Revista Rostos Online N01

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8ANOS ROSTOS ONLINE Lorem ipsum dolor sit amet NÚMERO 01 NOVEMBRO-DEZEMBRO 2010 8 ANOS ROSTOS ONLINE Acreditamos que a comunicação faz-se com Rostos LUÍS RODRIGUES Pretender fazer de Deus a autoridade que legitima a Liberdade constitui uma menorização e desresponsabilização da Humanidade página 5 PUB

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A «Revista Rostos on line» é um projecto, inovador que visa estabelecer a ponte entre a nossa experiência no jornalismo digital, com a nossa edição diária – Rostos on line – e o trabalho que vamos realizando com as edições impressas. Entramos no jornalismo do futuro, estabelecendo a ligação entre «jornalismo on line» e «jornalismo off line». A «Revista Rostos on line» vai contar com cerca de 80 mil leitores. A «Revista Rostos on line» é a primeira revista on line editada, no mundo do jornalismo na região de Setúbal.

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8ANOSROSTOS ONLINELorem ipsum dolor sit amet

NÚMERO 01NOVEMBRO-DEZEMBRO 2010

8 ANOSROSTOS ONLINEAcreditamos quea comunicaçãofaz-se com Rostos

LUÍS RODRIGUES Pretender fazer de Deusa autoridade que legitimaa Liberdade constituiuma menorizaçãoe desresponsabilizaçãoda Humanidade página 5

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PRODUÇÃO DE SENTIDOS

A edição da 1ª Revista online do ROSTOS é abertura de um novo caminho que vamos trilhar, através do qual pretendemos estabelecer a ponte entre o «jornalismo online» e o «jornalismo offline».Esta experiência que agora iniciamos transporta dentro de si, em génese, diversos

projectos que, a curto prazo desejamos concretizar, os quais, naturalmente, iremos construindo passo a passo e divulgando aos nossos leitores.Os tempos de hoje colocam à nossa disposição um conjunto de tecnologias que devemos po-tenciar e desenvolver, proporcionando aos leitores novas aventuras e descobertas por este novo mundo da comunicação.

MAIS DE 1 MILHÃO DE PÁGINAS VISTAS

Esta revista tem por finalidade assinalar o 8º aniversário da nossa edição online e também o nosso 9º aniversário que será comemorado no próximo dia 15 de Dezembro.Este tem sido um caminho difícil de percorrer mas, de facto, com grande sucesso, no plano jornalístico, sendo, actualmente, sem dúvida o «Rostos» um órgão de informação regional de referência.Por exemplo, é com satisfação que registamos o facto de até este momento, que editamos esta revista, já ultrapassámos 1 milhão de páginas vistas ao longo de 2010, e, superámos as 850 mil visitas no que diz respeito a «visitas únicas».

PRIMEIRA EDIÇÃO É UM PROJECTO PILOTO

Esta revista, é, portanto, uma nova experiência que desejamos, possa ser mais um instrumento para enriquecer o nosso trabalho, e, obviamente, contribua para aproximar mais o ROSTOS dos seus leitores.Esta primeira edição é um projecto piloto. Um ponto de partida que iremos aperfeiçoando.Esperamos no futuro, valorizar cada vez mais a vertente audiovisual.

MAIS UMA VEZ ESTAMOS A SER PIONEIROS

Sabemos que, mais uma vez, estamos a ser pioneiros e a rasgar os caminhos do futuro, neste grande mundo da comunicação, onde, são cada vez mais diferenciadas as formas de produzir e estabelecer a ponte entre o jornal e os leitores. Para nós, no imediato, o importante é darmos este passo em frente, abrir um novo caminho, por-que, desde sempre, tem sido nosso lema, tal como diz o poeta – caminhar, caminhando – porque o caminho faz-se caminhando.Sentimos orgulho de sermos nós a editar a 1ª Revista online na Região de Setúbal.Continuaremos a dar sentido ao nosso lema: Damos Rostos às Cidades!

A PRIMEIRA REVISTAONLINENA REGIÃODE SETÚBAL/// TEXTO: ANTÓNIO SOUSA PEREIRA

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EM DESTAQUE

Director: António Sousa Pereira [email protected]; Redacção: Andreia Catarina Lopes, Claudio Delicado, Maria do Carmo Torres; Colaboradores Permanentes: Marta Sa-les Pereira, Luís Alcantara, Rui Nobre (Setúbal), Ana Videira (Seixal); Colunistas: Manuela Fonseca, Ricardo Cardoso, Nuno Banza, António Gama (Kira); Carlos Alberto Correia, Pedro Estadão, Nuno Cavaco e Paulo Calhau; Departamento Relações Públicas: Rita Sales Sousa Pereira; Departamento Comercial: Lurdes Sales [email protected]; Paginação: Alexandra Antunes [email protected]; Departamento Informático: Miguel Pereira [email protected] Contabilidade: Olga Silva; Editor e Propriedade: António de Jesus Sousa Pereira; Redacção e Publicidade: Rua Miguel Bombarda, 74 - Loja 24 - C. Comercial Bombarda - 2830 - 355 Barreiro - Tel.: 21 206 67 58/21 206 67 79 - Fax: 21 206 67 78 E - Mail: [email protected]; Website: www.rostos.pt; Nº de Registo: 123940; Nº de Dep. Legal: 174144-01;

REGISTOS E HISTÓRIAS – PÁGINA 5 A 10

Luis Rodrigues - Investigador de História,Filosofia e do fenómeno religioso

Luís Ferreira Rodrigues, nasceu no Barreiro. Arquitecto. Dedica actualmente parte do seu tempo à investigação histórica e fi-losófica do fenómeno religioso. Recentemente publicou a obra livro “História do Ateísmo em Portugal”.Nesta edição um registo do seu percurso sobre o «falar de Deus fora de um quadro de referência institucional» e uma reflexão sobre «um Deus omnisciente é inconciliável com Liberdade». 

MOSAICOS DA REGIÃO – PÁGINAS 11 A 14

Sofia Martins, Vereadora da Câmara Municipal do Barreiro

Sofia Martins, vereadora da Câmara Municipal do Barreiro, fala--nos de si, do seu percurso de vida, recorda a sua “veia contes-tatária” dos tempos de estudante, o seu amor pela fotografia, a sua filha Maria, e, nos tempos de hoje, onde – “o dia não tem ho-ras” – a alegria que sente de estar a dar o seu contributo para que o “Barreiro que seja uma terra com qualidade”.

FIXANDO NO TEMPO – PÁGINAS 16 E 17

. Pólo de Museologia Industrial do BarreiroPode ser o motor de um projecto de «Turismo Cultural»

. Mata da Machada e Sapal do Rio CoinaUm recurso com potencialidades ambientais e económicas

EM FOCO – PÁGINAS 18 A 20

Ana Lourenço MonteiroRosto do Ano da Comunicação Social

Ana Lourenço Monteiro, jornalista, 27 anos, nasceu em Lisboa, mas, sublinha “fui registada no Barreiro, sou do Barreiro”. Foi eleita «Rosto do Ano da Comunicação Social-2009», pela o painel da imprensa local, com ela conversámos sobre a vida e jornalismo que lhe – “está no sangue”.

