Encontros para os Grupos Bíblicos em Família 2 SUMÁRIO Apresentação ..... 3 Orientações para...

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Encontros para os Grupos Bíblicos em FamíliaTempo Quaresma/Páscoa – 2011

VIDA – MORTE – RESSURREIÇÃO

Arquidiocese de Florianópolis

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SUMÁRIO

Apresentação ..................................................................................... 3

Orientações para os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família ...................................................... 4

Celebração inicial: VIDA NO PLANETA – DOM DE DEUS ................ 6

1º Encontro: FRATERNIDADE E VIDA NO PLANETA .................... 16

2º Encontro: A BELEZA DO UNIVERSO REVELA A GRANDEZA DE DEUS ........................................... 22

3º Encontro: CUIDAR DA TERRA, CUIDAR DA VIDA! ................... 30

4º Encontro: DEUS NOS CHAMA À CONVERSÃO ....................... 38

5º Encontro: VIA-SACRA, O CAMINHO DA CRUZ E DA REDENÇÃO .............................................................. 46

6º Encontro: PÁSCOA: A VIDA VENCE A MORTE ......................... 67

7º Encontro: MARIA – MODELO DE FÉ E ORAÇÃO ..................... 73

8ª Encontro: A COMUNIDADE E A JUVENTUDE EDIFICADAS EM CRISTO ............................................................... 79

9º Encontro: CAMINHANDO NA UNIDADE .................................... 87

10º Encontro: SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS ................................................................. 93

11º Encontro: VOCAÇÃO – UM CHAMADO DE DEUS ................. 100

12º Encontro: É PENTECOSTES! .................................................. 107

Anexo 1: Hino dos Grupos Bíblicos em Família ..............................114

Anexo 2: Leitura Orante da Palavra de Deus ..................................115

Equipe de Elaboração, Revisão e Editoração .................................116

Equipes de Articulação ....................................................................117

Avaliação .........................................................................................119

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APRESENTAÇÃO

Testemunhas do RessuscitadoO que é essencial no cristianismo? Quando os primeiros pregadores do

Evangelho chegavam a um lugar em que nunca tinha sido apresentado o nome e a mensagem de Jesus de Nazaré, não havia tempo para muitas explicações e rodeios. Era preciso ir direto ao essencial. Mas, o que é essencial na fé cristã?

O cristianismo nasceu de um fato: “Ele ressuscitou!”. Esse fato ocorreu “na manhã do terceiro dia”, depois de uma sexta-feira que viu a morte de Jesus, e depois de um sábado em que seu corpo ficou em um sepulcro, guardado por soldados. “Ele ressuscitou dos mortos!”, completou o Anjo. Essa expressão quer deixar claro que ele morreu verdadeiramente, e não apenas aparentemente. Morreu como morre qualquer homem. Mas a morte não teve a última palavra. A última palavra é da vida: Jesus está vivo! (cf. Mt 28,1-8).

O cristianismo é o anúncio de uma Pessoa. Os Atos dos Apóstolos descrevem a experiência vivida pelo apóstolo Filipe. Tendo deixado Jerusalém em direção do sul, encontrou-se com um alto funcionário da rainha da Etiópia, que lia o profeta Isaías. Impulsionado pelo Espírito Santo, Filipe aproximou-se do carro e perguntou àquele homem se estava compreendendo o que estava lendo. “O eunuco disse a Filipe: “Peço que me expliques de quem o profeta está dizendo isso [NB: tratava-se da profecia sobre o Servo sofredor]. Ele fala de si mesmo ou se refere a algum outro? Então Filipe começou a falar e, partindo dessa passagem da Escritura, anunciou-lhe Jesus” (At 8,34-35). Anunciou-lhe Jesus: eis o fato que se encontra na base do cristianismo e que se refere a uma pessoa, a pessoa de Jesus de Nazaré, a quem as primeiras comunidades cristãs passaram a chamar de Senhor (Kýrios): “Se, pois, com tua boca confessares que Jesus é Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Rm 10,9).

O cristianismo é o anúncio de um plano de salvação. Quase no final de seu Evangelho, São João esclarece: “Jesus fez diante dos discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome” (Jo 20,30-31). Jesus, o Filho de Deus, veio, pois, nos trazer a vida.

As reflexões que os Grupos Bíblicos em Família de nossa Arquidiocese farão ao longo da Quaresma e do Tempo Pascal deste ano da graça de 2011 têm como objetivo fazer crescer em nós a certeza de que nossa vida tem sentido porque Jesus Cristo, nosso Senhor, morreu e ressuscitou. Ele está vivo! Com Ele, somos chamados a ressuscitar para uma vida nova.

Florianópolis, 1º de janeiro de 2011.

Dom Murilo S.R. Krieger, scjArcebispo de Florianópolis

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ORIENTAÇÕES PARA OS ANIMADORES E ANIMADORAS DOS GRUPOS BÍBLICOS

EM FAMÍLIA

Os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família exercem um ministério bonito e importante na nossa Igreja arquidio-cesana. As orientações sejam vistas como lembretes, como ajuda na sua missão de dinamizar o funcionamento dos Grupos:

1. PLANEJAMENTO: Dar início aos grupos. Colaborar com a paró-quia na divulgação e organização dos Grupos Bíblicos em Família, prioridade da Ação Pastoral Evangelizadora na Arquidiocese.

2. CELEBRAÇÃO INICIAL: Prepará-la bem. Reunir os vários grupos da comunidade ou da paróquia para fazê-la em comum.

3. AMBIENTE: É muito importante usar a criatividade, preparando bem o ambiente, com alguns símbolos que ilustrem a ideia central do encontro.– Símbolo forte, que deveria estar sempre presente, é a casinha,

porque identifica os Grupos Bíblicos em Família como “Igreja nas casas”, lembrando as primeiras comunidades cristãs.

– A Bíblia não pode faltar, porque é a fonte inspiradora de toda oração, reflexão e proposta de ação do grupo. É importante que todos os participantes a levem sempre, e que se acostumem a ler com antecedência o texto proposto para cada encontro.

4. CANTOS: Quando não são conhecidos, poderão ser rezados, ou substituídos por outros que o grupo conhece.

5. TAREFAS DO GRUPO: Envolver todos os participantes, distri-buindo responsabilidades. Dar atenção especial aos jovens e crianças. Apresentar os novos membros ao grupo. Promover um clima de acolhida e bem-estar para todos.

6. GRUPOS GRANDES: Quando o grupo for muito grande, a ponto de dificultar a participação ativa de todos, propomos que alguns membros, já bem familiarizados com a vida dos grupos, se dispo-nham a iniciar novos grupos, colaborando com a propagação do anúncio da Palavra de Deus e desta prioridade da arquidiocese na sua paróquia ou comunidade.

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7. QUESTÕES DA COMUNIDADE: Trazê-las para o grupo, conversar sobre elas. Lembrar as necessidades materiais e espirituais da comunidade (água, esgoto, lixo, calçamento, policiamento, controle do tráfico e uso de drogas, violência, locais para celebrações e de lazer, etc.), a fim de que o grupo esteja sempre atento, valorizando a vida e colaborando com o bem-estar da comunidade.

8. COMPROMISSOS: Insistir neles, a fim de que a vida do grupo não fique restrita àquela hora do encontro e desligada da realidade. Se o compromisso sugerido para um encontro for difícil de ser executado, escolha-se outro. O importante é ligar sempre oração, reflexão e ação.

9. CONTINUIDADE: Manter o grupo bem unido e articulado, moti-vando-o a dar continuidade aos encontros durante todo o ano. A equipe de redação prepara um livreto para os encontros de cada tempo litúrgico do ano, ou seja: Advento e Natal; Quaresma e Páscoa; Tempo Comum.

10. PLANEJAMENTO PAROQUIAL: Para o bom funcionamento dos GBF em nível paroquial é necessário que o nosso planejamento esteja contemplado no planejamento paroquial. – É importante que os coordenadores e animadores se reúnam

e tracem um planejamento para todo o ano, com reuniões pe-riódicas na comunidade e em nível paroquial; formação para animadores e animadoras; temas de estudos; celebrações e lançamento dos livretos, conforme o tempo litúrgico.

11. AVALIAÇÃO: É importante fazer a avaliação dos encontros do livreto. Avaliando é que se aprende a melhorar a qualidade do nos-so trabalho de evangelização. Após o último encontro, provoque o grupo a fazer a avaliação em conjunto, seguindo o questionário que está no final do livreto, e envie para:

Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em FamíliaRua Esteves Junior, 447 – Centro

CEP: 88015-130 – Florianópolis/SC E-mail: [email protected]

Obrigada pela sua valiosa colaboração e bom trabalho!

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Celebração inicial

VIDA NO PLANETA – DOM DE DEUS

“Deus viu tudo quanto havia feito, e tudo era muito bom” (Gn 1,31).

Símbolos: Bíblia, casinha, flores, planta verde e seca, água poluída, os 4 elementos da vida: terra, água (limpa), ar (balão cheio) e fogo (vela).

Acolhida: Animadores e animadoras.

Motivação e oração inicial

Animador(a) 1: Irmãos e irmãs, sejam todos bem-vindos! Após um tem-po de descanso e de férias, iniciamos com alegria e entusiasmo a nossa celebração de abertura do novo livreto da Quaresma e Páscoa. Acolhamo-nos uns aos outros com uma alegre salva de palmas e em seguida cantemos:

Canto: Eu sou feliz /: Eu sou feliz é na comunidade! Na comunidade eu sou feliz. :/

1. A nossa comunidade se reúne todo dia. E a nossa comunidade se transforma em alegria.

A 2: Deus nos reúne em seu amor, entrega seu Filho Jesus Cristo para a nossa salvação, envia o seu Santo Espírito para nos conduzir e nos fortalece com sua Palavra, ensinando-nos a crescer na fé e na missão em defesa da vida e da natureza. Saudamos a Santíssima Trindade, rezando.

Todos(as): Em nome do Pai...A 1: A Igreja inicia um novo tempo litúrgico, o Tempo da Quaresma e

Páscoa. Uma nova jornada de trabalho, em que somos chama-dos a refletir sobre nossas atitudes, preparando-nos para a festa

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da Páscoa: o mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Canto: /: Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente. :/

A 2: Nos doze encontros deste tempo, que se estenderão até Pente-costes, somos chamados a olhar o mundo com os olhos de Deus, vivendo como Ele nos pede e fazendo tudo o que é necessário para diminuir o sofrimento de tantos irmãos e irmãs e da vida do planeta terra. Cantemos, acolhendo os símbolos que trouxemos para celebrar.

(Enquanto se canta, entram os símbolos: casinha, flores, planta verde e seca, água poluída.)

Canto: Senhor, meu Deus

1. Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado, fico a pensar nas obras de tuas mãos, no céu azul de estrelas pontilhado, o teu poder mostrando a criação,

/: Então minha alma canta a ti, Senhor: Quão grande és tu, quão grande és tu. :/

A 1: Rezemos em dois lados, louvando e agradecendo a Deus Criador por suas maravilhas.

Lado A: Deus, nós te damos graças por este universo, nosso lar; pela sua vastidão e riqueza, pela exuberância da vida que o enche e da qual fazemos parte. Por isso pedimos:

Lado B: Que o ar seja puro, e que os rios tornem-se novamente límpi-dos. Que o mar seja azul assim como o azul do céu.

Canto: /: Então minha alma canta a ti, Senhor: Quão grande és tu, quão grande és tu. :/

Lado A: Que a terra seja fértil, e que todos que por ela caminham possam desfrutar livremente de tudo o que ela oferece.

Lado B: Que as árvores permaneçam dando frutos, e que seja assim enquanto for necessário para a manutenção da vida.

Canto: /: Então minha alma canta a ti, Senhor: Quão grande és tu, quão grande és tu. :/

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Lado A: Que todos os astros do céu continuem refletindo a sua beleza e magnitude, que a sua variedade e beleza possa ser apreciada por quem quer que seja.

Lado B: Que os seres vivos que habitam este planeta continuem a viver plenamente. Que o ser humano possa entender o universo na harmonia da mais bela obra do criador.

T: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no prin-cípio agora e sempre. Amém.

Canto: Bendito és tu, ó Deus criador

1. Bendito és tu, ó Deus Criador, revestes o mundo da mais fina flor; restauras o fraco que a ti se confia, e junto aos irmãos, em paz, o envias.

/: Ó Deus do universo, és Pai e Senhor, por tua bondade recebe o louvor! :/

2. Bendito és tu, ó Deus Criador, por quem aprendeu o gesto de amor: colher a fartura e ter a beleza de ser a partilha dos frutos na mesa!

A 2: O tempo quaresmal é muito propício para nossa conversão pessoal e comunitária, retomando o caminho que nos conduz a Deus: pela meditação da sua Palavra, pela oração, o jejum, a misericórdia, o perdão, a reconciliação e o amor fraterno.

Canto: /: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação! Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão! :/

Leitor(a)1: Converter-se é aderir a Jesus Cristo como centro de nossa vida. É seguir seu projeto de vida, a fim de despertar nas pessoas a consciência de promover a defesa da vida em sua totalidade.

Canto: /: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação! Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão! :/

L 2: Neste tempo litúrgico, os encontros dos Grupos Bíblicos em Fa-mília levam as pessoas a refletirem sobre o valor fundamental do evangelho, que é “vida em plenitude”. Também propõem às pessoas um caminho quaresmal de conversão de suas atitudes, de adesão ao projeto de Deus para a humanidade e para o uni-verso, de acordo com a sua vontade.

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T: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abun-dância” (Jo 10,10).

A 1: Este ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB propõe que nesta quaresma todos os batizados olhem para a natureza e percebam que muitas das suas atitudes estão con-tribuindo para o fenômeno do aquecimento global, que provoca mudanças climáticas consideráveis, com sérias ameaças para a vida em geral, e a vida humana em especial.

L 3: Com essa orientação da CNBB somos convidados a participar da Campanha da Fraternidade, refletindo sobre o tema:

T: Fraternidade e a vida no planeta. L 4: O lema da Campanha da Fraternidade nos impele a assumir

nossas responsabilidades de filhos e filhas de Deus de maneira convertida, tomando consciência da situação do nosso planeta.

T: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22).

L 1: O objetivo geral da Campanha da Fraternidade também nos faz pensar sobre a vida do nosso planeta, convidando-nos a fazer a nossa parte:

T: Contribuir para o aprofundamento do debate e busca de ca-minhos de superação dos problemas ambientais provocados pelo aquecimento global e seus impactos sobre as condições da vida no planeta.

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade

1. Olha, meu povo, este planeta terra: das criaturas todas, a mais linda! Eu a plasmei com todo amor materno, pra ser um berço de aconchego e vida.

/: Nossa mãe terra, Senhor, geme de dor noite e dia. Será de parto essa dor? Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós! Vai depender só de nós! :/

A Palavra de Deus ilumina a vida

A 2: Acolhemos com alegria a Palavra de Deus, cantando.

(Entra a Palavra de Deus, com os quatro elementos da vida: terra, água, ar e fogo.)

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Canto: Teu povo aqui reunido

1. Teu povo aqui reunido procura vida nova. Tu és a esperança, o Deus que nos consola.

/: Fala, Senhor, fala da vida. Só Tu tens palavras eternas, queremos ouvir. :/

A 1: Vamos ler a Palavra de Deus. A leitura é do livro do Gênesis (Gn 1,1-31)

(Sugerimos que o leitor da Palavra seja o narrador.)

Narrador(a): No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam o abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Deus disse:

T: ‘Faça-se a luz!’

N: Deus viu que a luz era boa. E separou a luz das trevas. A luz Deus chamou dia, e as trevas, chamou noite. E Deus disse:

T: ‘Faça-se um firmamento entre as águas, separando umas das outras’.

N: E assim se fez. Ao firmamento Deus chamou céu. E Deus disse:

T: ‘Juntem-se num único lugar as águas que estão debaixo do céu, para que apareça o solo firme.’

N: E assim se fez. Ao solo firme Deus chamou terra, e ao ajuntamento das águas, mar. E Deus viu que era bom. Disse Deus:

T: ‘A terra faça brotar vegetação: plantas, que deem semente, e árvores frutíferas, que deem fruto segundo a sua espécie’. E assim se fez.

N: Deus viu que era bom e então disse:

T: ‘Façam-se luzeiros no firmamento do céu para separar o dia da noite’.

N: E assim se fez. Deus fez os dois grandes luzeiros; o luzeiro maior para presidir ao dia, e o luzeiro menor para presidir à noite, e também as estrelas. E Deus disse:

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T: ‘Fervilhem as águas de seres vivos e voem pássaros sobre a terra...’

N: Deus criou todos os seres vivos que nadam, segundo as suas espécies, e todas as aves segundo as suas espécies. E Deus viu que era bom. Deus os abençoou, dizendo:

T: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas do mar; e que as aves se multipliquem sobre a terra”.

N: E Deus disse:

T: ‘Produza a terra seres vivos segundo as suas espécies, ani-mais domésticos, animais pequenos e animais selvagens, segundo suas espécies’.

N: E Deus viu que era bom. Então Deus disse:

T: ‘Façamos o ser humano à nossa imagem e segundo nossa semelhança’.

N: E Deus criou o ser humano à sua imagem... Homem e mulher Ele os criou. Abençoou-os e lhes disse:

T: ‘Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a!’ N: E Deus disse:

T: ‘Eis que vos dou, sobre toda a terra, todas as plantas que dão semente e todas as árvores que produzem seu fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todos os animais que se movem pelo chão, eu lhes dou todos os vegetais para alimento’.

N: E assim se fez. E Deus viu tudo quanto havia feito, e era muito bom. No sétimo dia, Deus concluiu toda a sua obra que tinha feito.

T: ‘Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, pois nesse dia Deus repousou de toda a obra da criação’.

N: Essa é a história da criação do céu e da terra. Palavra do Senhor.

T: Graças a Deus.

(Um breve silêncio.)

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Canto: /: Onipotente e bom Senhor, a ti honra, glória e louvor. Todas as bênçãos de ti nos vêm, e todo o povo te diz: Amém. :/

A 2: Vamos reler o texto em nossa bíblia em silêncio.

(Tempo para ler o texto bíblico.)

A 1: Vamos conversar sobre o texto e o tema do encontro de hoje, refletindo:a) O que nos chamou atenção neste texto bíblico?b) Qual a relação do texto com a Campanha da Fraternidade?c) De que forma o texto nos ilumina, para mudarmos nossas

atitudes no cuidado com a criação, neste tempo quaresmal e na nossa vida?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando o tema a luz da Palavra

A 2: O texto bíblico narrado relata a história da obra da criação do universo.

T: “Deus viu tudo quanto havia feito, e tudo era muito bom” (Gn 1,31).

L 2: O texto revela que Deus é o criador de tudo. Só Deus é Deus, tudo o mais é criatura. O ser humano é o ápice na obra da criação.

T: “Façamos o ser humano à nossa imagem e semelhança. Homem e mulher Ele os criou” (cf. Gn 1,26-27).

L 3: Deus colocou o ser humano no mundo para colaborar na obra da criação, zelando pela sua preservação. Ele os abençoou, dizendo:

T: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra...!” (Gn 1,28).

L 4: Deus nos dá a vida e toda a criação como um dom precioso, de valor incalculável. Tudo o que Deus criou foi um presente para a humanidade. A preservação do nosso planeta, a nossa casa comum, ficou aos nossos cuidados.

T: “Eis que vos dou, sobre toda a terra, todas as plantas que dão semente e todas as árvores que produzem seu fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todos os animais

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que se movem pelo chão, eu lhes dou todos os vegetais para alimento” (Gn 1,29).

L 1: A nossa missão é converter-nos do consumismo exagerado e da ambição que geram a violência e agressão ao meio ambiente. Cabe a todos nós defender toda a forma de vida no planeta terra.

T: “O mundo tem recursos suficientes para atender às necessi-dades de todos, mas não à ambição de todos” (Mahatma Gandhi,

grande defensor da vida e da paz).

Canto: Senhor da vida

/: Senhor da vida, tu és a nossa salvação! Ao prepararmos a tua mesa, em ti buscamos ressurreição! :/

1. Sê bendito, Senhor, para sempre. Pelos mares, os rios e as fontes! Nos recordam a tua justiça, que nos leva a um novo horizonte!

Compromissos

A 1: A partir da nossa reflexão de hoje somos convidados a continuar a obra criadora de Deus, até mesmo com pequenas atitudes no dia a dia. a) Mobilizar a comunidade, reivindi-

cando a coleta seletiva de reciclá-veis em todos os municípios junto à prefeitura e à secretaria do meio ambiente;

b) Conscientizar as crianças e jovens sobre a importância do cuidado com o meio ambiente;

c) Separar sempre o lixo orgânico do reciclável. Não jogar lixo no chão, nos bueiros, etc...;

d) Economizar água ao lavar a louça, roupa, carro, calçadas, ao escovar os dentes e ao tomar banho;

e) Divulgar de várias formas a Campanha da Fraternidade: com campanhas de conscientização, projetos de preservação em parceria com a secretaria do meio ambiente e entidades co-munitárias.

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Oração e bênção

A 2: Nesta Quaresma queremos, com renovada disposição, rezar a oração da Campanha da Fraternidade, que nos propõe um ca-minho de conversão e nos leva ao compromisso na convivência carinhosa e cuidadosa com toda a Criação.

Lado A: Senhor Deus, nosso Pai e Criador. A beleza do universo revela a vossa grandeza, a sabedoria e o amor com que fizestes todas as coisas, e o eterno amor que tendes por todos nós.

Lado B: Pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra, e o que era para ser garantia da vida está se tornando ameaça.

Lado A: A beleza está sendo mudada em devastação, e a morte mostra a sua presença no nosso planeta.

Lado B: Que nesta quaresma nos convertamos e vejamos que a criação geme em dores de parto, para que possa renascer segundo o vosso plano de amor, por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes.

