Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

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B I B L I O T E C A U N I V E R S A L ,

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BIBLIOTECA UNIVERSAL.

COLECCIpN

D E L O S

M E J O R E S A U T O R E S ANTIGUOS Y MODERNOS,

NACIONALES Y EXTRANJEROS.

TOMO X L I .

SOLEDADES,

E U S E B I O B

M A D R I D . D I R E C C I O N Y A D M I N I S T

calle de LeganitoV 1 8 7 8 .

X&

fe LITB&fl i i i s a ?

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l A ' . R I D , 1 8 7 8 . — I B P . , E S I . T GALV. D E A R M A D I C . *

"** S U C E S O R E S D E R I V 4 D E N E T B » ,

IBPBISOBES DX CAMARA OE S. M., ' » 4 filie del Dnque do Osuna, número 3.

AL CONDE DE MGRPHY EN TESTIMONIO DE AMISTAD,

©/ muio,-.

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AL PÚBLICO.

Permítanos el Sr. D. Ensebio Blas-co, con cuya amistad nos honramos hace mncho tiempo, que hagamos cons-tar aquí cuánto le agradecemos nos haya cedido una edición de su última obra, titulada Soledades, y haya, con este motivo, proporcionado á las clases populares, que son las que más nos favorecen por la índole de nuestra pu-

lsación, tan selecta como económica, ectura de tanta amenidad y de tan

¡delicada poesía. Estamos seguros de ¡que su abnegación ha de encontrar quien le imite en otros autores aman-tes del progreso de nuestra patria.

EL EDITOR.

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P R Ó L O G O .

E n la p r i m e r a edición de es tas poesías publ icamos como Posl scriplum un p á r r a f o del inmor ta l Jovel lános q u e d i ce :

•No hay me jo r c e n s u r a q u e la q u e hace » p r i v a d a m e n t e u n amigo docto y s incero , »consul tado po r a u t o r p r u d e n t e y dócil; °ni ap robac ión m á s h o n r o s a q u e los e lo -• gios con q u e d is t inguen l a s p e r s o n a s ilus-t r a d a s los út i les t r a b a j o s de u n esc r i to r . »Pero ¿ d e q u é s i rven es tas ope rac iones » m o l e s t a s y afec tadas , q u e son aún de rao-»da, y sa len al f r e n t e de las o b r a s ? etc.

»Las o b r a s b u e n a s n o las neces i t an ; en »las ma la s son inút i les , y en todas inopor» ' t u n a s . »

Y a n a d i a m o s u n o s versos del no m e n o s cé lebre Boi leau:

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Un auteur á genoux, dans une liumble preface Au lecteur qu .1 cnnuic a beau demander gráce " ne gaguera ríen sur cc jugc irrité, Qui lui fait son procos de pleine auíorité.

Al pub l i ca r esta n u e v a edición n o re-res is t imos al deseo de r e p r o d u c i r el a r -t iculo q u e u n e m i n e n t e crí t ico ha ded icado a este l ibro en las c o l u m n a s de u n d i a r io político, cuya redacc ión la componen lite-r a to s tan conocidos como j u s t a m e n t e ce-l eb rados .

Q u e r e m o s á la vez d e n u n c i a r al a u t o r de este ju i c io cr í t ico, q u e , p o r h a b e r l o h e -cho, como sue le decirse , á vuela p l u m a , n o quiso , sin d u d a , firmarlo; p e r o al s a b e r n o s o t r o s q u e era n a d a m e n o s q u e el a u t o r de Pepita Jiménez y del Comendador Men-doza, r e so lv imos , á la vez q u e d a r l e este publ ico tes t imonio d e g r a t i t u d , r eve la r s u n o m b r e , con egoísta p r o p ó s i t o ; p o r q u e si él n o neces i ta firmar una vez m á s pa ra q u e su n o m b r e sea ce lebrado, noso t ro s ne-ces i tamos , po r n u e s t r a p o q u e d a d , h a c e r cons ta r q u e qu ien tan bien nos t r a t a es escr i to r de t an ta valía.

Va , p u e s , como pró logo de esta n u e v a edición el j u i c io cr í t ico del Se. Valera , c u -

yas obse rvac iones hemos a t e n d i d o , s e g ú n se verá m á s ade lan te .

Y dice a s í : «Con el t í tulo de Soledades s e ha publ i -

cado r ec i en temen te u n l indo tomo de poe-s ías (216 pág inas ) , impreso con e legancia y cor recc ión eh casa del Sr . Tello.

»Sólo con escr ib i r y pub l i ca r ve r sos en n u e s t r o s d i a s , e n q u e t an poco se e s t iman , se leen y se c o m p r a n , d a el q u e lo h a c e una g r a n p r u e b a de en tus i a smo y de a m o r devot ís imo á las Musas. Po r d i c h a , es tas d iv in idades e j e rcen s i ngu l a r a t r ac t ivo s o -b r e b a s t a n t e s a l m a s , las cuales se consa-g r a n con f e rvo r á su cul to , sin e s p e r a r po r ello fo r tuna y á veces ni g lor ia . Así se e x -plica q u e se den a ú n á la e s t a m p a t a n t a s poesías en E s p a ñ a , d o n d e , po r lo c o m ú n , a n d a la gen te m á s p r e o c u p a d a de s u s apu-r o s prosa icos y reales q u e de ideales sen-t imien tos y sub l imes asp i rac iones . Y esto, no p o r q u e seamos a h o r a m á s p o b r e s q u e en t i empos an t iguos , s ino po r u n a deplo-r ab l e inve r s ión en el o r d e n cronológico de c ie r tos sucesos . A q u í , án t e s que las n u e -vas a r t e s , mé todos y energ ías de q u e se va len o t r a s nac iones p a r a g a n a r d i n e r o en a b u n d a n c i a , han p e n e t r a d o el a fan de gas-t a r l e , el lu jo , el s ibar i t i smo y todos los r e -finamientos q u e no hab ia . Tr i s te sería la tal s i tuac ión si no fuese tan cómica ; pero,

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— XII —

sea como sea , a p a r t a la m e n t e de la m u -c h e d u m b r e de toda poesía , y de la poesía l í r ica con espec ia l idad .

"Casi, pues , s in q u e E s p a ñ a lo sepa , por -q u e no es E s p a ñ a u n o ó dos mi l l a res de p e r s o n a s , u u i c a s q u e h a b l a n acaso de ver -s o s , y q u e los l een ; casi en el des i e r to , como J u a n el Baut i s ta , y en v i r t u d de u n a m o r á p r u e b a de d e s d e n e s , h a a p a r e c i d o en es tos ú l t imos t i empos u n v e r d a d e r o en -j a m b r e de poe ta s l í r i cos , e n t r e los cuales Hay, en n u e s t r o sen t i r , a l gunos no infer io-r e s a los m4s ce leb rados de o t r a s e d a d e s

»Mucho c o n v e n d r í a q u e la cr í t ica sér ia t r a t a s e con r eposo y ex tens ión de esta pa r -te del movimien to l i t e ra r io . Ya q u e n o lo Hace , n o s o t r o s , a u n q u e sea de l i ge r a , po r n o d a r p a r a m á s n u e s t r o ingenio, ni p r e s -t a r se á o t r a cosa la índole d e este p e r i ó d i -co, p r o c u r a r é m o s poco á poco i r h a s t a c ier to p u n t o s u p l i e n d o esta fal ta .

»Habría q u e h a b l a r , como del p r i m e r o en es ta p l éyade de poe t a s , de l m a l o g r a d o Becquer , cuyas o b r a s al fin se h a n Reim-p reso poco h a , y despues de José Alcalá

o í n ? ' f S I 1 0 ' d e M a r t í y P e g u e r a , de Q u e r o l , de S a l v a n y , de C a m p o - A r a n a v

d e e r ° e a S , c e . V a r Í 0 S , C U y 0 ^ d e b ° P ° U e p S « »Resplandece y descuella e n esta p léyade

n u e s t r o amigo p a r t i c u l a r y polít ico N u ñ e z

— x m —

de Arce , de q u i e n a p a r e c e r á p r o n t o una coleccion de bel las l e y e n d a s

»Hoy h a b l a r e m o s de l a s poesías del se-ño r Blasco, q u e h a n d a d o ocasion á las an t e r i o r e s re f lex iones .

-Tal vez logren d ichas poesías vence r la ind i fe renc ia públ ica y s e r m á s p o p u l a r e s de lo q u e así se usa . A ello c o n t r i b u i r á n l a s c i r c u n s t a n c i a s de ser y a el S r . Blasco m u y conocido y a p l a u d i d o como a u t o r d r amá t i co , y de q u e sus v e r s o s , d iscre tos , ingeniosos y s e n t i d o s , t i enen cier to ca rác -ter m u y p r o p i o p a r a p e n e t r a r en el án imo de los m á s r e b e l d e s á todo sen t imien to poét ico : e s t án e sc r i to s , a u n q u e pa rezca u n a b lasfemia estét ica lo q u e v a m o s á de-c i r , á la m o d a del d ia .

»En efecto, no se p u e d e negar q u e h a y m o á a p a r a escr ib i r ve r sos . T o d o poeta debe s e g u i r l a , so pena de q u e sus con tem-p o r á n e o s le d e s d e ñ e n . No d e b e , con todo, exage ra r la m o d a , p o r q u e se h a r á r id ícu-lo ó empalagoso y c a e r á en la c a r i ca tu r a . E l S r . Blasco t iene el b u e n t ino d e no exa-g e r a r n u n c a la m o d a .

• Difícil es d e t e r m i n a r á las c l a r a s y con b r e v e d a d e n q u é consis te d icha m o d a , cuá les son s u s p r inc ipa l e s ca rac té re s . Ye-r é m o s , no o b s t a n t e , si a p u n t a m o s algu-n o s .

»Los ve r sos de a h o r a h a n de t ener p ro-

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f u n d o sen t ido filosófico; han de se r t « , « ' cenden ta les . De esta pa r e d e la m o d a a S * " a s se res ien te el Sr. Blasco, y s H o debe X J f d ? C e r ' L ° S « - í s i m o ' s poe tas fiJo-

e x t r a £ ° / ^ á C í e r 6 3 ? d e u n a feftferfa r S f l l U 6 S t r o c a r á c t e r n a c i ° " a l y fal-

2 s po i c a s V i n f - E , p H m e r 0 í ' u e ^ s í u c i ó SUS poét icas i n sp , r ac iones con esta insu-fr ible sensiblería fué .Cíenfuegos

"Otro ca rác te r , conse rvado aún desde h

de la f o r m a , q u e l leva á m e n u d o al poeta

1 a H a ^ r ^ 8 r a S t r e r a i - n t e q u e o i i a n a en vil p r o s a , s in q u e po r eso n res o inda de combinac iones rítmicas y d e T f í

nomd

e rr ° ? n

q U et

d e s m Í e n t e » - p r o p ó s o üe no d a r i m p o r t a n c i a á la f o r m a .

Ot ro ca r ác t e r se manif ies ta más eme e n

« " « « r a I m , » ? " „ S J , o s > c o n t r a b a n d i s t a s y cantadores l á n -

g u i d o s , a r r o b a d o s , extát icos T h a s t á he

s a n t i g u a r n o s , como si se nos p r e s e n t i r á u n a ma la vis ión.

»Libre el Sr . Blasco de las exagerac iones V del exceso, s igue la m o d a no obs tan te , en lo cua l , no sólo le d i scu lpamos s ino q u e le ap laud imos . La m o d a se f u n d a en a lao : se f u n d a en la p r o p e n s i ó n , en la ten-dencia á e ideas y de sen t imien tos en u n d a d o per íodo h i s tó r i co ; y n o es posible q u e el poeta p r e sc inda de todo esto, sin c o n v e r t i r s e en a n a c r o n i s m o viviente .

»Debemos, pues , ap l aud i r en e l S r . Blas-co q u e con rec to juic io h a y a sab ido tem-plar en s u s v e r s o s la incl inación a lo que está de m o d a , y no h a y a caído en el ex-t r av ío á q u e la exagerac ión c o n d u c e .

»Así es q u e , no bien en sus versos h a y a lgún asomo de d icho ext ravío , la es t rofa en q u e apa rece disuena d é l a s o t r a s y h a c e r e s a l t a r m á s la n a t u r a l sencil lez y h e r m o -s u r a del res to de la compos ic ion . S í rvanos de e jemplo la poesía s e ñ a l a d a con el n u -

• m e r o YII (sin titulo), donde, el poeta n o s desc r ibe u n a cita de a m o r , en su c a s a , con u n a l inda d a m a e n a m o r a d a , q u e v iene a

, ver le y se está con él en t i e r n a s pla t icas toda u n a t a r d e de p r i m a v e r a . Es tos versos son de los m á s bon i tos del tomo, e s t án im-p r e g n a d o s de u n vo lup tuoso sen t imiento , y h a y pas ión en e l los , p e r o pas ión h a r t o p r o f a n a y u n si es no es pecaminosa . La

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dama v iene de ocul to á ve r al c u b r e con c u i d a d o al ¡ r s e p a P a a u e n L * *

vea , y el p o e t a h a c e mil e x L m L ^ ^ o s a s citas n o m

• a S ñ S M í s Contando en el silencio las pulsaciones!

t r a s p o n e d a] d e " c o n T J ^ e » se e n t i e n d e q u f n o al cielo c r i ' - ' ¡ ^ y *

donde s°on ^ r ^ C l o f ^ y

enamorados. O t r a s v e c e s m S , C O r a z ? n e s

Poeta , desea s e n t a r í v L tranqu.loel ca de rodillas s " n d , K Í a

yc l S i e n l a 6 S e h i n "

d o n , j u n t o á ' u a m a d a ' v a l m o h a ' otras ternuras: ' Y , e d l c e e a t ™

t f e s f e r Con mis manos dormidas sobreda fa?daS

de él , e n s e ñ a n d o la imagen b e n d i t a de la Virgen á la d a m a ga lan te q u e le p rod iga s u s favores- Bien está q u e le e n s e ñ e todas las otras cosil las q u e t iene e n su c u a r t o : p e r o ¿ á q u é la imágen de la Pur í s ima Se-ñ o r a , q u e no podia m é n o s de c o n d e n a r aquel las l o c u r a s ? La in t e rvenc ión de la Virgen en esta escena no e s , po r d icha , impiedad del Sr . Blasco , s ino u n l igero o l -v ido del s a n o juic io y u n golpe i m p r e m e -d i t ado de sensiblería.

"El sen t imien to de b u e n a ley a b u n d a en el corazon del p o e t a , y se m u e s t r a en b a s -tan tes composic iones s u y a s . Tan to m á s de l a m e n t a r , por- lo t a n t o , q u e tal cual vez v e n g a la p ica ra sensiblería á mezc la rse con él r e b a j a n d o sus qui la tes y e m p a ñ a n d o su br i l lo .

"Por lo genera l , en los versos consagra -dos á su m u j e r p rop i a y legít ima y á sus h i j o s , es d o n d e el poeta es m á s v e r d a d e r o de s e n t i m i e n t o , y po r cons igu ien te m á s poé ta .

' O t r a cue rda , si n o tan p e n e t r a n t e como la del amoroso s e n t i m i e n t o , de no m é n o s a g r a d a b l e son ido , t iene la l ira del S r . Blas-co : la c u e r d a q u e , con pa l ab ra i m p o r t a d a de I n g l a t e r r a , si bien con cier to f u n d a m e n -to españo l , podemos l l amar humorística. El poe ta cómico se d e s c u b r e á cada paso en el l í r i co , con chistes del icados y u r b a -

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n o s , con fina i ron ía y con pensamien tos q u e p r o v o c a n á du lce r i s a , y q u e T E

n d í ñ c o t 5 / 0 1 1 C ¡ e r t V ^ ? a infunden ' m e ancol a a p a r q u e hacen sonre í r . , .Be este gene ro h a y en el tomo un e r a n

n u m e r o de compos ic iones , q u e son las m á d ive r t i da s y g r a t a s de l ee r .

"Son t ambién m u y d i sc re tas y grac iosas cas, todas aque l l as composiciones 8 I g e r a , q u e p r o p i a m e n t e no se p u e d e n cal i f icar de a m a t o r i a s , p e r o q u e cont ienen cier to s a b o r de ga lan te r í a , po r i r ded icadas á a lguna

' E n toda la coleccion h a y q u e ce leb ra r la t e r s u r a del e s t i lo , la maes t r í a y f a c í dad

l E : l ^ f S Í f i c a ' y I a e b r i e d a d cíe p a l a b r a s , r e l a t i v a m e n t e á la fecunda ampl i tud de n u e s t r o id ioma

-Resu l t a de todo lo expues to q u e el lomo se lee con v e r d a d e r o deleite.

™ m ! f S d , o sJ

ú l t Í m a s composiciones , q u e van como a p é n d i c e s , son de las m e j o r e s , y s in d u d a las m á s i m p o r t a n t e s del tomo. 7

•i P r i m e r a d e d i c a d a á N u n e z de Arce lleva po r t i tu lo Himno al trabajo, Las fer-™ y es una de ésas o b r a s ¿n q u e se

l o g r a d e m o s t r a r q u e el i n d u s t r i a l i s m o de la edad p r e s e n t e y todos los p rod ig ios q u e crea son d . g n o y a d e c u a d o a s u n t o p a r a la poesía l ír ica. El poeta canta p r i m e r o las

a r m a s , todo aquel lo q u e con el h i e r r o se hizo y se h a c e p a r a q u e los h o m b r e s luchen e n t r e s í ; s igue c a n t a n d o los i n s t r u m e n t o s pacíficos q u e también el h i e r ro o f rece á la civi l ización, y t e r m i n a p id i endo á los t o s -tados o b r e r o s , á los m o d e r n o s cíclopes, q u e fo r j an y t r a b a j a n los m e t a l e s , q u e can-ten el h i m n o de la gloria m o d e r n a y q u e modelen y vacien la sono ra c a m p a n a q u e c o n v o q u e á los pueblos á l a s fiestas de la paz genera l y de la b u e n a concord ia .

°La segunda poesía del apénd ice es m á s bella a ú n . No es , ni con m u c h o , t an subl i -me su p e n s a m i e n t o , ni t an e levada su en -tonación , p e r o no h a y r e c u e r d o de o t r a s ob ra s q u e ecl ipsen su belleza. Es una com-posicion m á s o r i g i n a l , m á s ca s t i za , m á s sin an teceden tes y m á s p rop ia del s e ñ o r Blasco.

'Va dedicada dicha composicion al s e ñ o r F e r n a n d e z G r i l o , y lleva p o r epígrafe : Relación de viaje.

»El géne ro á q u e pe r t ence esta compos i -cion es conocido en todas las l i t e r a tu r a s ; p e r o en los t iempos m o d e r n o s se le h a d a d o g r a n va le r y se le h a cul t ivado con no tab le t ino y felicidad e n Alemania y en Ing la te r ra . Consiste en u n a discre ta imita-ción y a d a p t a c i ó n de la poesía homér i ca á nues t ro s m o d e r n o s usos y cos tumbres .

»La p i n t u r a candorosa y sencilla de la

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v ida d i a r i a , y no y a de la vida de los p a -lac ios , ni de una \ i d a ideal de pas to res olo-rosos y l lenos de moños d e seda , sino d e la gente rú s t i ca ó b u r g u e s a , es el pr incipio de esta poes ía ; la cua l es , en el a r t e de la pa l ab ra r í t m i c a , lo q u e los c u a d r o s fla-mencos e n el a r t e de Apéles. Quizá los dos m á s acabados y comple tos modelos de este género sean Hermán y Dorotea, de Goethe, y Evangelina, de Longfe l low.

»La n a r r a c i ó n del S r . Blasco es m u y bre -ve : no es u n a h i s t o r i a completa como las ya c i t adas o b r a s m a e s t r a s ; pero es u n bo-n i to y bien logrado e n s a y o en el géne ro re-f e r ido . Todo se r e d u c e á q u e , v i a j a n d o el poeta á cabal lo po r el r e ino de Aragón , llega á u n l u g a r d o n d e , en vez de i r á la p o s a d a , le conv ida á s u casa y le h o s p e d a y le agasa ja en ella con f r a n c a hosp i ta l idad el s e ñ o r a l c a l d e , q u e es u n v e r d a d e r o pa-t r i a rca , r i co p a r a lo q u e e n el l u g a r se r e -q u i e r e , g e n e r o s o , senc i l lo , feliz y b u e n o . La desc r ipc ión de la c a s a , del h u e r t o , de la cena y de la v ida y b o n d a d r ú s t i c a del l iberal a lcalde, h e c h a en p r e c i o s a s , fáciles y cas t izas r e d o n d i l l a s , cons t i t uye toda la compos ic ion , á n u e s t r o v e r , l ind ís ima y de lo m á s selecto del tomo. Cierto q u e al leer estos v e r s o s se r e c u e r d a n los m u y conoci-dos de Garc ía del C a s t a ñ a r , y a lgunos o t r o s , a u n q u e p o c o s , del mi smo ó rden ;

pero no eclipsa este r e c u e r d o la b r i l l an te h e r m o s u r a . n i a m e n g u a la e s p o n t á n e a no-v e d a d de las r edond i l l a s de Blasco.

»En suma , su lomo de poesías es es t ima-ble po r todos concep tos , y a ñ a d e n u e v o y f r o n d o s o r a m o á la co rona de l a u r e l q u e el poeta h a conqu i s t ado en el t ea t ro .

«Ya h e m o s dicho que el tomo está impre -so con elegancia y cor recc ión . No se nos a c u s e , p u e s , de descon ten t ad i zos , s í , p a r a n o t ener la conciencia esc rupu losa , no ta -mos u u l u n a r s iqu ie ra , y éste p o r q u e nos a taca u n poqu i to los n e r v i o s en u n l ibro e s m e r a d o . Nos r e f e r imos á la a n a r q u í a en el empleo de las X. A veces se pone x d o n -de j a m a s la h u b o , como en esplendido; y o t r a s se s u p r i m e d o n d e no sólo debe h a -b e r l a , s ino d o n d e la pa l ab ra cambia de sig-n i f icado y le t i ene con t r a r io c u a n d o en vez de x se pone s, como e n extático y estático. El S r . Te l lo , q u e es y a u n o de n u e s t r o s m á s hábi les y ac r ed i t ados i m p r e s o r e s , debe c u i d a r de q u e en su i m p r e n t a no se caiga en ta les e r r a t a s , q u e a fean algo u n a l inda edición.»

Hasta a q u í el eminen te crí t ico , con cuya s ince ra amis t ad h á t iempo oos h o n r a m o s , y cuyas ind icac iones p a r a ser leales bas ta q u e sean s u y a s .

Tiene r a z ó n el S r . Y a l e r a ; h a y en n ú e s -

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t ros versos á veces disonancias, h i j a s de las d i fe ren tes épocas en q u e han s ido escr i tos . P a r a noso t ro s es v e r d a d ax iomát ica q u e el estilo es el h o m b r e , y los versos de este tomo son m o m e n t á n e a s impres iones de t iempos d i fe ren tes . Ora son ref le jo de j u v e -ni les a v e n t u r a s p a s a d a s , o r a de dulces emociones p r o d u c i d a s en la t r a n q u i l i d a d del hoga r domést ico : y n a d a h a podido h a l a g a r n o s m á s q u e r e su l t a r , á los ojos de la c r í t i c a , m á s poe tas hoy q u e can t amos las d u l z u r a s de la famil ia que c u a n d o can-tábamos los d e s o r d e n a d o s afectos de la v ida del so l te ro c o r t e s a n o .

Lo q u e el cr í t ico q u e n o s h a j u z g a d o c ree q u e sobra en el tomo, lo h e m o s sup r imido , como la es t rofa de la poesía n ú m e r o 7, en' que , p o r exceso de sensiblería, q u e á cier ta edad p a r e c e sen t imien to a u n q u e no lo sea, i n t e r r u m p í a la f r a n c a p i n t u r a del pecami-noso a m o r , como d i r i a el mi smo Sr . Va-lera , con la i n t e rvenc ión de a d o r n o s cris-t ianos.

E n cuan to«á q u e n u e s t r o s ve r sos sean de m o d a , como el Sr . Valera nos dice y re-p l i ca , nos c o n s i d e r a r e m o s d ichosos con q u e c u a n t o s h a g a m o s lo sean , á la m a n e r a

q u e el S r . Valera q u i e r e , p o r q u e noso t ros c reemos q u e h a y q u e vivir con los t iempos, y q u e n u e s t r a mis ión e n la poesía l í r ica , como en la festiva , como en la d r a m á t i c a , no es ni p in t a r lo pasado ni r o m p e r con lo-presente . Po r eso hacemos comedias de cos-t u m b r e s más ó ménos e x a g e r a d a s , según el t ea t ro á q u e l a s d e d i c a m o s , y no pensa -m o s escr ib i r n u n c a d r a m a s d é l o s l lamados h is tór icos ó de capa y e s p a d a . Po r eso en las poesías l í r icas ó h u m o r í s t i c a s p r o c u r a -r é m o s s i e m p r e re f le ja r lo q u e sea h u m a n o ó cómico , p e r o sin con tag ia rnos de la m a -ne ra an t igua . P r o c u r a m o s ser clásicos al uso de a h o r a , y si nos d iera po r r o m á n t i -c o s , n u e s t r o modelo n o ser ía E s p r o n c e d a , s ino Becquer .

Pero d igres iones son estas i n o p o r t u n a s é imper t inen te s aqu í . T e r m i n a r é m o s d a n d o l a s g rac ias al a u t o r del a r t ícu lo an te r io r , á q u i e n a ñ o s h a c e a d m i r a m o s como e m i n e n -t ís imo l i tera to y pros is ta sin s e g u n d o .

Vamos a h o r a á cons ignar n u e s t r a g ra t i -tud á o t ro crí t ico cuyo t a l en to , e rud i c ión y buen gusto le h a c e n tan to m á s a d m i r a b l e c u a n t o es difícil ser lo á la edad á q u e tan alto h a l legado á colocar su n o m b r e .

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Nos r e f e r imos al Sr . Rev i l l a , ca rác te r rec to é i n d o m a b l e , f r a n c o p o r na tu ra l eza , i n t r a n s i g e n t e en m a t e r i a s de b u e n gus to l i t e r a r i o , y r e f r a c t a r i o á todo elogio q u e no •sea l ega lmen te g a n a d o . El S r . Revilla es severo p o r q u e sabe , y. f r a n c o p o r q u e p u e d e . No h a y a miedo q u e t r a n s i j a con la amis t ad c u a n d o ha l l e en el amigo c e n s u r a b l e s d e -fectos; p a r a él se hizo la f r a se

Amicus Plato sed magis amica veritas, •

y á noso t ro s nos a g r a d a la r u d e z a del q u e nos q u i e r e b i e n , p o r q u e en ella a p r e n d e -m o s m á s q u e en los l ib ros y en los a p l a u s o s de la m a s a c o m ú n .

