Universidade de So PauloFaculdade de Arquitetura e Urbanismo
Projeto de infraestrutura, equipamentos e habitao nos vales da bacia do crrego Tiquatira
trabalho final de graduao data de defesa: 17 de junho de 2009
aluno: Oliver De Luccia
orientador: prof. Alexandre Delijaicov coorientadora: profa. Helena Aparecida Ayoub Silva
Partindo do pressuposto da possibilidade de navegao ao longo dos rios que formariam o anel hidrovirio de So Paulo, e da existncia de uma diretriz visando construir uma malha
metroviria que atenda de maneira homognea a regio metropolitana, o projeto busca formas de utilizar a rea de vrzea de crregos em bairros afastados do centro da cidade
como eixos de infraestrutura urbana. Atravs da construo de canais navegveis ao longo do curso dos crregos, e da implantao de linhas de VLT (veculo leve sobre trilhos) nas margens
do canal, cria-se uma rede capilar de transportes, conectada rede primria, visando a consolidao de uma dinmica local na regio. Ao longo dos canais est o parque fluvial, o
cais, os prdios de habitao pblica com comrcio no trreo e os equipamentos pblicos.O estudo se foca na bacia do crrego Tiquatira, nas subprefeituras Penha e Ermelino
Matarazzo, para ensaiar a aplicao desses eixos de infraestrutura.
fac-smile de trecho dos originais de Buriti,poema em Noites do Serto,
de Joo Guimares Rosa
Imagem de arteriografia de paciente do Hospital das Clnicas. A artria principal chama-se popltea, localizada atrs do joelho. Fonte: dr. Nelson De Luccia
tiet_tiquatira tiquatira_ponte rasa ponte rasamar_paran paran_tiet tiet
1ANLISE
1881 1930 1952
EVOLUO DA MANCHA URBANA DA REGIO METROPOLITANA DE SO PAULO
ferrovia
virio
rios
mancha urbana
FONTE: CESAD - FAU USP.
1972 1995 2001
ferrovia
virio
rios
limite do municpio
de So Paulo
mancha urbana
bacia do crrego
Tiquatira
LOCALIZAO DA BACIA DOCRREGO TIQUATIRA
TRANSPORTES COLETIVOS
FONTE: Secretaria municipal de planejamento - SEMPLA/Dipro.
corredor de nibusterminal de nibuslinha ferrovirialinha metroviriaaeroportosterminal rodovirio
NMERO DE EMPREGOS FORMAIS NO MUNICPIO DE SO PAULO EM 2004, POR REA DE PONDERAO
mancha urbana
bacia do crrego
Tiquatira
FONTE: Ministrio do Trabalho e Emprego. Relao anual de informaes sociais - RAIS 2004.
DISTRIBUIO TERRITORIAL DA POPULAO NO MUNICPIO DE SO PAULO, POR DISTRITO
75.000150.000300.000
FONTE: IBGE. Censo demogrfico, ano 2000. Populao total: 10.434.252 habitantes.
mancha urbana
bacia do crrego
Tiquatira
Populao estimada da bacia do crrego Tiquatira: 300 mil habitantes
UNIR MORADIA - EMPREGO - INFRAESTRUTURA -
EQUIPAMENTOS
O stio urbano de So Paulo est inserido
na bacia hidrogrfica do Alto Tiet, recortada por
inmeros crregos e ribeires. Os principais rios
que compe essa bacia so o Tiet, Pinheiros,
Tamanduate e Aricanduva.
O processo de urbanizao da cidade
foi extremamente acelerado e orquestrado por
especuladores imobilirios, resultando em uma forte
periferizao, escassez de espaos pblicos e
ocupao em reas de vrzea e mananciais. Este
processo no ocorre por acaso, importante observar
que ele serve manuteno da organizao social
elitista existente no pas.
Aliado escolha do automvel como
principal meio de transporte da cidade, este processo
teve como conseqncia o padro de ocupao do
fundo de vales com grandes avenidas, canalizao
de rios e crregos, assoreamento dos rios e
impermeabilizao progressiva do solo.
Os fundos de vale, reas de vrzea que
serviam aos regimes de cheias dos cursos dgua,
foram ocupados e impermeabilizados de maneira
extremamente agressiva, e hoje so cenrios
de grandes congestionamentos de veculos e de
alagamentos constantes.
A cidade tem como uma de suas
caractersticas mais marcantes do ponto de vista
urbanstico a fragmentao e segregao espacial,
gerando espaos bem distintos: seu centro, com
infraestrutura abundante, o maior plo de empregos
da metrpole, e passa, porm, por um processo de
degradao e abandono habitacional, possuindo
um enorme nmero de prdios residenciais vazios
espera de uma valorizao imobiliria da regio.
Ao redor dele desenvolve-se uma cidade servida de
transporte, servios e infraestrutura, porm repleta
de condomnios fechados e shoppings, onde as
classes mais altas se protegem da violncia urbana.
Na periferia mais distante, cresce uma outra cidade
de propores gigantescas, que abriga a maior
parte da populao de mdia e baixa renda. Sem
infra-estrutura e planejamento, esta regio torna-se
extremamente dependente do centro da metrpole.
Este desenvolvimento perverso da cidade
obriga um vai e vem de milhes de pessoas, imposto
pela distncia entre a moradia e o emprego.
Desta dependncia e necessidade de
deslocamento entre os bairros mais distantes e o
centro surge a necessidade de um desenvolvimento
inverso, que una moradia emprego infraestrutura
equipamentos, com a criao de espaos com
qualidade de estrutura ambiental urbana e que
propiciem formas coletivas de habitar a cidade,
resgatando a noo do humano no espao.
Surgem desta maneira, ao meu ver, duas
possibilidades principais de interveno: por um
lado, preciso aproveitar o potencial desperdiado
de infraestrutura nas zonas centrais da cidade,
incentivando a oferta de habitao nessas reas,
dando garantia de acesso de todas as classes sociais
s moradias. Teramos assim uma reduo significativa
no deslocamento dirio de boa parte da populao, e
uma maior vitalidade nos bairros centrais.
Por outro lado, necessria uma interveno
expressiva com o objetivo de infraestruturar as regies
perifricas da metrpole, consolidando dinmicas
locais nos bairros mais distantes, incentivando assim
o surgimento de novas centralidades e plos de
emprego, o que diminuiria a dependncia dessas
regies do centro de So Paulo.
ZONA LESTE DE SO PAULO Optei por estudar a zona leste de So Paulo, mais especificamente a regio das subprefeituras
Penha e Ermelino Matarazzo. Esta escolha foi em
funo de visitas feitas regio com outros alunos
que desenvolviam seus trabalhos prximos ao Parque
Ecolgico do Tiet. Destas visitas, surgiu o interesse
em pensar possibilidades de ao nos morros e vales
da regio, cujo relevo dificilmente apreendido por
quem l passeia, devido ocupao extremamente
densa.
marcante na regio a falta de espaos
livres e de infra-estrutura urbana, fruto de uma
ocupao veloz nas dcadas de 50 e 60, com
pouca ou nenhuma participao do poder pblico no
planejamento do espao.
1 km
bacia do crrego Tiquatira
rios_bacia do crrego Tiquatira
rios
1 crrego Tiquatira
2 crrego Ponte Rasa
3 crrego Franquinho
4 rio Tiet
5 rio Aricanduva
6 crrego Guaina
7 rioJacu-Pssego
BACIA DO CRREGO TIQUATIRA ESTRUTURA HDRICA
Defini minha rea de estudo abrangendo a
sub-bacia hidrogrfica do crrego Tiquatira, cujos
afluentes principais so os crregos Ponte Rasa e
Franquinho, inserida nas subprefeituras da Penha e
Ermelino Matarazzo.
