Argumentação, retórica e filosofia (de acordo com manual "Pensar Azul")

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Tema III Racionalidade Argumentativa e Filosofia 3. ARGUMENTAÇÃO E FILOSOFIA JB, 2012

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Tema  III  Racionalidade  Argumentativa  e  Filosofia

3.  ARGUMENTAÇÃO  E  FILOSOFIA

JB, 2012

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III  Racionalidade      Argumentativa   e  Filosofia

3.  Argumentação                          e  Filosofia

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Sumário

• Democracia  e  retórica• Os  sofistas  e  Platão:  • dois  usos  da  retórica

• Retórica  e  filosofia• Sofistas  e  Platão:                                                          Duas  conceções  de  verdade

3.1  Filosofia,  retórica  e  democracia3.2  Persuasão  e  manipulação3.3  Argumentação,  verdade  e  ser

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Como  é  que  os  sofistas  e  Platão  concebiam  a  retórica?

Problema

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Democracia  e  retórica

A  retórica  nasceu  na  Grécia,  desenvolveu-­‐se  e  atingiu  o  apogeu  no  século  V  a.C.,  com  a  democracia  ateniense.  

Significa  a  arte  de  bem  falar  e  de  bem  argumentar.  

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Na  cidade-­‐estado  de  Atenas  dos  séculos  V  e  IV  a.C.,  a  capacidade  de  argumentação  era  um  fator  decisivo  na  conquista  do  poder.  Para  se  dedicarem  às  coisas  públicas,  os  cidadãos  precisavam  dessa  capacidade  para  fazer  aprovar  as  suas  ideias  nas  discussões  políticas.

Neste  contexto,  apareceram  os  sofistas,  que  encontraram  em  Atenas  o  ambiente  favorável  para  discutir  e  pôr  em  causa  a  tradição,  o  conhecimento  e  a  própria  religião  de  então.

Democracia  e  retórica

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Os  sofistas

Os  sofistas  realizavam  conferências  para  as  classes  dirigentes  com  ambições  sociais  e  demonstravam  as  suas  capacidades  oratórias.

O  êxito  dos  sofistas  ocorreu  sobretudo  junto  dos  jovens,  nomeadamente  os  mais  cultos  e  ricos,  com  ambições  políticas.

PROTÁGORAS(480-­‐410  a.C.)

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Reação  aos  sofistas

Foi  na  crítica  aos  sofistas  que  Sócrates,  mestre  de  Platão,  desenvolveu  o  seu  ensino,  refutando  as  posições  desses  professores  de  retórica.

Nos  diálogos  de  Platão  confrontam-­‐se  as  ideias  pragmáticas  dos  sofistas  com  os  ideais  de  Sócrates,  que  defendia  a  filosofia  como  uma  prática  de  vida,  e  não  apenas  uma  arte  de  discursar.   PLATÃO

(428/27–347  a.C.)  

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Usos  da  linguagem

Segundo  Platão,  podem  fazer-­‐se  dois  usos  da  linguagem:

Ligado  ao  exercício  do  poder  político  –  toma  o  logos  como  sinónimo  de  palavra  /  discurso

o  retórico o  filosóficoOrienta  o  logos  para  a  procura  do  bem  e  para  a  realização  do  ser  humano

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Ponto  de  vista  de  Platão

faz  da  retórica  uma  técnica  de  persuasão,  visando  a  eficácia  do  discurso  nos  domínios  jurídico  e  político

A  retórica  sofista  

A  filosofia  usa  o  discurso  para  alcançar,  etapa  a  etapa,  o  conhecimento,  visando  a  verdade  e  o  aperfeiçoamento  ético  e  ontológico  dos  seres  humanos

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A  dialéctica  em  Platão

Para  Platão,  a  dialética  é  o  método  

«que  procede  por  meio  da  destruição  das  hipóteses,  a  caminho  do  autêntico  princípio,  a  fim  de  tornar  seguros  os  seus  resultados,  e  que  realmente  arrasta  aos  poucos  os  olhos  da  alma  da  espécie  de  lodo  bárbaro  em  que  está  atolada  e  eleva-­‐os  às  alturas.»

