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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ELETRÔNICA
EDUARDO FACHINI
LUCAS WSZOLEK
ROBERTO FERREIRA
“DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO SOBR E
SISTEMAS ELETRÔNICOS DE ALARME E COMBATE A INCÊNDIO ”
CURITIBA
2007
EDUARDO FACHINI
LUCAS WSZOLEK
ROBERTO FERREIRA
“DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO SOBR E
SISTEMAS ELETRÔNICOS DE ALARME E COMBATE A INCÊNDIO ”
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado na graduação do curso de
Tecnologia em Eletrônica, com ênfase em
Automação Industrial da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná como
requisito parcial para obtenção de
graduação de Tecnólogo em Eletrônica.
Orientador: Professor Eng°. João Góis
Co – Orientadora: Profª Joscely Galera
Curitiba
2007
EDUARDO FACHINI
LUCAS WSZOLEK
ROBERTO FERREIRA
"DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO SOBR E
SISTEMAS ELETRÔNICOS DE ALARME E COMBATE A INCÊNDIO ”
Esta monografia foi julgada e aprovada como requisito parcial para a obtenção do
título de Tecnólogo em eletrônica, com ênfase em automação industrial pela
Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Curitiba, 18 de dezembro de 2007.
___________________________________
Profª. MSc. Simone Massuline Acosta Coordenadora do Curso
Departamento Acadêmico de Eletrônica
_____________________________________
Profª.Drª. Denise Elizabeth Hey David
Coordenadora
BANCA EXAMINADORA
_______________________ ____________________
Décio E. Nascimento Luciano Baracho
________________________
João Góis
AGRADECIMENTOS
Primeiramente dedicamos esse trabalho a Deus que nos deu toda a
capacidade de elaborar essa obra.
Ao professor Engº. João Góis pela sua disponibilidade e dedicação na
orientação deste trabalho de diplomação.
À profª Joscely Galera que sempre esteve disposta a nos ajudar.
Aos técnicos da Bosch, Renato de Araújo Lima e Juarez Franceschi que sempre
estiveram de prontidão a nos prestar auxílio técnico sobre os equipamentos.
Ao técnico Carlos Cancelli que ministrou o treinamento e nos auxiliou em
dúvidas e na montagem do treinamento.
A Engª Dulce Doege do Corpo de Bombeiros que nos respondeu a várias
perguntas.
Agradecemos também a Alessandra Ferreira Assis, Laércio Poraht, Denerson
Paulo Moreto, Samuel Chiesorin, Heverson Clayton Barcelos, Nelbina Helena Bento
Fachini e Francisco Fachini que direta e indiretamente contribuíram para a
conclusão desde trabalho.
A todos os professores que, no decorrer do curso, se mostraram
comprometidos e dedicados com o aprendizado dos alunos do curso de Tecnologia
em Eletrônica.
Aos colegas, pelo incentivo e, acima de tudo, aos nossos familiares por sempre
estar do nosso lado apoiando durante os longos períodos empreendidos nesta
pesquisa.
RESUMO
FACHINI, Eduardo; WSZOLEK, Lucas; CONCEIÇÂO, Roberto Ferreira;
Desenvolvimento de um programa de treinamento sobre sistemas eletrônicos
de alarme e combate a incêndio. 2007. 62 p. Monografia (Graduação).
– Curso de Tecnologia em Eletrônica, UTFPR, Curitiba.
Os sistemas de detecção de incêndio podem ser instalados nas edificações
para as mais variadas finalidades, tais como proteção do patrimônio, exigência de
seguradoras e para atender diversas legislações internacionais, federais, estaduais
ou municipais. Esta grande variedade de necessidades faz com que cada órgão
normalize o sistema a fim de atender uma determinada aplicação. Atualmente a
grande maioria das normas para instalação de sistemas de detecção e combate a
incêndio, inclusive a NBR 9441 brasileira, baseia-se na norma americana NFPA
2002. Nesse trabalho essas normas de diferentes órgãos foram condensadas em
uma única apostila, feita com o objetivo de se tornar referência para profissionais
que trabalham com sistemas eletrônicos de alarme e combate a incêndio, sejam eles
com formação na área elétrica ou não. Foi estruturado um programa de treinamento,
com auxílio de slides em projetor multimídia, transparências, apresentações dos
produtos, kits de testes práticos, uma apostila e uma palestra sobre sistemas de
alarmes de incêndio e sobre uma central de alarme comercial, a BOSCH D7024.
Palavras chaves:
Alarmes de incêndio
NBR9441
NFPA 2002
BOSCH D7024
Detecção de incêndio
ABSTRACT
FACHINI, Eduardo; WSZOLEK, Lucas; CONCEIÇÂO, Roberto Ferreira;
Desenvolvimento de um programa de treinamento sobre sistemas eletrônicos
de alarme e combate a incêndio. 2007. 62 p. Monografia (Graduação).
– Curso de Tecnologia em Eletrônica, UTFPR, Curitiba.
The systems of fire detection can be installed in buildings for the most varied
purposes, such as protection of the heritage, demand for insurers and to attend
various international, federal, state or municipal laws. This wide variety of needs
causes each body normalize the system in order to meet a particular application.
Currently the vast majority of the standards for installation of detection and fire
combat systems, including NBR 9441 Brazilian, are based on the American standard
NFPA 2002. In this work these standards of different organs were condensed in a
single booklet, made with the purpose of to become a reference for professionals
who work with electronic systems of alarm and combat fire with electrical training or
not. And was structured a training program, with the help of slides in data show,
transparencies, presentations of products, kits of practical tests, a booklet and a
lecture about fire alarm systems and a business alarm central, the BOSCH D7024.
Keywords:
Fire Alarms
NBR 9441
NFPA 2002
BOSCH D7024
Detecting fire
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................11
1.1 CONTEXTO................................................................................................................................ 11
1.2 OBJETIVO DO TRABALHO....................................................................................................... 11 1.2.1 Objetivo Geral: ...........................................................................................................................11 1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................................................12
1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................................................. 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................ ...............................................13
2.1 CONCEITOS BÁSICOS ............................................................................................................. 13 2.1.1 Curto Circuito..............................................................................................................................13 2.1.2 Circuito Aberto............................................................................................................................13 2.1.3 Ligação em Série e Paralelo ....................................................................................................13 2.1.4 Indução Eletromagnética ..........................................................................................................16 2.1.5 Lei de Ohm .................................................................................................................................17 2.1.6 Queda de Tensão ......................................................................................................................18 2.1.7 Extratificação: .............................................................................................................................20
2.2 SENSORES E ACIONADORES................................................................................................. 21 2.2.1 Botão ON/OFF ...........................................................................................................................22 2.2.2 Acionador Quebre o Vidro ........................................................................................................22 2.2.3 Acionador Tipo Alavanca ..........................................................................................................23 2.2.4 Sensor de Temperatura ............................................................................................................25 2.2.5 Sensor Termovelocimétrico......................................................................................................26 2.2.6 Sensor Ótico: ..............................................................................................................................27 2.2.7 Sensor Iônico:.............................................................................................................................29 2.2.8 Sensor Filtro Poeira ...................................................................................................................31 2.2.9 Sensor Infra Vermelho por Interrupção de Feixe ..................................................................32 2.2.10 Sensor de Dutos ........................................................................................................................33 2.2.11 Sensor de Gás GLP ..................................................................................................................33
2.3 CIRCUITOS : .............................................................................................................................. 34 2.3.1 Circuito em Classe A: ................................................................................................................34 2.3.2 Circuito em Classe B: ................................................................................................................34 2.3.3 Isolador de curto circuito...........................................................................................................35
2.4 CIRCUITO, LAÇO OU ZONA? ................................................................................................... 35 2.4.1 Circuitos de sensores convencionais. ....................................................................................36 2.4.2 Circuitos de sistemas endereçáveis........................................................................................37 2.4.3 Circuitos de sirenes e indicadores visuais .............................................................................38
2.5 CENTRAIS:................................................................................................................................. 39 2.5.1 Centrais Convencionais: ...........................................................................................................40 2.5.2 Centrais Endereçáveis: .............................................................................................................41 2.5.3 Central Analógica:......................................................................................................................42 2.5.4 Centrais Digitais: ........................................................................................................................44 2.5.5 Centrais de Laço Cruzado e Sistema Algoritmo ...................................................................44
2.6 INDICADORES:.......................................................................................................................... 45 2.6.1 Painéis Repetidores ..................................................................................................................46 2.6.2 Indicador Sonoro........................................................................................................................46 2.6.3 Indicador Visual..........................................................................................................................50 2.6.4 Indicador Sonoro e Visual.........................................................................................................51
2.7 PROTOCOLO PARA COMUNICAÇÃO E MONITORAMENTO POR LINHA TELEFÔNICA.... 52
2.8 SOFTWARES GERENCIADORES ............................................................................................ 53
2.9 SISTEMAS AUTÔNOMOS......................................................................................................... 53
2.10 NORMAS .................................................................................................................................... 54 2.10.1 ABNT NBR 9441 .......................................................................................................................55 2.10.2 NFPA ...........................................................................................................................................56
2.11 INFRA-ESTRUTURA.................................................................................................................. 56 2.11.1 Cabos ..........................................................................................................................................56 2.11.2 Diâmetro e Comprimento dos Condutores: ...........................................................................57 2.11.3 Cálculo da resistência: ..............................................................................................................59 2.11.4 Cálculo do diâmetro da secção segundo a corrente máxima .............................................59 2.11.5 Cálculo para queda de tensão: ................................................................................................60 2.11.6 Parâmetros obrigatórios: ..........................................................................................................61
2.12 INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA: ............................................................................................. 62
2.13 TUBULAÇÃO:............................................................................................................................. 63
2.14 PROJETANDO ........................................................................................................................... 64 2.14.1 Simbologia Utilizada em Projetos (segundo NBR9441) ......................................................65
2.15 MANUTENÇÃO .......................................................................................................................... 67
2.16 AGENTES EXTINTORES .......................................................................................................... 68
3 METODOLOGIA ........................................ .......................................................70
4 TREINAMENTO................................................................................................72
4.1 APLICAÇÃO ............................................................................................................................... 72
4.2 DIVULGAÇÃO DO TREINAMENTO .......................................................................................... 73
4.3 PROCEDIMENTOS PARA A MONTAGEM DO TREINAMENTO ............................................. 73
5 CONCLUSÃO / CONSIDERAÇÕES FINAIS................... .................................76
5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ......................................................................... 76
6 REFERÊNCIAS ................................................................................................77
7 APÊNDICES .....................................................................................................78
APÊNDICE A. MATERIAL NECESSÁRIO PARA A MONTAGEM DO TREINAMENTO .................. 79
APÊNDICE B. RELATÓRIO SOBRE O PRIMEIRO TREINAMENTO REALIZADO ......................... 88
APÊNDICE C. ENTREVISTA COM AO CORPO DE BOMBEIROS DO PARANÁ .......................... 108
APÊNDICE D. QUESTIONÁRIOS PARA OS ALUNOS ................................................................... 114 D.1 QUESTIONÁRIO REFERENTE SOBRE CONCEITOS DE ALARMES DE INCÊNDIO EM GERAL.....................................................................................................................................................114 D.2 QUESTIONÁRIO REFERENTE À CENTRAL D7024. ..............................................................115 D.3 AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO...............................................................................................116
APÊNDICE E. E-MAIL DE DIVULGAÇÃO: ..................................................................................... 119
APÊNDICE F. MONTAGEM DO PAINEL DIDÁTICO ....................................................................... 121
APÊNDICE G. E-MAIL SOBRE A HOMOLOGAÇÃO DO CURSO. ................................................. 130
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Circuito Elétrico (Fonte: Autor) ..........................................................................14 Figura 2 - Circuito Elétrico R1+R2 (Fonte: Autor) ............................................................14 Figura 3 - Ligação em Série – R Total (Fonte: Autor)......................................................15 Figura 4 - Ligação em Série - R Total (Fonte: Autor).......................................................15 Figura 5 - Ligação em Paralelo – Cálculo de Corrente (Fonte: Autor)..........................15 Figura 6 - Ligação em Paralelo - (R1xR2)/(R1+R2)=R Equivalente (Fonte: Autor)....16 Figura 7 - Corrente Total (Fonte: Autor).............................................................................18 Figura 8 - Queda de Tensão (Fonte: Autor) ......................................................................19 Figura 9 - Resistividade de um Condutor em Série (Fonte: Autor) ...............................20 Figura 10 - Resistividade de um Condutor em Série - R Total=R1+R2+Rn (Fonte:
Autor) ...............................................................................................................................20 Figura 11 - Resistividade de um Condutor em Paralelo (Fonte: Autor) ........................20 Figura 12 - Acionador quebra vidro c/ martelinho (Fonte: Bosch) .................................23 Figura 13 - Acionador quebra vidro por pressão (Fonte: Bosch)...................................23 Figura 14 - Quebra vidro a prova de explosão (Fonte: Nutsteel)...................................23 Figura 15 - Acionador Tipo Alavanca (Fonte: Bosch) ......................................................24 Figura 16 - Sensor de temperatura programável (Fonte: Chemetronics).....................25 Figura 17 - Sensor de temperatura fixa pré calibrado (Fonte: Instrutemp) ..................26 Figura 18 - Câmara com Circuito Foto Sensor (Sem fumaça) (Fonte: Autor) .............28 Figura 19 - Câmara com Circuito Foto Sensor (Com Fumaça) (Fonte: Autor)............28 Figura 20 - Sensor óptico de Fumaça (Fonte: Bosch).....................................................28 Figura 21 - Sensor óptico de Fumaça (Fonte: Alarmseg) ...............................................29 Figura 22 - Sensor Iônico (Fonte: System Sensor) ..........................................................30 Figura 23 - Sensor Filtro Poeira (Fonte: SystemSensor) ................................................31 Figura 24 - Sensor Infravermelho (Fonte: Bosch) ............................................................32 Figura 25 - Sensor de Gás (Fonte: AlarmSeg) .................................................................33 Figura 26 - Central Convencional (Fonte: General Eletric)............................................40 Figura 27 - Central Endereçável (Fonte: Bosch) ..............................................................41 Figura 28 - Painel Repetidor (Fonte: Bosch).....................................................................46 Figura 29 - Indicador Sonoro – Campainha (Fonte: AlarmSeg).....................................47 Figura 30 - Indicador Sonoro – Corneta (Fonte: Araponga) ...........................................47 Figura 31 - Indicador Sonoro – Buzina (Fonte: Bosch) ...................................................47 Figura 32 - Níveis de pressão Sonora (Fonte: Autor desconhecido) ............................48 Figura 33 - Ciclo de Pulsos segundo NFPA (Fonte: Autor) ............................................50 Figura 34 - Sensor Ótico Autônomo (Fonte: AlarmSeg) .................................................53 Figura 35 - Acionador Autônomo (Fonte: Equipel)...........................................................54 Figura 36 - Circuito Série (Fonte: Autor) ............................................................................60 Figura 37 - Sprinkler (Fonte: Catchview) ...........................................................................68 Figura 38 - Cilindro de Gás para extinção de fogo (Fonte: RMR) .................................69 Figura 39 - Crachá de Identificação....................................................................................82 Figura 40 - Modelo do crachá ..............................................................................................90 Figura 41 - Sala onde aconteceu o treinamento (Fonte: Autor)...................................103 Figura 42 - O treinamento (Fonte: Autor).........................................................................104 Figura 43 - Lista de presença (Fonte: Autor) ..................................................................104 Figura 44 - Painel da central D7024 (Fonte: Autor) .......................................................105 Figura 45 - Crachá de identificação (Fonte: Autor) ........................................................105
Figura 46 - Bancada com os equipamentos para prática (Fonte: Autor)....................106 Figura 47 - Quadro Principal (Fonte: Autor) ....................................................................124 Figura 48 - Pés do Suporte (Fonte: Autor) ......................................................................124 Figura 49 - Painel Montado (Fonte: Autor) ......................................................................124 Figura 50 - Diagrama elétrico D7024 e periféricos (Fonte: Autor)...............................126 Figura 51 - Painel sem equipamentos (Fonte: Autor) ....................................................127 Figura 52 - Painel acabado (Fonte: Autor) ......................................................................127
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Exemplos de Níveis de Pressão Sonora referente a sua fonte ..................49 Tabela 2 - Especificação para cabos (Fonte: AUTOR ) ..................................................59 Tabela 3 - Símbolos gráficos para projetos (Fonte: NBR14100) ...................................67
11
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTO
Toda vez que se inicia o projeto de uma edificação, precisamos levar em conta
o custo final da obra e também a segurança que este proporcionará aos seus
usuários e aos bens e investimentos materiais depositados no seu interior. Aí se
nota a importância da execução de um projeto para implantação do sistema de
ALARMES DE INCÊNDIO, quer seja para atender as normas legais, para proteger a
vida das pessoas que ali estarão presentes ou proteger o investimento realizado.
A execução de um sistema de alarmes de incêndio tem motivos bem mais
diversos dos que os vistos de maneira superficial. Um sistema eficiente diminui e é
até exigência na proposta de seguradoras, de aprovação pelo Corpo de Bombeiros
local na maioria dos estados do Brasil e também demonstração de responsabilidade
quanto ao inestimável valor de cada vida que estará presente no interior da
edificação.
Como a literatura para desenvolvimento de projetos de alarmes de incêndio é
diversa e provém de diferentes necessidades, normalmente não oferecendo
informações específicas, coletamos e sintetizamos uma grande quantidade de
material com comentários de órgãos de regulamentação, fiscalização e profissionais
do ramo para facilitar a execução de projetos por trabalhadores desta área.
Esperamos que este conteúdo atinja suas necessidades, esclarecendo suas dúvidas
e enriquecendo seu conhecimento profissional.
1.2 OBJETIVO DO TRABALHO
1.2.1 Objetivo Geral:
Estruturação de um programa de treinamento sobre sistemas eletrônicos de
12
alarme e combate a incêndios.
1.2.2 Objetivos específicos
• Pesquisar normas ABNT, NFPA, Corpo de Bombeiros e outras fontes.
• Elaborar uma apostila com síntese das informações coletadas.
• Efetuar testes práticos.
1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
O capítulo 2 será o referencial teórico. O capítulo 3 relata a metodologia,
voltado à fase de desenvolvimento, como se chegou ao conhecimento, pesquisas e
entrevistas serão relatadas. O capítulo 4 se voltará ao projeto do treinamento, o que
foi planejado e como aconteceu na prática. Nosso trabalho terá uma grande
quantidade de documentos que foram sendo criados durante toda a execução do
treinamento, desde o início até as avaliações, críticas e sugestões encaminhadas
pelos alunos. Todos esses documentos estarão em apêndices.
13
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONCEITOS BÁSICOS
2.1.1 Curto Circuito.
Ao profissional formado na área elétrica, este conceito é sólido e este item pode
ser deixado para trás, podendo iniciar do item “2.1.4”. Mas para o profissional que
não está acostumado a termos técnicos, é preciso clareza nas definições abaixo.
A definição de circuito é “um caminho fechado em si mesmo“. Como exemplo
temos um círculo, um circuito de “fórmula um”, ou um circuito elétrico. A idéia é ter-
se um caminho, que pode possuir várias derivações e opções de seqüência, mas no
final sempre chega ao início novamente.
O curto circuito é um caminho fechado em si mesmo muito pequeno e quando
se fala em eletricidade, significa um caminho de baixa resistência elétrica, com valor
muito baixo e que pode ser considerado como zero na situação analisada.
Quando se fala em curto circuito, não quer dizer que haja algo pegando fogo e
que existe algo de errado com o circuito elétrico, somente queremos dizer que entre
dois pontos analisados a resistência é zero, como num par de fios de cobre
emendados.
2.1.2 Circuito Aberto
O termo “circuito aberto”, ao contrário do curto circuito, indica que a resistência
elétrica entre dois pontos é muito alta e pode ser considerada como infinita na
análise em questão.
2.1.3 Ligação em Série e Paralelo
14
Quando temos um circuito elétrico (fig 1), com uma carga ligada nos pontos A e
B, diz-se que a fonte está ligada em série com a carga R. Se eventualmente
ligarmos uma segunda carga (fig 2), dizemos que R1 está em série com R2. Isto
ocorre sempre quando o circuito ou parte dele sujeito a uma tensão, tem um
caminho único para a corrente, obrigatoriamente passando por dois elementos para
chegar ao destino analisado.
Figura 1 - Circuito Elétrico (Fonte: Autor)
Figura 2 - Circuito Elétrico R1+R2 (Fonte: Autor)
Quando ligamos duas ou mais resistências em série, o valor entre os dois
pontos analisados é igual à soma de cada uma das resistências. Quanto maior o
número de resistências ligadas em série, maior a resistência final. A resistência final
será sempre maior do que a maior resistência do circuito analisado.
15
Figura 3 - Ligação em Série – R Total (Fonte: Autor )
Figura 4 - Ligação em Série - R Total (Fonte: Autor )
Quando temos um circuito elétrico (fig 5), que quando sujeito a uma tensão, a
corrente da fonte se divide entre dois ramos para depois chegar a um destino
analisado, diz-se que R1 está em paralelo com R2 e o valor total da resistência, é
igual a 1/(1/R1+1/R2+...+1/Rn). Quanto maior o número de elementos em paralelo,
menor será a resistência. A resistência será sempre menor do que a menor
resistência do circuito paralelo.
