ENEAGRAMA - texto

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FOLHA DE RESPOSTAS Leia cada item do questionário e marque com um "x" apenas os números que correspondem a sua maneira de sentir, pensar e agir. Responda espontaneamente e com sinceridade. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Total Quando você terminar de responder todo o questionário, some o número de "x" de cada coluna e anote o total na linha final. Este questionário não tem uma interpretação "objetiva", ele serve apenas como uma ajuda no conhecimento de si mesmo e na determinação do seu possível tipo de personalidade do Eneagrama. A coluna na qual você fez a maior quantidade de pontos pode indicar o seu tipo. PERFIL DOS TIPOS DE PERSONALIDADE TIPO 1 1. Esforço-me muito para corrigir meus erros. 2. Em geral, sinto-me incomodado por que as coisas não são como deveriam ser. 3. Odeio desperdiçar tempo. 4. Com frequência, recrimino-me a mim mesmo por não fazer melhor as coisas. 5. Frequentemente, o menor erro pode arruinar todo o trabalho que eu estava fazendo. 6. Tenho dificuldade para relaxar e ser uma pessoa divertida. 7. Normalmente, passam pela minha cabeça palavras de crítica dirigidas a mim e aos outros. 8. Tenho tendência a preocupar-me mais do que os outros pelas coisas. 9. Às vezes, sinto em mim mesmo uma veia puritana. 10. Sinto-me quase obrigado a ser honesto. 11. Para mim, o importante é ser correto. 12. Continuamente tenho um sentimento de urgência, porque o tempo passa muito depressa e ainda falta muita coisa para fazer. 13. Na maior parte do tempo, sinto necessidade de ser responsável. 14. Eu poderia ser, ou sou, uma pessoa escrupulosa. 15. Eu poderia identificar-me facilmente com os cavaleiros das cruzadas na luta contra o mal. 16. Realmente me aborreço muito quando algo não é limpo e honesto.

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Eneagrama

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  • FOLHA DE RESPOSTAS Leia cada item do questionrio e marque com um "x" apenas os nmeros que correspondem a

    sua maneira de sentir, pensar e agir. Responda espontaneamente e com sinceridade. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Total

    Quando voc terminar de responder todo o questionrio, some o nmero de "x" de cada coluna e anote o total na linha final. Este questionrio no tem uma interpretao "objetiva", ele serve apenas como uma ajuda no conhecimento de si mesmo e na determinao do seu possvel tipo de personalidade do Eneagrama. A coluna na qual voc fez a maior quantidade de pontos pode indicar o seu tipo.

    PERFIL DOS TIPOS DE PERSONALIDADE TIPO 1 1. Esforo-me muito para corrigir meus erros. 2. Em geral, sinto-me incomodado por que as coisas no so como deveriam ser. 3. Odeio desperdiar tempo. 4. Com frequncia, recrimino-me a mim mesmo por no fazer melhor as coisas. 5. Frequentemente, o menor erro pode arruinar todo o trabalho que eu estava fazendo. 6. Tenho dificuldade para relaxar e ser uma pessoa divertida. 7. Normalmente, passam pela minha cabea palavras de crtica dirigidas a mim e aos outros. 8. Tenho tendncia a preocupar-me mais do que os outros pelas coisas. 9. s vezes, sinto em mim mesmo uma veia puritana. 10. Sinto-me quase obrigado a ser honesto. 11. Para mim, o importante ser correto. 12. Continuamente tenho um sentimento de urgncia, porque o tempo passa muito depressa e ainda falta muita coisa para fazer. 13. Na maior parte do tempo, sinto necessidade de ser responsvel. 14. Eu poderia ser, ou sou, uma pessoa escrupulosa. 15. Eu poderia identificar-me facilmente com os cavaleiros das cruzadas na luta contra o mal. 16. Realmente me aborreo muito quando algo no limpo e honesto.

  • 17. Sempre me sinto forado a continuar buscando ser melhor naquilo que fao. 18. Sinto que tenho de ser perfeito para que os outros me amem ou aprovem. 19. Geralmente me sinto frustrado porque nem eu nem os outros somos como deveramos ser. 20. Tenho forte tendncia a analisar as coisas em termos de certo ou errado, bom ou mau. TIPO 2 1. Muita gente depende da minha ajuda e generosidade. 2. Orgulho-me do servio que presto aos outros mais do que qualquer outra coisa. 3. Necessito sentir-me importante na vida dos outros. Adoro que as pessoas precisem de mim. 4. Muita gente se sente unida a mim. 5. Frequentemente parabenizo os outros. 6. Adoro salvar as pessoas quando vejo que esto com problemas ou em situaes difceis. 7. Sinto-me quase obrigado a ajudar os outros, que eu queira ou no. 8. Geralmente as pessoas recorrem a mim para conseguir ajuda ou conselho. 9. Muitas vezes, sinto-me sobrecarregado com a dependncia que os outros tm de mim. 10. No sinto que eu tenha muitas necessidades. 11. s vezes, eu sinto que os outros no sabem realmente apreciar aquilo que fiz por eles. 12. Adoro sentir-me unido s pessoas. 13. s vezes, me sinto vtima dos outros, porque penso que somente fui usado por eles. 14. Amar e ser amado so as coisas mais importantes na vida. 15. As questes emocionais so fundamentais para mim. 16. Sinto que mereo ser o primeiro na vida de algumas pessoas, depois de tudo o que eu fiz por elas. 17. Creio que sou uma pessoa de tipo nutritivo: as pessoas se alimentam de mim. 18. Quando tenho um tempo livre, frequentemente gasto-o ajudando as pessoas. 19. Normalmente, eu me comunico mais com meus amigos do eles comigo. 20. Adoro preocupar-me com os outros. TIPO 3 1. Adoro manter-me "por cima", "na crista da onda". 2. Adoro trabalhar em equipe e sou um bom membro dela. 3. Eu me identifico com a preciso e o profissionalismo. 4. Parece-me simplesmente natural o fato de que eu seja capaz de cumprir ordens e organizar as coisas. 5. A palavra "xito" tem fundamental importncia para mim. 6. Adoro ter metas, objetivos claros e saber em que ponto estou no caminho para alcan-los. 7. Gosto das tabelas de avaliaes, os graus e outras possveis indicaes de como vai meu desempenho. 8. As outras pessoas tm inveja da quantidade de coisas que eu sou capaz de fazer. 9. fundamental para mim poder projetar a imagem de ser uma pessoa de xito. 10. Para mim, no problema tomar decises. 11. Para ser uma pessoa de sucesso, algumas vezes voc obrigado a comprometer ou infringir suas prprias normas. 12. Quando recordo meu passado, tenho tendncia a lembras as coisas que fiz corretamente, mais do que aquelas nas quais cometi erros ou executei mal. 13. Odeio que me digam que estou fazendo algo que no funciona. 14. Geralmente prefiro ocupar-me com o trabalho de pr em marcha uma operao, mais do que mant-la funcionando. 15. Eu poderia muito bem fazer a publicidade de um projeto. 16. Posso identificar-me tanto com meu papel, funo ou trabalho, que me esqueo de quem sou. 17. Creio que as aparncias so importantes. 18. Sinto que preciso de muitas conquistas para que as pessoas prestem ateno em mim e me notem. 19. Tenho tendncia a ser uma pessoa assertivamente ganhadora. 20. As primeiras impresses valem. TIPO 4 1. A maioria das pessoas no aprecia a verdadeira beleza da vida.

  • 2. Tenho uma nostalgia compulsiva pelo meu passado. 3. Trato de parecer natural e informal. 4. Sempre senti uma atrao pelo simblico, 5. As pessoas no sentem to profundamente como eu. 6. Geralmente as pessoas no tm capacidade para compreender como me sinto. 7. Gosto de fazer as coisas adequadamente e com distino. 8. O ambiente ao meu redor muito importante para mim. 9. Adoro o teatro e tenho fantasias nas quais estou num palco ou num cenrio. 10. As boas maneiras e o bom gosto so importantes para mim. 11. No gosto de pensar em mim mesmo como sendo uma pessoa comum e corrente. 12. Posso estar preocupado com temas com a dor, a perda e a morte. 13. s vezes, me preocupa que a minha resposta afetiva ou que meus sentimentos habituais no respondam com a devida intensidade aos estmulos que recebo. 14. Parece-me que percebo bastante facilmente muitos dos sentimentos das pessoas quando estou num grupo, por isso, frequentemente perco a noo sobre onde terminam os meus sentimentos e comeam os outros. 15. Creio que o fim de um relacionamento me aborrece mais do que aos outros. 16. Encontra forte ressonncia em mim a figura do "palhao trgico", sorrindo atravs das lgrimas. 17. J fui acusado de ser solitrio. 18. Encontro a mim mesmo oscilando entre altos e baixos, alterando momentos de exaltao e de depresso. Ou estou muito exaltado ou muito deprimido. No me sinto vivo quando estou num meio termo emocional. 19. As pessoas me acusam de ser muito dramtico, mas elas realmente no compreendem como me sinto. 20. As expresses artsticas e a arte so muito importantes para mim: funcionam como um meio de canalizar minhas emoes. TIPO 5 1. Tenho tendncia a esconder meus sentimentos. 2. Cuido daquilo que possuo e coleciono ou junto coisas que posso necessitar ou usar um dia. 3. No sei muito bem com entrar em conversas ou papos intranscendentes. 4. Gosto muito de sintetizar intelectualmente as questes e relacionar entre si idias diferentes. 5. Quando algum me pergunta como estou me sentindo agora ou quando estou perturbado, nunca sei o que responder. 6. Necessito de muito tempo livre e o espao de vital importncia para mim. 7. Tenho tendncia a deixar que os outros tomem a iniciativa. 8. Geralmente, tomo lugar na plateia e observo os outros, mais do que misturar-me com eles. 9. Tenho tendncia a ser algo solitrio. 10. Creio que sou mais calado que os outros. Muitas vezes, as pessoas me perguntam em que que estou pensando. 11. Tenho dificuldade em perguntar ou buscar fora de mim aquilo que necessito. 12. Surgindo um assunto, prefiro enfrent-lo sozinho, para depois discuti-lo com os outros. 13. E muito difcil para mim fazer valer meus direitos. 14. Trato de resolver meus problemas pensando. 15. Eu gosto de enfocar as coisas com perspectiva, retroceder e abranger tudo num quadro geral. Se deixo algo de fora, me acuso de ser to ingnuo ou simplista. 16. Tenho tendncia a ser mesquinho com meu tempo, dinheiro e com minha pessoa e energias. 17. Realmente odeio quando no obtenho o valor do meu dinheiro. 18. Quando estou contrariado comigo mesmo ou com os outros, frequentemente penso em mim e neles em termos de "loucos", "idiotas" ou "estpidos". 19. Tenho um tom de voz muito suave e as pessoas muitas vezes tm que me pedir para falar mais alto. Isso me irrita. 20. Tenho tendncia a ser algum que recebe, muito mais do que d. TIPO 6