Agradecérnos le , p u e s , al Sr.. Revilla sus obse rvac iones c r í t icas tan to como sus elo-gios , y n o s complacemos en d a r l e es te p ú -blico tes t imonio de g ra t i t ud .

Po r ú l t i m o , el i lus t rad í s imo escr i to r y poeta a r a g o n é s , D." J e r ó n i m o Borao , Rec-tor de la Un ive r s idad de Za ragoza , y g lor ia legítima de su p a í s , n o s ha ded icado tam-bién u n ju ic io cr í t ico en la p r e n s a de A r a -g ó n , q u e á con t inuac ión r e p r o d u c i m o s , dándo le , al h a c e r esta s e g u n d a edición , las m á s exp re s iva s grac ias .

Dice así aque l escr i tor i lus t re :

EÜSEBIO BLASCO V SUS «SOLEDADES.»

«A despecho de los impulsos cada vez m á s i r resis t ibles de la v ida r e a l , á d e s p e -cho de las co r r i en te s cada vez m á s e n e r g i :

cas de la pol í t ica , todavía vive u n a cosa q u e es la ant í tesis d e aque l l as d o s , la poe-sía. Puede ser q u e no todos acep ten esta doble a f i r m a c i ó n , esto e s , la de q u e la poesía es tal ant í tes is y la de q u e la v ida de la poesía es tal v ida ; pero no podemos •detenernos á p r o b a r l o , pues v a m o s a h o r a de p r i s a , camino de u n l ibro q u e lia p u -b l icado poco h a c e en Madr id D. Eusebio Blasco y q u e se t i tula Soledades.

»Por m u y i m p o r t a n t e q u e sea este l ibro , t enemos po r m á s impor t an t e al a u t o r ; y s in e m b a r g o , a p é n a s si de él se h a d icho en es ta s u p a t r i a n a d a q u e sonase á f r a n c o elogio; án t e s al c o n t r a r i o , se le h a v a p u -lado al e x a m i n a r a l gunas de sus o b r a s d r a m á t i c a s y se le h a ofendido g r a v e m e n t e al cons ide ra r l e ind igno de a s p i r a r á la d i -pu tac ión á Cor t e s , h o n o r v e r d a d e r a m e n t e alto , pe ro al cua l a r r i b a n h a s t a como can-d ida tos n a t u r a l e s , m u c h o s q u e no t i enen m á s mér i tos q u e los del q u e m u r i ó por r e -d imi rnos . Cierto es q u e semejan te de sden y t a m a ñ a in jus t ic ia l e h a n s ido compensa -dos p ród igamen te po r los ap lausos q u e a r -

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r a n e a n d i a r i a m e n t e en Madr id sus p roduc-ciones y po r la es t imación en q u e le tie-nen los a l tos c í rculos de la l i t e r a tu ra ; pero esto no n o s absue lve á noso t ro s los a rago-n e s e s , tan benévolos p a r a con o t ro s inge-nios de m é n o s fus te y t an r e s e r v a d o s p a r a con é s t e , q u e á su f ecunda l abor ios idad y cons tan te ac ie r to r e ú n e una modes t ia s i n -cera , u n a e j e m p l a r c o n d u c t a y u n no e n -f r i ado ca r iño hácia s u t i e r ra de A r a g ó n .

.¿Qué falta le h a c e n los encomios de sus p a i s a n o s ? ¡Y s in emba rgo le h a c e n falta! ¿ Q u é m á s p r u e b a p u e d e da r d e su a rago-nes i smo!

•El n ú m e r o d e sus o b r a s d r a m á t i c a s es ya c o n s i d e r a b l e , y m a r c a el n ú m e r o de sus v ic tor ias . Sin n e g a r q u e tal vez se resba la en a lgunas s i tuac iones y f r a ses hácia el h u m o r i s m o ó la ca r i ca tu ra , h a y q u e con-ceder le q u e t raza bien sus p l a n e s , q u e dia-loga a d m i r a b l e m e n t e , q u e versif ica como pocos , q u e da g r a n re l ieve y l impieza á los c a r ac t é r e s y q u e t iene del icadezas á t icas p r o p i a s del q u e f recuen ta y conoce la b u e n a soc iedad . C u a n d o no hub ie ra escr i to s ino el ú l t imo acto de su Pañuelo blanco , n i c r e a d o o t ro t ipo q u e el de aque l la s impá-tica ,' r e sue l t a y a t r o n a d o r a b r i g a d i e r a , ya t end r í a b a s t a n t e p a r a s e r e s t imado en mij-cho como a u t o r cómico de b u e n a casta; p e r o ¡ son t a n t a s y t an ta s las o b r a s , nunca'

d e s a i r a d a s , e n q u e h a r eve l ado la m i s m a imaginación y t r a v e s u r a !

»Aunque su ocupac ion favor i ta p a r e c e ser la del t e a t r o , esto n o e m b a r g a p a r a q u e c ie r tos r a t o s se aisle en la poes ía sub je t iva y p r o d u z c a p e q u e ñ a s j oyas l í r icas l l enas de sensibi l idad y con f recuenc ia de u n có r t e n u e v o y a t ract ivo. Los per iódicos nos van d a n d o á conocer a l g u n a s , y el poeta las r e ú n e de t iempo en t iempo en coleccio-n e s , como la q u e en 4 866 publicó b a j o el , t í tulo de Arpegios. y la q u e a h o r a acaba de d a r á la e s t a m p a con el de Soledades. E u -sebio Blasco es , á d i ferencia de o t r o s , tan f r a n c a m e n t e m o d e s t o , q u e califica el p r i -m e r o de aquel los l ib ros de • de tes table po r lo descu idad ís imo de la f o r m a » , y dice q u e no exceptúa de esta censu ra s ino dos composic iones , q u e se pe rmi t e r e p r o d u c i r e n el s e g u n d o ; p e r o el mi smo a u t o r , tal es su a b a n d o n o de sí m i s m o , no r e c u e r d a como noso t ro s f y eso que t ambién la r e p r o -duce) , q u e e n los Arpegios se publ icó la si-guiente prec iosa poes ía , la cua l cop iamos p a r a encan to de n u e s t r o s lectores:

»En el f o n d o del m a r nac ió la p e r l a , E n la alta roca la v io l e t a a z u l , En l as n u b e s la go ta d e roclo

Y e n m i s e n s u e ñ o s tú . * »Murió la pe r l a en imper i a l c o r o n a .

En b ú c a r o gent i l la m u s t i a f l o r , . En b r i l l a n t e s v a p o r e s el roc ío

Y en t n m e m o r i a yo !

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-Pocos m a s ve r sos t ienen y pocas m e n o s bel lezas sus compos ic iones Ante la Inclusa y El Abanico negro, la p r i m e r a de ellas se-ve ra en su fondo y h o n r a d a en su in ten-ción. A bien q u e d e este g é n e r o de o b r a s en d o n d e el poeta revela u n a sens ib i l idad del icada y u n corazon n o b l e , las h a y con a b u n d a n c i a e n este p e q u e ñ o vo lumen Aquella en q u e , d e n t r o de u n w a g ó n u n amigo s u y o no cesa de c o n t e m p l a r seusual-

, m e n t e a u n a v i a j e r a y él n o se cansa de a d m i r a r d e s i n t e r e s a d a m e n t e á u n n i ñ o es p o r t o d o ex t r emo o r ig ina l : aquel la en q u e d o s esposos desaven idos se reconci l ian a n t e la cuna de su h i jo es v e r d a d e r a m e n t e t ier-n a ; lo son á u n m á s aquel la de p r i m e r ó r -den en q u e se desea f e r v o r o s a m e n t e u n h i jo y al p u n t o asa l ta el t emor h o r r i b l e de p e r d e r l o , y aquel la o t ra q u e va á conti-nuac ión y q u e t iene p o r f u n d a m e n t o un ¡Suevo hijo, en d o n d e todo es bello p e r o s i n g u l a r m e n t e s u final, t an du l cemen te apas ionado .

»Lo q u e s o r p r e n d e en este poeta es la fa-ci l idad con q u e cambia de a s u n t o , de t o n o de co lo r , de p u n t o de vista y , por- dec i r lo a s i , de a m b i e n t e ; p o r q u e es tas ob ra s h a s t a aqu í c i t a d a s , y ya e n t r e sí b a s t a n t e dis í -miles , son todavía m á s deseme jan te s te o t r a s q u e á u n no h e m o s c i tado y q u e pa -recen p e r t e n e c e r á poe tas tan d ive r sos co-

mo Moliere y Víctor H u g o , ó como Me-lendez y Qu in t ana . El Pasaporte de llosa, en q u e se v a j u n t a n d o la h e r m o s u r a de sus f acc iones , es u n j ugue t e l leno de g ra -cia y ga lan te r ía ; la Relación de viaje, en q u e se descr ibe la hosp i t a l idad generosa de u n alcalde aragonés,- sabe algo el a u t o r de Garda del Castañar ; el w a l s y la com-posicion seña lada con el n ú m e r o XVII t ie-n e n c ier ta f a c t u r a á m p l i a , a r i s tocrá t ica y , p a r a decir lo de u n a v e z , zorr i l lesca ; la magníf ica obra Las Ferrerias, es r i ca , só-l ida y sèr ia , y de ella d a r é m o s , en defensa de este op t imismo n u e s t r o , la s igu ien te m u e s t r a :

»J .abrad el f é r r e o p u e n t e y el a r sena l g i g a n t e , Y el p o d e r o s o a l a m b r e q u e el o r b e ha d e e s t e n d e r , Y la p o t e n t e d r a g a , y el alto c a b r e s t a n t e , Y el casco d e la nave q u e el m u n d o h a de c o r r e r .

» F o r j a d la ancha caldera do el a g u a se evapora P a r a e s t r e c h a r l o s m u n d o s en a las del vapor , La e s p l é n d i d a y ga l la rda gen t i l l ocomoto ra . Que h ienda l a s m o n t a ñ a s con s i lbo a t r o n a d o r .

8Si las d imens iones de este per iódico lo c o n s i n t i e r a n , con m u c h o gusto copiar ía-m o s o t ros y o t ros versos ; m á s ya es h o r a de p o n e r t é r m i n o á este l igero ju ic io crí t i -co. P u e d e ser q u e nos h a y a m o s d e j a d o lle-v a r u n p o c o , a u n q u e no lo c r e e m o s , de las s impa t ías q u e hác ia el a u t o r sent imos , p e r o si así f u e r e , n o s p a r e c e q u e el lector puede segu i rnos en esas s i m p a t í a s , como qu i e r a

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q u e se f u n d a n en t res do tes p r e d o m i n a n -tes de l a u t o r . Es t a s s o n : s u m é r i t o , por n a d i e pues to e n d u d a , y q u e lo mismo le lleva á p r o d u c i r c u a d r o s t an regoc i jados y o c u r r e n t e s como el de Una Señora compro-metida , q u e á c o n c e r t a r o b r a s escénicas como el Baile de la Condesa y El Pañuelo blanco , q u e á p r o d u c i r r e t r a t o s y bocetos l lenos de e x a c t i t u d , gracia y es t i lo , y q u e á p u l s a r las c u e r d a s m á s de l i cadas de la l i ra como en u n a b u e n a p a r t e de s u s Sole-dades; su l abor ios idad casi suicida q u e le h a c e v iv i r a ler ta y con la p l u m a en la ma-n o todas las h o r a s q u e los d e m á s consa-g r a m o s al d e s c a n s o , pues no h a y u n solo día en el a ñ o q u e n o le s o r p r e n d a la a u r o r a p e n s a n d o , u r d i e n d o , ve r s i f i cando , revol-v iendo el m u n d o convenc iona l en q u e el poeta vive c u a n d o se aisla p a r a la p roduc-ción ; y finalmente, su ca r ác t e r a ragonés , q u e no deja de a s o m a r en a lgunas de sus o b r a s , p e r o q u e estal la y se os tenta pode-roso c u a n d o le t iende a lgún a r a g o n é s su m a n o amiga.»

SOLEDADES.

I .

Yo tengo en el a lma La luz escondida. Que a lumbra en la sombra Y amante" convida Con dulce calor ,

Y ahuyen ta y confunde la duda impotente Y engendra el amor.

Yo escucho en la men te La voz que se exhala Del f o n d o del pecho, Y al alma regala Con dulce placer ,

Y en sueños de gloria le i n f u n d e esperanza De inmenso poder .

Yo siento en mis venas Correr presurosa, Cual dulce y alegre Corriente copiosa De eterno bul l i r ,

La sávia f ecunda que impregna la v ida De a f a n de sentir .

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q u e se f u n d a n en t res do tes p r e d o m i n a n -tes de l a u t o r . Es t a s s o n : s u m é r i t o , por n a d i e pues to e n d u d a , y q u e lo mismo le lleva á p r o d u c i r c u a d r o s t an regoc i jados y o c u r r e n t e s como el de Una Señora compro-metida , q u e á c o n c e r t a r o b r a s escénicas como el Baile de la Condesa y El Pañuelo blanco , q u e á p r o d u c i r r e t r a t o s y bocetos l lenos de e x a c t i t u d , gracia y es t i lo , y q u e á p u l s a r las c u e r d a s m á s de l i cadas de la l i ra como en u n a b u e n a p a r t e de s u s Sole-dades; su l abor ios idad casi suicida q u e le h a c e v iv i r a ler ta y con la p l u m a en la ma-n o todas las h o r a s q u e los d e m á s consa-g r a m o s al d e s c a n s o , pues no h a y u n solo día en el a ñ o q u e n o le s o r p r e n d a la a u r o r a p e n s a n d o , u r d i e n d o , ve r s i f i cando , revol-v iendo el m u n d o convenc iona l en q u e el poeta vive c u a n d o se aisla p a r a la p roduc-ción ; y finalmente, su ca r ác t e r a ragonés , q u e no deja de a s o m a r en a lgunas de sus o b r a s , p e r o q u e estal la y se os tenta pode-roso c u a n d o le t iende a lgún a r a g o n é s su m a n o amiga.»

SOLEDADES.

I .

Yo tengo en el a lma La luz escondida. Que a lumbra en la sombra Y amante" convida Con dulce calor ,

Y ahuyen ta y confunde la duda impotente Y engendra el amor.

Yo escucho en la men te La voz que se exhala Del f o n d o del pecho, Y al alma regala Con dulce placer ,

Y en sueños de gloria le i n f u n d e esperanza De inmenso poder .

Yo siento en mis venas Correr presurosa, Cual dulce y alegre Corriente copiosa De eterno bul l i r ,

La sávia f ecunda que impregna la v ida De a f a n de sentir .

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Yo siento en el fondo Del pecho sediento El mágico impulso, Que audáz movimien to Pres tando á mi pié ,

Me m a n d a en la sombra seguir adelante Y engendra la f e .

Yo siento en el alma Tronar l ava h i rv ien te , Bramar la to rmenta , Rugi r el tor rente Con ronco f r a g o r ;

Incendio escondido, recóndita l lama De eterno calor.

Y en cóncavo acento , Mil voces secretas , Cual hondos clamores De ocultos, a t l e tas , Con ecos de in tenso Tenaz f r e n e s í ,

Me mandan que v iva con ánsia creciente Y amándo te , al iente Mirándome en t í !

II .

Vén ; allá en la p laya la paz nos espera Robando al Otoño sus melancol ías , Buscaremos jun tos , cuando el d i a muera , Tú las so ledades , yo las armonías .

J u n t a s las cabezas, un idos los ta l les , Al soplo de Octubre que agosta las flores,

I remos buscando por mon tes y val les , Tú nidos amantes , yo r i tmos de amores.

Del m a r á la ori l la , que es dulce ret iro Serán nuestro arrullo las ondas en calma Y allí exhalaremos, al dar un suspi ro , T ú toda t u v i d a , yo toda mi a lma.

Y este amor secreto que oculto v iv ia , Unirá dos almas que un beso fund ió : Yo seré el p o e t a , tú la poesía ; Tú serás el a i re , y el suspiro yo.

Valle de Toranzo.—1864.

I I I .

Era yo niño, y un dia Vi que mi madre ves t ía Tra je de negro crespón ; Y al contemplar la , sent ía Tristeza en mi corazon.

¡ A y ! desde entónces la vi Siempre de n e g r o ; y á mí La blusa azul me qu i ta ron , Y otra n e g r a me compraron Y de neg ro me vestí .

Por una senda apar tada , -Mi m a d r e , t r is te y callada Y dé las gen te s coba rde , Salia ¡s iempre en lu t ada ! Cuando mor ia la tarde.

Alcé temeroso un dia TOMO XU. 2

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Los ojos paya mirar A la t r i s te madre m i a , Y al verme que sonreía Rompió la pobre á llorar.

Y yo entónces recordé Su rostro fresco y hermoso , Y cambiado le encontré , Y su t r a j e ántes vistoso Con el negro comparé.

Negro su t r a j e y el m ió , _ Negro el m o n t e , neg ro el rio Que ya la noche ocul taba Todo en derredor , sombr ío , A l lorar nos convidaba .

¡Ref le jaba igual color L a descuidada heredad E n silencio aterrador . Re inaba en nuestro redor U n a negra soledad!

Madres y n iños venian A v e m o s ; todos lucían Colores que envidié yo. Madres y niños reían ¡ A y ! ¡ pero nosotros n o !

Pasó el t i e m p o , yo volé ; E l pá ja ro de ja el nido Cuando con alas se ve , Y al mundo y alegre ru ido De la v ida me lancé.

E l t iempo y loca la edad Y otros colores r isueños, Y el amor y la amis tad , Y el placer y los ensueños De gloria y de v a n i d a d ,

Torná ronme sonr iente ;

Que el dolor que un niño s iente Es en la v ida u n minu to . Mas ¡ a y ! ¡mi madre doliente.. . . Aun va vestida de luto!

Madrid.—1866.

IV.

A f a n . d e amor porque de amar le t ienes , Como le t iene de probar la luz L a mariposa que el pel igro ignora , Eso es , mi v i d a , lo que sientes tú.

Ansia de amar te aunque infeliz me hicieras, Y en el mundo no más estar los dos, Y que fin nuestras vidas no tuviesen Eso es , mi v i d a , lo que siento yo.

G i n e b r a . — A g o s t o de 1867.

Torpe es el m u n d o que pretende artero Turbar la d icha que en mi pecho al ienta , Torpe el destino que con fa lso agüero Me anuncia duelos y agobiarme intenta .

Yo del dolor y su opresión me curo,

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Yo del pesar ab rumador me r io , Porque y a de tu amor estoy seguro Y sé que al fin tu eorazon es mió.

Como los cuervos en feroz bandada Buscan la presa en el erial desier to , Las negras penas de mi v ida a i rada Buscando vienen mi cadáver yer to .

Pero aunque hambr ien tas devorarme quier H a y algo que se l ibra al h a m b r e s u y a , Y es el a l m a , que en vano me pidieran Porque la tengo en t í j un to á la t uya .

No hay penas , n i pesares , n i afl icciones, Que aniquilen mi eterno sent imiento , A p rueba estoy de agravios y t ra ic iones , Porque pensando en t í , vivo y aliento.

P a r a suf r i r m i v ida zozobrante -No necesi to espíritu animoso, Me bas ta con pensar en t í u n ins tante P a r a que el mundo me parezca hermoso.

V e n g a , pues , el dolor á envejecerme Rugiendo en torno á mí con voz he r ida , Que miéntras v ivas tú pa ra quererme Yo he de amar las to rmentas de la v i d a !

A bo rdo .—1866 .

V I .

Me dió un beso mi m a d r e , y aquel dia Otro posé yo en t í ,

Sin pensar ¡ ay de mí ! que no era mió

El beso que t e di. Beso que tú cual amorosa p renda

No supiste g u a r d a r , Y á otros labios, t r a ido ra , lo vendiste

Dejándote besar. Aquel cínico y to rpe l ibert ino

Que el beso mereció, Con igual falso amor que t e fingia

Otros labios besó. Yo en tan to el mundo recoriendo a legre

Y olvidado de tí, E n brazos del placer y de la orgía

La vida consumí. U n a noche , en t re el ruido y el mareo

Del vino y del amor , Sentí unos labios q u e , con sed de amores ,

Turbaron mi estupor. No supe a d i v i n a r , pero el aroma

De un recuerdo aspiré, Y dos amores de mi-edad pr imera

Temblando recordé. Y al aspirarlos ambos confundidos

Del canto en el rumor , Y envueltos en la a tmósfera canden te

Del v ino y del a m o r , E b r i o , a ter rado, en vac i lan te paso

De donde estaba h u í ; Torné á mi hogar y hallé á mi madre en vela

Y' á dar la un beso fu i . Miéntras ex i s t a , v iviré pensando

Lo que por mí pasó ; Mi m a d r e a m a n t e me besó en la f r en te

Y t r is te me miró. ¡ A y ! si del beso que perdido lloro

Volvieras á saber

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Entóneos , sólo entónces , presurosa Vén á besa rme , vén!

Y I I .

PRIMERA SONRISA DB LA PRIMAVERA.

A Julia.

Ya del tétrico invierno desolado Desparecen los úl t imos vapores , Y allá en el hor izonte sonrosado Bri l la el sol con purísimos albores. Sus cálices las flores Abren al nuevo so l , de hojas r ep le t a s ; Resplandecen sus múlt iples colores, E x h a l a n dulce aroma las v io le tas , Can tan h imnos á Dios los ruiseñores.

Del campo ayer sombrío Sobre la agreste y pál ida l l anura , Al inf lu jo de plácido rocío Gérmenes b ro tan de f e r az verdiu-a; Suspira en la espesura Céfiro b lando que en la selva anida ; L a f u e n t e que murmura Canta las excelencias de la vida.

Ya del a lmendro la abundante r a m a Florece p e r f u m a n d o el verde p r a d o ; Canta el j i lguero en la tupida g r a m a Con trino enamorado. Rompe la t ie r ra el r e fu lgen t e a rado,

Despiertan los pas to res , Renueva el campesino sus labores : De la f r a g a n t e acacia ayer dormida Brota la flor que i n funde en nuestra vida Blando , ex i tan te , embr iagador aroma : Ya la gent i l paloma T iende su vuelo por el aire puro , Y el ancho espacio hiende Para l legar al tapizado m u r o , Donde el f resco rosal sus r amas t iende, Y en el que aguarda el casto compañero Que al dulce amor primero Despierta pa lp i t an te , Viendo llegar la t i e rna esposa amante .

Del húmedo f r e sa l las verdes hojas Abren su cárcel a l gent i l capul lo; Tímidas de rubor despuntan ro jas Las temblorosas f r e s a s , y al murmullo De la brisa de Abril que las orea Tiemblan , y al soplo que su pié cimbrea.

L a verde clavellina Renace al sol que amante la e n g a l a n a ; La rosa a le jandr ina Rica en f r aganc i a s mil se ie rgue u f a n a ; Diáfano y claro el bul l idor a r royo Se desparrama en la floresta humbrosa , Y el rio en su corriente melodiosa Cantando de los campos los p r imores , Br inda esperanzas y d i funde amores.

¡Oh sol! ¡Oh luz! ¡Oh flores! ¡ Oh Silvia i do l a t r ada , Mi dulce compañera ! ¡Gocemos de la brisa embalsamaba Que esparce la nac iente p r imave ra !

La dulce y placentera

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Senda apar tada que á v a g a r convida Sea nuestro camino , Dejándonos llevar por el dest ino Que nos manda gozar la edad florida. Y , pues , hoy nuevo sol al mundo v i n o , ¡Vivamos ,para a m a r ! ¡Bella es la v ida l

V I I I .

ÚLTIMO S U S P I R O D E L OTOFÍO.

A Salomé Nuñez. •

Del viento que los árboles despoja Y abat iendo su pompa el t ronco h ie re , E l quejumbroso acento en cada ho ja Se l leva un ¡ a y ! de la estación que muere.

Del mon te a l t ivo á la des ier ta cumbre Miéntras g ime doliente el cierzo f r ió Descienden con inmensa pesadumbre Las anchas nubes de color sombrío.

Ref le ja el mar la lobreguez del cielo : La espléndida l l anura Tornóse árido suelo Descolorida y sin verdor y oscura.

Ya el aire no resuena Con cánticos de amores , Azota el viento la c ru j ien te entena, Y huyen el mar los tristes pescadores.

L a s mor ibundas flores Que del verde j a rd in adornos f u e r o n ,

Sin vida y sin amores Desfallecidas de pesar murieron.

Silbando entre las cañas Vaga el ábrego en triste melod ía , Y el rio entre sus junciaB y espadañas Pre ludia el fin del moribundo dia,

Perdieron y a los campos el tesoro Que ayer Céres vert iera esplendorosa ; Las altas mieses del color del oro, Las verdes par ras y la v id pomposa.

Ruge ol viento en los pardos olivares, Y'Orion f uñoso, amenazando guerra ,

| Surge de los espesos castañares Y ronco b r a m a en la eminente sierra.

De la f e r az l lanura y prado herboso [1 Desparecieron las br i l lantes ga las ,

Los pájaros con vuelo perezoso V a g a n cerniendo las cansadas alas.

Las olas con que el mar su fondo mueve I Su f u r i a estrellan en las a l tas rocas , , Y á la m o n t a ñ a la naciente nieve 5 Ciñe las blancas y t empranas tocas. :" Los valles solitarios y desiertos í Repiten de la m a r el eco v a g o ,

Los caminos cubiertos De hierba y j a r amago Guardan las huellas que en p ro fundo asiento

; El tardo buey en el arado uncido Dejó con paso fa t igoso y lento De la carreta al rechinante ruido.

Ya perdiéndose van los segadores [ Por la v e g a , y el bosque y must io p r a d o ,

Y to rnan los pastores s Al imor de la lumbre deseado.

El dulce canto que en alegres dias

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E l eco r ep i t i ó , t r is te se p ierde , Y en g r a n j a s y alquerías Eesuena el recru j i r del t ronco verde.

Dan sus ricos tesoros al g ranero L a rubia espiga y el t u r g e n t e l i no , Y entorna y a el cansado molinero L a puer ta del molino.

Lánguido sol , que en rojos arreboles Doras mur iendo las colinas yer tas Y á quien siguen cual t r is tes girasoles Mis ojos t r is tes y esperanzas mue r t a s . E n los efluvios de tu luz pon ien t e L leva el suspiro cariñoso y t i e rno , Y sea en el boga r de Silvia ausente Como en ella mi a m o r , huésped e terno!

