Trabalho Individual - Ciências Contábeis 1º SEMESTRE

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS CENÁRIO EMPRESARIAL

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Araranguá2012

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCIÊNCIAS CONTÁBEIS

CENÁRIO EMPRESARIAL

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Araranguá2012

CENÁRIO EMPRESARIAL

Trabalho apresentado à disciplina Atividades Interdisciplinares da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................3

2 A MATEMATICA A SERVIÇO DAS EMPRESAS.................................................4

3 FATORES AMBIENTAIS DAS ORGANIZAÇÕES................................................5

4 ASPECTOS JURÍDICOS DO EMPRESÁRIO.......................................................7

4.1 - ABSOLUTAMENTE INCAPAZES:..................................................................7

4.2 - RELATIVAMENTE INCAPAZES:....................................................................7

5 A PARTICIPAÇÃO DA CONTABILIDADE NAS EMPRESAS............................10

5.1 - PATRIMÔNIO...............................................................................................10

5.2 - BENS............................................................................................................10

5.3 - DIREITOS.....................................................................................................11

5.4 - OBRIGAÇÕES..............................................................................................11

5.5 - BALANÇO PATRIMONIAL...........................................................................12

5.6 - ATIVO...........................................................................................................12

5.7 - PASSIVO......................................................................................................12

5.8 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO...............................................................................12

6 CONCLUSÃO.....................................................................................................17

7 REFERÊNCIAS..................................................................................................18

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho foi elaborado com o objetivo de aprofundar de

maneira simples e fácil os assuntos relacionados ao cenário empresarial a serviço

das empresas, a matemática a serviço das empresas, fatores ambientais das

organizações, aspectos jurídicos dos empresários e a participação da contabilidade

nas empresas. Para tal, foram realizadas diversas pesquisas em livros, internet e

apostilas acadêmicas para a exposição de algumas idéias sobre estes assuntos.

Como tal, apresentará explicações básicas e de fácil entendimento

sobre cenário empresarial.

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2 A MATEMATICA A SERVIÇO DAS EMPRESAS.

A matemática a serviço da empresa matemática financeira esta

envolvida em: calculo; planejamento; possibilidades; lucros; prejuízos; prazos e etc.

E segundo a doutrina contabilista, as funções da contabilidade são: função

administrativa- objetiva o controle do patrimônio e função econômica- que é a

aferição de lucro ou prejuízo apuração do resultado econômico das empresas. Os

cálculos matemáticos são de grande necessidade para a vida profissional do

contador e para a vida da empresa

A matemática é uma ciência que caracteriza-se pelo conhecimento racional, sistemático, exato, verificável, falível, certo e real; pela investigação rigorosa, controlada, baseada em metodologia, proporcionando obtenção das conclusões científicas. (FERRÃO 2003, p.32).

Para o contador é necessário cálculos exatos para orientar analisar

o desenvolvimento da empresa.

O conceito de duplo aspecto, que é o conceito básico de

contabilidade, é expresso como uma equação matemática, conhecida como

equação de contabilidade.

Cálculos de Contabilidade, tais como o cálculo da depreciação, a

determinação da parcela do empréstimo, a determinação do preço do dinheiro em

caso de compra e aluguel de sistemas de parcelamento requer o uso de técnicas

matemáticas.

No texto “cenário é de otimismo para as pequenas empresas

gaúchas” mostra o quanto a matemática auxilia tanto aos contadores, como os

administradorores. A ajuda da matemática financeira faz que os gestores planejem

com certeza os negócios futuros das empresas e para o contador é essencial, pois

para investir e analisar é preciso primeiramente que ele saiba o que tem disponível

matematicamente para à analise e o investimento, para contador saber se a

empresa teve lucro ou prejuízo é necessário que olhe os dados matemáticos

podendo organizar e crescer a empresa.

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3 FATORES AMBIENTAIS DAS ORGANIZAÇÕES.

Os ambientes externos são o conjunto de indivíduos, grupos e

organizações que se encontram no meio exterior da organização podendo interferir

na meta da empresa. O nível geral do ambiente externo da organização é composto

pelas seguintes componentes: econômico, social, político, legal e tecnológico. Esses

fatores externos têm atributos dinâmicos e são difíceis de serem controlados pelos

gestores das organizações.

