The Portuguese Tribune, June 1st 2012

36
Tony Silveira Novo Diácono We will miss you, Manuela QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 1 a Quinzena de Junho de 2012 Ano XXXII - No. 1133 Modesto, California www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected] Diniz Borges Novo livro a publicar pela editora Letras Lavadas de Ponta Delgada. Tony Silveira foi ordenado Diácono no dia 12 de Maio de 2012 por Patrick J. McGrath, Bispo da Diocese San José, na Catedral da mes- ma cidade. No dia seguinte, participou na sua primeira missa e ho- milia na Igreja Nacional das Cinco Chagas. Pág. 8, 17, 31 Manuela Silveira trabalhou no Consulado de Portugal em San Fran- cisco durante 40 anos e desde 1993 acumulou as suas responsabilida- des com as de Vice-Cônsul de Portugal. A Comunidade homenageou-a no Portuguese Athletic Club de San José, no dia 13 de Maio. Pág. 16 Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Pág. 8,21,24,28 Pintura de João de Brito A pomba que voou para a Coroa Pág. 19

description

The Portuguese Tribune, June 1st 2012

Transcript of The Portuguese Tribune, June 1st 2012

Page 1: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

Tony SilveiraNovo Diácono

We will miss you, Manuela

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

1a Quinzena de Junho de 2012Ano XXXII - No. 1133 Modesto, California

www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

Diniz BorgesNovo livro a publicar pela editora Letras Lavadas de Ponta Delgada.

Tony Silveira foi ordenado Diácono no dia 12 de Maio de 2012 por Patrick J. McGrath, Bispo da Diocese San José, na Catedral da mes-ma cidade. No dia seguinte, participou na sua primeira missa e ho-milia na Igreja Nacional das Cinco Chagas. Pág. 8, 17, 31

Manuela Silveira trabalhou no Consulado de Portugal em San Fran-cisco durante 40 anos e desde 1993 acumulou as suas responsabilida-des com as de Vice-Cônsul de Portugal. A Comunidade homenageou-a no Portuguese Athletic Club de San José, no dia 13 de Maio. Pág. 16

Dia de Portugal, de Camões e dasComunidades Pág. 8,21,24,28

Pintura de João de Brito

A pomba que voou para a Coroa Pág. 19

Page 2: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

Year XXXII, Number 1133, June 1st, 2012

2 1 de Junho de 2012SEGUNDA PÁGINA

EDITORIAL

A Assembleia Legislativa dos Açores anualmente en-trega insígnias autonómicas de diversas categorias (reconhecimento, mérito profissional, mérito indus-trial, comercial e agrícola, mérito cívico e de dedica-

ção) a entidades e organizações de todas as comunidades aço-rianas. É um reconhecimento importante e que deve ser apoiado e continuado.Este ano a iniciativa terá lugar na Vila da Povoação na Segunda-feira do Espírito Santo, Dia da Autonomia e dos Açores.Da California teremos um representante da nossa comunidade, Manuel Eduardo Vieira a receber a Insígnia de Mérito Indus-trial.

Turlock Pentecost Association comemora 100 anos no primeiro fim de semana de Junho. É uma data importante para qualquer organização. Se hoje em dia há dificuldades em manterem-se certas organizações, o que não seria há 100 anos atrás. Na realidade deve ter sido um esforço enorme em conseguir so-breviver durante um século. E há muitas das nossas organiza-ções que já ultrapassaram essa idade. Os nosssos parabéns.

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades no dia 9 de Junho no Kelley Park, em San José, vai ser, antes mesmo de acontecer, um grande sucesso. Esta é uma das "obras" da nossa comunidade em que mais nos devemos orgulhar. Aqui fica o convite para todos estarem lá.

jose avila

O que custa ser ganadero

Crónicas do Perrexil

J. B. Castro Avila

O José Ávila, da Página Taurina, tem-se dedica-do nestes ultimos dias a visitar e a fotografar

os toiros das nossas ganadarias. E vendo essas fotografias no Fa-cebook do Tribuna, apraz-nos re-gistar o amor e os sacrificios que os nossos ganaderos fazem para manter uma tradição, que, ou está no sangue deles, ou foi aprendida já na California.O mais antigo e decano das nossas ganadarias, ainda vivo, Manuel Correia, vendeu muito recente-mente toda a sua camada brava a ganaderos mais novos, porque na realidade, para quem não tem cor-rido toiros é muito difícil mantê-los. Custam caro e a economia não está para brincadeiras.E é por isso que temos de agrade-cer a todos aqueles que ainda, com muitas dificuldades, conseguem manter a nossa aficion nestas ter-ras do Tio Sam.

2. Portugal atravessando uma gra-ve crise económica/financeira, dentro de duas semanas e durante quase um mês, vai-se esquecer de tal tristeza e vai viver o futebol, como se fosse uma nova religião de distracção mental.Oxalá a nossa Selecção se porte bem e que dê muitas alegrias a quem vive na tristeza destes som-brios dias.

3. Cheguei hoje à conclusão que estou a ficar um desmancha-pra-zeres do diabo. Talvez por ter co-mido muito perrexil em pequeno com caramujos ou por outras ra-zões que desconheço e não vou gastar dinheiro com psicólogos para descobrir. Já me basta a ida-de que tenho. Tudo isto a propósi-to de uma nota que li àcerca das bandeiras portuguesas que irão ser hasteadas nas Câmaras de San José e San Francisco. Em San José o acontecimento terá lugar a 8 de Junho e a bandeira manter-se-á até ao dia 12. Muito bem. No res-

peitante a San Francisco fia mais fino. Calculem lá que vão hastear a bandeira no dia 11, numa Segun-da-feira e ainda por cima depois do Dia de Portugal.Não sei quem aceitou isto, mas quem o fez não usou "common-sense". Deveriam ter dito: "Thank you dear City, we will come back next year", até porque a Cidade de San Francisco tem participado du-rante anos nesta cerimónia.Este ano, por razões várias a Câ-mara não o pode fazer a tempo e horas, o que sempre fez no passa-do o que é compreensível.Fazê-lo depois do dia, a mim não faz nenhum sentido, mas quem sou eu para hastear bandeiras?

4. Homenagear Manuela Silveira é uma acto tão comunitário e tão importante para quem, durante 40 anos, a teve como amiga, con-selheira, "cônsuladora" e sempre prestável para tudo o que se rela-cionava com os nossos interesses.Uma super reforma para ela.

Reconhecer é importante

Page 3: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

3PATROCINADORES

Page 4: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

4 1 de Junho de 2012COLABORAÇÃO

O melhor queijo tipo São Jorge fabricado na California

Enviam-se ordens via UPS com o mínimo de 2 libras

Joe Matos3669 Llano Rd

Santa Rosa, CA 95407707-584-5283

… achei curioso o facto da pri-meira edição do Portuguese Times sob a direcção do seu novo Direc-tor coincidir com uma efeméride memorável do meu calendário político-emocional – 25 de Abril ! Ao consultar a edição electróni-ca daquele dia, lá estava o nome Francisco Resendes estampado no preciso local outrora ocupado pelo veterano jornalista Manuel Adeli-no Ferreira. Não fui apanhado de surpresa. Reconheço que o actual Director conhece bem o meu percurso de ‘operário da Escrita’ nas páginas da imprensa da diáspora lusófona. Não quero adiar a oportunidade para manifestar publicamente o apreço pela discreta proficiência demonstrada por Francisco Resen-des : a sua cooperação na reprodu-ção dos meus textos, sobretudo na época em que o facilitismo elec-trónico ainda fazia parte da ficção científica, são micro-episódios que não esqueço…Sem pretender dissecar ou comen-tar o modus-vivendi empresarial que suporta o jornal Portuguese Times, dada a minha modesta condição de ‘cronista-convidado’ pelo estimado amigo Manuel Adelino Ferreira (convite pessoal efectuado na já longínqua quadra do Natal de 1980), aproveito este ensejo para assinalar o equilí-bro operacional e a longevidade profissional do ex-director – um cavalheiro inteiro, que duran-te mais de três décadas exerceu, com digna humildade directiva, as complexas e delicadas tarefas de comandante de um jornal re-gional, sediado numa comunidade onde ainda persistem sintomas de indiferença cívico-cultural. Haja boa sorte ! Creio não ser despropositada a decisão de oferecer o texto abaixo transcrito aos leais leitores que há mais de 30 anos me oferecem boa companhia nas páginas da imprensa da diáspora lusófona (Açoriano Oriental, Correio dos Açores, Correio do Norte, Portu-guese Times, Tribuna Portugue-sa, Terra Nostra). Recordo que o seguinte ‘memorandum’ foi re-digido durante um dos (meus) in-tervalos para almoço, usualmente conferidos aos operários da antiga Quaker Fabric Corporation – sau-dosa unidade industrial têxtil, onde iniciei (Nov. 1980) a minha experiência de soldado-recruta da Imigração... Poderá o comum dos mortais não ter sido seduzido por alguma es-pécie de ‘amor-à-primeira-vista’ pela cidade de Fall River. Pouco

importará saber se é este o senti-mento do autor destas linhas. Con-fesso que tenho por esta cidade operária um sereno respeito. Vejo nestas ruas, no aspecto asseado do casario, no primoroso arranjo dos quintais e jardins, aquele ‘toque’ que distingue o hortelão minhoto do quinteiro insular… Além disso, adivinho nestas paragens do su-deste da Nova Inglaterra o suado aroma de sucessivas gerações que aqui chegaram com o coração a estoirar de sonhos, mãos calejadas de apalpar a dureza do trabalho, enfim… gente que aqui chegou com as malas cheias de nada !Foi, pois, com sincera mágua (qui-çá com o desespero de impotência circunstancial) que presenciei as cenas finais do espectáculo dan-tesco que destruiu a Igreja de Nos-sa Senhora de Lourdes, e de vários edifícios habitacionais limítrofes.Apesar do meu olhar de recém-chegado, fiquei com a impressão que Fall River (outrora conside-rada a capital têxtil das américas) acabara de ficar mais pobre: des-troços, ferros retorcidos, lagos de cinzas – tudo a falar a linguagem fúnebre de sonhos desfeitos; pare-des fracturadas que jamais teste-munhariam o gargalhar das crian-ças; lares que não mais poderiam testemunhar a harmonia familiar, ou até mesmo os habituais quei-xumes inerentes à actual carestia de vida. Dir-se-ia que, em pouco menos de três horas, o lume quase engoliu tudo, como que acicatado por barbarismo famélico da fo-gueira… Consta que muitos dos habitantes daquela área mártir da cidade, uma vez surpreendidos pela visita fogosa, mal tiveram sequer tempo suficiente para ‘mudar’ de rou-pa. Mas… como herdeiros duma nacão valente, os imigrantes não temiam o confronto desigual con-tra o tempo e o destino. Pois é: era urgente recomeçar; reencarnar a esperança; redescobrir energias para não amedrontar a frescura inicial do ponto-de-partida… Ó céus ! como é fácil dizer estas coisas: é sempre fácil pregar aos crentes….Sem pretender particularizar um ou outro caso de bravura de famí-lias literalmente despojadas pelo incêndio – bastaria dizer que a grande família de Fall River foi di-recta ou indirectamente atingida. Após a mutilação da imponente igreja de Nossa Senhora de Lour-des, esta (também minha) cidade de Fall River como que mudou de feições. Ficou diferente. De olhos no chão. Diria que (para quem já conhecia a cidade) as torres alta-neiras da Igreja de Notre Dame

lembravam dois braços estendidos em direcção às alturas. Agora, à primeira vista, havia a impres-são inicial de que o fogo tudo le-vara… Pois é: o lume é como a inteligência humana – tanto pode ser a nossa fortuna como a nossa desgraça… Tal como milhares de pessoas certamente o fizeram, também fiz questão em andar perto daque-las cinzas, para conversar com algumas das famílias duramente atingidas. Observei, com misto de espanto e orgulho, que muitos dos nossos compatriotas, apesar das

lágrimas ainda mal enxutas, já es-tavam dispostos a sonhar de novo, tecendo projectos para o futuro… Bravo ! Sim, caríssimas(os), observei gen-te decidida, procurando proteger as feridas da alma com a velha va-lentia própria de quem aqui chegou com a roupa de trabalho. E vai daí, comecei a cismar comigo próprio: uma cidade não é só o conjunto de edifícios, por muita monumentali-dade que eventualmente possuam; uma cidade é uma comunidade em

marcha, um povo unido, inovador, solidário… A cidade de Fall River não deve ser apenas uma gigantesca fábrica ou dormitório colectivo de gente a trabalhar em regime piece-work. Todavia, Fall River é talvez um excelente laboratório étnico. Caso estejamos na pista correcta, se-ria caso para afirmar que, face à tragédia do incêndio da saudo-sa Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, afinal nem tudo o fogo levou…

