01 - BEL Teologia Pastoral Bibliologia

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TEOLOGIA PASTORAL Bacharelado em BIBLIOLOGIA ESTUDO DA TEOLOGIA

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  • TEOLOGIA PASTORAL

    Bacharelado em BIBLIOLOGIA

    ESTUDO DA TEOLOGIA

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    SUMRIO

    1 - SNTESE DA HISTRIA BBLICA.......................................................................... 4 2 - O TERMO BBLIA ............................................................................................. 4

    2.1. COMPOSIO DA BBLIA............................................................................................6 3 - A UTILIDADE DA BBLIA ..................................................................................... 8 4 - A MENSAGEM CENTRAL DA BBLIA..................................................................... 8 5 - A BBLIA EM CAPTULOS E VERSCULOS ............................................................ 9 6 - AS ABREVIATURAS NA BBLIA ............................................................................ 9 7 - ALGUNS TERMOS E SEUS SIGNIFICADOS.......................................................... 10 8 - CURIOSIDADES BBLICAS ................................................................................. 11

    8.1. O LIVRO DE ISAAS .................................................................................................14 9 - DIVISO DOS LIVROS DA BBLIA ...................................................................... 15

    9.1. A TANAKH (O A. T. DOS JUDEUS) E A DIVISO DE FLVIO JOSEFO (LC 24:44) ..................15 9.2. CONSIDERAES SOBRE A DIVISO DA BBLIA JUDAICA ............................................16 9.3. DIVISO DOS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO .............................................................16

    10 - DIVISO CRISTOCNTRICA........................................................................... 17 10.1. CRISTO A MENSAGEM CENTRAL DA BBLIA ..............................................................17

    11 - ANLISE DOS LIVROS DA BBLIA................................................................... 18 11.1. ANTIGO TESTAMENTO .............................................................................................18 11.2. NOVO TESTAMENTO ...............................................................................................21

    12 - AS LNGUAS E OS MATERIAIS DA BBLIA ...................................................... 23 12.1. A ERA DA ESCRITA.................................................................................................23 12.2. AS LNGUAS BBLICAS.............................................................................................24 12.3. AS LNGUAS DO ANTIGO TESTAMENTO .......................................................................24 12.4. AS LNGUAS DO NOVO TESTAMENTO .........................................................................25

    13 - OS MATERIAIS DA ESCRITA .......................................................................... 26 13.1. A TINTA E OS INSTRUMENTOS DE ESCRITA..................................................................27 13.2. OS TIPOS DA ESCRITA DOS MANUSCRITOS .................................................................27 13.3. O FORMATO DOS MANUSCRITOS...............................................................................27

    14 - A BBLIA INSPIRADA .................................................................................. 27 14.1. O PROCESSO DE INSPIRAO ...................................................................................28 14.2. DISTINO ENTRE INSPIRAO E AUTORIDADE............................................................33

    15 - A BBLIA, REGISTRO MERECEDOR DE CONFIANA....................................... 33 15.1. A NECESSIDADE DA REVELAO ..............................................................................35 15.2. REVELAO GERAL DE DEUS: (SL 19:1-6; 104) .........................................................35 15.3. REVELAO ESPECIAL DE DEUS: (SL 19:7-14) ...........................................................36 15.4. A ILUMINAO.......................................................................................................39

    16 - PROVAS DA INSPIRAO PLENRIA, VERBAL E INFALVEL DA BBLIA.......... 40 16.1. OBJEES INSPIRAO PLENRIA E VERBAL............................................................41 16.2. TEORIAS ANTIBBLICAS SOBRE A INSPIRAO..............................................................43

    17 - A BBLIA A CORPORIFICAO DA REVELAO DE DEUS ........................... 44 17.1. A SINGULAR E ESPANTOSA INDESTRUTIBILIDADE DA BBLIA ..........................................44

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    17.2. O CARTER TRANSCENDENTE DA BBLIA....................................................................47 18 - A BBLIA E A CINCIA ................................................................................... 49

    18.1. CONTRASTE COM OS DISPARATES DA FALSA CINCIA ...................................................51 19 - A BBLIA E AS PROFECIAS ............................................................................ 52 20 - A BBLIA AUTNTICA ................................................................................. 54

    20.1. O PENTATEUCO .....................................................................................................54 20.2. OS PROFETAS........................................................................................................55 20.3. OS ESCRITOS ........................................................................................................56 20.4. O NOVO TESTAMENTO ............................................................................................57 20.5. A BBLIA VERDICA; CONFIVEL.............................................................................59

    21 - A BBLIA E SUA CANONICIDADE.................................................................... 62 21.1. A FORMAO DO CNON DO ANTIGO TESTAMENTO......................................................63 21.2. CLASSIFICAO TCNICA DO ANTIGO TESTAMENTO .....................................................65 21.3. LOCALIZAO HISTRICA DOS APCRIFOS .................................................................69 21.4. RAZES DA REJEIO DOS APCRIFOS......................................................................69 21.5. COMO OS LIVROS APCRIFOS FORAM APROVADOS ......................................................70 21.6. A VULGATA DE JERNIMO .......................................................................................71 21.7. A VERSO CATLICA-ROMANA .................................................................................71 21.8. A FORMAO DO CNON DO NOVO TESTAMENTO ........................................................72 21.9. A PROGRESSO DO CNON DO NOVO TESTAMENTO .....................................................72 21.10. FATORES QUE INFLUENCIARAM A IGREJA NO CNON DO NOVO TESTAMENTO................73 21.11. CLASSIFICAO TCNICA DO NOVO TESTAMENTO ....................................................75 21.12. CRITRIOS PARA RECONHECER A CANONICIDADE DE UM LIVRO .................................78

    22 - A BBLIA E SUA PRESERVAO..................................................................... 79 22.1. A PRESERVAO DO ANTIGO TESTAMENTO.................................................................82 22.2. A PRESERVAO DO NOVO TESTAMENTO ...................................................................83

    23 - JESUS USOU A SEPTUAGINTA? ..................................................................... 84 23.1. A FALCIA DE QUE O NOVO TESTAMENTO FAZ CITAES DA SEPTUAGINTA ......................84

    24 - A SUFICINCIA DA BBLIA............................................................................. 85 25 - A AUTORIDADE SUPREMA DAS ESCRITURAS ................................................ 85

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    1 - SNTESE DA HISTRIA BBLICA

    1. DEUS criou o homem e o colocou no Jardim do den.

    2. O homem pecou e deixou de ser aquilo para o que Deus o tinha destinado. Foi ento que Deus ps em andamento o plano para a salvao do homem e o fez chamando Abrao para que fundasse uma nao, mediante a qual o plano seria executado.

    3. A nao no andou nos caminhos do Senhor e foram escravizados no Egito. Aps 400 anos, sob a direo de Moiss, o povo foi tirado do Egito de volta terra prometida de Cana. A nao se tornou um grande e poderoso reino.

    4. O reino foi dividido no fim do reinado de Salomo: Israel, ao norte, 10 tribos, levada cativa pela Assria em 721 a.C., e Jud, ao sul, 2 tribos, levada cativa pela Babilnia no ano 600 a.C.

    5. Encerra-se o Antigo Testamento. 400 anos mais tarde, cumpre-se a promessa do aparecimento de Jesus, o Messias, a esperana da humanidade, mediante Quem o homem seria redimido e nascido de novo. Para realizar e consumar Sua obra salvadora, Jesus Cristo MORREU pelo pecado humano, ressuscitou e ordenou que os discpulos sassem pelo mundo contando a histria de Sua vida e Seu poder redentor.

    6. Assim, obedecendo ordem (a grande comisso), partiram os discpulos por toda parte, em todas as direes, levando as BOAS NOVAS, alcanando o mundo civilizado conhecido da poca. Assim, com o lanamento da obra da redeno humana, encerra-se o Novo Testamento.

    7. importante entendermos que a Escatologia Bblica , tambm, parte do processo salvfico da humanidade, pois nela ser revelado todo o poder de Deus ao homem, bem como parte da condenao que o homem sofrer ainda em vida, devido ao sua rebelio contra Deus. um tempo de descortinamento da verdadeira identidade do Diabo para que os mpios vejam quem eles seguiam. E a manifestao e instaurao do reino de Cristo, dando aos homens mais uma oportunidade de conscientizar-se da perfeita e agradvel vontade de Deus para todos.

    2 - O TERMO BBLIA A Bblia o Livro de Deus (Is 34:16).

    A palavra Bblia (Livros) entrou para as lnguas modernas por intermdio do francs, passando primeiro pelo latim bblia, com origem no grego biblos (folha de papiro do sculo XI a.C. preparada para a escrita). Um rolo de papiro tamanho pequeno era chamado biblion, e vrios destes era uma Bblia. Portanto Bblia quer dizer coleo de vrios livros.

    No princpio, os livros sagrados no estavam reunidos uns aos outros como os temos agora em nossa Bblia. O que tornou isso possvel foi a inveno do papel no sc. II pelos chineses, bem como a inveno da impresso por tipos mveis, em

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    1450 A.D. por Guttenberg, tipgrafo alemo. At ento tudo era manuscrito como ocorria anteriormente com os escribas, de modo laborioso, lento e oneroso.

    Com a inveno do papel desapareceram os rolos e a palavra biblos deu origem a livro como se v em biblioteca (coleo de livros), bibliografia, biblifilo (colecionador de livros).

    A primeira pessoa a aplicar o nome Bblia foi Joo Crisstomo, grande reformador e patriarca de Constantinopla, 398-404 A.D.

    Teologicamente a Bblia a revelao de Deus para a humanidade. Etimologicamente uma coleo de livros pequenos, cujo autor Deus, o Esprito Santo seu real intrprete e Jesus Cristo seu TEMA UNIFICADOR, seu assunto central.

    Cerca de 40 personagens se envolveram no registro e compilao dos 66 livros que compem a Bblia Sagrada (1 Ts 2:13; 1 Pedro 1:20-21). Os escritores viveram distantes uns dos outros (11 pases diferentes), em pocas e condies diferentes, no se conheceram (na poca a comunicao era praticamente impossvel) pertenceram s mais variadas camadas sociais, e tinham cultura e profisses muito diferentes.

    Foram das mais diferentes categorias (19 ocupaes diferentes): escritores, estadistas, camponeses, reis, vaqueiros, pescadores, cobradores de impostos, instrudos e ignorantes, judeus e gentios. Ex: legislador (Moiss); general (Josu); profetas (Samuel, Isaas, etc.); Reis (Davi e Salomo); msico (Asafe, comps 12 Salmos); boiadeiro (Ams); prncipe e estadista (Daniel); sacerdote (Esdras); coletor de impostos (Mateus); mdico (Lucas); erudito (Paulo); pescadores (Pedro e Joo).

    So aproximadamente 50 geraes de homens. Um exame das vidas dos escritores mostra a verdade deste testemunho. Esses eram homens srios. Eles vieram de todos os caminhos da vida. Eram homens de boa reputao e mente brilhante. Muitos deles foram cruelmente perseguidos e mortos pelo testemunho que mantiveram. No ficaram ricos pelas profecias que deram. Longe disso. Muitos empobreceram. O autor dos cinco primeiros livros da Bblia escolheu viver uma vida terrivelmente pesada e de lutas ao servio de Deus em oposio vida milionria que ele poderia ter tido como o filho do Fara. Muitos escritores da Bblia fizeram escolhas semelhantes. Suas motivaes certamente no foram convencionais nem mundanamente vantajosas. Eles no eram homens perfeitos, mas eram homens santos. As vidas que eles viveram e os testemunhos que deram e as mortes de que morreram deram forte evidncia de que estavam dizendo a verdade.

