Andrea Palladio

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Andrea Palladio Arquiteto italiano, Andrea Palladio, de nome verdadeiro Andrea d e Pietro Della Gondola, nasceu em Pádua, em 1508, emorreu em Vic enza, na Itália, em 1580.É um dos principais arquitetos do Renas cimento italiano, começou a trabalharcomo simples canteiro mas o seu valor foi reconhecido pelo Conde Gian Giorgio Trissino que l he possibilitou umaeducação humanista. Mais tarde, visitou os mo numentos da antiguidade clássica em Verona, Istria e Roma, que e studoue analisou.O seu protetor possibilitou-lhe também o contac to com membros da aristocracia da região que lheencomendariam a conceção de numerosas "villas" pelas quais ficaria famoso. Em 1546, recebe a incumbência para a remodelação da Câmara de Vi cenza, conhecida por a Basílica, que realizafazendo uso rigoroso das ordens arquitetónicas clássicas. Nas suas villas usou os motivos da arquitetura clássica - pilastra s, colunas, frontões - sem contudo lhes atribuir amonumentalidad e inerente aos modelos da antiguidade mas sim conferindo-lhes um a escala humana. A mais famosadestas casas é a Villa Capra (1567 ), mais conhecida por La Rotonda, um edifício quadrado com um sa lão central redondoencimado por uma cúpula. Em Veneza, projeta várias igrejas, a mais conhecida é San Giorgi o Maggiore. A sua última grande obra foi o Teatro Olímpico em Vicenza, inspi rado nos teatros romanos e possuidor de um cenáriopermanente rep resentando ruas com fachadas de estilo clássico. Palladio foi também autor da obra I Quattri Libri dell'Architectura (1570) que ajudou a propagar o seu estilo por toda aEuropa. http://www.infopedia.pt/$andrea-palladio Palladio não é somente um grande arquiteto, mas trata-se também de um extraordinário paisagista. O seu paisagismo é duplo: urbano e rural. Não é por acaso que Andrea Palladio (1508-1580) é comumente considerado um dos mais

Transcript of Andrea Palladio

Andrea Palladio

Arquiteto italiano, Andrea Palladio, de nome verdadeiro Andrea de Pietro Della Gondola, nasceu em Pádua, em 1508, emorreu em Vicenza, na Itália, em 1580.É um dos principais arquitetos do Renascimento italiano, começou a trabalharcomo simples canteiro mas o seu valor foi reconhecido pelo Conde Gian Giorgio Trissino que lhe possibilitou umaeducação humanista. Mais tarde, visitou os monumentos da antiguidade clássica em Verona, Istria e Roma, que estudoue analisou.O seu protetor possibilitou-lhe também o contacto com membros da aristocracia da região que lheencomendariam a conceção de numerosas "villas" pelas quais ficaria famoso.Em 1546, recebe a incumbência para a remodelação da Câmara de Vicenza, conhecida por a Basílica, que realizafazendo uso rigoroso das ordens arquitetónicas clássicas.Nas suas villas usou os motivos da arquitetura clássica - pilastras, colunas, frontões - sem contudo lhes atribuir amonumentalidade inerente aos modelos da antiguidade mas sim conferindo-lhes uma escala humana. A mais famosadestas casas é a Villa Capra (1567), mais conhecida por La Rotonda, um edifício quadrado com um salão central redondoencimado por uma cúpula.Em Veneza, projeta várias igrejas, a mais conhecida é San Giorgio Maggiore.A sua última grande obra foi o Teatro Olímpico em Vicenza, inspirado nos teatros romanos e possuidor de um cenáriopermanente representando ruas com fachadas de estilo clássico.Palladio foi também autor da obra I Quattri Libri dell'Architectura (1570) que ajudou a propagar o seu estilo por toda aEuropa.

http://www.infopedia.pt/$andrea-palladio

Palladio não é somente um grande arquiteto, mas trata-se também de um

extraordinário paisagista. O seu paisagismo é duplo: urbano e rural.

Não é por acaso que Andrea Palladio (1508-1580) é comumente considerado um dos mais

influentes arquitetos da história. Além de ter projetado um grande número de edifícios, o

arquiteto deixou um importante legado escrito, incluindo sua principal obra I Quattro Libri d’

Arquitettura, a qual se tornou referência para o estilo neoclássico, um verdadeiro manual de

como se deveria projetar e construir edifícios públicos e privados.