T: E, assim, como Maria, que meditava a vossa Palavra e a fazia vida, também nós, movidos pelos princípios do Evangelho, possamos celebrar na Páscoa do vosso Filho, nosso Se-nhor, o ressurgimento do vosso projeto para todo o mundo. Amém.

A: Deus da vida e do amor nos conceda sabedoria, força e coragem para vivermos a vida em plenitude. Que Deus nos dê a sua graça e a sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós!

T: Abençoe-nos Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade

1. Olha, meu povo, este planeta terra: das criaturas todas a mais linda! Eu a plasmei com todo amor materno, pra ser um berço de aconchego e vida.

/: Nossa mãe terra, Senhor, geme de dor noite e dia. Será de parto essa dor? Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós! Vai depender só de nós! :/

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2. A terra é mãe, é criatura viva; também respira, se alimenta e sofre. É de respeito que ela mais precisa! Sem teu cuidado ela agoniza e morre.

3. Vê, nesta terra, os teus irmãos. São tantos... que a fome mata e a miséria humilha. Eu sonho ver um mundo mais humano, sem tanto lucro e muito mais partilha!

4. Olha as florestas: pulmão verde e forte! Sente esse ar que te entreguei tão puro... Agora, gases disseminam morte; o aque-cimento queima o teu futuro.

5. Contempla os rios que agonizam tristes. Não te incomoda poluir assim? Vê: tanta espécie já não mais existe! Por mais cuidado implora esse jardim!

6. A humanidade anseia nova terra. De dores geme toda a criação. Transforma em Páscoa as dores dessa espera. Quero essa terra em plena gestação!

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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1º Encontro

FRATERNIDADE E VIDA NO PLANETA

“Vou estabelecer minha aliança convosco e com vossa descendência, com todos os seres vivos

que estão convosco” (Gn 9,9-10).

Ambiente: Bíblia, casinha, cartaz da campanha, terra, água, plantas, flores, fotos de desastres ambientais, etc.

Acolhida: Pela família que acolhe o grupo.

Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam todos bem-vindos! Vamos parti-lhar as experiências que temos praticado no cuidado com a vida humana e do meio ambiente em que vivemos.

(Tempo para conversar.)

Motivação e oração inicial

A: Neste tempo quaresmal temos a oportunidade, também através dos nossos Grupos Bíblicos em Família, de nos prepararmos bem para a Páscoa de Jesus. Aproveitemos então este tempo de Quaresma e Campanha da Fraternidade, que caminham juntas e são fortes apelos à conversão e à fraternidade, para construirmos sinais de ressurreição ao nosso redor. A proposta da CNBB para toda a Igreja apresenta o tema e lema da Campanha da Frater-nidade para ser refletido:

Todos(as): Tema: Fraternidade e a vida no planeta; e o lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22).

A: Vamos saudar a pessoa que está ao nosso lado, manifestando nossa alegria e compromisso por estarmos participando dos en-contros neste tempo quaresmal.

(Tempo para conversar.)

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A: Com a certeza da presença de Deus no meio de nós, saudemos a Trindade Santa.

T: Em nome do Pai,...A: Em dois coros, rezemos a Oração da Campanha da Fraternidade.

Lado A: Senhor Deus, nosso Pai e Criador. A beleza do universo revela a vossa grandeza, a sabedoria e o amor com que fizestes todas as coisas, e o eterno amor que tendes por todos nós.

Lado B: Pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra, e o que era para ser garantia da vida está se tornando ameaça. A beleza está sendo mudada em devastação, e a morte mostra a sua presença no nosso planeta.

Lado A: Que nesta quaresma nos convertamos e vejamos que a criação geme em dores de parto,

Lado B: Para que possa renascer segundo o vosso plano de amor, por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes.

T: E, assim, como Maria, que meditava a vossa Palavra e a fazia vida, também nós, movidos pelos princípios do Evangelho, possamos celebrar na Páscoa do vosso Filho, nosso Se-nhor, o ressurgimento do vosso projeto para todo o mundo. Amém.

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade

1. Olha, meu povo, este planeta terra: das criaturas todas a mais linda! Eu a plasmei com todo amor materno, pra ser um berço de aconchego e vida.

/: Nossa mãe terra, Senhor, geme de dor noite e dia. Será de parto essa dor? Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós! Vai depender só de nós! :/

Refletindo o tema

A: A vida do planeta e de todos os seres vivos corre perigo. A causa desta ameaça está no desequilíbrio e na desintegração ecológi-ca. Olhando ao nosso redor, podemos ver bem o que mudou na natureza.

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Leitor (a) 1: Nos últimos anos, o nosso planeta vem sofrendo alterações climáticas significativas, provocando desastres ambientais, como tornados, furacões, tempestades, enxurradas, ondas de calor e de frio, as secas, as geleiras derretendo, o mar subindo... E as consequências de tudo isso afetam a vida no planeta.

L 2: Esse desequilíbrio das mudanças climáticas tem no ser humano seu principal causador.

L 3: Como tantas vezes destruímos e exploramos a natureza sem res-ponsabilidade, precisamos agora, como agentes da vida, proteger e regenerar urgentemente os recursos naturais do planeta.

L 4: Precisamos de uma conversão no sentido pleno da palavra – uma conversão do nosso espírito, da nossa cultura, da nossa tecnologia, das nossas relações sociais, econômicas e políticas, de modo que a humanidade exista na natureza para promover a vida.

Canto: /: Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente. :/

A: O modelo atual de desenvolvimento se considera o caminho certo para a solução dos muitos problemas da sociedade; no entanto, ele mesmo é também causa das situações de desigualdade social, de descaso da saúde, da educação e do meio ambiente.

T: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22).

Canto: /: Nossa mãe terra, Senhor, geme de dor noite e dia. Será de parto essa dor? Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós! Vai depender só de nós! :/

Iluminando a vida com a Palavra

A: O texto bíblico que ouviremos cha-ma nossa atenção para o cuidado de Deus, o Criador, com todas as suas criaturas. Como discípulos e discípulas de Jesus, sentimo-nos convidados a dar graças pelo dom da criação.

Canto: Fala, Senhor

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Fala, Senhor, fala, Senhor, palavra de fraternidade. Fala, Senhor, fala, Senhor, és luz da humanidade!

1. A tua Palavra que a terra alcança é luz, esperança que faz caminhar.

2. A tua Palavra, farol de justiça, que vence a cobiça, é bênção e paz.

A: Leitura do Livro do Gênesis (Gn 6,9-13; 8,1-3; 9,8-11).

(Sugerimos três leitores(as) da Palavra.)

Leitor(a) da Palavra 1 – Gênesis 6,9-13.

Leitor(a) da Palavra 2 – Gênesis 8,1-3.

Leitor(a) da Palavra 3 – Gênesis 9,8-13.(Um breve silêncio.)

A: Vamos conversar, destacando o fato principal das narrativas, e refletir sobre algumas questões trazidas por estes textos.1. O que mais nos chamou a atenção nestes textos bíblicos? Por

quê?2. Qual é a proposta central de cada parte dos textos lidos?3. Por que Deus mandou o dilúvio?4. Qual a razão da indignação de Deus?

(Tempo para refletir.)

Aprofundando a Palavra

A: No texto proclamado e refletido, Deus nos chama a ter atitudes justas para cuidarmos bem da vida; mostra-nos que é preciso tomar posição firme de conversão diante dos apelos da criação.

L 1: No desígnio maravilhoso de Deus, o ser humano é chamado a viver em comunhão com Ele, em comunhão com seus semelhan-tes e com toda a criação.

L 2: Mas, diante das injustiças e corrupções da humanidade, o dilúvio aconteceu.

L 3: O texto foca duas atitudes diferentes de Deus. Inicialmente, vontade de destruição, da qual depois se arrepende. A seguir,

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tem atitudes de cuidado e carinho e realiza sua aliança com seu povo.

T: “Estabeleço convosco a minha aliança... Não haverá mais dilúvio para devastar a terra” (Gn 9,11).

L 4: Abençoados pelo sinal da aliança de Deus, não temos o direito de destruir os seres vivos, pois eles também fazem parte da mesma aliança com Deus.

T: “Ponho o meu arco nas nuvens, como sinal da aliança entre mim e a terra” (Gn 9,13).

Canto: /: Eis o tempo de conversão. Eis o dia da salvação: Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão! :/

Assumindo compromissos

A: Diante dos sinais e tantos avisos que a natureza nos tem dado, qual tem sido nossa atitude? Ficamos indiferentes e nos omitimos, ou estamos enfrentan-do estes grandes desafios a partir da vivência de fé, fazendo o que for pos-sível em cada tempo e cada lugar?

(Momento de silêncio.)

A: Como cristãos autênticos, somos convocados a agir na prevenção às mudanças climáticas. Para isso, a primeira coisa a fazer é a nossa conversão pessoal, que implica na mudança de comporta-mento social. Ações pequenas têm resultados significativos. Como grupo, comunidade reunida, o que vamos fazer concretamente durante a Quaresma e no tempo Pascal?

(Tempo para conversar.)

Oração e bênção

A: Deus criador, tu criaste o mundo com a tua Palavra e viste que tudo era bom. Hoje, porém, com nossas ações egoístas, e injus-tas para com as pessoas e também para com o meio ambiente,

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reconhecemos nossa falta de consciência, nossa sede de posse e poder. Pedimos perdão:

(Momento para pedido de perdão.)

Canto: /: Misericórdia, nosso Deus, perdão. Misericórdia, tende compaixão! :/

A: Lembremos que, cuidando da criação, estaremos recebendo a misericórdia de Deus. Juntos, rezemos:

T: Pai Nosso... Glória ao Pai...A: Que a bênção de Deus pleno de amor e misericórdia esteja com

todos nós.

T: Abençoa-nos Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.Canto: Pelos prados e campinas

1. Pelos prados e campinas verdejantes eu vou. É o Senhor que me leva a descansar. Junto às fontes de águas puras, repou-santes, eu vou. Minhas forças o Senhor vai animar.

/: Tu és, Senhor, o meu Pastor. Por isso, nada em minha vida faltará. Tu és, Senhor, o meu Pastor. Por isso, nada em minha vida faltará. :/

2. Com alegria e esperança caminhando eu vou. Minha vida está sempre em suas mãos. E na casa do Senhor eu irei habitar, e este canto para sempre irei cantar.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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2º Encontro

A BELEZA DO UNIVERSO REVELA A GRANDEZA

DE DEUS

“O Senhor Deus chamou o homem e perguntou: Onde estás?” (Gn 3,9).

Ambiente: Bíblia, casinha, cruz, vela, cartaz da Campanha da Fraternidade, terra, água, mu-das de plantas, sementes, flores, frutas, etc.

Acolhida: Pela família que acolhe o grupo

Motivação e oração inicial

Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos! Vamos iniciar o nosso encontro, partilhando a experiência do compromisso assumido na semana passada.

(Tempo para conversar.)

A: Aqui viemos para continuarmos nossa reflexão, nesta quaresma, tempo propício à oração e à conversão. Saudemos a Santíssima Trindade, rezando:

Todos(as): Em nome do Pai,...

A: Enquanto caminhamos para a celebração da Páscoa do Senhor, a festa da vida, a Igreja nos convida a olharmos para o que está acontecendo ao nosso redor e em todo o planeta. É bom lem-brarmos o tema e o lema da Campanha da Fraternidade.

Lado A: Fraternidade e vida do planeta.

Lado B: “A criação geme em dores de parto!” (Rm 8,22).

A: Ao cantar o hino da Campanha da Fraternidade, fiquemos atentos à mensagem que o mesmo nos apresenta.

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade

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1. Olha, meu povo, este planeta terra: das criaturas todas a mais linda! Eu a plasmei com todo amor materno, pra ser um berço de aconchego e vida.

/: Nossa mãe terra, Senhor, geme de dor noite e dia. Será de parto essa dor? Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós! Vai depender só de nós! :/

A: Rezemos em dois lados a Oração da Campanha da Fraternidade.

Lado A: Senhor Deus, nosso Pai e Criador. A beleza do universo revela a vossa grandeza, a sabedoria e o amor com que fizestes todas as coisas, e o eterno amor que tendes por todos nós.

Lado B: Pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra, e o que era para ser garantia da vida está se tornando ameaça. A beleza está sendo mudada em devastação, e a morte mostra a sua presença no nosso planeta.

Lado A: Que nesta quaresma nos convertamos e vejamos que a criação geme em dores de parto. Para que possa renascer segundo o vosso plano de amor, por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes.

Lado B: E, assim, como Maria, que meditava a vossa Palavra e a fazia vida, também nós, movidos pelos princípios do Evangelho, possamos celebrar na Páscoa do vosso Filho, nosso Senhor, o ressurgimento do vosso projeto para todo o mundo.

T: Amém.

Canto: Eis o tempo de conversão. Eis o dia da salvação: Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão!

Aprofundando o tema

A: No encontro de hoje vamos nos voltar para a Palavra de Deus, buscando inspiração e luzes que apontem caminhos a serem trilhados por nós em favor da preservação do planeta.

Leitor(a) 1: Através da Bíblia, Deus nos chama a ter atitudes justas para cuidar bem da vida.

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L 2: Na primeira narrativa da criação, Deus criador vai gerando vida na semana da criação. Deus dá à terra o poder de gerar frutos, árvores, sementes, flores, ervas e verduras.

(Colocar os símbolos no centro.)

L 3: Como vemos na narrativa dos cinco primeiros dias da criação, Deus tudo criou numa grande harmonia cósmica, na qual se integram os animais, segundo suas espécies, e, no sexto dia, o ser humano, criado à imagem de Deus.

T: “E Deus viu tudo quanto havia feito, e tudo era muito bom” (Gn 1,31).

Canto: Louvado seja meu Senhor

Louvado seja o meu Senhor! (4x)1. Por todas as suas criaturas. Pelo sol e pela lua. Pelas estrelas

do firmamento. Pela água e pelo fogo.

A: O ser humano recebeu a missão de cultivar e guardar o “jardim”, a criação. Porém, estamos percebendo que, de modo geral, a humanidade não está cuidando bem desse grande jardim recebido do criador.

L 4: O homem e a mulher, criados à imagem e semelhança de Deus, têm responsabilidades: diante da natureza, diante do semelhante e diante do Criador.

T: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10).

L 1: As realizações humanas, assim como todas as atividades das pessoas e dos povos, devem contribuir para que a obra de Deus tenha continuidade.

L 2: Na sociedade atual vemos que, de um lado, o progresso cienti-fico e econômico, político e social traz contribuições para o bem da humanidade; de outro lado, porém, também introduz muitas situações que atentam contra tudo o que é vida no planeta.

A: É preciso saber discernir entre o que é a favor e o que é contra a vida. Quando abordamos o tema da vida, devemos ter presentes as relações existentes entre os seres vivos, assim como com toda a natureza.

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L 3: Fazemos parte da biodiversidade e dela dependemos, para que as gerações futuras tenham vida em abundância.

Canto: Dom da vida

/: Ó Senhor, nós queremos a vida por Jesus que se faz nosso irmão, em seu povo, na fé reunido, na partilha do amor e do pão. :/

1. Jesus Cristo por nós deu sua vida, testemunha fiel – bom Pas-tor. A tal gesto também nos convida: pelo irmão nos doarmos no amor!

A Palavra de Deus ilumina

A: No capítulo três do livro do Gênesis, que vamos ler, há uma história famosa e importante. O primeiro casal humano enfrenta uma escolha difícil: permane-cer no jardim desenhado e protegido por Deus ou assumir a responsabili-dade de construir seu próprio jardim, correndo o risco de enveredar por caminhos errados. Com alegria aco-lhemos a Palavra de Deus, cantando:

Canto: Bendita, bendita, bendita a Palavra do Senhor! Bendito, bendito, bendito quem a vive com amor!

Leitor(a) da Palvra: Leitura do livro do Gênesis (Gn 3,1-23).(Silêncio para interiorizar a Palavra.)

A: Para entender melhor o texto, vamos refletir sobre o seu significado.a) Contar o texto.b) Ler o versículo que mais chamou atenção.c) Neste texto há 3 personagens importantes: Deus, o casal hu-

mano e a serpente. O que cada um busca e faz?d) Qual a principal mensagem do texto que lemos?e) Existe relação entre este texto e o tema da Campanha da

Fraternidade? Qual? (Tempo para refletir.)

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Aprofundando a Palavra

A: A partir do texto que acabamos de ler (Gn 3,1-23), surgem algumas perguntas: Onde estava este jardim? O que representa a serpen-te? Qual o sentido do fruto proibido?

L 4: O jardim é do tamanho do mundo e, portanto, não é um lugar exato. Mas qualquer lugar pode ser um “jardim de delícias”. Depende de quem mora nele e de como age.

L 1: Nesse sentido, todo dia nós podemos destruir ou reconstruir o jardim da alegria e da festa. Depende de nós.

L 2: A serpente é símbolo da mentira, da falsidade, da intriga, da cor-rupção..., de tudo que provoca morte. Ela quer tomar o lugar de Deus. Ela é sabida e tem um “bom papo”, sabe convencer.

T: “De modo algum morrereis. Se comerdes do fruto da árvore, sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal” (Gn 3,4-5).

L 3: Com o gesto de Adão e Eva, aceitando a proposta da serpente, são rompidas as relações de harmonia com a natureza, de ami-zade e fraternidade entre o homem e a mulher, e de amor entre o ser humano e Deus.

T: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela” (Gn 3,15a).

L 4: A Bíblia ensina que o ser humano é responsável por suas atitu-des. Por isso, Deus o chama à sua responsabilidade: Adão, onde estás?

L 1: Mas o pecado não é a última história contada. Deus decide conti-nuar com a sua criação. Adão diz à sua mulher: “Você se chamará Eva, mãe de toda a humanidade” (Gn 3,20).

T: A última palavra é de esperança, e nos diz que a vida continua fora do “jardim”.

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade 2008

1. Com carinho desenhei este planeta, com cuidado aqui plantei o meu jardim. Com alegria, eu sonhei um paraíso para a vida, dom de amor que não tem fim.

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/: Ponho, então, à tua frente dois caminhos diferentes: vida e morte, e escolherás. Sê sensato: escolhe a vida! Parte o pão, cura as feridas! Sê fraterno e viverás. :/

A: Ao longo da história, e principalmente em nossos dias, os detento-res do poder quiseram comer da árvore do bem e do mal, utilizan-do de modo destrutivo os bens do planeta. Assim, chegamos ao ponto em que as condições para a vida se encontram seriamente ameaçadas, com o efeito estufa e as mudanças climáticas do planeta.

L 2: O pecado do princípio é um pecado que hoje se torna atual quando as pessoas se deixam conduzir pelo anseio e desejo de dominação do outro, de modo violento, causando destruição e morte.

L 3: Este pecado diz que o ser humano quis ser igual a Deus. Ele não quis obedecer a Deus: quis dominar o mundo, subjugando os demais seres, em uma guerra social e ecológica que leva inevitavelmente à morte.

L 4: A desordem surge quando homem e mulher pretendem conhecer o bem e o mal, com a intenção de se tornarem poderosos e, assim, dirigir toda a criação, conforme suas leis e critérios, sem nenhum respeito pelas normas que regem o relacionamento humano justo e solidário com o universo.

T: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não deves comer, porque, no dia em que dela comeres, com certeza morrerás” (Gn 2,16-17).

A: Esse enunciado bíblico indica ao homem e à mulher que podem usufruir dos bens do jardim, desde que mantenham a ordem de Deus que aponta para a justiça e a solidariedade, em vista do bem de todos.

Canto: De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar um novo hino de unidade, amor e paz.

Assumindo compromissos

A: O universo, a magnífica obra de Deus criador, oferece à imensa diversidade de seres vivos tudo que os circunda e lhes dá condi-

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ções de vida: terra, água, ar e fogo. O ser humano, a única criatura feita à imagem e semelhança de Deus, tem a responsabilidade de cuidar de toda essa obra da criação.– Contribuir com a Campanha da Solidariedade, que será reali-

zada no Domingo de Ramos;– Elaborar projetos de preservação ao meio ambiente e de

promoção humana para que todos tenham uma vida digna em parceria com o Fundo Arquidiocesano de Solidariedade (FAS);

– O mais que podemos fazer para que o meio ambiente seja preservado, e as gerações futuras tenham melhores condições de vida?

(Tempo para conversar e assumir compromissos.)

Oração e bênção

A: Diante da Palavra de Deus, da reali-dade em que vivemos e das nossas atitudes no dia a dia em relação ao meio ambiente, peçamos perdão.

(Após cada pedido de perdão, cantemos:)

Canto: /: Misericórdia, nosso Deus, perdão. Misericórdia, tende com-paixão. :/

A: Ao rezar o Pai Nosso, fiquemos atentos ao que estamos dizendo a Deus.

T: Pai Nosso...A: Peçamos a bênção de Deus, com as palavras do Salmo 115,12

a 15.

T: Que o Senhor se lembre de nós e nos abençoe. Que o Senhor nos abençoe, ele que fez o céu e a terra. Que a bênção de Deus Pai, Filho e Espírito Santo esteja com todos nós. Amém.

(Enquanto se canta, faz-se a partilha das plantas, sementes, frutas, flores e água.)

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Canto: Imaculada

/: Imaculada Maria de Deus, coração pobre acolhendo Je-sus! Imaculada Maria do povo, Mãe dos aflitos que estão junto à cruz! :/

1. Um coração que era “sim” para a vida, um coração que era “sim” para o irmão. Um coração que era “sim” para Deus, Reino de Deus renovando este chão.

2. Olhos abertos pra sede do povo, passo bem firme que o medo desterra. Mãos estendidas que os tronos renegam, Reino de Deus que renova esta terra!

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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3º Encontro

CUIDAR DA TERRA, CUIDAR DA VIDA!

“Toda a criação, até o presente, está gemendo como que em dores de parto!” (Rm 8,22).

Ambiente: Bíblia, casinha, vela, jarra com água, planta verde, galho seco, vasilha com terra, sementes, e o cartaz da Campanha da Fraternidade, (se possível).

