Revista Rostos Online N03

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NÚMERO 03 SETEMBRO-OUTUBRO 2011 PUB «Sons do Arco Ribeirinho Sul» um projecto para descobrir a paisagem MUITAS VEZES PARAMOS PARA VER, MAS RARAMENTE PARAMOS PARA OUVIR página 18

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A «Revista Rostos on line» é um projecto, inovador que visa estabelecer a ponte entre a nossa experiência no jornalismo digital, com a nossa edição diária – Rostos on line – e o trabalho que vamos realizando com as edições impressas. Entramos no jornalismo do futuro, estabelecendo a ligação entre «jornalismo on line» e «jornalismo off line». A «Revista Rostos on line» vai contar com cerca de 80 mil leitores. A «Revista Rostos on line» é a primeira revista on line editada, no mundo do jornalismo na região de Setúbal.

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NÚMERO 03SETEMBRO-OUTUBRO 2011

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«Sons do Arco Ribeirinho Sul»um projecto para descobrir a paisagem

MUITAS VEZESPARAMOS PARA VER,

MAS RARAMENTEPARAMOS PARA OUVIR

página 18

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PRODUÇÃO DE SENTIDOS

A edição desta revista Rostos assinala os 9 anos de actividade da nossa edição online, um tempo percor-rido com um sentido inovador, uma vontade forte de inventar o futuro.A Revista online, iniciativa pioneira no distrito de Se-túbal, foi mais um desses passos, através do qual procurámos unir a informação digital online, com esta presença offline que, hoje, podemos afirmar que é um sucesso ao nível de leitores, embora, este-ja longe dos objectivos que traçámos quando lançá-mos a primeira edição.

Somos daqueles que acreditam que o caminho faz--se caminhando, por essa razão, embora conscien-tes que estamos longe de metas que são possíveis alcançar, sabemos, que ainda há um longo caminho a percorrer, mas para lá apontamos o nosso rumo.

Passaram nove anos desde que iniciámos o nosso projecto de edição online, hoje, sentimos que esta-mos num patamar de visibilidade que é o fruto de um trabalho quotidiano, onde unimos a paixão pelo jornalismo ao prazer de fazer jornalismo.Sentimos e sabemos que é grande a nossa respon-sabilidade, mas, também sentimos alguma insatis-fação por não conseguirmos dar respostas ao muito que nos é exigido.

Apesar de tudo, somos um órgão de referência regio-nal, os nossos conteúdos, actualmente já são objec-

to de tratamento por parte do Arquivo Web de Portu-gal, marcamos uma presença activa e de referência nos motores de busca nacionais e internacionais.Por isso, sentimos, que estes 9 anos de trabalho deram resultados, sendo, nos dias de hoje, a nossa edição online, um veículo de referência para quem pretende conhecer o passado próximo das vivências da nossa região – somos de facto um pouco daquilo que fica da nossa memória colectiva.

Este projecto conta com um conjunto de colaborado-res e colunistas que enriquecem com as suas opini-ões os nossos conteúdos.Este projecto continua a marcar uma presença viva nas dinâmicas da nossa região.

Este projecto – repetimos projecto – continua a ser um projecto, apesar de toda a sua realidade activa, porque, afinal, um projecto tem dentro de si uma ideia central, que é a ambição de atingir ou-tras metas, desbravar novos caminhos, ambicionar a ser mais e melhor, e, sabermos que será sempre necessário continuar a sonhar, para continuarmos a crescer.

Obrigado a todos aqueles que, desde sempre, esti-veram ao nosso lado – os leitores, os agentes econó-micos e sociais – que acreditam no nosso trabalho e permitem que continuemos a ser uma referência e uma voz viva de actualidade e de futuro.

Damos «Rostos» às Cidades Somos daqueles que acreditam que o caminho faz-se caminhando

/// TEXTO: ANTÓNIO SOUSA PEREIRA

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4 /// REVISTA ROSTOS ONLINE - SETEMBRO/OUTUBRO

EM DESTAQUE

Director: António Sousa Pereira [email protected]; Redacção: Claudio Delicado, Maria do Carmo Torres, Vanessa Sardinha; Colaboradores Permanentes: Marta Sales Pe-reira, Luís Alcantara, Rui Nobre (Setúbal), Ana Videira (Seixal); Colunistas: Manuela Fonseca, Ricardo Cardoso, Nuno Banza, António Gama (Kira); Carlos Alberto Correia, Pedro Esta-dão, Nuno Cavaco e Paulo Calhau; Departamento Relações Públicas: Rita Sales Sousa Pereira; Departamento Comercial: Lurdes Sales [email protected]; Paginação: Alexandra An-tunes [email protected]; Departamento Informático: Miguel Pereira [email protected] Contabilidade: Olga Silva; Editor e Propriedade: António de Jesus Sousa Pereira; Redacção e Publicidade: Rua Miguel Bombarda, 74 - Loja 24 - C. Comercial Bombarda - 2830 - 355 Barreiro - Tel.: 21 206 67 58/21 206 67 79 - Fax: 21 206 67 78 E - Mail: [email protected]; Website: www.rostos.pt; Nº de Registo: 123940; Nº de Dep. Legal: 174144-01;