1
2
3
4
5
6
7
1 km
1 km
Cangaba
Penha
Vila Matilde Arthur Alvim
Ponte Rasa
Ermelino Matarazzo
Vila Jacu
Itaquera
Carro
Tatuap
12
bacia do crrego
Tiquatira
limite distritos
limite subprefeituras
DIVISO POLTICO-ADMINISTRATIVA
1 _ SUBPREFEITURA PENHA42,8 KM472 MIL HABITANTES
DISTRITOS:Cangaba _ 137.442 hab.Penha _ 124.292 hab.Vila Matilde _ 102.935 hab. Arthur Alvim _ 111.210 hab
2 _ SUBPREFEITURA ERMELINO MATARAZZO15,1 KM204 MIL HABITANTES
DISTRITOS:Ermelino Matarazzo _ 106.731 hab.Ponte Rasa _ 97.584 hab.
POPULAO ESTIMADA DA BACIA DO CRREGO TIQUATIRA _ 300 mil habitantes
fonte: www.prefeitura.sp.gov.br _ IBGE 1996
rios_bacia do crrego
Tiquatira
VIRIO ESTRUTURAL ESISTEMA DE TRANSPORTE
COLETIVO
bacia do crrego Tiquatira
rios_bacia do crrego Tiquatira
rios
estaes Metr
estaes CPTM
CPTM
Metr
Virio estrutural
1av. Amador Bueno da Veiga
2av. Gov.Carvalho Pinto
3 av. Cangaba
4 av. So Miguel
5Estrada de Mogi das Cruzes
6 av. guia de Haia
7 av. Aricanduva
8 Marg. Tiet
Arthur Alvin
Corinthians - Itaquera
Patriarca
Guilhermina
Vila MatildePenha
Carro
Tiquatira
Eng. Goulart
USP Leste Comendador Ermelino
1
2
3
4
5
6
7
8
1 km
futuro prolonga-mento da linha 2 do Metr (2014)
ENCONTRO DOS CRREGOS TIQUATIRA, PONTE RASA E
FRANQUINHO
Cada um dos trs crregos principais que compe a bacia do Tiquatira encontra-se em uma
situao distinta.
O crrego Franquinho [3] est canalizado
em uma vala aberta com cerca de quatro metros de
profundidade, para conter as guas no perodo de
cheia. Possui ao longo de suas margens uma avenida
com trs pistas em cada sentido, reproduzindo assim o
padro de urbanizao de fundo de vales na cidade
de So Paulo.
O crrego Tiquatira [1] apresenta uma
situao diferenciada, pois sofreu uma grande
interveno do poder pblico nos ltimos anos, tendo
sido construdo ao longo de suas margens um parque
linear. Trata-se de um avano na maneira de tratar
os rios na cidade, porm ainda mantendo aspectos
caractersticos como canalizao em vala profunda,
que impede a proximidade com as guas do crrego,
e grandes avenidas aps a faixa de parque, que
formam uma barreira de difcil transposio para
acesso dos pedestres rea verde.
O crrego Ponte Rasa [2] o nico que
ainda no sofreu uma interveno do poder pblico,
apresentando diferentes configuraes ao longo de
seu percurso.
H trechos com casas de alvenaria ou construes precrias cujos fundos do para o
crrego, jogando esgoto diretamente em suas guas.
Em outros trechos existem ruas de terra nas margens.
No plano regional da subprefeitura de
Ermelino Matarazzo consta a diretriz de implantao
de um parque linear ao longo do crrego, com
ciclovias, vias para pedestres e vias de trnsito
local, bem como a construo de habitaes para a
remoo de famlias ribeirinhas.
100 m
1
2
3
crrego Tiquatira
crrego Ponte Rasa
crrego Franquinho
1
3
2
1
2
3
ponte rasa ponte rasa ponte rasa tiquatira _ parque linear tiquatira _ parque linear tiquatira _ parque linear
CRREGOS TIQUATIRA, PONTE RASA EFRANQUINHO
2REFERNCIAS
LIGAO HIDROVIRIA MDIO - ALTO TIET E
ANEL HIDROVIRIO DE SO PAULO
Projeto de ligao hidroviria entre mdio e alto Tiet, prof. Alexandre Delijaicov. Desta maneira,
tornaria-se possvel a conexo dos rios que percorrem
a cidade de So Paulo com a hidrovia Tiet-Paran,
que atualmente se inicia na represa de Barra Bonita.
Para que esta ligao seja possvel,
necessria a construo de um canal navegvel de
ligao entre a represa de Barra Bonita, prximo
cidade de Conchas, Santana do Parnaba, onde j
seria possvel navegar pelo rio Tiet at So Paulo.
Este canal de ligao teria uma srie de
eclusas para vencer o grande desnvel existente entre
a cidade de Salto e Santana do Parnaba. Este trecho
o que traria maior dificuldade tcnica para ser
realizado, pois preciso vencer um desnvel de mais
de 200 metros em apenas 50 a 80 km de canal.
Mesmo assim, este projeto tecnicamente vivel
atravs da implantao de 16 eclusas neste trecho,
segundo estudos de uma companhia Holandesa
contratada pelo governo do estado nos anos 60.
Mesmo sem a existncia da ligao entre o
alto e mdio Tiet, possvel a construo do anel
hidrovirio da cidade de So Paulo, interligando os
rios Tiet, Pinheiros, as represas Billings, Guarapiranga
e a Represa de Taiaupeba, formando um percurso
navegvel de 220 quilmetros.
As obras necessrias para a concretizao
desse projeto exigiriam a construo de algumas
eclusas - que so os sistemas de transposio
quando voc tem dois nveis diferentes: de um nvel
menor para o maior ou vice-versa - e um canal de
interligao, que teria entre 20 e 25 quilmetros entre
a represa de Taiaupeba e a Billings, provavelmente
com eclusas tambm no canal. (Delijaicov, 1998,
p.31)
Este sistema de 220 km j seria de grande
utilidade para o transporte do prprio material
dragado do fundo dos rios, alm de areia, cimento,
hortifrutigranjeiros e lixo urbano, o que aliviaria
bastante o pesado trfego de caminhes da cidade.
Tambm seria possvel o transporte de passageiros e o
uso para lazer e turismo.
Atualmente, segundo reportagem do
jornal O Estado de So Paulo de 11 de maio de
2009, o governo estuda novamente a possibilidade
de concretizar o anel hidrovirio de So Paulo.
Segundo o engenheiro Frederico Bussinger, diretor do
Departamento Hidrovirio da Secretaria Estadual de
Transportes, a idia custaria R$ 2 bilhes e levaria
ao menos 20 anos para ser concluda. No um
valor para assustar ningum, esta obra traria muitos
benefcios, diz Bussinger.
PROJETO DE CANAIS NAVEGVEIS EM SO PAULO
O transporte hidrovirio em So Paulo uma
possibilidade real e vivel, necessria para aliviar
o trfego pesado de caminhes que percorrem a
cidade. Com um equilbrio maior entre os transportes
hidro, ferro e rodovirio, poderamos pensar em
novas maneiras de ocupar as margens dos rios, pois
teramos menos necessidade de vias para circulao
de veculos.
Desta maneira, seria possvel pensar num
redesenho da cidade a partir dos seus rios e suas
reas de vrzea. O rio voltaria a ter um papel
importante no s na construo da cidade, mas
tambm na construo cultural e social dos habitantes.