  • 1. Sou basicamente a pessoa do tipo "meio termo". 2. Para mim a lealdade ao grupo muito importante. 3. Acho difcil ir contra o que a autoridade me diz. 4. Antes de tomar uma deciso, necessito de informao adicional para estar seguro de que estou preparado. 5. Gasto muito tempo para decidir o que eu quero, porque necessito explorar todas as opes. 6. Muitas vezes eu duvido se serei capaz de fazer o que se deve fazer. 7. Geralmente estou cheio de dvidas. 8. Gosto muito de estar seguro antes de atuar. 9. difcil dizer o que as pessoas devem fazer se no h leis escritas. 10. Geralmente tenho tendncia a atuar e agir sob o sentido do dever e da responsabilidade. 11. Gosto de ter regras e limites precisos no meu trabalho. 12. Creio que sinto com mais intensidade que os outros as ameaas e perigos. 13. Tenho tendncia a tomar partido e estar do lado para o qual se inclina a maioria. 14. Tenho tendncia a estar alerta e sou muito sensvel a contradies. 15. Frequentemente estou avaliando os outros em termos de se eles so ou no uma ameaa para mim. 16. Prefiro ter as coisas catalogadas antes que indeterminadas. 17. A "prudncia" uma virtude importante para mim. 18. Constantemente pareo trabalhar contra ou desafiando meus medos. 19. Pareo ocupado em defender-me a mim mesmo ou minha posio, mais do que as pessoas em geral. 20. Muitas vezes fantasio que tenho um papel ou posio tipo "heri". TIPO 7 1. Creio que sou menos desconfiado das pessoas e de suas motivaes do que parecem ser os outros. 2. Existem muito poucas coisas na vida das quais eu no posso desfrutar. 3. Penso que as coisas sempre esto bem ou vo melhor. 4. Desejaria que os outros fossem mais otimistas a respeito das coisas. 5. Adoro que os outros me vejam feliz. 6. Usualmente velo os aspectos bons ou positivos das coisas e no percebo muito o lado mau ou negativo da vida. 7. Gosto de quase todas as pessoas que conheo. 8. Adoro contar histrias e piadas e, assim, alegrar os demais. 9. Gosto de pensar em mim mesmo como sendo um "criano", uma pessoa divertida. 10. As pessoas dizem que eu constantemente sou a alma da festa. 11. Gosto de considerar as ramificaes csmicas dos eventos, a importncia universal de tudo o que acontece. 12. Minha teoria : se algo bom, mais melhor. 13. Penso que no bom estar triste por muito tempo. 14. Gosto de fazer com que as coisas sejam simpticas. 15. Adoro o "sabor" da vida. 16. Tenho tendncia a ser entusiasta quanto ao futuro. 17. Gosto de animar e estimular os outros. 18. Evito, na maior parte do tempo possvel, envolver-me em assuntos realmente chatos e maantes. 19. Tenho tendncia a pular de uma coisa para outra mais do que entrar profundamente em cada uma delas. 20. Recordo minha infncia como um tempo feliz. TIPO 8 1. Sou muito bom para manter-me firme na minha posio e brigar ou lutar por aquilo que eu quero. 2. Percebo rapidamente os pontos fracos dos outros e a que eu ataco se me provocarem. 3. Tenho facilidade em expressar minha insatisfao com as coisas. 4. No tenho medo de enfrentar as pessoas e as enfrento quando necessrio. 5. Desfruto com o exerccio do poder. 6. Tenho sensibilidade para perceber onde reside o poder de um grupo. 7. Sou uma pessoa agressiva e auto-afirmativa.

  • 8. Sei como deixar as coisas concludas, "com os pingos sobro os is". 9. Tenho problemas em aceitar e expressar meu lado terno, gentil, suave, feminino. 10. Aborreo-me facilmente e gosto de estar em movimento. 11. Justia e injustia so questes fundamentais para mim. 12. Protejo as pessoas que esto sob minha autoridade ou jurisdio. 13. Vejo-me a mim mesmo como uma pessoa "com os ps no cho", sou realista. 14. Geralmente no me importo com a introspeco ou com demasiada auto-anlise. 15. Vejo-me a mim mesmo como u anti-conformista. 16. No gosto de ficar meditabundo num cantinho. 17. No gosto que me chamem a ateno ou que me corrijam. 18. Creio que sou um trabalhador esforado. 19. Custa-me deixar que as coisas aconteam sozinhas. 20. Creio que as outras pessoas criam seus problemas por si mesmas. TIPO 9 1. A maioria das pessoas se preocupa demais com as coisas. 2. Existem muitas coisas na vida que no merecem tanta preocupao. 3. Geralmente estou tranquilo e pacfico. 4. Sou uma pessoa extremamente bonachona. 5 . Eu no seria capaz de recordar qual foi a ltima vez que tive transtornos dormindo. 6. Adoro o tempo ocioso. 7. Ainda que existam algumas diferenas, sinto que a maioria das pessoas gentil. 8. Geralmente no me sinto muito entusiasmado pelas coisas. 9. No h nada to urgente que no possa esperar at amanh. 10. Necessito de estmulo externo para colocar-me em movimento. I I . Odeio desperdiar minhas energias no que quer que seja. Costumo economizar energia quando me aproximo das coisas. 12. Minha atitude : "eu no deixo que me compliquem". 13. Posso ser um juiz absolutamente imparcial porque um lado to bom quanto o outro. 14. Odeio estar desconfortvel. 15. Geralmente, sigo a linha de menor resistncia ou o caminho de menor dificuldade. 16. Estou orgulhoso de ser uma pessoa estvel. 17. Tenho tendncia a fazer as coisas. 18. No penso em mim mesmo como sendo de todo to importante. 19. Tenho dificuldade em escutar com a devida ateno. 20. Identifico-me com esta afirmao: "por que estar de p, quando posso estar sentado; e porque estar sentado quando posso estar deitado?".

    O ENEAGRAMA - UM CAMINHO DE AUTOCONHECIEMENTO

    A palavra "eneagrama" originou-se do grego "ennea", que significa nove, e "grammos", que significa pontos. E um diagrama em forma de estrela em forma de nove pontas que pode ser usado para mapear o processo dinmico de personalidade, desde sua origem, passando por todas as fases no seu processo de INTEGRAO e DESINTEGRAO.

    Trata-se de uma tipologia muito antiga, utilizada pelos sulistas - uma corrente mstica do islamismo. Resume as mais variadas formas de comportamento a apenas nove tipos bsicos e suas respectivas combinaes. Atravs dele podemos estudar o ser humano tanto na sua dimenso interior como nos seus condicionamentos externos, convidando-o a conhecer-se a si mesmo e a superar-se. Como mtodo de auto-ajuda espiritual, o eneagrama compatvel com a tradio crista. Podemos dizer que ele busca trazer autoconhecimento, mudanas e converso.

    O eneagrama tem suas origens no Afeganisto h mais ou menos dois mil anos, talvez logo nos primeiros anos de influencia crist na Prsia. Ele parte de uma tradio de ensino oral, como tpico da sabedoria oriental. O sufismo desenvolveu o eneagrama como mtodo e descobriu nove padres constantes, devido aos quais as pessoas tinham muita dificuldade para encontrar a Deus e ao outro, s esbarravam em si mesmas e eram obstrudas por barreiras e bloqueios internos.

  • O problema bsico - ponto de partida do mtodo - do eneagrama o seguinte: por que, na luta pela vida, nos voltamos para ns mesmo, buscando proteger e defender solidariamente nosso EGO, ao invs de abris-nos para Deus e ao outro?

    A teoria do eneagrama nos explica que cada um de ns tem uma natureza essencial, qualitativamente distinta daquilo que poderamos chamar de personalidade adquirida. A criana pequena se relaciona com a me e com o ambiente de um modo altamente sensorial, mas indiferenciado. Ela no sabe a diferena entre si mesma e os outros e no tem limites sem defesas prprias. Na medida em que vai crescendo, tem de desenvolver um eu separado, adaptado tenso do comeo da vida em famlia. Na nossa essncia somos como crianas pequenas; no h nenhum conflito entre nossos pensamentos, emoes ou instintos. Agimos corretamente e sem hesitao para manter o bem-estar que decorre de uma confiana bsica no ambiente e nas outras pessoas. A personalidade adquirida surge porque temos que sobreviver no mundo fsico no qual impera o princpio de realidade. Como as pessoas e o mundo no so capazes de atender com prontido e eficincia as necessidades infantis, a criana sofre, nstaura-se uma contradio entre a confiana essencial da criana no ambiente e a realidade familiar que deve ser obedecida. O processo educativo implica em renunciar a toda uma srie de satisfaes instintivas e isso implica em renncias dolorosas. Essa personalidade se desenvolve com o intuito de proteger a essncia dos males e das injrias do mundo material. Assim, amadurecemos com uma combinao impar de talentos, interesses e defesas. Essa personalidade adquirida constituda por um conjunto de ideias,, crenas, hbitos e comportamentos compulsivos e estereotipados; podemos consider-la como um falso eu ou como o homem velho que fala o apstolo So Paulo.

    O propsito do eneagrama ajudar-nos a descobrir o tipo de nossa falsa personalidade, que entendida como uma limitao da nossa liberdade. Isso importante e pode ser uma experincia chocante - porque percebemos ento que o tipo que somos reduz nossas opes e nos restringe a um ponto de vista limitado. Pode ser espantoso descobrir que percebemos a realidade como seus trezentos e sessenta graus num ngulo muito limitado e que a maior parte de nossas observaes e interesses se baseiam mais em hbitos altamente sofisticados do que num verdadeiro livre-arbtrio.

    DESCRIO DOS NOVE TIPOS DE PERSONALIDADES DO ENAGRAMA

    TIPO UM Fixao: ira. Idealizao do ego: "Sou perfeito! Tenho razo! Sou bom!".

    Evitam a raiva porque so perfeccionistas e no aceitem a '"imperfeio" de sentir raiva. claro que sentem muita raiva, mas eles a reprimem a ponto de tornarem-se inconscientes dela. Geralmente h um tom de irritao em sua voz e suas atitudes so rspidas.

    Costumam expressar seu ressentimento aos seus amigos ntimos, relatando os defeitos alheios e as ofensas que receberam deles. Sua expectativa que a vida seja perfeita e, ento, tendem a preocupar-se porque as coisas nunca so como deveriam ser. Gastam muito tempo preparando e revisando o que preciso saber. Exemplo disso a clssica e prefeita dona de casa, o contador meticuloso, o professor que insiste em repetir a lio se ela no foi perfeita. Sempre esto dispostos a gastar tempo extra numa tarefa que seja muito importante para eles, de modo que saia bem feita. So bons para trabalhar duro e tornar possvel o que querem.

    A grande importncia que do perfeio torna-os pessoas frustadas, porque esto sempre insatisfeitos com o que vem em si mesmos e no meio ambiente. No so capazes de aceitar as limitaes devidas ao tempo e natureza humana; para eles as coisas no esto corretas se houver alguma imperfeio. Percebem-se a si mesmos como sempre tentando fazer o que correto e esperam que os demais faam o mesmo. Ficam irritados ao perceberem que os outros no se esforam como ele para fazer as coisas corretamente.

    Por que eles necessitam que as coisas sejam perfeitas? Na sua viso, eles s so aceitveis como pessoas quando so perfeitos: simplesmente

    cresceram com a ideia de que se no fossem perfeitos no seriam amados e aceitos. Foram os tpicos "bons meninos". Tem uma instncia crtica interna que est permanentemente monitorando suas possveis falhas ou faltas. Por causa desse severo juiz interno, eles esto sempre respondendo a crticas a si mesmo que parecem no ver de parte alguma. Inclusive podem interromper-se no meio de uma frase para responder a uma auto-objeao. So inclinados a revisar analtica e detalhadamente o passado, a

  • ponto de analisar o que aconteceu em cada momento. Amam os detalhes do passado e em um dirio de vida anotam o dia e a hora das coisas insignificantes. Tudo isso dentro de uma perspectiva de checar o correto e o incorreto. Tambm agiro assim em relaes com os outros.

    Ao analisar o passado, voltam uma e outra vez sobre os mesmo argumentos, remoendo as mesmas dvidas e objeoes, ainda que os outros j considerem o assunto como definitivamente encerrado.