    Cada escritor manifestou seu prprio jeito de escrever (idiossincrasia), seu estilo e caractersticas literrias. A Bblia possui aproximadamente 10 estilos literrios diferentes:

    1. Poticos (J, Salmos, Provrbios).

    2. Parbolas (evangelhos sinticos)

    3. Alegorias (Gl 4).

    4. Metforas (Gn 6:6; x 15:16; Dt 13:17; Sl 18:2; 34:16; Lm 3:56; Zc 14:4; 2 Co 3:2-3; Ef 4:30; Tg 3:6).

    5. Comparaes (Mt 10:1; Jo 21:25; Cl 1:23; Tg 1:6).

    6. Figuras poticas (J 41:1).

    7. Stiras (Mt 19:24; 23:24).

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    8. Figuras de linguagem (Sl 36:7; Sl 44:23).

    Demoraram cerca de aproximadamente 1600 anos para escrever os 66 livros. 1491 a.C., quando Moiss (teve a viso do passado) comeou a escrever o Pentateuco, no meio do trovo no monte Sinai, at 97 d.C., quando o apstolo Joo (teve a viso do futuro), ele mesmo um filho do trovo (Mc 3:17), escreveu seu evangelho na sia Menor.

    Entretanto, h na Bblia um s plano ou projeto, que de fato mostra a existncia de um s Autor divino, guiando os escritores. A Bblia um s livro. Tem um s sistema doutrinrio, um s padro moral (expresso da autoridade de Deus), um s plano de salvao, um s programa das eras.

    As diversas narrativas ali encontradas dos mesmos incidentes e ensinamentos no so contraditrias, mas suplementares. No h em todo o seu contedo uma s contradio, e um livro sempre d continuidade ou complementa o outro, apesar das condies em que foram escritos. Muitas vezes, um autor iniciava um assunto e, sculos depois, outro o completava.

    Os escritores humanos fornecem variedade de estilo e matria. O Autor Divino garante unidade de revelao e ensino.

    Em todo o seu conjunto, possui uma harmonia, que s pode ser explicada como sendo um MILAGRE.

    A Bblia a coleo das exatas palavras dos 66 livros que constituem o seu CNON (cnon significa autoridade, regra de f. O cnon est fechado, no h mais nenhum livro inspirado!). Veja (Mt 4:4; Jo 12:48; 2 Tm 3:16-17; 2 Pe 1:3; Jd 3).

    2.1. Composio da Bblia A. 24 livros do cnon judaico do VT (equivalentes aos nossos 39 livros, o

    mesmo que hoje chamado de "Texto Massortico de BEN CHAYyIM" e que, depois da inveno da Imprensa, foi impresso por Daniel Bomberg, um abastado cristo veneziano originrio da Anturpia, em 1524-5. A edio da segunda publicao ficou a cargo de Jacob Ben Chayyim);

    No confundir Ben Chayyim com Ben Asher. No confundir o Texto Massortico de Ben Chayyim (100% genuno) com o falso Texto Massortico, de Ben Asher (conhecido como Bblia Stuttgartensia). No confundir a Bblia Hebraica de Kittel (BHK) 1 e 2 edio [1906 e 1912, baseadas no Texto Massortico de Ben Chayyim] com as BHK edies posteriores, baseadas no falso Texto Massortico, de Ben Asher.

    B. 27 livros do cnon do NT (os mesmos que, depois da inveno da Imprensa, foram impressos, terminando por serem conhecidos pelo nome de TR, ou "Textus Receptus", isto , "O Texto Recebido").

    "Textus Receptus": do latim textum ergo habes, nunc ab amnibus receptum, que significa: texto ora recebido por todos. Foi a frase escrita no prefcio da edio de 1633, do N.T. grego dos irmos Elzevir (impressores holandeses de origem judaica). So os 27 livros do N.T. que foram recebidos pelas igrejas do sculo I, das mos dos homens inspirados por Deus para escrev-lo; e, tambm, recebido pela Reforma, das mos das pequeninas igrejas fiis {perseguidas por Roma} e da Igreja Grega Ortodoxa. O T.R. foi o texto usado pela igreja por quase 2000 anos, antes de surgirem as verses modernas e

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    deturpadas da Bblia, baseadas no texto crtico, em 1881, com o surgimento do Novo Texto Grego de Westcott e Hort. O T.R. foi usado em todo o perodo bizantino (312-1453), donde foi traduzido por Almeida e o texto grego do N.T. que os reformadores (Reforma Protestante) usaram no sculo XVI e XVII, para traduzir a Bblia em vrios idiomas, inclusive o portugus.

    O nome massoretas se refere aos rabinos judeus surgidos aproximadamente no ano 100 d.C. que conservavam e transmitiam o texto bblico. Eles substituram os escribas. Faziam anotaes s margens do texto, chamadas massorah. Eles incorporaram os sinais voclicos ao texto hebraico (que no possui vogais), entre o 5 e 6 sculos.

    Apesar de toda oposio, a Bblia o livro mais antigo, mais famoso e mais lido do mundo. Escrito em mais de 2000 lnguas e dialetos, j atravessou 3.000 anos. tambm o livro de maior circulao em todo o mundo. Em 1996, por exemplo, foram distribudos 20 milhes de Bblias em todo o mundo. S no Brasil, foram quase 7 milhes e na China circulam cerca de 3 milhes. Por tudo isto, podemos dizer, sem medo de errar que a Bblia tem origem sobre-humana!

    Os nomes mais comuns dados Bblia so:

    1. Livro do Senhor (Is 34:16).

    2. Palavra de Deus (Mc 7:13; Jo 10:35; Hb 4:12).

    3. Escrituras ou Sagradas Escrituras (Mt 21:42; Lc 4:21; Jo 7:38, 42; Rm 1:2; Rm 4:3; Gl 4:30).

    4. A Verdade (Jo 17:17; Rm 15:8).

    5. Lei (Sl 119); Lc 10:26; Mt 5:18).

    6. Mandamentos (Sl 119).

    7. A Lei e os Profetas (Mt 5:17; Lc 16:16).

    8. A Lei de Moiss (Lc 24:44).

    9. Orculos de Deus (Rm 3:2).

    Assim como Jesus Cristo (que a Palavra Viva, 1 Jo 1:1; Ap 19:13) 100% Humano e 100% Divino, a Bblia (que a Palavra escrita) humana e divina e sem erros!

    A Palavra de Deus : inspirada (Sl 19:7-11; 119:89; 105, 130, 160; Pv 30:5-6; Is 8:20; Jr 1:2, 4, 9; Lc 16:31; 24:25-27; 44-45; Jo 5:39, 45-47; 12:48; 14:26; 16:13; 17:17; At 1:16; 28:25; Rm 3:4; 15:4; 1 Co 2:10-13; 2 Co 2:4; Ef 6:17; 1 Ts 2:13; 2 Tm 3:16-17; 1 Pe 1:11-12; 2 Pe 1:19-23; 1 Jo 1:1-3; Ap 1:1-3; 22:19); eterna (Sl 119:89; Mt 24:35); nica regra de f e prtica (Is 8:20; Jo 12:48); suficiente para a vida crist (Mt 4:4; Jo 12:48; 2 Tm 3:16-17; 2 Pe 1:3; Jd 3); lmpada para os nosso ps (Sl 119:105); amada pelos salvos (Sl 119:47, 72, 82, 97); purificao da vida (Sl 119:9); para ler, estudar e examinar (Dt 17:19; Js 1:8; Jo 5:39; At 17:11); alimento espiritual (1 Pe 2:2); para a santificao (Jo 17:17); proveitosa para toda boa obra (2 Tm 3:16); preservada (Lc 21:33); fogo consumidor (Jr 5:14); martelo (Jr 23:29); fonte de vida (Ez 37:7); poder para a salvao (Rm 1:16); penetrante (Hb 4:12); algo a ser defendido pelos santos (Jd 3); para ser pregada a todos (Mt 28:18-20; Mc 16:15); espelho (Tg 1:23-25); semente (1 Pe 1:23); espada (Ef 6:17); comida

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    (Hb 5:12-14); mel (Sl 119:103); leite (Hb 5:13); viva e atual (Jo 6:63 b; Hb 4:12; 1 Pe 1:23; 1 Jo 1:1).

    A Bblia o livro pelo qual todos os homens sero julgados (Jo 12:48).

    3 - A UTILIDADE DA BBLIA Toda escritura inspirada por Deus e til para o ensino, para a repreenso,

    para a correo, para a educao na justia, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. 2 Tm 3:16-17. Examine ainda 1 Corntios 10:11 e Romanos 15:4.

    A Bblia um livro para ser examinado (Jo 5:39); crido (Jo 2:22); lido (1 Tm 4:13); recebido (1 Ts 2:13); confirmado e aceito (At 17:11).

    Alguns dos objetivos da Bblia so: avisar os crentes (1 Co 10:11); manifestar o cuidado de Deus (1 Co 9:9, 10); ensinar e instruir (Rm 15:4); aperfeioar o cristo para toda boa obra (2 Tm 3:16-17); fazer o homem sbio para a salvao (2 Tm 3:15); produzir f na divindade de Cristo (Jo 20:31); produzir vida eterna (Jo 5:24).

    A unidade da Bblia sem paralelo. Nunca, em qualquer outro lugar, uniram-se tantos tratados diferentes, histricos, biogrficos, ticos, profticos e poticos, para perfazer um livro. Assim como todas as pedras lavradas e as tbuas de madeira compem um edifcio ou, melhor ainda, como todos os ossos, msculos e ligamentos se combinam em um corpo, assim tambm com a Bblia.

    4 - A MENSAGEM CENTRAL DA BBLIA

    Entre a Bblia e os outros escritos religiosos e filosficos existe um abismo intransponvel. A Bblia o nico Livro que se atreve a prever o futuro e o faz com 100% de preciso e acerto! (Dt 18:20-22; Is 41:22-23; 42:8-9; 44:6-8).

    Certamente, valores como a verdade, a honestidade, a justia e o altrusmo so comuns aos melhores escritos da humanidade. Nisso, a Bblia se identifica com todos os outros. Mas, o que dizer do Deus apresentado pela Bblia? Que contraste com a energia impessoal do Hindusmo ou com os frgeis e grotescos deuses dos pantees greco-romanos! Deus Se apresenta em toda a Sua majestade e grandeza: Santo, Justo, Fiel, Onipotente, Onipresente e Onisciente; Perfeito em amor e misericrdia, Imutvel em todos os Seus atributos!

    O prprio mistrio da Trindade demonstra um Deus maior que nossa razo. O homem, na Bblia, retratado no seu melhor e no seu pior estado. Enquanto na Filosofia o homem deificado como senhor do seu prprio destino, na Bblia, o homem criatura de Deus, pecador e dependente.

    Enquanto em algumas crendices o homem parte de um jogo de dados csmicos, joguete nas mos de foras poderosas, na Bblia, o homem criado por Deus com dignidade e sentido na Histria.

    O caminho bblico para a salvao vai de encontro idia arraigada, no esprito humano, de que cada um deve promover a sua prpria salvao. Na Bblia,

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    a salvao um presente que no pode ser comprado, mas deve ser recebido com gratido.

    O perdo dos pecados no ocorre por cerimnias vazias (como na igreja catlica romana, por exemplo), mas, mediante a morte do Filho de Deus na cruz, no lugar dos pecadores. O destino final, na Bblia, no a aniquilao da personalidade, nem um paraso de prazeres carnais (como no Islamismo); mas, a comunho com Deus por toda a eternidade. E isto ocorrer somente para aqueles que um dia aceitaram o caminho oferecido por Deus (Jesus Cristo Jo 14:6).