… nem tudo o fogo levou Bilhete preambular

Memorandum

João-Luís de [email protected]

Page 5: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

5COLABORAÇÃO

Recordando

Acabo de rever um livro que tive a oportunidade de ler, pela pri-meira vez, no ano 2000, àcerca do qual, a esse tempo, redigi

uma crónica com adequados comentários, mas sem nótulas biográficas àcerca do au-tor, pois que só mais tarde tive a boa fortu-na de encontrá-las. Apraz-me agora incluí-las no “Recordando” desta semana.O livro em referência, da autoria do mica-elense Augusto Loureiro, foi publicado em 1901 pela Antiga Casa Bertrand de Lisboa com o título sugestivo “A Bruxa, Scenas Açorianas”. Trata-se dum romance cuja primeira edição ocorreu em Ponta Delga-da em 1876 (Tipografia Popular Tavares de Resende), integrado no volume “Serões d’Inverno” e intitulado O CEGO. Depois, em 1882, modificado e ampliado, com o formato de folhetim, o romance foi divul-gado no lisbonense “Diário de Notícias”. Finalmente, numa terceira edição e com a designação A BRUXA, o livrinho reapa-receu em 1901.Revendo o livro, apercebi-me novamen-te tratar-se basicamente de uma atraente narrativa, de cariz regionalista e com par-ticular incidência num par de campesinos da Candelária, o Luís e a Ludovina, e dos dissabores provocados por um treslouca-do de nome José Tesoura, cuja violência ocasiona-lhe ficar cego e deixando a mãe vagabunda com a alcunha de bruxa.O autor imprimiu o devido colorido às cenas tradicionais da esgalha do milho, das populares festividades do Espírito Santo, da emigração clandestina, dos cos-

tumes caseiros, do respeito pela família e casamento, da fé e coragem da gente do campo. Coroando esse cenário, ergue-se a histórica ermidinha da Senhora do Socor-ro, situada ao poente da Candelária, entre terrenos de semeadura, onde a Ludovina aprazia-se a ir rezar e aonde o malvado Te-soura procurou atacá-la.

Em 1995, o Instituto Cultural de Ponta Delgada, quando era presidente da direção o meu saudoso conterrâneo ribeiragran-dense dr. José Paim de Bruges da Silveira Estrela Rego, publicou em três volumes as “Escavações” de Francisco Maria Supico (1830-1911). Nessas crónicas semanais pu-blicadas no jornal “A Persuasão”, deparei com diverso noticiário referente a Augusto Loureiro, bem como a transcrição de vá-rias poesias. Atendendo à falta de espaço, apresento apenas o comentário registado por Supico à memória de Loureiro: “Além de poeta e prosador, foi jornalista políti-co em Lisboa e em S. Miguel, sem jamais perder a boa forma literária. Os seus ver-sos eram de bela forma e bem inspirados, sendo pena que fiquem dispersos por fo-lhas de periódicos onde em poucos anos esquecerão de todo. Vai em dois anos que nos deixou, prostrado por doença que a ci-ência não pôde vencer. Pelo dedicado ami-go e leal confrade, falecido em 1906, aqui fica o tributo da nossa viva saudade”. (Escavações, Volume III, páginas 1248-1249).Informações, deveras preciosas, foram-nos fornecidas pelo ilustre vilafranquense,

dr. Urbano de Mendonça Dias (1878-1951), no va-lioso volume “Literatos dos Açores”, originalmen-te publicado em 1933, e presentemente atualizado, desde 2005, numa segun-da edição organizada pela distinta professora-douto-ra Lúcia Costa Melo.Embora não conseguisse apurar a data de nasci-mento de Augusto Lou-reiro, tive ensejo em saber que Loureiro “nasceu na ilha de S. Miguel e aqui debutou como literato no jornalismo açoriano. Funcionário da Alfânde-ga, ocupava muitas das horas que lhe sobejavam dos seus afazeres na labo-ração das suas produções literárias que as tem em poesia e em prosa”.Do seu espólio literário destacamos as seguintes obras: Justiça de Deus (drama em quatro actos); À Beira-Mar (contos); Es-boço Biográfico do Conde da Praia da Vitória; Traços Biográficos do Visconde de Santana; Almanaque para todos; Serões d’Inverno em dois romances (A Granadi-na e O Cego); Biografia do Dr. Caetano d’Andrade; Perfil do Conselheiro Ernesto Hintze Ribeiro, de Francisco Peixoto da Silveira e de Maurício Bensaúde; A Bru-xa (Scenas Açorianas); A Noviça (roman-ce histórico) e A Conchita (novela).

A fechar este ligeiro “Recordando”, im-põe-se-me expressar o mais grato tributo de respeitosa admiração a todos os títulos devido à incansável e prolífica D. Lúcia Costa Melo. Natural de Vila Franca e li-cenciada em Filosofia, professora no Li-ceu Antero de Quental, Escola do Magis-tério Primário e Escola de Enfermagem em Ponta Delgada, D. Lúcia Costa Melo

é autora de vários livros de poesia e prosa, ensaios e antologias, e colaboração assí-dua dispersa em jornais e revistas, bem como em numerosos suplementos literá-

rios na imprensa regional. É da autoria de Renato Coelho este par de quadras:

Vila Franca é terra airosaE de nobres tradições,És a jóia preciosaDe belas recordações.

És o meu torrão natalE não te posso esquecer,Foste outrora a capital Desta ilha a florescer.

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

$69.00$69.00

Augusto Loureiro

Page 6: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

6 1 de Junho de 2012COLABORAÇÃO

Santos-Robinson Mortuary

San Leandro

Family ownedCalifornia FD-81

Madeline Moniz GuerreroConselheira Portuguesa

Telefone: 510-483-0123160 Estudillo Ave, San Leandro, CA 94577

* Servindo a Comunidade Portuguesa em toda a Área da Baía desde 1929* Preços baixos - contacte-nos e compare* Serviços tradicionais / Serviços crematórios* Transladações para todo o Mundo* Pré- pagamento de funerais

A crítica argumentada com fun-damento e sem malícia faz parte integrante duma socieda-de evoluída. “Uma sociedade

sem crítica é, seguramente, uma sociedade atrasada.” A observação saíu algo tosca mas espontânea da boca do atual Primeiro Ministro português quando visitava re-centemente a Feira do Livro, em Lisboa. A simpática repórter acabava de lhe enfiar o microfone diante do nariz ante as piadi-nhas politicamente corretas e inofensivas dos cómicos mais chique da atualidade portuguesa – os Gato Fedorento.Ainda nos lembramos bem do tempo em que o pestilento fedor da censura oficial do regime fascista abafava a crítica em Portu-

gal. Não deixou saudades, pois não?Ora bem – voltando à curiosa afirmação de Pedro Passos Coelho, em oportuno parale-lo – o que poderíamos chamar então a uma comunidade sem crítica?Do outro lado do Atlântico, há quem goste de se referir às nossas comunidades emi-grantes como núcleos distantes de portugas um tanto ou quanto mais atrasados. Perde-mos o combóio, dizem eles. Atrasámo-nos e não nos vai ser fácil chegar a tempo.Em tempos idos, gozava esta nossa garrida comunidade cá da área da baía de um vi-brante espírito crítico que deu tanto que fa-lar. Uns falavam bem, outros falavam mal. O segmento que então mais se destacou, sempre bem escrito, saía semanalmente no jornal e era também radiodifundido às sextas-feiras, perto da hora do jantar. Nin-

guém o queria perder. Mordaz e sensacio-nalista, trazia sempre água no bico. O seu autor, ainda jovem de vinte e poucos anos, irreverente e imprevisível, não perdoava (quase) nada a ninguém.Nascido no Pico, estudante em Angola, Tony Silveira (na foto) aterrrou na Califor-nia ainda na força da juventude. O seu im-pacto direto no meio radiofónico local não se fez esperar. Trazia bagagem nitidamen-te acima da média e a sua formada opinião começou a fazer furor no saudoso “Arco Íris”, acabando por se tornar incendiária no famoso e badalado “Canto da Trinta e Três”. Depois de lido aos microfones, o texto era impresso no extinto jornal “No-tícia”. Toda a gente o queria ler. Hoje, o Tony é o primeiro a admitir que terá ido longe demais nalgum criticismo porven-tura exagerado. Essa sua ousadia fez com que lhe desligassem os microfones, isto é, abafassem o som. Atenta, surpresa, a comunidade foi pronta em dar a entender que o seu afastamento nos fez imensa falta.Era uma voz arisca que incomodava e, tal como a sua irrequieta pena, nunca se aco-modava com receio fosse lá do que fosse. Foi o preço que teve de pagar pela sua descarada frontalidade. Cortaram-lhe o pio. Tentaram cortar-lhe também as asas. Inteligente, Tony não se ralou nem se ar-reliou. Preferiu canalizar toda a energia do seu nato talento para essa nobre causa que muito nos sensibiliza cá na estranja: o ensino do português. Fê-lo com extrema competência e esmerada dedicação du-rante vários anos. Ensinar nunca dispensa a disponibilida-de para se continuar a aprender. Ao ter-se desligado da locução, Tony Silveira é hoje o primeiro a admitir que aprendeu muito à sua custa. A vida, com as suas inespe-radas surpresas de mau gosto, também não lhe perdoou lições duras de engolir. Sobretudo a prolongada doença e dolorosa morte da esposa, Margie, convidaram-no ainda mais à introspeção e ajudaram-no a redescobrir-se a si próprio. Foi tudo uma questão de redimensionar o seu inequívo-co valor como solidário ser humano neste mundo fértil em desilusões. A capacidade inteletual aliou-se ao sonho íntimo do seu coração e a causa, agora, é nobilíssima. Vai entregar-se por inteiro ao altruístico serviço de Deus e dos outros.O diaconado será apenas uma etapa transi-tória. Daqui a uma ano, se não houver nada pelo contrário, irá ser ordenado sacerdote. O rebanho paroquial das Cinco Chagas,

porventura ainda saudoso de Leonel Nóia, poderá voltar a contar com um apto pas-tor de cajado açoriano. Os microfones da igreja vão estar certamente à sua inteira disposição e ninguém se atreverá a desli-gá-los. Creio que todos vão querer voltar a escutá-lo de novo. A sua palavra, ora mais enriquecida, demandá-lo-á concerteza. Tony Silveira elevou para um patamar su-perior os seus brilhantes dotes oratórios. Não creio que tenha perdido o seu refina-do espírito critico. Só que não o vai usar descabidamente como arma de discórdia ou simples farpa de quezília. No templo, onde o amor se prega e o humor não se proíbe, dispensam-se as piadinhas pobres

e os recadinhos fúteis. As homilias litúrgi-cas, acima de tudo, devem ser momentos ricos de reflexão útil. O Tony sabe-o e a comunidade reconhece-o. Há para aí uma necessidade imensa de se refletir a sério…Com tudo isto, não pretendo dizer que descuidemos a nossa genuína vontade de criticar. Isso é que não. Bem intencionada, faz-nos muita falta. Se tivesse de lançar daqui uma sensata crítica ao Tony Silveira seria a de que, a meu ver, fez muito mal em deixar de escrever para a comunidade de leitores que o admira. Francamente, ao felicitá-lo nesta rejubilante fase da sua vida, espero bem que isso ainda possa vir a acontecer.

