Revista Verde é Vida

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Expediente

Revista Verde é Vida 2011Publicação da Associação dos Fumicultores do Brasil - Afubra

Rua Júlio de Castilhos, 1031

96810-156 - Santa Cruz do Sul - RS

Telefone: 51 3713-7700 - Fax: 51 3713-7715

Website: www.afubra.com.br

E-mail: [email protected]

Coordenação Geral: Adalberto Sidnei Huve

Coordenação Editorial: José Leon Macedo Fernandes / Luciana Jost

Redação: Luciana Jost, Mtb/RS 13.507 / Mário André Poll, Mtb/RS

11.199 e textos encaminhados pelas escolas parceiras do Projeto

Verde é Vida

Produção Gráfica/Diagramação: Marketing Afubra

Colaboração: Carla Inês Conrad, Márcio Castro Guimarães e

coordenadores regionais

Impressão: Graphoset

Tiragem: 3.500 exemplares

Distribuição gratuita

Índice

2011 é um ano de grande alegria para a Família Afubra e, principalmente, para a equipe Verde é Vida, tanto da matriz como das filiais. Em agosto, o Projeto Verde é Vida – Levando a Natureza a Sério, completa 20 anos de atividades ininterruptas. São 20 anos como um programa de ação socioambiental, mas, falando em termos de trabalhos ambientais, a Afubra já os realiza desde a sua fundação, em 1955, ao incentivar sempre a diversificação e a sustentabilidade da propriedade rural.

Além da comemoração do aniversário do Projeto, temos também a realização do IV Encontro Sul-Brasileiro Verde é Vida. O evento tem por objetivo reunir alunos, professores e pais, em Santa Cruz do Sul/RS, por três dias, para uma intensa programação onde destacam-se a troca de experiências, a confraternização e o desejo mútuo de um ambiente preservado para um futuro melhor. São dias que, a exemplo das três edições passadas, deixarão ótimos frutos, belas amizades e a certeza de que o Verde é Vida não é apenas da Afubra, mas de todas as escolas, professores, alunos e comunidades parceiras.

Com dois momentos tão marcantes na vida do Projeto, não poderíamos deixar de apresentar a terceira edição da Revista Verde é Vida. Nela, encontram-se os trabalhos realizados pelas escolas, numa clara demonstração do potencial de cada aluno e de cada comunidade.

Obrigado pelo apoio de todos nestes 20 anos de Projeto Verde é Vida – Levando a Natureza a Sério!

Adalberto Sidnei Huve, Coordenador Geral do Projeto Verde é Vida

Verde é Vida: 20 anos de intensas atividadesFoto: Luciana Jost

Palavra do Presidente da Afubra ...................................................... 04

Palavra do Diretor-Presidente da Agro-Comercial Afubra ....................05

20 anos Verde é Vida ....................................................................... 06

IV Sul-Brasileiro ............................................................................... 09

Relação escola/pais/comunidade ..................................................... 11

II Mostra Científica ........................................................................... 13

Araranguá ........................................................................................15

Camaquã ......................................................................................... 16

Cachoeira do Sul .............................................................................. 19

Francisco Beltrão ............................................................................. 21

Herval d’Oeste................................................................................. 22

Imbituva ......................................................................................... 24

Irati ................................................................................................ 26

Rio Negro e Mafra ........................................................................... 27

Rio do Sul e Ituporanga ................................................................... 29

Santa Cruz do Sul ............................................................................ 31

São Lourenço do Sul e Canguçu ........................................................ 34

São Miguel D’Oeste...........................................................................35

Sobradinho e Arroio do Tigre ............................................................ 37

Tubarão e Braço do Norte ................................................................ 40

Venâncio Aires ................................................................................. 42

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Benício Albano Werner, presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil.

Em cada página desta revista, que chega a sua 3ª edição, você, leitor, está convidado a mergulhar neste universo que, em 2011, com-pleta 20 anos de atuação. O Verde é Vida, projeto criado em 1991 e reco-nhecido nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, é a prova de que informação, apoio téc-nico e vontade para fazer têm tudo a ver com um ambiente sadio, repleto de inovações.

Nas duas décadas de atuação, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e a equipe do Verde é Vida se orgulham das atividades rea-lizadas. A cada nova ação ambiental desenvolvida por professores e alu-nos, na mobilização de comunida-des inteiras em prol da recuperação de matas ciliares, nas novas mudas de árvores que fomentam o banco de sementes e nas mensagens que visem a preservação e conservação

da natureza, se têm a recompensa por todo trabalho desenvolvido até o momento.

A satisfação de produtores, ao verem seus filhos engajados pe-las questões ambientais, a atenção que jovens dispensam nas pales-tras desenvolvidas nas 15 Regiões de Atuação, as questões oportunas que surgem nas visitas à Expoagro Afubra, onde famílias inteiras apren-dem, dão sinais de que tudo valeu a pena. Os resultados positivos, no entanto, também sinalizam que as ações sociais, ambientais e educa-cionais devem permanecer por mui-tas outras décadas, para render mui-tos outros frutos.

Ao realizar uma breve retros-pectiva, percebe-se que há muitos motivos para comemorar. O Afubri-nha e seus mascotes, queridos por muitos, cresceram, amadureceram e fizeram acontecer. Além disso, as

novidades que surgiram por meio do Verde é Vida engrandeceram o meio rural. Estufas ecológicas, desfiles de moda com materiais re-cicláveis e muitas outras ideias in-teressantes demonstram o quanto o projeto acrescentou na vida de cada participante.

A preservação dos recursos na-turais é essencial à vida. A não-de-gradação do meio ambiente, a redu-ção, reutilização e reciclagem do lixo produzido é de extrema importância numa era onde tudo parece ser des-cartável. Por isso, o Verde é Vida vai dar continuidade ao seu trabalho de forma ainda mais empenhada. O ânimo para buscar sempre o melhor está em cada criança, adolescente e adulto que faz parte dessa iniciativa. Os olhares, ávidos por sempre fazer o bem e o melhor, são os motivos que nos levam a acreditar em um fu-turo farto de verde e vida.

Foto: A

rquivo Afubra

Verde é VidaTrajetória de sucesso, realizações e vitórias

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Parceria, qualidade, respeito ao meio ambiente e responsabilidade social são alguns dos itens que figu-ram na lista de princípios da Agro-Comercial Afubra Ltda. Por este motivo, se mostrou essencial para o sucesso do projeto Verde é Vida, na qual tem importante papel para o andamento das atividades.

Colaboradores, técnicos agrí-colas, engenheiros agrônomos e gerentes das mais de 20 lojas dis-tribuídas nos estados de Santa Ca-tarina, Paraná e Rio Grande do Sul trabalham de forma engajada para proporcionar o bem-estar aos as-sociados, clientes e comunidades. Além dos serviços disponibilizados em cada filial, ao auxiliar nas reali-

zações do Verde é Vida, a Agro-Co-mercial Afubra encontra subsídios para cumprir sua missão.

Ao dar suporte profissional para a realização de palestras e de ações de conservação e preservação do meio ambiente, junto às escolas, a Agro-Comercial Afubra prova que tratar os recursos naturais com se-riedade e responsabilidade é essen-cial quando se propõe melhorar a qualidade de vida das comunidades.

Nos 20 anos de Verde é Vida, foi possível levar a teoria à prática. A utilização de Equipamentos de Pro-teção Individual (EPI`s), distribuição de mudas, plantio de árvores, incen-tivo à diversificação na propriedade, orientações sobre utilização, acon-

dicionamento, limpeza e recolhi-mento adequados das embalagens de agrotóxicos, entre outras ações, permitiram qualificar o cotidiano de muitos agricultores.

As contribuições da Agro-Co-mercial Afubra junto ao projeto Verde é Vida deixam evidente que o traba-lho conjunto é de extrema importân-cia. Hoje, felizmente, a preocupação com os recursos naturais parece ser preocupação de muitos. Nas nossas equipes, no entanto, o comprometi-mento é constante. A cada ano sur-gem novas estratégias para que as atividades não cessem e marquem presença, sempre, no campo, nas escolas, nas residências, ou seja, na vida de milhares de produtores.

Romeu Schneider, diretor-presidente da Agro-Comercial Afubra

Agro-Comercial AfubraTrabalho conjunto que rende frutos

Foto: Luciana Jost

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Vida

A diversificação e o desenvol-vimento sustentável das proprie-dades rurais têm sido uma das missões da Associação dos Fumi-cultores do Brasil (Afubra), desde a sua fundação, em 21 de março de 1955. De lá para cá, várias foram as ações e os trabalhos realizados para que a família permaneça no campo e desenvolva sua ativida-de com dignidade e prosperidade, sem agredir o meio ambiente.

Dentro desses trabalhos e ações realizados pela entidade, algumas datas são importantes. A primeira, em 1978, quando foi as-sinado o primeiro convênio com o Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Renováveis

Verde é Vida completa 20 anos de atividades ininterruptasTrabalhos são coordenados pela Afubra em parceria com as escolas

(Ibama) para o reflorestamento das propriedades rurais. Em 1986, a Afubra passou a realizar campa-nhas de educação ambiental com a distribuição de mudas nativas. E, finalmente, em agosto de 1991, foi criado o Projeto Verde é Vida, programa permanente de educa-ção ambiental que leva às comu-nidades, por meio das escolas, informações, conceitos e práticas de preservação. Junto com o Pro-jeto também nasceu o Afubrinha, o mascote do Verde é Vida, que re-presenta uma muda de árvore.

Em constante atualização, o Verde é Vida, também passou por etapas: 1991-1996, Educação Am-biental; 1997-2001, Série Ecologia; 2002-2011, PSA, PASA e Pofea. A

partir de agosto de 2011, quando completa 20 anos de atividades ininterruptas, entra numa nova eta-pa, mais focada na Educação Am-biental Rural, que será adotada até 2016. Os programas PSA e PASA terão continuidade, apenas com uma proposta de educação socio-ambiental ainda mais voltada para o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais onde as esco-las parceiras estão inseridas.

O novo logotipo traz o Projeto Verde é Vida sobre uma folha es-tilizada e conta com as cores que representam os quatro elementos: no campo superior, o ar represen-tado pelo azul do céu e o fogo, representado pelo laranja do sol; no campo inferior, a terra, repre-

Marcílio Laurindo Drescher: Verde é Vida proporciona resultados positivos

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Coordenação Verde é Vida

sentada pelo vermelho, e a água, representada pelo azul do mar; no campo central, o Verde é Vida re-presentado pela cor verde, que re-presenta as florestas e une todos os elementos.

INVESTIMENTOS

O tesoureiro da Afubra, Marcí-lio Laurindo Drescher, afirma que o Verde é Vida tem total apoio e aprovação por parte da diretoria e conselho da entidade. “O trabalho do Verde é Vida vai ao encontro do que os fundadores da entida-de planejaram: o desenvolvimento sustentável da propriedade rural”, garante Drescher.

Como o projeto não conta com captação própria de recursos, o in-vestimento para que os trabalhos sejam realizados são provenientes da Afubra. “Acreditamos no traba-lho que realizamos por meio do Verde é Vida e que os investimen-tos necessários são para o bem do nosso fumicultor e produtor rural”, enfatiza Marcílio, ao lembrar que todo trabalho que vier ao encontro do fumicultor, para garantir a sua diversificação e sua vida digna no campo, irá receber todo o apoio da entidade. “Trabalhos de educação ambiental dão frutos a longo pra-zo. Mas podemos comemorar vá-rios resultados positivos nestes 20 anos de atuação como Projeto Ver-de é Vida”, finaliza Drescher.

PROGRAMAS DO VERDE E VIDA

Programa de Sensibilização Ambiental (PSA)

Com o objetivo de sensibilizar as comunidades onde a Afubra atua, o Projeto Verde é Vida de-senvolve atividades ambientais e educacionais em escolas e municí-

Coordenação Geral – Santa Cruz do Sul/RSAdalberto Sidnei Huve Coordenador Geral

José Leon Macedo Fernandes Coordenador Pedagógico

Márcio Castro Guimarães Assessor Administrativo

Marco Antônio Dornelles Coordenador Técnico

Vivian Padilha Nardi Assessora Administrativa

Coordenação Regional Araranguá/SCLeandro Richard da Silva Coordenador Regional

Lédio Mota Bento Coordenador Regional

Coordenação Regional Camaquã/RSGilson Peglow Coordenador Regional

Marcelo Adriano da Silva Coordenador Regional

Romeu Sergio Tietz Coordenador Regional

Valéria Rodrigues Mello Coordenadora Regional

Coordenação Regional Cachoeira do Sul/RSCarlos Alberto Loewe Coordenador Regional

Deivid Diecson Redel Coordenador Regional

Fabio Renato Silva Coordenador Regional

Lázaro Ramon Böck Coordenador Regional

Coordenação Regional Francisco Beltrão/PRAlcione Blasius Coordenador Regional

Ari Dalaio Coordenador Regional

Atacir Nicolodi Coordenador Regional

Coordenação Regional Herval d’Oeste/SCAlceu Hoffmann Coordenador Regional

Claiton Copini Coordenador Regional

José Carlos Kucher Coordenador Regional

Coordenação Regional Imbituva/PRCarlos Roberto Stadler Coordenador Regional

Cleverson José Cararo Coordenador Regional

Pedro Darkascz Neto Coordenador Regional

Nova roupagem do Projeto mostra ações que serão desenvolvidas a partir de agosto de 2011

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pios, tais como: doação de mudas de árvores nativas, doação de ma-terial didático-pedagógico, realiza-ção de palestras, participação em eventos, participação do Afubrinha e seus mascotes em atividades lúdico-pedagógicas, manutenção e assistência em viveiros de mudas para reflorestamento e conserva-ção ambiental, desenvolvimento do Programa de Recolhimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos para reciclagem. A Série Ecologia, lançada em 1997 e editada até o ano de 2001, faz parte deste Pro-grama. No último ano, o PSA aten-deu 89.386 alunos e professores, em 374 escolas de 121 municípios.

Programa de Ação Socioambiental (PASA)

O Programa de Ação Socio-ambiental, criado em 2002, tem, por objetivo, desenvolver ações conjuntas e contínuas com escolas e comunidades na identificação de problemas socioambientais e na busca de soluções para esses pro-blemas. Para isso, é importante o envolvimento direto da comunida-de onde a escola está inserida. O desenvolvimento desse programa baseia-se na LDB (Lei de Diretri-zes e Bases) da Educação Nacio-nal (Lei nº 9394 de dezembro de 1996), que define nos Parâmetros Transversais, que a escola deve trabalhar a cidadania, a saúde, a ética, o trabalho e o meio ambiente. Para a realização desse programa, o Verde é Vida desenvolve os se-guintes subprogramas: consciên-cia ambiental, bolsa de sementes, recuperação de formações flores-tais, diagnóstico ambiental, desen-volvimento sustentável. Em núme-ros atuais, abrange 72 municípios, 269 escolas, 63.849 alunos e pro-fessores e 253 Grupos Ambientais que reúnem 4.678 alunos.