    Homens no narrariam seus prprios pecados, derrotas, idolatrias, etc. Nenhum homem conceberia a idia de um inferno de sofrimento eterno. Isto mostra que a Bblia um livro inspirado por Deus!

    A Bblia se ope a certos conceitos filosficos do mundo, e os refuta: 1. Atesmo (Sl 14:1; 53:1; Jr 4:22).

    2. Politesmo (Mc 12:32; 1 Co 8:6; Ef 4:6; 1 Tm 2:5; Tg 2:19).

    3. Materialismo (Mt 6:19-21, 24; Mt 19:16-26, 29; 1 Tm 6:10a; Sl 62:10b).

    4. Pantesmo (Gn 1:1, 26; Mt 1:1, 18; Jo 1:1, 18; 16:7; 2 Co 13:14; Hb 13:8; 1 Jo 5:7).

    5. A eternidade da matria (Gn 1:1).

    6. Filosofia (1 Co 1:22; Cl 2:8; 1 Tm 6:20; Tg 1:5).

    5 - A BBLIA EM CAPTULOS E VERSCULOS

    A diviso da Bblia em captulos s veio acontecer no ano de 1250 A.D., pelo cardeal Hugo de Sancto Caro, monge dominicano. Alguns pesquisadores atribuem essa diviso tambm a Stephen Langton, professor da Universidade de Paris e mais tarde arcebispo da Canturia, em 1227.

    Em 1525, Jacob Ben Chayyim, na Bblia Bomberg, em Veneza, havia dividido o Antigo Testamento em versculos.

    O Novo Testamento foi dividido em versculos em 1551, por Robert Stephanus, um impressor de Paris, que publicou a primeira Bblia (Vulgata Latina) dividida em captulos e versculos em 1555.

    6 - AS ABREVIATURAS NA BBLIA Em ndices e citaes bblicas, comum o uso de abreviaturas para se referir

    aos textos bblicos. Um dos formatos convencionados segue o padro abaixo:

    1. Os dois pontos (:) separam o captulo dos versos. Usa-se tambm o ponto (.).

    2. O hfen (-) indica uma faixa contnua de versos.

    3. A vrgula (,) indica uma seqncia no contnua de versos.

    4. O ponto-e-vrgula (;) inicia um novo captulo do mesmo livro ou no, se seguido de nova abreviao.

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    Exemplos:

    2 Ts 2:2-12 = Segunda Tessalonicenses, captulo 2, versculos 2 a 12

    Gn 3.1-15 = Gnesis, captulo 3, versculos 1 a 15.

    Rm 11:18 = Romanos, captulo 11, versculo 18.

    Dn 9:25,27; 11.3-43 = Daniel, captulo 9, versculos 25 e 27; e captulo 11, versculos 3 a 43.

    Mt 24-26; Ap 1:1-8 = Mateus, captulo 24 ao captulo 26; Apocalipse, captulo 1, versculos 1 a 8.

    7 - ALGUNS TERMOS E SEUS SIGNIFICADOS

    1. Antilegmena (falar contra). So os livros bblicos que em certos momentos da Histria foram questionados por alguns.

    2. Apcrifos (escondidos ou duvidosos). Livros no-bblicos aceitos por alguns (como a igreja catlica romana), mas rejeitados por outros, por no serem inspirados e conterem muitos erros, o que prova serem de autoria humana e no divina.

    3. Cnon. Do grego "knon", e do hebraico "kaneh", regra; lista autntica dos livros considerados como inspirados.

    4. Epstolas (cartas).

    5. Evangelho (caminho; boas novas).

    6. Homologoumena (falar como um). So os livros bblicos que foram aceitos por todos e que em momento algum foram questionados.

    7. Parfrase (traduo livre ou solta). O objetivo traduzir a idia e no as palavras.

    8. Pseudepgrafos (falsos escritos). Livros no-bblicos (no cannicos) rejeitados por todos. Seus escritos se desenvolvem sobre uma base verdadeira, seguindo caminhos fantasiosos.

    9. Sinpticos (sntese). Os trs primeiros evangelhos so chamados de evangelhos sinpticos, pois so muito parecidos e sintetizam a vida de Jesus;

    10. Testamento (Aliana, Pacto, Acordo).

    11. Traduo (transliterao de uma lngua para outra).

    12. Variantes. Diferenas encontradas nas diferentes cpias de um mesmo texto, mediante comparao. Elas atestam o grau de pureza de um escrito;

    13. Verso (traduo da lngua original para outra lngua).

    De capa a capa a Bblia a mensagem do amor de Deus por ns. Devemos estud-la diligentemente todos os dias para termos discernimento e crescimento espiritual e vivermos no padro de Deus, glorificando nosso Criador e Redentor.

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    8 - CURIOSIDADES BBLICAS 1. J o livro mais antigo da Bblia. Acredita-se que foi escrito por Moiss,

    quando esteve no deserto.

    2. Foram usados 3 idiomas na confeco da Bblia: hebraico e aramaico (A.T.) e grego (N.T.).

    3. Foi escrita em aproximadamente 1500/1600 anos, por uns 40 autores e contm 66 livros.

    4. Texto ureo da Bblia: Joo 3:16.

    5. A "Epstola da Alegria", a carta de Paulo aos Filipenses, foi escrita na priso e as expresses de alegria aparecem 21 vezes na epstola.

    6. Quem cortou o cabelo de Sanso no foi Dalila, mas um homem (Jz 16:19).

    7. O nome mais cumprido e estranho de toda a Bblia Maer-Salal-Has-Baz - filho de Isaas (Is 8:3-4).

    8. Davi, alm de poeta, msico e cantor foi o inventor de diversos instrumentos musicais (Am 6:5).

    9. O nome "cristo" s aparece trs vezes na Bblia (At 11:26; At 26:28 e 1 Pe 4:16).

    10. O captulo 19 de 2 Reis idntico ao 37 de Isaas.

    11. 1 Cr 16:8-36 transcreve o Sl 105 na ntegra.

    12. O A.T. encerra citando a palavra maldio; o N.T. encerra citando a graa de Nosso Senhor Jesus Cristo.

    13. O nome de JESUS consta no primeiro e ltimo versculo do N.T.

    14. Israel considerada a menina dos olhos de Deus (Dt 32:10; Zc 2:8).

    15. A Bblia contm cerca de 3.565.480 letras, 773.692 palavras, 31.173 versculos, 1.189 captulos e 66 livros.

    16. O captulo mais comprido o Salmo 119.

    17. O captulo mais curto o Salmo 117.

    18. O meio exato da Bblia o versculo 8 do Salmo 118.

    19. O versculo mais longo est em Ester 8:9.

    20. O versculo mais curto : "No matars" em xodo 20:13 (10 letras).

    21. As tbuas da lei foram feitas por Deus e quebradas por Moiss, e depois feitas por Moiss e reescritas por Deus (x 34:1).

    22. Moiss fez o povo beber o ouro do bezerro da desobedincia (x 32:19-20).

    23. A arca de No media 134 m de comprimento, 23m de largura e 14m de altura; sua rea total nos trs pisos era de 9.250 (m) e tinha um volume total de 43.150 (m).

    24. No permaneceu na arca 382 dias, sendo o ano judaico de 360 dias (Gn 7:9-11; 8:13-19).

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    25. Davi foi ungido trs vezes obtendo uma gloriosa confirmao (1 Sm 16:13; 2 Sm 2:4; 1 Cr 11:3).

    26. Salomo no era o nico sbio, havia mais quatro sbios (1 Rs 4:29-31).

    27. Salomo disse 3.000 provrbios e 1005 cnticos. (1 Rs 4:32).

    28. O A. T. apresenta 332 profecias literalmente cumpridas na pessoa de Jesus Cristo.

    29. Paulo pregou o maior discurso descrito na Bblia (At 20:7-11).

    30. O maior profeta jamais realizou um milagre, contudo foi o pregador mais convincente (Jo 10:41-42).

    31. O "sermo do monte" poderia ser chamado de "sermo da plancie" (Mt 5:1; Lc 6:17).

    32. O Salmo 22 alfabtico - um versculo para cada letra do alfabeto hebraico.

    33. O Salmo 119 tem, em hebraico, 22 sees de oito versculos. Cada uma das sees inicia com uma letra do alfabeto hebraico, de 22 letras. Dentro das sees, cada versculo inicia com a letra da seo.

    34. No livro Lamentaes de Jeremias, os captulos 1, 2 e 4 tem versculos em nmero de 22 cada, compreendendo as letras do alfabeto hebraico. O captulo 3 tem 66 versculos, levando cada trs deles, em hebraico, a mesma letra do alfabeto.

    35. A expresso "o caminho de um Sbado" corresponde ao caminho permitido no dia de Sbado; a distncia que ia da extremidade do arraial das tribos ao tabernculo, quando no deserto, isto , cerca de 1.200 metros.

    36. Para a leitura completa da Bblia, so necessrias 49 horas, a saber: 38 horas para a leitura do Velho Testamento e 11 horas para a do Novo Testamento.

    37. Para l-la de forma audvel, em velocidade normal de fala, necessrio aproximadamente 71 horas. Se voc deseja l-la em 1 ano, deve ler apenas 4 captulos por dia.

    38. A menor Bblia existente foi impressa na Inglaterra e pesa somente 20 gramas. Este fabuloso exemplar da Bblia mede 4,5 cm de comprimento, 3 cm de largura e 2 cm de espessura. Apesar de ser to pequenina, contm 878 pginas, possui uma srie de gravuras ilustrativas e pode ser lida com o auxlio de uma lente.

    39. A maior Bblia que se conhece, contm 8.048 pginas, pesa 547 quilos e tem 2,5 metros de espessura. Foi confeccionada por um marceneiro de Los Angeles, durante dois anos de trabalho ininterrupto. Cada pgina uma delgada tbua de 1 metro de altura, em cuja superfcie esto gravados os textos;.

    40. Foi a primeira obra impressa por Gutenberg (vulgata), em sua recm inventada imprensa manual, que dispensava as cpias manuscritas, em 1452, em Mainz Alemanha.

    41. A Bblia foi escrita e reproduzida em diversos materiais, de acordo com a poca e cultura das regies, utilizando tbuas de barro, peles, papiro e at mesmo cacos de cermica/louas (ostracas).

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    42. Com exceo de alguns textos do livro de Esdras e de Daniel, os textos originais do Antigo Testamento foram escritos em hebraico, uma lngua da famlia das lnguas semticas, caracterizada pela predominncia de consoantes.

    43. A palavra "Hebraico" vem de "Hebrom", regio de Cana que foi habitada pelo patriarca Abrao em sua peregrinao, vindo da terra de Ur.

    44. Os 39 livros que compem o Antigo Testamento estavam compilados desde cerca de 400 a.C., sendo aceitos pelo cnon Judaico, e tambm pelos Protestantes, Catlicos Ortodoxos, Igreja Catlica Russa, e parte da Igreja Catlica tradicional.

    45. A primeira Bblia em portugus foi impressa em 1748. A traduo foi feita a partir da Vulgata Latina e se iniciou com D. Diniz (1279-1325).

    46. A primeira citao da redondeza da terra confirmava a idia de Galileu, de um planeta esfrico. Bastava que os descobridores conhecessem a Bblia. (Is 40: 22).

    47. A Bblia tambm mostra, em seu livro mais antigo (J), que a Terra est suspensa no vazio (J 26:7).

    48. A existncia de dinossauros, convivendo com humanos, est narrado na Bblia: o Beemonte (J 40:15-17), e o Leviat (J 41:1), sendo que, este ltimo, em algumas verses deturpadas da Bblia, consta como crocodilo, o que contradiz o contexto do captulo.

