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Pneumonias de Organização
Sidnei Rodrigues de Faria
R1-Infecto- HEM
Hospital Julia Kubitschek Serviço de Pneumologia

Entidade clínica
1- Sintomas inespecíficos
2- Achados radiológicos e patológicos típicos
3-Alteração da função pulmonar

Quadro clínico: Usualmente se desenvolve após quadro semelhante
à gripe: Fadiga, tosse não produtiva, dispnéia e perda de peso, que podem durar várias semanas.
Exame físico, a ausculta pode ser normal ou estertores podem estar presentes.
Sibilos: Pouco comuns. Baqueteamento digital: Não ocorre.

Febre Antibióticos: sem sucesso.
Laboratório: Aumento discreto da VHS e leucocitose
Função pulmonar comumente é normal ou mostra um padrão restritivo
Quadro clínico:

Pneumonias de organização
Preenchimento das estrututas com massas de tecido conjuntivo fibromixóide: Parece tecido de granualção
Alvéolos sinais de inflamação crônica:1-Celulas reativas tipo II 2- Macrófagos Xanotmatosos.

PO: Secundária
POC: Primária ou Criptogenica
Pneumonias de Organização

PO Secundária causas mais comuns:1- Pneumonias infecciosas em fase de resolução
ou organizadas;
2- Doenças do tecido conjuntivo— Lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide e polidermatomiosite;
3- Drogas: amiodarona, bleomicnia, carbamazepina, metotrexato e nitrofurantoína entre outros.

PO Secundária causas mais comuns:
4- Devido a lesões de macroaspiração ou aspiração crônica;
5- Doenças e neoplasias hematológicas;
6- Radioterapia para neoplasias: mama, pulmão e linfoma e pode ser encontrada adjacente a lesões neoplásicas de pulmão;
7- Transplante de órgãos

PO Secundária causas mais comuns:
8- Exposição ambiental ou ocupacional: corante em aerosol em fábricas de tapeçarias,
fumaça de incêndios, fabricação de alimentos com aroma de especiarias, óleo de parafina aquecido, almofadas e edredons de pena de ganso);
9- Associada a doenças inflamatórias intestinais
10- PO sazonal associada à colestase hepática.

A Pneumonia Organizada Criptogênica é a forma mais comum de apresentação das
Pneumonias de Organização.
A afeta igualmente homens e mulheres Sem relação estabelecida com o tabagismo.
Formas: POC rapidamente progressiva POC focal nodular, com ótimo prognóstico

RX 1- Consolidações bilaterais: 60-90% dos casos
presença ou não de imagens em vidro fosco, de distribuição subpleural e/ou peribroncovascular.
TC O diagnóstico na TC é reforçado pela presença
de opacidades perilobulares, sinaldo atol ou do halo invertido, ou quando o padrão é
migratório.
Padrões Radiológicos

2- Massa ou nódulo pulmonar solitário ( 10-15 %) Biópsia transparietal ou biópsia transbrônquica
(BTB) mostrando PO, seguida de desaparecimento espontâneo ou após curso de corticosteroide pode estabelecer o diagnóstico.
OLHO: PO focal pode acompanhar neoplasias.

3- Infiltrado reticular Representa uma sobreposição de PO com outras
doenças intersticiais: exacerbação da fibrose pulmonar idiopática, Pneumonia Intersticial não Específica e PH crônica.
Em pacientes com achados de fibrose na TCAR e de PO na BTB, a biópsia pulmonar cirúrgica deve ser indicada na ausência de uma causa evidente, como DTC.

POC/BOOP

POC/BOOP

POC / BOOP: padrão nodular confluente
Arquivo do Dr. Nestor MullerUniv. Columbia BritânicaVancouver / Canadá

Útil na exclusão de pneumonias infecciosas e neoplasias.
Achados da LBA na POC: Alveolite mista
com predomínio de linfócitos, relação CD4/CD8 baixa e presença de macrófagos xantomatosos.
A LBA complementa os achados da BTB.
Lavagem Broncoalveolar

Quando associada a achados clínicos compatíveis, pode ser considerada suficiente para o diagnóstico
Em casos de DTC, a sobreposição de áreas de PO em conjunto com PINE confere melhor prognóstico.
O encontro de padrão de PO na BTB pode bastar para a investigação
Biopsia Transbronquica

Biópsia transparietal em lesões periféricas. Indicações: Quadro clínico-radiológico associado aos
resultados de LBA e BTB não forem suficientes;
Presença de exposição relevante para PH; Em pacientes com achados de PO na BTB,
mas sem resposta a curso de corticosteroide.
Biopsia a céu aberto: Padrão Ouro

Em pacientes idosos Debilitados Se houver contraindicação para a realização
dos procedimentos diagnósticos
Teste Terapêutico

1-Observar: sintomas leves e achados radiológicos e funcionais discretos;
A remissão espontânea é rara: tratar.
2- Tratamento padrão corticosteroides: Rápida melhora clínica, radiológica e
funcional.
Tratamento

Prednisona: inicia-se com 0,5-1,0 mg/ kg por dia. Paciente estável ou se houver melhora, a dose é gradualmente reduzida em 4-6 semanas.
Metilprednisolona i.v. 60 mg a cada 6 h por 3-5 dias deve ser tratamento inicial em paciente com quadro grave e rapidamente progressivo.
Tratamento

Macrolídeos podem ser usados para pacientes que não podem receber corticoterapia: Resultados não convincentes.
Previne recaídas sequenciais?
Tratamento

Imunossupressores: Quando a resposta ao corticosteroide é pequena,
na impossibilidade de uso de doses elevadas ou na presença de achados associados de fibrose.
Drogas: azatioprina, ciclosporina, ciclofosfamida ou micofenolato de mofetil.
Tratamento

6-12 meses Recaídas Em uso de prednisona até 20 mg/dia,:
prognóstico é excelente. Em uso de doses ≥ 40 mg/ dia, deve-se
rever a TCAR, e a biópsia pulmonar cirúrgica deve ser considerada.
Seguimento

http://www.jornaldepneumologia.com.br/PDF/Suple_209_71_completo_SUPL02_JBP_2012_.pdf . Diretrizes de doenças pulmonares intersticiais da SBPT.
www.uptodate.com: idiopathic intersticial pneumonias: clinical manifestation and pathology. Author: Carlyne D. Cool. MD.
Referências: