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Voz da Igreja - março 2015

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Dom José Antônio Peruzzo é natural de Cascavel(PR). Foi nomeado Bispo de Palmas-Francisco Beltrãopelo Papa Bento XVI, em 24 de agosto de 2005. Temcomo lema episcopal “Fazei discípulos… Ensinai”.

Possui mestrado em Ciências Bíblicas pela Pontifí-cia Instituto Bíblico/Roma e doutorado pela Universi-dade de Santo Tomás de Aquino/Roma. Atualmente,dom José Peruzzo exerce a função de Bispo referencialda Pastoral da Pessoa Idosa da CNBB e é o Bispo refe-rencial da Catequese no Regional Sul 2 do Paraná. Foinomeado arcebispo metropolitano de Curitiba no dia07 de janeiro de 2015, pelo Papa Francisco. Sua posseocorreu no dia 19 de março.

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O novo arcebispo da Arquidiocese de Curitiba, Dom Peruzzo, fala sobre a realidade da Arquidiocese de Curitiba e ressalta que não irá trazer inovação, mas renovação.

Entrevista

Foi uma surpresa receber o convi-te do Papa Francisco para ser o novoarcebispo de Curitiba?

Eu ouvi vez por outra alguma espe-culação de que talvez eu fosse nomea-do para Curitiba, então falar em sur-presa, se surpresa significar ter ou nãociência de que isso poderia acontecer,então foi apenas uma surpresa relati-va. Mas quando eu soube que já foranomeado, foi assim que me apresenta-ram desde a nunciatura, o Papa já o no-meou, desta vez é oficial. Precisamosda sua resposta! Aí a surpresa não setratava mais de conhecerou não a possibilidade,mas de deparar-me comuma situação para qual eusenti algum temor. Curiti-ba é uma das grandes me-trópoles do país, o mais no-bre e o mais pobre da nos-sa cultura pode ser encon-trado numa grande me-trópole. As mais belas ex-periências de evangeliza-ção, elas existem aqui,mas aqueles desafios maisexigentes, também fazemparte quase que do coti-diano da vida da Igreja, e isso me inqui-etou. Então a surpresa. Daí eu sentimelhor, senti de maneira mais vivenci-ada o quanto está agora, não mais pos-sibilidade, mas esta nova situação de-sencadeou em mim no começo, umgrande temor, eu não escondo.

Quais os desafios que o senhoracredita “enfrentar” no pastoreio daArquidiocese de Curitiba?

Os desafios... eu prefiro falar só da-queles que eu de alguma maneira te-nho a título de informação mas os mui-tos, isto é como casamento, todos sa-bem quais são os desafios mas o conhe-cimento real do que vamos enfrentar ésó quando experimentamos. Mas a pas-toral urbana é sempre uma questãomuito complexa e difícil, evangelizar

num contexto de tantos pluralismos ésempre inquietante e as melhores ex-periências ainda deixam uma largamargem de incerteza. Também comoum todo no âmbito da catequese, pa-rece-me, Curitiba é uma cidade grandecom um numeroso clero. Eu não consi-dero desafio no sentido negativo do ter-mo, mas um centro unificador em meioa um clero tão *plúrimo com tantas con-gregações, tantas diferenças, isso nãoé um defeito, mas para que seja umavirtude é preciso que tenhamos todosalgumas opções assumidas, não apenas

entendidas intelectualmen-te, mas internalizadas, ehoje, num pequeno grupo aunidade é sempre muito em-penhativa. Imaginemos amagnitude do que significabuscar um caminho de uni-dade num grupo de gente es-clarecida e com experiênciae vivência em ambientes econtextos urbanos e metro-politanos. É também um de-safio, gostaria de que fosseentendido não como umponto negativo, mas comouma realidade que exige

energias e criatividades e vitalidadesmuito vigorosas.

Que características suas o se-nhor acredita poder contri-buir na sua nova mis-são?

