o Eneagrama 2012
Transcript of o Eneagrama 2012
1
O ENEAGRAMA & OS 9 TIPOS DE PERSONALIDADE
ENEAGRAMA: é um método de autoconhecimento em que você reconhece o seu tipo de personalidade, as partes
boas dela, os vícios de comportamento e como eles dirigem suas ações, pensamentos e sentimentos. Identificando o
seu tipo de personalidade e sabendo lidar com os vícios emocionais você despertará todo seu potencial positivo para
o trabalho, relacionamentos, inteligência e afeto.
Ennea = nove; grammos = pontos. O Eneagrama representa os nove tipos de personalidade.
O Eneagrama é um antigo sistema de sabedoria para autoconhecimento. A data exata do seu surgimento é
desconhecida. A partir dos anos 60 psicólogos, psiquiatras e pesquisadores da mente humana aperfeiçoaram o método.
Exemplo: Oscar Ichazo, Don Richard Riso, Helen Palmer. Cláudio Naranjo, psicólogo, publicou o primeiro livro
associando o Eneagrama com o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Da Associação
Americana de Psiquiatria.
O Eneagrama mostra que cada um de nós possui características dos nove tipos de personalidade, mas só um tipo é
predominante. Existem 9 tipos de personalidade. Leia nas páginas seguintes os 9 tipos do Eneagrama. Identifique-se
com um deles e inicie o seu processo pessoal de mudança de comportamento.
Orientado para o rigor pessoal
e os altos ideais.
Orientado para o amor.
Dá e é possessivo.
Orientado para a capacidade
de agir e triunfar.
Orientado para o senso do belo,
a vida passional e a melancolia. Orientado para o
conhecimento e a precisão.
Orientado para a lealdade, o
medo, a desconfiança, a dúvida.
Orientado para a alegria e o otimismo.
Sonhador.
Orientado para a aceitação e o apoio.
Orientado para o poder, a coragem e o confronto.
2
TIPO 1: orientado para o rigor pessoal e os altos ideais.
Perfeccionista, detalhista, julgador.
Pontos positivos: responsável, trabalhador, determinado,
disciplinado, consciente dos deveres, ético, íntegro, autêntico.
Busca a perfeição. Lidera pelo exemplo. Focado na qualidade.
Organizado. Honesto. Produtivo. Prestativo. Objetivo. Franco.
Idealista. Altruísta. Moralista. Confiável.
Esforça-se pelo crescimento pessoal. Empenha-se por um mundo melhor.
Centrado na ação, planejamento e no senso prático. Gosta de regras claras e padrões elevados.
Pontos negativos: luta. Obrigação. Autocontrole exagerado. Julgamento. Crítica. Pretensão. Inflexibilidade.
Obsessão. Contradição. Condenação. Punição. Nível muito elevado de exigência. Atenção demasiada na
correção de erros que sempre estão em primeiro plano para serem eliminados. Quer que tudo seja feito da
melhor forma. Idéia fixa por perfeição. Detalhista ao extremo. Perfeccionista. Leva a vida com muita
seriedade. Exige muito de si próprio e dos outros. Crítico excessivo dos outros e de si mesmo. Intransigente.
Intolerante. Obstinado. Inflexível. Teimoso. Dogmático. Tenso. Postura rígida. Inadaptabilidade. Seriedade
excessiva. Quer estar sempre com a razão e aponta problemas em tudo. Quer reformar os outros. Protelador:
adia decisões por medo de que não saiam “perfeitas”. Acredita que exista um único método que é o perfeito
então se preocupa demais com os detalhes o que retarda os processos. Vê o mundo em termos do oito ou
oitenta, sem meio termo. Superexigente. Fica muito ressentido quando os outros não fazem a “coisa certa”.
Controle e preocupação excessivos. Condena. Irrita-se facilmente. Impaciente com as pessoas. Cultiva o
ressentimento e a raiva quando contrariado. Expressa raiva vulcânica depois fica se julgando por agir assim.
Compulsivo ao agir quando julga algo correto. Inclui-se no topo da pirâmide como as melhores pessoas.
Presunção: sente-se a única pessoa a consertar tudo. Culpa os outros quando algo dá errado. Julgamento
dos outros. É ansioso e gera ansiedade nos outros porque cria muita pressão devido às cobranças. Faz
constantes comparações entre o seu mundo ideal e o mundo dos outros. Vive frustrado. Raciocínio
obsessivo. Comportamentos compulsivos. Convencido de que os outros não vão perdoar erros tenta sempre
fazer o melhor. Isso leva automaticamente a mais trabalho e perfeccionismo. O quer que faça nunca fica bom
o suficiente. Adora fazer censuras e dar conselhos. Fala: “É preciso”. “Deve-se.” Concentrado em padrões
elevados. Tem dificuldade em conceder confiança e quando ocorre o menor erro vê nisso questionamento
para quebrar a confiança. Um juiz interno vive permanentemente censurando e dando lições de moral.
Reprime as próprias emoções que julga pouco convenientes. Muitas vezes vive de “cara fechada”. Sorri
pouco. Vive com sensação opressiva de uma imensa obrigação pessoal. Para salvar a imagem pessoal
racionaliza e justifica os próprios atos que contradizem seu padrão de moral.
Os comportamentos excessivos de cobrança, moralidade, ordem, etc. podem dar lugar a um completo
desleixo ou desligamento, por exemplo, nas férias. Outras vezes se dá na forma de uma aventura
extraconjugal, ou num canto da casa reina a desordem. Para compensar a tortura interior por não atingir
padrões morais elevados realiza em segredo desejos reprimidos ou desejos que condena nos outros. Ex.: o
padre pedófilo, o juiz corrupto, o empresário “padrão” que dá propinas. Quando não consegue tolerar a
frustração por não conseguir atingir padrões elevados de si e dos outros faz tentativas de automutilação
podendo chegar ao suicídio e homicídio.
Temendo que os outros não concordem com os seus valores e regras, procura convencê-los a corrigir
seus pontos de vista. De modo impulsivo envolve-se em questões para avaliar o mundo e achar erros.
Temendo ser criticado por desvio dos seus valores, sente-se obrigado a viver para sempre de acordo com
eles, por isso tenta organizar tudo em volta da forma mais rigorosa possível. É pontual, metódico, tenso e se
irrita quando os outros perturbam a ordem que ele criou. Reage, corrige, recrimina, julga. Temendo que seus
ideais estejam errados silenciam as críticas alheias, não admite negociações, se tornam amargos e
pretensiosos.
3
Forte identificação: com a capacidade de julgar.
O que valoriza: o fato de ser correto; padrões elevados; seguir as regras.
Como lida com os sentimentos: reprime, nega e canaliza para a atividade e a tentativa da perfeição.
Resistência: ao reconhecimento de tensões motivadas pela raiva.
Tenta manter a auto-imagem de: “bom”, “certinho”, dotado de moral, sensato, prudente, racional, objetivo.
Medo fundamental: o de ser “mau”, corrupto, perverso, falível, estar errado e ser contraproducente.
Desejo fundamental: ser bom, virtuoso, equilibrado, íntegro.
Sentimento forte (paixão) ou vício emocional: a raiva, a ira, o ressentimento.
Compulsão: evitar a raiva.
Mensagem do superego (juiz interno): “você estará num bom caminho se fizer o que é certo”.
Contradição e sofrimento: como saber exatamente o que é certo? Os padrões meus são objetivos ou
emocionais? O tipo 1 tenta ser bom, mas jamais consegue ser bom o suficiente para seu superego. Faz as
mesmas coisas que condena nos outros. Realiza em segredo desejos reprimidos e condena publicamente os
mesmos.
Como manipula os outros: corrigindo os outros e insistindo em que adotem seus padrões.
Regra de chumbo: temendo ser mau, corrupto ou falho, aponta a maldade, a corrupção e as falhas no outro.
Mecanismo de defesa: formação de uma reação geralmente oposta. Ex.: adota postura de “correto”, “justo”
“perfeito”, na tentativa de encobrir os próprios erros ou a raiva porque as pessoas na fazem o que ele acha
justo.
Potencial patológico: transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo e anancástica (zelo e preocupação
excessivo), depressão, pensamentos suicidas ou homicidas, distúrbios alimentares, surtos de autopunição,
comportamentos autodestrutivos, masoquismo. Estresse físico e psicológico pela cobrança demasiada de si e
dos outros. Tensões musculares, dor nas costas e ombros.
Tipo 1 sadio: aprende a se perdoar e admitir que é um ser imperfeito e que pode errar. Aceita-se, é sábio,
otimista e tolerante . É mais objetivo, pensa de modo mais comedido. Considera os erros dos outros com
serenidade. Lembra que sua verdadeira natureza é ser ponderado. Torna-se espontâneo.
Reflexão: talvez os outros possam estar certos e ter idéias melhores. Talvez possam aprender por si, sem
necessidade de alguém julgando. Talvez eu tenha feito o melhor.
Pensamentos do tipo 1; processador inconsciente:
“Faço a coisa certa.” “Eu estou fazendo a minha parte”.
“Se isso tem que ser feito, não interessa se você gosta ou não, tem que ser feito”.
“Se todos fossem como eu, não teríamos de passar por isso”.
“É obvio que isto não está bom; se você se esforçasse mais, faria o que é certo”.