    49. Na Bblia, tambm lemos que a luz foi criada antes do Sol, algo que s foi descoberto pela cincia recentemente (Gn 1:3-5).

    50. Lemos que Jesus ser a luz da nova Terra (Lc 17:24; Ap 21:23; 22:5).

    51. Jesus, a luz vista por Paulo, a caminho de Damasco, mais brilhante que o Sol do meio-dia (At 9:3; 26:13-15).

    52. A palavra f, no Antigo Testamento, encontrada apenas em Hc 2: 4.

    53. A palavra "DEUS" aparece 2.658 vezes no V.T. e 1.170 vezes no N.T., num total de 3.828 vezes.

    54. H na Bblia 177 menes ao diabo em seus vrios nomes.

    55. Os livros de Ester e Cantares de Salomo no possuem o nome DEUS.

    56. A expresso "Assim diz o Senhor" e equivalentes aparecem cerca de 3.800 vezes na Bblia.

    57. A vinda do Senhor referida 1845 vezes na Bblia, sendo 1.527 no Antigo Testamento e 318 no Novo Testamento.

    58. A expresso "No Temas!" encontrada 366 vezes na Bblia, o que d uma para cada dia do ano e mais uma para os anos bissextos.

    59. No Salmo 107, h 4 versculos iguais: 8, 15, 21 e o 31.

    60. Todos os versculos do Salmo 136 terminam da mesma maneira.

    61. Em xodo 3.14, Deus, pela primeira vez, revela Seu Nome: Eu Sou Quem Sou, ou Yahweh (Jeov) - Este o nome mais comum de Deus no Velho Testamento, aparecendo cerca de 6.800 vezes na lngua original, o Hebraico. Em nossa traduo, esse Nome vem traduzido por "Senhor" e aparece 1.853 vezes.

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    62. Ado - o homem no Jardim do den o seu nome significa "ser humano".

    63. medida que os apstolos levaram o evangelho pelo mundo, muitas das palavras do Senhor e muitas reminiscncias sobre Ele circulavam oralmente. Uma evidncia disso ocorre quando Paulo, ao falar aos ancios de feso, empregou uma declarao de Jesus que no consta de parte alguma dos evangelhos (At 20:35).

    64. Ado e Eva tiveram ouros filhos e filhas, o que revela de onde Caim obteve sua esposa (Gn 5:4).

    65. Sara era meio-irm de Abrao (Gn 20:12).

    66. Eva no comeu uma ma, mas um fruto no especificado (Gn 3:6).

    67. Os magos que visitaram Jesus no eram reis e no eram trs, pois a Bblia diz uns magos (Mt 2:1).

    68. A palavra Salmos, em hebraico, significa louvores (do grego Psallo = Salmos).

    69. A Bblia tem 3 Autores: o Pai (2 Tm 3:16); o Filho (Gl 1:12) e o Esprito Santo (2 Pe 1:21).

    70. Os Salmos 120 ao 134 so conhecidos como Cnticos dos Degraus, pois eram cantados na peregrinao a Jerusalm, quando subiam os 15 degraus do templo (15 Salmos).

    71. Na leitura da Bblia, Deus quem fala aos coraes dos homens. Na leitura dos Salmos, geralmente, somos ns quem falamos com Deus.

    72. A Bblia a eterna Palavra de Deus. Foi dada ao homem por Deus para ser o absoluto, o supremo, o competente, o infalvel e imutvel padro de f e prtica.

    8.1. O Livro de Isaas 1. Tambm conhecido como o Evangelho do Antigo Testamento.

    2. tido como uma miniatura da Bblia.

    3. Tem 66 captulos, assim como a Bblia tem 66 livros.

    4. A primeira seo tem 39 captulos/livros e corresponde mensagem do Antigo Testamento.

    5. A segunda seo tem 27 captulos/livros tratando do conforto, promessa e salvao, correspondendo mensagem do Novo Testamento.

    6. Assim como o NT termina falando do novo cu e nova Terra, o mesmo ocorre no trmino de Isaas (66:22).

    7. O prprio nome Isaas tem semelhana com o significado do nome de Jesus: Isaas quer dizer Salvao de Jeov e Jesus, Jeov Salvao.

    Algo muito significante que a Bblia contm trs advertncias solenes contra qualquer tentativa de acrescentar (ou diminuir) palavras ao livro inspirado de Deus e esta significao grandemente acentuada pelo fato de que a primeira de tais advertncias foi escrita pelo primeiro de todos os escritores da Bblia, enquanto que a terceira foi escrita pelo ltimo dos escritores:

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    Moiss que teve viso, dada pelo Esprito, do passado desconhecido, escreveu a primeira: Dt 4:2; 12:32.

    Salomo, o homem mais sbio que j viveu, escreveu a segunda: Pv 30:6; Ec 3:14;

    Joo, para quem foi dada to maravilhosa revelao do futuro, escreveu a terceira: Ap 22:18-19.

    9 - DIVISO DOS LIVROS DA BBLIA

    Ns, cristos (igreja), agrupamos os 39 livros do Antigo Testamento em:

    1. 5 da Lei, ou Pentateuco (Gnesis, xodo, Levtico, Nmeros e Deuteronmio).

    2. 12 histricos (Josu, Juzes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crnicas, Esdras, Neemias e Ester).

    3. 5 poticos (J, Salmos, Provrbios, Eclesiastes e Cantares).

    4. 5 profetas maiores (Isaas, Jeremias, Lamentaes, Ezequiel e Daniel).

    5. 12 profetas menores (Osias, Joel, Ams, Obadias, Jonas, Miqueis, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias).

    9.1. A Tanakh (o A. T. dos judeus) e a diviso de Flvio Josefo (Lc 24:44)

    TEXTO MASSORTICO FLVIO JOSEFO 22 livros

    TORH (A Lei)

    Gnesis, xodo, Levticos, Nmeros e Deuteronmio. Chumash (os cinco livros) ou Pentateuco.

    Gnesis, xodo, Levtico, Nmeros, Deuteronmio

    NEBI'IM (Profetas)

    Profetas anteriores Josu, Juizes, Samuel, Reis. Profetas posteriores Isaas, Jeremias, Ezequiel e Os 12 Profetas Menores.

    Josu, Juizes (inclui Rute), Samuel, Reis, Isaas, Jeremias, Lamentaes, Ezequiel, Os 12 Profetas Menores, Daniel, Eclesiastes, Esdas (inclui Neemias), Ester, Crnicas.

    KETHUBHIM (Escritos) do gr. Hagiographos

    Poesia e sabedoria Salmos, J e Provrbios. "Megilloth" Rute, Cantares, Eclesiastes, Lamentaes e Ester.

    Poesia e Sabedoria Salmos, Provrbios, J e Cantares

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    Histria - Daniel, Esdras-Neemias e Crnicas.

    9.2. Consideraes Sobre a Diviso da Bblia Judaica

    1. Os Profetas e os Escritos: tambm eram conhecidos pelos nomes dos seus primeiros livros, Isaas e Salmos, respectivamente.

    2. Profetas Posteriores: porque exerceram o ministrio no perodo compreendido entre os cativeiros Assrio e Babilnico at o retorno dos judeus Palestina, aps 70 anos sob o domnio babilnico.

    3. Os livros histricos so de autores que no eram profetas oficiais, mas que possuam o dom de profecia.

    4. O Rolo dos Doze XII inclui os livros de: Osias, Joel, Ams, Obadias, Jonas, Miquias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

    5. Os Cinco rolos (Megilloth) so cada um usado na ocasio de uma festa especfica: Cantares na Pscoa; Rute no Pentecostes; Lamentaes no dia 9 do ms Abibe (no aniversrio da destruio de Jerusalm); Eclesiastes na Festa dos Tabernculos; Ester na Festa de Purim.

    6. O primeiro livro da Escritura hebraica Gnesis e o ltimo Crnicas (Mt 23:35; Gn 4:8; 2 Cr 24:20-22).

    7. No Cnon hebraico, como no nosso Cnon, os livros no esto em ordem cronolgica.

    8. No Cnon hebraico so apenas 24 livros, visto que os seguintes livros so assim considerados: Samuel (engloba 1 e 2 Sm), Crnicas (engloba 1 e 2 Cr), Reis (engloba 1 e 2 Rs), Os Doze (so contados como um s livro), Esdras (inclui Neemias). [39 livros menos 15 = 24).

    9. Flvio Josefo, historiador judeu reduziu os 24 livros para 22 livros, em correspondncia s 22 letras do alfabeto hebraico, combinando Rute com Juzes e Lamentaes com Jeremias.

    10. O Novo Testamento menciona uma diviso tripla do Antigo Testamento: "A Lei, os Profetas e os Salmos" (Lucas 24:44).

    11. Jesus Cristo mencionou estas 3 divises do V. T. em Lc 11:49-51, Lc 24:44 e Mt 23:34-36.

    12. O livro de Eclesistico (apcrifo), escrito em cerca de 130 antes de Cristo fala em "a lei, os profetas e os outros escritos". Confira Mateus 23:35 e Lucas 11:51 que refletem o arranjo da Bblia Hebraica.

    O Novo Testamento est no Antigo Testamento ocultado, e o Antigo Testamento, no Novo Testamento revelado.

    9.3. Diviso dos Livros do Novo Testamento Os 27 livros do Novo Testamento so:

    A. Biografia. Os 4 Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e Joo. B. Histria: Atos.

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    C. Doutrina. As 21 epstolas. So dividias em:

    Epstolas Doutrinrias, dirigidas s igrejas locais: Romanos, 1 e 2 Corntios, Glatas, Efsios, Filipenses, Colossenses e 1 e 2 Tessalonicenses.

    Epstolas Pastorais: 1 e 2 Timteo, Tito, Filemon, 2 e 3 Joo.

    Epstolas Universais: Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1 Joo e Judas.

    D. Profecia: Apocalipse.

    10 - DIVISO CRISTOCNTRICA Os crentes anteriores a Cristo olhavam adiante com grande expectativa (1 Pe 1:11-12), ao passo que os crentes de nossos dias vem em Cristo a concretizao dos planos de Deus.

    A Bblia pode ser dividida na estrutura geral e Cristocntrica. Isso se baseia nos ensinos do prprio Jesus, cerca de cinco vezes no Novo Testamento (Mt 5:17; Lc 24:27; Jo 5:39; Hb 10:7).

    Sim, Cristo o centro e o corao da Bblia, porque o Antigo Testamento descreve uma NAO e o Novo Testamento descreve um HOMEM. Toda a Bblia se converge para Cristo, como deixa claro Joo 20:31.

    Cristo a nossa Palavra Viva (Apocalipse 19:13) que percorre todas as pginas das Sagradas Escrituras. Examine ainda Lc 24:44. Considerando CRISTO como o tema central da Bblia, toda ela poder ficar resumida assim:

    Centro = lugar de equilbrio / Jesus = equilbrio perfeito

    A rvore da Vida, um tipo de Cristo, est no centro (Gn 2:9). O Sl 118:8 o centro da Bblia (594 captulos antes e 594 captulos depois). O Tabernculo, um tipo de Cristo, ficava no centro do acampamento (Lv 26:11). Jesus, quando era criana, era o centro das atenes (Lc 2:46). Ele est no meio (centro) dos crentes (Mt 18:20). Foi crucificado entre dois ladres (Mt 27:38). Jesus ressuscitado apareceu no meio dos discpulos (Jo 20:19). Vide tambm Ap 1:13; 5:6.