Não sei. Sem-pre que alguémfala de si mes-mo, nin-guém co-nhece a simesmo quan-to o própriosujeito, masninguém étão parcial aofalar de si quan-to o próprio sujei-

to. Todavia, não sei se é uma contribui-ção mas é uma característica, eu souexpansivo e todos sabem sem qualquervacilação o que eu penso sobre deter-minado pensamento, determinado pro-blema, determinado comportamento,todos saberão. O fato de expansividadeser parte de mim, também vai a fran-queza e às vezes isso exige um poucomais da minha parte do que meus in-terlocutores. Mas também aprendi, nãoera tanto assim, a ouvir mais, antes eutinha certezas demais e trabalhandocom os padres eu percebi que precisa-va a aprender a ouvir e esforcei-me paratanto e talvez tenha conseguido algunspassos auspiciosos. Deus foi bom comi-go e me agraciou nisso. Eu falei de fran-queza. Para mim é mais difícil quererbuscar afirmações *circunlóquias, euprefiro a linguagem direta e a explicitu-de em tudo aquilo que se fala; transpa-rência é muito importante. Não se tra-ta de acertar sempre, com ninguém

... mas comouma realidadeque exigeenergias ecriatividades evitalidadesmuitovigorosas.

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acontece isso, mas trata-se de assumiras próprias insuficiências, não comouma espécie de virtude ensaiada mascomo quem reconhece que precisa mui-to dos outros para ajudar a crescer osoutros. Dizem que a cara é feia mas euacho que o bicho é manso, então é umcaminho a ser construído e vão me des-cobrir com o tempo, não demorará mui-to porque até quando eu quiser escon-der eu não consigo, pelo menos a ex-pansividade todos vão ver até no modode caminhar se estou bem disposto, seestou preocupado ou se estou indigna-do. Não consigo fugir disso.

O senhor pretende implementarna Arquidiocese de Curitiba algumprojeto que já realizou no passado?

Mais do que um projeto, uma ca-racterística de evangelização, qual di-fundirei muito a leitura orante da pala-vra. Qualquer projeto que se faça, quan-do se trata de pastoral, qualquer proje-to que se fizer, dependerá sempre do

grau de espiritualidade que se cultivaem tornar o projeto. Então não é proje-tos que eu pretendo tra-zer, estes construímos,mas características deevangelização, qualquerevangelização se não hou-ver espiritualidade ela fra-cassa. Evangelização écomo a paternidade, nin-guém funciona como pai,não é o modo de fazer, é omodo de ser. Também nin-guém funciona como bomevangelizador, é o modode ser. E a leitura oranteda palavra toca nestasquestões centrais do disci-pulado; o discípulo servodo seu Senhor e Servo dopovo do Senhor. Já tem o Ano Missioná-rio, há metas bem explícitas para missi-onariedade não vamos trazer projetosoutros, nós vamos fazer os nossos, e euvou participar daquilo que já está em

Evangelizaçãoé como apaternidade,ninguémfuncionacomo pai, nãoé o modo defazer, é omodo de ser.

Parece-me que qualquer mensagem para quem chegaestá bom, mas eu não gostaria por causa disso, de tornar ascoisas facilitadas, o que eu gostaria é que mais do que deixaruma mensagem aos outros eu gostaria de dizer a mim, demaneira pública, que eu quero ouvir bastante, não estabele-cendo tempos, 6 meses para ouvir e depois vamos fazer, nãoisso. Eu quero ouvir muito. Mas ao mesmo tempo, ouvir nãosignifica apenas uma atitude do acadêmico que quer analisaro que encontra, não isso. Ouvir como quem quer partilhar,vamos falar assim: conhecer e deixar me conhecer, não esta-belecendo prazos mas de novo, não atos, atitudes, qual é adiferença? O ato é aquilo que eu faço agora, a atitude é aque-la predisposição interior que me inspira a atos, é desde den-tro que a gente começa a olhar para fora e não o inverso,então vamos deixar a parte interior bem sensibilizada como

MensagemMensagemMensagemMensagemMensagemaquilo que é verdade evangelizadora e que se faz ver. Aí énecessário contato, ir às paróquias, ouvir os padres, deixá-losfalar e perceber lá onde há belas experiências evangelizado-ras que sejam também inspiradoras.