Profissões / atividades atraentes: aquelas que exigem trabalho “perfeito”, detalhismo, análise,
procedimentos formais. Atividades com base em diretrizes bem claras. Transmitir informações e
conhecimento corretos. Empregos onde se exige protocolo. Ensino. Contabilidade. Administração. Financeiro.
Professores. Pesquisador. Gramático. Pregador. Religioso fundamentalista. Juiz. Promotor. Podem ser
figuras proeminentes de extrema direita ou esquerda.
Profissões / atividades não atraentes: aquelas que exijam tolerância e aceitação de diferentes pontos de
vista. Atividades com base em informações parciais, inconstantes ou que exijam tomadas de decisões.
4
TIPO 2: orientado para o amor. Dá e é possessivo.
Pontos positivos: generoso. Caloroso. Prestativo.
Atencioso. Anfitrião. Altruísta. Protetor. Facilitador. Voluntarioso.
Amigo. Responsável. Trabalhador. Otimista. Adaptabilidade.
Hábil nas relações. Envolvente. Empático (coloca-se no lugar do outro).
Conhecido por “pessoa querida”, adorável. Solidário.
Sensível às necessidades dos outros. Habilidade em entender as pessoas.
Sabe levantar o moral alheio. Gosta de elogiar e tem um toque sedutor que fazem as pessoas se sentirem
bem à sua volta.
Pontos negativos: faz demais pelos outros. Dá mais do que recebe. Tem dificuldade em dizer não ou
recusar um pedido de ajuda. Busca em excesso ser amado, afeição e aprovação dos outros. Consegue
mostrar o aspecto da personalidade que agrada o outro. Chega a esquecer de si mesmo, a perder a
identidade e a ter muitos “eus” no impulso de querer agradar. Sua forma de controlar os outros é prestar
ajuda e se tornar indispensável. Orgulha-se por ter uma imagem de “boa” pessoa. Tem como vício emocional
o orgulho por ajudar as pessoas e achar que sem ele o mundo ficaria empobrecido. Seduz, agrada, bajula
para agradar e assim cria dependência nos outros. Torna-se agressivo e dominador. Tende a pensar que as
pessoas não são muito reconhecedoras. Clama que ajuda os outros de maneira desinteressada e que não
espera nada em troca. Desconhece que dá para receber algo em troca. Dissimulado, falta de sinceridade:
finge ser bonzinho para obter o que quer. Não reconhece as próprias necessidades. Sofre com o hábito de se
tornar irresistível ao outro e o desejo de fazer o que quer de fato. Manipula os outros para fazer com que
aceitem uma ajuda de que eles não têm vontade ou necessidade, culpabilizando-os caso eles a recusem.
Gosta de se sentir indispensável, mas em geral não tem necessidade de estar em evidência. Fica feliz no
papel de “vice”. Revela-se pouco, no entanto espera que os outros se revelem completamente. Tem
dificuldade para tomar decisões objetivas porque fica confuso quando percebe à sua volta necessidades que
ele pode satisfazer.
Temendo não fazer o bastante se aproxima do outro para se convencer de que é querido. Concentra-se
em cultivar amizades agradando, ajudando e querendo se tornar imprescindível. Possessivo, tenta ganhar
direitos sobre as pessoas colocando as necessidades alheias acima da própria. Quando não consegue a
atenção queixa-se da saúde, mostra quanto fez pelo outro. Para salvar a auto-imagem, racionaliza o
comportamento acusando as pessoas de “egoístas e ingratas”. Teimoso, manipula para manter o outro na
sua dependência e impedir que se afaste. Quando desesperado por obter amor julga-se no direito de ter o
que quer por haver sofrido tanto, gosta de ser o “coitadinho”, agindo de modo impróprio, intempestivo,
inconseqüente, agressivo, coercivo e perigoso. Ao perceber que ele próprio foi egoísta ou fez o outro sofrer o
tipo 2 fica arrasado, age como a pobre vítima e obriga o outro a cuidar dele.
Forte identificação: com os sentimentos baseados nas reações que despertam nas pessoas.
O que valoriza: a auto-imagem positiva: “sou alguém afetuoso, concentrado nas boas intenções”.
O que evita: as próprias carências, frustrações e ressentimentos.
Tem problemas com: ênfase nas necessidades dos outros; negligência das próprias.
Resistência: ao reconhecimento dos próprios sentimentos e necessidades.
Tenta manter a auto-imagem de: amoroso, atencioso, carinhoso, gentil, afetuoso.
Mensagem do superego (juiz interno): “você estará num bom caminho se for amado pelos outros e estiver
perto deles”.
Dúvidas cruéis e sofrimento: porque meu amor depende do amor outro e como ter a certeza de que sou
amado? Se não sou amado porque me importar? O tipo 2 luta a vida toda para se aproximar dos outros e
ainda assim sente-se pouco amado.
Como manipula os outros: descobrindo as necessidades e desejos alheios e, assim, criando dependências.
Regra de chumbo: temendo não ser querido ou amado, faz o outro sentir-se indigno de seu amor,
generosidade ou atenção.
Medo fundamental: o de não ser amado ou querido simplesmente pelo que é; de estar afastando de si os
5
amigos e entes queridos.
Desejo fundamental: sentir-se amado.
Sentimento forte (paixão) ou vício emocional: o orgulho, a arrogância, a soberba. Gaba-se por ajudar e
por não precisar de ajuda, ser auto-suficiente. Na maioria das vezes não tem consciência disso. A soberba
consiste na incapacidade ou falta de disposição para reconhecer o próprio sofrimento. Concentrado em
“ajudar” o outro, nega suas próprias necessidades. Vanglória: orgulho das próprias virtudes.
Compulsão: evita reconhecer suas carências. Quanto mais forte a compulsão, mais tem de compensar esse
desconhecimento de si ajudando a qualquer preço.
Mecanismo de defesa: repressão de comportamentos e sentimentos. Reprime aquilo que julga que não lhe
valeria a aprovação dos outros. Revela-se pouco.
Potencial patológico: extrema tendência ao auto-engano; comportamentos coercivos, “assédio”,
manipulativo, amor obsessivo, agressividade reprimida, sintomas físicos de problemas emocionais
(somatização), distúrbios alimentares.
Tipo 2 sadio: deixa de acreditar que não têm o direito de cuidar de si, assume seus próprios sentimentos e
necessidades. Ama incondicionalmente e é humilde. Lembra que é de sua verdadeira natureza ser bom
consigo mesmo, ter boa vontade e compaixão autêntica para com seus semelhantes. Torna-se mais
perceptivo e transigente consigo mesmo.
Pensamento e ação curativa: reconhece o que deseja a partir de si mesmo e não por meio da atenção dos
outros ou do valor que lhes dão; desenvolve a virtude da humildade.
Reflexão: talvez eu possa deixar o outro fazer isso. Talvez essa pessoa possa estar demonstrando afeto por
mim, só que a seu modo. Eu posso fazer algo de bom por mim.
Pensamentos do tipo 2; processador inconsciente: “Eu posso, eu sei, eu faço”.
Controle e possessividade: “onde você estaria sem mim?” Sedução: “posso fazer qualquer um gostar de mim.” Perde o limite: “não aceitarei um não como resposta”. Profissões / atividades atraentes: atividades que incluem posição de ajuda. Associar-se a um líder
poderoso. Braço - direito que dá conselhos ao superior. Exemplo: secretária executiva do diretor. Defensor
dos desfavorecidos. Voluntário de causas de ajuda ao próximo. Empregos que envolvam atividade sedutora.
Área em que haja relacionamentos com pessoas. Vendas, RH, secretariado e áreas assistenciais.
Profissões / atividades não atraentes: empregos que não permite ser apreciado.
6
TIPO 3: orientado para a capacidade de agir e triunfar.
Realiza compulsivamente, busca de um status e imagem pessoal.
Pontos positivos: dinâmico. Alegre. Eficiente. Organizador. Planejador.
Vitalidade. Automotivado. Prático. Poder pessoal. Motivador. Comunicativo.
Competência. Dedicado. Trabalha muito para o sucesso. Empreendedor.
Supera problemas com facilidade. Otimista. Realizador. Confiante.
Orientado para obter resultados. Incansável e persistente ao perseguir um objetivo. Concentrado no que faz.
Pontos negativos: competitivo ao extremo. Egocêntrico. Pretensioso. Superficial. Impessoal. Espírito
vingativo. Falsidade. Oportunista. Pouco acessível. Pouco tempo para os relacionamentos pessoais. Envolve-
se em muitas atividades e tem pouco tempo livre. Abrupto ou precipitado. Esconde os sentimentos mais
profundos. Impaciente com os sentimentos dos outros. Perde contato com os próprios sentimentos. Exprime
pouco as verdadeiras emoções. Tem medo da intimidade. Falta de princípios. Ilusão.
Viciado em trabalho. Vaidosos sobre o que fazem. Gosta de ser apreciado pelo trabalho, status e conquistas.
