Revista 21

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REVISTA 12/13 21

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Novidades da EPRM

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REVISTA 12

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Revista EPRM # 21 | 3

[ editorial ]

Revista XXI … empreendedorismo e cooperação!

Luciano VitorinoDiretor Pedagógico

As palavras que dão o tulo a este editorial pretendem fazer antever não só o que nos oferece este número 21, da Revista da EPRM, mas também, e sobretudo, reforçar os vetores de ação para os quais tenho procurado direcionar a escola, no prosseguimento da sua missão e do cumprimento do seu Projeto Educa vo. Para além disso, em jeito de coincidência temporal, o número 21, remete-nos para uma maioridade [da EPRM] que se consolida e para uma realidade que já ultrapassou uma década, o século XXI, com todas as expeta vas que o seu advento trazia, mais a dura confrontação de que nem tudo acontece só porque os tempos são de modernidade.É neste parágrafo que vos pretendo reter, caros leitores, alunos, formadores, técnicos, funcionários, pais e encarregados de educação, parceiros, gerentes, autarcas, e todos os demais a quem esta nossa modesta [mas muito fixe!] publicação chegar. De facto, a mudança de século só por si não garan u, em nenhuma nação [desenvolvida], o desenvolvimento económico e social desejado, tão pouco permi u a ngir os obje vos apelidados “do Milénio” e que se de niram [as nações desenvolvidas] para um terceiro mundo que não consegue [?] largar a posição no pódio. Trazendo esta re exão para dentro da visão que tenho para a escola, par lho da opinião daqueles que acreditam que é preciso fazer mais! E a começar por cada um de nós, talvez seja tempo de despertar as consciências adormecidas, de procurar a excelência na escola e no trabalho, de perceber que se pode sempre tentar novamente, de empreender, de cooperar, não obstante as desigualdades no ponto de par da e as que perduram e limitam as escolhas de cada um neste percurso que é a vida.Dotar os alunos desta escola, de uma formação técnica adequada ao desenvolvimento das funções para as quais são preparados, con nua a ser o nosso principal obje vo. Mas, isso só já não chega! Ter pro ssionais competentes, mas também produ vos, proa vos e socialmente cooperantes só é possível se a sua formação também proporcionar o desenvolvimento de tais competências ou o seu reforço quando estas já são trabalhadas em contexto familiar. Ora, tais competências não são visadas nos programas curriculares ou não o são de forma consistente e obje va. A EPRM tem vindo, ao longo dos últimos anos, a assumir uma dinâmica crescente na prossecução destes objetivos, advindo desde logo, a necessidade de criar condições para o desenvolvimento das competências referidas. Nesta linha de ação, visando a melhoria da qualidade da formação ministrada em ambiente de sala de aula ou o cinal, a EPRM tem realizado investimentos significativos, quer ao nível da ampliação e melhoria da infraestrutura sica, quer ao nível do reequipamento e apetrechamento com recursos tecnologicamente mais evoluídos. São encorajados os projetos nacionais e internacionais, de carácter interdisciplinar a várias áreas cien cas e técnicas, incluindo visitas de estudo ao estrangeiro e a mobilidade no âmbito da formação em contexto de trabalho. É incen vada a par cipação dos alunos em ações de solidariedade, voluntariado e cidadania e valorizada a iniciativa, a criatividade e o espírito empreendedor, competências também reconhecidas

formalmente, no âmbito d o e n r i q u e c i m e nto curricular, para efeitos de cer cação.Pe l a d i n â m i c a q u e c r i a m , a l é m d e s e cons tuírem autên cas exper iênc ias “open mind”, estes projetos func ionam também como promotores da taxa de sucesso escolar e contribuem para a redução das taxas de absen smo e de abandono. Acresce o facto de que a procura de cursos oferecidos pela EPRM, por parte de alunos vindos dos concelhos limítrofes ao de Rio Maior, em muito se cará a dever à visibilidade e notoriedade conferida por todos estes projetos. Este ano le vo, cifra-se em 48% a taxa de alunos vindos de concelhos como Santarém, Porto de Mós, Alcanena, Salvaterra de Magos, Bombarral, Peniche, Caldas da Rainha e Alcobaça.Apresentando-se como uma escola viva, uma escola dinâmica, a EPRM tem vindo a trilhar passos seguros, no sen do de se a rmar como uma ins tuição de ensino pro ssional de referência. A avaliação externa a que se sujeita tem mostrado que a Escola é reconhecida, não só no âmbito da organização pedagógica e nanceira, mas sobretudo pela qualidade da formação que ministra aos jovens que a procuram. Ainda recentemente os cinco alunos que estagiaram em Leipzig, na Alemanha, ao abrigo do Programa Leonardo da Vinci, foram alvo de rasgados elogios pela qualidade dos seus desempenhos, tendo sido, todos eles, convidados a regressar à Alemanha, após a conclusão do curso. E são muito mais os exemplos, que vos convido a descobrir ao longo desta Revista, esperando que sejam simultaneamente um contributo e um es mulo para mais e melhor formação pro ssional.E porque as ações são possíveis, mas não bastam os atores [os alunos], não poderia deixar de agradecer a todos os colaboradores da Escola, formadores, técnicos, funcionários auxiliares e administra vos e aos parceiros que nos emprestam a sua credibilidade e pres giam a nossa ação no âmbito da formação. É a eles que se deve todo este sucesso, graças ao empenho e à dedicação que têm pelo projeto EPRM. Fica a sensação de que muitos são aqueles que dão mais do que se lhes pede. Muitos são os que “vestem a camisola” desta casa. Bem hajam!Aos alunos da EPRM, jovens do século XXI, deixo o desa o da excelência, da mudança e do empreendedorismo e apelo aos valores de cidadania e cooperação e ao seu contributo na construção de uma sociedade melhor, aquela em que terão de viver … ao longo deste século XXI!

4 | Revista EPRM # 21

[ ensino pro ssional ]

[ entrevista]

[ sumário ]

Editorial 3

Entrevista 5

Ensino Pro ssional 10

A nossa Escola 14

Formação Pro ssional 28

Em formação 39

[ cha técnica ]

PROPRIEDADE: EPRM- Escola Profissional de Rio Maior,

Lda., EM|

DIRETOR: Luciano Vitorino |

COORDENAÇÃO DA EDIÇÃO: Helena Coelho |

PAGINAÇÃO: Inês Sequeira |

CAPA: Inês Sequeira |

COLABORADORES: Ana Rita Loureiro, Catarina Furtado,

Cláudia Solange Gomes, Cristovão Oliveira, Isaura Morais,

João Inez Almeida, João Paulo Colaço, Jorge Silva, José

Oliveira, Luciano Vitorino, Luís Gonçalves, Luís Santos, Maria

João Maia, Mário Sousa, Patrícia Vaqueiro, Paulo Renato,

Pedro Guedes, Sandra Costa, Sónia Duarte, Vera Vieira |

*os artigos publicados nesta revista são da responsabilidade dos seus autores.

GRÁFICA: rioGrá ca- Tip. Santos & Marques Lda.|

TIRAGEM: 1500 Exemplares |

ISSN: 1646-9801 |

DEPÓSITO LEGAL: 275902/8 |

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

[ Conteúdos ]

[ formação pro ssional ]

[ a nossa escola ]

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s e actividades]projectos e actividades]

[EPRM] Enquanto Presidente da Câmara de Rio Maior, que importância atribui à existência da EPRM no concelho?

[IM] A EPRM é de facto uma escola importante para o concelho de Rio Maior. Desde a sua fundação daqui saíram jovens bem preparados para enfrentar o mercado de trabalho e capazes de criarem o seu próprio emprego ou empresa. Com o po de formação que oferece, direcionada para a inserção imediata no mercado de trabalho, a EPRM e os seus alunos ajudam as empresas da região a dispor de técnicos com um nível de formação e cer cação ajustado às suas necessidades. Prova disto são os elevados níveis de empregabilidade dos alunos que aqui terminam os seus cursos. Enquanto Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, que detém a maioria do capital da escola, a EPRM será sempre uma forte aposta do município na preparação dos seus jovens para o mercado de trabalho.

[EPRM] Par cularmente em relação à participação maioritária que a Câmara mantém na EPRM e à sua titularidade enquanto empresa municipal, como caracteriza a situação atual face à aplicação da Lei nº 50/2012 e que importância estratégica atribui à manutenção da EPRM na atual forma jurídica?

[IM] Independentemente da forma jurídica, agora de empresa municipal, o que é importante é que esta escola con nue a exis r e a prestar o seu

serviço à comunidade riomaiorense e não só. A sua existência agora como empresa municipal deve-se apenas ao cumprimento do disposto na atual lei, por ser a Câmara Municipal a detentora de 80% do capital social. Claro que, por força da lei, se veri caram mudanças nos órgãos sociais da escola, mas essas mudanças não vão afetar a área de ensino e poderão até ter impactos posi vos no dia-a-dia da gestão da EPRM.

[ entrevista ]

Isaura Maria Elias Crisóstomo Bernardino Morais, 46 anos de idade, licenciada em Gestão de Recursos Humanos e pós graduada em Gestão de Marketing é Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior desde o ano de 2009, e estreou-se no Conselho de Gerência da EPRM em 2011.

[ PERFIL ]

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[EPRM] Perante a tendência crescente da taxa de desemprego em Portugal, concorda que um dos caminhos seja o aumento das ofertas pro ssionalizantes e que, em par cular o ensino profissional, deva continuar a ser reforçado enquanto estratégia nacional de quali cação e de facilitador de uma cultura mais empreendedora no país?

[IM] É de certeza um dos caminhos a seguir. O aumento das quali cações dos nossos trabalhadores é necessário e urgente, quer para aumentar a empregabilidade dos mesmos, quer para aumentar a produ vidade e qualidade dos serviços e produtos das nossas empresas. O papel do ensino pro ssional neste trabalho pode ser preponderante pois a sua formação é virada diretamente para as empresas, com uma componente de formação em posto de trabalho que possibilita aos alunos compreenderem quais os requisitos e exigências dos empregadores, possibilita que o ensino seja o mais adequado às exigências do mercado de trabalho. Esta via pro ssionalizante é bastante interessante para empresas e para os alunos que, não deixando de poder ascender a um grau superior de ensino, estão preparados para entrar imediatamente no mercado de trabalho, muitos deles capazes de criar o seu próprio emprego.

[EPRM] Que balanço faz do desempenho e da dinâmica da EPRM nos úl mos anos?

[IM] O balanço é extremamente posi vo. A EPRM tem um corpo docente excelente, prova disso é a qualidade dos alunos aqui formados e o nível de conhecimentos que adquirem. Para além desse corpo docente existe toda uma equipa de funcionários na gestão da escola que asseguram serviços de qualidade aos

alunos e, nalmente, os próprios alunos que tomam como seu o espírito desta escola e procuram sempre mais conhecimentos e melhor formação. Com base nestes pontos, a EPRM tem demonstrado ser capaz de acompanhar as necessidades do mercado, em termos de formação, e tem ob do sucesso com a mesma, sucesso que pode ser medido pelos resultados da empregabilidade dos alunos desta escola, bem como pelos resultados dos alunos que prosseguem os seus estudos a nível superior, dando à EPRM uma marca forte de reconhecimento na região.

[EPRM] Na qualidade de autarca, que mensagem de esperança pode deixar aos jovens do concelho e par cularmente aos jovens da EPRM?

[IM] Queria dizer-lhes, enquanto autarca do concelho de Rio Maior, que estamos a fazer o nosso melhor para combater o desemprego jovem, para atrair empresas para o concelho e para possibilitar aos nossos empreendedores a ajuda na criação das suas empresas e postos de trabalho.Estamos a apostar na instalação de mais empresas na nossa zona industrial e parque de negócios e ao mesmo tempo vamos ter em Rio Maior, no Pavilhão Mul usos, um Centro de Negócios/Incubadora de Empresas que vem dar apoio aos empresários já instalados e também a todos aqueles que, tendo ideias inovadoras de negócio, precisem de ajuda na implantação das suas empresas e no nanciamento das mesmas.

Queremos um concelho com força económica, pois só assim poderemos testemunhar o seu crescimento e consolidação, bem como melhorar as nossas condições de vida.

[ entrevista]

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[ entrevista ]

Catarina Furtado formada em dança pelo Conservatório Nacional de Lisboa, abandonou a carreira de bailarina devido a uma lesão lombar. Inspirada pelo entusiasmo que o seu pai, Joaquim Furtado, tinha pelo jornalismo, seguiu-lhe as pisadas.Começou a trabalhar em televisão em 1992. Fez formação na London School of Acting e tem participado em filmes, telefilmes, peças de teatro e séries.Quando, em 1999, Catarina Furtado assumiu o papel de Embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), a sua vida mudou para sempre. A partir de então, deixou de ser apenas uma cara conhecida da televisão para, aproveitando o mediatismo da profissão, lutar contra as desigualdades do mundo em desenvolvimento. O ano de 2012 foi um ano muito importante na sua vida uma vez que comemorou 20 anos de carreira, a par da EPRM que comemorou 20 anos de existência. Partilha o projeto que lançou com o coração e fala sobre as suas motivações altruístas, que a levaram a criar a associação Corações Com Coroa há cerca de um ano.»

[ PERFIL ]

[EPRM] Que balanço faz do seu papel enquanto Embaixadora da Boa Vontade do UNFPA?[CF] O balanço que posso fazer é do trabalho até agora realizado uma vez que recebi uma carta o ano passado do Secretário-geral das Nações Unidas, Sr. Ban Ki-Moon, no sen do de renovar a minha colaboração com o Fundo das Nações Unidas para a população, através da qual fui convidada para con nuar como voluntária deste organismo das Nações Unidas. Os cerca de 12 anos em que es ve envolvida no projeto foram muito posi vos na medida em que me zeram despertar para o mundo tal como ele é e não apenas para uma parte do mundo. Tenho do o privilégio e de uma forma voluntária,

porque os embaixadores da boa vontade, são eles próprios que, por inicia va própria, vão aos locais de “intervenção”, conseguir conjugar o facto de ser embaixadora das Nações Unidas com o trabalho enquanto comunicadora em televisão com os “Príncipes do Nada” e, dessa forma, faço um balanço posi vo na medida em que realmente hoje em dia conheço o mundo em desenvolvimento. Sei que as desigualdades são gritantes e que há muita coisa que não está a funcionar, que há muitos obje vos de desenvolvimento do milénio que foram concre zados e outros que não foram e que embora no início pudesse pensar, ingenuamente, que podia mudar o mundo, agora tenho a certeza absoluta que apenas posso mudar o mundo de alguém, o que já é uma grande vitória. Além disso, valorizei a minha vida e também valorizei a vida das pessoas que me rodeiam e que têm o privilégio de poder ter acesso a serviços de saúde, de educação, que a maioria das pessoas nestes países que eu já visitei, e já foram muitos, não tem. E portanto, a par r do momento em que assis a crianças a pedirem, não para comer, mas para poder estudar, isso muda radicalmente a vida de alguém. Dá-se valor à vida de outra forma. As desigualdades são tão evidentes que transformam aquilo que é a minha indignação e revolta em ação, tentar juntar cada vez mais cúmplices e fazer alguma coisa por quem realmente necessita.

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[ entrevista]

[EPRM] No trabalho que desenvolve sente, de alguma forma, alguma iden cação com o seu pai?[CF] Essa é uma boa pergunta. Necessariamente tenho que sen r alguma relação com a pro ssão do meu pai e com a educação que o meu pai me deu. Além disso, tenho que acrescentar a educação que a minha mãe me deu porque a minha mãe foi, durante muitos anos, professora do ensino especial e por isso eu lidei sempre com a questão da diferença, de olhar para a diferença como uma igualdade de direitos, e essa sempre foi uma das marcas da minha formação e educação. Em relação ao meu pai, destaco a curiosidade, um jornalista tem de ser necessariamente curioso, tem que querer saber da vida, da forma de viver das pessoas, das diferenças das pessoas e isso eu herdei ni damente. Desde pequena ve essa avidez por saber, por conhecer, por inves gar, por escrever, por ler e depois, é evidente que, sendo ele um jornalista que também viajou muito, que trouxe muitos relatos do mundo em

desenvolvimento, aproveitava essas viagens de trabalho para depois quando chegasse, fazer uma espécie de aula aberta com os lhos, ou com quem es vesse presente. Posteriormente, quando eu fui para o Centro de Formação de Jornalistas, ni damente já estava com essa vontade de contar a vida dos outros, o que acabou por se concre zar em “Príncipes do Nada”, da minha autoria, com o realizador Ricardo Freitas, e com os documentários na Guiné Bissau, que no fundo não é um trabalho jornalís co, na medida em que um jornalista não deve mostrar aquilo que sente, nem par lhar as suas opiniões. No entanto, e não sendo original, criei uma espécie de jornalismo humanitário, uma vez que é muito di cil estar numa realidade tão genuína e não mostrar nada do que se vê ou sente.