Coordenação Regional Irati/PREmerson Luís Cararo Coordenador Regional

Iracélia Roik Coordenadora Regional

Ireno Fillos Coordenador Regional

João Paulo Perussolo Coordenador Regional

Silvino Antônio Müller Coordenador Regional

Coordenação Regional Rio Negro/PR e Mafra/SCAndréia de Melo Coordenadora Regional

Carlos Ivan Gularte Coordenador Regional

Edemar Pedro Konckel Coordenador Regional

Luiz Roberto Soares Coordenador Regional

Vilmar Niser Coordenador Regional

Coordenação Regional Rio do Sul/SC e Ituporanga/SCAlcione Senem Coordenador Regional

Armelita de Pin Laux Coordenadora Regional

Denisvã Sebold Coordenador Regional

Geison José Schmoeller Coordenador Regional

João Paulo Roberti Coordenador Regional

Odilon da Silva Coordenador Regional

Zeli de Lourdes Mees Coordenadora Regional

Coordenação Regional São Lourenço do Sul/RS e Canguçu/RSDaniel Holz Prestes Coordenador Regional

Geber Conrad Ehler Coordenador Regional

Margarida Bubolz Coordenadora Regional

Valdir Mundstock Coordenador Regional

Coordenação Regional São Miguel d’Oeste/SCCleuze Fachin Martins Pinto Coordenadora Regional

Ismael Leuze Coordenador Regional

Jandir Stock Coordenador Regional

Lizandro José Sulczinski Coordenador Regional

Patric Marciano Barp Coordenador Regional

Coordenação Regional Sobradinho/RS e Arroio do Tigre/RSBaltazar Eichelberger Coordenador Regional

Cássio Rodrigo Voese Coordenador Regional

João Paulo Porcher Coordenador Regional

Coordenação Regional Tubarão/SC e Braço do Norte/SCAlex Sandro Raymundo Flores Coordenador Regional

Hilário Boing Coordenador Regional

Jaime Paladini Coordenador Regional

Márcio Ronchi Coordenador Regional

Zaneide de Souza Oliveira Coordenadora Regional

Coordenação Regional Venâncio Aires/RSAndré Luís Fagundes Coordenador Regional

Lovâni Bárbara Ammon Heck Coordenadora Regional

Marcelo Cenci Vanin Coordenador Regional

Osvaldo José Boursheidt Coordenador Regional

Tiago Dutra Maracci Coordenador Regional

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Sul-Brasileiro debaterá desenvolvimento sustentável e preservação ambientalEncontro reunirá cerca de 800 alunos e professores em Santa Cruz do Sul/RS

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Cerca de 800 pessoas entre professores, alunos, pais e autorida-des estarão reunidos por três dias, em Santa Cruz do Sul/RS, para de-bater a preservação ambiental e a necessidade do desenvolvimento sustentável das comunidades rurais. O evento é promovido e organizado pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), por meio do Pro-jeto Verde é Vida. O IV Encontro Sul-Brasileiro Verde é Vida ocorrerá de 31 de maio a 2 de junho de 2011, no Parque da Oktoberfest.

Para o gerente de Assuntos Corporativos da Afubra e vice-pre-sidente da entidade, Heitor Álvaro Petry, o Encontro Sul-Brasileiro é o coroamento de todo o trabalho de-senvolvido pelas escolas parceiras

durante o Ano Ambiental. “É um au-têntico congresso que reúne os pro-fessores e alunos que conquistaram os passaportes por meio de projetos

e atividades desenvolvidas nas es-colas”, enfatiza Petry, convicto que o Encontro é um dos maiores eventos do gênero no Sul do Brasil, “numa

Petry: “Sul-Brasileiro é uma celebração em favor do meio ambiente”

Fotos: Arquivo Afubra

Foto: Luciana Jost

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verdadeira celebração em favor do meio ambiente”.

Palestras, troca de experiên-cias, integração, confraternização, atividades esportivas e brincadei-ras fazem parte da programação que inicia na tarde do dia 31, com a recepção das caravanas vindas dos três Estados do Sul do Brasil. A abertura oficial ocorre na manhã do dia 1º de junho, seguida das atividades que serão desenvolvi-das em diversas salas temáticas,

de conhecer novas pessoas, trocar experiências e formar amizades. As tarefas já iniciam na viagem de vinda até Santa Cruz do Sul e tem sua cul-minância na tarde do dia 2 de junho, no Parque da Expoagro.

“A integração entre os partici-pantes contribui para um intercâm-bio e socialização de aprendizados e conhecimentos, além de estabelecer e fortalecer laços de relacionamento fraterno entre os participantes”, fina-liza Petry.

especialmente preparadas para a reunião. “Mesmo num curto espaço de tempo, as atividades são inten-sas e diversificadas, procurando o envolvimento de todos, de modo a enriquecer os participantes numa motivação para cuidar de nosso meio ambiente e recursos naturais”, explica o gerente.

A Gincana Cooperativa, em sua segunda edição, dividirá os parti-cipantes, de forma aleatória, para que todos tenham a possibilidade

RA Araranguá

RA Camaquã

RA Cachoeira do Sul

RA Francisco Beltrão

RA Herval d’Oeste

RA Imbituva

RA Irati

RA Rio Negro e Mafra

RA Rio do Sul e Ituporanga

RA Santa Cruz do Sul

RA São Lourenço do Sul e Canguçu

RA São Miguel d’Oeste

RA Sobradinho e Arroio do Tigre

RA Tubarão e Braço do Norte

RA Venâncio Aires

Participantes do IV Sul-Brasileiro:

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Quando a escola se une à co-munidade – ou vice-versa – o de-senvolvimento é garantido. O traba-lho em conjunto entre professores e toda a equipe escolar com alunos, pais e comunidade em geral, tem garantido grandes resultados pelos municípios onde o Projeto Verde é Vida atua. E isso é motivo de alegria e comemoração.

Um dos exemplos onde a união entre todos garantiu bons resulta-dos encontra-se em Araranguá/SC, onde, em 12 de agosto de 2002, na escola Otávio Anastácio foi iniciado o Projeto Hortas Escolares. A ideia surgiu depois que os alunos come-çaram a “levar escondido para casa”, as verduras da horta da escola. Por meio de parcerias e recursos, conse-guiram com que cada família tivesse a sua horta. Hoje, o Projeto mudou um pouco e tornou-se Hortas Fami-liares onde três escolas ainda são parceiras. Atualmente, conta com 50 hortas em três escolas diferentes, lo-calizadas em Rio dos Anjos, Fundo do Cedro e Lagoa do Caverá.

Na escola Rio dos Anjos, os pro-fessores comemoram os benefícios. Além de um complemento à merenda escolar, eles garantem que a Horta in-centiva o plantio e o consumo das ver-duras. Por meio do trabalho voluntário dos pais (que também contam com suas hortas em casa, incentivados pela escola), o espaço foi organizado e cada turma é responsável por um canteiro. As mudas são trazidas de casa, divididas entre os estudantes. E o coordenador da horta é Antonio Ra-mos, o motorista do transporte escolar

que, com muito orgulho, diz que “é um prazer cuidar da horta da escola”.

A professora Edilene Cristiano de Figueiredo Valeriano conta que é impressionante a mudança nos alunos e no comprometimento des-tes e dos pais. “Hoje todos comem verduras. Também realizamos visi-tas nas casas para acompanharmos

as hortas e aplicamos as disciplinas curriculares na horta, o que torna as aulas diferentes e atrativas”, revela a professora. Os professores da es-cola Rio dos Anjos são unânimes ao afirmar que as hortas aproximaram a escola da comunidade.

Em 2009, a escola Marciano de Carvalho, de Piên/PR, iniciou o Proje-

Projetos mostram força da união entre escolas, pais e comunidade

A horta da escola Rio dos Anjos

Fotos: Luciana Jost

Verde é Vida incentiva trabalho em prol do desenvolvimento comunitário

Hortas familiares foram incentivadas e recebem visita dos alunos

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to Juntando e Reciclando Óleo, tendo como base a 4ª série, da professora Joseane Machado, mas com o en-volvimento de todos os alunos. Neste primeiro ano, com o envolvimento das mães dos alunos, várias receitas de sabão foram experimentadas. “Foram várias as tentativas até conseguirmos uma receita que agradasse a todas”, lembra a orientadora pedagógica, Cle-onice Aparecida Stal Kobscenski. No ano seguinte a escola entrou no Pro-grama de Recolhimento de Óleo Sa-turado, da Afubra, e o foco do projeto do educandário mudou um pouco. “Tí-nhamos muito óleo estocado, pois não fizemos sabão de tudo que foi recolhi-do. A parceria com a Afubra nos deu uma nova possibilidade de trabalho”, explica a professora Joseane.

Nesse momento que entrou a parceria de toda a comunidade, que resultou em 500 litros de óleo recolhi-dos em 2010. As mães continuam na ativa, produzindo sabão junto, com uma parte do óleo, com os professo-res, com o auxílio dos alunos (com os devidos cuidados por causa do uso dos produtos). A cada dois litros de óleo, é dado uma barra do sabão. E tem sido um sucesso. “Quase não vencemos a produção de sabão, mas o projeto serviu para aproximar os pais e a comunidade da escola”, co-memora a orientadora Cleonice.

Motivo de comemoração da escola também é a troca de infor-mações com as mães, por meio de cursos, e o cheque que a escola re-cebe do Programa da Afubra, pelo recolhimento do óleo. Em 2010, a escola entregou 702 litros de óleo e recebeu o valor de R$ 351,00, que foram trocados por mercadorias na Agro-Comercial Afubra.

Um antigo projeto de uma co-munidade foi reformulado por uma escola e vem dando ótimos resulta-dos. A escola Professor Arlindo Back sacudiu a poeira, mobilizou os pais e a comunidade, e criou o Caminhos da Forqueta, um roteiro de turis-mo rural na comunidade de mesmo nome, no interior de Arroio do Meio/RS. O lançamento do roteiro ocorreu no dia 2 de julho de 2010, durante um café colonial, com a apresenta-ção da marca do empreendimento.

O ano de 2010 serviu para soli-dificar a base de todos os trabalhos: os professores receberam capacita-ção, realizado o inventário turístico e visitas aos pontos turísticos da loca-lidade e criada a Oficina de Turismo, que continua em 2011. Uma comis-são organizadora, com integrantes da escola e da comunidade, foi cria-da para coordenador os trabalhos. “Até o momento, estamos com um trabalho forte e que vem dando re-sultados. Dizia-se que Forqueta não tinha nada. Hoje percebe-se tudo o que temos”, destaca a professora Rosemeri Telöken Ruppenthal.

Do roteiro fazem parte, além de pontos históricos, culturais, religio-sos, educacionais e de lazer, produ-tores rurais e estabelecimentos co-merciais. A localidade de Forqueta conta com um grupo de agricultores ecológicos. Duas dessas famílias integram o Roteiro e recebem visi-tantes. Para Márcia Sbruzzi Ferrari, que produz verduras ecológicas há oito anos, fazer parte deste novo tra-balho é gratificante, pois “vai agregar muito à comunidade e ao município”.

Para agendar uma visita ao Ca-minhos da Forqueta é preciso entrar em contato pelo fone (51) 9877-7795 ou e-mail [email protected].

Alunos mostraram trabalhos do projeto por meio de maquetes

Professora Rosemeri: estamos fortes com a união e comprometimento de todos

Igreja de Pedra é ponto do novo roteiro turístico rural do RS

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O presidente da Afubra, Benício Werner e esposa Elfôni, com os alunos e professores e a equipe do Projeto Verde é Vida

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Crescimento cultural e ambien-tal único. Assim foi definida, pela secretária de Educação de Teixeira Soares/PR, Neli Perretto, a participa-ção dos alunos na II Mostra Científica Sul-Brasileira Verde é Vida, ocorrida durante a Expoagro Afubra 2011 (1º, 2 e 3 de março). A secretária – que já foi professora e diretora de escola parceira do Verde é Vida – participou nos três dias do evento, acompa-nhando a professora e os alunos que representaram a Região de Atuação de Irati. “É gratificante ver um tra-balho como esse que envolve toda uma comunidade”, garante Neli, ao desejar que a Afubra nunca pare de desenvolver o trabalho.

E nem é essa a intenção da As-sociação dos Fumicultores do Brasil

(Afubra). O seu presidente, Benício Albano Werner, lembra que traba-lhos de diversificação e sustentabi-lidade da pequena propriedade rural fazem parte da história da entidade desde a sua fundação, em 1955. Em 1978, com a assinatura do primeiro convênio com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) para o reflores-tamento das propriedades rurais, o trabalho ambiental ganhou força e, em 1991, originou o Projeto Verde é Vida. “Um prédio com um bom ali-cerce dura para sempre. E assim é o Verde é Vida, que tem o melhor ali-cerce nos alunos, professores, pais e escola”, frisa Werner.

De todos os beneficiados com o Projeto, os principais são os alu-nos. Larissa dos Santos e Pabliane

14 trabalhos participam da II Mostra CientíficaAlunos e professores participaram da Expoagro Afubra 2011

Fischer Ody, ambas de 9 anos e es-tudantes da 4ª série da escola Pas-so de Estrela, de Cruzeiro do Sul, acharam “super legal” participar da II Mostra. “Ensinamos, mas também aprendemos muito”, garantem as meninas. A escola é parceira do Ver-de é Vida desde 2010 e, para a pro-fessora Fabiane König, é uma exce-lente oportunidade de mostrar para a comunidade o trabalho dos alunos e professores. “O aprendizado para os alunos é muito importante”, garante Fabiane, ao desejar que possam vol-tar no próximo ano.

Para a professora Gissele Bre-zolin Ghidorsi, de Água Doce/SC, o cansaço da semana de viagem é compensado pela troca de experiên-cia e visão de mundo que os alunos apreendem. “Para as minhas alunas

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foi uma experiência única, que elas não esquecerão jamais”, diz a profes-sora. E as alunas Franciele Thibes e Beatriz de Moura Ramos concordam. “Foi uma experiência diferente. Con-versamos com pessoas importantes e vimos coisas interessantes”, elas garantem, ao afirmar que irão conti-nuar o projeto apresentando durante a Expoagro Afubra 2011.

De Marmeleiro/PR, os estudan-tes Andriel Bruno e Gabriel Felipe

Kunzler, de 9 anos, trouxeram o seu trabalho sobre apicultura. “Gostamos muito de participar da Mostra e nos estimulou a continuar a pesquisa so-bre as variedades de mel”, garantem eles. A professora Marli Hillesheim afirma que a experiência foi impor-tante para aprender mais sobre o Projeto Verde é Vida e sua forma de atuação, já que a escola é parceria somente há um ano. “Aprendemos muito com os alunos e professores e

levaremos esse conhecimento para o grupo todo para aprimorarmos o nosso trabalho”, destaca a professo-ra Marli.

A III Mostra Científica Sul-Brasi-leira Verde é Vida já está garantida na Expoagro Afubra 2012, que ocor-rerá nos dias 21, 22 e 23 de março. A escolha dos trabalhos que irão re-presentar cada uma das 15 Regiões de Atuação do Projeto será realizada em novembro de 2011.