Adora a imagem de vencedor e ser reconhecido. Acredita que o valor pessoal depende do que se faz e
conquista. Evita ao máximo o fracasso e supervaloriza o êxito. Centrado no prestígio social. Mestre em mudar
a imagem (camaleão), para se adequar às pessoas ao seu lado e ganhar aprovação. Enganam a si e aos
outros com os diferentes papéis que assumem. Frio, calculista, manipulador, dissimulado. Obsessivo por
resultado. Estressa quem está ao seu redor. Centrado na ação e planejamento. Acha difícil relaxar e se sente
mal não fazendo nada. Quando estressado abusa do que gosta: bebidas, futebol, drogas, etc. Encontra
dificuldades nos relacionamentos íntimos porque vive estressado. Egoísta, oportunista, cria imagens e
atitudes para atrair os outros. Trata o outro com desprezo e arrogância. Vê a si e o outro como mercadoria.
Ele e o outro vale pelo que tem e não pelo que é. O fator sucesso profissional quase sempre é o centro das
atenções, mais do que família, amizades ou lazer. Toma decisões por impulso pressionado por alcançar
resultados. Duro e competitivo quando se sente ameaçado. Gosta de falar sobre suas conquistas para ser
admirado. Geralmente está ausente do meio familiar e longe dos amigos porque trabalha arduamente. Tem
problemas nos relacionamentos porque são muito ambiciosos. Gosta de ser o melhor: “posso fazer isso
melhor que qualquer um”. Pretensioso: “posso ser qualquer coisa que queira”. Arrogante: “Não preciso de
ninguém.” Narcisismo e exibição: “o que posso fazer para impressioná-lo”. Busca imagem social reconhecida.
Temendo não ter a atenção do outro, tenta superar-se no que faz para distinguir-se. Concentra-se no
sucesso e em cultivar a melhor imagem pessoal para ser admirado. Procura convencer a si mesmo e aos
outros da realidade das suas alegações recorrendo à autopromoção, arrogância, competitividade, como
defesa de suas carências secretas. Temendo não estar à altura da sua própria expectativa e para salvar a
auto-imagem ilude a si e aos outros, dizendo e fazendo qualquer coisa para impressionar, faltará com os bons
princípios, depois se sentirá vazio e deprimido. Desesperado por atenção, deteriorado interiormente, faz de
tudo para esconder suas malfeitorias, perde o controle sobre a raiva e a agressividade, vinga-se, tenta pisar
em todos que ele acredita que o rejeitou.
Forte identificação: com uma auto-imagem criada e artificial, para receber admiração dos outros.
O que valoriza: ser eficiente, capaz e brilhante. Concentrar-se em metas, ser prático, direto e apresentar-se
muito bem.
Como lida com os sentimentos: reprimindo-os e fazendo esforço para manter-se em atividade. Ao realizar
coisas compensa sentimentos dolorosos.
Resistência: ao reconhecimento de sentimentos de vazio e de auto-rejeição.
Tenta manter a auto-imagem de: admirável, desejável, atraente, incomparável, eficiente, dotado de
“potencial ilimitado”.
Medo fundamental: o de não ser valorizado a não ser pelo que realiza; de estar fracassando, de que suas
pretensões sejam vazias e infundadas.
7
Desejo fundamental: sentir-se valorizado, desejado e aceito.
Mensagem do superego (juiz interno): “você estará num bom caminho se for bem-sucedido e respeitado
pelos outros”.
Dúvidas cruéis e sofrimento: o que me faz pensar que uma determinada atividade aumentará o meu valor?
Por que preciso fazer tantas coisas para me sentir valorizado? Quanto eu preciso fazer para ganhar a
apreciação dos outros? Quanto precisarei ser “bem-sucedido”?
Como manipula os outros: cativando os outros e adotando qualquer imagem que “funcione”.
Regra de chumbo: temendo não valer nada, o tipo 3 faz o outro sentir-se desvalorizado tratando-o com
arrogância ou desprezo.
Sentimento forte (paixão), vício emocional: cultiva a falsidade, a mentira, a vaidade e a ilusão. A ilusão
consiste em apenas pensar que somos a imagem, em vez da nossa verdadeira natureza. A vaidade é o
sentimento de fazer a imagem ser mais importante que a essência ou fonte espiritual.
Compulsão: evitar o fracasso. Estressado por conquistar o melhor status, busca o sucesso fácil pelo uso da
mentira em relação aos outros. A mentira pode também ser uma mentira frente a ele mesmo: ignora seu ser
real, assumindo um ou vários papéis sociais. Não está consciente de que engana a si próprio.
Mecanismo de defesa: identificação. Para alcançar o sucesso e preservar a imagem de “bem sucedido”,
identifica-se com as normas sociais e com o papel que representa, agindo como camaleão e oportunista.
Potencial patológico: estafa e esgotamento físico devido à obsessão por resultados e a hiperatividade; falta
de sentimentos e vazio interior; ocultação do grau de aflição emocional; ciúme, inveja e expectativas
irrealistas de sucesso, exploração, mentiras e oportunismo; episódios graves de raiva e hostilidade; distúrbio
narcisista de personalidade, depressão, afã de vingança, comportamento psicopático, pisam em todos
aqueles que acreditam serem “ruins”. Crise de identidade violenta e dolorosa.
Tipo 3 sadio: deixa de acreditar que seu próprio valor depende da opinião dos outros; descobre sua própria
identidade, que tem valor em si mesmo (autenticidade) e o desejo do seu coração; lembra que sua verdadeira
natureza é ter prazer na própria vida, estimar e valorizar as pessoas. Torna-se mais cooperativo e dedicado
aos outros. Adapta-se às pessoas de forma despretenciosa. É bem ajustado. Cultiva os próprios dons. Torna-
se modelo e fonte de inspiração para os outros.
Pensamento e ação curativa: desenvolvem a virtude da sinceridade. Reconhece o que deseja a partir de si
e não por meio da admiração dos outros.
Reflexão: talvez eu não tenha de ser o melhor. Talvez as pessoas me aceitem do jeito que eu sou. Talvez o
que pensam a meu respeito não seja tão importante.
Pensamentos do tipo 3; processador inconsciente: “Os fins justificam os meios”.
“Se os ventos mudaram, ajuste as velas”.
Profissões / atividades atraentes: áreas em que haja possibilidades de crescimento. Advocacia,
administração, autônomos, consultoria e assessorias. Negócios próprios. Gerência. Vendas. Publicidade.
Marketing. Política. Profissões onde possa se sobressair.
Profissões / atividades não atraentes: Profissões com futuro limitado. Ambientes onde não possam
empreender.
8
TIPO 4: orientado para o senso do belo, a vida passional e a melancolia.
Pontos positivos: aprecia a estética, a beleza e a originalidade.
Gosta de se vestir bem ou ser excêntrico. Criatividade. Expressividade.
Calor humano. Apoio ao próximo. Solidário. Carismático. Sensível.
Ajudam os outros em situações de sofrimento. Artístico. Competitivo.
Conquistador. Exigente. Refinamento. Esnobismo. Gentileza.
Bom gosto nas coisas. Elegante em geral. Companhia divertida. Anfitrião.
Romântico.
Pontos negativos: temperamento instável. Carência emocional. Excessivamente envolvido e apegado.
Fragilidade (magoa-se facilmente). Presa fácil das emoções. Atraído pelo extremo da emoção, das paixões
muito fortes. Atraído pelos altos e baixos das emoções. Dramático. Temperamental. Muito sensível. Movido
pela culpa. Dificuldade para aceitar crítica. Extremamente crítico dos outros. Pouco objetivo. Queixoso.
Melancólico. Depressivo. Mórbido. Egoísta. Voltado para si mesmo. Faz-se de “a pobre vítima”. Atormentado.
Irônico. Dá grande importância à própria imagem. A escolha da roupa tem grande valor para demonstrar para
si mesmo e aos outros o que ele está vivendo. Uso de roupas extravagantes coloridas ou totalmente pretas
ou criteriosamente escolhidas e consideradas banais pelos outros. As pessoas acham o tipo 4 charmoso ou
afetado. Então ele fica convencido de que é autêntico. Busca constantemente o que é diferente. Deseja ser
único a qualquer preço. Procura ser visto como o especial. Acaba sendo visto pelo outros como artificial. É
movido pela inveja: o que os outros têm e ele não tem e no que os outros poderiam ser mais apreciáveis que
ele, tem o foco da atenção do tipo 4. Vive fazendo comparações em relação aos outros. A insatisfação é sua
característica comum. Vive com o sentimento de que falta alguma coisa em sua vida. Tende a idealizar o que
está ausente e achar defeitos no que está presente. Sente-se inseguro quanto à sua própria identidade.
Perturba-se pelas mudanças incessantes das próprias emoções. Tem sentimento contínuo de tristeza
(melancolia), mesmo nos momentos de alegria. Sente-se vivo quando tomado por emoções extremas.
Emocionalmente instável. Tendência a ciclotomia: passa rapidamente da mais intensa alegria para a mais
profunda tristeza. Convencido de que existe sua alma gêmea sempre está em busca do parceiro ideal. É
parceiro possessivo e apaixonado. Ama demais. Procura viver profundas emoções. Centrado na emoção e no
que falta. Tem o imaginário muito rico o qual muitas vezes é mais forte que a realidade. Envolve-se em
atividades em que for original e lhe permitir usar a criatividade, tarefas que apelem para o senso estético.
Ama o belo e desejam dividir com os outros. Desperdiça a vida buscando fantasias fúteis. Fica desesperado
por tornar-se aquilo que fantasia. Inveja a estabilidade ou felicidade alheia. Odeia em si o que não
corresponde ao que é fantasiado. Faz-se de vítima e procura atrair salvadores. Faz auto-sabotagem. O tipo 4
é dramático e investe em “ter problemas”. Nunca está satisfeito com a vida.