[EPRM] Como surgiu a ideia de criar a associação Corações com Coroa (CCC), a que preside e qual a sua principal preocupação?[CF] A associação “Corações com Coroa” nasce do trabalho voluntário que tenho feito com o Fundo das Nações Unidas para a população. Na realidade, os “embaixadores da boa vontade das Nações Unidas” através de vários organismos das Nações Unidas, como é o caso da UNFPA que é o Fundo das Nações Unidas para a População, que funciona para a questão da Maternidade, da Saúde Materna das Mulheres, da Adolescência, a questão do HIV, o Envolvimento Masculino, da UNICEF, que abrange as crianças, entre outras, trabalham estas áreas e outras em países em desenvolvimento. Nós fomos “inventados” precisamente para sermos uma espécie de porta-voz daquilo que está muito mal nos países que estão mais atrasados. No entanto, agora com esta crise, acentuou-se a necessidade de agir mais no nosso país e eu também tenho essa vontade. Não deixando o trabalho voluntário com as

Nações Unidas, considerei que era importante trabalhar as mesmas temá cas, ainda que com uma visão diferente. Assim, pensei que era importante e mais uma forma de me tornar ú l para a sociedade, fazer nascer “Corações com Coroa”, para vir colmatar, em parceria com associações atuais, algumas necessidades que ainda existem nesta área, na área da igualdade de oportunidades, na igualdade de género, da discriminação, da violência, entre outras. A Associação agora é da Sociedade, sou Presidente, sou Voluntária e quero que esta venha a ter um percurso, quero que a Associação dê emprego, que sirva para apoiar as pessoas nas áreas que mencionei.

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[entrevista]

[EPRM] Sendo um dos rostos mais ilustres conhecido por promover a solidariedade, como olha para a atual situação do País?[CF] Com enorme preocupação, evidentemente. Esta situação não é só do nosso país, é uma situação que abrange todos os países da Europa e até mais que a Europa, nós estamos a atravessar uma situação que é cíclica e vamos cruzar-nos com um período que está longe de ter uma luz ao fundo do túnel, infelizmente, para as pessoas mais novas.Penso que nós enquanto seres humanos estamos a falhar muito na gestão do mundo das nanças e além disso, esquecemo-nos também de valores muito importantes que darão origem a uma crise não só nanceira, como uma crise quase psicológica, porque as pessoas vão sentir-se perdidas. O que mais me preocupa, para além de efe vamente as pessoas não terem dinheiro para a sua sobrevivência, é a clara e evidente noção de que os jovens estão a ter poucos sonhos, porque no meu tempo, fe l i z m e n t e , p u d e sonhar, trabalhei muito para poder concre zar aquilo que é hoje a minha carreira, que comecei aos 19 anos. Penso que, para que n ã o te n h a m o s o s sonhos amputados, teremos que nos unir mais, temos que ser v e r d a d e i r a m e n t e solidários uns com os outros e arranjar entre nós uma corrente positiva e reclamar. Penso que devemos reclamar mais com os governos, com quem manda, devemos ser mais reivindica vos.

[EPRM] Como podemos ser solidários em tempos de crise?[CF] Eu julgo que a Solidariedade é uma palavra muito bonita, que muita gente gosta de dizer, mas esta tem de par r mesmo do nosso coração, ou seja, não devemos ser solidários para car bem na fotogra a ou para ganhar um “lugar no céu”, para

quem acredita em Deus. A solidariedade é um facto que se devia ensinar na escola, considero que devia ser mesmo uma disciplina. Penso que a questão do voluntariado também devia ser ensinada em que todos deveríamos ser voluntários e divididos por áreas. A

pergunta seria: eu sei que és voluntário, em que área? e não: “Eu sou voluntário. Que, grande pinta!” Quando se é solidário tem de se ser do coração, querer mesmo que aquela pessoa esteja melhor, e não querer que eu esteja bem comigo própria porque estou a ajudar outra pessoa. Em suma, penso que é conseguirmos re rar o nosso umbigo do sí o onde ele está, que é o nosso centro, pô-lo noutro sí o qualquer e assim já conseguimos olhar para os outros de outra forma.

[EPRM] O que é que os jovens que olham para a Catarina como um modelo a seguir, devem fazer para a ngir o mesmo sucesso em diversas áreas?[CF] Eu considero que as carreiras nunca são iguais para ninguém e sobretudo quando os tempos mudam. Quando eu era mais jovem e comecei a trabalhar havia outras oportunidades, umas melhores outras piores. No entanto, existem determinadas

caracter íst icas que se mantêm e se devem manter ao longo dos tempos para se conseguir ter sucesso na área que escolhemos. Sem sombra de dúvida devemos ser muito perseverantes e trabalhadores, nenhuma carreira se faz, seja ela em que área for, sem trabalho, dedicação, teimosia, muita teimosia, muita persistência, muita garra e nos momentos mais frágeis, que todos temos, arranjar forma de nos rodearmos das pessoas certas para que elas nos ajudem também a acreditar em nós próprios.

[EPRM] Que mensagem gostaria de deixar aos jovens estudantes da Escola Pro ssional de Rio Maior?[CF] Quero deixar-vos o meu incen vo, dizer que quei muito agradavelmente surpreendida convosco. Que vos desejo o melhor, que um dia vos irei visitar. E que estarei sempre disponível. Que tenham muito sucesso nas áreas que vocês escolheram e que sorriam, porque o sorriso também ajuda. As pessoas andam todas muito zangadas com a vida, por muitas razões, mas, se nós olharmos uns para os outros, gastando o mesmo tempo e energia com um “Bom dia”, se nós sorrirmos durante o nosso dia-a-dia, as pessoas vão sorrir também para nós e a vida corre melhor assim!

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[ ensino pro ssional]

Uma sociedade que valoriza e premeia todos aqueles que se esforçam e que trabalham tenderá a ser uma sociedade mais justa e mais e ciente e, por conseguinte, uma sociedade mais rica, com mais oportunidades e menos desigualdades? Acreditando que é possível atingir tal estado e que queremos rea lmente «uma sociedade onde o poder é exercido pelos melhores, por aqueles que têm mais talento e que o obtêm pela competição e pela seleção, não pela herança ou pela pertença a u m a d e t e r m i n a d a classe, mas antes como consequência do princípio da igualdade de oportunidades» , temos também que admi r que, em Portugal essa ainda não é uma realidade percebida, tão pouco uma prá ca pretendida! Pelo contrário, a falta de reconhecimento do mérito é ainda uma questão enraizada na cultura portuguesa. E, mais grave, quando não se reconhece o mérito, também não se penaliza o demérito, o que, do ponto de vista competitivo, significa uma perda social rela va, na medida em que se perpetua a mediocridade e anula o desenvolvimento do país. As organizações perdem. As pessoas perdem. A sociedade fica num patamar mais baixo.Sem pretensões de qualquer natureza, a não ser talvez a de contribuir para o exercício de uma cidadania responsável e ativa, a Direção da EPRM tem procurado promover o desenvolvimento da cultura de mérito, valorizando o esforço e o desempenho individual e criando es mulos e referências para os alunos, através da atribuição, em cada ano le vo, de um Diploma de Mérito e um Prémio Monetário aos alunos nalistas que veram um percurso académico exemplar e se destacaram pelo seu esforço e competência. Conscientes, no entanto, de que poucos alcançam tal “estatuto”, não deixamos de enaltecer também os que se esforçam, investem e trabalham, mesmo que fiquem aquém dos resultados obtidos pelos primeiros. Aliás, a atribuição do Diploma e Prémio de Mérito

da EPRM não visa apenas premiar os bons resultados ou os comportamentos exemplares, mas, acima de tudo, reconhecer o esforço e o empenho, valorizar o espírito de cooperação e

es mular o gosto por aprender e pela busca da excelência.É assim que, todos os anos, por altura das Jornadas Profissionais, se aproveita a relevância do evento, integrando no programa a cerimónia de entrega dos Diplomas de Mérito e Prémios Monetários a cinco alunos de cada curso finalista, de 200€ para o Melhor Aluno, 100€ para o segundo e 50€ para os restantes três alunos selecionados. Sinal de que o reconhecimento do mérito é também valorizado no meio empresarial, é o exemplo da Rodoviária do Tejo, empresa parceira, que pela segunda vez se associou

à EPRM, atribuindo aos dois melhores alunos nalistas dos cursos de Técnico de Transportes, o “Prémio

Fernado Rosa”. Mais do que uma ato simbólico, estaremos a contribuir para a construção de um modelo social em que também já algumas empresas portuguesas se empenham, deixando para trás estratégias de recrutamento e de promoção

baseadas no “favorecimento das relações pessoais e familiares” e cada vez mais seguindo uma orientação para a meritocracia e uma maior sensibilidade para a gestão estratégica de talentos? Ao incentivar o desempenho escolar em todos os seus níveis e premiar o mérito estaremos com certeza, pelo menos a cumprir parte da nossa responsabilidade social, numa assumida cultura de valorização da excelência enquanto instrumento preponderante para

o desenvolvimento económico, cultural e social dos jovens e, consequentemente, da sociedade em geral.

Sandra Costa

Adelino Maltez, docente de Ciência Polí ca, no Ins tuto Superior de Ciências

Sociais e Polí cas (ISCSP), a propósito da controversa obra do cien sta social

britânico, Michael Young, «A Ascensão da Meritocracia», publicada em 1958,

em h p://aeiou.expressoemprego.pt/no cias/premiar-o-merito/1531, acedido

em 18/04/2013

PREMIAR O MÉRITODis nguir os alunos pelo desempenho escolar de sucesso:Meritocracia, um ato simbólico ou um constructo social?

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[ensino pro ssional]

Foi durante o passado mês de janeiro que alguns dos alunos da nossa escola se deslocaram até Itália, Espanha, Alemanha e Malta, a fim de realizar o seu estágio num contexto completamente diferente do que temos para oferecer em Portugal.Para isso, os alunos veram que frequentar, durante o úl mo trimestre do ano de 2012, aulas de apoio de língua Inglesa e Espanhola, para que o processo de acolhimento e comunicação no país que os iria acolher se tornasse mais simples. O apoio teve como objetivo desenvolver a capacidade de comunicação dos alunos nas línguas inglesa e espanhola, visto que o vocabulário base era já domínio de pra camente todos. Para além disso, foi também trabalhado vocabulário técnico relacionado com as áreas tecnológicas de cada grupo, tendo cada um dos grupos produzido o seu próprio glossário em inglês, inglês e alemão e inglês e italiano.Toda a preparação a que es veram sujeitos não foi um processo fácil e os alunos sen ram-no muitas vezes, pois a desmo vação e o desejo de ir para casa à quarta-feira à tarde foi muitas vezes mais forte. No entanto, é de valorizar o esforço de alguns deles, principalmente do Márcio Pereira do Curso Técnico de Instalações Elétricas, que apesar de não ter o mesmo nível de Inglês dos colegas, se esforçou por ultrapassar as suas di culdades.

Espera-se que a oportunidade que lhes foi dada lhes mostre que mais que cidadãos de Portugal, são cidadãos do mundo e que o têm completamente disponível para explorar. Com este projeto, abre-se uma porta que lhes permi rá guardar uma experiência enriquecedora na bagagem e que os ajudará a crescer a vários níveis, apesar do muito trabalho que terão para conseguir comunicar nos diversos contextos que vão encontrar e para se tornarem bons pro ssionais.

Vera Veira

Destino... o Mundo

A leitura é, atualmente, uma a vidade cada vez menos posta em prá ca pelos jovens, que se deixam seduzir por tudo o mais que os rodeia, em par cular pelas novas tecnologias. Importa, no entanto, não esquecer que a leitura é enriquecedora, na medida em que permite o desenvolvimento da capacidade de raciocínio e da cria vidade e favorece o enriquecimento ao nível do léxico, da semân ca e da sintaxe de uma língua.Como tal, o Plano Nacional de Leitura e a conceituada marca automóvel Nissan promoveram, pela primeira vez em Portugal, um concurso literário designado “Jovens Autores de Histórias Ilustradas”, subordinado ao tema “Mobilidade Sustentável” e integrado no conceito “Cidadania Azul” da Nissan, des nado a jovens do Ensino Secundário.A EPRM contou com a par cipação de 5 equipas, dos cursos técnicos de Transportes e de Manutenção Industrial, e a seleção do conto que representará a Escola a nível nacional integrou como membro do júri o Eng. Paulo Sismeiro, representante da delegação de Leiria do grupo Auto Júlio. A escolha recaiu sobre o conto “Dexter e o planeta”, redigido pelos alunos João Silva e Rodrigo Feitor, do C.T. de Manutenção Industrial, que narra a história de um cien sta que inventou um biocombus vel a par r da seiva do bonsai.

Assim se veri ca que o gosto pela leitura e a própria leitura literária não têm apenas um valor a curto prazo, mas antes um valor perene, que deve ser cul vado de forma a persis r.

E foi essa persistência que revelaram as cinco equipas que se dedicaram à criação e ilustração dos contos, demonstrando o seu gosto pela leitura e igualmente pela escrita.

Ana Rita Loureiro

PNL e NISSANUnidos na promoção da leitura e da escrita

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[ensino pro ssional]

No ano de 2009, após terminar o 9º ano de escolar idade, decidi enveredar pelo ensino profissional e escolhi a Escola Pro ssional de Rio Maior por conter na sua oferta forma va o curso que pretendia. Assim, iniciei o meu percurso forma vo como aluno do

Curso Pro ssional de Técnico de Energias Renováveis - Sistemas Solares.Com algum esforço no que diz respeito à vertente sociocultural, e com a ajuda dos respetivos professores, pois considero que a minha ap dão é mais vocacionada para a área técnica, consegui concluir com sucesso o 12º ano e consequentemente o cer cado de nível IV que me atestou como Técnico de Energias Renováveis.A EPRM teve, sem dúvida, um papel determinante em todo o meu percurso pois, através das vivências que me proporcionou, tornei-me um aluno, uma pessoa melhor, mais responsável e com uma visão de futuro mais consciente e o mista.Encontro-me neste momento a realizar um Estágio Pro ssional na EPRM, na área o cinal, onde dou apoio aos formadores da área técnica e tenho a meu cargo a organização e manutenção das o cinas da Escola. Tem-se revelado uma experiência muito gra cante, pois agora consigo perceber ainda melhor toda a dinâmica da minha Escola e o esforço que faz para formar bem os seus alunos.Após algumas indecisões, dispus-me a continuar os meus estudos e encontro-me a frequentar um Curso de Especialização Tecnológica (CET), de nível V em Energias Renováveis, no Ins tuto Politécnico de Leiria, em regime pós-laboral, pois esta é uma área que se encontra em grande expansão no mercado e poder-me-á ser bastante ú l para um futuro emprego!O meu Muito Obrigado à EPRM!