    O juiz interno est sempre pronto para trazer baila as mesmas velhas objeoes e jamais est totalmente satisfeito com a bondade e retido de algo. As objeoes conduta passada saltam a qualquer instante, ainda que no venham ao caso no presente momento. Eles "colecionam" as prprias falhas, inclusive as alheias, e vo somando as novas com as velhas. Certamente eles no esto conscientes de que reprimem (ou suprimem) sua raiva, ainda que se irritem por qualquer coisa que no esteja perfeita. As feitas alheias so vistas como inaceitveis, mas caracteristicamente, eles no diro ao outro qual sua falha, porque supem que cada pessoa deve dar-se conta de quais sejam sues erros e corrigi-los. Essa postura com relao aos demais tende a produzir uma adaptao muito pobre ao meio.

    Experimentam uma intolerncia no manifesta por causa do jeito de ser das coisas. Constantemente pensam na necessidade de melhorar a si mesmos e tambm ao outros. As

    pessoas percebem um tipo UM como eternos insatisfeitos com respeito ao que quer que seja. Tambm existe neles uma obstinao em fazer as coisas do seu jeito. Tendem a mostrar-se

    impacientes com os procedimentos tradicionais j aprovados pela passagem do tempo. Quando vem uma forma simples e direta de fazer alguma coisa, tratam de manipular os outros para que o faam desse modo. Os detalhes de como se faz alguma coisa muito importante para eles e isso pode ceg-los com respeito a valores superiores. Costuma "no ver o bosque por causa das rvores", perdendo-se de tal maneira nos detalhes de uma tarefa que se esquecem de perguntar o que que se deveria fazer primeiro. Essa meticulosidade com os detalhes faz com que se tornem muito lentos para tomar decises. Insistem em que uma deciso no deve ser tomada at que todos os detalhes tenham sido estudados. Quando se trata de conseguir sua colaborao, no convm pression-los para que tomem uma deciso imediata, porque nesse caso sua resposta provavelmente ser negativa. Parece-lhes que no h tempo suficiente para pensar sobre algo correto ou incorreto. Quando so lderes de um grupo, no so capazes de comear uma reunio de trabalho enquanto no tenham chegado todos os participantes. O grupo no funciona perfeitamente bem, na perspectiva deles.

    Com freqncia eles se desculpam e se justificam frente ao outros. Dizem: "no sou esperto nisso'", "no fiz como deveria ter feito'", "no houve tempo suficiente para faz-lo bem feito", etc, expressando simplesmente sua insatisfao consigo mesmos. Nunca parece haver tempo para fazer bem as coisas. No podem tolerar a desordem, dizem: "H um lugar para cada coisa e cada coisa deve estar no seu lugar".

    Eles se sentiro bem psicologicamente contanto que possam fazer as coisas segundo seu prprio modelo ou normas de perfeio. Quando eles vem que lhes faltam o tempo e as energias necessrias para desenvolver suas tarefas realmente bem, provvel que se sintam muito desanimados, podendo inclusive cair na melancolia e na depresso. Consequentemente, acabaro no fazendo nada, exceto sentir-se ressentidos contra os demais e maltratados por eles.

    Alm destas caractersticas compulsivas, eles tm muitas qualidades atraentes. Acabam sendo admirveis no seu esforo permanente em busca da perfeio. Quando crianas, devem Ter sido alunos aplicados, mesmo s custas de no se divertirem. Faro qualquer sacrifcio para que as coisas saiam bem. Esto dispostos a fazer muita hora extra trabalhando na preparao de algo e do muita importncia limpeza e a ordem.

    Como companheiros, os UM podem ser muito agradveis porque geralmente so divertidos. So animados no falar e tem uma simplicidade encantadora na forma em que fazem uma observao ou com que vo ao "x" da questo. Geralmente apontam o dedo em riste enquanto falam. Sua insistncia em levar em conta seriamente todos os detalhes faz com que fatos muito comuns, como por exemplo o momento exato com a vida cotidiana. O fato de que estejam sempre pensando em melhorar as coisas pode estimular outros a fazer mais esforos para melhorar tambm. Sua preocupao pela ordem e limpeza certamente faro com que os lugares sejam mais atraentes para se viver.

    Eles sero apreciados de modo especial por sua honestidade e retido. Exigem justia para todos. Ainda que se costume atender melhor quem tem poder ou riqueza, os UM passam por cima desta

  • pretenso de superioridade e tratam de modo igual a todas as pessoas, porque isso que esperam dos demais. TIPO DOIS Fixao: superioridade. Idealizao do ego: "Eu ajudo a todos em tudo!".

    Os dois evitam reconhecer as prprias necessidades, pois esto sempre ocupados em satisfazer as necessidades dos demais. Por detrs deste esprito servial, tem uma profunda necessidade de obter algo da pessoa a quem muito ajudam. O que eles buscam como retribuio, provavelmente de modo inconsciente, amor e apreo, especialmente se isto for expresso como dependncia dos outros com relao ao DOIS. Realmente so pessoas muito necessitadas. A razo de ajudar o outro consiste em chamar a ateno desta pessoa para eles mesmos. Esta sua estratgia para conseguir amor. Sua incapacidade de perceber que se trata de uma ttica calculada tem sua causa no fato de que evitam admitir os verdadeiros motivos da necessidade que tem de servir aos outros.

    Os DOIS necessitam ser necessrio. Sua ateno est orientada para responder as necessidades alheias, especialmente quando se trata de pessoas importantes para eles. Esta preocupao por satisfazer as necessidades do outro a forma principal de relacionar-se do tipo DOIS. Geralmente, os DOIS faro um grande esforo por descobrir quais so as coisas preferidas de um amigo: seu prato predileto, sua roupa preferida, se preocupar em fazer o gosto dele e agrad-lo. Se o outro no percebe isso, o DOIS ficar muito constrangido e se sentir profundamente ferido. O amigo sentir que o outro "faz uma tempestade num copo d'agua". Usualmente o tipo DOIS no se enfrenta abertamente com os outros com raiva, mas expressa seu mal-estar por haver sido desprezado, dizendo, talvez com lgrimas, que os demais no sabem apreciar tudo o que o DOIS fez por eles. Inclusive, podem desquitar-se fazendo comentrios maliciosos sobre seus amigos para outras pessoas.

    Os DOIS valorizam o tempo principalmente como meio para ser usado em suas relaes interpessoais. Em uma reunio, se concentram em atender as necessidades das pessoas, ou atraindo sua ateno para eles, por exemplo, servindo o caf. Avaliam a reunio pelo bom relacionamento que puderam estabelecer com algum(ns) dos presentes, mas do que pelo cumprimento ou no da pauta.

    Ao considerarem-se auxiliadores dos demais, geralmente escolhem uma profisso caracterizada pelo servio ao outro. A existe o perigo de se preocuparem mais em estabelecer relaes interpessoais, ao invs de ajudarem realmente. Podem tratar de faz-lo mediante diversos tipos de manipulao para convertei" o outro em dependente dos servios que podem prestar-lhes, de maneira a prolongar a intimidade pessoal. Por tudo isso, podem se sentir orgulhosos do sacrifcio pessoal que fazem em favor dos outros. Como conselheiros, procuram que o cliente fique entusiasmado com as sesses e se concentre s naquelas necessidades que podem ser satisfeitas com os prprios recursos de amizade e conselho do DOIS.

    Sua compulso de serem necessrios coloca-os em uma situao bem desvantajosa quando os outros no necessitam de ajuda ou no gostam de serem ajudados. No importa o grau de necessidade de algumas pessoas, elas simplesmente se recusam a permanecer na situao de dependncia que os DOIS tentam criar. Segundo seu ponto de vista, quando no h nada a fazer em favor dos outros, no h nada a fazer absoluto.

    E fcil perceber e admirar as qualidades positivas dos DOIS. So bondosos, sensveis e preocupados com o bem-estar dos demais. Esto dispostos a fazer grandes sacrifcios para ajudar. Do grande valor s relaes interpessoais. So pessoas ternas, querem tocar os outros, ficar de mos dadas com eles, faz-los sentirem-se vontade e felizes. Esto sempre dispostos a acolher os outros em sua casa. Longe de ficarem fechados em seu prprio mundo, quando entram em contato com outra pessoa, procuram conhec-la intimamente e querem que ela se sinta importante e amada.

    Falam muito sobre as necessidades dos outros. Esto sempre prontos para ir onde quer que seja, contanto que possam ajudar a outras pessoas, sejam familiares ou no. Os DOIS tem grande simpatia e se aproximam dos demais com sensibilidade e de braos abertos.

    Costumam ser vistos pelos outros como sendo "santos vivos". Os dois so por natureza, no-violentos. Podem inclusive mostrar uma inocncia feliz quanto aos

    perigos reais do mundo. Ao invs de condenar os demais pelos seus erros, morais ou de outro tipo, costumam ajud-los na infelicidade que lhes causa esses erros. Para os DOIS, no importa julgar nem condenar os demais, e sim ajud-los.

  • TIPO TRS Fixao: eficincia. Idealizao do ego: "Sou eficiente! Tenho xito!".

    A compulso dos TRES consiste em evitar o fracasso. Os TRS cresceram pensando que seu valor pessoal consiste simplesmente no xito de suas realizaes. Consequentemente, tendem a colocar toda sua identidade como pessoas no papel que desempenham. Ao longo da sua vida podem mudar o papel que desempenham, mas avaliam sua vida segundo o xito que estejam obtendo no papel que desempenham em cada momento concreto. Do seu ponto de vista, o fracasso intolervel. Colocam toda sua energia em triunfar na tarefa ou papel que tiveram empreendido, ainda que frequentemente s assumam aquilo que apresente boas possibilidades de sucesso e no aceitam aquilo que oferecem riscos.

    Para eles, o xito inclui a eficincia. Preocupam-se em fazer as coisas da melhor maneira possvel. Crem que o sucesso depende de uma boa organizao e de um planejamento adequado. Insistem em escrever as metas e os objetivos e so minuciosos na avaliao da execuo. Como o xito no seu empreendimento tem a mxima importncia para os TRS, no s so capazes de sacrificar sua vida para obt-lo, como esperam que os demais estejam dispostos a fazer sacrifcios pessoas semelhantes. Exigem de seus empregados um trabalho bem feito e no compreendem com facilidade a ineficincia nem a aparente perda de tempo na execuo. Tendem a ser muito intolerante diante da incompetncia dos outros.

    A imagem projetada na opinio pblica decisiva para o sucesso, tal e como eles o interpretam. Como vendedores, acreditam piamente no seu produto. Inclusive podem no se dar conta de que a sinceridade que projetam talvez no concorde com a verdade que conhecem bem l no fundo do seu prprio corao. Em seu modo de ver, so sinceros, porque seus coraes crescem ao projetar uma imagem que vender o produto. De modo quase inconsciente, manifestam em pblico sentimentos que consideram apropriados para conseguir sucesso. Consequentemente, sacrificam seus sentimentos genunos em benefcio da criao de uma imagem que agrade ao pblico. Costumam no ter uma vida pessoal privada porque esto dominados pelo seu papel e pelo que pretendem conquistar. Eles tm sentimentos pessoais, mas estes so colocados de lado para serem considerados em outro momento. Depois de todo seu esforo, no querem permitir que seus sentimentos coloquem a perder o xito pelo qual tanto trabalham. Como resultado usam uma "mscara" que retrata seu papel, mas que no permite que os demais os conheam pessoalmente. Usam a mscara sem perceber, j que esto identificados com seu papel.