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REGISTOS E HISTÓRIAS

Estas foram razões mais que sufi-cientes para entrevistarmos Luís Rodrigues, nesta primeira edição da revista online do «Rostos», afi-

nal um percurso sobre o «falar de Deus fora de um quadro de referência institucional» e uma reflexão sobre «um Deus omnisciente é inconciliável com Liberdade». CONVERSA «PERDIDA» COM JOSÉ SARAMAGO

Que motivação o levou a escrever esta obra de diálogos com pensadores de reno-me mundial?

Começando com uma ironia, diria que, com a crise que nos assola, os pensadores de re-nome nacional (os poucos que restam) es-tão mais preocupados em sobreviver do que em dialogar. Como tal, apenas me restavam os pensadores de renome mundial.Sem ironias, diria que este projecto come-çou a germinar em paralelo com um outro: a

História do Ateísmo em Portugal. Enquanto recolhia informação para a História do Ate-ísmo, senti a necessidade de aprofundar conhecimentos acerca da religiosidade e da irreligiosidade através do diálogo com pessoas que estivessem envolvidas nestas temáticas e que as encarassem de diversas perspectivas—nomeadamente, através da perspectiva histórica, científica, filosófica, teológica, literária, etc. No início, pretendi encetar esse diálogo apenas com figuras de âmbito nacional, contudo, como já não será de estranhar, não encontrei da parte dos portugueses que contactei, muita receptivi-dade para a conversa. Uma das raras pesso-as que aceitou falar comigo, foi essa grande personalidade de dimensão universal cha-mada José Saramago. Conversámos cerca de hora e meia na sua Fundação, aqui em Lisboa no dia 17 de Junho de 2008. Quando pensava que finalmente tinha conseguido a primeira (e talvez a melhor) de muitas entre-vistas que agora começariam finalmente a

surgir, por absurdo que pareça, o gravador que levei não funcionou correctamente e a conversa perdeu-se! Um desastre. Obvia-mente, já não tive cara para voltar a entre-vistar José Saramago. Restava-me apenas ficar com a memória dessa conversa. Peran-te este facto, afiguravam-se-me duas alter-nativas: a atitude de vitimização tipicamen-te lusitana—que consistia em lamentar-me, chorar, bater com a mão no peito e esperar que alguém me aplacasse a tristeza, ou en-tão, a atitude optimista e inconformista que sempre me guiou: teria de ignorar a adver-sidade e começar algo de novo; algo ainda mais ambicioso. Quando não conseguimos fazer uma coisa bem, só nos resta como al-ternativa, fazer várias coisas melhores. E foi assim que estes diálogos surgiram. FALAR DE DEUS FORA DE UMQUADRO DE REFERÊNCIA INSTITUCIONAL

Depois de um percurso a escrever um livro sobre Ateísmo em Portugal, porquê uma reflexão filosófica e científica sobre Deus, religião e fé ?

Tal como referi, ambos os livros foram de-senvolvidos praticamente em simultâneo. Durante esse percurso, constatei que em Portugal, nunca existiu a propensão para fa-lar de Deus fora de um quadro de referência institucional—já que sempre se misturou a reflexão acerca de Deus com a reflexão acer-

Luís Ferreira Rodrigues, nasceu no Barreiro. Arquitecto. Tem colabora-do no jornal “Rostos”. Dedica actualmente parte do seu tempo à inves-tigação histórica e filosófica do fenómeno religioso. Recentemente publicou o obra livro “História do Ateísmo em Portugal” e, nos Estados Unidos da América, publicou o livro “Open Questions: Diverse Thinkers Discuss God, Religion, and Faith”.

Luís Rodrigues – Investigador de História, Filosofia e do fenómeno religioso

«Se o ser humanodescobrisse a fórmulada vida eterna, o conceito de Deus deixaria de fazer qualquer sentido»

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REGISTOS E HISTÓRIAS

ca do Deus da Igreja Católica. Mesmo aque-les que tiveram a ousadia de abandonar a visão Católica do mundo, nunca caíram no ateísmo explícito: tornaram-se simplesmen-te em místicos ou em anti-clericais. Por estas bandas, Deus, a religião e a fé, estão dema-siado confinados ao debate monocórdico, típico de países católicos. Por isso, tendo em vista uma maior quantidade e qualida-de de informação, voltei-me especialmente para os Estados Unidos da América, um país onde o debate contemporâneo acerca da re-ligião, é vibrante e abundante—talvez fruto da existência de inúmeras denominações de tradição Protestante. Se em meados e fins do século XIX, esse debate teve o seu epicentro na Alemanha, hoje em dia, esse epicentro encontra-se no mundo anglófono. Quer seja numa perspectiva de apologia anti-religiosa (nas intervenções de Richard Dawkins, Christopher Hitchens, Sam Harris, A.C. Grayling, etc.) quer seja numa perspec-tiva religiosa (através das publicações da InterVarsity Press, através das intervenções e debates de apologistas evangélicos como William Lane Craig, professores como Alvin Plantinga, Richard Swinburne, etc.), numa perspectiva histórica (através do Jesus Se-minar, de professores como Bart Ehrman, E.P. Sanders, Geza Vermes, John Dominic Crossan, etc.), ou até mesmo numa pers-pectiva científica (através de cientistas como Francis Collins, Steven Weinberg, John Polkinghorne, Victor Stenger, Stephen Ha-wking, Paul Davies, etc.), constatamos que as reflexões mais interessantes sobre este tema se fazem em inglês. Por tudo isto, pen-sei que uma reflexão filosófica e científica sobre Deus, religião e fé poderia eventual-mente ser mais esclarecedora se me voltas-se para os EUA. PREENCHER O PERCURSOEXISTENCIAL HUMANO

Que lições pessoais foram retiradas des-tas conversas?