Big t i i -kn lm.—1867 .

I X .

(Una salus victis mulam aperare salutem.)

Corriendo van t u corazon y el mió De un amor del i rante a r reba tados , Como van por el ímpetu del rio L o s r ígidos cadáveres lanzados.

Se pierden en el ma r , t r i s tes despojos , Los cuerpos que ar ras t raron las arenas ; Las lágr imas que v ier ten nuestros ojos Se p ierden en el mar de nuestras penas .

No in ten tes detener el curso airado Del rio que rugiente se desborda ;

Deja que nuestro amor desenf renado Vaya á perderse en su corriente sorda.

Va el rio al m a r , y al p ié lago inf ini to Corren á hundirse las deshechas qu i l l a s , Como el placer en nuestro amor mald i to Lóbrego mar sin f o n d o y sin orillas.

Vano es volver la v is ta á lo pa sado , Vano nuestro p e s a r , l lantos y eno jos , Sigamos nuestro rumbo apresurado Cerrando al b ien los espantados ojos .

Que pues la suerte nos unió á despecho Del deber y el honor y el a lbedrío , T u pecho al estrechar contra mi pecho T u corazon jun t ando con el mió,

Náuf ragos tr is tes que del viento aleve Seguimos jun tos la impulsión cons tan te , J u n t o s perdamos la existencia breve Ent re el f r a g o r del huracan t ronante .

Quédese atras lo que olvidó el delirio ; Muerte y dolor el horizonte of rece : ¡ Quién buscó en su pasión sordo mart ir io, Consienta en sucumbir como m e r e c e !

P a r í s . — E n e r o , 1868.

X .

Te amé desde n i ñ o ; no sé si me a m a b a s , Ni osé p regun ta r lo , n i pude saberlo ; Par t í de la a ldea ; la suerte lo quiso,

Te llevé en mi pecho.

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- 14 -

Torné victorioso ; mas ¡ a y , que era tarde! Seguida de u n hombre salias del templo ; Tu dicha cantaban alegres c ampanas ,

¡ T u d icha , y mi duelo! Dos años más ta rde pasé por la a ldea,

Y hallarte dichosa pensó mi deseo. No pude encontrar te ; mas ¡ay! las campanas

Tocaban á muerto (1 ) .

X I .

D E S P E D I D A .

Aquí estoy... ¿ h e t a rdado , a m a d a m i a ? Y a apun tan los luceros , Ya sa ludan los pá ja ros al dia Posados en los verdes limoneros.

H a b l a b a j o , por Dios , tu madre d u e r m e ; No quiero que t e r iñan por quererme...

No llores n i suspires : Cuando volver m e m i r e s ,

(11 Es la p o e s í a . l a s i g u i e n t e y la q u e lleva el n u m e -ro X X I I I , s o n l as ún icas q u e h e c r e i d o p o d e r r e p r o d u c i r de la a g o t a d a ed ic ión de m i s p r i m e r o s v e r s o s p u b l i c a -dos e n 1866 con el t i tu lo d e Arpegios, l i b ro q u e á p e s a r d e h a b e r s e a g o t a d o . m e p a r e c e hoy d e t e s t a b l e p o r lo d e s c u i d a d í s i m o de la f o r m a , como n o p o d í a m e n o s d e s e r , d a d a s l a s c i r c u n s t a n c i a s en q u e f u é escr i to . E s la obra d e u n p r i n c i p i a n t e s in e x p e r i e n c i a a l g u n a l i t e r a r i a , y l lena d e i n c o r r e c c i o n e s y d e f e c t o s .

— 15 —

La glor ia que á tu amor t r a iga mi anhelo Compensará el pasado desconsuelo.

No llores... mi ra bien que el t iempo vuela. Cese, por Dios, t u lloro ; Cada lágrima tuya Me borra de t u s labios un « te adoro.»

¡ Cuánto en este lugar hemos amado! Corrían murmuran tes y t ranqui los Los arroyos del p r a d o , Que aroman las magnol ias y los tilos...

¿Dices que t a rda ré? N o , no lo creas. ¿ Que no me olvidarás?. . . ¡ Bendi ta seas!

Aquí t e di je amores Al ver te sola por la vez pr imera ; M i r a : llevo en el pecho aquellas flores Que pa ra mí robaste á la pradera ; Aun secas y marchi tas Viven á mi calor por t i benditas . ¡ No suspires, mi bien... tu mano arde... Cálmate... Adiós, adiós es y a m u y tarde!...

D e j a , por Dios , que del postrero beso Lleve el calor : mi corazon lo espera ; Cruzando el m a r lo mandaré á tu lado Cuando la ta rde m u e r a !

¿ H a s oido un rumor?... van á encontrarte . . . Naciendo el d ia está... ¡ fuerza es de ja r t e ! T u y o s i empre , mi b ien , mi eterno encanto.. . ¡ Suél tame, por piedad.. . cese tu l lanto! . . . Que olvide mi deber . . ¿ Eso m e pides ¡Chist! ¡Calla! ¡Adiós! ¡Adiós! ¡Que no me olvides!

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X I I .

A CÁRLOS COiSLLO.

¿ Qué v a g o y misterioso desaliento Mi corazon devora ? ¿ Qué voz es ésta que con hondo acento Dent ro del pecho desengaños l lora ? V i v i r no puedo a s í ; con sed horr ible Su,o una luz que su calor me o f r ece , U n a ficción, un sueño , un imposible , Que oculto l l ama y que j amas parece!

L a veo entre las mág icas visiones De e terna pesadi l la , Y despierto con dulces impresiones , Viendo s iempre la luz que léjos bri l la . ¿Quién es? ¿ E n dónde su f u l g o r destella? ¿ Qué a tmósfera la envuelve ? T iempo me fa l t a pa ra hal lar su huel la ; Mas ¡ay! el t i empo que se v a no vue lve!

U n año y dos, y t r e in ta , en sed constante, L". busco y la pers igo Suspirando por ella de l i ran te , Y más se esconde cuanto más la sigo. A veces una f o r m a encantadora Me i n f u n d e una esperanza; Y en engaño feliz mi a lma la adora , Y ciega en brazos de su amor se lanza.

Ya el breve encanto del placer pasado, Le canto mi quere l la , Y al ver el eco de mi voz ahogado , Lloro al de j a r l a , porque no es aquel la . Mudanza inf ie l , ó cr iminal desvío

E n derredor me acusa ; Mas ¡ qué hará en desagravio el pecho mío Si ella no es n u n c a la ignorada m u s a !

Mi alma abismada en hondo desconsuelo. Tenaz dolor refleja Ta l vez el a lma que encontrar anhelo Sin verme pasa y de mi amor se aleja. L a blanfia nube en mor ibundo ocaso Traspone la co l ina ; Mi edad t ras ella consumiendo paso. . . Y el a lma en tr iste soledad dec l ina!

X I I I .

L a péndola monótona Con su tenaz sonido U n t iempo acompasaba Nuestros amantes cálidos suspiro».

Minuto t ras minuto Las horas a v a n z a b a n , Y un m u n d o de secretos Habia en nuestras ávidas miradas.

L a péndola en sus lentas Sonoras vibraciones, Marcaba los lat idos De dos enamorados corazones.

Así todo un invierno, Los dos léjos del m u n d o , L a péndola t an sólo Nuestras veladas ignoradas supo.

Pasaron los amores,

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Murieron los placeres , De la pasión el fuego Trocó la edad en desolada n ieve

Cuando en la f r i a noche Del sol i tar io invierno Delante de la lumbre • Sombras evoco y mi pasado veo,

Cuanto adoré 'potente Lo lloro dest ruido ; ¡La péndola tan sólo Sigue, t e n a z , hir iendo mis o idos!

X I V .

LA ORACION.

¡OidI Con són doliente que el ancho espacio hier Resuena la campana cuando la ta rde muere , Y el sol hundo sus rayos en el confín del m a r . ¡Oid! Allá en la to r re voltea la campana Que al corazon i n f u n d e la san ta f e cristiana Y anuncia un dia ménos en el que v a á espirar.

Ya el campo sin f a e n a s quedando v a desierto, Las barcas pescadoras volviendo van al puerto, La lumbre en los hogares comienza y a á lucir. Fosforescentes br i l lan las murmuran tes olas, Y lánguidas las flores p legando sus corolas Se humi l lan dolorosas s int iéndose morir .

El pá ja ro nocturno se cierno en la montaña , Los perezosos bueyes tornando á la cabaña ; H o y como ayer pasaron, más lentos hoy que ayer

Buscando van las aves el amoroso n ido , El bosque entre las r amas exhala hondo gemido, Y van las hojas secas rodando á perecer.

L a sombra Fe alza y crece; la noche avanza oscura, Silencio re ina en torno del monte y la l lanura, Y el campo no rep i te ni el más leve rumor . Medrosa el au ra leve los árboles o r e a , Y el humo que levanta la oscura chimenea Se p ierde entre la sombra sin f o r m a y sin color.

¡Orad! Que son momentos de medi tar en ca lma; La luz que espira i n funde recogimiento al a lma Y plácidos alivios al cotidiano a fan . ¡ Orad! que la campana, con fúneb re armonía, Recuerda en los celajes del mor ibundo d i a Las horas que se alejan, los dias que se van .

Orad, y á Dios fe rv ien tes alzad los corazones Y el a lma en el crepúsculo sus breves ilusiones Aprenda en las imágenes que mira por doquier. La v ida es luz poniente, sol que f u g a z refleja. La flor que se marchi ta y el humo que se aleja, H o j a que el viento lleva rodando á fenecer.

Orad, y en es tas horas de ca lma y de reposo, Serena el alma, s iga su rumbo proceloso Del mar del infinito bogando en la extensión. ¡ Orad! Que nad ie sabe si exist irá m a ñ a n a , Y lenta resonando la fúnebre campana Nos une al cielo amante con ecos de oracion.

En la m o n t a ñ a . — 1 0 d e Agos to de 1866.

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X V .

El corazon me dice ¡ ama y espera! Y la men te me g r i t a : ¡f inge y ca l la! La pasión siento en mí rugiendo fiera, Y la razón la humilla y la avasalla.

Quiero sen t i r , y en vano voy buscando Quien s ienta como siento y como pido ; Quiero pensar , y el corazon l lorando Fal lece en t r is te soledad y olvido.

¡ Por es ta lucha el alma combat ida Sucumbe la mater ia quebran tada , Y al final voy l legando de la v ida Sin haber visto el sol en la jo rnada !

X V I .

Son las t res ; va á venir ; me ha prometido Pasar toda una t a rde j u n t o á m í ; Todo la espera el cuarto pe r fumado Cual árabe pens i l , Entornado el balcón, la chimenea Rebosando de leña, que al c ru j i r Produce sones que al amor convidan ; Abier to el p i a n o ; el vals en el a t r i l , Las azucenas esparciendo aromas Ver t iendo esencia el t emblador jazmín .

¡Qué lento pasa el t i empo! ¡ Oh lluvia gra ta! Coro de besos me parece oir . Bendi ta la cadencia cariñosa Que nos arrulle así. Me late el corazon; ¿ será que l lega? L a seda oigo cruj i r Y a resuenan sus pasos temerosos .... Se acerca ¡ ya está aquí!

P a r í s . — E n e r o d e 1810.

X V I I .

Mientras a legres cantan t iernos poetas Del campo en luz bañado la lumbre p u r a , Y el balsámico aroma de las violetas Y la f u e n t e sonora que amor m u r m u r a ; Miéntras brindan amores de encantos llenos Las flores de los valles, la luz del d i a , Y los l impios arroyos corren serenos , Y en los álamos verdes la alondra p í a ; Miéntras mece sus hojas la esbelta pa lma Que el aire cariñoso gen t i l c imbrea , Y el mar, como tus ojos, inunda el a l m a , Y al ar rayan silvestre la brisa o rea ; Miéntras suenan canciones en las cabañas , Y el ruiseñor exhala tristes congojas , Y el sol dora las cumbres de las montañas , Y en el bosque dormido t iemblan las h o j a s , Y en el mundo se anunc ia la pr imavera Y es todo alegre y rico, p ingüe y fecundo ,

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Vén, que tú y yo aquí juntos la t a rde entera, Vamos á ser dichosos léjos del mundo . Vén , que y a el aposento donde t e p ido Gonfesion de mil sueños, que tú no sabes, Tibio está y aromoso como está el nido Donde el canto pr imero lanzan las aves. Vén, que y a en t re la leña que se consume L a mor ibunda l lama t iembla y o n d e a , Y al aire en quo respiro f a l t a el p e r f u m e Que t u aliento de rosa s iembra y orea. Vén, que los verdes t roncos c ru j iendo l loran, Y los blandos asientos jun to á l a l umbre , Convidan al secreto con que se adoran Los que de amar á solas t ienen cos tumbre . Mirar con sed del a lma quieren mis ojos Los rizos desprendidos sobre t u espalda, Y aquí adorar te quiero puesto de h inojos Con mis manos dormidas sobre tu fa lda . Yo t e diré entre t a n t o que el aire hiere Los entornados vidr ios con dulces sones, Lo que se s iente v iendo l a luz que muere Cuando envuelve la sombra dos corazones. Te diré los tormentos en que m e agito Cuando en mis soledades, de sombras llenas, En insomnio de amores febr i l palpi to Devorando en si lencio mis hondas penas. T e h a r é ver de mi lecho b a j o la a lmohada L a rosa que en secreto me diste un d i a ,

Y á deshora me cuenta con voz cal lada Lo que en t u blanco seno fel iz sent ía . Donde quiera que tornes tus ojos claros Verás que tus recuerdos f o r m a n mi cu l to , Porque de ellos mis ojos son s iempre avaroB-Y ellos son el tesoro que gua rdo oculto. Aquí h a y calor del a lma que t u amor s iente

Y al apagar la l lama sus resplandores , Darán dulces pe r fumes al tibio ambiente Dormidas en sus vasos las f rescas flores. Aquí donde no alcanza la v is ta humana Sentirémos corrientes f asc inadoras , Y pensando en que nunca l legue m a ñ a n a Dejaremos que pasen lentas las horas. Aquí en estrecho lazo los dos unidos Saldrán á nuestros labios los corazones, Y oirémos el eco de sus lat idos Contando en el silencio las pulsaciones. Serán de nues t ra dicha r í tmico arrullo Cuando el úl t imo rayo nos mande el d ia , L a lumbre con su v a g o dulce murmul lo , La péndola con triste monotonía. Resonará en mi pecho, rápido y breve El suspiro medroso que amante exhalas , Como el dulce aleteo t ímido y leve Con que el amor en torno cierne sus alas. ¡Boguemos en la sombra con rumbo á u n cielo Que oculta entre sus nubes luciente d i a ! De ja que nuestras a lmas rompan su vuelo Navegando en las ondas que el aire envia. En las masas informes del ancho espacio Y en la n iebla flotante do mil vapores , Levantaron los genios aéreo palacio Donde can tan t u s glorias y mis amores. Yo t e guardo u n a pat r ia desconocida Y en su región sin nombre serás señora ; Nuestro ambien te es la niebla descolorida, Nuestro mundo la sombra desoladora. Boguemos como el aire sobre la e spuma , Volemos como el viento que v a perdido , Y rompiendo anhelantes la densa b r u m a , Busquemos otro mundo desconocido.

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¡ Espír i tus e r ran tes y misteriosos Que vaga is del- espacio por las regiones , Dadme el rumbo ignorado con que dichosos Hallen su dulce asilo dos corazones! ¡Ay bien del a lma m i a ! y a t u sonrisa Me anuncia t u par t ida t an dolorosa, De la t a rde al perderse la ú l t ima brisa Me anunc ia de tu ausencia la ley forzosa . Ya pa ra abandona rme sin que te v e a n , Cuidadosa t e cubres tu f a z de cielo ; Dé jame que mis labios t u velo sean Y que ardientes se posen sobre t u velo. Que al escuchar cual du lce postrero goce Tus pasos temerosos perderse iguales , De la c ru j ien te seda s int iendo el roce, Como de mariposas en los rosales, Llorando tus ausencias que son t an largas, Cayendo en el hundido sillón de raso, Lág r imas de l recuerdo vertiendo amargas , Conservará mi oido t u ú l t imo paso. Y al amor de la l lama que con su l u m b r e Renovará en mi men te dulces ideas , Comenzaré á escribirte, según costumbre, La car ta que comienza : «¡ Bendita seas! »

X V I I I .

(TRADUCCION LIBRE DE METASTASIO.)

Llegó el terr ible ins tan te : Adiós [ oh p renda mia !

¿Cómo podré yo un día Vivir léjos de t í?

Será eterno m i duelo; No encontrará consuelo Miéntras que tú...,, ¡quién sabe Si pensarás en m í !

D e j a que en pos al ménos De mi perdida calma Siga tu sombra el a lma Cual yo tu amor seguí.

E r r an t e peregrino Yo iré por tu camino; Y en tan to tú ¡ quién sabe Si pensarás en m í !

Allá en le jana t i e r ra Doliente el pecho m i ó , Al val le , al mon te , al rió, P regun ta rá por tí .

Me encontrará la aurora Llorando hora t ras ho ra , Miéntras que tú, j quién sabe Si pensarás en mi 1

Verán mis ojos tr is tes L a p l a y a , el bosque umbroso Donde v iv í dichoso Cuando tu a m a n t e fu i .

Felices pensamientos Serán fieros tormentos , Y tú, mi bien, ¡ quién sabe Si pensarás en mí!

Ésta es, diré, la f u e n t e Donde lloró celosa, Y donde en paz dichosa La mano ¡a tendí .

Aquí lloré mudanzas ,

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Allí me dió esperanzas Y t ú , mi amor , ¡ quién sabe Si pensarás en m i l

¡ Cuántos verás en tan to Llegar á tu m o r a d a , Con a lma enamorada Buscando amor en t í !

E n t r e esos mil amantes Rendidos y anhelantes Quién sabe, v ida m i a , Si pensarás en mí !

Recuerda las memorias Que hay én mi pecho, ¡ oh N i s e ! Piensa que yo te quise Y el premio no pedí.

Piensa en el duro y fiero Bárbaro adiós postrero Piensa m a s ¡ a y , quién sabe Si pensarás en m í !

XIX.

PUESTA DE BOL.

Tu brazo sobre el mío , T u mano entre mis m a n o s , Y en lánguido descuido De jándo te l levar ,

Cuando la ta rde muere Volvemos de la p laya ,

Oyendo en són doliente Las ondas murmura r .

Con paso perezoso Cruzamos la v e r e d a , Tu labio no se atreve Pa labras á decir.

Me rozan tus cabellos , Me miras y te mi ro , Suspiras y suspiro Sintiéndome morir.

Murmuran quejumbrosas Las hojas desprendidas , Que hollando vas al paso Con perezoso p i é ;

T u planta se de t i ene , Descanso gra to b r inda L a solitaria roca Donde la mar se ve.

Ya solos en el mundo Quiere el azar que estemos, Mas ¡ a y ! que no acertamos Ni tú n i yo á decir

L a f r a se que p in tando Lo que los dos sent imos, Resuma en un ins tante Diez años de suf r i r .

¡ Silencio! Que no asome, No alteres la sonrisa Que en tus medrosos labios Comienza á g e r m i n a r ;

Amo yo más m i l veces Cuanto adivino en ella, Que todas las imágenes Del' diálogo vulgar .

¡Silencio! Que ni el a i re

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Que tus cabellos mece Trayéndonos aromas Que invi tan al a m o r ,

Pueda en sus t ibias ondas Llevar tu pensamiento ; Celos de muer te siento Del eco y del rumor .

¡ Silencio! ¡ Que no puede P in t a r id ioma h u m a n o Lo que tus ojos dicen Clavados ora en m í ;

Del corazon que la te L legando has ta mi mano Pasando por la t u y a , Van pene t rando en tí

Suspiros dolorosos, Acentos nunca o idos , Pa labras nunca dichas Ecos que al a lma v a n ;

Lágr imas que no cor ren , Sonidos que no suenan , Lat idos que anonadan Y embr iagador a f a n !

¡ Silencio! No me digas Lo que har to yo ad iv ino , Mírame has ta la aurora Con a lma y corazon.

De ja que nuestras a lmas Se encuentren en la sombra , Miéntras el mar t ranqui lo Murmura en lento són.

Mas ¡ a y l que el blando r a y o De la indiscre ta luna Con plácida sonrisa Nos viene á sorprender.

Sigamos la vereda T u mano entre mis manos , L a f ren te sobre el hombro Dejándome caer.

Corrientes misteriosas Que revoláis perd idas , Fundiendo almas errantes Nacidas pa ra amar ,

Bendito vuestro ambiente Que engendra amor del a lma ; tBendi ta e ternamente i a luz crepuscular 1

X X .

A K0LOGIO FLORENTINO 8ANZ.

Ella es u n a muchacha de ojos de cielo, Rubia cual la dorada mies del est ío; H a y en su f r e n t e nubes de desconsuelo, Y no puede ahuyentar las el amor mió. 1 Ay 1 así como es ella gent i l y airosa, Tan jóven, con su alegre dulce sonrisa , Su e legante a t av io , su f a z de rosa ,

N u n c a será dichosa, ¡ Pobre E lo í sa !

Acariciando amante sus blondos rizos, Le d i je al ver lo triste de su mi rada : | M a l h a y a n , pobre n iña , tantos hechizos Que dan una hermosura t an desdichada! Labios mil agos tados por loco exceso

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Marchi taron tu a l m a con raudo hastío ; Eras nifia y en t u a l m a y a es taba impreso.

Yo t e adoro por eso, ¡ Pobre amor mió !

Cuando tr is tes mirando morir los dias Oímos en silencio pasar las horas , Tú lloras por secretas melanco l ías , Yo siento que me muero cuando t ú lloras. Dar ía por que f u e r a t u amor sincero P u r o , como el encanto de t u son r i s a , Y por haber yo sido t u amor pr imero

Cuanto t e n g o , amo y quiero, ¡Pobre Elo i sa !

Tú s ien tes , y eres b u e n a , y es del icada L a oculta f an ta s í a de tu a lma a rd i en t e ; Eres la flor march i t a que v a a r ras t rada Del cenagoso rio por la corriente. Pero dejar te quiero, mi mal no ahondes ; Tus monótonos besos me i n funden f r i ó , Y esos t r is tes suspiros con que respondes A mis que j a s , son ecos de t u desvío. Olvida estas calladas horas de invierno, Que en t u lecho de raso no hay poesía Pa ra quien t r is te llora pesar in te rno ,

Y desconsuelo e te rno , ¡Pobre a lma m i a !

Y ella escucha estas f r a ses con dolor mudo, Y sus labios buscado vienen mis labios , Escuchando mi acento doliente ó r u d o , Sollozando iracunda sordos agravios. Y es t ru ja entre los dedos sus ricas blondas, Y se ag i t a nerviosa , rompe Bus g a l a s , Y ,me env ía en su aliento penas m u y hondas, ¡ Angel que al cielo quiere volver sin alas I Pero en vano es amar l a , y en vano lucha

Con mi pena , que á su a lma tenaz o f e n d e ; Corazon mor ibundo su pena es mucha, Porque quiere amar algo que no comprende. Ya olvidada, y a se a n i m a , y a can ta y r i o , Ya es loco torbel l ino, vue lve á la r isa ¡ Qué tr iste es su mirada cuando sonr íe!

Y a olvida, y a se engríe ¡ Pobre Eloisa I

Octubre d e 1868.

XXI.

De aquel suspiro que al aire dis te Cuando el nativo país de jé , Miéntras doliente, llorosa y t r i s te , L lan to vert ías de a m a n t e f e ,

¡ A y luz p e r d i d a , Sombra quer ida ,

Toda mi v ida me acordaré ! De aquella carta donde m e dabas

Quejas amargas que no escuché, Y en que mi ausencia tr iste l lorabas , Miéntras artero yo te o lv idé ,

¡ Ay luz perdida , Sombra quer ida ,

Toda mi v ida me acordaré! Dé aquel la ta rde que á mi morada

Desde la aldea llegaste á p ié , Pálido el ros t ro , la f a z cansada, Buscando u n alma que tuya f u é

Page 36: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

j Ay luz perd ida , Sombra querida ,

Toda mi v ida m e acordaré ! De aquella t renza de negro pelo

Que á t u cadáver a r reba te , Cuando l lorando sangre del alma Caí del negro fé re t ro al pie

¡ Ay luz perd ida , Sombra quer ida .

T o d a mi v ida me acordaré!

X X I I .

No me mires a i rada , No más eno jos ; Mírame car iñosa , luz de mis ojos.

Mí rame con los ojos Medio en to rnados , Dándome m i l suspiros entrecortados.

Mírame con los ojos Medio escondidos, Como los de los niños que están dormidos.

Mírame t an de cerca Que con t u aliento Aspire yo en tus ojos tu pensamiento .

Mírame iniéntras duren Nuestras ve ladas , . _ Y contemos las horas por las miradas .

Ciégame de tus ojos Con los destellos,

Mírame con el alma que asoma en ellos. Mírame, que me hieres

Y no me dañas

¡ Y yo vivo á la sombra de tus pes tañas !

Valencia.—1867.

X X I I I .

En el fondo del m a r nació la perla En la al ta roca la violeta azul , En las nubes la go ta del rocío,

Y en mis ensueños tú. Murió la perla en imperial corona,

En búcaro gent i l la mústia flor, E n bri l lantes vapores el rooío

¡ Y en tu memoria y o !

1866.

X X I V .

Tiempo, ausenc ia , sospechas y desvíos, Todo para olvidar te lo intenté ; F i j a en mi mente y en el a lma impresa , Alientas poderosa hoy como ayer.

E n desamor constante Y en pertinaz desden

Page 37: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

Quiero borrar del corazon tu imágen ¡ No puede se r !

¡ Otras h a y ! piensa el ánimo inconstante ¡Sólo h a y una ! m e dice el corazon; ¡ A lguna piensa en t í ! g r i t a el deseo, Y oigo t u voz que dice : ¡ Esa soy y o !

Y todas cuantas miro Girar e ^ m i redor ,

Copian t u imágen , con t u voz me l laman, ¡ Irresistible v o z !

Te finjo por la edad d e s m e j o r a d a , I m a g i n o en tu rostro a r rugas mi l , Y entonces br i l la y me des lumhra y c iega L a ingén i t a bondad que bri l la en t í .

Y el pródigo tesoro De t u bondad sin fin

Tenaz m e ob l iga , y en tu casto seno Mi amor torna á dormir .