Figura 5 - Ligação em Paralelo – Cálculo de Corrent e (Fonte: Autor)
16
Figura 6 - Ligação em Paralelo - (R1xR2)/(R1+R2)=R Equivalente (Fonte: Autor)
2.1.4 Indução Eletromagnética
Quando uma corrente elétrica circula por um condutor, esta gera um campo
eletromagnético em torno do mesmo. Este campo eletromagnético é mais intenso
quanto mais próximo do condutor e vai diminuindo à medida que se afasta do
mesmo. O campo eletromagnético criado em torno do condutor é diretamente
proporcional a corrente que circula no mesmo e se esta corrente é variável, a
intensidade do campo eletromagnético também é variável (ABRAMCZUK;
CHAUTARD, 1970).
Se houver um outro condutor colocado paralelamente a um que esteja sujeito a
um campo eletromagnético variável, ou um condutor se movimentando dentro de um
campo eletromagnético não variável, ocorre o fenômeno da indução
eletromagnética, na qual o segundo condutor fica sujeito a uma proporção da tensão
aplicada no primeiro, mesmo sem haver resistência elétrica entre os dois. Este é o
princípio utilizado para a fabricação de transformadores e também de geradores.
Note que se tivermos um condutor onde circula uma corrente gerada por uma
máquina alimentada em 220V, com corrente alternada de 60Hz, teremos um campo
eletromagnético variável na mesma freqüência em torno deste condutor e que se
colocarmos um outro condutor em paralelo com este, teremos devido ao fenômeno
da indução eletromagnética, a geração de uma tensão proporcional no segundo
condutor. Quanto maior o comprimento e a proximidade do segundo condutor que
está paralelo ao primeiro, maior será a tensão induzida no segundo.
No caso de transformadores e geradores, este fenômeno é desejado, porém
em muitos casos como no da fiação da rede de energia elétrica, que se ficar imersa
17
num superintenso campo eletromagnético ocasionado por um raio, pode ocasionar
altas tensões na rede de energia elétrica local, danificando os aparelhos a ela
conectados. Muito crítica também é a situação onde utilizamos circuitos eletrônicos
digitais interligados por cabos, neles existem comunicação de dados que sofrem
interferência nas informações devido à tensão induzida indesejável.
O magnetismo, que gera a indução eletromagnética pode ser barrado com a
utilização de materiais específicos. Os materiais que deixam o magnetismo
transpassá-lo normalmente, como uma folha de papel são chamados de alta
permeabilidade magnética e os que dificultam e impedem o fluxo magnético, são
chamados de baixa permeabilidade magnética. Quando desejamos diminuir ou
impedir a indução eletromagnética em um cabo, envolvemos este em um material
com baixa permeabilidade magnética, de maneira que as ondas eletromagnéticas
externas ao cabo não possam atingir o mesmo, diminuindo ou impedindo a indução.
Este envolvimento do cabo por este material chama-se blindagem (ABRAMCZUK;
CHAUTARD, 1970).
2.1.5 Lei de Ohm
O matemático e físico alemão Georg Simon Ohm (1789 – 1854) trabalhou como
professor de matemática em diversas escolas e entre 1825 e 1827. Fez vários
estudos com fios elétricos de vários comprimentos, diâmetros e materiais diferentes,
a fim de estabelecer uma relação entre as grandezas de tensão, corrente e
resistências elétricas em circuitos. Do seu estudo surgiu à lei de Ohm, mas esta
permaneceu sem reconhecimento até 1841, quando foi divulgadas e considerada de
grande importância científica.
É interessante observar que Ohm viveu anos sem ter um emprego fixo e com
renda abaixo da média na época. A sua capacidade científica foi recompensada
somente em 1852, quando foi contratado como professor titular da universidade de
Munique, dois anos antes de morrer.
Os estudos de Ohm geraram a lei de Ohm, que define que a corrente em um
circuito ou elemento do circuito é igual ao quociente da tensão elétrica aplicada
18
sobre este com a resistência elétrica do mesmo (SILVA FILHO, 2007).
Sendo I=corrente elétrica (A)
E=tensão elétrica (V)
R=resistência elétrica (Ù) >> para elementos que tem resistência
fixa temos
I = E/R E=RxI R=E/I
2.1.6 Queda de Tensão
Se tivermos um circuito com duas resistências em série (fig 7), sujeitas a uma
tensão E, a corrente total neste circuito será de I=E/(R1+R2+Rcarga) e a tensão
sobre cada uma das resistências será E=Rn x i. Quando analisamos a diferença da
tensão da fonte, para a tensão de um outro determinado ponto do circuito, como a
carga Rc, dizemos que esta diferença é a queda de tensão no circuito, ou seja, a
diferença da tensão da origem para a tensão do ponto analisado.
Figura 7 - Corrente Total (Fonte: Autor)
19
Figura 8 - Queda de Tensão (Fonte: Autor)
Cada material possui uma resistividade elétrica específica (não confundir com
resistência). A resistividade é uma característica do tipo de material e varia de um
tipo para outro. Por exemplo, o cobre possui resistividade bem menor que o
alumínio.
Quanto mais elétrons livres na última camada possuir um determinado material,
menor será sua resistividade (SILVA FILHO; 2007). Os materiais de baixa
resistividade são bons condutores elétricos, mas todos eles, sem exceção, oferecem
uma mínima resistência à passagem da corrente elétrica. Quando um condutor
elétrico é fabricado, a sua resistência varia em função de alguns fatores, cujos
principais são a resistividade do material utilizado, a bitola e o comprimento do
mesmo (SILVA FILHO, 2007).
Para visualizar bem porque isto ocorre, imagine um condutor de um material
qualquer com 1mm² de diâmetro. O condutor apresenta uma determinada
resistência por metro, digamos que para o material analisado seja 1 ohm /metro. Se
tivermos 1 metro de condutor teremos uma resistência de 1 ohm, se tivermos 2
metros teremos um circuito série de 2 resistências de 1 ohm (fig 9), 3 metros, três
resistências de 1 ohm em série e no final terão uma resistência maior, quanto maior
for o comprimento deste (fig 10). Aí fica fácil entender porque quanto maior o
comprimento do condutor, maior a resistência e por conseqüência, maior a queda de
tensão sobre o mesmo.
20
Figura 9 - Resistividade de um Condutor em Série (F onte: Autor)
Figura 10 - Resistividade de um Condutor em Série - R Total=R1+R2+Rn (Fonte: Autor)
Figura 11 - Resistividade de um Condutor em Paralel o (Fonte: Autor)
Imagine agora um condutor que seja formado por 10 fios do condutor da
análise anterior. Aí teríamos um circuito como acima, ou seja, 10 resistores de 1 ohm
em paralelo, que iriam gerar uma resistência de 0,1 ohm/metro e em um condutor de
10 metros uma resistência de 1 ohm, 10 vezes menor do que no exemplo anterior.
Então se percebe facilmente, que quanto maior o diâmetro do condutor, menor sua
resistência e por conseqüência menor a queda de tensão em um determinado
circuito.
2.1.7 Extratificação:
21
A extratificação, segundo a NBR9441, é um fenômeno físico que ocorre quando
o ar com partículas como a da fumaça é aquecida no caso de um incêndio, ficando
menos denso do que o ar local. Isto faz com que as partículas subam até alcançar
uma altura onde haja equilíbrio térmico devido à temperatura elevada do teto ou
devido à diminuição da temperatura da fumaça pelo ar frio existente no local. Neste
caso a fumaça é impedida de subir, não atingindo sensores que possam estar acima
do ponto onde ocorre este fenômeno.
Em locais onde pode ocorrer este fato, principalmente onde os tetos são muito
altos (acima de 5 metros), deve-se fazer um teste prático com queima de materiais
existentes no local, para definir a quantidade e posição dos sensores a serem
instalados.
2.2 SENSORES E ACIONADORES
Os sensores são os elementos que detectam uma grandeza física e a
transformam em sinal elétrico que possa ser enviado para a central, ou outro circuito
equivalente, que tomará as medidas desejadas.
Podemos dividir os sensores em três grupos principais que seriam os
mecânicos, eletrônicos digitais e eletrônicos analógicos com as seguintes
características:
Mecânicos: São os elementos que necessitam de uma ação mecânica para seu
acionamento. O tipo mais comum é o acionador tipo quebre o vidro, ou um simples
botão de acionamento manual. Entre os sensores mecânicos, se enquadra o
sprinkler com uma válvula de fluxo, que é acionada com a quebra de uma ampola de
vidro devido à dilatação de um líquido existente no seu interior, ou também os
elementos de acionamento por temperatura com contato bimetal.
Eletrônicos digitais: São elementos que possuem um sensor que detecta a
22
grandeza física, como a temperatura, por exemplo, e que com um circuito eletrônico
interno a analisa e quando atinge níveis pré-determinados, é acionado, informando à
central esta condição.
Eletrônicos analógicos: São sensores que possuem um elemento que detecta a
grandeza física, mas não é acionado somente quando atinge valores pré-
determinados. Estes sensores possuem interfaces internas, que colocam na sua
saída, um sinal variável correspondente à grandeza que está sendo medida. A saída
deste tipo de sensor fornece um sinal variável como uma tensão, um nível de
corrente, ou em outros modelos uma saída para comunicação digital com RS485 ou
outra.
Os acionadores são elementos que necessitam a ação humana para sua
ativação. Existem vários modelos e os mais comuns são os tipos botão e quebre o
vidro, que juntamente com os sensores mais comuns no mercado são descritos a
seguir:
2.2.1 Botão ON/OFF
O botão on/off (ligado/desligado) é composto de uma chave, normalmente na
cor vermelha inserida em uma caixa, ou espelho com a indicação “APERTE EM
CASO DE INCÊNDIO”. Este tipo de acionador é utilizado em situações específicas
por ser fácil seu acionamento acidental, ou por pessoas/crianças sem haver a
condição de emergência desejada.
2.2.2 Acionador Quebre o Vidro
O acionador tipo quebre o vidro é composto de um botão de pressão que fica
normalmente pressionado por um vidro a sua frente na caixa onde está inserido.
Possui uma indicação “EM CASO DE INCÊNDIO QUEBRE O VIDRO” e é
acompanhado de um martelinho fixado por um cordão a caixa, que deve ser utilizado
para a quebra do vidro em caso de incêndio. Quando ocorre o rompimento do vidro,
23
o botão é liberado, acionando o sensor.
Existem modelos que possuem uma ferramenta para efetuar testes no
acionador, sem ocasionar a quebra do vidro, que precisaria ser reposto nesta
condição.
Conforme o projeto, pode-se exigir que o acionador manual possua leds
indicativos de conexão com a central e também de sensor ativado. Normalmente um
led verde oscilante e outro aceso vermelho para estas condições respectivamente.
Figura 12 - Acionador quebra vidro c/ martelinho (F onte: Bosch)
Figura 13 - Acionador quebra vidro por pressão (Fon te: Bosch)
Figura 14 - Quebra vidro a prova de explosão (Fonte : Nutsteel)
2.2.3 Acionador Tipo Alavanca
24
Figura 15 - Acionador Tipo Alavanca (Fonte: Bosch)
Este acionador é composto de uma alavanca que aciona uma chave no seu
interior. É um tipo que dificulta o acionamento acidental, principalmente em ambiente
industriais, depósitos, ou outros, onde o “quebre o vidro” pode sofrer choques e
quebra indesejada na manipulação de objetos no local. Este tipo normalmente
possui meios de memorização de acionamento. Esta memorização pode ser feita
por elementos mecânicos como uma ampola de vidro interna, ou trava mecânica que
obriga a manipulação por pessoal autorizado, com uso de chaves, a fim de haver
confirmação do acionamento. Este modelo também pode possuir leds de indicação.
>> - Segundo a NBR9441
• Deve ser instalada em área de maior circulação de pessoas como em
corredores, hall’s e locais de saída.
• Deve ser instalado entre 1 e 1,6 metro acima do solo.
• Quando for utilizado modelo de embutir, deve ser afixada uma sinalização de
indicação do acionador, a uma altura de aproximadamente 2,5 metros do solo, ou no
teto.
• Todo sistema de alarmes de incêndio deve possuir no mínimo um acionador do
tipo manual.
• A distância máxima a ser percorrida, sem obstáculos até um acionador manual,
não deve passar de 16 metros e a distância entre dois acionadores não deve ser
superior a 30 metros.
25
• Em edificação com mais de um nível, deve existir ao menos um acionador por
andar.
• O acionador deve possuir internamente, ou em conjunto, uma indicação de
funcionamento e de acionamento.
2.2.4 Sensor de Temperatura
O sensor de temperatura é composto de um elemento que detecta a
temperatura ambiente. Este elemento pode ser um contato bimetal (sensor
mecânico), ou termistor, que é um componente eletrônico que tem variação na sua
resistência em função da temperatura. O mecânico é ajustado para fechar o contato
quando a temperatura chegar ao valor que se deseja o alarme (GAGNON; KIRBY,
2003). O eletrônico pode ser digital ou analógico. No caso do digital, um circuito
eletrônico é acionado quando a temperatura chega ao valor pré-determinado. O
modelo analógico envia através do seu meio de comunicação, corrente, tensão ou
código digital, a temperatura, que está medindo e o acionamento ou não, é feito
mediante programação na central.
O sensor de temperatura não deve ser utilizado como único detector de
incêndio em locais onde haja pessoas. É recomendado para locais sem pessoas
para proteção de bens materiais como depósitos e afins.
Figura 16 - Sensor de temperatura programável (Font e: Chemetronics)
26
Figura 17 - Sensor de temperatura fixa pré calibrad o (Fonte: Instrutemp)
>> NBR9441
• O espaçamento para instalação de sensores térmicos é 6 metros.
• A distância máxima entre a parede e o primeiro sensor deve ser de até 3 metros.
• Quando a altura dos sensores for maior que 7 metros, o espaçamento deve ser
diminuído.
• Devem ser fixados no teto a no mínimo 15 centímetros da parede, ou na parede
a uma distância entre 15 e 30 centímetros abaixo do teto.
• Para até 60 graus Celsius, a temperatura de detecção deve ser no mínimo 20
graus acima da temperatura ambiente.
• Quando acima de 60 graus Celsius, a temperatura de detecção deve ser no
mínimo 10 graus acima da temperatura ambiente.
2.2.5 Sensor Termovelocimétrico.
O sensor termovelocimétrico detecta a elevação de temperatura em função do
tempo. Quando a elevação é muito rápida (normalmente mais do que 7 graus por
minuto), ele entende como situação de perigo e é acionado.
O princípio do modelo mecânico vem de uma câmara com ar, que possui
limitação de fluxo de saída. Quando a temperatura se eleva rapidamente, o ar no
interior da mesma se expande e como o fluxo de saída é limitado, move uma
membrana que aciona o contato.
O modelo eletrônico é fabricado com diversos circuitos, no mais comum, com
dois termistores (resistor que varia seu valor em função da temperatura) que
possuem tempo de resposta diferente em função da variação da temperatura.
27
Assim, se a diferença da resistência entre eles ultrapassar um determinado valor, o
circuito identifica a elevação rápida da temperatura e aciona o sensor.
O sensor termovelocimétrico é um sensor muito utilizado em áreas onde podem
existir partículas em suspensão, ou em condições normais a presença de fumaça,
sem haver incêndio. Em locais como garagens, silos ou indústrias têxteis.
O sensor termovelocimétrico nunca deve ser usado como único elemento
sensor onde haja a presença de pessoas, pois sua ativação é retardada, ocorrendo
quando o incêndio já está caracterizado. Nestes locais deve ser previsto outro tipo
de sensor para funcionar em conjunto.
>>segundo a NBR9441 e NFPA
• O espaçamento para instalação de sensores térmicos é 6 metros.
• A distância máxima entre a parede e o primeiro sensor deve ser até 3 metros.
• Quando a altura dos sensores for maior que 7 metros o espaçamento deve ser
diminuído.
• Devem ser fixados no teto, à no mínimo 15 centímetros da parede, ou na parede
a uma distância entre 15 e 30 centímetros abaixo do teto.
• Para até 60 graus Celsius, a temperatura de detecção deve ser no mínimo 20
graus acima da temperatura ambiente.
• Quando acima de 60 graus Celsius, a temperatura de detecção deve ser no
mínimo 10 graus acima da temperatura ambiente.
2.2.6 Sensor Ótico:
O sensor ótico é um sensor eletrônico composto de um foto-diodo e um led
emissor de infravermelho. Os dois componentes são fixados no interior de uma
câmara e separados por um "labirinto", que impede que em condições normais, a luz
do LED chegue até o foto-diodo. Quando há presença de fumaça no interior da
câmara a luz emitida pelo LED é desviada pelas partículas da fumaça e atinge o
foto-diodo, que é sensibilizado, atuando o sensor. O conjunto emissor/receptor fica
inserido dentro de uma câmara que possui pequenos orifícios para a entrada da
28
fumaça. Por este motivo o mesmo requer uma limpeza periódica. O mesmo pode ser
testado com gases especiais que simulam a presença da fumaça no sensor. A
aplicação do sensor ótico se diferencia da do iônico e de maneira simples, podemos
dizer que é indicado para partículas com medida de 0,4 a 10 mícrons e o iônico de
0,01 até 0,4 mícrons (SYSTEM SENSOR, 2005).
Figura 18 - Câmara com Circuito Foto Sensor (Sem fu maça) (Fonte: Autor)
Figura 19 - Câmara com Circuito Foto Sensor (Com Fu maça) (Fonte: Autor)
O sensor ótico de fumaça é o tipo mais utilizado devido à rápida resposta e a
segurança que oferece. É indicado para locais onde haja pessoas presentes. Não
deve ser utilizado em locais com partículas em suspensão, ou fumaça sem situação
de incêndio, tais como garagens, cozinhas, silos e indústrias têxteis.
Figura 20 - Sensor óptico de Fumaça (Fonte: Bosch)
29
Figura 21 - Sensor óptico de Fumaça (Fonte: Alarmse g)
>> segundo a NBR 9441 e NFPA
1. O sensor ótico deve ser instalado preferencialmente no teto.
2. O espaçamento é de um sensor a cada 9 metros de distância, para uma altura
de até 8 metros.
3. A distância máxima das paredes laterais deve ser de 4,5 metros.
4. O sensor pode ser colocado em paredes e neste caso deve ser fixado entre 15
e 30 centímetro abaixo do teto e a uma distância sempre superior a 15 centímetros
do canto das paredes.
5. O projetista, ou instalador devem ter conhecimento sobre as condições físicas
do local, a fim de analisar falhas causadas pela extratificação, ou outros fenômenos
físicos que possam alterar o funcionamento do sensor, efetuando as alterações
necessárias nestas condições.
Existem vários outros parâmetros que modificam a quantidade e
posicionamento dos sensores óticos, que podem ser consultados na NBR 9441 ou
NFPA e a recomendação é que sejam feitas uma simulação com a queima dos
materiais presentes no local, a fim de ver o comportamento dos fenômenos físicos e
o tempo de resposta do modelo utilizado, efetuando alteração de posicionamento e
quantidade em caso de falha, ou demora na detecção.
2.2.7 Sensor Iônico:
30
Figura 22 - Sensor Iônico (Fonte: System Sensor)
O sensor iônico de fumaça se baseia no princípio da formação de uma
corrente de íons, ocasionada por uma pequena porção de um elemento radioativo,
normalmente o Americium 241, colocado entre duas placas eletricamente
carregadas. Algumas moléculas ganham e outras perdem elétrons e são atraídos
pelas placas de potencial oposto, gerando uma pequena corrente de íons, que é
monitorada pelos circuitos sensores. Quando existe fumaça presente na câmara, as
moléculas ionizadas colidem e se combinam com as partículas de fumaça,
diminuindo a corrente de íons. Esta condição é identificada pelo circuito eletrônico
que aciona o sensor.
Tecnicamente existiria um problema que é a alteração da corrente de íons
quando ocorre a variação da umidade ou de pressão do ar por causas
meteorológicas, que ocasionaria um alarme falso. Para eliminar este problema, o
sensor possui duas câmaras, uma de referência que sofre ação da umidade e da
pressão do ar, mas que fica numa área interna que não permite a entrada das
partículas de fumaça, que são muito maiores do que as moléculas do ar e uma
segunda, que recebe a ação da fumaça, que é a câmara sensora. Quando existe a
presença de fumaça, apenas a câmara sensora irá perceber esta variação, gerando
uma diferença no valor da corrente medida em cada uma das câmaras. Neste caso,
o circuito identifica que há a presença de fumaça, acionando o sensor (SYSTEM
SENSOR,2005).
O sensor iônico foi muito difundido devido a sua alta eficiência, principalmente
por detectar o incêndio antes mesmo da formação do fogo, devido ao fato de os
gases comuns à queima também afetarem as moléculas ionizadas pelas placas.
Hoje em dia existe uma limitação na sua aplicação devido a restrições de
importação deste produto, ocasionada por normas do ministério da saúde, que
exigem o controle de descarte adequado para o elemento radioativo presente nos
sensores.
O sensor iônico é indicado para uso em locais onde haja materiais, cujos
31
resíduos da queima gerem partículas de 0,01 mícrons até 0,4 mícrons e também
onde normalmente existam partículas de poeira em suspensão, que poderiam
acionar o sensor ótico sem a existência de fumaça.
POSICIONAMENTO
• O posicionamento dos sensores iônicos segue as mesmas regras de uso de
sensores óticos.
