CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA
4º SEMESTRE
DISCIPLINA: LOGISTICA INTERNACIONAL
Professor EAD: Me. Ademir Cavalheiro Leite
Tutor Presencial: Paulo Acácio G. da Costa
RA 406818 - Dione Pereira da Silva
RA 442941 – Flavio José A. de Lima
RA 411092 – Paula Karoline A. Barbosa
RA 415619 – Rosali do Carmo Martiny
Rondonópolis /MT
Novembro/2014
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................03
1. LOGISTICA INTERNACIONAL.................................................................04
2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA......................................................................04
3. A IMPORTANCIA DA INFRAESTRUTURA PARA AS EMPRESAS.......10
4. INFRAESTRUTURA LOGISTICA INTERNACIONAL................................12
5. INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE....................................................12
6. INFRAESTRUTURA DE COMUNICAÇÃO.................................................14
7. INFRAESTRUTURA SERVIÇOS PUBLICOS.............................................14
8. MODAIS DE TRANSPORTES....................................................................15
9. OS NOVOS DESAFIOS DA LOGISTICA INTERNACIONAL.....................17
10. DESAFIOS LOGISTICOS DO BRASIL SEGUNDO PROF.º SAMIR
KEEID.........................................................................................................................17
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..............................................................20
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INTRODUÇÃO
O papel da Logística internacional é muito importante o processo de planejar,
programar e controlar o fluxo e a armazenagem de mercadorias, serviços e informação a elas
relacionados, o ponto de origem ao ponto de consumo, localizado em outros países.
Logística internacional esta na criação de processos e estratégias internos.
O desenvolvimento do comércio internacional teve-se ao longo anos, vário marcos
críticos como a ratificação de importantes tratados internacionais e o estabelecimento de
organização internacional destinadas a facilitar e apoiar as atividades do comércio
internacional. O mesmo conceito se aplica à logística internacional, com a diferença que, no
comércio internacional, tanto na importação quanto na exportação, o fluxo de bens e serviços
assim como do estoque de mercadorias, no armazém do exportador, do importador ou em
trânsito, se dão entre territórios de países diferentes resultando em maior complexidade
gerencial porque países diferentes possuem geografia, cultura, legislação e costumes
comerciais diferentes.
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1. LOGISTICA INTERNACIONAL
Logística Internacional é o ramo da Logística, cujo objetivo principal é melhorar a
importância dos "sistemas logísticos externos" que ligam o fabricante aos seus parceiros da
rede industrial, como fornecedores, transportadores e operadores.
As redes logísticas estão cada vez mais internacionais. A tendência atual para
operações internacionais é caracterizada surgimento de novos tipos de relações profissionais.
A profissionalização também conduziu a um foco mais sólido na competência essencial,
resultando na desintegração vertical e em ter fornecedores mundiais. Por sua vez, isto conduz
a menos fornecedores primários e mais terceirização e supridores internacionais. Esta
tendência melhora a importância dos "sistemas logísticos externos" que ligam o fabricante aos
seus parceiros da rede industrial, como fornecedores, transportadores e operadores.
2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA
A MEDICAL LIFE Hospitalar iniciou suas operações de distribuição no Brasil em
1960. Inaugurou em 1977 sua primeira fábrica em São Paulo, no bairro de Interlagos, para
fabricação de deslizadores e acessórios para transfusão de sangue. Atua no segmento de saúde
humana, com soluções para diálise peritoneal para uso domestico renal e hospitalar. A
empresa possui cerca de 940 funcionários alocados em três unidades, é uma das três primeiras
do país na fabricação de líquido estéreis.
Missão: Somos uma empresa global e diversificada do mercado do segmento de saúde,
que emprega ciência inovadora para desenvolver terapias especializadas e produtos médicos
que salvam e prolongam a vida dos pacientes.
Valores: Seremos bem sucedidos devidos ano nosso (a): Entusiasmo para inovar e
encontrar soluções, responsabilidade pessoal por resultados e integridade, avidez por aprender
e melhorar continuamente, firme dedicação pela qualidade, foco na ação rápida e disciplinada,
respeito pelas diferentes contribuições de todos. O motivo de escolher a MEDICAL LIFE
para realizar este trabalho é o conhecimento a respeito da empresa através de um amigo que é
um colaborador da mesma e sem duvida a importância da empresa para a sociedade,
considerando que os materiais produzidos por ela salvam vidas. O nosso contato na empresa é
o colaborador Cezar Augusto, analista de Supply Chain da MEDICAL LIFE.