A importância da obra de Palladio, assim como sua grande influência, deve-se

principalmente ao fato do arquiteto ter proposto nela um método projetual segundo o qual seria

possível a qualquer projetista obter sucesso em seus projetos. Esse método baseia-se em

algumas premissas básicas, como a simetria bilateral e o uso de determinadas proporções, e

na organização do processo de projeto em uma seqüência de passos claramente definidos.

o estudo dos capítulos do

livro I Quattro Libri d’ Arquitettura, em que Palladio expõe 5 métodos para o cálculo das

proporções entre o comprimento e a largura dos cômodos, 6 métodos para o cálculo do pé-

direito dos cômodos a partir de seu comprimento e largura (3 dos quais para cômodos

quadrados e circulares), e 7 tipos de cobertura de um cômodo. A versão do livro utilizada nesta

pesquisa foi versão da obra em inglês, reimpressa pela Dover em 1965. A Figura 1 mostra uma

ilustração do livro em que os sete tipos de coberturas são apresentados. Na implementação

desenvolvida foram considerados apenas os cômodos retangulares com os tipos de cobertura

mais comumente utilizados nas vilas: plana, abóbada de berço, abóbada cruzada e abóbada

em esquife. Um resumo dos métodos de cálculo de proporções e tipos de tetos implementados

Figura 1:Página do livro de Palladio em que são apresentadas algumas das fórmulas para a

obtenção das proporções corretas dos cômodos e os diferentes tipos de cobertura.

Tabela 1: Métodos de cálculo e tipos de coberturas apresentados no livro de Palladio.

método 1 ( c = L 2 )

método 2 ( c = L + L/3 )

método 3 ( c = L + L/2 )

método 4 ( c = L + 2L/3 )

método 5 ( c = 2L )

método 1 (H = (L + c)/2)

método 2 (H =

método 3 ( H =( L.c)/((

tipo 1 Teto plano

tipo 2 Abóbada de berço

tipo 3 Abóbada em cruz

tipo 4 Abóbada em esquife

L.c)

https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:cyjRNertcEAJ:www.degraf.ufpr.br/artigos_graphica/OMETODOPROJETUAL.pdf+&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESiv_md2J0aINWlFW8BvCyAE7fRnJ8Txy_zEkKBaGw3qI0tew8qOxpwkVVOkuG4SFzTbFu4naumO9bN0rzzdYl5NXTiekFY4-QBjT7w5ay59m70Mp2Mj3n0DY14hHfVpfzOyEgIu&sig=AHIEtbS02yBhdT7ePw_JXHuMmoFo4YwjFw

Influenciado pela erudição do mecenas, estudou as antigas ruínas romanas e as origens da arquitetura renascentista. Seus primeiros projetos -- a Villa Godi, em Loneto, e o Palazzo Civena, em Vicenza -- datam de 1540. Dez anos depois seu estilo já se encontrava plenamente desenvolvido: uma síntese da severidade de Bramante e da imaginação de Jacopo Sansovino, com a disciplina arquitetônica de Vitrúvio, mestre do século I a.C.

Entre suas obras mais significativas destacam-se a Villa Rotonda, o

Palazzo Valmarana e o Teatro Olímpico, em Vicenza, e as igrejas de San

Giorgio Maggiore e Il Redentore, em Veneza. Como escritor, publicou

Le antichità di Roma (1554; As antiguidades de Roma) e I quattro libri

dell'architettura (1570; Os quatro livros de arquitetura). Palladio

morreu em Vicenza, em 19 de agosto de 1580.

http://emdiv.com.br/pt/arte/enciclopediadaarte/336-a-majestosa-arquitetura-de-andrea-palladio.html

Villa Rotonda - Andrea Palladio - Vicenza - Itália

A Villa Capra, também conhecida como Villa Rotonda, é uma das mais belas e famosas villas do arquiteto italiano Andrea Palladio, sendo também um dos mais celebrados edifícios da história da arquitetura da época moderna.Localiza-se perto da cidade de Vicenza, na Itália.O nome Capra deriva do apelido dos dois irmãos que completaram a construção, a partir de 1591.

O projeto do edifício ilustra perfeitamente a significação do classicismo.É definida por um bloco quadrado, encimado por uma cúpula e apresentando quatro fachadas idênticas, sendo os quatro lados do edifício também idênticos, agrupados em torno de um átrio que lembra o panteão romano.A estrutura do prédio é extremamente lógica, obedecendo a uma racionalidade geométrica e matemática.A cobertura ajuda a segurar as paredes, sustetando a cúpula e os pórticos auxiliam também os arcobotantes nas paredes exteriores.

A casa projetada por Palladio para o cônego e Conde Paolo Almerico é um dos protótipos arquitetônicos mais estudados e imitados ao longo dos anos.O local escolhido para a construção foi o alto de uma pequena colina, logo após a saída dos muros de Vicenza.Isolada no cimo da colina, a “Villa Templo”, ficava privada da área usada ao redor para o cultivo agrícola.