Temendo não confiar e si mesmo ou de não ser apreciado na sua singularidade então se fazem de difícil,
recorre à imaginação, usa a fantasia e o estilo para reforçar a sua individualidade e começa a sonhar que
alguém que o salve. Se faz de difícil para testar o outro e saber se está interessado nele. Melancólico,
distante, acanhado, acredita que sua fragilidade atrairá um salvador. Temendo desperdiçar a própria vida
inveja a estabilidade alheia, eximem-se das “regras” e torna-se pretensioso, sensualista e improdutivo. Para
salvar a auto-imagem repudia aqueles que discordam da visão que ele tipo 4 tem de si mesmo e de suas
exigências afetivas. A raiva reprimida resulta em depressão, apatia e fadiga constante. Desesperado para
tornar-se aquilo que vê em sua fantasia, faz fuga para um EU FANTASIOSO. Odeia tudo em si que não
corresponde ao que é fantasiado, detesta a si mesmo e aos outros por não salvá-lo. Passa a sabotar o que
lhe resta de bom na vida. Convencido de que desperdiçou a vida nas fantasias fúteis, pode recorrer a
comportamentos autodestrutivos para atrair salvadores. Tenta por fim à própria vida para escapar ao
negativismo ou pode cometer crimes passionais.
Forte identificação: alteridade (apenas existo a partir do outro, da visão do outro); possuir defeitos; com as
reações emocionais.
O que busca: um salvador, alguém que o compreenda e dê apoio à sua vida e aos seus sonhos.
Resistência: ao reconhecimento de qualidades positivas autênticas em si mesmo.
9
Tenta manter a auto-imagem de: diferente, singular, sensível, delicado, consciente de si mesmo, profundo,
honesto consigo mesmo.
Medo fundamental: o de não ter nenhuma identidade, nenhuma importância pessoal; medo do abandono,
que ninguém se incomode com ele; de não encontrar apoio suficiente para tornar-se o que é; medo de estar
arruinando a própria vida e desperdiçando as oportunidades.
Desejo fundamental: ser capaz de encontrar a si mesmo e sua importância como pessoa; criar uma
identidade a partir de sua experiência interior.
Mensagem do superego (juiz interno): “você estará num bom caminho se for fiel a si mesmo.”
Dúvidas cruéis e sofrimento: o que significa ser fiel a si mesmo? O tipo 4 se esforça tanto por ser único que
acaba descartando muitas das opções que a vida lhe dá.
Como manipula os outros: limitando-lhes o acesso para mantê-los interessados; bancando o “exigente” e
aferrando-se aos que o apóiam. Sendo temperamental e fazendo os outros “pisarem em ovos”.
Regra de chumbo: temendo não ter uma identidade ou importância como pessoa, o tipo 4 trata o outro com
desdém, como se não fosse “ninguém” ou valesse nada.
Sentimento forte (paixão), vício emocional: cultiva a inveja, a cobiça, as comparações negativas. A inveja
leva o tipo 4 a pensar que os outros têm qualidades que ele não possui.
Compulsão: evitar a banalidade e tudo o que é comum.
Mecanismo de defesa: introjeção. Tornam suas as críticas feitas a ele mesmo. Sente-se responsável pelo
que os outros julgam negativo a seu respeito. Quando o sofrimento causado pela introjeção é muito forte
pode ser sublimado sob a forma de uma criação artística.
Potencial patológico: extrema instabilidade emocional. Desesperança. Raiva reprimida resulta em
depressão, apatia e fadiga constante. Obsessão pela morte. Morbidez. Negação da vida. Ódio de si mesmo.
Auto-rejeição. Explosões de raiva, hostilidade e ódio. Episódios de auto-sabotagem e rejeição de influências
positivas. Dependência das pessoas. Relacionamentos instáveis. Distúrbio de personalidade narcisista,
fugidia e histriônico (auto-dramatização, afetado, teatralidade, exagero de emoção). Crimes passionais,
assassinato e suicídio. Sensação opressiva de alienação de si e dos demais.
Tipo 4 sadio: deixa de acreditar que tem mais defeitos que os outros, que os outros são melhores que ele e assim se
libertam. Define sua própria importância e identidade pessoal. Explora de forma sadia sua criatividade e sentimentos.
Aprende a se aceitar como é, as coisas comuns da vida, comunica-se de forma natural, aceita as qualidades alheias e
afasta a inveja.
Pensamento e ação curativa: abandona o passado, renova-se com as próprias experiências. Lembra-se de que sua
verdadeira natureza é perdoar e usar tudo o que estiver ao seu alcance para seu crescimento pessoal. Reconhece o que
deseja a partir de si mesmo e não por meio da obtenção do que falta ou no que está fora.
Reflexão: Talvez não haja nada de errado comigo. Talvez as pessoas de fato me entendam e me amparem. Talvez eu
não seja o único a me sentir assim.
Pensamentos do tipo 4; processador inconsciente:
Pretensioso: “faço o que quero quando e como”. Fica reservado, se fecha: “tenho um eu secreto que ninguém conhece”. O tipo 4 é hipersensível e acha que as pessoas são duras e cruéis com ele: “Todos me põem para baixo”; “Ninguém me compreende”. Idealização: “Aí, sim, as coisas poderiam ser melhores”. Centrada no que falta: “Se pelo menos fosse assim”.
Insatisfação: “Bom dia! - Diz João - Só se for para você! - Responde Vera (tipo 4)”. Profissões / atividades atraentes: área em que a criatividade e a originalidade possam ser expressadas. Estilismo,
decoração, designer e jornalismo. Atividades ligadas a conteúdos artísticos, místicos e da mente humana. Artista.
Decorador. Psicólogo. Psiquiatra. Conselheiro. Metafísico. Parapsicólogo. Professor de yoga. Cantor. Modelo fotográfico.
Bailarino. Dono de ateliê, lojas de antiguidades. Ativistas dos direitos humanos ou animais. Feminista. Religioso. O tipo 4
pode ter dois empregos: um que dá dinheiro e o outro para expressar seus talentos artísticos.
Profissões / atividades não atraentes: aquelas que são muito comuns como serviços administrativos, burocráticos e
onde talentos específicos não podem ser vistos. Não gosta de trabalhar em posição servil, nem em ambiente comum.
10
TIPO 5: Orientado para o conhecimento e a precisão. Pensador.
Pontos positivos: planejador. Lógico. Teórico-Analítico.
Criterioso. Sistemático. Objetividade. Criatividade Intelectual.
Persistente. Intelectual. Pensador. Observador. Boa capacidade de escuta.
Inteligência. Metódico. Busca pela competência mental. Curiosidade.
Insights. Perito. Especialista. Excelente planejador. Visão estratégica.
Muito envolvido no que faz. Racional. Independente. Autocontrole.
Gosta de saber o que vai acontecer (previsibilidade).
Nutrem o amor pelo conhecimento e a informação.
Pontos negativos: pessoa muito reservada. Minimiza os contatos. Pouco caloroso. Mostra-se pouco.
Alienação. Egoísmo. Avareza. Arrogância. Cético. Pessimista. Negatividade. Introversão. Evita o
envolvimento emocional. Distancia-se dos outros. Excessivamente independente. Teimoso. Radical. Crítico
dos outros. Hábito de julgar. Dificuldade para expressar os sentimentos. Retrai-se. Isola-se. As pessoas o
chamam de frio, calculista, desumano. Subestima as relações. É raro tomar a iniciativa para encontros,
mesmo com amigos. Não diz o que pensa. Não troca informações. Fechado. Sua frase mental: “Estou mais
na minha”. Gosta de privacidade. Distante e inacessível. Prefere ficar à distância. Desligado de pessoas e
sentimentos. Substitui emoção por pensamento. O cérebro está acima do coração. Centrado na mente e na
compreensão das coisas. Compartimentaliza (separa em diferentes partes) a vida: amizades, trabalho, lazer,
conhecimentos. Tem dificuldade para se envolver afetiva ou intimamente. Reprime suas emoções. Tem
necessidade de ficar só para recuperar as energias e não compreende que o parceiro possa censurá-lo pelas
suas ausências. Teme não saber o suficiente. Busca informação sobre o mundo que o cerca. Sonha em
saber tudo sobre tudo. Como não é possível, ele se especializa em alguns assuntos limitados e estéreis.
Acumula conhecimentos sobre os temas escolhidos, desinteressando-se cada vez mais pela realidade.
Apega-se demasiadamente (avareza) às informações que conserva ciumentamente ou só divide de forma
incompleta. Julga que conhece pouco e acha que é preciso mais um livro, mais um curso, mais um estágio,
mais uma palestra para ser qualificado. É uma busca que não tem fim e que prejudica suas decisões. Não
gosta de abordar assuntos “fúteis” e quando fala sobre assuntos sérios teme parecer idiota e torna-se
reservado. É mais observador tímido e quer passar despercebido. É avarento quanto a si mesmo, não está
disponível aos outros e à vida. É o tipo mais introvertido. Fala pouco. De respostas curtas e diretas. Para
arrancar alguma coisa dele é preciso fazer perguntas com insistência. Quando resolver falar é detalhista e
passa a ser chato. Ele conclui que as pessoas são superficiais. Gosta da solidão, prefere virar-se sozinho.