    10.1. Cristo A Mensagem Central da Bblia 1. No Antigo Testamento: Jesus vir. De uma forma geral, todo o A. T.

    trata da preparao para o advento de Cristo.

    a. Livros da Lei: Fundamento da chegada de Cristo.

    b. Livros Histricos: Preparao para a chegada de Cristo.

    c. Livros Poticos: Anelo pela chegada de Cristo.

    d. Livros Profticos: Certeza da chegada de Cristo.

    2. No Novo Testamento: Jesus j veio. O N. T. trata da manifestao de Jesus Cristo.

    a. Nos Evangelhos: Manifestao de Cristo ao mundo, como Redentor.

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    b. Nos Atos: Propagao de Cristo, por meio da igreja.

    c. Nas Epstolas: Explanao, interpretao e aplicao de Cristo. So os detalhes da doutrina.

    d. Na Profecia: Consumao de todas as coisas em Cristo.

    Desta forma, tendo Cristo como tema central, podemos resumir todo o Antigo Testamento numa frase: JESUS VIR, e o Novo Testamento noutra frase: JESUS J VEIO ( claro, como Redentor).

    Assim, as Escrituras sem a pessoa de JESUS seriam como a Fsica sem a matria e a Matemtica sem os nmeros.

    J imaginou um cristo sem a Bblia?

    11 - ANLISE DOS LIVROS DA BBLIA

    11.1. Antigo Testamento A. Trs Pensamento Bsicos do Antigo Testamento

    1. A Promessa de Deus a Abrao - todas as naes seriam abenoadas 2. O Concerto de Deus com a nao hebraica - Se O servissem fielmente,

    prosperariam. Em estabelecer a nao hebraica, o objetivo FINAL de Deus foi trazer CRISTO ao mundo. O objetivo IMEDIATO de Deus foi estabelecer, em terra idlatra, em preparao para a vinda de Cristo, a idia de que h UM s Deus Vivo e Verdadeiro. A bno dessa nao se comunicaria ao mundo.

    3. A Promessa de Deus a Davi - que sua famlia reinaria para sempre... Portanto, conclumos que (cf. x 19:5-6; Dt 4:5-8; Rm 9:4-5; Jo 4:22):

    1. A nao hebraica foi estabelecida para que, por ela, o mundo inteiro fosse abenoado. A NAO MESSINICA.

    2. O meio pelo qual a beno da nao hebraica se comunicaria ao mundo seria a famlia de Davi. A FAMLIA MESSINICA.

    3. O modo pelo qual a bno da famlia de Davi se comunicaria ao mundo seria o grande Rei que nasceria dela: O MESSIAS.

    B. O Antigo Testamento dividido em quatro partes. 1. Pentateuco, Livros da Lei ou Torah

    a. Gnesis Como a palavra bem indica, o livro dos princpios: do cu e da Terra, das ilhas e dos mares, dos animais e do homem. Com Abrao, temos o comeo de uma raa, um povo, uma revelao divina particular e finalmente uma igreja.

    b. xodo Relata o povo de Deus escravizado no Egito e a grande libertao divina, usando a instrumentalidade de Moiss.

    c. Levtico Leis acerca da moralidade, limpeza, alimentos, sacrifcios, etc.

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    d. Nmeros Relata a peregrinao de Israel, quarenta anos pelo deserto.

    e. Deuteronmio Repetio das leis.

    2. Livros Histricos a. Josu Trata da conquista de Cana. O milagre da passagem do Rio

    Jordo, a queda das muralhas de Jeric, a vitria sobre as sete naes cananias, a diviso da terra prometida e, finalmente, a morte de Josu com cento e dez anos.

    b. Juzes Vrias libertaes atravs dos quinze juzes.

    c. Rute A linda histria de Rute, uma ascendente de Davi e de Jesus Cristo.

    d. 1 e 2 Samuel Relatam a histria de Samuel, da implantao da monarquia, sendo Saul o primeiro rei ungido por Samuel, Samuel como o ltimo juiz e a histria de Davi.

    e. 1 e 2 Reis Relatam a edificao do Templo de Jerusalm, a diviso do reino. Ministrio de Elias e Eliseu. Ainda em II Reis, est relatado o cativeiro do Reino do Norte pelos exrcitos assrios, e do Sul com o poderio caldeu de Nabucodonossor.

    f. 1 e 2 Crnicas Registram os reinados de Davi, Salomo e dos reis de Jud at a poca do cativeiro babilnico.

    g. Esdras Relata o retorno de Jud do cativeiro babilnico com Zorobabel e a reconstruo do templo de Jerusalm.

    h. Neemias Relata a histria da reedificao das muralhas de Jerusalm.

    i. Ester Relata a libertao dos judeus por Ester e o estabelecimento da festa de Purim.

    3. Livros Poticos a. J Sofrimento, pacincia e libertao de J.

    b. Salmos Cnticos espirituais, proclamaes, poemas e oraes.

    c. Provrbios Dissertaes sobre sabedoria, temperana, justia, etc.

    d. Eclesiastes Reflexes sobre a vida, deveres e obrigaes perante Deus.

    e. Cantares de Salomo Descreve o amor de Salomo pela jovem sulamita, simbolizando o amor de Jesus pela igreja.

    4. Profetas Maiores a. Isaas Muitas profecias messinicas. considerado o profeta da

    redeno. O livro contm maldies pronunciadas sobre as naes pecadoras.

    b. Jeremias Tem por tema a reincidncia, o cativeiro e a restaurao dos judeus. Jeremias considerado o profeta choro.

    c. Lamentaes Clamores de Jeremias, lamentando as aflies de Israel.

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    d. Ezequiel Um livro que contm muitas metforas para descrever a condio, exaltao e a glria futura do povo de Deus.

    e. Daniel Vises apocalpticas.

    5. Profetas Menores a. Osias Relata a apostasia de Israel, caracterizada como adultrio

    espiritual. Contm muitas metforas que descrevem os pecados do povo.

    b. Joel Descreve o arrependimento de Jud e as bnos. O Dia do Senhor enfatizado como um Dia de juzo e tambm de bnos.

    c. Ams Atravs de vises, o profeta reformador denuncia o egosmo e o pecado.

    d. Obadias A condenao de Edom e a libertao de Israel.

    e. Jonas Relata a histria de Jonas, o missionrio que relutou para levar a mensagem de Deus cidade de Nnive. O mais bem sucedido dentre os profetas. Um dos profetas que pregou o arrependimento ao povo. O povo se arrependeu e o profeta ficou triste e desejou a morte.

    f. Miquias Condio moral de Israel e Jud. Tambm prediz o estabelecimento do reino messinico.

    g. Naum A destruio de Nnive e a libertao de Jud da opresso assria.

    h. Habacuque O grande questionamento do profeta a Deus. Como pode Deus ser Justo e permitir que uma nao pecadora oprima Israel? Contm uma das mais belas oraes da Bblia.

    i. Sofonias Ameaas e viso da glria futura de Israel.

    j. Ageu Repreende o povo por negligenciar a construo do segundo templo e promete a volta da glria de Deus.

    k. Zacarias Atravs de vises, profetiza o triunfo final do reino de Deus. Zacarias ajudou a animar os judeus a reconstrurem o templo. Foi contemporneo de Ageu.

    l. Malaquias Descries que mostram a necessidade de reformas antes da vinda do Messias.

    Terminamos o Velho Testamento com a palavra "maldio". At aqui Cristo foi prometido, mas no visto. A Esperana era prevista, mas no obtida.

    Divide-se em quatro perodos da Histria de Israel:

    1. Teocracia (Juzes)

    2. Monarquia (Saul, Davi, Salomo)

    3. Diviso do Reino e Cativeiro (Jud, Israel)

    4. Perodo ps-cativeiro

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    C. Cronograma dos profetas do Antigo Testamento

    CRISE ASSRIA

    CRISE BABILNICA

    DURANTE O CATIVEIRO

    BABILNICO

    APS O CATIVEIRO

    BABILNICO

    Joel Ams Jonas Osias Isaas

    Miquias Naum

    Sofonias Habacuque Jeremias

    Lamentaes Obadias

    Daniel Ezequiel

    Ageu Zacarias

    Malaquias

    Por quase 400 anos, Deus no chamou nenhum profeta para dizer "assim diz o Senhor". Em todo este tempo (de 397 a.C. at 6 a.C.), nenhum escritor inspirado apareceu. Por isto, este perodo chamado de: "Os Anos Silenciosos", O Perodo Intertestamentrio ou "O Perodo Negro". Os livros apcrifos so deste perodo.

    11.2. Novo Testamento O Velho Testamento mostra o problema, mas no revela completamente a

    soluo. O Novo Testamento d a resposta ao problema e aponta a soluo: Jesus Cristo.

    O Novo Testamento tambm tem quatro divises.

    1. Os Evangelhos ou Biogrficos A. Mateus, Marcos, Lucas e Joo - Tratam do nascimento, vida, obra, morte,

    ressurreio e ascenso de Um Homem chamado Jesus, O Filho de Deus, O Messias Prometido a Israel. A questo central a carreira terrena de Jesus Cristo.

    Os temas e as datas dos Evangelhos:

    Mateus: O Prometido est - veja o Seu reinado/soberania (Suas qualificaes).

    Marcos: Assim Ele trabalhou - veja o Seu trabalho (Seu poder).

    Lucas: Assim Ele era - veja a Sua humanidade (Sua natureza).

    Joo: Assim Ele - veja a Sua divindade.

    Mateus (40-55 d.C.): Foi escrito para os JUDEUS. Faz conexo com o Velho Testamento (as Escrituras Hebraicas). Revela o Messias como o REI prometido do Velho Testamento aos Judeus, O soberano que veio ordenar e reinar (autoridade Mt 1:1; 16:16-19; 28:18-20). Traz a linhagem/genealogia Real de Jesus (Rei) at Suas razes judaicas, como Filho do Rei Davi (conf. Mt 1:1). O Novo Testamento o cumprimento do Velho Testamento - note logo no comeo do Novo Testamento o que diz Mateus 1:22. por isto que Deus diz em Mateus: "Este o meu amado Filho em quem me comprazo: escutai-O" (Mt 17:5). o evangelho que mais traz profecias.

    Marcos (57-63 d.C.): Foi escrito para o povo ROMANO. Representa o Messias como o SERVO Fiel e Obediente de Deus, Aquele que veio servir e sofrer (Mc 10:45).

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    No traz genealogia, pois para o servo, isso no conta, pois servo no uma pessoa de quem se procure uma genealogia. Marcos um judeu-gentio (Joo Marcos), cujo nome faz conexo com o judeu e o gentio. Relata mais milagres, pois os romanos se interessavam mais por aes/resultados que palavras.

    Lucas (63 d.C.): Foi escrito para os GREGOS. Relata o Messias como o Homem Perfeito, o FILHO DO HOMEM, Aquele que veio repartir e Se compadecer (Lc 19:10). Os gregos gostavam de tudo detalhado. Lucas tem genealogia, mostrando que Jesus Perfeito. Traz a linhagem/genealogia humana de Jesus at o primeiro homem, Ado, mostrando Jesus como Homem Perfeito (conf. Lc 3:38). Mesmo tentado na carne, Ele continuou Perfeito. Lucas era um mdico e um gentio (narra o sofrimento de Cristo em detalhes que s um mdico poderia fazer).

    Joo (90 d.C.): foi escrito para TODO O MUNDO, com o propsito de levar o homem a Cristo. Joo apresenta Jesus como o FILHO DE DEUS, Aquele que veio revelar e redimir (Jo 1:1-4; 20:31). Tudo no evangelho de Joo ilustra e demonstra o relacionamento de Cristo com o Pai. onde Jesus trata mais a Deus como Pai (Abba Pai). No traz genealogia, pois, Jesus Cristo, sendo 100% Deus, Eterno, sem princpio, meio ou fim. Sua linhagem espiritual, eterna!!!