Imagens extradas da dissertao de mestrado do prof. Alexandre Delijaicov. Os rios e o desenho da
cidade, FAUUSP, 1998
CANAL DE SAINT MARTINPARIS_FRANA
O canal de Saint Martin conecta o canal lOurcq ao rio Sena. Possui 4,5 km de extenso, e
faz parte da rede de canais navegveis de Paris,
juntamente com o canal lOurcq, que possui 96,6
km, e o canal Saint Denis, com 6,6 km. Esta rede de
canais foi construda entre 1802 e 1825, utilizando
os fundos de uma taxa sobre o vinho, com o objetivo
principal de abastecer a cidade de Paris com gua
potvel, permitindo tambm o transporte de pessoas e
mercadorias.
Ao longo de seu percurso, o canal de Saint
Martin vence um desnvel de 25 metros, sendo
necessrias 9 eclusas para que a navegao seja
possvel.
A utilizao de eclusas permite o controle da
vazo da gua no canal. Deste modo, o nvel da
gua constante, ficando somente um palmo abaixo
do nvel do passeio de pedestres, o que permite um
grande contato visual das pessoas com a gua.
Para permitir o cruzamento de veculos,
existem duas pontes giratrias, alm de pontes fixas
juzante das eclusas, onde existe altura suficiente para
a passagem dos barcos, sem a necessidade de pontes
mveis. Para o cruzamento de pedestres existem
passarelas em desnvel, com escadas.
At 1960, o canal de Saint Martin foi
muito utilizado para transporte de mercadorias e
de materiais de construo. Atualmente o canal
utilizado principalmente para fins tursticos.
Largos passeios para pedestres nas margens do canal. Proximidade visual com a gua
Ponte giratria para cruzamento de veculos em nvel. Passarela de pedestres em desnvel.
Juzante da eclusa, permitindo o cruzamento de veculos atravs de ponte fixa. Barco de turismo. Entrada da embarcao na eclusa, montante.
Ampla faixa permevel na margem do canal.Ciclovia e via local para veculos.
PROPOSTA DE REDE DE METR PARA SO PAULO EM 2027
49
Rede de metr para So Paulo em 2027
LEGENDA
Trem (CPTM)
Linha 1
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49
Rede de metr para So Paulo em 2027
LEGENDA
Trem (CPTM)
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Trabalho final de graduao de Moreno Zaidan
Garcia, Projeto de uma linha de metr na Zona Norte,
FAU-USP, dezembro de 2007, orientado pela prof. Klara
Kaiser.
Neste trabalho foi desenvolvida uma proposta
de rede de metr para a cidade a partir de propostas
realizadas anteriormente, o PITU 2020 (plano integrado
de transportes urbanos para 2020), de 1998, e uma
proposta elaborada pela equipe tcnica da companhia do
metropolitano de So Paulo em meados dos anos 80, que
tinha como horizonte de implantao o ano de 2002.
Ambas as propostas tinham o mesmo princpio,
a formao de uma rede de transportes aberta, atravs
uma distribuio da infra-estrutura sobre o espao de forma
menos concentrada, buscando uma homogeneizao do
espao.
A atual diretriz da companhia do metropolitano,
entretanto, adotou uma nova proposta, a chamada Rede
Essencial, de horizonte mais distante (2025), como
alternativa rede do PITU 2020, negando-a tanto em
termos de qualidade de traado (pois praticamente se
restringe ao centro expandido), quanto em termos de
quantidade de investimento (prev apenas 73,6 km a
mais) o que se configura como um abandono do trabalho
realizado anos antes. (Zaidan, 2007)
Trem (CPTM)
Linha 1
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Linha 11
PLANO DE EXPANSO DO TRANSPORTE METROPOLITANO DE SO PAULO _ JAN 2009
Dentro da atual diretriz de Rede Essencial
como proposta para a expanso do transporte
metropolitano, o governo de So Paulo fez mudanas
no traado futuro da linha 2_verde do metr, no final
de 2008, e planeja agora estend-la aos bairros
de Anlia Franco, Vila Formosa, Penha e Tiquatira.
Ela no se conectar mais estao Tatuap, como
previa nos ltimos anos a Rede Essencial, mas
estao Penha da linha 3_vermelha, chegando at
futura estao Tiquatira da CPTM.
O cronograma prev fazer a licitao para as
obras entre Vila Prudente e Tiquatira em 2010, com a
meta de comear a construo em 2011 e entreg-la
at 2014.
O prolongamento da linha 2 at a linha
3 tem como objetivo criar uma alternativa para o
acesso regio da Paulista e outros bairros, sem
a necessidade de percorrer a ligao Corinthians-
Itaquera, que no pico chega a ter vages com lotao
muito acima do aceitvel.
Esta mudana no traado da linha 2 de
metr, que chega agora ao Tiquatira ao invs do
Tatuap, foi simplesmente por questes tcnicas. O
aumento de 3 km no traado da linha no reflete,
portanto, uma alterao nos princpios da Rede
Essencial.
PROPOSTA DE REDE DE METR PARA SO PAULO EM 2027
DE MORENO ZAIDAN
PLANO DE EXPANSO DO TRANSPORTE METROPOLITANO DE
SO PAULO _ JAN 2009
TRAMWAYPARIS_FRANA
A linha T3 de tramway a primeira a ser construda dentro dos limites da cidade de Paris.
Paralela ao boulevard perifrico que contorna a
cidade, no extremo sul, esta linha faz a conexo
perifrica de diversas linhas de metr e trem
metropolitano.
Concluda no incio de 2007, possui um novo
sistema de trilhos, que permite o crescimento de grama
e infiltrao das guas pluviais.
Em suas laterais utilizado um sistema de
diviso dos usos do solo por faixas. Na primeira
foto esquerda, vemos a faixa central para o
tramway, com 6 metros de largura, e em seguida
duas faixas para veculos. Logo aps temos uma
faixa intermediria de uso mltiplo, que serve para
estacionamento de veculos, aluguel e estacionamento
de bicicletas, recarga de veculo eltrico ou para
TRAMWAYGRENOBLE_FRANA
O sistema de tramway, ou VLT (veculo leve sobre trilhos), como conhecido no Brasil, muito
eficiente em duas situaes especficas: pode ser
utilizado em grandes metrpoles, como no exemplo de
Paris, formando redes capilares de menor capacidade
em regies mais afastadas do centro, ou com menor
densidade, conectando linhas de metr, nibus e trem
regional, e criando uma dinmica local de transporte
que incentiva a consolidao de novas centralidades.
Tambm pode ser utilizado como a principal rede de
transporte de regies metropolitanas de mdio porte,
conectando linhas de nibus e trem regional.
Ao longo de um ano em que morei na
cidade de Grenoble, em um intercmbio com a
cole dArchitecture de Grenoble, em 2006, pude
me familializar bastante com o sistema de tramway
existente na cidade.
cabines telefnicas. Depois, dois metros para ciclovia
e de dois a trs metros de faixa permevel, com
rvores e bancos para descanso, onde localizam-se
tambm os postes de iluminao pblica. A ltima
faixa para pedestres, junto aos prdios e comrcio,
e possui de trs a quatro metros de largura. O mesmo
esquema de faixas se repete no lado oposto.
Este sistema se adapta diferentes situaes,
modificando a largura das faixas ou suprimindo
algumas delas em trechos especficos. Na foto do
meio vemos a parada do tramway na faixa central,
que implica numa reduo das faixas laterais.