O início da construção se deu em 1566, consistindo num edifício quadrado, completamente simétrico e inserido num círculo perfeito.Apesar de estar inserida num círculo, a planta do edifício não é circular, e sim representa a intersecção de um quadrado com uma cruz grega.Todas as quatro fachadas eram dotadas de um corpo avançado com uma galeria que se podia alcançar subindo uma escadaria e cada uma das quatro entradas principais conduzia, atravessando um vestíbulo, à sala central cororada pela cúpula.Esta sala e os demais cômodos tinham proporções calculadas com precisão matemática, com base nas regras de arquitetura desenvolvidas por Palladio, elaboradas no seu Quatrro libri.Na sala central, o arquiteto imprime um impulso centrífugo, alargando-a para o exterior, nos quatro pórticos jônicos e na escadaria, resultando assim numa arquitetura aberta, com vista e acesso pelos quatro lados, observando o campo e a cidade de Vicenza.

Para permitir a casa divisão uma exposição solar análoga, a planta foi girada em 45 graus em relação aos pontos cardeais.Todas as quatro galerias apresentavam um pórtico com frontão ornado por estátuas de divindades da antiguidade clássica.Esse frontõs eram suportados por seis colunas jônicas cada um e cada galeria era flanqueada pr uma única janela de cada lado.

Com o uso da cúpula, aplicada pela primeira vez a um edifício residencial, Palladio se depara com o problema da planta central, usada até aquela momento na arquitetura religiosa.Mesmo já tendo outros projetos anteriores de residências com planta central, a Villa Capra permanece como peça única na arquitetura mundial, reconhecida como modelo ideal.

Andrea Palladio faleceu em 1580, antes da conclusão da obra, sendo sucedido na supervisão dos trabalhos pelo também arquiteto de Vicenza, Vicenzo Scamozzi.A intenção inicial de Palladio era cobrir a sala central com uma abóboda semi-esférica, porém Scamozzi projetou uma mais baixa com um óculo, que devia ficar a céu aberto, inspirado no Panteão de Roma e também fez alterações nas escadarias, sendo que estas também foram alteradas no século XVIII por Ottávio Berlotti Scamozzi.

Em 1591, o filho de Almerico, Virgínio Bartolomeo, vende a villa aos irmão Odorico e Mário Capra.Os Capra então, levaram adiante a conclusão da obra, com a decoração interior dos afrescos, sendo em seguida acrescentado também ao complexo , a capela, construída por Girolamo Albanese, entre 1645 e 1663.

O interior é ricamente ornamentado com as estátuas resultantes do trabalho dos escultores Lorenzo Rubini e Giovanni Battista Albanesi; as decorações plásticas e o teto são obra de Agostino Rubini, Ottavio Ridolfi, Ruggero Bascapé, Domenico Fontana e Alessandro Vittoria; as pinturas dos afrescos são de Anselmo Canera, Bernardino India, Alessandro Maganza e do francês Ludovico Dorigny.

Tanto no aspecto externo da arquitetura de Palladio, pensada para um homem religioso, como no aparato decorativo do interior, foram inserido elementos formais, destinados a sugerir um sentido de sacralidade.A abundância de afrescos cria uma atmosfera que lembra mais uma catedral que uma residência.Na visão de Goethe, que visitou a villa várias vezes, Palladio havia criado um templo grego adaptado para habitação.

Dos pórticos é possível apreciar a vista do campo circundante.Apesar de a Villa Capra parecer totalmente simétrica, existem linhas desviadas, projetadas para que cada fachada fosse um complemento do ambiente e da topografia circundante, por consequência, existem variações nas fachadas, na extensão dos degraus e nas paredes de controle.

Desde 2006 a Villa é propriedade do arquiteto Mário Valmarana, especialista nas obra de Palladio e antigo professor da Universidade da Virgína.Sua ambição é preservar o edifício para que este possa ser apreciado pelas próximas gerações.A Vila Rotonda é considerada pela Unesco como Patrimônio Mundial desde dezembro de 1994.

O projeto de Palladio foi usado como inspiração para numerosos edifícios ao redor do mundo, como a Villa Pisani, em Vicenza – arquiteto Vicenzo Scamozzi, Chiswick House, em Londres – arquitetos Lord Burlington e William Kent, Mereworth Castle, na Inglaterra – arquiteto Colen Westfmorland e Monticello, em Charlottesvile, Estados Unidos – arquiteto Thomas Jefferson.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Villa_Capra

http://www.villalarotonda.it/en/homepage.htm

Fachada

Acesso pela parte dos fundos

Planta Baixa

Corte esquemático - Desenho de Andrea Palladio

http://historiaearquitetura.blogspot.com.br/2012/02/villa-rotonda-andrea-palladio-vicenza.html

Resumo: As características mais representativas dos edifícios de Andrea Palladio, arquiteto renascentista, estão embasados na teoria de Vitrúvio e princípios matemáticos que regem a proporção e a harmonia. Sua arquitetura possuía uma grandiosidade que agradava aos senhores e políticos da época, pois através dela podiam demonstrar toda sua riqueza e poder. Esse caráter simbólico não se perdeu e continua a ser encontrado em muitas partes do mundo inclusive na região serrana o Rio Grande do Sul.