Platão,  República,  VII, 533-­‐cd

A  filosofia  apresenta-­‐se  como  uma  busca  da  sabedoria,  uma  ligação  entre  a  investigação  teórica  e  a  prática  de  vida.

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Dois  usos  da  retórica  

manual,  p.  129

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Na  democracia  ateniense  todos  os  homens  livres  podiam  participar  no  governo  da  cidade.

Os  sofistas,  oradores  e  professores  de  retórica,  preparavam  as  elites  para  o  desempenho  de  cargos  públicos.  Nos  séculos  V  e  IV  a.C.,  em  Atenas,  havia  ambiente  favorável  para  criticar  a  tradição,  o  conhecimento  e  a  religião.

Sócrates  e  Platão  combateram  os  sofistas,  acusando-­‐os  de  usar  a  retórica  para  iludir  e  manipular.

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Segundo  Platão,  os  sofistas  centram  o  discurso  nos  seus  efeitos,  na  sua  eficácia  persuasiva.  A  filosofia  procura  a  verdade,  usando  a  linguagem  como  instrumento  de  descoberta  do  conhecimento  e  da  realidade.

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Há  dois  usos  da  retórica:  

o  uso  manipulador    o  orador  opta  por  apelar  às  emoções  do  auditório,  levando-­‐o  a  aderir  de  forma  acrítica

o  uso  filosóficoprivilegia  a  discussão  racional,  pressupondo  o  interesse  mútuo  (de  orador  e  auditório)  em  aproximar-­‐se  da  verdade

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Exercícios 1 e 2

manual,  p.  128

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Sofistas  e  Platão

Duas  conceções  de  verdade

O  que  é  a  verdade?  Existe  «a  verdade»  ou  apenas  diferentes  pontos  de  vista?  Se  existe  «a  verdade»,  podemos  conhecê-­‐la?Há  diferentes  abordagens  e  concepções  de  «verdade».  Por  exemplo,  a  concepção  sofista  e  a  concepção  platónica.

a  verdade  é  um  ponto  de  vista:     não  há  uma  verdade  única

qualquer  tese  (opinião)  é,     em  princípio,  defensável

a  «verdade»  é  a  tese  (ou  o  ponto  de  vista)  defendida  pelo  melhor  orador

Para  os  sofistas Para  Platão a  verdade  é  a  «visão»  da  realidade  captada  pela  razão

essa  «visão»  está  ao  alcance     da  inteligência  humana  

essa  «visão»  é  a  meta  que  os  filósofos  se  propõem  alcançar

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Verdade  e  realidade

Mas  o  que  é  a  realidade?  

Há  também  diferentes  abordagens  acerca  da  realidade.  

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vários  níveis  de  conhecimento  –  uma  suposição  é  menos  «verdadeira»  do  que  uma  crença;  do  mesmo  modo,  uma  crença  é  menos  «verdadeira»  do  que  um  conhecimento  científico

A  realidade  segundo  Platão

Para  Platão  há

vários  níveis  de  realidade  –  uma  sombra  é  menos  real  do  que  um  objecto  físico  e  este  é  menos  real  do  que  uma  Forma  Pura  

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A  realidade  segundo  Platão

in  Platão,  República,  VI,  507b-­‐509d

manual,  p.  131

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Platão  recusa  a  aparência

De  acordo  com  Platão,  a  investigação  começa

No  fim  desse  processo  alcançaremos  a  verdade,  que  é  o  conhecimento  racional  do  mundo  inteligível.