Pede poucas informações. Administra mal as próprias emoções fato que o leva ao isolamento. Mesmo
emoções agradáveis que implicam em contato com os outros. O isolamento se manifesta na tendência do tipo
5 de compartimentalizar a vida: amizades, trabalho, lazer, conhecimentos. Reflete muito antes de agir. Gosta
de atividades planejadas e estruturadas de modo que possa organizar seus isolamentos, sem os quais ficaria
esgotado. Rejeita o sistema e quer trabalhar por si, fora dele. Tem pouca paciência com regras ou trâmites.
Temendo não ser capaz o suficiente estuda e acumula mais conhecimento e qualificações. Temendo que
os outros possam desviá-lo do seu projeto procura manter os “intrusos” distantes intensificando a atividade
intelectual. Fecha-se para diminuir as próprias necessidades e também para elaborar realidades alternativas.
Temendo perder o lugar que conquistou evita qualquer aproximação e ataca as crenças e valores dos outros.
Torna-se arrogante e radicaliza. Despreza as idéias dos outros. Faz o outro se sentir inútil, incapaz e burro.
Refugia-se num mundo isolado e cada vez mais vazio. Rejeita todas as necessidades à exceção das básicas.
Quando muito estressado sente-se pequeno e impotente, torna-se negativo, resiste a qualquer ajuda, foge
das pessoas e parte para a fuga da realidade ao ponto de retraimento esquizóide ou até o suicídio.
Forte identificação: com a sensação de ser um observador frio e distante do mundo, e não parte dele.
O que valoriza: o fato de ser experiente e ter as melhores informações. Concentra-se no processo, em fatos
objetivos e em manter a lucidez e o distanciamento.
Como lida com os sentimentos: abstraindo-os e distanciando-se deles, assim, matem-se ocupado e
cerebral, como se seus próprios sentimentos fossem de outra pessoa.
11
Resistência: ao reconhecimento da presença e dos estados físicos, a sentimentos e necessidades.
Tenta manter a auto-imagem de: perspicaz, esperto, especialista, auto-suficiente, observador, curioso,
invulgar.
Como manipula os outros: preocupando-se e distanciando-se emocionalmente dos demais.
Regra de chumbo: temendo ser inútil, incapaz e incompetente, faz o outro sentir-se inútil, incapaz,
incompetente e burro.
Medo fundamental: o de ser indefeso, inútil ou incapaz. De jamais chegar a encontrar um lugar no mundo ou
entre as pessoas.
Desejo fundamental: ser capaz e competente.
Mensagem do superego (juiz interior): “você estará num bom caminho se conseguir dominar algo”.
Dúvidas cruéis e sofrimento: como saber se atingi o domínio completo de algo? O tipo 5 passa a vida
aprendendo o máximo sobre um assunto e continua sem auto-confiança.
Sentimento forte (paixão), vício emocional: cultiva avareza. Apega-se demais as coisas. Acredita que por
ter poucos recursos interiores, a interação com as pessoas o levará a uma catastrófica redução ou
esgotamento. Esse sentimento forte leva o tipo 5 a esquivar-se do contato com o mundo e a minimizar suas
necessidades para garantir a preservação de seus recursos.
Compulsão: evita o vazio interior.
Mecanismo de defesa: isolamento. Para escapar do estresse isola-se mental e psicologicamente. Afasta-se
dos outros e do mundo. Muitas vezes o corpo está presente, mas a mente ausente.
Potencial patológico: tendência crescente ao isolamento. Negligência física crônica, auto-abandono,
excentricidade crescente, perda de interesse nas atividades sociais. Recusa por oferta de ajuda. Percepção
distorcida, distúrbio de personalidade esquizóide e fugidia, depressão, suicídio.
Tipo 5 sadio: conecta-se às suas emoções. Compartilha seus conhecimentos de forma desinteressada.
Aprende a viver com as pessoas. Reforça de modo sadio a auto-imagem. Volta-se para fora: concentra-se em
gerar idéias ou invenções interessantes para o mundo. Deixa de acreditar na possibilidade de existir à parte
do meio, passar a confiar na vida e realiza o desejo fundamental de ter capacidade e competência. Mostra-se
mais decidido e seguro de si.
Pensamento e ação curativa: observa a si mesmo e aos outros sem julgamento nem expectativas. Lembra
que é de sua natureza verdadeira ter os pés na realidade. Desapega-se da mente. Aceita e expressa mais
seus sentimentos.
Reflexão: talvez eu possa confiar nas pessoas e dizer o que preciso. Talvez eu possa ser feliz no mundo.
Talvez o meu futuro seja bom.
Pensamentos do tipo 5; processador inconsciente:
“Deus colocou a cabeça mais alto que o coração para que a razão pudesse dominar o sentimento”. “Estou na minha, me economize”.
Profissões / atividades atraentes: áreas do planejamento, engenharias, pesquisa e informática; atividades
que envolvem estudo muito específico como filosofia, psicologia ou ainda mais específico como grafologia,
astronomia e também ciências ocultas ou místicas. Profissões que permitam o isolamento: programador de
computador no turno da noite, almoxarifado no fundo do pavilhão.
Profissões / atividades não atraentes: atividades que exigem competição, confrontação: vendas, política,
relações públicas.
12
TIPO 6: orientado para a lealdade, o medo, a desconfiança, a dúvida.
Pontos positivos: leal. Honesto. Confiável. Corajoso. Competente.
Comprometido. Dedicado. Organizado. Trabalhador. Responsável.
Cauteloso. Prudente. Prático. Cooperativo. Estratégico. Intelecto afiado.
Perseverante. Antecipa perguntas ou problemas. Bondade. Solidário.
Capacidade para perceber riscos. Compaixão. Altruísta.
Fiel e responsável às causas, ao oprimido, contra injustiças e aos amigos em apuros.
Pontos negativos: cético. Desconfiado. Alerta. Paranóico. Hipervigilante. Dependência em relação
aos outros. Atitude defensiva. Questionador. Contestador. Crítico. Impaciente. Rigidez. Ansioso.
Controlador. Agressivo. Medroso. Preocupado. Indeciso. Procrastinador. Adia ações. Problema em
finalizar tarefas. Sofre com a “paralisia analítica” quando a ansiedade cruza com a indecisão. O
pensamento substitui o fazer. Reativo. Excessivamente precavido ou se arrisca demais.
Excessivamente submisso ou excessivamente desconfiado. Projeta os próprios pensamentos nos
outros. Vitimiza-se e culpa os outros. Tem dois tipos 6: o fóbico que foge e o contra-fóbico que
enfrenta agressivamente o perigo. Em geral o tipo 6 transita entre um e outro. O fóbico respeita a
autoridade e o contra-fóbico se opõe à autoridade. Quando percebe que a autoridade não é leal com
ele ou que oprime pessoas, cessa apoio ao líder. O tipo 6 protege os fracos. Muitas vezes é
indeciso. Com freqüência pode mudar rapidamente de opinião. Examina com detalhes para tomar
decisões. “Sempre com um pé atrás”. Vê o mundo como algo ameaçador. Pré- disposição para ver
fontes de ameaça. Imagina situações ruins ou vive em dúvidas para estar prevenido. Procura
intenções negativas nas pessoas. Falta de confiança em si. Receoso, é de pouco iniciativa. Crítico
dos processos. Desconfia, põe em dúvida o outro; mina o ponto de apoio do outro; tenta isolar o
outro; queixa-se muito. Paranóico: vê “inimigos” porque é desconfiado demais.
Temendo perder a independência e julgando precisar de mais apoio busca orientação e
segurança nas rotinas, regras, autoridades e filosofias. Temendo não atender às suas contradições
torna-se mais ansioso, pessimista, cauteloso, impulsivo e indeciso. Temendo perder o apoio de seus
aliados torna-se amargo, autoritário, cético e reativo, pois acha que sua boa fé foi lograda. Acusa os
demais e entra em lutas pelo poder. Temendo que seus atos coloquem em risco sua própria
segurança, seu comportamento reativo provoca crises, leva o tipo 6 a confiar ainda menos em si
mesmo, então fica nervoso, deprimido, impotente. Inseguro e desesperado pensa que os outros vão
destruir a pouca confiança que tem si mesmo, nutre medos paranóicos, idéias ilusórias a respeito do
mundo e ataca inimigos reais ou imaginários. Convencido de que cometeu atos pelos quais será
punido sente-se culpado, cheio de ódio de si mesmo e parte para a autopunição, cria a própria
desgraça e destrói o que construiu, muitas vezes faz tentativas de suicídio para causar reações de
salvamento.
Forte identificação: com a necessidade de responder e reagir à ansiedade interior diante de uma
falta de apoio percebida.
O que busca: tanto independência quanto apoio. Quer alguém a quem recorrer, mas precisa ser “o
mais forte”.
Resistência: ao reconhecimento de apoio e da própria orientação interior.
Tenta manter a auto-imagem de: confiável, responsável, digno de confiança, digno de amor,
cuidadoso, previdente, questionador, precavido.
Como manipula os outros: queixando-se e pondo à prova os compromissos que os outros
assumiram com ele.
13
Regra de chumbo: temendo não contar com apoio e orientação, mina os sistemas em que o outro
se apóia, tentando isolá-lo de alguma forma.