João Gomes

Mais que uma escola, uma família!Foi nesta Escola que vivi até agora as duas melhores experiências da minha vida, primeiro enquanto a luna do C u r s o Té c n i c o d e Gestão e depois, como funcionária.Enquanto aluna, posso

Testemunhos: Ex-alunos/Familiaresreferir que a EPRM sempre concedeu todo o apoio aos alunos, com o intuito de conseguirem, no final dos três anos que compõem o percurso forma vo, acabar diplomados e terem o maior sucesso possível na sua vida futura.Alguns dos momentos mais marcantes, como aluna, foram sem dúvida, o primeiro dia, o dia das praxes, onde começamos logo a sen r todo o apoio daqueles que já faziam parte da escola, em seguida, as primeiras Jornadas Pro ssionais, mais tarde a visita de estudo a Madrid em que vemos a oportunidade de visitar a Feira Internacional de Turismo e também a apresentação da Prova de Ap dão Pro ssional, sem esquecer o que foi para mim o úl mo dia como aluna da EPRM, o dia do Diploma, em que ve a oportunidade de receber o meu diploma de nível IV e um

diploma de mérito escolar.Enquanto funcionária, foi-me concedida a oportunidade de realizar o meu estágio pro ssional, foram nove meses de total crescimento pessoal e pro ssional, uma experiência para a vida. Desde o momento que fomos a Vila Velha de Ródão realizar uma a vidade, ao jantar de Natal, a todos as reuniões, todos esses momentos foram de grande aprendizagem.Não posso deixar de mencionar que tudo correu pelo melhor, devido a todo o apoio e carinho que ve por parte das minhas colegas da secretaria e de todos os funcionários e diretores. Assim, agradeço a oportunidade e todo o auxílio demonstrado.

Acima de tudo, a EPRM é uma escola que sabe RECEBER!

Diana Coelho

Além de formar alunos, forma pessoas melhores . V ivem-se momentos fantásticos e cresce uma relação de amizade que fica para a vida. Obrigado por três anos intensos, cheios de vitórias!

Gonçalo Santos

Foi com um enorme sorriso na cara que passados uns meses, ve coragem para abrir a página do Facebook da en dade que

me fez crescer.. É tão bom ver que a EPRM con nua com a mesma energia de quando a deixei há uns meses... Foram os melhores momentos que passei enquanto estudante, momentos que talvez não possa mais vir a passar… A palavra com que descrevo a Escola é UNICA! Deram-me oportunidade de par cipar no projeto Soul d'Aire que me ajudou a crescer, mas principalmente a “pensar fora da caixa”.. É com lágrimas de saudade e de promessa de um dia voltar, que me despeço…

Salomé Ba sta

Revista EPRM # 21 | 13

[ensino pro ssional]

"Há muitos, muitos anos, era eu uma criança..." e fui convidada a par cipar num projeto escolar diferente. Fui aluna do 1º curso de Técnico de Comércio (terá havido mais??), em conjunto com alguns colegas que abraçaram o projeto. A nossa pequena escola não era uma escola, mas uma família grande. A cumplicidade era evidente entre colegas de turma, colegas da outra turma existente, funcionários, professores e até o "nosso querido" diretor: Professor Humberto Novais. A experiência fez-nos crescer, sem dúvida! Onde está o pessoal de Comércio? Temos que agendar um jantar de comemoração!Um beijo e abraço para todos.

Elsa Tomé

Fui aluna da EPRM do 1.º curso de Técnico de Construção Civil/Medições e Orçamentos. Foram três anos fantás cos que deixam grandes saudades...da escola e dos colegas!

Sónia Narciso

É uma escola que dificilmente, consigo olhá-la como tal. É muito mais que uma família, é uma aproximação aluno - funcionário - professor brutal e, por vezes, assustadora. É um ambiente cheio de condições, boa disposição, formadores mais que competentes.

Eu orgulho-me de ter entrado na EPRM, tenho saudades. PARABÉNS ESCOLINHA!

Tiago Mar nho

Mais que uma escola de pres gio, que forma alunos, em grandes alunos, mais que isso tudo, uma Família. Uma família que me fez uma pessoa melhor, não só como formando, mas também como pessoa. Obrigado por estes três anos, nunca irei esquecer a minha passagem por esta pequena, mas grande escola!

Bernardo Gomes

Como aluna que fui do 1º Curso d e A n i m a d o r S ó c i o C u l t u ra l /Desporto,ainda nas instalações da Avenida Paulo VI, só tenho a dizer que me ajudou muito na minha formação para o meu emprego de há 12 anos. Nunca vou esquecer os momentos de alegria que vemos com todos os alunos e professores.

Maria Gore Cunha

Desde que começamos a ouvir falar no ensino pro ssional acreditamos que fosse uma boa saída para muitos jovens que na prá ca, juntamente com a teórica os iria ajudar a escolher melhor o futuro, uma vez que o ensino pro ssional também permite o acesso ao ensino superior. Por isso, foi logo uma das opções que vemos em conta para o Pedro e dois anos depois para o Diogo.Após o decorrer dos primeiros anos na escola Pro ssional de Rio Maior camos ainda mais sa sfeitos pela organização em termos disciplinares e também o convívio entre professores, funcionários e alunos. Também destacamos as ajudas da escola em facilitar o ensino a nível monetário, porque sem essa ajuda não seria possível, com um agregado familiar de seis pessoas, encontrando-se quatro delas a estudar. Salientamos ainda a recente oportunidade que foi concedida ao Diogo Pires, efetuar um estágio transnacional, pois consideramos que essa vivência foi muito importante para o seu crescimento e desenvolvimento de importantes competências pessoais, culturais, linguísticas e profissionais. Pensamos que estas inicia vas que a EPRM proporciona aos seus alunos são muito importantes, pois permitem-lhes contactar com realidades que, de outra forma, provavelmente não seria possível.Os resultados nais têm sido posi vos uma vez que o Pedro seguiu para o curso superior que desejava e o Diogo, já na etapa final, esperamos que também tenha o maior sucesso.

Família Pires

Testemunhos Ex-alunos/Familiares

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[a nossa escola – projetos e atividades]

Pela terceira vez consecu va o Grupo Disciplinar de Educação Física da Escola Pro ssional de Rio Maior, Lda., EM. organizou um grande dia dedicado às A vidades de Exploração da Natureza. Tal como nos anos le vos anteriores, esta visita de estudo serviu de momento avalia vo do Módulo de A vidades de Exploração da Natureza I e II; também uma forma de proporcionar aos alunos novas vivências num ambiente diferente, pleno de espírito de companheirismo e camaradagem com os colegas e professores; e ainda aquisição do conhecimento das vantagens e bene cios sicos da a vidade sica ao ar livre, que por excelência é

um meio muito relaxante, alivia o stress, melhora o humor e proporciona maior qualidade de vida em todos os aspetos da saúde e do bem-estar. Se o caminho a seguir é a excelência do ensino e o sucesso dos nossos alunos, faz sen do que esse ensino/sucesso seja global e atenda a todas as valências de um ser humano: social, cogni vo, emocional e psicomotor.Foi no dia 03 de abril de 2013. Todos se encontravam uma vez mais empolgados e expetantes com a participação na visita de estudo ao “grande mundo” das atividades de exploração da natureza e seus bene cíos, dos quais:a) Prevenir e/ou retardar a perda do racicíonio cognitivo, natural com o envelhecimento;b) Melhorar a memória, aumentar a oxigenação cerebral;c) Prevenir o aparecimento da diabetes;d)Prevenir o aparecimento da hipertensão;e) Prevenir combate a obesidade;f) Fortalecer o sistema imunitário;g) Diminuir os riscos de doenças cardíacas;h) Melhorar a coordenação dos movimentos e do equilíbrio;i) Diminuir o stress, o risco de ansiedade e a depressão;j) Promover uma maior interação social…O encontro dos alunos e professores foi feito na EPRM para que se pudessem preparar os úl mos pormenores. De seguida, seguimos viagem até Peniche (Praia da Gamboa), local onde decorreram as várias a vidades de exploração da natureza. Aquando da chegada, o sol começou a dar sinal de que também nha chegado, felizmente. Logo, explicámos aos alunos como

iria decorrer a a vidade. Da parte da manhã, os alunos zeram o surf, com condições excelentes para a aprendizagem; a modalidade mais esperada pela sua especi cidade, di culdade, magia e contacto com a natureza. Os alunos veram uma aula de surf, onde ob veram conhecimentos teóricos básicos (segurança

e técnicos), para logo de seguida colocar em prá ca, da melhor forma possível a “surfar nas ondas”. Da parte da tarde, os alunos realizaram uma corrida de orientação na zona da “Papôa” onde palmilharam um percurso por trilhos e carreiros, com vários pontos marcados num mapa, em pares ou trios, numa corrida contra o tempo, testando a sua orientação e atenção nas chaves e cifras, aproveitando também para apreciar a beleza natural que a Papôa oferece.Do balanço efetuado pelos alunos e professores, podemos afirmar que a atividade correu da melhor forma possível, atingindo-se os objetivos pedagógicos e sócioafetivos, previamente estabelecidos. A visita de estudo contou com a par cipação de 70 alunos (parabéns pelo empenho, dedicação e cumprimento de normas) e 5 colaboradores (professores que ajudaram na realização da a vidade a quem desde já agradecemos mais uma vez a vossa colaboração: Obrigado!, para além dos 2 professores organizadores.

Mais uma vez, o Grupo Disciplinar de Educação Física quer agradecer à Direção da Escola Pro ssional de Rio Maior, pela forma vanguardista e empreendedora com que voltou a aceitar esta proposta de visita de estudo e tudo fez para que fosse um sucesso. Também à Escola de Surf de Peniche por terem colaborado mais um ano nesta inicia va pioneira.Podemos a rmar, com toda a certeza, que demos mais um grande passo para a construção de uma escola de valor e um ensino de excelência.Para o ano, queremos con nuar a deixar “pegada” de forma pro cua e efe va, no trilho do crescimento e formação de cada um dos nossos alunos. A todos, o nosso sincero OBRIGADO.

Eurico CavacoJorge Cação

Os Desportos de Natureza: Continuámos a Tradição!“Pela promoção de uma Escola de valor e hábitos/alunos saudáveis”

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[a nossa escola – projetos e atividades]

Nos passados dias 14, 15 e 16 de março, a EPRM fez-se representar, pela primeira vez, na RoboParty em Guimarães. Trata-se de um evento organizado pela Universidade do Minho em conjunto com a SAR (Sistemas de Automação e Robó ca) onde os par cipantes constroem e programam o seu próprio robô que no úl mo dia de a vidades é "posto à prova" em compe ção direta com os outros robôs construídos.A EPRM levou três equipas a par cipação, duas delas compostas por alunos do curso pro ssional Técnico de Instalações Elétricas (1º ano) e a outra por alunos do curso pro ssional Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação.A base dos robôs era semelhante para todas as equipas, sendo permi do pequenas alterações para melhorar o seu desempenho. Assim, para além de alguns "truques" na programação para melhorar velocidades de reação e aceleração, a EPRM ainda pensou em aumentar o diâmetro das rodas motrizes para, dessa forma, aumentar o perímetro e por sua vez a velocidade de deslocação. Com algumas melhorias implementadas, a EPRM (equipa Knight Rider) conseguiu alcançar o honroso 2.º lugar na Prova de Obstáculos, que consistia em percorrer um circuito, partindo de um ponto, até alcançar uma meta, através de um labirinto.Atendendo a que se tratou do primeiro ano de participação, pode considerar-se que os objetivos a que nos propusemos foram amplamente superados. O 2.º lugar foi alcançado num universo de 111 equipas presentes na competição, sendo que a grande maioria delas par cipam todos os anos.

EPRM premiada em evento de Robótica

Para o próximo ano, a vontade em par cipar é muita e o desejo de trazer para Rio Maior o 1.º Lugar ainda é maior.Parabéns à equipa Knight Rider (Eusébio Almeida e Ricardo Belo, acompanhados pelo professor Cristóvão Oliveira). Na EPRM, vemos neste po de inicia vas uma oportunidade para imprimir uma dinâmica especial na Escola. A par cipação neste po de eventos permite-nos mo var os alunos, servindo, por vezes, como estratégia de promoção do sucesso escolar e de combate ao absen smo e ao abandono escolar precoce. Acreditamos, portanto, que a participação em eventos desta natureza permite trabalhar nos alunos outro po de competências, que não é possível trabalhar em ambiente de sala de aula.

Cristovão Oliveira

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[a nossa escola – projetos e atividades]

A aprendizagem não se concre za apenas em contexto de sala de aula e, por vezes, é necessário adotar estratégias de mo vação inovadoras. Foi imbuídos desse espírito que nos passados dias 27, 28 de fevereiro e 1 de março a Escola Pro ssional de Rio Maior proporcionou aos alunos dos Cursos Pro ssionais de Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação, de Técnico de Frio e Clima zação e de Técnico de Energias Renováveis/Sistemas Eólicos uma vista de estudo a Madrid, mais concretamente à “Feira Clima zación”, não só com o intuito de mo var os alunos para o contexto escolar e para a sua futura realidade pro ssional, mas também com o obje vo de alargar os seus horizontes,

permi ndo-lhes o contacto direto com novidades na área da clima zação, do ar condicionado, da ven lação, da calafetação, da refrigeração e das energias renováveis, o que é, de facto, uma mais-valia quando se pensa nos conhecimentos essenciais às saídas pro ssionais dos diversos cursos em questão.

Como obje vos para a realização desta visita de estudo, destacam-se o contacto com novas tecnologias e métodos de clima zação, a consciencialização dos alunos para a importância das novas tecnologias e da autonomia na I&D, o desenvolvimento do espírito de grupo/equipa e

o contacto com novas realidades sociais/culturais. A EPRM procura, incessantemente, ser uma escola viva e dinâmica. Existe a perceção clara de que a formação integral dos nossos jovens também resulta de muitas outras competências trabalhadas fora da sala de aula. A par cipação em todos estes projetos tem o condão de permi r alargar horizontes, conferir novas perspe vas… em duas palavras: “open mind”. Além disso, promovendo inicia vas como esta, está-se a es mular importantes valores nos jovens, tais como a responsabilidade, a par lha, a autonomia e as relações interpessoais, valores que muito prezamos na EPRM.No dia 27 de fevereiro, 50 alunos da EPRM, acompanhados por 8 professores, partiram

EPRM em MadridVisita à Feira Clima zación

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[a nossa escola – projetos e atividades]

pelas 8h da manhã, rumo a Madrid, com paragem para almoço em Mérida, a capital romana da Península Ibérica e breve visita a Talavera de La Reina, a capital espanhola da cerâmica. A viagem foi longa e até mesmo cansa va, mas o convívio entre todos tornou o percurso muito mais agradável e, à chegada à cidade, por volta das 19h, todos estavam ainda bastante animados. A visita à Feira foi, na verdade, o ponto alto da visita, mas houve igualmente oportunidade de conhecer alguns dos pontos turís cos mais atra vos de Madrid: o Palácio Real, a Plaza Major, a Gran Via, o Mercado de San Miguel, a Plaza de Cibeles, as Puertas del Sol, a Porta de Alcalá e até o Estádio San ago Bernabéu.

Foram, efetivamente, três dias diferentes, que transpuseram todos para uma realidade distinta e onde houve a oportunidade de aprofundar os conhecimentos na área técnica, aspeto sem dúvida considerável quando se pondera sobre um bom desempenho pro ssional. Estes foram, sem dúvida, momentos de aprendizagem, mas também momentos de convívio e de par lha que fortaleceram os laços entre as turmas envolvidas e os professores acompanhantes. No dia 1 de março, depois do pequeno-almoço iniciou-se o regresso a Rio Maior, não sem antes realizar uma visita guiada à cidade monumental de Toledo, inundada de história em cada recanto, onde passámos a manhã a visitar o centro histórico (Catedral, Sinagoga e a Igreja de São Tomé).Em suma, mais que uma proposta concreta, esta parece ter sido uma oportunidade, por excelência, de combinar na prá ca o ato educa vo com os efeitos da par cipação, naquilo que a escola tem de melhor: o prazer de aprender pela experiência. As visitas de estudo estão incluídas no conjunto de propostas educa vas colocadas ao serviço da escola e dos alunos, que permitem abordagens amplas e integradoras.Fica a perceção de que uma visita de estudo é muito mais do que percorrer quilómetros e pode conter momentos únicos se se souber aproveitar tudo o que ela pode oferecer. Por um lado, os conhecimentos são maiores; por outro, crescem novos sen mentos, simpa as e empa as. No m da visita há muitas histórias para contar, e há sempre algo que mudou…

Luís Gonçalves, Luís Santos e Mário Sousa

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[a nossa escola – projetos e atividades]

A Escola Profissional de Rio Maior orgulha-se de ser uma ins tuição que se preocupa com o futuro dos seus alunos e, atenta aos estudos que indicam que os jovens que efetuaram um estágio transnacional têm maior facilidade e probabilidade de conseguir um emprego quali cado, facultou-lhes a oportunidade de, numa outra realidade, alargarem os seus horizontes. Através de candidaturas ao programa Leonardo Da Vinci, 20 alunos voaram rumo a Leipzig (Alemanha), Consenza (Itália), Barcelona (Espanha) e Valletta (Malta), para desenvolverem as suas competências no âmbito da prá ca em contexto de trabalho, parte integrante do plano curricular dos Cursos Pro ssionais de nível IV.Mais do que colocar em prá ca os conhecimentos escolares e lidar com novas realidades pro ssionais, os estág ios t ransnac iona i s permitem aos jovens que os realizam o desenvolvimento de importantes competências pessoais, culturais e linguís cas, sendo altamente valorizados pelos empregadores em toda a Europa. Desde que o projeto foi tornado público, a generalidade dos alunos recebeu a notícia com grande entusiasmo e mo vação. Agora, já consumada a experiência e validados os obje vos a ngidos, a sa sfação é ainda maior devido ao facto de terem exis do imensos momentos posi vos durante os 44 dias que cons tuíram o período de estágio, que acreditamos, marcará, para sempre, a memória e a vida de cada um destes 20 jovens.