1.2 Sensor químico
O sensor químico, atualmente representa o tipo mais moderno de tecnologia
com um único sensor na detecção de incêndio. Com esta tecnologia, este sensor
substitui os iônicos com a vantagem de não possuir limitações legais e outras como
para empresas com certificação ISO que não permite o uso do com elemento
radioativo.
O sensor químico mede o nível do monóxido de carbono gerado na queima e
aciona o alarme. Possui a mesma rapidez e vantagens do sensor iônico. Embora a
NBR9441 não discurse sobre este tipo de sensor, os fabricantes recomendam o
mesmo espaçamento utilizado com os sensores óticos.
2.2.8 Sensor Filtro Poeira
Figura 23 - Sensor Filtro Poeira (Fonte: System Sen sor)
O sensor filtro poeira é um sensor do tipo ótico, desenvolvido por alguns
fabricantes para a utilização em ambiente onde existam partículas em suspensão,
que poderiam acionar um sensor ótico comum, ou em locais onde elementos
32
químicos presentes poderiam acionar um sensor iônico, tal como em indústrias
têxteis, químicas, silos e outros.
Este sensor possui um sistema de circulação de ar especial e um filtro que
impede a entrada de partículas em suspensão. O inconveniente destes sensores é
que necessitam uma manutenção em períodos menores, dependendo do nível de
poluição do local. Um sensor típico desta tecnologia é o FILTREX da System
Sensor.
2.2.9 Sensor Infra Vermelho por Interrupção de Feixe
Figura 24 - Sensor Infravermelho (Fonte: Bosch)
O sensor infravermelho por interrupção de feixe, ou sensor linear é composto
de uma unidade transmissora de luz infravermelha e outra receptora. O receptor fica
monitorando a luz do emissor. Quando ocorre oscilação na intensidade da luz
recebida, o circuito eletrônico analisa e interpreta a existência de fumaça, ativando o
sensor. Estes sensores são fabricados para diversas distâncias, mas os tipos mais
comuns são para espaçamento de aproximadamente 100 metros.
Posicionamento:
• A maioria dos fabricantes define o espaçamento para sensores por
obscurecimento de feixe, para uma distância de 18 metros de intervalo e no máximo,
distante 9 metros da parede.
33
2.2.10 Sensor de Dutos
O sensor de dutos é utilizado para monitorar a existência de fumaça dentro de
dutos de ar condicionado. O sensor possui um tubo que fica dentro do duto e uma
pequena bomba, que aspira uma amostra do ar que circula ali. Este tubo é
conectado a uma câmara com um sensor que detecta a existência de fumaça e ativa
o alarme. O sensor inserido dentro da câmara é um sensor ótico, ou iônico
convencional e exige os mesmos cuidados de manutenção que o sensor avulso não
conectado ao duto.
2.2.11 Sensor de Gás GLP
Figura 25 - Sensor de Gás (Fonte: AlarmSeg)
O sensor detector de gás é utilizado em locais onde os vazamentos de gases
específicos pode ocasionar o início de um incêndio, ou uma explosão. Os mais
comuns no mercado são os para propano e butano (gás de cozinha), ou o de gás
natural (metano/GNV).
Os sensores de gás, normalmente detectam o acúmulo de gás em uma
determinada área. Para cada gás existe uma concentração a partir de quando há
perigo de explosão. Como este nível não tem um patamar exato, apartir de quando
ocorre ou não a explosão, é definido um limite superior e um inferior. O sensor irá
indicar sua sensibilidade, com o percentual abaixo do nível inferior do limite de
explosão, que quando ultrapassado aciona o alarme. Segundo as normas brasileiras
34
(Departamento Nacional de Combustíveis), para depósitos e cozinhas industriais,
esses devem ser acionados quando a concentração chega 10 % do limite inferior de
explosão. (DNC, 1996).
Como á especificação informa a concentração máxima de gás em uma
determinada área, não existe uma definição exata da área de abrangência do
mesmo, mas alguns fabricantes recomendam o seguinte:
• A área de cobertura de um sensor é de até 2 metros do sensor, protegendo uma
área de 16 metros quadrados.
• Para gases mais pesados do que o ar, como propano e butano, o sensor deve
ser instalado 40 centímetros acima do chão.
• Para o gás natural, que é mais leve do que o ar, o sensor deve ser instalado 40
centímetros abaixo do teto.
2.3 CIRCUITOS :
Os circuitos são formados pelos periféricos, como sensores, sirenes e outros
módulos interligados a central através de cabos. Os circuitos são definidos em dois
tipos principais segundo seu nível de segurança, que são:
2.3.1 Circuito em Classe A:
O circuito classe A é definido por um cabo que sai da central, passa pelo
caminho onde estão ligados os periféricos e depois retorna a central, de preferência
por um caminho distinto. Este tipo de circuito deve ser monitorado pela central e em
caso de interrupção do cabeamento, a central deve continuar funcionando total ou
parcialmente.
2.3.2 Circuito em Classe B:
35
O circuito classe B é formado por um cabo que sai da central e não retorna à
mesma. Neste caso, quando ocorre uma ruptura, é eliminado todo o circuito ligado
após o ponto de interrupção.
2.3.3 Isolador de curto circuito
A fim de proteger o sistema de desligamento de todo o circuito de sinalização,
ou sensores em caso de curto-circuito, existe um periférico chamado de isolador de
curto-circuito, que é um elemento que identifica o “curto” e que possui um relê que
elimina partes do circuito em caso de detecção deste problema. Quanto mais
isoladores forem colocados em um laço físico classe A, mais seguro fica o sistema,
pois menos elementos serão desligados no caso do problema, visto que sempre dois
isoladores irão detectar o curto circuito e os elementos entre eles ficarão
desativados.
2.4 CIRCUITO, LAÇO OU ZONA?
Comumente ocorre confusão na definição de circuitos, laços e zonas em
sistemas de alarme de incêndio. Como foi visto na parte de conceitos básicos, um
circuito é um caminho que uma corrente irá percorrer chegando a um destino final.
No sistema de alarme de incêndio, seria um dos conjuntos de fios necessários à
ligação de sensores ou outros elementos.
A definição de zona refere-se a um conjunto de elementos, que podem estar
ligados em circuitos diferentes, mas que para análise do sistema estão concentrados
em uma área definida, devem seguir um comportamento e possuir indicação
específica no sistema de alarme de incêndio. Por exemplo, a zona do primeiro
andar, que possui sensores, sirenes, acionadores, etc, podendo estar ligados em
diferentes circuitos, mas que para o sistema serão designados como elementos do
36
primeiro andar.
Já a idéia de “laço”, fica numa definição intermediária entre circuito e zona, o
que causa muita confusão em projetos, normas e entendimentos, pois a idéia de
laço vem de “laçar”, ou agrupar, como em uma zona, mas também pode ser
interpretada como um circuito com um conjunto de elementos interligados por um
cabo específico. Portanto é recomendável não utilizar este termo na especificação, a
fim de evitar erros de interpretação e implantação nos sistemas de alarme de
incêndio.
2.4.1 Circuitos de sensores convencionais.
Os circuitos convencionais são definidos como um conjunto de sensores e
acionadores interligados por um cabo até a central convencional. O circuito
convencional pode ser elaborado com 2 ou 4 fios. Os circuitos convencionais de
alarme de incêndio são quase na totalidade, circuitos abertos que possuem um
resistor de final de linha, a fim de identificar a interrupção da fiação.(veja central
convencional)
Nos circuitos de 2 fios, a alimentação dos sensores é fornecida no mesmo par
de cabos que irá detectar o acionamento. Nesta configuração os diversos sensores
ligados em “paralelo” estão em aberto e alimentados pelo circuito. Quando há o
acionamento, a resistência do sensor cai a níveis muito abaixo do valor do resistor
de fim de linha, mas sem ficar em curto circuito, permitindo à central diferenciar a
situação de curto circuito na fiação, da de uma interrupção, ou disparo do sensor.
Nos circuitos com 4 fios, a alimentação é feita em separado do acionamento.
Isto torna o sistema mais compatível com diferentes marcas e tipos de sensores que
possuem consumo de energia maior e poderiam gerar falhas num circuito
convencional de dois fios.
Embora a ligação dos sensores em um circuito convencional seja
“eletricamente” em paralelo, comumente, os sensores possuem 2 terminais de
entrada e 2 de saída para fazer a ligação da fiação com os elementos em série
(considerando-se apenas sensor 2 fios, ou à parte de detecção nos sensores 4 fios).
Estes terminais de entrada e saída são curto-circuitados internamente e a finalidade
37
é evitar que o produto seja instalado com derivações na fiação (nós), pois neste
caso, se um sensor tiver a fiação interrompida, a central não poderá identificar esta
situação, tirando a confiabilidade do sistema. Mesmo que o sensor não possua 2
terminais de entrada e dois de saída, é extremamente recomendável fazer a ligação
com um fio entrando e um segundo fio saindo do sensor.
Segundo a NBR 9441
• O número máximo de sensores a serem ligados e um circuito convencional é
de 20 sensores/acionadores.
• O circuito convencional deve possuir indicação de acionamento e falha no
painel da central
2.4.2 Circuitos de sistemas endereçáveis
Os circuitos endereçáveis normalmente são compostos de um par de fios
polarizados e torcidos com blindagem. Da mesma maneira que no convencional, os
sensores possuem 2 terminais de entrada e 2 de saída curto-circuitados e devem
ser ligados em série. Isto ocorre porque nestes circuitos (também chamados de
barramento ou BUS de dados) trafegam sinais de dados de alta freqüência e quando
existem várias terminações (em uma topologia do tipo raiz), ocorrem reflexões
múltiplas do sinal nas terminações, gerando problemas de eco e perca de dados na
comunicação.
No circuito endereçável não existe resistor de fim de linha e a localização de
interrupção é feita simplesmente quando não há uma resposta na chamada de um
determinado endereço.
Nos circuitos endereçáveis, dependendo modelo e do fabricante, é possível
com o mesmo par de fios dos sensores, ligar sirenes e indicadores visuais.
Os circuitos endereçáveis funcionam com distâncias variáveis, dependendo do
fabricante indo de um mínimo de 1000m até 2500m em alguns casos específicos.
Normalmente utilizam o padrão RS-485.
Novamente a NBR 9441 é confusa quanto à definição do número de sensores
38
num circuito endereçável. Em determinado ponto, informa que o número máximo é
de 20 sensores por circuito. Observe que todos os conceituados fabricantes destes
produtos elaboram seus projetos para aceitar mais de 100 endereços/sensores por
circuito e na prática comumente não se observa um sistema com apenas 20
elementos no circuito endereçável. De qualquer maneira, existe nela em seu item
5.2.7.3 o seguinte texto:
“Um circuito de detecção pode alimentar no máximo 20 detectores
automáticos ou uma combinação de 20 dispositivos en tre detectores
automáticos e acionadores manuais. Isto corresponde uma área máxima de
1600m², interligada por uma linha ou laço interliga ndo detectores de fumaça.
No caso em que uma falha possa eliminar mais de uma linha, laço ou circuito
de supervisão, os elementos críticos devem ser dupl icados ou triplicados sem
interação entre eles. No caso de mau funcionamento, deve existir uma
proteção adequada de tal forma que a falha não poss a inibir o funcionamento
de outros circuitos não diretamente afetados pela c ausa”.
Notas: a) A quantidade de 20 detectores é a mínima necessária para a
cobertura desta área. No caso em que for necessário o aumento da quantidade
de detectores na área de 1600m², para garantir a de tecção do começo de um
incêndio dentro dos padrões desta norma, a linha de detecção pode conter
mais que vinte detectores, mas não exceder a quanti dade de 30. Pelo risco
envolvido, o cliente ou os órgãos competentes pode optar para o uso de duas
linhas de detecção para supervisionar uma única áre a, para evitar a total falta
de proteção, no caso de manutenção anual ou no caso da falha na fiação de
interligação.
2.4.3 Circuitos de sirenes e indicadores visuais
Os circuitos dos avisadores se diferenciam dos circuitos dos sensores, por
normalmente não exigirem cabos especiais e principalmente porque a corrente
nestes circuitos é muito maior do que nos de sensores.
A corrente típica de um indicador sonoro e visual está na faixa de 200 a 400
39
mA. Neste caso, com uma instalação de 20 unidades, teríamos uma corrente de 4 a
8 A, o que é uma corrente considerável alta para circular em cabos de grande
comprimento. Fique atento a isto quando for elaborar o projeto e instalar um sistema.
A norma não define número máximo de avisadores em um circuito.
Os circuitos de avisadores, normalmente são supervisionados e possuem
resistor de fim de linha para identificar curto-circuito e interrupção. A ligação dos
avisadores também deve ser feita em série, com um fio entrando e um fio saindo de
cada conector, sem utilização de derivações.
2.5 CENTRAIS:
A central em um alarme de incêndio é o elemento que concentra os comandos
do sistema. Nela são ligados os sensores e é feito o processamento para o disparo,
ou não, dos indicadores. Ela é responsável pelo monitoramento dos periféricos do
sistema, devendo indicar possíveis falhas e defeitos. Também é a central que
comanda o fornecimento de energia, normalmente suprindo a mesma em caso de
falta, com um no-break interno.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas, em sua norma NBR 9441
especifica características indispensáveis a uma central de alarme de incêndio, cujos
aspectos mais relevantes dizem que:
• O painel frontal deve possuir controles protegidos de acionamento acidental,
permitindo o acesso visual das indicações de alarme/emergência.
• Deve possuir indicador dos circuitos e identificação que permita a fácil
localização da origem de um acionamento.
• Todas as conexões devem ser feitas com bornes e identificadas.
• Deve permitir a conexão de sirenes e indicadores visuais externos.
• Deve permitir o desacionamento dos elementos sonoros externos.
• Deve permitir o desacionamento de laços de detecção.
• Deve possuir indicação individual de “fogo”, independente para cada circuito de
acionamento.
• Indicação de defeito individual para cada circuito
40
• Indicador de problema no fornecimento de energia da bateria ou AC
• Deve possuir 2 fontes de energia (110/220 VCA e 24 VCC) e qualquer uma
delas deve suportar ao menos 24 horas em supervisão e 15 minutos em
alarme.
• A indicação de incêndio deve ser memorizada mesmo com o desacionamento
das sirenes.
As centrais diferem-se no número e tipo de periféricos que suportam, tecnologia
utilizada, aplicação e muitos outros fatores. Na seqüência são apresentados os tipos
mais comuns utilizados em alarmes de incêndio.
2.5.1 Centrais Convencionais:
Figura 26 - Central Convencional (Fonte: General E letric)
No sistema de alarme de incêndio, deve existir um modo de indicação do
ponto, ou zona violados (conjunto de sensores ligados em uma mesma área
monitorada) e também indicação da situação de fiação interrompida, ou em curto-
circuito. Nas centrais mais antigas, esta indicação normalmente é feita com o uso de
leds, que acendem nas condições desejadas. Nas mais modernas, através de texto,
apresentado em um display de cristal líquido.
A definição de central convencional vem da maneira como os sensores, ou
zonas são interligadas com a central. No tipo convencional, existe um fio, ou
conjunto de fios, ligando cada zona até a central. Por exemplo, em uma central com
dez zonas, teremos dez conjuntos de fios, sendo utilizado ao menos um para cada
zona se interligar com a central e indicar condição de alarme ou problema. O
sistema convencional possui limitações devido a grande quantidade de fios e
41
ligações necessários a sua implantação e também a dificuldades para ampliação, ou
modificações no sistema já existente.
As centrais convencionais, gradativamente, estão sendo substituídas no
mercado pelas do tipo endereçável, cujas vantagens e princípios vemos abaixo.
2.5.2 Centrais Endereçáveis:
Figura 27 - Central Endereçável (Fonte: Bosch)
As centrais endereçáveis são implementadas com microprocessadores
internos, que a permitem “conversar” com os elementos ligados a sua fiação. Esta
comunicação entre central e periféricos é feita normalmente com linguagem binária,
tal como numa rede de computadores e com o uso de um único par de fios para uma
grande quantidade de sensores, ou outros elementos.
A definição de endereçável, vem do modo de comunicação. Os elementos
externos, que podem ser sensores, sirenes, módulos de relês, módulos de entrada
de chaves, painéis repetidores, teclados remotos, ou outros, recebem um número,
que pode ser gravado no periférico na sua fabricação, através de chaves
programáveis pelo usuário, com programadores eletrônicos específicos e outros
meios. Esse número é diferente para cada um dos elementos do sistema e é
chamado de endereço. Quando a central está em funcionamento, ela foi programada
para conhecer cada endereço e que tipo de periférico está ligado ao mesmo. A
central gera um número inicial de uma lista com todos os endereços, mandando este
ao par de fios (que é chamado de barramento) onde estão ligados os elementos.
42
Todos os elementos ficam constantemente monitorando o barramento e
quando “lêem” os seus endereços presentes no mesmo, se ativam, estabelecendo
uma comunicação com a central. Note que quando isto ocorre, apenas um elemento
está ativo e todos os outros estão em condição de espera. Nesta comunicação, o
sensor pode enviar dados monitorados no local, tensão de alimentação e diversas
outras informações dependendo do seu tipo. Se for um elemento de saída, irá
receber informações da central, como aviso para ativar um relê, acender uma
lâmpada, disparar uma sirene, dados a serem apresentados num display, ou
qualquer outro para o qual o periférico esteja programado.
Quando o processo de comunicação com o primeiro endereço termina, a
central passa para o segundo da lista, repete o processo e assim continua
sucessivamente, reiniciando do começo da lista quando a mesma chega ao fim. A
“conversa” com cada um dos elementos endereçáveis, se dá numa fração de
segundos, na ordem de mili ou micro segundos e é repetida muitas vezes por
segundo, dependendo do número de endereços, do tipo de periférico e da
velocidade de trabalho da central. Por este motivo, o endereçamento sucessivo dos
elementos, é que a central é dita “endereçável”.
A central endereçável possui muitas vantagens em relação a uma
convencional, tais como:
• Menor custo da fiação por utilizar um único par de fios.
• Facilidade de ampliação sem alterar muita a infra-estrutura existente.
• Permitir monitorar e enviar várias informações com o elemento remoto, sem
necessidade de aumento de fios.
• Diversas opções de análise de problemas, como curto circuito, circuito aberto,
tensão de alimentação em desacordo, nível de sujeira, aterramento indevido, alto
nível de interferência, etc.
• Possibilidade de grande número de sensores, com indicação independente no
painel da central.
2.5.3 Central Analógica:
Quando fazemos o monitoramento de locais para detecção de incêndio, o
43
momento da ativação da situação de alarme pode ser definido pelo sensor, ou pela
central. Nas centrais mais modernas, o sensor faz a leitura de algum parâmetro, tal
como temperatura, nível de fumaça, gás, ou outro e envia o valor medido para a
central, que irá interpretar o valor recebido (que pode ser variável dentro de uma
grande gama) e dependendo da maneira como está programado, ativar, ou não, o
alarme. Este tipo de central é chamada de central analógica. Note que ela pode ser
tanto convencional quando possuir um fio para cada sensor ligado até a central, ou
endereçável, quando converte o sinal analógico para um dado passível de ser
enviado na comunicação em uma central endereçável. Em muitos casos, estas
centrais são chamadas de centrais inteligentes, devido ao fato de usuários leigos
imaginarem que a central analógica possui tecnologia inferior.
As centrais analógicas possuem uma grande vantagem em relação as digitais,
para identificar com maior precisão o início do incêndio. Nelas, como o sensor
informa o nível em qualquer momento e não só quando chega a um valor pré-
determinado, pode-se programar o acionamento, ou alerta com níveis muito baixos
de fumaça, ou com pequenas variações de temperatura, baixos níveis de vazamento
de gás e outros parâmetros, que dependendo de uma programação eficiente, tornam
o produto muito mais confiável.
A central analógica permite re-programar todo o sistema em função de
mudanças que alterem as características dos parâmetros comuns à detecção de
incêndio. Como exemplo, poderíamos citar um hotel que possui ala de fumantes e
não fumantes. Na ala de fumantes, o nível de fumaça que deve indicar a condição
de alarme é muito superior ao nível que acionaria o alarme na ala de não fumantes.
Imagine que o hotel resolva inverter essas alas, passando a de fumantes ser de não
fumantes e vice-versa. Com um sistema digital os sensores teriam que ser
substituídos e a instalação refeita. Já num sistema analógico, bastaria uma
reprogramação do nível de alarme dos sensores. Outro exemplo seria uma indústria,
que tem produção de itens conforme a solicitação do cliente. Dependendo do tipo de
produto que se está fabricando, a linha de produção irá trabalhar com determinada
temperatura e nível de fumaça presente no local. Produzindo outro item, esses
parâmetros podem mudar bruscamente, o que com o uso de uma central analógica
não seria problema, devido à possibilidade de reprogramação da mesma com os
novos parâmetros desejados.