    Os TRES gostam de escolher uma profisso na qual possam manter seu prprio "show" ou exibio. Tornam-se vendedores, executivos, homens de negcio, inclusive mdicos. Qualquer que seja seu papel, ele se constitui na sua vida real. Identificam-se tanto com seus projetos que nem percebem as contribuies que os outros fazem em favor do seu sucesso. As vezes manipulam os demais como instrumentos de trabalho ou como escadas para obter xito. Podem ser bastante frios nas questes que consideram chaves para conseguir sucesso e necessitam acumular xitos, um atrs do outro, de modo insacivel, sem nunca estarem satisfeitos.

    Geralmente, exibem uma forte tendncia ao. Ainda que no tenham presente nenhum objetivo claro ou no saibam o que fazer a seguir, continuam movendo-se, mesmo que seja s para resolver os papis ou andar de um lado para outro. Como seu impulso para a atividade muito forte, eles no conseguem ficar sem fazer nada, sejam quais forem s razes.

    Muitos dos valores que so importantes para os TRES so tambm admirados e necessrios para os demais. O grande esforo que fazem para organizar tudo constitui um inegvel benefcio. Sua insistncia em uma definio clara dos objetivos, da descries do trabalho e das normas para a avaliao do sucesso ou do fracasso, faz com que as pessoas trabalhem unidas e cria um esprito de equipe. Eles no se preocupam muito com os detalhes, mas recordam continuamente aos demais os objetivos do trabalho e uma perspectiva do futuro. Sua grande determinao para conseguir o sucesso gera energias para ampliar o trabalho e sempre termina por envolver mais pessoas que, assim, conseguem obter um emprego na sua empresa.

    Os TRS so muito bons para trabalhar em equipe. A imagem que irradiam arrasta aos demais atividade e cria um sentido de satisfao por estar trabalhando em algo verdadeiramente digno de

  • esforo. Seu entusiasmo muito contagioso. Eles estimulam os demais a cuidar melhor da sua aparncia externa e da constncia no trabalho feito em colaborao com os outros, sem tantos altos e baixos. Sua forte motivao manter em alerta os demais e os animar para fazerem maiores esforos em favor de um projeto comum.

    Os tipos TRS costumam ser grandes conversadores. Parece que nunca lhes faltam os assuntos ou as palavras. Sua presena anima e diverte os demais. Podem fazer com que uma verdade ressoe com mxima amplitude. Como chamam a ateno, sua aparncia sempre muito cuidada e agradvel, inclusive sua forma de vestir.

    Trabalhar com um tipo TRS pode ser magnfico. Eles no costumam vigiar o relgio, esperando que todos os funcionrios batam o ponto, ao entrar e sair, na hora certa. No se molestam com a falta de pontualidade nem que algum tenha que sair mais cedo, sempre que se faa o trabalho devidamente. Sua dedicao ao xito garante que todos os que entram na sua equipe ou organizao passem a ser parte de um time vencedor.

    So tambm bons conselheiros ou diretores espirituais. So muito objetivos e podem ajudar os demais a organizar suas vidas de acordo com objetivos ou metas que valham a pena.

    Estimulam as pessoas a questionar-se sobre o sentido de suas vidas e a dar os passos adequados de acordo com suas esperanas e convices. TIPO QUATRO Fixao: melancolia. Idealizao do ego: "Sou especial! Sou nico! Sou diferente! Sou sensvel! Sou da elite! Tenho classe! Tenho estilo!".

    A compulso do tipo QUATRO consiste em ser especial e evitar ser comum e corrente. Os QUATRO no so como todo mundo, o que significa que se percebem como muito diferentes das outras pessoas. Essa diferena deve-se especialmente ao fato de eles terem um sentido do trgico em suas vidas. Geralmente, esse sentimento tem sua origem no fato de que eles cresceram sentindo-se abandonados pelo pai, pela me ou por ambos. Sentem que os demais no so capazes de compreender sua solido e as dores que sofrem. Esta percepo de tragdia pessoal faz com que eles se percebam e se sintam pessoas especiais.

    Eles tm dificuldades para sentir-se naturais e espontneos. Podem ensaiar como querem aparecer aos demais, simulando uma cena. como se fossem atores. Nunca sentem que conseguiram sei- to informais quanto gostariam de ter sido. Os demais percebem os QUATRO como tendo um "encanto estudado". Com frequncia so dolorosamente conscientes de estarem representando um papel, de estarem atuando na frente dos outros, mais do que sendo realmente eles mesmos. Anseiam pela simplicidade, mas tm a sensao de eu nunca conseguem alcan-la. Amam o teatro, mas quando assistem a uma pea, eles se identificam com a interpretao dos atores, ao invs de experimentar a representao como uma forma de se aprofundar na prpria vida.

    Eles costumam ostentar um sorriso que diz que so especiais, que compreendem algumas coisas melhor do que os outros. Isso lhes d um ar de superioridade, de reserva ou de distncia, inclusive quando se mostram amistosos e ternos. No fcil conhec-los bem.

    Vestem-se informalmente, mas com notvel bom gosto e elegncia. Inclusive sua expresso corporal mostra que eles so especiais, j que os demais no tm to bom gosto e estilo.

    Os QUATRO parecem estar sempre esperando para comear sua verdadeira vida. Invejam os demais que vem como sendo mais naturais do que eles so, mas esperam que ao comearem sua verdadeira vida, vo descobrir como serem mais naturais. Tm a sensao de que ainda no se envolveram com suficiente profundidade no sentido de estarem realmente vivos. O eu os faz sentir-se realmente vivos a intensidade da emoo, seja alegria ou tristeza. Desejam sentimentos profundos. Sentir-se neutros como estar apenas vivo. Eles experimentam uma dificuldade terrvel em dizer adeus porque querem aprofundar o mximo nas emoes trgicas da partida e da separao. Sua ateno atrada para sentimentos de tristeza, dor e perdas de todos os gneros. So inclinados a recordar os aspectos tristes do seu passado, lamentando-se pelas oportunidades perdidas, sua infncia desgraada ou outras experincias de solido ou abandono por parte de outras pessoas. Isto os toma melanclicos e podem perder o sentido da esperana na vida.

  • Seu ser 'especial' dificulta-lhes ter amizades ntimas, as quais so baseadas na igualdade e na reciprocidade. Como eles tendem a sentir-se incompreendidos e mal interpretados, distanciam os demais e no lhes permitem entrar no seu espao interior, ntimo e real. Podem fazer pensar que desfrutam com seu prprio sofrimento ao descreverem-se como marcados pela tragdia, mas quando explicam o que aconteceu, vo tratando de dizer o quanto so especiais. Sentem-se como "nobres no exlio".

    Os QUATRO so pessoas atraentes por muitas qualidades notveis. Eles realmente tm um corao compassivo: sabem o que a dor e o que se sente quando se vive a incompreenso ou o abandono. Por causa da sua grande sensibilidade, experimentam dores que outros nem sequer percebem ou no sem importam.

    Outra de suas grandes qualidades seu sentido inato de expresso simblica que vai alm do que pode alcanar ou transmitir a palavra. Basta sua companhia para que os demais se sensibilizem quanto ao que belo, elegante, de bom gosto e potico. Geralmente optam por ser poetas, msicos, atores ou artistas em algum sentido. Podem ser criativos no apenas no modo como expressam seus sentimentos, mas tambm na forma de organizar e decorar o ambiente ao seu redor. Sua capacidade e facilidade em serem originais, por exemplo no modo de decorar seu quarto, estimula aos demais a pr um tom criativo nas suas coisas, ao invs de repetir a mesmice geral.

    Os QUATRO costumam ter uma personalidade encantadora. Mostram bom gosto e modos elegantes, bem distante de tudo o que seja vulgar ou tosco. Ainda que isto possa dificultar o esforo por conhec-los realmente bem - por causa de sua distino, fidalguia e originalidade, apenas sua presena j se torna um presente para todos. TIPO CINCO Fixao: acmulo. Idealizao do ego: "Sou sbio! Sou perspicaz! Sou agudo e observador! Estou atendo! Sou esperto! Sou ajuizado! Sou prudente!".

    Os CINCO tm a compulso de evitar o vazio. Frequentemente, eles projetam para fora seu sentimento de vazio interior, considerando que os demais tm pensamento superficiais. Com o fim de preencher seu prprio vazio, os CINCO se distanciam cios outros - fsica ou mentalmente - para pensar e reconstruir a realidade a partir de um determinado modelo de sentido, estrutura ou chave de leitura. So observadores da vida, muito mais que participantes. Inclusive quando conseguem sair do seu isolamento, parecem ficar na periferia dos acontecimentos, mais do que estar profundamente envolvidos no que est sucedendo. Eles se esforam por saber o que est acontecendo sem estarem exatamente envolvidos nisso.

    Seu silncio frequentemente incmodo para os demais. Parece que sabem muito mais do que dizem. Geralmente, esperam at o fim de uma reunio para dizer algo e ento resumem tudo o que foi dito numa sntese brilhante. Quando revelam o que estiveram pensando, apresentam algo parecido com um tratado: fazem uma exposio com distintos pontos que procuram desenvolver com perfeita clareza. Como esse tipo no costuma ser muito adequado para uma conversa informal, seja no caf, na sobremesa ou situaes similares, o aborrecimento eu o CINCO provoca nos demais faz com que ele sinta que os outros so demasiados superficiais para se interessarem pelo que ele tem a dizer. Isto faz com que os CINCO tenham uma forte tendncia para permanecer em seu silncio. Em todo caso, s diro uma parte do que sabem. Dizer tudo deixaria os CINCO com uma sensao de ficarem vazios.

    Como so agudos observadores da realidade, eles recolhem tudo o que podem e guardam no seu interior. Para eles fundamental no serem estpidos e no passarem por ignorantes. Querem conhecer todos os aspectos de um tema ou situao antes de sentir-se preparados para pronunciar-se a seu respeito. Assim sendo, necessitam de uma grande quantidade de tempo para estudar e refletir, dedicando todo o tempo que dispem para seus objetos e no querem perd-lo com a intromisso ou solicitaes de outras pessoas. So zelosos defensores de sua privacidade. Necessitam do espao privado para conhecer a realidade. O que eles entendem por 'realidade' uma correo de juzo a respeito do que observvel. Sem esta verdade interior de juzo se sentiro ignorantes. Para chegar a esse juzo correto, insistem em realizar o processo de pesquisa e estudos em lotai solido.

    Esta nsia por preencher o vazio interior com o saber , geralmente, conseqncia de uma infncia solitria, de abandono pelos pais, especialmente de um contato pobre com a me. Quando crianas, eles provavelmente se sentiam diferentes dos demais membros da famlia; inclusive podem ter

  • tido dvidas persistentes sobre se eram filhos legtimos de seus pais. Por uma razo ou por outra, aprenderam logo a manejar e dominar seus sentimentos de solido retirando-se ou isolando-se em seu prprio mundo interior - o qual preenchiam com as informaes que percebiam e armazenavam. Buscam sempre a ocasio de isolar-se dos demais para pensar as coisas por sua conta. Para eles, a vida consiste em refletir e compreender as coisas, mais que em comprometer-se na interao com os demais. Eles se isolam para conhecer e este conhecimento lhes d um sentimento de plenitude. Sobretudo, querem evitar ficar loucos. Como empregam muito tempo para chegar a serem sbios, esto sempre se preparando, de modo que aquilo que eventualmente venham a expressar seja bem pensado, verdadeiro e compreensvel.