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O produto que iremos usar neste trabalho é o HZB1677 DIANEAL PD2 SL DP
DPI/DPA 6L, escolhemos este produto por se tratar de um item que proporciona qualidade de
vida as pessoas que sofrem de problema renal crônico e necessitam de tratamento de
hemodiálise. Estima-se que 1,2 milhão de pessoas em todo o mundo sofrem de Estágio final
de doença renal terminal (DRT), o que significa que os rins não funcionam bem o suficiente
para manter uma pessoa viva. O número de pessoas no mundo com doença renal terminal está
crescendo em cerca 7-8 por cento ao ano, por este motivo entendemos que é um tema
importante para ser abordado.
Por que exportar?
A facilidade no processo de comunicação com outros países possibilita que os mais
diversos negócios sejam efetuados, diariamente, com empresas de variados e distantes países.
No passado, a indústria nacional era protegida por barreiras que hoje já não existem.
Isso faz com que empresas estrangeiras possam vir concorrer com as empresas brasileiras
dentro de nosso próprio país. O contato com o mercado externo faz com que as empresas se
preocupem em desenvolver produtos de melhor qualidade, com intuito de conquistar novos
mercados ou que seja para preservar as suas posições no mercado interno.
Neste sentido, atuar no mercado externo se torna uma atividade fundamental para os gestores
que buscam o crescimento da empresa, assim como para a economia brasileira, mediante o
ingresso de divisas e geração de emprego e renda.
A decisão de exportar ou não, esta atrelada ao tipo de material e/ou produto que se
deseja exportar, bem como o país a qual a organização pretende exportar, com isso se torna de
extrema importância o conhecimento da economia do país, o que pode ser chamado de analise
de mercado. Nessas analises deve se levar em conta quais são os produtos similares que são
produzidos no país onde se pretende exportar, um exemplo disso é a exportação de veiculo
para a China, totalmente inviável, ou biquínis para o Pólo Sul.
Além disso, as exportações proporcionam maior produtividade, pois quando se exporta
aumenta a necessidade da escala de produção, que pode ser obtida pela utilização da
capacidade ociosa da empresa e/ou pelo aperfeiçoamento dos seus processos produtivos; a
empresa poderá, assim, diminuir o custo de seus produtos tornando-os mais competitivos, e
aumentar sua margem de lucro, outro ponto não menos importante é a diminuição da carga
tributária, a empresa pode compensar o recolhimento dos impostos internos, via exportação;
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Abaixo segue alguns dos impostos que sofrem alterações:
a) os produtos exportados não sofrem a incidência do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI);
b) o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tampouco incide
sobre operações de exportação de produtos industrializados, produtos semi-elaborados,
produtos primários ou prestação de serviços;
c) na determinação da base de cálculo da Contribuição para Financiamento da
Seguridade Social (COFINS), são excluídas as receitas decorrentes da exportação;
d) as receitas decorrentes da exportação são também isentas da contribuição para o Programa
de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
(PASEP);
e) o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aplicado às operações de câmbio
vinculadas à exportação de bens e serviços tem alíquota zero. Redução da dependência das
vendas internas - a diversificação de mercados (interno e externo) proporciona à empresa
maior segurança contra as oscilações dos níveis da demanda interna;
f) aumento da capacidade inovadora - as empresas exportadoras tendem a ser mais
inovadoras que as não-exportadoras; costumam utilizar número maior de novos processos de
fabricação; adotam programas de qualidade e desenvolvem novos produtos com maior
frequencia;
g) aperfeiçoamento de recursos humanos - as empresas que exportam se destacam na
área de recursos humanos: costumam oferecer melhores salários e oportunidade de
treinamento a seus funcionários;
h) aperfeiçoamento dos processos industriais - (melhoria na qualidade e apresentação
do produto, por exemplo) e comerciais ( elaboração de contratos mais precisos, novos
processos gerenciais, etc. ) - a empresa adquire novas condições de competição interna e
externa;
i) imagem da empresa - o caráter de "empresa exportadora"é uma referência
importante, nos contatos da empresa, no Brasil e no exterior; a imagem da empresa fica
associada a mercados externos, em geral mais exigentes, com reflexos positivos para seus
clientes e fornecedores.(Fonte: WWW.receita.fazenda.gov.br) 6
Nos últimos anos o processo de exportação tem sido grande importância para as
empresas, pois é a forma mais eficiente de garantir o futuro em um ambiente globalizado e
competitivo, que exige das organizações brasileiras capacitação para enfrentar a concorrência
estrangeira, tanto no Brasil como no exterior. Para o Brasil, exportar é um ponto estratégico,
pois contribui para o crescimento do país através da geração de renda e emprego, para a
entrada das divisas necessárias ao equilíbrio das contas externas e para a promoção do
desenvolvimento econômico.