II Mostra Científica Sul-Brasileira Verde é VidaTrabalhos apresentados

RA Camaquã/RSConsequência do manejo inadequado do soloEmef Arlindo Bonifácio Pires, de Chuvisca/RSAlunas Graziele do Espírito Santo de Jesus (14 anos) e Kelen Giovana Subda de Jesus (15 anos) - Professora Camila Kruger

RA Cachoeira do Sul/RSSOS Rio Pardo - Eeef Percílio Joaquim da Silveira, de Candelária/RSAlunas Juliana Caroline de Oliveira e Karen Laiana Moraes Goulart, ambas de 13 anosProfessora Andréia Doréa Huwe

RA Francisco Beltrão/PRApicultura: um gesto de amorErm Souza Naves, de Marmeleiro/PRAlunos Andriel Bruno Kunzler e Gabriel Kunzler, ambos de 8 anosProfessora Delir Aparecida Cazuni

RA Herval d’Oeste/SCPatrimônio Histórico: da pré-história à nossa história - Cem Frei Silvano, de Água Doce/SCAlunas Beatriz de Moura Ramos e Sandriane Macagnan, ambas de 9 anosProfessora Gissele Brezolin Ghidorsi

RA Imbituva/PRFossa séptica - Erm São Braz, de Ipiranga/PRAlunas Eliandra Travensoli e Estefani Monfron, ambas de 10 anos - Professora Adriana Cardoso

RA Irati/PRLágrimas da preservação - Escola Estadual João Negrão Júnior, de Teixeira Soares/PRAlunos Leonardo Luiz Müller e Bruna Flávia Oliveira, ambos de 15 anosProfessora Janete Aparecida Luft

RA Rio Negro/PR e Mafra/SCLixo e recuperação de área degradadaEeb Paulo Cristiano Heyse, de Itaiópolis/SCAlunos Tiago Nieckarz e Fabiano KorczaguinProfessora Maria Salete Kunicki Zwarzerski

RA Rio do Sul/SC e Ituporanga/SCÁgua: o tesouro que escorre em nossas mãosCE Pedro Júlio Müller, de Ituporanga/SCAlunos Lucas Guedes, de 12 anos, e Mônica Camila Zunino, de 14 anosProfessora Márcia Aparecida Melscher

RA Santa Cruz do Sul/RSCriação de patos e marrecos - Emef Cardeal Leme, de Santa Cruz do Sul/RSAlunos William Henrique Ertel e Anderson Küster, ambos de 14 anos - Professora Marinês Neumann

RA São Lourenço do Sul/RS e Canguçu/RSFadas Madrinhas - Emef Francisco Frömming, de São Lourenço do Sul/RSAlunas Letícia Berwaldt e Roberta Venzke, ambas de 12 anos - Professora Márcia Regina Bierhals

RA São Miguel d’Oeste/SCAs plantas medicinais como alternativa de cura de pequenas enfermidades - Cief de Iporã do Oeste/SCAlunas Thaíse Paula Brugnerotto e Gabriela Wendling, ambas de 12 anosProfessora Fabiane Rambo

RA Sobradinho/RS e Arroio do Tigre/RSIdentificação de elementos naturais para realização de trilhas - Emef Germinio Rubert, de Segredo/RSAlunas Gabriela Bernardy e Patrícia Marion, ambas de 12 anosProfessora Márcia Ecke Giehl

RA Tubarão/SC e Braço do Norte/SCLixo eletrônico: uma preocupação ambiental que merece ser pensadaEef Vicenzo de Villa, de Urussanga/SCAlunos Ana Lia Talamini Bonetti e Guilherme Baesso, ambos de 11 anosProfessora Janaína Concer

RA Venâncio Aires/RSEscolha sustentável, vida saudável?Escola Passo de Estrela, de Cruzeiro do SulAlunas Larissa dos Santos, de 8 anos, e Pabliane Fischer Ody, de 9 anosProfessora Fabiane König

Variedades de mel foram apresentadas pelos alunos de Marmeleiro/PR

Resgate do patrimônio histórico foi apresentado por alunas de Água Doce

Alunas de Cruzeiro do Sul/RS com o painel sobre o projeto da composteira

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A Escola Básica Municipal Jardim das Avenidas, assim como todas as Escolas Básicas do município de Ara-ranguá/SC, oferecem aos seus alunos com dificuldades de aprendizagem, oficinas de reforço escolar nas disci-plinas de Matemática e Português de quinta a oitava série do ensino funda-mental. Os grupos de no máximo cin-co alunos são atendidos em horário extraclasse em períodos de uma hora e meia, onde cada professor com sua metodologia diversificada tenta me-lhorar o desempenho de cada um.

O professor de matemática Luiz Carlos Miguel é um destes professo-res que faz seu trabalho assim como os outros, mas suas aulas têm algo diferente e que auxilia o desenvol-vimento de seus alunos: ele produz e utiliza jogos e desafios matemáti-cos produzidos artesanalmente com materiais reciclados e aproveitados como tampas de diversos produtos (refrigerantes, detergentes, desodo-rantes, amaciantes, bolinhas de de-sodorantes), sobras de madeira de marcenarias, bolinhas de gude, com os quais são feitos jogos de xadrez, resta um, quebra cabeças, desafios de lógica e muitos outros.

Conta hoje com mais de 20 jo-gos e desafios matemáticos que são utilizados no início e final das aulas. “O aluno que joga/brinca de uma for-ma individual num primeiro momen-to, centrada em si, evolui para for-mas coletivas de relacionamento em grupos, e nestas supera até o adulto. Basta que lhe proporcione espaço, liberdade e estímulo a criatividade”, afirma o professor Luiz Carlos.

Os jogos com regras claras des-pertam maior interesse nas crianças.

Jogos e desafios matemáticos

“Na medida em que o jogo se desen-volve, observamos um movimento em direção a realização consciente de seu propósito. Ao tentar resolver ou montar os quebra cabeças os alunos são “forçados” a desenvolver estratégias exigindo uma maior con-centração; desta maneira a assimila-ção dos conhecimentos matemáticos são mais produtivos. Estes jogos não visam a competição, mas sim o res-peito, a interação e o conhecimento de si próprio”, conclui o professor.

Jogos matemáticos despertam interesse dos alunos

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A utilização de plantas como meio curativo é uma atividade altamente di-fundida e popular, passada de gera-ção em geração e que originou a base de toda a medicina. Sua aplicação já é conhecida desde os povos mais pri-mitivos, que buscavam na natureza os recursos necessários para a cura de doenças, para manterem a jovialida-de e aumentar a perspectiva de vida, ao mesmo tempo em que buscavam aprofundar-se nos conhecimentos na-turais. Com o processo de transforma-ção social, os conhecimentos empíri-cos continuaram presentes, embora empregados muitas vezes de maneira equivocada sem o devido cuidado, ocasionando sérios riscos à saúde.

Com o objetivo de resgatar e manter essa cultura popular e a ciência das plantas medicinais, ressaltando a importância do consumo consciente, produção, coleta, preparo adequado, benefício farmacêutico e econômico, a Emef Padre Arlindo Pochmann, de Amaral Ferrador/RS, durante o ano letivo de 2010, elaborou um projeto sobre Plantas Medicinais, ao consta-tar que muitos educandos mantêm a prática da medicina alternativa.

Inicialmente, os alunos questio-naram seus familiares sobre o tema, quais plantas eram utilizadas em seu consumo diário, de que maneira cos-tumam realizar o preparo e onde eram

cultivadas. Posteriormente, debate-ram sobre as informações coletadas e tabelaram os resultados que servi-ram de base para o início da pesquisa científica que contou com sites, livros, revistas e jornais. Amostras de plantas foram coletadas para identificação e secagem, antes de serem embaladas para distribuição.

Durante a investigação das infor-mações necessárias, a escola propor-cionou debates e palestras sobre o tema, contando com o apoio da Ema-ter local que dispôs de uma palestran-te e de entidades públicas municipais que auxiliaram na publicação de um livro com o resultado da pesquisa con-tendo as plantas medicinais mais co-nhecidas na comunidade escolar com nome científico e popular, indicação, contraindicação e preparo adequado. Também foi criada uma horta medici-nal na escola com reaproveitamento

de pneus, o que serve de incentivo para que as famílias também cultivem suas plantas medicinais e desenvol-vam as trocas de mudas de chás entre os participantes.

A divulgação do trabalho foi feita através de palestras ministradas na escola, onde foram oferecidas amos-tras de xaropes caseiros e sabão medicinal indicado para combater o piolho e a sarna com as devidas ex-plicações para que todos pudessem confeccionar suas receitas.

A escola pretende manter este projeto durante os próximos anos, vis-to que os resultados foram satisfató-rios, promovendo uma parceria entre escola e comunidade escolar, resga-tando a confiança e o interesse ao mesmo tempo em que coloca os en-volvidos em busca de desenvolvimen-to comum e sustentável, respeitando o meio ambiente e a cultura popular.

Plantas Medicinais: a saúde que vem da NaturezaCA

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Produção de orquídeas através de mudas

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Plantas Medicinais: a saúde que vem da Natureza

As alunas Geovana Jacobsen e Larissa Jacobsen da Rocha, da Emef Alfredo Jacobsen, localizada na Boa Vista, 8º Distrito de Camaquã/RS, criaram e executaram o Projeto de Pesquisa Científica Produção de Orquídeas através de mudas. Fo-ram orientadas pela professora Alice Brum Martins Mathias, na etapa te-órica, e pela diretora Eliane Wojcie-chowski, na etapa prática. A idéia de fazer um estudo sobre as orquídeas se deu pelo fato de serem plantas ornamentais de rara beleza, fato que aguçou a curiosidade das alunas.

Primeiramente foram realizadas pesquisas bibliográficas e de campo sobre o orquidário, como proceder, bem como instrumentos e insumos necessários para essa tarefa, pro-curando responder a seguinte per-gunta: que caminhos percorrer para produzir mudas de orquídeas na es-cola? Uma das etapas da pesquisa foi a visita a Exposição de Orquídeas de Camaquã, onde, através de ob-servações e esclarecimentos de dú-vidas com os expositores, puderam adquirir um pouco mais de conheci-mento sobre as espécies expostas. Após a etapa da pesquisa, se fez a reforma da estufa existente na es-cola com o intuito de abrigar melhor as futuras mudas de orquídeas que seriam produzidas, pois, de acordo com a pesquisa realizada, as alunas chegaram a conclusão de que o ca-minho certo para produzir mudas de orquídeas seria imitar a natureza, ou seja, fazer com que a estufa se tornasse um ambiente natural e pro-pício para o desenvolvimento das or-quídeas. Um detalhe importante na execução deste trabalho foi o fato de observarem, através da pesquisa, que seria mais fácil produzir orquí-deas através de mudas, sendo um

Foto: Divulgação/Afubra

processo mais ágil e de mais certeza no desenvolvimento das mesmas.

Concluídas as etapas de pes-quisa e reforma da estufa, as alunas, através da direção da escola, bus-caram junto a Afubra a aquisição do substrato de fibra de coco, que, se-gundo a pesquisa, era o mais indica-do para o plantio das mudas. Com o apoio das professoras orientadoras, as alunas fizeram uma campanha de arrecadação de todo o material necessário para iniciar a etapa prá-tica do projeto, desde vasos plásti-cos ou cerâmicos, brita, areia, até as primeiras mudas de orquídeas. Com a orientação da diretora da Escola, as alunas começaram o plantio das primeiras mudas executando os se-guintes procedimentos: colocou-se uma camada de brita no fundo do vaso, seguindo de uma camada de areia e posteriormente uma camada do substrato de fibra de coco ao re-dor da base da muda de orquídea. A irrigação da mudas é feita de quinze em quinze dias. Nesta etapa obser-

vou-se que ao irrigar as mudas, toda a camada de areia contida no interior dos vasos ia fora e acabava sujando as prateleiras. Por isso, nas demais mudas procurou-se não colocar mais a camada de areia. De quinze em quinze dias também são feitas pulverizações com adubo e fungici-da líquidos, próprios para o plantio de orquídeas conforme as pesquisas feitas no inicio do projeto.

Este trabalho teve bastante re-percussão na comunidade onde a es-cola está inserida, e é um projeto de constantes observações. “Já tivemos a oportunidade de presentear várias pessoas com as mudas produzidas, como por exemplos palestrantes e pessoas que visitaram nossa escola divulgando seus trabalhos durante o ano”, garantem as alunas. Um dos momentos, que merece destaque, foi a divulgação do projeto na VIII Feira de Conhecimentos da Escola, onde as alunas puderam expor a mudas produzidas e explicar todas as etapas de produção das mesmas.

Plantio das mudas foi resultado de pesquisa

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Manejo do solo é tema de pesquisa de escolaA Emef Arlindo Bonifácio Pires,

de Chuvisca/RS representou o mu-nicípio com o seu projeto de Pes-quisa Cientifica na Expoagro Afubra 2011. As 14 Regiões de Atuação do Verde é Vida estiveram presentes e Chuvisca foi a escolhida para repre-sentar sua região. A escolha dos 14 representantes ocorreu em junho de 2010, durante as Reuniões Peda-gógicas Especiais. Para participar, o trabalho deveria abordar um tema relacionado à comunidade onde o aluno está inserido.

Ao perceber que o solo é um recurso finito, limitado e não renová-vel, e as taxas de degradação tem aumentado nas últimas décadas pela ação do homem, e pelo municí-pio ter a base na agricultura familiar, a escola desenvolveu o projeto com o tema “Consequências do Manejo Inadequado do Solo”. O objetivo foi o de pesquisar o manejo do solo uti-lizado pelos pequenos agricultores das localidades próximas à Escola, alertando-os sobre a importância dos cuidados e sobre as consequ-ências do manejo inadequado, de-monstrando técnicas adequadas que possam garantir o desenvolvi-mento sustentável da agricultura da região. Também foram realizadas entrevistas com agricultores para a coleta de dados que foram analisa-

os visitantes e passaram informa-ções. Para a professora Camila, a de-dicação das alunas foi recompensada pela a participação na feira. “Temos que valorizar e incentivar os Projetos realizados. Foi uma experiência muito gratificante, pois proporcionou um óti-mo aprendizado”.

dos e comparados para que possam ser demonstrados aos agricultores.

Durante a Expoagro Afubra 2011, a exposição da Pesquisa Cientifica foi realizada pelas alunas Kelen Giovana Subda de Jesus e Graziele do Espíri-to Santo de Jesus e pela professora Camila Holz Krüger. Elas receberam

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Trabalho abordou a correta utilização do solo

As alunas e professora durante a apresentação na Expoagro Afubra 2011

Safra 2010/2011120.000 associados

137.000 lavouras inscritas

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Artesanato: reciclar, transformar e criar

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A reciclagem é uma técnica de reaproveitamento de materiais que vem crescendo atualmente e se tor-nando cada vez mais necessária, uma vez que no planeta há grande acúmulo de lixo e pouco espaço para armazená-lo. Muitas vezes, não nos damos conta que reciclar o lixo é muito importante e destiná-lo corretamente é, antes de tudo, uma obrigação de cada um.

Assim, a Emef Santo Antônio, de Agudo/RS, usou a criatividade para transformar o “lixo” em artefatos que poderão ser novamente utilizados. Essas atividades são desenvolvidas em sala de aula (de forma interdis-ciplinar) e orientadas pelos profes-sores, que procuram despertar nos alunos o gosto pela arte através de trabalhos manuais. Exemplo disso, é a confecção de pulseiras com linha de fumo; descanso de panela com sabugos, palhas de milho e carteiras de cigarro; cadeiras, banquinhos e flores com garrafas pet; suportes de vasos de flor com barbante de fumo; crucifixo com prendedores de rou-pas e pinhões secos e muitos outros objetos.