Leipzig – Instalações ElétricasEntre 12 de janeiro e 24 de fevereiro de 2013, cinco alunos nalistas do Curso Pro ssional de Técnico de Instalações Elétricas veram oportunidade de pôr em prá ca as aprendizagens e as

competências adquiridas em contexto de sala de aula/o cina, através do trabalho efetuado na empresa que os acolheu. No que diz respeito às experiências pessoais, culturais e linguís cas de que bene ciaram, re ra-se que os alunos foram muito bem

recebidos no seio da empresa, sendo que as pessoas envolvidas no processo evidenciaram uma postura muito hospitaleira e pro ssional, o que proporcionou aos a lunos um ambiente muito agradável, facilitador da integração, num cenário e numa realidade totalmente nova e fora da zona de conforto.Foram-lhes concedidos bilhetes

EPRM – Estágios Transnacionais Leonardo da VinciUma experiência pessoal e pro ssional

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[a nossa escola – projetos e atividades]

cole vos para se poderem deslocar livremente nos transportes públicos da cidade, tais como, o comboio, o autocarro e o elétrico, o que lhes permi u explorar facilmente a cidade. Entre outros locais, visitaram o zoo da cidade, efetuaram pa nagem no gelo e visitaram vários pontos turís cos da cidade de Leipzig como o centro comercial da estação de comboios, bares e edi cios importantes como a Panorama Tower, entre outros.Com o intuito de conhecer um pouco mais a Alemanha, a empresa local propiciou um programa cultural, de que constou a visita à capital, Berlim, onde durante um m-de-semana, veram a oportunidade de visitar o histórico Muro de Berlim,

Biztravels, o Reichstag e Porta de Brandenburgo, entre outros locais de interesse. Foi também possível visitar Dresden, cidade histórica da ex-RDA, marcada por edi cios an gos, dani cados durante os ataques da segunda guerra e agora recuperados.Todos estes cinco alunos ob veram nota máxima por parte da en dade recetora. Aliás, reconhecendo a qualidade do trabalho executado pelos alunos, a empresa convidou-os, a todos, a regressarem no nal do curso, para ingressarem no mercado de trabalho alemão. Trata-se de um sinal inques onável da qualidade da formação ministrada na EPRM.

Barcelona – Instalações ElétricasSeis alunos do 12.º ano do Curso Pro ssional de Técnico de

Instalações Elétricas, que estagiaram nesta cidade, capital da Catalunha, foram distribuídos por diferentes empresas das áreas da Eletricidade e da Manutenção. Realizaram várias tarefas relacionadas com a eletricidade, tais como, a colocação de calhas técnicas em escritórios, ligações de tomadas, realização de circuitos de iluminação, troca de luminárias, montagem e reparação de candeeiros de Led’s em apartamentos, passagem de cabo, reparação de plafonds, entre outras tarefas que surgiam durante a realização do estágio.A realização do estágio curricular em Barcelona deixou aos

alunos algum tempo livre para conhecerem e explorarem os locais mais emblemá cos da cidade, tais como, a Sagrada Família, o Parque Guel, a Monumental, a Torre Agbar, a Cidade Olímpica, a Praça de Espanha, a Catedral de Barcelona, o Estádio Olímpico e Montjuic. Houve, ainda, a oportunidade de assis r a um jogo de futebol entre a equipa do Barcelona e o Osasuna em pleno Camp Nou e, como não poderia deixar de ser, conhecer os bares e discotecas mais frequentados pelos jovens espanhóis,

como por exemplo, o bar L’ Ovella Negra e as discotecas Nick Havana e Shôko.Reconhecendo a qualidade do trabalho executado pelos alunos, uma das empresas convidou os dois que lá estagiaram

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[a nossa escola – projetos e atividades]

a regressarem no nal do curso, para ingressarem no mercado de trabalho catalão. Trata-se de um sinal inques onável da qualidade da formação ministrada na EPRM.

Consenza – Energias RenováveisCinco alunos nalistas do Curso Pro ssional de Técnico de Energias Renováveis/Sistemas Eólicos da EPRM, realizaram o seu segundo período de estágio em Itália, mais propriamente na cidade de Consenza, no sul deste país do Mediterrâneo.Revelou-se uma experiência única, quer a nível pro ssional quer a nível pessoal, contribuindo para um enriquecimento e para um crescimento a todos os níveis.O período de estágio decorreu durante um período de seis

semanas e, foi durante esse tempo que os cinco selecionados do Curso Técnico de Energias Renováveis-Sistemas Eólicos viveram momentos únicos, aliando a formação à diversão, cumprindo sempre as tarefas propostas ao nível do estágio, mas sem nunca esquecer o lazer e, sobretudo, conhecer e viver uma realidade diferente. E se o período de Formação em Contexto de Trabalho se revelou bastante proveitoso, propiciando a aquisição de novos conhecimentos e novas técnicas e permitindo o desenvolvimento a nível pro ssional, não menos proveitoso

se revelou a nível pessoal, pela experiência única que facultou, sobretudo no sen do de saber viver e conviver longe de casa, num país diferente, com uma cultura igualmente diferente. Nem tudo foi fantás co, nem tudo correu “sobre rodas”, as di culdades também povoaram os dias destes alunos, mas

agora, fazendo um balanço nal, eles consideram que também essas di culdades foram importantes para a aprendizagem e para o crescimento, enquanto alunos e enquanto pessoas.Valle a – Turismo Ambiental e RuralQuatro alunos que frequentam o 12.º ano do Curso Pro ssional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural da EPRM realizaram o seu segundo estágio curricular na capital de Malta, Vale a. Este local de estágio revelou-se extremamente apropriado pois permi u perceber como funciona um país que depende quase exclusivamente do turismo, além de possibilitar o contacto com o seu povo, as suas tradições e costumes tendo, ao mesmo tempo, proporcionado o contacto com outra realidade forma va e pro ssional. Malta é uma ilha solarenga de águas calmas e límpidas com uma paisagem em tons dourados onde se destacam as suas igrejas imponentes e a sua história é rica em duras batalhas e guerras pelo controlo da ilha dada a sua

EPRM – Estágios Transnacionais Leonardo da Vinci (Cont.)Uma experiência pessoal e pro ssional

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posição estratégica no Mediterrâneo, o que faz com que este seja outro polo de atração para os muitos turistas que ali se deslocam durante todo o ano.Os quatro alunos distribuíram-se por duas empresas. Dois deles estagiaram na empresa “The Malta Experience” onde realizaram a vidades de marke ng turís co através da promoção do país nas ruas da capital de Malta, Valle a. Os restantes dois alunos realizaram o seu estágio em “Ill–Majjistral”, um parque natural, onde trabalharam na área do turismo rural e ambiental, bem como na restauração de património cultural e arquitetónico. O programa de estágio permi u ainda que estes alunos tomassem contacto com um país que, apesar das suas limitações, faz um esforço considerável para o bom funcionamento dos seus serviços, em que a hospitalidade das suas gentes é a sua imagem de marca e todos os habitantes estão consciencializados para a Indústria do Turismo ou não fosse esta a sua principal fonte de riqueza. Malta não faz inves mentos consideráveis na sua promoção internacional, pois, tal como os próprios dizem, a melhor publicidade é aquela que os turistas fazem após os terem visitado. Globalmente a experiência foi bastante produtiva pois foi possível, para estes alunos, desenvolver a autonomia e a responsabilidade. Apesar das duas línguas o ciais que Malta possui, nenhuma delas era a língua materna dos alunos, o

[a nossa escola – projetos e atividades]

que implicou o desenvolvimento de competências ao nível do domínio da língua inglesa, pois era a língua o cial de trabalho. O estágio destes alunos envolvia o contacto direto com o público, mais propriamente com os turistas. Na úl ma semana de estágio, receberam a visita do Diretor Pedagógico da EPRM, tendo do a oportunidade de assumir o papel de guia turís co, apresentando-lhe a ilha de uma forma pro ssional.Toda a experiência lhes abriu assim novos horizontes e para

além de tomarem contacto com diferentes costumes e culturas puderam desenvolver a sua autonomia, melhorar as suas capacidades de adaptação a situações adversas fora da sua zona de conforto e estabelecer novos laços de amizade, o que em muito contribuiu para o seu crescimento pro ssional e pessoal.

Em suma, há que reconhecer, por parte de toda a comunidade, o papel que a Escola Pro ssional de Rio Maior teve na candidatura e preparação destes estágios curriculares, pelas experiências que colocou ao dispor de todos os alunos das três turmas envolvidas na possibilidade de concre zarem uma a vidade desta envergadura. A EPRM envolveu-se na criação de todas as condições para tornar possível esta aventura, proporcionando não só novas realidades pro ssionais, como também permi ndo o desenvolvimento de importantes competências pessoais, culturais e linguís cas em países que, embora tão perto do nosso, possuem realidades tão diferentes. Este misto de estágios curriculares com visitas de estudo está incluído no conjunto de propostas educa vas colocadas ao serviço da escola e dos alunos, que permitem abordagens amplas e integradoras. Trata-se de uma oportunidade, por excelência, de combinar na prá ca o ato educa vo com os efeitos da par cipação, naquilo que a escola tem de melhor: o prazer de aprender pela experiência!

Alunos par cipantes

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[a nossa escola – projetos e atividades]

Desde sempre se considera importante que a formação dos jovens seja o mais eclé ca e abrangente possível. Segundo MARQUES (1997), “o ensino deve ser bem mais do que sessões em que o professor fala e o aluno ouve. Os professores devem criar um programa recheado de múltiplas atividades de aprendizagem”. Considerando esta opinião, uma das múl plas a vidades a proporcionar aos nossos alunos é com toda a certeza: o desporto e a a vidade sica.Segundo MARREIROS (2006), “o desporto é um meio primordial de renovar a educação, de lhe emprestar uma cara de festa e convivialidade, de quebrar a ro na escolar com compe ções internas e externas. Trata-se assim de aproximar a escola da vida, de integrar mais uma na outra e de consumar o desiderato de despor vizar a escola e escolarizar o desporto”.Desta forma. a EPRM tem proporcionado aos seus alunos várias atividades de índole desportiva, às quais os alunos têm correspondido inteiramente, quer ao nível social e do comportamento digno de um despor sta, quer ao nível dos resultados despor vos, levando o bom nome da nossa escola muito além da nossa “casa”.

As a vidades em que os alunos da nossa escola par ciparam foram as seguintes:1) Corta-mato escolar concelhio – 12/12/2012 - Rio Maior, em que classi cámos os 6 melhores alunos de cada escola/escalão, para representação no corta-mato regional;2) Corta-mato escolar regional – 05/02/2013 – Almeirim, nesta prova os nossos alunos alcançaram o 1º e 3º lugares no escalão de Juvenis masculinos – Oswald Freitas e Miguel Rodrigues, respetivamente; a equipa de Juvenis masculinos da EPRM (Oswald Freitas, Miguel Rodrigues, Xavier Marques, Bruno Ba sta, Hugo Luís e Pedro Patrício) alcançou um brilhante 1.º lugar no mesmo escalão (tendo sido apurada para o corta-mato escolar nacional); o aluno David Luís alcançou o 2.º lugar no escalão de Júniores masculinos;3) Corta-mato escolar nacional – 01 e 02/03/2013 – Coimbra,

os alunos que representaram a EPRM nesta prova, no escalão de Juvenis masculinos foram: Oswald Freitas (5º lugar nacional), Miguel Rodrigues, Xavier Marques, Bruno Ba sta, Hugo Luís. Esta representação obteve o 6.º lugar nacional por equipas no respe vo escalão;4) Megas Concelhio – 30/01/2013 – Rio Maior, esta prova é composta por 3 disciplinas (Velocidade 40m / Salto em comprimento / Km), com apuramento para a prova regional. Os alunos que representaram a nossa escola foram: Oswald Freitas (1.º lugar na prova do km) e Hugo Luís (1.º Lugar na prova de salto em comprimento);5) Megas Regional – 26/02/2013 – Abrantes, esta prova funcionava nos mesmos moldes que a anterior, no entanto, nha alunos de toda a área educa va da Lezíria do Tejo. Os

alunos que representaram a nossa escola foram: Oswald Freitas (1ºlugar na prova do km) e Hugo Luís (5º lugar na prova de salto em comprimento). De referir que o aluno Oswald Freitas, conseguiu apuramento para a prova nacional que se realizou nos dias 05 e 06/04/2013 em Vila Nova de Gaia, no entanto, não pôde par cipar devido a lesão;6) Compal Air Basquetebol 3x3 – 12/03/2013 – Santarém, para esta prova a EPRM fez-se representar com 2 equipas, uma no escalão de Juvenis masculinos (João Almeida, João Silva, Bruno Delgado e Pedro Patrício, do 10ºB) e outra no escalão de Júniores masculinos (Hugo Luís, Bruno Palma, Daniel Lopes e Miguel Campos, do 11ºD).

que daí advêm, podemos a rmar veementemente que estamos a proporcionar e a contribuir, para uma formação global e de excelência aos alunos que fazem parte da família da EPRM. Queremos ainda destacar o empenho/dedicação e a forma responsável/autónoma com que os alunos par ciparam nas várias atividades, sem esquecer (embora não seja o mais importante) os excelentes resultados despor vos alcançados.Queremos também deixar uma palavra de reconhecimento à direção da EPRM, pela disponibilidade, rece vidade e incen vo dos alunos a par cipar nestas a vidades.A todos os alunos que par ciparam e deram o seu melhor, professores que acompanharam e direção/assistentes operacionais que coadjuvaram no necessário: MUITOS PARABÉNS e Obrigado! Para o próximo ano queremos con nuar a a rmar a EPRM como uma escola de referência no Desporto Escolar.

Boas aulas, bons treinos e ...”Pra quem Desporto, pela vossa SAÚDE!”

Eurico Cavaco

“Desporto Escolar: A EPRM com uma palavra a dizer”

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[a nossa escola – projetos e atividades]

Enquadramento geralDizem-nos os manuais que, em matéria de desenvolvimento, não se devem separar os cuidados com a natureza do ambiente que nos rodeia, nem se devem menosprezar os insuportáveis níveis de exploração desenfreada de recursos. O planeta foi-nos entregue e cabe-nos devolvê-lo em bom estado aos nossos descendentes. A educação e a consciência ambiental são essenciais e prioritárias em qualquer sociedade. “Reconhecer os valores associados à interdependência entre o Homem, a cultura e o meio sico, deve ser uma exigência é ca e um princípio de cidadania elementar”. O respeito e a reposição dos equilíbrios naturais devem, por isso, levar-nos a re e r sobre qual o caminho que nos proporcionam os atuais modelos de desenvolvimento.No ensino pro ssional, cabe à área disciplinar de Integração reunir os elementos favoráveis à construção de múl plos e diferenciados contextos de formação e de aprendizagem, mediando da melhor forma possível as propostas de aprendizagem e as prá cas de interação, a par da valorização das experiências indutoras de mo vação e desenvolvimento pessoal e social, mobilizando e transferindo elementos sinalizados nas prá cas de ensino em contexto de sala para locais de contacto e confronto direto com a sua materialização. Foi a par r destes elementos que se realizou, entre os dias 18 a 21 de abril, a Visita de Estudo à Freguesia da Verdelhos (Serra da Estrela), aproveitando da melhor forma as caracterís cas sicas e humanas de uma zona protegida, de forte impacto natural, passível de permi r a observação de aspetos da fauna e ora em ecossistemas inalterados, com evidente integração harmoniosa entre a ação humana e os suportes materiais.A a vidade integrou o plano de trabalho do quarto módulo, construído a partir de temáticas ligadas à participação no desenvolvimento (do) local e à cooperação entre contextos

globais na busca das (in)sustentabilidades na relação entre o Homem e a Natureza.

