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3Linux Magazine #77 | Abril de 2011

EDI TORI AL

Expediente editorialDiretor Geral

Rafael Peregrino da [email protected]

EditoresFlávia [email protected]

  Kemel [email protected]

Editora de ArteLarissa Lima Zanini

  [email protected]

 ColaboradoresAlessandro Faria, Alexandre Borges, Alexandre Santos,Augusto Campos, Daniel Kottmair, Marcel Hilzinger,Markus Junginger, Karsten Günther, Petros Koutoupis,Sebastian Kummer, Stefan Wintermeyer, T im Schürmann.

TraduçãoEmersom Satomi e Michelle Ribeiro

Editores internacionaisUli Bantle, Andreas Bohle, Jens-Christoph Brendel,Hans-Georg Eßer, Markus Feilner, Oliver Frommel,Marcel Hilzinger, Mathias Huber, Anika Kehrer,Kristian Kißling, Jan Kleinert, Daniel Kottmair,Thomas Leichtenstern, Jörg Luther, Nils Magnus.

Anúncios:Rafael Peregrino da Silva (Brasil)

  [email protected].: +55 (0)11 3675-2600

Penny Wilby (Reino Unido e Irlanda)  [email protected]

Amy Phalen (América do Norte)  [email protected]

Hubert Wiest (Outros países)  [email protected]

Diretor de operações

Claudio Bazzoli   [email protected]

Na Internet:  www.linuxmagazine.com.br– Brasil  www.linux-magazin.de– Alemanha  www.linux-magazine.com– Portal Mundial  www.linuxmagazine.com.au– Austrália  www.linux-magazine.es– Espanha  www.linux-magazine.pl– Polônia  www.linux-magazine.co.uk– Reino Unido  www.linuxpromagazine.com– América do Norte

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Linux é uma marca registrada de Linus Torvalds.

Linux Magazine é publicada mensalmente por:

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Atendimento Assinante

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ISSN 1806-9428 Impresso no Brasil

Em tempos de computação em nuvem e computação móvel, conor-me já escrevi alhures, há uma enxurrada de oportunidades para estabele-cer negócios bem sucedidos no mercado – algo que não se restringe aomercado nacional, inclusive. Empresas “de garagem” nunca oram tãorequisitadas como hoje. Há um gigantesco déf cit na cadeia de produção

de programas para dispositivos móveis, ao mesmo tempo que vários con-juntos de erramentas e lojas de aplicativos bem estruturadas estão dispo-níveis (gratuitamente) para quem quiser criar e comercializar aplicativos.

 Seguindo o mantra do mercado capitalista moderno, a tônica de ini-ciativas em torno do desenvolvimento desses aplicativos é: procure umanecessidade e atenda-a com excelência. Simples assim. O homem ho-dierno, entretanto, NÃO sabe realmente quais são as suas necessidades,especialmente no que tange a sotware. Assim, cabe ao desenvolvedor e/ouao empreendedor observar atentamente o comportamento de grupos deusuários: eles vivem dando dicas sobre recursos que gostariam de ver emseus sistemas, gadgets , celulares, smartphones , tablets etc., em redes sociais

e óruns especializados em tecnologia. Muitas vezes, entretanto, eles nãosabem o que querem, mas quando se deparam com “a coisa” uncionando,imediatamente alegam que era isso que “sempre” quiseram. Para quemvive de tecnologia, como saber qual ideia vai “pegar”? Como identif car asnecessidades que nem mesmo os próprios clientes estão cientes de existir?

Inelizmente (ou não), não há uma resposta def nitiva para essa ques-tão, mas existem várias “pistas”: primeiramente, vale a pena consideraras necessidades básicas do ser humano no que tange à obtenção deinormações. Como azer para acessar o serviço de home banking parapagar aquela conta que vence hoje? Como obter os dados do balançoda empresa para aquela reunião em outro continente, quando os dadosarmazenados no pendrive USB oram corrompidos durante o transporte?

É meia-noite e as raldas acabaram (em uma cidade de 10 mil habitantes);existe um serviço de disque-raldas com entrega expressa nessa região?

Se observarmos os exemplos acima, cada um deles é um proble-ma clamando por uma solução simples de usar, conortável, intuitiva, exível, sempre disponível e de baixo custo. Mais importante ainda,temos que nos despir de preconceitos e ideias preconcebidas, e pensarde maneira criativa para resolvê-los.