Este projeto tem por finalidade realizar atividades relacionadas às questões ambientais, desenvolven-do habilidades artísticas de maneira respeitosa e responsável, utilizando materiais alternativos num processo de transformação, a fim de desper-tar a consciência quanto ao cuidado com a natureza, e de certa forma, gerar lucro para as famílias dos alu-nos, pois os produtos confecciona-dos artesanalmente são passíveis à comercialização complementando a renda familiar. Desse modo, pre-tende-se despertar nos alunos as potencialidades manuais, a valoriza-ção dos hábitos dos antepassados, o instinto cooperativo e empreende-

dor, bem como instigar o gosto pela arte, através do artesanato.

Para a escola, o projeto Arte-sanato é de grande valia para o de-senvolvimento integral de todos os envolvidos no processo, uma vez que estimula para viver mundos di-ferentes, desperta o gosto por criar e recriar, desenvolve a expressão, a coordenação motora, a harmonia e a atenção, instiga para a cooperação, cidadania e o desenvolvimento de potencialidades, resgatando valores e costumes, além de gerar um retor-no financeiro para as famílias que

Foto: Divulgação/Afubra

sobrevivem principalmente da agri-cultura, sendo esta uma forma de inovar e reaproveitar materiais que costumamos jogar fora.

Cuidar da natureza também através da reciclagem é o mesmo que cuidar da vida e das futuras gerações. Sendo assim, a Escola ao exercer a sua função social, pre-ocupa-se com o meio em que vive e procura sensibilizar os alunos em relação às questões ambientais, tor-nando-os sujeitos capazes de perce-ber a importância de ter um espaço natural saudável e bom de viver.

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Diversos materiais foram utilizados no Projeto

Alunos e professores foram envolvidos no trabalho

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Trabalhos artísticos como fonte alternativa de renda

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No ano de 2010, a turma da oitava série da Emef Rodrigues Al-ves, da localidade de Rincão da Boa Vista, município de Paraíso do Sul/RS, juntamente com a professora Josiane Platen Altermann, traçou metas para arrecadar fundos para a formatura do ensino fundamental. O grupo organizou um baile, duas rifas e estabeleceu mensalidades da turma. Posteriormente, surgiu a ideia de realizar trabalhos artísticos e vender nas festas escolares e em promoções da comunidade local.

A professora Josiane procurou parcerias para elaborar um proje-to, que encontrou com a professo-ra Mara Solange Willig Prade, da disciplina de Educação Artística, e a professora Merli Lúcia Müller, da disciplina de Ciências e Matemática, para enfocar atividades com mate-riais reciclados e cálculos de per-centual de custos e vendas. Após a formação das parcerias, procuraram fundamentações teóricas, como es-tudos bibliográficos e pesquisas na internet para encontrar sugestões de trabalhos artísticos. Posteriormente à elaboração do projeto foram reali-zadas oficinas no período de aula e, muitas vezes, em turno inverso devi-do ao interesse dos alunos.

A diversificação de trabalhos apresentados pelas professoras e confeccionados pelos alunos propor-cionou aos educandos a oportunidade de comercializar seus trabalhos nas festas promovidas pela escola no de-correr do ano. Também surgiu a opor-tunidade de participarem de eventos da comunidade local, como nas igre-jas, reuniões de grupos de trabalhado-ras rurais e residências particulares.

O envolvimento do grupo des-pertou o interesse dos familiares que, na maioria são fumicultores e agricultores de pequeno porte. Nas

horas vagas ou dias de chuva, estes produtores aprenderam com seus filhos as atividades desenvolvidas na escola. Tendo em vista o interes-se dos familiares, foram realizadas oficinas nas residências dos alunos para melhor orientação dos traba-lhos, onde participaram as mães, os

pel importante no crescimento pes-soal, pois é através das atividades práticas que o educando aprende a viver em sociedade e em harmonia com sua comunidade o que contri-bui para o crescimento da família e seu desenvolvimento como cidadão consciente.

Fotos: Divulgação/Afubra

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irmãos e muitas vezes os vizinhos. Esses traba-lhos, no decorrer do tem-po vêm tornando-se fonte alternativa de renda para as famílias.

O sucesso do pro-jeto “Trabalhos artísticos como fonte alternativa de renda” deve-se ao gran-de envolvimento de seus participantes, da iniciati-va das professoras e das oportunidades de comer-cialização dos trabalhos, promovendo assim o de-senvolvimento e cresci-mento dos educandos e da comunidade local.

A escola tem um pa-

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Projeto Pintura em Tecido estimula alunos

Nascentes de rio em pauta no Paraná

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A Escola Rural Municipal Arnal-do Busato, de Ampére/PR, realiza o projeto Pintura em Tecido na Escola em virtude de que a maioria das fa-mílias que vivem no campo sobrevi-vem, em grande parcela, com a ren-da da venda de produtos coloniais e uma pequena parcela de renda vinda do artesanato, produzido em grande maioria pelas mulheres. É uma cultura que passa de mãe para filha, ou seja, desde pequenas as fi-lhas das agricultoras aprendem com suas mães a costurar, bordar e cro-chetar e algumas vezes a pintar.

As crianças que frequentam o educandário são filhos de agriculto-res, e a proposta tem como objetivo principal estimular o gosto pela pin-tura, desenvolvendo a criatividade, dando liberdade para manifestação do talento natural para expressão artística, incentivando a preservação da cultura do artesanato no campo.

O trabalho é desenvolvido, no sa-

Durante o ano letivo de 2010 a escola Epitácio Pessoa, localizada no município de Flor da Serra do Sul/PR, participou de vários projetos dentro da Parceria Verde é Vida. Entre eles, o projeto horta, erva mate, lixo e rio. O projeto da erva mate foi apresentado por duas alunas em uma das reuniões da Parceria em Francisco Beltrão.

O projeto horta está em anda-mento. O professor, juntamente com os alunos, realiza o plantio das mu-das de verduras e legumes na horta da escola, acompanham o seu de-senvolvimento, cultivam as hortali-ças e consomem.

No projeto lixo, abordou-se a reciclagem do lixo, onde serão insta-ladas na escola lixeiras para que os alunos comecem a reciclagem e daí, partindo para a comunidade.

Quanto ao projeto do rio, o pri-

lão da comunidade em frente a esco-la duas vezes por semana no período matutino com crianças de 4º e 5º ano do Ensino Fundamental e abrange 20 alunos divididos em duas turmas em um tempo de duas horas aulas. Os materiais utilizados no projeto são: pincéis, tintas para tecido, lixa, carbo-no, cola permanente, tabua de fundo e tecido branco. Nas primeiras aulas os alunos utilizam um pano simples

dos alunos. Ao longo do curso e da aprendizagem das crianças preten-de-se introduzir outros materiais além do tecido, como madeira, E.V.A, po-tes de vidro e plástico.

Os alunos estão muitos motiva-dos em fazer o curso; alguns melho-ram até o comportamento, ficaram mais calmos, pois a pintura exige tempo, paciência, observação, insis-tência e dedicação.

Fotos: Divulgação/Afubra

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Escola estimula criatividade dos alunos

Alunos da escola Epitácio Pessoa.

e aprendem a fa-zer sombreado, desenhar e pintar folhas e frutos. Após essa etapa, são introduzidos panos de prato com um tema cada aula (flores, frutas, paisagem, natureza morta, temas infantis), dependendo da aprend izagem

meiro objetivo foi ir conhecer uma nascente, já que no município exis-tem mais de mil vertentes.

A visita foi à nascente do rio Marrecas que abastece a cidade de Francisco Beltrão. Este projeto tem os seguintes passos:

- pesquisa sobre nascente do rio;- representação em papelógrafo;- visita a nascente;

dáveis que existem é a água. A água não pode faltar no nosso organismo e por isso todos devemos contribuir para ajudar na preservação de uma água saudável.

A escola ainda realizou coleta de sementes de árvores nativas para a parceria com a Afubra, envolvendo toda a comunidade.

- contato com a mata ciliar;

- os afluentes do rio Marrecas.

- como proteger uma nascente de água;

- produção de texto.

Sabendo que um dos alimentos mais importantes e sau-

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Lixo tecnológico: preocupação também da escola

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A questão do lixo seco e orgânico sempre foi muito trabalhada nas esco-las. Entretanto, com o decorrer do tem-po, o homem criou os mais diferentes tipos de bens produzidos com tecno-logia digital - eletrodomésticos, fontes de energia, eletrônicos, celulares, com-putadores -, os quais são rapidamente substituídos por modelos melhores, ge-rando assim o lixo tecnológico. E este assunto necessita atenção.

Durante uma das aulas de Infor-mática dos alunos do 4º ano B do Cem Frei Silvano, de Água Doce/SC, com a professora Fátima Bortolini Pon-tel, a questão do lixo tecnológico foi levantada. Preocupados com a pre-servação do meio ambiente e com a qualidade de vida e das vidas futuras, foi decidido realizar um estudo sobre a questão e criar um blog para postar de forma sucinta os re-sultados do estudo. Assim, a professora Fátima aproveitou a oportunidade para comunicar e mos-trar aos alunos os resultados gráficos de uma pesquisa de campo sobre o que as pessoas fazem com o lixo tecnológi-co realizada no ano

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anterior com os alunos de 4ª série. A partir disso, nas aulas de Infor-

mática realizadas uma vez por sema-na, os alunos pesquisaram na internet e receberam material para compreen-der melhor o assunto. Ainda durante o estudo da questão do lixo tecnoló-gico foi criado o blog www.lixodatec-nologia.blogspot.com e postado um resumo daquilo que foi estudado para compartilhar com mais pessoas o assunto através da tecnologia digital disponível.

Ao ser concluído o estudo e sensibilizados acerca dos danos irre-versíveis que tal lixo pode causar ao homem e ao meio ambiente, a turma descobriu que uma empresa joaça-bense faz o recolhimento e dá um

destino adequado ao lixo tecnológi-co. A escola entrou em contato com a empresa e esta afirmou que recolherá o lixo coletado. Logo, decidiu-se rea-lizar uma campanha de coleta desse tipo de lixo em parceria com a empre-sa Alpha Lixo Digital.

Deste modo, nas aulas de Infor-mática, foram criados panfletos para serem distribuídos na escola e na co-munidade escolar, bem como no co-mércio local. Os alunos passaram nas salas explicando aos demais colegas o que é lixo tecnológico e distribuindo os panfletos. Alguns dos educandos ficaram encarregados de afixar os panfletos no comércio local.

Até o momento, os alunos estão trazendo lixo para a escola e assim

que uma determi-nada quantidade estiver reunida, a empresa será acio-nada para realizar o recolhimento.

Portanto, todo este trabalho foi fundamental para o desenvolvimento da cidadania bem como para a sensi-bilização da preser-vação ambiental e promoção da sus-tentabilidade da co-munidade. Trabalho da aula de informática desenvolveu melhoria na comunidade

Foto: Divulgação/Afubra

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Projeto Minha Escola em Ação

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O projeto Minha Escola em Ação, da Eep Prefeito Agenor Pio-vesan, de Erval Velho/SC, tem como finalidade desenvolver e ampliar conhecimentos, nas áreas de Edu-cação Ambiental, Saúde, Esporte e Lazer e Artes, de forma a preservar o ambiente e o patrimônio escolar como forma de melhorar suas con-dições de vida, estendendo-se à co-munidade.

Para motivar os alunos a partici-par ativamente do projeto, a escola lançou a Gincana 2010 inclusa no projeto. Todas as atividades desen-volvidas valiam pontos para as equi-pes e as vencedoras ganharam prê-mios pagos com a coleta do material reciclável, os quais estão inclusos:

- A limpeza das salas de aulas será monitorada semanalmente;

- O uso do uniforme também será monitorado pelo pessoal da secreta-ria, diariamente;

- O recolhimento do lixo reciclável e a contagem dos pontos serão feito por pessoa responsável;

- Coleta de prendas para festa ju-nina;

- Confecção de balões para orna-mentação da festa;

- Apresentação de um casal caipi-ra (5ª a EM) para desfilar na Festa Junina;

- Apresentação do Sinhozinha e Si-nhazinha (Séries Iniciais) para desfi-lar na Festa Junina;

- Mural dos alunos destaque, com média 7,0 em todas as disciplinas;

- Concurso para alunos “supera-ção” (de um desempenho baixo passar para um ótimo desempenho escolar).

Todos os professores estão envolvidos desde a 2ª série Ensino Fundamental Séries Iniciais até 3ª série do Ensino Médio, nos turnos matutino, vespertino e noturno. To-dos estes itens valeram pontos, du-

rante todo o ano letivo, para a gin-cana de encerramento do projeto Minha Escola em Ação que ocorreu em 08 de dezembro de 2010.

Como o projeto iniciou em mar-ço de 2010 e foi concluído em de-zembro, foram excelentes os resul-tados: plástico reciclável, cerca de 1.778 kg de plástico, os quais foram vendidos a uma das fábricas de re-ciclagem da cidade, obtendo o valor de R$ 1.256,40, usado para premiar as equipes vencedoras da Gincana e o restante ficará na conta do ComVi-da. As salas de aula permaneceram mais limpas e organizadas, com bom resultado em relação ao uso do uni-forme. Todas as turmas colaboraram com as prendas para Festa Junina e com a confecção dos balões para or-namentação. Outro fator positivo foi com o mural dos alunos destaque, motivados pela pontuação para sua turma como tarefa da gincana os alunos estudaram e se empenharam em ver seus nomes divulgados na pa-rede e ainda aqueles que, mesmo sem média em to-dos os bimestres, conse-guiram passar sem exame também pontuaram para

suas turmas e mais um incentivo com a tarefa do aluno “superação”, aquele que conseguiu passar de um aluno regular para bom, superando seus limites também foi reconhecido e pontuou para sua turma.

A escola considera um sucesso o projeto, conseguindo envolver os alunos, pais, professores e a comu-nidade e colaborar com a preserva-ção do meio ambiente, provando que o lixo pode contribuir no orçamento da escola quando reaproveitado. Os alunos foram motivados a serem bons e dedicados aos estudos, in-centivando o trabalho em equipe e, acima de tudo, provando que pode-se fazer a diferença quando luta-se por um mesmo ideal, valorizar e amar a escola, a família, os profes-sores e a vida.

Foto: Divulgação/Afubra

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Mural dos Alunos fez sucesso

Recolhimento de lixo contou com o apoio dos alunos

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Plantio de Árvores promove conscientização

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No Hemisfério Sul, o dia 21 de setembro prenuncia a chegada da primavera, estação onde a natureza parece recuperar toda a vida que es-tava adormecida pelos dias frios de inverno. A árvore ganhou um dia es-pecial em virtude de sua importância para a vida humana e também com a chegada da primavera, onde ganham nova vida, abrem lindas flores que dão origem a novas árvores. Com a chegada da primavera as cidades fi-cam mais alegres, pois essas se en-chem de flores de todas as cores.