Reflexão útilRasgos d’Alma

Luciano [email protected]

Page 7: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

7PATROCINADORES

ASSURANCE. PROTECTION. RELIABILITY. What Matters Most?

• Provide security for years to come • Help protect your family’s standard of living • Avoid leaving debt behind

We Protect Your Future…

• Protect your family or provide a benefit to others • Automatic and flexible payment methods annually, semi-annually, quarterly, or monthly • Help protect you and your family’s assets from the unexpected

Offering SAFE and SECURE Fraternal Insurance for its members since 1880…

WHAT DIFFERENTIATES A FRATERNAL SOCIETY OVER COMMERCIAL INSURERS ?

While commercial insurers utilize "closed" contracts, i.e., self-contained agreements with set terms, fraternal benefit societies employ "open" contracts. Open contracts are memorialized by the member's application, the insurance certificate, and the society's articles of incorporation and bylaws. Central to this dispute, open contracts also explici-tly recognize that the articles of incorporation and bylaws are subject to change, and that any subsequent amendment to them is incorporated into the preexisting open contract as long as it does not destroy or diminish the benefits promised in the original contract. (Kaplan Financial, 2008)

When you become a member of the PFSA, you are eligible to purchase term life insu-rance, return of premium insurance, whole life insurance, and a Coverdell Education

IRA.—The PFSA, an organization that is committed to family, community, and country. From a college education for your children, to a secure and rewarding retirement, we

have a variety of financial and investment choices that can help you take control of you and your family’s future.

HOW DO I BECOME A MEMBER?

It’s simple. Our members are our insured. Anyone purchasing a…

10-YEAR AND 20-YEAR TERM:Level premium plans with a fixed term coverage. Although these plans do not offer cash value or reinstatement provisions they provide protection at a lower cost than whole life.All these Term plans are convertible to a whole life at any time during the term of the contract, by request of the insured and before the insured’s 60th birthday and for an amount equal or lower than the original coverage amount.

The Conversion provision does not require additional proof of insurability or medical examinations.

BENEFITS:

➢ Lower cost ➢ More purchase power ➢ Conversion provision

TARGET MARKET:

Young families planning for their children’s education and raising needs. The conver-sion option makes these plans very attractive because it allows the insured to convert the plan to a whole life.

10-YEAR AND 20-YEAR PAY LIFE:Level premium plans with a fixed number of premium payments. These Plans offer cash value accumulation and re-instatement options. Excellent product when planning costs of insurance.

BENEFITS: ➢ Cash Value accumulation ➢ Discounts for early payoff ➢ Forecasting the total cost of insurance ➢ Policy Loans may be granted against the cash value (loan may not exceed 80% of available cash value) ➢ Policy may be re-instated up to 5 years from last due date (medical approval may be required) ➢ Lower Face limit amounts than “interest sensitive” products

TARGET MARKET:Excellent product for someone who wants to buy or offer insurance protection, but wants to budget and manage the cost of coverage.

20-YEAR AND 30-YEAR RETURN OF PREMIUM:Level premium plans with a fixed number of payments and fixed term. Unlike term insurance, these plans offer cash value accumulation, re-instatement options and policy loans. At the end of the 20 or 30-year term, insured will be paid the total premiums paid minus council dues and any indebtedness they may have.

BENEFITS:

➢ Lower cost than whole life plans ➢ Policy Loans may be granted against the cash value (loan may not exceed 80% of available cash value) ➢ Policy may be re-instated up to 5 years from last due date (medical approval may be required) ➢ Cash Value accumulation ➢ Forecasting the total cost of insurance ➢ Reimbursement of premiums. At the end of the Term member gets reim bursed for all premiums paid except the Council dues.

TARGET MARKET:

Young adults and families who want to buy insurance protection for a determined number of years with the assurance that at the end of the term they will get the pre-mium amount returned to them.Home buyers looking for Mortgage Insurance

COVERDELL EDUCATION IRA

➢ Coverdell (Education) IRA – great to start a college fund for children; deposits can be made until the child is 18 years of age; annual deposits up to $2,000.00; funds can be withdrawn for education tax free; funds my be transferred to another child. Minimum to open is $100.00 plus Membership dues

PORTUGUESE FRATERNAL SOCIETY OF AMERICA

1120 East 14th Street, San Leandro, CA 94577Phone: (510) 483-7676 • 1-866-687-PFSA

Fax: (510) 483-5015www.mypfsa.org

Have a rep contact you today!

1-866-687-PFSA (7372)

Or email us [email protected]

Portuguese Fraternal Society of America

Page 8: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

8 1 de Junho de 2012

Two Bay Area Cities will hold flag raising ceremonies encompassing, June 10, the Dia de Portugal. The City of San Francisco will hold a flag raising ceremony on Mon-day, June 11, 2012 at 10:00. The Honorable, Nuno Vaulter Mathias, newly assigned Consul General of Portugal in San Francisco will participate in the ceremony along

with representatives of Portugue-se-American Community Organi-zations. The Flag Raising at San José City Hall on Friday, June 8, at 5:30 p.m will be the first time that the Portu-guese flag will be raised at the new City Hall in San José. A contingent of Portuguese bands’ members will play the anthems and there will be

comments by members of the city council. Richard (Dick) Santos, a Board Member of the Santa Clara Valley Water District and a proud Portuguese-American, made the suggestion to Councilman Xavier Campos.This is the first time in a number of years that the City of San José has conducted a flag raising cere-

mony to recognize the Dia de Portugal celebrations, while the City has provided annual grants to the Portuguese He-ritage Society of California to help support Dia de Portugal Festivals at the Portuguese Historical Museum.

COLABORAÇÃO

Agua Viva

Filomena [email protected]

Diz o Fado que ninguém sabe p’ró que nasce quando nasce uma pessoa... Talvez nisso esteja o desa-fio, a surpreza do encontro todos os dias com o que a vida nos depara... E com es-perança preparar o amanhã com os acontecimentos do dia de hoje. Pela vida fora, desde que nascemos, quan-tos caminhos percorremos, até realizarmos o que um dia julgámos impossível. A vida, é uma luta constante, com muitas missões para cum-prir... No passado sábado, dia 12 de Maio, muitas foram as teste-munhas do que pode aconte-cer, quando perseguimos um sonho, porque confiamos nos nossos valores, ainda mais se Deus faz parte dos mesmos. António Alvernaz Silveira, é um desses exemplos. E fi-nalmente, o sonho fez-se re-alidade! A Catedral de São José, na cidade cosmopolita do mes-mo nome, viu ordenar, entre oito Diáconos, um Portu-guês, acontecimento raro entre nós. O maravilhoso Templo Católico encheu-se de amigos e convidados. Foi uma cerimónia bonita, grata, alegre, emocionante em to-dos os sentidos... É difícil não sermos protago-nistas da história de uma pes-soa, se por dentro conhece-mos os sonhos que acalenta, mas cujo destino a fez passar por muitas provas de fogo! Fogo de Amor, do qual resul-tou uma bonita família, por todos respeitada, numa Co-munidade alegre, buliçosa, amiga e controversa. Amor, que por incrível que pareça separa o Homem de Deus... Se supõe, que deveria ser o contrário. Contudo, o dia cer-to chegou pelos desígneos de Deus, naturamente. Embora tenhamos perdido anos de pregação e sermões do alto de uma figueira, pelo menino nascido na Terra do Pão, Ilha do Pico, dia 7 de Dezembro de 1951. Aí, frequentou a Escola Elementar; depois, o Seminário Menor de San-to Cristo em São Miguel; o Externato Lacerda Machado, em Lajes do Pico; o Liceu da Horta; o Liceu de Benguela, porque partiu com os pais para Angola; a Universida-de de Luanda e depois o Se-minário Maior de Huambo, onde estudou para sacerdote. A guerra em Angola fê-lo regressar; juntou-se aos seus pais que no regresso imigram para os Estados Unidos da América; outros caminhos o destino o fez tomar e porque os desígneos do Senhor são insondáveis, aqui conheceu Margaret Marie Silveira, o outro amor da sua vida, com quem casou e de quem teve um lindo casal de filhos. Foi um casamento de quase 34 anos, porque Margie, - era

assim que todos a chama-vam, - faleceu vítima de do-ença incurável. Ela própria, durante os seus 11 anos de sofrimento, apoiou o marido nos seus estudos e o seu pri-meiro sonho de um dia poder vir a ser sacerdote. Por 36 anos, Tony Siveira, tem vivi-do nesta Comunidade, à volta da Paróquia das Cinco Cha-gas, entre o seu trabalho, a Rádio o Ensino de Português e Inglês, preparando pessoas para a cidadania americana, de uma forma empenhada e generosa, muitas vezes so-frendo caladamente, mas com brio e convicção de quem sabe que Deus tem um plano para ele, ainda que por caminhos diversos. A meta, está prestes a ser atingida. O primeiro “ensaio” foi feito dia 13 de Maio, Dia da Mãe nos Estados Unidos, na Igre-ja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, com Missa de Festa, celebrada pelo Rev. Padre Tony Reis, na presen-ça de Mons. Patrick Browne, da Diocese de São José, e o primeiro sermão, como Di-ácono, por Tony Silveira. O Povo, que enchia a Igreja, estava contente, comovido e com Esperança de que bre-vemente possa vir a ter o tal Pastor Português, ainda por cima Açoriano, que conhece as tradições religiosas que tanto vive. Viver para contar, a alegria de ter visto esta etapa acon-tecer na vida de um amigo, não acontece sempre, desde as cerimónias e as músicas lindíssimas na Catedral a esta Festa na nossa Igre-ja. Parabéns Tony Silveira! Deus sim, escreve direito por linhas tortas... A Margie está contente por ti no Céu. Os teus filhos e netos na Terra, já têm outra história para contar aos vindouros e o Povo todo tem ainda uma caminhada para aprender que quando Deus quer, tem muita Força. Que assim seja! Felicidades, Amigo!

Insondáveis, são os Caminhos do Senhor..

Bandeiras Portuguesas em San José e San Francisco

Page 9: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

9 COLABORAÇÃO

Na qualidade de Advogado, com domicílio profissional em Por-tugal – na cidade de Coimbra – dirijo, antes de mais, aos Por-

tugueses e Luso Descendentes espalhados pelos quatro cantos do mundo, em parti-cular a todos aqueles que se encontram a residir nos Estados Unidos da América, uma saudação muito especial e uma pala-vra de reconhecimento pelo exemplo que representam para Portugal, mostrando que não existem destinos inevitáveis e que é sempre possível mudar o rumo da nossa vida com ambição, esforço e trabalho. Gostaria ainda de deixar uma palavra de apreço ao “Tribuna Portuguesa” pelo mé-rito e interesse que lhe é reconhecido em divulgar e privilegiar notícias e iniciativas de apoio às Comunidades de Portugueses e Luso Descendentes, contribuindo, em si-multâneo, para a dignificação do cidadão Português residente no estrangeiro e para uma maior aproximação deste ao seu país de origem.É essencial a existência de estruturas e iniciativas que contribuam para que todos os cidadãos Portugueses existentes para lá das fronteiras geográficas de Portugal não percam – antes reforcem – os laços que os unem à terra de onde partiram. É necessá-rio que conheçam a realidade portuguesa e acompanhem a sua evolução; percebam, por exemplo, que o seu País poderá ofe-recer hoje novas oportunidades e mais incentivos para a realização de investi-mentos produtivos e saibam quais são os seus Direitos e qual a melhor forma de os defender, mantendo-se actualizados e fa-zendo o devido acompanhamento de toda

a actualidade jurídica nacional.E foram estas as principais razões que me levaram a iniciar esta minha colabo-ração com o “Tribuna Portuguesa”. Tenho como principal objectivo proporcionar a todos os leitores o acesso ao mundo jurí-dico português, fazendo com que estejam constantemente actualizados no que ao Direito português (e aos seus direitos) diz respeito.Irei assumir o honroso compromisso de prestar o meu contributo neste espaço através da divulgação de textos jurídicos, Legislação e decisões dos Tribunais rele-vantes, curiosidades do Direito, medidas de apoio e incentivos, entre outros temas da actualidade nacional, procurando as-sim garantir a todos os Portugueses e Luso Descendentes o acesso ao mundo jurídico português e a oportunidade de estimular e promover uma maior ligação com o seu país de origem.Desenvolvo esta iniciativa porque tam-bém considero que ao Advogado, enquan-to servidor da Justiça, é reconhecido um papel de primordial importância junto da sociedade. Vivemos num mundo em glo-balização e sem fronteiras, circunstâncias que fazem com que o Advogado de hoje deva estar apto a transmitir os seus conhe-cimentos, experiências e a fazer chegar, das mais diversas formas, a actualidade e realidade jurídica do seu país a quem mais necessita: as Comunidades de Portugue-ses e Luso Descendentes no mundo.