Toda a fiao subterrnea, com
excesso da alimentao do tramway, feita atravs de
uma linha de energia suspensa ao longo dos trilhos.
Grenoble, localizada no sudoeste da Frana, a capital do departamento de Isre, rodeada por
montanhas, mas bastante plana em sua rea urbana.
Possui 157 mil habitantes, e o centro de uma rea
urbana com 530 mil pessoas. Sua rede de tramway,
com 34,2 km de extenso, conecta o centro da
cidade s paradas do trem regional, linhas de nibus
e outros centros de cidades na regio metropolitana.
Uma grande vantagem do tramway
que seus trilhos no configuram uma barreira para
pedestres. No centro de Grenoble, onde o trnsito de
veculos proibido, as linhas de tramway que cruzam
a regio convivem bem com a intensa circulao de
pedestres existente. Onde h circulao de veculos,
nos cruzamentos, os semforos do preferncia
passagem do tramway.
1 km
Trem regional
linha A13 km
linha B9 km
linha C9,6 km
linha D2,6 km
estaes tremregional
TRAMWAY
TRANSPORTE SOBRE TRILHOS
GrenobleFrana
rios_bacia do crrego
Tiquatira
estaes Metr
estaes CPTM
CPTM
Metr
Arthur AlvinCorinthians - Itaquera
Patriarca
Guilhermina
Vila MatildePenha
Tiquatira
Eng. Goulart
USP Leste Comendador Ermelino
1 km
Bacia do crrego
Tiquatira
Populao das cidades servidas pelo tramway: 327.769 hab
Populao das subprefeituras Penha e Ermelino Matarazzo:
672 mil hab.fonte: www.prefeitura.sp.gov.brfonte: www.grenoble.fr
Fotos esquerda e direita na mesma escala
3PROJETO
HIDROVIA E REDE DE VLT DA BACIA DO TIQUATIRA
canais navegveis
crregos que abastecem a hidrovia
estaes Metr
estaes CPTM
CPTM
Metr
VLTlinha A _ 8,5km
VLT linha B _ 8,5km
1 km
O projeto parte da idia de reconstruir a
rea de vrzea dos crregos da bacia do Tiquatira.
Esta rea, por possuir uma inclinao constante que
segue o curso dos crregos, possui grande potencial
para utilizao, porm deve ser tratada com especial
ateno preservao dos recursos hdricos da
cidade.
Saindo do padro de canalizao em
cova profunda, impermeabilizao das margens
e construo de eixos virios ao longo dos cursos
dgua, pensei nas possibilidades de utilizar a rea
de vrzea dos rios como eixos de infraestrutura
urbana, visando consolidar a regio e permitir um
crescimento com melhor qualidade ambiental e social.
Deste modo, o projeto consiste na construo
de uma hidrovia com 14 km de extenso, ao longo
dos crregos Tiquatira, Franquinho e Ponte Rasa, e na
reconstruo de suas margens, com a criao de um
parque linear e de linhas de VLT (veculo leve sobre
trilhos, ou tramway), conectando as estaes de metr
e CPTM da regio.
A rede de VLT funcionaria neste caso como
uma rede de transporte capilar, na escala do bairro,
permitindo um fcil acesso rede de metr e CPTM,
mas criando uma dinmica local que visa consolidar a
regio, criando novas centralidades.
As eclusas, que permitem a navegao ao
longo dos canais, servem tambm como barragens
mveis, controlando a vazo e permitindo que o nvel
da gua seja constante, prximo ao passeio dos
pedestres. Desta maneira, o contato com as guas
privilegiado.
futuro prolonga-mento da linha 2 do Metr (2014)
canais navegveis
diviso das bacias
estaes Metr
estaes CPTM
CPTM
Metr
VLT _ linha A
VLT _ linha B
1
2
3
3CARVALHO, Nicolas. Projeto do parque fluvial urbano do rio Aricanduva. Orient. Helena Ayoub, FAU USP, 2009
2HITNER, Martha. Projeto de passeio pblico e equipamentos na Avenida Cangaba, So Paulo. Orient. A. Delijaicov, FAU USP, 2009
1DE ALMEIDA, Tammy. Projeto de reurbanizao do Parque Ecolgico do Tiet Leste. Orient. A. Delijaicov, FAU USP, 2009
TRABALHOS FINAIS DE GRADUAO RELACIONADOS
Acho importante salientar que, ao longo dos
anos de 2008 e 2009, outros trabalhos orientados
ou co-orientados pelo prof. Alexandre Delijaicov
foram desenvolvidos na mesma regio da cidade,
possibilitando uma troca frequente de idias ao longo
dos atendimentos.
Tammy de Almeida estudou as possibilidades
de ligao entre o parque ecolgico do Tiet e a
cidade, atravs do projeto de habitao social e
equipamentos pblicos integrando os dois espaos.
Martha Hitner estudou as possibilidades de
percursos para o pedestre nos morros entre os vales do
rio Tiet e do crrego Tiquatira.
Nicolas Carvalho desenvolveu um trabalho
prximo ao meu, estudando as possibilidades da
implantao de um parque fluvial urbano ao longo do
rio Aricanduva.
Desta maneira, os trabalhos desenvolveram-
se juntos, abordando variadas possibilidades
de atuao nos vales e morros da cidade, muito
caractersticos da bacia do Alto Tiet.
1 km
MDULO INFRAESTRUTURALCANAL _ PARQUE FLUVIAL _ VLT
canal navegvel
faixa permevel
pedestres
ciclovia
VLT
virio
1 parada VLT
ponte fixa para travessia de pedestres, ciclistas e veculos
passarela em desnvel para travessia de pedestres
praia fluvial
4
PLANTA1:2000
8
2 eclusa
3 tanque economizador de gua para eclusagem
5
canal de aproximao (retilneo)6
7
atracagem de barcos8
Os crregos Ponte Rasa e Franquinho
possuem inclinao mdia de 0,8% ao longo de seus
percursos.
Desta forma, para possibilitar a navegao,
seria necessrio a construo de eclusas a cada 600
metros, vencendo um desnvel mdio de 5 metros
cada. Assim, cheguei ao desenho de um mdulo que
se repetiria ao longo dos cursos dgua.
Neste mdulo, a transposio do canal
por veculos, ciclistas e pedestres possvel a cada
600 metros, atravs de uma ponte fixa jusante das
eclusas. Neste local, a embarcao est no nvel de
gua do trecho inferior do canal, passando assim por
debaixo da ponte para veculos. Desta forma, reduz-se
a necessidade de pontes mveis.
Alm destas pontes, existem passarelas em desnvel a cada 200 metros, para pedestres.
Os 100 metros de canal antes e depois das
eclusas denominado canal de aproximao, e
deve ser retilnio e livre de embarcaes atracadas,
facilitando assim o correto direcionamento da
embarcao para a entrada da eclusa.
3
4 5
62
1
7
9
equipamento pblico9
9
MDULO INFRAESTRUTURALCANAL _ PARQUE FLUVIAL _ VLT
1 passeio pedestre coberto
1 65432 7 8 9 3 6 4 3 2 110
1112
13
14
2 passeio pedestre _ calada tcnica
3 faixa permevel
4 ciclovia _ canal de esgoto
5 VLT
6 passeio pedestre _ galeria de guas pluviais
7 praia fluvial
8 canal de navegao
9 passeio beira-canal e cais para atracagem
10 virio local _ captao de guas pluviais
11 passarela de pedestres
12 comrcio
13 terrao
14 habitao
CORTE TRANSVERSALpassarela de pedestres _ 1:500
12
13
14
O canal possui 25 metros de largura e 2,5 metros de profundidade. Desta maneira, possvel a
navegao de embarcaes com at 40 metros de
comprimento e 5 metros de largura, com capacidade
para o transporte de 350 toneladas de carga, o
equivalente capacidade de transporte de 14
caminhes.