Para uma recomposição tardia de aprendizagens signi ca vasA visita foi preparada com a necessária expeta va de, por via da escola, se promover a complementaridade através do contacto com duas realidades dis ntas: de um lado a produção discursiva (teoria, em sala) deixada a cargo dos alunos impossibilitados de viajar nesta data e, de outro, a realidade concreta (prá ca, em situação), apenas disponível para o grupo de treze alunos que se dispôs a acolher um conjunto de prá cas escolares não-formais.A ligação prévia dos alunos às temá cas do desenvolvimento sustentável colocou, apesar das evidentes fragilidades, a proposta numa dimensão muito interessante, ao que se juntou a experiência e o conhecimento dos responsáveis locais, alargando naturalmente uma estratégias que acabou por ser compensada, sobretudo, pelo impacto da paisagem.

Durante dois dias, os alunos veram oportunidade de contactar com uma parte do território da Serra da Estrela, envolvendo sobretudo a zona de Verdelhos, Poço do Inferno, Manteigas, Vale Glaciar, Açude Sul, Ribeira de Abitureira e Covilhã, aproveitando as possibilidades permi das pelo uso da bicicleta e pelo percurso pedestre apoiado por um guia local.O papel desempenhado pelas visitas de estudo no contexto da área disciplinar de Integração é sobejamente conhecido, tal como, o (des)envolvimento dos alunos neste po de prá cas formativas. Os eventuais contributos para a sua formação integral pressupõem um esforço cogni vo que par lha de uma crença inevitável: as aprendizagens signi ca vas sobrevivem enquanto resultado de recomposições tardias. No imediato, restam apenas meras sensações do dever cumprido.

João Paulo Colaço

Perspetivas em torno da relação homem natureza:contributos de uma visita à Serra da Estrela

24 | Revista EPRM # 21

[a nossa escola – projetos e atividades]

Ciente das di culdades que nos rodeiam e constantemente em busca de novos desa os, a EPRM decidiu contribuir para solucionar o problema da jovem Vânia, residente na Maia, Porto, através da participação dos Cursos Técnicos de Eletrónica, Automação e Instrumentação e de Manutenção Industrial. Tomámos conhecimento do problema da Vânia através do programa Querida Júlia da SIC, onde, segundo a entrevista dada por ela, nem a Câmara Municipal nem as empresas conseguiam ajudá-la e criar uma solução para as suas limitações sicas. Pegando na expressão de quem viu a entrevista

“Oh! diabos, como é possível? A EPRM vai conseguir!” (José Oliveira, Engenheiro e Formador na EPRM), logo a EPRM (conjuntamente com os seus parceiros sociais) se pron cou a encontrar uma solução.

Mas quais são a nal as di culdades/limitações da Vânia para “ninguém” a conseguir ajudar? A Vânia possui uma completa imobilidade nos membros superiores e estando sozinha em casa, não consegue simplesmente sair para ir apanhar ar nem tão pouco receber um(a) amigo(a) que a pretenda visitar, tudo porque ela não consegue abrir a porta sem auxílio.

Assim, a EPRM desenvolveu um mecanismo em que, através do reconhecimento por RFID (Identificação à distância), basta à Vânia aproximar-se da porta de saída da casa, com o intuito de sair (ou entrar), para que o sistema destranque a fechadura e abra a porta automa camente.

Por uma boa causa!

A EPRM tem recibido jornalistas da SIC para documentar a evolução do estado do projeto até à fase nal da instalação do sistema. Todo o projeto, construção mecânica, construção eletrónica (placas PCB), programação, materiais e componentes, foram inteiramente idealizados, selecionados e elaborados pelos alunos e professores das áreas referidas, fazendo também reaproveitamento de materiais, vulgarmente chamado de “lixo eletrónico”, tornando o projeto “bom, bonito e barato”.

Cristóvão OliveiraJosé Oliveira

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[a nossa escola – projetos e atividades]

A Escola Pro ssional de Rio Maior (EPRM) foi convidada pelo Ministério da Educação e Ciência, para se fazer representar no evento “Futurália 2013” na Feira Internacional de Lisboa (FIL) através do Curso Pro ssional de Técnico de Frio e Clima zação, nos dias 13 e 14 de março. A Futurália é a maior feira de educação, formação e orientação educativa existente em Portugal e a EPRM acedeu com muito agrado ao convite, tendo a comi va de representação sido cons tuída pelo Diretor de Curso do supracitado curso pro ssional, acompanhado por alguns alunos que compõem a turma.O stand da EPRM consistiu na exposição de equipamento diverso relacionado com a área de formação de Frio e Clima zação, nomeadamente um compressor completo, vários componentes de um sistema de refrigeração, componentes de automação e controlo, bem como, ferramentas especí cas desta área.Expôs-se, também, diverso material publicitário e promocional da Escola: blocos, canetas, pulseiras e o jornal da Escola, “Ponto e Vírgula”, que em 2012 foi considerado, pelo júri do Concurso DN Escolas, o melhor jornal escolar nacional. Uma das atrações do stand foi um medidor de ansiedade, gentilmente cedido pelo Curso de Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação, que foi também experimentado pelas en dades o ciais aquando da sua visita ao espaço. De salientar o bom ambiente vivido durante os dois dias da

EPRM presente na FUTURÁLIA 2013

par cipação da Escola, com registo para a elevada a uência de visitantes procurando informação junto dos nossos alunos.No nal do dia 14 encerrou-se a par cipação da EPRM, certos de que a presença neste po de certames faculta não só a par lha de experiências, bem como, o estabelecimento de novos contactos, contribuindo para uma maior abertura de horizontes aos jovens que temos como formandos. Nestes dois dias, o Curso Pro ssional de Técnico de Frio e Clima zação des lou na passerelle da Futurália, defendendo a imagem da EPRM e contribuindo para a sua visibilidade e notoriedade.

Luís Santos

26 | Revista EPRM # 21

[a nossa escola – projetos e atividades]

É reconhecida a necessidade acautelar algumas das questões ligadas à formação pro ssional inicial de jovens, antevendo o seu futuro papel na sociedade e no mundo do trabalho. De entre os aspetos que requerem a atenção dos decisores polí cos e ins tucionais, assumem par cular importância o desemprego, a diversidade e a dispersão na oferta formativa e o papel desempenhado pelas prá cas de formação que alternam entre espaços teóricos (escola) e prá cas (empresa).As di culdades que os operadores do mundo do trabalho têm rela vamente às vantagens da formação em alternância e a sua relutância na oferta de colocações, independentemente dos níveis de formação pro ssional dos formandos levaram à apresentação de um projeto que visa promover a melhoria das prá cas de formação em contexto de trabalho, apoiado pelo programa de Parcerias de Aprendizagem Leonardo Da Vinci – PROALV.Designado TransVet, o projeto surgiu como resultado de uma visita de estudo realizada durante o mês de outubro de 2011, na cidade de Estocolmo (Suécia) e pretende dar visibilidade às práticas de formação baseadas em cursos de formação em alternância, em cada um dos países parceiros (Escócia, Espanha, Noruega, República Checa e Croácia). Visa-se, deste modo, promover uma avaliação dos processos, procedimentos e instrumentos u lizados ao nível da monitorização e avaliação de estágios, a m de iden car as melhores prá cas em termos

EPRM tem projeto para melhorar o acompanhamento dos estágios

de apoio à formação, aos alunos e às empresas no espaço da União Europeia (guia de boas prá cas). O projeto pretende, sobretudo, rec olher exemplos de boas práticas; identificar mecanismos de apoio aos estagiários, entidades formadoras, entidades de acolhimento e empregadores envolvidos na colocação de experiência de trabalho; iden car boas prá cas ao nível da documentação associada à monitorização, acompanhamento e avaliação da formação em contexto de trabalho; analisar as melhores prá cas e as questões envolvidas na transferência de aprendizagens entre a escola (contexto teórico) e empresa (contexto prá co) e vice-versa e iden car as barreiras e exemplos de boas prá cas para a igualdade de oportunidades.Estagiários, empresas, centros de formação e agências de emprego deverão fornecer informação privilegiada sobre as suas próprias experiências ao nível realização de estágios, bem como, dos processos transferência de competências entre o trabalho em sala de aula e as prá cas em contexto de trabalho. O principal resultado deverá reforçar o papel das organizações, que poderão dar um contributo essencial para a concre zação do obje vos da educação e formação pro ssional o nível europeu. Os produtos e resultados serão disponibilizados através de um site do projeto, que deverá ainda incluir: i) apresentações feitas durante visitas de intercâmbio; ii) Relatórios sobre as prá cas atuais, incluindo as questões levantadas na promoção da igualdade de oportunidades; iii) guia de boas prá cas para alunos, organizações de formação e en dades empregadoras; iv) estratégias de implementação de boas prá cas de experiência de trabalho; v) exemplos de documentação po – padrão; vi) Estudos de caso e vii) e Relatório nal.Iniciado em agosto de 2012, o projeto conta atualmente com duas visitas já realizadas, em Espanha (Cartagena) e Escócia (Ayr), estando previstos novas parcerias até maio de 2014, altura em que será realizado o seminário nal de encerramento do projeto, que deverá envolver todos os elementos par cipantes e uma parte substancial da comunidade educa va local. Neste encontro, serão apresentados os resultados das várias visitas e uma síntese técnica em torno das boas prá cas iden cadas.

João Paulo Colaço

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[a nossa escola – projetos e atividades]

A água, a oresta, a biodiversidade, os resíduos e o Subsolo foram temas que o Conselho Eco Escolas da Escola Pro ssional de Rio Maior (EPRM) selecionou para par cipar no programa Eco Escolas desenvolvido pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), em prol da defesa do ambiente.A a vidade mais recente foi realizada no âmbito das energias e prendeu-se com uma visita de estudo à Estação Cole va de Tratamento de E uentes Suinícolas, localizada em Alcobertas. Neste espaço, os participantes puderam observar uma infraestrutura de apoio à economia local, baseada na degradação da matéria orgânica e consequente produção de biogás, composto sólido (compostagem) e líquidos (sistema de lagoas depura vas). O biogás é armazenado com uma tela - biodigestor, encaminhado para a sala de pressurização e após passar num ltro de limalhas alimenta o motor para a produção de energia elétrica. Os restantes resíduos da degradação da matéria orgânica (parte sólida e líquida) são separados no tamisador, indo a parte sólida para o centro de compostagem e a parte líquida para as lagoas. A parte sólida poderá ser misturada com resíduos orestais para melhorar a relação carbono/azoto (próximo de 30) e aplicar nos terrenos agrícolas para melhorar a percentagem de matéria orgânica dos solos. Já a parte líquida passará por um sistema de três lagoas e ao m da terceira os e uentes poderão ser u lizados para fer irrigação.

Ao nível da iluminação pública foi realizado um passeio pela cidade de Rio Maior, elaborada e entregue uma proposta ao município no sen do de desligar algumas iluminarias que pela proximidade de outras ou pela não necessidade de estar em funcionamento, deveriam ser desligadas.Dis nta ação realizada aconteceu com a distribuição de ecopontos pelas salas de aula. Foram repar dos catorze conjuntos de três

sacos (papelão, vidrão e embalão) acompanhados por uma ação de sensibilização para a separação em que os(as) alunos(as) receberam um pan eto/autocolante informa vo das regras de separação.Em parceria com o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros elaborou-se um jogo didá co do po “Quem é Quem?” onde o jogador mais novo, após a seleção do tema, começa e faz uma pergunta que só possa ser respondida com SIM ou NÃO. Dependendo da resposta, fechará o(s) botão(ões) de qualquer espécie que verifique que NÃO é a espécie misteriosa do seu adversário. Depois os papéis invertem-se e é a vez do jogador ou jogadora mais velho/a fazer uma pergunta que só possa ser respondida com SIM ou NÃO. Ganha o jogo quem primeiro adivinhar a espécie misteriosa do adversário. Se o(a) jogador(a) achar que já sabe qual é a espécie mistério do(a) adversário(a), deve esperar pela sua vez e ao invés de fazer uma pergunta deve dizer o nome. Se acertar, ganha. Se errar na suposição, perderá este jogo!Juntamente com outras previstas, estas ações de sensibilização, transmissão de conhecimentos, envolvimento dos alunos e de descoberta do meio irão contribuir para que a comunidade escolar da EPRM, juntamente com os parceiros do projeto neste ano, con nuem a hastear a Bandeira Verde da ABAE como símbolo efe vo da alteração de comportamentos em bene cio de um ambiente mais próspero.

Pedro Guedes

O caminho para hastear a Bandeira Verde

www.vulcano.pt

Sinta o grau de conforto da sua casa

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[ formação pro ssional]

A União Europeia (UE) apoia um grande número de a vidades em matéria de educação, formação, cultura, inves gação e juventude.

A Comissão Europeia integrou as suas diversas iniciativas no domínio da educação e formação num programa único, o Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida (www.ec.europa.eu/llp). Este programa permite às pessoas acederem, em qualquer fase das suas vidas e em toda a Europa, a um processo de aprendizagem dinâmico. O programa é cons tuído por quatro subprogramas: Comenius (para as escolas), Leonardo da Vinci (para o ensino e formação pro ssionais), Erasmus (para o ensino superior) e Grundtvig (para a educação de adultos).

A visita de estudo é uma curta estadia de três a cinco dias, num país de acolhimento para um grupo de 10 a 15 especialistas europeus de educação e formação pro ssional e decisores.

Uma visita de estudo inclui apresentações e visitas in loco aos ministérios, ins tuições de ensino e de formação, locais de formação, etc. As visitas proporcionam um fórum de discussão, intercâmbio e aprendizagem sobre temas de interesse comum e sobre as prioridades europeias e nacionais. O Programa de Visitas de Estudo faz parte do programa da UE Aprendizagem ao Longo da Vida.As Visitas de Estudo des nam-se a decisores e a especialistas em educação e formação pro ssional e permitem trocas de experiência ao nível das boas prá cas em toda a Europa e estabelecer novos contactos para uma maior cooperação e intercâmbio.

O Diretor Pedagógico da Escola Profissional de Rio Maior par cipou numa Visita de Estudo em Hannover, Alemanha, conjuntamente com mais 14 diretores e inspetores de educação de diversos países europeus (Espanha, França, Itália, Inglaterra, Holanda, Hungria, Eslovénia, Roménia, Grécia, Turquia e Chipre).

Diretor Pedagógico da EPRM participa em encontro europeu de Diretores de Escolas

Fotogra a de grupo em Hamelin

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[ formação pro ssional]

O tema da Visita foi “Liderança inovadora e Formação de Professores em Escolas Autónomas”. Foram cinco dias de intenso trabalho, que incluíram reuniões com responsáveis da educação (Ministro da Educação da Baixa Saxónia, o estado alemão de que Hannover é a capital e com o presidente da Câmara Municipal da mesma cidade), visitas a escolas de várias pologias, fóruns de debate, a vidades de caráter lúdico e cultural, etc.