    Sua reserva e falta de compromisso acaba sendo irritante para os demais. Geralmente, parecem estar perdidos em seus prprios pensamentos. Seu sentido do presente pobre, o que os leva a esquecer os nomes das pessoas, chegando a no reconhecer pessoas com as quais esteve recentemente. No* se sentem vontade em reunies sociais, no sabem e no gostam de conversar sobre temas irrelevantes, tratam de falar pouco. Para escapar do aborrecimento, eles saem sem serem notados - com grande discrio - sem dizer porque e sem despedir-se, simplesmente. De forma igualmente silenciosa, podem assistir a uma reunio, enquanto os outros falam. Para eles o tempo precioso e se algo no os beneficia, no vem razo nenhuma para perder tempo com isso.

    Sua tendncia caracterstica a distanciar-se dos outros para ficarem sozinhos com seus pensamentos faz com que eles frequentemente se sintam fora do que est acontecendo. Eles querem fazer parte da vida social, juntamente com os demais., mas, ao mesmo tempo, no esto dispostos a sacrificar seus distanciamento para isso. So alrgicos a comprometer-se com os demais porque isso pode lev-los a perder um tempo precioso para estarem sozinhos.

    Necessitam ser solitrios para no se sentirem explorados, sugados e vazios. Por isso evitam pedir ajuda aos outros. caractersticos que trabalhem por sua conta e que comuniquem depois suas concluses aos outros. S desta maneira sentem que a vida pode manter-se na perspectiva adequada.

    Os CINCO costumam ser mesquinhos com seu tempo e com o que aprendem. No lhes passa pela cabea que o que se recm com conhecimento dever ser partilhado com os demais. Eles valorizam o conhecimento como um tesouro em si mesmo que pode preencher seu vazio interior, independentemente do que se comunique aos demais. Constroem suas prprias fontes de conhecimento como algo que deve ser guardado e conservado.

    Quando esses admiradores lhes dizem que devem saber muito sobre algo, j que lem tanto, provavelmente os CINCO respondero que realmente no tiveram tempo para aprender tudo. No se trata de falsa humildade, assim que eles percebem a situao. Para eles, nunca h tempo suficiente para aprender bem algo, quer dizer, todos os pontos de vista, o que eles consideram necessrio para poder dizer muito sobre o tema.

    Quando perguntamos sobre como se sentem, provvel que respondam de como pensam. Percebem a realidade segundo o que significativo, mais do que de acordo com o que sentem. No lhes faltam sentimentos profundos, mas os CINCO crem que no so to importantes quanto o que sabem sobre algo. Com frequncia, a nica coisa que pretendem conservar seus sentimentos em express-los. Em todo caso, eles tm dificuldade de conectar-se com seus sentimentos porque habitualmente no vivem num nvel emocional. Quando falam, os ouvintes quase no percebem variaes emocionais em suas vozes. Isto consequncia da maneira com os CINCO compartimentalizam suas vidas.

    Eles tm muitas qualidades atraentes. So excelentes ouvintes. Como pais, tm a capacidade de penetrar no corao de seus filhos e se interessam pelo significado subjacente de tudo o que experimentam. Eles gostam de delegar responsabilidades e procuram animar os outros a tomarem suas prprias decises e fazerem as coisas por sua prpria conta. Como pessoas, so amveis e faiam com extrema suavidade.

    Outra qualidade atraente dos CINCO que eles consideram que a vida est plena de significados. Buscam interpretar os eventos e procuram significados profundos que expliquem as coisas comuns e corriqueiras. Fazem um grande esforo para comunicarem-se claramente com os demais quando falam e tambm para traduzir matrias complexas numa linguagem concisa e compreensvel. Para eles, importante que tudo seja bem compreendido.

    Tambm no so pessoas crticas. Sua aproximao da realidade no se orienta sob o ponto de vista do juzo de valor tico, se algo est correto ou equivocado, bom ou mau. Para eles, tudo e interessante. Consideram que para saber algo, preciso empregar muito tempo e, em qualquer matria,

  • prestar ateno a muitos aspectos antes de emitir um juzo vlido. Esse enfoque desprevenido e imparcial da vida proporciona-Ihes um especial perspiccia que aponto para o sentido do absurdo. So capazes de um humor fino sobre quase tudo, de uma forma sofisticada que muito apreciada pelos demais, especialmente quando surge de uma forma totalmente inesperada. TIPO SEIS Fixao: medo. Idealizao do ego: '"Sou fiel! Fao o que devo fazer! Cumpro o meu dever! Sou valente!".

    Os tipos SEIS experimentam a vida com se ela fosse muito exigente para com eles. Essas exigncias provm das expectativas dos outros, especialmente de qualquer grupo ao qual eles pertenam. Consequentemente, vivem com grandes apreenses e muitos medos.

    Quando eram crianas, provavelmente tiveram um pai ou uma figura paterna muito estrita. A escola significou que tiveram que adaptar-se s exigncias e inclusive s indicaes do seu professor. Cresceram com a atitude de que a autoridade externa a que deve decidir todas as questes. Preocupam-se muito em obedecer a tudo quanto a lei exige. Necessitam imperiosamente no ter nenhuma ambiguidade a respeito do que correto e do que errado. Para conseguir isso, apelam para as regras ou documentos de alguma instituio. Tendo a autoridade e a legitimidade no exterior, eles no tm autoconfiana para tomar decises. Este apego autoridade tem com finalidade produzir a segurana. A autoridade quem define o que se deve fazer e o que no fazer, e como devem ser os demais. Dentro do marco referencial da lei, se movem com liberdade, mas muito provvel que fiquem imobilizados ante qualquer coisa que v alm das normas. Diro que "isso ir longe demais".

    Como se identificam com as normas do grupo, necessitam pertencer a um que seja especfico. Querem sabem quem pertence ao grupo c quem no pertence. Nesse sentido, dividem o mundo entre "ns" e "eles". Inclusive podem chegar a ser paranicos com respeito a possveis ameaas ao bem-estar do grupo, dado que as ameaas podem vir de qualquer parte. So muito cuidadosos para que no aconteam desvios das regras e normas do grupo e, nesse sentido, so legalistas. Percebem qualquer desvio dos demais como um erro grave e no duvidam em apontar quem infringiu a lei ou a infrao. Esto muito seguros de si mesmo quando exigem de todos os membros do seu grupo que se ajustem s regras. Ainda que eles mesmo transgridam essas regras e normas, no o admiraro com facilidade, nem para si mesmos.

    Demoram para saber o que fazer com seu tempo livre. Consideram o tempo como algo que deve ser usado para cumprir alguma tarefa ou responsabilidade encarregada pela autoridade exterior. Querem usar todo seu tempo de alguma forma responsvel, mas se no lhes mostram claramente o que devem fazer, no sabem o que fazer na sua insegurana. Quando querem algo em uma loja, duvidam e vacilam muito antes de decidir o que escolher e necessitam pedir a opinio de algum, mesmo que seja um desconhecido. Com frequncia, encobrem e disfaram sua incerteza procurando o que fazer de uma forma imperativa, fazendo pouco ou nada.

    Os SEIS no so tipos empreendedores. Ainda que estejam dispostos a trabalhar muito, necessitam de uma direo externa. Para eles muito importante no tomar uma deciso errada. Isto faz deles pessoas extremamente cautelosas. Em geral, evitam tomar uma deciso, ainda que "no decidir j seja uma deciso". Rejeitam os riscos at o ponto de perder inmeras oportunidades na vida.

    O maior problema para eles a insegurana. Experimentam muito medo e ansiedade, o que gera sua insegurana. Sempre parecem estar apreensivos com algo. Frequentemente o temido apenas o desconhecido, o futuro incerto. Sentem-se muito mais seguros com o "provado e comprovado" do passado que experimentando novas formas de fazer as coisas.

    Aquilo que para os outros ser considerado como uma aventura ou um desafio encantador, os SEIS o vero como uma ameaa. Preferem repetir o que fizeram, muito bem no passado. No tm confiana nas habilidades que atualmente possam Ter, ainda que nunca as tenhamcolocado em prtica, ao menos no de um modo concreto. Eles simplesmente tm medo da mudana. Isto se deve sua profunda falta de autoconfiana na sua prpria capacidade para tomar boas decises ou para empreender coisas novas. Experimentam a vida como sendo cheia de perigos e exigncias. Isto significa que eles devem ser muito cuidadosos com tudo o que corresponda sua personalidade. Dado que pensam que tero problemas se no se ajustarem ao que se espera deles, necessitam de preocupao.

  • A leitura sria tambm representa uma ameaa para eles. De algum modo, sentem-se responsveis em saber tudo o que leram. Consideram importante cada palavra impressa, como se ela lhes impusesse alguma exigncia. Esta compulso a sentir-se responsveis pelas coisas que lem representa para os SEIS um grande obstculo para aprender. Isso quando no se converte em um impedimento absoluto para o ler.

    Com frequncia, sentem que a melhor forma de enfrentar o perigo uma forte ofensiva. Como se sentem inseguros, facilmente consideram qualquer oposio a eles mesmos ou ao seu grupo como sendo muito perigosa ou maliciosa. Para proteger-se, brigam e combatem corajosamente, geralmente esgrimindo argumentos em forma de ameaas "em nome a lei". Outra forma de tomar a ofensiva mediante a palavra "nunca ", dizendo: "nunca permitirei isso" ou "nunca mudarei".

    Toda essa insegurana causada por sua percepo de vida como um desafio altamente exigente costuma fazer com que os SEIS sejam pessoas muito srias e bastante sem senso de humor. Talvez desejem no levar a vida to a srio, porm sua compulso responsabilidade os leva a assumir essa atitude. Ainda que sua experincia passada demonstre que seus medos so infundados e que as coisas esto indo bem, eles continuam tendo medo do futuro.

    Os SEIS mostram uma autntica hospitalidade. So pessoas muito leais e dedicam-se de corpo e alma ao grupo a que pertencem. Junto a essa realidade, tm uma terna dedicao e companheirismo. Do uma grande importncia vida em grupo e fazem grandes sacrifcios por ele. Podem desenvolver-se muito bem em cargos executivos ou de direo por seu sentido de responsabilidade e dedicao ao grupo. Para atuar bem nestes postos, eles precisam de linhas diretrizes claras e sem qualquer ambiguidade. Quando sabem o que esperam deles, so muito bons trabalhadores. Frequentemente, os outros ficam impressionados com a velocidade e preciso do trabalho. Como empregados, so sempre preocupados com a pontualidade e no costumam ter inconvenientes em trabalhar at mais tarde, sempre que o que tm a autoridade o saibam.

    TIPO S E TE Fixao: planejamento. Idealizao do ego: "Sou feliz! Estou bem, voc est bem, tudo est bem!".

    A compulso dos SETE evitar a dor ou o sofrimento, seja fsico ou psicolgico. Eles sentem com sendo desagradvel a companhia de pessoas ou situaes que sejam demasiado srias, trabalhadoras ou conflituosa. Para eles, a vida deve ser sempre alegre e divertida e planejam faz-la assim. Podem inclusive tornar coisas desagradveis, como por exemplo um regime ou penitncias, numa espcie de divertida brincadeira de algum modo. Podem interromper a qualquer um no meio de uma discusso em famlia e propor que todos saiam para tomar um sorvete.

    Para evitar a dor e o sofrimento, os SETE fazem planos de diverso para o futuro. Costumam ser otimistas em todas as coisas, ignorando tudo o que seja desagradvel, incmodo ou errneo. Como eles s gostam de ver o lado positivo das coisas, os outros sentem que eles so muito agradveis, se bem que um tanto superficiais.