Uma lição muito simples: maior compreen-são acerca das múltiplas perspectivas com que cada ser humano tenta preencher as dúvidas inerentes à incapacidade de apre-ensão da totalidade cósmica. Ninguém co-nhece os mistérios do Universo no seu todo; segundo dados científicos, sabemos apenas que a coisa se terá iniciado com um Big Bang há cerca de 13 biliões de anos atrás, mas desconhecemos o que deu origem a esse Big Bang, se existem outros Universos além do nosso, etc. Assim, todo o conheci-

mento que retiramos das coisas é inevitavel-mente parcial, restando sempre uma mar-gem de dúvida que a perspectiva subjectiva de cada um irá preencher com a resposta que lhe parece mais adequada. Um crente olhará para o desconhecido como algo que transcende a realidade e se coloca num pla-no divino. Um ateu como eu olhará para o desconhecido como a extensão da realida-de que a nossa vista ainda—e eu ressalvo este “ainda”—não conseguiu alcançar. Um ateu olha para o horizonte e pressupõe que existe algo para lá do mesmo que não é mais do que a extensão de uma realidade ainda não alcançada. O crente olha para o horizonte e está convicto que para lá do mesmo, existe um espelho que lhe permite ter acesso a outra dimensão da realidade: uma espécie de mundo fantástico de Alice no País das Maravilhas. Isso é bom? Isso é mau? Isso é verdadeiro? Isso é falso? Nas conversas que realizei, o que se realça é exactamente a diversidade de perspectivas e respostas para esta questão. Algumas se-rão mais coerentes e lógicas do que outras, mas no final, tudo se resume à justificação de um sentido para essa condição extraordi-nária chamada “existência” e para as gran-des interrogações que giram à sua volta: porque estamos aqui? O que devemos fazer com o tempo finito que nos resta? Etc. A úni-ca coisa que se altera é a perspectiva sub-jectiva com que cada um preenche essas interrogações, tentando encontrar a respos-ta que melhor lhes optimiza a noção de um sentido existencial: se para mim essa busca pelo Feiticeiro de Oz é simplesmente quimé-rica, não tenho problemas em compreender que, para outras pessoas, a busca por esse Feiticeiro de Oz chamado Deus, constitui a

melhor resposta para justificar e preencher o percurso existencial humano que levam. DEUS É PERFEITAMENTE DISPENSÁVEL

Acha que o homem pode viver sem discutir na sua interioridade a ideia de Deus?

A partir do momento em que vive numa so-ciedade já imbuída dessa ideia, isso será inevitável. Contudo, a pergunta que se co-loca é: que Deus é esse que irá preencher a minha interioridade? O Deus cristão? O Deus islâmico? O Deus hindu (se é que po-demos falar de um Deus hindu no singular)? Os múltiplos deuses ou energias tão em voga nos livros New Age como O Segredo? Se quisermos falar de interioridade, acho que a ideia de Deus é perfeitamente dispen-sável. O que nos preocupa verdadeiramen-te (e tentamos camuflar essa preocupação com o conceito de Deus) é o sentido exis-tencial—e totalmente natural—que atribuí-mos à finitude humana (nossa e daqueles que amamos). Não tenho dúvidas que, se o ser humano descobrisse a fórmula da vida eterna, o conceito de Deus deixaria de fa-zer qualquer sentido (neste contexto, esse conceito poderia até ganhar um novo senti-do: as Igrejas do futuro seriam aquelas que anunciassem um Deus que libertaria o ser humano do enorme peso de uma existên-cia terrena eterna. Aliás, tanto o Hinduísmo como o Budismo perfilham um pouco dessa filosofia). Existem obviamente outras formas de relacionamento com Deus que nada têm a ver com interioridade: para algumas pes-soas, Deus significa simplesmente, prática ritual (ir à Missa), educação social (frequen-tar a catequese), envolvimento comunitário

«A pergunta que se coloca é: que deus é esse que irá preencher a minha interioridade? O deus cristão? O Deus islâmico? O deus hindu (se é que podemos falar de um deus hindu no singular)? Os múltiplos deuses ou energias tão em voga nos livros new age como O Segredo? Se quisermos falar de interioridade, acho que a ideia de deus é perfeitamente dispensável.»

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REGISTOS E HISTÓRIAS

(dinamizar grupos de voluntariado), etc. No entanto, gostaria ainda de referir talvez a for-ma mais inocente como se olha para Deus: a forma deslumbrada. Achamos extraordiná-rio o cosmos, a vida, as leis da física, etc., e pretendemos atribuir a uma divindade, um “muito obrigado!” por todas estas coisas maravilhosas que nos deslumbram. Contu-do, a nossa perspectiva de agradecimento é bem dispensável se pensarmos que da-qui a alguns anos (esperemos que muitos!) morreremos, daqui a 7 biliões de anos o Sol irá destruir a Terra, e muitos biliões de anos depois, todo o universo (pelo menos, aquele que conhecemos) irá desvanecer-se por via da exaustão das estrelas existentes—aqui-lo a que os cientistas chamam de “morte térmica do universo”. Devemos agradecer a Deus por isso? Talvez para ele o espectá-culo possa ser divertido! Deus, qual criança soprando bolhas de sabão, divertindo-se a vê-las surgir e a dissiparem-se… UM DEUS OMNISCIENTEÉ INCONCILIÁVEL COM LIBERDADE Como relaciona a ideia de Deus – mesmo do mero ponto de vista filosófico – com a ideia de Liberdade?

Presumo que estejamos a falar da ideia de um Deus cristão, correcto? Se assim for, por muito que teólogos e filósofos cristãos se tenham esforçado ao longo do tempo para tentar alicerçar numa doutrina coerente as faculdades de Deus que o poderiam compa-tibilizar com a ideia de Liberdade, constata-mos que isso não é possível de realizar. Por exemplo, a ideia de um Deus omnisciente, omnipotente e omnipresente, é totalmente inconciliável com a ideia de Liberdade—a Liberdade Dele e a nossa. No que a Ele diz respeito, se a omnisciência é uma das suas faculdades, Deus soube e saberá tudo o que irá fazer desde sempre e até sempre. Logo, não é livre de escolher algo que sem-pre soube e saberá que só poderia ser de determinada maneira. Deus encontrar-se-ia assim, prisioneiro de si mesmo. Da mesma forma, se Deus tudo pudesse sem qualquer grau de restrição ou impossibilidade, deve-ria também estar capacitado para contra-riar a faculdade de “saber” ou de “ser”. Ora, essa capacidade, anularia assim as faculda-des de omnipresença e omnisciência; Deus não pode decidir “não-ser” ou decidir “não--saber” porque isso implicaria uma impos-sibilidade lógica: não é suposto que Deus tenha a capacidade de escolher anular-se ou aniquilar-se. Nestes termos, teria de se

anular a lógica em face das faculdades in-conciliáveis da omnisciência, omnipotência e omnipresença de Deus. Em relação àquilo que à Humanidade diz respeito, utilizar Deus como condicionador da nossa Liberdade (essencialmente de um ponto de vista ético e moral), também se revela uma falácia: em primeiro lugar, teríamos de saber se Ele quer algo de nós e, em caso afirmativo, o quê? Recorremos à Bíblia para conhecer as suas intenções? Ao Corão? Às Páginas Amarelas? Porque deveríamos tomar como autorizada determinada fonte que se afirma detentora de um plano divino para a nossa existência? Só porque essa fonte assim o diz? Só por-que alguns intérpretes dessa fonte assim o dizem? Com que legitimidade o fazem? Se confiássemos apenas nesse grande concei-to legitimador do conformismo a que cha-mamos “tradição”, ainda hoje estaríamos a tomar como credíveis, algumas mitologias pré-históricas. Hoje em dia não reparamos na incompatibilidade entre a ideia de Deus e a ideia de Liberdade, porque a mensagem que nos é dada de Deus, é uma mensagem de um “Deus-amor”. Contudo, a parangona do “amor” serviu para formas muito diver-sas de o manifestar: queimar hereges numa fogueira poderia ser justificado como um acto de amor que visava manter a integrida-de da alma católica e a correcta doutrina de Cristo. No mesmo sentido, também alguns regimes ateus cometeram atrocidades por