Na margem esquerda do canal existe uma
faixa gramada de 15 metros, a praia fluvial. Em
seguida, um passeio para pedestres, com 5 metros de
largura, que d acesso s passarelas para travesia do
canal. A galeria de guas pluviais localiza-se abaixo
deste passeio. Toda a gua recolhida da chuva
corre por estes canais laterais, e s lanada no
canal navegvel aps passar por micro-estaes de
tratamento, localizadas nos encontros do canal com
seus afluentes.
O VLT corre por uma faixa de 6 metros, ida e
volta. Em seguida a ciclovia, com 3 metros de largura,
embaixo da qual localiza-se o canal de esgoto.
Depois, a faixa permevel de 3 metros, com rvores
a cada 10 metros sobreando a ciclovia e o passeio
de pedestres. Entre as rvores esto os postes de
iluminao pblica e bancos para descanso. Embaixo
do passeio de pedestres, junto ao comrcio no trreo
dos prdios, est a calada tcnica, por onde passam
cabos de energia, dados e telefonia.
Na margem direita, existe um passeio beira-canal com 5 metros de largura, que tambm pode
ser utilizado como cais para embarcaes que ali
atracarem.
Aps a faixa permevel e o passeio de
pedestres existe uma via local para trnsito de
veculos, com faixas laterais que podem ser utilizadas
para estacionamento ou servios (telefone pblico,
caambas de lixo, aluguel e parada de bicicletas).
Esta via local conecta as ruas existentes e d acesso
s pontes de travessia a cada 600 metros.
Este mdulo infraestrutural possui 100
metros de largura. Seria necessrio, portanto, a
desapropriao de imveis localizados prximos s
margens dos crregos. Isto j ocorreu, por exemplo,
ao longo do crrego Tiquatira, onde uma faixa
que varia de 100 a 150 metros foi liberada para
a construo do parque linear. Apesar de ser um
processo complexo, que envolve o deslocamento
de muitas famlias, acredito ser necessrio para
o crescimento saudvel da regio. Trata-se da
reapropriao da vrzea do rio como eixo de
estrutura ambiental e urbana destes bairros.
Para alm desta faixa de 100 metros, seria
incentivada a construo de edifcios de habitao
pblica, com comrcio no trreo, voltado para a rua,
e amplos terraos no primeiro pavimento para os
moradores.
MDULO INFRAESTRUTURALCANAL _ PARQUE FLUVIAL _ VLT
CORTE LONGITUDINAL eclusa _ 1:500
1
23
45
1 montante da eclusa
2 cmera da eclusa (eclusagem em andamento)
3 jusante da eclusa
4 ponte para travessia de veculos, pedestres e ciclistas
5 passarela de pedestres
A eclusa a principal mquina hidrulica da
rede de canais navegveis. Seu funcionamento gera
curiosidade em quem passa, atri os olhares. Ao seu
redor, o estreitamento do canal configura uma praa,
junto parada do VLT e ponte de travessia. A praa
da eclusa torna-se, portanto, um marco importante no
percurso do canal. Junto praa da eclusa sempre
localiza-se um equipamento pblico: biblioteca, tele-
centro, escola, centro de cultura, centro de msica,
unidade bsica de sade, etc. tambm um local
interessante para o comrcio, devido grande
circulao de pessoas.
Entre as praas da eclusa, que se repetem
a cada 600 metros, desenvolve-se o boulevard
habitacional, mesclando casas e edifcios existentes
novos edifcios de habitao pblica. Nestes novos
edifcios, o trreo possui lojas e restaurantes, abertos
ao passeio de pedestres. Em cima do comrcio,
um grande terrao voltado ao canal, e lminas
habitacionais com 6 a 8 pavimentos.
Estes edifcios abrigam as famlias que tiveram
suas casas desapropriadas, alm de novas pessoas
que venham morar prximas ao canal, aumentando
assim a densidade populacional junto linha de VLT,
de grande capacidade de transporte. O acesso aos
diversos equipamentos pblicos ao longo do canal
tambm facilitado atravs do VLT.
Desta maneira, desenvolvem-se novas
centralidades, e fortalecem-se centralidades j
existentes, como por exemplo no cruzamento do canal
Ponte Rasa com a avenida So Miguel, onde h
intensa movimentao de pessoas.
ECLUSA E PONTE FIXA
1 _ canal navegvel2 _ praia gramada3 _ porta juzante da eclusa4 _ passeio pedestres5 _ VLT _ ida e volta6 _ cicolvia _ ida e volta7 _ faixa permevel8 _ passeio pedestre junto ao comrcio9 _ passeio beira-canal _ cais para atracagem10 _ ponte fixa para travessia de veculos, pedestre e ciclistas
1
3
2 4 5
6 7 89
10
BOULEVARD HABITACIONAL
1 _ canal navegvel2 _ passeio beira-canal _ caispara atracagem3 _ faixa permevel4 _ virio local5 _ ciclovia6 _ praia gramada7 _ VLT8 _ parada VLT9 _ eclusa10 _ tanque economizador de gua (no subsolo)11 _ ponte fixa para travessia de veculos, pedestre e ciclistas12 _ passarela para pedestres13 _ equipamento pblico (balnerio)14 _ edifcios com comrcio no trreo, terrao no primeiro pavimento e torres de habitao ou escritrios
1 2 3 46 573
98 10
11
12
1314
canais navegveis
crregos
estaes Metr
estaes CPTM
CPTM
Metr
VLT _ linha A
VLT _ linha B
diviso das bacias
1:25000curvas de nvel a cada 5 metros
HIDROVIA E REDE DE VLT DA BACIA DO TIQUATIRA
lagos reservatrios
futuro prolonga-mento da linha 2 do Metr (2014)
500m
canais navegveis
crregos
estaes Metr
estaes CPTM
CPTM
Metr
VLT _ linha A
VLT _ linha B
HIDROVIA DA BACIA DO TIQUATIRA
diviso das bacias
1:25000curvas de nvel a cada 5 metros
E.TQ_02CJ_730,00CM_735,00
E.TQ_01CJ_725,00CM_730,00
E.TQ_03CJ_735,00CM_740,00
E.FR_01CJ_740,00CM_747,00 E.FR_02
CJ_747,00CM_754,00
E.FR_03CJ_754,00CM_761,00
E.FR_04CJ_761,00CM_768,00
E.FR_05CJ_768,00CM_775,00
E.PR_01CJ_740,00CM_746,00
E.PR_02CJ_746,00CM_752,50
E.PR_03CJ_752,50CM_759,00
E.PR_04CJ_759,00CM_765,50
E.PR_05CJ_765,50CM_772,00
E.PR_06CJ_772,00CM_778,50
E.PR_07CJ_778,50CM_785,00
665 mts. 1820 mts.
1210 m
ts.
1580 mts.
1210 mts.
1160 mts.
1070 mts.490 mts.
480 mts.
485 mts.
1560 mts.
1015 mts.
750 mts.