Aspetos relevantes observados na Visita de EstudoOs par cipantes na visita de estudo, a maioria dos quais são ou foram Diretores, saudaram a crescente autonomia e regulação decrescente que parece ser a tendência da polí ca educa va atual dos diversos países. O grupo iden cou três aspetos fundamentais para a promoção de uma escola compe va e de qualidade:1. A liderança na boa escola nunca pode resultar do trabalho de um Diretor da escola isoladamente. Esta a rmação é verdadeira em dois aspetos: o líder de uma escola não pode trabalhar isoladamente dentro da sua escola. Ele ou ela deve desenvolver uma visão e sen do de liderança cole va e de responsabilidade entre os seus colaboradores. Depois, concluímos que a autonomia das escolas não vai ser bem-sucedida se uma escola opera de forma isolada das outras escolas ou na comunidade. A melhor prá ca mais uma vez mostrou-nos que a liderança mais forte pode ser observada quando se estabelecerem sinergias fortes com a comunidade.

2. O enfoque principal de todos os líderes das escolas deve ser o desenvolvimento de competências de ação como ‘líderes pedagógicos “. O papel de uma liderança escolar normalmente abrange tanto aspetos de liderança, como de gestão. A autonomia crescente, que muitas vezes leva ao aumento de tarefas de gestão administra va, mas se for possível garan r que isso não colida com a implementação de uma liderança educacional forte, a escola sai reforçada.3. O grupo identificou um entrave comum a uma liderança efe va ao nível da gestão do pessoal, par cularmente com a competência para lidar com professores com mau desempenho ou desmo vação. Em muitos países, como é o caso de Portugal, o recrutamento de

professores é uma responsabilidade direta do Estado. Como a liderança não pode ser bem-sucedida num ambiente autónomo, sem uma equipa consistente e comprome da com um bom desempenho, urge que os polí cos e os decisores de cada estado re itam sobre esta matéria.

Para terminar este primeiro ponto, concluir que a avaliação, tanto autoavaliação como avaliação externa, é fundamental para uma escola cada vez mais autónoma.

Diretor Pedagógico da EPRM durante a apresentação do Sistema Educativo Português

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[formação pro ssional]

Intercâmbio de experiências e boas prá casUm dos obje vos do Programa Transversal/Visitas de Estudo é o intercâmbio de experiências e boas prá cas. Aqui cam algumas das consideradas mais emblemá cas:

1. “School Rules” – São uma prá ca comum na Alemanha e na Eslovénia, envolvendo toda a comunidade educa va: alunos, pais, funcionários e professores. São princípios par lhados, de forma transparente, para gerir as expeta vas e deveres de cada parte interessada. As regras são declarações posi vas e, seguindo-as, todos são envolvidos como parceiros na construção de uma boa escola e, consequentemente, uma boa comunidade.

2. “Gi ed Pupil Programme” – O programa Escola de Talentos é uma prá ca corrente na Alemanha. É um ó mo exemplo de promoção de talentos e aumento das chances dos alunos, e de inves mento no progresso.Foi criado um grupo de cooperação, cons tuído por professores de diversas escolas e cujo papel é, basicamente, de iden carem e encaminharem os alunos que revelem algum po de talento, sendo promissores na música, na dança, no desporto, na matemá ca, nas ciências, etc.Os professores que se envolvem e se apresentam como voluntários são treinados para este po de trabalho, o da iden cação e, posteriormente, o de potenciarem o talento revelado pelos jovens.

3. “Teacher twinning to improve” – É um programa Holandês de “geminação” de professores, que suporta os líderes escolares

no desenvolvimento dos seus colaboradores. Contribui, simultaneamente, para a melhoria dos bons professores e dos menos bons, em paralelo, associando-os como "gémeos".

Confere responsabilidade a ambos os tipos de professores, na medida em que responsabiliza u m p ro fe s s o r p e l o seu desenvolvimento, b e m c o m o p e l o desenvolvimento do professor com que está “geminado”.

4. “PAC – Autonomy Plans for schools” – É um programa aplicado nas escolas espanholas com piores resultados escolares. As escolas que são identificados como não tendo um bom desempenho são convidadas a criar um

plano de autonomia (PAC). A escola tem a responsabilidade de desenvolver estes planos e se alcançar os resultados propostos obtém uma recompensa nanceira.

As Visitas de Estudo são um tipo de troca de experiências e de boas prá cas, que é fundamental para um desenvolvimento equilibrado e justo da EU, por propiciar aproximação de pessoas e de modelos. Podem caracterizar-se como experiências “open mind”, por permitirem conhecer novas perspe vas e novos modelos no setor da educação, de tal modo que todos os atores ligados a este setor deveriam ser “obrigados” a par cipar em inicia vas desta natureza. Pela minha parte, enquanto Diretor Pedagógico da EPRM, já estou a procurar implementar, na escola que lidero, algumas das boas prá cas a que assis .

Recomendo vivamente a par cipação em inicia vas desta natureza!

Luciano Vitorino

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[ formação pro ssional]

No passado mês de outubro, o Diretor do Curso de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informá cos, realizou um intercâmbio de experiências e boas prá cas com diversos representantes de outros países da União Europeia, no âmbito do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida. Esta visita de estudo decorreu em Kayseri, cidade da Turquia (zona central do país) e o tema da visita foi o uso das TIC no ensino, por forma a criar um futuro melhor - ” Use of ICT in Learning; ICT for crea ng a be er future”.

Esta a vidade dividiu-se em momentos de trabalho/reuniões e momentos de lazer - com especial importância para a cultura turca.Rela vamente ao primeiro momento, o grupo par cipou em diversas reuniões e encontros com representantes: do Ministério da Educação Turco, da Direção Regional da Educação do distrito de Melikgazi – Kayseri, da Associação Empresarial de Kayseri, de Universidades, de escolas e de alunos dos diferentes níveis e pos de ensino turco.

No que concerne às experiências e boas prá cas, o grupo considerou que era evidente que as diferenças neste tema, de país para país, eram pequenas. No país de acolhimento (Turquia) e nos países com representantes (Portugal, Espanha, Grécia, Itália, Reino Unido, República Checa, Polonia, Hungria, Suécia) nesta visita de estudo, iden camos um desejo compartilhado pela maioria das autoridades nacionais para proporcionar ao sistema de ensino, os recursos básicos na área das TIC; nomeadamente, computadores, videoprojetores, quadros intera vos, Internet e a respe va rede de dados, sistemas de controlo e gestão das ins tuições, etc.Como é natural, existem pequenas diferenças, por exemplo, na Suécia são disponibilizados Laptops da Macintosh para os alunos, mas estes não os podem levar para casa, como acontece, por exemplo, com os computadores Magalhães na realidade Portuguesa. Na Turquia, a tulo de exemplo, está em marcha um projeto que visa oferecer aos alunos Tablets para uso em casa e na escola, sempre com a mesma ligação à Internet (fornecida pelo sistema educa vo). Mas estas são pequenas diferenças na aplicação dos diversos planos tecnológicos em cada país no

Colaborador da EPRM na Turquia

Grupo de par cipantes

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[ formação pro ssional]

sistema de ensino, no entanto, de forma general, os sistemas tecnológicos colocados à disposição da educação não varia muito de país para país.

Outra abordagem comum e iden cada pela generalidade dos participantes está relacionada com a formação dos docentes ou auxiliares na área das TIC. Parte dos docentes ainda não possuem as competências desejadas para u lizarem adequadamente os recursos TIC disponíveis, ou seja, os parques informá cos das escolas estão bem equipados, mas não existe em número su ciente recursos humanos habilitados para os u lizarem.

Visita a região histórica e turís ca da Anatólia Central – CapadóciaApresentação do caso português

Os planos tecnológicos deram muita enfâse ao “hardware”, mas ainda não se centraram no essencial, que são as competências e conhecimentos de quem os vai u lizar nas salas de aula – os professores. Uma outra abordagem diferente foi descrita pela colega sueca. Descreveu-nos a forma de u lização das TIC neste país, sendo que nos primeiros ciclos de ensino, não possuem uma disciplina dedicada às TIC ou professores dedicados a ensinar exclusivamente estes conteúdos, sendo que as competências TIC são trabalhadas nas diversas disciplinas ao mesmo tempo que são trabalhadas as competências básicas da disciplina em questão.

A u lização de blogs, web sites, plataformas de e-learning, e-book, computadores, quadros interativos e trabalhos baseados na Internet, são abordagens comuns par lhadas pelos par cipantes e pelo país an trião, mas cada um tem as suas próprias especi cidades, sendo que, de forma geral, todos usam abordagens comuns.

No entanto, os elementos que par ciparam nesta visita de estudo, e na sua maioria professores com diversos e diferentes cargos nas suas ins tuições, saudaram a crescente e saudável parceria entre o setor empresarial (privados na sua grande maioria) e o sistema de ensino (público e privado). Esta foi mesmo a grande diferença que todos os par cipantes elegeram como a grande meta a importar para os nossos sistemas educa vos.

Mas, esta visita também proporcionou contacto com a cultura turca e permi u conhecer costumes e lugares belos, tal como a Capadócia, que se situa na região histórica e turís ca da Anatólia Central. En m, uma perfeita a vidade “open mind”.

Jorge Silva

Diploma de par cipação

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[ formação pro ssional ]

A Escola Pro ssional de Rio Maior alargou recentemente a sua oferta forma va a adultos através de um conjunto de unidades de formação modular cer cada de curta duração (UFCD), financiada no âmbito do Programa Operacional Potencial Humano, nas áreas de operador de armazenagem e operador comercial. As seis ações propostas para o período 2012-2013, num total de trezentas horas de formação, abrangem áreas que vão das novas tecnologias na gestão do armazém às competências linguís cas no apoio à comunicação empresarial, passando pelo trabalho social e gestão técnica de recursos humanos, entre outros temas de interesse.A oferta forma va proposta pela Escola Pro ssional de Rio Maior é resultado da estratégia de cooperação com o ex nto Centro Novas Oportunidades (CNO) para a região de Rio Maior, atribuindo-se prioridade integral a formandos sinalizados por essa via. O plano de formação proposto pela EPRM centra-se sobretudo na es mulação de competências pessoais e pro ssionais que possam favorecer a integração no mercado de trabalho local, pautado essencialmente pelas perspe vas criadas em torno do

EPRM alarga oferta de formação pro ssional de adultos

recém-criado parque de negócios, esperando-se que possam surgir novas oportunidades de integração social e pro ssional a par r do acesso a módulos de formação de curta duração.As ações de formação conferem a atribuição de um cer cado e integram o atual sistema de reconhecimento e validação de competências.

João Paulo Colaço

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[formação pro ssional]

Par cipar numa visita de estudo implica observar, trabalhar, apreender, ouvir, escutar e falar. No fundo é estar num lugar da Europa, com pessoas que não conhecemos, mas com quem temos algo em comum, e observar boas prá cas, re rar bons exemplos, estabelecer parcerias e aprender. Todos estes momentos, por excelência enriquecedores, são sempre uma mais-valia pro ssional e pessoal.As Visitas de Estudo, de uma forma geral, são estruturadas de uma forma idên ca. Existe um momento, inicial, em que os par cipantes se conhecem e dão a conhecer todo o seu trabalho, assim como, o da ins tuição a que pertencem. A ins tuição de acolhimento dá-se a conhecer, o que faz e o programa a trabalhar nos dias da visita. Os dias, que vão de três a cinco, oscilam entre observação de boas prá cas, observação do trabalho de outras ins tuições, conversas e troca de ideias com essas mesmas ins tuições, trocas de contactos, visitas de âmbito cultural e os momentos informais do grupo (refeições, compras, saídas). Muito importante, são também os momentos de trabalho de grupo e de re exão, em que estruturamos o relatório nal de grupo. A língua usada é o Inglês.Na Letónia, capital Riga, onde foi a visita, existe uma magia congregada com a calma. É um país frio, mas as pessoas são e andam bonitas, há segurança no caminhar e chapéus magní cos. Nesta cidade recebeu-nos “Latvia Children’s Fund”, que é uma ONG de u lidade pública, que trabalha com crianças e jovens em risco. Risco, por terem necessidades educa vas especiais, risco por viverem em extrema pobreza e risco por não terem famílias que lhes deem algumas das condições básicas para viver. O período da visita foi de 15 a 17 de outubro de 2012.Sob o ponto de vista geral, a temá ca da visita esteve relacionada com as necessidades educa vas especiais. No entanto, o foco

Uma Visão Especial

incisivo foi sobre a formação no ensino pro ssional das crianças e jovens “especiais”. Os países que es veram representados na visita de estudo foram Portugal, França, Lituânia, República Checa, Turquia, Reino Unido, Irlanda e Hungria.Os três aspetos que mais se destacaram foram as semelhanças que existem entre os países participantes e o país de acolhimento, nos aspetos formais e documentais quando se trabalha com crianças e jovens com necessidades educa vas especiais; a diversidade de equipas multidisciplinares que existem nas escolas pro ssionais e que trabalham com os alunos com necessidades educa vas especiais; o facto de exis rem algumas escolas de formação pro ssional, que são internatos (excluindo os alunos do meio social regular) e em que os alunos não fazem aprendizagem em contexto real de trabalho.Em todos os países presentes nesta visita de estudo, existem abordagens, experiências, práticas e até mesmo projetos comuns, tais como, existência de escolas de educação especial em todos os países participantes; existência de um plano individual de trabalho dos alunos com necessidades educa vas especiais, também transversal ao país de acolhimento e aos países par cipantes.Também observamos que no ensino pro ssional os planos curriculares são divididos em disciplinas gerais e em disciplinas técnicas, o que é comum a todos os países par cipantes. Na perspe va do ensino especial a abordagem é feita e pensada para a individualidade do aluno, o que, para quem trabalha nesta área, é uma visão comum.Os maiores desafios e/ou obstáculos que poderiam ser considerados têm a ver com o facto de ainda existirem ins tuições em que as crianças e jovens não estão com as

“Vocational education for children and youth with special needs: challenges of unfair competition”

Revista EPRM # 21 | 35

[formação pro sional]

famílias, estão em internato, logo, estão excluídas socialmente. Esta torna-se realmente uma visão muito restrita do social, do potencial das crianças com necessidades especiais e da sua inserção na vida quo diana. O facto de as escolas dotarem os alunos de ferramentas para a vida a va, com uma pro ssão ou com a aprendizagem de determinadas competências é bastante importante, no entanto, não existe a preocupação de os inserirem no mercado de trabalho. Estes são, sem dúvida, os maiores obstáculos observados nesta visita e que prometem ser um grande desa o, em especial para o país de acolhimento.

Uma realidade também observada no país de acolhimento foi o facto de as escolas que trabalham com crianças e jovens com necessidades educa vas especiais terem equipas mul disciplinares muito diversi cadas. Conseguem assim, dar aos alunos respostas integradas em grande grupo (turma) ou individualmente (apoio, aulas, terapias).O tratamento singular de cada aluno com necessidades educativas especiais é, sem dúvida, feito em Portugal, no entanto, as crianças quando vão para as escolas não têm as equipas que preencham os requisitos necessários à altura de todas as suas necessidades. Na Letónia, as escolas, os centros de formação, escolas especiais, têm as respostas adequadas

(recursos humanos e físicos adequados, equipamentos e material).Outro aspeto a considerar é o facto de se dotarem os pais de competências para trabalhar e viver melhor com o seu lho, e tudo isto adquire-se na escola; os pais vão para a escola com os lhos, onde alguém lhes ensina as mais variadíssimas tarefas.

Ensinam os pais a terem qualidade de vida e responsabilidade perante o seu lho.

O que poderia ser adaptado na EPRM: Equipas mul disciplinares, integração dos jovens com necessidades educa vas especiais. Existência de turmas com formação apenas em disciplinas técnicas para jovens que já possuam o ensino secundário regular.O crescimento e o enriquecimento pro ssional e pessoal passa, sem dúvida, pela par lha, conhecimento do outro e dos outros, e de estar fora, para poder olhar para dentro.

Sónia Duarte

“Then it will sound like that: “It was great to hear opinion of par cipants about possible changes in study visit topic issues in Latvia, it helps to understand what exactly will be the result of these changes “- Veronika Lemesevska, Latvia

“Nice and smart people with the same problems from their society, but all of them with di erent point of view” – Èva Mazzag, Hungary

“A super opportunity to hear about good prac ce across Europe” Alun Flynn, United Kingdom

“I learnt a lot about di erent cultures and how this impact on the supports provided to people with disabili es. We can all learn so much from each other that will lead to be er supports in the future” Aus n O’Sullivan, Irland

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[formação pro ssional]

A Escola Pro ssional de Rio Maior integra, pela primeira vez, uma parceria mul lateral entre escolas, no âmbito do programa Comenius, que aguarda uma decisão da Agência Nacional do Programa Aprendizagem ao Longo da Vida.