Acolhida: Pelos donos da casa.

Animador(a): Num clima de partilha e fraternidade, vamos conversar sobre as experiências que tivemos ao colocar em prática os com-promissos assumidos no encontro passado.

(Tempo para conversar.)

Motivação e oração inicial

A: Irmãos e irmãs, bem-vindos! É com muito entusiasmo e alegria que nosso grupo novamente se reúne, para juntos rezar, meditar a Palavra de Deus e sair em missão. Saudemos com alegria a Santíssima Trindade presente no meio de nós.

Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.A: Vamos rezar, em dois coros, a oração do “Salmo da Criação”.

Lado A: A ti, ó Deus, celebra a criação que geme e aguarda a liberta-ção (Rm 8,22).

Lado B: Como são numerosas as tuas obras, Javé, a terra está repleta de tuas criaturas e a todas fizeste com sabedoria (Sl 104,24).

Lado A: Fizeste o sol para governar o dia, a lua e as estrelas para governarem a noite (Sl 136,8-9).

Lado B: Eis o vasto mar, com braços imensos, onde se movem animais pequenos e grandes (Sl 104,25).

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Lado A: O céu manifesta a beleza de Deus, e o firmamento proclama a obra de suas mãos (Sl 19,1).

Lado B: Tu cuidas da terra que formaste e sem medida a enriqueces (Sl 65,10).

T: Louve a Javé a terra inteira, louvem a Javé os povos todos: homens e mulheres, jovens e adultos, velhos e crianças (Sl

148). Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade

1. Olha, meu povo, este planeta terra: das criaturas todas a mais linda! Eu a plasmei com todo amor materno, pra ser um berço de aconchego e vida.

/: Nossa mãe terra, Senhor, geme de dor noite e dia. Será de parto essa dor? Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós! Vai depender só de nós! :/

2. A humanidade anseia nova terra. De dores geme toda a criação. Transforma em Páscoa as dores dessa espera, quero essa terra em plena gestação!

Aprofundando o tema

A: Nesta Quaresma, durante os encontros anteriores, já pudemos refletir bastante sobre a Campanha da Fraternidade. Percebemos que são várias as situações causadoras das mudanças climáticas, que geram morte, ameaçando a vida presente em nossa Casa comum.

Leitor(a) 1: A proposta dos encontros que os livretos dos Grupos Bí-blicos em Família nos apresentam é que, a cada reflexão feita no grupo, a cada encontro, possamos trilhar com mais convicção um caminho de conversão, que nos conscientize da situação de nosso planeta.

L 2: Mais do que estarmos conscientes a respeito das condições climáticas é importante que cada pessoa também tenha clareza de seu papel no cuidado e zelo com toda a Criação.

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T: “A terra é de todos, e assim deve ser”, já nos diz a letra de uma música popular. Logo, se a terra é de todos, também é de todos a responsabilidade de salvá-la!

L 3: No encontro de hoje vamos conversar melhor sobre as diversas possibilidades que temos de agir em favor de nosso planeta, com ações concretas e iniciativas comunitárias.

A: As alternativas são inúmeras, passam por acordos entre países. Porém, não são só as grandes iniciativas, que envolvem países e governantes, que podem contribuir para a redução da emissão de gases que geram o aquecimento global: suas ações são fun-damentais, mas nós, pessoas comuns, também podemos oferecer nossa parcela de colaboração.

L 4: Para isso se faz necessária uma mudança de comportamento e de cultura, sem o quê não será possível dar passos largos!

Canto: /: Nossa mãe terra, Senhor, geme de dor noite e dia. Será de parto essa dor? Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós! Vai depender só de nós! :/

A: A preservação do domingo, como dia do Senhor e do descanso, é uma ação concreta que contribuirá para o cuidado do planeta.

L 1: O atual sistema capitalista faz do domingo um dia de consumo, e não um dia dedicado ao Senhor, ao descanso e à convivência em família. Tudo está a serviço do dinheiro!

L 2: Diante disso, as empresas, fábricas e o comércio seguem a ló-gica da produção em massa, sem descanso, numa rotina sem intervalos, tudo em vista de vender cada vez mais.

L 3: É comum, hoje, os shoppings, comércios e supermercados es-tarem funcionando normalmente aos domingos, tirando o direito do descanso do trabalhador.

L 4: Como consequência, inúmeras famílias deixam de se encontrar, trocam seus passeios por idas a shoppings e comércio.

T: Com o resgate do domingo, como dia do Senhor e do des-canso, as pessoas hão de se perceber como integrantes da criação, dom de Deus, e retomar o compromisso de cuidar do jardim do Senhor.

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Canto: /: Alegres vamos à casa do Pai, e na alegria cantar seu louvor! Em sua casa somos felizes: participamos da ceia do amor. :/

A: O desmatamento é também um dos grandes causadores do efeito estufa. Embora a Amazônia seja a maior vítima dessas práticas, não significa que outras regiões também não sofram desse mal.

L 1: Nosso bioma, a Mata Atlântica, também vem sofrendo com o desmatamento. Em nossa Arquidiocese, a área de preservação da Serra do Tabuleiro também sofre com os grandes projetos econômicos das construtoras.

L 2: O agronegócio, muito comum em Santa Catarina, tem sua parcela de contribuição. Ele se baseia na monocultura, não se articula com a biodiversidade e a destrói. Polui a terra com excesso de agrotóxico, comprometendo as nascentes de rios e águas.

T: “Toda a criação, até o presente, está gemendo como que em dores de parto!” (Rm 8,23).

(Neste momento, alguém pega nas mãos o galho seco e o vai passando de mão em mão aos demais,

podendo-se lembrar situações vivenciadas na comunidade ou município, que destruíram a natureza.)

Canto: Xote Ecológico

/: Não posso respirar, não posso mais nadar, a terra está morrendo, não dá mais pra plantar. E se plantar, não nasce, e se nascer, não dá, até pinga da boa é difícil de encontrar. :/

1. Cadê a flor daqui? Poluição comeu. O peixe que é do mar? Poluição comeu. O verde onde é que está? Poluição comeu. E nem o Chico Mendes sobreviveu.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Vamos ouvir com atenção a leitura da Carta de Paulo aos Roma-nos, que vem iluminando toda a reflexão do tema da Campanha da Fraternidade, durante o período quaresmal.

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Canto: A Palavra de Deus vai chegando, vai!

Leitor(a) da Palavra: Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos (Rm 8,18-26).

A: Vamos conversar, para compreen-dermos melhor o que Paulo nos quer dizer:a) Reler o texto e, em seguida, destacar a frase que mais chamou

a atenção.b) Ler juntos em voz alta o versículo 22.c) O que nós entendemos por criação? d) O que Paulo diz a respeito da criação? E dos sofrimentos do

tempo presente?

Refletindo o tema com a Palavra

A: Nesse texto da Carta aos Romanos, Paulo une o gemido que sai da terra com o da humanidade.

L 3: Os nossos pecados, que se manifestam em atos de violência, ganância, injustiça, corrupção e outros males, colocam a huma-nidade e a natureza em risco de morte.

T: “A criação espera ansiosamente a revelação dos filhos e filhas de Deus” (Rm 8,19).

L 4: A partir dessa ideia, Paulo olha o mundo – e o que vê?

L 1: Vê a natureza gemendo por libertação, a qual somente lhe virá a partir da libertação humana.

T: “A criação espera ser libertada da escravidão, da corrupção, em vista da liberdade... dos filhos e filhas de Deus” (Rm 8,21).

L 2: Paulo escuta o gemido da humanidade, e da natureza que quer se libertar, mas não sabe como.

T: “O Espírito Santo vem em socorro de nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir nem como pedir; é o Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis...” (Rm 8,26).

L 3: Paulo anima-nos ao dizer que, ao nosso gemido, o Espírito San-to vem em socorro, pois não sabemos escutar os gemidos que

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sobem do universo, nossa casa comum, e se dirigem ao próprio Deus.

L 3: Precisamos deixar-nos conduzir pelo Espírito Santo, que faz do seu gemido o nosso e o da natureza e nos impulsiona a vivermos em harmonia com a criação que anseia por libertação.

T: “Sabemos que toda a criação, até o presente, está gemendo com que em dores de parto...” (Rm 8,22).

A: Paulo usa a imagem do parto – imagem bonita, carregada de amor e vida. Ao olhar essa imagem, ele só pode concluir sua reflexão elevando um hino de amor. Amor capaz de tudo para gerar vida.

L 4: É o amor de Jesus que, livremente, aceita a morte na cruz para dar início ao processo da nova geração, da nova vida e ressurreição.

T: Mergulhados no amor de Jesus Cristo, não podemos fazer outra coisa senão viver a dimensão do amor!

Canto: /: Onipotente e bom Senhor, a ti a honra, glória e louvor. Todas as bênçãos de ti nos vêm, e todo o povo te diz: Amém. :/

(Nesse momento, enquanto se canta, alguém toma nas mãos a planta verde e a eleva, num ato de agradecimento

pela vida presente no planeta.)

A Palavra de Deus nos chama à missão

A: Nosso planeta, que geme como em dores de parto, precisa de nossa redenção, de nossa ação concreta. Para isso, queremos no dia de hoje assumir alguns compromissos:a) Substituir as sacolas plásticas por bolsas de algodão. Além de

serem mais bonitas e resist entes, não poluem a natureza.b) Consumir verduras e frutas orgânicas que não possuem agro-

tóxicos. Com isso, também estamos valorizando a agricultura familiar e os pequenos produtores rurais.

c) Usar vidros para conservar os alimentos. Os alumínios e plásticos poluem, e, para serem produzidos, utiliza-se muita energia.

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d) Em casa ou no trabalho usar lâmpadas econômicas. Resistem mais e consomem cinco vezes menos que as normais. Subs-tituir as pilhas alcalinas por recarregáveis.

e) Ter a consciência de não deixar a torneira aberta ao escovar os dentes, e reduzir o tempo no banho, pois três minutos de banho equivalem a 40 litros de água.

f) Usar os resíduos de alimentos, cascas de legumes e frutas, para fazer adubos orgânicos.

A: Lembremo-nos: Reciclar e reaproveitar são atitudes que estão ao nosso alcance. Pensemos nisso!

Oração e bênção

A: No encontro de hoje pudemos perceber que, se nos organizarmos e iniciarmos algumas pequenas ações lá em casa, na família e com os vizinhos, poderemos estar iniciando um grande mutirão em defesa de nossa “casa comum”, nosso chão sagrado.

Como mais um sinal de compromisso com Deus e com toda a criação, vamos pegar um punhado de sementes e levar para casa, para plantarmos em um vaso, garrafa pet cortada, caixinhas de lei-te, qualquer embalagem. Ao plantarmos essa semente, plantemos também nossos compromissos de cuidado com o planeta Terra. Terra que é de Deus, que vem de Deus e nos é presenteada.

Bênção das Sementes

A: Estendendo nossas mãos para as sementes, digamos, juntos:

T: Abençoa, Senhor, essas sementes que, germinadas, nos dão o alimento necessário para nossa sobrevivência. Que estas sementes aqui expostas possam ser sinal de esperança e de nosso compromisso com a preservação de nossa casa comum, na construção de um novo céu e uma nova terra para todas as pessoas. Que elas germinem em terra fértil e nos deem vida. Amém!

A: Rezemos juntos, pedindo a bênção de Deus e a intercessão de Maria.

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T: Pai Nosso, Ave-Maria... Abençoe-nos o Pai, Filho e o Espírito Santo. Amém.

Canto: Eu creio na semente

/: Eu creio na semente lançada na terra, na vida da gente. Eu creio no amor. :/

1. No canto sonoro da ave que voa, a liberdade é um grito, bem alto ressoa. No jovem que luta a esperança se faz, a semente que nasce é vitória da paz.

2. Nas mãos que semeiam o sonho de Deus na terra de todos, presente do céu, renasce a alegria no rosto do povo. Com certeza veremos um mundo mais novo.

(Enquanto se canta, distribuem-se as sementes.)

Você sabia que:

Bioma: é um conjunto de ecossistemas constituído por características (fauna e flora) de vegetação semelhante em determinada região. No Brasil, os Biomas conhecidos são: Mata Atlântica, Amazônico, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Pampa. Em SC, nosso Bioma é a Mata Atlântica.

Ecossistema: é o conjunto dos relacionamentos mútuos entre determinado meio ambiente e a flora, a fauna e os microrganismos que nele ha-bitam, e que incluem os fatores de equilíbrio geológico, atmosférico, meteorológico e biológico.

Agronegócio: é um modo de produção que utiliza grandes extensões de terra e se dedica à monocultura (um só produto), com mão-de-obra ba-seado em baixos salários, uso intensivo de agrotóxicos e de sementes transgênicas.

Biodiversidade: Compreende a totalidade de variedade de formas de vida que podemos encontrar na Terra (plantas, aves, mamíferos, insetos, microorganismos). É responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte de imenso potencial de uso econômico.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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4º Encontro

DEUS NOS CHAMA À CONVERSÃO

“Senhor, a metade dos meus bens darei aos pobres, e, se prejudiquei alguém,

vou devolver quatro vezes mais” (Lc 19,8b).

Ambiente: Bíblia, casinha, crucifixo, cartaz da Cam-panha da Fraternidade 2011(se possível), pano roxo, pano branco, água, figuras que representem: arrependimento, conversão, perdão, paz.

Acolhida: Pela família que acolhe o grupo.

Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam todos bem-vindos! Vamos partilhar as experiências que tivemos ao colocar em prática os compro-missos assumidos no encontro passado.

(Tempo para conversar.)

Motivação e oração inicial

A: Neste tempo em que vivemos intensamente a Quaresma e, em es-pecial, na preparação da Semana Santa que se aproxima, somos todos convidados e convidadas a fazer uma revisão em nossas vidas. Às vezes temos atitudes que nos impedem de viver como Deus nos pede. Precisamos nos converter para viver plenamente a fraternidade, a justiça, a paz e o amor. No encontro de hoje, veremos como Zaqueu realizou isso em sua vida. Saudemos a Santíssima Trindade, que está no meio de nós.

Todos(as): Em nome do Pai...A: Quando nos afastamos de Deus, muitas vezes agredimos sua

criação e também as pessoas com quem convivemos. Vamos fazer um minuto de silêncio para pensar no que está nos afastando de Deus, e, consequentemente, da sua criação e das pessoas.

(Momento de silêncio, para refletir)

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A: Rezemos, em dois lados, alguns versos do Salmo 51 (3-6.12-15).

Lado A: Ó Deus, tem piedade de mim, conforme a tua misericórdia; no teu grande amor cancela o meu pecado.

Lado B: Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu peca-do. Reconheço minha iniquidade, e o meu pecado está sempre diante de mim.

Lado A: Contra ti, só contra ti eu pequei, e fiz o que é mau a teus olhos; por isso és justo quando falas, és reto no teu julgamento.

Lado B: Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto.

Lado A: Não me rejeites da tua presença e não me prives do teu santo espírito. Devolve-me a alegria de ser salvo, que me sustente um ânimo generoso.

Lado B: Quero ensinar teus caminhos aos que erram, e a ti voltarão os pecadores.

T: Glória ao Pai...A: Enquanto cantamos pedindo perdão, passemos de mão em mão:

o crucifixo e o pano roxo, (simbolizando nossos pecados e nossa atitude de arre-pendimento).

Canto: Pelos pecados, erros passados1. Pelos pecados, erros passados, por divisões na tua Igreja, ó

Jesus.

/: Senhor, piedade! (3 X) Piedade de nós. :/2. Quem não aceita, quem te rejeita, pode não crer por ver cristãos

que vivem mal!

/: Cristo, piedade! (3 X) Piedade de nós. :/3. Hoje, se a vida é tão ferida, deve-se a culpa à indiferença dos

cristãos.

/: Senhor, piedade! (3 X) Piedade de nós. :/A: Agradecendo o perdão que recebemos, enquanto cantamos,

passemos agora por nossas mãos: o pano branco e a água (sim-

bolizando o perdão de Deus que nos purifica, como o nosso batismo).

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Canto: Água viva

1. Eu te peço desta água que Tu tens. És água viva, meu Senhor. Tenho sede e tenho fome de amor e acredito nesta fonte de onde vens. Vens de Deus, estás em Deus, também és Deus, e Deus contigo faz um só. Eu, porém, que vim da terra e volto ao pó, quero viver eternamente ao lado teu.

/: És água viva, és vida nova, e todo dia me batizas outra vez. Me fazes renascer, me fazes reviver. Eu quero água desta fonte de onde vens. :/

Refletindo o tema

A: Deus, na sua infinita bondade, nos oferece sempre a possibilidade de nos reaproximarmos dele e das pessoas com quem convive-mos, quando rompemos a vida de comunhão com Ele, com a sua criação e com as nossas irmãs e irmãos.

Leitor(a) 1: Isso acontece, quando nos arrependemos de nossas ati-tudes injustas, quando pedimos perdão e nos convertemos.

A: Nos encontros anteriores refletimos como a criação de Deus está sendo agredida por nós, devido ao grande e desenfreado consu-mo dos recursos da natureza e ao nosso descuido na proteção e preservação deles.

L 2: Deus tudo criou para uma vida harmoniosa e para que as pessoas convivam em harmonia entre si e com a natureza.

T: “Deus viu tudo quanto havia feito, e era muito bom” (Gn 1,31a).

L 3: Quando as nossas ações quebram essa harmonia e agridem as pessoas e a natureza, também quebramos a nossa harmonia com Deus.

L 4: Muitas vezes pensamos que isso não acontece, que Deus não se ofende com as nossas atitudes injustas e más.

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T: “Contra ti, só contra ti eu pequei, e fiz o que é mau a teus olhos” (Sl 51,6a).

L 1: Nesta Campanha da Fraternidade, de modo especial, somos todos chamados a olhar as nossas atitudes que causam males à natureza e a toda a criação de Deus, e a nos converter de todo o coração.

L 2: Nós vivemos em dependência direta da natureza e, quando contribuímos para que o meio ambiente seja poluído, também sofremos diretamente os efeitos disso.

T: “Toda a criação, até o presente, está gemendo como em dores de parto” (Rm 8,22).

L 3: Os profetas denunciaram as situações de pecado e anunciaram a necessidade da conversão e da fidelidade a Deus.

T: “Que o malvado abandone o mau caminho, que o perverso mude seus planos, cada um se volte para o Senhor, que vai ter compaixão” (Is 55,7).

L 4: Todas as vezes que não vivemos o amor, a fraternidade, a justiça e a paz para com nossos irmãos e irmãs, rompemos com o projeto de Jesus.

T: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei... Nisto conhe-cerão todos que sois meus discípulos e minhas discípulas: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,34-35).

A: Somos convidados, mais uma vez, nesta Quaresma, a fazer uma sincera revisão em nossa vida, baseada nos ensinamentos da Palavra de Deus, e a Ele pedir o perdão que nos restaura, para vivermos plenamente no seu amor.

Canto: Eis o tempo de conversão

/: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão. :/

1. Os caminhos do Senhor são verdade, são amor. Dirigi os pas-sos meus; em vós espero, ó Senhor. Ele guia ao bom caminho quem errou e quer voltar. Ele é bom, fiel e justo; Ele busca e vem salvar.

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2. A Palavra do Senhor é a luz do meu caminho; ela é vida, é alegria, vou guardá-la com carinho. Sua Lei, seu Mandamento é viver na caridade. Caminhemos todos juntos construindo a unidade.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Acolhamos a Palavra de Deus, cantando, e depois ouviremos, com atenção, o texto bíblico.

Canto: A Bíblia é a Palavra de Deus

/: A Bíblia é a Palavra de Deus, semeada no meio do povo, que cresceu, cresceu e nos transformou, ensinan-do-nos a viver um mundo novo. :/

1. Deus é bom, nos ensina a viver. Nos revela o caminho a se-guir: só no amor, partilhando seus dons, sua presença iremos sentir.

Leitor/a da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo se-gundo Lucas, (Lc 19,1-10).

(Momento para ler novamente o texto em nossa Bíblia.)

A: Vamos iniciar nossa reflexão do texto, recontando-o com nossas palavras.

(Recontar o texto.)

A: Quem era Zaqueu? Quem ele queria ver e o que fez para isso?

O que disse Jesus a Zaqueu, quando o viu sobre a árvore?

Qual a reação das pessoas, quando Jesus está na casa de Zaqueu?

O que significa pôr-se de pé e fazer a declaração que Zaqueu fez a Jesus?

O que este texto nos faz dizer a Deus?

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Aprofundando a Palavra

A: No texto, Zaqueu é considerado, pelas pessoas, como um pe-cador; mas, quando soube que Jesus estava passando por sua cidade, teve uma grande vontade de ver quem era Jesus, e ele se esforçou para isso.

T: “Então ele correu à frente e subiu numa árvore para ver Jesus, que devia passar por ali” (Lc 19,4).

L 1: Jesus dirige-se diretamente a Zaqueu, no meio de muitas pessoas. Ele quer ficar na casa dele, embora muitas pessoas o considerem como um pecador.

T: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar em tua casa” (Lc 19,5b).

L 2: Zaqueu, ao ouvir a vontade de Jesus de estar em sua casa, per-cebeu que ele não faz acepção de pessoas. Assim, ele viu quem era Jesus.

T: “Por isso, Zaqueu desceu imediatamente da árvore e recebeu Jesus com alegria” (Lc 19,6).

L 3: Zaqueu, ao ver quem era Jesus, olha para si mesmo, para suas atitudes, e percebe o quanto sua vida estava em desacordo com a vontade de Deus.

L 4: Ele faz uma revisão na sua vida e chega à conclusão de que a riqueza por ele acumulada causou o empobrecimento de muitas pessoas.

T: “Senhor, a metade dos meus bens darei aos pobres” (Lc 19,8b).

L 1: Na sua conversão, Zaqueu percebe que a sua atitude egoísta e individualista prejudicou a muitos, e se propõe a sanar radical-mente o prejuízo causado.