    Os sinpticos diferem do Evangelho de Joo nas seguintes maneiras:

    Mateus, Marcos e Lucas Joo

    Os fatos da vida exterior de Cristo Os aspectos da Sua vida humana Os Seus discursos pblicos O ministrio na Galilia

    A vida ntima de Cristo A vida divina de Cristo Os discursos pessoais O ministrio na Judia

    A crtica est cada vez mais voltando ao ponto de vista tradicional quanto data e autoria de diversos livros. H razo para crermos que os Evangelhos sinpticos foram escritos na ordem: Mateus, Lucas e Marcos. Orgenes freqentemente os cita nessa ordem e Clemente de Alexandria, antes dele, coloca os Evangelhos que contm genealogia primeiro, com base na tradio que ele recebeu dos antigos antes dele. De acordo com Euzbio, H. E., Vi. Xiv. Esta opinio reforada pela considerao de que os Evangelhos surgiram das circunstncias e ocasies da poca. (Palestras em Teologia Sistemtica, Henry Clarence Thiessen (Ed. Batista Regular, pg 58).

    Os quatro relatam os tipos mostrados em Ezequiel 1.10 e em Apocalipse 4.6-8, ilustrando os quatro animais "no meio do trono, e ao redor do trono" com a semelhana de:

    1. Leo (Mateus - rei),

    2. Bezerro (Marcos servo),

    3. Rosto como de homem (Lucas - filho do homem) e

    4. Semelhante a uma guia voando (Joo - filho de Deus).

    2. Histricos Atos dos Apstolos: Propagao do Evangelho. Trata dos resultados da morte

    e da ressurreio de Jesus Cristo, com a propagao das Boas Novas, por impulso e liderana do Esprito Santo, comeando em Jerusalm, Judia, Samaria e at os confins da Terra.

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    3. Epstolas

    Os fundadores das igrejas, freqentemente impossibilitados de visit-las pessoalmente, desejavam entrar em contato com seus convertidos no propsito de aconselh-los, repreend-los e instru-los. Assim surgiram as Epstolas.

    (Circulao das epstolas: 1 Ts 5:27; Cl 4:16; 1 Pe 1:1-2; 2 Pe 3:14-16; Ap 1:3)

    Epstolas Paulinas: a) 9 dirigidas a igrejas: Romanos, 1 e 2 Corntios, Glatas, Efsios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses; b) 4 dirigidas a indivduos: 1 e 2 Timteo, Tito, Filemom.

    Epstolas Gerais: a) 1 dirigida a um povo: Hebreus; b) 7 universais: Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 Joo, Judas.

    As epstolas de Filipenses, Efsios e Colossenses so chamadas Epstolas da Priso, escritas por Paulo, durante sua priso em Roma.

    IMPORTANTE: As Cartas Paulinas apresentam a Teologia para a Igreja. A essncia do que Deus tem para a Igreja est nas Cartas. O crente deve se guiar pelas Cartas Paulinas e no pelas regras e leis do Antigo Testamento. Elas foram escritas para orientar, instruir e exortar os crentes a viverem uma vida crist plena, frutfera, operosa, abundante, VITORIOSA. Leia as Cartas! Medite!!!

    4. Proftico Apocalipse: Revelao, Consumao e Juzo de Deus. Um novo Cu e uma

    nova Terra.

    Cada livro da Bblia deve ser estudado convenientemente para que o seu ensino seja aprendido, retido na mente e no corao, colocando os princpios em prtica.

    12 - AS LNGUAS E OS MATERIAIS DA BBLIA

    12.1. A Era da Escrita Parece que a escrita se desenvolveu durante o IV milnio a.C. No II milnio

    a.C. vrias experincias conduziram ao desenvolvimento do alfabeto e de documentos escritos por parte dos fencios. Tudo isso se completou antes da poca de Moiss, que escreveu alguns Livros do Pentateuco aproximadamente em 1491 a.C.

    J em 3500 a.C. os sumrios usavam tabuinhas de barro para a escrita cuneiforme, e registraram, por exemplo, a descrio sumeriana do dilvio (o pico de Gilgamesh), que teria sido gravada em 2100 a.C.

    Os egpcios (em 3100 a.C.) apresentavam documentos escritos em hierglifos (pictografia = desenhos, pinturas).

    A partir de 2500 a.C. usavam-se textos pictogrficos em Biblos (Gebal) e na Sria. Em Cnosso e em Atchana, grandes centros comerciais, apareceram registros gravados anteriores poca de Moiss. Outros elementos correspondentes de

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    meados a fins do II milnio a.C. acrescentam mais evidncias de que a escrita j se havia desenvolvido bem antes da poca de Moiss.

    Em suma, Moiss e os demais autores da Bblia escreveram numa poca em que a humanidade estava alfabetizada, ou melhor, j podia comunicar seus pensamentos por escrito.

    12.2. As Lnguas Bblicas As lnguas utilizadas no registro da revelao de Deus, a Bblia, vieram das

    famlias de lnguas semticas e indo-europias. Da famlia semtica, originaram-se as lnguas bsicas do Antigo Testamento, quais sejam: o Hebraico e o Aramaico (Siraco: 2 Rs 18:26; Ed 4:7; Dn 2:4). Alm dessas lnguas, o Latim e o Grego representam a famlia indo-europia. De modo indireto, os fencios exerceram um papel importante na transmisso da Bblia, ao criar o veculo bsico que fez com que a linguagem escrita fosse menos complicada do que havia sido at ento: inventaram o ALFABETO.

    12.3. As Lnguas do Antigo Testamento O Hebraico a lngua principal do Antigo Testamento, especialmente

    adequada para a tarefa de criar uma ligao entre a biografia do povo de Deus e o relacionamento do Senhor com esse povo. O Hebraico se encaixou bem nessa tarefa porque uma lngua pictrica (= desenhos). Expressa-se mediante metforas vvidas e audaciosas, capazes de desafiar e dramatizar a narrativa dos acontecimentos. Alm disso, o Hebraico uma lngua pessoal. Apela diretamente ao corao e s emoes, e no apenas mente e razo.

    uma lngua em que a mensagem mais sentida que meramente pensada.

    chamada no A. T. de lngua de Cana (Is 19:18) e lngua Judaica (Is 36:11-13; Ne 13:24; 2 Rs 18:26-28). Ela, provavelmente, desenvolveu-se a partir do antigo hebraico falado por Abrao, em Ur dos caldeus (Gnesis 14.13) e vrios estudiosos crem que esse hebraico era anterior a Abrao e que era a mesma lngua e a mesma fala dos tempos pr-Babel (Gnesis 11.1). Em outras palavras, crem que essa era a lngua original do homem.

    A lngua hebraica conhecida como quadrtica e suplanta em beleza a todas as outras escritas. Possui raiz triconsonantal (3 consoantes). L-se da direita para esquerda, seu alfabeto se compe de 22 letras e serve tambm para representar nmeros.

    As 22 letras do Hebraico se encontram no Sl 119 e no Livro de Lamentaes.

    Em Gn 31:47, vemos Labo (vindo da Caldia), falar em Aramaico e Jac (vindo de Cana), falar em Hebraico.

    O Aramaico (uma lngua cognata, muito prxima do hebraico) era a lngua dos srios, tendo sido usada em todo o perodo do Antigo Testamento. Na verdade, substituiu o hebraico no tempo do cativeiro. Era falado desde 2000 a.C., em Ar, na Sria. Tinha o mesmo alfabeto do Hebraico, mas diferenciava no som e estrutura das palavras. Era a lngua comercial do mundo antigo, quando a Assria e a Babilnia dominaram o mundo da poca (cativeiros). Era a lngua diplomtica, no tempo de Senaqueribe (705-681 a.C.). Depois do Cativeiro Babilnico (500 a.C.), tornou-se a lngua comum naquela regio.

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    Durante o sculo VI a.C., o Aramaico se tornou a lngua geral de todo o Oriente Prximo. Seu uso generalizado se refletiu nos nomes geogrficos e nos textos bblicos de Esdras (4:8-6:18; 7:12-26), pelo fato de ser o aramaico a lngua oficial do Imprio Persa; um versculo em Jeremias (10:11), onde h a citao de um provrbio aramaico; e uma parte relativamente grande do livro de Daniel (2:4 a 7:28), onde o aramaico usado, provavelmente, por ser uma seo inteira que trata das naes do mundo.

    12.4. As Lnguas do Novo Testamento As lnguas semticas tambm foram usadas na redao do Novo Testamento.

    Na verdade, Jesus e Seus discpulos falavam o Aramaico, sua lngua materna, tendo sido essa a lngua falada por toda aquela regio na poca.

    As expresses Talita cumi (Mc 5:41); Eli, Eli, lam sabactni (Mt 27:46); Maranata (1 Co 16:22); Aba Pai (Rm 8:15; Gl 4:6) so em Aramaico.

    O Hebraico fez sentir mais sua influncia mediante expresses idiomticas, como uma que, no portugus, quer dizer e sucedeu que. Outro exemplo da influncia hebraica no texto grego vemos no emprego de um segundo substantivo, em vez de um adjetivo, a fim de atribuir uma qualidade a algo ou a algum, como ocorre na 1 Ts 1:3. O epitfio na cruz de Cristo (o Nome de Deus = YHWH) em Hebraico.

    Alm das lnguas semticas a influenciar o N. T., temos as indo-europias, o Latim e o Grego. O Latim influenciou ao emprestar muitas palavras, como centurio, tributo e legio, e pela inscrio trilngue na cruz (em Latim, em Hebraico e em Grego).

    No entanto, a lngua em que se escreveu o N. T. foi o Grego. At fins do sculo XIX, cria-se que o grego do N. T. (o Grego helenstico, koin = comercial) era a lngua especial do Esprito Santo; mas, a partir de ento, essa lngua tem sido identificada como um dos cinco estgios do desenvolvimento da lngua grega.

    Esse grego koin era a lngua mais amplamente conhecida em todo o mundo do sculo I. O alfabeto havia sido tomado dos fencios. Seus valores culturais e vocabulrio cobriam vasta expanso geogrfica, vindo a tornar-se a lngua oficial dos reinados em que se dividiu o grande imprio de Alexandre, o Grande, uma lngua quase universal.

    O aparecimento providencial dessa lngua, ao lado de outros desenvolvimentos culturais, polticos, sociais e religiosos, ampla rede de estradas, progresso, etc., durante o sculo I a.C., fica implcito na declarao de Paulo: Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei (Gl 4:4).

    Grego: 25 letras, comeando no Alfa e terminando no mega.

    Jesus Se identifica com o N.T., que foi escrito em Grego, ao declarar: Eu sou o Alfa e o mega, o princpio e o fim, o primeiro e o derradeiro (Ap 22:13).

    O Grego do N. T. se adaptou de modo adequado finalidade de interpretar a revelao de Cristo em linguagem teolgica. Tinha recursos lingusticos especiais para essa tarefa, por ser um idioma intelectual. Era a segunda lngua dos escritores do N.T., com exceo de Lucas.

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    O Grego um idioma da mente, mais que do corao (como o Hebraico), e os filsofos atestam isso amplamente. O Grego tem preciso tcnica de expresso no encontrada no Hebraico. Alm disso, o Grego era uma lngua quase universal.

    A verdade do A. T. a respeito de Deus foi revelada inicialmente a uma nao, Israel, em sua prpria lngua, o Hebraico.

