Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem de Ribeirão ... · Iniciar a higiene do menos...
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Universidade de São Paulo
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
ERG-343 Cuidado Integral em Saúde III
Higiene Corporal
Profa. Dra. Fabiana Bolela de Souza
2017
Objetivos da aula
Identificar a importância da higiene corporal no contexto da assistência de enfermagem;
Justificar os objetivos das intervenções de enfermagem relacionadas à higiene corporal
Objetivos da aula
Utilizar as fases do processo de enfermagem (SAE) para prestar a assistência aos pacientes considerando a necessidade de higiene e movimentação;
Identificar os princípios básicos para a realização dos procedimentos.
Higiene corporal envolve:
Higiene oral;
Banho (com reposicionamento e transferência do paciente);
Higiene íntima;
Higiene dos cabelos;
Higiene das mãos e do rosto
Importância da higiene corporal
Prevenir problemas de saúde (verminoses, escabiose, pediculose, infecções de pele, lesões teciduais);
Promover o conforto, a segurança e o bem-estar do paciente;
Melhorar sua autoestima;
Oportunidade de avaliação das condições do paciente;
Estabelecer uma relação terapêutica;
Ensino e orientação quanto aos cuidados de saúde;
Importância da higiene corporal
Promover a limpeza da pele: remoção do suor, bactérias,
sebo, células mortas;
Reduzir o risco de infecção;
Estimular a circulação;
Melhorar a auto imagem;
Eliminar os odores corporais pela remoção do suor;
Promover a amplitude do movimento por meio de
movimentação ativa e passiva e manutenção da função das
articulações.
Fatores que influenciam as práticas de higiene
Aspectos culturais;
Condição sócio-econômica;
Conhecimento;
Preferências pessoais;
Condições físicas e mentais (limitações)
Auto-cuidado
Atenção!
As pessoas saudáveis ou sem limitações
realizam seu próprio auto cuidado.
Pessoas doentes ou com comprometimento físico podem necessitar de níveis variados de assistência.
Fatores que influenciam a capacidade para
o auto-cuidado
Limitações provocadas pela doença ou processo de envelhecimento;
Percepção da necessidade;
Diminuição da tolerância para a atividade (fadiga, redução da força muscular);
Capacidade de equilibrar-se;
Coordenação motora;
Déficit visual;
Dor
Aspectos a serem considerados nas
práticas de higiene corporal
Preservar a autonomia e independência do paciente;
Avaliar a capacidade do paciente para o autocuidado;
Assegurar a privacidade do paciente;
Transmitir respeito ao paciente;
Assegurar o conforto e a segurança do paciente.
Processo de Enfermagem
Coleta de dados:
Identificação das necessidades de higiene do paciente:
Avaliação da capacidade do paciente para o auto cuidado: capacidade para deambular, sentar-se ou movimentar os MMSS; intolerância a atividade, diminuição do nível de consciência, presença de equipamentos, sondas, drenos, cateteres;
Avaliação da capacidade do paciente para realizar as Atividades Básicas da Vida Diária
Processo de Enfermagem
Coleta de dados:
Avaliação da pele;
Avaliação dos pés e unhas;
Avaliação da cavidade oral;
Avaliação dos cabelos e couro cabeludo;
Avaliação dos olhos, ouvidos e nariz
Considerar, sempre, as alterações inerentes ao processo de envelhecimento!
Problemas relacionados ao
autocuidado:
1. Paciente independente para realizar a sua
própria higiene corporal.Pode necessitar de orientação quanto a forma de realizá-la.
2. Paciente semi-dependente para realizar a sua própria higiene corporal.Pode necessitar de auxílio na deambulação ou uso de cadeira de banho e em alguma fase da higiene corporal.
3. Paciente totalmente dependente de assistência para realizar a higiene corporal.
Processo de Enfermagem
Planejamento e Implementação:
Estabelecimento das metas e resultados;
Identificação e preparo do material disponível;
Preparo do ambiente
Intervenções – Assistência no autocuidado:
Higiene oral – limpeza, conforto e umidificação das
estruturas da boca e próteses quando presentes;
Cuidados com os cabelos: lavar e pentear;
Tricotomia do pelo facial (fazer a barba);
Banho completo incluindo cuidado com as unhas;
Lavagem das mão antes e após refeições e após as
eliminações;
Higiene íntima após as eliminações, antes de cateterismo
vesical, após a retirada da sonda vesical;
Ensino
Princípios básicos para a higiene
Manter a proteção contra a contaminação:
Iniciar a higiene do menos contaminado para o mais
contaminado (paciente com evacuação no leito retirar a fralda
ou limpar com papel higiênico ou pano úmido antes de
começar a higiene corporal. Trocar luvas entre um
procedimento e outro);
Usar hamper. Não colocar a roupa suja no chão;
Encaminhar a roupa suja para local adequado;
Usar as precauções padrão antes, durante e após o
procedimento.
