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Coimbra, centro de congressos do CHUC-HUC, 17 de maio de 2016 RESUMO E CONCLUSÕES Lúcio Meneses de Almeida Assistente graduado da carreira especial médica/Saúde Pública Assessor do Conselho Diretivo

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Coimbra, centro de congressos do CHUC-HUC, 17 de maio de 2016

RESUMO E CONCLUSÕES

Lúcio Meneses de Almeida Assistente graduado da carreira especial médica/Saúde Pública

Assessor do Conselho Diretivo

Resultados de inquérito sobre prevenção e controlo da infeção Estudo exploratório (ERPI e UCCI) promovido pela APIH/ARSC

Envelhecimento demográfico: quantidade versus qualidade de vida (dependência/incapacidade).

600.000 idosos em Portugal com algum nível de dependência > importância dos serviços de saúde e

apoio social > risco de infeção (prevenção e controlo) como indicador de qualidade assistencial

Questionário estruturado baseado nos 10 items de precauções básicas de controlo da infeção

Inquirição de 3 ou mais elementos por instituição

Resultados globalmente satisfatórios

Formação (80% profissionais) versus formação regular (53%)

Higiene das mãos: “apenas” 10% não conhecem os 5 momentos

Limitações quanto à validade do estudo (amostragem de conveniência, estudo de “opinião” através de

questionário autoaplicado) > ponto de partida para um estudo representativo com um grau de

evidência/validade mais elevado

Discussão: translação do conhecimento numa prática diária consequente

“Amigos perigosos e inimigos amistosos” (Dr Eugénio Cordeiro, ARSC/DSP)

Microbioma humano: uma parceria forçada desde o nascimento. Ser humano como um “tubo” cheio de

microorganismos.

Visualização de um filme homónimo (locução: Enfª Gabriela Lopes)

Vias de transmissão das infeções (Drª Graça Rocha, CHUC-HP)

Ambiente intra-uterino estéril: colonização através do canal de parto (“o momento mais trágico da nossa

vida”). As comunidades (macro e microbiana) modificam-se e há que percebê-lo em tempo de “paz”.

Por cada célula humana há 10 células microbianas. Convivência sã (pele, mucosas…).

Há que cuidar do “jardim” (flora) microbiana. Prevenir para não ter que tratar as infeções.

Emergência do arsenal terapêutico antimicrobiano há menos de 100 anos/emergência de resistências aos

antimicrobianos.

Evolução microbiana > partilha de informação (comunicação da resistência aos antimicrobianos). Os vírus

das próprias bactérias (bacteriófagos).

Novas tecnologias > novas vias de transmissão de infeção (eg. telemóveis com écran tátil).

Determinantes das infeções (fatores de risco): prematuridade/imaturidade imunitária,

envelhecimento/senescência imunitária…).Suscetibilidade individual como fator “crítico” (idades

extremas).

Vias de transmissão (direta e indireta). Transmissão interpessoal. Transmissão por via alimentar (água e

alimentos).

Sessão de abertura: 11h00

Presidente do Conselho Diretivo da ARS Centro (em representação de S.E. o Ministro da Saúde)

Diretor Nacional do PPCIRA (em representação do Senhor Diretor-geral da Saúde)

Enfermeiro-diretor do Conselho de Administração do CHUC

Presidente da Direção da APIH

Melhoria inequívoca dos indicadores de saúde > quantidade e qualidade de vida.

Controlo da tuberculose enquanto problema de saúde pública nacional > diminuição da incidência mas maior tempo de diagnóstico dos casos incidentes (instabilidade dos profissionais/recursos humanos das consultas de TB)

Determinantes de saúde associados a estilos de saúde: elevada prevalência de comportamentos associados a doença crónica (tabagismo, sedentarismo, alimentação nutricionalmente desequilibrada). Cronicidade da infeção VIH/Sida e controlo da sua incidência: Sida como doença crónica <>sucesso do sistema de saúde/SNS português.

Gastos em saúde em Portugal: estrutura (público-privada) da despesa. Contenção da despesa.

A saúde não é exclusiva dos profissionais e do setor da saúde: todos temos um papel a desempenhar.

Serviço Nacional de Saúde: conquista de Portugal e dos portugueses. Problemas/ameaças (saída de profissionais…) e oportunidades/soluções (literacia em saúde…).

Recursos humanos da saúde: enfermeiros como grupo profissional chave (aquisição de competências traduzida na melhoria dos cuidados). Acentuada evolução/mutação do conhecimento médico (especialização e sub-especialização: fragmentação dos cuidados) e “desestruturação” da organização carreiral médica (saída de séniores e escassez de concursos de habilitação e provimento). Motivação dos profissionais. Higiene das mãos: adesão de 70% (enfermeiros: 80%; médicos: 60%). Há que reconhecer e recompensar as boas práticas (prémios nacional e regionais do PPCIRA – a instituir pela DGS).