http://www.histeo.dec.ufms.br/aulas/teoriaI/17%20Maneirismo-Andrea%20Palladio.pdf

história do ocidente não teve

talvez nenhum outro arquiteto

tão influente quanto Andrea

Palladio. O palladianismo se difundiu

por mais de 400 anos, é base da

arquitetura (e até mobiliário) ingleses

dos séculos XVII e XVIII, alcançou

boa parte da Europa assim como os

países

latinos1

e

finalmente,

alcançou a América do Norte por

meio das influências inglesas. O

fascínio de sua arquitetura é

causado, no entanto, por uma

harmonia e equilíbrio que as obras

A

de

influência

palladiana

conseguiram copiar.2

Palladio pode ser considerado

historicamente como um elo entre a

arquitetura clássica e a arquitetura

moderna, usando os elementos

clássicos de forma a criar, de

maneira genial, uma arquitetura

nova.

Este trabalho é um levantamento

bibliográfico que pretende, de modo

sucinto, analisar e contar um pouco

da história das obras e da

importância deste arquiteto italiano

Palladio

Quanto mais estudo Palladio, tanto mais inatingível se torna o seu gênio, a

maestria, a riqueza, a versatilidade e a graça deste homem.

Goethe,

30/12/1795 - carta a Heinrich Meyer

Andrea di Piero della Gondola nasce

em Pádua em 30 de novembro de

1508, e, dos 13 aos 16 anos

trabalha como aprendiz na oficina

do arquiteto Bartolomeo Cavazza da

Sossano. Depois de uma tentativa

frustrada

em

1524,

Andrea

consegue fugir para Vicenza, onde

consegue

um

emprego

na

conceituada oficina de Giovanni di

Giacomo da Porlezza e Girolamo

Pittoni di Lumignano. O fato de

Palladio

ter

começado

como

canteiro, ou pedreiro, será muito

importante no futuro na sua

compreensão das técnicas constru-

tivas.

Nessa época aparentemente não se

destaca por seu trabalho, sendo que

sua primeira tentativa de montar seu

próprio escritório fracassa.

Entre 1535 e 1538, trabalha no

canteiro da villa Trissino em Cricoli,

projeto

do

próprio

Conde

Giangiorgio Trissino que tinha

intenção de criar ali sua “Accademia

Trissiana”, onde os jovens nobres

vicentinos iriam estudar filosofia,

astronomia, geografia e música.

Desperta então a atenção de Trissino,

que virá a ser seu protetor. É ele

quem dá a Andrea o nome Palladio,

relativo à Pallas Athena, deusa das

artes, e o instrui em seus estudos,

ensinando-o sobre Vitruvio.

Giangiorgio Trissino o leva três vezes

a Roma, fazendo-o entrar em contato,

pela

primeira

vez,

com

os

monumentos, materiais, técnicas e

relações espaciais que ele tanto havia

estudado. Fruto destas viagens,

Palladio escreve dois pequenos guias

de grande importância: L’Antichità di

Roma, que descreve as ruínas

clássicas e sua história e Descrizione

delle chiese, stazioni indulgenze &

reliquie de corpi sancti, che sonno in

la città di Roma, destinado a

peregrinos.

Estas

viagens

representam, além disso, o importante

11

TGI - Andrea Palladio

encontro

de

Palladio

Michelangelo, Sebastiano

Giulio Romano e Bramante.

Em 1540 inicia sua atividade

autônoma como arquiteto, quando

faz projetos para o palácio Civena e

a villa Godi em Lonedo. Em 1549, o

projeto para as loggias da Basílica

de Vicenza (Palazzo della Ragione)

o consagra definitivamente, quando

tem seu projeto escolhido entre

projetos de Serlio, Sansovino,

Sanmicheli e Giulio Romano. Esse

evento faz de Palladio o arquiteto

mais importante do norte da Itália ao

lado daqueles com quem concorreu,

logo ultrapassando-os.

Em 1550 conhece Daniele Barbaro,

veneziano,

matemático,

poeta,

historiador e filósofo, escritor de

Vitruvio, que como Trissino seguiu a

escola Aristotélica, do qual fica

muito amigo e através do qual

aproxima-se ao círculo aristocrático

de Veneza. Porém, Veneza, então

com seus palácios urbanos góticos,

parecia não se enquadrar nas

fachadas clássicas dos palácios

com

Serlio,

palladianos. Palladio inicia-se então

na arquitetura religiosa, fazendo em

Veneza projetos para as igrejas de

San Giorgio Maggiore, Il Redentore,

La Zitelle, a fachada de San

Francesco della Vigna e o Convento

della Caritá.

Em 1556, é sócio fundador da

Academia Olímpica de Vicenza, para

a qual viria a fazer, no final de sua

vida, o projeto para o Teatro Olímpico.

Em 1570, torna-se arquiteto-consultor

de Veneza, sucedendo a Sansovino.

Nesse ano escreve o tratado I Quattro

Libri dell’Architettura, onde reavalia

suas

obras

e

discute

tipos

arquitetônicos.