*PlurimoQuando se quer fazer menção a uma pluralidade ou multi-

plicidade de situações ou coisas, tem-se usado o termo latinoPLÚRIMO em vez de múltiplo, ou seja, aquilo que comportamais de um elemento.

*CircunlóquioExplanação em que se dão voltas num assunto, sem tratar

dele diretamente.“Fazei discípulos... Ensinai” (cf. Mt 28, 19)

Arquidiocese de Curitiba | Edição Especial - Março.20154

andamento, não se trata de recome-çar, trata-se de aperfeiçoar e tudo isso

é um caminho que o tempovai mostrar. Agora a leituraorante da palavra, isso nãose trata de um projeto, de-pende de um modo de que-rer ser discípulo, qualquerdiscipulado que não contem-ple a palavra é estéril. En-tão vamos cuidar da espiri-tualidade dos nossos agen-tes, sacerdotes, catequistas,coordenadores de grupos,de pastorais, de movimen-tos, o restante, isso é algocomo um projeto de casa-mento, se projetar tudomas faltar o amor tudo vaidar errado até as verdades

mais sublimes. Eu não vou trazer novi-dades; todos nós precisamos nos reno-var. Em tecnologia e em economia tra-ta-se de inovação, em espiritualidadetrata-se de renovação.

Bendito o que vem em nome do Senhor! (Mt 21, 9)Bendito o que vem em nome do Senhor! (Mt 21, 9)Bendito o que vem em nome do Senhor! (Mt 21, 9)Bendito o que vem em nome do Senhor! (Mt 21, 9)Bendito o que vem em nome do Senhor! (Mt 21, 9)É com esta saudação de fé, de ação de graças, de amor e

alegria, Dom José Antônio Peruzzo, que todos da Arquidioce-se de Curitiba o acolhem.

Benditos sejam seus queridos pais, Ângelo e Lourdes Ma-ria, que com amor lhe deram a vida.

Bendito Dom Armando Círio, Bispo de Toledo, de saudosamemória, que o enviou ao Seminário S. José de Curitiba.

Bendito sou eu que lá o encontrei e agora o recebo commuita alegria e esperança.

Bendito os reitores, formadores, professores, con-temporâneos no seminário S. José, Rainha dos Apósto-los, na PUC e Studium Theologicum de Curitiba que o

conheceram, admiraram e se tornaram seus amigos.Benditos os habitantes de Cascavel que o viram nascer e

conhecê-lo como criança na igreja, escola e infância e depoiscomo adulto presbítero, cheio de zelo pastoral.

Benditos os diocesanos de Palmas e Francisco Beltrão quetantas lições de fé e amor receberam de seu Bispo Diocesano.

Benditos vão ser todos os arquidiocesanos e Arquidiocesede Curitiba que se enriquecerão com seus profundos ensina-mentos da Bíblia.

Seja bendito em nome do Senhor e da Senhora da Luz.Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto

Arcebispo Emérito de Curitiba

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Arquidiocese de Curitiba | Edição Especial - Março.2015 5

Arcebispo de CuritibaArcebispo de CuritibaArcebispo de CuritibaArcebispo de CuritibaArcebispo de CuritibaNo dia 19 de março de 2015, Dom José Antônio Peru-

zzo, eleito Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba no dia7 de janeiro, toma posse como Arcebispo, e inicia o pas-toreio com o espírito indicado no seu lema: “Fazei discí-pulos... Ensinai.

Primeiramente podemos, como Arquidiocese de Cu-ritiba, dirigir a Deus a gratidão pelo Pastor que Deus nosenviou. Agradecemos todo o trabalho da Nunciatura emBrasília, que conduziu todo o processo, para que o PapaFrancisco pudesse nomear o Pastor, que indica o amorde Deus por todo o povo desta Arquidiocese.

Depois, a gratidão se dirige a Dom José Antônio Pe-ruzzo, que aceitou generosamente a missão de servir aporção do Povo de Deus na Arquidiocese de Curitiba.