Princípios básicos para a higiene
Conservar energia:
Organizar todo o material necessário;
Fechar portas e janelas;
Usar água morna;
Manter o paciente coberto;
Não demorar na realização do cuidado para não cansar o
paciente.
Princípios básicos para a higiene
Fornecer privacidade ao paciente:
Expor apenas a área que esta sendo banhada, de cada vez;
Usar biombos nas enfermarias;
Colocar aviso na porta e mantê-la fechada durante todo o
procedimento;
Se necessário, solicitar ajuda de profissional do mesmo sexo
do paciente.
Princípios básicos para a higiene
Manter a segurança do paciente:
Manter grades do leito elevadas;
Não deixar o paciente sozinho no banheiro durante o banho
(prevenir quedas, lipotímias e desmaios);
Travar rodas da cadeira de banho;
Manter a campanhia ao alcance do paciente caso precise
ausentar-se;
Avaliar a capacidade funcional (nível de independência) e
necessidade de mais pessoas para o procedimento ;
Prevenir queimaduras.
Princípios básicos para a higiene
Manter a temperatura adequada do ambiente:
Mantenha o quarto aquecido;
Mantenha as janelas e porta fechadas;
Elimine correntes de ar;
Mantenha o paciente coberto, expondo apenas a parte que
está sendo banhada, a cada vez
Princípios básicos para a higiene
Promova a autonomia e independência do paciente:
Incentive o paciente a cooperar durante o banho, mesmo
que com pequenas ações, aquilo que conseguir;
Permitir, se possível, que o paciente faça a sua própria
higiene íntima
Princípios básicos para a higiene
Oferecer conforto físico e psicológico
Explicar, orientar, conversar com o paciente;
Coordenar a higiene com outras atividades;
Perguntar se o paciente quer urinar/evacuar antes de iniciar o banho;
Estimular a participação do paciente;
Não deixá-lo sozinho ou desamparado
Processo de Enfermagem
Avaliação:
Avaliar se as metas e os resultados foram alcançados;
Avaliar as respostas do paciente;
Inspecionar a pele do paciente para identificar se a sujidade
foi efetivamente removida;
Avaliar se houve melhora no conforto e relaxamento do
paciente;
Registrar as ações e os resultados obtidos;
Realizar nova coleta de dados e planejamento das ações, se
necessário.
Tecnologias e inovações
Tecnologias e inovações
Higiene corporal sem água
Tecnologias e inovações
Regras para movimentação do
paciente
o Conhecer as condições do paciente e a
posição requerida ou necessária;
o Conhecer o ambiente e os recursos
disponíveis;
o Utilizar princípios de ergonomia e
biomecânica para executar a atividade
Movimentação e transferência de
pacientes
Aspectos a serem considerados:
1. Avaliação das condições e preparo do paciente (avaliar o nível de auxílio que o próprio paciente pode realizar na movimentação ou transferência);
2. Preparo do ambiente e dos equipamentos (verificar se o espaço físico é adequado para não restringir os movimentos);
o Examinar o local e remover os obstáculos;
o Observar a disposição do mobiliário;
o Obter condições seguras com relação ao piso;
Movimentação e transferência de
pacientes
o Colocar o suporte de soro ao lado da cama quando necessário;
o Elevar ou baixar a altura da cama, para ficar no mesmo nível da maca;
o Travar as rodas da cama, maca, cadeira de rodas ou solicitar auxílio adicional;
o Utilizar equipamentos auxiliares
Movimentação e transferência de
pacientes
3. Preparo da equipe (princípios básicos de mecânica corporal):
o Deixar os pés afastados e totalmente apoiados no chão;
o Trabalhar com segurança e com calma;
o Manter as costas eretas;
o Usar o peso corporal como um contrapeso ao paciente;
o Flexionar os joelhos em vez de curvar a coluna;
Movimentação e transferência de
pacientes
o Abaixar a cabeceira da cama ao mover um paciente para cima;
o Utilizar movimentos sincrônicos;
o Trabalhar o mais próximo possível do corpo do cliente que deverá ser movido ou erguido;
o Usar uniforme que permita liberdade de movimentos e sapatos apropriados;
o Realizar a manipulação de pacientes com a ajuda de, pelo menos, duas pessoas
Referências
Alexandre NMC, Rogante MM. Movimentação e transferência de pacientes: aspectos posturais e ergonômicos. Rev Esc Enferm USP. 2000 jun; 34(2):165-73.
Morse, J. Preventing Patient Falls.2nd. ed. Springer Pub., 2009, New York. ISBN: 978-0-8261-0389-5.
Potter PA, Perry AG. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 7º. Ed, 2009.
Fonte das imagens: Google Imagens.