Colaborando com o dia da árvo-re e aproveitando para o mesmo tem-po promover educação ambiental a partir de ações concretas, os alunos

do grupo ambiental da Escola Muni-cipal Guamiranga, de Guamiranga/PR, propuseram, em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Am-biente, a arborização do Centro de Eventos do Município. O objetivo foi de promover o plantio de árvores no Centro de Eventos de Guamiranga, comemorar o dia da árvore, promo-ver consciência ambiental a partir de ações concretas realizadas pelos alu-nos, promover a parceria entre o De-partamento de Meio Ambiente com a Escola Municipal de Guamiranga e promover ações ambientais com alu-nos e a comunidade escolar.

Cerca de 100 árvores de várias espécies foram plantadas em vários

pontos do Centro de Eventos e entre-gues às pessoas da comunidade, tra-balhando a conscientização ambiental dos alunos a partir de ações de cunho ambiental. As mudas de árvores utili-zadas foram produzidas pelo viveiro florestal municipal em parceria com os alunos da Escola Municipal Guami-ranga. Foi um total de 90 alunos s dos 3º e 4º anos e grupo ambiental.

Durante uma semana esses alunos, juntamente com a orienta-dora da escola e dirigente do grupo ambiental, se dirigiam até o viveiro de mudas municipal para preparar, embalar e colocar uma mensagem nas mudas que iriam ser distribuídas para pessoas da comunidade na blitz ambiental, como também a todos os alunos da escola municipal.

No dia 21 de setembro de 2010, Dia da Árvore, no período da manhã, acompanhados por funcionários da Secretaria do Meio Ambiente do Mu-nicípio e professores da Escola Muni-cipal Guamiranga, os alunos realiza-ram o plantio das mudas de árvores no Centro de Eventos do Município. Cada um dos alunos participantes do plantio recebeu uma muda para levar para casa e lembrar sempre desse grande dia.

No dia 22 de setembro de 2010 os alunos do Grupo ambiental, com a professora, fizeram palestras nas salas de aula, orientando os seus colegas sobre a importância da pre-servação e entregando-lhes mudas para plantar em suas casas. No período da tarde, reuniram-se nas dependências da Escola Municipal Guamiranga para pegar mudas de árvores, faixas e panfletos sobre meio ambiente, dirigiram-se para um local movimentado, onde realizaram a Blitz Ambiental. Os carros que pas-savam por ali paravam e lhes eram entregues mudas e panfletos.

Alunos plantaram mudas de árvores

Blitz Ambiental promoveu conscientização

Fotos: Divulgação/Afubra

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Escola desenvolve projeto Aluno Nota 10

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O projeto “Sou aluno nota 10 com o meio ambiente” foi desen-volvido pela Escola Rural Municipal São Braz, em Ipiranga/PR e teve início no mês de maio do ano de 2010, com a entrega de um cartaz com a ilustração de um sítio para cada uma das turmas de pré-escola à 4ª série do Ensino Fundamental. Neste sítio havia apenas a paisa-gem natural como: montanhas, rios, solo e coube aos alunos de cada turma montar o seu sítio.

A montagem do sitio ocorreu da seguinte forma: a cada semana foram lançados desafios criados pelo grupo ambiental, a serem cum-pridos pelos alunos, sendo que es-tes foram pagos pela moeda local, denominada Estudantecas. Cada desafio teve um valor de estudan-tecas pagos, conforme a realização da prova.

Semanalmente era realizada a venda para o sítio, que eram gravu-ras que completavam o cartaz do sí-tio entregue aos alunos no início do ano. Para pagar os componentes como cavalos, patos, tratores, pes-soas e outros escolhidos pela tur-ma, os alunos utilizam as estudan-tecas arrecadadas até o momento.

Dentro dos desafios elabora-dos pelo grupo ambiental estava a arrecadação de lixo reciclável, con-fecção de brinquedos feitos de lixo, concurso de paródias, concurso de redações, eleição da mascote do projeto, entrega de matéria orgâni-ca, idéia mais criativa de reutiliza-ção do lixo, cuidados com o jardim da escola, confecção de cartazes sobre a preservação, arrecadação do maior número de assinaturas de pessoas se comprometendo a cui-dar da natureza e vários outros que foram surgindo conforme a necessi-dade escolar.

Além da gincana ambiental o projeto promoveu muitas ações que

contribuíram para a escola como: a confecção de sacolinhas retorná-veis, aprimoramento de jogos con-feccionados com materiais reciclá-veis, confecção de um kit ecológico para os professores feito do próprio lixo reciclável trazido pelos alunos.

O projeto repercutiu dentro da comunidade, já que a mesma apro-vou e participou ativamente, sem-pre dando opiniões e ajudando para que o projeto tivesse êxito. Tanto que enviavam o seu lixo reciclável para a escola em carroças, carros, e até mesmo a cavalo.

No dia 12 de novembro houve o encerramento do projeto com o fes-tival Sou aluno nota 10 com o meio ambiente. Este acontecimento con-tou com a presença de pessoas da comunidade local, representantes do Departamento de Meio Ambiente Municipal, representante da Ema-ter, professores, motoristas e alu-nos. Neste dia foram apresentados os resultados do projeto, ações, fo-tos, entrevistas etc. Também houve a premiação da turma que apresen-tou o sítio mais estruturado, os 10 alunos destaques do projeto, moto-

ristas, professores, funcionários e demais alunos.

Através desse projeto a escola já conseguiu realizar várias metas previstas, como a construção de um quiosque para armazenar o lixo entregue pela comunidade local, preparação da terra para a horta es-colar, parceria com os catadores de lixo, criação de um clube de mães, visita de técnicos agrícolas na esco-la para auxilio, ajuda dos departa-mentos municipais em várias ativi-dades.

Com o dinheiro arrecadado com a venda do lixo, também foi possível comprar mudas para o jar-dim, tintas para a pintura de tijolos e pneus ornamentais do jardim, brin-des da premiação e passeio para as crianças vencedoras da gincana ambiental que aconteceu no dia 19 de novembro onde os mesmos tive-ram a oportunidade de conhecer um shopping em Ponta Grossa.

O projeto tem dado certo e já conta com a ajuda de todos os pro-fessores, funcionários, motoristas e pais, e certamente irá repercutir em benefícios ambientais à localidade.

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Lixo arrecadado foi vendido e valor usado em melhorias na escola

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De onde vem o pão que come-mos? Esta foi a pergunta feita pelos alunos do 4º ano da Escola Muni-cipal Professora Anahir de Oliveira Lima, logo que voltaram do recreio e o lanche servido era pão caseiro feito por um produtor de trigo da comunidade. A escola está situada na comunidade da Invernada, zona rural de Rio Azul/PR.

A partir daí, a curiosidade dos alunos transformou-se em Pesquisa Científica. O trigo é uma das princi-pais fontes de alimento para a huma-nidade. De seus grãos é fabricada a farinha, principal ingrediente para os mais diversos pães, biscoitos, bolos e massas em geral. Além de fazer parte da alimentação humana, tam-bém faz parte da dieta de animais e fins industriais.

No início, apenas os alunos do 4º ano foram envolvidos, mas no de-correr da pesquisa as demais séries estarão participando, desde a Edu-cação Infantil.

A metodologia do projeto foi de-finida durante encontros entre pais, alunos e professores por meio de tro-ca de ideias. A pesquisa iniciou com convite a um dos produtores de trigo que reside próximo a escola, onde o mesmo foi entrevistado pelos alunos sobre o processo do cultivo do trigo, até chegar ao pão na mesa.

Após foi realizado uma visita na propriedade do produtor e na lavoura onde iria ser feito o plantio. Marcada a data do plantio, os alunos da escola juntamente com pessoas da comuni-dade (moradores, pais e funcionários) puderam acompanhar o processo de preparo da terra, o plantio e, quando maduros os grãos, puderam acompa-nhar a colheita. “Foi uma descoberta muito interessante, pois muitos alu-nos nunca tinham presenciado uma colheita, nem mesmo a máquina que faz essa colheita”, relata a professora

Lanche leva alunos à Pesquisa Científica

do 4º ano, Vanderléia Lebit.A curiosidade dos alunos está

“aguçada”, pois o próximo passo será a moagem no moinho comuni-tário que fica ao lado da escola. Atu-almente está sendo realizada pelos alunos uma pesquisa que resgata a história do moinho.

A próxima etapa é a fabricação dos pães, macarrão, pirogue e outras receitas caseiras que serão trazidas e executadas pelos próprios alunos com a ajuda dos pais, sendo orienta-da pelos professores e pelas serven-tes da escola.

Dentro do planejamento da pes-quisa se prevê realizar no término des-se ano letivo um almoço comunitário, com as receitas trazidas pelos alunos,

pais e funcionários da escola, onde utilizarão como base o trigo colhido.

Com a execução desta pesquisa houve a interação família – escola – comunidade.

Está em fase de organização com os alunos uma apresentação de todas as atividades realizadas nesta pesquisa, dentre elas: danças, livri-nhos de receitas onde serão resga-tadas as receitas de pais, avós e de pessoas da comunidade tendo como ingrediente principal o trigo.

As atividades desenvolvidas nes-sa pesquisa científica contam com uma excelente participação e interes-se dos alunos, onde se percebe que escola - família – comunidade estão in-teradas na realização deste projeto.

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Danças fazem parte do trabalho realizado

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Implantação de cisternas mobiliza comunidade

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O Programa Interdisciplinar de Educação do Campo foi implantado pela Secretaria Municipal de Edu-cação de Canoinhas/SC no ano de 2005, iniciando como Projeto. Todas as 15 escolas situadas no meio ru-ral de Canoinhas, ou que recebem alunos provindos do meio rural são contempladas por este programa. O assessoramento é fornecido por téc-nicos agrícolas, atuantes de maneira interdisciplinar com os professores da rede de ensino, possibilitando a con-textualização entre teoria e prática.

Um dos trabalhos desenvolvidos na EBM Guilhermina Maria Veiga Ferreira, da localidade de Arroios, foi a implantação de cisterna. Através deste projeto, professores regentes e técnico agrícola, otimizam um mes-mo objetivo: conscientizar o aluno da importância do reaproveitamento da água da chuva. Nesta integração de atividades pedagógicas, realizam-se cálculos de irrigação e de vazão de água da torneira, com o pluviômetro foi possível marcar o volume da chu-va e calcular o tamanho do telhado. Desta maneira, proporciona-se ao aluno a verificação sobre a quantida-de de chuva necessária para encher a cisterna de 3.000 (três mil) litros.

Através deste trabalho, o aluno adquire consciência sobre reaprovei-tamento sustentável e associa o cur-rículo escolar a sua realidade.

As aulas são muito produtivas, os alunos se interessam pelos cál-culos, conseguimos trabalhar conte-údos de matemática e outras disci-plinas com as práticas fora da sala. Nossos alunos são oriundos do meio rural e compreendem perfeitamente os assuntos abordados na prática. Ressalta a professora Elisabeth S. Ferreira dos Santos, do 5º ano.

A intenção deste projeto pratica-do na Unidade Escolar é a de que os

agricultores adotem esta idéia, obser-vando alguns resultados obtidos na própria comunidade. Em relação as demais propriedades de agricultores da comunidade, nota-se que alguns já construíram cisternas e utilizam para encher o pulverizador e aplicar defensivos no fumo. Foi possível per-ceber isto na propriedade de Clóvis Pasienski. Já Valdemar Ferreira dos Santos pretende usar a água da cis-

terna que construirá para lavar auto-móvel e máquinas entre outras ações em sua propriedade.

“Visitamos agricultores da comu-nidade escolar e registramos avanços em relação a esse projeto, pois obser-vamos que há sinergia entre escola e comunidade, no sentido da proteção do meio ambiente”, comenta o técnico agrícola do Programa de Educação do Campo, Alvir Marcelo Fuck.

Projeto conta com adesão da comunidade

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Grupo Ambiental preserva a vida

Escola promove o Adote uma Árvore

O Grupo Ambiental Preservan-do a Vida da EEB Virgílio Várzea, de Itaiópolis/SC, tem muito o que come-morar. Em 2010, com nova formação envolvendo alunos das séries finais do ensino fundamental e do ensino mé-dio, desenvolveu inúmeras atividades em favor do meio ambiente. A princi-pal, certamente, foi o projeto sobre Embalagens PET, que culminou com coletas de lixo reciclável e distribuição de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica entre os alunos.

Os alunos foram sensibilizados sobre os prejuízos ao meio ambiente do descarte incorreto desse material e da necessidade de reciclar o lixo. Atra-vés da campanha foram arrecadados cerca de 300 kg de lixo reciclável e distribuídas mais de 600 mudas de ár-vores nativas.

Além disso, o Grupo Ambiental promoveu a Campanha de Separação de Papel na Escola. Foram distribuí-das caixas nas salas para separar o papel que, posteriormente, é encami-nhado para Reciclagem.

A Escola Municipal Nossa Senho-ra Aparecida de Rio Negro/PR, locali-zada no Conjunto Habitacional Nossa Senhora Aparecida, preocupada com o plantio de árvores e que as mesmas sejam cuidadas até atingirem a sua fase adulta, desenvolve com os alunos e suas famílias o projeto Adote uma Árvore, desde 2008.

Os alunos são conscientizados a conversar com seus familiares sobre a importância desta adoção, pois serão responsáveis pelo bem estar desta ár-vore, surgindo a necessidade da esco-lha do local certo dentro do terreno de cada família, para que ela não venha a atrapalhar, obstruir calhas, etc. O vi-veiro municipal cede as mudas das ár-vores que podem ser escolhidas pelas

Em parceria com a Secretaria Estadual de Educação aconteceu a campanha “De olho no óleo”, com coleta de óleo de cozinha usado en-caminhado para empresa que reuti-liza na produção de sabão. O Grupo Ambiental criou o Reciclóleo, mascote da campanha para motivar os alunos. Muitas atividades atingiram a comu-nidade escolar, através dos alunos e dos meios de comunicação utilizados para divulgação de atividades e sensi-

bilização para a necessidade urgente de cuidado com o meio ambiente.

O Grupo Ambiental é uma organi-zação importante na escola, uma vez que garante um canal de comunicação entre direção e alunos e um apoio as atividades desenvolvidas pela direção em prol da escola e dos estudantes.

“Ninguém pode voltar atrás e fa-zer um novo começo, mas qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” (Chico Xavier)

Alunos entregaram mudas de árvores nativas

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acácia aleluia e outras.Uma vez por mês é feita a roda da

conversação onde cada aluno é convi-dado a contar o que observou em sua árvore: se cresceu, folhas caíram, deu flores, produziu frutos. Em seguida faz-se o sorteio para a visita em uma casa.

De um ano para o outro é feito o repasse das infor-mações para a professora do ano seguinte a qual dá continuidade ao projeto, sa-bendo quantos alunos de sua sala tem uma árvore adotada, providenciando a adoção para alunos novos e para aqueles que por algum

motivo a árvore não se desenvolveu.Observa-se a aceitação das famí-

lias e a certeza que cada árvore adota-da será muito bem cuidada. Desta for-ma, caminha-se lentamente mas com a certeza de que os objetivos estão sendo atingidos.

Projeto incentiva o cuidado com as árvores

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A semana de meio ambiente em Agronômica

Plantio de mudas em área do Parque de Eventos

As escolas municipais de Agro-nômica/SC promoveram no ano de 2010 a semana festiva de meio ambiente que se realizou na esco-la municipal Alto Mosquitinho com a participação das escolas Cabeceiras Ribeirão Areias e escola municipal Rosa Lanznaster de Souza. O evento surgiu das ideias dos professores de apresentar um trabalho de conscienti-zação ambiental que envolvesse toda a comunidade de Alto Mosquitinho.