De Portugal, despeço-me, até à próxima edição, com as maiores saudações,

JURIDICAMENTE FALANDODE PORTUGAL… PARA OS PORTUGUESES E LUSO DESCENDENTES

Foi com grande orgulho, muita emoção e alegria, que o casal Arnaldo e Luísa Ma-tos, viram o seu único filho, Joshua Oliveira Matos, receber a sua graduação de Bacha-relato em Business Administration pela Universidade de Notre Dame de Namur, no passado dia 5 de Maio.Para que a alegria fosse complecta, convida-

ram seus parentes e alguns dos seus mui-tos amigos para uma deliciosa recepção no S.F.V. Portuguese Hall, de Mountain View. Com um diploma e um futuro que promete, a Tribuna Portuguesa, envia os Parabéns ao recém formado Jovem e aos seus pais por esse gosto tão grande.

Naufrágios e outras assombrações

“Samacaio, Samacaio deu à costa

Ai deu à costa nos baixos da Urzelina

(…)” (popular dos Açores)

Muitos foram os naufrá-gios ocorridos nas costas açorianas ao longo dos séculos, sobretudo quan-do o vento soprava rijo do quadrante leste, sabendo-se que, como diz o povo, “vento leste não traz nada que preste”. Às vezes es-ses naufrágios aconteciam dentro de abrigadíssimas enseadas quando subita-mente vinha a tempestade

e não havia tempo para fazer as manobras de zar-par. Foram exemplo disso mesmo as baías de Angra (os barcos espatifavam-se contra as rochas) e de Porto Pim (durante muito tempo conhecido por “ce-mitério de navios”).Ontem como hoje os na-vios que continuam a dar à costa. Podemos justa-mente aqui levar à letra a expressão ”morrer na praia”. Por exemplo: não há muito tempo deu à costa o “Costa Concor-dia”, colossal paquete que adornou na plácida baía de uma ilha mediterrânica. E ainda não se apagou de todo da memória faialense o encalhe do “CP Valour” na baía da Fajã da Praia do Norte. E, já agora, convirá não esquecer que este ano da graça de 2012 assinala o centenário do naufrá-

gio do navio “Titanic”, na sua viagem inaugural, que chocou contra um ice-berg nos mares gelados do Atlântico Norte, e ar-rastou para a morte 1.523 seres humanos.No seu livro “Naufrágio com espectador” (1990), o filósofo alemão Hans Blumenberg refere que o naufrágio é uma “metáfo-ra da existência” e retoma a ideia de que os homens sempre consideraram a terra firme como o seu lugar natural e, por isso, a aventura marítima tornou-se sinónimo de insensa-tez. Quem sai da sua zona

de conforto fica exposto a baixios, recifes, tempo-rais, calamidades. Em alto mar tudo é instabilidade e perigo, enquanto em terra estamos em segurança. O autor lembra a famosa fra-se de Pascal: “Vous êtes embarqué”. Diz Blumen-berg que quem vai num navio já é de algum modo um náufrago.No seu ensaio “Conheci-mento de Poesia” (1958), Vitorino Nemésio refe-re que passamos a vida a utilizar a barca do auto vicentino, “não enquanto transporte usado na forço-sa travessia do rio Caron-te, mas a embarcação em que tanto se empreende a viagem da morte, como a da vida, pois tudo é hu-manamente uma só rota e aventura”.Mas não se naufraga só por mor de tempestades

ou de manobras mal feitas – podemos naufragar me-taforicamente na mentira e no plano inclinado do boato. Mesmo ancorados na baía. É preciso segu-rar bem o leme. Porque há rombos nas quilhas do défice, da bolsa, da eco-nomia, do endividamento, das finanças… Portugal vive um dos períodos mais nebulosos da sua história. Os nevoeiros escondem vagalhões e outros peri-gos. Tal como o “Titanic” ou o “Costa Concordia”, há gloriosas viagens que acabam mal. Os ventos alísios estão a empurrar-

nos para a bancarrota. Há timoneiros que des-conhecem o destino e tri-pulantes que não sabem a rota… Temos água aberta no litígio, na fraude, na trapaça, no compadrio e na corrupção. Consegui-remos sobreviver ao nau-frágio de Portugal? Quem são e o que estão a fazer os navegadores experien-tes do nosso país? Para quando a satisfação e o alívio de avistarmos terra à vista? Quando e como vamos “troikar” as voltas à crise?Por conseguinte somos to-dos potenciais náufragos nestas ilhas de aparente tranquilidade. Há em cada um de nós um Robinson Crusuoe e uma Ilha De-serta, onde (ainda) é pos-sível recomeçar o mundo com mãos imaculadas.

Juridicamente falando

António [email protected]

Ao Cabo e ao RestoVictor Rui [email protected]

Joshua Oliveira Matos

Page 10: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

10 1 de Junho de 2012COLABORAÇÃO

Tribuna do LeitorCaro amigo e Senhor José Ávila: Não tenho palavras que possam expres-sar a minha gratidão para consigo e toda a equipa do Tribuna pela cobertura da minha ordenação diaconal e do almoço, no Sábado, bem como na Missa em por-tuguès, no Domingo, na Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas. Confesso que não merecia, nem esperava tanto da vossa parte, eis a razão do meu profundo reconhecimento. As inúmeras fotografias que colocou no seu Facebook originaram mil e um telefonemas de alegria, tanto nos E. U. como em Portugal. Fiquei deveras sensibilizado por tão grande mnanifes-tação do vosso carinho e da vossa pro-fissional reportagem a que não estou habituado. Obrigado. Espero, com a ajuda de Deus e da co-munidade ser novamente merecedor da vossa atenção aquando da minha tão desejada Ordenação Sacerdotal em 2013. Tão depressa saiba a data da mesma, terei o cuidado de o informar. Peço a Deus uma Benção especial para si, sua família e toda a equipa do Por-tuguese Tribune, e que Deus vos iluni-

ne sempre na constante missão de servir a comuni

dade, construindo uma comunidade cada vez mais unida e mais solidária, onde os talentos que Deus nos concedeu, sejam postos em prática, com caridade, ao ser-viço deste Seu povo eleito. Diácono Tony Silveira

Just a note from Woodland:

Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz [email protected]

Hoje em dia já não se liga muito à chegada do carteiro. Longe vão os dias em que já

na Califórnia, esperava por uma carta vinda "das ilhas", mais con-cretamente da ilha Terceira, a qual deixei em Outubro de 1968, tinha então dez anos. Durante anos, as cartas de minhas avós e minhas tias eram o nosso contacto com direto com um tempo e um lugar. Hoje, a Internet (melhor, as inter-netes como dizia o dotado George W. Bush) encurtece a distância, e através das novas tecnologias, os Açores e os nossos familiares e amigos estão dentro dos nossos telemóveis. Mas há coisas que não cabem no telefone, e ainda bem. É que o carteiro ainda nos traz muitas surpresas. E não me refiro às contas dos cartões de crédito porque essas também já estão nas novas tecnologias. O carteiro ainda nos traz pequenos/grandes brindes vindos deste ou do outro lado do atlântico. E foi o que aconteceu ainda hoje, quando recebi o último livro do meu amigo Vamberto Freitas.Deixai-me dizer que conheço o Vamberto desde a idade dos 19 anos. Tenho um grande apre-ço por ele. Conheci-o quando estava na rádio e ele, apesar de estar no ensino, como professor de português no sul da Califór-

nia, também colaborava com a rádio, mais concretamente com o programa Lusalândia e com os jornais de língua portuguesa na diáspora, nos Açores e o presti-gioso Diário de Notícias de Lis-boa. Com o Vamberto mantenho uma amizade de quase 35 anos. Nem sempre concordámos, por vezes tivemos (e ainda temos) opiniões antípodas, mas com o Vamberto aprendi a gostar da literatura. E com ele tivemos, nos meus tempos de locutor de rádio, algumas das mais interes-santes conversas e entrevistas que fiz em 16 anos de vida de-dicada à rádio de língua portu-guesa no estado da Califórnia. Uma conversa com o Vamberto era sempre um banho de cultu-ra. Falávamos de tudo. Desde a política norte-americana à critica literária. Desde os acontecimen-tos políticos e a vida cultural em Portugal aos movimentos sociais e políticos que marcaram o nosso mundo. Desde o grande escritor sulista, William Faulkner ao crí-tico literário, Edmund Wilson, que no mundo português, o Vam-berto conhece melhor do que nin-guém. Tenho acompanhado o Vamberto em várias fases da sua vida, uma vida dedicada aos livros e à re-flexão. Ainda me lembro, com grande emoção, e confesso que

com alguma saudade, quando no agora longínquo ano de 1991, co-meçámos o simpósio Filamentos da Herança Atlântica, e na pri-meira edição lançámos, aqui na Califórnia, o seu primeiro livro, Jornal da Emigração: A L(USA)lândia Reinventada, que no ano anterior, em 1990, havia sido lançado nos Açores. Este seu primeiro livro contém uma amal-gama de crónicas e reflexões, publicadas neste jornal (Tribuna Portuguesa) e em outros jornais da diáspora, nos Açores e como já escrevi, no Diário de Notícias de Lisboa. Ainda há pouco tempo revisitei este Jornal da Emigra-ção. É que lá estão algumas das mais pertinentes reflexões das nossas comunidades da década de 1980. Para quem queira ten-tar compreender as comunidades de hoje, aconselharia, a ler com a devida atenção, o primeiro livro de Vamberto Freitas. Desde 1990 que o Vamberto vem publicando em editoras dos Aço-res e de Portugal continental. E os seus livros, particularmente a série "Jornal da Emigração" com vários títulos, são essenciais para se compreender as nossas vivências portuguesas em terras americanas. Os livros dedicados à literatura açoriana, são docu-mentos preciosos para a cultura dos Açores, dentro e fora do ar-

quipélago. Ao longo os últi-mos 22 anos o Vamberto publicou 12 li-vros e tem co-laborado com