44
2.5.4 Centrais Digitais:
A definição de central digital vem do princípio da comunicação digital, onde
possuímos apenas 2 níveis lógicos, o nível lógico “1” e o nível lógico “0”. Em
eletrônica, na comunicação de dados, essas informações comumente são
interpretadas como nível lógico “1” na presença de tensão e nível “0”, com tensão
igual a 0. A geração ou transmissão de seqüências de níveis lógicos “1” e “0”
formam um número binário, que é decodificado pela central e transformado em
dados para seu funcionamento. Todas as centrais endereçáveis utilizam a
comunicação de dados para monitorar os sensores e fornecer informações sobre a
situação do local monitorado, porém, isto não define que a central é digital ou
analógica. Esta definição vem do tipo de informação que o sensor e central usam na
sua comunicação. Quando o sensor envia o nível do parâmetro medido e a
interpretação de alarme, ou não, é feita pela central, a central é dita analógica
(embora trabalhe com comunicação digital), e quando o parâmetro medido (nível de
fumaça, por exemplo) é interpretado pelo sensor, que quando detecta uma condição
de alarme, apenas informa a central esta condição, (sem informar o nível de fumaça
existente no local monitorado) a central é dita digital, pois apenas informa a
existência de alarme, ou não, sem passar detalhes que possam ser interpretados
pelo software existente na central, passível de alteração pelo programador da
mesma.
2.5.5 Centrais de Laço Cruzado e Sistema Algoritmo
Em locais onde as características físicas que causam o acionamento do
sistema de alarmes é muito variável, fica difícil estabelecer parâmetros, mesmo com
o uso de uma central analógica. Imagine a detecção de incêndio em uma cozinha,
ou um teatro como exemplo. Os parâmetros são variáveis, dependendo de vários
fatores como horário e temperatura externa, presença ou não de fumantes, etc.
Para evitar falsos alarmes em locais com estas características, alguns
45
fabricantes desenvolveram um tipo de sensor que se chama “sensor algoritmico”,
que funciona sempre com uma central analógica. Os sensores, ou as centrais
possuem parâmetros de comparação para interpretar os sinais de diversos locais
onde comumente são utilizados. Os sensores podem possuir tecnologias como
ótico, químico, temperatura, ou outra e também utilizar várias tecnologias em um
único sensor. Os fabricantes ensaiam o comportamento de cada uma das
características físicas em diferentes ambientes e elaboram uma tabela, sabendo o
comportamento das mesmas, que são medidas, em caso de incêndio. Assim sendo,
na programação será definido o tipo de local onde ele está instalado e a central
utilizará o algoritmo pré-testado para este ambiente. Com isto, consegue-se uma
detecção muito mais rápida e com um número muito menor de falsos alarmes.
Como exemplo, podemos citar a central FPA5000 da BOSCH, que possui
sensores dos tipos ótico, químico, temperatura e outros em desenvolvimento. Estas
tecnologias são combinadas em um único sensor e a central permite programar sua
utilização em locais como cozinhas, salas de teatro, e uma grande gama de outros
locais.
Outro tipo de programação utilizado onde se deseja a segurança para não
acionamento com falsos alarmes, é a utilização de laço cruzado. O laço cruzado é
muito utilizado em sistemas de extinção por gases, onde se requer uma segunda
confirmação antes da liberação do gás, que em alguns casos possui alto custo e em
outros pode ser nocivo à saúde. Nestes casos, a saída de acionamento só é ativada
quando um segundo laço, ou sensor programado previamente, é acionado. Desta
maneira, um falso alarme ocasionado por uma falha, ou erro de interpretação de um
sensor é eliminado, gerando um sistema bem mais confiável e seguro. A mesma
central BOSCH FPA5000 possui esta característica.
2.6 INDICADORES:
Os indicadores são os elementos que informam a condição de alerta, ou
incêndio para as pessoas presentes no local (GAGNON; KIRBY, 2003). Os
indicadores mais comuns são as sirenes e indicadores visuais. No projeto do
sistema de proteção contra incêndio, devem ser observados vários aspectos para a
46
eficiência destes elementos. É preciso identificar a distância até onde cada tipo de
indicador deve atuar, as características físicas, como nível de ruído existente no
local e a capacidade das pessoas em identificar o alarme recebido.
2.6.1 Painéis Repetidores
Figura 28 - Painel Repetidor (Fonte: Bosch)
Os painéis repetidores são equipamentos que mostram remotamente,
informações identificadas pela central. Os modelos mais simples mostram através de
LEDS a zona que foi ativada e em outros casos possuem uma planta do local, com o
led acendendo no ponto respectivo. Outros modelos informam em forma de texto em
um display, vários dados com o nome da zona alarmada e também o tipo de
problema identificado. Alguns painéis repetidores permitem a interatividade do
usuário para resetar o alarme, ou tomar medidas quanto ao sistema de prevenção
de incêndio. É recomendável a utilização de um painel indicador remoto junto à
brigada de incêndio e também junto aos componentes do grupo que deve tomar
providências em caso de alarme.
2.6.2 Indicador Sonoro
O som é uma onda mecânica provocada pelo deslocamento do ar e identificada
pelo ouvido humano. Conforme a repetitividade dessas ondas, temos uma
freqüência maior, ou menor, sendo que os mais graves possuem freqüências
menores e os mais agudos, freqüências maiores (GAGNON; KIRBY, 2003). Para
47
uma pessoa normal, o som percebido varia de 20 a 20.000 hertz, sendo que o
ouvido humano possui diferente sensibilidade para cada uma das freqüências.
Figura 29 - Indicador Sonoro – Campainha (Fonte: Al armSeg)
Figura 30 - Indicador Sonoro – Corneta (Fonte: Arap onga)
Figura 31 - Indicador Sonoro – Buzina (Fonte: Bosch )
Além do parâmetro freqüência, existe outro, fundamental na definição do som,
que é a pressão sonora. Conforme o deslocamento de ar que é gerado pelo projetor,
maior ou menor será o nível do som. A unidade de medida do deslocamento do ar,
segundo o Sistema Internacional é o Newton por metro quadrado (N/m²) e também
definida como Pascal (Pa). O nível da pressão sonora mais baixo que o ouvido
humano pode perceber, é de aproximadamente 20 micro Pa (0,000020 Pa) e este
valor é utilizado como padrão do limiar de audição e referência (0 dB). Já o limite
superior (limiar da dor) fica em torno de 100 Pa (134 dB). Como os valores possíveis
do som variam aproximadamente em 5.000.000 entre o mínimo e o máximo e a
48
variação linear não representa a sensibilidade do ouvido humano, utiliza-se uma
função logarítmica que fornece valores mais fáceis de serem analisados. Esta
relação logarítmica é expressa em dB (decibel) e para medida de pressão sonora é
aceita a utilização sem outra unidade absoluta. Quando aumentamos o nível do som
em 3 dB, houve um aumento de 100% na potência do mesmo.
Uma tabela comparativa da sensibilidade do ouvido pode ser vista abaixo.
Figura 32 - Níveis de pressão Sonora (Fonte: Autor desconhecido)
Tipo de fonte W dB
Foguete espacial 100.000.000 200
Jato militar 100.000 170
Ventilador centrífugo grande (850000 m3/h) 100 140
Orquestra 75 músicos. Ventilador axial 170000
m3/h 10 130
Moinho de martelo grande 1 120
Ventilador centrífugo 22000 m3/h 0,1 110
Automóvel em estrada 0,01 100
Processador de alimentos 0,001 90
Lavadora de pratos 0,0001 80
Voz em nível de conversação 0,00001 70
Duto de ar com abafador 0,00000001 40
Voz muito baixa (cochicho) 0,000000001 30
Menor fonte audível 0,000000000001 0
49
Tabela 1 - Exemplos de Níveis de Pressão Sonora ref erente a sua fonte ( Fonte: Autor)
O nível de pressão sonora de um sonofletor muda sempre em função da
distância de onde está sendo feita a observação. Por isto, a especificação deve ser
sempre feita com referência à distância da fonte, que normalmente é utilizada como
um metro.
O sistema de prevenção de incêndio em grandes áreas exige a utilização de
diversos sonofletores e isto do projetista, uma série de considerações quanto à
quantidade, tipo, distanciamento, nível sonoro, obstáculos que diminuem, ou
bloqueiam o som, nível de ruído no local, capacidade auditiva das pessoas em
situações especiais, utilização de equipamentos para área externa e outros na
definição dos elementos usados no projeto. No projeto, deve ser utilizado um
decibelímetro para medir os diferentes níveis de ruído existentes em cada ambiente
e efetuar testes de atenuação para definir o alcance do sonofletor escolhido e a
necessidade de colocação de unidades adicionais.
A NBR 9441 não apresenta exigências significativas na utilização dos
indicadores acústicos e visuais, sendo interessante observar que nela é exigido um
som diferente de outros alarmes comumentes utilizados no local. Por isto, para um
projeto eficiente seria interessante analisar a NFPA.
A NFPA 2002 define que o nível sonoro no alarme deve:
• Estar no mínimo 5dB acima do nível de ruído médio existente no local
• Para dormitórios, o alarme deve ser 15 dB acima do ruído máximo no local
• Ser de no mínimo 45 dB
• Em áreas internas não deve ultrapassar 120 dB
• Quando o nível de ruído no local é maior que 100dB, deve ser utilizada também
a indicação visual.
Quando não é possível utilizar um decibelímetro para definir o nível de ruído de
um local, pode-se utilizar uma tabela como a 7.2.1 ou a figura 39.
A NFPA 72, edição 2002, define ainda:
50
• Que os sonofletores de alarme devem ser colocados entre 2,3 m acima do
piso e 15 cm abaixo do acabamento do teto.
• Que o sinal de evacuação para alarme de incêndio deve ser gerado com um
código composto por 3 pulsos de som, com duração e intervalo de 5
segundos. Após o terceiro pulso, o alarme deve silenciar por 1,5 segundos,
quando deve reiniciar o ciclo conforme figura abaixo:
Figura 33 - Ciclo de Pulsos segundo NFPA (Fonte: Au tor)
O cálculo da atenuação do nível do som a partir da fonte é muito complexo,
mas em áreas abertas pode ser utilizada a tabela seguinte para definir o nível
sonoro de um elemento em função da distância em que está colocado.
2.6.3 Indicador Visual
Os indicadores visuais são elementos utilizados para auxiliar o alarme no caso
de incêndio. Existem vários modelos, sendo os mais eficientes os com flash de
lâmpada Xenon.
Sua instalação é recomendada em locais com níveis sonoros que possam
confundir os ocupantes da edificação, em quartos de dormir, onde haja pessoas com
deficiência auditiva e onde estejam presentes outros tipos de alarme.
Quando se faz o planejamento para colocação de indicadores visuais, deve-se
observar a luminosidade existente, a distância que a fonte geradora de luz ficará do
observador e a quantidade, espaçamento e tipo das fontes (GAGNON; KIRBY,
2003).
A unidade de intensidade de iluminação é a candela (cd), que do inglês
51
significa vela. Numa visão grosseira e primitiva, uma cd equivale à quantidade de luz
emitida por uma vela medida a um metro de distância. Uma definição mais científica,
mas ainda antiga é como sendo “intensidade luminosa, na direção perpendicular, de
uma superfície plana, de área 1/60 cm2, considerada como um radiador perfeito
(corpo negro), na temperatura de solidificação da platina sob pressão atmosférica
normal”. Por último temos a definição atual do Sistema Internacional, que diz que 1
candela é “Intensidade luminosa, em uma determinada direção, de fonte emissora
de radiação monocromática, de 540 x 10 ¹² hertz com uma intensidade energética de
1/683 watts por esferoradiano”.
Embora o uso de indicadores visuais seja bastante difundido em sistemas de
alarme de incêndio, poucas exigências são feitas quanto às normas. Algumas
significativas são descritas abaixo:
Segundo a NBR 9441:
• 3.5.5 – Não é permitido uso de indicadores somente visuais em locais com
pessoal não qualificado (que não possua treinamento para o caso de incêndio),
devendo ser previsto seu uso em conjunto com o indicador sonoro.
• 3.5.5 – Podem ser utilizados indicadores somente visuais para indicação de
saídas de emergência, obstáculos, desde que não seja o primeiro elemento de
alarme.
• 5.3.5.1 os indicadores sonoros e visuais devem ter características compatíveis
com o ambiente, podendo ser vistos e ouvidos de qualquer ponto em condições
normais de trabalho.
• Nos locais onde os níveis de ruído é superior a 100dB, devem existir
indicadores visuais.
Segundo as normas internacionais NFPA 2002:
• Os indicadores visuais devem ser dispostos de maneira que qualquer ocupante
da edificação possa ver a sinalização de alarme.
• O indicador deve produzir flashes com intervalos entre 0,5 e 1 segundo.
2.6.4 Indicador Sonoro e Visual
52
O indicador sonoro e visual é um elemento que incorpora os 2 itens anteriores e
é comumente utilizado nos sistemas de alarme de incêndio e exigido segundo a
NBR9441 nas seguintes condições:
• Em locais onde os níveis de ruído local ultrapasse 100 dB;
• Em locais onde possam existir deficientes auditivos;
• Em locais onde os sons do alarme de incêndio possa ser confundido com
outros sons do local;
• Em locais com trabalhadores que utilizem abafadores de ruído;
2.7 PROTOCOLO PARA COMUNICAÇÃO E MONITORAMENTO POR LINHA
TELEFÔNICA
Algumas centrais de incêndio, como a BOSCH D7024, possuem módulo para
serviço de monitoramento. O monitoramento é um serviço, onde uma unidade
chamada base se conecta através de um modem de linha telefônica a uma, ou
várias centrais de alarme, recebendo destas, que também possuem um modem, os
evento ocorridos no local.
A base do serviço de monitoramento pode ser a brigada de incêndio, uma
empresa especializada, ou até mesmo o Corpo de Bombeiros. Toda vez que ocorre
um evento, este é reportada via linha telefônica/modem para a base de
monitoramento, que sabe as medidas que devem tomar no caso de emergências.
Para funcionar em conjunto com as centrais monitoráveis, as bases devem
possuir um equipamento específico, que converse com um dos protocolos
oferecidos pela central monitorada, que é programada de acordo com a necessidade
de cada cliente. As centrais bases podem receber além da reportagem de centrais
de incêndio, também vários outros eventos como roubo e outras emergências que
exigem atendimento imediato.
Além de centrais que já oferecem o modem para monitoramento através de
linha telefônica discada, existem no mercado modens universais para este tipo de
serviço que permite a conexão de qualquer central de alarme a base de
53
monitoramento. A desvantagem dos modens universais é que eles têm limitações no
tipo de informação que podem ser transferidas, por não permitirem integração total
com todos os eventos da central. Um modem integrado pode informar condições de
baterias de todos os sensores, problemas com fiação, sensores que precisam
manutenção com identificação do local dos mesmos. Os modens universais
permitem a reportagem de 5 a 10 eventos, dependendo do modelo, o que impede
um serviço mais eficiente da base de monitoramento.
2.8 SOFTWARES GERENCIADORES
Com a evolução das tecnologias de comunicação de dados, está se tornando
cada vez mais comum à utilização de softwares gerenciadores e supervisores de
sistemas de alarmes de incêndio. Estes softwares podem receber as informações
por modem, por TCP/IP, ou outros meios e permitem a visualização remota on-line
de qualquer anomalia no sistema. Muitos softwares gerenciadores permitem a
utilização com plantas do local onde o alarme está instalado, permitindo até a
usuários leigos identificarem pontos de incêndio e rotas de fuga, gerando um
sistema bem mais seguro.
2.9 SISTEMAS AUTÔNOMOS
Figura 34 - Sensor Ótico Autônomo (Fonte: AlarmSeg)
54
Figura 35 - Acionador Autônomo (Fonte: Equipel)
Sistemas autônomos de alarme de incêndio são elementos que comportam
dentro de um único invólucro, o sensor, ou acionador, a bateria e o(s) elementos de
alarme como sirene e indicador visual. Existe uma grande variedade destes tipos de
sistemas. O modelo mais comum no mercado brasileiro é um sensor ótico que
funciona com bateria de 9 Volts e uma sirene de 80 dB.
Os sistemas autônomos não são previstos pelas normas brasileiras, porem seu
uso é eficiente e recomendado quando se necessita de uma proteção rápida, sem
possibilidade de projetos detalhados, ou de baixo custo em residências, comércios
ou outros tipos de edificações.
A limitação destes sistemas autônomos é de que não funcionam em conjunto,
não permitindo o atendimento da maioria das exigências das normas. O nível
sonoro, normalmente permite somente o alerta a poucos metros de distância (cerca
de 20 m, dependendo do modelo e nível de ruído do local), o que o torna ineficiente
em grandes áreas e com alto nível de ruído local.
2.10 NORMAS
Dependendo da finalidade específica para a qual se deseja implantar um
sistema de alarme de incêndio, o profissional pode se pautar de diferentes normas
que representam diferentes interesses na implantação. No Brasil a mais utilizada é a
NBR9441 e normalmente nela se baseiam as normas do Corpo de Bombeiros, que
não serão comentadas aqui, mas são de grande valia para os profissionais e devem
ser verificadas junto à polícia militar na unidade da federação onde está sendo
55
desenvolvido o projeto. Para se pedir alvarás de edificações, normalmente é o Corpo
de Bombeiros que faz a verificação e aprovação de todo o sistema. Por este motivo
é sempre interessante verificar a norma de cada estado, que muitas vezes possuem
diferenças importantes a serem observadas.
Quando a implantação é por exigências de companhias de seguro, comumente
são exigidas certificações internacionais nos produtos instalados, portanto a fim de
evitar prejuízos por incompatibilidade, antes de executar a implantação do projeto, é
muito importante verificar qual a norma que o mesmo deve atender para ser
aprovado.
2.10.1 ABNT - NBR 9441
A principal norma para sistemas de alarme de incêndio no Brasil é a NBR 9441,
editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas e em sua última versão
(1998) trabalhada pelo Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio e Comissão
de Estudos de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio.
Os comitês e comissões da ABNT para a NBR 9441 são formadas por
representantes de indústrias, comércio, CREAs, usuários, engenheiros e outros.
Para adquirir a NBR 9441 o interessado deve procurar uma loja da ABNT,
presente em várias cidades do Brasil, ou consultar a ABNT em
http://www.abnt.org.br . O custo atual da NBR 9441 é de R$200,00 (U$75,00). Não é
permitido sem autorização formal da ABNT fazer cópias, ou publicar na internet esta
norma.
A ABNT é um pouco confusa quanto à apresentação de algumas exigências,
por exemplo, afirma no item 5.3.6.1, que os fios dos circuitos devem ser rígidos. Já
no item 5.3.8.2 que trata de fiação, afirma que os condutores devem ser rígidos, ou
flexíveis. Na implantação de um sistema por exigência de alguma autoridade, é
interessante verificar este e outros itens contraditórios e então solicitar o documento
que especifique a aceitação da maneira como o projeto está sendo proposto à
autoridade.
56
2.10.2 NFPA
A NFPA – National Fire Protection Association, Inc (Sociedade Nacional para
Proteção Contra Incêndio) é uma entidade norte americana fundada em 1896 por
várias entidades e profissionais dos EUA, que tinham interesse em regulamentar as
normas para proteção contra fogo.
Hoje a NFPA possui mais de 75.000 membros em mais de 100 países. Já
editou mais de 300 códigos com normas para proteção nas mais diferentes
situações e é a maior referência mundial quanto às normas para proteção e combate
a incêndios, sendo que seus códigos serviram de base para geração da maioria dos
outros em vários países do mundo, inclusive na NBR 9441 no Brasil.
A NFPA edita vários livros e promove regularmente congressos para discussão
sobre proteção e normas contra incêndio. Informações adicionais podem ser obtidas
em http://www.nfpa.org
2.11 INFRA-ESTRUTURA
Neste capítulo trataremos da parte de infra-estrutura que envolve cabeamento,
dutos e acessórios para a instalação dos equipamentos.
2.11.1 Cabos
Como foi visto anteriormente, a fiação de alarme de incêndio varia bastante
conforme o tipo de central e também de acessórios que estão sendo utilizados no
sistema. Num sistema convencional, utilizamos vários conjuntos de cabos,
normalmente do tipo telefônico. Já numa central endereçável, é utilizado um cabo
especial para transmissão de dados.
Quando estamos implementando o sistema de alarmes, é necessário se
preocupar além do tipo de cabo, com dois importantes fatores, que na definição dos
57
cabos podem evitar muitos problemas no funcionamento da central, que analisamos
abaixo:
2.11.2 Diâmetro e Comprimento dos Condutores:
Segundo a NBR9441:
• O diâmetro mínimo para os condutores é 0,60mm, ou seja, 0,28mm², ou seja,
22 AWG.
• A corrente nos condutores não deve ultrapassar 4A/mm².
• A queda de tensão não deve ultrapassar 5% para os circuitos dos sensores e
10% para os circuitos sinalizadores e auxiliares
Os condutores de cobre, ou outros materiais apresentam uma resistência
elétrica que depende do seu diâmetro. Para os de cobre, esta resistência é de
poucos ohms por quilômetro. Na instalação dos laços de alarme de incêndio, os
fabricantes especificam um valor máximo de resistência para o laço, que será
proporcional ao comprimento e diâmetro do fio utilizado. Normalmente, com as
centrais, é fornecida uma tabela com o diâmetro do cabo e a distância máxima para
o mesmo. O cálculo da queda de tensão que irá ocorrer sobre o cabo e também a
potência que o mesmo irá dissipar, principalmente no uso de grande quantidade de
sensores, ou sirenes, é fator importante para evitar o mau funcionamento, ou até
inoperância do sistema.
Abaixo temos uma tabela de resistência de fios de cobre padrão que pode ser
utilizada no cálculo de comprimento da bitola a ser utilizada.