Ao contrário do estereótipo do “uomo

universale” do Renascimento, Palladio

dedicou toda sua vida à arquitetura, e

teve o auge da sua carreira junto à

sua maturidade revelando-se a cada

obra mais genial, mostrando seu

profundo conhecimento histórico e

técnico, preocupação humanística e

urbanística.

12

Seus desenhos

Mais do que analisar os desenhos

de Palladio, analisar como Palladio

via os desenhos é um estudo

bastante revelador no sentido de

mostrar-nos um pouco de seu modo

de pensar e criar.

Palladio muito raramente desenha-

va em perspectiva. Os poucos

desenhos em perspectiva de sua

autoria são estudos e cópias, onde

geralmente um sistema frontal tem

suas laterais perspectivadas.

O mais interessante é que o olhar

de Palladio capturava nos desenhos

uma interpretação abstrata, de sorte

que, de uma visão planificada, ele

extraía volumes de maneira aleatória

de modo a criar novas arquiteturas

com

resultados

completamente

distintos.

Deste modo, na sua visão, ele

descolava semicolunas das fachadas

criando loggias, convertia superfícies

curvas

em

planas;

invertendo

relações espaciais e inventando

novas possibilidades a partir de cada

desenho. Cada um representava uma

nova possibilidade criativa.

Villa Foscari - Palladio

gravura de Giovanni Francesco Costa

templo sobre a fonte de Citumnus

desenho de Andrea Palladio

Palazzo Chiericati segundo os Quattro Libri

As meias colunas centrais da ordem superior presentes no edifício original são descoladas, criando

uma única loggia em todo pavimento superior, correspondente ao do primeiro pavimento

https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:LQtr5x7rq2UJ:images.laetitia7.multiply.multiplycontent.com/attachment/0/R837DAoKCEAAACveJ7c1/Andrea%2520Palladio%2520-%2520tgi.pdf%3Fkey%3Dlaetitia7:journal:42%26nmid%3D84856060+&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEEShpTuZ9Gc2-LFjrsG6x4rgfYtaQdIfkpQKAm8pcPk_UGJf8Gdca2Vg5CO1wtiAT6FtXT3vQ5rmfJVJ5PCMOEst7EV_PGUeTdbPVRsadmembus_dU5MINAghIjwN1DC00yKi_p_o&sig=AHIEtbRDbwD-xsve7m6_uoD1xdVz2--faQ

Andrea Palladio (1508-1580)

As primeiras atividades do jovem Andrea di Pietro dalla Gôndola em direção à sua formação, se realizam ainda em Padova, cidade de seu nascimento. Aos treze anos de idade, vai trabalhar junto a oficina de Bartolomeo Cavazza da Sossano um canteiro padovano, confeccionando elementos arquitetônicos de decoração. Oficina onde permanece por aproximadamente três anos quando em 1524 rompe seu contrato, foge e vai para a cidade de Vicenza onde procura se estabelecer. Começa a trabalhar como aprendiz e depois passa a assistente de Giovanno da Pedemuro e Girolamo Pittoni. Escultores de muito prestígio na época e responsáveis por grande parte dos monumentos sepulcrais e decorações escultóricas realizadas naquele período na cidade de Vicenza. Palladio permanece alí durante quatorze anos.

Já com trinta anos, em 1538 é convidado a trabalhar no canteiro de uma vila situada na periferia da cidade. Durante as obras dessa vila em Cricoli, seu proprietário Giangiorgio Trissino (1478-1550) apaixonado pelo trabalho de arquitetura, acompanha de perto os trabalhos realizados em seu canteiro, ocasião em que fica conhecendo Andrea. Giangiorgio Trissino escrevia obras teatrais e de poesia, era estudioso de filologia, humanista e à época um dos mais ilustres intelectuais vicentinos, interessado em literatura tanto quanto em teoria da arquitetura. Responsabilizava-se pela educação de um grupo de jovens aristocráticos no interior do qual procura acolher também Andrea. Será ele próprio a escolher o sobrenome de Palladio6 e a orientá-lo em sua formação cultural calcada sobretudo no estudo dos clássicos.

Outras figuras também exerceriam bastante influência sobre a formação de Palladio como Alvise Cornaro7 e o pintor veronese Falconetto8 . Cornaro, com a colaboração de Falconetto, projeta e constrói, no pátio-jardim de seu palácio uma loggia datada de 1524 e em 1530, um Odeon para concertos musicais. Estes projetos além de

impressionar Palladio, representam as primeiras tentativas para estabelecer na região do Vêneto, algumas conexões com a Renascença romana. Alvise Cornaro era um empreendedor agrícola reconhecido em Padova, mecenas generoso e homem "que preferia a ação antes que a meditação"9 . Elabora um breve tratado de arquitetura voltado basicamente para questões de ordem prática, contrapondo-se a Vitrúvio e aos teóricos humanistas que considerava de pouca utilidade para quem quer construir casas cômodas, salubres e econômicas.10 Mas, Palladio tem uma atenção especial a Cornaro e a suas idéias, é ele o único entre os teóricos do renascimento, que propunha que os clientes fossem mais conscenciosos e fizessem menos questão das ordens clássicas e da ornamentação tradicional no projeto da fachada. Solução inteiramente assumida nos trabalhos de Andrea Palladio.