REGISTOS E HISTÓRIAS – PÁGINA 5 A 7

Quinta da Bacalhôa no coração da ArrábidaUm encontro com a Arte, o vinho e natureza

Num tempo que se fala tanto na importância do Turismo e do papel do turismo na região de Setúbal e em Portugal, ali, em Azeitão, existe, de facto uma «ilha» voltada para o Eno-turismo, um lugar onde, sem dúvida, sentimos que – “por detrás de grandes vinhos, há sempre uma grande história”.A Bacalhôa Vinhos de Portugal foi fundada em 1922, então, sob a designação de João Pires & Filhos, tem a sua sede insta-lada na Quinta da Bassaqueira, em Azeitão, um espaço aberto a todos aqueles que querem “descobrir a história” do vinhos, e, “mergulhar por dentro de alguns dos seus «segredos».

 MOSAICOS DA REGIÃO – PÁGINAS 11 A 14

Rui Lopo – ao serviço da terra que o viu nascer

Rui Lopo, Vereador da Câmara Municipal do Barreiro, res-ponsável pela área do Planeamento. Uma conversa que nos proporcionou uma viagem por dentro das memórias.

FIXANDO NO TEMPO – PÁGINAS 15 E 16

IN MEMORIAN MANUEL CABANASOnde emergem os valores que enchem o coração de Kira

O conjunto de quadros de Kira expostos no Arquivo Municipal de Vila Real de Santo António, tendo como tema – IN MEMO-RIAN MANUEL CABANAS – são o fruto de mais de um ano de trabalho do artista, horas de labor, de paixão, criatividade, que nós percorremos com uma emoção que nos toca os nervos.

EM FOCO – PÁGINAS 18 E 19

«Sons do Arco Ribeirinho Sul» um projectopara descobrir a «paisagem Muitas vezes paramos para ver, mas raramenteparamos para ouvir

UO projecto SONS DO ARCO RIBEIRINHO SUL atravessará 3 edições do OUT.FEST – Festival Internacional de Música Exploratória do Barreiro. Este projecto propõe, através de uma abordagem artística baseada no som, contribuir para a preservação e a consciencialização do património material e imaterial, ecológico e urbano do Sapal de Coina, Mata da Machada e Frente Ribeirinha Industrial do Barreiro.

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REGISTOS E HISTÓRIAS

Quinta da Bacalhôano coração da Arrábida

Um encontro com a Arte, o vinho e natureza

Foi uma agradável surpresa, e, o encontro com uma realidade activa, onde se mistura um lema, que não se fica pelas palavras,

mas que sentimos e vivemos -«Arte – Vinho – Paixão».

/// TEXTO: S.P.

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Segundo os historiadores o cultivo da vinha naquele que é hoje o território de Portugal remonta ao período da dominação romana.Na Península de Setúbal é referido em estudos que a tradição

vinícola remonta ao comércio romano que se instalou na região, sobretudo na região da Serra da Arrábida, onde, o clima único, na proximidade do Atlântico e dos Rios Tejo e Sado, proporcionou a produção do prestigiado «Moscatel de Setúbal».Desde os primeiros anos do século XX que, foi reconhecida a e demarcada a região – DOC – de Setúbal e Palmela.

«ARTE – VINHO – PAIXÃO»

Foi esta realidade que nos motivou para partirmos à descoberta do «mun-do do vinho» na nossa região, e, como ponto de partida escolhemos a «Bacalhôa», ali, no coração da Arrábida, em Azeitão, concelho de Setúbal.Foi uma agradável surpresa, e, o encontro com uma realidade activa, onde se mistura um lema, que não se fica pelas palavras, mas que sentimos e vivemos -«Arte – Vinho – Paixão».Marcámos o encontro e, na hora agendada, a equipa do jornal «Rostos» foi recebida, com muita simpatia, por Francisca van Zeller, Relações Públicas da Bacalhôa Vinhos de Portugal, que nos proporcionou uma viagem pela Adega, pelo Palácio, um verdadeiro encontro com a arte, o vinho e a natureza.