pela  recusa  do  mundo  aparente  –  construído  a  partir  das  informações  dos  sentidos

pelo  desenvolvimento  de  capacidades  intelectuais  que  nos  permitam  «ver»  um  mundo  invisível  aos  sentidos,  um  mundo  inteligível  só  «visível»  à  razão

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Filosofia  e  verdade

O  senso  comum  é  um  conhecimento  mais  baseado  na  perceção  do  que  na  razão.  Por  isso,

Platão  criticou  os  sofistas,  pois  nem  todas  as  opiniões  são  defensáveis  

1para  Platão,  a  argumentação  deve  estar  ao  serviço  de  um  ideal  mais  elevado

2

esse  ideal  está  fundamentado  num  conhecimento  verdadeiro  da  realidade  e  do  que  dá  sentido  à  existência  humana

3

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Filosofia  e  verdade

Há  uma  verdade?  É  possível  conhecê-­‐la?  Por  trás  da  «realidade»  visível  e  acessível  aos  sentidos,  há  a  realidade  imutável  de  que  falava  Platão?

Estas  perguntas  continuam  a  interessar  todos  os  seres  humanos.  Seja  qual  for  a  resposta,  ela  ganha  forma  na  linguagem  e  só  podemos  partilhá-­‐la,  torná-­‐la  acessível  e  discuti-­‐la  através  do  discurso.  Em  qualquer  caso,  linguagem,  verdade  e  ser  (realidade)  são  termos  indissociáveis.

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Platão  e  os  sofistas  defendiam  diferentes  concepções  da  verdade,  da  natureza  do  conhecimento  e  da  realidade.  

Platão  distinguia  realidade  sensível  (ilusão  e  aparência)  e  realidade  inteligível,  a  que  correspondiam  níveis  diferentes  de  conhecimento  (a  opinião  e  o  conhecimento,  respectivamente).  Platão  concebia  o  discurso  como  via  de  acesso  ao  conhecimento  verdadeiro,  o  único  que  podia  dar  sentido  à  existência  humana.

PLATÃO(428/27–347  a.C.)  

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manual,  p.  132

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A  natureza  da  realidade,  do  conhecimento  e  da  verdade  e  o  estatuto  da  linguagem  continuam  a  interessar  os  filósofos.  A  opinião  de  cada  indivíduo  só  pode  tomar  forma  na  linguagem  e  só  pode  ser  partilhada  e  discutida  através  da  argumentação;  linguagem,  verdade  e  ser  são  termos  indissociáveis.

É  certo  que  a  retórica  pode  ser  manipuladora,  mas  também  é  um  instrumento  indispensável  para  nos  defendermos  dessa  manipulação  e  de  nos  posicionarmos  de  forma  crítica  face  à  argumentação  que  nos  é  dirigida.

Exercício 3

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Os exercícios continuam no “Moodle”Jorge Barbosa, 2012

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F?Para  os  sofistas,  a  dialéctica  é  o  meio  da  destruição  das  hipóteses,  que  arrasta  os  olhos  da  alma  para  as  alturas.

V?Platão  defende  que  há  dois  usos  da  linguagem:  o  uso  retórico  e  o  uso  filosófico.

F?Sócrates  era  um  erudito,  orador  e  professor  de  retórica  e  preparava  as  elites  para  o  exercício  do  poder  político.

F?Os  sofistas  recusavam  a  crítica  aos  valores  e  à  religião.

V  /  FAfirmações

Diga  quais  são  as  afirmações  verdadeiras  e  quais  são  as  falsas.

Exercício 2

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A visava preparar os jovens para a disputa política e jurídica.

A procurava a verdade e o aperfeiçoamento dos seres humanos.

A procurava captar a atenção mais do que transmitir um saber.

A tinha objectivos de investigação.

Complete  os  espaços  em  branco.

retórica

filosofia

retórica

filosofia

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V?Para  os  sofistas,  a  «visão»  da  «verdade»  não  está  ao  alcance  da  inteligência  humana.