amor à Mãe-Pátria estalinista, maoista, etc. Quantas vezes não ouvimos ainda hoje dizer que indivíduo A ou B “matou por amor”? A mim, mais do que os conceitos, interessam--me as formas através das quais eles se ma-nifestam. Se olharmos para o discurso na Arquitectura ou no Urbanismo, por exemplo, só ouvimos falar de coisas boas: sustenta-bilidade, qualidade, excelência, beleza, etc. Contudo, a pergunta inevitável é esta: como é que isso se tem reflectido na realidade? Correspondem verdadeiramente esses con-ceitos às características que os qualificam, ou não passam simplesmente de retórica balofa para tentar mistificar as evidências? Voltando à questão de Deus, sempre que existe uma autoridade—e Deus é visto como a representação máxima de autoridade (es-sencialmente, uma autoridade moral)—exis-te sempre uma limitação da Liberdade. Não digo que uma certa limitação de Liberdade seja só por si, algo de mau (até porque é isso que mantém a ordem social e refreia exageros individualistas que poderiam pre-judicar a comunidade), contudo, pretender fazer de Deus a autoridade que legitima essa limitação, constitui uma menorização e desresponsabilização da Humanidade que é, a todos os títulos, deplorável. ARQUITECTURA PORTUGUESATORNOU-SE SNOB E RETÓRICA

E já agora, como foi que um Arquitecto par-tiu para esta viagem pelo «mundo divino»?

Por dois motivos; um positivo e outro nega-tivo. Comecemos pelo positivo: como já se deve ter reparado, sou um apaixonado pela História e pela Filosofia. Como tal, não foi muito difícil encontrar no tema da Religião, o cruzamento perfeito entre estes dois as-suntos. Constatei ainda que, no nosso país, muito se encontra por dizer em relação a esta temática. É certo que existem cente-nas de livros que abordam seriamente o tema da religião, de Jesus Cristo, da histó-ria da Igreja, etc. Contudo, a perspectiva é quase sempre a mesma: a perspectiva da ortodoxia vigente. Se aos portugueses fosse facultada a possibilidade de lerem autores clássicos como David Friedrich Strauss, F. C. Baur, Albert Schweitzer e Walter Bauer, ou mais contemporâneos como Robert Price ou Earl Doherty, teriam de olhar de outro modo para as concepções convencionais que nos são diariamente incutidas acerca do Cristia-nismo, por exemplo. No que diz respeito ao motivo negativo que me levou a partir para este viagem pelo «mundo divino», terei de

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REGISTOS E HISTÓRIAS

salientar a decepção suscitada por muito daquilo que se tem vindo a fazer da Arqui-tectura e do Urbanismo em Portugal. Apesar das apresentações exuberantes, fotografias deslumbrantes ou prémios de arquitectu-ra, a verdade é que muito daquilo que nos impingem como ouro, não passa de latão. A arquitectura portuguesa tornou-se snob e retórica, desprezando o diálogo entre forma e função, desprezando as necessidades das populações, a história, o respeito pelo terri-tório e ambiente, etc. A arquitectura hoje em dia, aspira apenas à fotogenia ou à negocia-ta; copiam-se ou «reciclam-se» meia dúzia

de modelos estereotipados publicados em revistas da especialidade (ou melhor dizen-do: revistas do establishment vigente) sem preocupações de carácter funcional, am-biental, económico ou social. Empoleirados no seu sobranceiro estatuto de «estrelas», alguns grandes nomes da arquitectura mais não fazem do que produzir objectos arqui-tectónicos convenientemente dispendiosos e exuberantes, destinados a ser venerados como bezerros de ouro. Professores univer-sitários e arquitectos premiados que nos impingem essas maravilhas, tentam con-vencer-nos que o “rei não vai nu” quando na realidade, é isso que sucede; infelizmente, poucos são aqueles que denunciam essa nudez já que poucos são também aqueles que possuem o know-how para fazê-lo ou a

coragem para questionar uma autoridade. As universidades, por exemplo, já não estão interessadas em transmitir conhecimento numa dimensão abrangente: apenas lhes interessa produzir mão-de-obra especializa-da, convenientemente formatada para ser eficiente na produção e totalmente aliena-da em relação ao porquê dessa produção. Andamos a formar arquitectos de secretá-ria, treinados em AutoCad (um programa de computador que serve para conceptualizar projectos de arquitectura) aos quais não se lhes pede que pensem mas que executem.

Aqueles que não trabalham em AutoCad, não têm melhor sorte: pede-se-lhes que sejam meros burocratas, seguidores dog-máticos de uma legislação desastrosa e permissiva, vertida por exemplo, no recente Decreto-Lei n.º 26/2010 (Regime Jurídico da Urbanização e Edificação). Dos cerca de 18.800 arquitectos que existem em Portugal (um rácio absurdo de cerca de 1 arquitecto por cada 532 habitantes quando a média europeia é de 1 arquitecto por cada 1000 habitantes), quantos é que vão realmente pensar e fazer Arquitectura ou pensar e fa-zer Urbanismo a sério num país em que a construção civil mergulhou numa crise dra-mática e profunda? O problema para o qual o bastonário dos advogados chamou a aten-ção em relação à sua classe—ou seja, a falta

de preparação e o excesso de advogados, encontra-se triplicado ou quadruplicado na classe dos arquitectos. Pior ainda: concede--se a determinadas pessoas com pouca preparação técnica ou ética (repare-se que metade dos arquitectos portugueses tem menos de 35 anos), a capacidade de assi-nar projectos e pareceres cujos verdadei-ros impactos muitas delas desconhecem. Cedendo ao deslumbramento de assinar o primeiro projecto ou o primeiro parecer téc-nico, ou cedendo à miséria da sua condição profissional, alguns arquitectos não temem

assinar irreflectidamente muitos projectos, nem sempre realizados com as melhores motivações. Ao longo destes anos, consu-miram-se milhões de euros em «elefantes brancos», negociatas mal explicadas, op-ções urbanísticas, modelos de intervenção e gestão urbana (Projectos de Interesse Na-cional, Fundos de Investimento Imobiliário, Parcerias Público-Privadas, Sociedades de Reabilitação Urbana, Empresas Municipais, etc.) verdadeiramente desastrosas, sugado-ras de dinheiros públicos, e cujos resultados económicos negativos estão hoje reflectidos na infame factura que alguns políticos e téc-nicos hipócritas, corruptos e despudorados querem passar à maioria dos portugueses. Constato com bastante decepção que, aqui-lo que durante anos andei a escrever—e agradeço ao Sousa Pereira por me ter dado

