Estudo Hermético do Tarô
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8/3/2019 Estudo Hermtico do Tar
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Um estudo hermenutico do Tar
Marcelo Bolshaw Gomes
Ciberfil Literatura Digital
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Table of Contents
s Trs Erros de Lenidas
Tar, um mapa de desenvolvimento cognitivo I
Tar, um mapa de desenvolvimento cognitivo II
Tar, um mapa de desenvolvimento cognitivo III
s Quatro Nveis da Linguagem
otas
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egundo a tradio, quando os sacerdotes egpcios, herdeiros da sabedoria Atlante, eram aindauardies dos Mistrios Sagrados, o Grande Hierofante, prevendo uma poca de decaimento espirituumanidade e a perseguio ao ensinamento sagrado, convocou ao templo todos os sbios sacerdotesgito para que, juntos, pudessem achar um meio de preservar da destruio os ensinamentos iniciticrmitindo, assim, seu uso s geraes de um futuro distante. Muitas sugestes foram apresentadas, mmais sbio entre os presentes disse que, devido ao declnio moral da humanidade, o vcio iriaevalecer por toda parte e sugeriu ento que as Verdades Eternas fossem perpetuadas atravs do vci a poca em que novamente poderiam ser ensinadas. Assim foi feito e o grandioso sistema simbli
Sabedoria Esotrica - o Tar - foi dado humanidade sob a forma de um baralho de 78 cartas, quesde milhares de anos, servem para satisfazer a curiosidade humana a respeito do seu futuro ou parastrair-se e matar o tempo, jogando.
MEBES, G. ARCANOS MENORES DO TA
Os Trs Erros de Lenidas
quvocos de Interpretao Dialgica
Por ocasio da segunda invaso dos persas Grcia, o general Lenidas, rei de Esparta, foi
Orculo de Delfos perguntar sobre a possibilidade do exrcito espartano, de apenas 300 homenfrentar sozinho cinco mil persas no desfiladeiro das Termp
A pitonisa psicografou o seguinte: Vais. Vencers. No morrers l. E o general Lenidas, ent
para a guerra e morreu junto com seus 300 esparta
eu filho, que tambm se chamava Lenidas, foi a Delfos cobrar a sentena do orculo. Quando mo
o papel psicografado, a pitonisa do templo leu: Vais. Vencers? No. Morrers
s Linguagens Simblicas
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a estria do general Lenidas (originalmente contada por Herodoto, adaptamos a estria a partir de rso recriada por Monteiro Lobato, na Gramtica da Emlia), considerada por muitos como umsrespeito ao orculo de Apolo, encontram-se muitos elementos valiosos para esclarecer algunsuvocos paradigmticos muito freqentes no apenas na arte divinatria mas tambm em outras forinvestigao que a sucederam na inteno de desvendar o futuro e evitar a adversidade. Os mesmouvocos epistemolgicos cometidos na interpretao do orculo pelo general espartano podem sercontrados em discursos religiosos, filosficos e at cientficos.
principal erro de Lenidas foi transferir a responsabilidade de seu destino para o orculo, contrariasim, a clebre frase de Delfos: Conhece-te a ti mesmo. Infelizmente, a maioria das pessoas queeqentam mdiuns e cartomantes tm a mesma atitude do general espartano, pois, ao invs de umforo sincero para se conhecerem melhor e tomarem suas decises, elas querem saber de antemo o
ue vai acontecer.
verdade, entretanto, que no existem destinos fatais ou caractersticas pr-determinadas. Tanto natiga arte divinatria como nas atuais cincias sociais, no so nem o Destino nem o contexto soci
ue determinam a conscincia, mas o desenvolvimento moral e psicolgico da conscincia que libertomens de seu destino provvel resultante do condicionamento social. E, quanto mais o ser humanotiver consciente de si, a menos influncias involuntrias estar submetido. Este era a inteno origiadivinhao: que os indivduos percebessem a ao destas influncias do inconsciente sobre si e
terassem o rumo de suas vidas atravs de sua liberdade.
ara tomar suas decises mais importantes, os antigos chineses consultavam as rachaduras de um castartaruga, exposto ritualmente a um ferro em brasa; os etruscos obedeciam aos deuses atravs do
tudo dos relmpagos; os caldeus reconheciam o universo nas vsceras de animais mortos. As tcnic
todos primitivos de leitura do inconsciente esto sempre ligados a duas idias fundamentais: a idrrespondncia universal, segundo a qual pode-se conhecer o todo atravs de sua imagem em um
agmento; e a idia de quebra da linearidade do tempo, da transcendncia da durao contnua entressado, presente e futuro - geralmente provocada pelo transe ou pela mudana do estado de conscin
o adivinho. Os jogos de adivinhao so as associaes e correspondncias a que o homem chegouravs da experincia da sincronicidade - a percepo da simultaneidade absoluta de todos os eventoom o tempo, a codificao dos sinais decifrados em transe estruturou o que chamamos de Linguagemblicas do Inconsciente. Essas linguagens seriam formadas pela imagem arquetpica dos aspectostureza e ainda hoje estariam em permanente desenvolvimento.
orm, com a progressiva dessacralizao das culturas ancestrais - iniciada por volta de 1.500 a.C., caparecimento da vida sedentrias das primeiras cidades e da Escrita de codificao grfico-fonticadimentada pelo pensamento filosfico desencadeado por Scrates e Plato; e, concluda peladustrializao generalizada de todos os objetos e pelo desenvolvimento do pensamento cientfico - tiga arte divinatria e suas linguagens simblicas foram destronadas pela filosofia da objetividade legadas condio de superstio e de crendice. Nas sociedades tradicionais, sem subjetividadedividual nem objetividade uniforme, as artes divinatrias representavam a sntese hermenutica donhecimento humano; na modernidade, elas foram rebaixadas pelo pensamento cientfico a uma mi
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ulgar de sugesto hipntica com sub-psicanlise, as diversas mancias: a cartomancia, a geomancuiromancia.
abe-se que, nos primrdios da Histria, o nmade paleoltico caava durante a lua cheia e, em suaverna na lua nova, dedicava parte da caa ao senhor das feras, como forma de agradecimento edido de sucesso em novas empreitadas. Segundo Mircea Eliade (1) , as imagens desenhadas nasvernas tinham um carter mnemnico, ou seja, eram objeto de culto e invocaes durante os rituais
ngrentos da lua nova. Elas eram um meio mgico pelo qual o homem arcaico simbolizava seus des
erto dia, no entanto, o caador nmade desejou caar uma mulher ou derrotar um inimigo e acabosenvolvendo um panteo para manipular as foras de seu universo cosmolgico. Assim, paranquistar uma fmea, ele deveria sacrificar determinados animais, vegetais e objetos com caractersmuns, a uma deusa aqutica, como a deusa grega Afrodite, a Vens latina ou a deusa nag Oxum dro-americanos. J se o desejo era o de derrotar seus inimigos, ele invoca um deus guerreiro do fogomo Ares, Marte ou Ogum, ou mesmo um demnio protetor do seu cl. Este panteo primitivo, quecarnava diferentes aspectos da natureza mesclados com o culto aos antepassados, foi, no apenas a
imeira manifestao religiosa de que se tem notcia, mas tambm, o mais antigos registro da culturumana.
prpria palavra adivinhar significa literalmente falar com os deuses e por isto a atividade passor exercida exclusivamente por membros da classe sacerdotal ou por suas diferentes variaesmnicas e msticas. Porm, com o aparecimento das primeiras cidades e da vida sedentria, o homeoluiu do estgio lunar-maternal para uma nova estrutura social e para um novo paradigma depresentao. Enquanto o aparecimento da escrita fundou um novo tipo de cultura, o advento daricultura imps deuses e calendrios solares e o poder poltico se masculinizou em torno da imag
reis freqentemente considerados filhos ou descendentes das divindades solares.
este novo contexto, as linguagens simblicas se tornaram mais probabilsticas e menos mgicas.atava-se ento de prever os acontecimentos e no de control-los; de conhecer antecipadamente ostino a longo prazo e no de satisfazer s necessidades imediatas. Neste sentido, a arte divinatriaclua conhecimentos de medicina, meteorologia, administrao pblica e estratgia militar - alm dcessrio conhecimento psicolgico do transe e dos elementos cognitivos que estruturavam a lingua
os dogmas religiosos.
s deuses no eram mais simples personificaes de foras naturais, mas tambm representavammultaneamente lugares, vocaes, dramas arquetpicos que fundavam costumes e tradies - estavaortanto, muito longe da representao dos tipos psicolgicos modernos, como os atuais signostrolgicos e os orixs. Na antigidade no havia o que chamamos de adivinhao individual. Atesmo os orculos dos reis no se referiam a eles como pessoas mas como instituies. Nas artesvinatrias primitivas o que importava era a interpretao e a manipulao das foras naturais e no stino individual dos consulentes. Ao contrrio: a idia de destino individual era constantementeacrificada em nome da harmonia csmica. Muitos autores associam o aparecimento dos primeiros
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fabetos a esta racionalizao solar dos smbolos arcaicos da adivinhao primitiva, ou pelo menosue vrias escritas ideogrficas anteriores ao predomnio dos idiomas Indo-europeus (de codificaofico-fontica) foram marcadamente influenciados por tcnicas divinatrias, tais como o chins, onscrito, o hebraico antigo, os alfabetos rnicos e os hierglifos egpcios.