T: “E se prejudiquei alguém, vou devolver quatro vezes mais” (Lc 19,8b).

L 2: Zaqueu se converte e, imediatamente, transforma a sua vida e a das pessoas que ele prejudicou.

A: Como pessoas cristãs, somos chamados a realizar uma reflexão sobre a forma como estamos vivendo a fraternidade, a paz, a

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justiça, o amor, a nossa relação com a natureza, e a realizar uma séria conversão, quando não vivemos plenamente como Deus nos pede.

T: “Se reconhecemos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1,9).

Canto: Eis-me aqui, Senhor. Eis-me aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade, pra viver o teu amor. Pra fazer tua vontade, pra viver o teu amor. Eis-me aqui, Senhor!

Compromisso

A: Como sinal de compromisso, nesta se-mana, podemos:a) Realizar uma boa revisão em nossas

atitudes com relação à justiça, fra-ternidade, paz e amor, procurando superar o individualismo;

b) Pedir perdão a Deus, a quem ofende-mos, e perdoar a quem nos ofendeu, para reatar as relações que foram rompidas;

c) Olhar, com atenção, como estamos agindo em relação ao meio ambiente em que vivemos, e corrigir as atitudes que agridem a criação de Deus;

d) Contribuir com a Campanha da Solidariedade, que será reali-zada no Domingo de Ramos;

e) Procurar estar sempre disponível para ajudar nas campanhas e projetos que surgirem para a preservação dos recursos na-turais.

Oração e bênção

A: Vamos fazer preces espontâneas, a partir do que refletimos hoje e, a cada dois pedidos ou intenções, cantemos:

Canto: /: Misericórdia, Senhor, misericórdia, misericórdia. :/A: De mãos unidas, vamos rezar a oração que Cristo nos ensinou:

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T: Pai Nosso...A: Peçamos a bênção de Deus para fortalecer e animar a nossa vida

cristã:

O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor faça brilhar sobre nós a sua face e se compadeça de nós. O Senhor volte para nós o seu rosto e nos dê a paz.

T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém. Canto: Ide por todo universo

1. Ide por todo universo meu Reino anunciar, dizei a todos os povos que eu vim pra salvar! Quero que todos conheçam a luz da verdade, possam trilhar os caminhos da felicidade.

/: Ide anunciar minha paz, ide sem olhar para trás! Estarei convosco e serei vossa luz na missão! :/

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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5º Encontro

VIA-SACRA, O CAMINHO DA CRUZ E DA REDENÇAO

Ambiente: Cruz, Bíblia, cartaz da Campanha da Fraternidade e do livreto, pano roxo e branco.

Animador(a): Irmãos e irmãs em Cristo Jesus, vamos reviver, nesta via-sacra, um momento forte do mistério da redenção, percorren-do hoje, com Jesus, o seu caminho até a cruz. Com Ele, vamos participar do Mistério Pascal, celebrando Sua Ressurreição, que também deve ser a nossa.

Leitor(a) 1: Aquele que vai ser crucificado será ressuscitado, para que todos tenham vida em plenitude.

L 2: Deus é nosso aliado na luta pela vida, aliado de toda a criação. A prática de Jesus confirma esta aliança conosco, pedindo nossa colaboração na implantação do projeto de Deus.

A: Jesus sempre nos convida a uma mudança de vida. Mesmo sendo “duros” de coração, Ele não nos abandona; sempre quer procurar em nós uma pequena chama de salvação; sempre há uma esperança, um momento de conversão.

Canto: Eis o tempo de conversão

/: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos, juntos andemos, eis o tempo de conversão. :/

1. Os caminhos do Senhor são verdade, são amor. Dirigi os pas-sos meus; em vós espero, ó Senhor! Ele guia ao bom caminho quem errou e quer voltar. Ele é bom, fiel e justo. Ele busca e vem salvar.

Todos(as): Em nome do Pai...

1ª Estação: JESUS É CONDENADO À MORTE

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

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T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: Deus nos dá a vida neste mundo, para que a vivamos em pleni-tude, segundo o seu projeto, numa sociedade geradora de paz.

L 3: Jesus quis que o mundo continuasse assim, na paz, no amor e na justiça.

L 4: Mas não foi compreendido nos seus propósitos.

T: Quiseram, por isso, tirar-lhe a vida.

Momento de prece

A: Celebremos a bondade de Deus na obra da criação e da redenção e, de todo o coração, supliquemos:

T: Lembrai-vos, Senhor, de vossos filhos e filhas!

L 1: Deus, amigo do ser humano e de toda a criação, ensinai-nos a trabalhar generosamente para o bem das pessoas e o progresso da civilização.

T: Lembrai-vos, Senhor, de vossos filhos e filhas!

L 2: Perdoai, Senhor, todos os nossos pecados contra a vida e a na-tureza e dirigi nossos passos no caminho da justiça e da paz.

T: Lembrai-vos, Senhor, de vossos filhos e filhas!

L 3: Fazei-nos saciar nossa sede de justiça na fonte de água viva que nos destes em Cristo.

T: Lembrai-vos, Senhor, de vossos filhos e filhas!

Canto: Em coro a Deus louvemos

1. Em coro a Deus louvemos, eterno é seu amor. Pois Deus é admirável, eterno é seu amor.

/: Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor. :/

2. Criou o céu e a terra, eterno é seu amor. Criou o sol e a lua, eterno é seu amor.

3. E fez à sua imagem, eterno é seu amor, o homem livre e forte, eterno é seu amor.

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2ª Estação: JESUS TOMA A CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Jesus começa a caminhar com a cruz nas costas na via da cruci-

ficação. Na própria cruz entregará sua vida em favor de todos.

L 4: No Livro do Deuteronômio, há uma passagem que diz assim:

T: “Se, pelo caminho, numa árvore ou no chão, você encontrar um ninho de pássaros com filhotes ou ovos, não pegue a mãe que está sobre os filhotes ou sobre os ovos; deixe a mãe voar em liberdade, e depois pegue os filhotes, para que tudo corra bem e você prolongue seus dias” (Dt 22,6-7).

A: A Jesus não querem poupar-lhe a vida, Ele segue, portanto, no caminho da Cruz.

T: “Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carre-gando sobre si suas culpas... pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos em favor dos pecadores” (Is 53,11-12).

Momento de prece

A: Demos glória a Cristo Jesus, que se fez nosso mestre, exemplo e irmão, e supliquemos:

T: Renovai, Senhor, o vosso povo!L 1: Senhor Jesus, que vos tornastes semelhante a nós em tudo, ex-

ceto no pecado, ensinai-nos a alegrar-nos com os que se alegram e a chorar com os que choram, para que nossa caridade aumente cada vez mais.

T: Renovai, Senhor, o vosso povo!L 2: Ensinai-nos a matar a vossa fome nos que têm fome, e a saciar

a vossa sede nos que têm sede.

T: Renovai, Senhor, o vosso povo!L 3: Vós que ressuscitastes Lázaro do sono da morte, fazei que voltem

à vida, pela fé, todos os afastados de Deus.

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T: Renovai, Senhor, o vosso povo!L 4: Aumentai o número dos que querem seguir mais de perto o vos-

so caminho de perfeição, a exemplo da bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos.

T: Renovai, Senhor, o vosso povo!L 1: Concedei-nos, Senhor Jesus, que, ao longo da caminhada na via

dolorosa, possamos progredir no vosso conhecimento e corres-ponder ao vosso amor por uma vida santa.

T: Renovai, Senhor, o vosso povo!Canto: Eu vim para que todos tenham vida

/: Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente :/

1. Reconstrói a tua vida em comunhão com teu Senhor, recons-trói a tua vida em comunhão com teu irmão. Onde está o teu irmão, eu estou presente nele.

3ª Estação: JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Já debilitado pela longa noite e manhã de sofrimento, desde a

sua prisão no Jardim das Oliveiras, Jesus enfraquece fisicamente sempre mais na estrada da cruz.

L 2: Também, a cada dia, nós mesmos, e a própria natureza, sofremos ameaças de enfraquecimento, através de todo tipo de degrada-ção, e o zelo que devemos ter pela vida e a saúde por vezes vai diminuindo.

L 3: Como participantes da grande família de Deus, filhos e filhas de sua divina criação, temos que zelar por todos os nossos irmãos e irmãs, os do presente e os do futuro.

A: Alguns textos bíblicos nos revelam a compreensão que o povo de Deus tinha de que a Terra, nossa casa comum, foi criada por Deus e entregue aos seres humanos como espaço a ser trabalhado e cuidado, o que não está sendo feito como Deus queria.

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T: “Guardai-vos de todo tipo de ganância, pois, mesmo que se tenha muitas coisas, a vida não consiste na abundância de bens” (Lc 12,15).

Momento de oração

T: Deus todo-poderoso e cheio de misericórdia, concedei-nos o espírito de oração e penitência; / acendei em nossos cora-ções a chama do amor por vós e por nossos irmãos e irmãs. / Ensinai-nos a cooperar convosco para restaurar todas as coisas em Cristo, a fim de que na terra reinem a justiça e a paz. / Revelai-nos a íntima natureza e o valor de todas as criaturas, para que nos associemos a elas no cântico de louvor à vossa criação. / Perdoai-nos por termos ignorado muitas vezes a presença de Cristo nos pobres, nos infelizes e nos marginalizados, / e porque não respeitamos vosso Filho nesses irmãos e irmãs. Amém !

Canto: Dentro de mim

1. Dentro de mim existe uma luz que mostra por onde deverei andar. Dentro de mim também mora Jesus, que me ensina a buscar o seu jeito de amar.

/: Minha luz é Jesus, e Jesus me conduz pelos caminhos da paz :/

2. Dentro de mim existe um amor, que me faz entender e lutar por meu irmão. Dentro de mim Jesus Cristo é o calor que acendeu e aqueceu pra valer meu coração.

4ª Estação: JESUS SE ENCONTRA COM MARIA, SUA MÃE

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: Maria, a Mãe, solidária com o Filho que gerou, vai ao seu encontro no seu caminho de dor.

L 4: No rosto aflito de Maria estão muitos rostos sofridos de tantas “Marias”, vendo seus filhos caídos: drogados, alcoolizados, mal-

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tratados, pisados, prostituídos, sofrendo inúmeros preconceitos, esquecidos por uma sociedade que marginaliza.

L 1: As criaturas foram chamadas por Deus por amor, num ato de doação de vida.

L 2: O amor é também condição para que se cumpra a missão de cui-dar da obra realizada pelo Criador, a qual exige doação, respeito e entrega.

T: “A própria criação espera com impaciência a manifestação dos filhos e filhas de Deus... pois ela também será liberta da escravidão da corrupção, para participar da liberdade e da glória dos filhos e filhas de Deus. Sabemos que a criação toda geme e sofre dores de parto” (Rm 8,19.21-22).

Momento de prece

A: Adoremos o Salvador do gênero humano que, morrendo, des-truiu a morte e, ressuscitado, renovou a vida, e peçamos com humildade:

T: Por intercessão de Maria, santificai, Senhor, o povo que sal-vastes com vosso sangue!

L 3: Jesus, nosso Redentor, concedei que, pela penitência, nos as-sociemos cada vez mais plenamente à vossa Paixão, a fim de alcançarmos a glória da Ressurreição.

T: Por intercessão de Maria, santificai, Senhor, o povo que sal-vastes com o vosso sangue!

L 4: Acolhei-nos sob a proteção de Maria, vossa Mãe, consoladora dos aflitos, para podermos confortar os tristes com o mesmo auxílio que de vós recebemos.

T: Por intercessão de Maria, santificai, Senhor, o povo que sal-vastes com o vosso sangue!

L 1: Concedei-nos a graça de tomar parte na vossa Paixão por meio dos sofrimentos da vida, para que também em nós se manifeste a vossa salvação.

T: Por intercessão de Maria, santificai, Senhor, o povo que sal-vastes com o vosso sangue!

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Canto: Imaculada

/: Imaculada, Maria de Deus, coração pobre acolhendo Je-sus! Imaculada, Maria do povo, mãe dos aflitos que estão junto à cruz. :/

1. Um coração que era Sim para a vida, um coração que era Sim para o irmão. Um coração que era Sim para Deus, Reino de Deus renovando este chão.

2. Olhos abertos pra sede do povo, passo bem firme que o medo desterra, mãos estendidas que os tronos renegam, Reino de Deus que renova esta terra.

5ª Estação: O CIRINEU AJUDA JESUS A CARREGAR A CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: O Cirineu, mesmo convocado pelo “poder”, certamente teve uma atitude de muita preocupação humana diante Daquele que está enfraquecido. Assim, ele ajuda Jesus a carregar a cruz.

L 2: Essa atitude somente vai brotar em quem tem infinito amor para dar e compaixão para com o próximo, isto é, em quem está pronto para uma total doação.

T: “Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carre-gando sobre si suas culpas. Por isso, compartilharei com ele multidões, e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores” (Is 53,11b-12).

Momento de prece

A: Vamos render graças a Deus Pai, que nos deu o seu Filho Unigê-nito, a Palavra que se fez carne para ser nosso alimento e nossa vida, e supliquemos:

T: Que a palavra de Cristo habite em nossos corações!

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L 1: Concedei-nos escutar com mais frequência a vossa Palavra, nesta quaresma, para louvarmos a Cristo, nossa Páscoa, com maior piedade e devoção, na grande solenidade que se aproxima.

T: Que a palavra de Cristo habite em nossos corações! L 3: Que o vosso Espírito Santo nos ensine e nos faça testemunhas

da vossa verdade e bondade, para animar os que vacilam e os que erram.

T: Que a palavra de Cristo habite em nossos corações!L 4: Fazei-nos viver mais profundamente o mistério de Cristo e mani-

festá-lo mais claramente em nossa vida, especialmente quando ajudamos alguém num momento de necessidade.

T: Que a palavra de Cristo habite em nossos corações!L 1: Purificai e renovai a vossa Igreja neste tempo de graça, para

que ela proclame cada vez melhor a vossa vontade e a vossa salvação.

T: Que a palavra de Cristo habite em nossos corações!Canto: Prova de amor

/: Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão. :/1. Eis que eu vos dou o meu novo mandamento: Amai-vos uns

aos outros como eu vos tenho amado.

2. Vós sereis os meus amigos, se seguirdes meu preceito: Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado.

6ª Estação: VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Verônica, querendo ser solidária com Jesus nos seus sofrimentos,

enxuga seu rosto abatido e sofrido.

L 2: Devemos viver solidariamente com os irmãos e irmãs, ou seremos todos infelizes, tragados pela solidão, e viveremos num mundo “frio”, onde, certamente, faltará misericórdia.

L 3: Ao contrário, para quem pratica a misericórdia, Jesus dirá:

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T: “Felizes são os que são misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7).

A: Rezemos alguns versículos do Salmo 145 (8-9.13-14.17-18). Miseri-córdia e piedade é o Senhor; ele é amor, paciência e compaixão. O Senhor é muito bom para com todos; sua ternura abraça toda criatura.

T: Eterna é a sua misericórdia!A: O Senhor é amor fiel em sua palavra; é santidade em toda obra

que ele faz.

Ele sustenta todo aquele que vacila e levanta todo aquele que tombou.

T: Eterna é a sua misericórdia!A: É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que

ele faz.

Ele está perto da pessoa que o invoca, de todo aquele que o invoca lealmente.

T: Eterna é a sua misericórdia!Canto: A ti, meu Deus

1. A ti, meu Deus, elevo o meu coração, elevo as minhas mãos, meu olhar, minha voz. A ti, meu Deus, eu quero oferecer meus passos e meu viver, meus caminhos, meu sofrer.

/: A tua ternura, Senhor, vem me abraçar, e a tua bondade infinita me perdoar. Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração. Eu quero sentir o calor de tuas mãos. :/

7ª Estação: JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ NO CAMINHO DA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Jesus continua a perder suas forças físicas. Mesmo caindo pela

segunda vez, Jesus alimenta as esperanças de tantos sofredores do mundo.

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L 4: Mesmo no sofrimento, Ele glorifica os esmagados pelo desprezo dos mais fortes.

L 1: Apesar de tantas quedas, muitas pessoas ainda continuam firmes na sua caminhada. Jesus exalta os mais fracos, os humilhados, dos quais, muitas vezes, temos a tentação de desviar o rosto.

L 2: Cabe aos cristãos de hoje “entender a tempo” o significado de tantas quedas, de tanta dor e opressão de milhões de seres humanos.

A: Deus nos chama a ter atitudes justas, para cuidarmos bem da vida. Ele criou tudo por amor, como consta no texto do Gênesis sobre a criação: “Deus viu que tudo era bom”. Lamenta-se, con-tudo, que a humanidade está desinteressada em cuidar de tudo o que Deus criou.

L 3: Com a ganância e a prepotência do ser humano, cresce o pro-gresso, enquanto o mundo dos pobres cai cada vez mais no es-quecimento dos poderosos que poderiam salvar muitas vidas.

L 4: Mas, porque ficam alheios a tantas necessidades, esse mundo continua clamando cada vez mais por justiça, igualdade, comida na mesa e vida digna.

T: “Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida em Cristo. É por graça que vós sois salvos! Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus, em virtude de nossa união com Jesus Cristo” (Ef 2,4-6).

A: Rezemos a Cristo, que ouve e salva os que nele esperam e lhe supliquemos:

T: Não nos deixeis cair, Senhor!A: Na tentação da auto-suficiência...

T: Não nos deixeis cair, Senhor!A: Na tentação da vanglória...

T: Não nos deixeis cair, Senhor!A: Na tentação de tudo possuir...

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T: Não nos deixeis cair, Senhor!

A: Na tentação de consumir tudo o que nos oferecem...

T: Não nos deixeis cair, Senhor!

A: Na tentação de nos crermos os únicos e os melhores...

T: Não nos deixeis cair, Senhor!

A: Na tentação de alimentar-nos somente dos bens materiais...

T: Não nos deixeis cair, Senhor!

A: Na tentação de confiarmos só em nós e não em vós...

T: Não nos deixeis cair, Senhor!

A: Na tentação de vos abandonarmos pelo caminho que percorreis em nosso favor...

T: Não nos deixeis cair, Senhor!

Canto: Por melhor que seja alguém

1. Por melhor que seja alguém, chega o dia em que há de faltar. Só Deus vivo a palavra mantém, e jamais Ele há de falhar.

/: Quero cantar ao Senhor, sempre enquanto eu viver. Hei de provar seu amor, seu valor e seu poder. :/

2. Nosso Deus põe-se do lado dos famintos e injustiçados, dos pobres e oprimidos, dos injustamente vencidos.

8ª Estação: JESUS CONSOLA AS MULHERES DE JERUSALÉM

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: As mulheres de Jerusalém foram consolar Jesus e, no entanto, foram consoladas por Ele.

T: Disse Jesus: “Mulheres de Jerusalém, não choreis por mim, chorai por vós e por vossos filhos” (Lc 23,28).

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L 1: Jesus diz que não é por sua morte que devemos chorar, mas que é preciso chorar diante das consequências acarretadas pela rejeição do projeto de Deus.

L 2: Sabemos que o projeto de Deus em Jesus é vida plena para toda a humanidade. Jesus aceitou o projeto do Pai.

L 3: Assim, também nós precisamos aceitar e continuar o projeto do Pai, construindo uma sociedade geradora de paz, justiça e amor.

A: Vemos então que não podemos ficar omissos diante de tantas tristes realidades de nossas comunidades; não podemos ser “meio barro, meio tijolo”.

T: Precisamos derramar “lágrimas”: lágrimas de sofrimento frente a realidades de descaso com pessoas doentes, ido-sas... Sabemos que temos pessoas aflitas e necessitadas na comunidade, e não tomamos conhecimento disso, como se o problema fosse só dos outros.

A: Rezemos o Salmo 33 (4-5.18-22).

T: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, venha a vossa salvação!

A: Pois reta é a Palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé.

Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.

T: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, venha a vossa salvação!

A: Mas o Senhor repousa o olhar sobre os que o temem e confiam nele, esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los no tempo de penúria.

T: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, venha a vossa salvação!

A: No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção!

Sobre nós, venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!

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T: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, venha a vossa sal-vação!

Canto: Jesus Cristo me deixou inquieto

/: Jesus Cristo me deixou inquieto, nas palavras que Ele proferiu. /: Nunca mais eu pude olhar o mundo, sem sentir aquilo que Jesus sentiu. :/

1. Eu vivia tão tranquilo e descansado e pensava ter chegado ao que busquei. Muitas vezes proclamei extasiado que ao seguir a lei de Cristo eu me salvei. Mas depois que o meu Senhor passou, nunca mais meu coração se acomodou.

9ª Estação: JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ NA ESTRADA DA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: A cruz que Jesus carrega nos ombros torna-se cada vez mais

pesada. O cansaço, cada vez mais, rouba-lhe as forças físicas. Cai pela terceira vez.

L 4: Diante de Jesus, as pessoas têm duas opções: ou o reconhecem e se comprometem com Ele, ou acabam aderindo ao sistema injusto que o rejeitou e condenou, perdendo a chance de ter vida plena.

A: As quedas na estrada de nossa vida acontecem diária e constante-mente, pela falta de fé, de esperança; pelo abandono, e injustiças, que são causadoras de tantos sofrimentos. Essas quedas, porém, se tornarão menos desastrosas, se confiarmos plenamente em Jesus, que está dando sua vida por nós.

(Façamos um breve silêncio pensando nas quedas que nós mesmos sofremos.)

T: “Cristo sofreu por vós, deixando-vos um exemplo, a fim de que sigais os seus passos. Ele não cometeu pecado algum; mentira nenhuma foi encontrada em sua boca. Quando inju-riado, não retribuía as injúrias; atormentado, não ameaçava; antes, colocava a sua causa nas mãos daquele que julgava

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com justiça. Sobre a cruz, carregou nossos pecados em seu próprio corpo, a fim de que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça. Por suas feridas fostes curados” (1Pd 2,21b-24).