Ha l la r entónces imag ino aleve Doblez en t u insensible corazon, Y el ánimo cobarde t e imag ina Engañosa y f a l az y sin a m o r ;

Pero tu e terno encanto Y de t u acento el són,

Me m a n d a n que te s iga y que te adore ¡ Y logras más que yo !

¡ Ah ! de la edad en la f a t a l corriente Cuanto a m a b a , inconstante lo olvidé ; Ciego creyente ayer , hoy p ienso , y dudo , Ora me has t ía lo que ans iaba ayer.

Perd ido el sent imiento Que torpe de r roché ,

Hombre al fin, inconstante y veleidoso Descubro mi doblez.

L a sacra l lama de los patr ios lares

E l santo f u e g o de l 'nac ien te amor , De e terna gloria el l isonjero ensueño , La ardiente sed de fé rv ida ambición

El a lma en sus albores Lat i r febr i l s intió,

Y hoy llora desengaños y amarguras En sombras de dolor.

Todo en lento descenso y en pendiente F a t a l , á despeñarse vi correr ; Cada cabello que la edad despoja Se l leva un eco de la an t igua fe .

Recuerdos y esperanzas Mató el t iempo crue l ,

Y tú en mí v ives , y olvidarte quiero ¡ No puede se r !

X X V .

LAS DOCE. — Á MARIANA.

, Miéntras da el reló las doce A compás lento y sonoro , En estas manos que adoro Deja que mis labios roce.

Deja que en silencio y ca lma T e dé , mi gentil señora , Un beso por cada hora Que de placer diste al a lma .

U n o , en memoria del d ia Que tus ojos me miraron, Y eterno amor me br indaron tomo xu.

Page 38: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

Quiero borrar del corazon tu imágen ¡ No puede se r !

¡ Otras h a y ! piensa el ánimo inconstante ¡Sólo h a y una ! m e dice el corazon; ¡ A lguna piensa en t í ! g r i t a el deseo, Y oigo t u voz que dice : ¡ Esa soy y o !

Y todas cuantas miro Girar ei^mi redor ,

Copian t u imágen , con t u voz me l laman, ¡ Irresistible v o z !

Te finjo por la edad d e s m e j o r a d a , I m a g i n o en tu rostro a r rugas mi l , Y entonces br i l la y me des lumhra y c iega L a ingén i t a bondad que bri l la en t í .

Y el pródigo tesoro De t u bondad sin fin

Tenaz m e ob l iga , y en tu casto seno Mi amor torna á dormir .

Ha l la r entónces imag ino aleve Doblez en t u insensible corazon, Y el ánimo cobarde t e imag ina Engañosa y f a l az y sin a m o r ;

Pero tu e terno encanto Y de t u acento el són,

Me m a n d a n que te s iga y que te adore ¡ Y logras más que yo !

¡ Ah ! de la edad en la f a t a l corriente Cuanto a m a b a , inconstante lo olvidé ; Ciego creyente ayer , hoy p ienso , y dudo , Ora me has t ía lo que ans iaba ayer.

Perd ido el sent imiento Que torpe de r roché ,

Hombre al fin, inconstante y veleidoso Descubro mi doblez.

L a sacra l lama de los patr ios lares

E l santo f u e g o de l 'nac ien te amor , De e terna gloria el l isonjero ensueño , La ardiente sed de fé rv ida ambición

El a lma en sus albores Lat i r febr i l s intió,

Y hoy llora desengaños y amarguras En sombras de dolor.

Todo en lento descenso y en pendiente F a t a l , á despeñarse vi correr ; Cada cabello que la edad despoja Se l leva un eco de la an t igua fe .

Recuerdos y esperanzas Mató el t iempo crue l ,

Y tú en mí v ives , y olvidarte quiero ¡ No puede se r !

X X V .

LAS DOCE. — Á MARIANA.

, Miéntras da el reló las doce A compás lento y sonoro , En estas manos que adoro Deja que mis labios roce.

Deja que en silencio y ca lma T e dé , mi gentil señora , Un beso por cada hora Que de placer diste al a lma .

U n o , en memoria del d ia Que tus ojos me miraron, Y eterno amor me br indaron tomo xu.

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Con dulce melancolía. O t ro , por los mi l consuelos

Que halló en tí el a lma angus t iada Al sentirse a tormentada De fieros in jus tos celos.

Otro, por recompensar T u amoroso a f an de oir Que no pudiera vivir Si me de járas de amar .

Otro, por el dulce empeño Con que fu i s t e mi e n f e r m e r a , Velando á m i cabecera Como el ánge l de mi sueño.

Otro, por los mil perdones Que siempre en los labios t ienes , P a r a mi3 locos desdenes Y mis f u g a c e s traiciones.

Ot ro , pa ra recordar De tus labios el chasquido Cuando en sueño in te r rumpido Dices mi nombre al soñar.

És t e , en p a g o á la fineza De aquella flor, que aún m e du ra , Fresca como t u he rmosu ra , Blanca como tu pureza.

É s t e , por premio al a f an Con que entro dudas y eno jos , Tras de tu ba l cón , tus ojos Siempre esperándome están.

É s t e , porque no concluyas De escribir en largos d i a s , Car tas con mil vidas mias, Que son s iempre vidas tuyas.

É s t e , en fin, breve y sonoro Pinte p a r a t u consuelo

La pasión con que t e anheló Y el amor con que te adoro.

Y' éste, que quiero impr imir , L a r g o , vehemente y callado Historia del bien pasado Y augur io del porvenir .

Ya del reló el tr iste són Cesó, compasivo y lento ¡ Deja á mi labio sediento Dar te la repet ic ión!

1 8 7 2 .

X X V I .

AI volver t ras la ausencia tan llorada, Corrí a su hogar, y en él no la éncontré; Mas vi en su cuarto abandonado u n velo bobre el respaldo del sillón aquel.

El ramil lete de aromosas flores Que al separarnos años há le d i , No adornaba la tr iste ch imenea ; Que al ver su olvido se debió morir.

¡ Es te es el velo, sollozando dije, Que un t iempo alzaba pa ra verme bien, Y el rostro al asomar t ras el enca je La luz del alba se asomaba en é l !

Un fresco ramo de tempranas rosas, Gentil t rofeo de t r i un fan te amor, Con su p e r f u m e el a i re envenenaba Destrozando mi amante corazon.

Page 40: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

Salí ele allí con vac i lan te paso, Y de ira clavo pend ien te en la pared, Donde un t i empo pendió el re t ra to mió, El de un h o m b r e r isueño contemplé. -

Le miré fijamente y cara á c a r a ; Quise hablar y á pedir le cuentas fu i , Poro su alegre y per t inaz sonrisa Me hirió en el a lma y me sentí morir .

Salí del templo donde f u é mi culto Su a lma engañosa y su mentido amor, Y á lo léjos la vi que á mí venía, Y que al verme el color se le mudó.

Pasó jun to á mi lado vergonzosa Mirando al suelo en palidez mortal , Y con el velo el rostro defendía , Huyendo al ve rme en presuroso andar.

Y así como en un t iempo t ras el velo L a luz rad ian te contemplé del sol, Ora al verle caer, en sombra oscura, Y en noche e terna mi dolor cayó.

XXYII.

¡ T R E I N T A Y T R E S AÑOS!

Pensando estoy en medio de mi engaño El error de mi tiempo mal perdido, Dijo el poeta al condolerse antaño, Viendo de muer te el corazon herido. Yo, al recordar mis dichas y a lejanas, Y al ver cuánto es el goce pasajero,

Vivo l lorando en medio de mis canas, Torpes mudanzas de mi ardor pr imero. ¿Por qué á la vez que la delicia inmensa Conozco del placer que apuré tan to Siente ¡ay de mí! mient ras la men te piensa E l corazon creciente desencanto? E ra yo ayer, cuando en mi edad risueña Aun no asomaba en el céni t la bruma, Bullente rio que de risco en peña Saltaba en montes de sonante espuma. De mi existencia en los dichosos dias Iba sal tando las alegres horas, Como en el m o n t e a legres y 'bravíae Vagando van las cabras t repadoras . Siempre en pos del placer desconocido, Siempre animoso, con la suer te en guerra, Fáci l senda encont raba el pié atrevido E n las ásperas quiebras de la sierra. Toda senda ignorada hal lando corta, Ancho camino abria en los jarales; «Allí h a y peligros que encontrar ; ¡no importa! Todos los ha l l a mi pu janza iguales.» Mi corazon de plétora estallaba, Y el mundo hal lando á mi expansión estrecho, Doquier que mi pasión se desbordaba Fel iz lat ia el generoso pecho. Así del sol mirando la al ta l u m b r e Salvé del monte al t ivo los abrojos ; Mas ¡ay! que hoy fijo en la des ier ta cumbre, Heridos de la luz l loran mis ojos! Y a de la edad en el naciente ocaso Las nubes cercan la empinada cima, Siento inseguro y vaci lante el paso, Presiento el cielo desplomarse encima. ¿Por qué p a r a subir sobró la v ida

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Y vacila al b a j a r la p lan ta osada? ¿Por qué f u é t an alegre la subida Y presiento tan t r is te la ba j ada? Desde l a cumbre altiva de mis años Veo en lo hondo quedarse mis verdores, Como en el valle al pié de los cas taños L a s mansas aguas y las verdes flores. ¡Y ora contemplo en t r i s te desventura , Del crepúsculo vago en horas breves , A u n lado campos de eternal verdura Y al otro eternas desoladas nieves! Así van mis voltarias impresiones Mudando el sesgo al sent imiento mió; Ayer instintos, luchas y pasiones, H o y material razonamiento f r ió . ¡Oh! con qué a f a n en plácidos abri les F u i pisando las flores del sendero, Derrochando mis fue rzas juveni les Sin rumbo in fa t igab le pasa jero! Abrió la edad el pavoroso abismo Que al débil corazon roba la calma; ¿Por qué, el creciente tétrico egoísmo, Vas march i t ando el corazon y el a lma? ¿Por qué, del m u n d o en la corr iente fiera, Mi entusiasmo pr imero desparece? ¿Por qué, si soy el mismo que ántes era, Mi corazon sucumbe y desfallece? E r a la v ida en mí t an generosa, Que de el la hacía o f r e n d a sin reparo, Ora á los piés de la m u j e r hermosa, Ora en el seno-del amigo caro. N u n c a engendraban egois tas penas Suerte contrar ia ni dolencia a lguna , Rico caudal la sangre de mis venas F u i derrochando á pa r de la f o r t u n a .

¡Ay, cómo el t iempo y la incurable her ida De mi experiencia que tenaz deploro, Me han enseñado á conservar la vida, Culto rindiendo á la salud y al oro! Cesó el impulso de animoso alarde, Pasó el amor que á la razón confunde, Tornóse el bravo corazon cobarde, Huyó la f e que el entusiasmo in funde . ¡Oh, inesperados, lúgubres destinos! Ya de la vida en el naciente ocaso, Por cuán distintos áridos caminos He do emprender el temeroso paso! ¡Ya no hallaré las inci tantes flores Que b r indaban aroma en sus corolas, No romperán los miembros vencedores L a ancha impulsión de las g igantes olas! ¡Desciende aprisa corazon g igan te Del seco erial de la desierta cumbre, Que hundirse amaga, carcomido Atlante, Del cielo azul la inmensa pesadumbre! ¡Desciende oculto en el revuelto seno De pardas nubes, entre el cierzo fr ió, Qué has de ser, tú que fu is te mar sin f reno , üm hondas cauces prisionero rio!

¡No, por piedad! Si mi v igor añe jo Tiempo y edad es fuerza que me roben, ¡Antes, Señor, de que m e sienta viejo, Venga la muer te á sorprenderme jóven!

Page 42: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

XXVIII .

L a vez pr imera que te di la mano Sentí t u corazon l lamar al mió, Y hoy al dártela f r ió y cortesano, _ Siento en el a lma de la muer te el f r ío .

Ayer al estrecharla fue r t emen te Dulce sonrisa me anunciaba el c ie lo ; H o y al darme la mano f r í amente , Tris te la vista escondes en el suelo.

Y es que al r igor del t iempo, en la incpnstant) Pas ión fugaz , que el desamor mit iga, La mano diestra en disimulo amante Suele ser torpe saludando amiga .

X X I X .

Ayer f u i yo pa ra t í Apuesto, hermoso y ga l an ; Hoy con desusado a f a n Buscas defectos en mí.

Vis ta te dan los enojos, Yo á t u f u r o r me doblego; Pues sé que el amor es ciego Y el ódio t iene cien ojos!

X X X .

Ponto la mano aleve sobre el f r ió Corazon, que en t u pecho está sepulto, Y contempla despues el amor mió Que un volcan de pasiones guarda oculto. Y dime por qué esfuerzo sobrehumano, Y "burla despiadada de la suerte, Quiere el destino insano, Que tengas tú el color t an fresco y sano, Y yo una eterna palidez de muerte.

X X X I .

Abanico negro Que das aire blando Y agi tas cabellos De color dorado, Lleva en tus vaivenes A los frescos labios Suspiros errantes, Que hal larás al paso.

E n torno á la boca-Que un dia besaron, Hoy revolotean • Tristes y callados. Cuando cojas aire Préndelos airado,

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Y eu aquellos hoyos Al pié de los labios...

, ¡ Entiérralos v ivos Por enamorados!

X X X I I .

R E M O R D I M I E N T O .

Veinte años há que en el añoso tronco Del árbol secular

Grabé tu nombre, miént ras tú á su sombra l íompias á llorar.

Nos separó mi olvido despiadado, Por s iempre te perdí;

Quedó pa ra tormento eterno mío T u nombre s iempre a l l í !

L a guer ra asoladora, de la aldea Las casas arrumbó;

Taló los campos y arrasó las mieses, Y la he redad taló.

Solo, en medio del campo desolado Quedó el árbol aquel,

Test igo silencioso y juez sombrío De mi pasión infiel.

Monjes errantes en el campo yermo Vinieron á hab i ta r

Solitario retiro haciendo en torno Del árbol secular.

T u nombre igual al de la Virgen pura Leyeron con amor,

Y milagroso hal lándolo, á tu nombre Rezaron con fe rvor .

Voraz incendio el monasterio arrasa , Que cunde sin cesar,

Y otra vez queda el campo sin más ga las Que el árbol secular.

Labran mis padres en la san ta ru ina Con amorosa fe ,

La pobre .casa cuyo blanco techo Desde la mar se ve.

Allí á la sombra de la encina añosa La muer te encontrarán,

Y allí tu nombre, recordando el mío, Tal vez repetirán.

¿Qué f u é de t í ? Desde la aldea al mundo E n alas del placer,

Pasaste como sombra pasa j e ra Que nadie ha vuelto á ver.

De t u hermosura el esplendor marchi to T u casa sin calor,

Pobre, olvidada y de amarguras llena, Sin a lma y sin amor,

Tal vez pensaste en el que aleve u n día, L a paz t e f u é á robar,

Cuando tu nombre hacía compañero Del árbol secular.

Árbol á cuya sombra desdeñada, Diez años, veinte , cien,

Pasáramos la v ida venturosa Si yo t e amára bien.

También yo, de la v ida en la revuelta Y alegre confusion,

Viví deprisa y apagué en la orgía L a sed del corazon.

También hoy al pensar en el reposo

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Del silencioso hogar , Vierto lágr imas tristes de amargura

Que nadie h a de secar. Secreta voz de la conciencia inia,

Que eterno bien perdió, Será tu nombre, que en el t ronco impreso

El t iempo respetó. Muerta en la tr iste soledad oscura

"¡Oh re ina del f e s t i n ! Te lloré cuando el eco de tus glor ias

Me reveló t u fin. Era en u n dia que á la t r is te aldea

Pensaba yo en volver , Y adonde quiere mi fo r tuna impía

Llevarme á fenecer . Ya del hogar los úl t imos l inderos

E l t iempo derrumbó; La a n t i g u a torre y los podridos muros

El huracan tronchó. L a blanca casa de mis viejos padres

Monton de piedras es; Duermen sus huesos á la sombra t r is te

Del f u n e r a l ciprés. Ya no hay casas, ni sendas, ni cercados,

Ni cánticos de amor; Ya no hay música g ra ta en la arboleda,

Ni el suelo da una flor. Los mi l recuerdos de la hermosa infancia ,

¿Dónde, Sefior, es tán? ¿Dónde las rosas de embr iagan te aroma,

Y el perenne a r rayan? Arida soledad en cuyo ambien te

No suena otro rumor, Que el vuelo de las negras go londr inas

Girando en derredor.

Solo en medio del campo abandonado El árbol secular,

Extiendo sus mil brazos s iempre abiertos Llamándome á llorar.

Allí está, t a n sombrío como el d ia En que á buscarte f u i .

¡Negra su sombra cual mi eterna pena! Tu nombre ¡ s iempre allí!

XXXIII .

Gota á g o t a se deshacen Las neblinas del invierno ; Grano á g rano se der rumban Los palacios y los templos ; V a secando ho ja por h o j a Robles y enciuas el viento. . . ¡Cómo se nos va la vida, Niña de los ojos negros !

H o r a , t r as hora , t r as hora P a s a n veranos , inv ie rnos , Las pr imaveras floridas, Otoños de f r u t o s l lenos. R i o s , y f u e n t e s , y arroyos Octubre ha de jado secos ; T u hermoso color, b ien mió , Se v a perdiendo, perdiendo., .

F i b r a t ras fibra desgar ra Los corazones el duelo ; Gota á g o t a , la a m a r g u r a

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i raspasa el más duro pecho ; Uno por uno , cayéndose Desparecen mis cabe l los ; Los claveles de tus labios Con la edad pal idecieron.

Mira la luz que se a p a g a , Mira en cenizas el f u e g o , Contempla el sol que se pone , Oye cuál se e x t i n g u e el eco. Así nuestro amor f u é l lama Que avivó el v igor p r imero , Y hoy convert ido en pavesas Corre á perderse en el v iento . Bril lo h a n perdido tus ojos Y vida y calor mis besos. . . ¡ Ay que se nos va la vida, Niña de los ojos negros!

X X X I V .

Si el bárbaro rencor en mí cupiera , H o y on t i sin p iedad lo cebaría • Pero yo no sé od ia r , ¡ a y ! si supiera ,

I™ mismo no más detestar ía . Del santo amor que fa lsa y caprichosa

Me juras te has ta a y e r , guardo el acen to , * al recordar t a n t a ment i ra hermosa Uuyos sonidos en el a lma s iento, p A t e ° S O e n m i sér impresa t a n t a f r a s e i or t í ver t ida con per ju ro labio ,

Que aunque f r a ses de agravios fo rmu la se , No me queda lugar para el agravio .

Tú me enseñaste con doblez ar te ra , Que yo f r a n c a nobleza supon ia , De la pasión amante y ve rdadera La oculta y misteriosa poesía.

Aún el a lma recuerda , dolorosa, Las horas dulces jun to á t í pasadas , Cuando en amante soledad dichosa Bebia yo la v ida en tus miradas.

De aquel las horas en que yo sentía Confundirse mi al iento con tu a l iento, A mí me quedará la poesía... Y á t í t e quedará el remordimiento.

Otra más f r anca que al amor a l iente , De corazon leal y apas ionado, Recogerá este amor siempre creciente , Que t u infiel corazon en mí h a sembrado. .

Tú entre tanto siguiendo t u dest ino, Que es abrasar te en la pasión que ignoras , Si vuelves á encontrarme en t u camino Recordarás tal vez aquellas horas .

No t emas que t e increpe el labio airado Viéndote que me miras indecisa , Ya el t i empo y la opinion me habrán vengado Y har to adiv inarás en mi sonrisa.

Quien sabe a m a r cual yo no se a r rep ien te , Y en vano el desengaño me a to rmen ta , Que en vez del ódio al corazon que miente Me da la sed de u n corazon que sienta.

Y hal lar lo ospcro, que aunque tú lo ignores , Aunque juzgues al mundo por t í p rop i a , Creyendo que pues tú mientes amores L a human idad tus veleidades copia ;

Viven las a lmas que el amargo hast ío

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No sienten de las g lor ias de la v ida . Como vivió feliz el pecho mió Cuando escuchaba tu pasión ment ida .

Cuando incauto del tuyo cauteloso Los lat idos amantes escuchaba , Y en tu cal iente seno fa t igoso Eternas horas de placer pasaba.

T u y a s son , para e terna g lor ia inia, De esas horas las penas y el to rmento ; ¡De ellas me queda á mí la poesía , Y á tí t e quedará el remordimiento!

X X X V .

A VIRGINIA B U R R I E L .

Po ten t e rey de Arabia ofrece al mundo, En público p r e g ó n , Rico tesoro de cien mil zequíes En premio de quimérica invención.

« Pues que descubre el médico en las h ierbas »Remedio á todo m a l , »Y cura las her idas venenosas «Que hace en la h u m a n a piel dardo mortal ,

»P remio doy que deslumbre al más avaro » Y en p a g o habrá de ser »De quien sorprenda el sueño del que duerme, »Pa lp i t an te y temblando de placer.»

Cunde la voz de la oriental ofrenda Desde el bosque has ta el m a r , Y no h a y doctor que descubrir consiga

Lo que sueña el que sueña sin hablar . El rey en tan to desvelado gime,

Y con mortal dolor, A la reina contempla que se agi ta La noche entera en s ingular temblor.

Su médico Ismail por Aláh jura Que es vano pretender Descubrir el origen de los sueños Con que febr i l se agita una muje r .

1 Oh mi sabio Ismail 1 el rey m u r m u r a , Mi corona real Venderé pa ra t í , si de tu f a m a Me das la prueba en mi dolor mortal.

I smai l sonriendo desconfia De su oriental saber , Y nadie acude al oriental palacio L a tentadora ofer ta á recoger .

U n a alborada las doradas puer tas F r anquea sin temor L a hermosa esclava que de Nubia un dia Hizo venir el oriental doctor.

Sañor , dice del rey que la in ter roga Echándose á los piés : Yo t e d i ré , si tu perdón m e ofreces Lo que en celosa ceguedad no ves.

Contempla el rey con asombrados ojos De la esclava la faz , Y ella en t ranqui la cert idumbre o f r e c e , Volver al pecho la perdida paz.

—De Ismail soy la esclava y compañera. Con oro m e compró ; Mirándome en sus ojos que anonadan , Cual tú celosa me consumo yo !

¿Saber pretendes lo que piensa en sueños La reina al suspi rar ,

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E n cuyos labios donde el a lba rie Dulce , e terna sonrisa ves v a g a r ?

Sábelo, pues ; la espléndida he rmosu ra De ardiente c o r a z o n , Sueña á estas horas que Ismail a m a n t e L a ar ranca de tu espléndida mans ión .

Dulces palabras de pasión repi to La régia hermosa h u r í , Sonriendo al pensar que su ven tu ra Con mi señor logró léjos de tí .

— ¡Tu labio mien te ! el rey a i rado gr i t a . — ¡ Oh rey ! ¿Sabrás me jo r Que quien celosa en su dolor f a l l ece , Los sueños t raduc i r de ajeno a m o r ?

Y poniendo la mano temblorosa Sobre el seco gent i l De la r e ina que s u e ñ a , el labio a rd ien te Una y dos veces m u r m u r ó : — ¡ I s m a i l !

Frenét ico el caduco rey de Arab ia Sobre ella se ar ro jó , Y á la esposa infel iz con rabia loca En t r e las b lancas sábanas ahogó.

La nub ia esclava en t a n t o p r e su rosa , F e l i z , to rna á su h o g a r , Y al lecho del señor , ver t iendo l l an to , L l e g a y l e escucha en soledad soñar.

¡ Oh re ina t r i s t e ! con medroso acento L a esclava m u r m u r ó ; Muerte hal las te por pérfidos amores ! Y esto oyendo, Ismail se despertó.

Ya el rey dichoso, murmuró la esc lava , Logró su mal saber ; Y al sorprender lo que febr i l soñaba Su vida ar ranca á la fa laz muje r

—¿Quién de los sueños sorprendió el secreto?

Loco Ismail g r i t ó : —Quien de celos mur iendo en honda pena, Los t u y o s , torpe dueño , adivinó.

Soñaba el rey desp ie r to , que adoraba Régia consorte fiel; Y sueñas tú que la tr isteza mia Sólo es pesar de condicion cruel.

Yo sin soñar en mi esperanza v ivo Y aguardo sin cesar , Que de mi eterno sueño de esperanzas Sorprendas mi secreto al despertar .

Lágr imas vier te en el ardiente seno De la esclava el señor , Y olvidando á la esposa fement ida , Se duerme en brazos del naciente amor.

L u q s o r (an t igua T e b a s ) . — N o v i e m b r e de 1869.

X X X Y I .

Yo nunca he sentido Bienestar comple to , La f o r t u n a loca Siempre me halló cuerdo.

Desengaños llora Sin cesar mi pecho ; Mi pasado es t r is te , Mi f u t u r o negro.

Sombras me rodean , Luz me niega el cielo,

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Zumban los pesares En torno á m i lecho.. .

Pero en t re la sombra, Ya cerca, y a léjos, Brillan las miradas De tus ojos neg ros !

XXXVII .

A N T E S Y D E S P U E S Ü E LA Q O E R K A ( 1 ) .

La luz del sol nac ien te los campos a legraba ; Las t ímidas violetas sembraban dulce olor , Y el t rasparente arroyo sus cauces ensanchaba Con plácido murmur io y armónico rumor .

P i aban en los nidos los Cándidos j i lgueros, L a a londra enamorada y el ruiseñor gen t i l ; Brotaban los jacintos del parque en los linderos Y su boton rompian las rosas de hojas mil.

Del dia á los nac ientes rosados resplandores Salían la f raganc ia del aire á respi rar , Él, rebosando vida, y ella, cantando amores, Cogidos de las manos y en plácido vaga r .

Delante , cosechando las encendidas rosas Dos niños sonrientes , con infant i l p lacer ,

(1) I n s p i r ó esta poes í a la vista d e dos e n c a n t a d o r e s cua d e Bayard .

Corrían persiguiendo las blancas mariposas Que á los amantes padres venían á ofrecer .

Los toscos aldeanos al ver les , sonreían La pingüe siembra echando del campo en la labor; Perderse en lo f rondoso del bosque les veian Oyendo el casto beso del conyugal amor.

¡Ay, de la v ida humana , cuán poco el b ien nos dura! Pál ido sol de Octubre, de lumbre funera l Del campo yermo alumbra la tétrica l lanura, Con moribundo rayo de resplandor f a t a l .

Buscando en t re las sombras al án imo cobarde Consuelo a l bien perdido , y alivios al dolor, La demacrada v iuda sale a l morir la t a rde Los ojos arrasados en l lanto abrasador.