Por outro lado, ocorre requentemente que aplicativos despretensio-sos, que podem mesmo ser classif cados na categoria dos “inutilitários”,acabem por emplacar estrondosamente. Um exemplo clássico dissoé um aplicativo simples para o Android e o iPhone chamado Talking

Tom Cat, no qual um gato é capaz de repetir tudo que se ala para elecom uma voz engraçada, pode arranhar a tela do aparelho, tomar lei-te e receber carinho. Apesar de não ter nenhuma utilidade prática, oprograma é muito divertido, e sua versão paga já oi comprada milha-res de vezes! Investir no desenvolvimento de aplicativos dierentes edivertidos, mesmo que aparentemente inúteis, é pensar criativamente.

São iniciativas como essa, que azem o dierencial e podem levar aosucesso. Aproveite a enxurrada de dispositivos móveis para dar asas àsua criatividade: isso pode render mais do que você imagina!

 Rafael Peregrino da SilvaDiretor de Redação

Iniciativas criativas

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CAPA

Práticos portáteis 35

Entre os disposit ivos móveis, os tablets fi guram no topo da listade desejos de quem deseja mobilidade com praticidade.

A guerra dos tablets 36

 O iPad é um dos muitos produtos da Apple no qual a concorrência

encontra difi culdades para competir. Contudo, examinamos algumas

alternativas genuínas que estão chegando e conquistando o mercado.

Galáxia portátil 40

 Muitos encaram o Galaxy Tab da Samsung como o único

tablet páreo para o iPad em termos de qualidade e recursos.

Colocamos esse computador de 7 polegadas à prova.

Aplicativos em alta 43

A Intel quer uma fatia do bolo das lojas online de aplicativos

com seu AppUp Center, que mantém o foco nos netbooks

Android na bandeja 46

Por meio de algumas unidades para demonstração e vídeos no YouTube

durante a Consumer Electronics Show (CES), o Google forneceu um “tira-

gosto” da próxima versão do Android. Com o lançamento do SDK dessa

versão, há fi nalmente informações detalhadas a respeito do sistema.

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 ANÁLISESob o olhar da Zarafa - parte I 56

Difi culdades para implementar uma solução de email na empresaonde trabalha? A diretoria quer recursos avançados e anda sugerindoaté o MS Exchange? Aprenda como deixar seu diretor feliz com Linux!

Encolhimento digital 60

 A maioria dos discos rígidos possui dados duplicadosou até mesmo triplicados. O LessFS usa um métodosofi sticado para remover esses rastros do seu disco.

Real versus virtual 63

A tecnologia da realidade aumentada, além de fascinarqualquer ser humano, é um assunto emergente.Neste artigo, veremos seus princípios básicos.

Visão de raio-x 68

Que componentes fazem parte de seu computador? Aferramenta lshw revela detalhes do hardware que você talveznão encontre nem mesmo na especifi cação do fabricante.

TUTORIAL

Toque perfeito 48

A partir da versão 2.0 do Android, os desenvolvedores agora têm acessoà funções multitoque. Mas é preciso cuidado ao manipular a API.

VoIP com Asterisk – parte VI 52

O sistema telefônico ultrapassado, presente até pouco tempo atrás nasempresas, é prolífi co em cobranças: cada novo recurso ativado requeruma nova ativação de serviço, com o preço adicionado ao pagamentomensal. É hora de mudar. É hora de criar sua própria central VoIP.

 SERVIÇOSEditorial 03

Emails 08

Linux.local 78

Preview 82

Linux Magazine #77 | Abril de 2011

| ÍNDICELinux Magazine 77

COLUNASKlaus Knopper 10

Charly Kühnast 12

Zack Brown 14

Augusto Campos 16

Kurt Seifried 18

Alexandre Borges 22

NOTÍCIASGeral 24

➧Projeto GNU quer criar alternativa ao Skype

➧Projeto Debian anuncia primeiro mirror security.

debian.org da América do Sul

➧HP disponibiliza versão 2.1 do SDK do WebOS

➧Microsoft abre loja virtual no Brasil

➧Linux 2.6.38 tem aumento de desempenho

CORPORATENotícias 26

➧Executivo da Canonical e líder do Debian em projeto conjunto

➧Nova plataforma de aplicações da Red Hat

inclui solução de virtualização

➧Aplicativos para dispositivos móveis infringem licenças livres

➧IBM inaugura laboratório de pesquisa e centro

de soluções no Rio de Janeiro

Entrevista com Gilberto Mautner 28

Com a evolução das tecnologias que tornam possíveloferecer cada vez mais serviços nas nuvens, é natural quea plataforma ganhe cada vez mais adeptos. Mas ao mesmotempo, cresce também a desconfi ança e o receio comquestões ligadas à segurança e acesso aos dados online.

Coluna: Jon “maddog” Hall 30

Coluna: Alexandre Santos 32

Coluna: Rafael Peregrino 34

REDESMacio como manteiga 72

O Btrfs tem conquistado especialistas, comrecursos avançados como subvolumes, snapshotse redimensionamento dinâmico de volume.