Em uma determinada empresa de roupas foi lançados uns

determinados modelos de camisetas, mas ao lançarem os consumidores não se

interessava mais pelo molde da camisa, fazendo com que os estoques da empresa

fica-se parado. Essa modificação fez com que a empresa perdesse toda a sua

produção e acabou tendo prejuízo.

Outro exemplo, a tecnologia esta sempre avançando, com essa

visão o gestor de uma organização trocou algumas maquinas velhas por outras com

tecnologia mais avançadas, após essa troca seus produtos tiveram resultados

perfeitos e com muita eficiência e rapidez.

Com esses exemplos percebe-se que a influência dos

ambientes externos modifica muito a empresa, podendo crescê-la ou levá-la a

prejuízo ou até mesmo a falência.

As organizações estão inseridas dentro de vários ambientes que irão influenciá-las e serão por elas influenciados. definido como a atividade pela qual administradores analisam condições presentes para determinar formas de atingir um futuro desejado” (SILVIA MARIA p. 50).

Atualmente as transformações do mundo globalizado e a

velocidade das inovações têm marcado a sociedade por inúmeras descontinuidades

e incertezas que desencadeiam alto nível de competitividade no âmbito empresarial.

Sobreviver em mercados competitivos requer dos administradores

estratégias e capacidade de antecipar estados futuros do ambiente em que a

empresa atua ou pretende atuar e, ao mesmo tempo, possuir a sensibilidade para

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avaliar o comportamento de múltiplas variáveis que compõem a realidade interna e

externa da organização. Fazer a análise SWOT para identificar as oportunidades e

ameaças, pontos fortes e fracos, os clientes, fornecedores, concorrentes e produtos,

é extremamente importante e possibilitará às organizações conhecer as forças que

as cercam, para poder, após análise detalhada dessas forças, escolherem

efetivamente a sua estratégia competitiva. O microambiente é constituído de um

conjunto amplo e complexo de variáveis externas, que envolvem e influenciam as

empresas. Estas variáveis são: tecnológicas, políticas, econômicas, legislativas,

sociais, demográficas e ecológicas. Já o ambiente de tarefa é o mais próximo da

empresa e fornece as entradas ou insumos de recursos e informações, bem como a

colocação e distribuição de suas saídas ou resultados. As principais variáveis são:

consumidores ou usuários, fornecedores, concorrentes e grupos regulamentadores.

Neste contexto a informação é fundamental e deve ser desenvolvida, pois, sem

informações, o grau de incertezas na tomada de decisões torna-se um delimitador

na eficácia da administração do empreendimento.

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4 ASPECTOS JURÍDICOS DO EMPRESÁRIO.

CAPACIDADE CIVIL é a aptidão da pessoa física para exercer

direitos e assumir obrigações.

O Código Civil, em seus artigos 3º e 4º, estabelece quem são as

pessoas consideradas incapazes de exercer os atos da vida civil, dividindo-as em

duas categorias: Os absolutamente e os relativamente incapazes.

4.1 - ABSOLUTAMENTE INCAPAZES:

1) os menores de dezesseis anos;

2) os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o

necessário discernimento para a prática desses atos;

3) os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua

vontade.

4.2 - RELATIVAMENTE INCAPAZES:

1) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

2) os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por

deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;

3) os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

4) os pródigos.

Logo, poderá ser empresário o maior de dezoito anos que não

possua nenhuma das limitações impostas pelo Código Civil e expostas acima.

No entanto, poderá o menor de dezoito anos ser empresário se este

for emancipado.

As causas de emancipação estão previstas no artigo 5º do Código

Civil, abaixo transcrito:

“Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a

pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

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Parágrafo único Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro,

mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por

sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de

relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos

completos tenha economia própria”.

No entanto, prevê a lei uma exceção, permitindo que o incapaz

exerça atividade empresarial, se autorizado pelo juiz. Referida AUTORIZAÇÃO só

será concedida para o empresário incapaz CONTINUAR exercendo a atividade

empresarial já iniciada quando ainda era capaz. Nunca será concedida autorização

para o incapaz iniciar o desenvolvimento da empresa.

Por exemplo: tornou-se incapaz após a constituição da empresa,

pois desenvolveu uma doença mental; ou no caso do herdeiro incapaz.

PROIBIDOS DE EXERCER A EMPRESA

Como exposto acima, o artigo 972 do Código Civil também dita que

não podem ser empresários os LEGALMENTE IMPEDIDOS.