Com a eliminação das barreiras que protegiam no passado a indústria nacional, a
internacionalização é o caminho natural para que as empresas brasileiras se mantenham
competitivas. Nesse cenário as empresas nacionais precisam se atentar aos produtos que estão
entrando no país oriundo de fabricantes estrangeiros. Por conseguinte, para manter a sua
participação no mercado interno, deverão modernizar-se e tornarem-se competitivas em escala
internacional. Entretanto é preciso se atentar a fatores culturais, e legais constante nos
mercados externo dificuldades essas que devem ser consideradas pelas empresas que se
preparam para exportar.
As empresas podem participar do mercado internacional de modo ativo e permanente,
ou de maneira eventual. Em geral, o êxito e o bom desempenho na atividade exportadora são
obtidos pelas empresas que se inseriram na atividade exportadora como resultado de um
planejamento estratégico, direcionado para os mercados externos.
Estratégias de Mercados Globais
Para onde exportar?
A decisão, ou escolha do país que se pretende exportar deve ser tomada com base em
alguns princípios que estão relacionados aos mercados externos no que diz respeito
rentabilidade, custo, risco, distância, percentual de crescimento, cultura, pois nesse imenso
universo temos diversos países com culturas diferentes, costumes diferentes, leis diferentes,
ou seja, é necessário verificar a aceitação do produto a ser exportado, e os benefícios que a
exportação pode gerar para o país.
Como mencionado acima existem alguns critérios a seguir para tomar a decisão de
para onde é mais viável exportar, e vamos falar de cada um deles, começando por um dos
principais, a “rentabilidade”. Toda a organização com fins lucrativos busca ganhar dinheiro e
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para alcançar este objetivo necessita conhecer todos os custos relacionados à exportação,
somados ao custo de produção dos materiais a serem exportados, deve se também verificar se
a unidade industrial terá capacidade para atender as demandas externas, e também o mercado
interno, lembrando que uma vez que o produto for bem aceito pelos mercados do exterior
poderá alavancar as vendas, surgindo à necessidade de aumentar o volume de produção, e em
caso desta produção não ser o suficiente para atender a demanda pode gerar oportunidade para
outras empresas que atuam no mesmo segmento, acirrando a concorrência e colocando em
risco a obtenção de lucro.
O ponto seguinte é o custo, que este diretamente ligado à rentabilidade, mesmo que o
processo de exportação esteja sendo rentável, deve se avaliar para onde custa menos exportar
e trabalhar para intensificar as exportações para este país, verificando também se existe
oportunidade em redução no custo de transporte, utilizando diferentes tipos de modais, pois
hoje existe uma grande diferença de valor no quesito custo de transporte, embora a escolha do
modal esteja vinculada ao tipo de material a ser exportado, pois alguns modais não
transportam determinados produtos e o lead time de transporte varia de acordo com o modal
utilizado.
A questão do risco também deve ser considerada, embora em toda negociação exista risco,
existem algumas de menor risco, e de acordo com o produto deve se avaliar, a questão de
sinistro, se o produto é de alto valor agregado, se é frágil, se proporciona altos índices de
avaria. Nesse sentido é recomendado que se de preferência caso seja possível para os países
mais próximos, que conseqüentemente possuem um custo menor de frete, e a probabilidade de
seja, da para fazer mais vendas durante um menor espaço de tempo.