BITOLA
AWG
DIÂMETRO mm SECÇÃO mm² RESISTÊNCIA
OHM/km
0000 11.684 107.17 0.18
000 10.404 84.97 0.23
00 9.266 67.40 0.29
0 8.253 53.47 0.37
58
1 7.348 42.38 0.47
2 6.543 33.61 0.57
3 5.827 26.65 0.71
4 5.189 21.14 0.91
5 4.620 16.76 1.12
6 4.415 13.29 1.44
7 3.665 10.54 1.78
8 3.264 8.35 2.36
9 2.906 6.63 2.77
10 2.588 5.26 3.64
11 2.304 4.17 4.44
12 2.052 3.30 5.41
13 1.829 2.63 7.02
14 1.628 2.08 8.79
15 1.450 1.65 11.20
16 1.290 1.30 14.70
17 1.151 1.04 17.80
18 1.024 0.82 23.00
19 0.912 0.65 28.30
20 0.813 0.52 34.50
21 0.724 0.41 44.00
22 0.642 0.323 54.80
23 0.574 0.260 70.10
24 0.510 0.204 89.20
25 0.455 0.160 111
26 0.404 0.128 146
27 0.361 0.100 176
28 0.320 0.080 232
29 0.287 0.065 282
30 0.254 0.050 350
59
31 0.226 0.040 446
32 0.203 0.032 578
33 0.180 0.025 710
34 0.160 0.020 899
35 0.142 0.016 1125
36 0.127 0.013 1426
37 0.112 0.0099 1800
38 0.102 0.0082 2255
Tabela 2 - Especificação para cabos (Fonte: Autor )
2.11.3 Cálculo da resistência:
O cálculo para verificar se a resistência máxima não ultrapassa a requerida
pela central, é feito da seguinte maneira:
1) Verificar o comprimento do fio até o último sensor.
2) Como o fio é duplo, este comprimento deve ser multiplicado por dois.
3) Dividir a resistência máxima indicada pelo fabricante pelo comprimento do
cabo. Você irá obter o valor da resistência por metro, ou quilômetro.
4) Verifique na tabela de resistência/km, o valor de resistência de cabo no mínimo
abaixo da calculada. Recomenda-se trabalhar com uma “folga” de no mínimo 20%,
ou seja, utilizar um cabo com resistência 20% menor do que a calculada (multiplicar
o valor calculado por 0,8).
2.11.4 Cálculo do diâmetro da secção segundo a corrente máxima
1) Determinar a corrente máxima em cada elemento do circuito
2) Obter a corrente máxima possível no circuito
3) Como a corrente permitida é 4A /mm², temos que corrente (I)/(S) secção=4;
ou S=I/4.
60
4) Tendo-se a corrente máxima, calcula-se a secção (mm²) pela fórmula S=I/4.
5) Verifique na tabela de resistência/km, o valor de resistência de cabo, com
valor no mínimo igual à calculada. Recomenda-se trabalhar com uma “folga” de no
mínimo 20%, ou seja, utilizar um cabo com resistência 20% menor do que a
calculada (multiplicar o valor calculado por 0,8).
2.11.5 Cálculo para queda de tensão:
Para o cálculo do diâmetro, o primeiro passo é definir qual a corrente que irá
circular por cada um dos elementos do sistema. Isto pode ser obtido através do
datasheet de cada periférico.
Pode ser feito um cálculo para uso de uma única bitola em todo o laço, ou um
cálculo mais complexo, utilizando bitolas menores à medida que à distância da
central vai aumentando e a corrente diminuindo.
Se a opção for para uma única bitola, com a corrente e a tensão de cada
elemento, fazemos o seguinte:
a) Calcular a corrente total do circuito em função dos valores informados no
datasheet.
a*) Calcular a resistência equivalente de cada elemento, em função das
informações de tensão/corrente do datasheet e calcular a resistência equivalente R',
que seria a resistência considerando o valor de todos os periféricos em paralelo e a
corrente I' que seria corrente total do circuito.
b) Considerando-se a resistência do fio, teríamos um circuito série como o
abaixo:
Figura 36 - Circuito Série (Fonte: Autor)
61
c) Neste circuito temos que a resistência do fio (Rf) é igual à tensão sobre Rf,
dividido pela corrente que circula no mesmo.
d) Como a queda de tensão desejada na fiação pode ser 5%, ou 10%, teremos
que a tensão sobre Rf é igual à tensão de alimentação do circuito, dividida por 10
para circuitos de sirenes e tensão de alimentação, dividida por 20 no caso de circuito
de sensores, ou seja:
Para circuitos de sinalização VRf= Val/10
em 12V VRf=12V/10 = 1,2V
em 24V VRf=24V/10 = 2,4V
Para circuitos de sensores VRf= Val/5
em 12V VRf=12V/20 = 0,6V
em 24V VRf=24V/20 = 1,2V
d) Tendo a corrente em RF e a tensão sobre este, calculamos a resistência.
e) O valor Rf obtido, refere-se ao comprimento total da fiação. Então dividimos
esta, pelo comprimento em km do circuito e obtemos a resistência por km desejada
para o cabo. (Considerar o percurso de ida e volta do circuito no cálculo)
f) Utilizar a tabela para localizar o diâmetro do cabo com resistência logo abaixo
da calculada.
2.11.6 Parâmetros obrigatórios:
Observe que o cabo deverá obrigatoriamente atender os 4 parâmetros:
• Secção mínima de 0,28mm² - 22AWG
• Corrente máxima de 4 A/mm²
62
• Queda de tensão de 5%, ou 10% dependendo do circuito
• Resistência e comprimento máximos conforme especificado pelo fabricante
(normalmente 50 ohms)
2.12 INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA:
Como centrais de alame de incêndio normalmente são utilizadas em ambientes
industriais e locais com grande consumo de energia, considerando os grandes
comprimentos dos cabos, de centenas, ou até milhares de metros, o problema de
indução eletromagnética se acentua e se não forem tomadas medidas efetivas para
minimizar o efeito da mesma sobre os cabos, existem grandes possibilidades de
ocorrerem problemas de queimas e disparos falsos constantes no sistema.
Na especificação dos cabos e do sistema, alguns fatores são muito importantes
para minimizar estes problemas:
• Passar os cabos do alarme na maior distância possível de outros,
principalmente de rede elétrica local.
• Utilizar cabos torcidos e centrais com amplificadores diferenciais na entrada
dos circuitos. O amplificador diferencial tem a finalidade de minimizar os efeitos da
indução eletromagnética nos cabos. Como os condutores normalmente são
paralelos, a tensão induzida nestes é similar. Como o amplificador diferencial
reconhece apenas a diferença de tensão nas entradas, um mesmo nível de tensão
induzido nos 2 condutores do cabo, seria ignorado. Se o condutor for torcido a
tensão induzida nos 2 fios será praticamente a mesma, devido à proximidade e
posicionamento do mesmo dentro do campo eletromagnético que causa a indução.
• Utilizar cabos com blindagem eficiente. Quanto menor a permeabilidade
magnética da blindagem do cabo, menor a possibilidade de haver indução de tensão
no mesmo. Procurar utilizar cabos com malha de cobre aos de fita de alumínio.
Preferir malha trançada a malha paralela. Considerar a maior densidade de malha
em relação a menor. Malhas de cobre trançadas de boa qualidade podem ser
definidas como 80%, ou superior.
• Utilizar tubulação metálica eletricamente interligada e aterrada.
63
• Em alguns modelos de centrais existe a recomendação para a utilização de
cabos sem blindagem e não torcidos, inseridos em uma tubulação metálica para
blindagem (ex. Bosch D7024). Estes cabos devem ser utilizados em situações
específicas e sempre a exclusivo critério do fabricante da central/sensores.
2.13 TUBULAÇÃO:
A tubulação possui finalidades específicas que ajudam no melhor
funcionamento e protegem o sistema como veremos a seguir.
O tipo de proteção para os cabos de um sistema de alarme de incêndios podem ser
os seguintes:
• Cabo com proteção em PVC
• Canaletas
• Tubos plásticos
• Tubos metálicos
A NBR 9441 é um tanto confusa quanto as exigências para esta parte da infra-
estrutura e dela poderíamos tirar os seguintes tópicos:
• A tubulação e fiação devem passar a distância mínima de 20 centímetros dos
fios da rede de energia elétrica local.
• Os condutos devem ser de material que garantam proteção mecânica aos
condutores no seu interior.
• Sendo metálico, deve possuir continuidade elétrica em toda sua extensão.
• Sendo metálico, deve possuir aterramento adequado.
• Deve ser pintado na cor vermelha, ou possuir indicação com anéis vermelhos
de 1 a 2 centímetros de largura, à no mínimo a cada 1 metro.
• Caso os condutos não sejam metálicos, ou sejam metálicos abertos como
canaletas sem tampa, a fiação deve ser obrigatoriamente protegida com blindagem
contra indução eletromagnética.
64
• A resistência da tubulação, ou blindagem, não deve ser superior a 50 ohms
entre o último elemento e a central.
• A tampa e as caixas de passagem devem ser vermelhas e preferencialmente
possuir a indicação “ALARME DE INCÊNDIO”.
Outro fator importante a se considerar na implantação do sistema é a exigência
dos fabricantes. Normalmente para centrais endereçáveis, é exigida uma tubulação
metálica e com continuidade elétrica em toda a sua extensão. Isto se deve ao fato
de a tubulação metálica possuir função de blindagem e impedir a indução
eletromagnética na fiação, que prejudica a comunicação e pode queimar elementos
ligados à mesma.
Alguns modelos de centrais exigem apenas uma boa blindagem no cabo,
permitindo o uso de canaletas plásticas, que barateiam e facilitam a instalação do
sistema. Hoje existem no mercado canaletas e acessórios de PVC próprios para
instalação de sistema de alarmes de incêndio. Estes sistemas são aceitos pela
maioria dos comitês de aprovação dos corpos de bombeiro dos estados brasileiros
Alertamos, que antes da implantação, é importantíssimo verificar se os
equipamentos (sensores/centrais/acessórios) comportam este tipo de tubulação.
2.14 PROJETANDO
Passos para projeto
1) Verificação das normas e finalidades a que o cliente exige para o projeto.
2) Levantamento da planta baixa com medidas para escopo.
3) Levantamento dos locais com produtos inflamáveis e de risco.
4) Levantamento de fluxo de pessoas no local.
5) Levantamento de nível de ruído nos diversos locais.
6) Definir a quantidade e o posicionamento dos acionadores manuais conforme a
norma.
7) Analisar tipo de sensores mais adequados para cada ambiente.
8) Calcular a quantidade de cada tipo de sensor.
65
9) Calcular a quantidade e definir posicionamento de sirenes e indicadores
visuais.
10) Fazer a definição de laços.
11) Definir o tipo de central e acessórios a serem utilizados.
12) Calcular fiação para sensores, sinalizadores e acessórios.
13) Fazer cálculo de baterias para repouso e operação.
14) Definir tipo de infra-estrutura para cabos e fixação dos elementos.
15) Elaborar diagrama elétrico do sistema.
16) Elaborar lista com especificação de todos os itens do sistema, inclusive quanto
a certificações.
17) Elaborar planta baixa com posicionamento dos elementos.
18) Elaborar memorial descritivo.
19) Fazer cronograma de implantação.
20) Submeter projeto à aprovação.
21) Elaborar plano de manutenção.
22) Elaborar cronograma de implantação.
2.14.1 Simbologia Utilizada em Projetos (segundo NBR9441)
Símbolo discriminação Símbolo Discriminação
Central do alarme de
incêndio
Bateria do alarme de incêndio
Painel repetidor
Caixa de distribuição c/ bornes
Caixa com circuitos e
módulos lógicos
Caixa de fusíveis – deve ser
indicada à quantidade e corrente
dos mesmos
66
Acionador manual
Sensor térmico pontual – deve
ser indicada à temperatura de
acionamento
Detector termovelocimétrico
– indicar temperatura de
acionamento
Detector de fumaça iônico
Detector de fumaça ótico
Detector de chamas
Detector no entreforro –
deve ser indicado no circulo
central o tipo de detector
Detector no entrepiso – deve ser
indicado no circulo central o tipo
de detector
Detector sob viga – deve ser
indicado no circulo central o
tipo de detector
Detector na parede – deve ser
indicado no circulo central o tipo
de detector
Detector em armário – deve
ser indicado no circulo
central o tipo de detector
Detector Linear
Indicador Visual
Indicador sonoro e visual
67
Avisador sonoro mecânico
Avisador sonoro eletrônico
Proteção contra chuva –
deve ser indicado qual o
equipamento protegido
Eletroduto aparente
Cabo blindado aparente
Eletroduto embutido
Tabela 3 - Símbolos gráficos para projetos (Fonte: NBR14100)
2.15 MANUTENÇÃO
Além da utilização de componentes adequados no projeto e implantação de um
sistema de alarmes de incêndio, outros cuidados devem ser tomados para garantir a
eficiência do equipamento no momento de algum sinistro. A manutenção preventiva
é um importante fator para aumentar a segurança que o sistema oferece.
É recomendado ao projetista e instalador, incluírem na venda do sistema, um
serviço de manutenção preventiva durante e após o prazo de garantia.
A NBR 9441 estabelece alguns procedimentos para este serviço vistos a
seguir:
• Quando a manutenção exigir o desligamento de algum circuito, deve ser
previstos o monitoramento com o número de pessoas suficientes para garantir a
segurança de aviso em caso de incêndio.
• Em ambientes com nível elevado de sujeira, os sensores devem ser
submetidos a testes em intervalos menores tais que garantam a eficiência do
funcionamento do sistema.
• O sistema deve possuir um livro de controle e em cada visita para manutenção,
68
devem ser registradas todas as anormalidades detectadas e as correções
executadas. Este livro deve ficar junto a central do sistema e não deve ser retirado
enquanto o sistema estiver em funcionamento.
• Mensalmente deve-se fazer verificação visual das baterias, verificação das
chaves da central e testes dos indicadores, com o uso das chaves da central
• Trimestralmente, deve ser medido e anotado no livro de registros o consumo de
cada circuito da central, medição da resistência de terra de cada circuito.
• Caso tenha ocorrido disparo em falso depois da última manutenção, teste de
todos os acionadores manuais e teste por amostragem dos sensores em cada um
dos circuitos.
Anualmente devem ser testados todos os sensores, acionadores e indicadores do
sistema.
2.16 AGENTES EXTINTORES
Este texto é dirigido principalmente a auxiliar na implantação do sistema de
alarmes. Como é comum a implantação em conjunto de sistemas de extinção,
passamos abaixo alguns detalhes dos mesmos, que em caso de implantação
exigem pesquisa mais profunda.
Figura 37 - Sprinkler (Fonte: Catchview)
Os agentes extintores são aqueles que quando da detecção do fogo, utilizam
elementos para sua extinção. O tipo mais comum é o chuveiro tipo sprinkler, que é
69
composto por um bulbo de vidro, com líquido de grande coeficiente de dilatação em
relação à elevação da temperatura. Quando esta atinge determinado valor, o bulbo
de vidro se rompe e permite o acionamento de uma válvula que bloqueava a saída
de água na tubulação onde o mesmo está inserido. Juntamente com a tubulação de
água, é instalada uma chave de fluxo, que pode acionar a central de alarmes e
também a bomba de água do sistema. Seu uso é bastante difundido, porém possui
limitações de uso, porque a água danifica objetos na área de ação dos mesmos,
principalmente equipamentos eletrônicos em locais como CPDS, centrais telefônicas
e outros.
Uma opção para sistemas de extinção é a utilização de gases, como monóxido
de carbono, ou outros, que não prejudicam a saúde, como Heptafluorpropano
(FM200) e Halon. Estes gases são fornecidos em cilindros e ligados aos ambientes
através de tubulações específicas, que tem a saída para o ambiente, bloqueada por
uma eletroválvula, que é acionada por uma central em caso de incêndio.
As centrais para sistemas de extinção exigem algumas características
específicas como detecção com cruzamento de laço, que só abre a válvula, quando
um conjunto de sensores é acionado, minimizando a ativação por falsos alarmes.
Isto deve ser considerado devido aos danos a saúde que os mesmos podem causar
e também ao elevado custo destes gases, que precisam ser repostos após o
acionamento do sistema.
Existem no mercado, sistemas autônomos de extinção, que são compostos de
um cilindro de fácil fixação em tetos e contém uma quantidade limitada de gás, a
válvula de liberação e até o sensor para acionamento. Estes sistemas autônomos
facilitam a implantação em pequenas áreas, principalmente em CPDS e locais
fechados com grande concentração de equipamentos eletrônicos.
Figura 38 - Cilindro de Gás para extinção de fogo ( Fonte: RMR)
70
3 METODOLOGIA
Treinamento é um processo de assimilação cultural em curto prazo, que
objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionados
diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho. O treinamento
produz um estado de mudança no conjunto de conhecimentos e habilidades de cada
trabalhador, modificando a bagagem particular de cada um (Marras 2001).
Para elaborar um treinamento é necessário um grande conhecimento no
assunto interessado. Alarmes de incêndio é um assunto muito rico, porém ainda não
possui muitas fontes na língua portuguesa, por isso buscaram-se diversas fontes
para fundamentarmos o treinamento.
Buscaram-se primeiro as literaturas existentes no país como a NBR 9441, a
qual é baseada em uma norma internacional. A NBR dita as normas de como um
alarme de incêndio deve ser instalado, mas não detalha o funcionamento do mesmo.
Para explicar qual é o princípio de funcionamento de um sistema de alarme
foram consultados diversos manuais, de várias centrais, mas essas não trazem os
conceitos básicos de alarmes de incêndio. É preciso mais, o conhecimento sobre
alarme de incêndio hoje é adquirido na prática, pois não há uma literatura nacional
que explica tais conceitos. Sem encontrar no Brasil, a única maneira foi buscar uma
literatura internacional. Encontrou-se um livro o qual explica os conceitos básicos
sobre alarmes de incêndio, porém na língua inglesa com a qual surgiram algumas
dificuldades.
Baseado nesse livro e em profissionais da área que também foram bastante
consultados de maneira informal, o grupo juntou as idéias e conceitos, formando
pequenos textos.
Como a idéia do treinamento não é ser direcionada apenas para profissionais
com conhecimento em elétrica, houve uma preocupação em oferecer uma base
deste assunto, para que o aluno não se sinta perdido quando se deparar com
alguns termos técnicos que já são conhecidos por profissionais da área
elétrica. Foram pesquisados livros sobre eletricidade básica e introdução à
eletricidade, para apenas dar uma fundamentação aos participantes do curso. Essa
base não se estendeu muito, pois não é objetivo do curso formar um profissional da
área elétrica.
71
Após ter encontrado fontes necessárias para fundamentar o treinamento, o
segundo passo era sintetizar as idéias de uma maneira que elas ficassem claras
para qualquer pessoa. Iniciou-se então a montagem da apostila.
Em paralelo a isso se buscou informações sobre o assunto consultando
profissionais da área. O que facilitou bastante o trabalho foi que como a empresa
Alarmes Tucano é distribuidora BOSCH, ela possibilitou um contato direto com o
corpo de engenharia deste fabricante, o que auxiliou em diversas dúvidas,
principalmente sobre a central BOSCH D7024.
Uma preocupação também era saber como o Corpo de Bombeiros do Paraná
se porta em relação a alarmes de incêndio e as normas, pois são eles os
responsáveis pelas vistorias e aprovação das edificações. Nesse meio tempo os
alunos foram até o órgão e entrevistaram a Engenheira Civil Dulce Doege que
respondeu várias perguntas, tal entrevista está no apêndice C. O que se percebeu
nessa entrevista é que o Corpo de Bombeiros se preocupa apenas com vidas e não
com patrimônio, pois nas suas vistorias são apenas testados os acionadores
manuais. Sensores de fumaça e outros modelos não são testados.
Outro fato que chama atenção em relação ao Corpo de Bombeiros é que cada
estado possui suas exigências, e por isso o que às vezes é aceito no Paraná nem
sempre é aceito em outro estado.
Como a Alarmes Tucano distribui os produtos BOSCH, essa solicitou um
treinamento da fábrica dos seus produtos. Esse treinamento foi ministrado na
UTFPR, e para ele, foram convidados vários clientes da empresa que vieram de
diversas localidades, e os três alunos interessados.
O curso serviu como um modelo bruto, nele apenas se falou sobre os modelos
de centrais e alguns conceitos básicos. Esse curso será lapidado pela equipe, onde
ela se espelhará em algumas idéias e acrescentarão outras. O curso no geral traz
muito conhecimento sobre alarmes, e também traz fortes evidências de que quem
instala alarmes hoje, não tem um conhecimento adequado e também não tem onde
buscar esses conhecimentos.
72
4 TREINAMENTO
4.1 APLICAÇÃO
Inicialmente o treinamento foi planejado para ser ministrado em três dias. Um
dia e meio direcionado à eletricidade básica, abordando os principais tópicos que um
instalador necessita conhecer para a instalação de alarmes. Neste período é dada
uma ampla visão sobre a instalação de todos os tipos de centrais de alarmes de
incêndio disponíveis no mercado, definição de conceitos básicos, demonstração de
cálculos e dispositivos integrantes dos sistemas de alarmes.
A partir da metade do segundo dia o curso abordará uma central específica, no
caso a central BOSCH D7024. Nesta parte do treinamento todos os tópicos desde a
apresentação, programação e instalação serão detalhados.