Chamamos de IMPEDIMENTOS EMPRESARIAIS as hipóteses em

que a pessoa capaz não pode exercer a atividade empresarial. São elas:

1) Deputados e Senadores não podem ser diretores ou

controladores de empresas que tenham relação com o Poder Público (art.54, II, “a”,

CF);

2) Funcionários Públicos não podem ser empresários individuais,

nem diretores ou controladores de sociedades empresariais, podem ser cotistas ou

acionistas;

3) Membros da Magistratura e do Ministério Público não podem ser

empresários individuais, nem diretores ou controladores de sociedades

empresariais, podem ser cotistas ou acionistas;

4) Militares da ativa, inclusive constituindo crime militar;

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5) Corretores e leiloeiros são proibidos de exercer;

6) Médicos em relação à farmácia e laboratórios;

7) Os falidos não reabilitados não podem nem ser sócios; só após o

trânsito em julgado da sentença que extinguir suas obrigações civis e penais (após

sua reabilitação);

8) Estrangeiros com relação à pesquisa e lavra de recursos minerais

e hidráulicos, empresa jornalística de radio fusão (só pode ser sócio com, no

máximo, 30% do capital social);

9) Empresários individuais e sociedades que sejam devedoras da

previdência social.

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5 A PARTICIPAÇÃO DA CONTABILIDADE NAS EMPRESAS.

Toda e qualquer organização independente de visar ao lucro, ser

uma fundação, uma cooperativa, uma organização não-governamental (ONG) ou

simplesmente um grupo de pessoas que trabalham juntas para alcançar um objetivo,

utilizam-se de recursos diversos, como pessoas, materiais, equipamentos e área

física, entre outros. Alguns desses recursos podem ser emprestados, comprados à

vista ou financiados, para poder trabalhar as pessoas de uma organização precisa

constantemente de informações dos recursos envolvidos e utilizados, ou seja, toda

organização usa contabilidade, não importa o tamanho, a finalidade ou a

constituição jurídica, além de ajudar a entender mais sobre as empresas ela procura

responder as perguntas críticas de qualquer grupo de pessoas interessadas nas

organizações. Abaixo tópicos que compõe a participação da contabilidade nas

empresas.

5.1 - PATRIMÔNIO

O termo patrimônio significa, a princípio, o conjunto de bens

pertencentes a uma pessoa ou a uma empresa. Compõe-se também de valores a

receber ( ou dinheiro a receber). Por isso, em contabilidade esses valores a receber

são denominados direitos a receber ou, simplesmente, direitos.Relacionando-se,

todavia, apenas bens e direitos, não se pode identificar a verdadeira situação de

uma pessoa ou empresa. É necessário evidenciar as obrigações (dívidas) referentes

aos bens e direitos. Por exemplo, se você disser que tem como patrimônio um

apartamento e não fizer referência à dívida com o banco financiador ( em caso de ter

sido adquirido através desse sistema de crédito ), sua informação é incompleta e

pouco esclarecedora.Em Contabilidade, portanto, a palavra patrimônio tem sentido

amplo: por um lado significa o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma

pessoa ou empresa; por outro lado inclui as obrigações a serem pagas.

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5.2 - BENS

Entendem-se por bens as coisas úteis, capazes de satisfazer as

necessidades das pessoas e das empresas. Se eles têm forma física, são palpáveis,

denominam-se bens tangíveis: veículos, imóveis, estoques de mercadorias, dinheiro,

móveis e utensílios (moveis de escritórios), ferramentas etc.

Os bens incorpóreos, isto é, não constituídos de matérias,

denominam-se bens intangíveis. Normalmente são as marcas ( ex.: Mesbla, Lojas

Americanas) e as patentes de invenção.

Código Civil brasileiro distingue os bens em:

Bens imóveis: são aqueles vinculados ao solo, que não podem

ser retirados sem destruição ou danos: edifícios, construções,

árvores etc.

Bens móveis: são aqueles que podem ser removidos por si

próprios ou por outras pessoas: animais, máquinas,

equipamentos, estoques de mercadorias etc.