imensos jornais dos Açores e da diáspora. Entre 1995 e 2000 coordenou o Suplemento Açoria-no de Cultura (SAC) do Correio dos Açores. Foram cinco anos marcantes na vida cultural do arquipélago. Desde 2003 a 2006 dirigiu o Suplemento de Artes e Letras (SAAL) da revista Saber Açores. Há muitos anos que faz parte do Concelho Consultivo da prestigiosa revista literária Gávea-Brown da Universidade Brown em Providence, estado de Rhode Island. O percurso literário, cultural e intelectual de Vamberto Freitas, é impressionante. A sua dedica-ção à critica literária e aos Aço-res, dentro e fora do arquipélago, é impar. É um homem de fortes convicções porque tal como es-creveu o recentemente falecido Christopher Hitchens, para o Vamberto: a essência do pensa-mento independente não está ali-cerçada no que pensa, mas como o pensa. Tem cultivado, com os sacrifícios que advém de tal pos-tura, um verdadeiro espírito au-tónomo. Não se liga a interesses particulares ou grupos, a não ser à amizade que tem construído com homens e mulheres ligadas à cultura em ambos os lados do Atlântico. E essa sua indepen-dência permiti-lhe uma escrita uma e crítica literária profunda e despojada de lobbies. É que tal como escreveu o Professor Dou-tor Assis Brasil: "há pessoas que, por sua arte e engenho, são capa-zes de modificar seu tempo. Este é o caso de Vamberto Freitas...É um intelectual "de cá" e "de lá",

movendo-se sempre com refina-mento, eficiência e originalidade." Foi, deste Vamberto Freitas, que para além de crítico literário, intelectual, professor universitá-rio e escritor, é meu amigo, que recebi o seu novo livro border-Crossings: leituras transatlânti-cas, publicado há duas semanas pela nova editora Letras Lavadas de Ponta Delgada. Dedicado à sua Adelaide, este é um dos mais preciosos documentos sobre os vários mundos que compõem o nosso mundo português e açoria-no. Mas deste livro, que já leio e sublinho com grande atenção debruçar-me-ei num contexto de análise literária. Aqui, e nestes reflexos corriqueiros, quis ape-nas refletir o meu amigo Vam-berto Freitas, que durante muitos anos foi presença importante nas páginas deste jornal e ainda o é graças à colaboração que nos dá para a Maré Cheia. E quis relem-brar que o carteiro, ou, o homem do correio, como dizem alguns dos meus alunos, ainda tem uma grande utilidade, trazendo-nos preciosidades como o último livro do meu amigo Vamberto Freitas. É que como já escrevi algures: o Vamberto, com uma escrita frontal e elegante, transporta-nos para um universo de ideias e de-bates que esbarram preconceitos e derrubam fronteiras. Bem haja ao Vamberto por mais este livro e pelo seu trabalho ana-lítico e divulgador da literatura luso-americano. Que seria esta literatura sem um Vamberto Frei-tas? Nem quero pensar nisso.

O Meu Amigo Vamberto Freitas

Page 11: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

11COLABORAÇÃO

Preços do leiteA controvérsia das Ordens Federais para controlar os preços do leite continua

Foi em Abril de 2004 quando diferentes Or-dens Federais no “West” dos Estados Unidos fo-

ram terminadas, devido à falta do voto favorável dos produtores de leite, e o exemplo a seguir está aqui contado por um perito da in-dustria dos lacticinios em Idaho,onde os preços pagos aos pro-dutores de leite tem sido históri-camente dos mais baixos pagos nos Estados Unidos. Entre 2001 e 2003 o Departamento da Agri-cultura dos Estados Unidos anun-ciou que o preço de todo o leite em Idaho tinha uma média de $12.07 por cada 100 libras, mais de $1.00 (menos) de que o preço médio pago a toda a producao do País, que era de $13.20. Os pre-ços da California e Idaho têm históricamento corrido mais ou menos paralelos durante a ultima década. O serviço agricola “Agri-cultural Marketing Service” de USDA, afirma que um dos maio-res beneficios do “Federal Milk Marketing” é de que os produto-res de leite recebem um razoável preço mínimo pelo leite durante todo o ano, e que esse conceito foi comprovado em Abril de 2004, quando terminaram as ordens federais deixando os produtores sem rede de protecção nos seus preços, e estes baixaram signifi-cadamente.Este problema da industria de lac-ticinios não é nada novo nos Es-tados Unidos, e básicamente em quase todos os Países produtores de leite, salvo algumas excep-ções, o crescimento na produção em Idaho relativamente a outras regiões é outro factor. Em 2011 a produção de leite neste Estado era 15% mais alta do que 4 anos an-tes, a produção nacional cresceu apenas 6% em relação ao mesmo período, o relativo e rápido cres-cimento em Idaho continua a ul-trapassar o ritmo da maioria dos Estados, assim como o impacto financeiro das infraestuturas ne-cessárias para processar grandes quantidades de leite e evitar altos preços no transporte do mesmo.

Mudanças no sistema de preços em Idaho estão começando a acontecer. Algumas fábricas de queijo de proprietários indepen-dentes, estão incorporando novos mecanismos de preços com base na classe III de outras ordens federais. A nova demanda pelo leite, tal como “Shobine Yogurt” espera-se que ajudarão também a elevar os preços.Embora haja muitas razões pelas quais terminou a "Western Or-der”, a sua eliminação em 2004 resultou em perdas nos preços pa-gos pelo leite usado em diferentes produtos, e deixou os produtores directamente negociando os pre-ços com os processadores, o que são más noticias quando a oferta excede a procura. Os preços da California não são directamente afectados porque há uma Ordem Estadual.Federal Orders e State Orders, têm sido motivo de especulação e controversia por muitas décadas. Um preço mínimo baseado no preço do produto final, que é já usado em muitos Estados segun-do este perito, devia ditar uma alternativa que seja satisfatória para os produtores e processado-res do leite.Regressar às Ordens Federais no Oeste dos Estados Unidos deveria continuar a ser parte da alternati-va para a industria produtiva que continua a ser fustigada com pre-ços baixos e incertezas, enquan-to muitas familias vão remando contra a maré. Não há duvida que, enquanto a oferta exceder a procura, não há possibilidade de controlar os mercados e os pro-dutores continarão sem resposta favorável para os seus problemas operacionais e financeiros.O professor Scott Brown, cientis-ta na Universidade de Missouri diz: “a eliminação de Western Federal Milk Orders e as suas consequências, foi uma luz do que pode acontecer quando os preços pagos à produção não tem um classificado preço mínimo obrigatório”.

Temas de Agropecuária

Egídio [email protected]

Page 12: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

12 1 de Junho de 2012PATROCINADORES

Page 13: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

13 PATROCINADORES

Programa da Festa do I.E.S.

Page 14: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

14 1 de Junho de 2012 PATROCINADORES

Assine o Tribuna Portuguesa e fique a par do que se passa

Page 15: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

15 PATROCINADORES

Page 16: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

16 1 de Junho de 2012COMUNIDADE

Manuela - adeus à Vice-Cônsul

Organizações que participaram na Homenagem de Despedida à ex-Vice-Cônsul de Portugal em San Francisco, Manuela Silveira

Julia Chin, chanceler do nosso Consulado, falando da Manuela Silveira

José e Manuel Silveira - agora têm mais tempo para gozarem a sua casa em São Jorge

Manuela Silveira agradecendo a Homenagem

Ofertas da Comissão Organizadora da Homenagem

Colegas e amigos do Consulado: Anthony Lau, Manuela Silveira, João Mendonça, Julia Chin e Venceslau Silveira

Realizou-se no dia 20 de Maio no PAC de San José uma homenagem à ex-Vice-Cônsul de Portugal em San Francisco, Manuela Silveira, que se reformou depois de 40 anos de trabalho em San Francisco. Muitos amigos compareceram no PAC para dizer Obrigado ao extraordinário trabalho feito por ela. Manuela foi Vice-Cônsul desde 1993.

Page 17: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

17 COMUNIDADE

Tony Silveira - novo Diácono

Teve lugar a 12 de Maio na bela Catedral de San José, a ordenação de oito novos diáconos, incluindo Tony Silveira. Foi uma celebração muito bonita numa Igreja cuja sonoridade é algo de impressionante. As orde-nações foram presididas por Patrick McGrath, Bispo de San José. Nas fotos podem-se ver diversas fases da ordenação. Em Maio de 2013, Tony Silveira irá ser ordenado Padre. No dia seguinte, Tony participou na sua primeira missa e homilia na Igreja Nacional das Cinco Chagas (pág31)

Esq: Tony Silveira com filhos, genro e netos.Embaixo: Igreja Nacional das Cinco Chagas (ver reportagem no facebook do TP)

Page 18: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

18 1 de Junho de 2012FESTAS

Casa dos Açores em Festa

Como todos sabem a Casa dos Açores de Hilmar, realiza anualmente a sua Festa do Espírito Santo que é realmente muito tra-dicional, não havendo rainhas nem aias, mas sim representações das nove Ilhas dos Açores, cada uma delas desfilhando da maneira como o faziam nas suas terras. É uma festa sempre muita bonita, uma au-têntica lição de história para aqueles que nasceram cá e nunca viram uma genuína festa do Espirito Santo como se fazia nas nossas Ilhas.O Presidente foi Frank e Anália Furtado. Na noite de fados actuaram Carmencita

(foto à direita) Debbie Terra, David Gar-cia, Ana Rosa, Lysandra Jorge, acompan-dos pelos Rouxinóis (ver foto ao lado).No Sábado, dia 5 de Maio, teve lugar o tradicional Bodo de Leite, sempre muito concorrido. A Missa da Festa foi celebrada por Isaque Meneses, jovem Padre de Merced, que se ordenou o ano passado em Fresno.

Lysandra Jorge

Frank e Anália Furtado, presidiram a esta bonita festa

Isaque Meneses benzendo as rosquilhas e o pão

Fotos de João Freitas Photography

Page 19: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

19 FESTAS

Festa do E. Santo em Elk Grove

Fotos de Jorge Avila "Yaúca"

Teve lugar a 45ª Festa Anual do Elk Grove S.E.S. nos dias 13 a 20 de Maio. Durante toda a semana houve Rosário e na Sexta-feira teve lugar a Noite de Fados com San-dra Pacheco (Los Banos), Paulo Filipe e Avelino Teixeira, ambos do Canadá.No Sábado depois da Rosário, jantar de caçoila e baile com os "Sem Dúvida", se-guindo-se a apresentação das Rainhas e Oficiais. No Domingo, Missa de Festa com Eduino Silveira, Padre convidado, de Sa-cramento. Serviram-se sopas depois do re-gresso ao Salão, arrematações e novamente às 8 horas, jantar de Sopas e Carne.O Presidente foi Lino e Sandy Melo; Vice-Presidente Elias e Michelle Silveira; Te-soureira Adriana Melo, Secretário Steve Lawrence (ver foto abaixo).