Construído a partir de contactos estabelecidos durante uma visita de estudo realizada na região de Hannover, pelo Diretor Pedagógico da EPRM, o projeto MOB-Y consolida uma parceria europeia a desenvolver por cinco países (Alemanha, Polónia, França, Suécia e Portugal), que pretende ampliar o conhecimento e a consciência da comunidade escolar em torno da mobilidade e dos modos de transporte em áreas rurais e urbanas, superando alguns dos atuais con itos socioeconómicos e ecológicos.A proposta visa incentivar alunos e professores a abordar a questão da mobilidade do ponto de vista técnico, social e económico e a angariar soluções que possam garantir a mobilidade sustentável dos cidadãos europeus (tendo em conta os modos de transporte, a sua frequência, infraestruturas existentes e custos, superando as limitações dos atuais sistemas de transporte (tendo em mente os seus custos sociais e os impactos sobre o meio ambiente).

EPRM integra parceria multilateral com projeto sobre mobilidade sustentável

As preocupações face à crescente escassez de recursos reforçam as possibilidades do projeto, que poderá ser um excelente instrumento para repensar não só as possibilidades, mas também as limitações associadas aos diferentes pos de combus vel, baterias e e-carros, entre outros elementos ligados à mobilidade de pessoas e bens.O projeto terá a duração de dois anos (2013-2015) e prevê a criação de doze unidades de formação que integram estas temá cas e reforçam as competências dos alunos na resolução de problemas, incen vando-os a fazer uso de seus conhecimentos técnicos. Em caso de aprovação, o primeiro encontro transnacional terá lugar em Portugal, sob coordenação da Escola Pro ssional de Rio Maior, e deverá envolver uma parte substancial da comunidade escolar e parceiros sociais ligados às áreas técnicas do projeto (mecânica, eletricidade, eletrónica, comércio, marke ng, entre outras).

João Paulo Colaço

Wolfgang Hertmann, Diretor Pedagógico da Escola Eugen Reintges Schule hameln, Alemanha

Revista EPRM # 21 | 37

[ formação pro sional ]

Virtualizar é a técnica de separar so ware aplica vo e sistema operacional dos componentes físicos (hardware). Existem diferentes pos de virtualização, a virtualização de hardware, a virtualização de apresentação e a virtualização de aplica vos. Para entender o conceito, deve-se traçar um paralelo entre o que é real e o que é virtual. Algo real terá caracterís cas sicas, concretas; já o virtual está associado àquilo que é simulado, abstrato. A virtualização cria um ambiente virtual que simula um ambiente real, propiciando a u lização de diversos sistemas e aplica vos sem a necessidade de acesso sico à máquina na qual estão a usar.Com a virtualização os u lizadores que usavam apenas uma parte do recurso das máquinas nos seus postos de trabalho (apenas um parte dos discos, das memórias, dos processadores, etc…), passam a ter os recursos distribuídos pelo servidor, o que se traduz num melhor aproveitamento dos recursos e na redução da intervenção de mão-de-obra técnica.Vantagens da VirtualizaçãoSegurança: Usando máquinas virtuais, pode ser de nido qual é o melhor ambiente para executar cada serviço, com diferentes requerimentos de segurança, ferramentas diferentes e o sistema

operacional mais adequado para cada serviço. Além disso, cada máquina virtual é isolada das outras. Con ança e disponibilidade: A falha de um so ware não prejudica os demais serviços e permite a redução de falhas de hardware.

Um Ambiente Real Virtualizado…Custo: A redução de custos de manutenção e subs tuição de hardware. Melhor e cácia energé ca, menos intervenções técnicas. Adaptação às diferentes cargas de trabalho: Variações na carga de trabalho podem ser tratadas facilmente. Ferramentas autónomas podem transferir recursos de uma máquina virtual para a outra.Balanceamento de carga: Toda a máquina virtual está encapsulada no VMM (Virtual Machine Monitor). Sendo assim, é fácil trocar a máquina virtual de plataforma, a m de aumentar o seu desempenho.Suporte a aplicações: Quando uma empresa decide migrar para um novo Sistema Opera vo, é possível manter o sistema opera vo an go sendo executado em uma máquina virtual, o que reduz os custos com a migração.

Desvantagens da “Virtualização”As desvantagens da virtualização, não são propriamente desvantagens, uma vez que, na realidade o que existe é um upgrade tecnológico aos sistemas e às tecnologias de informação, assim sendo temos: Implementação: Necessidade de iden car com os obje vos pretendidos; necessidade de conhecimentos técnicos de sistemas opera vos, sistemas de aplicação, hardware e redes.Servidor: Necessidade de upgrade ao servidor (processador, RAM, discos), necessidade de redundância (fontes, discos, processador).Data Center: É preferencial aos sistemas centrais (servidor), caso se encontrem em ambiente isolado, clima zado e com corrente elétrica estabilizada.

João Inez

38 | Revista EPRM # 21

Revista EPRM # 21 | 39

[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE

Nos últimos 30 anos Portugal perdeu cerca de um mi lhão de jovens, entre os zero e os catorze anos, e ganhou cerca de 900 mil idosos (pessoas com mais de 65 anos). Sendo o índice de envelhecimento da população, de 129%, o que significa que por cada por cada 100 jovens há hoje 129 idosos. Com o envelhecimento da população, as n e c e s s i d a d e s d e recursos humanos são crescentes na área da saúde, mas não precisamos apenas de médicos e enfermeiros, precisamos de outros pro ssionais, com formação adequada, que façam a ponte entre estes e os utentes, para se poder aumentar a qualidade dos cuidados de saúde prestados. Tendo em conta estas necessidades, a Escola Pro ssional de Rio Maior, abriu no corrente ano le vo o Curso de Técnico Auxiliar de Saúde, des nado a jovens com interesse pela área de saúde. O Técnico Auxiliar de Saúde é o pro ssional que, sob a orientação de pro ssionais de saúde com formação superior, auxilia na prestação de cuidados de saúde aos utentes, na recolha e transporte de amostras biológicas, na limpeza, higienização e transporte de roupas, materiais e equipamentos, na limpeza e higienização dos espaços e no apoio logís co e administra vo das diferentes unidades e serviços de saúde.

Assim sendo, resumidamente, o técnico auxiliar de saúde, tem como principais a vidades:- Auxiliar na prestação de cuidados aos utentes, de acordo com orientações do enfermeiro;- Auxiliar nos cuidados post-mortem, de acordo com orientações do pro ssional de saúde;- Assegurar a limpeza, higienização e transporte de roupas, espaços, materiais e equipamentos, sob a

orientação de pro ssional de saúde;- Assegurar a vidades de apoio ao funcionamento das diferentes unidades e serviços de saúde;-Auxiliar o profissional de saúde na recolha de amostras biológicas e transporte para o serviço adequado, de acordo com normas e/ou procedimentos de nidos.

Estes futuros técnicos auxiliares de saúde, carão habilitados a desempenhar funções em diversos locais, nomeadamente: -Hospitais Públicos e Privados;-Centros de Saúde;-Consultórios Médicos;-Clínicas;-Lares de Terceira Idade;-IPS´s/Centros de Acolhimento e Residência de Crianças;-Domicílios…Sendo este um curso que faz todo o sen do nos dias de hoje, desejo, sinceramente que as alunas que iniciaram o curso, con nuem empenhadas em adquirir mais conhecimentos na área da saúde, para que, daqui a dois anos, tenhamos mais profissionais de saúde qualificados, a prestar cuidados de qualidade, uma vez que apostar na quali cação e formação dos pro ssionais de saúde é apostar na qualidade dos cuidados de saúde prestados.

Patrícia Vaqueiro

Técnicos Auxiliares de Saúde – Uma aposta na Saúde

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CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

[ em formação ]

Decorrida já a primeira década do século XXI, e quase sem nos darmos conta da velocidade ver ginosa a que correram os ponteiros do relógio, con nuamos envoltos num mundo de progresso e tecnologia que evolui a cada minuto que passa, que se constrói de uma forma cada vez mais minuciosa, como uma escada que começou a ser construída desde os tempos mais remotos e cujos úl mos degraus ninguém ainda vislumbrou.No nosso quo diano, as nossas ações mais banais implicam o uso da tecnologia, mas para isso, importa não esquecer que a Eletricidade tem um papel preponderante. Basta pensar na elaboração da presente Revista e no modo como foi a nal possível concebê-la até surgir esta versão escrita. Como é que artigos foram redigidos num computador? Como é que se imprimiram as páginas? Como é que se produziu este formato? Como é que se fabricou o papel e a nta? Uma imensidão de questões poderia surgir, mas a resposta para todas elas é apenas uma: a Energia Elétrica.No Curso Técnico de Instalações Elétricas, aprende-se / ensina-se a conhecer e a controlar essa “força da natureza” que tanto nos dá, que está à distância de um clique e sem a qual atualmente não concebemos as nossas vivências. Assim, com a u lização de recursos práticos e aquisições legais, fundamentam-se ideias e soluções com vista ao desenvolvimento crítico e criam-se projetos, perspe vando sempre despertar nos jovens um espírito de entreajuda e desa o para a concre zação de obje vos. Como dizia um grande mestre educador de jovens (Badden Powell), devemos “aprender fazendo” e é isso que

A LUZ que nos ilumina

se procura incu r aos alunos, através de aulas técnicas com uma componente essencialmente prá ca onde, para além da execução, estes se preocupam com a conceção de projeto, seleção de materiais e opções que melhor se adequam à execução dos obje vos.

Mas a concre zação de projetos e a materialização de ideias não surge apenas ao nível da sala de aula / o cina, não se restringe ao espaço EPRM; para além dos projetos executados em o cina (equipada de acordo com as exigências do curso), tem sido solicitada a par cipação dos alunos do Curso de Instalações Elétricas para executar projetos no exterior, nomeadamente na cidade de Rio Maior (como foi, por exemplo, o caso da árvore de Natal junto à Câmara Municipal). Ao nível da Escola, o seu contributo tem sido igualmente precioso, no apoio à elaboração de projetos realizados pelos outros cursos da escola, onde é necessário executar uma parte elétrica ou até a adaptação mecânica elétrica, sob os mais variados temas.

Como se costuma dizer “há sempre uma luz ao fundo do túnel” e resta-me esperar, e fazer por isso obviamente, que os alunos do Curso de Instalações Elétricas se sintam constantemente mo vados e, decorridos os três anos, consigam descobrir a “sua luz” e serem bem-sucedidos.

Cristóvão Oliveira

Revista EPRM # 21 | 41

[ em formação]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO ENERGIAS RENOVÁVEIS - SISTEMAS SOLARES

A cada dia que passa somos cada vez mais os habitantes e u lizadores deste maravilhoso Planeta Azul, sem muitas vezes pararmos para pensar como é que ele aguenta com tantas solicitações!Poderíamos pedir a cada um de vós que imaginasse o seu espaço, que u liza e percorre sem grandes di culdades. Agora imaginem que a porta abre e vão entrando cada vez mais pessoas até que não consiga entrar mais ninguém! Apertados, cansados e sem recursos!Isto é o que estamos a fazer à Natureza…ao nosso Planeta Azul!Estamos a sobrecarregá-lo, com a agravante de consumirmos os seus recursos sem lhes dar tempo a que reponham o “stock”!Pouco a pouco as mentalidades têm vindo a ser alteradas e os cuidados ambientais uma realidade vivenciada dia a dia. Desde cedo se começa a sensibilizar os jovens e crianças para os cuidados e formas de respeitar a Natureza.As Energias Renováveis começaram a ocupar um lugar de

A natureza chama por nós!

destaque nas vidas de cada um! U lizar as fontes energé cas inesgotáveis que temos, o Sol e o Vento por exemplo, dando descanso a todos as outras para que possam recuperar é uma das soluções.No entanto, para que estas energias possam ser corretamente u lizadas e aplicadas são necessários técnicos especializados nas suas áreas. Esta é a vossa oportunidade!Os tempos não são dos mais fáceis, mas temos que con nuar a acreditar que melhores dias virão e com eles as necessidades de técnicos formados e especializados, quer seja no nosso país ou mesmo em outros. Onde a necessidade e a aventura vos chamar!Alguns de vós questionar-se-ão acerca do futuro, de que resultados terão de todo este esforço. Pois posso dizer-vos que sem esforço é que não conseguirão a ngir nenhum dos vossos obje vos!Acreditem em vós, tal como eu acredito!Lutem, esforcem-se e o futuro será melhor que o esperado!

"Deixe o Mundo um pouco melhor do que o encontrou!” (Sir Baden Powell – Fundador do Escu smo)

Claúdia Solange Gomes

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO

Nas úl mas décadas veri cou-se uma diminuição do número de jovens cuja opção é o ensino profissional. Apesar de recentemente, começar a assistir-se a uma inversão desta tendência, é importante reforçar a relevância deste po de ensino para o setor empresarial.As empresas portuguesas têm di culdade em encontrar recursos humanos especializados em áreas que vão desde a automação até à metalomecânica, sendo estas áreas de conhecimento altamente valorizadas e necessárias no sector industrial.O número de técnicos com cursos pro ssionais vs. o número de técnicos com cursos superiores é signi ca vamente mais elevado em países mais industrializados, nomeadamente a Alemanha, quando comparado com a realidade nacional e este dado re ete-se depois na compe vidade da indústria nacional.Quando um aluno opta, no nal do 9º ano de escolaridade por enveredar no ensino pro ssional, está a abrir portas a uma potencial carreira de sucesso nesta área sem, no entanto, fechar as portas ao ensino superior, dado que no nal do curso obtém equivalência ao 12º ano (escolaridade obrigatória) podendo

ainda optar por essa via de ensino, caso assim o decida.No entanto, não basta só atrair mais jovens alunos para este po de ensino. É também essencial apostar na melhoria con nua da estrutura dos cursos pro ssionais. Essa melhoria deverá passar pelo:• Aumento da carga horária da componente de estágios pro ssionais, que deveriam começar tão cedo quanto possível no plano de curso, para que, o aluno seja, desde logo, confrontado com as exigências e desa os do mercado de trabalho;• Maior rigor no que diz respeito à de nição de obje vos do estágio, prazos para apresentação de resultados, cumprimento dos horários conforme de nido com a empresa, etc.Na atual conjuntura económica, onde a versatilidade, flexibilidade e o conhecimento especializado são cada vez mais indispensáveis para fazer face aos desa os do mercado de trabalho, o ensino pro ssional é uma aposta crucial para o crescimento do tecido empresarial do nosso país.Fizeram uma boa escolha!

Luís Gonçalves

A importância do ensino pro ssional no desenvolvimento económico do nosso país

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL

Metade do caminho está percorrido, outra metade vos espera!Quase sem darmos por isso, o curso vai a meio e em breve o mercado de trabalho aparecer-vos-á como uma realidade necessária e urgente.

Neste início de ano le vo veram a oportunidade de visitar um país (Alemanha) em crescimento assim como empresas, onde a realidade pro ssional se apresenta de um forma mais abrangente e ca vante para jovens acabados de formar e com vontade de crescer!

A incerteza do dia de amanhã obriga-nos a olhar para mais longe e fora dos nossos limites de forma a conseguirmos encontrar e garan r o nosso lugar! Não será fácil o caminho que terão que percorrer mas, de facilidades nunca resultou nada de bom, por isso, arregacem as mangas e esforcem-se de forma a garan r que serão os melhores Técnicos no desempenho das vossas funções.Tal como sempre vos digo, acredito em vós, mesmo naqueles casos mais “especiais”. Mas já deram imensas provas de que a minha con ança tem razão

de ser e que quando realmente o desejam, vocês conseguem ir mais além.Não desistam, não desmoralizem, nem pensem em recorrer à lei do menor esforço no vosso dia-a-dia, pois o futuro só será daqueles que lutarem por ele e que realmente o queiram! Este ano realizarão o vosso primeiro estágio, o momento por que tanto anseiam. Será uma excelente altura para desenvolverem mais competências e encontrarem a área onde melhor se integram.