«Andamos a formar arquitec-tos de secretária, treinados em Auto-Cad (um programa de computador que serve para conceptualizar projectos de arquitectura) aos quais não se lhes pede que pensem mas que executem. Aqueles que não trabalham em Auto-Cad, não têm melhor sorte: pede-se--lhes que sejam meros burocratas, se-guidores dogmáticos de uma legislação desastrosa e permissiva»

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NOTA BIOGRÁFICA

Luís Ferreira Rodrigues nasceu em 1976 no Barreiro. É licenciado em Planeamento Urbano e Territorial pela Faculdade de Ar-quitectura da Universidade Técnica de Lis-boa, mestre em Ordenamento do Território e Planeamento Ambiental pela Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lis-boa encontrando-se actualmente a realizar o doutoramento em História e Teoria das Ideias. Tendo realizado várias exposições

de pintura e escrito artigos sobre urbanis-mo e ordenamento do território no “Jornal do Barreiro” e no jornal “Rostos”, dedica actualmente parte do seu tempo à investi-gação histórica e filosófica do fenómeno re-ligioso. Publicou pela Editora Guerra & Paz a “História do Ateísmo em Portugal” e pela editora norte-americana ABC-Clio, o livro “Open Questions: Diverse Thinkers Discuss God, Religion, and Faith”. Desenvolve a sua actividade profissional como urbanista em Lisboa.

REGISTOS E HISTÓRIAS

a oportunidade de o fazer—no Jornal do Bar-reiro e no Rostos acerca da «irracionalidade imobiliária», não serviu para nada a não ser confirmar a razão que me assistia quando denunciava alguns desses exercícios despe-sistas.Por tudo isto e muito mais, senti a necessi-

dade de alternar a minha prática profissio-nal como urbanista com outros interesses de carácter mais nobilitante—e que não me desregulam tanto a bílis—nomeadamente, o estudo da temática religiosa. Talvez conti-nuando a estudar Religião, volte a ter fé na Arquitectura e no Urbanismo.

Livro publicado nos Estados UnidosPUB

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MOSAICOS DA REGIÃO

SOFIA MARTINSVEREADORA DA CÂMARA MUNICIPAL DO BARREIRO

«Sinto que é um privilégio participar neste tempo de

mudança do Barreiro»Sofia Martins, vereadora da Câmara Municipal do Barreiro, fala-nos de si, do seu percurso de vida, recorda a sua “veia contestatária” dos tempos de estudante, o seu amor pela fotografia,

a sua filha Maria, e, nos tempos de hoje, onde – “o dia não tem horas” – a alegria que sente de estar a dar o seu contributo para que o “Barreiro seja uma terra com qualidade”.

Sofia Amaro Martins, nasceu no dia 20 de Ju-lho de 1974, em Lisboa, na Maternidade Al-fredo da Costa, como muitos barreirenses. Mas, como diz, “a minha terra é o Barreiro”.

Viveu a sua infância na freguesia da Verderena. Fre-quentou o Externato Manuel de Melo, desde os 4 me-ses até aos 4 anos. Posteriormente integrou o grupo de crianças que inaugurou a Creche «O Comboio».Frequentou a Escola do Ensino Básico nº 4, na fregue-sia da Verderena, tendo concluído o ensino Preparatório na antiga Escola Mendonça Furtado, onde actualmente funciona a Escola Seixas.Seguiu-se a Escola Alfredo da Silva, onde completou o 7º e 8º ano.No 9º ano fez a opção pelo Teatro – “Gostava muito de teatro. Frequentei um Curso de Teatro, nos Penicheiros, no âmbito de uma Férias Desportivas. Dos meus 11 aos 13 anos fiz essa formação de iniciação ao Teatro. Por isso ganhei uma paixão pelo Teatro. Foi essa a razão que me motivou a fazer a opção pelo Teatro no 9º ano”.

A VEIA CONTESTATÁRIA

Recorda que, enquanto estudante, sentiu nascer – “a minha veia contestatária” – quando aos 10 anos, no Ensino Preparatório integrou um grupo de alunas que formaram uma associação de estudantes.

/// TEXTO: S.P.

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MOSAICOS DA REGIÃO

Mais tarde, refere, foi uma activista nas lutas estudantis de combate à PGA, sem qualquer ligação a juventudes partidárias.“Foi neste tempo que despertei para as questões sociais” – sublinha.Salienta que seus pais eram ambos militantes do Partido Co-munista Português – “lutaram, ainda antes do 25 de Abril e estiveram envolvidos em muitas lutas antifascistas, mas, em casa, não falavam muito das suas actividades políticas, embo-ra conversassem sobre todos os acontecimentos que faziam a vida no dia a dia”.

ADESÃO À JUVENTUDE COMUNISTA PORTUGUESA

A sua adesão à Juventude Comunista Portuguesa concretizou--se no ano de 1992, já a frequentar o Ensino Superior, no ISEL, quando participou num Encontro de Jovens, organizado pela JCP.“Quando aderi já o fiz porque tinha uma grande concordância de ideias e sentia-me em condições de participar nas activida-des da JCP” – sublinha.

OPÇÃO POR ENGENHARIA CIVIL

No Ensino Superior, frequentou o ISEL, o Curso de Engenharia Civil, que concluiu aos 23 anos – “esta era a área de trabalho do meu pai, a minha mãe estava licenciada em Geografia Ur-bana, acabei por optar por esta área, embora a minha área de formação tivesse sido Engenharia Química”. “O meu desejo era tirar uma formação que me permitisse tra-balhar. Fui trabalhar ainda antes de concluir a licenciatura” – refere.Iniciou a sua actividade profissional em Beja, exerceu funções no Barreiro e posteriormente em Lisboa.

ELEITA DEPUTADA MUNICIPAL

No ano de 1993, ainda militante da JCP, foi candidata e eleita para a Assembleia Municipal do Barreiro. Nas eleições seguintes foi candidata à Câmara Municipal do

«Gosto muito de ver fotografia, assim como gosto de fazer. A fotografia é uma forma de transmissão de emoções que mexe comigo e me comove, com a fotografia sinto-me realizada, sempre que consigo captar uma fotografia e com ela transmitir aquilo que quero transmitir.

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MOSAICOS DA REGIÃO

Barreiro em lugar não elegível, e, com o objectivo de dar apoio na vida familiar esteve um pouco afastada da vida política.No ano 2005, voltou a integrar a lista de candidatos à Câmara Municipal do Barreiro tendo sido eleita vereadora, integrando a equipa de Carlos Humberto.

PAIXÃO PELA FOTOGRAFIA

Na Faculdade foi sempre uma activista da vida associativa, in-tegrando a associação de estudantes.No Barreiro participou de forma activa no CUP - uma associa-ção promotora de actividades culturais, integrando os núcleos de Teatro e de Fotografia.“Ainda fiz umas exposições de fotografia na faculdade. Sou uma amante da fotografia” - recorda.“Gosto muito de ver fotografia, assim como gosto de fazer. A fo-tografia é uma forma de transmissão de emoções que mexe co-migo e me comove, com a fotografia sinto-me realizada, sempre que consigo captar uma fotografia e com ela transmitir aquilo que quero transmitir. Mas não faço fotografia há muito tempo” – sublinha.“Há muito tempo que não saio para a rua à procura de bons momentos e emoções. Às vezes faço, quando tenho a máquina junto a mim e posso” – refere.