an Nougayrol (2), por exemplo, estudou a evoluo dos sinais da auruspicia mesopotmica nas cultsrica e babilnica. O vocabulrio tcnico desta modalidade de adivinhao, em um primeiro perod
ntava com cerca de seis mil sinais de tipo funcional, sendo comparvel nossa toponmia cerebralavia uma relao direta entre cada smbolo e o objeto ou ao concreta representada. Com o passar mpo, segundo Nougayrol, os sinais - que representavam diretamente as idias mnemnicas do univimitivo - foram sendo gradativamente agrupados e reduzidos, no sentido de representarem o pantetrolgico, passando a associar sons, fonemas a elementos da mitologia. Assim, os sinais da escritaniforme so o resultado de um longo processo histrico de simplificao dos smbolos arcaicos daruspicia e de sua utilizao de seus orculos nas genealogias reais e nos calendrios. importantessaltar que esta racionalizao dos sinais mnemnicos seguiu a evoluo dos dogmas religiosos dldeus, os primeiros a apresentarem um panteo astrolgico-solar completo, formado por uma trinda
smica, sete divindades planetrias e doze entidades zodiacais. O fato de alguns alfabetos, como obreu, possurem 22 letras (3+7+12) levou a maioria dos ocultistas modernos a sustentarem que as
magens das cartas de Tar derivariam de uma linguagem universal, ou dos sinais das escritaseogrficas.
oje este modelo astrolgico no nos serve mais de paradigma de observao cientfica dos cus mantinua vlido como Themata ou paradigma simblico . Assim, no paradigma objetivo da astronombemos que a Terra gira em torno do Sol; no entanto, continuamos dependendo simbolicamente doradigma subjetivo da astrologia, que como uma linguagem do inconsciente, condiciona atitudes e
mportamentos, atravs da associao de determinadas caractersticas psicolgicas aos meses do anor exemplo. A cincia e o pensamento objetivo superaram apenas parcialmente o antigo paradigma presentao e esta superao uma questo muito relativa: ao contrrio do que pensam osstoriadores da cincia, a idia de um sistema geocntrico no significa que Ptolomeu acreditasse quol girasse em torno da Terra, mas sim que ele colocava a questo da representao objetiva do univm um segundo plano diante da idia de decifrao do destino atravs da observao especular dastrelas. Devido ao movimento de precesso do eixo da terra, os cus astrolgico e astronmico noincidem mais. Tal fato, paradigmtico da relao geral entre cosmologia cientfica e cosmogonia
mblica, divide atualmente os astrlogos em dois grandes grupos: os defensores de uma atualizao
mbolismo ao cu real e os que dissociam completamente a linguagem astrolgica da realidadetronmica.
oje, quando vemos no cinema as imagens de heris como o agente 007 ou de estrelas Elizabeth Tayo estamos distantes dos arqutipos marcianos e venusianos adorados nas cavernas. As linguagens
mblicas do inconsciente continuam na base do processo cognitivo, formando um importantetrimnio cultural coletivo com o qual no cessamos de interagir.
mais: apesar das inmeras diferenas epistemolgicas dos modus operandi entre o conhecimento
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entfico e o saber tradicional, ambos tm um nico objetivo: evitar o infortnio e a adversidade,ocurando antecipar os acontecimentos para control-los. Infelizmente, as tentativas de fazer umaroximao entre os dois saberes foram, at o momento, muito modestas. claro que muitos trabalhenfatizaram a importncia da imagem e do arqutipo em diferentes domnios epistemolgicosublicidade, psicologia, educao). Entretanto, ainda so escassas as iniciativas que pesquisam os efos limites do papel que os arqutipos desempenham na prpria interpretao. Em seu prefcio aaduo alem do Livro das Mutaes (3), Jung esboua pela primeira vez uma explicao cientfica
bre o fenmeno da adivinhao a partir de suas teorias da sincronicidade e do inconsciente coletivoste trabalho retomado e desenvolvido por Marie-Louise Von Franz (4), que estuda diferentes gne
adivinhao luz das categorias junguianas. Tornou-se lugar comum dizer atualmente que o tempuarta dimenso do espao fsico e que o passado e o futuro s existem no presente. Os jogos deivinhao procuram saber como as causas passadas e as possibilidades futuras condicionam o presmo estes dados esto estruturados no inconsciente. Quando jogamos as cartas do Tar, por exemplda combinao particular espelha a situao alma do consulente, sua vida interior, para que ele tomnscincia de como seu passado e seu futuro esto organizados dentro de si.
o entanto, a verdade que levamos algum tempo para compreender a real natureza do tempo e osmites epistemolgicos da previsibilidade. Recentemente, sob o nome de experincia prcognitiva,anah Zohar (5) atualizou e ampliou a discusso iniciada por Jung sobre adivinhao e sua relao csica contempornea. que, para escapar a concepo newtoniana de tempo linear e contnuo vlidora todos os elementos de uma determinada totalidade, concepo universal e historicista (que no
mbito das cincias humanas poderiam ser representados por Marx e Max Weber); Jung e Von Franzcorreram em uma concepo einstiniana de um tempo relativista e sincrnico: a durao intrnseca pao fsico.
tualmente, graas aos tericos da complexidade (Prigogine, Atlan, Morin), a descontinuidade e ancronicidade de nossas memrias no so mais avessas histria e a irreversibilidade da vida. Aontrrio: agora elas se completam em uma viso que quer religar o universal ao particular, o global pecfico, o passado ao futuro. Trata-se agora de encontrar um equilbrio entre um querer involuntrmado pelo conjunto de fatores histricos determinantes e uma conscincia cognitiva forjada naleo sincrnica das possibilidades. Esta nova concepo corresponde a noo de mltiplos tempomultneos compreendidos dentro de um nico tempo irreversvel proveniente da mecnica qunticerece um novo paradigma de representao onde a previsibilidade de um evento depender, ao mesmpo, do simblico e do cientfico, de uma leitura simblica do inconsciente e do rigor crtico da suterpretao (6).
Vencer e voltar vivo era o desejo oculto no inconsciente do general espartano. Derrotar o exrcitorsa com apenas 300 homens faria de Lenidas um heri nacional e daria a Esparta a hegemonia sobda Grcia. E este foi o segundo erro do rei espartano: movido pela vaidade e pela ambio poltica,enidas acreditou que seu desejo refletido pelo orculo era a verdade.
travs de alguns simples procedimentos de sugesto hipntica, qualquer cartomante pode induzir o
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nsulente a escolher alguns desdobramentos do seu presente mediato, trabalhando suas perspectivasciais e suas expectativas de desenvolvimento. Pelo reforo hipntico dos desejos e projees donsulente, o cartomante poder at dizer fatos que realmente acontecero. Mas isto no ser umaeviso e sim uma manipulao psquica, em que so reforadas algumas possibilidades desenvolvimento existencial em detrimento de outras. A grande maioria das pessoas procura naivinhao apenas um reforo para seus desejos de ascenso social e/ou realizao afetiva: uns desenheiro, fama; outros querem viajar ou simplesmente casar e ter filhos.
Qual o perfil de sua felicidade?- a pergunta que o orculo silenciosamente formula a cadaconsciente. Um adivinho experiente no refora nem frustra os desejos das pessoas que procuram oculo, ele apenas faz com estas pessoas tomem conscincia de como seus desejos esto estruturadoesente. Durante o processo de adivinhao, o consulente projeta seus contedos psquicos dentro d
ma determinada configurao, que representa sua situao existencial. O futuro uma dasossibilidades de desenvolvimento do presente. E a opo consciente por uma possibilidade determinsignifica uma transformao das condies do destino, porque altera substancialmente a situao
mediata.
or isso, a leitura do inconsciente no deve nunca se limitar simples constatao da situao existeno consulente, mas sim permitir uma reorganizao psicolgica de todos os elementos discursivosresentados, deve promover uma transformao na situao enfocada. E para garantir essa intenove-se sempre dividir o processo divinatrio em duas etapas distintas, permitindo assim umtoconhecimento dinmico, uma reflexo simblica sobre a vida.
Quais os elementos recorrentes e as tendncias que condicionam sua presente situao existencial?r sempre a pergunta obrigatria da primeira metade de uma leitura do inconsciente, enquanto a
gunda parte do processo dever sempre romper com os fatores determinantes que se manifestaram,m a quebra do ciclo de repetio dos condicionamentos, representando uma escolha de uma dasternativas de desenvolvimento apresentados. Dessa forma, a segunda parte do processo significar,to, a construo do seu prprio destino, transformando a ordem e o sentido dos arqutipos que antndicionavam a situao.
rimeira parte: A SITUAO-PROBLEMA
A) Passado - principais recorrncias biogrficas e seus ciclose repetio;
) Futuro - principais tendncias involuntrias e seus possveisesultados;
) Presente - situao existencial, contradio atual que impededesenvolvimento e a auto-organizao da pessoa.
Segunda parte: A ATITUDE-SOLUCO
A) Reorganizao dos fatores condicionantes que
formavam a situao anterior em um novo presenteadicionam ou retirando uma varivel.
B) Escolha crtica de uma das alternativas possveisDestino.
C) Restruturao dos objetivos prioritrios e daestratgia para realiz-los.