480 mts.
eclusa
E.TQ_01CJ_725,00CM_730,00
cdigo eclusa cota jusante
cota montante
665 mts.distncia entre eclusas
M_04
M_02
M_03
M_01
M_01porto / marina
lagos reservatrios
Eclusa da Penha(em projeto)
CANAL TIQUATIRA _ TQCJ _ 725,00CM _ 740,00NMERO DE ECLUSAS _ 3EXTENSO _ 3,1 KM
CANAL FRANQUINHO _ FRCJ _ 740,00CM _ 775,00NMERO DE ECLUSAS _ 5EXTENSO _ 5,0 KM
CANAL PONTE RASA _ PRCJ _ 740,00CM _ 785,00NMERO DE ECLUSAS _ 7EXTENSO _ 5,9 KM 500m
canais navegveis
crregos
estaes Metr
estaes CPTM
CPTM
Metr
VLT _ Linha A _ 8,5 km16 paradas
VLT _ Linha B _ 8,5 km17 paradas
diviso das bacias
1:25000curvas de nvel a cada 5 metros
REDE DE VLT DA BACIA DO TIQUATIRA
paradas linha A
paradas linha B
virio estrutural
Ptio dos trens
A_01A_02 A_03
A_04 A_05A_06
A_07 + B_01 A_08
A_09A_10 A_11 A_12
A_13
A_14
A_15
A_16 + B_17
B_16 B_15
B_14
B_13
B_12
B_11
B_10
B_09B_08
B_07B_06
B_05B_04
B_03B_02
Arthur Alvim
Patriarca
Guilhermina - Esperana
Vila MatildePenha
Tiquatira
Av. So
Migue
l
Av. Amador Bueno da Veiga
Estrada de Mogi das Cruzes
Av. guia de Haia
Av. S
o M
igue
l
Av. Cangaba
futuro prolongamento da linha 2 do Metr (2014)
500m
HIDROVIA DA BACIA DO TIQUATIRA
Tendo como pressuposto a possibilidade de navegao no rio Tiet, podemos imaginar a
navegao atravs da rede hidroviria de So Paulo,
da qual faz parte a hidrovia da bacia do Tiquatira.
Seguindo o curso das guas do rio Tiet,
aps passar pelo parque Ecolgico, chega-se eclusa
junto barragem da Penha, que leva cota 725 do
rio. Desta cota, pode-se navegar at o lago localizado
na foz do canal Tiquatira, passando por baixo da
avenida marginal e entrando no porto fluvial M_01.
Neste porto possvel desembarcar na
estao intermodal Tiquatira, que d acesso linha F
da CPTM, rede de VLT da bacia do Tiquatira e s
linhas de nibus que passam na Av. Gabriela Mistral.
Futuramente, ser possvel a conexo com a linha 2
do Metr, e possivelmente com o trem de Guarulhos e
com o trem Rio-So Paulo.
Entrando na eclusa E.TQ_01, aps navegar
por baixo das linhas de trem e da av. Gabriela
Mistral, chega-se cota 730, no incio do canal
Tiquatira. Ao longo dos trs quilmetros deste canal
existe um desnvel de 15 metros, sendo necessrias
3 eclusas para possibilitar a navegao. Os carros
podem cruzar o canal atravs de pontes fixas a
jusante das eclusas, ou utilizando pontes mveis ou em
desnvel que possibilitem a passagem dos barcos.
Entre as eclusas E.TQ_02 e E.TQ_03, por exemplo,
existem trs pontes em desnvel para a transposio de
veculos, sempre junto s paradas do VLT.
Na cota 740, chega-se ao lago da marina
M_02, no encontro dos trs canais. A partir desta
marina possvel acessar as linhas A e B de VLT, bem
como as linhas de nibus que passam na av. So
Miguel. Continuando o percurso, podemos navegar
pelo canal Franquinho ou pelo canal Ponte Rasa.
O canal Franquinho possui um declive mais
acentuado, com um desnvel de 35 metros ao longo
de seus 5 km de extenso. Para diminuir o nmero de
paradas, as eclusas vencem um desnvel de 7 metros,
sendo necessrias 5 eclusas at chegar no lago da
marina M_03, junto estao Arthur Alvim da linha
3 de metr, e estao terminal das linhas A e B de
VLT.
O canal Ponte Rasa possui 7 eclusas, que
vencem um desnvel de 45 metros ao longo de seus
5,9 km. Na cota 780 est o lago da marina M_04,
que d acesso linha B de VLT.
Para garantir a vazo da gua nos canais,
devem ser construdos lagos reservatrios no encontro
com os crregos afluentes, que acumulam gua para
perodos de estiagem. Alm do lago reservatrio, os
crregos possuem torres caixas-dgua junto suas
nascentes, para garantir uma vazo constante das
guas.
Na nascente do crrego Ponte-Rasa, um lago
reservatrio foi projetado, aproveitando um grande
terreno pblico atualmente vazio. Na nascente do
crrego Franquinho, por no haver espao para a
criao de um lago reservatrio, trs torres devem ser
contrudas para reserva de gua.
Ainda para garantir que haja gua suficiente
para o bom funcionamento da hidrovia, as eclusas
tero ao seu lado tanques economizadores de gua,
de modo que apenas 1/3 da gua utilizada para a
eclusagem seja vertido no nvel inferior do canal.
A atracagem de barcos possvel em uma
das margens do canal, junto ao cais baixo, que
tambm serve de passeio para pedestres. No
permitida a atracagem de barcos nos canais de
aproximaco, antes e depois das eclusas, que devem
ser retilneos para facilitar as manobras.
Para facilitar a navegao ao longo dos
canais, o percurso original do crrego foi modificado
para diminuir curvas excessivas. Junto curvas
mais acentuadas, o canal se alarga para facilitar a
manobra das embarcaes.
Em relao s cargas que poderiam ser
transportadas pela hidrovia, acredito que a principal
potencialidade deste sistema seja para o transporte
de lixo, areia, cimento, e outras mercadorias de baixo
valor agregado, que juntas representam grande parte
da circulao de caminhes na cidade. O transporte
de passageiros seria possvel, mas devido ao grande
nmero de eclusas nos canais Franquinho e Ponte-
Rasa, o tempo de viagem seria prolongado. Deste
modo mais provvel o uso para fins tursticos ou de
lazer.
Existem dois canais laterais subterrneos
ao longo de cada margem do canal navegvel,
totalizando 5 canais. As guas pluviais recolhidas
pelo sistema de drenagem urbana correm por canais
exclusivos, e s so lanadas no canal navegvel
aps passarem por micro-estaes de tratamento
de guas pluviais, junto aos lagos reservatrios. J
o esgoto segue por um canal lateral separado at
a foz do Tiquatira, junto ao rio Tiet, onde deve ser
construda uma pequena estao de tratamento de
esgoto.
O sistema atual de saneamento em So
Paulo bastante centralizado, utilizando estaes
elevatrias que levam o esgoto para grandes estaes
de tratamento. Acredito, porm, que por se tratar de
uma bacia com mais de 300 mil habitantes, vlida
a opo de se construir uma estao de tratamento
independente.
REDE DE VLT DA BACIA DO TIQUATIRA
A rede de VLT da bacia do Tiquatira
composta por duas linhas, A e B, cada uma com
8,5 km de extenso. Elas seguem o percurso dos
canais, conectando a estao Tiquatira, da linha F
da CPTM e da linha 2 do Metr, que atualmente est
em construo, estao Arthur Alvim, da linha 3
do Metr. Desta maneira cria uma rede de transporte
secundria, conectada rede de transporte primria
da cidade, visando a consolidao de uma dinmica
local no bairro.