DESCOBRIR A HISTÓRIA DO VINHOS

Num tempo que se fala tanto na importância do Turismo e do papel do turismo na região de Setúbal e em Portugal, ali, em Azeitão, existe, de facto uma «ilha» voltada para o Enoturismo, um lugar onde, sem dúvida, sentimos que – “por detrás de grandes vinhos, há sempre uma grande história”.A Bacalhôa Vinhos de Portugal foi fundada em 1922, então, sob a de-signação de João Pires & Filhos, tem a sua sede instalada na Quinta da Bassaqueira, em Azeitão, um espaço aberto a todos aqueles que querem “descobrir a história” do vinhos, e, “mergulhar por dentro de alguns dos seus «segredos».Ali, encontramos o Vinho associado à Natureza e à Arte.Começámos a nossa visita pela Adega, onde estão mais de 2500 barricas para envelhecimento do Moscatel de Setúbal“O Objectivo é proporcionar que o envelhecimento seja concretizado num ambiente climatizado idêntico ao que era feito nos barcos portugueses quando viajavam nas descobertas” – refere Francisca van Zeller.

2ª MAIOR EMPRESAPRODUTORA DE VINHOS EM PORTUGAL

Fomos percorrendo o espaço e sentindo como, de facto, ali, as palavras – Arte, Vinho, Paixão - se misturava com os cheiros perfumados do deli-cioso moscatel.O dia estava agitado, era o começa da vindima e as descargas da uva, davam um ritmo próprio a uma actividade empresarial intensa.Recorde-se a Bacalhôa é a 2ª maior empresa produtora de vinhos em Portugal, cultivando vinha em diversas zonas do país, do Alentejo ao Douro, de Setúbal à Bairrada, numa área que atinge aproximadamente 1000 hectares.Passámos pela zona do engarrafamento, onde, por hora 3000 garrafas recebem os preciosos néctares, e, com a modernização da linha, a curto prazo a produção vai atingir 9000 garrafas/hora.

CENÁRIO MARCADOPELA TRADIÇÃO E MODERNIDADE. No percurso sentimos a presença da natureza, num encontro com as oliveiras milenares transplantadas da barragem do Alqueva para os jar-dins da Adega.

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REGISTOS E HISTÓRIAS

E, neste primeiro encontro foi agradável conhecer a colecção de azulejos que integra o património da empresa.A visita passa pela vinha, num cenário marcado pela tradição e modernidade.O monumento a Abraham Lincoln, 16º presidente dos Estados Unidos da América, abre o caminho para o encontro com os guerrilheiros do Exército de terracota.

MAIOR COLECÇÃOPRIVADA DE AZULEJOS

Finda a visita à Adega, fomos, então conhecer a Quinta e Palácio da Bacalhôa, cuja história remonta aos fundadores da Dinastia de Aviz.Descobrimos uma paisagem esplêndida. Sentá-mo-nos a olhara distância, percorrendo o espaço na distância que nos conduzia até às margens do Tejo.Segundo recordou Francisca van Zeller, a arqui-tectura do Palácio, a sua decoração e os jardins foram influenciados através dos séculos pelos diferentes proprietários, inspirados pelas suas viagens através da Europa,da África e do Oriente.A Quinta está embelezada com paredes de azu-lejos portugueses do séc. XV e XVI - “a maior

colecção privada de azulejos que existe em Portugal”, do Comendador José Berardo, uma colecção que evoca desenhos mouriscos, uma marca da cultura hispano-árabe, onde, podemos conhecer o primeiro azulejo datado em Portugal. Vamos percorrendo jardins e vinhas até à casa do lago, onde desfrutamos uma paisagem idí-lica, e, no Jardim dos Bustos, sentimos a força da natureza, donde brota uma energia feita de cheiros, silêncio e cor verdejante.Sem dúvida, Arte – Vinho – Paixão, são palavras que se misturam no nosso coração, à medida que vamos percorrendo os espaços do Palácio, e, até, descobrindo palavras que dão sentido à vida – Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança.Aquele lugar, hoje, classificado como Património Nacional, faz-nos percorrer as memórias e sentir que um pouco de Portugal está vivo, ali, porque o sentimos pulsar nos nervos.

ÚNICA ÁRVORE SOBREVIVENTEÀ BOMBA DE NAGASAKI

Finda a visita regressamos à Adega .Junto à sala de provas, podemos admirar o Jardim Japonês, onde está exposto parte do espólio do escultor Niizuma e a árvore Kaki, bisneta da única árvore sobrevivente à bomba de Nagasaki.

Foi com emoção que olhámos para aquela árvore, e, naquele jardim sentimos a energia de uma cultura milenar, como um vento que sopra do oriente e nos toca o coração no silêncio da tarde, fazendo-nos esquecer o calor que se despedia do Verão.