Kaylee Middleton, aia; Ginger McCashill, Rainha; Melissa Silveira, aia

Tiffany Machado, aia; Victoria Miranda, Rainha; Clarissa Phelps, aia

Voa a pomba e pousa na Coroa do Espírito Santo

Page 20: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

20 1 de Junho de 2012PATROCINADORES

Preço Especial

Queijo inteiro do TOPO, São Jorge

Sómente $5.99 a libra

Page 21: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

21 PATROCINADORES

Page 22: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

22 1 de Junho de 2012TAUROMAQUIA

Vou começar esta minha refle-xão com o siginficado do cargo de Director de Corrida em Por-tugal: “Delegado da inspecção

dos espectáculos tauromáquicos em Por-tugal; o mesmo que Inteligente. Compete ao Director de Corrida fiscalizar o cumpri-mento do programa anunciado e resolver os casos inesperados que de algum modo possam alterá-lo; presidir ao apartado e sancionar o sorteio, findo o qual fará afi-xar o detalhe da corrida, no qual se estabe-lece a ordem da lide e da saída das reses; verificar o estado da arena; verificar-se do estado sanitário das reses a lidar com um veterário presente também apontado pela direcção geral dos espectáculos. Durante o espectáculo, compete ao direc-tor da corrida orientar a lide, ordenando a lide, ordenando a entrada e recolha das re-ses, estabelecendo a mudança dos tércios, avisando e determinando a execução das pegas por meio dos toques de cornetim que manda executar, autorizar os cavalei-ros a troca da montada, a autorização dos ferros curtos, mandar recolher os touros a que os acidentes da lide tenham produzido quebra de faculdades e, de uma maneira geral, o prosseguimento da lide”. Muito mais se poderia dizer sobre as fun-ções de um director de corrida mas penso que não preciso escrever mais para todos vós se apreceberem que aqui na Califórnia estamos ainda muito longe de exercermos o verdadeiro cargo de director de corrida. Falo dos directores actuais como também de mim próprio quando exerci esse cargo por 15 anos. Em primeiro lugar o director de corridas na Califórnia legalmente não tem autoridade alguma porque não está ligado a nenhuma organização governa-mental como em Portugal, fazendo com que muitos intervenientes do espectáculo abusem da situção sabendo de antemão que nada lhes acontecerá legalmente. Não foi há muito tempo que li um artigo publicado em Portugal no ano de 1962 aonde dizia que o director de corrida devia actuar sempre em defesa dos legítimos in-teresses do público. Mas porque nem sem-pre assim acontece, e por falta de conhe-cimento e aficion do próprio público, não é raro observarem-se violentos incidentes entre o director de corrida e o próprio público. Quando li este artigo fiquei tris-te porque em Portugal era uma realidade em 1962 e porque aqui infelizmente é uma realidade em 2012. É realmente triste de se pensar que poderemos estar assim tão atrasados em alguns aspectos desta tão linda festa dos touros. Há sempre a descul-pa que aqui não há regulamentos, por isso não precisamos seguir os regulamentos portugueses, mas essas mesmas pessoas orgulham-se muito da nossa festa ser uma tradição portuguesa. Agora pergunto: não será isto uma hipocrisia e muita falta de aficion? Penso bem que sim. Bem sei que nem todos os regulamentos portugueses se podem adaptar aqui por causa das leis des-te país que forçosamente devem ser cum-pridas mas também não vamos escolher só as que serão convenientes na altura, por-que assim a festa nunca irá para a frente. Ser-se Director de Corridas na California é um dos cargos mais ingratos que exis-tem na nossa festa de touros. Sei isto muito bem porque exerci esta tão dificil função, especialmente numa época inicial em que ninguém sabia bem o que era o cargo de Directo de corridas, por isso, custa-me imenso ler ou ouvir criticas injustas aos

directores de corridas sobre causas que eles não têm controle algum. Um bom exemplo foi o caso recente de um cava-leiro amador se apresentar de casaca nas cortesias das duas corridas formais. O que poderia o director da corrida fazer? Parar as cortesias e mandar o amador retirar-se? Que fariam os organizadores da corrida? Que autoridade tem o director de corridas aqui na California para se impôr a toda a essa gente e até de correr o risco dos cava-leiros não quererem tourear como já acon-teceu anteriormente? A realidade é que não têm autoridade nenhuma porque não existem regulamentos nenhuns que gover-nam a nossa festa. Além disso, esses tipos de problemas não se resolvem na altura da corrida por respeito ao publico que pagou o seu bilhete, mas sim depois da corrida, quando o director apresentar uma queixa por escrito à direcção dos espectáculos. Uma grande maioria dos presidentes das festas é que querem destinar ao que cabe ao director da corrida, mas se alguma coi-sa não corre bem, então é o pobre do di-rector que apanha com as culpas. Também dão as culpas ao director, quando acontece que um touro que não seja recolhido rá-pidamente, ou que um grupo de forcados leve muito tempo na praça como aconte-ceu recentemente com um grupo de forca-dos do Continente. Neste caso o director fartou-se de mandar toques para os forca-dos saírem da praça. O que é que espera-vam do director? Que ele se levantasse do seu lugar e que fosse ao meio da praça para recolher o touro ou retirar os forcados de-sobedientes?O cargo do director da corrida é impor-tantissimo antes e durante a corrida, mas penso que os presidentes das festas e os organiza-dores das corridas ainda não se apreceberam da importância de tal car-go. Algumas festas pa-gam cachets super exa-gerados aos artistas que cá vêm e que acabam por abusar de tudo, mas para pagar uma miséria ao director da corrida é sempre uma dificuldade muito grande. E agora pergunto: porque é que alguém que esteja bem da cabeça quer exercer um cargo ingrato, cheio de contravérsias e não entendido pela maioria das pessoas como este? A razão é simples. Basta ser-se aficionado e gos-tar muito da nossa festa. Mas, é preciso ter cui-dado porque se as coisas continuarem da mesma maneira em pouco tempo não haverá ninguém que queira exercer este car-go. E depois? Deixa-se o decorrer de uma corrida ao deus dará? Ou melhor será trazer directores de corridas de Portugal a pa-gar um bom cachet além das passagens e estadia? Até porque já houve um Director reformado de Portugal Continental que queria implementar essa ideia cá, até porque lhe dava muito jeito.

Com tudo isto não quero dizer que os directores de corridas fazem tudo bem feito e que nunca devem ser criticados. Vê-se muitas vezes decisões muito mal feitas pelos nossos direc-tores, mas é preciso ver-se que em muitos casos as decisões têm que ser feitas em fracções de segundos e a sós. Em certos casos essas decisões não são as mais populares, mas tem que haver alguma compreen-são por todos em geral. As criticas e opiniões constru-tivas são importantes mas nunca faltando ao respeito à pessoa, porque penso que todos os directores tentam fazer sempre o seu melhor possível.Lembro-me de um caso que aconteceu co-migo há muitos anos no saudoso Pico dos Padres. Durante o decorrer de uma lide alguém lembrou-se de abrir os portões da contra-barreira da praça. O touro quando viu aquela abertura, saltou a trincheira e saíu para o parque de estacionamento aon-de danificou uma carrinha lá estacionada. Agora digam-me, o que é que o director da corrida tem a fazer numa situação destas? Acontece que não está escrito em livro ne-nhum como resolver esta e muitas outras situações parecidas que podem acontecer no decorrer de uma corrida. É dificil, mui-to dificil e ainda por cima sem regulamen-tos, falta de cultura taurina e falta de edu-cação de muita gente, torna-se ainda

mais dificil.Não haja duvida nenhuma que precisaria de haver regulamentos para as corridas da California, mas sem as festas e todos os elementos que participam numa corrida incluíndo ganaderos, empresários, artistas, forcados e pastores aderirem e respeitarem esses regulamentos, o director da corrida será sempre um aficionado cheio de vonta-de mas sem autoridade nenhuma.A bem da festa brava.

Quarto Tércio

José Á[email protected]

A Função do Director da Corrida na California

Reflexões Taurinas

Joaquim [email protected]

Vou tirar o meu chapéu a todos aqueles que en-trarem nas nossas arenas, com pro-fissionalismo, com honestidade, com saber, com aficion, com técnica e res-peitadores das regras básicas do toureio, e cujo objectivo será sempre satisfazer os aficionados que enchem as praças e que pagam o seu bilhete.Aos ganaderos exige-se que tragam os seus melhores toiros apropriados às funções para que foram contrata-dos. Aos aficionados pede-se que saibam estar dentro da Praça, respeitem o silêncio durante as lides e duran-te a preparação das pegas. Nunca se esqueçam que a festa dos toiros é perigosa e pode ser mortal.

Já alguma vez a Assembleia Regional ou mesmo o Go-verno dos Açores se lembrou de reconhecer os três ho-mens mais influentes na California no aparecimento de uma tradição das nossas ilhas e de Portugal, geradores de uma grande industria e da movimentação de milha-res de pessoas por ano? A seguir às Festas do Espírito Santo quem é mais importante nesta Comunidade?Pode-se alguém comparar com eles: Manuel Correia, Manuel Sousa e Frank Borba? Só mesmo os cegos é que não vêem?

Grupo de Forcados do Ramo Grande (Terceira)

Sejam Bem-Vindos!

Nasceram em Agosto de 2006 e desde essa data foram crescendo e mostrando a sua valentia em diversas are-nas dos Açores, Portugal e Espanha. Muito recentemente estrearam-se no Campo Pequeno pegando em três toiros com muito sucesso.No dia 4 de Junho este Grupo vindo da Ilha Terceira vai pegar dois toiros conjuntamente com os Grupos de Forcados Amadores de Turlock e Amadores do Aposento de Turlock, na Corrida de Gala à Antiga Portugue-sa, comemorativo dos 100 anos da Turlock Pentecost Association, a ter lugar na Praça de Stevinson pelas 7 horas da tarde. Não percam esta corrida com toiros da ganadaria do Pico dos Padres.

Page 23: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

23PATROCINADORES

Barbados para venda

Vendem-se cachorros da raça Barbados da Ilha Terceira, puros.

Tratar com Joe Morais

209-678-2489

Assine o Tribuna Portuguesa

AÇORES – Casa Nova com 2 quartos e casa de banho. 3 unidades para renda no Porto de São Mateus na ilha

Terceira. Cozinha, Lavandaria, TV e Wi-Fi. Preço muito razoável. Com uma vista fantástica!!

Contactar: Anna: [email protected] ou Luís Machado: [email protected]

Tel: 408 353 2326

Casa de Férias para ArrendarPorto de São Mateus, Terceira

Contactar:Anna [email protected]

Page 24: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

24 1 de Junho de 2012COMUNIDADE / PATROCINADORES

Sunday, June 3, 3:00PM: Concert of Por-tuguese Classical Music at the Five Woun-ds National Church, San Jose. The Mis-sion Chamber Orchestra of San José with its renowned conductor, Emily Ray will interpret music by Portuguese composers. Concert theme is the Fado, featuring David Silveria Garcia.For more information contact LAEF (925) 828-3883

Sunday, June 3, 5:00PM: Gala Dinner to celebrate Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas and the 49th Aniversary of the Luso-American Educa-tion Foundation at the Portuguese Athletic Club, San José.For more information contact LAEF (925) 828-3883

Thursday, June 7, 12:00PM: Day of Por-tugal Open Golf Tournament. This 8th Annual Portuguese Education Foundation scholarship fundraiser is being held at the Stevinson Ranch. The entry fee includes lunch and dinner as well as other amenities. For more information contact Paulo Soa-res, (559) 250-5636Friday, June 8, 5:30PM: Flag Raising at San José City Hall. A group of Portu-guese Bands’ Members will play the an-

thems, followed by comments by officials and members of the Portuguese-American Community. For more information contact Davide Viei-ra, (408) 258-9699

Saturday, June 9, 10:00AM to 5:30PM: Dia de Portugal Festival will take place at History Park San José, home of the Por-tuguese Historical Museum. The annual traditional parade will be held, along with entertainment throughout the day, Portu-guese foods, vendor and information boo-ths, a Children’s Carnival, Artist’s Exhi-bition, a book fair and TV showing of the World Cup Soccer Qualifiers game.For more information, contact Al Dutra, (650) 964-0406

Sunday, June 10, 11:00 AM Mass at the Five Wounds National Church commemo-rating Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades PortuguesasCommemorative masses may also be con-ducted at other parishes throughout Cali-fornia.Information courtesy of the Luso-Ameri-can Education Foundation and the Portu-guese Heritage Society of California

2012 PORTUGUESE WEEK CELEBRATIONS

651911

A Pain-Free Back Is a Beautiful Thing...

Call Now To Meet With Dr. Chester Graham D.C. DACBNThe Area Leader In Spinal Decompression

Axial Spinal Decompression that treats:• NECK and BACK

• Herniated or bulging disc • Degenerative disc

• Arthritic Back Pain • Sciatica• Pre/Post surgery patients

• Acute & chronic neckand low back pain relief

FreeConsultation!

Call Today For A Free Consultation

www.ModestoBacktoNeck.com

5 4 5 - 8 7 2 7Dr Graham has treated 100’s of the most diffi cult cases.

ACT NOW!