Outro arquiteto de grande influência para Palladio é Sebastiano Serlio11 , que durante sua estadia de aproximadamente três anos em Veneza (1527-1530), estará produzindo os primeiros dois livros (o quarto e o terceiro) dos sete que formariam o seu tratado de arquitetura. Sua influência é exercida de maneira acentuada através de seus livros, os primeiros livros estampados onde o meio principal utilizado para a transmissão de informação e da cultura artística é a imagem e não a palavra. Devemos lembrar que os tratados e suas transcrições, da tradição Vitruviana a Alberti eram privados de imagens. Essas ilustrações que Palladio observa no tratado de Serlio devem então ter provocado sua curiosidade para conhecer o esplendor de Roma.

Sua formação cultural e seu aprendizado ocorrem também, a partir de um contato direto com a arquitetura clássica e contemporânea de Roma e também com o estudo detalhado que realiza sobre o tratado de Vitrúvio. Para tanto Palladio segue, como vimos, os ensinamentos e a orientação de Giangiorgio Trissino, que no ano de 1541 estaria acompanhando-o em sua primeira viagem a Roma. Posteriormente em 1547 e 1554 estará realizando duas outras viagens a Roma e também através de várias cidades da Itália.

Durante suas viagens de estudo, Palladio desenhava e tomava medidas dos edifícios, fazia croquis em sua maioria utilizando-se de projeções ortogonais, com as quais procurava resgatar com precisão a forma arquitetônica. Esse processo de estudo e conhecimento se destaca como um momento de fundamental importância para a sua formação. Ao investigar a arquitetura de Roma, Palladio não está buscando exemplos, mas interlocutores, para o diálogo que constantemente irá estabelecer entre a sua arquitetura e aquela analisada, entre a teoria (idéia) e a sua prática.

São diversas e variadas as obras de arquitetura realizadas por Palladio ao longo de aproximadamente quarenta anos, por um lado colocando-se diante de problemas únicos como a Loggia da Basílica de Vicenza, o teatro Olímpico, o palazzo Chiericati ou mesmo as duas igrejas e a ponte do Rialto em Veneza. Por outro lado, trabalhando sobre uma similar requisição, desenvolvendo um grande número de projetos para residencias, sejam elas na cidade ou no campo. A cada novo projeto Palladio recupera aspectos do anterior, elaborando novas relações e estabelecendo no interior de sua obra um constante processo de comunicação entre as partes. É esse processo que vai caracterizar seu procedimento projetual, tornando-se não uma fórmula sistematicamente repetida, mas uma estratégia adotada de maneira consciente na busca de seu desenvolvimento. É, por um lado, no interior de cada projeto que esse processo vai acontecer, e, por outro lado, no conjunto de seus projetos, no todo de sua obra, que Palladio vai estabelecer um outro nível projetual. Palladio desenvolve de fato um meta-projeto a partir do redesenho de suas próprias vilas fazendo assim sua produção se tornar mais atualizada. Produção que se completa e recebe uma forma final não arquitetônica mas literária (ou teórica) com seu tratado: I Quattro Libri dell'architettura (Veneza, 1570), um dos mais importantes tratados arquitetônicos de seu tempo cuja ressonância chega até os dias de hoje.

[JJL]

http://www.eesc.usp.br/babel/Palladio_biografia.htm

Vida

Andrea nasceu em Pádua, então parte da República de Veneza, na Itália. Sobre sua

vida pessoal pouco é conhecido. Iniciou sua carreira como cortador de pedra, tendo

estudado no atelier do escultor Bartolomeo Cavazza da Sossano. Em 1524 mudou-se

para Vicenza, sendo admitido na oficina Pedemuro de cantaria e construção. Quando

estava com cerca de trinta anos e já trabalhava como construtor seu talento chamou a

atenção do conde Gian Giorgio Trissino, um afamado humanista, que se tornou seu

mentor e deu-lhe o apelido de Palladio, a partir de um personagem de seu poema

épico A Itália liberta dos Godos, e providenciou para que ele recebesse uma educação

humanista esmerada com uma ênfase na arquitetura. A partir de então Palladio entrou

em contato com o pensamento de arquitetos canônicos como Vitrúvio e Alberti, e de

tratadistas contemporâneos como Sebastiano Serlio, e viajou várias vezes

para Roma a fim de realizar desenhos e medições exatas das ruínas antigas,

desvendando seu sistema de proporções. Seus estudos resultaram nos

livros L'Antichità di Roma, publicado em 1554, na verdade mais um guia turístico como