5.3 - DIREITOS

Em Contabilidade entende-se por Direito ou Direito a Receber o

poder de exigir alguma coisa. São valores a receber, títulos a receber, contas a

receber etc.O direito a receber mais comum decorre das vendas a prazo, ou seja,

quando se vendem mercadorias a outras empresas, o pagamento não é efetuado no

ato mas no futuro; a empresa vendedora emite uma duplica como um documento

comprobatório. Esse direito denomina-se duplicatas a receber.

Outros exemplos de direitos: aluguéis a receber, promissórias a

receber, ações a receber etc.

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5.4 - OBRIGAÇÕES

São dívidas com outras pessoas. Em Contabilidade tais dívidas são

denominadas obrigações exigíveis, isto é, compromissos que serão reclamados,

exigidos: pagamento na data do vencimento.Em caso de um empréstimo bancário,

você fica devendo ao banco (empréstimo a pagar). Se a dívida não for liquidada na

data do vencimento, o banco exigirá o pagamento.

Uma obrigação exigível bastante comum nas empresas é a compra

de mercadorias a prazo (exatamente o contrário de duplicatas a receber): ao

comprar a prazo, a empresa fica devendo para o fornecedor da mercadoria; por essa

razão, essa dívida é conhecida como fornecedores (ou duplicatas a pagar).

Outras obrigações: salários a pagar, impostos a pagar,

financiamento, encargos sociais a pagar etc.

5.5 - BALANÇO PATRIMONIAL

Balanço Patrimonial é um relatório gerado pela contabilidade onde

nós identificamos a saúde financeira e econômica da empresa no fim do ano ou em

qualquer data prefixada.BP é dividido em duas colunas: a do lado esquerdo é

denominado Ativo, a do lado direito, Passivo. O ideal seria denominar a segunda

coluna Passivo e Patrimônio Líquido. Entretanto a Lei das SA apresenta apenas o

termo passivo. Esta divisão é pura convenção.

5.6 - ATIVO

É o conjunto de bens e direitos de propriedade da empresa. São os

itens "positivos" do patrimônio; trazem benefícios, proporcionam ganho para

empresa.

Fazem parte do ativo: estoque, máquinas, prédio, gado, duplicatas a

receber, título a receber etc.

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5.7 - PASSIVO

Significa as obrigações exigíveis da empresa, ou seja, as dívidas

que serão cobradas, reclamadas a partir da data do seu vencimento. É denominado

também passivo exigível, dívidas com terceiros, recursos de terceiros, ou capital de

terceiros. O passivo exigível evidencia o endividamento da empresa; o seu

crescimento de forma desmedida pode levar a empresa à concordata ou até

falência. Fazem parte do passivo: fornecedores, funcionários etc.

5.8 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Representa o total das aplicações dos proprietários na empresa.

Toda empresa necessita de uma quantia inicial de recursos

(normalmente dinheiro) para efetuar suas primeiras aquisições, seus primeiros

pagamentos etc. Os proprietários, então, concedem suas poupanças com o objetivo

de proporcionar à empresa os meios necessários ao início do negócio. Essa quantia

inicial concedida pelos proprietários denomina-se, contabilmente, capital social , que

poderá ser aumentado a qualquer momento.

Dessa forma, a empresa, pessoa jurídica, fica devendo (obrigação)

para seus proprietários, que, por lei, não podem exigir (para não extinguir a

empresa) seu dinheiro de volta, enquanto a empresa estiver em funcionamento

(continuidade). Por isso, o patrimônio é conhecido como obrigação não exigível

( que não se pode reclamar, cobrar, exigir de volta. Se os proprietários quiserem

retirar-se da sociedade, devem vender sua participação no capital para outras

pessoas, sem envolverem a empresa.

Pelo fato de os proprietários não terem direito de reclamar seu

dinheiro aplicado na empresa, enquanto esta estiver em processo de continuidade,

no mundo financeiro, o patrimônio líquido é denominado de recurso próprio ou

capital próprio, ou seja, recursos que pertencem à própria empresa até a sua

extinção. No encerramento da empresa os recursos seriam devolvidos aos

proprietários.