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ssim, na primeira parte, o hermeneuta deve se prender causalidade e buscar o mesmo rigor lgicobjetivo que um cientista na verificao de uma hiptese, observando a interrelao da multiplicidas condies e dos fatores determinantes de uma situao existencial. J em um segundo momento, procurar se ater s possibilidades, s alternativas, s hipteses paralelas, procurando se colocar d
onto de vista da sincronicidade, onde a coincidncia dos fatores aponta sempre para uma transforma
essa forma, os jogos de adivinhao, alm de propiciarem um diagnstico, tambm reprogramamconsciente, ajudando o consulente a modificar a situao em que se encontra. A adivinhao no enas a arte de decifrar problemas, mas tambm, sobretudo, a arte de descobrir alternativas: ajudar acolher um futuro melhor dentre os diversos possveis - eis o que deveria ser o papel legtimo dosculos!
este foi o terceiro erro do general espartano: aps delegar a responsabilidade de suas decises aoculo e de se identificar acriticamente com seus desejos mais secretos, Lenidas no se preocupou scutir alternativas. Entregou-se inconscientemente ao seu destino fatalmente determinado por si
esmo.
ara no repetir os mesmos erros do general espartano, portanto, deve-se tomar algumas precaues ocessos de leitura do inconsciente:
) Ao contrrio da cartomancia, onde o consulente pergunta e o orculo responde, o decifrado deve colaborar com oecifrador, expondo de antemo o motivo da leitura e todos os problemas da situao a ser estudada. Deve ficar bemlaro para ambos que a leitura do inconsciente uma responsabilidade de ambos.
) No se deixar enganar pelas prprias iluses. O desejo de casar com uma linda mulher diferente do destino de ca
om uma linda mulher, e se os leitores no estiverem preparados para distinguir esta sutil diferena, sero presas darpria iluso.
) Deve-se sempre estar aberto para novas alternativas. Na verdade, o objetivo da leitura deve ser a busca de alternato destino. Quem no quer mudanas pessoais no deve procurar processos oraculares, pois, de sada, j se entrega ctima das foras do inconsciente. Da a necessidade de uma anlise comprensiva das possibilidades de mudana.
O Tar, um mapa de desenvolvimento cognitivo I
s Cartas e suas Origens
baralho de 78 cartas denominado genericamente de Tar um mtodo de autoconhecimento, qu
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rmite descobrir e localizar atitudes e posturas que condicionam nosso comportamento, identificandm suas combinaes, as situaes existenciais recorrentes que entravam nosso desenvolvimento. Asmagens-conceitos funcionam como eus ou identidades, que se organizam em determinados padremblicos correspondentes s situaes que vivemos. O Tar um espelho da alma, suas cartas soflexos da vida interior que tomam forma e nos apresentam como os nossos vrios eus estotruturados no inconsciente.
ostuma-se subdividir as 78 cartas do Tar em dois grandes grupos distintos: os Arcanos Maiores (2rtas alegricas) e os Arcanos Menores (56 cartas de naipe). Nos manuais de cartomancia, afirma-sempre que os Arcanos Menores enfocam a vida objetiva, feita de acontecimentos - tais como: viag
oenas, filhos, dinheiro - enquanto os Arcanos Maiores seriam mais psicolgicos ou subjetivos,presentando em suas alegorias, estados de nossa vida interior. Autores esotricos, com preocupaeais iniciticas que divinatrias, como G. O. Mebes (7), ressaltam que somente aps estudar empreender os vinte e dois Arcanos Maiores, pode o discpulo passar ao estudo dos Arcanos Menor
or serem mais profundos e abstratos . De uma forma geral, podemos dizer que os dois grupos em qar se subdivide enfocam diferentes nveis do Inconsciente, os Maiores, abordando a biografia psq
os Menores especificando os detalhes e as relaes mais profundas, precisando a configurao gerastino em questo.
OS 22 ARCANOS MAIORES:O Mago, A Papisa, A Imperatriz, O Imperador,O Papa, O Enamorado, O Carro, A Justia, O Eremita, A Roda da Fortuna, AFora, O Enforcado, A Morte, A Temperana, O Diabo, A Torre, A Estrela, ALua, O Sol, O Julgamento, O Louco e O Mundo.
OS 56 ARCANOS MENORES:l4 cartas de Paus representando a atividadeespiritual l4 cartas de Copas simbolizando a atividade afetiva l4 cartas de
Espadas expressando a atividade mental l4 cartas de Ouros correspondendo atividade material
maioria dos especialistas (8), sejam autores esotricos ou historiadores e colecionadores cpticos, nnime em afirmar que as cartas do baralho, usadas para jogar, derivam do Tar e no o contrrio, c
poderia supor. Entretanto, admitindo a origem comum das duas prticas, como saber que a atividavinatria antecedeu seu uso como divertimento e jogo de azar?
origem das cartas desconhecida, sendo que seu surgimento no cenrio europeu data do final do
culo passado - pelo menos deste perodo os baralhos mais antigos que chegaram aos nossos dias. imeiro registro sobre o Tar, no entanto, data de l377. Trata-se da correspondncia de um tal frei Jo
m monge suo que narra, surpreso, um jogo de cartas o qual indica, pelas figuras, o atual estado dundo. Existe ainda outro registro, de l392, que menciona uma encomenda de trs baralhos ao artiscquemin Gringonneur por ordem de Carlos VI, Rei da Frana, destinados a distrair o soberano duraas crises de loucura. Este segundo registro considerado por muitos pesquisadores como o mais
mportante, uma vez que descreve como as cartas deveriam ser pintadas, tomando como base versesais antigas e misteriosas. Como h tambm um decreto francs de l369 proibindo jogos de azar quez nenhuma meno s cartas, podemos deduzir que elas apareceram entre l370 e l380.
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ntre os possveis introdutores do Tar no Ocidente encontram-se os ciganos, os cruzados e osrracenos. Porm, enquanto autores esotricos se dividem entre lendas manicas, os pesquisadoresais acadmicos preferem a hiptese de que foram os sarracenos que introduziram as cartas na Europodavia, embora seja mais verossmil, no h provas historiogrficas de que esta hiptese seja ardadeira.(9) O certo que ningum acredita que o Tar seja uma criao europia medieval e que tncordam que as cartas tm uma origem bem mais remota do que se registra, muito embora no se
plique sua procedncia mais recente ou seu sbito reaparecimento no curto perodo de dez anos.
a verdade, o consenso sobre esses dois pontos - a primazia do uso divinatrio e uma origem anteriotigidade clssica - revela a universalidade da linguagem do Tar, cujos elementos aparecem emferentes culturas. Assim, hindus, caldeus, chineses, atlantes, anjos e at extraterrestres so apontadomo os criadores originais das cartas. Porm, por ser mais difundida e contar com um grande nmereptos, a hiptese de origem egpcia das cartas se notabilizou e passou a ser considerada verdadeira
uito contribuiu para isso o fato dos dois primeiros pesquisadores modernos do Tar, A. Court deebelin e Etteilla, terem abraado apaixonadamente esta hiptese (10). Antoine Court de Gebelin na
m Nimes, em l725, e, morreu em Paris no dia l0 de maio de l784. Gebelin foi apaixonado estudioso itologia antiga. Envolvendo-se no estudo de religies do ponto de vista lingstico, ele procurouedescobrir a lngua primitiva, cuja escrita hieroglfica explicaria as vrias mitologias conhecidas, qfletem, em smbolos diferentes, as mesmas verdades reveladas . A primeira pessoa a fazer uso desscoberta foi o peruqueiro de nome Alliette, que nas horas vagas vendia amuletos mgicos, praticav
uiromancia, interpretava sonhos e fazia horscopos. Sob o pseudnimo de Etteilla - seu nome de trra frente - Alliette enriqueceu e tornou-se famoso em sua poca. Ele foi o primeiro cartomanteoderno, ou pelo menos, o primeiro a utilizar o Tar para adivinhao individual com fins comercia
ue se tem notcia.
O Tar, um mapa de desenvolvimento cognitivo II
Cabala e o Ocultismo
nquanto Gebelin e Etteilla procuravam zelosamente provar a origem egpcia das cartas do Tar, Elievi acreditava que elas fossem um alfabeto sagrado e universal, presente nas culturas grega, egpciabraica. Eliphas Levi, pseudnimo do padre Alfons Louis Constant, interessou-se pelo Tar em l85sociou os Arcanos Maiores s 22 letras do alfabeto hebraico. Alm disso, Levi associou tambm os
uatro naipes aos quatro mundos cabalsticos, relacionando as suas dezesseis cartas de figura ao
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etragrama Sagrado - o IHVH- e as suas 40 cartas numeradas s 10 Sephiroth de Deus, expressos nrvore da Vida.
s dez Sephiroth - plural de Sephirah - so esferas de energia em que a manifestao se desenvolve.ada Sephirath est contida na anterior e contm, em si, a possibilidade da prxima Sephirath. Assimdo universo repousa em latncia em Kether, e dentro dele emana outro crculo, Chokmah, que apescontido no primeiro, se ope a ele, gerando um terceiro, Binah, que est contido nos dois anteriore
emos, portanto, uma srie de crculos concntricos, uns dentro dos outros, mantendo uma relao dolaridade em funo esfera anterior que o engloba e em funo que contm em seguida.
A rvore da VidaKether - A Coroa, onde o Incognicvel se manifesta como uma luz exttica e apolar, a chama eterna da vida, o centrodos os crculos. O ponto.
hokmah - A Sabedoria, corresponde luz que entra em movimento e se torna uma fora cintica. representadoeometricamente pela reta ou pelo crculo.
inah - A Inteligncia, onde a fora encontra resistncia ao seu movimento e gera a forma, representada pelo tringuu pelo prisma.
heseed - A Bondade, esfera onde, equilibrando as restries impostas pela forma, a manifestao se realiza atravsmisericrdia divina. Essa esfera simbolizada pelos deuses jupiterianos, como Zeus e Xang.