MARIA NASCEU HÁ 4 ANOS

Casada. Tem uma filha, a Maria que nasceu há 4 anos – “quan-do fui eleita para a Câmara tinha acabado de ser mãe. Saía a meio das reuniões para ir a casa dar mama à Maria e voltava de novo para as reuniões”.“Esta minha experiência autárquica tem sido muito boa, muito cansativa, mas tenho tido oportunidade de fazer coisas que me agradam bastante. Não conseguimos sempre fazer tudo o que queremos, mas tem sido muito bom” – refere.

UMA VITÓRIA TER MOTIVADO OS TRABALHADORES

“No meu primeiro mandato autárquico o que mais destaco é o facto de termos sido capazes de trabalhar todos como uma equipa, desde os eleitos aos trabalhadores da Câmara, acho que foi uma grande vitória ter motivado os trabalhadores para a importância de realizarmos trabalho em conjunto, porque só um trabalho de equipa produz um bom trabalho. Esta para mim foi uma referência” – salienta.“Senti que os trabalhadores aderiram ao projecto, isso foi mui-to importante, consegui a sua adesão, e, por outro lado, sinto que conseguimos realizar alguns projectos muito importantes para o concelho do Barreiro. Fizemos muito trabalho. Fomos uma equipa dinâmica.” – acrescenta. >>

Foto central: numa manifestação de alunos no BarreiroRestantes fotografias: vários momentos da sua vida

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MOSAICOS DA REGIÃO

VIVER ESTE TEMPO DEMUDANÇA DO BARREIRO

“Sinto, de facto, que é um privilégio estar a viver este tempo de mudança do Barreiro. Para quem vive no Barreiro, para quem co-nhece o Barreiro, uma das nossas caracte-rísticas é sermos muito bairristas, é gostar-mos muito da nossa terra, gostamos mesmo muito da nossa terra.

Depois, às vezes não conseguimos fazer que a nossa terra vá para onde queremos que devia ir, porque, sentimos que, aquilo que somos e temos capacidade, isso, é faz--nos sentir algo redutor, e, como estamos longe das nossas potencialidades. Daí que sinta um grande orgulho por estar a dar o meu contributo, hoje, para ajudar a dar um empurrão para que o Barreiro avance e se transforme nos próximos anos.” – sublinhou Sofia Martins.

CONTRIBUTO PARACONSTRUIR O BARREIRO

“O que costumo dizer é que as pessoas, os trabalhadores disponham, contribuam para que o Barreiro vá para a frente, mesmo que não sejam da minha força política, porque, hoje, é essencial que existam plataformas de entendimento para que o Barreiro se de-senvolva” – refere.“As querelas, as polémicas, sobre quem fez

o quê, ou quem faz o quê, isso em nada aju-da a desenvolver o Barreiro. O que eu per-gunto é sempre: Qual é o objectivo? E, para mim, o objectivo é fazer um Barreiro Novo, um Barreiro que seja uma terra com traba-lho, um Barreiro com riqueza, um Barreiro que seja uma terra com qualidade.Por essa razão, sentir que hoje, como Vere-adora estou a ter a oportunidade de dar o meu contributo para construir esse Barrei-ro, faço-o com muita satisfação, até, porque sinto, que esta é uma oportunidade que poucos têm, ajudar à mudança” – salienta.Sofia Martins, tem sob a sua responsabili-dade, na Câmara Municipal do Barreiro as áreas de Saneamento, Águas, Espaços Ver-des, Obras Urbanas, o Trânsito, Rede Viária e Frota Municipal, e por essa razão, sublinha - “Para mim o dia não tem horas”.

«As querelas, as polémicas, sobre quem fez o quê, ou quem faz o quê, isso em nada ajuda a desenvolver o Barreiro. O que eu pergunto é sem-pre: Qual é o objectivo? E, para mim, o objectivo é fazer um Barreiro Novo, um Barreiro que seja uma terra com trabalho, um Barreiro com riqueza, um Barreiro que seja uma terra com qualidade»

Com o presidente da CMBNa entrega do Prémio Rostos do AnoEm trabalho: Reunião Pública da CMB

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FIXANDO NO TEMPO

Pólo de Museologia Industrial do Barreiro

Pode ser o motor de um projecto de «Turismo Cultural»

No Museu Industrial, no Parque Empresarial da Baía Tejo, reali-zou-se a apresentação das «Ac-tas do Colóquio Internacional

– Industrialização em Portugal no Século XIX- O caso do Barreiro», uma iniciativa que foi realizada, no Barreiro, no âmbito das co-memorações do centenário da CUF no Bar-reiro (1908-2008).

SEMINÁRIO “150 ANOS DA FUNDAÇÃO DA CUF”

José Amado Mendes, coordenador do Colóquio, sublinhou que a investigação científica iniciada com a realização deste colóquio, demonstra que “há um campo extraordinário de investigação para explo-rar”, e, neste contexto, lançou o repto de nas comemorações dos 150 anos da CUF, dentro de 5 anos, dando continuidade a este trabalho, venha a realizar-se um Se-minário para tratar o tema: “150 anos da fundação da CUF”.

CRIAR UM PÓLO DEMUSEOLOGIA INDUSTRIAL

Miguel Faria, do Instituto de Investigação

da Universidade Autónoma de Lisboa, sa-lientou que o livro agora editado vai per-mitir a continuidade da reflexão iniciada – “com pluralidade de ideias”.Miguel Faria, salientou – “a oportunidade que é para o Barreiro e para os barreiren-ses ter as bandeiras da arqueologia indus-trial”, referindo que, esta, é uma vertente que pode contribuir para o desenvolvimen-to da cidade – “criando um pólo de museo-logia industrial”.

BARREIRO UM PÓLOLIGADO AO «TURISMO CULTURAL»

“Esta cidade pode ter uma terceira ou quarta vida, aproveitando o passado que é preciso preservar” – sublinhou, Amado Mendes, coordenador do Colóquio, acres-centando que o Barreiro pode transformar--se num pólo ligado ao «Turismo Cultural».Amado Mendes, defendeu o desenvolvi-mento no Barreiro de um pólo de «Turismo Industrial, transformando recursos exis-tentes em produtos», porque, disse, - “O Barreiro tem um futuro com um passado riquíssimo”.

VEJA OS VÍDEOS

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FIXANDO NO TEMPO

Mata da Machada e Sapal do Rio CoinaUm recurso com potencialidadesambientais e económicas

Nuno Banza, vereador responsá-vel pela área do Ambiente da Câ-mara Municipal do Barreiro, tem sido um incansável defensor da

preservação da Mata da Machada e Sapal do Rio Coina, como espaços estruturantes e de referência nos compromissos que o Barreiro assume relativamente às questões da sus-tentabilidade ambiental.