No devido evento foram realiza-das apresentações culturais, oficinas diversas, distribuição de mudas, além de um delicioso café.

O painel, o jardim suspenso, a arvore ambiental, poesias e o teatro uma adaptação do mágico de inox foram todos elaborados pelos alunos. O teatro do mágico de inox contava a história de um mágico que sabia como ninguém a arte da reciclagem então os lixos que ficam jogados no meio ambiente iam procurá-lo para serem transformados em coisas no-vas, pois ficavam muito tristes de se-

No ano de 2009, a prefeitura de Vidal Ramos/SC disponibilizou uma área no novo Parque de Eventos do município para que a escola de Edu-cação Básica Cacilda Guimarães pu-desse desenvolver projetos de edu-cação ambiental. No início de 2010, em parceria com Epagri e Afubra, foi realizado com alunos das sétimas sé-ries, o plantio de mudas de árvores nativas da região em uma área de en-costa localizada perto da entrada do Parque. No decorrer do ano os alunos puderam acompanhar o crescimento das mesmas e realizar os devidos cui-dados. Em meados do ano, a escola recebeu mais mudas da Afubra, sen-do que grande parte dessas serviram para replante e para aumentar a área já reflorestada.

durada os desejos de como seria um mundo mais florido e sem poluição. Foram elaboradas várias poesias sobre o sofrimento do planeta com a poluição e a derrubada das árvores.

O evento foi um verdadeiro su-cesso: pais, alunos,professores e a comunidade em geral ficaram muito satisfeitos com o resultado.

rem desprezados depois de serem usados pelos seres humanos.

Foi feita a oficina de montagem de horta e jardim feitos com garrafa pet, o jardim confeccionado pelos alunos ainda tá na escola enfeitando o ambiente. Na árvore ambiental que foi um trabalho do pré e jardim foi co-letada uma árvore seca e nela pen-

Teatros fizeram parte da programação

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Ainda no decorrer do ano a esco-la providenciou placas com os nomes dos alunos e das professoras que participaram do plantio - aproximada-mente 75 alunos e três professoras - que foram fixadas junto com cada árvore plantada. Com este trabalho pretende-se ter um local permanente de estudos e ob-servação de espé-cies nativas.

Uma das di-ficuldades encon-tradas é que o local é bastante acidentado e pas-sível de erosão,

além de ser local de escoamento das águas do parque, o que acaba preju-dicando o crescimento das plantas. Mesmo assim, a escola pretende continuar o projeto, reflorestando outras áreas do parque.

Mudas foram plantadas por professores e alunos

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Projeto Alimentação Saudável mobiliza alunos

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A reflexão sobre a alimentação que envolve o dia-a-dia vem repleta de hábitos errados que prejudicam a saúde. Pensando nisso é que os pro-fessores da Rede Municipal de Ensi-no de Petrolândia/SC elaboraram e executaram nos meses de agosto e setembro do ano de 2010 um projeto que ajudou na reeducação alimentar dos alunos e, consequentemente, na alimentação de toda comunidade es-colar do Centro Educacional Indaiá e de toda rede municipal de ensino.

Sensibilizar e conscientizar as crianças da importância de se ter uma alimentação saudável e des-pertar o interesse delas por alimen-tos saudáveis, conhecendo suas propriedades e benefícios para a saúde, foram os principais objetivos do projeto.

Durante a execução do projeto foram desenvolvidas muitas ativida-des com os alunos da Educação In-fantil e do Ensino Fundamental, tais como: conhecer e ajudar na manu-tenção da horta da escola; conhecer as hortaliças que estavam plantadas na horta da escola e na horta de casa; foram feitas listas e desenhos dos alimentos que as crianças mais gostavam e que menos gostavam de comer; Acrósticos; Produção de fra-ses e textos com os alunos sobre o tema; Entrevista com os pais sobre: O que eles comiam quando eram crianças; Foi feito também uma Pa-lestra ministrada pela Nutricionis-ta da prefeitura sobre Alimentação Saudável com as crianças e com os pais; Foram feitos cartazes, pai-néis e Mosaicos de frutas e verduras com papel dobradura, Eva e papel crepom, e depois todos os materiais foram usados no desfile cívico de 7 de setembro.

Para finalizar o projeto, foi ofere-cido através da Secretaria da Educa-

ção um Curso de Reaproveitamento de alimentos para todas as mães dos alunos.

Todas as atividades do projeto que foram feitas dentro e fora de sala de aula foram de muita importância. “Mas o que mais contou foram as mudanças de hábitos constatadas

durante a execução do projeto e, principalmente, o engajamento dos alunos e dos membros da comunida-de nas atividades desenvolvidas no projeto”, conta a satisfeita a profes-sora Marlene Willemann, ao concluir o projeto.

Desfile Cívico foi palco de divulgação de projeto

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Meio ambiente: sustentabilidade e cidadania

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Os alunos da Emef José de An-chieta, localizada em Potreiro Gra-de, interior de Passo do Sobrado/RS, são a fonte de inspiração e tra-balho e o desejo de que se formem bons cidadãos, participativos e atu-antes no ambiente em que estão in-seridos é presente nos professores. Assim, as ações contribuem de for-ma a introduzir nos alunos o desejo de participar e de mostrar que sua participação faz a diferença. Para isto, a escola incluiu o projeto guar-da-chuva: Meio Ambiente – susten-tabilidade e cidadania.

Dentre os projetos da escola estão a Panificadora, com o intui-to de produzir para comercializar; a Horta Escolar, buscando desen-volver técnicas de produção e uma alimentação saudável; a Educação Rural foi alvo dos alunos de currícu-lo, onde visitaram produtores rurais e também a prefeitura municipal; o Clube de mães já existe desde 2009, onde realizam várias ativida-des e comercializam seus produtos em eventos da escola e do municí-pio. Também são projetos da escola a Dança, os Esportes e o Bolsa de Sementes que, em 2010, arrecadou grande quantidade de sementes e teve um intenso trabalho por parte dos alunos.

Um grande passo para auxi-liar no equilíbrio entre ambiente e homem foi o projeto de Coleta de Materiais Recicláveis na comuni-dade, uma parceria entre a Secre-taria de Educação, escolas e uma empresa especializada. Os alunos e comunidade trouxeram o lixo re-ciclável para a escola e este foi en-caminhado para um destino correto (reciclagem), contribuindo para um ambiente mais limpo e equilibrado ecologicamente.

Um projeto que foi motivo de orgulho foi o projeto desenvolvido pelos alunos do currículo e que teve

intenso trabalho da 4ª série. Este foi o projeto Macela ou Marcela do Campo, desenvolvido com método científico e apresentado em Mos-tras Multidisciplinares da região.

Sendo assim, a escola contri-bui com o meio ambiente, com o desenvolvimento da comunidade e também com a cidadania, pois os alunos estão engajados nos proje-tos da escola, vivendo em grupo e desenvolvendo atividades que os integram com a comunidade, mos-trando seu valor como pequenos cidadãos.

Já a Emef Nossa Senhora da Saúde, de Passo da Mangueira, interior de Passo do Sobrado/RS, encontra-se em grande alegria, pois é motivo de alegria e orgulho rece-ber uma escola nova. Durante o ano de 2009 foi encaminhado um proje-to ao Governo Federal, o qual foi aprovado e encontra-se em desen-volvimento. Este projeto visava a construção de um prédio novo para a escola. Foi adquirido, então, um terreno nas proximidades da esco-la, sobre o qual é erguido um sonho para a comunidade e uma referên-

Alunos conheceram horta modelo, em Segredo

Foto: Divulgação/Afubra

cia para a região.A escola sempre foi atuante

na comunidade e esta sempre deu apoio à escola; um exemplo disto foi a doação de um espaço para a construção da horta escolar.

No ano de 2010 foram inúme-ras atividades voltadas ao meio ambiente: foram caminhadas para a distribuição de mudas de árvores nativas pela comunidade, palestras sobre problemas ambientais, reco-lhimento e coleta de lixo reciclável para destinação correta, coleta de sementes.

O pátio da escola nova recebeu mudas de árvores nativas plantadas pelos alunos, agregando ao bosque natural, já existente no pátio, que servirá para ser contemplado e tam-bém para estudos.

Os alunos já desenvolvem pro-jetos científicos, um exemplo disto foi o Jornal Escolar, desenvolvido em 2010, pelos alunos de 8ª série, e que este ano conta com o apoio de 7ª e 8ª séries e professoras regen-tes. Este trabalho também já colheu frutos em Mostras multidisciplinares da região.

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Rio Pardo resgata cultura açoriana

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O grupo de danças açorianas da Emef Casemiro de Abreu, de Rio Pardo/RS, intitulado “Açoriarte” existe desde o ano de 2006 sob a coordenação da professora Rose-lita Machado Paz com o apoio de toda a comunidade escolar. Deste tempo para cá seus integrantes se apresentam em diversos locais da região, sempre com o propósito de divulgar a cultura açoriana.

Com o objetivo de se aprofun-darem nessa cultura o grupo vem pesquisando sobre o assunto, in-clusive realizando visita aos pontos turísticos da cidade, os quais pos-suem muitos traços dessa cultura. Entre eles destacam o Museu Barão de Santo Ângelo em Rio Pardo uma das primeiras casas construídas na cidade e único prédio que possui em sua arquitetura os verdadeiros traços açorianos expostos em seus mínimos detalhes, tendo sido cons-truída por um açoriano. Entre outras coisas pode-se perceber que a es-cola, através do grupo de dança, retrata um pouco da cultura açor pela origem do município, já que os primeiros habitantes vieram das Ilhas dos Açores. Na arquitetura de alguns casarios de Rio Pardo é pos-sível ainda hoje perceber as marcas da colonização açoriana como os beirais bem trabalhados, as janelas arqueadas, as vidraças externas, os azulejos na fachada.

As coreografias do grupo faziam parte do dia a dia açor, como por exemplo, o Rema, que traz o movi-mento dos remadores. Percebendo essas relações, a aluna Etiele Ortiz Silva, envolvida no trabalho, diz “que a cultura açoriana está espalhada por todo o nosso município e mui-to viva entre sua população. Muitas das ações que praticamos no dia a dia, no interior principalmente, estão diretamente ligadas aos costumes e modo de vida português”.

Sobre a dança, o aluno Jefer-son Rick Sisnande relata “que con-sidera a dança um aspecto muito importante por que existe em nossa escola um grupo de dança açoria-no, desde o ano de 2006. O grupo faz lindas apresentações e nós da escola conhecemos um pouco des-sa cultura, que foi e é tão importante em nossa história”.

Para a aluna Sabrina Schnei-der, “ao longo do tempo escolar, tive a oportunidade de participar do grupo açoriano; eu entrei por en-trar, mas não por conhecimento da cultura açoriana. Quando ouvi pela primeira vez o som daquela viola de 15 cordas e o canto sofrido e melancólico, tive um estranhamen-to, pois em nada parecia com som da gaita, do violão da dança gaú-cha que costumamos ouvir. Hoje compreendo que esta sonoridade evidencia o sofrimento daquele povo açor que na época eram mui-to pobres, vivendo sem espaço nas ilhas superlotadas”.

A roupa açoriana que é usada pelo grupo do colégio é característi-ca da Ilha Terceira e é diferente da usada pelos portugueses de fora do

arquipélago por conter menos deta-lhes; os açorianos usavam lã crua, enquanto que os portugueses usa-vam veludo. Mesmo na indumentá-ria masculina, as roupas de lã eram bem pesadas e quentes porque nas ilhas era muito frio. Nas vestimentas dos açores era utilizado o artesana-to para enfeitar, por exemplo, o pon-to cruz, macramê, chapéu de palha, as escamas de peixe para fazer de-talhes nas roupas e vestidos de noi-va, as tamancas de feitio artesanal esculpidas em madeira.

Para a coordenadora do grupo, “com o desenvolvimento desse pro-jeto estamos conhecendo um pou-co mais de nossa história que tem suas raízes e traços no arquipéla-go dos açores, no passado muitos de nossos descendentes emigra-ram das nove ilhas de Portugal em busca de uma vida melhor aqui no sul do Brasil, instalando-se as mar-gens dos rios. Em Rio Pardo foram se alojando próximos ao Rio Jacuí. Esse povo batalhador, que aqui re-escreveu sua história, nos deixou uma grande herança cultural, da qual temos orgulho de relembrar e retratar através da dança”.

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Grupo de dança resgata história de Rio Pardo/RS

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Bolsa de Sementes e o desenvolvimento do espírito científicoA EMEF Três de Maio, de Linha

Teotônia, município de Agudo/RS, há vários anos participa do projeto Horta Escolar, uma iniciativa da Se-cretaria Municipal da Educação e Cultura de Agudo em parceria com a CooperAgudo e escolas do municí-pio, que tem como objetivo sensibili-zar a comunidade escolar da impor-tância para o desenvolvimento social e cultural do educando, bem como incrementar o cardápio da merenda escolar tornando-a mais nutritiva e saborosa.

Ciente dessa importância, no ano de 2009, a Escola, com o apoio do Círculo de Pais e Mestres, am-pliou e reestruturou totalmente sua horta, oferecendo assim aos pro-fessores e alunos um local com me-lhores condições para desenvolver suas atividades e experiências.

Como novidade, a partir do Projeto Verde é Vida da Afubra, do qual a escola participa desde 2009, surgiu a ideia da construção de uma estufa com garrafas pet. A proposta, por iniciativa do professor coordena-dor Valério Vilí Trebien, foi apresen-tada à direção, professores e alunos, e todos a ela aderiram. Foi demarca-da a área de aproximadamente 40m2

(4,5m x 9m) dentro da própria horta. Através de uma gincana foi realizada a coleta do material, ocasião em que foram arrecadadas mais de 3.000 unidades. Com essa ação retirou-se da natureza um material de difícil decomposição além de poder mos-trar-se uma possibilidade prática e barata de obter um ambiente prote-gido para a produção de hortaliças e legumes em qualquer época do ano, antecipando a colheita e servindo de estímulo aos jovens para construir sua própria estufa, tendo assim mais uma alternativa de renda.

Coletado o material deu-se início a construção, propriamente

dita. Primeiramente montou-se a estrutura com madeira. Os “litros” foram preparados retirando-se os ró-tulos e tampas. Furou-se a base ou o fundo, para poder passar o arame. Feito isso, transpassou-se o arame nas garrafas e a estufa foi construída em forma de arco. Em 2009, a estufa serviu de laboratório para o plantio de pepino, tomate e pimentão.

Os alunos puderam fazer obser-vações comparando os produtos de dentro da estufa com os produtos plantados ao ar livre. Apesar da ne-cessidade de aperfeiçoamento, pôde-se perceber que a produção de legu-mes e hortaliças na estufa ocorre num menor es-paço de tempo, do que aquelas produzidas ao ar livre, bem como há uma menor incidência de pragas e doen-ças nas plantas cultivadas no ambiente prote-gido.

Salienta-se

Fotos: Divulgação/Afubra

Limpeza de canafístula com a 5ª sérieque a construção desta estufa não visa apenas a produtividade maior, mas a melhoria da qualidade da me-renda dos nossos alunos e servir de exemplo que possa ser seguido tam-bém nas propriedades de nossa co-munidade ou comunidade vizinhas.