Geburah - A Severidade, esfera onde a fora, seja fsica ou moral, se manifesta com energia e impetuosidade. mbolizado pela Espada e pelos deuses guerreiros, como Ares e Ogum.
iphareh - A Beleza, esfera que harmoniza a contradio tica entre a severidade e a clemncia. Ela geralmenteepresentada pelos deuses solares e redentores, que se sacrificam em benefcio ao Todo.
etzach - A Eternidade, esfera que representa os sentimentos e os instintos, o fogo sexual, a segunda luz, o planetaVnus e, microcosmicamente, o corpo astral, reflexo do mundo da criao.
Hod - A Reverberao, esfera que representa o pensamento consciente e a mente concreta, o planeta mercrio, e umeflexo microcsmico do mundo da formao.
esod - O Fundamento, esfera que representa a Lua e a essncia da vida orgnica, o duplo-etreo, o reflexo do mundrquetpico.
Malkuth - O Reino, esfera que representa a essncia inorgnica da materialidade, a imagem sensorial da realidade, olaneta Terra, o corpo fsico concebido dentro do mundo material.
nquanto as trs primeiras Sephiroth - Kether, Chokmah e Binah - formam um conjunto denominadoacroprosopos, formada pelas Trs Causas Primrias; as outras sete Sephiroth, por sua vez, formam icroprosopos e expressam as Sete Causas Secundrias. Imaginemos que desejamos fazer um bolo. Eotivo, quando vem mente, eqivale primeira trade, onde Kether representa o desejo, Chokmah,ia, e Binah, a sua imagem formal. Porm, o bolo s sair da imaginao para a realidade se cruzarismo, chegando ao stimo nvel de materializao: Cheseed corresponder escolha dos ingredieneburah, ao esforo necessrio preparao da massa; Tiphareh, ao equilbrio entre a quantidade do
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gredientes e sua correta preparao; Netzach, ao toque artstico necessrio e intuio; Hod, sstrues tcnicas da receita; Yesod, ao cozimento no forno; e, finalmente, Malkuth, forma final d
olo, sua materialidade. Os cabalistas analisavam todos os fenmenos luz destes critrios, reduzinsempre aos mesmos elementos, as esferas da manifestao.
lm destes processos descendentes e materializantes que baixam da luz ketheriana para concretude alkuth, a que se chama criativos; existem os processos evolutivos, que partem da matria em busca
ma realidade mais sutil. A serpente kundalnica da rvore da Vida representa este duplo circuito doocessos criativos e evolutivos. As Sephiroth ou esferas de manifestao funcionam como transistoste circuito, unidades que recebem e emitem energia transformando suas caractersticas. Outras versociam a rvore imagem do Ado Kadmo, onde cada Sephiroth corresponde a uma parte do corptabelecendo uma relao entre o micro e o macrocosmo. A trade formada por Kether, Chokmah enah, por exemplo, corresponde cabea. Em seguida, formando um tringulo invertido, Geburah,
heseed e Tiphareh representam os dois braos e o plexo solar. As pernas, o sexo e o centro deavidade, por sua vez, so associados as Sephiroth Netzach, Hod, Yesod e Malkuth.
rvore da Vida um diagrama da estrutura do universo, um eixo sobre o qual se organizam osversos nveis da manifestao. A rvore, no entanto, no forma um sistema fechado; ela um mto
u uma chave analgica para decifrar outros sistemas simblicos. Suas correspondncias, no entantom de infinitas, muitas vezes so contraditrias, uma vez que permite diferentes associaes e analocompatveis entre si, mas verdadeiras do ponto de vista psicolgico. O principal benefcio da prop
o padre-ocultista foi a instituio da rvore como um centro, um eixo vertical de associaes de toarqutipos. Segundo esta lgica, as cartas-letras correspondem aos 22 caminhos que interligam as
feras de manifestao da rvore, representando todas as experincias subjetivas possveis. Alm dievi discutiu exaustivamente o smbolo quaternrio e sua relao com a estrutura decimal. Para ele, a
uarenta cartas numeradas representam a involuo do Universo como um processo de quatro fases eentes. O Universo est se desenvolvendo em quatro nveis de densidade da manifestao, em quatgios progressivos de materializao do sutil no denso. Em cada nvel, h dez degraus ou agentessim, alm da rvore principal dos 22 caminhos, Levi props a existncia de mais quatro: a rvore dz emanaes arquetpicas, a rvore dos dez arcanjos, a rvore das dez falanges anglicas e a rvorez astros do sistema solar.
pensamento ocultista
o entanto, cabe observar que, embora desde Levi os ocultistas nunca mais tenham deixado de admiterdependncia entre o Tar e a Cabala, a verdade que, alm de um no se encaixar perfeitamente
utro, no existem quaisquer provas histricas desta ligao. O fato que no existe um consenso sorrespondncia entre as duas linguagens simblicas e que, adicionando-se as associaes com atrologia, a discusso dos ocultistas se transformou em uma verdadeira babel de imagens sem quenhum autor tenha conseguido o feito de estabelecer um sistema de analogia perfeito. Pode-sestinguir duas grandes correntes do ocultismo que defendem associaes diferentes entre o Tar, aabala e a Astrologia: os seguidores de Eliphas Levi, tambm conhecidos como ocultistas continentaadeptos do sistema desenvolvido pela ordem Golden Dawn e aperfeioado por Aleister Crowley,
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mbm chamados de ocultistas anglo-saxos.
primeiro grupo - que conta com os nomes de Oswald Wirth, Stanislau Guaita, Gerald Encausseapus) e G. O. Mebes - se caracteriza pela associao da carta do Louco letra hebraica Shin e aogsimo primeiro caminho da rvore da Vida. O pensamento deste grupo foi hegemnico at o finaculo passado. Neste sculo, no entanto, o Tar se desenvolveu e popularizou bastante devido aorgimento da ordem ocultista Golden Dawn, fundada por McGregor Master e W. Wynn Westcott. A
incipal caracterstica deste grupo a associao do Arcano do Louco letra Aleph e ao dcimoimeiro caminho da rvore. Seguindo este princpio, Sir Charles Waite e Aleister Crowley, os doisaiores expoentes da ordem, foram responsveis por belos tars e por uma vasta obra terica (11).
rowley, talvez o mais polmico ocultista de todos os tempos, ampliou bastante as correspondnciasmblicas do Tar e da Cabala com outros sistemas como a Astrologia, o I Ching, perfumes, cores,bjetos mgicos, lanando as bases da feitiaria moderna. Mesmo discordando de seus rituais e do semportamento excntrico e macabro, a maioria dos pensadores que sucederam Crowley adotaram se
stema de correspondncia, expressas no seu livro 777. Este grupo de autores predominante
ualmente e conta com nomes como os Dion Fortune, Allan Watts, Gareth Knigth, Israel Regardie eobert Wang, entre outros. Alm desses dois grandes grupos de ocultistas, tambm existem autoresdependentes que defendem seus prprios sistemas de associao, como Paul Foster Case e o misterain do Templo da Luz, que adota o critrio cromtico em seu sistema.
s hipteses sobre a origem da Cabala adotadas pelos ocultistas no so menos delirantes que as doar. Para uns, ela foi ensinada pelos anjos aos homens para que eles conseguissem voltar ao Parasoimordial. Para outros, ela foi recebida por Set, o terceiro filho de Eva, ou Enoch, Abraao e Melkis tambm verses de que ela diretamente ditada por Jeov a Moiss, durante sua permanncia, por
uarenta dias, no monte Sinai.
o ponto de vista historiogrfico, no entanto, sabemos que a Cabala, como tradio oral do misticismbraico, data da poca do segundo cativeiro babilnico, sendo uma espcie de adaptao do simbolitrolgico dos caldeus ao monotesmo judaico. Podemos inclusive desconfiar de que a rvore da Vi
ma interpretao axial do smbolo do Eneagrama mesopotnico. Por muitos sculos, a Cabala foiansmitida oralmente como um tipo de exegese mstica do Torah at que, por volta do ano 100 d.C.,rgiram o Sepher Yetzirah e o Zohar. Desde ento, a Cabala teve vrios ciclos distintos dentro da
adio judaica, com caractersticas bastantes diferentes (o ciclo mgico da Floresta Negra, o ciclo
osfico-especulativo da Espanha no Sculo XII, o ciclo monstico de Safed dirigido por Isaac Lurias s se popularizou quando foi apropriada e deformada pelo pensamento ocultista.
iante desta popularizao distorcida promovida pelos movimentos ocultistas, nada mais normal do estudiosos da Cabala ligados ao judasmo protestassem com veemncia. Para a maior autoridade
storiagrfica da Cabala Hebraica neste sculo, Gershom Scholem, por exemplo:
.) as atividades dos ocultistas franceses e ingleses foram inteis e serviram apenas para gerar uma
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ande confuso entre os ensinamentos da Cabala e suas prprias invenes, tais como a suposta origbalstica das cartas do Tar. (12)
entando salvaguardar a associao das duas linguagens simblicas, Robert Wang tentou responder bjees de Scholem, afirmando que h uma Cabala Hebraica e outra Esotrica, fundada por Pico deiranbola. Mas a verdade que, se os esotricos beberam na tradio hebraica para elaborar sua prpabala, o misticismo judaico tambm se reciclou e influenciou com a abordagem ocultista e, mais
centemente, com o desenvolvimento da psicologia analtica. Um exemplo contemporneo destacproca o trabalho de Zev Ben Shimom Halevi (13), onde encontramos uma Cabala genuinamenbraica fortemente influenciada pelo esoterismo.