Outro ponto importante é o crescimento econômico do país para onde se pretende
exportar, deve se observar os países que estão com bons índices de crescimento, que no geral
são países com grande potencial de compra, que possuem maior estabilidade financeira, o que
gera maior segurança para o país exportador.
Deve se também dar maior preferência para países com maior similaridade cultural, o
que facilita o fluxo de comunicação, e a aceitação do produto, isto envolve o idioma, religião,
clima, etc. Também é importante acompanhar os demais países exportadores, e evitar ao
Maximo entrar em mercados em que a concorrência é intensiva.
Estes são alguns pontos que devem ser levados em consideração para tomar a decisão de para
onde exportar, no caso da MEDICAL LIFE empresa na qual escolhemos para este estudo, as
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exportações são realizadas para clientes internos, ou seja, para outras unidades da MEDICAL
LIFE espalhadas pelo o mundo que não possuem unidade fabril.
Distribuição Física
Como exportar?
Toda empresa que se pretende adentrar no mercado externo, deve primeiramente,
saber como fazer isso, saber quais são os pré requisitos e quais são as normas, nesse sentido
surge os chamados Incoterms (International Commercial Terms / Termos Internacionais de
Comércio) que servem para definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda
internacionais, os direitos e obrigações recíprocas do exportador e do importado. Na
realidade, não impõem e sim propõem o entendimento entre vendedor e comprador, quanto
aos direitos e deveres relacionados ao transito da mercadoria entre o local de coleta e o de
entrega no que diz respeito a embalagem, transportes internos, licenças de exportação e de
importação, movimentação em terminais, transporte e seguro internacionais etc.
Vale ressaltar que as regras definidas pelos Incoterms valem apenas entre os
exportadores e importadores, não produzindo efeitos em relação às demais partes envolvidas,
tais como: despachantes, seguradoras e transportadores.
Alem de conhecer as regras para se exportar é necessário saber também alguns
importantes:
Formação do preço de venda/exportação
Determinar o preço venda de exportação é um dos aspectos mais importantes e
decisivos para a conquista e permanência em determinado mercado, uma vez que o preço
aplicado não pode ser alterado com freqüência, pois o mercado externo não aceita tal pratica.
Nesse sentido surgem duas maneiras de formar o preço de venda, que é através do
valor presumido de um produto, que ocorre quando um produto esta escasso no mercado, ou é
um novo produto ainda desconhecido pelos mercados externos, então o preço sugerido pode
ser definido pelo exportador sob a óptica da inovação, ou seja, o exportador define o preço, a
outra forma e seguir o líder, ou seja, aplicar o mesmo preço de mercado do atual líder, este
modelo costuma ser usado pelas empresas que estão iniciando nas exportações.
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É importante que os produtos sejam bem acondicionados e que as embalagens
proporcionem o Maximo de segurança ao produto, garantindo a integridade e a aparência do
produto, afinal o mercado externo é extremamente exigente. Outro ponto é o custo de
transporte que deve ser negociado previamente, onde deve ser definido a forma de cobrança,
se será frete pré pago, pago no ato do embarque, ou se será frete a pagar, frete pago no
desembarque, isto deve estar bem definido, pois pode gerar desconfortos entre o importador e
o exportador.
Quanto à logística, e necessário avaliar o produto a exportar, se é frágil, se é perecível,
o lead time, ou seja, o tempo em transito do material. O custo do frete esta atrelada a escolha
do modal, que pode ser rodoviário, ferroviário, marítimo e/ou aéreo, modais com diferentes
custos que atendem diferentes necessidades.
Faturamento da Exportação
O cambio deve acompanhar a moeda dos pais a exportar ou importar, nos casos de
diferenças entre as moedas deve se procurar o mercado cambial ou de divisas que é um
mercado onde são compradas e vendidas as moedas dos diferentes países, pois não são aceitas
moedas estrangeiras em pagamento das exportações, nem moeda nacional em pagamento das
importações.
Além de exportadores e importadores, o mercado cambial é composto das bolsas de
valores, dos bancos, dos corretores e todos aqueles que efetuam transações com o exterior.