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Emails para o editor 

Permissãode escrita

 GTK Gostaria, em primeiro lugar, de pa-rabenizá-los pela Linux Magazine.

Sou assinante da revista e gostariade azer uma sugestão de artigosrelacionados à programação GTK,especialmente ocado em linguagemC com GTK.Obrigado! João Vieira 

RespostaCaro João, agradecemos a sua su-gestão. Vamos procurar, em edi-ções uturas, publicar mais artigos

contendo programação com GTK,pois diversos de nossos leitores sãodesenvolvedores GTK e procurampor este tipo de material. Aguarde!

Coluna do Charly Dentre muitas coisas interessantesnas edições da Linux Magazine,

estou sempre ansioso para ver qualutilitário o Charly irá apresentar emsua coluna mensal. Das muitas jáapresentadas (todas muito simples,mas que acilitam muito a vida deum administrador de sistemas), aerramenta CSSH (apresentada naLinux Magazine 75) me deixoueuórico. Extremamente poderosa, iráme ajudar muito na administração deservidores, switches, roteadores etc.

 Parabéns Charly pelos ótimos artigos.

 Adriano Matos Meier 

RespostaRealmente Adriano, a erramentaCSSH é tão poderosa, quepretendemos abordá-la em artigosmais completos e abrangentes,apresentando mais dos antásticosrecursos que ela possui. Podeter certeza de que já estamostrabalhando nisso!

sanj a g j en

ero – www.sxc

.hu

Escreva para nós! ✉ Sempre queremos sua opinião sobre a Linux Magazine e nossos artigos. Envie seus emails [email protected]  e compartilhe suas dúvidas, opiniões, sugestões e críticas. Infelizmente, devido aovolume de emails, não podemos garantir que seu email seja publicado, mas é certo que ele será lido e analisado.

 Open VPNSou leitor da Linux Magazine egostaria de sugerir artigos sobre VPN,

mais especif camente abordando oOpenVPN e o OpenSWAN, suascaracterísticas e dierenças. Antonio Luis Navas Rodrigues. 

RespostaAntonio, agradecemos a sua sugestão!O OpenVPN em particular é umaerramenta da qual gostamos muitoe costumamos abordar sempresuas novidades, seu uso e recursosem artigos da Linux Magazine.

Como exemplo, conf ra o artigo“Segredos sem f o”, publicado naLinux Magazine 07 e que abordaa criação de túneis criptograadoscom OpenVPN. Certamente vamospublicar mais artigos sobre estaantástica erramenta!

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Coluna do Augusto

Escolhas: cadaum tem a sua

 Quando não há uma opção nativa e livre para GNU/ 

Linux de um determinado software, nada como uma

solução multiplataforma para contornar a situação. Com

sorte, podemos obter boas surpresas no fi nal.

Quando se trata de escolher aplicativos para ado-tar ou mesmo para receber apoio no desktopbaseado em GNU/Linux, as alternativas emcódigo aberto contam com a simpatia e a pre-

erência de quase todos os usuários.Ao mesmo tempo, a ausência de suporte a alguns

aplicativos relativamente populares já oi uma expli-cação requente para a não adoção do desktop Linux– especialmente entre usuários que não são especial-mente sensíveis à questão da liberdade das licenças dos

sotwares que usam, e os escolhem com base em outrasdemandas ou critérios de preerência.

No que diz respeito ao atendimento das demandasdeste contingente de usuários, e a sua possível adiçãosubsequente à atia de mercado que representa a pla-taorma GNU/Linux (aumentando assim a atrativida-de para mais desenvolvedores e prestadores investiremnela), a tendência dos últimos anos quanto a aplicati-vos multiplataorma ou supra-plataorma é portantobastante positiva.

Af nal, quando a camada superior da plataorma de

aplicações é o navegador web, o desktop Linux está muitobem servido, com versões nativas dos navegadores quehá anos def nem o conceito de aderência a padrões web,desempenho e estabilidade. Assim, a popularização doschamados aplicativos “da nuvem”, incluindo pacotes deerramentas para automação de escritório, comunicado-res, agregadores etc., já serviu para tornar o sistema maispalatável para uma parcela maior de usuários.

Os aplicativos Java também cumpriram em parte estepapel mas, como muitos usuários do sistema de Impostode Renda de Pessoa Física podem atestar, as dierenças

entre as conf gurações padrão das diversas distribuições

populares tornaram bem mais diícil (mesmo quandohavia boa vontade específ ca por parte dos desenvolve-dores e estrutura de suporte) transormar em realidadea promessa de aplicativos interoperáveis que instaleme sejam executadas com acilidade.