Mais uma vez, também queremos agradecer a DomMoacyr José Vitti, CSS, pelo pastoreio como Arcebispo eo legado deixado, sobretudo, ao colocar a Arquidio-cese no caminho da missão permanente, “A Alegria daMissão”.

Cada Arquidiocesano é chamado a acolher com todaa adesão o Pastor que Deus amorosamente está nos en-viando. Deus preparou o coração do enviado e ele dissesim. Que Deus prepare o coração de cada um desta Ar-quidiocese para uma adesão de plena comunhão queserá a expressão de nossa fé e testemunho.

A partir do falecimento de Dom Moacyr José Vitti, CSS,todos foram convocados a fazer fervorosas preces pelanomeação do novo arcebispo e pelas necessidades danossa Arquidiocese. Fomos atendidos. Deus nos en-viou o Pastor, por isso o nosso coração se alegre e serejubile.

O tempo vacante também foi confiado aos cuida-dos maternais de nossa Padroeira Nossa Senhora da Luz.Confiamos agora, aos seus cuidados e de São José, es-poso de Maria e onomástico do Arcebispo eleito, a cele-bração de posse e todo o pastoreio que se inicia.

Dom Rafael BiernaskiAdministrador Bispo de Curitiba

“Dar“Dar“Dar“Dar“Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração” -vos-ei pastores segundo o meu coração” -vos-ei pastores segundo o meu coração” -vos-ei pastores segundo o meu coração” -vos-ei pastores segundo o meu coração” (Jer 3, 15)(Jer 3, 15)(Jer 3, 15)(Jer 3, 15)(Jer 3, 15)Dom José Antonio Peruzzo,

Nós, religiosos e religiosas presentes e atuantes na Ar-

quidiocese de Curitiba, estamos felizes com sua nomeação a

arcebispo metropolitano, seja bem-vindo!

“Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração” (Jer 3,15).

Vimos a realização desta promessa na sua nomeação como

nosso arcebispo. Pois Deus é sempre fiel e nunca nos aban-

dona. Suscita na Igreja e no meio de seu povo, homens e

mulheres, dispostos a servi-lo e entregar a vida a Ele.

A promessa de Deus é a de assegurar à Igreja pastores

“segundo o seu coração”. O “coração” de Deus revelou-se a

todos nós plenamente no Coração de Cristo Bom Pastor. E o

Coração de Jesus continua hoje a ter compaixão das multi-

dões e a dar-lhes o pão da verdade e o pão do amor e da

vida (cf. Mc 6, 30-44) através dos seus escolhidos e envia-

dos. Concretamente, em nossa Arquidiocese, o “coração de

Deus” se servirá do senhor para atualizar o coração do Cris-

to Bom Pastor. Agradecemos o seu sim!

Gostaria que soubesse que estamos rezando pelo senhor

há muito tempo. Desde que a sede episcopal ficou vacante,

juntamente com todo o povo de Deus desta Igreja Particu-

lar, nós rezamos a Deus, o Senhor da Messe, que enviasse o

operário para ela. E Ele nos atendeu!

Dom José, queremos que se sinta bem em nosso meio.

Seja nosso pastor segundo o coração de Deus. Que o Bom

Pastor, Jesus, continue inspirando o seu ministério episco-

pal, agora na frente de nossa Arquidiocese. Muitas famílias

religiosas, ao longo dos anos, colaboraram na construção

dessa igreja particular. Muitos religiosos e religiosas deram

a vida neste chão. Continue contando conosco, no estado

permanente de missão assumido por esta Arquidiocese.

A CRB – Conferência dos Religiosos do Brasil – Regional

Curitiba, celebrando o Ano da Vida Consagrada, em unidade

com toda a Igreja, o acolhe e se coloca a disposição e serviço

em comunhão e participação nesta arquidiocese.

Nós contamos com sua ajuda, para que este Ano da Vida

Consagrada seja “uma oportunidade para acolher, cordial e

jubilosamente, a vida consagrada como um capital espiritu-

al que contribua para o bem de todo o corpo de Cristo (cf.