Medo fundamental: o de não contar com apoio e orientação, o de ser incapaz de sobreviver
sozinho. De ser abandonado e não ter apoio, mas também de depender demais dos outros. Medo de
que seus próprios atos tenham posto sua segurança em risco.
Desejo fundamental: encontrar apoio e segurança.
Mensagem do superego (juiz interno): “você estará num bom caminho se fizer o que se espera
que faça.”
Dúvidas cruéis e sofrimento: é realmente importante fazer o que se espera que faça? A
preocupação o torna mais seguro? Como posso cobrir todas as frentes? O tipo 6 luta muito pela
segurança, mas sente-se ainda ansioso e medroso.
Sentimento forte (paixão), vício emocional: medo; tem medo de tudo um pouco, principalmente
do novo que se desvia das regras existentes e das pessoas cuja raiva e segundas intenções ele
teme. Diante do medo tem duas táticas: a fuga ou o contra-ataque. O medo do tipo 6 é mais bem
definida pela palavra ANSIEDADE, pois o faz recear coisas que na verdade não existem. O tipo 6
vive a vida em constante estado de apreensão e preocupação com possíveis eventos futuros.
Compulsão: evitar o desvio.
Mecanismo de defesa: projeção. Atribui aos outros as emoções que ele não quer reconhecer ou
que julga inaceitáveis. O medo é o sentimento mais projetado.
Potencial patológico: intensa ansiedade e ataques de pânico. Aguda sensação de inferioridade e
depressão crônica. Medo constante de perder o apoio das pessoas. Alternância de independência e
demonstrações impulsivas de desafio. Manutenção de “más companhias” e apego a
relacionamentos abusivos, suspeitas extremas e paranóias. Ataques histéricos. Distúrbio de
personalidade paranóide e ansiosa, dependente, comportamentos passivos-agressivos.
Tipo 6 sadio: reforçam sua auto-imagem de persistente, atencioso e digno de confiança; contribuem
com muito trabalho, cooperam, são práticos e disciplinados, leais, antevendo problemas de forma
saudável. São amigáveis, confiáveis e confia nos outros. Deixa de acreditar que precisa depender de
algo ou alguém que não ele mesmo para ter apoio e, assim, descobre sua própria orientação interior.
Torna-se centrado, seguro de si, sereno e de grande valor. Aceita seu próprio poder pessoal.
Domina o medo e passa a ser corajoso. Torna-se mais relaxado e otimista.
Pensamento e ação curativa: acreditar em si mesmo e confiar na bondade da vida. Lembrar que é
de sua verdadeira natureza ser corajoso e capaz de lidar com a vida sob quaisquer circunstâncias.
Reflexão: talvez isso dê certo. Talvez eu não precise prever todos os problemas possíveis. Talvez
eu possa confiar em mim e nos meus julgamentos.
Pensamentos do tipo 6; processador inconsciente:
“Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. “Melhor prevenir do que remediar”. “Enquanto você está indo, eu já fui e estou voltando.” Contra-fóbico: “O que você está olhando ai? Vai encarar?” “A melhor defesa é o ataque”.
Lealdade: “Um por todos e todos por um”. Profissões / atividades atraentes: sente-se mais seguro em organizações com regras claras, rotinas preestabelecidas e previsíveis. Profissões com linhas claras de autoridade como a polícia, exército, ensino, produção, financeiro e RH. Profissões para autônomos onde não haja nenhuma autoridade, nem patrão. Para os fóbicos: empregos onde a competição é pequena, onde possa trabalhar por trás de um líder forte. Contrafóbicos:
trabalhos como colaboradores ou empresários que envolvem liderança, perigo e riscos.
Profissões / atividades não atraentes: empregos que envolvem muita pressão e decisões imediatas, de alta
exposição, competitivos e com manobras nos bastidores.
14
TIPO 7: orientado para a alegria e o otimismo. Sonhador.
Pontos positivos: entusiasta. Feliz. Multitarefa. Mente ágil. Energia.
Vivacidade. Divertido. Cativante. Espontâneo. Imaginação. Improvisador.
Criatividade. Curiosidade. Generosidade. Alegria. Despreocupação.
Otimista (“Se a vida lhe der limões, faça limonadas”.). Alto astral.
Pontos negativos: impulsivo. Imoderado. Voracidade. Insaciabilidade.
Consumismo. Disperso. Egocêntrico. Rebelde. Manias. Inquietação. Excesso de opinião. Atitude defensiva.
Distração. Sonhador. Idealista. Pouca confiabilidade. Autodestruição. Aventureiro. Superficial. Dificuldade
com regras. Escapismo. Indisciplinado. Argumentador compulsivo e pode ser manipulador. Inconstante na
empatia. Reativo a críticas. Racionaliza as experiências negativas. Narcisista (voltado para si). Pouco sensíveis
aos valores dos outros. Faz fuga no prazer e nas distrações. Anti-rotina. Paralisia.
Ágil para lidar com várias coisas ao mesmo tempo, dando prioridade ao prazer. Tem grande quantidade de
idéias e planos, beirando o impossível. Busca uma vida agradável. Suporta mal as obrigações, as
formalidade, as proibições e tudo o que pode privá-lo de sua liberdade provoca a sua ira. Rebela-se física,
teórica e intelectualmente. Atenção concentrada nos planos e prazeres. Reenquadra a realidade excluindo os
problemas, os desprazeres. Olha para o mundo com óculos cor-de-rosa.Vê o melhor nas coisas e nas
pessoas. Em situações difíceis escapa para fantasias mentais. Desejo de experimentar tudo e do melhor.
Desprezo pela rotina. Evita o tédio. Busca muitas atividades, coisas interessantes. Assume muitos
compromissos ao mesmo tempo para fugir das dificuldades emocionais. Quando optou por algo que o faz
sofrer, abandona e refugia-se em outra coisa. Dificuldade em completar seus projetos. Sempre tem
alternativas para o caso de apuros. Fascinado por conhecer pessoas novas, lugares, ter novas experiências e
contato com idéias inovadoras. Pensa muito no futuro, sem se preocupar com a realidade, tem tudo planejado
para conseguir o que deseja. Ignora ou rejeita a parte do real que sofre. Trabalha duro em projetos com vista
a bons momentos. Nunca acha que tem o bastante. Tem dificuldade para decidir porque cria muitas opções e
quando age é rápido. Desiste ao primeiro problema e já busca outra atividade mais agradável. Não distingue
muito entre o plano concebido e o realizado. Por em prática não é sua preocupação. Idealizar é o que
importa. O tipo 7 tem medo dos outros e isso ele enfrenta fazendo brincadeirinhas, rindo. Entretém o outro
com seus planos agradáveis e insiste que atenda as suas constantes exigências e sonhos pessoais. As
pessoas não acham sério o tipo 7, o que reforça mais um lado infantil. Quando as pessoas falam de
problemas o tipo 7 escapa ou se retrai. Tem dificuldade em envolver-se afetivamente e em geral casa-se
tarde.
Temendo perder experiências agradáveis, sofrer, frustrar-se ou entediar-se, o tipo 7 torna-se inquieto e
busca mais opções. Ocupa-se com muitas tarefas, planos e informações. Distrai-se com brincadeiras, novas
aventuras e perde a concentração. Torna-se impaciente, exigente, negligente, pouco satisfeito, busca
gratificações instantâneas e os excessos. Temendo o sofrimento, entra em pânico, evita a dor a qualquer
preço, comporta-se com impulsividade e irresponsabilidade, para aliviar a ansiedade. Perde o controle, torna-
se mais instável, crítico, imprevisível, alterna-se o estado frenético com depressão. Quando convencido de
que arruinou a saúde e a alegria de viver, fica paralisado, cheio de pânico ou busca mais excessos que
causam problemas financeiros e físicos.
Forte identificação: com a emoção proveniente da antecipação de futuras experiências positivas.
O que valoriza: experiências agradáveis, prazer, atividade, emoção e diversão.
O que evita: o sofrimento e o próprio vazio; a responsabilidade pelo próprio sofrimento e o alheio.
Como lida com as necessidades: ênfase excessiva nas próprias necessidades; as alheias o fazem sentir-se
logo sobrecarregado.
Resistência: ao reconhecimento do próprio sofrimento e da ansiedade.
Tenta manter a auto-imagem de: entusiasta, alegre, cheio de energia, positivo, espírito livre, espontâneo,
sociável, ávido.
Como manipula os outros: entretendo as pessoas e insistindo em que atendam as suas exigências.
15
Regra de chumbo: temendo algum tipo de dor ou privação, impõe ao outro a dor e o faz sentir-se privado de
várias formas.
Medo fundamental: o de sofrer dores e privações. Medo de que suas atividades lhe esteja trazendo
sofrimento e infelicidade.
Desejo fundamental: ser feliz, satisfazer-se, realizar-se.
Mensagem do superego (juiz interior): “você estará num bom caminho se obtiver o que precisa”.
Dúvidas cruéis e sofrimento: sei a diferença entre necessidade e vontade? Eu me sentiria bem se uma
determinada necessidade minha não fosse satisfeita? Nesse caso, ela é mesmo uma necessidade? O tipo 7
procura aquilo que lhe trará satisfação, mas continua se sentindo insatisfeito e frustrado.