Los niños van vest idos de luto asaz temprano; Los ojos alzan tr is tes, y en lento paso van ; La m a d r e , que les l leva cogidos de la mano, Mirando v a la t ierra con desusado a fan .

Los pobres labradores, que de su bien test igos Miraron con envidia su dulce b ienes ta r , Las flacas manos t i enden , y a míseros mendigos, Errantes pordioseros, sin pat r ia y sin hogar .

Ayer brotaban flores en la amorosa t ie r ra ; La luz creó las p lantas , la paz creó el amor; ¡ Llevóse amor y dichas la asoladora guer ra ! Dejó su e terna herencia ; ¡ la sombra y el dolor!

A g o s t o d e 1875.

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Soberbio , a teo, déspota , sañudo, Decia un español : ¡ Ni á Dios, n i al rey, ni aun al dest ino rudo L a rodilla j amás doblára y o !

Arrodil lado sobre el duro suelo Ayer le sorprendí , Diciendo á una m u j e r de ojos de cielo : ¡ S iempre , a lma in i a , me tendrás a s í !

X X X I X .

HISTOBTA VULGAR.

¡ Adiós! le d i j o , y la estrechó á su pecho, Y ella y él sollozando y temblorosos , De ja ron der ramar l lanto deshecho A sus dos corazones amorosos. —¡Espérame! le d i jo el que part ía . — ¡Vuelve p ron to ! exclamó la que quedaba; Y el mor ibundo sol que descendía Veló en su sombra el beso que empezaba Y que n inguno te rminar sabía.

Pasáronse diez años inf luyendo

De contraria mane ra en los que amando Vivian larga ausencia padeciendo; Y él en las Indias engordó , escribiendo, Y ella en España enflaqueció, esperando.

Por fin volvió el ausente con lucida Salud , más f u e r t e que al par t i r de E s p a ñ a ; Y pálida la ha l ló , descolorida, Tristes y hund idos sin calor n i v ida Los claros ojos que el insomnio empaña . Y al volverse á encontrar , un gr i to ahogado Dieron en urf abrazo confundido : Ella d i jo fel iz : ¡ Cuánto h a ganado! Y él di jo con dolor : ¡ Cómo ha perdido!

Se hallaron otra vez, solos y amantes ; Las manos y las a lmas se estrechaban ; Pero las manos que temblaron ántes Es ta vez ni oprimían ni temblaban. E l último fu lgo r del sol poniente Vió sellar el consorcio prometido, Y los labios besaron brevemente Con seco impulso y descarado ru ido .

Iban ya por el mundo como esposos, Ella en su ansiado dueño se apoyaba ; Mirábale con ojos amorosos, Y él silencioso y distraído andaba. • Ella tan fiel, tan dulce y tan constante Como la ta rde en que su amor par t ía ; Su pálido semblante, Ya espléndido de d icha , sonreía. Él en cambio más tr iste y más sombrío Tal vez pensaba en su ven tura añeja : Ella p e n s a b a : ¡ Pa ra siempre mió! Y él iba murmurando : ¡Está muy v ie ja !

Ya viejos son los dos ; ella le admira Sin recordar sus t iempos juven i l e s ,

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Y él... la quiere t a m b i é n ; pero suspira Cuando en otras ve gracias femeniles. Que al egoismo h u m a n o es desaliento L a flor m a r c h i t a , y en igual ventura , L a m u j e r r inde culto al sent imiento, Y el hombre r inde culto á la hermosura.

X L .

F l a c a m e n d i g a , jóven y graciosa, Me detuvo con ruego las t imero , Escuál ida y hambienta y haraposa , En tétr ica y glacial noche de Enero.

Gran lás t ima me dió; pero del f r ió Pudo más el r igo r , que el inhumano Vil corazon, y el egoismo impío Pr ivó la acción á la escondida mano : Y con f r i a y benévola sonrisa La apar te á un lado y caminé deprisa.

E ra la m i s m a ; el vicio con sus galas L a convirt ió en espléndida belleza, Ange l impuro de doradas alas Que el imperio logró de su impureza.

E n un baile la ha l l é ; quise su paso Detener , contemplando su hermosura, Cru j i r oyendo el sonrosado raso Que des tacaba la gent i l figura.

Y ella entónces , y a reina esplendorosa, Que alegre y victoriosa Una corte de amantes vió sumisa,

Me apartó indi ferente y desdeñosa Con airo altivo y con glacial sonrisa.

Yo pude ser su amor y ella ser m ia , Cuando la hallé l lorando su amargu ra , Y hoy en brazos del vicio y . d e la orgía La sigo amante y me enamora impura . ¡ A y , ojos torpes , corazones f r íos Llorad cegueras , y lat id vacíos!

X L I .

Levántase espumosa y resonante La embravecida ola , Ya avanza , y a se ye rgue , y a br i l lante Al sol sus mil colores arrebola. Ya desciende, y a t iembla , y a desmaya ¡ Ya se disuelve en la arenosa p laya!

Así el amor de una mirada ardiente Brotó como la e spuma , Irguióse al t ivo con pasión creciente, Fué clara luz y luégo densa bruma, Y disuelto en el último latido Se deshizo en cansancio y en olvido!

X L I I .

¡ La luz de la a lbo rada , un nuevo d i a !

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¡ Ya el mor ibundo sol mis ojos h iere!

Cada alborada una ilusión que nace Y cada sombra una ilusión que muere .

Un dia y otro dia nacer veo , De uno y otro el postrero resplandor , Ayer con penas me encontró la au rora , H o y me deja la t a rde en el dolor .

A l u m b r a el sol y la esperanza a l ienta , b3 h u n d e , y con él ¡oh san ta f é , t e v a s ! ¡ Luz de la tarde ! ¡ Una esperanza ménos! ¡ Luz de la au ro ra ! ¡ Un desengaño más !

X L I I I .

L O S S O L D A D O S . — N O C T U R N O .

Al general Ros de Olano.

El viento resuena con ay lastimero bi loando es t r idente con lúgubre son ; bu t u n a desatan los cierzos de Enero y crujen los goznes del alto balcón.

Kechinan dolientes los viejos portales Que en sordo golpeo se escuchan sonar , X azota el granizo los f r ío s cristales Lon agr io sonido viniendo á chocar.

Silencio imponente l'a calle c i r cunda ; ' t a el viento ag i t ado cesó de rug i r -L a lámpara tr iste Con luz mor ibunda MU sombras derrama br indando á dormir.

De pronto un sonido que viene de f u e r a , Turbando á la noche la té tr ica paz , Ahuyenta del sueño la sombra primera Con sordo murmul lo que avanza tenaz.

Alerta se inclina curioso el o ido , Ya avanza el extraño creciente r umor ; l íumor compasado , ve loz , sostenido, Cual rápido golpe de ronco tambor.

Del húmedo suelo las piedras mojadas Retiemblan al f u e r t e , robusto m a r c h a r ; Ya suenan dist intas las fuer tes p i s a d a s ; Soldados anuncian en rápido andar .

Del lecho en el fondo les* o igo , callados Andando en silencio, con sordo rumor , Y en l a rga columna de marcha formados, Del viento y la nieve suf r iendo el r igor.

Su paso escuchando con pena y asombro Les veo la calle dejando de t ras , El saco á la e spa lda , las a rmas al hombro , L a vis ta en el suelo, marchando á compás.

Robustos y sanos, potentes , membrudos , Sufriendo la escarcha par t i r se les v e , Gallardos moviendo los brazos nervudos , Y hollando las piedras con bélico pié.

Presiento en la sombra bril lar las cornetas, Grujir las correas que abriéndose van , Y el brillo siniestro de mi l bayone tas , Que t in tas en sangre mañana estarán.

Cortando al caballo la r auda carrera Guiando sus tropas irá el coronel, Mirando en la t r is te velada v idr iera , La luz que le anuncia que sueñan con él!

Del. f r ió ventisco sufr iendo el azote L a espada en la t ierra de jando roza r , Se ciñen los j e fes el burdo capote

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Y el rostro en el pecho pre tenden guarda r . El uno en el seno de esposa adorada

Dejó vida y a lma l lorando al pa r t i r , Y ocul ta un suspiro con voz en t reahogada Pensando en las car tas que le ha de escribir.

E l otro, recuerda que andando se a le ja . De apremios y deudas y sino t r a i d o r ; A q u é l , v a pensando las novias que d e j a , A q u é l , del invierno maldice el r igor.

Los unos , de envidias y o fensas dolidos Blas feman ju rando la muer te buscar ; Los o t ros , soñando con muer tos y her idos , Calculan los grados que esperan lograr .

L a sombra los cerca , la l luvia los b a ñ a , Cumpliendo severos su ingra ta m i s i ó n , Los pobres soldados á en t ra r en campaña Caminan marchando con lúgubre són.

¿Qué van m e d i t a n d o ? Sus nobles destinos Cumpliendo con suer te dichosa ó f a t a l , I rán dando tumbos por OBOS caminos Durmiendo en el f a n g o , rompiendo el jaral .

Marchando repasan recuerdos que af l igen; Suspiran a lgunos con hondo dolor , Y al cielo sombrío miradas dir igen Pidiéndole al cielo f o r t u n a y va lor .

A l g u n o presiente que en d ias cercanos Su pueblo nat ivo de lejos v e r á ; Y á verle al camino saldrán sus he rmanos Y el p lus que conserva fel iz les dará .

De glor ia ambicioso, con a lma s e d i e n t a , Más de uno desea que empiece una acción; Y piensa en las g lor ias que el mundo nos cu De humildes soldados que alzó la nación.

M u r m u r a n algunos con voz apagada Del j e f e cercano que oyéndoles va,

Y alguno hay que piensa , « ¡mi madre adorada Soñando conmigo, rezando es tará!»

Los y a acostumbrados á rudas campañas Contentos caminan pensando en vencer ; Los mozos bisoños, leyendas extrañas Medrosos recuerdan que oyeron ayer .

Sus pasos cortados, de igual movimien to , Curioso el oido se esfuerza en o h , Y al a lma me l l e g a n , y v a el pensamiento Su ingra ta jo rnada queriendo seguir.

Les veo subiendo peladas colinas, Ba ja r al p a n t a n o , cruzar el f a n g a l , Y en sangre t iñendo sus piés las espinas Del áspero abrojo y el seco zarzal.

Mañana en la ruda sangr ien ta ba ta l l a Caerán los más fue r t e s del plomo al r i go r ; ¡Sus miembros astillas ha rá la m e t r a l l a , Con hórr ido estruendo y en ronco f r a g o r !

Los pechos nervudos que alientan fornidos Caerán en la lucha rabiosa y febr i l , Regando de sangre los campos floridos Que encharca la horr ible cont ienda civil.

De tan tos que escucho marchar presurosos, Si vuelven, á verlos sus madres irán ; ¡Vendrán muchos menos , los ojos llorosos Querrán encontrar los y no los verán !

Las caras que adus tas , severas y rudas Resisten marchando del t iempo el r igor , De huér fanos tristes y madres y viudas Anuncian el hondo y eterno dolor.

Marchando se alejau en pos de la g u e r r a , Mañana á estas horas l lorando es tarán , ¡La pat r ia sin sangre , sin brazos la t ierra , Las madres sin h i jos , los hi jos sin p a n !

¡ No impor t a , adelante! ¡ luz b r inda el camino,

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Del mundo son ellos la guarda y sos ten ; • Que cumplan es fue rza su noble des t ino , L a patr ia les pide que glor ias le den !

Que en ansia de gloria su peclio se inf lama Declara en su marcha su bélico ardor. La guerra los p ide , la pa t r i a los l l ama , ¡Ni hay más noble empleo n i empresa mejor !

Ya amengua el sonido del paso cor tado, Se e x t i n g u e , se a le jan con ráp ido andar , Ya le oigo á lo le jos , i g u a l , compasado, T e n a z , sos tenido, d i s tan te , sonar.

L a men te conserva sus g ra tos rumores.... . Aun suena el d is tante monótono són.

¡ Señor ! ¡ Que les o iga volver vencedores! ¡ Su sangre es la mi a, la pa t r ia ellos s o n !

1874,.

XLIV.

LA CONFESION.

El confesor me dice Que no t e quiera, Yr yo le d i g o : ( ( ¡Padre , Si usté la viera!» (1) .

Dice que tus amores me vuelven loco, Que á mi deber no at iendo, que duermo p o c o ;

(1) Copla p o p u l a r .

Dice que nuestras muchas conversaciones En la aldea fomen tan murmurac iones ; * Dice que no quererte fác i l me f u e r a ;

Y yo le digo : «¡ Padre , Si usté la v ie ra !»

E n vano le aseguro que eres tan p u r a , Que hay que rezar delante de tu hermosura ; Que eres gent i l y airosa cual la azucena , Que nacen en tus labios nardo y v e r b e n a ; Que son l luvia do Mayo t u s blondos rizos Y que vivi r no puedo sin tus hechizos. Él me dice m u y fosco : «Que es g ran quimera. »

Y yo le digo : «¡ Padre , Si usté la viera!»

Confesando que el a lma tengo en tus ojos, Me di jo el pad re cura con mi l enojos, Que un pecado t an g r a n d e no perdonaba, Y que si t e quería me condenaba . Yo entónces en amante dulce ar rebato , Del pecho en que le llevo saqué un r e t r a to ; Y el cura al ver t u imágen, luz y a lma iüia, Contemplándola absorto, se sonreía. «¡ Ésta sí que ref le ja santos amores!» ¡ Creyó que era la Virgen de los Dolores! «No hay como ésta n inguna , ¡ qué luz des te l la! Y yo l e di je entónces : « ¡Pues ésta es e l l a ! » Olvidado y a el cura de su corona, Dijo abriendo los ojos : «¡ L inda p e r s o n a ! » Si es buena cual hermosa , ¡ que en paz t e quiera

Y yo le d i j e : «¡ Ay, Padre, Si usté la v ie ra!»

Octubre d e 1871 .

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XLY.

Á LA MARQUESA DE SANTIAGO.

¡ Si yo un h i jo tuv ie ra Blanco, rubio , con ojos muy ra sgados , Y que se sonriera Miéntras su madre y yo del m u n d o aislados Cantáramos al borde de la c u n a , Ya no quisiera yo mayor f o r t u n a !

Esto pensaba , viéndome soltero, En las noches do Enero , en que a ter ido Al volver del g r a n baile, con el a lba , Me tendia en mi lecho f emen t ido Pues ta la mano en la naciente calva . ¡Cuántas , cuántas pasé mirando al techo Horas e ternas en desierto l echo!

Yo entonces recorr ía Los recuerdos del baile ó de la org ía , Las impresiones en monton del día Y el temor del s igu ien te , Que hab ia de pasar en t re la g e n t e , Visi tando señoras , Fomen tando amis tades ten tadoras , Comiendo en el hotel ó en el cas ino , Gastando "un dineral en pan y en vino Y en guisotes m e n g u a d o s , T a n mal servidos como bien p a g a d o s ; Vis t iéndome tres veces ; Yendo al teat ro á celebrar sandeces Y á sen ta rme de espalda al escenario Pa ra mirar con sin igual descoco A la l inda mi tad de un mil lonario,

.«¡ Si yo tuviera un h i jo !» Es to pensaba y o , y hab lando in mente; Con este pensamiento s iempre fijo, Recordando el pasado y el p re sen te , Pedia u n porvenir á mi v e n t u r a , Viendo en mi corazon n e g r a amargu ra • Porque yo padecía Nos ta lg ia de un estado d i f e r en t e ; Porque la l iber tad , con serlo, has t i a 01 no le da calor la t i ranía De un lazo de cariño pe rmanen te .

¿Qué m e impor tan á mí ni el sol , ni el cielo, Ni el aire f resco en r iguroso estío, Ni el di latado suelo Que holla mi p l an t a y que contemplo mió , Porque nadie mis ímpetus domina , Ni esclavo soy de obligación n i n g u n a ,

TOMU ili. 4

Que me tendr ía con sus guiños loco; Aprovechando entero el intermedio, ' Yendo al palco de al lado y al de enmedio A ver a la condesa ó la duquesa Y á decirles piropos de cumpl ido ; Acabado el t e a t ro , ir á otro nido A tomar dulce té con las a m i g a s ; Urdir de amor diabólicas in t r igas ; Murmurar sotto voce; I r al Veloz á completar la noche , J u g a r al Baccarrat; perder cien duros , Cenar f r í o á las t r e s ; pasar apuros P a r a hal lar al sereno Que me lia de abrir la puer ta de mi casa, Con un f r í o g lac ia l que me t r a spasa , Y volver á encontrarme, solo y harto, Desierto el lecho y sin calor el cuar to !

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Si sólo al fin mi corazon decl ina • Feliz sin d icha y rico sin f o r t u n a ?

Mecían una c u n a , En esas noches de Diciembre f r i ó , E n un cuar to que liabia sobre el m i ó ; Y s iempre que á dormirme comenzaba , Oia que sonaba Lá cuna do m a d e r a , Can tando un vil lancico una n iñe ra , Con voz sentida y persistente empeño De da rme envidia y de qu i t a rme el sueño .

¡ Con qué a f a n me casé, querida hermaua Tú no sabes aún todo lo entero Del sí que di cuando á la f e cr is t iana Respondí en el a l tar aquel «¡Sí quiero !» Y á no haber sido por mover la r isa De los oyentes y la cur ia t o d a , Debí añad i r : « Y quiero y me precisa , Si h a de valer mi boda, U n niño rub io , que al cumplirse el año , Me recompense del soñar de antaño.» ( P e r o este asunto, que á tu a lcance fio, No era asunto del c u r a , sino mió.)

Y hénos aquí que en el amor del f u e g o Fundiendo amantes el feliz ca r iño , L a noche l a rga en plácido sosiego _ Jun tos pasamos contemplando al n iño. E l l a le mece, y con amante anhelo Yo invento coplas y en su faz respiro , Y en el va ivén de la c ru j i en te cuna Es b lando arrullo el maternal suspiro Dormido al dulce susurrar del can to Sonríe acaso porque yo le velo;

¡Tiene mi niño misterioso encanto Rubio como los ángeles del cielo!

Ayer mi solo a f an era tenerle. «¡Si yp un hi jo tuviera!» Hoy mi solo temor es y a perderle. ¡ Ay! ¡ Si se me muriera !

5 F e b r e r o d e 1873.

X L V I .

NUEVO U I J O .

¿Apagados tus ojos tan serenos, Y tu r isueña faz en sombra envuel ta , Y en desaliño la sin par copiosa De rizos blondos cabellera suelta ? En tu pálido rostro, ayer rosado, De insomnios hay reveladoras hue l l a s ; Las rosas do tu tez se han marchi tado Y hoy brotan lirios-donde f u e r o n ellas. Nido buscan pesares pasajeros De tus pestañas á la dulce sombra : Tus perezosos piés, ayer l igeros, Hunden las flores de la b landa a l fombra . iodo me anuncia en tí dolencia grave ¡ Y alegre mi alma está porque la sabe !

Y es que después del l lanto derramado, Y en tantos meses sin cesar ver t ido Por aquel hi jo mió idola t rado, 1 ara siempre ¡ay de m í ! desparecido,

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E n tus pupilas, que el amor d i l a t a , Brilla una luz que el a lma me des lumhra , Y en nuestro hogar , t r as el pesar que mata. Naciente sol de bienestar a lumbra . Es que en tu sér un sér sus alas posa; Su vida en el misterio está ve l ada , Y al present ir su aparición dichosa Yo aspiro y a su aliento en t u m i r a d a ! Su sonrisa en t u s labios h a bro tado ; Su al iento es y a t u m a t e r n a l suspi ro , Y al aspirar t u al iento pe r fumado , J u n t o á mí m e parece que le m i r o . No existe, y yo le l lamo noche y d i a ; T a r d a en venir , y su l l egada imploro ; Que es el sér de tu sér, y es a lma mia , ¡Y no h a nacido aún, y y a le adoro 1

Dic i embre d e 1873.

X L V I I .

Á J Ü A N J O S É H E R R A N Z .

Tengo en casa desde n iño U n Saturno en blanco yeso , A cuya efigie profeso U n ent rañable cariño.

Del t iempo la seca faz , Aun s iendo cual es men t i r a , Con t a n raro a f an me m i r a Que n u n c a m e de ja en paz.

Siempre h a sido en mis dolores Alivio de mis placeres , Fr ió juez de las mujeres Y censor de mis amores.

Yo leo en su f a z amiga , Con cuya dureza lucho , Pa labras que siempre escucho Aunque él n u n c a m e las diga.

Cuando niño enamorado Volvia á mi hoga r su f r i endo , É l me miraba d i c i endo : —Ya sé lo que te ha pasado.

Y al ve rme sencillo a m a n t e " Llorar mi pena amorosa, Con sonrisa cariñosa Decia s iempre ¡ adelante !

Y a más h o m b r e , medi taba Sobre otro amor que sent ía , Y él entonces me dec ia : —El más firme amor se acaba!

H o y , cuando en mi soledad Me oye hablar de una m u j e r , Dice olvidado de a y e r : —No la creas ; no es v e r d a d !

Ayer, su faz bondadosa Me an imaba en toda empresa , Y solía decir ; esa Es pobre, pero es h e r m o s a !

H o y el yeso t into en cobre, Ya por los años c a m b i a d o , Me dice más reposado ; Es hermosa pero es pobre !

Un t iempo f u é mi defensa Del amor en la pendiente ; Ayer m e decia i s iente!

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H o y suele decirme ¡p iensa! Se van los años vo lando ,

Y el t iempo f r ió y mudab le V a con a f an miserable Mi corazon marchi tando.

Y de mi error al salir, Viendo que es vano pensar , Que un tosco yeso ha de hablar Y hacer á un a l m a suf r i r ,

Me h a n dicho las canas mias Que no es él quien me Confunde, Que es la edad la que me i n f u n d e Todas es tas picardías!

XLVHI.

Se cayó su pañuelo de enca j e ; Y corriendo en confuso mon ton , A cogerlo á la vez f u i m o s t odos ;

¡ Logré alzarle y o ! Y al mi ra r su graciosa sonrisa,

Y al mirar á los otros, s u f r i r , Y al sentir en mi mano la suya. . . .

Fe l iz sonre í ! Otra vez su bordado pañuelo

Ayer vi que caer se de jó , Y otra vez á cogerlo van muchos.

Y el ú l t imo, yo. Y al notar cuán amable sonr íe ,

Y al mirar á los otros su f r i r ,

Y al mirar al t r iunfante gozoso, También sonreí.

XLIX.

VECINO CURIOSO.

Allí e s t á ; del balcón entornado Veo luz t ras el terso cr is ta l , Y á través de la blanca cortina

{La veo rezar.

¡ De rodillas y al cielo los ojos! Tal vez busca á sus penas la paz, Largo el rezo y fe rv ien te parece

¿Por quién rezará? Ya acabó; de su lecho en la a lmohada

| Un objeto la miro buscar ; ¡ Una ca r t a ! Sentada en su lecho

Leyéndola está. Se sorprende; y a dobla la h o j a ;

i Te rminó ; y a la vuelve á empezar ' Y se anubla su f r e n t e serena

¿Quién le escr ibi rá? i El papel otra vez ha escondido | Pensat iva quedándose está ; ! Se levanta, se acerca á l a mesa

L a veo buscar Una carta á escribir ha empezado,

Que in ter rumpe de l lanto un raudal | ¡ Una o arta en que lágr imas vierte!. . . .

¿ P a r a quién será?

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¡ Oh cuán bella en su l lanto la admiro Y en su amante infel iz soledad Al espejo mirando llorosa

Su pál ida f a z 1 Ya del pecho se arranca las flores,

U n clavel se la ve deshojar , Y otra vez á su l lanto se en t rega

¿Por quién l lo ra rá? Suelto flota abundante el cabello ;

L a ancha ba ta despréndese y a , Así Vénus al mundo aparece

Surgiendo del m a r ! Sobre el lecho cruj iente se arroja .

Ya no hay luz. ¡ Oh ven tura f u g a z ! ¿Dormirá? T a l vez sueña Dios mío. . .

¿Con quién soñará ?

L.

VALS.

A José Casares.

Cifiendo mi brazo su lánguido talle, Rozando mi f r e n t e su rostro gen t i l , Vertiendo sus ojos br i l lantes destel los,

Mirándome en ellos Mil veces y mi l ,

Del vals que empezaba pensando en los g i ros , Sintiendo en mis labios sus hondos suspiros, Con voz presurosa y amante y ca l lada

Le d i j e : Te adoro, Con ánsia febr i l .

Y v iendo en sus f rescas mej i l las de rosa bu santa inocencia bri l lar pudorosa Mirando su f r e n t e la t i r temblorosa

Y el cándido seno . . 'Latir de emocion;

Sint iendo á iftis labios el a lma asomada Y a impulso invencib le del a lma extasiada, r u n d i e n d o en la suya mi aman to mi r ada ,

¡ Rompió la a rmonía Y habló el corazon!

Tu eres la esperanza que a l ienta dichosa, £ u eres el ambien te que impregna mi sér ; i u eres el efluvio de luz mister iosa , Tu eres el a r o m a que br inda al placer .

Para t í derraman f r aganc i a s las flores, 1 ara ti es el canto del a ire al v a g a r ; £ a i u t l

Je n l a s o n d a s ( l u e e a n t a n amores,

l e bordan encajes las a lgas del mar . Brilla en tus pupi las f e que al ienta y salva

Brota en tus mej i l las el f resco clavel , Nacen en tu f r e n t e las t i n t a s del a l b a , 1 anal son tus labios d e . r o s a y de miel .

En tarde serena las nubes le janas Ext ienden cal ladas su espléndido tul Y en blancos fes tones de mil filigranas Descubren del cielo la a tmósfera azul.

Así al escucharme t emblando vac i l a s : i u f r en te serena se anubla f u g a z : iQue bri l le en tus castas y f r e sca s pupi las L a t e que t e anuncie la ca lma y la p a z !

No tu rbes medrosa tan plácida calma ~ Con t ímidas nubes que el a lma en tí v e ; Mi amor te asegura las dichas del alma ;

Page 59: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

1 Sé tú la esperanza, que yo soy la f e ! Te sueña en sed ardiente la mente deseosa

Y el corazón sediento t e busca con a f a n , Y br indan tus pes tañas la ca lma venturosa Que d a en sus verdes ho ja s el plácido arrayáu.