O Tar, um mapa de desenvolvimento cognitivo III
Psicologia Analtica e Estrutura Simblica
om sua origem misteriosa e seus diversos enfoques, o Tar um mltiplo quebra-cabea de refernja na sua tcnica ou na sua histria. Estud-lo , sobretudo, estudar-se. Os livros, apesar de importao absolutamente secundrios. O principal entrar em contato direto com os arqutipos, utiliz-lo
entalmente como conceitos e sentir sua fora viva na realidade quotidiana. Porm, para iniciar seustudos tericos aconselhvel comear a ler os trabalhos de psiclogos e pensadores acadmicos, qcentemente passaram a se interessar pelos arqutipos das cartas, ao invs de enfrentar os complicadssicos do ocultismo.
este sentido, Jung e o Tar, da j citada Sallie Nichols, e A meditao dos Guias Interiores so ostantes proveitosas (14). O enfoque de Nichols particularmente recomendvel pois escapa do
maranhado terico das interminveis discusses sobre a associao das cartas com outros sistemasmblicos em que os ocultistas se perderam e apresenta uma srie de referncias culturais e literria
ra caracterizar cada arqutipo. Em contrapartida, sua principal desvantagem que ela acaba caindovoluntariamente em um dos sistemas de correspondncia, quando diviniza O Louco e v O Mago cm embusteiro mercuriano e no como o arqutipo do Pai e da Unidade Primordial. Associando o Ttcnica da imaginao criativa e ao psicodrama, a meditao dos Guias Interiores um mtodo simfascinante de transformao dos diferentes aspectos arquetpicos da personalidade, deduzidos a pars quadraturas e oposies astrolgicas do mapa natal. Infelizmente Steinbrecher tambm apresentaesma deficincia de Nichols, pois utiliza as correspondncias crowleyianas em detrimento de outra
ossibilidades.
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istantes da discusso esotrica travada entre os ocultistas continentais e anglo-saxes sobre se a uniimordial da fora uraniana deve ser representado pelo nmero um ou pelo zero, muitas outrasntribuies vm enriquecendo o estudo do Tar no campo da psicologia analtica, algumas bemticas (15), outras amplificando o enfoque junguiano com as diferentes associaes ocultistas, cocaso do excelente livro da Dra. Irene Gad (16) - lanado h pouco tempo no Brasil.Talvez a principntribuio indireta da Psicologia Analtica ao estudo simblico do Tar seja do prprio Jung,incipalmente na sua Interpretao psicolgica do dogma da Trindade, onde se tetm sobre o papel
sempenhado pela Virgem Maria em relao simbologia crist. Neste trabalho, Jung apresenta pelimeira vez a noo de que a estrutura quaternria universal e funciona como um smbolo estruturpsiqu e do inconscinete coletivo. No Brasil, destaca-se tambm o trabalho desenvolvido pelo
iclogo Carlos Byington (17), que durante muitos anos problematizou a questo do quaternrio commbolo estruturante, aplicando-o histria e psicoterapia .
omo vimos Eliphas Levi e Aleister Crowley, encabeando os dois maiores movimentos ocultistasodernos, propuseram diferentes associaes entre as linguagens simblicas do Tar, da Cabala e dastrologia. Porm, ambos sistemas de associaes se basearam na semelhana genrico de seus
ementos ou nas mesmas correspondncias estruturais:
- A equivalncia dos 22 Arcanos Maiores s letras hebraicas e aos caminhos da rvore da Vida.egundo os ocultistas estes arqutipos surgiram devido queda da Humanidade, entendendo porueda, no apenas a expulso de Ado e Eva do den ou o fim catastrfico das civilizao de AtlnLemria, mas sobretudo uma deteriorao de um estado superior de convivncia entre homens dot
poderes psquicos para as sociedades mais instintivas e para a percepo meramente sensorial daalidade. Assim, o sonho de uma Utopia Social, uma forma de organizao social perfeita, sem osnflitos, os desejos e as desigualdades caracterizados pelos arqutipos dos Arcanos Maiores, um
torno a este estado de conscincia coletivo da Humanidade, ao nirvana coletivo primordial. Estentimento de unidade que ultrapassa a simples harmonizao das relaes sociais e o equilbrio poltre os diversos grupos que formam uma sociedade para introjetar psicologicamente em cada indivmo uma necessidade de comunho universal, como um desafio de reconquista do paraso perdido,mo um Desejo de Unio.
- A identidade das l6 cartas de figura s relaes do quaternrio elevado ao quadrado, ao Tetragramagrado, o IHVH, smbolo estrutural do universo. Aqui o Desejo de Unio ultrapassa os problemasundo para se consolidar como um casamento de plos simblicos opostos e como uma busca de umentidade mais profunda, de um nvel de autoconhecimento que permita o reencontro com Almamea. Na tradio judaico crist, este reencontro aparece no Cntico dos cnticos, onde a noiva (Isrpera pelo noivo, o Messias; nas Epstolas Paulneas, a noiva a Igreja e o noivo, o Cristo; j na poestica de San Juan de La Cruz, o noivo o esprito e a noiva, a alma e o corpo. Para os ocultistas, aszesseis cartas de figura representam as relaes entre os quatro mundos cabalsticos (Ouros, Espad
opas e Paus) e os quatro corpos do Eu Inferior (Rei, Dama, Cavaleiro e Valete). Para os cartomantertas de figura representam relaes interpessoais nos quatro nveis de atividade: material, mental,
mocional e espiritual.
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- A Associao das 40 cartas numeradas aos quatro mundos cabalsticos e a estrutura decimal darvore da Vida. J as quarenta cartas numeradas representam as relaes transpessoais, aquelas quezem respeito compreenso que se tem do Universo e do seu desenvolvimento nos quatro planos dividade. O nmero quarenta representa a totalidade da existncia e da experincia humana. Os peroedidos por este nmero so freqentes na tradio judaico-crist: os 40 dias do dilvio de No, os 4os durante os quais os israelitas erraram pelo deserto, os 40 dias que Moiss passou no Sinai, os 40as do jejum de Cristo, entre outros. Todas essas experincias tm o mesmo significado: um perodo
flexo sobre a totalidade da existncia, a conscincia exilada acima e alm da manifestao. O DesUnio neste nvel no se refere a realizao da Utopia Social ou da felicidade, mas sim reintegra
stica com Deus s viagens empreendidas por Dante, Enoch e pelos msticos sufis atravs dos palclestiais que antecedem o Trono do Altssimo onde Criador e Criatura se encontraro frente a frente
odemos, portanto, dizer que o Tar esboua uma cartografia completa da psique humana, subdividias cartas em 3 grupos distintos, representando 3 profundidades do Inconsciente:
22 Arcanos Maiores Relaes Pessoais
16 Cartas de Figura Relaes Interpessoais
40 Cartas Numeradas Relaes Transpessoais
o livro-jogo A Estrada Iluminada desenvolvi e aprofundei a discusso sobre o significado destes trveis do inconsciente, bem como do contedo simblico de cada uma das 78 cartas do baralhoadicional. O leitor interessado em conhecer mais sobre o assunto encontrar nele um subsdio precira aprofundar seu domnio sobre a linguagem arquetpica (18).
este breve artigo, em que resumimos as idias do primeiro trabalho, A Estrada Iluminada, gostaramnda de ressaltar a importncia do nmero quatro no sistema simblico do Tar de uma outra forma mesmo tempo, expor uma maneira fcil de colocar as cartas ou de manipular mentalmente os
qutipos. Trata-se da colocao quaternria, tambm conhecida como Quadrilho, que consiste emanter fixos os primeiros quatro Arcanos Maiores (O Mago, A Papisa, A Imperatriz e O Imperador)mo um modelo estrutural das relaes e considerar todas as cartas restantes em funo do significastes quatro arqutipos fundamentais.Estes quatro arqutipos fundamentais constituem cerca de 75%ividade psquica, representando os principais padres de troca afetiva da maioria das pessoas. Esses
qutipos podem estar involuntariamente projetados em diversos objetos e pessoas: o Pai, por exempstuma ser projetado no Estado; a Me, na escola, na igreja ou na instituio de onde se tira o susteno raro projetar a Imperatriz na prpria casa e o Imperador freqentemente associado s atividad
mpresariais e a seus protagonistas. A este fenmeno, os psiclogos chamam transferncia.
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O MAGO nos mostra como nos relacionamos com oArqutipo do Pai, seja no nvel biolgico, no psquicou no espiritual. No nvel biolgico, ele representa nopenas a relao de cada um com seu progenitorentico, mas tambm a relao de cada um com seuslhos e enteados. No nvel psicolgico, este Eu-Pai
unciona como um superego, estabelecendo regras erincpios - sem o uso de mtodos coercitivos ou
rnicos como props Freud - mas sim com um duploo Ego, um reflexo idealizado do Eu Superior. O Pairnico do superego edipiano da psicanlise apenasma distoro de nossa civilizao falocrata de um Paiormativo. A prova maior desta afirmao o fatoeste arqutipo, em seu nvel espiritual, ser associadoniversalmente ao Cu e a energia uraniana, emiferentes culturas.