3. A IMPORTANCIA DA INFRAESTRUTURA PARA AS EMPRESAS
Infraestrutura instalações, serviços e recursos básicos, como transporte e
comunicações, necessários para o funcionamento de uma comunidade ou sociedade.
No campo da logística, a definição pode ser muito ampla, infraestrutura é um termo
coletivo que se refere a todos os elementos disponíveis para facilitar o transporte, as
comunicações e as trocas comerciais.
No transporte a infraestrutura afeta o movimento de mercadoria no contexto
internacional. O gestor poderá embalar o produto de modo inadequado, enfrentar atrasos ou
mesmo ser surpreendido por um mercado danificado. Um fator de grande importância nos
portos é a possibilidade de passagem sob pontes. Em muitos portos antigos, como o de Nova
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York Jersey, as pontes são muito baixas, deixando pouco espaço para a passagem de navios
altos ou daqueles cuja carga tem tamanho muito grande.
Enfim é necessário conhecer o tamanho do espaço para armazenar de que dispõe o
porto. Na maioria dos casos, é necessário que as mercadorias fiquem em algum armazém,
protegidas de elementos externo.
Mesmo que a carga tolere ficar exposta aos efeitos externo é bom se preocupar com a
possibilidade de ocorrer inundação na área de espera de contêineres ou carga.
Muitos portos ampliam sua capacidade avançando em direção ao mar com aterros ou
adquirindo terrenos que são transformados em terminais portuários.
Infraestrutura aeroportuária: apresenta menor número de fatores críticos:
• Pistas.
• Horários de operação.
• Armazéns.
Infraestrutura de transportes
A infraestrutura ferroviária teve sua estrutura afetada por motivos relacionados com
invasões e guerras.
A infraestrutura rodoviária: atende à demanda do transporte no último trecho do
trajeto. Infraestrutura se refere a todos os elementos disponíveis para facilitar as transações
comerciais.
A infraestrutura portuária tem relação direta com a profundidade da água.
• Passagem sob pontes.
• Dimensões dos navios versus gruas.
• Operações portuárias.
• Armazéns e outros.
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Além da infraestrutura de transporte, a infraestrutura de comunicação tem grande
importância na logística internacional. A capacidade de se comunicar com clientes e
fornecedores, por correio, telefone ou por meios eletrônicos, é muito importante para facilitar
as operações em qualquer transação internacional. Infelizmente, há diferenças expectativas
quanto aos serviços prestados e o desempenho dos meios de comunicação de um país para
outro.
4. INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA INTERNACIONAL
É o tipo de infraestrutura que tem grande importância na Logística Internacional, pois
para a empresa e crucial se ter a capacidade de comunicar se com clientes e fornecedores, seja
por correio, telefone ou por meios eletrônicos onde é de extrema importância estar atualizado
com as informações em tempo real, para facilitar as operações em qualquer local do mundo.
A Infraestrutura de Comunicação pode ser dividida em: Serviços Postais e Serviços de
Comunicação, ambos são essenciais para a empresa que praticam a Logística Internacional.
Contudo a empresa precisa sempre obter informações perante todos os seus setores, para que
se possa fazer uma analise de toda evolução ou surgimento de eventuais problemas que
devem ser resolvidos antes que estes tomem proporções desastrosas, assim a empresa e capaz
de evoluir em todas as etapas do processo logístico.
5. INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
Para uma gestão adequada da logística internacional de uma empresa é necessário
levar em consideração diversos fatores, um deles que é crucial é a infraestrutura de
transportes.
Na infraestrutura de transportes é necessário avaliar os modais utilizados, as condições
de locomoção dos mesmos, o tempo que o material será entregue ou recebido, além de fatores
adversos que podem atrapalhar toda a operação.
O exemplo do transporte marítimo onde o calado em alguns portos é inferior ao
necessário, além do tempo que os navios têm que esperar para poder descarregar sua carga.
Esse é um dos maiores problemas enfrentados pela empresa escolhida para esse
trabalho, muitos dos insumos utilizados na fabricação são importados e os navios ficam dias
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atracados no porto de Santos até descarregar, além do tempo que leva até a carga ser
verificada e liberada, mais o tempo que leva para os contêineres ser colocados nos caminhões,
e estes, por fim, passam por problemas nas estradas como congestionamentos, quebras por
causa das más condições das estradas além de paradas para fiscalização.