Canto: Eu só confio no Senhor

1. Eu só confio no Senhor, que não vai falhar. Eu só confio no Senhor, sigo a cantar. Se o sol chegar a escurecer, e o céu nublar: Eu só confio no Senhor, que não vai falhar.

/: Posso confiar :/ /: Posso confiar :/ /: Que um lugar no céu :/ Cristo vai me dar.

2. Se o sol chegar a escurecer, e o céu nublar, eu só confio no Senhor, que não vai falhar.

10ª Estação: JESUS E DESPOJADO DE SUAS VESTES

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Ainda lhe restavam a vida, embora fraca, e também suas roupas,

mas, por pouco tempo, pois estas lhe estão sendo tiradas.

L 1: Despidos de nossas roupas, somos despidos de nossa dignidade. Assim, encontramos nossos irmãos e irmãs maltrapilhos. Muitos são abandonados por uma sociedade que os “gerou”, caminhando sem rumo pelas ruas de nossas cidades, dormindo em calçadas, os corpos quase sem roupas.

L 2: Na fila dos hospitais, vemos irmãos e irmãs nossos morrendo por falta de um atendimento digno. Despe-se a Saúde de recursos fi-nanceiros, em favor de outros recursos alheios aos necessitados.

L 3: Ao vermos tanta gente neste estado lastimável, lembremo-nos de um terceiro mundo, onde a miséria e a doença são constantes. É um “pedaço” do mundo que está sendo despojado de suas vestes. Roubaram-lhe toda a sua dignidade.

T: “Ele, existindo em forma divina, não se apegou ao ser igual a Deus, mas despojou-se de tudo, assumindo a forma de escra-vo e tornando-se semelhante ao ser humano. E, encontrado em aspecto humano, humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte – e morte de cruz” (Fl 2,6-8).

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A: Preocupando-se com os problemas ambientais e a fome do mundo, Mahatma Gandhi, um indiano, grande defensor da vida, assassinado em 1948, disse:

T: “O mundo tem recursos suficientes para atender às neces-sidades de todos, mas não à ambição de todos”.

A: Rezemos:

T: Perdoai, ó Deus, nós vos pedimos, as culpas do vosso povo. E, na vossa bondade, desfazei os laços do pecado que em nossa fraqueza cometemos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Canto: Reveste-me, Senhor

1. Reveste-me, Senhor, com tua graça, eu quero meu irmão ser-vir melhor. Que o teu Espírito em mim se faça, que eu possa caminhar no teu amor!

/: Reveste-me, Senhor! Reveste-me, Senhor! Reveste-me, Senhor, com teu amor! :/

2. Que eu busque em minha vida a santidade, no exemplo de Jesus, a inspiração. Na fé e na esperança e caridade, fazendo acontecer libertação.

11ª Estação: JESUS É PREGADO NA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Jesus enfrentou, até aqui, todos os sofrimentos: físicos (torturas,

flagelação, coroação de espinhos, crucificação); psíquicos e emo-cionais (traição de Judas, negação de Pedro, deserção geral de seus discípulos e ingratidão do povo).

L 4: Enfrentou-os com amor, com espírito de entrega, como alguém que não veio para ser servido, mas para servir, personificando a eterna misericórdia de Deus.

L 1: Por isso, do alto da cruz, suas palavras foram de perdão e entrega:

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T: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34).

(Breve silêncio.)

A: O Reino de Deus é um Reino de paz e perdão. A resposta de Jesus a todo o sofrimento que lhe infligiram foi a sua palavra de perdão. Essa é a fonte da paz que brota da cruz de Cristo e de tantas cruzes de pessoas que lutam para promover a vida, através da justiça e da misericórdia.

L 2: Muitas vezes, esta paz é conquistada e marcada pelo martírio, pelo sofrimento e pela dor de muitos cristãos e cristãs.

T: “Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte; / Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem ne-nhuma serventia,/ para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, /para que ninguém possa gloriar-se diante dele./ É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, /o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação” (1Cor 1,27-30).

Canto: Eu andei pelas vilas

1. Vejam, eu andei pelas vilas, apontei as saídas como o Pai me pediu. Portas, eu cheguei para abri-las. Eu curei as feridas como nunca se viu.

/: Por onde formos também nós, que brilhe a tua luz! Fala, Senhor, na nossa voz, em nossa vida. Nosso caminho en-tão conduz. Queremos ser assim! Que o pão da vida nos revigore no nosso sim. :/

12ª Estação: JESUS MORRE NA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

(Tempo de silêncio.)

A: A morte parece que é o fim. Na cruz, imaginamos que “termina” a missão de Jesus. Ele diz que tudo está consumado.

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L 3: A obra que o Pai confiou ao Filho é “a revelação do amor”: esse amor que tem sua origem na comunhão entre o Pai e o Filho e o Espírito Santo.

L 4: É o amor levado até as últimas consequências, até a morte na cruz.

A: Na Carta aos Filipenses (Fl 2,6-11), São Paulo diz:

T: “Ele tinha condição divina, mas não se apegou à sua igual-dade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. / Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo,/ tornando-se obediente até a morte e morte de cruz!/ Por isso, Deus o exaltou grandemente e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome,/ para que, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e sob a terra,/ e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. Amém!”

Canto: Deus eterno

1. Deus eterno, a vós louvor! Glória à vossa majestade! Anjos e homens, com fervor, vos adoram, Deus Trindade. /: Santo, Santo, sois, Senhor, cante a terra com amor. :/

2. Pai eterno, a criação, que chamastes vós do nada, que sustenta vossa mão, com acorde imenso brada: /: Quem nos fez foi vosso amor, glória a vós, Pai criador.: /

3. Filho eterno, nosso irmão, vossa morte deu-nos vida, vosso sangue salvação. Toda a Igreja agradecida, /: exaltando a vós, Jesus, glória canta à vossa cruz. : /

13ª Estação: JESUS É DESCIDO DA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Jesus estava morto na Cruz. O que fazer?

(Silêncio...)

L 1: José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, pediu autorização a Pilatos para sepultar o corpo do Mestre.

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L 2: Nicodemos, outro amigo de Jesus, juntamente com Maria, sua mãe, e outros amigos, foram ajudar José de Arimateia a sepultar o corpo de Jesus, envolto num lençol.

A: Os gestos dos amigos e o carinho da mãe nos mostram atitudes de solidariedade que devemos ter diante de fatos semelhantes, acontecidos em nossas comunidades.

T: “Uma comunidade que não tem sensibilidade com relação às necessidades dos irmãos e irmãs e não luta para vencer a injus-tiça, dá um contra-testemunho e celebra indignamente a própria liturgia” (Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Florianópolis).

A: Oremos a Cristo, nosso Senhor, que nos deu o mandamento do amor, e imploremos:

T: Senhor, fazei crescer o amor em vosso povo!

L 3: Bom Mestre, ensinai-nos a vos amar em nossos irmãos e irmãs e a vos servir em cada um deles, roguemos...

T: Senhor, fazei crescer o amor em vosso povo!

L 4: Vós, que, na Cruz, pedistes ao Pai perdão para vossos malfeito-res, ensinai-nos a amar os nossos inimigos e a rezar pelos que nos perseguem, roguemos:

T: Senhor, fazei crescer o amor em vosso povo!

L 1: Pela participação no mistério da vossa paixão e morte, aumentai em nós a caridade, a fortaleza e a confiança, roguemos...

T: Senhor, fazei crescer o amor em vosso povo!

Canto: Ele assumiu nossas dores

1. Ele assumiu nossas dores, veio viver entre nós, santificou nossas vidas, cansadas, vencidas de tanta ilusão. Ele falou do teu reino, e te chamava de Pai, e revelou tua imagem que deu-nos coragem de sermos irmãos. Ousamos chamar-te de Pai, ousamos chamar-te Senhor. Jesus nos mostrou que tu sentes e ficas presente onde mora o amor.

/: Pai nosso, que estás no céu, Pai nosso, que estás aqui. :/

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14ª Estação: JESUS É SEPULTADO

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Continuemos a lembrar-nos daqueles amigos de Jesus. Eles

sepultaram o corpo do Senhor Jesus. Existe ainda um silêncio, silêncio de morte.

(Podemos fazer aqui um breve silêncio.)

T: “No lugar onde Jesus fora crucificado havia um jardim, onde estava um túmulo, em que ninguém ainda tinha sido sepultado. Então, por causa do dia de preparativos para a Páscoa, e por-que o túmulo estava perto, lá colocaram Jesus” (Jo 19,41-42).

A: Os amigos fizeram tudo o que estava ao seu alcance. Parece que o silêncio presente traz sinal de desânimo, porém nem tudo está perdido, há quem acredite na vitória da vida.

T: “Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para outros, certos de que recebereis, como recompensa, a herança das mãos do Senhor” (Col 3,23-24).

A: Diante do “túmulo” de Jesus, vamos trazer a lembrança das pesso-as, nossos irmãos e irmãs que, tragicamente, estão desaparecidos ou mortos e não foram encontrados. Rezemos, de mãos dadas, a oração do Pai Nosso.

T: Pai Nosso...Canto: Cristo, quero ser instrumento

1. Cristo, quero instrumento de tua paz e do teu infinito amor. Onde houver ódio e rancor, que eu leve a concórdia, que eu leve o amor.

/: Onde há ofensa que dói, que eu leve o perdão. Onde houver a discórdia, que eu leve a união e tua paz. :/

2. Onde encontrar um irmão a chorar de tristeza, sem ter voz e nem vez, quero bem no seu coração semear alegria pra florir gratidão.

3. Mestre, que eu saiba amar, compreender, consolar, e dar sem receber. Quero sempre mais perdoar, trabalhar na conquista e vitória da paz.

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15ª Estação: JESUS RESSUSCITA PARA A VIDA

A: Cantemos:

Canto: Eu creio num mundo novo

/: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou! Eu vejo sua luz no povo, por isso alegre estou. :/

1. Em toda pequena oferta, na força da união, no pobre que se liberta, eu vejo ressurreição.

2. Nos homens que estão unidos, com outros partindo o pão, nos fracos fortalecidos, eu vejo ressurreição.

3. Na fé dos que estão sofrendo, no riso do meu irmão na hora em que está morrendo, eu vejo ressurreição.

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: Os anjos perguntaram a Maria Madalena, que estava chorando junto ao túmulo:

T: “Por que procuras o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou” (Jo 20,13).

L 2: A morte de Jesus não foi uma derrota, e, sim, a sua exaltação, sua vitória...

T: Vitória sobre a violência, sobre a maldade humana, sobre o egoísmo e sobre tudo o que impede o ser humano de aceitar livremente o amor de Deus e sua vontade.

L 3: O Deus da vida não podia abandonar Seu Filho na “região dos mortos”.

A: Rezemos um trecho do Salmo 33:

T: Exultem em Javé, ó justos! Aos retos convém o louvor. Ce-lebrem a Javé com cítara, toquem para ele a harpa de dez cordas. Cantem para ele um cântico novo, toquem com arte na hora da ovação! Pois a palavra de Javé é reta, e sua obra toda é verdade. Ele ama a justiça e o direito, e o amor de Javé enche a terra (Sl 33,1-5).

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Canto: Jesus Cristo

/: Jesus Cristo ontem, hoje e sempre. Ontem, hoje e sem-pre, aleluia! :/

1. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito da criação. Tudo o que existe foi nele criado, nele encontramos a redenção.

2. Ele é a cabeça da Igreja, seu corpo, o primogênito entre os mortais. Que nele habite a vida mais plena foi do agrado do próprio Pai.

3. Reconciliou todas as criaturas, dando-nos a paz pelo sangue da cruz. Deus nos tirou do império das trevas e nos chamou a viver na luz.

Bênção

A: A bênção de Jesus ressuscitado, Deus de amor e de bondade, desça sobre nós e nos faça caminhar juntos, homens e mulheres, na construção do Reino do Pai.

T: Em nome do Pai...A: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!

T: Para sempre seja louvado!

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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6º Encontro

PÁSCOA: A VIDA VENCE A MORTE

“Subo para junto de meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus” (Jo 20,17).

Ambiente: Casinha, bíblia, imagem ou quadro de Jesus Ressuscitado, vela acesa, uma vela para cada participante acender durante a oração final.

Acolhida: Pela família que acolhe o grupo ou pelo animador(a).

Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos, que bom que estamos reunidos novamente! Vamos partilhar como foi a experiência do compromisso assumido em nosso último encontro.

(Tempo para partilhar.)

Motivação e oração inicial

A: Meus irmãos e irmãs, estamos vivendo a grande alegria da se-mana da Páscoa. Hoje vamos refletir sobre o profundo significado da Ressurreição de Jesus Cristo para a humanidade e para todo o universo. A ressurreição de Cristo restaura a graça de Deus no coração de cada ser humano e também garante a nossa ressur-reição final. Iniciemos com a saudação à Santíssima Trindade, rezando:

Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. A: Para que a alegria e a graça da Páscoa possam permanecer em

toda a nossa vida, cantemos:

Canto: Fazei de hosanas

1. Fazei de hosanas retumbar, aleluia! O espaço todo, a terra, o mar. Aleluia! Ressuscitou nosso Senhor. Aleluia! Surgiu do mundo o vencedor, aleluia!

/: Aleluia, aleluia! :/

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A: Rezemos, em dois lados, uma parte da Sequência da Páscoa.

Lado A: O Cristo, nossa Páscoa, morreu como um cordeiro. /Da morte o Cristo volta, a vida é seu troféu.

Lado B: O inferno traz cativo e a todos abre o céu./Jesus, Pascal Cor-deiro, em vós se alegra o povo/

Lado A: Que, livre pela graça, em vós nasceu de novo./A glória seja ao Cristo, da morte vencedor.

Lado B: Glória a vós, Jesus invicto, sobre a morte triunfante,/Com o Pai e o Santo Espírito, sois luz nova e radiante.

Canto: Novo sol brilhou!

1. Novo sol brilhou! A vida superou sofrimento, dor e morte, tudo, enfim. Nosso olhar se abriu, Deus mesmo se incumbiu de tomar-nos pela mão assim.

/: O Deus de amor jamais se descuidou. Em seu vigor, Jesus ressuscitou. :/

2. Estender a mão, abrir o coração, acolher, compartilhar e perdoar é fazer o céu cumprir o seu papel: já na terra tem de vigorar.

Refletindo o tema

A: Estamos vivendo a Páscoa, que é o centro da vida cristã e o coração da Igreja. São Paulo afirma que, se Cristo não tivesse ressuscitado, a nossa fé seria vã. Mas Jesus ressuscitou de ver-dade, e nisto está a base central da nossa fé: a Ressurreição de Jesus.

Leitor(a) 1: A Paixão e morte de Jesus foram o parto de sua ressur-reição para a vida nova. Essa Ressurreição é a garantia para a nossa ressurreição também.

T: “Eu creio na ressurreição da carne”.L 2: A vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus nos dizem que Deus

quer uma humanidade redimida, um povo salvo, um mundo novo santificado pela graça.

T: “Eu creio na vida eterna”.

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L 3: A fé na Ressurreição de Cristo nos faz viver a fé também na nossa ressurreição.

T: “Eu creio na ressurreição da carne”.L 4: Viver a fé na Ressurreição é já viver como ressuscitado.

Canto: /: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou! Eu vejo sua luz no povo, por isso alegre estou. :/

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Vamos aclamar a Palavra de Deus, cantando.

Canto: Que alegria Cristo ressurgiu

1. Que alegria Cristo ressurgiu no Evangelho Ele vai falar. En-toemos nosso canto de louvor e gratidão sua palavra vamos aclamar.

/: Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia. :/Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo se-

gundo João, capítulo 20, versículos de 11 a 18 (Jo 20,11-18).

(Pausa para a releitura e interiorização da Palavra. Depois, recontar o texto com suas próprias palavras.)

A: Vamos, agora, refletir sobre a nossa visão da Ressurreição de Jesus, à luz da Palavra de Deus. Da mesma forma que Jesus perguntou a Maria, Ele também nos pergunta: “Quem procuras?”a) Onde, nesse nosso mundo

conturbado e sofrido de hoje, podemos encontrar a Jesus, que tanto procuramos?

b) Jesus está vivo e nos dá uma missão como batizados. O que podemos fazer, para que a vida da fé cresça em nosso coração e se irradie para os nossos irmãos e irmãs?

(Tempo para conversar.)

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Canto: Eu creio num mundo novo

/: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou! Eu vejo sua luz no povo, por isso alegre estou :/

1. Em toda pequena oferta, na força da união, no pobre que se liberta, eu vejo ressurreição!

Aprofundando o tema à luz da Palavra

A: Jesus ressuscitado estava tão transfigurado que Maria Madalena não o reconheceu, pensando que era o jardineiro.

L 1: Muitas vezes, nós também temos dificuldade de reconhecer Je-sus presente na pessoa de um jardineiro, um catador de lixo, um maltrapilho ou um sofredor.

L 2: A imagem de Jesus, estampada no rosto de cada irmão e irmã, nos interpela:

T: “E tu, a quem procuras?” (Jo 20,15).

L 3: Como a Maria, Jesus nos chama também pelo nome e nos dá uma missão.

T: “Vai dizer aos meus irmãos: Subo para junto de meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus” (Jo 20,17).

L 4: Todos nós somos filhos e filhas de Deus. Assim, todos so-mos irmãos e irmãs de Cristo, na fé da Ressurreição.

L 1: Ao anunciar aos Apóstolos a sua experiência do encontro com o Ressuscitado, Maria exclama:

T: “Eu vi o Senhor!” (Jo 20,18).

Canto: O Senhor ressurgiu

/: O Senhor ressurgiu e ainda está conosco. Cantemos e exultemos, aleluia. :/

1. Jesus Cristo que é nossa esperança reinou sobre a morte, coberto de luz; Ele vai proceder a jornada que à Pátria celeste a nós todos conduz.

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Assumindo compromissos

A: Considerando a Ressurreição de Cristo e a nossa vida nova na Fé, o que cada um de nós pode fazer pela vida em plenitude de nós mesmos, da nossa família, da comunidade e da Igreja? Algumas sugestões:– Conhecer e visitar pessoas idosas

e doentes da comunidade, mos-trando-lhes a luz de nossa fé na vida nova de Cristo ressuscitado;

– Ensinar para crianças e jovens o significado dos símbolos da Páscoa, como o Círio Pascal, o pano branco sobre a cruz, o ovo, o coelhinho...;

– Praticar a oração em família, para vivermos a Ressurreição de Cristo no nosso dia a dia;

– Apoiar os projetos de preservação ao meio ambiente e de promoção humana para que todos tenham uma vida digna em parceria com o Fundo Arquidiocesano de solidariedade (FAS).

Oração e bênção

A: Ao terminar o nosso encontro, lem-brando a liturgia da Vigília Pascal, quando acendemos nossas velas na luz do Círio Pascal, vamos repetir esse gesto, acendendo nossas velas na vela já acesa e assim, com as velas acesas na mão, rezar:

T: Pai nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

A: O Senhor nos abençoe e nos guarde em seu amor,

T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.

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Canto: Deus enviou

1. Deus enviou seu Filho amado, para morrer no meu lugar. Na cruz pagou por meus pecados, mas o sepulcro vazio está, porque Ele vive!

/: Porque Ele vive, eu posso crer no amanhã. Porque Ele vive, temor não há. Mas eu bem sei que o meu futuro está nas mãos do meu Jesus, que vivo está. :/

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

Fundo Arquidiocesano de Solidariedade (FAS)

Faça você também um gesto concreto nesta Campanha da Fraternidade. Converse com seus amigos e vizinhos, elabore um projeto de preservação ao meio ambiente e de promoção

humana em parceria com o Fundo Arquidiocesano de Solida-riedade (FAS) da Ação Social Arquidiocesana (ASA).

Endereço: Rua Esteves Júnior, 447

Centro – FlorianópolisFone: (48) 3224-8776, ou e-mail: [email protected]

Para conhecer os critérios para a aprovação dos projetos e saber quais valores de apoio estão disponíveis, acesse a página da Arquidiocese na in ternet ou fale com o Fernando da ASA, no endereço e telefone citado acima.

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7º Encontro

MARIA – MODELO DE FÉ E ORAÇÃO

“Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres – entre elas, Maria,

mãe de Jesus” (Atos 1,14).

Ambiente: Bíblia, casinha e imagens de Nossa Senhora.

Acolhida: Pelas pessoas da casa

Animador(a): Sejam todos bem-vindos e bem-vindas a este encontro dos Grupos Bíblicos em Família. Que bom que estamos reunidos novamente! Vamos partilhar como foi a experiência do compro-misso assumido em nosso último encontro.

(Tempo para partilhar.)

Motivação e oração inicial

A: Meus irmãos e irmãs, Maria, a mãe de Jesus, ao longo dos sécu-los, pela fé e religiosidade popular, recebeu diversos títulos, que a aproximaram das pessoas, através de características próprias. Que Maria interceda por nós junto à Santíssima Trindade e nos acolha para mais este encontro.

T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.L 1: Maria, conhecida em nossa arquidiocese como Nossa Senhora

do Desterro, em função de sua fuga para o Egito, junto com José e Jesus, proteja todos aqueles que, em busca de melhores con-dições de vida, deixam sua terra natal, sua família e amigos.

T: Nossa Senhora do Desterro, rogai por nós.L 2: Maria, que é chamada de Nossa Senhora de Guadalupe, a pa-

droeira da América Latina, que apareceu ao humilde índio Juan Diego, proteja os indígenas da nossa América Latina, que sofrem pelo preconceito e que são expulsos de suas terras.

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T: Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós.L 3: Maria, que apareceu em Fátima às três crianças pastorinhas, e que

hoje é chamada de Nossa Senhora de Fátima, proteja nossas crianças de todos os males, e as ajude a crescer em fé, estatura e graça.