O treinamento foi projetado para ser ministrado com o auxílio de um projetor
multimídia, principalmente a parte teórica. Para a parte prática ficou acertada com a
empresa Alarmes Tucanos que a mesma será encarregada de fornecer as centrais e
os acessórios para realizar o treinamento prático.
Com os materiais cedidos pela empresa, foi montado um painel didático para
auxiliar nas aulas práticas, o qual mostra de uma forma simples o funcionamento do
sistema, onde o aluno pode simular diversas situações. O processo de montagem
desde painel e as fotos estão descritas no apêndice F. No final do treinamento será
aplicado um teste teórico e um questionário avaliando o treinamento, o mesmo está
disposto no apêndice D.
Foi criada uma programação para o curso, detalhando o que seria ministrado
nesses três dias.
Ministrante Horário Data Assunto
Eduardo 8:00- 9:00 1° dia Apresentação
Eduardo 9:00- 12:00 1° dia Conhecimentos Básicos de
elétrica
Eduardo 13:00 – 17:00 1° dia Alarmes de Incêndio Teoria
Roberto 9:00 – 12:00 2° dia Apresentação da central e seus
componentes
73
Lucas 13:00 – 17:00 2° dia Programação da Central
Roberto, Lucas
Eduardo
8:00-12:00
13:00 – 17:00
3° dia Parte prática das centrais
convencionais e endereçáveis.
A proposta deste treinamento prevê inicialmente um máximo de 10
participantes por turma. Por se tratar de um evento composto por participantes com
diferentes níveis de conhecimento de eletricidade e eletrônica e também de sistemas
de alarme de incêndio, provavelmente o instrutor fará atendimentos individuais para
responder dúvidas específicas em função do nível de conhecimento do participante.
Sempre que possível será interessante formar turmas com o mesmo nível de
conhecimento em sistemas eletrônicos/elétricos e de escolaridade semelhantes,
assim o nível de apresentação e também de esclarecimento das dúvidas poderá ser
repassado com uma mesma linguagem, o que facilitará o entendimento de todos os
participantes, melhorando o desenvolvimento do treinamento.
4.2 DIVULGAÇÃO DO TREINAMENTO
De nada adiantaria um treinamento bem estruturado se não existem
interessados no mesmo. E como é de conhecimento da equipe a falta deste tipo de
evento em todo território nacional, foi feita uma pesquisa de quantas pessoas se
interessariam em um primeiro momento em realizar o treinamento.
Novamente com a ajuda da Alarmes Tucano foi encaminhado um e-mail para
mais de 2000 clientes. No apêndice E está o e-mail que foi enviado para os clientes.
Para esse treinamento cerca de 100 pessoas manifestaram interesse no
treinamento.
4.3 PROCEDIMENTOS PARA A MONTAGEM DO TREINAMENTO
Para uma melhor organização do curso foi necessário criar um formulário de
74
inscrição com qual se pode identificar o aluno e antes do início das aulas já
providenciar crachás para cada um. Conforme mostra no apêndice A. Nele está
relacionada desde a ficha de presença até as ferramentas necessárias para a
execução do treinamento.
Neste mesmo apêndice está citado como foi estruturado o treinamento, desde a
sala de aula que foi locada em uma escola particular até as ferramentas que foram
necessárias para realizar o treinamento prático.
4.4 EXECUÇÃO
O treinamento aconteceu nas seguintes datas:
20 de setembro das 19h00min às 22h30min.
21 de setembro das 19h00min às 22h30min.
22 de setembro das 09h00min às 12h00min e das 13h00min às 17h00min.
No dia 20 de setembro às 19h45min, após espera de alguns alunos, iniciou-se
o treinamento com 17 participantes presentes.
Inicialmente o palestrante Eduardo Fachini apresentou-se para a turma e pediu para
que cada um se apresentasse, para que se conhecesse o nível de cada participante.
E começou sua palestra sobre eletricidade básica. Nessa etapa foram explicados os
conceitos da eletricidade, como tensão, corrente, resistência entre outros
necessários para o entendimento de um sistema de alarme de incêndio.
A partir de 20h20min aproximadamente, iniciou-se o assunto sobre alarmes de
incêndio. Foram comentados vários tópicos.
O treinamento nesse dia terminou às 22h40min.
No dia 21 de setembro Eduardo Fachini continuou a apresentação do
treinamento, neste dia todos os matriculados estavam presentes. E ainda os temas
foeam: conceitos sobre alarmes de incêndio e a apresentação de alguns
componentes.
E às 22h35min aplicou uma avaliação para os alunos responderem.
No dia 22, às 09h30min o Sr. Carlos contratado pela empresa Alarmes Tucano deu
continuidade ao treinamento, mas agora falando sobre a central D7024.
75
Até às 11h000min foram detalhadas as características da central D7024 e as
características de seus periféricos. A partir desse horário foi relatado sobre a
programação da central até as 16h00min.
A partir desse horário junto com todos os integrantes da equipe foi dado início
ao treinamento prático. Em um laboratório montado pela equipe na mesma escola. O
curso acabou as 17h00min.
O apêndice B relata sobre o primeiro treinamento, nele estão detalhados os
tópicos que foram ministrados e as dificuldades encontradas pelo palestrante.
No apêndice D estão as avaliações que foram aplicadas aos alunos, tanto às
avaliações técnicas dos alunos quanto as avaliações que os alunos fizeram em
relação ao treinamento. E também as notas e as críticas que os mesmos fizeram
sobre o treinamento. Neles estão também descritos os que deveremos fazer para
corrigir esses defeitos que ocorreram no primeiro treinamento.
Depois de concluído o treinamento, foi envidado a Bosch o relatório sobre o
mesmo, que está no apêndice B como já foi citado. A Bosch do Brasil após conferir o
relatório consultou os participantes e concedeu a homologação do treinamento
conforme consta no e-mail encaminhado a Alarmes Tucano, que está no apêndice
G.
76
5 CONCLUSÃO / CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a finalização deste projeto para conclusão do nosso curso, observamos
que os ensinamentos recebidos durante os anos em sala de aula nos forneceram
uma excelente fundamentação para fazer o nosso trabalho, e conseguir buscar os
conhecimentos adicionais para poder elaborar e testá-lo na prática.
Tivemos muitas dificuldades, tendo que aprender a discutir e argumentar com
profissionais com diferentes pontos de vista. Aprendemos a utilizar softwares de
diferentes áreas e ao longo da caminhada pudemos concluir que o final deste
trabalho é apenas o início de uma caminhada que será aperfeiçoar nossos
conhecimentos, os produtos deste treinamento a fim de conseguir a satisfação do
usuário e o reconhecimento da qualidade do nosso trabalho.
5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
O trabalho se limitou nas normas nacionais NBR 9441 e na NFPA que é a
norma americana. Com relação a trabalhos futuros, sugere-se a pesquisa em novas
literaturas como a Norma EN54, que é a norma européia, e também a descrição de
funcionamento e a programação de outros modelos de centrais.
77
6 REFERÊNCIAS
ABRAMCZUK, A; CHAUTARD, S.L; Eletro Eletrônica. Rio de Janeiro: Rainha Lescal 1970.
BOSCH, Robert. Painel de controle de alarmes de incêndio. D7024. Campinas - Sp. 2006. CORPO DE BOMBEIROS DO PARANÁ. Código de prevenção de incêndios. 3ª Edição. Curitiba - Pr. 2001. DNC, DEPARTAMENTO NACIONAL DE COMBUSTÍVEIS: Documento: Portaria nº 27, de 16 de Setembro de 1996.
GAGNON, Robert; KIRBY, Ronald. A Designer's Guide to Fire Alarm Systems. Quincy-Massachusetts- EUA: NFPA. 2003.
MARRAS, J. P. Administração de Recursos Humanos: Do Operacional ao Estratégico. 4. ed. São Paulo: Futura, 2001.
NBR 9441 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.: Normas para instalação de alarmes de incêndio . Rio de janeiro - Rj. 1998. NFPA – National Fire Protection Association, Inc. Quincy-Massachusetts-EUA.2002.
SILVA FILHO, Matheus Theodoro da. Fundamentos da Eletricidade. Rio de Janeiro: LTC editora. 2007.
SYSTEM SENSOR: Fire Sensors Guide Editor System. Sensor, Saint Charles EUA: 2005.
78
7 APÊNDICES
Nesta parte do trabalho estarão relacionados todos os documentos por nós
criados, fundamentados nos treinamentos e nas pesquisas realizadas.
79
APÊNDICE A. MATERIAL NECESSÁRIO PARA A MONTAGEM DO TREINAMENTO
MONTAGEM DO TREINAMENTO P/ ALARMES DE INCÊNDIO
Eduardo Fachini Lucas Wszolek
Roberto Ferreira Professor orientador: João Góis
Setembro-2007
80
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO.............................................................................................81
2 DOCUMENTOS ................................................................................................81
2.1 FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO............................................................................................ 81
2.2 CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO.................................................................................................. 82
2.3 FICHA DE PRESENÇA .............................................................................................................. 82
3 EXIGÊNCIAS PARA O LOCAL .........................................................................83
4 MATERIAL DIDÁTICO: .....................................................................................83
4.1 MATERIAL DE APOIO ............................................................................................................... 83
4.2 MATERIAL PARA TESTES E DEMONSTRAÇÃO: ................................................................... 84
4.3 MATERIAL PARA TESTES NAS BANCADAS: ......................................................................... 84
5 INTERVALOS, LANCHES, ALIMENTAÇÃO: ....................................................85
81
1 APRESENTAÇÃO Este documento tem por finalidade apresentar tudo o que será necessário para a
realização do treinamento de alarmes de incêndio.
2 DOCUMENTOS
2.1 FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO
TREINAMENTO DE ALARMES DE INCÊNDIO
FORMULÁRIO PARA INCRIÇÃO
Nome do
participante
Rg: Cpf:
Fone: E-mail:
Cidade: Empresa:
Qual seu nível de conhecimento em sistemas de alarmes de incêndio?
( )Nenhum ( ) Já fiz instalação ( ) Já fiz manutenção ( ) Já fiz projetos
Qual é o seu nível de conhecimento em eletricidade/eletrônica?
( )
Nenhum ( ) Possuo conhecimento prático
( ) Possuo formação como:
..................................................
Este formulário deve ser encaminhado via fax ou e-mail para (41) 3286-2867 ou
para
82
2.2 CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO
Este será o crachá de identificação utilizado no treinamento.
Figura 39 - Crachá de Identificação
2.3 FICHA DE PRESENÇA
Treinamento de alarmes de incêndio
Local:.........................................
Nome Ass.:
Data: /
Ass.:
Data: /
Ass.:
Data: /
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
83
9.
10.
11.
12.
13.
14.
3 EXIGÊNCIAS PARA O LOCAL
A sala para o treinamento deve comportar dez participantes sentados,
necessitando cadeiras e mesas para todos. Deve possuir boa iluminação, que possa
ser desligada na projeção dos slides da apresentação. Deve possuir ao menos uma
mesa de 1m x 0,5 m para cada três participantes, a fim de executar a montagem e
prática de teste com os equipamentos. É desejável que exista nas mesas uma
tomada de energia para ligação do equipamento.
A sala deverá comportar ainda uma tela/parede ou similar para projeção de
canhão de multimídia, local para colocação de um painel com 1m x 2,2m x 50 cm e
um quadro negro ou suporte tipo flip-shart para escrita do instrutor. A tela de
projeção, painel de equipamentos e quadro devem ficar expostos de maneira que
todos os participantes possam ver e acompanhar a explanação do instrutor.
A recomendação é uma sala com área de 20m²s ou maior.
4 MATERIAL DIDÁTICO :
4.1 MATERIAL DE APOIO
Aos participantes será entregue o seguinte material:
• Caneta esferográfica azul;
84
• Apostilas com espaço para anotações para acompanhar a explanação;
• Manual da central D7024;
• CD com informações diversas sobre o equipamento;
• Catálogo técnico da linha de incêndio BOSCH;
4.2 MATERIAL PARA TESTES E DEMONSTRAÇÃO:
• Central D7024;
• Módulo multiplex D7039;
• Fonte de alimentação para central;
• 02 - Baterias 12 V / 1,5;
• Indicador sonoro e visual;
• Sensor de fumaça óptico D7050 com base;
• Módulo de 8 entradas endereçadas D7042;
• Módulo de uma entrada e uma saída D7053;
• Módulo 1 entrada D7044;
• Teclado remoto D7033;
• Acionador manual convencional;
• Acionador tipo alavanca D461;
• Sensor fumaça 4 fios D273;
• Caixa com chaves para controlar nível sonoro da sirene;
4.3 MATERIAL PARA TESTES NAS BANCADAS:
Equipamentos
• 03 - Placas de central D7024;
• 03 - Módulos multiplex D7039;
• 03 - Fontes 30 Volts / 1 A;
85
• 06 - Baterias 12Volts /1,5 A;
• 05 - Sensores D7050 com base;
• 01 - Sensor termovelocimétrico e temperatura D603;
• 03 - Módulos entrada/saída D7053;
• 02 - Módulos de entrada D7044;
• 03 - Teclado remoto D7033;
• 03 - Módulo de 8 entradas D7042;
• 03 - Módulo expansão 4 zonas convencionais D7034;
• 03 - Buzers 24 Volts;
• 10 - Metros de cabo para rede de computador LAN nível 5
Ferramentas:
• 03 Chaves Phillips;
• 03 Chaves de fendas;
• 03 Multímetros digitais;
• 01 Alicate de corte;
• 03 Alicates descascador de fios;
5 INTERVALOS, LANCHES, ALIMENTAÇÃO:
Como experiência em outros cursos que os três alunos já presenciaram, é de
extrema importância que haja uma parada no meio do treinamento. Essa parada
serve para várias aplicações. Nela os alunos podem conhecer melhor os aparelhos,
fazer questionamentos diretos ao palestrante, e conversar com outros colegas a fim
de trocar informações e ampliar sua rede de contatos e além de criar um ambiente
descontraído.
No treinamento que for realizado no período noturno deve ser realizada uma
parada na metade do treinamento com duração de 10 a 20 minutos, e nesse
intervalo será oferecido aos alunos um lanche. Entendemos que bolachas,
sanduíches café e refrigerantes sempre foram suficientes para essas paradas.
86
É importante calcular a quantidade de alunos correta afim de que não falte, e
solicitar esses alimentos antecipadamente para uma padaria ou uma lanchonete,
para que na hora combinada ele esteja pronto e fresco para ser consumido.
No treinamento realizado com turno integral é necessário proporcionar uma
pausa prolongada para que os alunos possam se alimentar adequadamente.
Outra experiência que os integrantes da equipe já vivenciaram e é de importante
valor citar aqui, foi que a empresa que estava realizando o treinamento forneceu
almoço gratuitamente para os alunos. Então ao realizar um treinamento de período
integral deve se preocupar com a alimentação dos alunos.
Esse treinamento pode ser dividido em quatro partes. Das 09h00min a
09h15min pausa para um café. Das 12h00min às 13h30min pausa para o almoço. E
das 16h00min às 16h15min outra parada para o café.
É importante verificar a qualidade das refeições. E se a idéia é levar os alunos
ao restaurante, previna-se. Primeiramente entre em contato com o restaurante e
negocie com o mesmo um desconto e reserve as mesas. É muito importante
também providenciar o transporte desses alunos até o restaurante se este for
distante da sala de aula.
87
(Página deixada em branco propositalmente)
88
APÊNDICE B. RELATÓRIO SOBRE O PRIMEIRO TREINAMENTO REALIZADO
RELATÓRIO DO PRIMEIRO TREINAMENTO SOBRE
SISTEMAS DE ALARMES DE INCÊNDIO
/ Programação D7024
Eduardo Fachini
Lucas Wszolek
Roberto Ferreira
Setembro/07
89
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO: ................................... ........................................................90
2. FORMA DE APRESENTAÇÃO:.......................... .............................................90
3. MODELO DE CRACHÁ UTILIZADO:..................... ..........................................90
4. O TREINAMENTO: .................................. .........................................................93
4.1. PRIMEIRO DIA: .......................................................................................................................... 93
4.2. SEGUNDO DIA:.......................................................................................................................... 94
4.3. TERCEIRO DIA: ......................................................................................................................... 96
5. CUSTOS ...........................................................................................................98
5.1. DESPESAS ................................................................................................................................ 98
5.2. PAGAMENTOS .......................................................................................................................... 98
5.3. VALORES RECEBIDOS ............................................................................................................ 99
6. AVALIAÇÕES DO APROVEITAMENTO DOS ALUNOS:........ ......................100
7. SUGESTÃO PARA MELHORIAS OBSERVADAS PELOS PARTICI PANTES: 102
8. SUGESTÕES PARA MELHORIAS FEITA PELOS FORMANDOS: . .............102
9. FOTOS DO TREINAMENTO ..........................................................................103
10 . CONCLUSÃO ..................................... ............................................................103
90
1. APRESENTAÇÃO:
O objetivo deste relatório é relatar todos os fatos e observações referentes ao
primeiro treinamento para projeto em sistemas de alarmes de incêndio, realizado na
escola Viver no bairro Boqueirão na cidade de Curitiba, nos dias 21, 23, e 23 de
setembro de 2007 e posteriormente efetuar ações corretivas para melhoria do
processo.
2. FORMA DE APRESENTAÇÃO:
Nossa intenção foi utilizar a apostila e apresentação de slides anteriormente
criados e que fazem parte do nosso trabalho de conclusão de curso.
A organização do material e procedimentos foi feita segundo o arquivo que está no
apêndice A nessa monografia, criado especialmente para gerenciar os
procedimentos de execução anteriormente planejados.
3. MODELO DE CRACHÁ UTILIZADO:
Figura 40 - Modelo do crachá
91
Inicialmente, a partir de 19 de agosto, nos propusemos a efetuar no menor
tempo possível a fim de dar mais um passo em nosso projeto de conclusão, o
primeiro treinamento teste. Além do prazo curto para o fim do trabalho, aliou-se a
necessidade da empresa Alarmes Tucano, patrocinadora do projeto, o treinamento
que é uma solicitação de vários clientes. No dia 20 de agosto iniciamos um processo
de divulgação via e-mail enviado para aproximadamente 2000 profissionais da área
anteriormente cadastrados na empresa. O e-mail foi enviado conforme o apêndice E
do nosso trabalho de conclusão de curso. Como ainda havia dúvida quanto ao local
da realização, não informamos este, que naquela data estava para ser definido entre
uma sala na UFTPR ou numa escola próxima à empresa Alarmes Tucano. Na
semana seguinte, em função das facilidades de realizar o treinamento na escola
próxima, minimizando trabalhos com transporte de material e organização do local,
optamos por utilizar a sala cedida pela administração da escola Viver no bairro
Boqueirão, na cidade de Curitiba.
Com a divulgação do treinamento, recebemos diversas solicitações de
informações e confirmações de participação. Como já havíamos tido experiência de
que a confirmação verbal não resultaria em presença, optamos por efetuar a
matrícula condicionada ao pagamento da mesma, com depósito na conta da
empresa no valor de R$200,00 por participante. Para a data foi determinada a
participação de um máximo de 15 alunos, além de 4 funcionários da empresa para
assistirem ao treinamento.
O número de confirmações verbais estava em 30 participantes até dez dias
antes da data prevista. Sendo que já haviam sido feitas 8 matrículas com
confirmação de pagamento. Na semana final ligamos aos interessados e
informamos que restavam poucas vagas e estas seriam preenchidas pelos primeiros
interessados que efetuassem o pagamento da matrícula. No dia 19, dois dias antes
da data, as 15 vagas estavam completas, sendo que tivemos que recusar a
matrícula de 12 interessados que se manifestaram posteriormente. Para estes foi
informado que haveria novo treinamento no prazo de aproximadamente 30 dias e
que neste caso entraríamos em contato para a confirmação da matrícula.
Neste treinamento tivemos a matrícula dos participantes conforme abaixo, sendo 6
vindos de outras cidades, 5 de Maringá e 1 de Ouro Preto-MG.
92
NOME EMPRESA PROFISSÃO CIDADE TELEFONE
1 Acelor Luis Assmann Serv Tronic Sist. de
Seg. Ltda Engenheiro Maringá - PR (44)8401-3058
2 Albert Schellmann IB Technology Engenheiro Curitiba - PR (41)3078-4452
3 Alexandre Marengoni Sempre Segurança Eletrônica
Técnico Maringá - PR (44)8406-8380
4 Bruno Gorri Ruivo Patrimonium Com. E Inst.
Técnico Instalador
Maringá - PR (44)3025-6644
5 Gustavo da Silva Alince Sist. De Alarmes Ltda
Auxiliar Técnico Curitiba - PR (41)3019-1155
6 Leandro Franco de Brito Engese Engenharia Estagiário em Mecâtronica
Curitiba - PR (41)3246-8534
7 Luciano Antunes Gomes
Alerta Segurança Eletr. Ltda.
Gerente Ouro Preto – MG
(31)3551-7733
8 Luiz Carlos Guedes Hot Control Gerente Curitiba - PR (41)3308-7707
9 Michel André F. Soares Patrimonium Com. E Inst.
Diretor Maringá - PR (44)3025-6644
10 Pedro Chagas IB Technology Auxiliar Técnico Curitiba - PR (41)3078-4452
11 Percy Alves Filho IB Technology Técnico Instalador
Curitiba - PR (41)3078-4452
12 Vilson Farencena Patrimonium Com. E Inst.
Gerente Maringá - PR (44)3025-6644
13 Viviane Tucano Ltda Vendas Curitiba
14 Gisele Ortiz Tucano Ltda Vendas Curitiba
15 Luis Carlos Pereira Tucano Ltda Técnico Curitiba
16 Laercio Porath Tucano Ltda Técnico Curitiba
No dia 16, segunda-feira, providenciamos 25 cópias da apostila de sistemas de
alarme de incêndio e também do manual da central D7024. Como o treinamento era
de interesse da empresa e esta estava recebendo pela inscrição dos participantes,
ela optou por contratar um palestrante experiente que iria discursar e esclarecer as
dúvidas da central Bosch D7024, com a utilização de slides.