CLASSIFICAÇÃO DO SAPALDO RIO COINA E MATA DA MACHADA

Neste contexto está em curso o processo de

Classificação do Sapal do rio Coina e Mata da Machada e a elaboração de um plano estra-tégico.A Mata da Machada, um espaço com cerca de 80 hectares é, na realidade, “o grande pul-mão do Barreiro”.São muitos barreirenses que, ainda hoje, des-conhecem as potencialidades da Matada Machada e, até, a existência do Centro de Educação Ambiental, apesar de, nos últimos anos, terem sido realizadas muitas acções de divulgação, nomeadamente com a promoção de visitas de milhares de crianças das Esco-las do Ensino Básico e assinatura de Acordos

de Cooperação com diversas entidades.

MATA DA MACHADA NA“ROTA DO TRABALHO E INDÚSTRIA”

É cada vez mais, essencial, motivar os barrei-renses para a preservação da Mata Nacional da Machada e do Sapal do Rio Coina, de for-ma a descobrirem as suas potencialidades do ponto de vista ambiental, lúdico, despor-tivo, histórico, e patrimonial.A Mata da Machada, é, também uma das re-ferências a integrar na futura “Rota do Traba-lho e Indústria”, que a Câmara Municipal do Barreiro está a dinamizar.A Mata da Machada, como foi defendido por Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, tem que – “ser poten-ciada, para além da sua vertente ambiental, como um importante recurso económico do concelho do Barreiro”.

VEJA OS VÍDEOS

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EM FOCO

Ana Lourenço Monteiro, jornalista, 27 anos, nas-ceu em Lisboa, mas, sublinha “fui registada no Barreiro, sou do Barreiro”. Foi eleita «Rosto do Ano da Comunicação So-cial-2009», pelo painel da imprensa local, e, com ela conversámos sobre jornalismo e sobre a vida.Licenciada em Comunicação Social e Mestrado em «Estudo dos Média e do Jornalismo», diz-nos – “O jornalismo está-me no sangue”.

Ana Monteiro, viveu a sua infância na freguesia da Ver-derena, recorda os seus tempos de infância, a Escola do Ensino Básico e a sua professora Teresa, um tempo quer marca o amor à terra onde nascemos.

Frequentou a Escola da Quinta Nova da Telha – “ainda não havia Parque da Cidade”. Depois seguiu-se a Escola Secundária Augusto Cabrita, na área das Humanidades.

JORNALISMO: VAMOS VER SE GOSTO DISTO

“Foi aí, quando acabei, que decidi escolher uma área onde tivesse contacto com o público, não necessariamente o jornalismo. Ainda pensei ser professora de Inglês ou Francês, até pensei na área da Advocacia. Mas, acabei por optar pela área da Comunicação Social. Entrei para o ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas” – recorda.“Quando entrei para a Faculdade pensei: vamos ver se gosto disto. Começou a agradar e acabei por concluir aí o meu curso” – refere.

MESTRADO EM «ESTUDO DOS MÉDIA E DO JORNALISMO»

Ana Lourenço Monteiro, recorda as formações extras – “daquelas mais práticas” na Escola Profissional do Jornalistas - CENJOR.O seu interesse e motivação para o jornalismo estimula a sua

Ana Lourenço MonteiroRosto do Ano da Comunicação Social

«O jornalismoestá-me no sangue»

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EM FOCO

vontade de prosseguir a formação e, neste percurso, conclui, na Universidade Nova, o Mestrado em «Estudo dos Média e do Jor-nalismo».

UM COMEÇO NO JORNALISMO DIGITAL

Depois parte à descoberta do mundo pro-fissional, começou na Antena 1, ainda fre-quentava o curso, depois exerceu diversas actividades profissionais.“A minha primeira actividade como profissio-nal do jornalismo foi no «Diário do Barreiro», jornal online, depois seguiu-se o Setúbal na Rede, também jornal online” – recorda.“Havia um pouco a ideia, quando começaram a surgir os jornais online, que toda a gente ia deixar de ler o jornal em papel. Eu acho que os dois funcionam como complemen-taridade. As pessoas, umas utilizam mais um meio, outras o outro, ou, até utilizam ambos.” – salienta Ana Monteiro.“Para os jornalistas o trabalho é igual, embo-ra, no jornalismo online é necessário utilizar formas mais apelativas. Na prática o trabalho para o jornalista é o mesmo, há apenas a adaptação ao papel ou ao digital” – refere.

JORNALISMO DIGITAL EPAPEL SÃO COMPLEMENTARES

Ana Lourenço Monteiro refere que -“há tam-bém quem tenha a ideia que o jornalismo online dá menos importância aos jornalistas, porque não existe o seu nome no papel”, mas discorda dessa opinião. “O jornalismo online é mais dinâmico. Porque uma coisa é um jornal diário, como é um órgão online, onde temos que estar sempre atentos para o que em cada momento tem que entrar, outra coisa é um jornal sema-nal que nos dá, naturalmente, outro tipo de organização da nossa agenda. No jornalismo online se vou fazer um trabalho tenho que o fazer de imediato, num semaná-rio posso programar o trabalho” – salienta.

O JORNALISMO ESTÁ NO SANGUE

Ana Monteiro iniciou a sua actividade de jor-nalista, no «Jornal do Barreiro», no ano 2006. “Inicialmente comecei como Colaboradora, depois fiz o meu estágio profissional, poste-

riormente passei a efectiva, e, desde 2008 exerço as funções de Editora” – refere“Esta é uma função que me dá mais res-ponsabilidades, mas, eu gosto bastante de fazer o trabalho de jornalista.” – sublinha Ana Monteiro com um sorriso no seu olhar.“O jornalismo está-me no sangue. Foi para isso que eu me formei, para ser jornalista” – afirma.

ENTRE A ROTINA E A EXPECTATIVA

Sobre o jornalismo, no Barreiro, Ana comenta que – “há trabalhos que já encaramos como uma rotina, já sabemos o que vão dar, e, até já sabemos o que as pessoas vão dizer, mas, há outros trabalhos que nos entusiasmam, que geram alguma expectativa e dão algum prazer, para não estarmos sempre a fazer mais do mesmo”.“O jornalista é um pouco assim, nós quere-mos sempre mais” – salienta.

ROSTO DO ANO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Ana Monteiro expressa a sua satisfação por, actualmente, ter alguma estabilidade na sua vivência profissional.“O importante é caminhar passo a passo e manter sempre em aberto as expectativas de fazermos o melhor” – refere.Ana Monteiro, no ano 2009, foi reconhecida pelo painel de imprensa local que atribui as distinções Rostos do Ano, como sendo «Rosto do Ano da Comunicação Social do Barreiro».“Agradeço essa distinção. Sinto como um reconhecimento do trabalho que vou reali-zando. É talvez um registo da nossa dedi-cação” – salienta.