Aspira en tí el deseo aromas tentadores Rivales del in tenso p e r f u m e embr iagador Que al espirar la t a rde vagando entre las flore: Esparce el bosque umbroso, del viento en eli

Mi a tmósfera es tu aliento, tu l lanto mi rocí Y en mis ensueños vagas, espír i tu ideal , Lángu ida cual los blancos nenúfares del rio, Dulce como el sonido del fresco manant ia l .

Las ondas misteriosas que tus suspiros crea Repi ten sus encantos, como en rumor sin fin; Los céfiros amantes que el f resco val le crean Las dulces armonías del au ra en el j a rd ín .

Yo soy el eco De tus suspiros Vivo á la sombra Que hace tu luz, Tú eres quien crea Mis pensamien tos ; Lo que y o. canto Lo inspiras tú.

E n los ensueños De mi esperanza ^ Todo tu imágen Me br inda á ver. La luz tus o jos , T u voz la b r i sa , Y el aire vago T u a m a n t e sér.

Y al ex t ingui rse Los resplandores

De la luz vaga Crepuscular, E n los aromas Que dan las flores, Tu aliento t ibio Siento cruzar.

Y en los murmurios del bosque umbroso Y en el doliente Són que jumbroso Del rumoroso Rio al sonar.

Y de las flores en las corolas Y en los mil besos Que da en las olas Con aureolas Que borda el mar,

La casta l una , dulce y callarla Con luz pres tada De t u mirar .

Ingéni to en mi v ida Mi amor en tí esperaba , Decírtelo era f u e r z a , Ta rdaba la ocasion.

L a espléndida armonía Del vals me dió su amparo , Br indando á que sus cárceles Rompiera el corazon.

Si adversa la f o r t u n a De hoy más nos a l e j á r a , Si airado mi dest ino Nos vuelve á s epa ra r ,

Sábelo : donde quiera Que alientes ven tu rosa , Los ecos de mi acento Te irán á acompañar .

Page 60: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

Si las t empranas flores Te br indan gra to a r o m a , Di entónces que en m i al iento Alma y calor les di.

Si ves que se march i t an E n t u albo y f resco seno , P iensa que amante y solo Lio rando estoy por tí .

Si a l ientas ven turosa , No pienses en mis p e n a s , Que yo, v iéndome alegre, T u bienestar sabré.

Y si el dolor t e ab ruma , Cuando el pesar te afl i ja Suspira y d i mi nombre , Que al punto acudiré .

L a dulce melodía Se ex t ingue perezosa; De ja r t e es y a preciso Con el postrero són.

¡Consérvalo en t u oido Cual yo, que miént ras viva, Como la imágen t u y a Lo impr imo al corazon!

Y al dar la ignorada benéfica mano L a nota postrera del vals en el piano, Soltando su ta l le que a m a n t e cefiia,

Mirando su hermosa Mortal pa l idez ,

Con voz apagada y ansiosa y temblando, Con vida y con a lma su amor implorando , Sintiendo el cabello rozando mi f í e n t e ,

Callado un te adoro La d i je o t ra vez.

Y entónces, al da rme su voz a p a g a d a

Con dulce sonrisa respues ta cal lada, Palabra medrosa deprisa l anzada

Que en júbilo inmenso Mi pecho inundó,

Brillaron las luces cual astros del día, Nació esplendorosa la r ica poesía, Llenóse el ambiente de e terna armonía. . .

¡Y en su a lma y la mia L a v ida surgió!

L I .

EL PASAPORTE. — A ROSA.

Á Franc ia v a s ; si el pasaporte quieres Yo te lo puedo dar

Tan exacto y t an fiel, que nadie dude Rosa, de que eres t a l .

Rosa d i rá en el f ren te ; el aduanero Al ver te pensará

Que si las rosas cont rabando f u e r a n Él no quisiera más.

T u edad ta l vez le de ja rá dudoso, Que en el mundo al ent rar

Tienes, rosa t e m p r a n a , l a hermosura De esp léndida be ldad .

Las señas te pondré bien detal ladas; N i n g u n a fa l t a rá ;

De memoria las sé, y una por una L a s voy á enumerar .

Ojos; negros , t ra idores , asesinos!

Page 61: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

Mas... ellos pasa rán , Que al verlos, el gua rd ian de la frontera

-Débil sucumbirá . • Frente; s e rena , como el a lba pura

Boca; como un panal Uonde en ámbar y miel nacen claveles

Que f resco aroma dan . Color; como las blancas azucenas

i>el alba al despertar . F e l o ; de igual color al que en las mieses

us ten ta s in igual La rubia espiga que en doradas haces

Al sol se ve bril lar . Estatura; la pa lma c imbradora

Que al viento besos da, • h U l á n g i ' W a esbeltez presta á su talle

i al vagoroso andar . venas particulares; unas manos

Que al mármol celos dan, unos piés diminutos y embusteros

Que al suelo hacen mirar . El corazón, sencillo y candoroso

Ü1 alma, celestial, u n a melancolía misteriosa,

Que atrae sin cesar. Que nadie ponga impedimento al viaje

bvn motivo especial Dice el papel, y y o presiento, nifia,

Que har to motivo habrá, l o r q u e , al ver te corriendo por el mundo

i naciendo tanto mal 1 esos ojos que las a lmas rinden.. .

¿Quién no te de tendrá? o r % R e ? Pasaporte te conceden,

i-u v ia je s igue en paz,

Mas si yo f u e r a Rey... t e lo aseguro, ¡No t e dejo m a r c h a r !

LII.

No esperes nunca el perdón Que yo no t e puedo dar ; Vano es que finjas l lamar De nuevo á mi corazon.

Me heriste, y aunque hoy me ofrece T u f r a n c a amistad la mano, Ni el t iempo en mí pasa en vano, Ni la memoria envejece.

Dura, de lumbre ostentoso Con luz clara y des lumbrante , El espléndido br i l lan te Que al t iempo vence orgulloso.

Dura, siglos el por tento Que gótica arqui tectura, Labró en ancha piedra dura Y en f u e r t e y hondo c imiento .

Dura y á los siglos queda, Pa ra memor ia adorada, El hierro en gloriosa espada Y el oro en rica moneda .

D u r a en eterna memor ia Cuanto el hombre alt ivo quiere, Débil papel, que no muere Si acredi ta herencia ó gloria.

D u r a el árbol secular,

Page 62: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

Resiste al t iempo la torre Y no hay envidia que borre Nombre que debe quedar.

Pero es de .más duración, P u e s á la t u m b a nos s igue El recuerdo que pers igue Al her ido corazon,

Y no hay lenitivo al daño Que hacen con her ida intensa, La memoria de una o fensa x el dolor de un desengaño!

L U I .

A C A M P O - A R A N A .

Creer, pa ra suf r i r el desengaño-boñar, para llorar cuando despierto, Buscar la dicha cual remoto puerto, Que nunca abordo, por dest ino extrkño.

S e m b r a r e ! bien y cosechar el daño, Ueja r lo fijo por seguir lo incierto:

F i e L S T P K - C e r C aJ

y á m í s P ¡ é s C i e r t o M ancho abismo de amoroso engaño : Batal lar con mi suer te rencorosa. Ocultar del dolor la eterna her ida, bent i r ci ar te y respirar la prosa x ver mi tr iste juven tud perdida, l a l es, en suma, mi existencia hermosa: i x a esto l laman vivir... y ésta es la v ida '

L I V .

i L U I S V I D A R T .

Expl icando u n a ta rde anatomía U n sabio profesor

Del corazon á sus a lumnos daba P e r f e c t a descripción.

Anonadado por sus propias penas L a cá tedra o lv idó;

Y á r iesgo de que loco le creyeran, Con al terada voz

«Dicen, señores, exc lamaba pálido, Que nadie consiguió

Vivir sin esa viscera precisa. ¡Error, extraño er ror!

H a y un sér de mi sér, una h i j a mia Que ayer m e abandonó ;

¡Las h i jas que abandonan á sus padres No tienen corazon!»

Un estudiante que del aula oscura Se ocul ta en un r incón,

Miéntras los otros asombrados oyen T a n público dolor,

Sonriendo á un amigo y compañero Le di jo á media v o z :

¡Piensa que á su h i ja el corazon le fal ta. . . Y es que le t engo y o !

Page 63: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

LY.

Era una amanto y desdichada esposa,. Y en fuerza de sufr i r ,

Pensando del esposo en el desvío, Sentíase morir.

De todo sospechaba, aunque no v ie ra Ni sombra de v e r d a d ;

Y f an t a smas creando, sollozaba En t r i s te soledad.

Tenía , por for tuna , una piadosa Constante a m i g a fiel,

Con quien á solas comentar solia Lo que pensaba de él.

Ve in te años h á que viven como hermanas ; Vecinas s iempre son ;

L a esposa devorada de los celos, Le abre su corazon.

— Tal vez en este ins tante está con otra, S iempre diciendo está.

— Al fin, dice su amiga , t an ta s dudas E l t iempo borrará.

— Me dice el corazon que otros amores Le apar tan de mi a m o r ;

— Temores vanos y delirios locos De imag ina r io error .

—¿Será Isabel la que en l a noche inqu ie t a Le p r iva de dormir?

— ¡ H a y t a n t a s cosas que el amor no entrañan Y t a n t o hacen s u f r i r !

—Será la hermosa y f r ivo la Susana, Que á todos da ocasion...

—¡Ya tu esposo ad iv ina que esa pobre

No t iene corazon! —Aurora entónces es, que en voz muy ba j a

Siempre le suele hablar . —¡Si delante de tí le habla-en secreto

No hay tal dis imular! —Será Dolores, que en sus verdes años...

—¿Quién ama la vejez? —Será la novia á quien vencí soltera...

— ¡ H a y tal insensatez!... —Será la rubia que en el baile anoche...

—Ya tiene an t i guo amor. —Ó la morena de rasgados ojos...

—¡Error, eterno error! — Si será la que ayer... —Piensa, h i ja mía,

Que har to dudas te ya. —¡Oh no! Mi corazon jamas me engaña.. .

Dios mió, ¿quien será? En esto en t rando el descamado esposo

L a f rase interrumpió, Y ella, porque llorando no la viese

Corriendo se marchó. —¿Qué sucede? p regun ta temeroso

Y en tono s ingular . Y la amiga r iendo le responde :

—Que busca sin ha l la r . Sospecha al fin... descolorido e x c l a m a :

Y ella responde: — Sí. De todas t i ene celos... Piensa en todas.. .

¡Y nunca piensa en mí!

Page 64: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

L Y I .

Ayer cuando á mi lado un mundo hallabas De amor y de v e n t u r a , Al cabo de seis horas exclamabas ¡Cuán poco el t i empo d u r a ! Y al ver que de par t i r tenía pr i sa , A m a n t e y las t imera Decias con dulcís ima s o n r i s a : j Aun es t emprano! ¡Espe ra !

H o y ménos breve el t i empo t e pa rece , Más largas las ses iones , Que es tr iste v e r , cuando el amor decl ina

• Cambiar las estaciones. L a s horas cuentas del reló vecino ; D a seis y oyes t ú s i e t e , Y dices enseñándome el camino : ¡ E s y a m u y t a r d e , v é t e !

¡Oh corazón , que aumentas y qne acortas h a s lloras ayer dulces , hoy a m a r g a s ! ¡Cuando el amor empieza son m u y cortas, Cuando el amor acaba , son m u y l a rgas !

L V I I .

Á DNA COQUETA.

Oye : te voy á contar Un ínt imo sen t imien to ,

Y si apl icas b ien el cuento Mi pena podrás calmar .

Via jando una vez á bordo De u n vapor con rumbo á Oriente Me enamoré c i e g a m e n t e , Y á toda prudenc ia sordo , De una v i a j e r a a lemana A quien por desdicha mia Siempre á mi lado tenía Por t a r d e , noche y m a ñ a n a . Y aunque ella no me f u é esqu iva , Ni era i ng ra t a á mis carocas (Que e r a , como he vis to pocas , De r isueña y expresiva) ; F u é nuestro amor humo v a n o , Y f u é inúti l nuestro a f a n , Que ella hab laba en aleman Y yo hablaba en castellano. Sonrisas que se c ruzaban , Miradas que se p e r d í a n , Flores que iban y venian Y canciones que volaban ; N a d a podia igualar Por expresivo y sincero Al idéntico « t e quiero » Que queríamos cambiar . Muy fáci l nos f u é el o lv ido , Pues n i u n a f r a s e c ruzamos , Y al cabo nos separamos Sin habernos entendido. ¡ A y ! Pero aquel f u é pesar Que al fin tenía su encanto , Y no lo sentí yo t an to Como el que tú me has de dar . Porque á t í , que en dulce f r a s e

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De tu id ioma, que es el mió , Te pinto el amor que ansio Que el duro pecho t raspase ; A t í , que con tal verdad T e hablo y finges comprenderme, Cuando crees responderme Con igua l s inceridad. . . A tí j amas t e se a lcanza L a diferencia que existe E n t r e mi cariño t r is te Y tu r i sueña esperanza. Tú amas pa ra no olvidar Tus hábi tos de m u j e r , Y yo porque h a y en mi sér La necesidad de amar . Tú con f r ivo la pasión Haces á mi amor a g r a v i o s , Y es que tú a m a s con los labios Y yo con el corazon. Es ta sí que es pesadumbre Y mal que temo no a t a j e , Ni la igua ldad del l e n g u a j e , Ni el t i empo , ni la costumbre. — ¡Busca otra a lma que vencer Y agosta nuevas pas iones , Que nuestros dos corazones No se pueden entender !

LV1II.

Á CAMPOAMOR.

Esperando al cartero en la ven tana Durante un año , la sensible Inés , Con l luvias , y con f r íos y calores, Constante esclava de sus pasos fué . •

Todos los dias le t ra ia c a r t a , Siempre salia á conversar con él , Y á suplicarle t ie rna y cariñosa Que volviese más pronto á la o t ra vez.

H u b o en la casa boda , y el cartero Cesó cartas amantes de traer ; Al año un la rgo v ia je hizo el esposo... Y solia escribir... de mes á mes.

Un día que el cartero la escalera Vió á Inés b a j a r , sin reparar en él , Le f u é á dar una ca r t a , y ella d i jo , Déjala arr iba ; la veré al volver.

Murmurando el cartero de la v i d a , I ba diciendo con amarga hiél : ¡La mitad da las car tas que se pierden...

Se deben de pe rde r !

LIX.

¿ Cómo te podré pintar Lo que comienzo á sent i r ,

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— 90 —

Si_ n i tii lo vas á oír Ni yo he de poder h a b l a r ?

A u n q u e la elocuencia sobre Guando el a lma se extasía, La pa labra es t o r p e y f r i a , X el h u m a n o id ioma es pobre.

J o r q u e cuando dos que son Uno m i s m o , en sordo a f a n J u n t o s y solos están Y se miran con pasión,

Al pmta r lo que desean Ojos y almas los desmienten * h a y secretos q u e se s ienten Ca l l ando , y se saborean.

Lást ima de t iempo y voz Que tu rben la d icha mia , Cuando en dulce compañía Pasa el t i empo tan veloz.

Déjale pasar corr iendo, n J f i C o r r e r a l a n d o ,

I ca l a , que te estoy mi rando! I JNo hables , que te estoy oyendo '

CnntT f ° ° y 0 , n d o l a m a r c i a l cha ranga Con que a t ruena la calle el bata l lón, g

De noche al escuchar sobre la acera

— 91 -

La espada de las piedras al her i r , Temblando y presurosa las cor t inas Solias en t reabr i r .

Hoy cuando alegre la charanga suena Y retiembla á sus ecos el cr is tal , Las maderas entornas temblorosa Y rompes á llorar.

¡ Ay, nif ia, los amores del soldado Refleja en la cha ranga el b a t a l l ó n , Suena á lo lé jos , l l e g a , b r i l l a , p a s a , Se pierde el eco , y se conserva el son!

L X I .

A LA CONDESA DE LAS ALMENAS.

Ibamos jun tos , en la rgo v i a j e Arrel lanados en u n v a g ó n , Hácia la sierra de Andalucía

R o m á n y yo. Román soñando dichas y amores

Con que le br inda su j u v e n t u d , Yo de la ta rde saboreando

L a t ibia luz. Frente á nosotros una v i a j e r a ,

De azules ojos y blanca tez , Siempre esquivando nuestras miradas

Constante fué . . Llevaba en brazos sobre la fa lda , Durmiendo en ella sueño f e l i z ,

Page 67: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

Un niño rubio como los ángeles Deben dormir.

Román c lamaba con ánsia loca Contra tan r a r a , terca esquivez : Mis ojos sólo mi ra r sabian

Al nifio aquel . Li la escuchaba mal de su g rado

Nues t ra indiscreta conversación Contraste extraño de di ferentes

Ansias de amor.

M i i í S ? q u é ' l e r m o s a — d i j o mi a m i g o , Mi.a que m a n o s , mira qué pié. Yo contes taba : - Mira eso niño

j Que hermoso es! Si M ! ! 8 - g U Í i í : ~ V é r t í « ó ciento ; M<>me ro1ra.pIeI^K>morir;

-Niños asi!... J l . - D i e r a el alma por serle g ra to

- S , me mirase sólo una vez ' yo : - Si el niño me diera un beso

i Que más p l a c e r !

— , X o Sólo veo que el nifio rubio Me mira á m í !

F , d U S C l * r 0 S ° j o a l i n d a n serenos F.rrnes pasiones, dulce bondad. W o ' J° s , ,d ,e l m e « son más azules.

¡ y u e hermosa p a z '

- E l niño tiene las manec i t a s ' b o g a n d o á Dios,

ü-n esto el coche paró de p ron to ,

Sonó el temido t imbre f a t a l , Y la viajera se disponía

Pa ra marchar . Román al paso le hizo un saludo,

Sin que lográra contestación ; Yo al niño entónces besé , y la madre

Me sonrió. Santa sonrisa que vió mi amigo

Con inquie tud . ¡ Ah , torpe y c iego! le d i j e al pobre

¡Qué sabes t ú ! Par t i r la vimos por un sendero

Por donde el niño soltó á correr. Yo d i je entonces : ¡ ánge l , te adoro! Román gr i t aba . ¡Salve, m u j e r !

J u n t o s caimos mal humorados E n los rincones de aquel wagón , Y al par ahogamos distintos gri tos E n lo p ro fundo del corazon.

Soñando f u i m o s la noche e n t e r a ,

tfiando fu imos has ta Madrid : l— ¡Si me a m á r a ! — Yo : ¡ quién tuviera

Niños as í !

L X I I .

ANTE LA INCLUSA.

El león con ser león Adora su p rop ia sangre ; Y el chacal con ser chacal

Page 68: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

No v ive sin sus chacales. Defiende el t i g r e á sus h i jos , L a pan te ra es t i e rna m a d r e , Los bui t res de las montañas Amorosos nidos hacen ; Y los hombres con ser hombres H a n hecho una casa g r a n d e , P a r a a lmacenar los niños Arrojados á la ca l le!

• 3 "

LXIII.

Á B E L G A S .

Una n iña de un m e s , y una señora Que ochenta Abriles vió lucir floridos, Se mur ie ron ayer en una hora De ataques cerebrales parecidos.

Morir las v i ; y el a lma no alcanzaba Cuál de las dos mejor se despedia ; Pero la anc i ana , al e sp i ra r , l loraba, Y la n iña , al mor i r , se sonreía.

L S I V .

Dijo á la esposa un amigo L e a l ; t u esposo te engaña ;

Y ella le d i j o , ¿hay tal maña ? ¡ No t e divier tes conmigo! U n mentiroso enemigo E n anónimo papel Le di jo : t u esposo infiel T e engaña ; y ella creyó, Y al esposo aborreció Y no vivió más con él.

Esto da po r norma cier ta Que está más acred i tada La fa l sedad embozada Que la verdad descubier ta . V iva el corazon alerta Y aprenda á oír l a pasión ; Que en el m u n d o al corazon H ie ren , si bien se r e p a r a , Las verdades cara á c a r a , Las calumnias á traición.

L X V .

LA VÍRGEN DEL PILAR.

(Á mi hijo Ángel.)

Hay á orillas del Ebro , g lor ia de España, Un pilar tosco y rudo , ¡ san ta b a n d e r a ! El rio con sus ondas el pi lar b a ñ a Y le adoran los pueblos de la ribera.

Der rama en torno Rayos d iv inos ;

Page 69: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

En él descansan Los peregr inos ,

Y al ieutan los que l levan, puestos de hinojos Dolores en el a l m a , l lanto en los ojos.

En él aposentada de noche y dia Está la inmacu lada Virgen Mar í a ; A verla van los reyes y los pas to res , Por ella t ienen cantos los ruiseñores ;

Fru tos el v a l l e , Luz el ambiente , F lores el campo

Y a g u a la f u e n t e ; Y por e l la , los h i jos de aquel la t ierra í u e r o n s iempre dichosos en paz y en guerra

Lucían de mi v ida las a lboradas , Y eran dulces los sueños en que d o r m i a ; Mi sueño acariciando con sus mi radas Me arrullaba en sus brazos la madre mia ,

Y murmurando T ie rnas canciones , Me f u é enseñando Sus devociones ;

«La Virgen de los niños es protectora , Cuando los niños m u e r e n , suspira y l lora.»

Al templo me l levaron de la ribera * an te el pi lar bendi to con embeleso, A rezar me enseñaron con f e sincera Y adorar en la i m a g e n , dándole un beso.

Por cada beso Que allí p o s a b a , Ciento en mis labios Mi madre daba.

¡Cuida , señora , el ángel de mis amores, H a z que sea su vida senda de flores!

Pasaron muchos dias que hicieron años

Y sufrí de la v ida las a m a r g u r a s ; Anublaron mi f ren te los desengaños , Trocáronse las dichas en desventuras .

Y ansiando dias De b i enandanza , L a Virgen pura Fué mi esperanza,

vi Virgen, en cuyos ojos el cielo m i r o , Mírame, que de hinojos l loro y suspiro.»

Siempre de la p l e g a r i a brotó consuelo, Y un ángel en la t ierra mi a f an ca lmando , Mensajero dichoso del b ien del cielo, Mis amargos pesares f u é consolando.

Y t ras los hondos F ieros dolores Siempre lucieron Dias mejores.

¡Virgen, á cuyo amparo mi mente c r e a , Mil veces alabado tu nombre sea !

1 8 6 7 .

L X V I ( 1 ) .

( F A N T A S Í A CARNAVALESCA.)

Viento.

¡Oh campo yermo y pál ida l lanura De cierzos invernales a z o t a d a !

( ! ) -Fué e sc r i t a esta c o m p o s i c i o n para el A l m a n a q u e de La Ilustración Española y Americant de 1 8 7 8 , y aho ra se reproduce aqu í c o r r e g i d a .

Page 70: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

En él descansan Los peregrinos,

Y alieutan los que llevan, puestos de hinojos Dolores en el a lma , l lanto en los ojos.

En él aposentada de noche y dia Está la inmaculada Virgen Mar ía ; A verla van los reyes y los pastores , r o r ella tienen cantos los ruiseñores ;

Frutos el va l l e , Luz el ambiente, Flores el campo Y agua la f u e n t e ;

Y por el la , los hi jos de aquella tierra Üueron siempre dichosos en paz y en guerra

Lucían de mi vida las alboradas, Y eran dulces los sueños en que dormia ; Mi sueño acariciando con sus miradas Me arrullaba en sus brazos la madre mía,

Y murmurando Tiernas canciones, Me f u é enseñando Sus devociones;

«La Virgen de los niños es protectora, Cuando los niños mueren , suspira y llora.»

Al templo me llevaron de la ribera y ante el pilar bendito con embeleso, A rezar me enseñaron con f e sincera Y adorar en la imagen , dándole un beso.

Por cada beso Que allí posaba , Ciento en mis labios Mi madre daba.

¡Cuida, señora, el ángel de mis amores, Haz que sea su vida senda de flores!

Pasaron muchos dias que hicieron años

Y sufrí de la v ida las amarguras ; Anublaron mi f rente los desengaños, Trocáronse las dichas en desventuras.

Y ansiando dias De bienandanza , La Virgen pura Fué mi esperanza,

vi Virgen, en cuyos ojos el cielo mi ro , Mírame, que de hinojos lloro y suspiro.»

Siempre de la p legar ia brotó consuelo, Y un ángel en la tierra mi a fan calmando, Mensajero dichoso del bien del cielo, Mis amargos pesares fué consolando.

Y t ras los hondos Fieros dolores Siempre lucieron Dias mejores.

¡Virgen, á cuyo amparo mi mente c rea , Mil veces alabado tu nombre sea!

1 8 6 7 .

L X V I ( 1 ) .

( F A N T A S Í A CARNAVALESCA.)

Viento.

¡Oh campo yermo y pálida l lanura De cierzos invernales azo tada !

( ! ) -Fué e sc r i t a esta c o m p o s i c i o n para el A l m a n a q u e de La Ilustración Española y Americant de 1 8 7 8 , y aho ra se reproduce aqu í c o r r e g i d a .

Page 71: Soledades - Universidad Autónoma de Nuevo León

¿Qué f u é de vues t ra espléndida verdura i a l fombra enga l anada? ¡ El t iempo esteriliza y anonada Cuanto encuentra á su aleve paso e t e rno ' r a s o el otoño y avanzó el inv ie rno , m d e } c ? m P ° l a s ga las y pr imores I rocó el invierno en soledad sombría i en tétricos rumores ,

Del viento helado y de la escarcha f r í a . ¿ a l exclamaba un dia

Nublado de Feb re ro , E l poeta doliente que suscribe, i que can tando sus pesares vive .

Y harto de no encontrar f u e r a de puer tas Wi llores ni canciones E n las planicies tristes y desier tas De estas incomprensibles poblaciones, Oue otros suelen l l a m a r l a s abiertas, be ±ue a su c a s a , y á la g ra ta lumbre Del hoga r do le lleva la cos tumbre , Del hondo asiento en el rincón h u n d i d o , V íendo la lumbre se quedó dormido.

Lluvia.

Presto un chasquido que insis tente suena In te r rumpe su sueño placentero, * es el a g u a del cielo que nos m a n d a

L a l l u v i a d e O b r e r o . ¡Oh l luvia que ora escucho ind i fe ren te!

M u r m u r a bos tezando , ¡Un t iempo f u i s t e música sonora

Que oí sonar, gozando ! y u e en las horas de invierno r iguroso

La lluvia es un arrul lo cariñoso. ¡ Llueve! (dice el aman te ) ¡ Oh' qué bendi ta

La l luvia cadenciosa, Que da pretexto á prolongar la ci ta Y á ser feliz jun to á la prenda herniosa!

¡ Llueve! (d icee l marido) ¡horror! ma lhaya La lluvia inconveniente ,

Que cayendo me impide que me vaya Huyendo á mi curiosa impert inente.