Assine o Tribuna Portuguesa e fique a par do que se passa

Page 25: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

25PATROCINADORES

209

Assine o

e fique a par do que se passa

Page 26: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

26 1 de Junho de 2012

Em Agosto passado, Nuno Camarneiro – contou-me ele nas Correntes d’Escritas - es-pairecia de carro na ilha de S. Miguel. Na vila da Povoação parou para gasolina. O gaso-lineiro viu num assento Mau Tempo no Canal, de Nemésio: Um bom livro! Nasceu conver-sa e o turista caiu em si. Esta-va a falar com o devorador de clássicos sobre quem eu escre-vera para a LER. De regresso a Providence, lá seguiu um e-mail para a terra a contar mais esta. No dia seguinte o nosso gasolineiro respondia-me:

Caro Amigo, eu estou bem, fiquei satisfeito com a sua no-tícia acerca do casalinho que encontrei em Agosto aqui na Bomba de Gasolina. Pois é: os livros são aqueles construtores

mágicos da amizade, por amor a eles temos a felicidade de co-nhecer do melhor que o ser humano possui, do mesmo modo como podemos ter neles a protecção de-vida contra correntes mal intencionadas. É esta a verdadeira magia do livro, unir e afastar no momen-to exacto. […] As minhas leituras vão indo a muito bom ritmo, há poucos dias acabei o Nobel chinês Gao, Uma cana de

pesca para o meu Avô, eu procurei dele a Montanha da Alma, mas encont ra-se esgotado, por-que essa é a obra dele mais emblemática. Li Yasunari K awaba r t a , A Beleza e a Tristeza, mui-to bom, Os dias tranqui-los, de Kenzaburo Oé, muito bom, adorei a italiana Grazia Deledda, em Cinzas, excelente, Nelly Sachs, com a sua poesia anti-Hitler. Gostei. Isaac Sin-ger, Satã em Goray, um bom li-vro, Neve de Pamuk, a Turquia

aquilo é bastante complicado com aquelas religiões, é onde não existe a tolerância, o ar ali deve ser comprado a preço do ouro. Li Naipaul, li Coetze, mas quero deixar aqui uma re-ferência a Nadine acerca do seu livro A Arma da Casa, mara-vilha, é uma obra com cabeça tronco e membros, para mim é de longe melhor que o Cotzee. François Mauriac, gostei, Dr. Jivago, grande clássico, mas uma coisa é certa: Saramago, há qualquer ligação entre nós. Ainda há poucos dias li mais um livro dele, a Clarabóia, já são quatro livros que leio dele, sempre que entro numa livraria

e vejo seus livros algo me cha-ma para eles. Também li uma escritora norte-americana, autora de O Céu é dos Violen-tos e Sangue Sábio, seu nome é Flannery O'Connor, faleceu aos 39 anos, vítima de lupus,

se tal não acontecesse, segun-do a crítica, era mais um vul-to literário a juntar aos outros que presentearam as Terras do Tio Sam com obras de gran-de sucesso literário, como as de John Steinbeck, Sinclair Lewis, Pearl Buck, Bellow, Eu-gene, Updike. Este Mundo dos livros parece tão extenso como o Universo, sempre que lemos um livro descobrimos outros. Antes que esqueça, comprei 60 volumes de prémios Nobel da Literatura a partir de 1901 até 1966. Já andava há muito tempo à procura destes livros porque nas livrarias não se encontram, então aqui na Net encontrei um

anúncio no site Coisas, entrei em contacto com a Senhora para a cidade do Porto, atra-vés da Net e do telemóvel fe-chámos o negó-cio, mas devo dizer que esta Senhora, eu achei-a de uma sensibil idade enorme, serie-dade extraordi-

nária, a Senhora não a conheço nem ela a mim, contudo achei-a uma pessoa maravilhosa. Os livros vieram ter-me à por-ta, com transportes e compra custaram-me 331 euros, estou louco com eles, estão novos,

ARTES & LETRAS

Bomba de Leituras

(A propósito de África Frente e Verso, de Urbano Bettencourt)

Que faz um poeta na guerra?... Vê matar e morrer. E talvez mate ou morra também. Como Pedro, que uma mina matou tão completamente que só lhe enterraram a alma. Mas, se o poeta não morre, pode re-gressar sem alma. Ou trazê-la tão mudada que não a reconheça como sua. Ou que não se lha reconheça. “Frente e Verso” não é um livro de poesia de versos apenas. E nem toda a poesia que está nele é feita com palavras. O primeiro poema, o que primeiro se vê, que se sente, que nos surpreende e enrodilha a alma, ou o que dela nos reste, é a capa. Do outro Urbano, o pintor. Um coração em forma de África. Com cores de tristeza. Como o último instante de penumbra antes que a noite a apague. É a frente. Que na guerra significa lugar de combate. Na contra-ca-pa, outro coração em forma de África. Ar-dendo em sangue a toda a volta. É o verso, que no título quer também dizer poesia. A nossa imaginação teima em crer que a

África é uma terra de sonho. Fica sempre bem na fotografia. Mas vendo-a de perto,

sentindo-lhe o hálito quente do entardecer, talvez se perceba que o que nela mais anoitece não é o dia, mas a vida. Se os sons deixassem rasto como cer-tas passadas, África seria um coro quase infinito de prantos. E um dos maiores naipes desse coro teria regência portuguesa. Milhões de escravos. Milhares de mortos em guerras de ocu-pação mentirosamente ditas de libertação.Urbano, o poeta, esteve numa destas. Uma das derradeiras desgraças do Império. Trouxe-se a si na bagagem do regresso. Já não foi mau… E trouxe tam-bém o amor por aquela terra. E por aquela gente contra a qual o armaram. Amou-lhe a bele-za para além do sangue. A fe-licidade possível para além do horror. E tem-no dito em pro-sa-quase-poesia ou em poesia-

simplesmente. Em “Frente e Verso” estão

ambas juntas.A beleza na poesia é muitas vezes triste. E não há outra neste livro de remorsos alheios. Que quem deveria sentir não sente. Bastariam dois dos seus versos para estar perfeita uma elegia por África. A África que tanto quisemos que a destruímos. Que continuámos a amar desesperadamente depois de termos percebido que já nada valeria a pena. A África dos homens-nada e das mulheres coisas. Mas o remorso só teria sido útil se houvesse precedido o cri-me. Essa África mulher, essa África menina, a que está para além dos embondeiros e dos poentes vermelhos, prefiguração do sangue, resumiu-a o Urbano nesses dois versos. Ou disse-a toda inteira. Só isto: “violada pela milésima vez/ e sempre vir-gem”.

Onésimo Almeida

São mesmo duas breves palavras para que tenhamos o devido espaço para dois belos textos de dois ótimos escritores: Onésimo Almeida e Daniel de Sá. Dois textos diferentes, mas cada qual um belo texto que preenchem uma Maré Cheia, que começa o verão bem cheia.

abraçosdiniz

“Que faz um poeta na guerra?”

cada livro tem gravado o nome do autor, e o ano, a introdução está feita do seguinte modo: os discursos, na Academia Sueca, e então traz uma obra do autor, encardena-ção rija, opera mundi. Neste momento es-tou a ler Primavera, de Sigrid Undset, es-tou a gostar, tenho dentro do carro o Dario Fo, Terras de Mezarat, mais um livro so-bre as ditaduras, em breve quero regressar aos Estados Unidos, para ler Pearl Buck, Eugene, Sinclair, logo que os acabe, todo o continente americano fica lido, como já li Africa, logo que acabe as Américas ficarei só com a Europa entre mãos, já vou dema-siado longo […]

Se o leitor não perdeu ainda o fôlego eu já perdi.

Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

Page 27: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

Faleceu no dia 13 de Maio em Capitola, California, depois duma luta de 3 anos com a do-ença de Alzheimers, Maria de Lourdes Gonçalves, que nasceu no Faial, na freguesia da Fetei-ra, Acores e teria celebrado o seu 92º aniversário no dia 22 de Maio 2012. Era viuva do faleci-do José Maria Gonçalves, que era proprietário do jornal Telé-grafo, na Cidade da Horta. Maria de Lourdes será lembra-da por ser uma pessoa com um grande espírito, sempre ale-

gre e divertida. Quando se es-tava na companhia dela havia sempre uma atmosfera de bom humor e atitude positiva. Uma boa vizinha no colónia para re-formados Smithwoods Mobile Home Park, em Felton, Ca, onde ela viveu por 31 anos após a vin-da da cidade da Horta para os Estados Unidos com o seu ma-rido nos primeiros anos de 1970, deixando a vida bela de pescar, andar à vela e conviviver com muitos amigos na vida social da Horta, para seguir a sua filha que

veio estudar para os Estados Unidos. Além de um grande espírito, Maria de Lourdes tinha grande talento artístico, ela fazia crochet, costurava e fazia tricot, e tudo o que ela fazia era belissimo e com perfeição. Todos os anos pelo Carnaval fazia uma fantasia para a sua filha que ela ado-rava, as fantasia feitas por ela distinguiam-se nas matinés do Amor da Patria, um clube social na Horta. Deixa a chorar a sua morte, a filha Mariza Leff e seu genro Jeffrey Leff, sua irmâ Lucilia Avila, de Tracy, California e muitos sobrinhos e sobrinhas que ela adorava. A missa e cerimónia será no dia 8 de Junho 2012, em St. John’s Catholic Church, (Hi-ghway 9 and Russell Ave.) em Felton California.O enterro será em cerimónia privada com a sua familia no cemitério da Holy Cross em Santa Cruz, California, onde ela se junta na sepultura de seu marido José Maria Gon-calves que a precedeu em 1984. Tribuna Portuguesa envia sentidias condolências a todo a família.

27 COMUNIDADE

Grande Oportunidade de Negócio

Vende-se Pada-ria em Escalon

Tratar com António ou Rosa Lima

209-838-7111

707-338-5977

Fale connosco para compra e

venda de Proprie-dades nos Açores,

Heranças, etc.

Tour PORTUGAL with Carlos Medeiros

Oakdale - apresentação das Rainhas 2012

Com a presença de muitos amigos realizou-se no dia 5 de Maio a apresentação das Rainhas e Oficiais da Festa do Espírito Santo, de Oakdale (FES).

Presidente: Scott e Tina Lucas; Vice-Presidentes: Luis e Olga CoelhoRainhas Grande 2012 - Aia: Camrin McCoy, Rainha: Courtney Furtado, Aia: Susana Bra-sil - Rainha Junior 2012, Aia: Megan Rocha, Rainha: Kiara Ancheta, Aia: Adrianna Ga-laviz - Rainha Pequena 2012, Aia: Emma Gomes, Rainha: Laila Lourenço, Aia: Iyanna Valim

Falecimento

Maria de Lourdes Gonçalves

Page 28: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

28 1 de Junho de 2012PATROCINADORES

Assine o Tribuna Portuguesa e fique a par do que se passa

Page 29: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

29 COMUNIDADE

PAC - livro comemorativo dos 50 anos

Realizou-se no dia 18 de Maio a apresentação do livro comemorativo dos 50 Anos de vida de uma das mais importantes organizações da nossa comunidade - Portuguese Athletic Club de San José. O livro teve como editor José Luís da Silva e foi publicado pela Portu-guese Heritage Publications of California, Inc.Na sessão da entrega do livro a todos os associados, falaram José Luís da Silva, Décio Oliveira, Presidente do PAC e Tony Goulart. A POSSO bem como a Luso-American Edu-cation Foundation, através de Manuel Bettencourt, seu Presidente, ofereceram uma placa e uma salva dourada, para recordar tão importante efeméride.Portuguese Athletic Club foi fundado a 22 de Fevereiro de 1962. Além do futebol, o PAC através da sua Secção Cultural começou em 1969 a sua actividade, convidando importan-tes figuras da nossas comunidade para palestras, exposições, que ainda hoje são lembra-das.No desporto ocupou um lugar de destaque entre os clubes desportivos da California.Jose Luis da Silva apresentando o livro "Um Sonho de Poucos ao Serviço de Muitos"

Tony Goulart falando sobre o passado do PAC Décio Oliveira, Presidente do PAC, recebendo as homenagens da POSSO e da LAEF

Embaixo: antigos jogadores do Portuguese Athletic Club (foto de Mário Ribeiro)

Um livro para recordar 50 anos de boas memórias. Comprem-no pois vale a pena.