Sentimento forte (paixão), vício emocional: intemperança (glutonaria), imoderação. Cultiva a “Gula”, é
insaciável por novas experiências. Adora excessos. Quanto mais prazer, mais prazer quer O tipo 7 tenta
superar a sensação de vazio interior dedicando-se a inúmeras idéias e atividades estimulantes e positivas,
mas nunca acha que tem o bastante.
Compulsão: evitar o sofrimento. Procura o prazer no momento e a qualquer preço.
Mecanismo de defesa: racionalização. Consiste em eliminar o sofrimento através de um discurso lógico e
satisfatório. A racionalização é uma recusa da responsabilidade. Quando recebe uma crítica racionaliza e se
torna agressivo e mostra que não dá a mínima.
Potencial patológico: dispersão extrema e tentativas de fuga da ansiedade; vícios crônicos graves e
debilitantes; abuso de drogas; impulsividade, agressividade e reações infantis; atividades compulsivas e
humor eufórico; períodos de perda de controle; mania, depressão e extrema instabilidade de humor; períodos
de pânico e terror paralisante; distúrbio de personalidade obsessivo-compulsivo.
Tipo 7 sadio: deixa de acreditar que precisa de determinados objetos ou experiências para ser feliz.
Compreende que neste mundo o sofrimento não pode ser totalmente evitado. Pára de se refugiar no futuro.
Põe sua criatividade e energia a serviço de coisas concretas. Torna-se mais objetivo e concentrado e
profundo. Conclui seus projetos. Adquire o senso da medida e da virtude do tipo: a temperança.
Pensamento e ação curativa: lembra que é de sua verdadeira natureza é ser feliz não por meio do prazer
imediato. Contribuir para que a experiência de todos seja rica.
Reflexão: talvez o que eu tenha seja o suficiente. Talvez eu não precise estar em nenhum outro lugar agora.
Talvez eu não esteja perdendo nada de interessante.
Pensamentos do tipo 7; processador inconsciente:
“Faço do limão uma limonada”. “Logo estarei viajando de novo”.
Profissões / atividades atraentes: escritores, editores, contistas. Áreas que exijam criatividade e busca de
soluções como marketing, vendas, planejamento, busca de idéias e síntese delas. Áreas para os idealistas e
futuristas com visão interdisciplinar.
Profissões / atividades não atraentes: trabalhos que envolvem rotinas ou lugares fechados, ex.
contabilidade. Trabalhos sob supervisão de chefes críticos.
16
TIPO 8: orientado para o poder, a coragem e o confronto.
Pontos positivos: líder. Autoconfiante. Protetor. Estratégico. Planejador.
Organizador. Supera obstáculos. Dinâmico. Muito ativo. Encorajador.
Leva os projetos adiante. Apóia o sucesso dos outros. Autoconfiante. Objetivo.
Competente. Sincero. Poder de decisão. Determinação. Convicção.
Lealdade. Corajoso. É perseverante. Gosta de comandar.
Tem grande energia e vai atrás exatamente do que quer.
Os obstáculos o estimulam. Não gosta de teorias. É direto e prático.
Pontos negativos: tirânico. Violento. Insensível. Possessivo extremado. Controlador. Dominador. Autoritário.
Intimidador. Confrontador. Rebelde. Diz o que pensa. Egocêntrico. Arrogante. Intransigente. Exigente.
Rancoroso. Encontra defeito em tudo. Impaciente. Enerva-se ao lidar com pessoas mais lentas e “fracas”.
Despreza a fraqueza. Pensa que as emoções doces são para pessoas fracas. Espera demais de si mesmo e
dos outros. Sente-se usado quando o desempenho dos outros não corresponde às expectativas suas.
Quer ter forte impacto sobre o mundo. Está convencido de que o mundo é perigoso e injusto. Sua justiça
própria é a única justiça. Considera os outros uma ameaça, e a vida, um combate. Não suporta a menor
frustração, que desencadeia nele surtos violentos e breves. Gosta do poder real, a qualquer preço, quer o
controle e chega a ser dominador. Não gosta de dividir o poder. Ou está com ele ou está contra ele. Quando
uma pessoa é poderosa o tipo 8 respeita, caso contrário, faz de tudo para substituí-la. Descobre os pontos
fracos dos outros e não hesita em usá-los para atingir seus objetivos. Quando subordinado gosta de
questionar as regras e os limites da autoridade. Tem opiniões pessoais muito fortes que considera as certas e
é raro questionar as mesmas. É radical. Gosta de ditar as regras e muitas vezes quebra as mesmas. Age por
impulso. Adora uma briga que pode surgir até de um motivo irrelevante. Encara a vida na base do tudo ou
nada, sem meio termo. Se expressa de forma direta e pode ser intimidador. Manifesta a raiva e a força
abertamente. Agressivo. Exige que o outro faça o que ele quer. Dita os procedimentos e os limites. Faz
ameaças; intimida, provoca temor. Rolo-compressor. É do gênero “Será do meu jeito”. Muito protetor, defende
a si mesmo, aos amigos e aos que considera fracos. Pune os “maus procedimentos” e os “culpados” para
proteger os inocentes e promover a justiça. As pessoas o adoram ou detestam o tipo 8. As primeiras ele
protege, as segundas ele ataca.
Temendo não ser respeitado ou não receber o que lhe é devido ou perder o controle da situação o tipo 8 se
vangloria, blefa, faz grandes promessas e quer que todos saibam que ele é que manda. Oprime, ameaça, se
mostra mal-humorado. Quando sente que os outros estão contra ele, se comporta de modo socialmente
intolerável, mostra-se vingativo, violento e cruel. Não respeita limites, quebra qualquer escrúpulo. Ilude-se de
que é invulnerável, o que pode levá-lo a colocar em risco a si mesmo e aos demais. Quando o tipo 8 está
convencido de que tem inimigos que podem derrotá-lo prefere destruir implacavelmente o opositor, e deixar
até rastro de homicídio.
Forte identificação: com a sensação de intensidade decorrente da resistência ou desafio às pessoas e ao
meio.
O que valoriza: independência e auto-segurança. Quer depender o mínimo possível de alguém e contar
sempre consigo mesmo.
Como lida com os outros: mantendo-se em guarda, impedindo que as pessoas se aproximem demais e
protegendo-se das mágoas e da ansiedade que tem dos outros. Teme que os outros estejam se voltando
contra ele e queiram vingar-se.
Resistência: ao reconhecimento da própria vulnerabilidade e necessidade de cuidados.
Tenta manter a auto-imagem de: forte, resistente, independente, ativo, expressivo, direto, hábil.
Como manipula os outros: dominando os demais e exigindo que faça o que manda.
Regra de chumbo: temendo ser magoado ou controlado pelo outro, o faz temer ser magoado ou controlado
por meio de ameaças e ações intimidadoras.
Medo fundamental: o de ser magoado ou controlado; medo de ser invadido. Teme a intimidade e a
17
vulnerabilidade decorrentes do excesso de confiança e afeto.
Desejo fundamental: proteger-se; determinar o curso de sua própria vida.
Mensagem do superego (juiz): “você estará num bom caminho se for forte e conseguir dominar as
situações.”
Dúvidas cruéis e sofrimento: como saberei que estou sendo forte e que estarei protegido? De quanto
controle preciso? Dominar os outros de fato aumenta meu bem-estar?
Sentimento forte (paixão), vício emocional: excesso, a luxúria. O tipo 8 é imoderado não só no sexo como
em qualquer área: bebida, comida, drogas, fumo, festas, lazer e trabalhar até a exaustão. Cultiva a luxúria,
porque tem necessidade de quantidade e intensidade. A luxúria leva o tipo 8 a tentar controlar tudo em sua
vida e afirmar-se com vigor.
Compulsão: evitar qualquer tipo de fraqueza.
Mecanismo de defesa: negação. Nega o sofrimento sentido ou infligido aos outros. Quanto mais tem de
enfrentar o sofrimento, mais se mostra forte, agressivo e raivoso. Nega o medo a ponto de chegar a situações
perigosas. A negação o faz substituir sentimentos como a ternura em excesso como a luxúria. Nega o
cansaço, a doença. Nega seu impacto sobre os outros e atribui isso à “fraqueza” das pessoas. O sentimento
de culpa para o tipo 8 quase inexiste.
Potencial patológico: sensação paranóica de estar sendo traído por gente “do outro lado”. Isolamento e
amargura crescentes. Falta de consciência e empatia; dureza de coração. Episódios de cólera, violência e
destrutividade física. Elaboração de planos de vingança e retaliação contra “inimigos”. Visão de si mesmo
como “fora da lei”; comportamentos criminosos. Episódios de contra-ataque à sociedade (sociopataia).
Distúrbio de personalidade anti-social. Comportamento sádico.
Tipo 8 sadio: quando deixa de lado sua compulsão por evitar a fraqueza, sua autoconfiança se torna
verdadeira. Não emprega mais a força para se proteger e a põe a serviço das grandes causas. Aceita os
outros como são e os escuta. Descobre a confiança e a compaixão.
Pensamento e ação curativa: lembra que é de sua verdadeira natureza é ser capaz de influir sobre o mundo
de forma positiva e não por meio da agressividade e da dominância. Torna-se mais afetuoso e generoso.
Reflexão: talvez esta pessoa não esteja querendo tirar vantagem de mim. Talvez eu possa baixar um pouco
mais a guarda. Talvez eu possa deixar meu coração ser tocado mais profundamente.