Lumen gentium, 43) e não só das famílias religiosas”. E ain-

da, “a uma especial solicitude em promover nas vossas co-

munidades os diferentes carismas, tanto os históricos como

os novos carismas, apoiando, animando, ajudando no dis-

cernimento, acompanhando com ternura e amor as situa-

ções de sofrimento e fraqueza em que se possam encontrar

alguns consagrados, e sobretudo esclarecendo com o vosso

ensino o povo de Deus sobre o valor da vida consagrada, de

modo a fazer resplandecer a sua beleza e santidade na Igre-

ja”. (Papa Francisco na carta de abertura do ano da vida con-

sagrada).

Que São José, patrono universal da Igreja, ao lado da Vir-

gem Maria, sua esposa, pais e educadores de Jesus, o consa-

grado do Pai, o acompanhe hoje e sempre e o proteja nessa

nova missão que inicia no dia de sua solenidade.

Pe. Antonio Ramos de Moura Neto,

osj – CRB – Regional Curitiba

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Arquidiocese de Curitiba | Edição Especial - Março.20156

“Bendito o que o vem em nome do Senhor!” “Bendito o que o vem em nome do Senhor!” “Bendito o que o vem em nome do Senhor!” “Bendito o que o vem em nome do Senhor!” “Bendito o que o vem em nome do Senhor!” (Mt 21, 9)(Mt 21, 9)(Mt 21, 9)(Mt 21, 9)(Mt 21, 9)Conheço Dom Peruzzo desde os tempos em que ele era

formador no Seminário Arquidiocesano de Cascavel e partici-pava das assembleias da OSIB PR.

Destacava-se como formador e professor no Seminário,principalmente pela sua capacidade intelectual, fraternal eespiritual. Algumas vezes, ainda como seminarista, escutavaalguns amigos do oeste do Paraná referindo-se a Dom Peru-zzo, com apreço e amizade.

Quando tive a oportunidade de ser o presidente da OSIBPR, nos anos de 2007 a 2011, convidei-o para assessorar aXXIX assembleia deste organismo, que teve como tema as NovasDiretrizes para a Formação dos presbíteros no Brasil. Este encontroocorreu no Seminário Divino Mestre em Jacarezinho PR, nosdias 12 a 15 de julho de 2010.

A indicativa de Dom Peruzzo devia-se ao fato de que elehavia participado ativamente na elaboração destas NovasDiretrizes, que contém os elementos fundamentais para quehaja uma autêntica formação presbiteral.

Dom Peruzzo nos ofereceu uma reflexão aprofundada doprocesso formativo e com seu jeito característico ajudou-nos

para que esta reflexão levasse os formadores a desenvolve-rem projetos formativos estreitamente ligados às novas Dire-trizes.

Para nós, formadores da Arquidiocese de Curitiba, estaassembleia serviu-nos como um impulso para continuarmos aelaboração da Ratio Seminariorum (Diretrizes para a forma-ção dos presbíteros seculares da Arquidiocese de Curitiba),trabalho este iniciado em 2008 e que culminou na aprovaçãopor Dom Moacyr José Vitti, de saudosa memória, no dia 16 dedezembro de 2013.

Com esta breve reflexão damos as boas-vindas a Dom Pe-ruzzo e desejamos que o seu pastoreio seja marcado peloapoio as nossas vocações sacerdotais arquidiocesanas. “Amesse é grande e os trabalhadores são poucos, rogai ao Se-nhor da Messe que envie trabalhadores para a sua messe”.(Lc 10,2)

Pe. Maurício Gomes dos AnjosReitor do Seminário Propedêutico São João Maria Vianney

Coordenador da Comissão de Liturgia

Dia 07 de janeiro de 2015 foi uma data de grande alegriapara todos nós da Arquidiocese de Curitiba quando a Santa Séanunciou a nomeação de nosso novo Arcebispo Dom José An-tônio Peruzzo. Homem íntegro, inteligente, estudioso, aten-cioso, responsável, convicto de sua vocação presbiteral e de-sempenho do episcopado.