SENTIR OS SABORES

E, para fechar este encontro com a Arte e a natureza, podemos saborear, do vinho branco regional Catarina até ao Bacalhôa Moscatel Roxo, na simpática e agradável companhia de Francisca van Zeller, e, Filipa Costa, Directora, que nos proporcionou informação sobre os aromas e as sensações que podemos encontrar ao saborear os vinhos e o moscatel.Recorde-se que 40% da produção da Bacalhôa, hoje, é exportada um pouco por todo o mundo de Angola até à China, passando pelo Brasil, os restante 60% são distribuídos em Portugal, sendo produzidos mais de 12 milhões de litros de vinhos nos seus diversos Centros de Vinificação – Adegas, gerando mais de 5 milhões de euros.Foi, sem dúvida, uma agradável surpresa esta visita, por essa razão, aqui deixamos o convite aos nossos leitores, marquem um encontro com a Arte, o vinho e natureza…

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REGISTOS E HISTÓRIAS

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ENOTURISMOQUINTA DA BASSAQUEIRA – ADEGA

A Bacalhôa Vinhos de Portugal realiza visitas guiadas à Adega da Bacalhôa Vinhos dePortugal e à Quinta/Palácio da Bacalhôa.

De 2.ª a 5.ª feira das 9h00 às 17h00 e 6.ª das 9h00 às 11h00 c/ marcação prévia:Mínimo: 2 pessoas; Máximo: 50 pessoas;Duração de cada visita: 60 minutos;Preço: Adega: €3.00/pessoa; (inclui prova de vinhos)Preço: Quinta da Bacalhôa: €4.00/pessoa (inclui prova de vinhos)Adega + Quinta da Bacalhôa: €6.00/pessoa (inclui prova de vinhos)

Sábado:Horário: 9h00-17h00 c/ marcação prévia:Mínimo: 6 pessoas; Máximo 50 pessoas;Duração de cada visita: 60 minutos;Preço: Adega: €5.00/pessoa; (inclui prova de vinhos)Preço: Quinta da Bacalhôa: €8.00/pessoa (inclui prova de vinhos)Adega + Quinta da Bacalhôa: €10.00/pessoa (inclui prova de vinhos)

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Nasceu na Clínica Laura Seixas, no Bar-reiro, em 7 de Maio de 1976.Oriundo de uma família com profun-

das raízes na comunidade lavradiense, recorda que, até aos seus bisavós, em todos,encontra as suas vivências integradas na vila do Lavra-dio, embora, um dos seus avós seja natural de S.Miguel de Acha, veio viver em criança para a Barra à Barra – Quinta dos Morgados, no La-vradio.

ÉRAMOS UNS VERDADEIROS ÍNDIOS

Frequentou a Escola Primária nº 2 do Lavradio, um tempo do qual guarda gratas recordações.“Era um tempo em que se podia andar de bici-cleta para a zona da Fábrica do Sal, que estava

abandonada e nós andávamos por lá a brincar” – recorda.“Eram tempos de muita liberdade, que nós po-díamos andar na rua, íamos para a escola so-zinhos, atravessávamos os descampados. Éra-mos uns verdadeiros índios” – sublinha. Recorda a sua professora – a D. Vitória – que, sublinha, “de alguma forma marcou a minha aprendizagem”.Nas suas memórias de infância, dos tempos de escola primária, refere acontecimentos que re-gistou na sua memória: uma família que se ma-tou, numa residência junto à sede do Sporting Clube Lavradiense, e, um colega que faleceu num acidente nas antigas instalações da em-presa Móveis Baía – “foram situações muitos dolorosas”.

A RUA ERA O NOSSOESPAÇO DE CONVIVÊNCIA

Concluído o Ensino Primário ingressou na Es-cola Álvaro Velho, um tempo que refere – “foi quando comecei a utilizar os Transportes Colec-tivos do Barreiro para me deslocar para escola, sobretudo em dias de chuva”.Frequentou as aulas de Ginástica na SFAL e posteriormente foi praticante de Hóquei em Pa-tins, no Grupo Desportivo Quimigal.“A rua era o nosso espaço de convivência. Nós chegámos a fazer jangadas para andar a nave-gar na Vala das Ratas. A muralha da FISIPE, os Montes de Gesso, a Barra à Barra, todos esses espaços eram nossos. Jogávamos à bola na rua, onde, apenas, só existiam dois ou três car-ros” – salienta.Por influências do pai e seu tio, recorda que sentiu de perto as vivências associativas – “o meu pai era muito ligado à vida associativa”.

GOSTO ESPECIAL PELA ÁREA DO DESPORTO

Após a conclusão da Escola Álvaro Velho, seguiu para a Escola Secundária de Santo André, por-que, por influência de um professor de Educa-ção Física, sentia que essa era uma opção – “ti-nha um gosto especial pela área do Desporto”.A vida familiar desde cedo influenciou a sua apetência para as discussões da vida pública e da vida política.Recorda que, sendo um dos mais novos da sua rua, debatia os temas de actualidade com os mais velhos de forma intensa.A Guerra do Iraque é dos momentos que, salien-ta, foi motivo de grandes debates com os seus amigos de adolescência – “as minhas posições nas discussões eram diferentes, os outros eram muito levados pelo que era transmitido pela co-municação social”.“O meu pai foi decisivo nesta minha sensibiliza-ção para a análise da vida política” – sublinha.

