnior e João Elói do Amaral, que o encontrou pelas ruas de Setúbal, de pé descalço, a desenhar com pedaços de carvão nas paredes dos prédios.Mas não foi só na arte da pintura que o artista se destacou. Teve um importante papel como cenógra-fo, tornando-se um importante impulsionador da energia criativa do meio teatral e associativo local. Entre 1908 e 1912, tomou parte em revistas locais, em especial as de Manuel Envia, contando-se “Cenas e quadras”, “Pião de Dois Bicos”, “No Reino do Pagode” e “Por Becos e Travessas”.Em “Setubalenses de Mérito”, João Francisco Envia alude à consciência que Francisco Flamengo tinha em

relação ao valor dos trabalhos que pintava. “O grande mestre Columba-no Bordalo Pinheiro pintou um quadro representando uma couve, que foi ad-quirido pelo então Presidente da Repú-blica, Dr. Manuel Arriaga, pela impor-tância de mil escudos, que, segundo a crítica, era um prodígio. Flamengo deslocou-se à capital para ver o célebre quadro, que se encontrava em exposi-ção. No regresso a Setúbal, alguém lhe perguntou se se julgava com condições para levar a efeito uma obra igual. Por resposta disse-lhe: ‘Quantos quadros quer pintados a dez escudos?’.”No ano em que se cumpre o cente-nário da morte do artista, a Câma-ra Municipal organizou a mostra intitulada “Francisco Augusto Fla-mengo [1852/1915] – Um Pintor de Setúbal”, patente na Galeria Muni-cipal do Banco de Portugal até 31 de janeiro, como forma de assinalar a influência e o contributo que teve na dinâmica artística local da época.Na exposição encontram-se qua-tro painéis com imagens de obras e informação biográfica, além de re-cortes de jornais contemporâneos do pintor e outros documentos, e vários quadros do autor, na maio-ria, retrato.

Artista sem escola, numa arte es-pontânea, individual, com uma modéstia muito sua, e sem o alarde de ostentação da obra que realizou, Francisco Augusto Flamengo, nas-cido a 27 de fevereiro de 1852 na freguesia de Santa Maria da Graça,

desenvolveu o seu trabalho na de-coração de igrejas e capelas, e no retrato a óleo.Entre os vários trabalhos, destaque, em Setúbal, para a pintura decora-tiva do palco, sala e pano de boca do antigo Teatro Bocage, na sequên-

Page 28: Jornal Municipal - out | nov | dez'15

28SETÚBALoutubro|novembro|dezembro15

“Dizem que é Américo – Um fotógrafo | Ou-tras Imagens | Novos olhares” é o título de uma exposição na Casa da Cultura por ocasião da comemoração do 110.º aniversário do setuba-lense, nascido a 1 de janeiro de 1906.Proximidades, enquadramentos pouco ha-bituais e preocupações estéticas podem ser apreciados na mostra, patente entre 9 de ja-neiro e 5 de fevereiro na Galeria de Exposições da Casa da Cultura, que apresenta um conjun-to de imagens inéditas.A iniciativa, organizada pela Câmara Muni-

O Luísa Todi – Jovens Clássicos, evento na-cional de promoção de carreiras do canto lí-rico, promove a segunda edição nos dias 28, 29 e 30 de dezembro, no Fórum Municipal Luísa Todi.A iniciativa, organizada pela Câmara Muni-cipal, para jovens cantores líricos em início de carreira com sólida formação vocal, volta a impulsionar promessas do canto, depois de uma primeira edição realizada em 2013.O evento, com audições públicas de entrada gratuita, é dirigido a cantores nascidos entre 1 de dezembro de 1980 e 1 de dezembro de 1997.A segunda edição do Luísa Todi – Jovens Clássicos inclui audições nos dias 28 e 29, às 15h00, e uma gala final, a 30, às 21h30, com os mais promissores talentos do canto lírico. O evento funciona em parceria com o Prémio Jovens Músicos da RTP, o que permite formar elencos para apresentação pública remune-rada dos artistas em espetáculos a apresentar no Fórum Luísa Todi e noutros locais do País.

Canto líricocom eventoem Setúbal

A lente de Américo Ribeiro

Ano Novo recebido junto do rioPelo quinto ano consecutivo, Setúbal e Troia aproximam as margens do Sado para uma grande festa de passagem de ano, com fogo de artifício sobre o rio. Do lado de cá, a Doca dos Pescadores e a Praia da Saúde oferecem música. Os bares asseguram animação até de madrugada

Setúbal recebe 2016 em festa de fim de ano que une as duas margens do Sado, numa noite de animação com música na frente ri-beirinha e um espetáculo de fogo de artifício sobre o rio.A Câmara Municipal de Setúbal e o troiare-sort organizam pelo quinto ano consecutivo o programa de réveillon “Venha Passar um Fim de Ano Azul Numa das Mais Belas Baías do Mundo”, com atividades centradas na noi-te de dia 31.

cipal e o atelier DDLX, de contributo para um entendimento do vasto trabalho realizado pelo fotógrafo, inclui o lançamento de uma coleção de postais com base nas imagens da mostra, com inauguração a 9 de janeiro, às 16h00.Este é apenas um dos vários eventos a promo-ver em 2016 de comemoração dos 110 anos de Américo Ribeiro, que perseguiu com a objeti-va as ruas e os rostos de Setúbal, somando um espólio indispensável à compreensão de uma cidade que se transformou ao longo dos anos, reunido num arquivo municipal.

A frente ribeirinha de Setúbal volta a ser o lo-cal de excelência para receber o novo ano, com o programa “Azul”, dinamizado na Doca dos Pescadores e na Praia da Saúde, a proporcio-nar animações de participação gratuita.Numa tenda instalada na Doca dos Pescado-res, a partir das 23h00, há um concerto com a banda Os Meus Meninos. Depois do fogo de artifício sobre o plano de água do rio Sado, à meia-noite, as primeiras horas da noite são animadas pelo DJ Tó Patronilho, num set mu-

O Luísa Todi – Jovens Clássicos goza ainda das vantagens de um protocolo que a Autarquia tem com a AMEC/Orquestra Metropolitana de Lisboa, abrindo portas à participação em espetáculos da instituição, especialmente no seu atelier de ópera.A iniciativa visa criar condições para artistas líricos abraçarem uma profissão de elevado nível de exigência e afirmar Setúbal como polo central da cultura musical erudita por inspiração da maior intérprete lírica portu-guesa de sempre, Luísa Todi.

plan

o

segu

inte

sical a dinamizar entre as 00h30 e as 02h00.Nesta edição do programa “Venha Passar um Fim de Ano Azul Numa das Mais Belas Baías do Mundo”, a festa vai ainda até à renovada Praia da Saúde, local no qual a animação musical da noite de réveillon é assegurada por Jorge Nice, que atua entre as 23h00 e a 01h00.A festa da noite mais longa do ano também é feita nos bares e estabelecimentos de diver-são noturna da frente ribeirinha e da Avenida Luísa Todi, que dinamizam, entre as 02h00 e

06h00, programas de animação para aqueles que escolhem Setúbal para a última noite de 2015.O programa “Azul”, organizado em parceria com a Águas do Sado, Administração dos Por-tos de Setúbal e Sesimbra, Turismo do Alente-jo, Atlantic Ferries e Casino de Troia, também se faz na outra margem do rio, na Marina de Troia, com o espetáculo pirotécnico sobre o rio Sado a centrar atenções da festa a partir da meia-noite.