Nesta, e em todas as demais ações que a escola desenvolve, o ob-jetivo principal é envolver os alunos, contribuindo, assim, na formação de cidadãos conscientes e preparados para viver em uma sociedade que está em constante transformação e cada vez mais exigente.

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Limpeza de paineira em aula de técnicas agrícolas na 8ª série

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Escola compromete-se com educação para a vida

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Escola investe em esportes e integra a comunidadeA Escola de Ensino Funda-

mental Martinho Lutero, de Santa Augusta, interior de São Lourenço do Sul/RS, vislumbrou no esporte uma forma de incentivo para a in-tegração escolar.

Esta integração e o apoio da comunidade motivaram a Escola a participar pela primeira vez dos Jo-gos Olímpicos Municipais realiza-dos entre os dias 07 de setembro e 27 de outubro de 2010, que contou com a participação de 16 escolas municipais, estaduais e particula-res das regiões urbanas e rurais do município. A Escola inscreveu alunos do 4º ao 8º ano fundamen-tal, num total de 65 atletas, nas ca-tegorias pré-mirim, mirim e infantil, masculino e feminino, nas moda-lidades de vôlei, futsal, futebol de sete, handebol, damas e atletismo.

Para grande surpresa de to-

dos, em sua primeira participação nos jogos, a Escola Martinho Lu-tero foi a grande campeã da com-petição. Além da conquista nos jogos, a aluna Luciele Hellwig do 8º ano foi eleita 2ª princesa do XII Jogos Olímpicos Municipais.

Segundo a diretora Renata Ko-hler, apesar da Escola não ter qua-dra e nenhum espaço adequado para a prática poliesportiva, o pro-fessor de Educação Física Émerson Fischer acreditou na potencialidade dos alunos. Contando com o apoio, incentivo e compreensão dos pais, de toda a equipe diretiva, coordena-ção pedagógica e demais professo-res, o mesmo inscreveu a Escola no torneio como forma de integração esportiva e cultural de toda a comu-nidade escolar. A diretora ressaltou ainda que esta iniciativa motivou a todos os componentes da Escola:

todos estavam torcendo pelos alu-nos nas disputas.

As professoras Leni Karnopp e Lilian Curtinaz ressaltam que des-de os primeiros jogos, observou-se nos alunos muita “garra”, todos estavam tentando dar o melhor de si e todos os professores da Es-cola tiveram grande participação de motivação para esta conquista. Segundo as professoras, nas com-petições os alunos demonstraram valores já trabalhados na escola, como responsabilidade, respeito, cumplicidade e humildade, tanto na vitória quanto na derrota. “Na verdade foi uma conquista coleti-va, onde cada um fez a sua parte. A expectativa é que cada vez mais esta conquista traga motivação para que toda a comunidade siga unida em prol dos objetivos da Es-cola”, finalizam as professoras.

A Emef Heitor Soares Ribeiro, localizada em Florida, 2º distrito de Canguçu/RS, conta com 12 salas de aula, um amplo refeitório, biblioteca, laboratório de informática, dependên-cias para o setor administrativo, área poliesportiva coberta, construída em parceria com a Fundergs e eventual fechamento e demais infraestrutura em parceria com a Souza Cruz.

Em busca de uma educação cada vez melhor empenha-se em preparar o aluno para a vida, por isso, além dos conteúdos programá-ticos, trabalha a parte diversificada, com as disciplinas de Cultura Regio-nal, que busca valorizar a história e resgatar costumes antigos, bem como a de Educação Social, na qual são inseridos assuntos que são de fundamental importância para o ho-mem do campo, como por exemplo, leis ambientais, uso de EPIs, análise

de contratos, preenchimento de no-tas e demais.

Além disso, a escola trabalha diversos projetos, dentre os quais destaca:

• Adolescência Sadia;• Viva bem no Trânsito;• Verde é Vida, da Afubra;• Horta;• Pomar orgânico;• Construindo o futuro na era da In-

formática;• Minha Escola prazer em conhecê-la;• UCA - um computador por aluno

(Ministério da Educação junto com a Prefeitura de Canguçu).

Pelo Projeto UCA a escola rece-beu 383 laptops educacionais para alunos e professores, os quais são utilizados em aula como mais uma ferramenta que chegou para inovar o ensino, melhorando a qualidade da educação pública. Para isso a Secre-

taria Municipal de Educação e Espor-te selecionou profissionais para uma capacitação junto à Universidade Fe-deral do Rio Grande do Sul, os quais num segundo momento, capacitou os docentes da escola. Ainda mais so-bre o projeto acesse www.projetouca-canguçu.blogspot.com.

Não há como fazer uma separa-ção dos projetos realizados na esco-la, já que o conhecimento se dá na totalidade por isso todos os projetos citados estão interligados em um único chamado Projeto Guarda-Chu-va que engloba todos os demais.

Por fim pode-se dizer que a construção da cidadania deve ser uma proposta constante na escola, sempre na tentativa de criar um es-paço de superação do individualis-mo e possibilidades de um ambiente saudável, levando-se em conta a fe-licidade coletiva.

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Um saber a mais: projeto da Casa Familiar Rural

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A Casa Familiar Rural de Iporã do Oeste/SC, desenvolveu com os alunos um projeto de coleta de se-mentes de árvores nativas, durante o ano letivo de 2010. O projeto é dentro da proposta do Verde é Vida para ins-tigar os alunos à coleta de sementes. O resultado foi de grande importância para comunidade escolar, pois pro-porcionou um conhecimento a mais aos alunos que buscaram junto às pessoas de mais idade conhecer as árvores nativas de sua comunidade. Os pais e avós relatam que, durante o desenvolvimento do projeto, sentiram-se valorizados por poder ajudar seus filhos e netos a identificar as plantas.

A divulgação deste projeto come-çou com a explicação do desenvolvi-mento, manejo, época de coleta das sementes, exemplares de arvores possíveis de coletar sementes, além de explicitar o processo de seleção e secagem das sementes. Com o de-senvolvimento do projeto na prática a cada passo se verificava um maior empenho dos educandos em conhe-cer as árvores nativas.

As sementes coletadas pela es-cola são enviadas a Universidade Fe-deral de Santa Maria (RS) onde são classificadas e armazenadas. Além da educação ambiental, o lado pe-dagógico também é destacado, por envolver todos os professores e disci-plinas. A professora de física diz que “no desenvolvimento da aula de física utilizou o conhecimento prático de pe-sagem de sementes e classificação, para explicar o conteúdo”.

Em um segundo momento do projeto as sementes que não foram utilizadas para este fim, pois algumas estavam estragadas por insetos e de baixa qualidade ou aquelas que não completaram o peso mínimo, foram utilizadas para fazer artesanato e os alunos confeccionaram mandalas fei-tas com madeira reaproveitadas, doa-das por uma empresa que instala som

em carros, além de círculos de madei-ra, foram utilizados outros materiais como: cola branca, verniz e semen-tes. O trabalho foi realizado no contra turno da escola aproveitando o tempo em que os alunos poderiam ficar ocio-sos, auxiliados pelas professoras Nei-va Franceschi e Fabiana Tres.

Os alunos puderam utilizar de sua criatividade para desenvolver a mandala ecológica, onde a mesma serviu de ornamentação, em suas ca-sas. Na oportunidade, os alunos de-senvolveram algumas mandalas que

foram doadas a escola, para embele-zar o refeitório sendo que, os visitan-tes elogiaram muito o trabalho.

Satisfeitos por coletar as se-mentes, adquirir um conhecimento a mais, ajudar o meio ambiente e no final desenvolver a mandala ecológi-ca, para embelezar suas casas e ter a coleta registrada como marca neste momento vivido. Relatam os alunos: “Foi ótimo participar deste projeto”. A segunda edição do projeto está em andamento neste ano de 2011.

Coleta de sementes.

Mandalas produzidas com as sementes descartadas.

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Escola enfoca questões humanas e ambientaisOs princípios que orientam a

prática pedagógica da Emef Osní Medeiros Régis, de São José do Cedro/SC, são fundamentados na educação para a cidadania que engloba também as questões am-bientais, assim como as questões humanas. A preocupação com a agricultura alternativa surgiu a par-tir do projeto “viva sem drogas”. A escola abordou o referido tema com o objetivo de oferecer alter-nativas de hábitos saudáveis para os nossos alunos, com iniciativas e ações voltadas para o processo de interação social e cooperativa de forma consciente e reflexiva. Os alunos foram motivados a obser-var as suas propriedades com um olhar especial, apoiados nos textos produzidos na Olimpíada de Língua Portuguesa que teve como tema “O Lugar onde Vivo”.

A globalização se manifesta como um fenômeno mundial, inter-ferindo na organização da socie-dade. Atualmente, viver na cidade tem um custo de vida mais alto do que no campo. Na cidade é neces-sário comprar tudo, desde saladas, carnes, ovos etc. Já no interior, o cultivo da terra com a diversifica-ção de culturas e a rotatividade de produtos produzidos com o fruto do trabalho coletivo das famílias pro-porciona o básico para uma vida saudável.

Cuidando da horta, obtêm-se hortaliças e assim acontece com o gado leiteiro, com o milho, com as frutas e com as fontes para ter água limpa. O milho, como não tem bom preço no mercado, planta-se apenas para tratar as vacas e as galinhas. A horta se aduba com o estrume, que obtêm-se na varanda do galpão, onde os animais pas-sam a noite. Com isso pode-se ter belas hortaliças com custo baixo e

sem adubo químico. O leite é tirado com o uso da ordenhadeira e nada de muita tecnologia. Nas proprie-dades, vive-se de uma forma muito simples, sem luxo.

“Temos o privilégio de ter pro-priedades que dispõem de grandes volumes de água: açudes com pei-xes para o consumo das famílias, bebedouros para os animais e fon-

tes que oferecem água fresquinha. Temos o privilégio de ter em nossa comunidade a nascente do Córrego Aimoré, afluente do Rio Bonito, que atravessa a comunidade de Mari-flor”, dizem os alunos, ao concluir com a frase: Viva em harmonia com a natureza, pois as gerações futu-ras também precisarão de um “can-tinho qualquer” para viver.

Propriedade na comunidade

Fotos: Divulgação/Afubra

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Projeto EEEMAT Cidadã 2010A Escola Estadual de Ensino Mé-

dio Arroio do Tigre, de Arroio do Tigre/RS, realiza desde 2008 o Projeto EE-EMAT Cidadã, que reúne os projetos e atividades realizadas no decorrer do ano letivo na escola. Mensalmen-te são desenvolvidos projetos ou ati-vidades que visam abordar no dia a dia a mudança de atitudes e também a construção de novos conhecimen-tos. Dentro do projeto EEEMAT Ci-dadã, desenvolvem-se os projetos menores: de Leitura, Solidariedade, Meio Ambiente, Estudante, Farroupi-lha, Criança, Semana do Município e Natal, que sempre desenvolvem ati-vidades envolvendo a comunidade escolar.

O projeto de Leitura envolveu a produção teatral e apresentações dos mesmos ao público. Além disso, ofereceu a hora do conto, o cantinho da leitura e o cantinho de produções de desenhos, além de uma pequena feira do livro na escola.

No projeto Solidariedade, cada turma visitou uma entidade que rea-liza atividades sociais, de saúde ou prestação de serviço para conhecer as carências e necessidades mate-riais da mesma. Após a visitação, as turmas montaram cestas com dona-tivos para auxiliar no trabalho destas entidades. Estas cestas foram entre-gues aos representantes das entida-des numa solenidade na escola.

O projeto do Meio Ambiente re-alizou a já tradicional gincana que, em 2010, teve como tema a água. Para o Ensino Médio e séries finais do Ensino Fundamental foi desenvol-vida a gincana, que envolveu ativida-des diversas, culturais e recreativas. Para as séries iniciais, foram ofere-cidos momentos como o Mural de Recados, Jogos de Mesa feitos com sucata pelo Grupo Ambiental Galera Verde é Vida; brinquedos de sucata e uma oficina na qual eram confec-cionados peixes ou barquinhos que

eram levados até o laguinho da pra-ça, onde os alunos puderam brincar com seus brinquedos.

Na Semana do Estudante rea-lizaram-se os jogos interséries em cada turno e também a escolha das rainhas, princesas e rei dos estu-dantes. Na Semana Farroupilha, realizaram-se atividades diversas, entre as quais as rodas de chimarrão no Rancho EeemTchê, escolha das prendas e peões, além de jogos tradi-cionalistas como o jogo da argola e o futebol de bombacha. Na Semana da

Criança foram realizadas atividades lúdicas e brincadeiras diversas para lembrar o dia da criança. Na Semana do Município, a escola participou das atividades programadas.

Com estas atividades, percebeu-se que vivenciar na prática é o melhor caminho para construir a cidadania e formar pessoas que sejam observa-doras da realidade em que vivem e que possam contribuir para tornar o seu espaço um lugar aprazível e bom de se viver.

Foto: Divulgação/Afubra

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Prendas e peões da escola

Donativos entregues às entidades assistenciais

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Projeto Espuma: a preocupação com a natureza

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O trabalho de reciclagem é um incentivo do bom exemplo e da for-mação da comunidade para uma cultura de proteção do meio ambien-te. Levando em consideração os al-tos índices de poluição ambiental sa-be-se que o lixo é um dos principais agravantes desta triste realidade, e devido a isto, a Emef José Rech, de Passa Sete/RS, iniciou um trabalho de reciclagem à nível. O projeto sur-giu na escola e foi desenvolvido por professores e alunos, apoiados pela direção, que tiveram a iniciativa de envolver a comunidade, sensibilizan-do-a por meio de visitações orienta-das. A partir daí, uma das principais ações realizadas foi a coleta do óleo saturado, enviado para a Afubra e transformado em biodiesel. Todo o método para a realização deste pro-jeto foi incentivado e divulgado no município de Passa Sete, por meio de reuniões de demonstrações às pessoas em geral, trabalhando a questão da reciclagem e da preser-vação do meio ambiente como uma proposta educativa.

De acordo com pesquisas, sa-be-se do teor de contaminação do óleo saturado e dos danos que este causa ao ambiente, se nele jogado. E devido a isto, os alunos e suas fa-mílias preocupados, pois a maioria deles utiliza gordura animal, ou seja, “banha de porco”, aderiram ao Pro-jeto, dando a ele maior força e cre-dibilidade. O Projeto teve aceitação imediata pela comunidade em geral. Dessa forma, buscou-se uma ma-neira adequada de dar um destino a este produto que é a principal maté-ria prima do projeto Espuma.

O objetivo principal do Projeto é incentivar os alunos da escola no desenvolvimento de ações de pre-servação educativa do meio ambien-te e de reciclagem do óleo de cozi-

nha e da banha, produzindo sabão e outros produtos de limpeza, con-juntamente com os valores de soli-dariedade e cidadania. Após o reco-lhimento do óleo, dos procedimentos de obtenção, o próximo passo foi a montagem e processo de fabricação do sabão e demais produtos, auxilia-dos pelos professores. Tudo foi feito na própria escola com as medidas de segurança necessárias.