AMIZADE PARA ALÉMDA ACTIVIDADE PROFISSIONAL

Recorda que os jornalistas que exercem a sua actividade, no concelho do Barreiro, são um grupo de pessoas que mantêm entre si uma amizade e cooperação que vai para além da actividade profissional – “hoje so-mos menos, mas, todos, sempre mantivemos uma boa relação para além do que pode ser considerada a rivalidade entre os órgãos de comunicação social”.“Nós, mantemos uma amizade que vai para além da actividade profissional” – sublinha Ana Lourenço Monteiro, numa conversa ao fim da tarde, depois de mais um dia de intensa e permanente dedicação a esta missão de informar e partilhar os sonhos da cidade.

Topo da página: actualmnte.Em baixo: com 4 e 6 anos;Na queima das fitas, com 22 anos;

«O jornalista é um pouco assim, nós queremos sempre mais»

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UM OLHAR NA CIDADE

Plano de Urbanização da Quimiparque e Zonas Envolventes

REQUALIFICAR UM TERRITÓRIOSentir o prazer de trabalhare viver nas margens do Rio Tejo

O Plano de Urbanização da Quimi-parque é, sem dúvida, o grande tema da actualidade do concelho do Barreiro, pela sua importância

no grande objectivo estratégico de colocar o Barreiro como uma das principais referên-cias na construção da «cidade de duas mar-gens», ou seja abrir as portas para a cons-trução da «grande cidade de Lisboa» na sua expansão para a margem sul.

CONSTRUIR A CIDADE DE DUAS MARGENS

Nos últimos tempos entrou-se na fase de

discussão pública do Plano de Urbanização da Quimiparque e áreas envolventes. Espera-se que o Plano possa ser aprovado no 1º trimestre de 2011. Recorde-se que, actualmente, também está, também, em apresentação pública o Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROT-AML), o qual prevê que Lisboa do futuro se afirma como cidade-região, assumindo um papel âncora de desenvolvimento do País, uma perspectiva que vai de encontro á estratégia definida para o território da Quimiparque e zonas envolventes.

O território que está envolvido no Plano de Urbanização da Quimiparque e áreas envol-ventes, em uma extensão de 500 hectares, dos quais 300 pertencem ao território da Quimiparque.

TRÊS GRANDES CENTRALIDADES

O Plano prevê três zonas nucleares: uma empresarial, outra logística e a zona portu-ária. Igualmente está enquadrada neste pla-no a construção da futura GARE DO SUL – a grande Estação ferroviária da Margem Sul – que é considerada uma das centralidades

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UM OLHAR NA CIDADE

do plano.A outra centralidade situa-se onde hoje é o porto da Atlanport onde está prevista a cons-trução de um amplo jardim urbano.Na zona do actual terminal rodo-ferro-fluvial, está pensada outra centralidade, esta mais ligada à náutica de recreio e equipamentos de diversão de elevada qualificação.

18 ANOS PRAZO DA SUA CONCRETIZAÇÃO.

A recente criação do Arco Ribeirinho Sul - So-ciedade constituída com o Arco Ribeirinho Sul,com 60 por cento do capital social e a Câma-ra com 40 por cento - enquadra o desenvol-vimento estratégico do território da Quimi-parque, projectando até 18 anos o prazo da sua concretização.Este território poderá vir a contribuir para

um crescimento populacional do concelho do Barreiro na ordem dos 20 mil habitantes.

CONSOLIDAR O PARQUE EMPRESARIAL

De referir que neste processo tem existido uma excelente parceria entre a Câmara Mu-nicipal do Barreiro e o Conselho de Adminis-tração da Baía do Tejo (Quimiparque).Recorde-se que actualmente no Parque Em-presarial estão instaladas cerca de 200 em-presas e, ali, trabalham cerca de duas mil pessoas.A Baía do Tejo – Quimiparque- continua apostada em manter o parque empresarial, consolidando e está a estudar as eventu-ais deslocalizações de empresas de forma a garantir a sua permanência no parque e continuar esta visão do território como zona geradora de emprego.

Uma das preocupações imediatas é a so-lução dos problemas ambientais, estando em marcha uma candidatura, no âmbito do QREN, de quatro milhões de euros, com o objectivo de resolver o passivo ambiental do território da Quimiparque.

PRAZER DE VIVER NASMARGENS DO RIO TEJO

Todo o conjunto de ideias estratégicas do Plano de Urbanização da Quimiparque e áreas envolventes, visam a requalificação do território da Quimiparque e todos o espa-ço urbano envolvente, com a finalidade de associar três ideias chave – promover em-prego, criar espaços de lazer com condições ambientais de grande qualidade e proporcio-nar zonas onde se sinta o prazer de traba-lhar e viver nas margens do Rio Tejo.

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UM OLHAR NA CIDADE

Manuel Malheiros, Governador Civil do Distrito de Setúbal

Rostos «princípios de qualidade, rigor e dinamismo que o tornaram

um projecto de sucesso»“Neste momento em que o Rostos Online

celebra o seu 8.º aniversário, quero ex-pressar votos sinceros de parabéns ao seu Director, António de Sousa Pereira,

pela persistência e entusiasmo que sempre imprimiu ao projecto, e a toda a equipa que, diariamente, contribui para o sucesso deste que é um dos primeiros jornais digi-tais do Distrito de Setúbal.A nossa imprensa distrital desempenha uma missão es-sencial no enriquecimento informativo e cultural de todos os municípios e no aprofundamento e reflexão dos temas de maior interesse para os cidadãos, e que normalmente não têm espaço na imprensa nacional.” – sublinha Ma-nuel Malheiros, Governador Civil de Setúbal.

UM MEIO PRIVILEGIADO AO ALCANCE DE TODOS

“O trabalho que o Rostos tem vindo a desenvolver no sentido de chamar a atenção para aspectos económicos, sociais e culturais, tornam o vosso jornal digital um meio privilegiado, ao alcance de todos, não só da população

local mas, também, de quem, mesmo estando fora do Distrito ou do País, tem acesso às notícias regionais e, assim, vai-se mantendo informado sobre o que de rele-vante se passa no seu concelho, na sua freguesia, na sua aldeia, na sua vila.” – acrescenta o Governador Civil de Setúbal.

UM PROJECTO DE SUCESSO COMPROVADO

“O próximo ano será repleto de novos desafios e o Ros-tos vai com certeza acompanhar todos os acontecimen-tos, tal como aconteceu nos últimos 8 anos, mantendo os mesmos princípios de qualidade, rigor e dinamismo que o tornaram um projecto de sucesso, comprovado pela nú-mero de visitantes que, mensalmente, consultam o site e confirmam o seu crescimento e êxito. Desejo a toda a equipa um grande sucesso no seu trabalho de informação sobre a Península de Setúbal, o Vale do Sado e o Litoral Alentejano, os seus problemas, mas também sobre o seu progresso” – refere Manuel Malheiros, na sua mensagem a propósito do 8º aniversário do Rostos on line.