Pensamentos do tipo 8; processador inconsciente:
“Dar um boi para não entrar e uma boiada para não sair”.
“Manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
“Será do meu jeito ou de jeito nenhum”.
“Não se intrometa comigo”.
Profissões / atividades atraentes: empresários, políticos, líderes e funcionários controladores e ambiciosos.
Profissões / atividades não atraentes: lugares que dependam de bom comportamento e da obediência a
ordens. Não gosta de situações onde estão sujeitos a manobras.
18
TIPO 9: orientado para a aceitação e o apoio.
Pontos positivos: pacificador. Agradável. Diplomático. Imparcial.
Afável. Inclusivo e cooperativo. Apóia os outros. Caloroso. Amigável.
Sensato. Enxerga todos os pontos de vista. Altruísta. Compreensivo.
Tolerante. Paciente. Simpatia. Empatia (coloca-se no lugar do outro).
Gentileza. Presteza. Receptividade. Generoso. Flexível. Bom ouvinte.
Ausência de julgamento. Quase não omite opiniões. Solidário.
Centraliza o bem comum: “Se cada um ceder todos ganham”. Busca a paz e a harmonia. Conciliador hábil.
Raramente se queixa. Presença confortável e pacificadora. Não é muito exigente. Pragmático. Bom senso.
Pontos negativos: acomodado. Espaçoso. Negligente. Apático. Preguiçoso. Passivo. Sem grandes
necessidades. Tendência ao devaneio. Vive no mundo da Lua. Desligado. Distrai-se facilmente. Torna-se
dependente das outras pessoas. Prefere uma vida calma. Não competitivo. Dificuldade em saber o que pensa
e sente. Dificuldades em dizer não. Substitui seus desejos pelo dos outros para evitar conflito. Adormecido
para o seu próprio ponto de vista. “Não importa. Para mim, tanto faz”. Conhece melhor o que os outros
desejam do que a si próprio. Indeciso. Procrastinador. Inseguro. Pouca energia. Adia prioridades. Aprofunda-
se em planos que nunca se concretizam ou demora para realizá-los. Deixa-se dominar por atividades menos
importantes. Cumpridor de prazo no último minuto. “Resolvo isso depois”. Quanto mais próxima estiver uma
prioridade, mais atenção dá para atividades secundárias. Precisa de ajuda das pessoas para ser lembrado
das prioridades. Tem muitos interesses. Novos interesses, atividades não importantes, pessoas, coisas, tudo
parece mais importante que o trabalho essencial. Mas nada é realmente importante. Tem dificuldade para
distinguir o essencial do secundário. Se não sabe o que quer, sabe muito bem o que não quer. Tem uma
formidável energia que usa para se imobilizar, muitas vezes esse imobilismo é sua maneira de manifestar a
raiva que ele não tem consciência. Quando acontece e é raro, da raiva se manifestar abertamente, ela surge
com toda a força, fato que fazem os chegados aos 9 e ao próprio 9 ficar surpreso e amedrontado. Ouve todas
as pessoas envolvidas num conflito e acaba perdendo a própria opinião. Teimoso. Contém a raiva.
Agressividade passiva e tardia (mostra sua hostilidade de modo indireto). Não gosta que lhe diga o que fazer,
mas não discorda, espera que os fatos o leve a outro ponto.
Previsível. Limita-se às soluções já existentes e às velhas receitas. Foge da mudança e criatividade, fontes de
potenciais de discórdia. Conhece-se pouco, tem pouca consciência de suas qualidades. Tem dificuldade em ir
para a ação. Não gosta de intervir na vida dos outros. “Finjo-me de morto para sobreviver”. Teimoso quando
pressionado. Carente. Obsessivo com relação a detalhes. Culpa o mundo pela sua infelicidade. Faz o outro
sentir que foi esquecido por ele. Competente e funcional tem dificuldade para distinguir o essencial do
secundário. Se não sabe o que quer, sabe muito bem o que não quer. Tem uma formidável energia que usa
para se imobilizar, muitas vezes esse imobilismo é sua maneira de manifestar a raiva que ele não tem
consciência. Quando acontece e é raro, da raiva se manifestar abertamente, ela surge com toda a força, fato
que fazem os chagados aos 9 e ao próprio 9 ficar surpreso e amedrontado.
Temendo conflitos, lidar com a realidade, por em risco a sua paz, o tipo 9 evita desavenças e começa a
dizer “sim” a tudo que, na verdade, não quer fazer. Organiza a vida de modo a evitar que as coisas o atinjam.
Perde-se em rotinas, inventa afazeres, minimiza ou dessintoniza os problemas, apega-se a ilusões de que
tudo está certo, teima a qualquer tentativa de enfrentar os problemas e suprime a raiva. Tenta bloquear da
consciência tudo que possa o afetar, através da dissociação (desligamento) e negação. Deprime-se, fica sem
energia (apatia) e cai o rendimento. Mostra-se muito ansioso e preocupado.
Forte identificação: com a sensação de estabilidade interior decorrente do distanciamento de impulsos e
sentimentos intensos.
O que valoriza: as qualidades positivas dos demais e do ambiente. Idealiza seu mundo.
O que evita: os problemas com as pessoas queridas e o ambiente, além de sua própria falta de
desenvolvimento.
Como lida com as necessidades: sente-se subjugado por elas e pelas dos outros. Não quer lidar com elas.
19
Resistência: ao reconhecimento da própria força interior.
Tenta manter a auto-imagem de: tranqüilo, relaxado, estável, constante, amigável, fácil de agradar, natural.
Como manipula os outros: “vivendo no mundo da lua” e oferecendo resistência passivo-agressiva.
Regra de chumbo: temendo perder a conexão com o outro, o faz sentir que perdeu a conexão que possuía
com ele “dessintonizando-o” de várias formas.
Medo fundamental: o da perda e da separação; o da aniquilação. Medo de que a realidade o force a
enfrentar seus problemas.
Desejo fundamental: manter o equilíbrio interior e a paz de espírito.
Mensagem do superego (juiz): “você estará bem se os que o rodeiam também estiverem”.
Dúvidas cruéis e sofrimento: o que posso fazer para que os outros fiquem bem? Como posso ter certeza de
que todos estão realmente bem? Por que meu bem-estar depende antes do bem-estar e da felicidade dos
outros? Como isso é impossível, o tipo 9 “dessintoniza” os problemas.
Sentimento forte (paixão), vício emocional: cultiva a preguiça e a falta de disposição. O tipo 9 pode ser
ativo e realizador. A preguiça dele é mais psico-espiritual do que física. Refere-se mais ao desejo de não ser
afetado pelas coisas, uma falta de disposição para entregar-se plenamente à vida.
Compulsão: evitar o conflito. Quando essa compulsão é forte paralisa o tipo 9 e o leva à paixão do tipo que é
a preguiça ou inatividade. Para evitar o conflito ignora seus próprios desejos e necessidades.
Mecanismo de defesa: narcotização. Consiste em substituir suas próprias necessidades por outras coisas
como uso abusivo de álcool, comida, tabaco, escutar rádio, ver televisão, pescar, colecionar objetos,
mergulhar no trabalho, repetir tarefas sem real importância. A narcotização serve para afastar o tipo 9 do
mundo real e para ele ignorar seu ser interior, seus desejos, bem como o dos outros. A narcotização é uma
agressividade indireta às pessoas que o cercam.
Potencial patológico: negação de graves problemas de saúde, financeiros ou pessoais; teimosia acirrada
contra qualquer tipo de ajuda; amortecimento e repressão da vitalidade e percepção geral; sensação de
inadequação e negligência generalizada. Transtorno de personalidade dependente: dependência de outras
pessoas; depressão crônica e perda da sensação de prazer; extrema dissociação (sensação de estar perdido,
confusão, desligamento profundo); despersonalização grave e prolongada; fragmentar-se em sub-
personalidades.
Tipo 9 sadio: deixa de acreditar que é indesejável ou pouco importante e estabelece contato consigo mesmo
e com os outros. Concentra-se nos relacionamentos, reforça sua auto-imagem, inspira a todos. Torna-se mais
ativo e empenhado em realizar projetos pessoais. Aprende a fixar prioridades, prazos e a respeitá-los.
Pensamento e ação curativa: lembra-se de que sua verdadeira natureza é desenvolver a virtude da
atividade e entrega-se completamente à vida.
Reflexão: talvez eu faça a diferença. Talvez eu precise criar coragem e me envolver. Talvez eu seja mais
forte do que penso.
Pensamentos do tipo 9; processador inconsciente:
“Se cada um ceder um pouco, todos ficarão bem”.
“Tanto faz”.
“Vou me fingir de morto para sobreviver”.
“Se cada um ceder todos ganham”.
“Resolvo isso depois”.
“Um dia a sorte me sorrirá”.
“Deixo-me levar pela correnteza”.
“Quanto mais você falar nisso, menos pensarei em fazê-lo”.
Profissões / atividades atraentes:
Empregos que dependem da rotina, burocracia, normas claras e monitoração. Administrativo, secretariado,
atendimento ao público e auxiliares são algumas das áreas comuns. Prefere a realização de tarefas ao
envolvimento ativo na busca de soluções criativas.
Profissões / atividades não atraentes:
Empregos que exigem muita exposição. Atividades que exigem mudanças contínuas.