UM PERCURSO PELA ÁREA DO AMBIENTE

Desde criança, também por influência do seu pai, que é um apaixonado por aves – “desde

RUI LOPOAo serviço da terra

que o viu nascer

MOSAICOS DA REGIÃO

/// TEXTO: S.P.

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criança que comecei a gostar de pássaros e a ler livros sobre animais”.“Comecei a interessar-me pelas aves, desde pequeno, e, por aí, surgiu esse grão na asa, de ter uma preocupação sobre matérias ambienta-listas.” – refere.Por volta dos 15 anos, inscreveu-se num pro-jecto de voluntariado, em Setúbal, para estudar aves de rapina.Na sequência desta acção, e, pelo facto de se-rem reconhecidos os seus conhecimentos na matéria, envolveu-se numa associação cien-tifica para a conservação das Aves de rapina – Açor – tendo, posteriormente, assumido a presidência da Direcção e presidência da As-sembleia Geral. FUNDADOR DA GERAÇÃO VERDE

Também, no Lavradio, foi um dos jovens que integrou a Associação Ambientalista «Geração Verde». “Éramos um grupo que reunia num café, no qual também participava o Nuno Banza. Inte-grei-me nesse grupo que constituiu a associa-

ção ambientalista «Geração Verde»” – sublinha. FUI PAGO PARA ESTUDAR AVES

O Ensino Superior, frequentou no Instituto Pia-get, onde se dedicou ao estudo de Matemáticas e Ciências da Natureza.“Não cheguei a concluir, foi um dos meus erros, pois tinha sido pacífico terminar o Curso, mas, de facto a vida são percursos” – refere.Recorda que lhe foi apresentada uma proposta para se dedicar ao nível profissional ao estudo de aves, que abraçou com muita paixão – “fui pago para estudar aves” .No ano de 1998, foi convidado para realizar uma expedição cientifica na Sibéria, a convite de uma Universidade de Moscovo.

PRIMEIRA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL A SÉRIO

Uma experiência que viveu, ao nível profissio-nal, foi, ter exercido o cargo de Secretário – ge-ral da Confederação do Ambiente – “foi uma experiência que não gostei”.Após esta experiência profissional, integrou os

quadros na empresa Optimus.“A Optimus foi a minha primeira experiência pro-fissional a sério” – sublinha.Na empresa exerceu actividade na área de formação – “foi uma experiência única”, onde conheceu um ambiente competitivo, de boas relações profissionais, com uma abertura muito boa, mas com um forte registo empresarial.

UMA EXPERIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

Rui Lopo, vai conversando, percorre as experi-ências de vida, com avanços e recuos no tem-po, recorda as experiências vividas em tempos de férias escolares, onde integrava equipa de operários, no Lavradio.“A vida é percurso” – refere, para retomar uma outra experiência de vida, quando assumiu fun-ções no Instituto Piaget, onde leccionou e se dedicou à investigação de aves.“Ali organizei um Curso de Ilustração Cientifica, uma coisa fantástica, com o meu amigo Pedro Salgado, com quem mantive uma relação muito próxima” – sublinha, referindo as muitas pales-tras que foram realizadas sobre conservação

MOSAICOS DA REGIÃO

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da Natureza, quer de biologia marinha, quer de biologia terrestre, para além, de ter promovido um Curso de Geologia Aplicada.Recorda que o seu primeiro trabalho cientifico, sobre aves, foi realizado quando tinha 17 anos, o qual foi apresentado no Parque Biológico de Vila Nova de Gaia, na 1ª Conferência Nacional sobre Aves de Rapina.

NASCEU O RUI MARIA

No ano 2001, nasceu o Rui Maria, o seu pri-meiro filho, acontecimento que refere com um brilho nos olhos.Nesse mesmo ano, inicia uma nova fase da sua vida, integrando os quadros da ONI, empresa com a qual, ainda mantém a sua ligação pro-fissional.Nesta empresa exerceu actividades na área de formação, esteve envolvido na implementação de diversos projectos, alguns pioneiros em Por-tugal – “uma experiência riquíssima, que me proporcionou uma aprendizagem, versatilidade e um ritmo de trabalho impagável”.Recorda a experiência de criação do projecto

de implementação da Rede de Clientes residen-ciais.