T: Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós.L 4: Maria, hoje venerada como Nossa Senhora do Caravaggio, que

apareceu para Joaneta Varoli, uma camponesa italiana simples, que sofria por ser agredida pelo marido, proteja as mulheres do nosso Brasil, que tanto trabalham e lutam para educar seus filhos, e muitas vezes sofrem agressões e maus-tratos.

T: Nossa Senhora do Caravaggio, rogai por nós.L 1: Maria, conhecida também por Nossa Senhora Rainha da Paz,

mãe que acolhe os pobres e os que sofrem por falta do pão de cada dia e por falta de atenção por parte da sociedade, acolha em seu colo todos aqueles que precisam de paz.

T: Nossa Senhora Rainha da Paz, rogai por nós.A: Quando pequenos, nossos pais e avós nos ensinavam a rezar, mui-

tas vezes começando pela Ave-Maria, antes do Pai Nosso. Que a “Mãezinha do Céu”, que conhecemos ainda quando crianças, seja recordada neste momento em nossas lembranças, juntos cantando:

Canto: Mãezinha do Céu

1. Mãezinha do céu, eu não sei rezar. Eu só sei dizer: quero te amar. Azul é teu manto, branco é teu véu. /: Mãezinha, eu quero te ver lá no céu. :/

2. Mãezinha do céu, mãe do puro amor, Jesus é teu filho, eu tam-bém o sou. Azul é teu manto, branco é teu véu. /: Mãezinha, eu quero te ver lá no céu. :/

3. Mãezinha do céu, vou te consagrar a minha inocência, guarda-a sem cessar. Azul é teu manto, branco é teu véu. /: Mãezinha, eu quero te ver lá no céu. :/

A: Neste canto vem-nos alguma lembrança de nossa infância? Quais os títulos de Nossa Senhora que conhecemos?

(Tempo para conversar.)

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Refletindo o tema

A: Maria, a discípula perfeita, é para nós, católicos, um exemplo de seguimento, de fé e de oração. Vamos inspirar-nos na jovem Maria, que acolheu a proposta de Deus e anunciou a Boa Nova de maneira missionária.

L 2: O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma virgem prometida a um homem de nome José. O anjo entrou onde ela estava e disse: Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo. Não tenhas medo, Maria! Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria disse: Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,26-38).

L 3: Diante da proposta de Deus, Maria responde prontamente. O seu “sim” ecoa forte e decidido, cheio de generosidade. Como Maria, nós também recebemos um apelo divino, e cabe a nós acolhê-lo e dar o nosso “sim” a Deus.

T: Que possamos ser como Maria, acolhedores da vontade de Deus em nossas vidas.

L 4: Maria partiu apressada, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo (Lc 1,39-45).

L 1: Talvez o evangelista Lucas nem tivesse clara essa ideia, mas quem lê esse texto da visitação logo descobre que Maria é mis-sionária. Transbordando da graça recebida, não quis retê-la para si: vai repartir com sua parenta. Discretamente, Maria leva Jesus para os outros, e Isabel logo sente esta presença.

T: Que possamos ser como Maria, missionários e anunciadores da Boa Nova.

L 2: Junto à cruz de Jesus permanecia de pé a sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, vendo assim sua mãe, e perto dela o discípulo que ele amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis aí teu filho”. A seguir, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe (cf. Jo 19,25-26).

L 3: O texto acima não retrata propriamente um problema de família, de quem iria cuidar de Maria depois da morte de seu filho. Por

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vontade de Jesus, Maria adota todos os membros da comunidade cristã como seus filhos e filhas e intercede por todos nós, junto a Ele.

T: Que Maria, mãe da Igreja, seja a nossa intercessora junto a Deus.

Canto: Maria, Maria

1. Maria, Maria é um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta. Uma mulher que merece viver e amar, como outra qual-quer do planeta.

2. Maria, Maria é o som, é a cor, é o suor. É a dose mais forte e lenta de uma gente que ri quando deve chorar, e não vive, apenas aguenta.

/: Mas é preciso ter força. É preciso ter raça. É preciso ter gana sempre. Quem traz no corpo a marca Maria, mistura a dor e a alegria. Mas é preciso ter manha. É preciso ter graça. É preciso ter sonho sempre. Quem traz na pele essa marca, possui a estranha mania de ter fé na vida. :/

A Palavra de Deus ilumina

A: O texto que vamos ler nos apresentará Maria como exemplo de perseverança e fé. Vamos acolher a Palavra de Deus, cantando.

Canto: /: A Bíblia é a palavra de Deus semeada no meio do povo, que cresceu, cresceu e nos transformou, ensinando-nos a viver um mundo novo. :/

Leitor(a) da Palavra: Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos, (Atos

1,12-14).

(Momento de interiorização da Palavra.)

A: Vamos reler o texto e refletir:– Quem são os personagens que aparecem no texto?– Onde estavam reunidos?

(Tempo para conversar.)

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Aprofundando a Palavra

A: Voltando a Jerusalém após a ascensão de Jesus, como nos contou o texto, “eles perseveravam na oração”.

L 1: A fortaleza dos discípulos e das discípulas foi estar em comunhão com Jesus através da oração em comunidade.

T: A Escritura nos apresenta um fato importante: Estavam junto com os discípulos algumas mulheres, entre elas, Maria, mãe de Jesus.

L 2: Como membros dos Grupos Bíblicos em Família, precisamos ser discípulos e missionários perseverantes na caminhada de Igreja seguidora de Jesus Cristo.

L 3: Como discípulos e discípulas, precisamos ser evangelizadores, anunciando a Boa Nova do Reino a todos os irmãos e irmãs, levando a esperança às pessoas que mais necessitam de nossa ajuda.

T: “Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres – entre elas, Maria, mãe de Jesus” (Atos 1,14).

A: Na certeza da intercessão de Maria junto a seu Filho Jesus, can-temos, pedindo sua proteção e sua companhia em nossa vida.

Canto: Santa Mãe Maria

1. Santa Mãe Maria, nesta travessia cubra-nos teu manto cor de anil. Guarda nossa vida, mãe Aparecida, santa padroeira do Brasil.

/: Ave Maria, ave Maria. :/

Assumindo compromissos

A: Chegando ao final do nosso encontro, é o momento de, além de acreditarmos no poder da intercessão de Maria segundo seus diversos nomes, pensarmos em assumir compromissos concretos.a) Como mãe, Maria acolhe todos os filhos e filhas, especialmen-

te os que passam fome e necessitam de ajuda. O que nós

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podemos fazer para ser mais parecidos com Maria e acolher nossos irmãos e irmãs?

b) Seguir o exemplo de Maria é seguir Jesus. O que podemos fazer em nossa vida para seguir a Jesus, como Maria?

(Tempo para conversar e assumir compromisso.)

Oração e bênção

A: Como vimos no encontro de hoje, Maria é conhecida por vários títulos. No Brasil, o mais conhecido deles é Nossa Senhora Apare-cida; com esse título ela é a padroeira do nosso país. Cantemos, pedindo a bênção da nossa Mãe Aparecida para os jovens e todo o povo brasileiro.

Canto: /: Dai-nos a bênção, ó Mãe querida, nossa Senhora Aparecida! :/

A: Por intercessão da Virgem Mãe Aparecida desça sobre todos nós a bênção do Deus bondoso e misericordioso,

T: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.Canto: Mãe do céu morena

1. Mãe do Céu morena. Senhora da América Latina, de olhar e caridade tão divina, de cor igual à cor de tantas raças. Virgem tão serena, Senhora destes povos tão sofridos, patrona dos pequenos e oprimidos, derrama sobre nós as tuas graças.

/: Derrama sobre os jovens tua luz, aos pobres vem mos-trar o teu Jesus, ao mundo inteiro traz o teu amor de Mãe. Ensina quem tem tudo a partilhar, ensina quem tem pouco a não cansar, e faz o nosso povo caminhar em paz. :/

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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8º Encontro

A COMUNIDADE E A JUVENTUDE EDIFICADA

EM CRISTO

“Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (Cl 2,7).

Ambiente: Mesa preparada com crucifixo, Bíblia, vela, casinha, e imagens de jo-vens (fotos ou recortes de revistas).

Acolhida: Pela família que acolhe o grupo em sua casa.

Animador(a): Meus irmãos e irmãs, que bom que estamos reunidos novamente! Vamos partilhar como foi a experiência do compro-misso assumido em nosso último encontro.

(Tempo para partilhar.)

Motivação e oração inicial

A: Em nosso encontro de hoje queremos conversar um pouco mais sobre a juventude, a forma como a apoiamos e a mensagem que Deus dirige a todos nós. Reunidos em nome de Jesus, que nos convida a vivermos com firmeza nossa fé em defesa da vida, tracemos sobre nós o sinal da cruz:

Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.Leitor(a) 1: Em nossa caminhada como Igreja – Povo de Deus – todos

somos chamados, sem distinção, a vivermos nosso batismo. Com isto nos colocamos em marcha nos Grupos Bíblicos em Família, na Catequese, nos diversos ministérios, nos Grupos de Jovens e em muitas outras pastorais na Igreja. Tendo presentes os jovens das nossas famílias e da nossa comunidade, rezemos em dois lados, com eles e em nome deles:

Lado A: Senhor, somos jovens de vários cantos e encantos. Em nossos rostos há história de dores, alegrias, desafios e esperanças.

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Lado B: Sonhamos com a Civilização do Amor, onde a justiça, a soli-dariedade e a paz sejam vivenciadas intensamente.

Lado A: Queremos caminhar guiados pelo vosso poder, amor e sabe-doria, colocando todo o nosso potencial a serviço da vida e da esperança.

Lado B: Nós, jovens, acreditamos na força do diálogo, da verdade, da justiça, da partilha, da união e da felicidade.

Lado A: Pedimos o dom do discernimento, para que sejamos protago-nistas de nossa caminhada neste novo milênio.

Lado B: Dai- nos a lucidez crítica e a verdadeira liberdade; o testemu-nho coerente e a audácia; a criatividade em festa e a esperança utópica.

T: Que, através de nossos grupos de jovens, consigamos articu-lar todas as forças vivas diante dos novos questionamentos e desafios, transformando nossa realidade e recriando um Novo Céu e uma Nova Terra. Amém.

A: Cantemos, expressando os anseios da juventude que se mantém firme na fé.

Canto: Deixa-me ser jovem

/: Deixe-me ser jovem, não me impeça de lutar, pois a vida nos convida a uma missão realizar. :/

1. Deixe-me ser jovem, ser livre pra sonhar; não reprima, não reprove o meu jeito de amar. Fazer também a história e não ser ignorado; preservar os meus valores e não ser massificado.

Refletindo o tema

A: Somos uma família, onde todos os membros têm o direito de conviver na alegria e na paz, de amar e ser amados, de acolher e ser acolhidos, de perdoar e ser perdoados, de viver a fé em Jesus.

L 2: O papa Bento XVI diz em sua carta dirigida aos jovens em pre-paração à Jornada Mundial da Juventude, que vai acontecer de 16 a 21 de agosto deste ano, na Espanha:

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T: “Deus é vida, e cada criatura tem a vida; de um modo único e especial, a pessoa humana, feita à imagem de Deus, aspira ao amor, à alegria e à paz”.

L 3: Na grande família de Deus, ninguém deve sentir-se marginalizado ou excluído das condições que garantem uma vida digna para todos. Esse desejo é um sinal de que levamos em nós a “marca” de Deus.

T: “Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança” (Gn 1,26).

L 4: Somos convidados e convidadas a ser sinal de esperança em um mundo que parece ter-se esquecido de Deus. Olhando ao nosso redor, vemos sofrimento, medo, violência, exploração... Mas, há muito mais sinais de vida que de morte. A nossa missão em favor da vida continua.

T: “Vocês são o sal da terra. Vocês são a luz do mundo” (Mt 5,13-14).

L 1: Entre tantos irmãos e irmãs que vivem à margem da sociedade, sem espaço para expressar-se, estão os jovens. De um lado são vistos como simples consumidores, e manipulados para consumirem mais. Outros os veem como rebeldes, que não querem nada com nada, nenhum compromisso. Mas, será assim mesmo? (Breve silêncio).

A: Vamos ouvir a opinião dos jovens sobre sua presença e sua par-ticipação na sociedade e na Igreja.

L 2: “O jovem é alegria. Sua presença e entusiasmo dentro da Igreja representam o próprio Cristo, que evangelizava não somente com palavras, mas com sua maneira, tão diferente, de cativar os que encontrava com um simples e profundo olhar” (jovem de Belém, Pará).

L 3: “O jovem é o rosto novo da Igreja. Atua nela de forma direta e integrada. Reflete o Evangelho de maneira dinâmica e criativa” (jovem de Fortaleza, Ceará).

L 4: “Jovens atraem outros jovens. Eles podem animar a liturgia... participar da catequese. São o futuro do mundo, da Igreja. A igreja precisa da teimosia juvenil para uma relação maior com a sociedade e se tornar dinâmica e engajada nos movimentos sociais” (jovem de Fortaleza, Ceará).

L 1: “Tenho certeza de que a Igreja iria crescer muito, se contasse mais com jovens, porque muitos deles vivem com intensidade

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tudo aquilo em que acreditam. Se a Igreja conseguir uma forma nova de atraí-los, teria muito mais vocações religiosas. O jovem pode fazer muito pela Igreja, mas a Igreja precisa investir, acre-ditar, acolhê-los, não somente como prioridade, mas pensando no futuro da própria Igreja” (jovem de Rolândia, Paraná).

L 2: “O jovem é a força de qualquer comunidade, traz vigor e vida, novas ideias. Pode usar a arte a favor da reflexão, mostrando Deus com seu testemunho” (jovem de Maringá, Paraná).

L 3: “Ser jovem é ter criatividade, ousadia, superação. Jovem é amiza-de, busca, sede, autenticidade, presença, esperança, é um motor ligado, um avião voando, um trem em alta velocidade. Juventude é o momento na vida onde mais se escuta sem ouvir, mais se fala sem dizer e mais se corre sem saber exatamente onde se vai chegar. Mas não se pára de correr. E ao mesmo tempo é o momento em que Deus mais nos fala, grita, faz sinal, manda re-cado, e-mail... Porém, se neste momento o jovem estiver surdo e cego, continuará correndo, só que correrá para longe de Deus” (jovem de Florianópolis, SC).

Canto: /: Deixe-me ser jovem, não me impeça de lutar, pois a vida nos convida a uma missão realizar. :/

A: O Papa Bento XVI, na mesma carta dirigida aos jovens em pre-paração à 26ª Jornada Mundial da Juventude, assim escreveu:

L 4: “Numerosos jovens sentem o profundo desejo de que as relações interpessoais sejam vividas na verdade e na solidariedade. Mui-tos manifestam a aspiração de construir relações autênticas de amizade, de conhecer o verdadeiro amor, de fundar uma família, de adquirir uma estabilidade pessoal e uma segurança real, que possam garantir um futuro sereno e feliz”.

L 1: “Convido-vos a intensificar o vosso caminho de fé em Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Vós sois o futuro da sociedade e da Igreja. Como escrevia o apóstolo Paulo aos cristãos da cidade de Colossas, é vital ter raízes e bases sólidas. Isso é verdade, especialmente hoje, quando muitos não têm pontos de referência estáveis para construir sua vida, sentindo-se assim profundamente inseguros”.

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Canto: Hei Juventude – rosto do mundo

1. Eu vejo que a juventude tem muito amor. Carrega a esperança viva no seu cantar. Conhece caminhos novos. Não tem segre-dos, anseia pela justiça e deseja a paz. Mas vejo também a dor da insegurança. Que dói quando é hora certa de decidir. Tem medo de deixar tudo e então se cansa, diz não ao caminho certo e não é feliz.

/: Hei Juventude – rosto do mundo. Teu dinamismo logo encanta quem te vê, a liberdade aposta tudo. Não perde nada na certeza de vencer. :/

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Ouçamos a Palavra de Deus através da carta que São Paulo escreveu aos Colossenses.

Canto: Tua Palavra é assim

/: É como a chuva que lava, é como o fogo que abrasa, tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal. :/

1. Tenho medo de não responder, de fingir que não escutei. /: Tenho medo de ouvir teu chamado, virar pro outro lado e fingir que não sei. :/

Leitor/a da Palavra: Leitura da carta de São Paulo aos Colossenses, (Cl 2,6-8).

(Momento de silêncio para interiorização da Palavra.)

A: A carta aos Colossenses foi escrita por São Paulo para responder a uma necessidade concreta. Aquela comunidade estava amea-çada pela influência de certas tendências culturais da época, que afastavam os fiéis do Evangelho. Vamos aprofundar estas ideias?1. O que Paulo destaca como importante para os Colossenses?2. O que significa “enraizados na fé” e “edificados em Cristo”?

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3. Por que principalmente os jovens são mais influenciados por “certas tendências” de nosso tempo?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra

A: Percebemos três expressões importantes na carta de Paulo, que nos encorajam a enfrentar com decisão a pressão e influência da sociedade atual: “Enraizados” nos lembra a árvore e as raízes que a alimentam.

L 2: “Bendito quem confia no Senhor e coloca no Senhor sua confiança. Será uma árvore plantada junto à água, que junto às correntes lança suas raízes” (Jr 17,7-8).

T: Ajudai-nos, Senhor, a manter nossa vida alimentada por Vossa Palavra.

A: “Edificados” nos lembra construção, casa, moradia.

L 3: “...todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica. É semelhante a alguém que, edificando uma casa, cavou fundo e firmou o alicerce sobre a rocha” (Lc 6,47-48).

T: Ajudai-nos, Senhor, a construir nossa vida segundo Vossa vontade.

A: “Firmes” refere-se ao crescimento, à força física ou moral.

L 4: “Sede firmes e inabaláveis, aplicando-vos cada vez mais à obra do Senhor. Sabeis que o vosso trabalho no Senhor não é em vão” (1Cor 15,58).

T: Ajudai-nos, Senhor, a permanecer firmes em nossa caminha-da de fé.

Canto: Animados pela fé e bem certos da vitória, fincaremos nos-so pé pra construir a nossa história e construindo a nossa história, animados pela fé.

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Compromisso

A: Iluminados pela Palavra de Deus que refletimos, como vamos apoiar a juventude a viver e expressar com sinceridade a sua fé em Cristo?

Algumas propostas:a) Animar os jovens a se encontra-

rem e realizarem encontros, utili-zando os livretos dos GBF;

b) Abrir espaços em nossas liturgias, para que os jovens partici-pem (cantos, dramatizações, leituras);

c) Promover uma gincana onde os jovens possam organizar atividades envolvendo outros jovens (da crisma, de grupos de jovens, etc.);

d) Apoiar caminhadas de fé, trilhas ecológicas, visitas a escolas, campanhas de arrecadação de alimentos, onde os jovens estejam à frente;

e) Oferecer-se e qualificar-se para ser adulto assessor de grupos de jovens na paróquia.

Oração e bênção

A: Agradecendo a Deus a alegria de vivermos nossa fé, façamos juntos a nossa profissão de fé:

T: Creio em Deus Pai todo poderoso, criador do céu e da terra...Canto: Creio, Senhor, mas aumentai nossa fé

/: Creio, Senhor, mas aumentai nossa fé. :/1. Eu creio em Deus, Pai onipotente, criador da terra e do céu.

2. Creio em Jesus, nosso irmão, verdadeiramente Homem-Deus.

3. Creio também no Espírito de amor, grande dom que a Igreja recebeu.

A: Que Deus nos abençoe e nos guarde de todos os perigos e aco-modações.

T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.

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Canto: Se calarem a voz dos profetas

1. Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão; se fecharem uns poucos caminhos, mil trilhas nascerão… Muito tempo não dura a verdade nestas margens estreitas demais. Deus criou o infinito e a vida pra ser sempre mais…

/: É Jesus este pão de igualdade. Viemos pra comungar com a luta sofrida do povo que quer ter voz, ter vez, lugar. Comungar é tornar-se um perigo, viemos pra incomodar. / Com a fé e união, nossos passos um dia vão chegar. :/

2. O Espírito é vento incessante, que nada há de prender. Ele sopra até no absurdo que a gente não quer ver… Muito tempo não dura a verdade nestas margens estreitas demais. Deus criou o infinito e a vida pra ser sempre mais…

3. Toda luta verá o seu dia nascer da escuridão. Ensaiamos a festa e a alegria, fazendo a comunhão. Muito tempo não dura a verdade nestas margens estreitas demais. Deus criou o infinito e a vida pra ser sempre mais…

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

Precisamos levar a Bíblia em todos os encontros.

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9º Encontro

CAMINHANDO NA UNIDADE

“Pai, que todos sejam um, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21).

Ambiente: Bíblia, cruz, casinha, vela, flores, estampa ou imagem da Santa Ceia, fotos de pessoas dialogando, se ajudando, ou caminhando juntas

Acolhida: Pelas pessoas da casa e/ou pelo animador(a).

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, iniciemos nosso encontro, recordando o compromisso do último encontro. Vamos partilhar o que fizemos a respeito.

(Tempo para conversar.)

A: Felizes de estarmos juntos, cantemos, saudando a Santíssima Trindade.

Canto: Em nome do Pai, em nome do Filho...

A: Hoje, ainda em clima pascal, recordados da Campanha da Frater-nidade e em espírito ecumênico, refletiremos sobre a Caminhada na Unidade. Fraternidade lembra IRMÃO/IRMÃ. JESUS se fez nosso IRMÃO e disse o que precisamos fazer para ser seu irmão e sua irmã.

Todos(as): “Minha mãe e meus irmãos são estes: os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 8,21).

A: Jesus, Caminho, Verdade e Vida, revelou a face bondosa de Deus, ensinando-nos a chamá-lo de Pai. Também orou ao Pai pelos discípulos e discípulas e pelos que viriam a crer nEle, pela palavra deles.

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T: “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti. Que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21).

A: Jesus nos ensinou a orar chamando Deus de Abbá, Pai, para revelar proximidade afetiva, confiança, amor. Seria como as crianças chamam o pai de “pai”, “papai”, “paizinho”. Unidos em espírito com todos e todas que chamam a Deus de Pai, rezemos o Pai-nosso ecumênico.