    A revelao completa, dada por Cristo, no Novo Testamento, no veio de forma to restrita. Em vez disso, a mensagem de Cristo deveria ser anunciada ao mundo todo, por isto, era necessria uma lngua universal: ... em seu nome se pregar o arrependimento e a remisso dos pecados, em todas as naes, comeando por Jerusalm (Lc 24:47).

    13 - OS MATERIAIS DA ESCRITA Os autores da Bblia empregaram os mesmos materiais para a escrita, que

    estavam em uso no mundo antigo.

    O papiro foi usado na antiga Gebal (Biblos) e no Egito, por volta de 2100 a.C. Eram folhas de uma planta, cuja popa era cortada em tiras que eram colocadas superpostas umas s outras de forma cruzada, coladas, prensadas e depois polidas. Eram escritas de um lado apenas. A cor era amarelada. Foi o material que o apstolo Joo usou para escrever o Apocalipse (Ap 5:1) e suas cartas (2 Jo 12).

    A antiga Gebal atualmente a cidade de Jubayl (nome rabe) e fica a 42 km de Beirute. considerada a cidade mais antiga do mundo. Seu nome em Grego Biblos, pois de l vinham os papiros (biblos).

    O velino, o pergaminho e o couro so palavras que designam os vrios estgios de produo de um material de escrita feito de peles de animais curtida e preparada para a escrita. Seu uso generalizado vem dos primrdios do Cristianismo, mas j era conhecido em tempos remotos, pois temos uma meno de Isaas 34:4 sobre um livro que era enrolado.

    O velino era a pele de bezerros e antlopes. O pergaminho era a pele de ovelhas e cabras.

    Tudo indica que o termo pergaminho derivou o seu nome da cidade Prgamo, na sia menor, cujo Rei, Eumenes II (159 - 197 d.C.), fez uma grande biblioteca para rivalizar com a de Alexandria no Egito, haja vista que o Rei do Egito havia cortado o suprimento de papiro. O Novo Testamento menciona este material grfico em 2 Tm 4:13 e Ap 6:14. O velino era desconhecido at 200 a.C., pelo que Jeremias teria tido em mente o couro (Jr 36:23).

    O A.T. foi escrito basicamente no couro, pois o Talmude assim o exigia. O N.T. foi escrito basicamente em papiro. No sculo IV A.D., foi utilizado o velino para os manuscritos.

    Outros materiais para a escrita eram o metal (x 28:36), a tbua recoberta de cera (Is 30:8; Hc 2:2; Lc 1:63), as pedras preciosas (x 39:6-14) e os cacos de loua (stracos), como mostra J 2:8. O linho era usado no Egito, na Grcia e na Itlia, embora no tenhamos indcios de que tenha sido usado no registro da Bblia.

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    13.1. A Tinta e os Instrumentos de Escrita A tinta utilizada pelos escribas era uma mistura de carvo em p com uma

    substncia lquida parecida com a goma arbica (Jr 36:18; Ez 9:2; 2 Co 3:3; 2 Jo 12; 3 Jo 13).

    Para a escrita em papiro e pergaminho, os escribas usavam penas de aves, pincis finos e um tipo de caneta feita de madeira porosa e absorvente. Para uso em cera, utilizavam um estilete de metal (Is 30:8).

    13.2. Os Tipos da Escrita dos Manuscritos Alguns tipos de escrita utilizados nos manuscritos so:

    A. Uncial: os mais antigos manuscritos gregos s usavam letras maisculas desenhadas e sem separao entre palavras. Datam do IV sculo A.D.

    B. Cursivo: Era o tipo de escrita onde letras minsculas eram conectadas com espao entre palavras, pois, naquela poca (sc. VI a X d.C.), havia maior necessidade de cpias dos manuscritos.

    C. Sinais Voclicos: Mais ou menos ao redor dos anos 500 a 900 d.C., eruditos judeus chamados Massoretas introduziram um sistema de pontos colocado acima, abaixo e entre o texto consonantal do Velho Testamento, de forma a marcar a vocalizao do texto. Alm disto, eles cercaram o texto de uma srie de anotaes chamadas Massorah que garantiam a imutabilidade do texto. Estes pontos, chamados pontos voclicos, exerceriam a funo de vogais, mas tinham a vantagem de nada acrescentar ou tirar do texto consonantal inspirado. Este sistema preservou a pronncia do Hebraico que, nesta poca, era a lngua dos eruditos judeus. Foi o texto hebraico preservado por este grupo de eruditos judeus que chegou aos dias de hoje.

    IMPORTANTE: conveniente lembrarmos que, nos manuscritos mais antigos, no era usado um sistema de pontuao. E, tambm, bom lembrarmos que no h nenhum manuscrito original preservado nos dias de hoje (para se evitar a idolatria!!!).

    13.3. O Formato dos Manuscritos Os manuscritos do Antigo Testamento tinham os formatos de livros (cdices) e

    rolos. Os cdices eram feitos de pergaminho cujas folhas tinham normalmente 65 cm de altura por 55 cm de largura. Os rolos podiam ser de papiro ou pergaminho. Eram presos a um cabo de madeira para facilitar o manuseio durante a leitura. Eram enrolados da direita para a esquerda. Sua extenso dependia da escrita a ser feita.

    14 - A BBLIA INSPIRADA Jesus Cristo ensinou que a Bblia infalivelmente inspirada (Jo 10:35b;

    17:17; Mt 4:4; 5:17-18) e tambm eterna e perfeitamente preservada por Deus (Mt 4:4; 5:18; 24:25, Lc 16:17; 21:33; 24:44)

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    Juramento de John Burgon: Juro pelo Nome do Deus Trino: Pai, Filho e Esprito Santo, que creio que a Bblia no outra coisa seno a voz d'Aquele que est sentado no trono. Cada livro dela, cada captulo dela, cada versculo dela, cada palavra dela, cada slaba dela, cada letra dela, so elocues diretas do Altssimo. A Bblia no nada mais que a Palavra de Deus; nenhuma parte dela mais, nenhuma parte dela menos, mas todas as partes de igual modo, so expresses d'Aquele que est sentado no Trono, sem defeito, sem erro, supremas. Assim ajude-me Deus, AMM.

    Inspirao o homem escrevendo o que Deus revelou. A Inspirao o registro escrito das revelaes de Deus e daquilo que Ele quis que os escritores registrassem por escrito. A inspirao, portanto, o processo pelo qual Deus manifesta uma influncia sobrenatural sobre certos homens, capacitando-os para registrar acurada e infalivelmente o que quer que tenha sido revelado. Homens santos de Deus, lemos, falaram inspirados pelo Esprito Santo (2 Pe 1:21). O resultado desse processo a Palavra de Deus escrita, a escritura da verdade (Dn 10:21).

    14.1. O Processo de Inspirao A prpria Bblia clama ser a Palavra de Deus. O termo inspirao o termo

    teolgico tirado da Bblia que expressa a verdade que a Bblia a Palavra de Deus.

    Talvez a melhor definio de inspirao seja a de L. Gaussen: aquele inexplicvel poder que o Esprito divino estendeu antigamente aos autores das Sagradas Escrituras, para que fossem dirigidos mesmo no emprego das palavras que usaram, e para preserv-los de qualquer engano ou omisso.

    Para entendermos a inspirao, devemos olhar para dois versculos clssicos das Escrituras, a seguir:

    A. Toda a Escritura divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargir, para corrigir, para instruir em justia (2 Tm 3:16)

    A palavra inspirao theopneutos, que significa theo = Deus, e pneutos = assoprar. A palavra hebraica nehemiah e usada somente uma vez no Velho Testamento (em J 32:8). O versculo est dizendo que Deus assoprou nos escritores da Bblia que escreveram assim as prprias Palavras de Deus. O adjetivo empregado nesta passagem significa insuflado por Deus (cf. Gn 2:7).

    A palavra Escritura vem do Grego graphe, que siginifica escrita, grafia, palavra. Deus assoprou palavras! Podemos dizer ento que tudo o que foi escrito (as Escrituras) foi dado pelo sopro de Deus. Portanto, o que Deus soprou foram palavras (graphe). Cada palavra, cada letra importante para Deus.

    importante frisarmos que a Bblia inspirada e no os escritores. Se fosse o contrrio, tudo aquilo que eles escrevessem, de uma forma geral, seria Bblia...

    A prxima passagem :

    B. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Esprito Santo. (2 Pe 1:21)

    Literalmente, o que o versculo est dizendo que a inspirao o processo pelo qual o Esprito Santo moveu ou dirigiu os escritores das Escrituras para que

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    o que eles escrevessem no fossem palavras deles, mas a prpria Palavra de Deus. Deus nos est dizendo que Ele o Autor da Bblia, e no o homem.

    Os escritores da Bblia so chamados homens impelidos (ou carregados) pelo Esprito Santo (2 Pe 1:20-21 cf. Ap 19:9; 22:6; 2 Sm 23:2). Eles foram movidos, tomados, levados. A palavra inspirados no versculo acima a mesma palavra grega que foi usada em Atos 27:15 (o barco foi levado).

    O prprio Jesus Cristo afirmou que o Esprito Santo faria os seus discpulos se lembrarem de tudo o que presenciaram: Mas aquele Consolador, o Esprito Santo, que o Pai enviar em meu nome, esse vos ensinar todas as coisas, e vos far lembrar de tudo quanto vos tenho dito (Jo 14:26) e os anunciaria fatos futuros: Mas, quando vier aquele, o Esprito de verdade, ele vos guiar em toda a verdade; porque no falar de si mesmo, mas dir tudo o que tiver ouvido, e vos anunciar o que h de vir (Jo 16:13). (1 Co 2:10-13; 2 Co 2:4, 13; 1 Jo 1:1-3).

    O Deus que soprou o flego de vida nos seres viventes o mesmo que soprou Sua Palavra nas conscincias dos Seus profetas.

    Se o prprio Esprito Santo supervisionou a entrega e o registro da revelao, Ele, sendo Deus Onipresente, Onisciente e Onipotente, garantiu que isto seria feito sem erros.

    Inspirao o poder estendido pelo Esprito Santo, mas no sabemos exatamente como esse poder operou. limitado aos escritores das Escrituras Sagradas. Isto EXCLUI todos os outros livros sacros por no serem inspirados; tambm nega autoridade final a todas as igrejas, conclios eclesisticos, credos e clrigos.

    A inspirao no exclui a diversidade de expresso sobre o mesmo assunto (Mt 16:16; Mc 8:29; Lc 9:20). At os 10 mandamentos tm expresses diferentes, pois o Autor Deus, e Ele pode Se exprimir de formas diferentes sobre o mesmo assunto! (x 20:8-11; Dt 5:12-15).

    O mais prximo que conseguimos chegar da inspirao chamando-a de orientao. Isto , o Esprito Santo supervisionou a seleo dos materiais a serem usados e das palavras a serem empregadas por escrito. Finalmente, Ele preservou os autores de todos os erros e omisses. Temos na Bblia, portanto, a Palavra de Deus verbalmente inspirada.

    O apstolo Paulo relatou, inclusive, seus lapsos de memria (1 Co 1:14-16), suas emoes pessoais (Gl 4:14), suas palavras (1 Co 7:12, 40). Entretanto, ele mesmo frisa que, apesar de expor sentimentos e impresses pessoais, tudo o que ele registrou nas Escrituras so Palavras do Senhor! (1 Co 2:13; 14:37-38; Gl 1:12). Inclusive, quando ele aborda a questo do papel e posio da mulher na igreja, ele declara que o que disse so mandamentos do Senhor e no seu entendimento pessoal! (1 Co 14:37-38).