Dom Peruzzo, nós todos o recebemos com grande ale-gria. Temos certeza que virá com ânimo para orientar o reba-nho que lhe é confiado, com serenidade, amor paternal, sem

ser paternalista, seguro, ouvinte e ao mesmo tempo respon-dendo às expectativas de cada um, indicando caminhos lumi-nosos para a caminhada. Ame o clero e a Arquidiocese e,assim, a missão será mais frutuosa.

A missão é árdua mas conte com a nossa amizade, apoio eserviço.

As portas estão abertas! Seja bem-vindo!Côn. Élio José Dall’Agnol

Chanceler do Arcebispado

Abri as portas!... (Is 26,2)Abri as portas!... (Is 26,2)Abri as portas!... (Is 26,2)Abri as portas!... (Is 26,2)Abri as portas!... (Is 26,2)

Dom José PDom José PDom José PDom José PDom José Peruzzo: O Bispo da Centralidade da Peruzzo: O Bispo da Centralidade da Peruzzo: O Bispo da Centralidade da Peruzzo: O Bispo da Centralidade da Peruzzo: O Bispo da Centralidade da PalavraalavraalavraalavraalavraNo momento em que soube da nomeação de Dom José

Antônio Peruzzo como Arcebispo de Curitiba, deixei a mesado café-da-manhã em minha casa e corri para o sacrário agra-decer... Agradeci a Deus por nos dar novamente um pastor.Mas agradeci ainda mais especialmente por nos mandar umpastor realmente segundo o seu coração (Jr 3,15).

O Espírito Santo trabalhou direitinho!!! Nossa Igreja Lo-cal, a partir deste ano de 2015, quer se colocar em estadopermanente de missão. Com o lema "O que vimos e ouvimos,isso vos anunciamos" (1Jo 1,3), o Ano Missionário da Arquidi-ocese pretende levar a Igreja onde o povo está, renovandonossas paróquias e impulsionando-as a serem "comunidadede comunidades" reunidas ao redor da Palavra de Deus. Comeste intuito, temos estimulado desde o início do ano de 2014a prática da Leitura Orante da Sagrada Escritura, a fim deque seja um método conhecido e praticado por todos.

Louvei e louvo a Deus por nos mandar um bispo que temcomo carro-chefe de seu pastoreio o incentivo dos gruposreunidos ao redor da Palavra! Dom José Peruzzo é doutornestes assuntos! Seu lema episcopal é "Facite discipulos, do-cete", isto é "Fazei discípulos, ensinai", inspirado em Mt 28,19-20. Seu ministério exercido como padre e professor de Sagra-da Escritura e, posteriormente como bispo de Palmas-Fran-cisco Beltrão, grande incentivador da animação bíblica davida e da pastoral da Igreja, nos dão a segurança de que Deusrealmente tem conduzido nossos caminhos!

Deus abençoe este tempo novo de nossa Arquidiocese!Deus abençoe nosso arcebispo, Dom José Antônio Peruzzo!

Em Cristo!Pe. Alexsander Cordeiro Lopes

Coordenador da Ação Evangelizadorada Arquidiocese de Curitiba

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Arquidiocese de Curitiba | Edição Especial - Março.2015 7

A primeira presença na Diocese, enquanto Pe. Peruzzo, ocorreu em julho de 2005, assessorando a

24ª Semana Teológica, abordando o tema “Constituição Dogmática Dei Verbum”.

MOMENTOS QUE MARCARAMO EPISCOPADO DE DOM JOSÉ

NomeaçãoNo dia 24 de agosto de 2005, às 8h30min,

em pronunciamento em rede com 24 emis-soras de rádio, Dom Agostinho José Sartoridava a notícia: “Pe. José Antonio Peruzzo éo novo pastor desta Igreja, que quer cami-nhar fiel aos ensinamentos do Senhor. É umbispo jovem, cheio de energia. É uma gran-de nomeação. A Diocese está recebendo deDeus uma grande dádiva”.