As paradas do VLT so em mdia a cada
500 metros, junto praa da eclusa e ponte fixa
para travessia. Quando a distncia entre eclusas
superior 700 metros, existem paradas intermedirias
do VLT. Neste caso, junto s paradas ficam tambm
pontes para travessia de veculos, que devem ser
mveis ou em desnvel, para permitir a passagem de
embarcaes pelo canal.
As paradas junto s estaes do Metr e da
CPTM tem potencial para tornarem-se centralidades
na escala da metrpole, pois esto conectadas rede
primria de transporte. Outras paradas do VLT, no
cruzamento com eixos virios estruturadores, tambm
tem potencial para se consolidarem como locais de
grande circulao de pessoas, j numa escala mais
relacionada dinmica dos bairros.
No encontro dos canais da bacia do
Tiquatira, junto parada A_07 + B_01 de VLT, fica o
ptio para estacionamento dos trens. Este local, junto
avenida So Miguel e marina M_02, tem grande
potencial para se tornar uma nova centralidade da
regio, e deve ter um zoneamento que propicie
uma grande diversidade de usos. Este local tambm
propcio para a instalao de um equipamento
pblico com grande capacidade de atendimento da
populao.
Em outro cruzamento do canal Ponte Rasa
com a Av. So Miguel, junto parada B_07 de VLT,
j existe uma centralidade com grandes lojas de
varejo, e intensa circulao de pessoas. Este local
deve ser potencializado com a passagem da hidrovia
e da linha B de VLT.
Entre as paradas B_10 e B_15, a linha
B corre paralela Av. guia de Haia, por onde
passam diversas linhas de nibus municipais, devido
existncia de grandes terminais de nibus neste
local. interessante observar que neste caso, assim
como junto av. So Miguel, a linha de VLT no
interfere no sistema virio existente, permitindo assim
um aumento significativo na capacidade de transporte
de passageiros na regio, o que possibilitaria o
crescimento populacional e funcional da rea.
Ainda na linha B, aps a parada B_14,
junto nascente do crrego Ponte Rasa, o VLT segue
seu trajeto no leito da rua Tales de Mileto, que teria o
trnsito de veculos proibido. A linha percorre outras
ruas locais do bairro at a parada terminal B_17,
junto parada A_16 da linha A, onde possvel a
conexo com a linha 3 do metr atravs da estao
Arthur Alvim.
A rede de VLT proposta para a bacia do
Tiquatira tem como pressuposto a existncia de
uma malha metroviria que atenda minimamente as
necessidades da metrpole, para que o VLT funcione
como uma rede capilar, parte de uma rede primria
consistente.
A atual diretriz da companhia metropolitana
de trens adotou a proposta da Rede Essencial,
negando assim propostas anteriores que previam redes
mais abertas buscando atender bairros fora do centro
expandido. Desta maneira, para o presente trabalho
seria interessante adotar a rede proposta no trabalho
final de graduao de Moreno Zaidan, de 2007,
cujo traado de rede aberta j uma atualizao da
proposta do PITU 2020, frente mudanas recentes
na malha existente.
Entretanto, irei adotar em meu trabalho a
atual proposta de prolongamento da linha 2_verde,
inserida no plano da Rede Essencial, por se tratar de
um projeto j em andamento, e que implicaria em uma
reviso da proposta de Zaidan.
O prolongamento da linha 2 interessante,
por sair do padro leste-oeste dos transportes
metropolitanos. A linha 2 do metr deve assim chegar
at a estao Tiquatira da CPTM, passando antes
pela estao Penha de metr. Tambm dar acesso
ao centro antigo do bairro, atravs da nova esto
Penha da Frana. Desta maneira, podemos imaginar
a rede de VLT como uma rede secundria dentro de
uma malha metroviria mais consistente, tendo em uma
extremidade a conexo com a linha norte-sul de metr,
e em outra acesso linha leste-oeste.
Vale salientar que tal mudana no traado da
linha 2 de metr, que chega agora ao Tiquatira ao
invs do Tatuap, foi simplesmente pela existncia de
um grande terreno vazio ao lado da estao Tiquatira,
necessrio para o ptio de manobra dos trens. Esta
mudana no reflete, portanto, uma alterao nos
princpios da Rede Essencial. Trata-se de um acaso,
que felizmente levou ao aumento de 3 km no traado
da linha verde, atendendo assim populao
residente na Penha.
A proposta atual para a rede metroviria,
portanto, deve ser questionada e reformulada em um
estudo posterior.
MARINA M_01
1
2
3
4
5
67
8
1 _ marina M_012 _ estao Tiquatira da CPTM e do Metr3 _ linha F da CPTM4 _ parada A_01 do VLT5 _ linha A do VLT6 _ eclusa E.TQ_017 _ av. Gabriela Mistral8 _ marginal Tiet
MARINA M_02
1 _ marina M_022 _ canal Ponte Rasa3 _ canal Franquinho4 _ eclusa E.TQ_035 _ eclusa E.PR_016 _ eclusa E.FR_017 _ linha A do VLT8 _ linha B do VLT9 _ parada A_07 + B_01 do VLT10 _ ptio dos trens11 _ av. So Miguel
1
7
82
3
4
5
6
910
11
MARINA M_03 MARINA M_04
1
2 5 6
7
4
8
9
10
11
12
1 _ marina M_042 _ lago reservatrio3 _ nascente _ parque4 _ eclusa E.PR_075 _ linha B do VLT6 _ parada B_12 do VLT7 _ parada B_13 do VLT8 _ parada B_14 do VLT9 _ av. guia de Haia10 _ estrada de Mogi das Cruzes11 _ FATEC (existente)12 _ EMEI (existente)
1 _ marina M_032 _ canal Franquinho3 _ eclusa E.FR_054 _ torres caixa-dgua5 _ linha A do VLT6 _ linha B do VLT7 _ parada A_16 + B_17 do VLT8 _ linha E da CPTM9 _ linha 3 do Metr10 _ estao Arthur Alvim do Metr11 _ av. guia de Haia12 _ av. Radial Leste
3
1
2
4
5
3
6
7
8
912
11
10
canais navegveis
crregos
estaes Metr
estaes CPTM
CPTM
Metr
VLT _ Linha A
VLT _ Linha B
diviso das bacias
1:25000curvas de nvel a cada 5 metros
NASCENTE DO CRREGO PONTE RASA
paradas linha A
paradas linha B
virio estrutural
Ptio dos trens
A_04 A_05A_06
A_07 + B_01 A_08
A_09A_10 A_11 A_12
A_13
A_14
A_15
A_16 + B_17
B_16 B_15
B_14
B_13
B_12
B_11
B_10
B_09B_08
B_07B_06
B_05B_04
B_03B_02
Arthur Alvim
Patriarca
Guilhermina - Esperana
Vila Matilde
Av. So
Migue
l
Av. Amador Bueno da Veiga
Estrada de Mogi das Cruzes
Av. guia de Haia
Av. S
o M
igue
l
Av. Cangaba
rea escolhida para aproximao
Escolhi a rea da nascente do crrego
Ponte Rasa para ensaiar um projeto na escala do
edifcio. Fiquei interessado pelo terreno primeiro por
sua vista ara. Trata-se de um grande terreno pblico
desocupado, e um caso muito raro na cidade de So
Paulo, onde em um raio de 50 metros da nascente
no h nenhuma construo.
Ao visitar o local, porm, percebi que a
nascente havia sofrido mudanas em sua configurao
original, devido um grande aterro feito pela
Petrobrs para a passagem de um oleoduto paralelo
ao crrego. Deste modo, a gua nascia de um
cano de concreto, j poluda, provavelmente devido
contaminao do lenol fretico pelo esgoto das
casas prximas.