, La lluvia es melodía 0 ruido de tenaz monoton ía ; Para el amor , arrullo car iñoso; Para el hastío, sonsonete odioso. ¡ Ay, dicha pasa je ra , Nube f u g a z de l luvia en p r imave ra !

Crepúsculo.

En tan to estos ayes del pecho exhalaba La tarde mor ía , la noche avanzaba Yo aguardo estas horas postreras dei dia Que el a lma me inundan de tr iste poesía, Mirando en los rojos c ru j ien tes carbones , Candentes f iguras y extrañas visiones.

El alma en sus giros y dulces engaños be pierde, y se lanza por mundos ex t raños , Y en esos momentos de sombra y de calma Yo evoco á mis solas recuerdos del a lma.

De niño á estas horas al valle volvia Mirando los rayos del sol que se hund ía , Cantando esperanzas y dichas y amores , Trayendo ú mi madre manojos de flores. La veo á la sombra del ancho madroño

TOMO X L l . 5

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Que y a deshojaron los aires de otoño ; Recuerdo la mesa que jun tos pusimos Colmada de frescos f r a g a n t e s rac imos: L a br isa y las ho ja s en dulce concierto Tías aguas del r io , las tapias del huerto ' Comparo con tedio que el a lma devora Las dichas de entónces , las penas de ahora: Y en t an to la l l ama se ex t ingue y refleja, . Se ie rgue y se humi l l a , y avanza y se alejs Su luz der ramando con plácida ca lma Y oculto misterio sembrando en el alma.

Con vuelo incansable la audaz fan tas ía Se lanza en las brumas postreras del d i a , Y salva d is tancias , y cruza los m a r e s , Y v a recorriendo comarcas y hogares . Contemplo del campo las muer tas labores, Veo á las cabafias volver los pas tores , Y al puer to acogerse del viento al empuje L a barca sin velas y el remo que c ru je . Las b lancas gav io tas en anchas bandadas Se a le jan rozando las ondas r izadas : Del val le en el f o n d o , con són f u n e r a r i o , L a esquila resuena l lamando al rosario. Allá entre la b r u m a con n e g r a guede ja Se ve el humean te vapor que se a l e j a , L levando en su seno y á cl imas l e janos , Amantes y esposos , y padres y hermanos! Ta l vez á estas horas en t r is te aposento L a esposa solloza con hondo lamento ; L a cas ta doncella con a lma dol iente Suspira en la sombra l lorando al ausente. E n mil soledades , del mundo ignorados , Se ven á estas horas loa enamorados ;

Del dia espirante la luz t ibia aspi ran , Estrechan las manos y amantes se miran.

Contando las horas el t r i s te en fe rmero , Se duerme olvidado del ay last imero. Yo en tanto en la l lama y en rápido g i ro Visiones hermosas estático m i r o ; Recuerdos que pasan de gra tos placeres , Imágenes bellas de amantes m u j e r e s ! Aquella es la sombra que en són las t imero Murmura en las noches del mes de Febrero Y en torno á mi lecho cual céfiro g i ra Y el alma sedienta su ambiente respira.

¡ Oh mes de Febrero, de eterna m e m o r i a ! Tu nombre en mi mente despierta una historia De mil carnavales el bien y a l e j ano , Me manda que cante la incógnita m a n o ;

Espíritu a m a n t e , secreto misterio , Yo canto tus glor ias y anónimo imper io!

CARNAVAL.

Era un ba i l e ; y entre el ruido De la orgía y del placer , Una sombra , una muje r Envuel ta en Velo t u p i d o , «Que me recuerdes t e pido Como te recuerdo yo», Dijo ; y leve deslizó Entre mis manos su m a n o , Y despues cual humo v a n o Para siempre se alejó.

No supe^más; más no v i ; Pero áun s iento temblorosa

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Aquella mano ardorosa Qué en t re las mias sentí. Aun con loco f renes í La quiero llevar al pecho ; Aun con efus ión la estrecho Contra el corazon her ido ; Y ora la aprieto rendido O la es t ru jo con despecho.

Desde aquel la noChe t r i s te , De eterno recuerdo a m a n t e , La mano en a f an constante Tenaz en l l amarme insiste ; Formas d is t in tas rev is te Y en m i tormento empeñada , Siempre la siento cal lada Dir igiendo m i dest ino, Y marcándome un camino En t r e la sombra ve lada .

Cuando rendida al pesar Tris te el a lma al cielo implora , L a mano consoladora Viene el dolor á c a l m a r ; L e n t a la siento b a j a r , Del cielo se precipita, Y haciendo u n a cruz bendi ta Con sus dedos sonrosados, De los labios abrasados Beso a m a n t e solicita.

L a l lama el a f a n creciente Y cuando de sed se abrasa El a lma , y la noche pasa Velando la inquie ta men te , Sobre la ardorosa f r e n t e Celeste lumbre der rama, En amor el pecho inf lama,

Y con los dedos un idos , Viene á contar los latidos Del corazon que la l lama.

Si enfermo en desierto lecho Sufro en que ja pro longada , Ella enfermera callada Pulsa el f a t igoso pecho. Febril y amante la es t recho, Y ella pasa horas enteras Pa rando las minuteras Y las péndolas vecinas, Y corriendo las cort inas Y entornando las maderas .

Cuando á una muje r hermosa Sedientos miran mis o jos , La mano en mudos enojos Los mios cubre celosa. Cuando en mi sed amorosa Me siento capaz del cr imen , Y corazon y a lma g imen Llorando dichas ausentes , Siento unos dedos candentes Que en el cerebro me opr imen.

F a r o que su luz refleja, Busco en ella el puer to amigo, Su fo rma v a g a persigo Que en la sombra se bosqueja , Fuego f a t u o que se aleja, Voy su lumbre pers igu iendo, Y así vivimos mur iendo Dos que morimos amando , Ella de léjos l lamando Y el a lma s iempre s iguiendo

A otro mas crédulo asombre Con raro asombro p ro fundo

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L a glor ia y poder que el mundo Logra por mano del hombre . Mi sueño no t iene nombre , Mas y a lo l lego á entender, Y he venido á comprender , Pers iguiendo u n a men t i r a , Que el mundo incesante g i r a Por mano de la muje r .

Po r ella al mundo ven imos Y seguimos y c reemos , Amamos y aborrecemos Y matamos y morímos. Somos, serémos y f u i m o s Siempre esclavos de su f e , ¡ Ay mano oculta! ¡Ya sé Por qué mi v ida consumes , Que en tus mister ios resumes Cuánto será , y es y f u é !

¡Tú con misterioso a f an Y honda y secreta impul s ión , Alas das al corazon Que en tu amor se de sha rán ; S igu iéndote s iempre van Con esperanza creciente Los recuerdos de la men te Y la sed del pecho aman te , Símbolo mudo y cons tan te Del a f a n que el hombre siente !

H u m a n a f o r m a aquel dia Te juzgó el loco deseo, Y ora cual eres t e veo , Misteriosa alegoría. Sin razón to suponía Realidad de sér humano , Y eres misteriosa mano

Con tu secreto p r o f u n d o , L a oculta f e que en el mundo Mueve al sent imiento humano.

D i c h a , dolor y placer, Cuanto se piensa y se s iente , Todo lo inspira el ambiente Del amor de una mujer . Glor ia , ambición y poder , Inqu ie tud , zozobra y c a l m a , Áureo l au re l , seca p a l m a , El la es la fue rza del s ino, Mano ocul ta , que el camino Le va señalando al a l m a !

Luz que el derrotero enseña , Mar adonde van los ríos, Reina d e los albedríos De las voluntades dueña . Alma y corazon domeña Con sus mister ios p r o f u n d o s , Ora con bienes fecundos O indescif rables mis ter ios , Removiendo los imper ios Y t ras to rnando los mundos.

Alma m u j e r , yo te imploro. T ú eres el t iempo y la h i s to r ia , Ya en a r d i e n t e sed de g lor ia Ya en impí a sed del o ro , Po r t í su gloria ó desdoro L o g r a el corazon h u m a n o , Pues tú eres la oculta mano Que en la sombra el a lma e s t r u j a , Y al bien ó al mal nos e m p u j a Con impulso soberano.

M á r c a m e , pues , mi des t ino , Que velada ó descubier ta ,

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Ya sé que mi v ida incierta Gobernarás de contino. Feliz ó f a t a l destino Por t í espero merecer, Pues miént ras aliente un sér Que de humano tenga el nombre , Siempre i rá impulsando al hombre L a mano de una m u j e r !

Pulvis est...

Así del mes en que el amor se oculta Bajo el d is f raz de loca a lgarab ía , Cantaba el v a t e la memor ia g ra ta

Que el alma consumia. Pasó Febrero con su a legre r u i d o ,

El eco alegre del placer pasó ; Todo p a s a , las dichas y las penas ,

Pero el recuerdo, ¡ no ! ¡ Oh Carnaval eterno de la v ida ,

Engañosa i lus ión , hoy como ayer ! ¡Oh breve mes, por algo eres más breve...

¡Porgue eres el placer !

LXYII.

K ANTONIA CAICEDO.

Los hombres que hablan mal de las mujeres No lo sienten así.

Yo, en cambio, lie de can ta r cuanto por ellas, Disf ru té y padecí .

Orencia me enseñó con sus amores A sentir el amor ,

Y Aurora con su olvido desdeñoso... A pensarlo mejor .

Rosalba me alentó á buscar la gloria Con ambición febr i l ;

Y Agueda libertó del vicio odioso Mi pecho juveni l .

Por F a n n y empobrec í ; pero el t raba jo Por ella amar logré ;

Por Ledia enr iquecí , para ofrecerla Lo que obra suya f u é .

Por seguir á Ascensión crucé la Europa Y el mundo conocí.

Por agradar á Marta la discreta Estudié y aprendí .

Enseñóme el desprecio de la muer te L a pérfida I s a b e l ;

Hízome amar la vida, por amar la , Olimpia, siempre fiel.

Por Concha f u i act ivo, di l igente, Audaz y emprendedor.

Quitóme el sueño Luz ; soñé con Laura Las glor ias del amor.

La que me amó, m e dió de la victor ia El sin igual placer .

La que me despreció, mi necio orgullo Modesto m e hizo ver .

Ellas p intaron mis pr imeras canas Matando mi pasión,

Y la primera lágr ima arrancaron Al tr iste corazon.

Ellas la miel de las pr imeras flores

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Me dieron á p roba r , Y cual nuncio de paz , el primer hi jo

Me hicieron adorar. El a r te en bellas fo rmas esculpido

E n ellas vi l a t i r , L a poesía que inundó la men te

Hiciéronme sentir. De las her idas que en el a lma hicieron

El dolor olvidé ; ¡Soldado audaz , las anchas cicatrices

Con gloria os ten ta ré! Ella f u é la que niño en sus rodillas

Me enseñaba á rezar ; Ella la que á mis h i jos les enseña

Mi nombre á p ronunc ia r ! Ellas son la esperanza y la v i c to r i a ,

L a gloria y la ambición ; La razón , la locura y el despecho,

L a calma y la pas ión. Ella es la duda en que la mente flota

Sintiéndose mor i r ; Ella la f e que cual br i l lante estrella

El a lma ve lucir . Ella pasea su t r i u n f a n t e carro

De la guer ra al f r ago r , Y surge de la espuma de los mares

Der ramando el amor! Con ellas soñador adolescente

Al m u n d o me lancé ; Con ellas la pendiente de la v ida

Sin riesgo bajaré . Libros , au las , y estéril ciencia h u m a n a

No pueden enseñar Lo que sus ojos en que bri l la el cielo

Y su alma, inmenso mar !

Los hombres declamando sus errores No lo sienten a s í ;

Yo canto en evangélico deseo : Hembras , ven id á m í !

LXVIII.

Confesando en el templo sus pecados Sollozaba la esposa en su aflicción, Víctima tr iste de su amarga vida

Y de f a t a l error. ¡Oh, cuan hermosa en su abrasado lloro

Pintaba su desvío y su pasión, Y roto por su cu lpa el dulce lazo

Del conyugal a m o r ! Ella pensó ser f ie l ; n u n c a creyera

Sentir del hondo abismo la atracción ; Pero el despecho y la in jus t ic ia h u m a n a

Causaron su ckilor. Fa l tó , y amó á otro sér con a lma y v ida

Le ama , le adora con tenaz pas ión , Y al verla que llorando lo deplora...

Lloraba el confesor ! Que al ver aquel tesoro de ternura ,

Y en tan g rande hermosura tal dolor, H a s t a las duras piedras se ablandáran

Oyendo aquella voz. Por finlas causas indagar in ten ta

Que aliento sean del f a t a l amor, Y dén motivo á p e r d o n a r , s iguiendo

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Su impulso el corazon. Pendien te del anciano bondadoso

La pecadora, triste, murmuró : —Fa l t é , ¡ porque en tres años de amargura

No se m e comprendió »; Y lanzando un suspiro pro longado ,

Mirando al cielo, y con doliente voz , — ¡Todas dicen lo mismo ! di jo el cura...

Y echó la bendición (1).

LXIX.

A CAROLINA LOPEZ L E R D O .

Cuando al mundo tendis te el p r imer vuelo, Yo vi en tus ojos despuntar la aurora ; H o y en tu f r en te como en claro cielo Contemplo el sol que las montañas dora.

Cuando el amor t e br inde eterno lazo, Tus amores veré, gSzando en ellos : Cuando á tus hi jos vea en tu regazo Los amaré , porque serán m u y bellos.

Al saber que en el mundo eres dichosa Sentiré, presintiéndolo, alegría, Si me cuentan que lloras pesarosa, Sentiré en soledad melancolía.

Siguiendo paso á paso t u camino

í l ) Una m u j e r , t an h e r m o s a c o m o d e s g r a c i a d a , ref i r ió al a u t o r liá t i empo e s t e s u c e s o , e n el q u e la poes í a no h a p u e s t o m á s q u e la f o r m a .

Yo el reflejo he de ser de tu ven tu ra , Constante soñador de tu destino Y eterno girasol de tu hermosura.

Y tú al ver que tu nombre s iempre invoco, Dirás, pensando en el que más te quiera , Que el amor es violento y du ra poco, Y la amistad es dulce y duradera.

LXX.

A L CORONEL OROZCO.

Era gua rd ia de Corps y enamorado El infel iz Pascual ,

Hoy viejo regañón , y hombre de Estado Y conde , y general .

Y era n iña gen t i l , rosa t emprana L a sin igual Belen ,

Hoy madre , a b u e l a , y venerable anciana, Y condesa también .

Por seguirla el incauto subal terno El año ve in t idós ,

Dejó el servicio y el hogar paterno De su adorada en pos.

Cruzó caminos , córtes y lugares Tenaz y eterno b ú ,

Y llegó, a t ravesando t ierra y mares Al reino del Perú.

Allí pobre y enfermo y pereciendo Amóla sin cesar,

Y otra vez cruzó el p ié lago, volviendo

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Con ella al pa t r io hogar . Incauto defensor de aquel la hermosa

De quien lloró á los pies, Bat ióse, y una herida pel igrosa

Le tuvo en cama un mes. Por ella en lucha de dolor t remenda

Viéndola de otro a m o r , Buscó la muer te en la civil contienda

Con sin igual f u r o r , Y desde entónces su br i l lante his tor ia

_ L a f a m a dió en con t a r , Haciendo eterna la esplendente gloria

Del bravo mil i tar . E l , entre t a n t o , su postrer suspiro

Lanzar en fin pensó , Llegando el pobre has ta pegarse un tiro...

Que no le resultó. Las crónicas el hilo al fin perdieron

De t an to p a d e c e r ; Yo sólo sé lo que mis ojos vieron

Con raro asombro ayer . Una car ta á ent regar de la Condesa

U n ayudan te en t ró , Leyóla el ve te rano , y en la mesa

Con rabia la arrojó. Y al oir que en el sobre dice : — Urgente.

Dijo : — Conteste usté ; Y dígale á esa v ie ja impertinente. . .

Que cuando pueda. . . i ré!

L X X I .

EL ALBUM DE RETRATOS.

A la Baronesa de Córtes.

Esperando en el salón Que á mi vista apareciera La hermosa que ocasion era De mi impaciente emocion,

Un á lbum de tersa piel Con l indos broches de acero Mientras l lega la que espero Me br inda á fijarme en él.

Cien hombres vi allí pasar , Sus efigies contemplando, Unos tal vez esperando Y otros cansados de estar.

Allí con sonrisa a m a n t e Me miraba una m u j e r , Que al verme en la calle ayer Perdió el color del semblante.

Y á su lado seco y f r i ó Vi el rostro en ju to de un hombre, Que porque la dió su nombre Dicen que aborrece el mío.

U n a inconsolable v i u d a Rebosando nueva v i d a , Es taba allí tan ves t ida Que parecia desnuda.

Con rostro que anunc ia enojos Una niña encantadora ,

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Rival de la bianca aurora Por sus clarísimos ojos

En su l inda f a z austera r a r e ò e que me decia : —Qué desdichada seria, i n g r a t o , si aún t e quis iera!

Sat isfecho de su obra Contemplé al coronel Melo Que h á t iempo me hirió en un duelo Y tuvo razón de sobra.

Y al lado, la que hoy es y a bu mujer , m e sonreía, Y yo m u y triste, dec ia : - ¡ D i o s mio, qué vie ja e s t á !

L n todo su áureo esplendor —Ketrato do cuerpo entero— u n opulento banquero vest ido de cazador.

Y al lado, con f a z cansada, bu infant i l consorte fiel ¡Blanca paloma sin hiél * Con armas de oro cazada!

Un famoso genera l Que nunca ha entrado en acción. ... ¡ bentado jun to á un cafion Con aspecto muy marcial !

Y un juez que dió á mi contrario l'm pleitos la razón m i a , L a severidad lucia De todo un juez ordinario.

Tr is tes recuerdos despierta En mi men te dolorida Ver á un picaro con vida Y á una niña hermosa, muer t a !

Y aún me da más pena ver,

- 115 -

Juntos y alegres y unidos, En t ierno grupo fund idos , Dos hombres y una muje r .

En una página , inmola Leyes de un santo cariño La nodriza con el n iño , ¡Y en otra, la madre, sola 1

Mi corazon se alegró Viendo en l a misma postura Al médico que me cura Y al cura que me casó!

Cuatro hojas l lenan r isueñas Várias bellezas tempranas , Altas, b a j a s y med i anas , Morenas, rubias, t r igueñas .

Todas con t an dulce r isa , Que el a lma quiere adorarlas , Sin pensar que al re t ra tar las Les forzaron la sonrisa.

Por fin, la vista que pasa H o j a s várias impaciente , Hal la el retrato esplendente De la dueña de la casa.

Su be ldad fasc inadora Y su escultórico busto Resaltan más por el gusto De una act i tud ten tadora .

Flor que atravesando abrojos Llegué por fin á tocar , Luz que el a lma ve bril lar, F a r o que buscan los ojos!

Mirando extasiado estaba E l re t ra to , sin sentir Lo^mucho que y a en venir

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El original t a r d a b a , Y olvidando la tor tura

Que pasé en sed infinita H a s t a hacer esta visi ta Principio de una aven tu ra ,

Sentia el pecho lat ir , Y la mente soñadora Pensaba en la ans iada hora Que presto verá lucir,

Y en el nuevo amor fecundo, Tesoro de mil placeres, Que h a g a olvidar los deberes Y t iranías del mundo

Cuando t an tos regocijos T u r b a n , aunque no me cuadre , Un re t ra to de mi m a d r e Y un g rupo en que están mis hi jos.

Sentí entónces no sé qué ; Miré en torno del salón, Pensé que áun era ocasion Cerré el libro, y me marché!

E n e r o , 1876.

L X X I I .

E L PAÑUELO.

(His tor ia madr i l eña ) .

Carta.

Con el pañuelo que perdiste un dia Del vals en la confusa rapidez , ¡Cuántas lágr imas , cuántas , he secado Pensando en tu desden!

Teñido en sangre que enemigo acero Arrancó al corazon que tuyo f u é , Lo besaron mis labios muchas horas En insomnio cruel.

Cuando tu olvido me lanzó á los mares Para olvidar tu pérfida esquivez, En la orilla de jándo te dichosa Con él te saludé.

Allá en los campos de la ardiente Cuba Santo amuleto amante le adoré , Blanca bandera , de la t r egua anuncio Se alzó más de una vez.

Mi madre en tanto, en soledad moria ; Cuando lo supe y en t u amor pensé, E l rostro en l lanto-de dolor bañado Me lo cubrí con él.

Volví á la pa t r i a : saludé las p layas Donde te vi por la p r imera vez , Y es t ru jando el pañuelo entre las manos Pensando en tí lloré.

Cruza de nuevo ante mis muertos ojos

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T u imágen bella y tu insolente bien, x de nuevo este l ienzo, compañero De mis angus t ias es.

Dueño feliz que luce tu hermosura , l u posesion os tenta por doquier Y yo , mordiendo tu pañuelo b lanco , Callando lo veré.

Ayer del baile entre el a legre ruido, i u s tr is tes ojos mi semblante al ve r , Mudos l loraban, de mi rostro viendo L a eterna palidez.

Los niveos dientes apretando unidos De t u s labios las ho ja s de clavel E n roja sangre los t iñeron t a n t o , Que se la vió correr.

T u amante dueño á res tañar la her ida Corre al ins tan te que la sangre ve X el blanco lienzo de mis manos coge r a r a secarla en él.

i A y ! de tu her ida bálsamo secreto F u e el l l an to de mis o jos , bien lo sé ; Di baste a tu pesar lágr imas mias Botín de tu desden.

Y el ignorante que por un capricho De ext raño azar en tu socorro f u é , Volviéndome la p renda , mi l pe rdones Me demandó cortés.

¡Oh! si en el mundo los heróicos pechos La voz no respetáran del deber , Gracias mil con el a lma yo le d ie ra , r o r la casual merced .

« S S S T S i P ° r d e s d i c h a 6 P<>r ven tu ra « o s hal láramos cerca como ayer Y en estos labios apagados raios' Color bri l lante ves ,

Piensa en las veces que perdido el sueño, Mis labios en f rené t ica avidez Su color á t u sangre habrán robado Con insaciable sed.

Y si escuchares, al dejar do verme, Que en soledad m e siento fal lecer Cubre mi rostro con el b lanco lienzo Que el mundo quiero abandonar con é l !

Respuesta.

Mis padres fueron de mi bien avaros , Fué la fo r tuna mi puñal t r a idor , Oro me sobra , t imbres , r en t a s , ga las , Pero alegrías, no .

No me robaste mi pañuelo blanco Del vals en la revuel ta confus ion ; Te vi cogerle con a f an secreto Que el a lma adivinó.

Mientras mi madre preparó mis g a l a s , Miéntras mi pad re concertó la unión, Miéntras mi novio me decia amores , En tí pensaba y o !

Me di jo el mundo que por mí exponias La vida en aras de mi hollado honor , La aurora á cuya luz morir pudis te Llorando me encontró.

Al part ir á otros cl imas la f r a g a t a , Te vi mirando al puer to con dolor ; Calló mi l engua , devoré mi l l an to , Mi a lma t e despidió.

Cuando tu madre en soledad mor ia Por t í y por el la le rogué al Señor ; Las f rescas flores que en su t u m b a crecen

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Mi mano las sembró. Esclava soy de mi deber j u r ado ,

Si mi padre vendió mi corazon, E n mi esperanza vivirás ausen te , Ün m i memor ia , no.

Guarda el pañuelo que la sangre ostenta Con que mi pena en su dolor mordió Los torpes labios que guardar juraron i e del ment ido amor.

Antes que tú perecerá quien t iene De muer te her ido el tr iste corazon. ¡be tu quien cubra con el blanco lienzo Mi rostro sin color!

Invitación.

Querido Luis : E n premio del servicio Que debe á t u pañuelo mi m u j e r , Mañana jueves, á las siete y m e d i a , Los dos t e esperarémos á comer .

Ecos de Madrid.

« Ayer en el Ret i ro á un caballero »Un ladrón el pañuelo le robó, 8 ™ n o p i d i e n d o dar con el ra tero »El robado al es tanque se arrojó.

»Se h a n hecho di ferentes comentar ios »Del hecho or ig ina l , »Y el suicidio a t r ibuyen los diarios »A trastorno mental .

»La señora Marquesa del Olvido, »Condesa de Soler, »Falleció en el teatro de repente »En la noche de ayer.

»Su sorda y per t inaz melancol ía , »Según más de u n doctor, »Produjo el tr iste fin que Madrid todo »Refiere con dolor.»

Epilogo.

El noble v iudo , que por dicha rara Siempre halló gloria en la amorosa l id , Terceras nupcias dicen que prepara Que asombren á Madrid.

Tres hermosuras en su edad florida Hizo suyas el Ínclito Marqués , Cuya salud y plétora de v ida Sobraron á las tres.

Rico, robusto , decidor , rumboso, Nunca el t i empo en sentir diz que perdió; Todo lo encuent ra fáci l el dichoso ; Cuanto quiso logró.

Buscando está para el a m a n t e nido Mil an t igua l las que á adornar le van : De un a lmacén en el sin par sur t ido Las busca con a f a n .

Un terso espejo en que su faz ga lana Catalina de Médicis miró , Y de Ninon, f amosa cortesana, Magnífico reló.

Vaj i l la de oro, espléndidos joyeros Que usó el Gran Capi tan , Y un albornoz que regaló á Cisneros

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El vencedor de Orán. El man to que á la célebre Padil la

Cubría cuando el rey se la l levó, * el velo que una re ina de Castilla r a r a su boda usó.

Abanicos en áureo va r i l l a j e Que eran de re inas y de damas mi l , * r ica f a l d a de flamenco enca je Que el t a l le hará gent i l .

Todo lo compra el novio cariñoso X el anticuario en charla sin igual, Mil rarezas le vende calumnioso

o Pa ra el hotel condal.

Al ín n n, tia n < ! 0 d ?- S p U e S q u e b u 8 c a e » vano A go que el anticuario adivinó,

AI ver le que con una y otra mano Ll t r a je recorrió,

De un monton donde está medio escondido Coge un pañuelo que á ofrecer le va m e l e n e a Í e y d iá fano te j ido ' J.efiido en sangre está.

Regalárselo quiere al noble v iudo Wue tan to cachivache le compró

M¡nf-UqT f °TÍgeD eXP l icar n o P^o, Mintiendo lo inventó. Del comprador al t ivo y desdeñoso

Los torpes ojos el pañuelo ven ; * encontrándole pobre y haraposo Le a r ro ja con desden.