AUTARCA A CONVITE DE «OS VERDES»

O mundo autárquico surgiu a convite de um amigo ligado ao Partido Ecologista «Os Verdes».Iniciou a sua actividade como eleito na Assem-bleia de Freguesia do Lavradio, nas listas da CDU, como representante de «Os Verdes», no mandato que a Câmara Municipal do Barreiro foi liderada pelo Partido Socialista.“Neste tempo comecei a acompanhar, com mais rigor o contexto local” – refere.No mandato seguinte, com a reconquista da CMB pela CDU, integrou a Assembleia Munici-pal do Barreiro.“Como não gosto de fazer as coisas a brincar, quando dei por mim estava muito envolvido.” – salienta.

AUTARCA UM CATALISADOR DE VONTADES

No actual mandato foi eleito Vereador, sendo responsável pela área do Planeamento.

“Isto de ser vereador é muito giro. Eu nunca, nunca, tive ambição de ser vereador ou presi-dente de uma Câmara. Nunca tive. Nunca pen-sei estar nestas funções. Sempre tive opinião, sempre confrontei, nunca pensei nisto. Sempre tive um sentido critico. Sempre me preocupei com a vida da comunidade, porque acho que todos podemos intervir, não é preciso ser autar-ca” – refere.“Acho que, quem está no Poder Autárquico tem que saber escutar as ideias, tem que ser um ca-talisador de vontades, das ideias e das energias das pessoas ” – sublinha.

DEFENSOR DO PARQUE DO SAPAL DO RIO COINA

Rui Lopo, recorda que sabe o que é estar no ou-tro lado do Poder Autárquico e acrescenta que – “se há coisas que hoje são faladas é porque eu falei nelas há muitos anos, a malta da Geração Verde, sabe, que foi comigo, que, pela primei-ra vez, foi à Mata da Machada ver aves, há 15 anos atrás ”.Refere como, com acções concretas, foi um de-fensor do Parque do Sapal do Rio Coina, com

MOSAICOS DA REGIÃO

Na Sibéria Em Mafra

No SadoCom Prof. Galushin

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MOSAICOS DA REGIÃO

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a consciência que – “as coisas têm que ir para além da consistência ambiental, porque a com-ponente cultura e cientifica são importantes”.

UMA VIDA QUE NOS CONSOME

“Ser autarca é muito giro, por podermos aplicar algumas coisas que, temos ideia, que, podem ser aplicadas, assim como tentarmos, juntar a nossa experiência noutras actividades e aqui aplicá-las” – salienta.Por outro lado, refere que a vida de autarca é “muito absorvente”, e, “retira-nos a nossa vida pessoal”.“É uma vida que nos consome, porque quando saímos à rua, somos sempre o autarca”- salienta.

VERDES POR FORA E VERMELHOS POR DENTRO

Rui Lopo é militante do Partido Ecologista «Os Verdes», a partir da sua actividade ligada a asso-ciações do ambiente, aproximou-se do partido.Refere que os valores do seu partido são os va-

lores da CDU – “costuma dizer-se que somos como a melancia, verdes por fora e vermelhos por dentro”.

TRANSFORMAR O BARREIRO

Rui Lopo, foi de novo pai, seu filho de quatro meses e meio – o Mateus – é o fruto da sua partilha de vida com a Márcia.Vive o dia a dia a sua actividade de autarca, com intensidade, com entrega, porque, sente que está a contribuir para a transformação do Barreiro.Nas suas palavras, regista-se um sentimento de quem sonha com um Barreiro diferente e reno-vado.Nota-se as suas preocupações com a concreti-zação do novo Plano Director Municipal, ou com os projectos de renovação do território da Baía Tejo/Qumiparque, também, a sua dedicação aos Transportes Colectivos do Barreiro.“O importante é trabalharmos para transformar o Barreiro” – salienta.

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IN MEMORIAN MANUEL CABANAS

Onde emergem osvalores que enchemo coração de KiraO conjunto de quadros de Kira expostos no Arquivo Municipal de Vila Real de Santo António, ten-do como tema – IN MEMORIAN MANUEL CABANAS – são o fruto de mais de um ano de trabalho do artista, horas de labor, de paixão, criatividade, que nós percorremos com uma emoção que nos toca os nervos.

FIXANDO NO TEMPO

/// TEXTO: S.P.

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16 /// REVISTA ROSTOS ONLINE - SETEMBRO/OUTUBRO

FIXANDO NO TEMPO

Ali, está o Manuel Cabanas – repu-blicano, maçónico, ali está presente a arte do Ti’Manel, a resistência, o

ferroviário, o amor à Liberdade, a esperança num futuro mais humanista.Ali, está o Kira, que se cruza nos seus traços com a amizade que partilhou com Manuel Cabanas.

Ali, está o silêncio espiritual do artista e a sua ternura com um compromisso esté-tico de formas simbólicas, de tons puros, onde, de facto, as cores dominantes dão a dimensão de um olhar sobre a vida de um homem, mas também dos valores que enchem o coração de Kira.