    Os sete precisam escapar de tudo o que seja doloroso, ainda que enfrent-lo poderia redundar em crescimento pessoal e em maiores conquistas. Esta fuga compulsiva do sofrimento pode lev-los a diferentes modos de auto-indulgncia. Torna-se-lhes difcil de fazer aquilo que prazeroso. Querem continuar desfrutando do que gostoso; para eles, se algo bom. quanto mais, melhor. Provavelmente enfoquem a vida desse modo porque foram criados num ambiente familiar clido e feliz, mas essa calor desapareceu de algum modo.

    Parece que esto sempre buscando um bem-estar perdido. Os SETE pensam que a realidade consiste em fazer planos. Olham para o futuro com alegria por causa dos planos que tm. No entanto, o presente pode apresentar-lhes problemas que eles preferem ignorar. Ao invs de empenharem-se num trabalho dedicado e nos detalhes para a implementao dos seus planos, dedicam-se a fazer mais e mais planos, ou se evadem atravs de diverses. Como precisam divertir-se em tudo o que fazem, quando uma atividade se torna enfadonha, costumam abandon-la: mas se um projeto realmente os absorve, provvel que o levem a um bom tempo. Consequentemente, trabalham por impulsos. Quando se entusiasmam com algo, podem desenvolver um grande trabalho e encontrar muita satisfao com suas conquistas. Os demais podem irritar-se com os atrasos, pensando que no se pode confiar que faro as coisas a tempo. Os SETE costumam demorar-se ou atrasar-se em tudo.

  • Evidentemente, entre suas qualidades est a sua capacidade de desfrutar a vida. Contribuem com um sentido de plenitude de gozo para com qualquer famlia ou grupo. Eles conseguem encontrar o lado bom de qualquer situao e facilmente embarcam todos no carro da alegria. Seu otimismo inato sempre poder ajudar os demais a crer que "'tudo vai dar certo".

    Os SETE desfrutam falando, especialmente contando histria sobre pessoas. Ainda que isso possa levar fofoca, seus relatos pretendem mais divertir do que causar dano a algum. Eles sempre tornam felizes ou percebem, existe muito pouca coisa na vida de qe no possam desfrutar. Esto frequentemente sorrindo, rindo e, de uma maneira infantil, costuma ver o bom de tudo e de todos. Suas palavras preferidas so "bonito", "simptico", "lindo".

    Facilmente se divertem com todos os que encontram o procuram ser sempre agradveis. TIPO OITO Fixao: represlia. Idealizao do ego: "Sou forte! Sou poderoso! Posso tudo e com todos!".

    Os OITO tm a compulso de evitar qualquer demonstrao de debilidade ou fraqueza. Eles percebem a vida como uma luta pelo poder e tratam de colocarem-se no topo. Costumam intimidar os demais e parecem estar procurando briga. Com frequncia dizem "no".

    Pode parecer surpreendente, mas os OITO praticamente no tm nenhum remorso em descompor os demais. Tal como eles vem os outros, h demasiada gente que birrenta ou hipcrita e no querem permitir que tirem vantagem deles. Esto sempre dispostos a confrontaes e para faz-los, utilizam uma linguagem bem expressiva ou vulgar. So rpidos em descobrir o ponto fraco dos outros e esto prontos para atacar bem na ferida, se so provocados.

    Os OITOS sentem uma necessidade interior de derrubar todos os que consideram inferiores a si mesmos. Descobrem rapidamente as intenes dos demais atravs de suas afirmaes de poder. No vacilam em dizer aos outros o que querem ou o que esperam. Como percebem a realidade como sendo um objeto a controlar, a vida mais satisfatria para eles quando podem enfrentar os demais, brigando pela posse do poder e do domnio. Desfrutam sendo pessoas fortes e respeitam quem forte. Como admiram a fortaleza em si mesmos, perdem o respeito por aqueles que parecem buscar alianas. Consideram que essas pessoas so frouxas. Parece-lhes que a maioria das pessoas so fracas, demasiado crdulas, covardes e eles esto dispostos a aconselhar-lhes que se disponham a lutar com fibra.

    Os OITO so autnticos guerreiros em favor do que consideram bom e contra o que les parece errado. S se unem com aqueles que adotam uma postura firme contra todos os que esto no erro. Advertem aos seus amigos para no deixar ningum pisar neles. Geralmente os OITO pensam que preciso uma mudana radical na forma como se exerce a autoridade e costumam estar dispostos a tomar a estrutura de poder, no importando qual seja.

    Por causa da sua agressividade, os demais podem no descobrir suas qualidades. Entretanto, os OITO so abundantes em valor e coragem. Esto dispostos a defender as pessoas em se importarem com quem ou que esteja contra elas. So hbeis em perceber qualquer tipo de abuso dos poderosos, seja na sociedade, na Igreja ou no Estado. Ainda que possam enfrentar muitos obstculos, passar por cima de muita gente, crem que tm razo para faz-lo e no lhes assusta sarem feridos no processo. Sua auto-afirmao pode encorajar outros mais covardes a expressarem seus sentimentos reais, ao invs do ocult-los por medo de serem rejeitados. Geralmente no temem a rejeio nem se preocupam muito como que pensam dos outros. Procuram satisfazer-se a si mesmos, ou dizer o que pensam dos demais sem se importar com o que eles sintam a respeito.

    Sua habilidade para seguir sua prpria iniciativa, ou ao menos para chamar a ateno dos demais sobre alguma questo, pode satisfazer grandes necessidades da sociedade ou de qualquer grupo. Eles captam a ateno dos outros e insistem em fazer aquilo que pensam que deve ser feito. No costumam ocultar sua insatisfao e manifestam-na claramente sobre o que quer que seja, de modo que o assunto tenha que ser inevitavelmente discutido.

    Os OITO so admirveis pelo entusiasmo que colocam em tudo o que fazem. Tm muita energia para dedicar ao trabalho, em jogos ou para sair em busca de novos desafios. Esto dispostos a envolver-se em tudo e colocam intensas expectativas na realizao do quer que seja. Eles consideram que desse modo a vida no ser aborrecida ou tediosa.

  • TIPO NOVE Fixao: indolncia. Idealizao do ego: "'Eu sou satisfeito! Estou vontade! Estou em paz!".

    Os NOVE tm a compulso de evitar o conflito. Isso se deve ao fato de viverem a vida com um nvel de energia muito baixo e. por isso, necessitam evitar a discusso. Geralmente, sentem-se interiormente muito pacficos e tranquilos, mas tambm consideram importante que no surjam conflitos externos. Para eles. a realidade consiste na harmonia. Quando se produzem conflitos, eles os enfrentam negando a importncia dos problemas que os provocam. Dizem: "Por que ficarem to nervosos? Que importncia tem isso" Do modo que eles o vem, a maioria das coisas da vida no tem grande importncia. Provavelmente, a maneira que os NOVE tm de enfrentar a realidade foi causada pela falta de ateno e de afeto que tiveram por parte de seus pais, de modo especial de sua me, quando eram crianas. Talvez seus pais no foram pessoas carinhosas ou simplesmente tiveram medo de estragar a criana com carinhos. Os NOVE enfrentam essa falta de amor dizendo que nada tem importncia. Inclusive sua linguagem corporal parece dizer: "Na realidade, no importo".

    Como consequncia, suas expresses faciais e seu tom de voz carecero de nfase ou caractersticas notveis. Usam palavras descoloridas e falam com voz montona ou irritantemente ardida. Nas suas expresses corporais esto ausentes o calor, a cor e a energia.

    Os NOVE so tipicamente indolentes. Eles gostariam de ser mais vivos, mas para isso crem que so dependentes de estmulos externos. Quando esto envolvidos em alguma atividade, eles tm dificuldade para distinguir o essencial do acidental e. em consequncia, acabem fazendo muita coisa que no tem objetivo algum ou que no serve para nada, apenas perdem tempo. Os NOVE so tpicos grande amigos da TV: ela funciona como um meio de narcotizao. No obstante, eles no gostam de demasiada variao na programao regular. Um telejornal imprevisto pode aborrec-los muito porque interrompe a programao regular que esperavam. Sua reao pode consistir em dormir. Geralmente prestam uma grande ateno aos esportes televisionados, gostam de jogar cartas e colecionar bibels. Gostam de uma vida esttica e se apegam ao que conhecido e familiar. Como pode acontecer que experimentem tenses, procuram evitar situaes que as provoquem, como ir ao encontro de gente desconhecida. Contentam-se em conservar seus velhos amigos e procuram atra-los para sua vida.

    Como os NOVE evitam excitarem-se com qualquer coisa, em geral recusam-se a fazer coisas, sempre apresentando alguma desculpa para poderem livrar-se. Costumam chegar atrasados aos encontros que marcam e inclusive esquecer-se por completo dos mesmos. Para eles, o tempo parece passar por si mesmo e eles no sabem para onde vai. sempre muito importante que tudo esteja bem programado. Ficam muito satisfeitos com a rotina, porque ela significa a ausncia de conflitos e no necessrio tomar novas decises. Quando algum lhes pede que faam algo alm do que estavam acostumados, no reclamam, mas ser preciso esperar at que acabem tudo o que estavam fazendo.

    Os NOVE tm muitas qualidades admirveis que so presentes valiosos para os demais. Somente sua presena basta para ajudar os outros a conseguirem a tranquilidade que muitos dela necessitam. Sua postura no ameaadora favorece que os outros se tranqilizem e se tornem mais pacficos. Valorizam muito a harmonia e a paz, elementos importantes para qualquer grupo. Sua autentica disponibilidade para escutar qualquer dificuldade que os demais partilharem com eles funciona como um lenitivo para qualquer situao tensa. So inacessveis ao desalento com respeito a qualquer coisa que se lhes contem, mas ajudam-nos a ver sob novas perspectivas seus problemas, indicando possveis reaes exageradas diante dos mesmos.

    Os NOVE so rbitros naturais entre os membros da famlia que esto em conflito e procuram facilitar a reconciliao. Insistem para que todos se sentem e falem de suas diferenas. Nesses casos, costumam ser muito imparciais nos seus juzos e apreciaes o importante a paz e a harmonia entre as pessoas. No se deve permitir nada que interfira nisso, no existem valores mais importantes. Para eles, a paz sempre possvel.

    Cada um dos tipos se organiza em torno de um trao principal de carter. So os nove traos

    principais da vida emocional. Eles formam um paralelismo com os sete pecados capitais do cristianismo, com o acrscimo do engano e do medo. Esse trao principal um hbito neurtico e compulsivo que se desenvolve durante a infncia. A esperana um que, ao darmos nome ao nosso trao principal,

  • possamos aprender a observar as inmeras formas pelas quais esse hbito ganhou o controle da nossa vida. Descobrir a compulso bsica que caracteriza a prpria personalidade atravs do eneagrama nos dar um ganho em liberdade.

    Ento poderemos conscientemente seguir ou no a compulso; poderemos aprender a tirar a mscara da nossa falsa personalidade, desenvolvendo uma auto-imagem e uma percepo do mundo mais amplo, ricas e livres.

    O TRAO PRINCIPAL DE CARTER DOS TIPOS DO ENEAGRAMA AS PAIXES DO EGO

    No Eneagrama, "paixo' o tom emocional dominante na pessoa quando esta vive submetida

    tirania do seu ego compulsivo. A paixo o saber interno da pessoa desconcentrada ou fixada na compulsividade prpria do seu tipo de personalidade. Este estado emocional falso, pois se baseia em uma premissa falsa: a fixao na auto-imagem. Desse modo, a "paixo" o estado emocional causado pela tirania do "deveria ser", que a fixao.

    As paixes de cada um dos nove tipos tambm podem ser chamadas de "pecados de raiz". preciso tomar conscincia da paixo que nos domina para podermos nos libertar da escravido que ela origina.