V?Para  Platão,  a  verdade  é  a  «visão»  da  realidade  captada  pela  razão.

F?Para  Platão,  a  «verdade»  é  a  tese  (ou  o  ponto  de  vista)  defendida  pelo  melhor  orador.

F?Para  os  sofistas,  a  verdade  é  a  «visão»  da  realidade  captada  pela  razão.

F?Para  Platão,  a  verdade  é  um  ponto  de  vista:  não  há  uma  verdade  única.

V  /  FAfirmações

Diga quais são as afirmações verdadeiras e quais são as falsas.

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Sofistas  

Eram  eruditos  que  se  apresentavam  como  oradores  e  professores  de  retórica,  propondo-­‐-­‐se  preparar  as  elites  para  o  exercício  do  poder  político.

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Realidade  

Realidade  (do  latim,  realitas)  ou  plano  ontológico  (do  grego,  ontos)  são  termos  que  designam  «tudo  o  que  é»,  a  que  os  filósofos  chamam  Ser,  independentemente  de  sabermos  ou  não  da  sua  existência  e  do  conhecimento  que  dele  possamos  ter.

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Formas  Puras  

Tradução  do  termo  grego  eidos  (também  traduzido  por  Ideias)  com  que  Platão  designava  as  formas,  ou  estruturas  da  realidade,  que  servem  de  modelo  aos  objectos  (eidola)  do  mundo  sensível.  Platão  chamava  noésis  à  faculdade  capaz  da  «visão»  das  formas  do  kósmos  noêtos,  o  «mundo  inteligível».

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Dialéctica

O  sentido  original  da  palavra  era  «arte  de  discutir».Para  Platão,  a  dialéctica  é  o  processo  progressivo  de  investigação  usado  pelos  filósofos    para  se  libertarem  da  ignorância  (simbolizada  pela  escuridão  da  caverna)  e  alcançarem  a  verdade.

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Verdade

No  contexto  da  filosofia  de  Platão,  a  Verdade  é  o  conhecimento  do  mundo  inteligível  (imutável  e  original,  dá  sentido  a  toda  a  realidade  sensível)  que  os  filósofos  procuram  alcançar.Para  os  sofistas,  a  verdade  é  um  ponto  de  vista  sobre  o  mundo  que  é  legitimado  pela  discussão  e  pela  capacidade  persuasiva  do  discurso.

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Percepção

Uma  das  etapas  do  processo  cognitivo:  construção  de  uma  representação  mental  (o  objecto  percebido,  ou  percepcionado)  a  partir  da  descodificação,  classificação  e  organização  dos  dados  dos  sentidos.

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Logos

Designa  o  elemento  racional  da  comunicação  orador  /  auditório  que  é  próprio  do  discurso.

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Protágoras

O  mais  conhecido  dos  sofistas.  Punha  em  dúvida  que  o  ser  humano  pudesse  atingir  conhecimentos  universais.

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Realidade

Realidade  (do  latim,  realitas)  ou  plano  ontológico  (do  grego,  ontos)  são  termos  que  designam  «tudo  o  que  é»,  a  que  os  filósofos  chamam  Ser,  independentemente  de  sabermos  ou  não  da  sua  existência  e  do  conhecimento  que  dele  possamos  ter.

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Retórica

Nome  que  a  antiguidade  clássica  grega  e  romana  atribuía  à  arte  (a  um  conjunto  de  teoria  e  prática)  de  persuadir  através  da  palavra  (discurso).  Designa  a  arte  de  falar  com  eloquência  com  o  objectivo  de  conseguir  o  assentimento  (acordo)  e  o  convencimento  (adesão)  do  auditório.  Há  retórica  sempre  que  se  procura  convencer  outrem,  sempre  que  há  intenção  persuasiva.  No  século  XX,  a  retórica  clássica  deu  lugar  ao  que  alguns  autores  chamam  a  «nova  retórica»  e  outros  «argumentação».