Ficamos fascinados perante os traços que

fazem sobressair as cores, com representa-ções intencionais, que dão a força ao sentido criativo que une todas as obras.É pena que neste país, infelizmente, o tra-balho dos artistas não tenha o merecido reconhecimento.

É pena que o Kira – após um ano de intensa dedicação e paixão – não sinta que para além da amizade, o reconhecimento do seu valor criativo e artístico, não resulte também na justa compensação monetária.

Um homem pode amar a arte, mas um homem não se alimenta das cores e dos simbolismos.Este conjunto de obras de Kira, são mais um contributo de referência para a arte

contemporânea portuguesa.Por isso, de facto, já era tempo de grande artista plástico, neste país de poetas, ver o seu trabalho reconhecido e divulgado nos grandes espaços de projecção nacional, e, naturalmente, neste caso, cidades como o Barreiro e Vila Real de Santo António, adquirirem parte deste espólio de forma digna, porque, afinal, com nestas obras, es-tão perpetuados valores que honram não só Manuel Cabanas e Kira, mas, também homens e mulheres que acreditam que o mundo pode ser recriado numa tela branca, e, ali, emergir na perfeição das cores e no equilíbrio dos símbolos - como um sorriso à vida.

Obrigado Kira, por mais esta lição de arte!

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18 /// REVISTA ROSTOS ONLINE - SETEMBRO/OUTUBRO

O projecto SONS DO ARCO RIBEIRINHO SUL atravessará 3 edições do OUT.FEST – Festi-val Internacional de Música Exploratória do

Barreiro. Este projecto propõe, através de uma abor-dagem artística baseada no som, contribuir para a preservação e a consciencialização do património material e imaterial, ecológico e urbano do Sapal de Coina, Mata da Machada e Frente Ribeirinha Indus-trial do Barreiro.

CRIAÇÃO DE UM ARQUIVO PATRIMONIAL ORIGINAL

Trata-se de uma recolha de sons efectuada nos di-tos territórios, por Luis Antero, fonografista, músico e radialista, que esteve em Residência Artística na 8ª

edição do OUT.FEST. No final do projecto, a recolha efectuada dará origem à criação de um arquivo patri-monial original (feito de sons), online, que assinalará, para a posteridade, este património natural rico e diversificado que o Barreiro, um concelho tão indus-trializado como surpreendentemente rural, possui.

PRESERVAR O PATRIMÓNIO DA REGIÃO

Rui Dâmaso, Director do OUT.FEST, na apresentação do projecto, que decorreu no Centro de Educação Am-biental da Mata da Machada, salientou que «Sons do Arco Ribeirinho Sul» vai prolongar-se até ao ano 2013.“Queremos contribuir para preservar o património da região” – sublinhou.

EM FOCO

«Sons do Arco Ribeirinho Sul»um projecto para descobrir a paisagem

Muitas vezes paramos para ver,mas raramente paramos para ouvir

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RARAMENTE PARAMOS PARA OUVIR

Luis Antero, fonografista, responsável pela recolha dos sons, referiu que, numa acção que já realizou no concelho do Barreiro, tal permitiu-lhe aperceber--se da “diversidade de sons que tem esta cidade”, desde o som das abelhas, até ao ruído do pontão do Terminal dos barcos.Luis Antero, referiu que através desta recolha de sons, pretende-se contribuir que todos possam sentir “a paisagem sonora o mais abrangente destes locais”.Recordou que, no quotidiano, “muitas vezes paramos para ver, mas raramente paramos para ouvir”.“É preciso ouvir de olhos vendados” - sublinhou.

UM PROJECTO SINGULAR

Fonseca Ferreira, Presidente do Conselho de Adminis-tração da Sociedade do Arco Ribeirinho Sul, sublinhou que diversas razões contribuíram para acolher com entusiasmo o projecto da OUT.RA, porque este “é um projecto singular”.“O território não é um espaço físico, não é só obra, não é só requalificação” – sublinhou.Fonseca Ferreira recordou que um território é mar-cado por tudo o que nele existe, as suas actividades humanas, a sua cultura, os seus sons.“A cultura é fundamental para o desenvolvimento regional” – referiu.

EM FOCO

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«Rostos on line» 9 anos

Mais um passo na caminhada do futuro

A nossa edição de «Rostos on line» as-sinalou 9 anos de actividade no dia 25 de Setembro. Foram diversas as

saudações que nos foram dirigidas para assi-nalar esta efeméride, aqui registamos algumas notas de saudações recebidas.