Page 30: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

30 1 de Junho de 2012ENGLISH SECTION

Cristiano Leonardo Machado was born on July 14, 1838, in Pon-ta Delgada, São Miguel Island, Azores. In 1855 he and his bro-

ther Antonio booked passage aboard the "ER Sawyer" and arrived at Boston on August 29 of that same year. In October, Cristiano embarked on the whaling ship "Callao" from New Bedford, bound for the Pacific Ocean. He returned on June 1858, after a two and a half year voyage. Apparently, he shipped out again on more whaling voyages, although details of those are unknown.Cristiano became an American citizen in May 1865, returning to Ponta Delgada shortly thereafter, where he married Ma-ria Jose Sousa de Ramos in July of that same year. They were both living at Car-mel, California as early as May 1866, the date of their oldest child's birth, at which time Cristiano was employed at the Car-mel Whaling Company.A11 the above information was culled from "The Portuguese Shore Whalers of Ca1ifornia", a book authored by my good friend, David Bertão, and published in 2006 by the Portuguese Heritage Publica-tions of California, San Jose.Sharron Lee Hale (A Tribute to Yesterday, 1980 Edition) stated that the Machados had fourteen children, but only ten lived to adulthood. David Bertão was more speci-fic, listing twelve names and dates of birth, marriage and death.After ten years of employment at the Portuguese Whaling Company at Car-melo Cove (today's Point Lobos Reser-ve), Cristiano opted for life on the farm. In December 1877 he moved into an old adobe house on a pear orchard at Carmel Mission, and became the caretaker of the Mission grounds and buildings. According to historian James M. Guinn (1834-1918), "Machado then removed to the Carmel valley and rented nine acres of the Mission land and at the same time, 1877, was made caretaker of the Mission." (Historical & Biographical Record of Monterey & San Benito Counties, 1910 Edition).The following is a transcript from the Book of Accounts signed by Father An-gelo Casanova (1833-1893), the pastor of San Carlos Church in Monterey in charge of the Mission: "December 1877, the new orchardist, Cristiano Machado, paid the rent in advance for this year $150. In the second year it will be $100 and the other years if lie wishes the orchard, according to the documents, it will be $125 per year. I found it necessary to charge the orchar-dist of Carmel Mission because I noticed the property was in rather bad shape and I placed there a certain Cristiano Machado, Portuguese. Already he has rehabilitated the orchard with 200 fruit trees bought from James Water of Watsonville. I put two lines of new fence, bought 1,600 feet of lumber to make a new kitchen and to line the back of the adobe house with boar-ds." (Academy Scrapbook, July 1951, Vo-lume II, Number 1. Academy of California Church History, Msgr. James Culleton, Editor).Besides the grounds upkeep, Cristiano took time to overhaul the Mission ruins and ultimately was rewarded by finding the grave of Father Junipero Serra. As Helen Hunt Jackson (1830-85) appropria-tely remarked: "The present keeper of the Carmel Mission grounds is a devout Portu-guese, whose broken English becomes elo-quent as he speaks of the old friars whose graves he guards. In clearing away the earth at the altar end of the church, in the winter of 1882, this man came upon stone slabs evidently covering graves. From the minute description, in the old records, of Serra's place of burial, Father Casanova, the priest now in charge of the Monterey parish, became convinced that one of these

coffins must be his." (Glimpses of Califor-nia & The Missions, 1916 Edition).Harry Downie (1903-1980), the legendary restorer of Carmel Mission, wrote: "Cris-tiano Machado was engaged to clear out

the church. The work proceeded from the front door toward the altar. On the cleari- ng of the sanctuary the three stone vaults were revealed."(Academy Scrapbook, March 1953, Volu-

me III, Number 7).As Sydney Temple pointed out, "On Janu-ary 24, 1882, Father Casanova, Cristiano Machado, who was the custodian at Car-mel, and other helpers made their attempt to identify the internment of the founder of the Mission." (The Carmel Mission, From Founding To Rebuilding, 1980 Edition).Additionally, Martin Morgado wrote: "Cristiano Machado cleaned, repaired, and maintained the Mission and grounds, which included rediscovering the location of Serra's forgotten grave in 1882." (Juni-pero Serra's Legacy, 1987 Edition).

California Chronicles

Ferreira Moreno Shore whaler & Mission caretaker (1)

Page 31: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

31 ENGLISH SECTION

portuguese s e r v i n g t h e p o r t u g u e s e – a m e r i c a n c o m m u n i t i e s s i n c e 1 9 7 9 • e n g L i s h s e c t i o n

Ideiafix

Miguel Valle Á[email protected]

On the occasion of Mother’s Day and the celebration of the feast of Our Lady of Fátima, newly ordained Deacon Tony Silveira preached his first mass at Five Wounds Portuguese National Church in San José, California on Sunday, May 13, 2012. The mass was concelebrated by Rev. António Reis, parochial vicar, Monsignor J. Patrick Browne, administrator, and Rev. James Okafor. António Alvernaz Silveira was ordained a deacon on Saturday, May 12, at the Cathedral Basilica of St. Jo-seph in downtown San José in a ceremony presided by Bishop Patrick McGrath. Tony is the widower of Margie Silveira who passed away in February 2011 after a long battle with cancer. Tony started his semi-nary studies in his early childhood in Angola, but then came a move to the US, marriage, and family. In 2009, he entered the Deacon Formation Program and will attend St. Patrick’s Seminary in Menlo Park for or-dination to the priesthood in 2013. He is hoping to be placed at Five Wounds Portuguese National Church to minister to the Portuguese-speaking parishioners.

Deacon Tony Silveira celebrated his first mass

Five Wounds Portuguese National Church hosted its annual celebration in honor of Our Lady of Fátima May 10 through 13. This year’s celebrations coincided with the first mass of newly ordained Deacon Tony Silveira who preached his first sermon at the Sunday 11 am Portuguese mass. The traditional candlelight procession on Sa-turday afternoon had the same devotion,

but not the same impact as it was still sun-light out. Following the candlelight pro-cession, a community dinner and dance was hosted at the IES hall. The high mass on Sunday concluded the celebrations with a procession.

fotos de Filomena Rocha

Five Wounds honored Our Lady of Fátima

fotos de Miguel Avila

Page 32: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

32 1 de Junho de 2012COMUNIDADE / DESPORTO

Faz muito tempo que não dou conhecimento aos leitores das actividades que têm tomado lugar

nas instalações do Newark Pa-vilion. Por isso aqui estou para dar uma ideia do que andamos a fazer e para todos verem como estamos activos na comunidade. Antes de me alongar, esclareço que não vou escrever como agora se escreve em Portugal ou como foi sugerido e quase mandatório. Na minha opinião agora escreve-se com muitos erros e eu recuso-me terminantemente a escrever com erros. Ponto final. Passando ao ponto principal deste artigo, todos os anos o Concelho 16 da PFSA doa uma certa quan-tia para se comprarem mercea-rias para fazerem parte dum Ca-baz de Natal que será distribuido a familias, sócias do Concelho 16 que tenham necessidade. Nor-malmente esse Cabaz de Natal é dado a cerca de 20 famílias e compreende uma lista bastante completa de mercearias, que são de uso normal numa casa. Quan-do fui Presidente do concelho 16,

depois de ter auscultado os mem-bros que assistiam à reunião, pas-sou-se a dar mais cabazes noutras alturas festivas como a Páscoa. Assim, o ano passado e este ano esses cabazes foram distribuidos tanto no Natal como na Páscoa. Por uma coincidência bastante interessante, o Business Board tinha recebido em Novembro um pedido de um ex-combatente no Iraque que queria distribuir pe-rús para a comunidade nas nos-sas instalações e doou 100 perús para serem distribuidos pelas instituições de caridade que o próprio Concelho já ajuda. Assim e vindo mesmo a calhar, o nosso Cabaz de Natal tinha um perú de cerca de 20 libras que foi muito apreciado pelos que o receberam. Esperemos que este ano de 2012 o mesmo veterano tenha a mes-ma feliz ideia e queira utilizar as nossas instalações para o seu acto de caridade. O Cabaz da Páscoa foi distribuido por 10 famílias e também foi um sucesso, pois cada uma recebeu dois cabazes e os produtos eram bastantes va-riados. Estes produtos são prove-

nientes de donativos dos nossos membros, da Banda Filármonica Recreio do Emigrante, do Comi-té do Espirito Santo, da Fundação Viola Blythe, etc. e das pessoas que durante o ano vêm jogar Bin-go nas nossas instalações e que-rem contribuir com arroz, feijão, latas de conserva, etc. Bem ha-jam a todos os que nos têm aju-dado e contribuido para o grande sucesso desta iniciativa. É que é importante não esquecer que com dinheiro ou sem dinheiro to-dos temos de comer pelo menos uma vez por dia.Este ano de 2012 pela primeira vez o Newark Pavilion foi palco de uma das cerimónias relacio-nadas com a Portuguese Immi-grant Week. O Business Board resolveu aceitar o desafio e no dia 12 de Março houve terço re-zado na nossa linda capela e de-pois seguiu-se um chá que contou com a presença de 100 pessoas. Foi muito agradável e todos gos-taram, foi pena não terem vindo mais pessoas, mas esperemos que para o ano também tenhamos a honra de participarmos e en-

tão ficam já convidados para nos acompanharem nesta cerimónia que foi bastante bonita. A Banda Recreio do Emigrante tocou em frente à Capela depois da reza do terço assim como já dentro do Hall 1 tendo sido bastante aplau-dida. Os membros do Comité encarregados da organizacão das cerimónias do Portuguese Immi-grant Week deram um certificado de apreço a duas directoras do Business Board – Fatima Teixei-ra e Angela Pereira, pelo trabalho realizado na preparação da festa e o Senhor José Isidro, maestro da Banda também recebeu um certificado de apreço pela sua ac-tuação.O Comité do Espirito Santo presi-dido por Daniel Silva e sua espo-sa Conceição Silva, andam muito ocupados com os preparativos para a festa do Espirito Santo que vai ter lugar em 21 e 22 de Julho nas instalações do nosso Pavi-lhão. Como sempre, vai ser festa rija e já estou com água na boca só de pensar nas sopas que vão ser servidas. Esta é mais uma data a marcar no calendário.

No ano passado em Março, o artista Zé Duarte, de San Diego veio actuar ao Pavilion e foi um sucesso e assim deste modo, foi decidido que ele seria o nosso artista a abrilhantar um jantar tipo Western no próximo dia 2 de Junho. De certeza que vai ser outro sucesso, pois ele é um dos melhores artistas da nossa comu-nidade. E pronto meus amigos, penso que por hoje é tudo e voltarei com mais novidades logo que chegue de Portugal, em Junho, onde vou levar um grupo de senhoras ame-ricanas e visitaremos Cascais, Lisboa, Sintra, Óbidos, Fátima, Batalha, Tomar, duas provas de vinho – uma em Azeitão e outra na quinta de José Berardo, onde ele construíu um jardim da Paz - e uma sessão de pintura de azule-jo. Muito interesante e diferente.

Angela Pereira

Campeonato da Europa 2012 Que irá Portugal fazer?

Que anda a fazer o Newark Pavilion?

Page 33: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

33PATROCINADORES

Assine o Tribuna Portuguesa e fique a par do que se passa na nossa Comunidade

Page 34: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

34 1 de Junho de 2012PATROCINADORES

Assine o Tribuna Portuguesa e fique a par do que se passa na nossa Comunidade

Page 35: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

35 PATROCINADORES

Assine o Tribuna Portuguesa e fique a par do que se passa na nossa Comunidade

Page 36: The Portuguese Tribune, June 1st 2012

36 1 de Junho de 2012TRIBUNA PORTUGUESAULTIMA PAGINA

Assine o Tribuna Portuguesa e fique a par do que se passa na nossa Comunidade