A PAPISA encarna o Arqutipo da Me. Sua associaoastrolgica a Lua e seu poder tambm se estende pelos nbiolgico, psquico e espiritual de forma semelhante aoArqutipo do Pai. O Eu-Me, no entanto, funciona comosuperego feminino que se preocupa prioritariamente com anutrio e com a reproduo, enquanto o Eu-Pai priorizaproduo e a criatividade. Ao observar o lado materno de
algum, devemos procurar imaginar as relaes desta pesscom sua me-inteior a partir de sua educao: a forma decomer, de se vestir, de se comportar em grupo, etc., Estacaractersticas das funes de manuteno leva o arqutipomuitas vezes, ser involuntariamente projetado em instituiescolares ou que provenham o sustento e a vida, seja umafbrica ou a prpria Natureza.
IMPERATRIZ tambm evoca nosso aspectoeminino, embora sem as caractersticas maternas. Aqui
ata-se da esposa, da filha, da mulher propriamente dita.a alma gmea, a anima, a companheira ideal queolariza os imaginrios masculinos e , tambm, adentidade venusiana das mulheres, sua natureza. Podeeqentemente representar a esfera da vida domsticau esttica desenvolvida pela imagem de cada um - poismbos os sentidos so projees do feminino. Podemosizer que a Imperatriz o ego-feminino.
O IMPERADOR corresponde ao ego-masculino erepresenta as idia de autoridade, hierarquia e obedincia q
caracterizam a identidade dos homens e, sob o prismafeminino, representa a alma gmea, o animus ou a carametade. Muitas vezes assume a forma do Arqutipo do HeMas, o fundamental deste arcano se encerra na idia deadministrao, da capacidade de tomar decises e de realizlas. Por ser este gerente da personalidade, o Imperador constantemente associado vida profissional e ao poderpoltico.
o localizar a existncia dessas projees ou transferncias em relao aos arqutipos do Pai, da Me
utro-sexo e do Ego, a pessoa estar dando um importante passo em direo ao autoconhecimento, ptender como funcionam os principais padres de troca afetiva de seus relacionamentos. Alis, pariciantes interessados em manipular o baralho do Tar, o melhor modelo de colocao de cartas talvja justamente esse: manter fixos os quatro primeiros arcanos maiores, sorteando dentre o resto dasrtas, quatro lminas, uma para cada arqutipo fundamental. Este modelo tanto pode ser utilizado codezoito Arcanos Maiores restantes como tambm com os cinqenta e seis Arcanos Menores .
Os Quatro Nveis da Linguagem
as o que o general espartano e seus equvocos tm a nos ensinar? O que as cincias humanas podemrender com a hermenutica simblica do Tar? que esses trs erros de interpretao na leitura do
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consciente correspondem aos princpios metodolgicos bsicos da decifrao hermenutica: abservao descritiva, a interpretao dialgica e a anlise compreensiva. Entretanto, s chegamos tima do sentido de um discurso quando o revivescamos - e isso que desejamos demonstrar.
or exemplo: Ado viu os animais.
entido Literal: Um homem, chamado Ado, visualizou seres de outras espcies.entido Alegrico: Ado reconheceu seus instintos e paixes.
entido Tradicional:O primeiro dos homens tomou conscincia de sua singularidade ontolgica em relao a outrseres.
entido Mstico:
itualizaco do texto)
Eu, Ado, o primeiro ser humano, vejo os animais e observo que eles so, ao mesmo tempo, sreais e sentimentos meus.
egundo o Zohar (19), h quatro nveis de decifrao hermenutica no estudo das Sagradas EscrituraESCHAT ou sentido literal; REMEZ ou sentido alegrico; DERASCH ou sentido tradicional; e Su sentido mstico. Porm, este mtodo de extrao do sentido atravs de quatro leituras sucessivas m mais antigo. Ele j era utilizado por Filon de Alexandria, por volta do ano zero.
odemos, usando critrios semelhantes, observar diferentes profundidades do sentido na linguagemtabelecer quatro nveis de significao para todos os discursos: o Sgnico, o Simblico, o
aradigmtico e o Arquetpico.
Nvel Sgnico e a Observao Descritiva
o primeiro nvel, tratamos a linguagem como objeto: como uma realidade-concreta, como algo ttaterial, que produz uma sensao, que tem um peso e uma quantidade, como algo que tem um cheiringuagem em suas dimenses fsica e biolgica. O processo de produo de uma linguagem estaramente refletido no aspecto material de seus discursos. Por isso, neste primeiro momento, deve-squecer o contedo e medir as formas destes discursos de um ponto de vista quantitativo.
ambm neste primeiro nvel devemos observar o que o discurso quer dizer literalmente, o que ele
gnifica do ponto de vista de quem o proferiu, ou seja, como ele foi codificado. Neste nvel decifrao, estuda-se, portanto, o aspecto material e o aspecto de significao intencional-conscientema linguagem determinada: O QUE e COMO os discursos se realizam, ou ainda, o lxico e suasamticas.
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A = Aemos, assim, uma primeira funo da linguagem, a reflexiva, em que os discursos tentam reproduzir seus objetos, olinguagem (A) tenta representar fielmente a sua realidade-referente (A). Dessa forma, por exemplo, a capital do R
Grande do Norte representada pelo signo Natal.
Nvel Simblico e a Interpretao Dialgica
o segundo nvel, a linguagem vista como um sujeito, como a expresso de uma conscincia humassim, o segundo passo de nossa pesquisa discutir o contedo dos discursos. O QUEM e O PORQUcomunicao, os interlocutores e a causalidade da linguagem. Situar-se em um universo de perp
ansformao exige do ser humano uma constante adaptao ao meio ambiente e a transmisso destaperincia entre grupos e geraes. Assim, neste nvel de decifrao da linguagem no se trata mais
uplicar reflexivamente a realidade, mas sim de transmitir experincia existencial, fazer comumntimentos e desejos, comunicar um modo subjetivo de compreender a informao. A transcendncintido - atravs do qual a expresso dos sentimentos ganha uma profundidade significativa e umrter abstrato e genrico - se deve Funo Simblica da Linguagem, que desempenha um papel
algico e interativo, fazendo uma representao final do mundo mais significativa que a meraproduo da realidade que lhe deu origem. O homem o nico animal auto-eco-organizador porqultura no apenas reproduz o real, mas tambm porque ela uma mensagem sobre a vida e suasficuldades.
nquanto no nvel sgnico, h um sujeito impessoal que acredita descrever cientificamente seu objeto simblico, o objeto que diz algo a respeito do sujeito. E este algo revela um novo patamarra o sentido, que no s reflete o mundo, mas tambm o modifica simbolicamente, interpretando-oravs de sensaes, sentimentos e idias valorativas.
A = B/Csta a funo dialgica ou simblica da linguagem: a realidade (A) referente da linguagem na razo direta de suaansmisso (B) e na razo inversa de sua percepo (C). Assim, a palavra Natal tanto representa uma cidade comoma data do ano. Este duplo (ou mltiplo) sentido que caracteriza o smbolo. No entanto, quanto mais sentidos umepresentao comportar (polissemia), mais distante ela estar de reproduzir reflexivamente a realidade (parfrase).
omo vimos na primeira parte da dissertao: o real, a coisa, o referente so representados por umamagem hologrfica estruturada pela percepo com base nas experincias anteriores e rapidamentequivada na memria. Quando, em um segundo momento, formos transmitir informaes sobre aqu
bjeto ou realidade, a conscincia reconstituir a imagem da percepo arquivada segundo critriosletivos, determinados pela linguagem particular do seu grupo.
ssim, distinguimos metodologicamente duas instncias nesse processo cognitivo: a primeirapresentao da conscincia analgica, involuntria e organizada pela experincia; na segunda apresentao motivada e codificada segundo fatores sociais. A conscincia interpreta a percepo
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nais dentro de um quadro de referncias analgico ditada pela experincia e as transmite segundoormas e regras coletivas. O signo uma relao arbitrria entre um contedo mental e uma imagemstica. Os signos tratam de como interiorizamos, sem perceber, as regras da conscincia social. Ombolo, ao inverso, uma experincia direta da percepo individual com o inconsciente coletivo.
terpretar ler o inconsciente alheio, inferir os motivos polticos inconfessveis e as intenesicolgicas que muitas vezes o prprio sujeito do discurso desconhece. Mas, preciso ter cuidado,
orque se nesse nvel toda linguagem uma representao involuntria, os discursos no so merasetforas da realidade, mas sim a prpria realidade discursiva a ser decifrada. Para se interpretar umscurso dialogicamente preciso reviv-lo, vivenciando-o por dentro. E para tanto, preciso umlise compreensiva, comparando seus valores como os do enunciador do discurso. O importante sessaltar que a hermenutica uma interpretao duplamente dialgica, pois alm de interpretar anguagem por dentro, lendo os signos atravs de seu contedo simblico; ela sempre leva em contanflito complementar entre duas diferentes estratgias cognitivas: a arqueolgica e a teleolgica. Umgendrada pela representao sgnica quer construir uma explicao causal e determinista de nosso
niverso, e a outra, instigada pela imaginao simblica quer libertar o homem de suas necessidades,
fatizando o mundo das possibilidades em que os sonhos coletivos transformam-se em paradigmas alidade.