Como o número de participantes seria de aproximadamente 20, optamos por
incluir 5 conjuntos de centrais e acessórios para os testes práticos, além do painel
de demonstração que também poderia ser utilizado para este fim.
No dia 18 de setembro anterior ao treinamento, houve uma visita à escola no
sentido de verificar as condições do local e a necessidade de algum equipamento
especial. Verificou que o local atendia bem nossa necessidade, faltando apenas um
painel branco para projeção dos slides. Além da sala de aula a escola ofereceu um
93
laboratório com bancadas de granito e banquetas onde poderiam ser realizadas as
experiências práticas.
No dia 20 de setembro, pela tarde, os painéis e os equipamentos foram
anteriormente embalados e levados até o local. No dia do treinamento (dia 21) o
local já estava organizado para a palestra.
Foi contratada uma panificadora para fornecer o coffee-break nas duas noites e
fizemos reserva de uma churrascaria e uma Van para transportar os participantes no
almoço de sábado. Os detalhes de local, custos e conclusão sobre estes serviços
estão dispostos no capítulo 6 deste documento.
No dia 21, as 18h45m nos dirigimos ao local a fim de receber os participantes.
O horário marcado para início foi as 19h00m, porém a turma teve elementos
suficientes para o início apenas as 19h50m, com 17 participantes.
4. O TREINAMENTO:
4.1. PRIMEIRO DIA:
A palestra foi ministrada pelo aluno Eduardo e teve e no primeiro dia teve o
seguinte desenvolvimento:
19h45min – Apresentação dos participantes;
19h50min – Sistemas de Alarme de Incêndio - conceitos básicos sobre eletricidade;
20h05min – Estratificação;
20h10min – Acionadores manuais;
20h23min – Sensor de temperatura;
20h33min – Sensor termovelocimétrico;
20h36min – Sensor de fumaça ótico;
20h42min – Sensor de fumaça iônico;
20h51min – Sensor filtro poeira;
94
21h00min – Coffee-break;
21h30min – Sensor de barreira infravermelho e dutos;
21h35min – Sensor de gás;
21h42min – Circuitos em classe A e classe B;
21h52min – O que é uma central? O que a norma diz?
21h56min – Centrais convencionais e endereçáveis;
22h26min – Centrais digitais, analógicas e algorítmicas;
22h40min – Término da primeira parte do treinamento;
O fim do primeiro dia de palestra foi satisfatório, porém notamos as seguintes
dificuldades;
• Embora as transparências seguissem a seqüência da apostila, ajudaria muito
se os participantes tivessem uma cópia destas impressa.
• No início da palestra, não existia material de apoio, nem informação na apostila
para apresentação da lei de Ohm. Isto facilitaria a apresentação e também ajudaria
na fixação dos conceitos.
• Caso houvesse mais tempo, seria interessante apresentar alguns exercícios de
cálculo de queda de tensão e também de resistência em série e paralelo.
• Faltou incluir o sensor de monóxido de carbono, que vem sendo bastante
utilizado.
• Para apresentação dos sensores térmicos mecânicos seria interessante haver
um desenho para auxílio.
• Num próximo treinamento é interessante informar o início com 30 min de
antecedência ao horário de intenção;
4.2. SEGUNDO DIA:
95
No segundo dia de treinamento todos os matriculados compareceram. Um
grupo vindo de Maringá, com 3 participantes se equivocou quanto ao local,
imaginando que a palestra seria no endereço da Alarmes Tucano. Estas pessoas
haviam sido informadas por e-mail quanto ao local, bem como um telefone celular
para contato em caso de dificuldades. Os participantes alegaram não haver recebido
este e-mail.
• Para um próximo treinamento, além do envio do e-mail, será necessária uma
confirmação verbal do recebimento para todos os matriculados;
19h30min – Complemento de informações sobre circuitos em classe A e B - número
máximo de elementos e as exigências da norma para os mesmos;
19h45min - Comentários sobre a topologia de instalação de circuitos endereçáveis;
20h00min – Indicadores e painel repetidor;
20h10min – Comentários sobre o livro “A designer’s Guide to fire Alarm Systems” e
norma NFPA;
20h14min – Indicador sonoro e pressão sonora;
20h32min – Indicador visual;
20h44min – Indicador sonoro e visual;
21h04min – Sistemas autônomos;
21h10min – Coffee-break;
21h30min – Normas;
21h35min – Certificação;
21h40min – Infra-estrutura para o sistema de alarmes de incêndio;
21h45min – Cálculo para cabos;
22h00min – Indução eletromagnética;
22h20min – Tubulação;
22h24min – Seqüência para projeto;
22h27min – Manutenção;
22h30min – Agentes extintores;
96
22h35min – Aplicação da avaliação;
No segundo dia de treinamento observamos algumas falhas que atrapalharam
bastante conforme abaixo:
• Novamente a falta da cópia das transparências fez falta;
• A apostila tinha um erro grave. Na parte de cálculo de cabeamento são
necessários três cálculos distintos a fim de definir o tipo de cabo a ser utilizado. O
palestrante quando chegou nesta parte, na segunda metade da palestra notou que
tanto na apostila como nas transparências, houve erro da equipe, havia a omissão
do procedimento do cálculo de queda de tensão na fiação. Naquele momento ele já
havia percebido que o tempo seria insuficiente para palestrar sobre todo o conteúdo
programado e ainda fazer a avaliação. Segundo ele, neste momento perdeu
totalmente a concentração. Então Pediu desculpas aos ouvintes pela falha na
apostila e ficou de repassar esta informação no dia seguinte. Embora não visse
problema nisto, não conseguiu se concentrar no assunto seguinte, que era indução
eletromagnética, ficando desorientado por aproximadamente 10 minutos até
conseguir retomar a concentração e repassar o assunto o qual tem um bom domínio,
que é o assunto referente a interferências causadas por indução eletromagnética.
• Aliado ao problema anterior, vale ressaltar a falta de informações na apostila e
transparência sobre topologia dos circuitos endereçáveis, limitações da norma
quanto à quantidade de sensores por laço e exigência de particularidades para cada
tipo de circuito/sistema;
• Ao final do dia concluímos que seria necessário pelo menos mais uma noite (4
horas de aula) para passar o conteúdo de maneira satisfatória, esclarecendo as
dúvidas e podendo realizar uma avaliação mais tranqüila.
4.3. TERCEIRO DIA:
No terceiro dia, sábado – 22/09/2007, o horário programado para início foi
97
09h00min. Novamente os alunos chegaram somente as 09h30min. Neste dia a
palestra foi ministrada pelo Sr. Carlos contratado pela empresa e a seqüência foi a
seguinte:
09h00min – Aguardando chegada dos alunos;
09h30min – Características da central de alarme de incêndio D7024;
11h30min – Almoço;
13h45min – Apresentação dos cálculos de cabeamento faltante na palestra do dia
anterior;
14h10min – Programação da D7024;
15h30min – Prova sobre o conteúdo ministrado durante o dia;
16h00min – Aula prática com as centrais D7024 e equipamentos para interligar na
central, nesta parte da aula os alunos Roberto Ferreira e Lucas Wszolek puderam
colocar em prática os conhecimentos adquiridos passando-os para os alunos, com
atendimentos individuais, informações sobre a programação e a instalação da
central e dos seus periféricos;
Neste dia notamos as seguintes falhas:
• No terceiro dia notamos falha total no material de apoio. Existia um manual da
central D7024, porém este não possuía informações sobre vários acessórios e não
havia uma apostila com os slides apresentados, o que deixou os ouvintes sem poder
acompanhar a apresentação com um local para anotação de observações sobre o
assunto comentado;
• Os slides possuíam algumas partes fora de ordem e poderiam ter mais
informações para auxiliar o palestrante;
• Nos slides poderia haver uma ligação com a página do manual que tratava o
assunto.
• Na parte prática não havia uma relação de exercícios para os participantes
seguirem uma seqüência lógica, o que fez com que esta fosse meio “bagunçada” e
cada aluno praticasse e tirasse suas dúvidas sem um procedimento técnico que
poderia orientá-los a resolver problemas que ocorreriam em situação real.
98
• Ao final do dia novamente observamos que o tempo foi insuficiente para fazer
as apresentações teóricas, práticas e a avaliação. Para se ter um tempo adequado
seria necessário mais meio dia (4horas) de apresentação.
5. CUSTOS
5.1. DESPESAS
Discriminação valor
Locação de Van para transporte dos participantes até o
restaurante
no sábado
R$ 80,00
Locação da sala de aula e laboratórios R$ 200,00
Cópias das apostilas + cópia manual D7024 (0,08 /folha +
encadernação) R$5,56 x 50 R$ 278,00
Pagamento ao palestrante da central D7024 R$30,00 x9 R$ 270,00
Gastos no almoço em restaurante R$16,60 x 19 R$ 315,00
Gastos com coffee-break R$ 100,00
Gastos com pessoal de apoio (transporte de materiais e
organização do coffee-break) R$ 50,00
Impostos referente emissão de NF serviços para IB
Technology. R$ 81,00
Total R$ 1.374,00
5.2. PAGAMENTOS
99
Participantes isentos
4
Gisele Ortiz – tucano
Viviane Ferreira – tucano
Laercio Porath – tucano – futuro palestrante
Eduardo Fachini – Palestrante – tucano
Luis Carlos Pereira – tucano
Convidados para palestra
3
Carlos Cancelli - palestrante
Roberto Ferreira – participante do projeto
Lucas Wszolek – Participante do projeto
Pessoal de apoio
participante 1
Alessandra Assis – Tucano – arranjo de cofee-
break e serviços auxiliares
5.3. VALORES RECEBIDOS
Alunos pagantes
Nome /função Valor
Acelor Luis Assmann R$ 200,00
Albert Schellmann (3) R$ 180,00
Alexandre Marengoni R$ 200,00
Bruno Gorri Ruivo R$ 200,00
Gustavo da Silva R$ 200,00
Leandro Franco de Brito R$ 200,00
Luciano Antunes Gomes R$ 200,00
Luiz Carlos Guedes R$ 200,00
Michel André F. Soares (½) R$ 100,00
100
Pedro Chagas(3) R$ 180,00
Percy Alves Filho (3) R$ 180,00
Vilson Ronaldo Farencena (½) R$ 100,00
Total R$ 2140,00
Discriminação Débitos Vencimentos
Valor arrecadado R$ 2140,00
Valor das despesas R$1374,00
Saldo R$766,00
6. AVALIAÇÕES DO APROVEITAMENTO DOS ALUNOS:
Foram feitas duas avaliações, cujas cópias estão dispostas como apêndice D
deste trabalho.
Na avaliação do treinamento genérico tivemos 14 questões e a média de rendimento
foi de 83%.
Na avaliação da D7024 tivemos 12 questões e a média de rendimento foi de
77%.
Foi feita uma avaliação do treinamento da parte genérica conforme o apêndice
D deste trabalho.
O resultado desta avaliação teve os seguintes resultados, (considerando-se
nota regular ou inferior como negativa) - valores de 13 avaliações:
• Distribuição do tempo disponível 46% negativos;
• Material de apoio insuficiente/mal elaborado 54%;
• Local de treinamento inadequado 8%;
101
• Apostila mal elaborada (veja comentário da conclusão) 16%;
• Quantidade de participante excessiva 16%;
• Apresentação do palestrante inadequada 8%;
• Dicção do palestrante inadequada 8%;
• Nível de comunicação do palestrante inadequado 8%;
• Nível do treinamento não atinge a proposta 8%;
• Não faria outro treinamento com as mesmas condições 16%;
102
7. SUGESTÃO PARA MELHORIAS OBSERVADAS PELOS PARTICI PANTES:
• Inclusão do assunto “sensores aplicados em entre forro e entre pisos“;
8. SUGESTÕES PARA MELHORIAS FEITAS PELOS FORMANDOS:
• Inclusão de teoria e cálculos da lei de ohm na apostila;
• Inclusão de mais informações sobre circuitos tais como número máximo de
sensores por circuito;
• Vantagens da ligação em classe A;
• Como é feita a ligação dos elementos na fiação para maior segurança;
• Resistores de fim de linha;
• Como deve ser feita a ligação dos elementos endereçáveis;
• Quando se devem utilizar circuitos em classe A
• Inclusão de exercícios de lei de ohm;
• Inclusão do cálculo da fiação por queda de tensão;
• Inclusão de informações adicionais com desenhos e teoria sobre indução
eletromagnética;
• Inclusão de comentário sobre a EN54 (norma Européia);
• Fornecimento de uma apostila com os slides das duas palestras;
• Utilização de uma sala mais adequada, com carteiras /cadeiras mais
confortáveis para adultos;
• Fornecimento de café no último dia da palestra;
103
• Elaboração de uma apostila com exercícios práticos para a aula prática;
• Diminuição do número de participantes;
• Obrigatoriamente fornecer uma cópia dos slides apresentados para os
participantes fazerem anotações;
• Aumento do tempo de 4 para 6 turnos (aula de 3,5h) no total de tempo dos
treinamentos;
• Inserir o nome do participante no crachá em tamanho maior e em evidência
para ser visto a distância maior;
• Inserir o nome da empresa e cidade de procedência nos crachás;
9. FOTOS DO TREINAMENTO
Figura 41 - Sala onde aconteceu o treinamento (Font e: Autor)
104
Figura 42 - O treinamento (Fonte: Autor)
Figura 43 - Lista de presença (Fonte: Autor)
105
Figura 44 - Painel da central D7024 (Fonte: Autor)
Figura 45 - Crachá de identificação (Fonte: Autor)
106
Figura 46 - Bancada com os equipamentos para prátic a (Fonte: Autor)
10. CONCLUSÃO
O primeiro treinamento apresentou condições regulares. Para corrigir os erros
anotados será enviada a todos os participantes uma apostila com os slides
apresentados, já corrigidos com as observações feitas acima. Será oferecida aos
participantes deste evento a oportunidade de realizar mais um treinamento sem
custo, quando houver sobra de vaga em outra data.
Está em construção pela empresa interessada, um local adequado com infra-
estrutura e conforto para adultos, que será utilizado para ser ministrado o
treinamento.
Os próximos treinamentos serão feitos com a utilização de 6 turnos a fim de
compatibilizar o conteúdo com o tempo necessário.
Será feita uma comunicação telefônica com os participantes para certificação
de que os mesmos estão cientes do local e horário do treinamento.
Será providenciado coffee-break para todos os dias do treinamento.
Curitiba, 29 de setembro de 2007.
Eduardo Fachini – Lucas Wszolek – Roberto Ferreira
107
(Página deixada em branco propositalmente)
108
APÊNDICE C. ENTREVISTA AO CORPO DE BOMBEIROS DO PAR ANÁ
Relatório de visita Técnica ao quartel do Corpo de Bombeiros do Estado PR
Data da visita 20/06/2007
Entrevistadores: Eduardo Fachini - Roberto Ferreira – Formandos curso superior de
Tecnologia em Eletrônica com ênfase em Automação Industrial da UTFPR
Entrevistado: Eng Civil Dulce Doege - setor de engenharia do Corpo de Bombeiros
do Paraná, telefone (41) 3351-2075.
Endereço: R Nunes Machado, 130, andar superior – Setor de Alvarás.
Para dar mais fundamentação a nossa proposta de projeto de conclusão, a qual
é programar um treinamento para projetos de sistemas de alarme de incêndio,
buscamos entre outros profissionais a valiosa colaboração de um representante do
Corpo de Bombeiros de nosso estado, que nos atendeu conforme abaixo:
Dia 18 de junho de 2007 entramos em contato com o Corpo de Bombeiros do
Paraná, pelo telefone 198, quando nos foi passado o telefone do setor de alvarás,
fone (41) 3351-2075.
Em contato com este setor, solicitamos informações de onde podíamos obter
detalhes sobre as exigências de sistema de alarmes de incêndio para diferentes
tipos de construção, de como era feita a vistoria e se era possível em função do
nosso projeto de conclusão, acompanhar uma vistoria. A resposta que obtivemos foi
de que deveríamos nos dirigir ao quartel central, no endereço informado e falar com
os atendentes para esclarecimento das dúvidas.
No dia 20 de junho de 2007 nos dirigimos ao local indicado, onde fomos
atendidos pela Engenheira Civil Dulce Doege, setor de engenharia do Corpo de
Bombeiros do Paraná, telefone (41) 3351-2075. Para ela fizemos os seguintes
questionamentos com as respectivas respostas:
1)Quais as exigências, quanto à obrigatoriedade de colocação de sistemas de
alarme de incêndio no estado do Paraná?
109
R: O Corpo de Bombeiros, juntamente com as prefeituras locais exige a
obrigatoriedade de colocação de sistema de alarme de incêndio em observação ao
que diz a NBR9077 e também o código de incêndio do Paraná.
Na home page do Corpo de Bombeiros do Paraná obtivemos também a seguinte
informação:
Serão analisados pelo Corpo de Bombeiros os projetos de prevenção de incêndios,
para os casos de construção, reforma ou ampliação de obras que tenham área
superior a 100 m², exceto residências uni familiares, para que seja concedido o
Certificado de Vistoria e Conclusão de Obras "CVCO" ("habite-se"), pela Prefeitura
Municipal.(PARANÁ,2001)
2)Quem pode fazer a instalação?
R: O Corpo de Bombeiros não é responsável por verificar quem instala o sistema. A
única exigência é que exista uma ART do responsável pela obra, cuja capacidade é
fiscalizada pelo CREA.
3)Como é feita a vistoria?
R: Os documentos são apresentados pelo interessado ao Corpo de Bombeiros, que
faz a vistoria em um prazo de até 15 dias. No sistema de alarme de incêndio são
feitos testes práticos dos acionadores manuais e verificação quanto ao atendimento
das normas. Quando questionamos se eram feitos testes em sensores, a resposta é
de que não são feitos, pois os profissionais do Corpo de Bombeiros não possuem
conhecimento dos detalhes técnicos de cada tipo de equipamento. A
responsabilidade para garantir o funcionamento, qualidade e funcionalidade de
sensores e outros equipamentos é do projetista/profissional responsável pelo
projeto.
4)A tecnologia avança muito mais rápida do que as normas. Existe exigência quanto
à tecnologia dos equipamentos utilizados?
R: Não existe exigência quanto à tecnologia. A fiscalização é sobre o sistema
básico. Demais detalhes ficam a critério do responsável técnico.
110
5)Existe fiscalização quanto ao livro de registros do sistema de alarme de incêndio?
R: Não. A fiscalização que existe é uma vistoria anual comprovando que os
equipamentos obrigatórios estão de acordo com as exigências.
6)O que acontece quando é detectada uma construção que não atenda as
exigências?
R: O Corpo de Bombeiros não possui poder de punir, ou obrigar alguém a instalar o
sistema de segurança. Apenas pode não emitir o laudo de vistoria que permite as
empresas obterem o alvará de habite-se. Nos casos mais graves, cabe ao ministério
público tomar providências que obriguem a instalação, revisão e funcionamento do
sistema.
7)A infra-estrutura é fiscalizada?
R: Não. A fiscalização em sistemas de alarmes se limita a testes nos acionadores e
verificação das existências de sensores quando o porte da construção exige.
8)Existe diferença das normas do Paraná e outros estados?
R: Sim. Cada estado tem seu código de prevenção de incêndios, que é discutido e
normalizado localmente.
9)Para quem poderíamos encaminhar uma cópia da apostila que estamos
desenvolvendo para termos um parecer do Corpo de Bombeiros do Paraná e
também gostaríamos de saber se podemos contar com o Corpo de Bombeiros do
Paraná para uma eventual divulgação e participação em um treinamento para
profissionais a ser ministrado na UTFPR?
R: Gostaria de receber uma cópia da apostila, da qual poderia fazer um parecer.
Quanto à divulgação e possibilidade de alguém do Corpo de Bombeiros do Paraná
em treinamento deste tipo, seria necessária uma solicitação formal ao Chefe de
Setor de engenharia, capitão Vladimir Donati que pode ser feito por fone (41) 3351-
2086 ou e-mail ou [email protected].
111
10)Na internet, no endereço
http://200.189.113.88/pmpr/bombeiros/uploads/CODIGO_1.zip obtivemos o
documento com o CÓDIGO DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS, publicado pelo
Corpo de Bombeiros do Paraná – Polícia Militar do Paraná.
Neste documento destacamos o seguinte quanto a sistemas de ALARME DE
INCÊNDIO:
Seção V
Sistema de Alarme e Detecção de Incêndios
Subseção I
Sistema de Alarme
Art. 36 - [1] Será exigido sistema de alarme contra incêndios, c onforme o
disposto na norma brasileira de saída de emergência em edifícios, ou outra
que venha a substituí-la.
§ 1º - Quando as edificações classificadas como residenciais, forem dotadas de
interfones ou equipamentos similares, colocados em todas as unidades de modo
que mantenha–se contato com dispositivo central de recebimento de informações
(portarias), estarão dispensadas do exigido neste artigo.