Mesmo assim, trata-se de um terreno muito
interessante, no qual as subprefeituras de Penha e
Ermelino Matarazzo se uniram com a diretriz de l
construir um parque da nascente, que se prolongaria
linearmente ao longo de todo o percurso do crrego
Ponte Rasa.
Junto ao terreno existe a FATEC Zona Leste.
Fundada em 2002, a primeira instituio pblica
de ensino superior da Zona Leste de So Paulo e
considerada uma das melhores instituies de ensino
superior na rea de tecnologia do pas. A parcela
norte do terreno, junto Estrada de Mogi das Cruzes,
est ocupada por moradias ribeirinhas. 500m
NA
SCEN
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NASCENTE DO CRREGO PONTE RASA
Observando o relevo do vale percebe-se a
existncia de vias que seguem o curso do crrego em
cotas mais elevadas, afastadas cerca de 100 metros
do mesmo: de um lado a Av. guia de Haia, e do
outro a rua Campo das Pitangueiras. Estas ruas so
relativamente planas, e esto respectivamente a 10 e
5 metros acima do nvel do crrego.
Desta maneira, o projeto partiu da idia de
grandes terraos no nvel destas vias, conectados entre
si atravs de passarelas para pedestres sobre o canal
navegvel.
Existem tambm rampas que conectam a cota
das ruas cota do canal, dando acesso s paradas
de VLT e s galerias comerciais localizadas abaixo
dos terraos. Estas largas rampas tambm possibilitam
a vista do vale para quem passeia pela ruas.
A partir do projeto de torres habitacionais
para o Parque da Grota, do arquiteto Paulo Mendes
da Rocha, desenvolvi o projeto para os edifcios
habitacionais da nascente do crrego Ponte Rasa. Eles
esto localizados sobre os terraos, nos dois lados do
canal, e possuem 8 pavimentos circulares. Todos os
apartamentos tem varandas com 2 metros de largura,
que servem tambm como brises para amenizar a
incidncia de sol.
Como o acesso dos pedestres circulao
vertical atravs do terrao pblico, pensei em utilizar
a cobertura do edifcio habitacional como um terrao
de lazer reservado aos moradores. Alm deste,
existem praas-jardim com 80 m nos pavimentos
mpares. O estacionamento para veculos localiza-se
no subsolo.
Atualmente, a FATEC est iniciando obras
para a construo de uma nova portaria de acesso
no extremo norte do prdio, onde haver tambm
uma lanchonete para os estudantes. Incorporei esta
idia ao meu projeto, criando uma nova portaria de
acesso FATEC junto rampa que conecta a av.
guia de Haia parada B_12 do VLT. Esta portaria
contm elevadores e escadas, que do acesso ao
nvel 795,00, do terrao junto avenida, e ao nvel
799,00, onde projetei uma biblioteca sobre o terrao,
que serviria tanto aos estudantes como aos moradores
do bairro.
Do outro lado do canal est o terrao no
nvel 790,00, junto rua Campo das Pitangueiras.
Neste terrao, localiza-se um balnerio municipal, com
uma piscina semi-olmpica e duas piscinas infantis. O
acesso ao balnerio se d pelo nvel 786,00, onde
localizam-se os vestirios e salas para ginstica.
Junto ao terrao no nvel 790,00 est a
entrada para o estaleiro-escola, administrado pela
FATEC. Neste local existem salas de aula, e um ptio
inundvel para a construo de embarcaes. A
marina M_04 est ao lado do estaleiro, marcando o
incio do trecho navegvel do canal Ponte Rasa.
A rua Sonho Gacho passa por cima da
barragem que separa o lago da marina, na cota
785,00, e o lago-reservatrio, na cota 790,00. Junto
ao lago reservatrio est o parque da nascente, que
pode ser acessado atravs das paradas de VLT B_13
e B_14. A parada B_14 tambm d acesso EMEI,
Escola Municipal de Educao Infantil, j existente no
local.
Vale salientar que os edifcios habitacionais
seriam construdos dentro de uma nova poltica
habitacional, que buscasse alternativas ao atual
padro de posse individual do apartamento. Desta
forma, os edifcios seriam de posse coletiva, geridos
por cooperativas de moradores, ou pblicos, geridos
pelo municpio, e alugados por uma taxa mnima
famlias inscritas em um programa de aluguel-social.
Consegue-se assim uma reduo significativa na
especulao imobiliria sobre os apartamentos,
permitindo a permanncia dos moradores iniciais no
edifcio.
Temos como um exemplo mais prximo
o Uruguai, cuja poltica habitacional incentiva a
organizao de cooperativas para gerir a construo
e manuteno dos edifcios, resultando em um grande
aumento na qualidade da unidade habitacional, e um
fortalecimento da coletividade, gerando uma maior
permanncia dos moradores nos edifcios.
NASCENTE DO CRREGO PONTE RASA
1 _ rua Campo das Pitangueiras2 _ terrao nvel 790,003 _ edifcio habitacional
4 _ rampa5 _ balnerio municipal
6 _ canal Ponte Rasa7 _ linha B de VLT
8 _ biblioteca municipal9 _ av. guia de Haia
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3
6
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7
NASCENTE DO CRREGO PONTE RASA
edifcio habitacional
PLANTA PAVIMENTO TRREOacesso circulao vertical
PLANTA PAVIMENTO TIPO _ PAR 6 apartamentos de 80 m com 3 dormitrios
PLANTA PAVIMENTO TIPO _ MPAR 4 apartamentos de 80 m com 3 dormitrios4 apartamentos de 40 m com 1 dormitrio
PLANTA COBERTURA terrao coletivo para moradores
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NASCENTE DO CRREGO PONTE RASA
edifcio habitacional
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corte C
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2 _ rampas
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4 _ linha B de VLT
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NASCENTE DO CRREGO PONTE RASA
corte D
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15m
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1 _ rua Campo das Pitangueiras
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7 _ av. guia de Haia
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NASCENTE DO CRREGO PONTE RASA
NASCENTE DO CRREGO PONTE RASA
NASCENTE DO CRREGO PONTE RASA
Dedico este trabalho todos que
acompanharam e incentivaram meu processo de
formao, em especial minha famlia (me, pai,
irmos, tios, primos, sobrinhos).
Agradeo aos professores lvaro Puntoni,
Anlia Amorim, Antnio Carlos SantAnna, Clice
Mazzilli, Erminia Maricato, Joo Sette Whitaker, Jonas
Tadeu Silva Malaco e Vicente Gil, pela importncia
em minha formao como arquiteto.
Agradeo aos colegas e amigos da FAU que
acompanharam o desenvolvimento deste trabalho, em
especial Marcella Aquila, Nicolas Carvalho e Rafael
Murolo, que estiveram sempre prximos.
Agradeo ao professor Jorge Oseki, pelas
conversas iniciais que tivemos, e pelo apoio que
certamente teria dado ao longo deste trabalho.
Agradeo arquiteta Luciana Ferrara, e
s professoras Helena Ayoub e Klara Kaiser, pela
ajuda para o desenvolvimento deste projeto, e por
participarem de minha banca examinadora.
Por fim, agradeo ao professor Alexandre
Delijaicov, por sua dedicao ao longo de todo
o processo de orientao, e pela significativa
importncia que teve em meu processo de formao.
BIBLIOGRAFIA ARENDT, Hannah. A condio humana. Rio de Janeiro: Forense Universitria, 2008
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