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Alguns aspectos jurídicos são de suma importância para que a

empresa tenha um início seguro e que devem obrigatoriamente ser observados pelo

empresário que deseja ter sucesso em seu empreendimento. Ocorre que tais pontos

por vezes são levados em conta de forma secundária apenas, o que se constitui em

uma perigosa escolha estratégica. Por tal motivo, a fim de alertar os futuros

empresários, abaixo são selecionados alguns destes aspectos jurídicos mais

relevantes:

1) Escolha do tipo societário – É possível identificar 3 grupos

distintos de tipo societário: sociedade empresário (pessoa que explora atividades de

comércio ou serviços não intelectuais - antiga firma individual); sociedade

empresarial (empresa que explora atividade de comércio e serviços não intelectuais

com dois ou mais sócios); e sociedade simples (empresas que exploram atividades

INTELECTUAIS - de natureza científica, literária ou artística). Ainda, deverá ser

definida a forma de responsabilidade dos sócios, sendo a mais comum por quotas

de responsabilidade limitada. É preciso que se observem alguns pontos impeditivos

também, como a capacidade civil das partes, e o estado civil se a sociedade for

celebrada entre cônjuges (somente é possível se casados pelo regime da comunhão

parcial de bens).

2) Consulta de viabilidade junto à Prefeitura – Após a escolha do

tipo societário, o empreendedor deve consultar o órgão de fiscalização municipal,

visando obter informações a respeito da viabilidade de estabelecer o seu negócio no

local escolhido. Existem municípios que delimitam áreas específicas para

determinados empreendimentos, como indústrias, por exemplo.

3) Registro do contrato social – Escolhido o tipo societário e obtida

a viabilidade junto à prefeitura, se faz necessário à elaboração do contrato social da

empresa (exceto para sociedade empresária), onde são delimitados o objeto social

(os fins a que se destina), sua denominação, sede, os direitos e deveres dos sócios,

a distribuição de lucros, a representação jurídica da sociedade, entre outros pontos.

O contrato social deve ser registrado na Junta Comercial, com exceção das

sociedades simples, que devem ser registradas no Cartório de Registros Especiais.

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4) Registro de marcas e nome empresarial – O simples registro do

contrato social no órgão competente não basta para resguardar direitos sobre o

nome empresarial, tampouco sobre marcas e patentes. É preciso que o empresário

registre seu nome empresarial, sua marca e suas patentes junto ao INPI – Instituto

Nacional de Propriedade Industrial. Englobam-se neste caso os direitos autorais

sobre produtos intelectuais, inclusive. Já o registro de domínio na internet é feito

perante outro órgão, denominado Registro. Br. Do contrário, o empresário corre o

risco de perder seus direitos para eventual concorrente.

5) Busca do melhor enquadramento tributário – O Brasil possui

hoje em torno de 67 tributos, segundo estudo efetuado pelo Instituto Brasileiro de

Planejamento Tributário, constituindo-se em uma das cargas tributárias mais

elevadas do mundo. Hoje, a estimativa é de que cada brasileiro trabalha cerca de

três meses e meio durante o ano, apenas para pagar tributos. Sendo assim, o

empresário deve estar atento na escolha do regime tributário que adotará, sob pena

de ter prejuízos ou tornar inviável seu empreendimento. Portanto, é preciso que se

analise previamente o regime de apuração do imposto de renda (lucro real, lucro

presumido, simples), quais os tributos que irão incidir sobre o seu produto (PIS,

Cofins, IPI, II, IE, ICMS, ISS), além das chamadas contribuições sociais (SESC,

SENAC, SEBRAE, INCRA, INSS, SAT, etc.), pois o enquadramento equivocado

certamente gerará prejuízos para o empreendimento.

6) Planejamento trabalhista – Muito importante nos dias atuais, é

preciso que se faça um estudo sobre os aspectos trabalhistas do empreendimento.

Conforme o tipo de ramo em que se vá atuar, os direitos estendidos aos

trabalhadores variam bastante. Atualmente, a estimativa é de que cada empregado

custe, para a empresa, em torno de 70% a 100% a mais em encargos do que aquilo

que lhe é pago a título de remuneração. Assim, por exemplo, é preciso estabelecer

qual a jornada de trabalho que será adotada (normal, compensatória, em regime de

prorrogação, semana espanhola, etc.), se atividade é considerada insalubre ou

periculosa, se serão concedidos benefícios (vale alimentação, vale transporte,

seguro saúde, creche, etc.), se o local de trabalho é de difícil acesso, etc. É de

fundamental importância que se faça uma consulta prévia sobre o sindicato em que

serão enquadrados os trabalhadores bem como à respectiva convenção coletiva da

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categoria, pois vários direitos não previstos em lei ou previstos de forma reduzida

são estabelecidos por acordos entre o sindicato das empresas e o sindicato dos

trabalhadores.