Nvel Paradigmtico e a Anlise Compreensiva
o terceiro nvel, trata-se de observar os dogmas e rituais que perpetuam a linguagem. o discursoduzido a seus verbos, s suas paixes, ao histrica e suas ressonncias intersubjetivas. Ocultas alidades fsica e subjetiva dos discursos, surgem aqui as estruturas inconscientes de repetio danguagem.
relao entre a forma imposta pela transmisso e os mltiplos contedos percebidos do discurso, easpecto fsico e o psicolgico da linguagem, sempre histrica e faz parte de uma tradio determicialmente. Assim, o terceiro passo de nossa pesquisa consiste em determinar o ONDE e o QUAND
os discursos, em localizar e entender o discurso estudado dentro do quadro histrico em que ele estserido.
as para localizar um discurso no tempo/espao preciso situar-se tambm. Porque estamos, nsmbm, sujeitos projeo, transferncia e s analogias deste efeito simblico em que os sentid
ultos se escondem. Assim, se na interpretao dialgica, o sentido simblico produto de uma leio inconsciente do enunciador e do conflito dos interlocutores no interior do discurso; na anlisempreensiva, o sentido implica que analisemos tambm a nossa prpria subjetividade e nosrguntemos em que o discurso nos sensibiliza e afeta emocionalmente.
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D = C/B D = 1/Aemos, portanto, neste nvel de significao, a funo compreensiva da linguagem: um paradigma D estruturante
azo direta de sua percepo C e na razo inversa de sua transmisso B. Tambm podemos dizer que um paradigD estruturante na razo inversa de sua realidade-referente A. Uma imagem serve de modelo a um objeto na medm que no o conhecemos; e, inversamente, quanto mais conhecemos um objeto, menos o imaginamos. Ou seja: Qua
mais ideal for a imagem, mais distante ela ser de seu modelo real. Entretanto, sempre haver um motivo por detrs ma associao analgica entre muitos sentidos e um nico signo: a cidade de Natal foi descoberta no dia de natal - oue explica e desmistifica a imagem dos que no conhecem este lugar tropical e acalentavam uma impresso simbli
epleta de neve, renas e pinheiros.
este nvel, portanto, no basta tomar o prprio inconsciente individual como objeto, enunciando-semo meta-sujeito. preciso colocar em xeque toda nossa cultura. E a anlise compreensiva stamente essa comparao mito\lgica dos valores ticos e culturais, histrica e socialmenteoduzidos, que nos permite reconstituir as relaes aproximadas entre o sentido originalmenteunciado e suas possveis leituras. A analogia dos mitos, sensibilidades, gestos, nos revela uma novno da linguagem, responsvel no apenas por estruturar comportamentos, mas tambm por permmpreend-los. Apenas consciente das prprias intenes e limites, o hermeneuta compreender o
unciador e decifrar o sentido de seus sentimentos e de suas paixes.
linguagem, portanto, alm de reflexiva e de comunicativa, tambm paradigmtica, funcionando cm modelo estruturante da realidade - que no apenas contextualiza o discurso, mas est inscrito em ntido mais profundo e polmico do que os do signo e do smbolo: o sentido compreensivo, em que lores ticos e os mitos de diferentes culturas se confrontam diante do pesquisador que souberconhecer a natureza inconsciente dos afetos e averses frente ao discurso que estuda. Assim anguagem funciona simultaneamente como um espelho da realidade objetiva, como uma mensagemconsciente (ou uma memria coletiva de nossa subjetividade involuntria), e, finalmente, como um
odelo estruturante e compreensivo das relaes do EU com o OUTRO - em que o sentido construdo paradigmaticamente dentro do quadro de referncias subjetivas em que foi originalmentncebido.
e forma que na anlise compreensiva h sempre um conflito intersubjetivo entre mltiplas formas dpresentar a realidade. Porm, essas diferenas apenas ressaltam a afinidade transcultural dos mitolores simblicos atravs dos quais pode-se compreender alguns traos universais do imaginrio e,sim, conhecer melhor a ns mesmos e a nossa relao com a linguagem. Quando falamos deiferenas epistemolgicas e cognitivas preciso deixar claro que entendemos a linguagem como u
mpo integral e homogneo, que no comporta cortes ou marcos definitivos. Apesar disso, nestaevitvel comparao entre os nossos valores e os do discurso em que se encontram os maissconcertantes elementos simblicos comuns a diferentes paradigmas; pois nesta analogia tica quvela a existncia de uma ltima instncia cognitiva mais profunda e abrangente, formada por imagequicas universalmente associadas a temas e idias transculturais, a que chamamos de arqutipos.
s arqutipos no tm uma nica funo especfica e so sempre ambivalentes e paradoxais. Elespressam contradies meta-racionais que se perpetuam em diversos paradigmas, em diferentes
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lturas. s vezes extremamente simples (o Pai, a Me, o Outro-Sexo), s vezes complexos (a Justiaal, o Sacrifcio), eles representam dispositivos psicolgicos universais. Podemos caracteriz-los coque h de universal na linguagem, o seu aspecto espiritual. Chegamos, assim, a um derradeiro nvenguagem - l onde ela no mais decifrvel, mas sim, reatualizada/ritualizada.
nvel arquetpico
lenda conta que quatro grandes rabis (Akiva, Ben Zoma, Ben Azai e Aher), no sculo II, se dedicaestudos esotricos e entraram no paraso (20). A estria afirma que um deles viu e morreu; ogundo viu e perdeu a razo; o terceiro viu e corrompeu-se. S rabi Akiva entrou e saiu em paz .
oderamos, parodiando a lenda, dizer que a palavra mata, o smbolo enlouquece, o exemplo perverteenas o arqutipo realmente explica a linguagem - pois ao comparar o real ao ideal, revela como aalidade extrapola seus modelos. Mas decifrar o sentido no basta. De nada adianta a crtica daseologias e dos discursos, se isto nos leva apenas desmistificaco dos fetiches, destruio niilistantido, polissemia. Restituir o sentido linguagem no apenas reviv-la, mas recri-la, reinventualizando sua significao. No quarto nvel de leitura, a linguagem vive no esprito dos seus discur
experincia existencial que eles transmitem, nas suas diferentes respiraes frente morte.
sentido aqui nietzschianamente trgico, no-reativo, para alm da representao: um sentido queesar de partilhar o drama no encena seu sofrimento. Neste nvel de leitura da linguagem, os advrintensidade e durao interrogam sobre o ritmo, a respirao e, sobre a conscincia que o discursosi. Acima de todas as formas, alm de todas as idias e paixes, os discursos tm um significadoistencial, um sentido revivido pela experincia humana cravada nas profundezas inconscientes da
nguagem: a morte e a relao com o sobrenatural.
exemplo de arqutipo mais citado o das diversas deusas mitolgicas que formam o arqutipo darande me. Mas existem tambm casos mais complexos em que formas culturais diferentes expres
m mesmo mecanismo psquico universal. Palas Atenas, o Jpiter latino e o orix Xang, por exempo diferentes representaes histricas do arqutipo da justia, que tem suas razes em um dispositivicolgico que equilibra transgresso e culpa.
as diferentes abordagens que usam o termo, a do historiador Mircea Eliade que melhor consegueracterizar o significado do sagrado como um apriori epistemolgico, definindo o fenmeno mticmo um acontecimento ao mesmo tempo real e fabuloso. Esta caracterstica de ver no mito um valogrado transhistrico, aproxima bastante o pensamento de Mircea Eliade de Jung, uma vez que ambilizam a palavra arqutipo, em um sentido universal e simblico. No entanto, na Provao doabirinto (21), Eliade faz uma distino importante.
Arrisquei-me a ser confundido com a terminologia de Jung. Para ele, os arqutipos so estruturas
consciente coletivo. Eu emprego esta palavra por referncia a Plato e a Santo Agostinho: dou-lhe
ntido de modelo exemplar - revelado no Mito e que reatualizado pelo Rito.
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ocurando definir melhor esta distino conceitual, Gilbert Durand (22) acentuou o critrio dambivalncia para diferenciar os arqutipos dos smbolos e caracteriz-los ainda mais como estrutura
radigmticas do imaginrio.
O que diferencia precisamente o arqutipo do simples smbolo , geralmente, a sua falta de
mbivalncia, a sua constante universalidade e a sua adequao ao esquema: a roda, por exemplo,
ande arqutipo do esquema cclico, pois no vemos que outra significao imaginria lhe podera
ar, enquanto a serpente no seno o smbolo do ciclo, smbolo bastante polivalente.
ara ns, tanto o smbolo quanto o arqutipo so ambivalente e polissmicos; enquanto os signos eradigmas que representam o aspecto lgico da linguagem. Tanto a polissemia caracterstica dos
mbolos e arqutipos quanto a parfrase tpica dos signos e paradigmas so apenas faces de uma meoeda: a distino metodolgica em diferentes nveis de decifrao s se justifica a partir de uma visconjunto que no admita fissuras, divises e cortes epistemolgicos definitivos ou estruturais.
o basta apenas integrar o simblico ao mtodo cientfico, mas tambm, aplicar o rigor lgico da
ncia ao conhecimento cognitivo dos smbolos. As noes de arqutipo e paradigmas nada mais soue uma reduplicao epistemolgica da contradio cognitiva entre as funes reflexiva e simblicanguagem: o paradigmtico o que h de institucional no selvagem e o arquetpico o que h de ideo real, o que h de modelo universo no acontecimento em particular. Perceber claramente estes quatveis interdependentes da linguagem sem perder a noo de sua totalidade indivisvel. Este , creio, safio metodolgico contemporneo.