T: Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

Canto: Ousamos chamar-te de Pai

1. Ele assumiu nossas dores, veio viver como nós, santificou nossas vidas cansadas, vencidas de tanta ilusão. Ele falou do teu Reino, e te chamava de Pai, e revelou tua imagem que deu-nos coragem de sermos irmãos.

Ousamos chamar-te de Pai, ousamos chamar-te Senhor. Jesus nos mostrou que tu sentes e ficas presente onde mora o amor. /: Pai nosso, que estás no céu! Pai nosso, que estás aqui! :/

Refletindo o tema

A: No tempo pascal, após a celebração da vitória da vida sobre a morte, temos a motivação para revigorar nossa caminhada de Igreja e nossa caminhada no mundo, onde estamos com pesso-as diversas, na família, na sociedade, na Igreja, e também com irmãos e irmãs de outras denominações religiosas.

Leitor(a) 1: Caminho e Caminhada são termos de grande valor sim-bólico para muitas realidades da vida. Caminho foi a primeira denominação do grupo dos seguidores e seguidoras de Jesus. Quem é cristão está na caminhada de sua Igreja.

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T: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo 14,6).

L 2: Uma caminhada comum no seguimento de Jesus cria laços de unidade. É muito importante buscar a Unidade e viver o Diálogo na vida em família, na comunidade, na sociedade e entre outras denominações religiosas.

T: “Pai, que todos sejam um, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21).

A: Encontramos nos documentos da Igreja orientações para a Uni-dade e para o Ecumenismo.

L 3: A unidade é, antes de tudo, um dom do Espírito Santo.

L 4: O movimento ecumênico favorece a estima recíproca, convoca à escuta comum da Palavra de Deus e chama à conversão quem se declara discípulo e missionário de Jesus Cristo.

L 1: O Espírito Santo é o protagonista da missão, e é também o promotor da unidade na diversidade das culturas e do diálogo ecumênico.

L 2: As Igrejas cristãs são chamadas ao testemunho comum do Evangelho e ao serviço solidário, especialmente em favor dos mais pobres, ajudando a construir uma cultura de fraternidade, apontando princípios de justiça e paz, denunciando ameaças e violações à vida humana e à vida do planeta.

Canto: Quando o Espírito de Deus soprou

1. Quando o Espírito de Deus soprou, o mundo inteiro se iluminou. A esperança na terra brotou, e um povo novo deu-se as mãos e caminhou...

/: Lutar e crer, vencer a dor, louvar ao Criador! Justiça e Paz hão de reinar, e viva o amor! :/

A: A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos nesse ano acentua os quatro elementos de unidade citados nos atos dos Apóstolos: os ensinamentos dos apóstolos, a comunhão fraterna, a fração do pão e as orações.

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L 3: Esses quatro elementos eram marcos da primeira comunidade cristã, e hoje ainda são essenciais à vida da comunidade cristã, onde quer que ela exista.

T: “Eles eram assíduos ao ensinamento dos apóstolos e à co-munhão fraterna, à fração do pão e às orações” (At 2,42).

L 4: Esta reflexão é um chamado a voltarmos às origens das primeiras comunidades cristãs, e um chamado a voltarmos ao essencial da fé, relembrando o tempo em que a Igreja ainda era una.

Canto: Os cristãos tinham tudo em comum

/: Os cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens com alegria. Deus espera que os dons de cada um se re-partam com amor no dia a dia. :/

1. Deus criou este mundo para todos. Quem tem mais é chamado a repartir com os outros o pão, a instrução e o progresso, fazer o irmão sorrir.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Ao final de seu discurso de despe-dida, na última ceia com seus Após-tolos, Jesus rezou ardentemente ao Pai, rogando pelos fiéis presentes e futuros, inclusive nós. Fechemos os olhos e imaginemo-nos juntos, no Cenáculo. Pela leitura, serão atuali-zadas as palavras de Jesus.

Canto: Teu povo aqui reunido

1. Teu povo aqui reunido procura vida nova. Tu és a esperança, o Deus que nos consola

/: Fala, Senhor, fala da vida; só tu tens palavras eternas. Queremos ouvir. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João (Jo 17,15-26).

(Cada pessoa releia o texto em sua própria Bíblia.)

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A: Após ouvirmos a Palavra e relê-la em nossa Bíblia, deixemos o coração falar. Vamos refletir:– Todos cremos que a unidade é importante. Por que é tão difícil

praticá-la? – A unidade só é possível mediante a oração, o comprometimento,

a humildade e a doação. O que temos feito para construí-la?– O que podemos observar de bom em outras religiões e adotar

para nós? – Participar na evangelização é criar comunhão, repartir, servir.

Vou continuar de braços cruzados?(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra

A: Jesus se antecipou, orando ao Pai por seus discípulos e discípulas de então e pelos que viriam depois pela palavra deles. A unidade deles e nossa seria e é testemunho para que o mundo creia:

T: “Pai, que todos sejam um, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21).

L 1: Os verdadeiros discípulos e discípulas de Cristo têm de ter espírito aberto, ser dialogantes, compreensivos, conscientes das próprias limitações.

L 2: É importante criar e fortalecer os espaços de oração comunitária, que alimentem o nosso ardor missionário e tornem possível um forte testemunho de unidade.

T: “Pai, que todos sejam um, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21).

L 3: Viver a união ecumênica das igrejas, a união na comunidade, na família é um verdadeiro testemunho de vida cristã.

Canto: /: Onde reina o amor, fraterno amor, onde reina o amor, Deus aí está. :/

Compromisso

A: Diante de toda a nossa reflexão, vejamos o que podemos assumir de compromisso. Algumas propostas:

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a) Empenhar-nos em ser cristão/ã mais consciente, participando efetivamente da vida comunitária/paroquial.

b) Cultivar um espírito de abertura ecumênica na convivência familiar, comunitária e com pessoas de outras denominações religiosas.

c) Preparar-nos para programar e vivenciar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.

Oração e bênção

A: Celebraremos a SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS na semana de 18 a 25 de junho, próximo, com o tema:

T: “Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fra-terna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42).

A: Sempre firmes na caminhada, pautando nossa vida por Cristo, é necessário abrir-se a Ele em oração. Recitemos a oração de bênção que Deus passou a Moisés:

T: “O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor faça brilhar sobre nós a sua face e se compadeça de nós. O Senhor volte para nós o seu rosto e nos dê a paz” (Nm 6,24-26). Abençoe-nos o Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Canto: Somos gente da esperança

1. Somos gente da esperança, que caminha rumo ao Pai. Somos povo da Aliança, que já sabe aonde vai.

/: De mãos dadas, a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar o novo hino de unidade, amor e paz. :/

2. Para que o mundo creia na justiça e no amor, formaremos um só povo, um só Deus, um só Pastor.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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10º Encontro

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS

“Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão

e nas orações” (Atos 2,42).

Ambiente: Bíblia, casinha, velas, um buquê de flores variadas e papéis com o nome de Igrejas Cristãs, e pão para ser partilhado no final do encontro...

Acolhida: Pela família que recebe o grupo.

Animador(a): Iniciando o nosso encontro, vamos partilhar como vive-mos o compromisso que assumimos no encontro passado...

(Tempo para conversar.)

Motivação e oração inicial

A: Irmãos e irmãs! Deus nos reúne em seu amor. Ele nos acolhe como seus filhos e filhas muito amados. Vamos invocar o seu nome com toda fé e confiança:

Todos(as): Em nome do Pai...Canto: /: Vem, vem, vem, Espírito Santo de amor. Vem a nós, traze

à Igreja um novo vigor. :/A: Vamos rezar a Deus Trindade. Ele é o modelo de família e de

comunidade. É modelo de amor, de diálogo, de unidade e de paz. Rezemos pela unidade de todos os cristãos e cristãs:

Lado A: Ó Deus, Pai de bondade! Pai de todos os povos. Tu nos criaste por amor, para que sejamos uma só família. Nós te pedimos pela unidade de todos os cristãos e cristãs.

Lado B: Senhor Jesus, tu vieste para trazer a paz ao mundo. Tu rezaste assim: “Pai, que todos sejam UM”. Nós também, junto contigo, queremos pedir pela unidade de todos os cristãos e cristãs.

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T: Ó Espírito Santo, tu guias os nossos passos para caminhar-mos na fraternidade. Ajuda-nos a superar toda divisão, todo ódio e toda desavença. Tu és nossa luz, nossa força e nossa alegria. Nós te pedimos a graça da unidade dos cristãos e cristãs. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo...

Canto: Nós estamos aqui reunidos

/: Nós estamos aqui reunidos como estavam em Jerusalém. Pois só quando vivemos unidos é que o Espírito Santo nos vem. :/

1. Ninguém pára esse vento passando, ninguém vê, e ele sopra onde quer. Força igual tem o Espírito quando faz a Igreja de Cristo crescer.

A Palavra de Deus ilumina

A: Hoje vamos refletir sobre a Semana de Oração pela Unidade dos Cris-tãos. O tema escolhido para este ano é baseado no modelo das primeiras comunidades cristãs. Preparemos o nosso coração para ouvir a Palavra de Deus, conforme está escrita em Atos dos Apóstolos.

Canto de aclamação: Pela Palavra de Deus

/: Pela palavra de Deus, saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar. :/

1. Cristo me chama, Ele é Pastor. Sabe meu nome: Fala Senhor.

Leitor/a da Palavra: Leitura do livro de Atos dos Apóstolos, (At 2,42-47).

(Após a leitura: momento de silêncio... Ler o texto novamente...)

Para conversar

1. Como viviam as primeiras comunidades cristãs? Até que ponto as comunidades de hoje vivem da mesma maneira?

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2. Existem diversas Igrejas Cristãs: vamos lembrar o nome de algumas delas?

3. O que podemos fazer para que exista amor e unidade entre todos os cristãos e cristãs?

(Tempo para conversar.)

Aprofundar o tema com a Palavra

A: Ao longo da história do cristianismo houve muitos momentos de conflitos e divisões. Também hoje nem sempre sabemos dialogar com pessoas que pensam diferente de nós. Temos, muitas vezes, dificuldades de amar e respeitar as pessoas que pertencem a outras igrejas cristãs e a outras religiões. A oração tem o poder de vencer todo tipo de divisão. Por isso, queremos participar da “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos”.

Leitor(a) 1: No Brasil, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos acontece entre as festas da Ascensão de Jesus e de Pentecos-tes.

L 2: Os primeiros cristãos, depois da Ascensão de Jesus, permaneciam reunidos, em oração. Foi num desses momentos que o Espírito Santo foi enviado sobre eles.

L 3: Nós também nos reunimos e manifestamos nossa fé e nossa vontade firme de viver o amor entre nós. Neste ano, a Semana de Oração acontece entre os dias 05 e 12 de junho.

Canto: São filhos do mesmo Pai

/: São filhos do mesmo Pai, com sangue da mesma cor. Herdeiros do mesmo céu,/ nascidos do mesmo amor. :/

1. Os irmãos se sentam à mesma mesa; / sabem dialogar com toda franqueza.

A: Em cada ano, o tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é escolhido por um grupo de cristãos de um determi-nado país. No ano passado foram os cristãos da Escócia com o tema:

T: “Vós sois testemunhas destas coisas” (Lc 24,48).

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A: Neste ano de 2011, o tema foi escolhido pelos cristãos de Jerusalém, a cidade onde Jesus morreu e ressuscitou. O tema escolhido é:

T: “Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42).

A: O que significa estar unidos no ensinamento dos apóstolos?

L 1: Significa que é preciso não esquecer do que os apóstolos trans-mitiram a respeito de Jesus. Eles foram escolhidos por Jesus para ficar em sua companhia. Eles viram o que Jesus fez. Eles ouviram o que ele ensinou. Depois da morte e Ressurreição de Jesus, eles foram pelo mundo anunciar o Evangelho. Por isso, estar unidos no ensinamento dos apóstolos significa ler e seguir o Evangelho de Jesus Cristo.

T: Estamos unidos no ensinamento dos apóstolos: queremos seguir o Evangelho de Jesus Cristo.

A: O que significa estar unidos na comunhão fraterna?

L 2: Significa que os cristãos e cristãs não podem viver desunidos. As Igrejas que acreditam em Jesus como Filho de Deus e Salvador do mundo devem viver no amor e no respeito. As diferenças en-tre as Igrejas Cristãs não devem nos separar, mas devem levar ao diálogo. A divisão ofende a Deus, pois somos a sua família. A divisão é uma ferida no Corpo de Cristo, pois nós todos somos membros do seu corpo.

T: Estamos unidos na comunhão fraterna: queremos viver no diálogo, no respeito e no amor mútuo.

A: O que significa estar unidos na fração do pão?

L 3: A fração do pão, nas primeiras comunidades cristãs, era feita especialmente durante a Ceia, quando se fazia a memória das palavras e da prática de Jesus. Jesus partilhou o pão entre as pessoas famintas. Ele partilhou também o Pão na Ceia Pascal, dizendo que era seu Corpo. Portanto, a “fração do pão” significa doação da vida em favor dos outros. Também significa participar das celebrações comunitárias, onde acontece a partilha do pão da Palavra de Deus e da Eucaristia.

T: Estamos unidos na fração do pão: queremos partilhar a Pa-lavra de Deus e a nossa própria vida.

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A: O que significa estar unidos na oração?

L 1: Quando nos reunimos para rezar é porque acreditamos que Deus nos ouve e atende nossos pedidos. Rezar juntos é ter consciência de que somos uma comunidade e todos precisamos da graça de Deus. Quando estamos unidos em oração, ninguém é maior e ninguém é menor: todos somos irmãos e irmãs e precisamos da ajuda de Deus, nosso Pai. Ele nos ouve e nos atende quando nos amamos de todo o coração.

T: Estamos unidos em oração: somos irmãos e irmãs e preci-samos da graça de Deus, nosso Pai.

Canto: /: Os cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens com alegria. Deus espera que os dons de cada um se repar-tam com amor no dia a dia. :/

A: Nós refletimos como viviam os primeiros cristãos e como nós também queremos viver. A palavra mais importante é que “eles estavam unidos”. A unidade entre todos os cristãos das diferen-tes Igrejas é um caminho que devemos construir com paciência e coragem.

L 2: Para promover a unidade entre os cristãos existe o Ecumenis-mo: é o esforço sincero de aproximar-se, conhecer, cooperar e construir a fraternidade, superando as divisões entre as diferentes Igrejas Cristãs: os católicos, os ortodoxos, os protestantes, os pentecostais e tantos outros.

T: “Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fra-terna, na fração do pão e nas orações”.

L 3: A unidade garante a paz e a alegria de viver. Quando estamos unidos na mesma fé e no mesmo amor de Jesus, não haverá ego-ísmo, nem mentiras, nem injustiça. A unidade é o sinal concreto de que nossa fé é verdadeira. A unidade é sinal de que somos discípulos e discípulas de Jesus.

Canto: Tenho irmãos, tenho irmãs...

1. Tenho irmãos, tenho irmãs aos milhões, em outras religiões. Pensamos diferente, louvamos diferente, oramos diferente, mas numa coisa nós somos iguais: buscamos o mesmo Deus,

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amamos o mesmo Pai, queremos o mesmo céu, choramos os mesmos ais.

/: Um dia talvez, quem sabe, um dia talvez, quem sabe, um dia talvez, quem sabe, descobriremos que somos iguais: irmão vai ouvir irmão, e todos se abraçarão nos braços do mesmo Deus, nos ombros do mesmo Pai. :/

Compromisso

A: Podemos assumir alguns gestos concretos: 1) Rezar todos os dias pela unidade

dos cristãos. (Venha a nós o vosso Reino.)

2) Visitar alguma pessoa que perten-ce a outra igreja cristã.

3) Combinar com o padre e organizar uma Comissão Paroquial para o Ecumenismo. Esta Comissão poderia preparar uma celebração ecumênica na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.

Oração e bênção

A: Vamos dirigir nossas preces espontâneas a Deus, nosso Pai de bondade.

(Tempo para as preces espontâneas.)

A: Vamos concluir nossas preces com a oração da unidade que Jesus ensinou. Rezemos o Pai Nosso ecumênico:

T: Pai Nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Perdoa as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

A: Que o Deus da paz e da unidade nos abençoe:

T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo”.

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Canto: Hino da fraternidade

1. A necessidade era tanta e tamanha que a fraternidade saiu em campanha: andou pelos vales, subiu as montanhas e foi levar o seu pão. A dor era tanta, a injustiça tamanha que a luz de Jesus, que o seu povo acompanha, o iluminou pra viver em campanha em favor dos irmãos. Um só coração e uma só alma, um só sentimento em favor dos pequenos, e o desejo feliz de tornar o país mais irmão e fraterno, vão fazer de nós povo do Senhor, construtores do amor, operários da paz, mais fiéis a Jesus; vão fazer a nossa Igreja uma Igreja mais santa e mais plena de luz.

/: Erguer as mãos com alegria, mas repartir também o pão de cada dia! :/

(Após o canto, partilharemos o pão como sinal de irmandade e fraternidade.)

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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11º Encontro

VOCAÇÃO – UM CHAMADO DE DEUS

“Não tenhas medo, pois estou contigo para defender-te” (Jr 1,8).

Ambiente: Símbolos usados nos encontros anteriores, água, terra, vela acesa e um balão cheio, representando o ar.

Acolhida: Pela família que acolhe

Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam todos bem-vindos! Vamos partilhar como vivemos o compromisso que assumimos no encontro passado.

(Tempo para partilhar.)

Motivação e oração inicial

A: Na alegria de nos encontrarmos mais uma vez, rezemos com muito amor e fé, lembrando o convite que o Senhor nos faz: “Venha você também trabalhar na minha vinha” (cf. Mt 20,4). Antes saudemos a presença da Santíssima Trindade em nosso meio.

Todos(as): Em nome do Pai...

Lado A: Senhor Jesus, que convidas cada uma e cada um de nós: “Venha você também para minha vinha”, nós agradecemos o teu chamado de amor feito a tantas pessoas que te seguem nos mais diferentes caminhos, buscando colaborar na realização do teu Reino.

Lado B: Multiplica os missionários e missionárias do teu evangelho. Abençoa os que guardam no coração a tua Palavra, procuram colocá-la em prática e se dispõe a servir-te nas irmãs e irmãos.

Lado A: Olha com carinho para as pessoas que não têm condições básicas de vida digna e desperta em nossas comunidades pes-soas que se coloquem a serviço da vida.

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Lado B: Dá coragem à juventude para enfrentar os desafios do nosso tempo, respondendo com audácia ao teu chamado.

T: Amém.Canto: Venham trabalhar na minha vinha

/: Unidos pela força da oração, ungidos pelo espírito da missão. Vamos juntos construir uma Igreja em ação. :/

1. Venham trabalhar na minha vinha, espalhar na terra o meu amor. Muitos não conhecem a Boa Nova, vivem como ovelhas sem pastor.

Refletindo o tema

A: Hoje iremos refletir sobre vocação, um tema importante. A Bíblia relata muitos chamados, histórias de vocação: de Abraão, Moisés, Samuel, Jeremias, Maria, Paulo e outros.

Leitor(a) 1: Por meio dessas e outras pessoas, Deus comunica seu plano de amor, estabelece aliança com seu povo e ensina o ca-minho de fidelidade.

L 2: Essa aliança e fidelidade se perpetua através de seu filho Jesus, que viveu sua vocação até as últimas consequências.

A: Nossa reflexão de hoje deve nos levar a uma clareza: Como en-tender nossa vocação e vivê-la no dia a dia? Como ser fiéis ao ressuscitado, levando ao mundo uma mensagem de esperança e fé, apresentando Cristo vivo no meio de nós?

(Breve silêncio.)

Canto: /: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou. Eu vejo sua luz no povo, por isso alegre estou. :/

A: Devemos viver nossa vocação nas dimensões: pessoal, comuni-tária e social.

L 3: Dimensão pessoal: ser responsável por nosso crescimento na fé, na oração e no amor, para sermos capaz de ouvir a voz de Deus através do clamor do povo sofrido e estarmos a serviço da vida.

T: “Pois o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos...” (Mt 20,28).

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L 4: Dimensão comunitária: ter ouvidos atentos ao chamado de Deus através das necessidades da comunidade. Colocar-nos a serviço com humildade e desapego num trabalho libertador, sem esperar elogios e privilégios.

T: “Pois o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos...” (Mt 20,28).

L 1: Dimensão social: ser fiel ao anúncio da Palavra de Deus em nossa inserção na sociedade. Onde estivermos, defender a vida em qualquer situação.

T: Que não escravizemos, nem sejamos escravizados com os bens deste mundo, mas que possamos usá-los numa dimen-são de partilha, conforme o plano de Deus que nos criou à sua imagem e semelhança.

A: Nesta reflexão que fazemos sobre Vocação, lembramo-nos da Campanha da Fraternidade e nos perguntamos também: Como estamos vivendo nossa vocação no cuidado com a vida do planeta?

T: Chamados e chamadas a ser imagem e semelhança de Deus, temos o compromisso de cuidar do mundo em que vivemos e de torná-lo uma casa agradável para todos os viventes.

A Palavra de Deus ilumina

A: Os profetas que antecederam Jesus também nos dão grandes exemplos de força, coragem e fidelidade ao plano de Deus. Escolhemos para hoje um pequeno trecho do livro de Jeremias, onde o profeta, mesmo diante de suas inseguranças, diz “sim” ao chamado de Deus.

Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do profeta Jeremias (Jr 1,4-12).

(Antes de conversar, vamos refletir, cantando.)

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Canto: Antes que te formasse

1. Antes que te formasse dentro do ventre de tua mãe. Antes que tu nascesses, te conheci e ti consagrei. Para ser meu profeta dentre as nações, eu ti escolhi. Irás onde ti envio, e o que Eu mando proclamarás.