§ 2º - As áreas de risco constituídas de edificações isoladas entre si, estarão
dispensadas do disposto neste artigo, desde que as áreas sejam isoladas, conforme
o Art. 5º, § 1º, deste código.
§ 3º - Para efeito da dispensa mencionada no parágrafo anterior, cada edificação
não deverá ultrapassar 1000 m² de área construída se a classe de risco for
Moderada ou Elevada ou 1500 m² de área construída se a classe de risco for leve.
Subseção II
Sistema de Detecção
Art. 37 - Será exigido o sistema de detecção de inc êndios nas edificações não
compartimentadas que se enquadrem como:
I-hospitais, casas de saúde, clínicas com internações e similares;
II-teatros, salões públicos de baile, boates, casas de espetáculos, cinemas,
auditórios de estúdios de rádio e televisão e similares.
III-museus, galerias de arte, arquivos, bibliotecas e similares;
IV-hotéis e similares;
112
V-em edificações classificadas como comercial ou nos depósitos, em locais
destinados ao armazenamento de mercadorias, mesmo que compartimentada.
VI-Fábricas e depósitos de explosivos.
§1º - Os sistemas de detecção de fumaça/calor exigidos na letra “a”, deverão ser
instalados em todos os recintos (quartos) com transmissão automática de aviso para
os postos de enfermagem, portarias ou sala dos seguranças.
§2º - Será também exigido o sistema de detecção de incêndios nas edificações que
internamente possuírem vão livre superior a 12 m de altura, sendo obrigatória a sua
instalação em todos os pisos a ele ligados. (PARANÁ,2001)
Depois de realizada a entrevista, nos preocupamos em enviar nossa apostila e uma
cópia da entrevista para o Corpo de Bombeiros do Paraná dar um parecer a
respeito. E não obtivemos resposta. O e-mail encaminhado foi o seguinte:
From: "Tucano-Eduardo" <[email protected]> To: <[email protected]> Sent: sexta-feira, 25 de agosto de 2006 17:28 Attach: relcbpr260607.pdf; apinc151206.pdf Subject: A/C Capitão Vladimir Donatti e Eng Dulce Doege
Caros componentes do Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná:
Pelo presente, eu Eduardo Fachini e meus colegas Roberto Ferreira e Lucas
Wszolek, conforme já mencionado em visita ao quartel do CB do Pr, que estamos
concluindo nosso curso superior de Tecnologia em Eletrônica, com Especialização
em Automação Industrial da Universidade Federal Tecnológica do Paraná e para
trabalho de conclusão, estamos desenvolvendo um treinamento para projeto de
sistemas de alarmes de incêndio com os objetivos abaixo, apresentamos cópia da
entrevista realizada no mês de 06/07 com a Engª. Dulce Doege, da qual gostaríamos
que fosse feita uma avaliação para fornecer um "de acordo", ou sugerir alguma
mudança em função de qualquer novo parecer, visto que a mesma será publicada
como conteúdo para enriquecer nossa pesquisa na nossa apostila e também na
monografia de nosso projeto científico de conclusão de curso.
OBJETIVO: Desenvolver pesquisa com literaturas técnicas, ABNT, NFPA,
Corpo de Bombeiros e outras e condensar em uma apostila, que será oferecida aos
profissionais interessados se tornando referência para estes que trabalham com
113
sistemas de prevenção de incêndio, sejam eles com formação na área elétrica ou
não.
Estruturar um programa de treinamento com auxílio de slides em data show,
transparências, apresentação dos produtos, kits p/ testes práticos, uma apostila e
uma palestra sobre sistemas de alarme de incêndio. Neste treinamento serão
abordados os conceitos básicos, tipos de elementos e tecnologias, normas e
processos para implementação de um sistema de alarme de incêndio.
Conforme conversado, enviamos também a apostila elaborada (que ainda deve
sofrer algumas alterações, inclusive com a inclusão das entrevistas realizadas) e
que será utilizada e distribuída nos treinamentos. Agradeceríamos o fornecimento de
um parecer do Corpo de Bombeiros do Paraná sobre a mesma, bem como
autorizamos e agradeceríamos a divulgação desta a qualquer profissional
interessado.
Assim sendo aguardamos seu pronunciamento:
Curitiba, 25 de agosto de 2007.
114
APÊNDICE D. QUESTIONÁRIOS PARA OS ALUNOS
D.1 QUESTIONÁRIO REFERENTE SOBRE CONCEITOS DE ALARMES DE
INCÊNDIO EM GERAL.
1) Cite cinco tipos de sensores utilizados em sistemas de alarma de incêndio.
2)Explique o funcionamento e em que tipo de locais são utilizados sensores
termovelocimétricos.
3) Segundo a NBR 9441, qual a quantidade máxima de sensores que podemos
utilizar num laço de sensores convencionais.
4) O que é e onde são utilizados circuitos em classe A?
5) Explique o que é uma central endereçável.
6) Explique o que uma central analógica.
7) O que é um sistema algoritmo?
8) Por que utilizamos laço cruzado em alguns sistemas?
9) O que é e para que serve um indicador visual em alarme de incêndio?
10) O que é uma norma?
11) O que é um certificado?
12) Faça um diagrama de ligação para um sistema com uma central convencional de
quatro laços, dois indicadores sonoros e visuais, um acionador tipo quebre o vidro,
cinco sensores de fumaça e bateria.
115
13) Faça um diagrama de ligação para cinco sensores convencionais de quatro fios
em uma única entrada de laço de uma central convencional.
14) Quando utilizamos uma fonte auxiliar num sistema de incêndio?
Nesta avaliação do treinamento genérico tivemos 14 provas respondidas e a média de rendimento foi de 83%.
D.2 QUESTIONÁRIO REFERENTE À CENTRAL D7024.
1) Quantos circuitos convencionais a central possui de fábrica?
2) O módulo D7034 permite expandir a central em até quantos pontos
convencionais?
( ) 4 ( ) 8 ( ) 12 ( )16
3) Quantos sensores de fumaça convencionais de dois fios posso conectar a cada
circuito?
4) Quantas saídas de sirene (NAC’s) a central possui em sua placa principal?
5) Qual a saída máxima de uma NAC?
( ) 1 A ( ) 2,5 A ( ) 3 A ( ) 4 A
6)Qual a finalidade dos resistores de final de linha?
( ) Reduzir a tensão sobre os dispositivos conectados às entradas / saídas.
( ) Supervisionar a condição do circuito através da circulação de uma corrente
mínima.
( ) Possibilitar um casamento de impedância entre os dispositivos.
7) A alimentação dos sensores de fumaça convencionais deve ser ligada a qual
destas saídas?
( ) SMK+ e SMK - ( ) Aux + Aux - ( ) Ambas
116
8)Quantos teclados D7033 podem ser instalados na central D7024?
( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4
9) Quais os meios de programar a central?
( ) Teclado central ( )Teclado remoto ( ) Software RPS
( ) Todas as alternativas.
10) Quantos módulos d7053 podemos ligar em cada laço quando a central é
configurada como classe B?
( ) 10 ( ) 20 ( )40 ( )53 ( ) 120
11) Em um sistema de alarme de incêndio há um módulo D7053 instalado em classe
A com o endereço 11, qual é o numero do endereço de sua saída?
12) Como são mapeadas as saídas de forma independentes:
( ) Entrada - zona – saída;
( ) Zona - entrada – saída;
( ) Saída – zona – entrada;
13) Quais zonas são pré-definidas no sistema e não podem ser alteradas?
( ) 1 a 50 ( ) 52 a 63 ( ) Todas
14) Uma zona pode acionar quantas saídas?
( ) 1 ( ) 2 ( ) 4 ( ) Quantas necessário.
Nesta avaliação da D7024 tivemos 12 provas e média de rendimento foi de 77%.
D.3 AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO
Esse formulário nos servirá para saber como é o nível de cada aluno e como devemos ministrar o curso.
117
Avaliação do Treinamento N F R B S
Você acha que o conteúdo do treinamento foi distribuído de
maneira adequada no tempo total disponível?
O material de apoio como apostilas, apresentações em tela,
equipamentos deram uma boa idéia do conjunto apresentado ou
foi falha?
O local do treinamento foi adequado, possuía boa iluminação e
infra-estrutura?
A apostila foi bem elaborada e serve como referência para
consultas posteriores?
A quantidade de participantes foi adequada ao tempo e recursos
disponíveis para todos terem bom proveito?
O palestrante estava adequadamente apresentável para a
situação proposta?
O palestrante demonstrou conhecimento do assunto apresentado
e conseguiu esclarecer suas dúvidas a respeito do assunto?
O palestrante tinha boa dicção e o assunto pode ser entendido de
maneira adequada?
Os termos e exemplos utilizados pelo palestrante estavam a altura do seu conhecimento?
O treinamento atingiu o objetivo descrito em sua explanação ao iniciar o treinamento?
O valor cobrado é conciliável com o conteúdo oferecido?
0 qual a nota que você daria a si mesmo sobre o assunto antes do treinamento? Nota ( )
Qual a nota que você daria a si mesmo sobre o assunto após o treinamento? Nota ( )
Você indicaria a um amigo seu leigo que tivesse interesse este treinamento?
Você indicaria a um amigo seu da área técnica que tivesse interesse este treinamento?
118
Você gostaria de fazer outros treinamentos sobre assuntos
diversos da área de segurança ministrado desta maneira e nestas
condições
Em sua opinião a avaliação atendeu o nível do conteúdo apresentado?
De uma nota ótimo/bom/regular/fraco/muito fraco ao palestrante
De uma nota ótimo/bom/regular/fraco/muito fraco ao treinamento
O que você acha que poderia ser acrescentado para melhorar este treinamento?
O que você acha que deveria ser eliminado para melhorar este treinamento?
Faça abaixo qualquer comentário que achar interessante
119
APÊNDICE E. E-MAIL DE DIVULGAÇÃO:
TREINAMENTO PARA PROJETO DE SISTEMAS DE ALARME DE I NCÊNDIO PROGRAMAÇÃO BOSCH D7024 DATA 20, 21,22 DE SETEMBRO DE 2007.
Dias 20 e 21 Horário: 19h00min - 22h30min;
Dia 22 - 08h30min -17h00min;
Local - Curitiba
Público alvo:
Profissionais da área elétrica que pretendam instalar, programar, ou conhecer
sistemas de alarme de incêndio.
Profissionais da área de comercial de produtos eletrônicos de segurança.
Programação:
Dias 20 - 21 de setembro:
1. Conceitos Básicos
2. Sensores e Acionadores
3. Centrais
4. Indicadores
5. Sistemas Autônomos
6. Normas;
7. Certificação;
8. Infra-estrutura;
9. Projetando;
Tucano Com Alarmes e Sistemas Eletrônicos Ltda www.tucanobrasil.com.br [email protected] 41 3286-2867 Tecnologia em Segurança - Soluções em Eletrônica
DISTRIBUIDOR AUTORIZADO
120
10. Manutenção;
11. Agentes Extintores;
Dia 22 de setembro
Apresentação, programação e testes práticos com a central Bosch D7024
Informações - Inscrições (41) 3286-2867.
Valor do treinamento R$200,00.
VAGAS LIMITADAS
Tucano Com Alarmes e Sistemas Eletrônicos Ltda.
Fone/fax 0xx41 3286 2867
email [email protected]
messenger [email protected]
home page http://www.tucanobrasil.com.br
121
APÊNDICE F. MONTAGEM DO PAINEL DIDÁTICO
PAINEL PARA TREINAMENTO PRÁTICO COM CENTRAL DE INCÊNDIO BOSCH D7024
NOVEMBRO/2007
122
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO: ................................... ......................................................123
2. OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS ;.................. ....................................123
3. REQUISITOS:.................................................................................................123
4. CONFECÇÃO DO QUADRO............................. .............................................124
5. EQUIPAMENTOS INSTALADOS......................... ..........................................124
6. DIAGRAMA ELÉTRICO: .............................. ..................................................126
7. PRODUTO FINAL................................... ........................................................127
8. CONCLUSÃO COM UTILIZAÇÃO PRÁTICA ................ ................................127
10. EXERCÍCIOS PARA SEREM EXECUTADOS COM O PAINEL .. ..................128
123
1. APRESENTAÇÃO:
O objetivo deste documento é detalhar o desenvolvimento do painel para
prática do treinamento com a central de alarme de incêndio Bosch D7024.
2. OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS:
Quando resolvemos criar um treinamento com a central BOSCH D7024,
tentamos imaginar que tipo de material de apoio poderia facilitar a fixação e também
apresentação desta central de alarme, que possui uma grande gama de opções de
ligação e acessórios. Frente às opções esboçamos um painel que contivesse a
central com os módulos mais comuns interligados, que além de ser útil no apoio da
explanação e testes práticos, também possibilitasse simular problemas de ligação e
programação ocorridos em campo.
3. REQUISITOS:
• Para poder ser utilizado em treinamentos, este painel teria que ser de fácil
transporte, cabendo dentro de um veículo de passeio normal, evitando a
obrigatoriedade de locação de um veículo especial para levá-lo até o local do
treinamento.
• O tamanho deveria comportar a central e os principais módulos que comumente
são interligados a mesma.
• Deveria permitir a simulação com disparo das sirenes, com volume normal e
reduzido, a fim de possibilitar o treinamento em locais onde existam outras salas de
aula em uso.
• Permitir mostrar, que além dos equipamentos Bosch, este painel aceita
acessórios convencionais de marcas diversas.
124
4. CONFECÇÃO DO QUADRO
Para determinar o tamanho que o painel poderia ter, medimos a área do banco
traseiro e diagonal da entrada da porta de vários veículos de pequeno e médio porte.
Concluímos que se o quadro principal tivesse a medida de 95 cm por 110 cm,
atenderia a necessidade.
Como para o teste prático, o painel deveria ficar a altura entre 90 cm e 12 m de
altura, optamos pela confecção de um “pé” que tivesse uma base quadrada, a fim de
dar estabilidade e que elevasse o painel até a altura desejada. Este “pé” deveria ser
removível e encaixado a fim de permitir fácil montagem e desmontagem e
transporte.
Após alguns esboços deste quadro principal, encaminhamos um desenho a um
serralheiro, que confeccionou o suporte conforme as fotos abaixo.
5. EQUIPAMENTOS INSTALADOS
No painel foram fixados os seguintes itens;
Figura 47 - Quadro Principal
(Fonte: Autor)
Figura 48 - Pés do Suporte
(Fonte: Autor)
Figura 49 - Painel Montado
(Fonte: Autor)
125
• Central D7024;
• Módulo de expansão D7039;
• 1 painel remoto D7033;
• 1 módulo 8 entradas D7042;
• 1 módulo 1 entrada D7044;
• 1 sensor de fumaça endereçável D7050 com base;
• 1 módulo de entrada e saída D7053;
• 1 acionador manual quebre o vidro Bosch K0181;
• 1 acionador manual quebre o vidro Alarmseg ACITDK;
• 1 acionador manual alavanca Bosch FMM100-SATK;
• 1 acionador tipo quebre o vidro Catchview CP102;
• 1 sensor fumaça Bosch D273;
• 1 sensor fumaça Bosch D263;
• 1 painel auxiliar contendo 5 módulos de entrada e saída D7053 para testes de
situações reais;
• 1 Indicador sonoro e visual Alarmseg FS082;
126
6. DIAGRAMA ELÉTRICO:
Figura 50 - Diagrama elétrico D7024 e periféricos ( Fonte: Autor)
127
7. PRODUTO FINAL
Após a ligação dos periféricos, o painel ficou com a aparência conforme abaixo:
Figura 51 - Painel sem equipamentos
(Fonte: Autor)
Figura 52 - Painel acabado (Fonte: Autor)
8. CONCLUSÃO COM UTILIZAÇÃO PRÁTICA
O painel foi utilizado no treinamento prático em 10/2007. Neste treinamento
pudemos observar que este atendeu muito bem a necessidade à qual foi proposto e
chamou a atenção dos participantes para treinar a programação e questionar a
maneira como o mesmo havia sido interligado.
No treinamento prático, observamos que se o painel tivesse uma maneira fácil
de visualizar as ligações, facilitaria o entendimento para os alunos. Partindo disto
fizemos a interligação da fiação, que antes era pela parte traseira, pela parte frontal
e com fios de cores diversas, facilitando a observação e entendimento das ligações
feitas. Nesta data a efetividade destas mudanças ainda não foi testada na prática.
128
9. EXERCÍCIOS PARA SEREM EXECUTADOS COM O PAINEL 2) “Resete” a programação para o painel voltar à condição “zero”.
3) Faça a programação de data/hora e resposta de falta de AC para 24h.
4) Programe o painel remoto D7033.
5) Selecione o painel para ligação em classe A.
6) Programe o sensor 1 com o endereço 25, sensor 2 com endereço 30, módulo
local D7053 com endereço 31, módulo D7042 com endereço xx e módulo D7044
com endereço yy. Faça a programação de cada um dos periféricos ligados ao
mesmo, configurando o texto do display com o código do módulo, seguido pelo
endereço que está sendo ativado.
7) Ative o painel e verifique quais as saídas que foram ativadas.
8) Programe o painel para que quando o acionador conectado ao módulo D7053 for
acionado, ative apenas a sirene conectada a este módulo, sem ativar as demais.
9) Ligue o módulo auxiliar, com módulos D7053 e programe os mesmos com
endereço 185 em diante, programando o display para mostrar o endereço seguido
de um nome aleatório quando do acionamento. Dispare o módulo. O que acontece?
Qual a sua conclusão?
10) Reprograme os módulos do painel, de modo que quando for acionado o sensor
ligado a sua entrada, faça ativar apenas o relê de saída do módulo à direita. O último
módulo deve acionar o rele do primeiro módulo.
11) Desligue a central e retire o módulo D7039. Ligue a Central. O que ocorre? O
que você conclui?
129
(Página deixada em branco propositalmente)
130
APÊNDICE G. E-MAIL SOBRE A HOMOLOGAÇÃO DO CURSO.
De: Tucano-Eduardo [mailto:[email protected]] Enviada em: quinta-feira, 4 de outubro de 2007 19:11 Para: Lima Renato (RBLA-ST/PD); Franceschi Juarez (RBLA-ST/PD); Menezes Marcos (RBLA-ST/PD) Assunto: Treinamento BOSCH D7024
Tucano Com Alarmes e Sistemas Eletrônicos Ltda
www.tucanobrasil.com.br [email protected]
41 3085-0707
Tecnologia em Segurança - Soluções em Eletrônica
DISTRIBUIDOR AUTORIZADO
Prezado Renato;
Estamos com nosso treinamento de sistemas de alarme de incêndio e
programação da central Bosch d7024 montado. Gostaríamos de marcar com você e
com o Juarez e eventualmente com algum profissional a mais que a Bosch deseje
enviar, uma data entre 10 e 30 de novembro para ministrarmos este treinamento na
Universidade Federal Tecnológica do Paraná para Homologação.
Assim sendo peço que informe a data disponível para que possamos agendar a
utilização de salas de aula e laboratórios no período necessário.
Este treinamento será ministrado em três dias inteiros e a programação é fazer um
treinamento genérico de equipamentos e sistemas de incêndio no primeiro e metade
do segundo dias e o restante do tempo disponibilizar para apresentação,
treinamento de programação e prática com a central Bosch D7024.
Informamos que este treinamento é aberto para integradores, profissionais da área
técnica e comercial do segmento de alarmes de incêndio. Se a Bosch quiser indicar
algum profissional (inclusive de outros estados, visto que será cobrada taxa de
R$200,00 por participante) para realizá-lo, estaremos dispostos a matriculá-lo. A
intenção é fazer a partir do início do ano um treinamento mensal específico deste
assunto.
Estou à disposição para maiores esclarecimentos e aguardo com brevidade uma
131
resposta.
Atenciosamente:
Eduardo Fachini - Departamento técnico comercial
Tucano Com Alarmes e Sistemas Eletrônicos Ltda
Rua Dês. Antonio de Paula, 3577
81720-280 - Curitiba - Pr
NOVO FONE/FAX 41 3085-0707
e-mail: [email protected];
Messenger: [email protected];
Resposta do fabricante:
From: Ito Getulio (RBLA-ST/PD) To: [email protected] Cc: Lima Renato (RBLA-ST/PD) ; Menezes Marcos (RBLA-ST/PD) ; Franceschi Juarez (RBLA-ST/PD) ; EXTERNAL Rodrigues Camila (Estagiaria; RBLA-ST/PD ) Sent: Wednesday, October 17, 2007 6:9 AM Subject: ENC: treinamento BOSCH d7024 Boa tarde, Eduardo.
Para este treinamento o Juarez estará presente e gostaria de solicitar que agende a
data com ele.
Para o curso da D7024, estamos aqui confirmando que a empresa Alarmes Tucano
está homologada por nós como apta a ministrar treinamento e que poderá utilizar
nosso logo nos certificados deste curso.
Para detalhes de utilização de nosso logo, favor contatar Camila Rodrigues (19)
2103.3403.
Sds,
Saudações/Best Regards
132
Getulio Ito
Suporte Técnico e Serviços
Robert Bosch Ltda.
Sistemas de Segurança (ST/PD)
Via Anhanguera, km 98
13065-900 Campinas/SP
BRASIL
www.bosch.com.br
Tel. 0 XX 19 2103-2868
Fax 0 XX 19 2103-2862