«Guarde ese t rapo vil de mil colores Dijo después, y echándose á re i r ,

• Y n o m í l á f m e U -y t r a s c i e n d e á horrores x no m e ha de servir .»

¡Ay! en aquel ins tante de amargura '

Nadie sintió el rumor Con que en dos t u m b a s , en la noche oscura , Sonaba un h o n d o , inmater ia l t e m b l o r !

LXXIII.

LA PAZ EN LA CUNA.

Tendido en su lecho El niño s u f r í a ; En l lan to deshecho El padre moría. La m a d r e le vela Con a m a n t e a f a n :

Triste el niño á los dos los contempla ; Mirándole están.

L a madre al esposo Tiempo há que no m i r a ; De amor desdeñoso L a ausencia s u s p i r a ; El pad re á la esposa T iempo h á que no v e ,

Y á los dos los separan quebrantos De sólida f e .

E l niño en su lecho . Los nombra y los l l a m a , Con a y e s del pecho Que á ent rambos los ama. Los dos acudieron Su l lanto al o i r ,

Y allí ya, sin mi ra r se á la cara,

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Le escuchan gemir. Con t ímidos ojos

A ent rambos mi rando , Los mudos enojos Está adivinando. L a pena que s iente No sabe expresar,

Que en su infancia, infeliz, sólo sabe Reír ó l l o r a r !

Les mira, y comprende Que ent rambos le adoran Y al pa r les o fende Mirarse, y que lloran Con l lanto de h i é l ,

Y no ent iende si lloran sus odios O lloran por él. ^ De un lado á otro lado

. Se vuelve y suspira ; Dol iente y callado Y amante les mira. Su dulce mi rada Les hace sufrir. . .

Y la vista c lavando en el suelo Se s ienten morir .

Tenaz calentura Voraz le devora; Ya un ¡ay! no murmura , Ni g ime ni l lora, Sus ávidos ojos Abiertos están,

Y en el cielo fijándose, dicen : ¡ Señor qué t e n d r á n !

Volvió en sí la esposa Y alzó la m i r a d a : Con ot ra enojosa

Cruzóse y a i rada . Sonaron las alas Del bien que voló...

¡Ay! el niño temblando de miedo Los ojos cerró.

Y a el médico viene, Su f e les impone, L a cura previene, Remedios dispone. Mandado les deja Que habrán de mezclar,

Con la f ú l g i d a flor del granado La flor de azahar .

La t rémula abuela Que andando encorvada Agi ta en silencio La f r e n t e ar rugada , T r a s hondo suspiro Mirando á los dos,

Dulce olvido, con lágr imas mudas Les pide por Dios.

Le in funden horrores Esencias y g o m a s ; ¡Mejor que dos flores... Serán dos a romas! Más gra to en la cuna Será c o n f u n d i r

Dos alientos que engendren un beso Que al iente á v ivi r .

Los torvos esposos Con ánsia suspiran; E n l lan to copiosos Los ojos se miran. Se oyeron las alas Del bien que volvió...

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¡Y el enfermo con dulce sonrisa Los ojos abrió!

¡Los labios avanzan, Los pechos palpi tan, Los ayes que lanzan La a tmósfera agi tan. . . Del niño en la cuna Cayendo á los piés,

En un beso que nunca se acaba.. . Se f u n d e n los t r e s ! !

LXXIV.

LA VIUDA.

¡Cuánto debió de sufr i r Inés, de su Andrés al lado, Viéndole, esposo adorado, En t r e sus brazos mor i r !

Al cielo su labio injuria , Y en indignación ex t rema Desesperada, y blasfema, Y en rapto de inmensa fur ia ,

Precipítase al balcón, Y con ímpetu violento Va arrojarse, en un momento De espantosa turbación.

Yo, su más leal amigo, Contuve su f u r i a airada, Y su honda pena cal lada Contemplé, mudo tes t igo.

U n mes con hondo pesar La v i tenaz padecer. Sin comer, y sin beber, Sin dormir y sin hablar .

No bas t aban á sus males Padres, y amantes hermanos, Ni los consuelos cristianos, Ni t i sanas ni cordiales.

Po r fin la mate r ia insana Venció de la pena fiera... Y durmió u n a noche entera Y par te de una mañana .

Y a pasados ve in te dias La encontré ménos llorosa, Aunque enfe rma , y ojerosa, Y en sordas melancolías.

Y a toma caldos ligeros Y duerme al d ia seis horas, , Y recibe á unas señoras, Y á dos ó t res caballeros.

Mas ju ra que h a decidido Toda cura resistir, Y dejándose morir Unirse al amor perdido.

Su médico le es odioso, Sólo el nombre la horroriza, Porque el doctor sintet iza E l recuerdo más penoso.

«Cálmate por Dios, la d i g o ; — ¡No! me responde a l t ane ra ; ¡ Quien vida y salud me diera, De mi bien f u e r a enemigo!»

D e la córte me partí, Y al comenzar el verano, U n dia en mi hogar le jano

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Este par te rec ib í : «Dime por un te legrama

»Las sefias de tu doctor, »Pues voy de mal en peor »Y estoy desde ayer en cama.»

Conteste inmedia tamente Y a poco Inés me escribió ' Que mi médico logró Curarla per fec tamente .

Vuelvo á la córte; han pasado Desde la muer te de Andrés

'Once meses, y y a Inés ou color ha recobrado.

Triste está, mas no afligida • Llora, m a s no desolada; Yo la dejé destocada, r ora la encuentro prendida.

i a l lorando no trasnocha, * en contra de su deseo, Sale, enlutada, al paseo Melancólico de Atocha.

Ya en su rostro se divisa bol de bri l lantes colores ; Ya me atrevo á echarle flores... * le arranco una sonrisa.

Los ojos claros y enjutos dolor tenaz no entorna,

Jt el cuerpo gent i l se adorna t o n más elegantes lutos.

Al año, y a en el Retiro Madrid la vue lve á a d m i r a r : r a su d i fun to al nombrar buple al l lanto hondo suspiro.

Y en el espléndido coche Va, dando t r eguas al l lanto,

Por la t a rde al Campo santo, Y al g ran baile por la noche.

La distracción de sus males Que áun á sus solas la afl igen, Es «triste deber que exigen Las conveniencias sociales.»

«Todo, le dije, h i ja mia, Lo borra al fin el o lv ido; Vuelvo á dejar te y t e pido Cese tu melancol ía .

«Tal vez dijo, u n año ó dos, Me verá el mundo reir ; Más no tardaré en mor i r ; Con pena te digo adiós.

Que aunque mis parientes t ra tan De distraerme, y lo in tentan , Los recuerdos me a tormentan Y las memorias me matan.»

Volví al pueblo; me ofreció Escribirme alguna vez, Y en ocho meses ó diez Ni una línea m e escribió.

Por fin, al año cumplido Recibo u n a car ta abier ta Cuyo sobre en mí despierta U n recuerdo y a perdido...

Y ¡ oh funes to desenlace! ¡Oh naturaleza impía! L e í : «Doña Inés García. . . Pa r t i c ipa á V. su enlace.»

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•fe APÉNDICE I.

A G A S P A R N Ü Ñ E Z D E A R C E .

{Himno del trabajo,)

TOMO L X [ . 6

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LAS .PERRERÍAS.

Cuando en las horas tristes de moribundos dias Lntre plomizas nubes su luz esconde el sol Y airado el mar se encrespa y en olas mil bravias Kefleja en sus cambiantes el cárdeno arrebol-

Perdido entre las sombras, poeta vagabundo , boñando lo pasado, cantor del porvenir, Errante y solitario, me voy léjos del mundo A impulsos de un fan tasma que en mí siento la t i r .

Del monte en las honduras cual ojos avizores Distingo entre la niebla con tétrico f u l g o r Las luces que en rojizos siniestros resplandores Anuncian de las f r aguas el in ferna l hervor.

Lselavas de su lumbre mis locas fantas ías , beguir la luz me mandan y avanzo sin cesar; Xa claras se columbran las hondas ferrerías X el són de los martillos se siente resonar

¡Avanza, ensueño mió; desciende hasta los fondos u e la caverna inmensa do en sorda percusión, Las anchas catacumbas y los cimientos hondos Retiemblan pavorosos al rechinante són!

Las encendidas f r aguas derraman su tesoro, Centellas lanza el horno con lumbre sin igual X en chispas deslumbrantes de estrépito sonoro &e rompe en mil chasquidos el tosco mineral, [ras,

Aquí, bajo la atmósfera que engendran las calde-La sangre hierve al t iva saltando a l corazon, [meras i ai temple de estas f r aguas se engendran las qui-

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Que f o r j a el a lma en sueños de gloria y de ambición. Aquí la f u e r z a inmensa de incógnitos t i t anes

L a b r a n d o v a incesante con raudo marti l lar , La e terna edad de hierro que alzando están los manes De cien generaciones que el m u n d o vió imperar .

Sucumbe aquí á la f u e r z a la vo luntad bravia , Sofoca el pensamiento la destructora ley, ¡Que aquí el mart i l lo labra la e terna t i ranía Con que la f u e r z a impera sobre la h u m a n a g rey!

Señor seré del m u n d o si me labrais las mal las Con que el cobarde pecho de hoy más defenderé , De aquí saldrán las bombas que romperán las vallas Que á mi poder se opongan con impoten te f e .

Labrad, l abrad aprisa las a rmas refulgentes , Con que marchando al f r e n t e del bélico escuadrón, Conquisten mis legiones comarcas d i fe ren tes Sembrando en torno mío f a t a l desolación.

D e los cal ientes hornos bro ta ron férreas ga l a s Las a rmas con que Mar te se ostenta sin cesar, Y el bélico a tavío de armisonante Pá las T r i u n f a n t e en t re el estruendo del ronco bata l lar .

Aqu í soberbia R o m a fo r jó en la f r a g u a ardiente Los toscos eslabones de sus esclavos mil, Y el .esplendente carro del César p repoten te Con que arrolló al vencido f renét ico y f eb r i l . ^ E l ascua ru t i lan te dió t emple á la t izona,

Y ornó de Carlo-Magno la esplendorosa sien, Y ungió á la g rey crist iana con inmor ta l corona, Cuando el sepulcro san to g a n ó en Jerusa len .

F o r j ó el mart i l lo escudos y lanzas á millares, Las fue r t e s a rmaduras del Cid y de Roldan, L a s cóncavas corazas, los anchos espaldares, Los tersos capacetes de Gan te y de Milán.

Labró la f r a g u a ardiente, la gloria inmaculada Con que el soldado hispano dió á mil empresas fin,

Y el resonante y u n q u e for jó la f é r r e a espada Que abrióle ancho camino del orbe has ta el confín.

E n h imnos infernales , con estr identes tonos, Se bur la aquí la fue rza del débil corazon, Y el hierro, avasal lando los pueblos y los tronos, Confunde en su es tampido la voz de la razón.

¡No más alardes vanos de bélicos t ro feos ! ¡La nueva edad de hierro con santo ardor l a b r a d ! F o r j a d las férreas l iras con que hoy nuevos Ti r teos

D i f u n d a n las vic tor ias de nues t ra hermosa edad! Lab rad el férreo puen te y el arsenal g igan te ,

Y el poderoso a lambre que el orbe h a de ex tender Y la potente d raga y el a l to cabrestante , Y el casco de la nave que el mundo h a de correr.

F o r j a d la ancha caldera do el a g u a se evapora Pa ra estrechar los mundos en alas del vapor L a espléndida y ga l la rda gent i l locomotora Que h ienda las mon tañas con silbo atronador.

Fund id los caractéres que con su ronco acento Volando al terso pl iego la prensa h a g a pasar , L a prensa resonante, que ext iende el pensamiento, Pa lanca con que al mundo la men te hizo g i ra r .

Lab rad épicas t rompas que a t ruenen los espacios L lamando á las naciones en glor ia á contender, Y las techumbres a l tas de espléndidos palacios Donde la industr ia h u m a n a sus glor ias h a g a ver .

F o r j a d la mansa es teva de bri l lo r e fu lgen te , Y las br i l lantes hoces y el rústico azadón, Y el rut i lante a rado que con su corvo d ien te Abra los anchos surcos que p ingüe r e n t a son.

Y cuando el hombre a i rado sus a rmas os demande Y en són de guerra el mundo volviere á re temblar . Cerrad las anchas puer tas , y con mis ión mas g rande Decid que vuestro templo no v e n g a á p ro fanar . •

Y en tan to el m u n d o vea que el temeroso ruido

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— 136 — No suena concitando las huestes á morir

Veáis f a w n a É e n . t e f e , 1 l a b r a d o r c - t i d f w U K a d l a n t e , d e l b i ^ e s t a r lucir,

Bilbao 1875.

APÉNDICE H. ¡1 I

A ANTONIO FERNANDEZ GRILO. i

i

1

_

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— 136 — No suena concitando las huestes á morir

Veáis L w n a É e n . t e f e , 1 l a b r a d o r f w U radiante del bienestar lucir,

Bilbao 1875.

APÉNDICE H. ¡1 I

A ANTONIO FERNANDEZ GRILO. i

i

1

_

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RELACION DE VIAJE-

Es el reino de Aragón Una hospitalaria tierra, Donde en la paz y en la guerra Reina f r anco el corazon, Cruzando sus verdes prados Tres alegres pasa jeros , En tres jacos caballeros Y por el hambre agui jados, Buscando cena y abrigo, Que g ran fa l t a nos hacía, Ibamos al fin de un dia Por aquel país amigo. Y al ver la cima le jana De u n al t ivo campanario, Donde l lamaba al rosario La resonante campana , Fuimos trotando á buscar L a luz que alcanzan los ojos, Invadiendo unos rastrojos, Y atravesando un pinar . Ya el pueblo la v is ta a lcanza, Ya Be oye t r as los pinares Ruido de alegres cantares Y de aperos de labranza. Torna el maestro de escuela De pasear con el cura, Y suena en la plaza oscura El rasgar de la vihuela. TOMO XU. 6"

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Y ya del pueblo á la entrada, t o n m u y humildes modales, Pedimos á unos zagales Las señas de una posada. Uno alegre y rubicundo Dice: la tendrán de ba lde , Porque en casa del alcalde H a y posada pa tol mundo. Seguimos, pues , sus pisadas , Y despues de andar á oscuras Por estrechas angosturas Y cuestas empecatadas, Llegamos f r e n t e á un portal Kecien pintado de b lanco, Y en el cual h a b i a un b a n c o ' De reluciente nogal . E ra espaciosa la puer ta . Ancho el pat io y empedrado , Ln un rincón, un arado, Un azadón y una espuerta . L a escalera desigual Al fin de doce escalones Daba en t rada á los salones De la autor idad local. Cruzamos una antesala Que decoraban sencillas Las mazorkas amari l las Y unas es tampas de Atala , Y en la sa la entramos y a Donde esperaba á los t res M alcalde, á quien despues mas despacio se verá. E ra más ancho que estrecho

cuar to donde nos v i m o s , i mil f r a g a n t e s racimos

Pendían del alto techo. E n tersura sin igual Que casi á la v is ta o f ende , La b lanca pared, t rasc iende A la f r e sca y l impia cjil. Son de la estancia el adorno Un so fá de tosco asiento, Y diez sillas de convento De las paredes en torno. A un lado sobre una m e s a Cintas de var ios colores , Que anunciaban las labores De la señora alcaldesa. Y en amable confusion Con la a g u j a y el d e d a l , Y á la lumbre artificial De un re luciente velón, U n sombrero y un a f a j a , U n t intero de v a j i l l a , U n paquete de ho land i l l a , U n l imón y una bara ja . En un rincón un al tar L leno de santos primores, Y en él cubier ta de flores U n a Virgen del P i la r . Y en los otros t res r incones Por el órden que lo expreso, U n a g u i t a r r a , y un peso, Y una ca rga de melones. E n l a s paredes colgados Dos á dos y tres á t res , L a his tor ia de Hernán-Cor t e s E n diez cuadros apaisados. U n espejo, y un pandero , U n a rastra do camuesas,

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Un reló de cinco pesas Y un retrato de Espartero. Ta l era el t r anqu i lo hoga r Del alcalde a ragonés , Donde sépt imos los t res E n el pun to de l legar De alegre sar tén el són Y un sonar de aceite f r i t o Que exci taba el ape t i to Y ensanchaba el corazon.

I I .

E ra el a lcalde sencillo De semblante sa t i s fecho , Un hombre de pelo en pecho Y un mozo como un castillo. Alto, fornido, potente , Robusto, de f a z tostada, í . ranea y noble la mi rada Y a n c h a y serena la f r en te . Viendole en su nob le ag rado Le amó el a lma agradecida , Como si toda la v ida Nos h u b i é r a m o s tratado. Ya la robusta alcaldesa D 'gn de eternos pinceles, T i e n d e los blancos mante les c o b r e la redonda mesa . Y en torno sentados ya , Y po r su mano servidos, Cual t i e rna f a m i l i a unidos L a cena l l egan do va. Br indan sabroso rega lo

Blando pan y f r e sco vino, Y ancho vaso cristal ino Y las cucharas de pa lo . Ya los hondos pla tos l lena La caldosa sopa hirviente, Y aroma en ella el ambiente L a f r a g a n t e yerbabuena . Tras ella, de oro vest idas L legan chillando quejosas Las anchas m a g r a s hermosas E n b l anca f u e n t e extendidas. "Viene despues bien servido El capón que os tenta en to rno Magnas lonjas por adorno Del oloroso embu t ido ; Y las berengenas ro jas Y aromáticas l echugas , Que en las rizadas a r rugas De f rescas y b lancas ho ja s Cubren la yema amari l la Del huevo en ruedas cor tado, Que es adorno rega lado De la l egumbre sencilla. • Postres vienen d i fe ren tes ; Blanca miel, dulce mostil lo Y t ierno queso amar i l lo , Y las a lmendras c ru j i en t e s ; Y de las huer tas colmadas Ricos y sabrosos dones , Los dulces melocotones Y las ciruelas doradas ; Las uvas que vier ten mieles, Las peras f rescas y sanas, Las encendidas, manzanas Y los dulces moscateles.

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H a r t o el estómago está De tan abundante cena Y obl iga á decir con p e n a : ¡Bas ta por Dios , bas ta y a ! Y el alcalde sonriente, Miéntras la cena reposa, Cuenta con voz cariñosa Su pasado y su presente, Las glor ias de aquella guerra Que humilló al f r ancés odioso, Su casamiento dichoso, La labranza de su t ie r ra Alma en t e r a , hombre de hierro, Que f u n d a sus regocijos E n su m u j e r y sus hi jos Y su escopeta y su per ro!

Y a en el reló del r incón, Con sonido agudo y breve, H a dado el cuco las nueve Y horas de acostarse son. Ya la alcaldesa nos l l ama Y con la luz v a guiando , Y á cada cual va de jando A la orilla de su cama. E n ella, por dulce empeño Del huésped y f r a n c o amigo , Encon t ramos blando abr igo Y t ranqui lo y dulce sueño. Y cuando el sol sus fu lgo re s Vertió por los altos cerros , Nos despertaron los perros Y el cantar de los pastores. Al oir que la jo rnada

Continuar debemos presto, Los esposos con un gesto Muestran que no les agrada . Y ántes de vernos par t i r La huer ta ensenarnos quieren , Porque nuestros ojos vieren Como allí saben vivir . Ábrese el ancho granero Donde en monton soberano Brilla el rubicundo grano F ru to del rústico esmero. Su oculto lu jo despliega Rico el caudal de las uvas, E n l a s opulentas cubas Que l lenan la ancha bodega. L a huer ta en sus mi l labores Muestra el bien de sus hogares E n los anchos pata tares

Y en las verdes coliflores. Y hay al costado un jardin Donde encantan el ambiente Los murmurios de una f u e n t e , Y el aroma del j azmín , Y ba jo fue r t e s techados Doce nfulas descansadas, Y hoces y trillos y azadas Y refu lgentes arados. Todo con faz placentera Muestra el huésped cariñoso, Miéntras v a el sol presuroso Remontando su carrera. Y despues de agradecer Con el a lma y con l a v ida L a dulce y t ie rna acogida Que logramos merecer ,

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E n loa caballos subimos, Y como buenos he rmanos Les estrechamos las manos Y con pesar nos part imos. Ellos pidiendo perdones De aquel humilde hospeda je Nos dan el fe l iz buen v i a j e Con alegres expans iones , Y saludando á los dos Y atravesando el lugar , Volviendo el rostro por dar Otra vez un t ierno adiós , Al ver del campo en la p lana El sol con dulces ref le jos , Y al escuchar á lo léjos El tañer de la c a m p a n a , Y al contemplar los pastores Y los humildes rebaños , L a sombra de los castaños Y el esplendor de las flores, Grité env id iando la ca lma De aquel ret iro s i lves t re : ¡ Oh dulce v ida campestre 1 ¡ Oh t ranqui l idad del a l m a !

FIN DE LAS SOLEDADES.

NOTA IMPORTANTE.

Hay en este tomo a lgunas poesías en las cuales se n o t a r á a l t e r a d a la combinac ión métr ica , i n t e r r u m p i d a á veces la c o n s o n a n -cia ó a c o n s o n a n t a d o s a lgunos v e r s o s q u e deb ie ran e s t a r a s o n a n t a d o s . No f u e descui -do, s ino deseo de q u e r e s u l t a r a n a t u r a l la composición á r iesgo de q u e pa rec i e r a i n -cor rec ta . P u e d e n o t a r s e l o q u e digo en las poesías LIV, en las t i t u l adas Vecino curioso, La paz en la cuna, y o t r a s . Me complazco en co r reg i r y l i m a r m i s v e r s o s ; p e r o e n los de este t o m o , como e n a lgunos de m i s co-m e d i a s , c u a n d o h e c re ído q u e h a b í a n de p e r d e r n a t u r a l i d a d , n o h e vac i lado e n de-j a r a c o n s o n a n t a d o s a lgunos de tal cua l ro-m a n c e , ó a s o n a n t a d a s dos r e d o n d i l l a s in -media tas si po r ev i ta r lo h a b í a de p e r d e r el diálogo e s p o n t a n e i d a d ó la poesía s e n c i -llez

F lo r en t i no Sanz , Zorr i l la , Narc i so S e r r a , el mi smo Bre tón lo h a n h e c h o asi, sin de j a r po r eso de ser v e r d a d e r o s poe ta s n i p a s a r p o r sospechosos de desconocer l a s reg las vu lga re s del m e t r o .

A veces la exces iva cor recc ión qu i t a s u encan to esencial á la poesía .

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ÍNDICE.

Páginas -

A L CONDE DE M O R P H I Y A L PÚBLICO v i l PRÓLOGO ' JX I.—Yo tengo en el alma 1 I I .—Vén; al lá en la p laya la paz nos

espera 2 I I I .—Era yo niño y u n dia 3 IV-—Afán de amor porque de amar le

t ienes 5 V.—Torpe es el mundo que pre tende

ar tero 5 VI.—Me dió un beso mi madre , y aquel

dia e VII .—Primera sonrisa de la Pr imavera . 8 VIII .—Ult imo suspiro del Otoño 10 IX.—(Una' salus vic t is nul lam sperare

salutem) 12 X.—Te amé desde n i ñ o ; no sé si me

amabas 13 XI.—Despedid a 14 X I I . — ¿ Qué v a g o y misterioso des-

aliento i g XII I .—La péndola monótona 17

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Páginas .

XIV.—La oración « J X V — E l corazon me dice ¡ama V es-

pera ! 1 20 X V I . - S o n las tres • va á ven i r ; me ¿ ¿ 1

prometido 2 f | X V I I - M i é n t r a s alegres'can tan t iernas

poetas 9

X t a Í o T ' T r a d u C C Í O U l i b r e ' M e ' t a s -x i x ! - k e V t a d e ' s ; i : ; ; ; ; ; ; S XX - A Eulogio Florentino S ¡ n z . ' . ' . ' ! £ 9

d i s t ¡ " . ! a q s u s p i r o q u e a l a i r e

v v í m e m i r ' e s a i r a d a ' . ' . ' . ! " " p e r l a ~ D * f ° n d ° d e I m a r n a c í ' ¿ Í¿ 32

X ? d V e ¿ Í e ' m P ' ° V V o ' s p ^ W 3 3

g V Las doce.—A M a r i a n a ' . . ' ! ! ! g

llorada . . 7 0 -61" ^ l a a u s e a c i a t a n

S v i í r # ^ y • • • • • ' ' 38 mano ^ p n m e r a 1 l l e te di la

f f f - ^ P y«3 'para tí.'. '. '. ' i j ; % f r i ' ~ m a n ° a l e v e s o b E e e l

X X X i r - R e m o r d i m i e n t o 4 4

XXXTV ? ? 1 . g , ° t a s e d e 8 h a c e n . . . 47 c S í r a " a i ' b a r 0 r e n C ° r e n m í

XXX V . - i Vi rg in ia B u r r i e i . ' . ' . ' ' J $

_ 151 -

Páginas.

XXXVI.—Yo nunca he sentido 53 XXXVII.—Antes y despues de la guerra . 54 XXXVIII.—Soberbio, a teo , déspota,

sañudo 56 XXXIX.—Historia vulgar 56 XL.—Flaca mendiga , joven y graciosa. 58 XLI .—Levántase espumosa y reso-

nante 59 XLII .—La luz de la alborada ¡un nue-

vo dia! 59 XLIII .—Los soldados.—Nocturno.—Al

general Ros de Olano 60 XLIV.—La confesion 64 XLV.—A la Marquesa de Santiago 66 XLVL—Nuevo hijo 69 XLVII .—A J u a n José Herranz 70 XLVIII.—Se cayó su pañuelo de encaje . 72 XLIX.—Vecino curioso 73 L.—Vals.—A José Casares 74 LI .—El pasaporte.—A Rosa 79 LII.—No esperes nunca el perdón 81 LUI .—A Campo-Arana 82 LIV.—A Luis Vidart 83 LV.—Era una amante y desdichada es-

posa 84 LVI.—Ayer cuando á mi lado un mun-

do hal labas 86. LVII .—A una coqueta 86 LVIII .—A Campoamor 89 LIX.—¿ Cómo te podré pintar 89 LX.—Há un año oyendo la marcial cha-

ranga 90 LXI.—A la Condesa de las A l m e n a s . . 91

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Págin¡

«

hijo Angel . ) n i s r ' - ( A i m

^ ^ ' ^ " ' » • - c H t a , — ; 1 1 3

J g 126

APÉNDICE I. A Gaspar Nufiez de r *

nae Arce.—Las ferre-133

APÉNDICE II

Nota importante . 139 147

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