Para o próximo ano letivo as ati-vidades continuarão a serem desen-volvidas e, juntamente com os alu-nos e os pais, serão pensadas novas formas de aplicação da matéria pri-ma utilizada no projeto. A questão da conscientização ambiental também ganhará mais ênfase, juntamente com a proposta de sustentabilidade da família rural.

Foto: Divulgação/Afubra

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Trabalho envolveu alunos, professores e comunidade

Fabricação de sabão contou com as medidas de segurança necessárias

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Com o objetivo de estimular há-bitos alimentares saudáveis com ên-fase à promoção da saúde, ao exer-cício da cidadania, ao cuidado com o meio ambiente e a qualidade de vida, a Emater e Secretaria Municipal da Educação de Segredo/RS promo-veram a 1ª Jornada da Alimentação Saudável e 2º Encontro de Grupos. A programação contou com a apresen-tação de teatro “Rica Gulosa” pela Associação de Juventude Rural de Cerro Branco/RS, seguindo com as apresentações pelos grupos Ambien-tais e alunos de 8 escolas municipais e de 2 escolas estaduais de Segredo.

As escolas apresentaram os resultados das pesquisas sobre o cultivo e valor nutricional de nove ti-pos de hortaliças que cada escola desenvolveu no decorrer do ano le-tivo de 2010. Foi evidenciada ainda, a pesquisa bibliográfica e de campo com agricultores sobre as alternati-vas de controle ecológico das prin-cipais pragas que atacam as hortali-ças com uma coletânea de receitas impressas, um insetário contendo uma variedade de insetos da horta, a

Alimentação saudável é tema de trabalho em escola

apresentação de receitas de pratos e sucos elaboradas com as hortaliças e plantas condimentares e aromáticas. Foi apresentada a rainha da alimen-tação saudável, Bruna Henker, e o rei Iwan Lourenço da Silva, com o tema espinafre, que foram escolhidos nas atividades desenvolvidas junto a Eeef Miguel Mergen.

O evento encerrou com a degus-tação das receitas preparadas com as hortaliças pesquisadas.

Apresentações pelos grupos Ambientais e alunos das Escolas Mu-nicipais e Estaduais de Segredo com as Pesquisas sobre as hortaliças:

Emei Tia Antoninha – Tema de pesquisa: Cenoura – Apresentação com jogral e paródia. Receitas: Bolo de cenoura e suco de cenoura com laranja

Emei Chuquinha – Tema de pes-quisa: Brócolis e Couve Flor – Apre-sentação de paródia – Receitas: Pas-tel com brócolis

Emef Bernardo Calheiro - Tema de pesquisa: Repolho – Apresenta-ção do teatro: “O Rapto do Repolho”

- Receita: Enroladinho de Repolho Emef Coração de Jesus - Tema

de pesquisa: Couve – Apresentação de Teatro “A Descoberta de Isabelli” Receita: Bolo de Couve e Suco de Couve com limão e laranja

Emef Germínio Rubert - Tema de pesquisa: Plantas Condimentares e Aromáticas: Osmarim, Tomilho, Man-jericão, Alecrim, Cebolinha Verde, Salsa, Orégano. – Apresentação de Teatro – Receitas: Pão Temperado

Eeef Miguel Mergen - Tema de pesquisa: Espinafre – Apresentação Paródia: O espinafre – Apresentação de receitas, sucos e a Rainha do Es-pinafre.

Emef Pedro Silveira - Tema de pesquisa: Rúcula – Apresentação de Paródia – Receita: Pizza de Rúcula

Emef Waldemar Wolff – Tema de pesquisa: Beterraba – Apresentação de teatro Receita: Bolo de Beterraba e Suco de Beterraba.

Eeeb Padre Affonso Diehl – Tema de pesquisa: Abóbora – Apre-sentação de uma dança cantada - Receita: Empadinha de abóbora.

Fotos: Luciana Jost/A

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Evento reuniu alunos, professores e pais

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A grande infestação do mosqui-to borrachudo, da família Simulidae, na comunidade ao entorno da Escola Lauro Pacheco dos Reis, no municí-pio de Orleans/SC, onde os alunos chegam na escola com diversos he-matomas na pele provocados pelas inúmeras picadas deste mosquito, le-vou a professora Juciane e os alunos da 3ª série do ensino fundamental a pesquisarem sobre o assunto, com o objetivo de encontrar uma solução que amenize os sintomas causados pela picada.

O mosquito borrachudo é um in-seto hematófago que se alimenta de sangue e que pode através da sua picada provocar hemorragias, cau-sando desconforto para pessoas e animais. A sua proliferação ocorre em função do desequilíbrio ambien-tal, causado pela falta de cuidado das pessoas, com relação aos cursos d’agua e as matas, principalmente as matas ciliares. Segundo a pesquisa, a alta presença de matéria orgânica na água, tanto de animais, quanto de humanos, e outros resíduos, como lixo, presentes na corrente de água, servem de locais para a instalação e proliferação de larvas do borrachudo.

Outro fato gerado na pesquisa é que a falta de predadores aquáticos, peixes e outros insetos, destruídos tanto pela própria presença dos de-jetos como pelo uso indevido dos de-fensivos agrícolas e desmatamentos, agrava o problema. Desta forma, as larvas encontram condições ideais para o seu desenvolvimento.

A professora e seus alunos reali-zaram visitas nas comunidades rurais e verificaram a realidade da situação de degradação que ocorre, como a falta de matas ciliares e a grande su-jeira que é jogado em nossos rios e córregos, além da falta de proteção nas nascentes.

De acordo com a pesquisa, para que a comunidade possa atingir o objetivo de controlar este ardiloso in-seto e poder viver e trabalhar na área rural sem a incômoda presença dos borrachudos, essa mesma comunida-de terá que se unir e realizar ações e obras que irão demandar tempo e recursos para obter o controle ideal desse inseto.

Combate aos borrachudos

A professora e os alunos vi-sitaram famílias de alunos e com-provaram a irritação causada pelo borrachudo, como coceiras e até san-gramentos na pele dos agricultores e descobriram que alguns se utilizavam de um capim, que servia para repelir o inseto, e resolveram realizar outra pesquisa. Descobriram que se trata-va da Citronela (Cymbopogon winte-rians), uma gramínea, pertencente à família Poacea de origem indiana. Na medicina popular é utilizada como antiinflamatório, anti-reumático e re-pelente de insetos Esta planta exala um aroma que repele os mosquitos e então resolveram retirar o extrato e produzir uma loção para os alunos passarem na pele e nas feridas.

A partir do interesse das crianças em tentar diminuir as picadas os pais resolveram aderir ao repelente natu-ral. Outros professores se interessa-ram e agora todos na escola estão usufruindo desta iniciativa, divulgando para a comunidade e incentivando o plantio da citronela em diversas casas na comunidade.

O extrato para a produção da lo-ção repelente é muito fácil e é feita a partir de uma infusão de 1 maço de capim citronela em 1 litro de álcool adicionado de 500 Ml de água filtrada ou fervida. Coloca-se o capim em in-fusão no álcool por 10 dias, forrando a garrafa com papel pardo (escuro). Após o período adiciona-se a água,

coar e está pronta a loção para passar na pele, quando estiver em local com presença do mosquito.

A diretora da escola, Fabíola Dal-sasso, que apoiou e incentiva o pro-jeto, avisa que a pesquisadora alerta, que o controle do borrachudo só será obtido se todos trabalharem juntos para o bem comum.

*A fonte da pesquisa sobre o borrachudo, foi da pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves,Doralice Pe-droso de Paiva, vinculada ao Ministé-rio da Agricultura e do Abastecimento, com sede em Concórdia/SC.

A Diretora ressalta que a pesqui-sa continuará,sob forma de Pesquisa Científica, dentro do Projeto Verde é Vida, da Afubra, pois os alunos, que na maioria vive no meio rural e são filhos de fumicultores, precisam resol-ver este grave problema. “Nós esta-mos travando uma forte batalha contra este poderoso inimigo que tanto inco-moda a nossa comunidade, tanto es-colar quanto comunitária”, finaliza.

Loção repelente ajuda no combate ao borrachudo

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A importância da higiene para uma boa qualidade de vida levou a Escola Vincenzo de Villa, de Urus-sanga/SC, a desenvolver um projeto, inicialmente envolvendo alunos da 4ª série do ensino fundamental e uma equipe pedagógica, relacionando a saúde, como uma atividade sócio am-biental, gerando um acompanhamen-to através de uma Pesquisa Científica do Projeto Verde é Vida. O tema se tornou importante visto que a falta de higiene por parte de alguns alunos das séries iniciais vem gerando pro-blemas na unidade escolar. Conse-quentemente, a falta de atenção dos pais contribuiu para este problema se tornar mais relevante. O projeto tem por objetivo informar para sensibilizar os pais e os alunos sobre a importân-cia de se ter uma boa higiene para um melhor convívio social e para a sua saúde, também resgatar com os pais a importância de manter a higie-ne de suas crianças, para o bem estar social e seu relacionamento pessoal. Também tem por objetivo engajar a comunidade escolar na realização de atividades de corte de cabelos e repa-ros de unhas.

O desenvolvimento deste projeto se justifica, pois a falta de higiene por alguns alunos vem gerando conflitos entre eles, causando discussões e até discriminação. Nesse sentido, faz-se necessário trabalhar e sensibilizar os alunos das séries iniciais, enfocando o conhecimento sobre os hábitos de hi-giene, bem como da sua importância para uma boa saúde. A escola sentiu a necessidade de trabalhar este tema com a esperança que os educandos construam e reconstruam conceitos sobre os hábitos de higiene, elevando assim a autoestima de seus alunos, que passarão a conviver melhor no ambiente escolar e social.

Durante o desenvolvimento do projeto a escola buscou identificar

Projeto higiene

Importância da higiene pessoal é tema de trabalho com os alunos

os alunos e visitar as casas de seus pais para juntos realizarem uma sé-rie atividades que visasse resgatar as práticas básicas de higiene. As-sim, foram realizadas palestras para os pais e para os alunos com agen-tes de saúde; dramatização da estó-ria do cascão; brincadeiras de faz de conta utilizando bonecas, realizando na prática atitudes corretas para uma melhor higiene;questionário para os pais envolvendo questões de higiene e saúde; recorte e colagem de rótulos para produção de cartazes; pesquisa de preços de produtos de higiene e datas de validade dos mesmos; cons-trução de gráficos a partir do questio-nário elaborado; produção de textos

coletivos;exposição de trabalhos no pátio da escola; palestra e visita ao dentista e identificação de placas dentárias; atividades realizadas na escola por cabeleireiros e manicures com parcerias através da assistência social; entre outras. Esta ação comu-nitária foi realizada por profissionais como: cabeleireira, dentista e manicu-res que se dispuseram voluntariamen-te em vir até a escola realizar práticas gratuitas nos alunos e professores.

O acompanhamento é realizado diariamente e se estende durante todo o ano letivo com resultados positivos, tanto na comunidade escolar quanto nas casas dos pais dos alunos.

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A Emef Santo Antônio de Pá-dua, de Mato Leitão/RS, durante o ano letivo de 2010 trabalhou inten-samente com Projetos Ambientais, dentre os quais o Projeto “Horta Fe-liz”, que foi implantado pela primeira vez na Escola.

No final do mês de março foi implantada em parceria com a co-ordenação do Verde é Vida e o Gru-po Ambiental da Escola, devido ao amplo espaço para uma horta que já existe há vários anos e ao Orqui-dário de Bromélias, Cactos e Or-quídeas existentes; devido o muni-

O projeto Verde é Vida foi soli-citado pelo grupo de professores da Emef Passo de Estrela, de Cruzeiro do Sul/RS, a partir do trabalho que já vinha sendo desenvolvido pelo educandário com o tema “Nós to-dos juntos, juntinhos, do maior ao mais miúdo, podemos melhorar o mundo! E você? Quer se juntar a nós?”. Ideologia trabalhada ao lon-go do ano letivo e que procura des-pertar os alunos para que possam, não apenas agir corretamente no processo de preservação do meio ambiente, como também colaborar com o despertar desta consciência junto a suas famílias e a comuni-dade. A reflexão temática parte da frase de Betinho, que é “Tudo que acontece no mundo, seja no meu país, na minha cidade ou no meu bairro acontece comigo. Então eu preciso participar das decisões que interferem na minha vida.”

Para seguir no projeto Verde é Vida a escola, através dos alunos, teve que desenvolver uma pesqui-sa científica sobre um tema que julgasse importante na comunida-

Iniciação ao Método Científico no Ensino Fundamental

Horta em prateleiras

cípio ser a “Cidade das Orquídeas” optou-se em aproveitar o mesmo para fazer uma estufa com mudas de hortaliças.

Com o auxílio dos alunos, mui-tos filhos de fumicultores, foram doadas bandejas para fazer a se-meadura. Os cuidados para com as mesmas durante o processo de germinação, repicagem e replantio, também ficaram sob responsabili-dade dos alunos e de um professor auxiliar.

O Projeto superou todas as ex-pectativas, por isso foi necessário

repetir a semeadura. A procura por mudas foi intensa, sendo que elas foram fornecidas para todas as hor-tas escolares do município de Mato Leitão, para as famílias das comuni-dades escolar e local e por alguns municípios vizinhos.

Conforme avaliação dos coor-denadores do Projeto, foram distri-buídas em torno de 15 mil mudas e o mesmo deverá ser ampliado para o próximo ano, a fim de incentivar ainda mais às famílias a cultivarem uma horta saudável, sem o uso de agrotóxicos e defensivos.

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de local, no caso o Bairro Passo de Estrela. Foram então escolhidos três alunos, que era o número má-ximo permitido, para desenvolver tal pesquisa. Os estudantes chega-ram à conclusão de que a Escola necessitava de uma horta, sendo que o tema desenvolvido é “Esco-lha sustentável, vida saudável?”. Ao longo da pesquisa percebeu-se que a terra disponível no educan-dário não seria a melhor para ger-minar os alimentos. Através de pes-quisas providas do baú cedido pela Afubra, os alunos perceberam que seria possível produzir adubo orgâ-nico através de uma composteira, usando a sobra de alguns alimen-tos da própria merenda escolar. Inicialmente fizeram uma entrevista com a merendeira para descobrir quais eram estes alimentos.

Após este estudo, os alunos sugeriram que fosse construída uma horta. No entanto, na escola não havia um lugar propício para isso. Foi então que surgiu a ideia de uma horta em prateleiras. Inicial-mente, os alunos puderam contar

com a ajuda dos coordenadores do projeto Verde é Vida, que foram até a escola para explicar quais eram as melhores maneiras para realizar o plantio, a época correta para a semeadura e alguns cuidados que deveriam ter após a construção da mesma. Em seguida, aprenderam na prática como construir uma hor-ta. Algo que marcou para as crian-ças foi poder utilizar o composto orgânico produzido por eles.

Concluído o plantio e a seme-adura das plantas, os alunos pas-saram a observar e registrar as mudanças que ocorriam na horta e esperavam ansiosos para a colhei-ta.

Outra atividade desenvolvi-da pela escola foi visitar uma hor-ta de um morador de outro bairro e auxiliá-lo na construção de sua composteira. Sem dúvida, foi uma das atividades que incentivou ainda mais as crianças para que conta-giassem os pais a construírem suas próprias hortas. Visite nosso blog: http://omelhorpassoecologico.blo-gspot.com.

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