    A paixo o trao principal, o defeito ou o trao caracterstico de cada Tipo: se ela for sabiamente integrada, pode converter-se em um ponto forte da pessoa porque ela uma fonte primria de energia. Tipo Um: IRA

    A paixo do tipo Um se desencadeia involuntria e automaticamente nele, quase sem que o indivduo tenha tempo de controlar essa reao, sempre que detecta algo que est imperfeito. Como sua exigncia de perfeio muito forte, fcil que nem ele nem os demais satisfaam suas exigncias e, assim, ele se irrite, pois nada como deveria ser. Com frequncia sente raiva porque as coisas no saram como deveriam. A ira ou clera deve ser entendida em todos os seus matizes: irritao, frustrao, insatisfao, ressentimento, impacincia, desdm, intolerncia, rancor... O elevado nvel de comportamento tico do tipo Um, mas as expectativas exigentes que abriga quanto a sim mesmo e tambm quanto aos demais, faz com que ele perceba rapidamente a diferena existente entre o ideal e a realidade e sofra com isso. Apesar de todo seu esforo e do seu incansvel trabalho, a realidade e os relacionamentos continuam sendo muito imperfeitos, deixando muito a desejar. O Tipo Um aperta os dentes para dissimular sua insatisfao e mascarar sua raiva, que produzem ele mal-estar e desgosto: esse sentimentos no so prprios de pessoas perfeitas. So, portanto, reprimidos, porque dariam uma imagem demasiado humana e imperfeita do Um. Ele est convencido de que pessoas educadas no devem se irritar nunca, e sua insatisfao se manifesta e se somatiza na tenso do seu rosto e no seu tom de voz. O Um como uma panela de presso cuja raiva, contida e controlada, pode manifestar-se sob diversas formas, tais como: * a superioridade: a irritao diante das limitaes dos demais pode traduzir-se em atitudes de superioridade profissional, tica, intelectual, de comportamento... * a crtica exagerada: sua inclinao constante detectar instintivamente os erros e os aspectos negativos das pessoas, assim como apontar sistematicamente as coisas que no funcionam, tanto em seu interior como no exterior; * o perfeccionismo: excessiva preocupao pelos detalhes devido a sua obedincia a normas e autoridades abstratas, a sua obsesso com a mediocridade e sua impacincia consigo mesmo e com os outros; * o maralismo: tendncia a impor seus prprios critrios e juzos, adotando um tom de "sermo" e de reprimenda em relao aos comportamentos considerados errneos; o moralismo acaba degenerando em atitudes culpabilizadoras; * o super controle: tendncia a rigidez e falta de espontaneidade. A tenso provocada

  • pode dificultar a capacidade de se distrair, perturbar o sono, complicar a digesto e dar origem a lceras e gastrite. Tipo Dois: ORGULHO Ainda que aparentemente possa dar a impresso de humildade e de ceder aos demais o primeiro lugar e as melhores coisas, no fundo, essa atitude tenta ocultar dos outros e de si mesmo coisas que o Dois tem grande dificuldade em reconhecer: 1. que ele tem as mesmas necessidades que aqueles que ele quer ajudar; 2. que muito difcil para ele reconhecer suas prprias limitaes; 3. que necessita sentir-se importante para aqueles que necessitam dele e para os que dependem de sua ajuda ou de seus conselhos, e que ele quem depende de que os outros necessitem dele ou faam-no sentir-se til pedindo-lhe ajuda; 4. que necessita ser essa pessoa qual os outros possam acudir quando necessitem de algo; que precisa ter o conselho adequado para os que necessitem dele, quer que tenham este conceito dele: ele ajuda a todos, precisa ser o indivduo sobre o qual os outros possam chorar suas dores. Ele se sente importante porque tem muitos amigos; amigos para ele, so todos aqueles aos quais ajuda; portanto, todos so seus amigos, j que quer ajudar a todos. O sentimento de superioridade e independncia apenas oculta seu verdadeiro sentimento de inferioridade e de dependncia dos demais. O verdadeiro necessitado ele. O orgulho, que impede a capacidade de introspeco e aceitao global da verdade, pode se manifestar de diversas maneiras: * a excessiva autovalorizao: tendncia a supervalorizar os prprios mritos e a acreditar que pode enfrentar qualquer problema contando apenas com as prprias capacidades para administrar as crises e acudir em socorro do prximo. O Tipo Dois tem uma grande necessidade de sentir-se necessrio e/ou indispensvel na vida dos outros; * a hipersensibilidade emocional: excessiva sensibilidade diante das crticas ou indcios de rejeio por parte dos outros. Quando se sente ferido, o Dois se fecha em si mesmo e torna-se agressivo. De vez em quando, aparece a inveja como expresso de sua necessidade de manter dependentes as pessoas que vivem ao seu redor; * hedonismo: busca o prazer e de toda classe de gratificaes, inclusive as culinrias, para compensar a falta de afeto e de ternura; * a seduo: uso de tcnicas, verbais ou no, para atrair sobre si a ateno das pessoas que despertem seu interesse ou admirao; * a projeo: mtodo recorrente de atribuir aos demais os prprios sentimentos e necessidades, como justificao para satisfaz-los mediante o prprio servio e disponibilidade. Tipo Trs: VAIDADE H algo deficiente na personalidade do Trs que ele tem de compensar com o ativismo. Ele se identifica tanto com sua atividade que no tem mais o sentido do seu EU autntico; como se o tivesse perdido ou como se nunca o tivesse tido. Essa identificao total com sua atividade ou papel o que chamamos de vaidade, j que essa identificao a maneira caracterstica que tem o Trs de enganar-se a sim mesmo e aos demais. Quando perguntamos a um Trs quem ele , sempre responder com seu papel: sou mdico, sou engenheiro... Do a impresso que o ser mdico, engenheiro ou o que quer que seja a vitrine bonita e atraente que mostram a todos, mas que por detrs dessa mscara no h mais nada. E como um certo narcisismo daquele que tem que vender sua imagem, por isso cuida tanto de sua apresentao que acaba sendo apenas uma fachada muito bonita de se admirar, mas fria e distante, algo que, protegido por uma barreira de cristal, no permite aos demais entrar no seu interior. O engano ou a mentira o defeito principal do Tipo Trs, sendo que este Tipo busca o xito em tudo o que faz e para consegui-lo, ele pode disfarar, embelezar e manipular a realidade. um verdadeiro mestre na arte da manipulao, usando-a em lugar da honestidade, porque est convencido de que as mentiras so um modo de transmitir a verdade. Ele considera verdadeiro tudo aquilo que funciona. A tendncia ao engano, mais ou menos evidente, pode manifestar-se dos seguintes modos:

  • * a orientao ao xito: o Trs intuitivo e competitivo por natureza e no lhe interessa outra coisa alm dos resultados. Sabe como conduzir adequadamente o ritmo e o avano, tanto no campo profissional como nos relacionamentos; * a arte da manipulao: se expressa em sua instintiva habilidade para suscitar a admirao e o favor dos outros e para expor seus projetos de maneira convincente na hora de conseguir todo tipo de apoio. * o pragmatismo: sua Filosofia de vida est orientada para a ao, para opes e estratgias concretas. Para ele, verdadeiro o prtico e funcional, no existindo verdades objetivas; * a atrao sexual: este Tipo de Personalidade serve-se de seus dons especiais de aptido social e comunicativos para despertar a ateno e ganhar a simpatia dos demais, convencido de que toda conquista afetiva um novo xito; * a ambiguidade: tendncia a viver de duas maneiras diferentes: a mais visvel orientada para o exterior e est feita de aparncias, de imagem e de adaptao, a outra, mais ntima, relativa ao seu mundo interior, mais genuna, privada e protegida. Tipo Quatro: INVEJA O Quatro deseja ou sente nostalgia do real, autntico e natural. Sente uma certa inveja da naturalidade, espontaneidade e autenticidade dos outros, pois ele se percebe como sendo muito artificial e rgido, j que, como tende a desfrutar, o prazer e a perda do controle, cercaram-se a si mesmo de limites e normas para manter a compostura, os bons modos e a educao. Apresenta-se assim, muito composto, formal, teatral, com gestos estudados e ensaiados. Procura ser cuidadosamente natural, mas acaba parecendo todo o contrrio, por isso deseja romper com toda essa maquiagem e ser mais espontneo, viver a vida ao invs de estar constantemente num cenrio representando um papel. A diferena entre o Trs e o Quatro que o Trs vive identificado com seu papel e no percebe que no tem vida prpria, que est simplesmente representando um papel, enquanto o Quatro consciente de estar representando, e, por isso, quer romper com seu papel e ser espontneo. daqui que procede se sofrimento real e seu anelo ou nostalgia do real e autntico. Apesar de invejar a autenticidade, ele no pode aceitar que o autntico comum, o cotidiano, o de todos os dias e no o extraordinrio. Sua nostalgia tambm faz referncia a um passado no qual parece que as coisas teriam sido mais reais e autnticas. Tambm tem nostalgia de um futuro no qual sonha em sentir-se mais real e autntico. Ele pode ser denominado como "aristocrata no exlio", sempre sonhando com algo que foi ou que espera chegar a ser, mas que no agora no presente. A inveja um sentimento provocado pelo desejo de ter o que no est ao alcance do indivduo invejoso. Essa inveja da percepo da carncia de algo ou de algum. Esse sentimento pode assumir uma conotao sexual (o desejo de manter relaes com alguma pessoa), social (ambio de pertencer a uma classe privilegiada ou de desempenhar um papel importante), material (a cobia de bens materiais: casas, roupas, alimentos...), intelectual (atrao por pessoas cultas, eruditas e estimulantes)... a inveja pode manifestar-se da seguintes formas: * a pobreza da imagem pessoal: a inveja parte de uma insatisfao pelo que se ou o que se tem; o indivduo tem dificuldade para aceitar-se e reconciliar-se consigo mesmo; * a competio: o medo a encontrar-se com algum poderia ser mais atraente e interessante que ele, leva o Quatro a entrar numa competio para no perder a batalha. O combate pode travar-se no campo da apresentao pessoal, da roupa, do estilo de vida, das armas de seduo empregadas para conquistar a ateno de algum; * a intensidade emotiva: para sentir-se vivo e especial, o Quatro intensifica o "pathos" emocional, buscando tudo o que profundo, belo e doloroso, rejeitando a rotina e vulgaridade. * o gosto pelo cultivo do sofrimento: o sofrimento um aliado porque cria intensidade de sentimentos, riqueza de vida, sensibilidade exagerada e maior profundidade no encontro com os demais. As vezes o Quatro fecha-se em si mesmo, envolvido num manto de