Esse é o problema enfrentado na importação, basicamente o tempo e as condições da
infraestrutura nacional costuma gerar atrasos, o mesmo ocorre nas exportações, pois as
mercadorias fazem o mesmo trajeto para chegar a seu destino final, além de que, alguns
produtos, dependendo do país de destino são necessários se realizar cabotagem, ou seja, parar
em vários portos até chegar ao seu destino final, o que acaba encarecendo a operação.
Alguns produtos são transportados utilizando modal aéreo, mas é produtos que levam
tempo para se atingir uma quantia considerável para que seja viável o transporte aéreo, além
de poucos aeroportos do país ser adequados para o transporte de carga nas proporções ideais
para a nossa empresa.
Como se pode observar a empresa se utiliza de diversos modais para realizar
importação e exportação e essas operações devem caminhar adequadamente para o fluxo
continuo ideal para a empresa, como pudemos observar a frota de caminhões é própria, em
relação ao transporte marítimo, pudemos notar que a empresa possui representantes nos
principais países que compram seus produtos, auxiliando, assim, no recebimento dos
materiais.
Não podemos nos esquecer de citar também o estoque de materiais da empresa, pois
esse é um fator crucial para toda empresa, possui estoque tanto de matéria-prima como de
produto acabado, alem de podermos notar que os produtos acabados ficam armazenados no
máximo uma semana no galpão do local onde se é produzidos, e daqui sai para outro galpão
próximo ao porto onde será embarcado, sendo assim uma solução parcial ao problema do
transporte, uma vez que os materiais estão disponíveis para serem embarcados sempre que
necessário, embora isso não aconteça com os materiais que a empresa importa.
A empresa possui uma gestão adequada que busca a otimização constante em toda a
cadeia, desde a compra até o transporte, o problema maior vem justamente das condições do
país e não da empresa propriamente dita.
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6. INFRAESTRUTURA DE COMUNICAÇÃO
A infraestrutura de comunicação é crucial nos tempos atuais, uma vez que possibilita
uma melhor comunicação com clientes e fornecedores, seja por correio, telefone, ou por
meios eletrônicos, embora sua utilização possa não ser a ideal em alguns casos.
Na empresa estudada pode se observar que houve um grande investimento em TI
(tecnologia da informação), pois a empresa percebeu que nos dias atuai é necessário buscar
inovação para se manter no mercado.
A empresa utiliza softwares de controle da gestão assim como de comunicação com
fornecedores, desta forma garante um controle mais eficiente tanto do estoque como da
produção com informações mais rápidas e precisas, assim como um relacionamento mais
concreto com clientes e fornecedores.
Possui uma página na internet onde disponibiliza informações sobre os produtos
oferecidos e também um espaço onde se possibilita ao cliente entrar em contato com a mesma
para fazer reclamações, sugestões e tirar dúvidas recorrentes.
A empresa conta também com um sistema eficaz de telemarketing 24 horas por dia
para dar uma assistência adequada aos seus clientes.
Ao nosso ponto de vista essa é uma grande vantagem competitiva da empresa, uma
vez que no mundo moderno é necessário cada vez mais agilidade e precisão, que é
proporcionada através dos recursos tecnológicos da atualidade e a empresa fez um
investimento nessa área justamente para otimizar seus serviços e relacionamentos com
clientes e fornecedores.
7. INFRAESTRUTURA DOS SERVIÇOS PUBLICOS
A infraestrutura de serviços públicos é mais uma área de preocupação a que se deve
atentar, apesar de serviços como água, energia elétrica, esgoto, gás serem disponíveis de
forma garantida, essa não é uma realidade em todos os países, mesmo nos desenvolvidos, e
esse fator pode limitar o desempenho das empresas de forma geral.
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Como na empresa estudada, um ponto crucial é justamente o uso de eletricidade, pois
as máquinas utilizadas na produção dependem de energia elétrica, e um grande problema são
os eventuais apagões que podem ocorrer, com isso interrompendo a produção.