JORNALISMO INDEPENDENTE,ISENTO E PLURAL

João Lobo, Presidente da Câmara Municipal da Moita, sublinha que são – “nove anos de empenho e dedicação ao jornalismo para le-var a todos, o dia-a-dia das nossas gentes e do nosso movimento associativo; para dar a conhecer o trabalho de instituições, associa-ções e autarquias locais que procuram fazer sempre mais e melhor pelas suas populações.”Ana Teresa Vicente, Presidente da Câmara Municipal de Palmela, refere que - “o projecto Rostos continua a afirmar-se através de um trabalho de grande rigor e pluralidade, dan-do voz às instituições e rostos desta região e promovendo a nossa identidade.”.Maria Amélia Antunes, Presidente da Câmara Municipal de Montijo, sublinha que temos pro-curado – “garantir um jornalismo independente, isento e plural, o que o coloca entre os jornais on-line mais interessantes.”Pedro da Cunha Paredes, Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal refere que - “o jornal tem vindo a afirmar-se, na região, como um referência de seriedade,

determinação e profissionalismo”.

PLATAFORMA OBRIGATÓRIA

Nuno Magalhães, Presidente do Grupo Parla-mentar do CDS-PP, deputado eleito pelo círculo eleitoral de Setúbal, sublinha que – "em nove anos, o “Rostos online” foi, e é, cada vez mais, um jornal que potencia o desenvolvimento do distrito de Setúbal, um jornal que tem sabido reconhecer e potenciar tudo o que no distrito merece ser apoiado e incentivado.”Eduardo Cabrita, Deputado da Assembleia da República, eleito pelo Círculo Eleitoral de Setúbal, pelo Partido Socialista e deputado na Assembleia Municipal do Barreiro, salienta que somos – “a plataforma obrigatória onde encon-tramos os anseios ,iniciativas e controvérsias que nos ligam em toda a região de Setúbal”.

UM SERVIÇO PÚBLICO DOQUAL É UM PRAZER USUFRUIR

Bruno Vitorino, Deputado da Assembleia da República, eleito pelo PSD no Círculo Eleitoral de Setúbal e deputado na Assembleia Municipal do Barreiro, afirma que o Rostos on line é – “uma referência quer do concelho do Barreiro, onde nasceu, mas, naturalmente da região, e, sei, que até é fora da região”.Heloisa Apolónia, Deputada da Assembleia da República, eleita pelo Círculo Eleitoral de Setúbal, pelo Partido Ecologista «Os Verdes»

refere que – “o Rostos on line está, no Barrei-ro e no distrito de Setúbal, na primeira linha da informação actualizada, diversificada e de proximidade. É um serviço público do qual é um prazer usufruir.”Margarida Botelho, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, em nome da Direcção da Organização Regional de Se-túbal do PCP, refere que – “são cada vez mais necessários espaços de informação plurais, democráticos, responsáveis, ligados à vida das regiões e das populações, que informem com rigor, dêem instrumentos para a formação da opinião própria dos cidadãos e estimulem a participação cívica”.

UM PROJECTO JORNALÍSTICO AOSERVIÇO DAS COMUNIDADES E DA REGIÃO

Estas algumas das saudações que registamos, de diferentes forças politicas, de autarcas dos mais variados pontos do distrito de Setúbal.São palavras que nos levam a reflectir, a re-pensar o nosso trabalho, e, naturalmente a acreditar que estamos a percorrer com verti-calidade este nosso caminho de construção de um projecto jornalístico ao serviço das comunidades e da região. Continuaremos a caminhar, porque acreditamos, como diz o poeta, que o caminho faz-se caminhando. Podem contar com a nossa dedicação. Con-tinuamos a contar convosco como leitores, críticos e exigentes.

UM OLHAR NA CIDADE

/// TEXTO: S.P.

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UM OLHAR NA CIDADE

Saudação

À equipado Rostos online

Nesta aldeia global em que vivemos, onde o imediatismo das notícias por vezes atropela os factos e os seus protagonistas, tenho tido o gosto de assistir ao crescimento de um jornal digital, inovador, arejado de ideias e com uma escrita de sentido plural.

Nove anos volvidos desde as primeiras notí-cias lançadas ‘na rede’, estou certo de que o Rostos online, se pode congratular pela forma como tem contribuído para, diaria-mente, dar a conhecer à região, ao País e ao mundo o quotidiano dos barreirenses, valorizando a intervenção do Poder Local e o papel de todos aqueles que, aos níveis social, cultural e desportivo constituem a identidade do nosso concelho.

No contexto actual, de uma sociedade da informação, este projecto jornalístico veio estreitar laços entre os ‘rostos da nossa cidade’ e tem sido um importante contribu-to de ligação dos cidadãos à comunicação digital que tem na internet o seu meio de divulgação por excelência.

A qualidade do vosso trabalho, o sentido de oportunidade e a actualidade das no-tícias que veiculam merecem-me sinceras felicitações.

Parabéns Rostos online!

O PRESIDENTE,CARLOS HUMBERTO DE CARVALHO