  • sofrimento, saboreando seu papel de vtima ou de incompreendido; * a busca de afeto: a superao do sentimento de vazio, de solido e de abandono se produziria mediante a busca de algum que o amasse de verdade; para conseguir esse relacionamento, o Quatro pode tornar-se mais dependente do parceiro. Tipo Cinco: AVAREZA Sua paixo acumular, sente um desejo compulsivo de acumular o que essencial para seu estilo de vida: conhecimentos, dados, informaes... E como um aspirador de p que vai absorvendo e acumulando tudo aquilo que pensa que algum dia possa precisar. No se atreve a pedir ajuda aos demais, pois teme que no vo lhe fazer caso; por isso acumula e amontoa para nunca precisar pedir nada a ningum. No fundo, sua tendncia a acumular seu modo peculiar de reivindicar sua independncia, ou melhor, sua no participao. muito austero consigo mesmo, tem muito poucas necessidades e se conforma com muito pouco. As vezes as pessoas lhe dizem que ele demasiado ctico; mas a verdade que no lhe custa nada privar-se daquilo que os outros considerem gostos e prazeres comuns. Prefere sentir falta de algo do que ter que pedi-lo aos demais. Sabe que os outros o consideram algo avarento e mesquinho. verdade que o Cinco muito bom para absorver e acumular, mais do que para compartilhar. De fato, ele tem muita dificuldade em partilhar com os demais. O mal que, ao no saber dar algo do que tem aos demais, tampouco sabe receber o apoio, o carinho e o estmulo dos demais, que so justamente as coisas das quais se sente mais carente e necessitado. O Tipo Dois tende a dar-se, o Cinco tende a reter tudo para si. Depois de haver construdo com esforo seu patrimnio intelectual e seu mundo pessoal, no est disposto a privar-se daquilo que tem e sabe, com medo de empobrecer-se. A avareza se manifesta em contextos diversos: no mbito intelectual, como tendncia a no comunicar os prprios conhecimentos e intuies; no mbito emocional, como inclinao a no partilhar seus sentimentos e a manter-se emocionalmente distante; no mbito social, como resistncia a comprometer-se e a gastar seu tempo em coisas superficiais; no mbito material, como apego excessivo s coisas queridas. As modalidades concretas nas quais podem expressar-se a avareza so: * a autonomia cognitiva: este Tipo de Personalidade se distingue por sua especial predileo para ampliar seu patrimnio intelectual mediante a reflexo e a discusso, inclusive sobre conceitos abstratos e mediante leitura dos assuntos interessantes e estimulantes; * o distanciamento emocional: essa tendncia se percebe no limitado nvel da autoconscincia emocional, na sensao de vulnerabilidade no relacionamento com as pessoas no plano dos sentimentos, e no medo de envolver-se afetivamente e o consequente perigo de dependncia. * a fuga dos compromissos: o Cinco se sente incmodo na hora de assumir compromissos a longo prazo, porque isso poderia priv-lo da necessria liberdade e independncia. Pode, por exemplo, negar-se a se casar porque o nascimento dos filhos lhe exigiria empregar um tempo e energias que ele no est disposto a subtrair de outras esferas vitais de sua existncia. * a protelao da ao: a elaborao lgica e terica da existncia acaba ficando limitada se no acompanhada pela ao. Este Tipo prefere ir pelo caminho da reflexo e da observao da realidade e costuma postegar indefinidamente a ao e acaba renunciando ao prximo protagonismo. O Cinco tem dificuldade em se convencer de que j sabe o bastante sobre algo, para comear a trabalhar. Tipo Seis: MEDO A insegurana que experimenta o Seis no proporcional nem adequada aos seus talentos e capacidades. A vida uma ameaa constante, o perigo e o risco parecem estar sempre espreita e, por isso ele deve estar sempre alerta e vigilante. Deste temor procede sua constante procura por algum mais forte que lhe sirva de ajuda e proteo. No fundo, o que ele mais teme ter que assumir a responsabilidade por sua prpria vida. E aqui justamente estaria a sade do Seis. Ainda que seja doloroso viver em constante pnico, para o Seis isso familiar e

  • costumeiro. Ele chega inclusive a sentir-se vontade com seus medos. E acaba sendo uma pessoa muito cautelosa, j que est sempre alerta de um modo muito particular, muito seu. O medo real no em si um problema para o seis. So seus medos imaginrios, os medos que ele imagina e antecipa; um medo do que possa vir a acontecer e talvez nunca acontea. De fato, em situaes reais de medo, costumam ser corajosos. A dvida outra forma que toma a paixo do Seis. Falta-lhe confiana e segurana em si mesmo: preocupa-se e duvida constantemente. como um gago mental, pois suas mltiplas dvidas paralisam sua capacidade de agir. Tomar decises uma tarefa difcil para o Seis, j que ele examina todas as alternativas antes de atuar. Suas dvidas mentais paralisam sua ao. Demora muito para decidir-se a agir, ainda que sempre acabe agindo. O Seis vive frequentemente dividido entre seu corao e sua mente. Costuma ser uma pessoa muito afetuosa e de profundos sentimentos, mas o controla com sua cabea. Tem uma grande atividade mental; sente um impulso forte do corao para fazer o que quer que seja, mas sua cabea sugere mil objees, dvidas e medos que impedem o Seis de agir de acordo com os impulsos do corao. Normalmente culpar a figura de autoridades por no ter podido fazer aquilo que ele realmente desejava fazer. frequente ouvir adultos do tipo Seis dizendo: "No me deixaram fazer o que eu queria"; responsabiliza os outros, em vez de assumir a prpria responsabilidade. O medo um sentimento que surge quando se prev uma ameaa que pode ter causas externas ou internas. A ameaa ou a sensao de perigo pode ser real ou imaginria e pode estar relacionada com eventos presentes ou futuros. O Seis um especialista em imaginar cenrios catastrficos e prisioneiro de suas armadilhas mentais. Os medos que o torturam so diversos: medo de mudanas, medo de equivocar-se, medo do desconhecido, da solido, da crtica, da hostilidade, da mentira e da traio. Diante desses medos, o Seis encontra segurana e refugio na autoridade externa e naquelas instituies que representam ponto de referncia firmes para sua ao. O medo do Seis pode assumir diversas manifestaes: * a incerteza crnica: ele vacila, no porque esteja confuso s tarefas que deve realizar, seno porque questiona suas prprias capacidades. Geralmente, as pessoas que pertencem a esse grupo tm pouca confiana em si mesmas, vacilam na hora de tomar decises e costumam recolher novas informaes para no correr o risco de se equivocarem; * a dependncia: a recuperao da segurana pessoal acontece atravs da observncia fiel de regras, normas e de obedincia autoridade, enquanto que as situaes desestruturadas provocam ansiedade; * a suspeita: o Seis no confia facilmente nas pessoas e costuma duvidar das intenes das pessoas em geral. Ele presta ateno s mensagens verbais e no verbais ou aos significados ocultos, critica aqueles que transgridem as normas e est sempre pronto para prevenir eventuais perigos. * a intolerncia frente a ambiguidade: este Tipo tem necessidade de clareza, de chamar as coisas por seus nomes, no suporta a ideia de ambiguidade; por isso pode mostrarse rgido e inflexvel frente a aspectos ou interpretaes da verdade que no coincidem com a sua prpria ou que lhe parecem duvidosas ou ambivalentes; * a busca de amizades: o Seis evita o perigo de ser rejeitado promovendo uma imagem positiva de si mesmo atravs da hospitalidade, da afabilidade e da "amabilidade, costumando pecar por ser muito obsequioso ou por exagerada fidelidade. Tipo Sete: GULA A pessoa do Tipo Sete nunca parece estar satisfeita, sempre est disposta a querer mais e mais do que seja bom, sempre disposta a experimentar e saborear novas e gostosas experincias. Saboreia e desfruta de tudo o que bom. Agarra, devora, absorve, deglute tudo o que bom e saboroso. Sua capacidade de desfrutar est muito relacionada com o sentido do paladar. Ela realmente capaz de 'saborear' suas experincias positivas. Raramente vive no presente; costuma viver antecipando um futuro ideal e feliz ou recordando os bons momentos do passado. Geralmente os Sete teve uma infncia feliz, cheia de calor e carinho, mas algum acontecimento interrompeu bruscamente aquela felicidade.

  • Sua vida se caracteriza por uma constante tendncia gulosa de recuperar aquele tempo perdido ou pela tentativa de viver naquele estado bem-aventurado anterior. Acaba sendo saudosista: "qualquer tempo passado foi melhor..." que hoje, mas no que amanh. "Hoje so apenas 24 horas, amanh ser toda a eternidade". A intemperana uma inclinao geral ao excesso e falta de moderao. O perigo est em idolatrar o prazer, um perigo especialmente presente na atual sociedade do bem-estar, que alimenta a cultura da gratificao e da satisfao imediata de desejos e apetites diversos. A destemperana pode expressar-se no plano cultural: na necessidade de assistir a cursos, de viver novas experincias, de viajar; no mbito material: na necessidade de satisfazer o corpo com os prazeres da cozinha e do sexo; na dimenso social: na exigncia de estabelecer novos contatos, conhecer outras pessoas e viver novas e interessantes aventuras. Se o Quatro costuma fixar-se nas suas carncias, o Sete considera que nunca experimentou o suficiente para saciar-se. A tendncia a exceder-se pode manifestar-se das seguintes maneiras: * o permissivismo: orientao instintiva a satisfazer as prprias necessidades, concedendo-se a liberdade de agir de acordo com o desejo do momento; * o narcisismo: amor desmesurado de si mesmo, que pode traduzir-se em exibicionismo e protagonismo ou na necessidade de parecer intelectual ou socialmente superior aos demais; * a seduo: o Sete pode usar seu encanto social para tornar-se agradvel e ganhar a benevolncia, o apoio e admirao dos outros; * a falta de perseverana: o entusiasmo demonstrado frente aos estmulos e as novidades se traduzem no abandono diante das dificuldades. Geralmente, o Sete "tira o corpo fora" quando preciso sacrificar-se, ser perseverante e continuar em frente. *a rebelio: acontece com o Sete uma atitude de oposio autoridade, especialmente quando esta pode turvar o proverbial otimismo desse Tipo ou exercer algum tipo de controle sobre sua liberdade e imaginao. Tipo Oito: LUXRIA O Oito sente paixo pelos extremos, pelo excesso e pela intensidade. A moderao parece-lhe algo efeminado e coisa prpria de gente dbil ou frgil. Pode chegar a ser ambicioso, avarento e vido, no de coisas materiais, mas de coisas que ele goste ou desfrute, especialmente do poder. Espreme tudo at a ltima gota. Ele faz tudo incessantemente: o esporte, o trabalho e o lazer. Quando est se divertindo, no que mais que termine, prolongando a atividade o quanto pode, sem perceber que outros j haviam tentado terminar horas atrs. interessante perguntar-nos onde procede a paixo do Oito pelo excesso. Interiormente, sente-se aborrecido e entediado; alguns inclusive chegam a descrever essa sensao com estar mortos por dentro. Isso acontece por que reprime algo muito prprio, mantendo-o enterrado e escondido no seu interior: uma grande ternura e uma grande sensibilidade. O motivo pelo qual oculta essas caractersticas que ele, equivocadamente, considera toda essa riqueza de sensibilidade interior como sendo debilidade. Sente que isso algo efeminado e, portanto, no pode consentir sua exteriorizao. Sua paixo pelo excesso procede tambm do fato de que so pessoas cronicamente insatisfeitas que desejam e procuram constantemente encontrar satisfao; da sua tendncia para o excesso. Ele tem um estilo prprio e caracterstico de envolver-se nas coisas e atividades, at esgotar as ltimas possibilidades que elas possam oferecer. tambm uma pessoa inquieta e ativa. Seu ativismo procede tambm do seu tdio e aborrecimento interior. No sabe estar quieto e permanecer parado. A luxria e/ou arrogncia nascem da passionalidade do Tio Oito, de uma exigncia de intensidade que beira a impulsividade e o excesso. A luxria o desejo veemente de prazeres sexuais. A arrogncia a pretenso de estar na verdade, de imp-lo aos demais ou de afirmla sem amor. Ainda mantendo abertas ambas as tendncias, vamos considerar de modo especial a arrogncia como expresso do poder, que pode manifestar-se dos seguintes modos:

  • * o controle: exigncia de dominar as situaes, vencer em uma competio, impor-se num enfrentamento direto, fazer prevalecer o prprio espao e as prprias opinies; * o predomnio da ao: a identidade desse Tipo est vinculada ao e a resultados concretos, com o perigo de se descuidar ou desprezar a importncia dos sentimentos nos relacionamentos; * o