Gestores hospitalares essenciais ao bom funcionamento dos serviços e das instituições de saúde > gestão de proximidade.

Avaliar a saúde em Portugal é “pesar” méritos e deméritos e colocar as pessoas no centro do sistema de saúde. Querer um bom SNS não é querer o impossível!

Drª Catarina Canha, CHUC

“Plano de vigilância de estudos microbiológicos”: apresentação dos resultados do 1º trimestre de 2016

(serviço de urgência A - HUC+MDM). Revisão dos resultados microbiológicos positivos (n=924),

confirmação e eventual ajustamento de cobertura antibiótica (TSA) e comunicação institucional. Doentes

idosos, predominantemente sexo feminino, portadores de comorbilidades e a cargo da Medicina

(requisitante). Agente etiológico mais frequente: E. coli (quase 40% ).

Enf. António Coelho, ERPI “Doce Viver” (UCCI LDM)

Sedeada em Condeixa (residencial sénior + UCCI). 41 utentes com uma média etária superior a 80 anos

(85%de dependentes e grandes dependentes).

UCCI com capacidade para 19 utentes (caraterísticas semelhantes aos do lar/ERPI). “Convívio entre

pessoas e microorganismos muito intenso “(elevado número de visitas). Identificação de risco de IACS e

risco de infeções sazonais > implementação de medidas de controlo (vacinação antigripal de utentes e

sensibilização de familiares, precauções básicas, dispositivos de uso único, processamento da roupa,

implementação do HACCP, formação/sensibilização em contexto de trabalho…).

Enfª Telma Alves, “Casa de Repouso de Coimbra”

Atividade em saúde (bloco operatório e recobro), cuidados continuados de média duração e reabilitação

(25 camas) e intervenção social. Descrição de caso clínico (doente idoso, totalmente dependente, tendo

desenvolvido infeção respiratória em contexto de internamento hospitalar). Comunicação pelo GCR-

PPCIRA de infeção por Klebsiella e gestão do caso (orientações DGS-PPCIRA). Isolamento do doente ,

remoção de equipamentos dispensáveis, utilização dedicada de equipamentos e reforço de higiene das mãos (profissionais e visitas). Informação e formação dos profissionais e visitas. Plano de limpeza.

13h00-14h30: Intervalo para almoço

Higiene do ambiente

Enfª. Aldina Líbano (GCL-PPCIRA/CHBV)

Aplicação da metodologia de avaliação do risco na gestão do risco ambiental

Higiene das mãos

Enfª Susana Gonçalves (GCL-PPCIRA/HDFF)

“Mãos limpas salvam vidas”

Roupas e resíduos

Enfª Ana Garrido (GCL-PPCIRA/CHUC)

Gestão das roupas e resíduos como “ponto crítico” do controlo da infeção

Ouvir a realidade local para melhor coordenar a nível nacional. Há que translacionar o conhecimento numa prática consequente. As boas práticas comunicadas devem ser replicadas na região e no País. Dados epidemiológicos nacionais: melhoria da resistência aos antimicrobianos (MSRA et al.). Melhoria sustentada no consumo de antimicrobianos. Projeção mundial para 2050: mortes associadas estimadas em mais de 300.000 pessoas na Europa. Organização e funcionamento do PPCIRA: nacional, regional e local. Extensão às UCCI (indigitação de responsável local). Aumento da capacitação (“empowerment”), vigilância epidemiológica… RNCCI: aumento do número de internados/lotação da rede (3/4 de idosos e 97% dependentes no momento da admissão: risco elevado de IACS). Prevalência de infeção semelhante à das infeções hospitalares. Índices globais de qualidade dos processos elevados (IGQ). Taxa de adesão (higiene das mãos). Prevenção e controlo da infeção em UCCI: feridas+vacinação+infeção urinária+infeção respiratória. Necessidade de adaptação de orientações às UCCI. PAPA (Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica) nos CCI. Importância da formação (higiene das mãos/taxa de formação por categoria profissional), em especial daqueles que não participam em ações de formação > formação de formadores como estratégia efetiva. Importância de avançar com o PPCIRA dos cuidados continuados integrados, potenciando sinergias e conhecimento. Suporte às medidas locais. Imperativo ético de informar a instituição de acolhimento. Vigilância epidemiológica (infeção urinária associada ao catéter vesical…). Profissionais designados nas UCCI.

Sessão de encerramento Entrega de prémios da sessão de posters

Presidente da Direção da APIH Delegado de Saúde Regional do Centro/Diretor do Departamento de Saúde Pública (DSP) da ARS Centro Coordenador GCR-PPCIRA ARS Centro Coordenador UIPS/DSP da ARS Centro