7) Cadastro na Receita Federal – Para que a empresa possa iniciar

suas atividades de forma regular, após a definição de todos os pontos anteriores,

deve ser feita a inscrição junto à Receita Federal, para fins de obtenção do CNPJ da

empresa. Com isso, a empresa estará apta a iniciar suas atividades, podendo

proceder aos demais registros necessários, assim como estará apta a exercer atos

como pessoa jurídica.

8) Cadastro nas Receitas Estadual e Municipal – Por fim, após o

registro no CNPJ da Receita Federal, a empresa deverá proceder ao seu respectivo

registro na Receita Estadual (caso seja contribuinte de algum tributo estadual) e na

Receita Municipal (caso seja contribuinte de algum tributo municipal), com o que

poderá solicitar a emissão de seu talonário de notas fiscais. Junto à Prefeitura

Municipal, a empresa poderá obter o alvará de funcionamento, sendo este o último

passo para o exercício regular e legal da atividade empresarial.

Como se percebe vários são os aspectos jurídicos que podem ser

decisivos para o futuro do empreendimento empresarial. Vale ressaltar que, em

média, no Brasil uma empresa leva em torno de 152 dias para estar totalmente

regularizada, o que é tido como um entrave para o melhor desenvolvimento

empresarial. Em outros países, como EUA (04 dias), Canadá e Austrália, o tempo é

infinitamente menor. Portanto, diante da burocracia que caracteriza o nosso sistema,

quanto mais atento o empresário estiver em relação ao seu planejamento jurídico,

menos surpresas desagradáveis poderá ter o futuro empresário.

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6 - CONCLUSÃO

Podemos então concluir que no trabalho apresentado, que são

muitos os assuntos que para um cenário empresarial no mundo atual precisa-se

estar informado, como por exemplo, saber trabalhar com e interpretar os números do

dia-a-dia da empresa, ter todas as informações da empresa bem visíveis para a

tomada de decisão assim como a contabilidade de uma empresa pode mostrar

através de balanços, balancetes, demonstrações etc., precisamos também conhecer

o ambiente externo de uma organização, mostrando os fatores que são

determinantes para afetar de forma direta e também internamente a organização.

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7 - REFERÊNCIAS

ATHAR, Raimundo Aben. Introdução à contabilidade. São Paulo: Pearson, 2004.

NADER, Paulo. Introdução ao estudo do direito. 25. ed. São Paulo: Forense, 2005.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6. Ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

LAWRENCE, P. R., LORSCH, J. W. As empresas e o ambiente: diferenciação administrativa. Petrópolis: Vozes, 1973.

ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Dicionário acadêmico de direito. São Paulo: Jurídica Brasileira, 1999.

LOTUFO, Renan. Código civil comentado. São Paulo: Saraiva, 2003.

FRANCO, H. Contabilidade Geral. 23ª. Ed. São Paulo: Atlas, 1997.

FUNÇÕES da contabilidade. In: ALGOSOBRE. 2011. Disponível em: <http://www.algosobre.com.br/contabilidade-geral/funcoes-da-contabilidade.html>. Acesso em: 11 out. 2012.

ALAN, Chang. AMBIENTE externo. In. STRATEGIA. 2000. Disponível em: <http://www.strategia.com.br/Alunos/2000-2/Analise_Ambiente/Ambiente%20Externo.html>. Acesso em: 11 out. 2012.

RENATA, Lange Silva. DIAGNÓSTICO para proposta de planejamento estratégico. In. ADMINISTRADORES. 2007. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/producao-academica/diagnostico-para-proposta-de-planejamento-estrategico-da-empresa-dv-informatica/532/>. Acesso em 18 out. 2012.

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RODRIGO, Antonio Chaves da Silva. A CONTABILIDADE e a matemática. In. ACIONISTA. 2011. Disponível em: <http://www.acionista.com.br/mercado/artigos_mercado/110111_rodrigo_antonio.htm>. Acesso em 16 out. 2012.

FÁBIO, Sousa. GESTÃO organizacional. In. AMBIENTE EXTERNO. 2009. Disponível em: <http://ambienteexterno.host56.com/AmbienteExterno.html>. Acesso em 15 out. 2012.

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