muitos que circulavam na época, descrevendo os monumentos antigos mais

importantes, mas já abordando os temas principais de seu interesse, e Descrizione

delle chiese in la Cità di Roma, do mesmo ano, cujo caráter era acima de tudo o de um

roteiro piedoso pelas igrejas da cidade, mas tratando também da técnica de

construção. Com esse livros em seu crédito, Palladio ergueu-se na cena como uma

autoridade. Sua consagração definitiva veio logo em seguida, quando em 1556 o

celebrado humanista Daniele Barbaro, que havia se tornado seu novo patrono depois

da morte de Trissino, publicou uma edição da obra de Vitrúvio que superou todas as

que então existiam, traduzida para overnáculo e acrescida de extensos comentários

eruditos, ilustrado com reconstruções de prédios desaparecidos da Antiguidade feitas

pelo próprio Palladio, e elogiando seu protegido por sua vivacidade mental e sua

habilidade de entender os mais belos e sutis princípios da antiga arquitetura. Tornou-

se então uma figura notória, obtendo o favor de importantes aristocratas e tornando-se

amigo de intelectuais, chegando a se tornar membro da prestigiosa e

exclusivista Academia de Florença. Em 1570, com uma carreira já consolidada e

grande prestígio, publicou uma obra que se tornaria fundamental na história da

arquitetura moderna, I Quattro Libri dell'Architettura, em quatro volumes e fartamente

ilustrado, onde discutia seu próprio trabalho bem como o resultado de suas pesquisas

sobre a arquitetura clássica. Abordava as ordens arquitetônicas, a edificação

doméstica e pública, o urbanismo e a construção sacra, e considerava o modelo antigo

indispensável para a formação de uma verdadeira civilização, mas não obstava a

criação original a partir dele. Disse que '"não é vedado ao arquiteto afastar-se algumas

vezes do uso comum, pois tais variações são graciosas, e se baseiam na natureza".

As ruínas antigas então visíveis eram principalmente prédios públicos, pouco se sabia

da habitação romana, e com isso ele ofereceu seus próprios projetos como exemplos

idealizados, estabelecendo com eles o mais coerente sistema de proporções edilícias

do Renascimento. Além de apresentar suas idéias de uma forma inovadoramente

sucinta e objetiva, o livro introduziu um novo sistema de ilustração arquitetônica com

vistas múltiplas e detalhes em separado a fim de fornecer a maior quantidade possível

de informações exatas. I Quattro Libri dell’Architettura desde então se tornou canônico,

sendo, com a exceção da obra vitruviana, o mais influente tratado de arquitetura de

todos os tempos.[1][2][3][4]

A villa palladiana

Ver artigo principal: Villas de Palladio no Véneto

Segundo Tavernor a arquitetura de Palladio é uma síntese entre os altos vôos do

idealismo social de seu tempo com uma preocupação de atender às necessidades

práticas de habitabilidade como a base de um bom projeto, aliando funcionalidade,

conforto e estabilidade com a beleza e um simbolismo significativo. Nisso ele era um

claro continuador de Vitrúvio, que recomendava ao arquiteto obter de um

edifício firmitas, utilitas e venustas (solidez, utilidade e beleza)[3][8] Tendo como base a

espessura das paredes ele determinava todas as dimensões da casa usando

proporções derivadas de consonâncias musicais, e dispunha os aposentos de acordo

com coordenadas modulares. As mesmas preocupações de integração total entre

espaços, funções e estética norteavam suas idéias urbanísticas, e dizia que "a cidade

não seja mais do que uma grande casa, e que a casa seja uma pequena cidade".[1]

[9] Palladio organizava a planta de modo a associar organicamente ao corpo principal

da casa outras dependências para armazenagem de equipamentos e da produção

agrícola, formulando um modelo geral que se tornou sua marca registrada, onde,

usando um número de elementos formais relativamente limitado, conseguia criar

soluções elegantes e de enorme variedade, e empregando materiais econômicos.[1] A

villa palladiana é inovadora porque, segundo Pevsner,

Projeto original da Villa Capra, inspirada no modelo do templo centralizado

"pela primeira vez na arquitetura ocidental paisagem e arquitetura foram

concebidas como pertencendo uma à outra. Aqui pela primeira vez os

principais eixos das casas se prolongam para dentro da natureza, ou,

alternativamente, o espectador contempla a casa como o coroamento da vista

paisagística".[6]

Ele também foi o primeiro a usar consistentemente o frontão do templo

grego como a cobertura de um pórtico, característica que de todas foi a mais

imitada.[10] A estrutura dos prédios era simétrica, com um corpo principal

centralizado, flanqueado por alas de aposentos secundários ou arcadas que

ampliavam a vista frontal, a mais importante. O prédio central tinha geralmente três

pavimentos - um térreo com aposentos para os criados, cozinha e depósitos, um

segundo piso, o piano nobile, onde estavam as salas mais importantes e os

dormitórios dos proprietários, e um terceiro piso com outros dormitórios e saletas

auxiliares. As alas e arcadas laterais usualmente tinham apenas um pavimento.