Uma solução adotada pela empresa foi o investimento em geradores de emergência,
que garante energia nesses momentos, mas em algumas regiões do país que não chegou
eletricidade nem saneamento básico se torna inviável para a empresa montar outras fábricas,
pois ela acabaria arcando com a responsabilidade de prover esses serviços para viabilizar a
sua implantação, o que encareceria o projeto.
Outro ponto ligado a produção é o uso de água, a água é utilizada na linha de produção
e em épocas de estiagem há racionamentos e neste caso não há muito que se fazer, pois a
empresa não possui um reservatório próprio para essas ocasiões, apenas é indenizada pela
prefeitura pelo tempo que dura o racionamento, embora esses sejam casos isolados.
No mundo atual uma empresa que quer ser grande e permanecer no mercado precisa
exportar seus produtos para outros países, para isso é necessário se utilizar os mais
diversificados meios de transporte que existem, considerando as vantagens e desvantagens
oriundas do gasto, do tempo utilizado para o transporte além da quantidade de materiais que
podem ser transportados de acordo com cada modal de transporte.
8. MODAIS DE TRANSPORTES
Quanto aos modais de transportes temos os seguintes: o aéreo, o ferroviário, o
hidroviário, o marítimo e o rodoviário.
Se levar em conta que um meio de transporte é utilizado até determinado ponto até
outro, considerando todo o processo de transporte, além dos países com fronteiras territoriais,
todos podem ser utilizados, no entanto apenas o marítimo e o aéreo podem deslocar de um
país até outro que não estejam na mesma fronteira.
Entretanto existem vantagens e desvantagens no uso de cada modal que devem ser
levados em consideração, a seguir uma apresentação das mesmas em cada modal utilizado:
Aéreo
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Vantagens: é o transporte mais rápido, não necessita embalagem mais reforçada
(manuseio mais cuidadoso);
Desvantagens: menor capacidade de carga, valor do frete mais elevado em relação aos
outros modais.
Ferroviário
Vantagens: adequado para longas distâncias e grandes quantidades, menor custo de
seguro, menor custo de frete.
Desvantagens: diferença na largura de bitolas, menor flexibilidade no trajeto,
necessidade maior de transporto
Hidroviário e Marítimo
Vantagens: maior capacidade de carga; carrega qualquer tipo de carga; menor custo de
transporte.
Desvantagens: menor flexibilidade nos serviços aliado a freqüentes congestionamentos
nos portos, necessidade de transbordo nos portos; distância dos centros de produção; maior
exigência de embalagens.
Rodoviário
Vantagens: adequado para curtas e médias distâncias; simplicidade no atendimento das
demandas e agilidade no acesso às cargas; menor manuseio da carga e menor exigência de
embalagem; serviço porta-a-porta: mercadoria sofre apenas uma operação de competitivo para
longas distâncias, maior freqüência e disponibilidade de vias de acesso; maior agilidade e
flexibilidade na manipulação das cargas; facilidade na substituição de veículos, no caso de
acidente ou quebra; ideal para viagens de curta e média distância.
Desvantagens: fretes mais altos em alguns casos; menor capacidade de carga entre
todos os outros modais.
Outro ponto que é muito importante estar atento é o frete que deve ser pago,
dependendo do transporte utilizado, a distância do percurso entre outros aspectos, podem
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acabar encarecendo a operação se o gestor não fizer a escolha correta tanto do percurso como
do modal de transporte.
Independente do transporte utilizado os custos do transporte são influenciados por
diversas características, tais como: tipo da carga, peso e volume; fragilidade; embalagem;
valor; distância e localização dos pontos de embarque e desembarque seja porto, aeroporto,
centro de distribuição, etc., justamente por isso é necessário fazer a escolha correta, para não
encarecer a operação e nem atrasar, pois tudo isso é prejudicial para a empresa.
Deve se tiver então uma gestão adequada para avaliar os meios de transporte
adequados para cada operação, a carga a ser transportado, seu volume e peso, à distância a
serem percorridos, os gastos oriundos dessa operação, etc, dessa forma a empresa estará
oferecendo seus produtos corretamente sem ser prejudicada.