    Observamos, alm disso, que a inspirao se estende s palavras, no simplesmente aos pensamentos e conceitos, ou idias gerais. Se se estendesse simplesmente aos ltimos, ficaramos sem saber se os escritores entenderam exatamente o que Deus disse, se se lembraram exatamente do que Ele disse, e se eles tinham capacidade para expressar os pensamentos de Deus com exatido.

    Ser que cada palavra da Bblia mesmo inspirada?

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    O que Jesus disse acerca deste assunto? Vamos l ver, o que nosso Senhor falou:

    Ele, porm, respondendo, disse: Est escrito: Nem s de po viver o homem, mas de TODA a palavra que sai da boca de Deus. (Mt 4:4)

    Que sublime afirmao do Mestre! Ele claramente nos diz que TODAS (no somente algumas, no somente as que constam nos melhores e mais antigos manuscritos, nem as que tm certa preferncia da crtica textual), mas sim que todas as palavras que saem da boca de Deus so alimento para o homem.

    Ou que dizer acerca do cumprimento cabal da lei, declarado por Jesus:

    Porque em verdade vos digo que, at que o cu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitir da lei, sem que tudo seja cumprido. (Mt 5:18)

    Ora, aqui Jesus nos diz que TUDO o que est na lei, ser cumprido completamente. Existem versculos que claramente probem acrescentar, ou diminuir, o que quer que seja (Dt 4:2; 12:32; Pv 30:6; Ec 3:14; Ap 22:18-19). Lembre-se que uma vrgula numa frase pode alterar totalmente o sentido da mesma. Em Gl 3:16, vemos a importncia e falta que faz uma simples letra s!!!

    Assim, a Bblia, obra de escritores humanos, , contudo, de natureza divina (1 Ts 2:13) e isto num sentido mais elevado do que o que se d ao fazer referncia a outras obras que se costumam dizer inspiradas.

    Embora a Bblia seja inspirada por Deus (Sl 19:7-11; 119:89; 105, 130, 160; Pv 30:5-6; Is 8:20; Jr 1:2, 4, 9; Lc 16:31; 24:25-27; 44-45; Jo 5:39, 45-47; 12:48; 14:26; 16:13; 17:17; At 1:16; 28:25; Rm 3:4; 15:4; 1 Co 2:10-13; 2 Co 2:4; Ef 6:17; 1 Ts 2:13; 2 Tm 3:16-17; 1 Pe 1:11-12; 2 Pe 1:19-23; 1 Jo 1:1-3; Ap 1:1-3; 22:19), a participao do homem na recepo da revelao assumiu vrias formas. Isto se deu naturalmente, de modos diversos: ora os escritores simplesmente registravam fatos histricos; ora registravam as mensagens que profetas e apstolos recebiam de Deus; ora refletiam intimamente sobre coisas de Deus e Este usava seus pensamentos para levar Sua mensagem aos homens; ora eram guiados por Deus a escrever palavras revestidas de sentido mais profundo do que eles prprios sabiam (1 Pe 1:10-12; cf. Dn 8:15; 12:8-12).

    Ocasionalmente, descreveram vises, sonhos ou aparies que testemunharam (Is 6; Jr 24; Dn 7-12; Ap 1-22); vrios autores puderam escrever seu testemunho pessoal, pois foram testemunhas oculares dos eventos que relataram (Js 24:26; Jo 19:35; 21:24; 1 Jo 1:1-4; 2 Pe 1:16-18); tambm citaram documentos antigos, que tinham sua disposio, frutos de suas pesquisas [isto inspirao (registro escrito) sem revelao (sem ser algo recebido diretamente de Deus)] (Dn 4; 2 Cr 36:23; Ed 1:2-4; 7:11-26; 1 Jo 1:1-4; Lc 1:1-4; etc.), inclusive houve citaes de fontes extrabblicas (At 17:28; Tt 1:12; Jd 14-15); compuseram, como artistas, poesia e outras manifestaes da sabedoria (Salmos, Provrbios, etc). Vale lembrarmos que os 10 mandamentos foram escritos diretamente por Deus (x 31:18).

    Os profetas estavam to cnscios da responsabilidade de entregar a mensagem de Deus (e no suas) que muitas vezes pediam a Deus que os poupasse desse peso (Vide a resistncia de Jonas). Os escritores do Novo Testamento tambm reconheceram terem sido guiados pelo Esprito Santo para registrar as revelaes de Deus.

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    A Bblia um livro divino-humano: humano porque, escrito por homens, manifesta sentimentos e pensamentos humanos, s vezes em desacordo com os de Deus (ver, por exemplo, os discursos dos amigos de J, que o prprio Deus refutou); divino, porque obra de homens a quem a Palavra de Deus foi revelada.

    A IMPARCIALIDADE DA BBLIA PROVA QUE ELA A PALAVRA DE DEUS

    Quando os homens escrevem biografias dos seus heris, eles normalmente limpam suas faltas, mas a Bblia exibe sua qualidade divina mostrando o homem como ele . No apenas a Bblia verdadeira, mas tambm clara e sincera. Mesmo os melhores homens descritos na Bblia so descritos com suas faltas. Conhecemos claramente a rebelio de Ado, a bebedeira de No, o adultrio de Davi, a apostasia de Salomo, a desobedincia de Jonas, o desaforo de Pedro para com o Mestre, a briga de Paulo e Barnab e espante-se com a descrena dos discpulos a respeito da ressurreio de Cristo. O que se segue foi publicado em The Berean Call [O Chamado de Beria], Janeiro 2005:

    As Escrituras revelam honestamente as fraquezas e pecados dos melhores santos mesmo quando tais fatos poderiam ter sido evitados. Tal honestidade d a coroa da verdade s Escrituras. Um dos relatos mais estranhos foi a descrena dos discpulos quanto ressurreio de Cristo. De fato, seu ceticismo e aparente m vontade em acreditar, mesmo quando Cristo os encontrou face a face, parece que dificilmente um escritor de fico ousaria retrat-lo. Cristo acusa Seus discpulos de dureza de corao (Marcos 16:14). Eles no creram, mesmo quando Cristo lhes apareceu (Lucas 24:36-38). Mas um dos ladres crucificados com Cristo creu em Sua ressurreio, ou ele no teria pedido E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. (Lc 23:42). As dvidas dos discpulos no tinham desculpa em vista das muitas profecias messinicas. Eles terem sido to cegos em relao s Escrituras, mesmo depois de terem sido ensinados pessoalmente por Cristo durante tantos anos, nos faz reexaminarmos a ns mesmos para no sermos culpados da mesma cegueira.

    A aceitao da Bblia como Palavra de Deus no matria de prova cientfica e sim de f. Isso no quer dizer que tomamos atitude irracional ou sem fundamento. Antes, nossa atitude se baseia no testemunho de Jesus, a respeito do Antigo Testamento.

    De certo modo, podemos compar-la nossa f em Jesus Cristo como Filho Unignito de Deus, a qual no depende, em ltima anlise, de provas humanas de Sua divindade, e sim, de um ato de f.

    A experincia crist tem confirmado que de fato Deus Se revela aos homens atravs de TODA a Bblia, ainda que o faa com maior nitidez em certas partes (Joo, por exemplo) do que em outras que so, por assim dizer, perifricas em relao suprema revelao em Jesus Cristo.

    No que o Evangelho segundo Joo seja mais inspirado do que Eclesiastes, por exemplo; antes, que, naquele, Deus estava concedendo a Joo a mais suprema e plena revelao dEle; ao passo que, em Eclesiastes, fornecia o registro das ltimas tentativas humanas para conseguir a felicidade debaixo do sol.

    Outrossim, mesmo que algumas partes da Bblia paream no trazer mensagem de Deus para ns, em nossa situao atual, muito possvel que

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    tenham falado, ou que ainda venham a falar, a outras pessoas em situaes diferentes.

    Basta lembrarmos, por exemplo, como o livro do Apocalipse tem revivido, vez aps vez, para cristos que sofriam de perseguio.

    Devemos lembrar tambm, que a prpria Bblia no nos autoriza a dividi-la em partes, mas, antes, consider-la um todo orgnico, tendo cada livro um papel a desempenhar na obra total (2 Tm 3:16).

    De imediato, as pessoas dizem que a Bblia um livro de homens. Em outras palavras, falha e imperfeita. Por mais sinceros, eruditos e criteriosos que fossem os profetas, eles ainda estavam sujeitos s limitaes da sua poca e do seu conhecimento. Como poderiam deixar de errar?

    natural, assim, esperar que a Bblia apresente erros gritantes em questes filosficas, cientficas, literrias ou histricas. Os milagres, por exemplo, so vistos como lendas da Antiguidade, to verdadeiros e histricos quanto Branca de Neve e os Sete Anes.

    De fato, tais concluses seriam inevitveis se o fator sobrenatural fosse descartado. Mas, se o Esprito Santo, sendo o mesmo Deus, estava por trs da produo da Bblia, ento perfeitamente admissvel que homens falhos fossem instrumentos para transmitir informaes infalveis. E foi exatamente isso o que ocorreu!

    Este volume a escrita do Deus vivo: cada letra foi escrita por um dedo Todo-poderoso; cada palavra saiu dos lbios eternos, cada frase foi ditada pelo Esprito Santo. Ainda que Moiss tenha sido usado para escrever suas histrias com sua ardente pluma, Deus guiou essa pluma. Pode ser que Davi tenha tocado sua harpa, fazendo que doces e melodiosos salmos brotassem de seus dedos, porm Deus movia Suas mos sobre as cordas vivas de sua harpa de ouro. Pode ser que Salomo tenha cantado os Cnticos de amor ou pronunciado palavras de sabedoria consumada, porm Deus dirigiu seus lbios, e fez eloquente ao Pregador. Se sigo o trovejador Naum, quando seus cavalos aram as guas, ou a Habacuque quando v as tendas de Cus em aflio; se leio Malaquias, quando a terra est ardendo como um forno; se passo para as serenas pginas de Joo, que nos falam de amor, ou para os severos e fogosos captulos de Pedro, que falam do fogo que devora os inimigos de Deus, ou para Judas, que lana antemas contra os adversrios de Deus; em todas as partes vejo que Deus quem fala.

    a voz de Deus, no do homem; as palavras so as palavras de Deus, as palavras do Eterno, do Invisvel, do Todo-Poderoso, do Jeov desta Terra. Esta Bblia a Bblia de Deus; e quando a vejo, parece que ouo uma voz que surge dela, dizendo: Sou o livro de Deus; homem, leia-me. Sou a escrita de Deus: abra minhas folhas, porque foram escritas por Deus; leia-as, porque Ele meu Autor, e O ver visvel e manifesto em todas as partes. [Eu] escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porm essas so estimadas como coisa estranha (Osias 8:12). (Retirado do Sermo do Reverendo C. H. Spurgeon: A Bblia (The Bible) - Um Sermo (N 0015) - Pregado na Manh de Domingo, 18 de Maro de 1855, no Exeter Hall, Strand Londres Inglaterra).

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    14.2. Distino entre Inspirao e Autoridade Algo deve ser dito a respeito da distino entre Inspirao e Autoridade.

    Geralmente, as duas so idnticas, de modo que aquilo que inspirado tem tambm autoridade com respeito ao ensino e conduta. Mas, ocasionalmente, no isso o que acontece.

    Por exemplo: o que Satans disse para Eva foi registrado na Bblia por Moiss, que foi inspirado por Deus, mas no a verdade (Gn 3:4-5); o conselho que Pedro deu a Cristo (Mt 16:22); a declarao de Gamaliel ao Conclio (At 5:38-39). O mesmo ocorre com textos retirados do c