O piano nobile era o fulcro da composição, onde a família passava a maior parte

do tempo e recebia seus convidados, e era por isso onde o pé-direito era mais

alto, a fim de emprestar imponência aos ambientes, e onde o luxo do mobiliário e

das pinturas murais se concentrava. O piano nobile era acessado diretamente do

exterior, sem ter-se de passar pelas áreas menos nobres da mansão no térreo, e

muitas vezes o acesso tinha dimensões monumentais em grandes pórticos e

escadarias. O arquiteto ainda usou amiúde um modelo característico de janela em

arco dividida por colunetas, que em certos casos é usada como porta ou pórtico e

adquire um papel proeminente na articulação da fachada, e que veio a ser

conhecida como janela palladiana. Dependendo datopografia do entorno, se

oferecesse vistas agradáveis em todas as direções, a villa podia se desdobrar nas

quatro fachadas de forma igualmente suntuosa e imponente, com galerias,

arcadas e escadarias. O caso paradigmático dessa circunstância é a célebre Villa

Capra, chamada La Rotonda, com quatro fachadas idênticas, mas exatamente por

essa simetria ela está entre as menos funcionais de todas as que criou. Mas foi de

todas a mais copiada por seus êmulos, por ser um exemplo perfeito de harmonia

formal, combinando de forma muito feliz duas formas simples - o cubo e a esfera -

que Palladio considerava, respectivamente, a mais regular e a mais bela, e que

tinham associações místicas.[6][11] A seu respeito Palladio disse:

"... sendo articulada a partir de um único elemento, onde não se encontra fim

nem início, nem se distinguem um do outro, mas tendo todas as suas partes

similares entre si, e todas participando na figura do todo; em uma palavra, os

extremos sendo encontrados em todas as suas partes, igualmente distantes do

centro, a tornam perfeitamente adequada para demonstrar a essência infinita, a

uniformidade, e a justiça de Deus".[6]

Planejada sobre a forma da cruz grega, a Villa Capra é coroada por uma

cúpula, e é um exemplo primoroso de uma arquitetura regida pela ordem,

fazendo eficiente contraste com os jardins e os campos do entorno, que

complementam a racionalidade do edifício com o encanto pastoral da

natureza, uma integração que era conscientemente buscada tanto pelo

arquiteto como pelos seus patronos.[6] Fica nesse exemplo também clara a

obsessão do autor com as proporções harmônicas geradas por

uma geometria dinâmica, que estabelece as dimensões de todas as partes a

partir de um módulo primário dividido ou multiplicado de várias maneiras, mas

sempre mantendo uma coerência matemática entre si.[8] Ele expressou isso

claramente ao dizer que "a beleza resultará de uma forma bela, e da

correspondência do todo para com as partes, e das partes entre si, e destas

para com o todo".[4] Pesquisadores recentes conseguiram provar que as

proporções harmônicas usadas por Palladio se baseiam em conceitos

formulados pelos humanistas do Renascimento a partir

da matemática pitagórica e das filosofias platônica e neoplatônica, e em

teorias de harmonia musical desenvolvidas pelos compositores vênetos de sua

época. O objetivo final dessas teorias era espelhar na criação humana a

ordem cósmica estabelecida pela divindade e manifesta na natureza, ordem

que era possível alcançar e compreender através das relações numéricas,

onde de todas a mais importante era a seção áurea. Essas relações foram

aproveitadas na música e na arquitetura, bem como em outras artes, desde a

Antiguidade, e suas conotações éticas estavam na identificação do que é belo

com o que é bom e virtuoso, um conceito que fora sintetizado pelos gregos

na kalokagathia.[8]

Apesar de célebre, o caso da Villa Capra é atípico. Normalmente

as villas tinham uma fachada principal, e as outras eram subsidiárias, com

tratamentos bem diferenciados, e em diversas ocasiões prescindiu das

dependências anexas, o que sugere que o arquiteto estava mais interessado

em explorar várias possibilidades estruturais e plásticas sem se fixar numa

fórmula cristalizada. Os testemunhos confirmam essa asserção, e as variações

são muitas, mesmo porque as necessidades dos contratantes eram diferentes.

A concepção do todo como um conjunto destinado a obter um efeito

cenográfico com a integração da paisagem, porém, é onipresente em seu

trabalho. Para Constant o impacto das suas villas só pode ser realmente

apreciado a partir da experiência vivencial direta, e diz que parte das

incompreensões que rodearam suas idéias anos mais tarde derivam da

divulgação dos projetos em ilustrações impressas, sem que o público jamais

tivesse visto as obras concluídas in situ,[11] opinião que fora defendida antes

por Goethe.[12]