rs dilogos e um monlogo
omo vimos, a hermenutica nasceu com a antiga arte divinatria, foi ofuscada durante sculos desenvolvimento pelo pensamento cientfico, mas retornou agora como um modelo adequado para ascrio, interpretao e anlise dos discursos, particularmente til para a pesquisa arqueolgica estrica das mentalidades, mas tambm pode ser aplicado a diferentes disciplinas em que a decifrantido encontre as barreiras cognitivas e epistemolgicas dos conflitos paradigmticos.
o mbito das cincias do outro (a etnologia, a psicanlise, a pedagogia), ou seja, nas formasistemolgicas que tomam por objeto um sujeito falante, que os erros de interpretao so maissveis em seus contornos paradigmticos. A professora Maria da Conceio Moura (23), ao estudarinuciosamente a produo antropolgica brasileira durante dez anos (75 a 85), aponta os principaistraves epistemolgicos da pesquisa a partir do incipiente dilogo entre cincia e tradio: o empirislativista, as interpretaes paradigmatizadas e, por ltimo, a incapacidade epistemolgica desenvolver uma integrao criativa dos saberes que aponte para uma tica de reencantamento consc
o mundo.
o empirismo relativista, o pesquisador se limita a uma descrio exaustiva da realidade estudada,pecificada em todas as suas particularidades, sem nenhuma relao com o drama universal do ser
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umano. Tal atitude adicionada a tendncia de especializao do saber, leva necessariamente a uma vrcial e fragmentada da realidade. Assim, no s as descries que desprezam a problematizao, mmbm os discursos especializados que no se enquadram em um contexto geral so resultantes destitude pretensiosa em que o pesquisador se apropria de um determinado aspecto dos discursossquisados em detrimento de outros, para conserv-los em suas especificidades.
as interpretaes paradigmatizadas, as teorias so utilizadas para explicar a realidade: seja reforan
retamente a lgica da dominao, seja pela aparente crtica ao sistema que, no entanto, reifica a ruptre cincia e tradio. O marxismo ortodoxo, por exemplo, que l o contexto a partir das categoriasodo de produo, luta de classes, capitalismo, excluindo de seu universo interpretativo o simbolismnuno dos discursos mticos, vistos sempre como representaes ideolgicas. Aqui, ao inverso do
mprirismo relativista, o universal que utilizado para mutilar o particular, a generalidade que servra encobrir o especfico.
desencantamento do mundo. Ainda segundo Moura, a nostalgia de um passado prspero dasciedades tradicionais em contraste com o presente atual de pobreza e explorao resume a grande
aioria dos trabalhos antropolgicos contemporneos, pois mesmo quando esses no descambam pampirismo relativista ou para as superinterpretaes, eles continuam prisioneiros paradigmticos dastituio cientfica, incapazes de sonhar um futuro alternativo para as sociedades que estuda.
ra, esses trs equvocos interpretativos so os mesmos que os do general espartanos e podem seritados atravs da utilizao da hermenutica e de seus princpios dialgicos. O mtodo hermenuti
ma parte da fenomenologia que se destina aos estudo da linguagem. Ele consiste em quatro leiturasmplementares de um mesmo fenmeno: uma primeira objetiva e impessoal para observar e descrevontecimento; uma segunda interpretao dos referentes subjetivos e pessoais; uma terceira
tersubjetiva e interpessoal, onde levamos em conta diversas outras leituras; e, finalmente, uma quartima leitura transpessoal e transubjetiva.
o assim trs leituras determinsticas e uma ltima leitura prospectiva resultante da transformaoiativa da situao determinada pelas trs primeiras leituras em uma nova possibilidade relacional. Precorrer ao mtodo hermenutico sempre que preciso experienciar a linguagem para decifrar ontido. Por exemplo, para decifrar a inteno de um olhar ou de um sorriso preciso interagir com eo basta observ-lo, interpret-lo ou analis-lo; para compreend-lo preciso senti-lo, imit-lo, rev. Ou melhor: uma investigao criminal, onde seja necessria decifrar, a partir da reconstituio de
talhes involuntrios e pistas ocultas, as intenes e os motivos dos acontecimentos.
omemos por exemplo os discursos verbais de uma transmisso de um jogo de futebol pela TV: aimeira leitura seria a do locutor - imparcial e redundante em relao a imagem. Antigamente, imitao speaker do rdio. A segunda seria a dos comentaristas e dos reprteres de campo. Hoje em dia
scurso propositadamente subjetivo, com os jornalistas torcendo abertamente para os times. A tercitura seria a dos diferentes especialistas (ex-juzes, ex-tcnicos e ex-jogadores) chamados a esclarecpectos da sua rea de capacitao. J a ltima leitura seria a realizada pelas estatsticas de jogo e pemulao hologrfica das jogadas realizada via computao grfica. Somente esta ltima leitura nos
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rmitir visualizar o jogo de um modo transpessoal e arquetpico em suas formas mais abstratas. Umme, assim, estaria nervoso (muitas faltas e passes errados); enquanto o outro jogou disperso e sebjetividade (poucos chutes a gol, muitos passes laterais).
ntretanto, esta ltima leitura s ser realmente completa se for direcionada para correo dos arqutra o segundo tempo da partida. E esta ltima e decisiva leitura o que separa a hermenutica daoria crtica de Haberman e das diversas verses de uma sociologia compreensiva ps-weberiana qu
oblematizam o intersubjetivo sem nenhuma responsabilidade com o reencantamento do mundo. Maue um conjunto de leituras e procedimentos tcnicos sobre decifrao de cdigos, a hermenutica todo de compreenso de si e dos outros, que estuda as relaes humanas a partir de sua experincicognitiva. Aplicado ao universo das cincias humanas, este mtodo de leitura qudrupla armenutica seria a soluo para os trs principais equvocos de interpretao.
arqutipo do pai e o complexo de dipo, para retomar o exemplo inicial, simultaneamente umamposio, uma vlvula de escape e um modelo estruturante para quem se coloca na posio de filhoorm, apenas assumindo a posio de pai de outros que vivemos o arqutipo e o transformamos. N
so, sendo um pai que reinventa o recalque, a sublimao e o exemplo a que foi submetido.
oderamos resumir a tarefa desta nova metodologia hermenutica como uma arte de trs dilogos e onlogo. O dilogo interdisciplinar entre as cincias humanas em torno de uma nica realidade
mprica como forma de combate a fragmentao do saber. O dilogo intradisciplinar entre as cinciarma a evitar interpretaes paradigmatizadas. E, por fim, o dilogo extradisciplinar entre cincia eadio - onde nos permitiramos sonhar um futuro para o homem.
o se trata, repitamos, de recortar, dividir ou separar. Muito pelo contrrio: os trs dilogos so eixoma nica metamorfose do saber, so as possibilidades de intercmbio que o discurso cientfico tem breviver. Eles sero insuficientes caso no sejam resignificados por uma ltima, solitria e definitivitura reunificadora, um monlogo arquetpico, onde reencontrar seu esprito em uma conscinciaentfica de si. Pois no se trata de voltar a uma situao cognitiva pr-moderna, nem de interpretarentificamente os paradigmas tradicionais, mas de estabelecer as bases de um novo saber em que nver espao para as atuais distines epistemolgicas.
Notas
) ELIADE, M. Tratado Histrico das Religies .So Paulo:Martins Fontes, 1993.
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) ALLEAU, R. A Cincia dos Smbolos. Pg. 125. Portugual: Edies 70, 1982.
) WILHELM, R. I Ching - o livro das mutaes. So Paulo: Pensamento, 1987.
) VON FRANZ, M. L. Adivinhao e sincronicidade. So Paulo: Pensamento, 1990.
) ZOHAR, D. Atravs da Barreira do Tempo - um estudo sobre a precognio e a fsica modeo Paulo: Pensamento, 1982.
) ATLAN, H.; Entre o cristal e a fumaa - Ensaio sobre a organizao do ser vivo. Rio de Janerge Zahar Editor, 1992
) Mebes. G. O. Os Arcanos menores do Tar. So Paulo: Pensamento, 1987.
) Kaplan, Stuart R. Tar Clssico. So Paulo: Pensamento,1989.
) Nichols, Sallie. Jung e o Tar. So Paulo: Cultrix, 1990. Nichols cita a teoria dos trunfos dacritora Gertrude Moakley, segundo a qual os Arcanos Maiores so simples adaptaes de ilustraum livro dos sonetos de Petrarca a Laura - o I Trionfi. O tema, comum na Idade Mdia europia,
meras verses e seria encenado teatralmente como sucesso de personagens como em um desfile.
0) Kaplan, Stuart R. Idem
Cabala e os Ocultistas
1) Wang, Robert. O Tar Cabalstico. So Paulo: Pensamento, 1993. Livro que rene de forma mmpacta todo sistema da Golden Dawn, comparando os trabalhos de Master, Waite e Crowley. Poss
ma bibliografia completa dos livros publicados pelos participantes da ordem, sendo um guia modernmparcial das idias de seus expoentes.
2) Wang, R. Idem
3) Halevi, Zev Ben Shimon. Universo Kabbalstico. So Paulo: Ed. Siciliano, 1992.
sicologia Analtica e Estrutura Simblica
4) Steinbrecher, Edwin C. A Meditao dos Guias Interiores. So Paulo: Ed. Siciliano, 1990. Obnda pouco conhecida pelos brasileiros, mas que j considerado um clssico no exterior. Explica arapia elaborada a partir da combinao das cartas com a tcnica da imaginao criativa segundo o mtal.
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