/: Tenho de gritar, tenho de arriscar. Ai de mim, se não o faço! Como escapar de Ti? Como não falar, se Tua voz me queima dentro? Tenho de andar, tenho de lutar. Ai de mim, se não o faço! Como escapar de Ti? Como não falar, se Tua voz arde em meu peito? :/

A: Vamos conversar a respeito de tudo o que ouvimos.a) Como Jeremias reagiu diante de sua vocação e como responde

ao chamado?b) Já pensamos sobre o chamado que Deus nos fez e nos faz?c) Dizemos sempre SIM ao chamado ou achamos sempre uma

desculpa e fugimos?(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra

A: O profeta tem consciência de que sua vocação estava escrita no plano de Deus, mesmo antes do seu nascimento. Uma vocação autêntica está alicerçada na certeza do amor de Deus.

L 2: A profundidade da relação de Deus com cada um e cada uma de nós ultrapassa a nossa capacidade de compreensão.

T: “Antes de saíres do ventre de tua mãe, eu te consagrei e te fiz profeta para as nações” (Jr 1,5).

L 3: Quando Deus diz nos conhecer, está havendo aí uma comunhão do divino com o humano. Trata-se também da gratuidade do amor de Deus, que nos ama mesmo diante de nossas inseguranças e dúvidas.

L 4: Esta realidade foi experimentada por Jeremias. Só assim pode-mos entender o vigor com que, mesmo em meio às crises, ele foi capaz de manter-se fiel à sua vocação. Ele sabia que era amado por Deus.

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L 1: A vida de quem é chamado pertence a Deus, e todo profeta tem esta consciência.

T: “Sou ainda uma criança, mas tu me seduziste”. Jeremias sabe que a missão supera suas próprias capacidades (cf. Jr 1,6; 20,7).

L 2: A aceitação de nossa impotência e pequenez nos remete ao pró-prio Deus, dando-nos mais confiança no seguimento da missão

Canto: /: Tenho de gritar, tenho de arriscar. Ai de mim, se não o faço! Como escapar de Ti? Como não falar, se Tua voz me queima dentro? Tenho de andar, tenho de lutar. Ai de mim, se não o faço! Como escapar de Ti? Como não falar, se Tua voz arde em meu peito? :/

A: Quando assumimos a missão que nos é confiada, corremos muitas vezes o risco de nos sentir abandonados e solitários diante de tantos desafios.

T: “Não tenhas medo deles, pois estarei contigo para defender-te” (Jr 1,8).

L 3: Jeremias fez esta dura experiência. Desesperado, chega a amal-diçoar o dia do seu nascimento, mas o Senhor diz:

T: “Não tenhas medo deles, pois estarei contigo para defender-te” (Jr 1,8).

A: Sabemos que as crises, o sofrimento e a renúncia são desafios que fazem parte da vida de quem assume a vocação.

T: “Não tenhas medo deles, pois estarei contigo para defender-te” (Jr 1,8).

L 4: O Filho de Deus viveu com intensidade esta realidade. Foi cruci-ficado, morreu, mas ressuscitou e está vivo entre nós.

T: Se vivemos com Ele, também um dia com Ele ressuscitaremos.Canto: Senhor, se tu me chamas...

/: Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres que eu te siga, respondo: Eis-me aqui. :/

1. Profetas te ouviram e seguiram tua voz, andaram mundo afora e pregaram sem temor. Seus passos tu firmaste, sustentando seu vigor. Profeta tu me chamas, vê, Senhor, aqui estou.

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Compromissos

A: Toda reflexão da Palavra de Deus e toda oração deve nos levar ao com-promisso. Pensando em tudo que rezamos, conversamos, e lembrando que, mesmo diante de nossas fra-quezas, Deus nos chama, o que de concreto podemos assumir?

(Tempo para conversar e assumir compromissos.)

Oração e bênção

A: Olhando os elementos do ambiente, observando cada um e ten-do em mãos a água, o fogo, o ar e a terra, os quatro elementos da vida, lembramos que o ser humano não é nem maior nem menor entre todas as criaturas; porém, tem sua autonomia e responsabilidade de cuidado sobre toda a terra. Isso faz parte de nossa vocação. Com este pensamento, façamos nossas orações espontâneas.

(A cada três preces, respondemos cantando.)

Canto: Senhor, atendei a nossa prece.

A: O Senhor faça vir até nós a força que vem da terra, do fogo, da água e do ar. E que na vivência de nossa vocação, tenhamos sempre as bênçãos de Deus.

T: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Canto: Um dia escutei teu chamado

1. Um dia escutei teu chamado, divino recado batendo no coração. Deixei desta vida as promessas e fui bem depressa no rumo da tua mão.

/: Tu és a razão da jornada, tu és minha estrada, meu guia e meu fim. No grito que vem do teu povo, te escuto de novo chamando por mim. :/

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2. Os anos passaram ligeiro, me fiz um obreiro no reino de paz e amor. Nos mares do mundo navego e às redes me entrego, tornei-me teu pescador.

3. Embora tão fraco e pequeno, caminho sereno com a força que vem de ti. A cada momento que passa, revivo esta graça de ser teu sinal aqui.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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12º Encontro

É PENTECOSTES!

“Jesus soprou sobre eles, dizendo: Recebam o Espírito Santo” (Jo 20,22).

Ambiente: Bíblia, cruz, casinha, símbolos do Espírito Santo e, se possível, os símbolos usados nos encontros anteriores.

Acolhida: Pela família que recebe o grupo.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, companheiros de caminhada dos Grupos Bíblicos em Família, que bom estarmos reunidos novamente! Que o Deus da esperança, que nos enche de alegria e paz em nossa fé pela ação do Espírito Santo, esteja conosco.

Todos(as): Ele está no meio de nós. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo...

A: Chegamos ao final de mais um livreto. Vamos fazer uma breve memória dos temas tratados neste livreto e partilhar os resulta-dos alcançados, pelos compromissos assumidos ao longo dos encontros.

(Tempo para conversar.)

A: Neste encontro refletiremos sobre a ação do Espírito Santo em nossas vidas, nossas comunidades e no mundo. A festa de Pen-tecostes era celebrada pelos judeus sete semanas depois da Páscoa, como uma data de muita alegria pela colheita. Saudemos a Santíssima Trindade, com igual alegria, cantando:

Canto: Em nome do Pai...

A: Rezemos, em dois lados, a oração, cuja autoria é atribuída a Santo Agostinho:

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Lado A: Respira em mim, ó Espírito Santo, para que eu pense o que é santo. Impulsiona-me, ó Espírito Santo, para que eu faça o que é santo.

Lado B: Atrai-me, ó Espírito Santo, para que eu ame o que é santo. Con-forta-me, ó Espírito Santo, para que eu proteja o que é santo.

T: Protege-me, ó Espírito Santo, para que eu nunca perca o que é santo.

Canto: Vem, Espírito Santo, vem.

/: Vem, Espírito Santo, vem, vem iluminar :/

1. Nossos caminhos vem iluminar! Nossas ideias vem iluminar! Nossas angústias vem iluminar! As incertezas vem iluminar!

Refletindo o tema

A: No primeiro Pentecostes após a morte e ressurreição de Jesus, cinquenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo. Daquele momento em diante, os discípulos e discípulas sentiram-se renovados e preparados para agir em meio ao desafio de dar continuidade ao anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo.

Leitor(a) 1: Foram enviados com o mesmo propósito do Mestre, para completar a obra iniciada por Ele.

L 2: Já no dia da Ressurreição, os discípulos haviam recebido do Senhor da vida o dom e a força do Espírito Santo como um avi-vamento espiritual.

T: “Jesus soprou sobre eles, dizendo: Recebam o Espírito San-to” (Jo 20,22).

L 3: O Pentecostes, sete semanas mais tarde, é a festa da manifes-tação da presença do Espírito Santo no meio da Igreja.

L 4: O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Por ele, somos filhos e filhas no Filho e estamos em comunhão com o Pai.

L 1: Pela sua força nos fortalecemos e somos levados a superar as dificuldades que encontramos.

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L 2: Jesus apareceu aos discípulos e discípulas para dizer-lhes que deveriam continuar a missão por ele iniciada.

T: “A paz esteja com vocês. Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês” (Jo 20,21).

L 3: É esse mesmo pedido que Jesus nos faz hoje: Que sejamos discípulas e discípulos missionários.

L 4: Ele não nos envia sozinhos para a missão. Temos a força, o ânimo, a assistência do Espírito Santo, recebido no nosso batismo.

T: “Jesus soprou sobre eles, dizendo: Recebam o Espírito San-to” (Jo 20,22).

A: O discipulado implica a adesão à pessoa e à obra de Jesus Cristo, assumindo seu estilo de vida, seu amor incondicional, solidário e acolhedor, até a doação da própria vida. Por isso, todo discípulo é missionário, pois discipulado e missão são duas faces da mesma moeda (Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Florianópolis).

Canto: /: Vai, vai, missionário do Senhor, vai trabalhar na messe com ardor. Cristo também chegou para anunciar. Não tenhas medo de evangelizar. :/

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Vamos ouvir a Palavra de Deus, na qual Jesus faz o envio de seus discípulos e discípulas para a mis-são. Vamos aclamar o Evangelho, cantando:

Canto: Nós estamos aqui reunidos

/: Nós estamos aqui reunidos, como estavam em Jerusalém. Pois só quando vivemos uni-dos é que o Espírito Santo nos vem. :/

1. Ninguém para esse vento passando, ninguém vê, e ele sopra onde quer. Força igual tem o Espírito quando faz a Igreja de Cristo crescer.

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Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, escrito por São João (Jo 20,19-23).

(Breve silêncio para interiorização da Palavra.)

A: Vamos ler novamente em nossa própria Bíblia e contar o texto.

(Um breve silencio, para cada pessoa ler o texto na própria Bíblia.)

A: Vamos conversar sobre o que Jesus disse aos seus discípulos, e o que ele deseja dizer a nós hoje:– O que sentiam os discípulos e discípulas antes da aparição de

Jesus?– O que Jesus desejou aos seus discípulos e discípulas quando

chegou?– O que Jesus nos fala hoje nesse encontro?– Como discípulas e discípulos missionários, temos seguido a

missão que Ele nos deu? De que forma? (Tempo para conversar.)

Aprofundando o tema com a Palavra

A: Quando olhamos as narrativas da ressurreição, percebemos como as aparições de Jesus tocavam as pessoas.

L 1: Maria Madalena saiu a anunciar a ressurreição, e Pedro arre-pendido encontrou perdão e sentiu-se restaurado em sua fé (cf. Jo 20,18; 21,17).

L 2: Mas foi a vinda do Espírito Santo que transformou aqueles homens e mulheres nos grandes anunciadores da Boa Nova que chegou até nós.

L 3: Disse o papa Bento XVI na sua encíclica ‘Deus Caritas Est’: “Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas através do encontro com um acontecimento..., com a pessoa de Jesus Cristo” (cf. DCE).

L 4: Foi assim naquela noite, quando os discípulos reencontraram Jesus, e Ele lhes disse:

T: “A paz esteja com vocês. Assim como o Pai me enviou, Eu também envio vocês” (Jo 20,21).

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A: Para que a Ressurreição fosse compreendida, e a missão efetiva-da, faltava o acontecimento do encontro, que marcou para sempre aquelas pessoas, e nos marca também nos dias de hoje.

T: “Tendo falado isso, Jesus soprou sobre eles, dizendo: Rece-bam o Espírito Santo” (Jo 20,22).

Canto: /: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra. :/A: No dia da manifestação pública do Espírito Santo, no momento

de Pentecostes, começou verdadeiramente a missão da Igreja.

T: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo” (At 2,4).

L 1: O Espírito Santo mostra que sua presença transforma confusão em comunhão. Ele nos une como um só corpo e com o mesmo sentimento, que é o amor do Cristo.

L 2: Ele desperta vocações e lideranças em nossas famílias e nossas comunidades.

A: Muitas vezes, ao seguirmos estas vocações, ou assumirmos um papel de liderança, nos deparamos com dúvidas e dificuldades.

L 3: O Espírito Santo nos inspira diante dos desafios que encontramos no cotidiano da vida.

L 4: Os dons recebidos por sua ação são colocados a serviço do próximo, da comunidade e da Igreja.

A: Devemos estar atentos e perceber a ação do Espírito Santo em nossas vidas, demonstrando gratidão pelos dons recebidos. E a melhor demonstração de gratidão é colocar estes dons a serviço de Cristo, aceitando os desafios que Ele nos propõe.

Canto: Vai, vai, missionário.

/: Vai, vai, missionário do Senhor, vai trabalhar na messe com ardor. Cristo também chegou para anunciar. Não te-nhas medo de evangelizar. :/

Assumindo compromissos

A: A missão do Espírito Santo é introduzir-nos na comunhão do Filho com o Pai, santificando-nos e fazendo-nos filhos e filhas com Jesus. Todos os que são batizados e crismados o recebem,

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e, assim, recebem a missão de testemunhar e anunciar Jesus a todos. Como sugestão de compromissos que podemos assumir, busquemos:a) Renovar intimamente nossas promessas de batismo confirma-

das na crisma;b) Assumir nossa responsabilidade missionária, e colocar-nos

a serviço da Igreja, participando das equipes litúrgicas, dos conselhos pastorais e de outras carências de nossas paróquias e comunidades.

A: Lembremos que os nossos compro-missos assumidos durante a Cam-panha da Fraternidade deverão ser colocados em prática durante todo o ano. Precisamos ter consciência de que o planeta terra necessita de nossa ajuda para a preservação do meio ambiente, e isso exige de nós a conversão de nosso estilo de vida.

Oração e bênção

A: Caros amigos e amigas, chegamos ao final de mais uma etapa da caminhada dos Grupos Bíblicos em Família. Oremos ao Espírito Santo, para que tenhamos força em nossos próximos passos e em toda a nossa vida. Rezemos em dois lados:

Lado A: Vem, Espírito de Deus, enche os nossos corações com tua graça.

Lado B: És o sopro de Deus que dá vida ao que está morto, que dá vida ao nosso ser, e que nos tira do túmulo do comodismo e da preguiça.

Lado A: És fogo que queima o que está errado em nós, que aquece nosso coração para amar, que ilumina nossa mente para entender.

Lado B: Faze-nos conhecer Jesus Cristo, que veio revelar o amor do Pai. Faze-nos conhecer o Pai e sua bondade infinita.

T: Faze-nos tuas testemunhas, instrumentos nas tuas mãos, para que os corações das pessoas se transformem, e assim

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a terra se renove. Para que reine a justiça e a paz, a solida-riedade e o amor. Para que o Reino de Deus se estenda cada dia mais. Amém (Ir. Marlene Bertoldi). Abençoa-nos Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Canto: O Senhor me chamou

1. O Senhor me chamou a trabalhar, a messe é grande a ceifar. A ceifar o Senhor me chamou. Senhor, aqui estou!

/: Vai trabalhar pelo mundo afora! Eu estarei até o fim contigo! Está na hora, o Senhor me chamou! Senhor, aqui estou! :/

2. Dom de amor é a vida entregar, falou Jesus e assim o fez. Dom de amor é a vida entregar, chegou a minha vez.

Lembrete:

Caso os grupos terminem antes de Pentecostes os encontros do livreto da Quaresma e Páscoa, propomos que continuem se encontrando.

Dicas importantes: – Fazer os encontros que por acaso foram saltados ou que

são inte ressantes refazer;– Praticar os passos da Leitura Orante da Palavra de Deus

no próprio grupo reunido;– Responder no grupo a avaliação que está no final do livreto

e encaminhar à Coordenação Arquidiocesana dos GBF;– Pensar em como fazer e organizar o lançamento do novo

livreto do Tempo Comum.

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Anexo 1

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Anexo 2

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS

A Leitura Orante é uma das formas de espiri tualidade bíblica. Consiste num momento em que se escolhe o texto bíblico e se reza pedindo a luz do Espírito Santo.

Atitude do discípulo fiel

Leitura:

O que diz o texto?– Tomar a Bíblia, ler e reler com convicção de que Deus nos

fala. – Em atitude de interiorização, silenciar para ouvir a Deus.

Meditação:

O que o texto me diz?– Refletir, ruminar, aprofundar, repetir as palavras significativas...– Aplicar a mensagem hoje.

Oração:

O que o texto me faz dizer a Deus?– Conversar com Deus a partir do texto. – Responder às interpelações. – Em atitude de adoração, louvor, agradecimento, perdão, res-

ponder a Deus em oração.Contemplação:

Ver a realidade com os olhos de Deus.– Mergulhar no mistério de Deus. – Observar e avaliar a vida, os fatos, os pobres, a situação do

povo, com um novo olhar.– Assumir compromisso.

Fazer a Leitura Orante nos intervalos do término do Livreto do Tempo do Tempo da Quaresma/Páscoa até a

chegada do Livreto do Tempo Comum.

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Equipe de elaboração e revisão do conteúdoAdelir Raupp

Alzira Steiner HorrCarla Cristiani de Oliveira Guimarães

Celso LoraschiDiác. José Antônio SchweitzerDiác.Wilson Fábio de Castro

Elísio Marcelo FinatoFernando da Luz Santana

Guilherme PontesIr. Clea Fuck

Jupira Silva da CostaMaria Angelina da Silva

Maria Glória da Silva Silvia Togneri

Equipe de Editoração Digitação: Maria Glória da Silva Revisão redacional: Diác. José Antônio Schweitzer Revisão teológica: Pe. Vitor Galdino Feller Apresentação: Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger Revisão final: Ir. Clea Fuck Editoração eletrônica e capa: Atta (José Valmeci de Souza)

Coordenação Arquidiocesana de PastoralLeda Cassol VendrúscoloPe. Vitor Galdino Feller

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Equipes de Articulação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família

Coordenação ArquidiocesanaMaria Glória da Silva (48) 3224 4799/(48)9634-4667/(48)3033-1091

Rua: Esteves Júnior, 447 – Centro. CEP: 88015-130 – Florianópolis – SCE-mail: [email protected]

Equipes de Articulação Comarcal

Comarca de Santo AmaroDiác. Osvaldo Prim – (48) 3245 9020

Anita Steffen Degering – (48) 3252 0164Diác. Paulo Cesar Turnes – (48) 3244 5282 / 9952 7308

Comarca de São JoséOsmarete Terezinha S. Barbosa – (48) 3247 8886

Diác. Neri Candido da silva – (48) 3357 3644/(48) 9959 1953

Comarca da IlhaRoberto G. da Costa – (48)3269 6707/(48)9618 7962

Volmar de Souza Netto – (48) 3733 4941 / (48) 9998 6800 – Rádio Marlene de Almeida Dias – (48)3225-2025 – (48)9103 5506

Dionísio José Vilpert – (48) 3879-1439

Comarca do EstreitoRosana Maria de Lima Silva– (48) 3348 7569

Orildo Luiz da Silva – (48) 3348 7569Elísio Marcelo Finato – (48) 3244-0102/(48)9983-0102

Comarca de BiguaçuMaria da Glória Agassi – (48) 3246-5945

Ir. Viola Feltrim – (48) 3243-5014Maria Helena Campos Siqueira – (48) 3243-4600

Comarca de TijucasLucelaine Souza Loudetti – (48) 3265-0807

Pe. Revelino Seidler – (47) 3369-4062

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Comarca de ItajaíMaria da Graça Vicente – (47) 3268-1954 Glória Maria Dal Castel – (47)3348-5726

Noêmia Mariana da Silva – (47) 3344-2561

Comarca de BrusqueElza Creppas Bosio – (47) 3355-2673Regina Martinenghi – (47)3355-7819

Maria Luiza Rodrigues – (47) 3351-1954

Coord. Arquidiocesana das Comunidades Eclesiais de Base

Edson Luiz Mendes (48) 3733 5327 / (48) 9901 9297Édem Silvana Demari (48) 3733 5327 / (48) 9901 9316

Caros ouvintes:Programas dos GBF nas rádios

Rádio “Cultura AM 1110 – Mais Feliz com Jesus”Programa dos GBFs – “Igreja nas casas”, aos sábados às 16hs30min. Contato: Volmar de Souza Netto – (48) 3733-4941 / (48) 9998-6800.

Radio “Conceição” – Itajaí Programa dos GBFs – “Sintonia Bíblica” as segundas-feiras às 20horas.

Contato: Glória Maria Dal Castel – (47) 3348-5726.

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AVALIAÇÃO

As Equipes de Redação e de Articulação dos Grupos Bíblicos em Família pedem que você colabore com o sucesso dessa Prioridade Pastoral de nossa Arquidiocese, respondendo ao seguinte questionário e enviando a resposta, até o dia 20 de agosto, endereçada à Coor-denação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família ou E-mail: [email protected]

1) Quanto aos grupos:

a) Quantos grupos há na sua comunidade?

2) Quantas pessoas costumam participar das reuniões do seu grupo?

– Todas as pessoas colaboram com leitura, reflexões e suges-tões?

Sim ( ) Não ( ) Algumas ( ).– Existe a preocupação de convidar outras pessoas, principalmente

as que se encontram afastadas da Igreja? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).

3) O conteúdo do livreto:

– Os assuntos tratados nos encontros são importantes para a Igreja, para a sua paróquia, para a sua comunidade?

Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– As ideias e compromissos propostos são assumidos pelos grupos? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– Ajudam a transformar a vida das pessoas e da comunidade? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).

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4) A linguagem do livreto:

– Dá para entender bem tudo o que está escrito? Tudo ( ) A maior parte ( ) Muito pouco ( ).– Se não dá para entender tudo, qual é a principal dificuldade?

5) Os cantos:

– Os cantos estão de acordo com os temas tratados? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– Os cantos são conhecidos pelo seu grupo? Todos ( ) A maioria ( ) Alguns ( ) Nenhum ( ).

6) Como é elaborado o planejamento dos Grupos Bíblicos em Família na sua Paróquia?

7) Avalie a caminhada dos Grupos Bíblicos em Família na sua comu-nidade e na sua paróquia:

– Três pontos positivos:

– O que poderia ser melhor, e como?