Monsenhor José Antonio Peruzzo, em seuprimeiro pronunciamento à imprensa sudo-estina, disse: “Chegarei em Palmas-Francis-co Beltrão com o sentimento de familiarida-de com que sempre me acolheram. Estoucontente por isso, embora o desafio sejagrande”.

A ordenação episcopal de Dom José An-tonio ocorreu no dia 23 de novembro, naCatedral de Cascavel. A posse na Diocese sedeu no dia 9 de dezembro (Concatedral - Fran-cisco Beltrão) e dia 11 de dezembro (Cate-dral – Palmas).

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Primeira reuniãodo clero

Em dezembro de 2005,Dom José participou da pri-meira reunião do clero, coma presença de todos os pa-dres diocesanos e religiosos.A reunião teve um caráterreservado, para que os pa-dres pudessem falar de suasexperiências e promover aaproximação dos presbíte-ros com o novo bispo: “Foiuma reunião de família. Vero que temos de beleza, depromissor, de limites e quaiscaminhos a percorrer”.

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Campanha daFraternidade

Coletiva de Imprensa

Dona Lourdes, mãe de Dom José, disse

que é uma graça ter um filho bispo: “É uma

graça de Deus, que está agindo em nossa

família e em nossa comunidade”. O pai, Ân-

gelo, emocionado, ressaltou: “É gratifican-

te. Quando ele era criança jamais eu imagi-

nava que um dia poderia ser um bispo”.

Os pais

Dom José inovou no lançamento da Campa-

nha da Fraternidade, na Diocese. Em 2006, em sua

primeira coletiva de imprensa, assim seguiram os

demais anos, teve a participação, além do bispo,

de lideranças e autoridades que atuam na comu-

nidade com ações afins ao tema da Campanha da

Fraternidade, colaborando para a ampliação da

reflexão.

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Dom José fez sua primeira visita a Roma, apóssua ordenação episcopal, de 15 a 30 de setem-bro de 2006. Participou de Seminário promovi-do pela Congregação para a Evangelização dosPovos. Teve a participação de 97 bispos recémnomeados de 44 países.

Em visita Ad Limina, realizada em outubro de2010, Dom José esteve com o Papa Bento XVI,no Vaticano. “Foi um encontro que não esque-cerei jamais. Parece que a sabedoria se tornoupessoa e é impressionante com que amabilida-de ele se referia à juventude em nosso Estadodo Paraná. Eu lhe referi sobre o grande númerode catequistas. Falei dos programas de educa-ção da fé. Também lhe mencionei sobre a Pasto-ral Familiar”.

Visita ao Papa

Em artigo enviado à im-

prensa, Dom José assim rela-

tou sobre um dos primeiros

e importantes eventos na Di-

ocese, após sua posse, a “As-

sembleia Diocesana”: “Ten-

do chegado já há alguns me-

ses à Diocese, embora ainda

não tenha sido possível a

mim visitar todas as comuni-

dades, ainda assim atrevo-

me a olhar para nosso futu-

ro, tentando esboçar alguma

projetividade. Tornar Jesus

Cristo atraente e, ao mesmo

tempo, fonte de sentido e de

esperança para muitos, eis

nosso grande desafio”. A as-

sembleia diocesana aconte-

ceu em novembro de 2006,

quando foi elaborado o XII

Plano Diocesano da Ação

Evangelizadora.

PrimeiraAssembleiaDiocesana

Em fevereiro de 2007, um dia especial e significante para a ado-lescente Daniele Siqueira, 12, que, impossibilitada de se locomoverdevido a uma cirurgia, não pôde comparecer à Igreja Matriz da Paró-quia São Francisco de Sales, em Mariópolis. Sensibilizado com a situ-ação, Dom José, acompanhado do catequista Cirilo Pegnoncelli, foiaté a sua casa para ministrar o Sacramento da Crisma. Palavras docatequista: “A atitude do bispo foi de valorização da catequizanda,da catequese e dos fiéis”.