9. OS NOVOS DESAFIOS DA LOGISTICA INTERNACIONAL
Esta semana, foram concluídas as obras de reconstrução do Porto de Itajaí,
parcialmente destruído pelas enchentes de 2008. Foram investidos R$ 350 milhões para
dragagem de aprofundamento e reconstrução dos berços 1 e 2. São obras essenciais para
manter o bom sistema logístico de Santa Catarina. Agora, Itajaí fica com quatro berços de
atracação e apto a receber navios de grande porte, com calado de até 14 metros.
Temos que seguir o exemplo e começar, já, a criar berços de atracação para o boom de
importações e exportações que o Brasil passará na próxima década. Ao lado de dois ou três
emergentes, o Brasil será um dos líderes do mundo de 2050. Essa conclusão trará, fatalmente,
uma efervescência do comércio exterior. A iniciativa privada ainda não aporta capital em
grande escala e o setor público não tem capacidade de caixa. Pior: existe a falta de sincronia
entre necessidades futuras e investimentos atuais.
10. DESAFIOS LOGISTICO DO BRASIL SEGUNDO PROF.º SAMIR KEEDI
Matriz de transporte:No Brasil temos 60% de transporte rodoviário, sendo que 70% é de soja
essa é uma matriz muito ruim porque o transporte rodoviário é um dos mais caro, nos usamos
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o mais caro enquanto os Americanos usam as ferrovias. Somos um país rodoviário e
deveríamos termos entradas boas e não temos.
No país temos um milhão e meio de estrada sendo que cento e setenta mil de estrada
quilômetros estão asfaltadas então não estão adequados nas cargas que transportam.
Esta semana, finalmente, foram concluídas as obras de reconstrução do Porto de Itajaí,
parcialmente destruído pelas enchentes de 2008. Foram investidos R$ 350 milhões para
dragagem de aprofundamento e reconstrução dos berços 1 e 2. São obras essenciais para
manter o bom sistema logístico de Santa Catarina. Agora, Itajaí fica com quatro berços de
atracação e apto a receber navios de grande porte, com calado de até 14 metros.
Mas não se faz comércio exterior sem projetar o futuro. Por isso, a necessidade de mais
berços e áreas de atracação. Alguns estudos recentes apontam necessidade futura de 20 a 50
novos berços no País. Há muito trabalho a ser feito pelos próximos governos. E Santa
Catarina tem todos os predicados para ser uma das locomotivas do comércio exterior do
Brasil, seja por sua ampla e desenvolvida agroindústria, seja por sua expertise na prestação de
serviços de comércio exterior.
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11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta operação já é realizada pela MEDICAL LIFE no Brasil há algum tempo, e neste
período de atuação os pontos de maior impactos foram sendo corrigidos de acordo com o
amadurecimento do processo, e dos agentes envolvidos, de qualquer forma podemos citar
como aspectos favoráveis a questão da familiaridade da empresa com a montagem da carga
que acontece de forma rápida e eficaz, proporcionando rapidez na liberação da carga, gerando
ganho no processo, outro ponto é o ganho nos atendimentos a países que consomem
quantidades menores de produção e não possuem unidade fabril, como os produtos da
empresa são comercializados em mais de 100 países com consumo variável.
A empresa consegue atender os clientes sem possuir fabrica no país, outro ponto é a
questão de isenção de uma grande parte dos impostos que viabiliza o processo e gera maior
receita, mais um ponto positivo é a questão do aumento da demanda produtiva gerada no país,
impulsionada pela exportação, que gera mais empregos e qualidade de vida para a população,
e por fim a questão da imagem do país perante o mercado externo.
Como pontos negativos têm a questão do transit time, que para alguns países é longo,
temos a questão do risco de avarias, do risco de roubos e extravios e da questão do
desembaraço aduaneiro, que em casos se torna muito burocrático. Como sugestões de
aperfeiçoamento têm a questão do uso do transporte ferroviário para as exportações de países
mais próximos como os da America latina, e por fim estabelecer ou criar um sistema de
desembaraço mais automatizado e menos burocrático, que possa otimizar as transações
portuárias.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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integração da cadeia de suprimento. Tradução Equipe do Centro de Estudos em Logística e
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