A área da Manutenção é uma área vasta e cheia de especialidades. Escolham aquela com a qual mais têm empa a, desenvolvam os vossos conhecimentos e partam à aventura! Os momentos mais di ceis serão compensados pela alegria e prazer de ver um trabalho concluído e bem feito!

“Se ver o hábito de fazer as coisas com alegria, raramente encontrará situações di ceis.” (Sir Robert Baden-Powell)

Cláudia Solange Gomes

Vontade de Vencer!

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE TRANSPORTES

A área dos Transportes é muito importante para o desempenho da economia Nacional e um Grande potenciador de emprego e valor acrescentado (crescimento económico).Para além deste facto, este ramo assume um papel social, tendo grande in uência/impacto na vida das pessoas em geral.O Setor dos Transportes apresenta uma expressão de 4% do PIB Nacional, empregando cerca de 150 mil pessoas (3% da população a va em Portugal).

Este setor está numa fase de transformação ou de adaptação: A par r de 2019, o enquadramento legal do serviço público irá alterar. Os operadores passarão a ter que lidar com a contratualização, o que signi ca maximizar a sua qualidade de serviço assente em três pilares fundamentais.

No fundo, cada operador de transportes públicos terá de fazer melhor e mais, com menos, ou seja, abordar o mercado pelo caminho mais curto (não esquecendo a concorrência).O mercado deixou de aceitar o preço da forma convencional, ou seja, as empresas calculavam os seus custos xos, somavam-lhe os custos variáveis e mediante uma MB constante, apresentavam o PVP nal. Esta modalidade acabou e cada vez mais o mercado determina o preço de venda do produto e, desta forma, as empresas terão que ir para “dentro de casa” trabalhar os seus custos de produção no sen do de ganhar determinado negócio, ou então, perdê-lo para quem seja mais compe vo.

O cliente de hoje não é o cliente de ontem, e claramente não será o de amanhã. A exigência deste é cada vez maior e as expeta vas de cada serviço de transporte estão a aumentar. Cabe a cada uma das empresas tomar as medidas que achar necessárias para superar as mesmas expeta vas. Não tenhamos

dúvidas que o cliente avaliará estas medidas tomadas através da apreciação da qualidade de serviço e apresentará o seu veredito nal (só irão sobreviver as empresas que forem ao encontro do

que o cliente quiser e como quiser) – desenganem-se todas as outras que con nuam a fazer “o que acham que o cliente quer”, porque sempre o zeram...

É neste enquadramento que a escola EPRM poderá ter uma importância relevante.

As empresas necessitarão de quadros técnicos com conhecimento das matérias, mas também com capacidade de querer fazer diferente, pensar diferente, ou seja, irreverência de atuação (logicamente balizada por cada empresa em função da sua polí ca).Um aluno que termine a sua formação técnica em Transportes, na EPRM, está apto a colocar em prá ca os conteúdos técnicos das disciplinas frequentadas, dependendo depois da a tude cada um para lhe acrescentar valor através da humildade e querer, crescendo enquanto pro ssional – tudo o resto virá por acréscimo (serão eles a determinar o caminho que querem fazer, de que forma o querem fazer e em que condições o querem fazer).

Aos atuais alunos:Os meus (permitam-me esta referência) alunos que atualmente frequentam o Curso Técnico de Transportes irão ter durante o mês de maio a primeira experiência em contexto de trabalho numa empresa / organização. Não poderia deixar de lhes desejar boa sorte, embora, como lhes tenho transmi do nas aulas: “A sorte dá muito trabalho a alcançar…”: Nunca abandonem esta palavra – TRABALHO (associado a muita humildade durante a aprendizagem).

Aos futuros alunos:Por tudo o que está exposto no texto até aqui relatado, as empresas de transportes estão “a arrumar a casa”, para poderem ser mais compe vas:1) Diagnós co das redes atuais;2) Viabilidade das mesmas;3) Análise do negócio por segmento de mercado/produto;4) Formação de Recursos Humanos para nova

Transportes – Rumo a 2019

Revista EPRM # 21 | 45

[ em formação ]

abordagem;5) Focalização de inves mento em áreas chave da empresa;6) Inves mento em Saber Fazer BEM.

Aqui surge a vossa oportunidade numa altura que todos conhecemos como di cil. A EPRM tem experiência comprovada em cursos pro ssionais desta natureza e acima de tudo com resultados muito posi vos ao nível da taxa de empregabilidade dos seus nalistas.A área de transportes é uma área apaixonante. Quem entra nela, di cilmente consegue sair da mesma. Quem ver uma a tude posi va, gostar de fazer coisas diferentes todos os dias, ter desa os constantes, gerir expeta vas, quem gostar de solucionar problemas e, acima de tudo, propor soluções pensadas por si, deve estar no ramo de transportes.

Queres um futuro no ramo de Transportes?Inscreve-te.

Paulo Renato

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO FRIO E CLIMATIZAÇÃO

Quando em 2011 aceitei o desa o de coordenar uma turma de Ensino Pro ssional, mais propriamente o Curso Pro ssional de Técnico de Frio e Clima zação, -lo consciente de que o desa o que me propunham não era tarefa fácil, antes pelo contrário, nha pela frente um trabalho aliciante. Como “moldador de

almas”, teria que coordenar a motivação e formação quer técnica, quer pessoal de vinte formandos, que se apresentavam para cumprir uma formação específica numa área técnica altamente especializada e bastante atra va, apresentando-se como uma das áreas a nível mundial com dé ce de pro ssionais com formação especí ca.

O Técnico de Frio e Clima zação é o pro ssional quali cado apto a organizar e a coordenar, com base nos procedimentos e técnicas adequados, o plano de fabrico, a instalação e a montagem dos sistemas de frio e clima zação, bem como a conservação, reconversão e assistência técnica de sistemas, com vista à melhoria da sua condição funcional, de acordo com as normas, os regulamentos de segurança e as regras de boas prá cas aplicáveis.

Após a conclusão do ciclo de formação, estes técnicos de nível IV estarão aptos a coordenar os recursos envolvidos num trabalho; executar a montagem de equipamentos mecânicos de frio, ar

condicionado e ven lação; testar e ensaiar os equipamentos, corrigindo as deficiências; diagnosticar e reparar avarias dos sistemas de aquecimento, ven lação, ar condicionado e refrigeração; par cipar em projetos e execução de novas soluções para linhas de produção e processos de fabrico, no campo do frio e refrigeração; executar planos de manutenção preven va dos equipamentos de refrigeração ou a ns; u lizar so ware de apoio a esta área, para projeto e desenho, gestão de exploração e manutenção de instalações de frio e clima zação; modi car os sistemas de refrigeração e clima zação a m de melhorar o seu rendimento e abilidade, de acordo com um projeto de alterações e ainda elaborar relatórios técnicos.Com a caminhada a meio, segue-se a primeira Formação em contexto de trabalho (estágio) para os formandos, que assim terão um contacto mais direto com a realidade do mundo laboral que os espera à saída do curso.

A caminhada até aqui tem sido recheada de escombros, mas com a coesão, empenho, vontade, bom senso e pro ssionalismo, demonstradas por todos os intervenientes no processo, vão aos poucos sendo removidos até à chegada, daqui a ano e meio, que se quer e vai ser, com certeza, vitoriosa.

Luís Santos

A caminho do sucesso…

Revista EPRM # 21 | 47

[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A QUALIDADE da formação de pro ssionais nas áreas técnicas (e não só) está sempre ligada às condições de ensino e à aproximação tão rigorosa quanto possível da formação às reais condições de trabalho. Isso obriga à existência de meios e materiais adequados e tecnicamente atualizados.

O ensino da eletricidade é um dos casos onde mais se faz sen r esta necessidade, pois as condições reais do trabalho são muito variadas, e só o esforço e a boa vontade de todos os elementos empenhados na formação não é su ciente.A EPRM tem vindo a inves r largamente na criação destas condições, com a plena consciência de que se não forem aproveitadas as atuais oportunidades para dotar a escola dos meios e condições adequados, poderemos estar a atrasar-nos irremediavelmente e a criar uma situação de di cil recuperação no futuro. Não podemos esquecer que, hoje em dia, a técnica evolui num mês, o que há quarenta anos demorava dez anos.

A QUALIDADE dos nossos formandos não é negociável e os recentes sucessos nos estágios efetuados no estrangeiro de alguns deles são disso

a prova inques onável.Nesta ótica, foi recentemente aprovada a construção de uma CASA DE MADEIRA, onde os alunos das várias áreas possam no presente e no futuro reproduzir instalações elétricas de utilização doméstica e industrial, instalações de comunicações, climatização, aplicação de soluções de domó ca e de energias renováveis, canalizações, etc.Esta casa, projetada na EPRM, está a ser totalmente construída pelos alunos dos diferentes cursos técnicos o que acrescenta à sua formação regular e especí ca, outras valências como trabalhos de Construção Civil, Pintura, Técnicas de Nivelamento e Traçado em Super cie, etc., etc…

Formação nunca é de mais e já diz o ditado “O SABER NÃO OCUPA LUGAR.”Aos que este ano terminam o seu curso, os meus votos das maiores Felicidades.

José Oliveira

Oportunidades para uma formação de qualidade!

48 | Revista EPRM # 21

[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO GESTÃO E PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS

Olhamos em nosso redor e vemos uma azáfama saudável. Olhamos em frente e vemos a meta, o nosso obje vo. Olhamos para trás e vemos um longo percurso de barreiras superadas.

Onde estamos? Bem, a resposta é simples. Estamos na reta nal deste ciclo de formação 2010-2013. Em redor, assis mos

deslumbrados às apresentações e defesas de Relatórios de Estágio, ao desenvolvimento a todo vapor dos Projetos de Ap dão Pro ssional e presenciamos a conclusão dos úl mos módulos, numa azáfama saudável, a va, diver da, onde cada um sabe perfeitamente o seu lugar. Esta é a nossa escola, uma escola dinâmica, com vida e personalidade própria. Mas, neste momento em que escrevo este ar go, também faço um balanço mental deste triénio que passou rapidamente, da evolução que zeram, dos conhecimentos que foram adquirindo, das barreiras ultrapassadas, ou seja, um balanço muito posi vo. Estou-vos grato por tudo.

The nal goal is already there

Vós, alunos do Curso Pro ssional Técnico de GPSI estais aptos a enfrentar e vencer no mercado laboral. Estão prontos a integrar equipas de planeamento, de desenvolvimento, de comercialização de soluções informáticas, de manutenção e de outros serviços da área IT. Vocês sabem: gerir parques informáticos, gerir redes de dados/comunicação, instalar, configurar e administrar hardware e software, planear, desenvolver e manter programas e aplicações informá cas, planear, desenvolver e gerir Web Sites e aplicações mul média e desenvolver jogos (Game Development), entre outras capacidades. Independentemente das vossas opções futuras lembrem-se que, conhecimentos básicos, médios ou avançados em IT, são um fator de diferenciação no mercado laboral e a esmagadora maioria do tecido empresarial, necessita de vós - Técnicos de IT.

A todos, desejo um promissor futuro quer pro ssional ou pessoal e relembro-vos que a Sorte também se procura…

Jorge Silva

Revista EPRM # 21 | 49

[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO ENERGIAS RENOVÁVEIS - SISTEMAS EÓLICOS

Assim como a energia hidráulica, a energia eólica é u lizada há milhares de anos, com a mesma nalidade: bombeamento de água, moagem de grãos e outras aplicações que envolvem energia mecânica. Para a geração de eletricidade, as primeiras tenta vas surgiram no final do século XIX, mas somente um século depois, com a crise internacional do petróleo (década de 70), é que houve interesse e inves mentos su cientes para viabilizar o desenvolvimento e a aplicação de equipamentos em escala comercial.O primeiro aerogerador comercial ligado à rede elétrica pública foi instalado em 1976, na Dinamarca.O custo dos equipamentos, que era um dos principais entraves ao aproveitamento comercial da energia eólica, caiu muito entre os anos 80 e 90, e atualmente ainda são mais baratos sendo que os custos de implantação, operação e manutenção variam de acordo com o país e a existência ou não de subsídios.Os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos (sistemas avançados de transmissão, melhor aerodinâmica, estratégias de controle, e manutenção dos aerogeradores, etc.) têm reduzido o custo e melhorado o desempenho e a con abilidade dos equipamentos.Espera-se, e apesar de já ser muito u lizada, que a energia eólica venha a ser muito mais compe va economicamente nos próximos anos, dando a possibilidade de mais pessoas adquirirem microgerações de energia eólica.

Por um futuro melhor…

E é aqui que os nossos alunos vão entrar, pois irão ser peças chaves no mercado das Energias Renováveis com par cular destaque para a energia eólica.Os nossos alunos ao longo do seu processo de formação desenvolveram competências que os deixaram aptos a realizar tarefas, tais como:• Assegurar a manutenção dos sistemas eólicos de acordo com os planos de manutenção de nidos, e após a intervenção efetuarem ensaios a m de assegurar o seu bom funcionamento.• Coordenar, supervisionar e executar a reparação de anomalias nos sistemas, veri cando as avarias ocorridas e os equipamentos e acessórios dani cados e providenciando a sua reparação ou subs tuição.• Montagem, manutenção e reparações de painéis solares de aquecimento de águas.• Montagem, manutenção e reparação de sistemas fotovoltaicos.Os alunos do curso de Energias Renováveis - Sistemas Eólicos, estão ainda aptos a fazer a montagem, manutenção e reparação de sistemas de ar condicionado, aquecimento de moradias por piso radiante a água, manutenção de bombas de calor, etc.

A formação destes jovens na Escola Pro ssional de Rio Maior é mo vo de orgulho e é uma mais-valia para eles, para a região e para o País.

Mário Sousa

50 | Revista EPRM # 21

[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

O Turismo é uma das mais importantes a vidades da nossa economia, as suas receitas representam uma percentagem muito signi ca va do PIB (Produto Interno Bruto). Apesar de atravessarmos uma época de recessão económica, o turismo há muito tempo (desde os nais da década de 50) que passou a ser visto como algo que faz parte do modo de vida das pessoas, passou a ser uma necessidade, uma a vidade de massa e não um luxo.Segundo dados da Organização Mundial de Turismo , Portugal ocupava em 2011 (úl mos dados disponíveis), o 10º lugar no Top 15 Europa ao nível das receitas internacionais do turismo, com valores na ordem dos 8,1 Mil Milhões de Euros.Segundo dados de 2010 do Ins tuto Nacional de Esta s ca (INE), a Balança Turís ca Portuguesa apresentou uma evolução posi va signi ca va com uma taxa de crescimento de 11,0% rela vamente ao ano anterior.Devido a diferentes fatores, Portugal é um país com caracterís cas únicas e estratégicas para o turismo, em termos climatéricos, geográ cos, históricos e apesar de tudo é considerado um país seguro com uma riqueza natural, patrimonial, histórica e gastronómica fascinantes e que ca vam desde logo quem nos visita. No entanto, e paradoxalmente é um país que tem apostado pouco, quando comparado com outros nesta área e principalmente na formação dos pro ssionais desta área.

Turismo, um mundo de oportunidades por explorar

Neste sen do, a Escola Pro ssional de Rio Maior, sempre atenta às variáveis que cons tuem a sua envolvente, encontrou aqui uma oportunidade para contribuir na formação de competências técnicas dos operacionais desta área. Será com certeza essa a razão pela qual vai con nuar a apostar na formação e reforço de competências de pro ssionais na área do Turismo, abrindo novamente o curso no ano le vo de 2013/2014.Este ano, termina o Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural, ciclo de formação 2010/2013, altura de muito trabalho mas também de consolidação de conhecimentos a demonstrar na realização da Prova de Ap dão Pro ssional (PAP). É de louvar o empenho e pro ssionalismo que a generalidade dos jovens colocam na realização deste projeto, que se pretende seja integrador de todos os conhecimentos adquiridos ao longo do ciclo de formação.Antes de terminar, não posso deixar de referir a importância dos dois estágios realizados e que muito contribuíram para a formação destes jovens.Para concluir, desejo a todos, muito sucesso e felicidades pessoais e pro ssionais.

Maria João Maia

(WTOnov.2012)

INE-Esta s cas do Turismo 2010-Edição 2011

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