Crismaem casa

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Foi muito bom o relacionamento de Dom José com a imprensa do Sudoeste

paranaense. Como valorização, Dom José proporcionou encontros de formação e

convivência com os comunicadores, com apoio da Rede Celinauta de Comunica-

ção, em Pato Branco, em outubro de 2006. O bispo falou à imprensa: “Cultivem

sua própria interioridade. Tenham paixão pela causa de seus ouvintes. Busquem,

na experiência da fé, energias para que sua profissão se torne serviço à Palavra,

que gera vida e promove reconciliação”.

VisitasPastorais

A cada cinco anos o Bispo Dioce-sano realiza a Visita Pastoral em cadaParóquia. É uma ocasião, em que acomunidade sente a plenitude doministério apostólico do Bispo comopastor, primeiro anunciador da Pala-vra, expressão viva do amor de Deuspelo seu Povo. Dom José realizou suaprimeira Visita Pastoral em abril de2007, na Paróquia Cristo Rei, em Re-nascença, acompanhado pelo páro-co, Pe. João. Aos professores pediuDom José: “Cuidem de sua espiritu-alidade, de sua vida pessoal de ora-ção. Deus precisa de vocês para amarestes pequenos”.

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O Bispo ea Imprensa

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Ordenações

Dom José foi o bispo ordenante de 46 padres

diocesanos e religiosos. O primeiro a ser orde-

nado foi o Pe. Marcos Tonial (diocesano), no dia

14 de abril de 2007, na Paróquia São João Batis-

ta, em São João. Dom José, na homilia, falou ao

Pe. Marcos: “Você inteiro é transparência dos

carinhos do Senhor”.

Missãona África

Arquidiocese de Curitiba | Edição Especial - Março.2015 11

Por 35 dias, de janeiro a fevereiro de 2007, DomJosé viveu sua missão sacerdotal e missionária naÁfrica, na maior parte do tempo em Guiné-Bissau.Justifica Dom José: “Para lá fui, respondendo a umpedido da CNBB, que acolhia a uma situação dosbispos de Guiné-Bissau, pois que aquela igreja ne-cessitava de professores de teologia. Por lá não sefala de depressão. Não conhecem esta doença.Cantam muito, dançam muito e gostam de rezar.Talvez seja por isso que, quando se fala de Deus,seus olhares traduzem sentimentos ternos”.

Jubileu de Ouroda Diocese

No dia 09 de março de 2008, Dom José AntonioPeruzzo presidiu a celebração do Jubileu de Ouroda Diocese, os 50 anos de evangelização. A missafoi concelebrada pelos arcebispos e bispos das 18Dioceses do Regional Sul 2 da CNBB-Paraná. Aofinal da celebração houve o envio dos milharesde missionários leigos para as Santas Missões Po-pulares. A celebração do Jubileu de Ouro tambémfoi destaque na Catedral do Senhor Bom Jesus,de Palmas, no dia 25 de maio, com a presença dediversos bispos do Paraná e Santa Catarina.

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Ordenação deDom Geremiase Dom Agenor

A Diocese de Palmas-Francisco Beltrão viveu um momento inédito

em seus mais de 50 anos de história, com a ordenação episcopal de Dom

Geremias Steinmetz e Dom Agenor Girardi. A celebração ocorreu no dia

25 de março de 2011. Dom José Antonio Peruzzo foi bispo ordenante,

juntamente com Dadeus Grings (Arcebispo de Porto Alegre) e Dom Fer-

nando Panico (Bispo de Crato-CE).Dom José deu especi-

al atenção à formação dos

leigos, dando continuida-

de ao trabalho de Dom

Agostinho. Dentre outras

atividades, incentivo à

catequese, aos ministros

auxiliares de comunida-

de, às equipes litúrgicas,

à educação política e fé, à

teologia e aos estudos bí-

blicos. Com a chegada de

Dom José, os seminaris-

tas, após a conclusão dos

estudos teológicos, pas-

saram a participar do Ano

Pastoral, que é um perío-

do de estágio e convivên-

cia em uma comunidade

paroquial, para a posteri-

or ordenação diaconal e

sacerdotal.

Texto e imagens fornecidas por Luiz Carlos Bittencourt, asses-sor de imprensa da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão.

Formações