Uma novidade relativamente recente que surgiuno radar e ainda não oi detectada por muitos, são osaplicativos em Adobe AIR. O que é possível azer comeles é um pouco limitado, pois em sua essência umaplicativo AIR continua sendo uma web app (aplicativo

web), mas em compensação, a instalação costuma sersimples e o suporte ao Linux é natural, do ponto de vistado desenvolvedor.

Existem vários títulos interessantes eitos em AIR ejá disponíveis para Linux. Os meus avoritos são o Twe-etDeck, um cliente para o serviço do Twitter, e o ZinioReader, uma interessante implementação de assinaturae leitura de versões digitais de revistas impressas. Mas hávários outros conceitos interessantes sendo explorados:pesquise por nomes como Klok (gestão de tareas), Sna-ckr (um jeito dierente de acompanhar eeds) e outros

títulos do AIR Marketplace.Na minha opinião, nenhuma alternativa é melhorque bons aplicativos nativos – e se eles orem de códigoaberto, melhor ainda. Mas quando há ausência destes,a existência de suporte por modelos multiplataorma éapreciada pelos usuários e, elizmente, às vezes tambémserve para estimular o desenvolvimento de equivalentesem código aberto. ■

 Augusto César Campos é administrador de TI e, desde 1996, man-

tém o site BR-linux.org, que cobre a cena do Software Livre no Brasil

e no mundo.

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Coluna do Alexandre

Aprenda com oboot do Linux 

 Entenda como o kernel Linux faz o endereçamento de

memória através das mensagens de boot do sistema.

Talvez seja possível que o leitor nunca tenha pres-tado atenção no boot do Linux e na riqueza dedetalhes que o mesmo oerece, e que, ao mes-

mo tempo, também apresenta algumas inormaçõesenigmáticas que podem não ter qualquer relevânciapara a maioria dos usuários que utilizam o sistemaoperacional para produzir resultados. Entretanto, sãomuito importantes para aqueles que realizam trabalhosrelacionados ao kernel.

Existem muitas ormas de examinar as mensagens oere-cidas pelo kernel durante o boot do Linux, sendo possívelutilizar o comando more /var/log/messages ou tambémdmesg | more para tal. É evidente que tentar explicar todoo boot em uma coluna é algo impossível, porém podemoscomentar um ou outro ponto aqui. Exemplos:

BIOS-provided physical RAM map:BIOS-e820: 0000000000000000 - 000000000009f800(usable)

BIOS-e820: 000000000009f800 - 00000000000a0000(reserved)

Como o leitor já sabe através de seu auto-aprendizado,processadores x86 têm dois modos de operação: Real eProtegido, sendo que no primeiro, o mesmo somentepode acessar 1Mb de memória RAM e, logo em segui-da, esta operação é trocada para modo Protegido atra-vés da unção start_kernel() que se encontra em init/

main.c . Sugiro, caso não tenha o código-onte do kernel

em sua máquina, visualizar o mesmo em http://lxr.linux.no/linux/ ou ainda se quiser, pode obtê-lo usandoa sequência (Debian ou Ubuntu):

# apt-get install git-core# git clone git://git.kernel.org/pub/scm/linux/kernel/git/torvalds/linux-2.6.git linux-2.6# git pull (apenas se estiver interessado nasatualizações constantes do kernel)

Por isto, justamente enquanto o kernel está no modoReal, ele utiliza (através do código em arch/x86/kernel/

setup.c ) alguns serviços de interrupção da BIOS (no

caso acima, serviço 15 e unção 0xe820 – que dá nomeao que o leitor lê na saída acima) para obter um mapada memória, que será utilizado pelo kernel [1] . É útilnotar que o kernel aproveita esta passagem pelo modoReal do processador para coletar diversas inormaçõese salvá-las inicialmente na primeira página ísica dememória (que é dividida, em geral 4096 bytes, def ni-do com uma macro em include/asm/page.h ) para, maistarde, após chavear para modo Protegido, salvar estesdados nas estruturas de dados do kernel.

Por alar nas estruturas de dados do kernel, é provável

que você observe outras linhas interessantes no boot:

Como o leitor já sabe atravésde seu auto-aprendizado,processadores x86 têm doismodos de operação: Real

e Protegido, sendo que noprimeiro, o mesmo somentepode acessar 1Mb de memóriaRAM e, logo em seguida,esta operação é trocada paramodo Protegido através dafunção start_kernel() que seencontra em init/main.c  .

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23Linux Magazine #77 | Abril de 2011

 887MB LOWMEM availableZone PFN ranges:DMA 0x00000010 -> 0x00001000Normal 0x00001000 -> 0x000377feHighMem 0x000377fe -> 0x00080000

A memória é normalmente dividida em partes e jus-

tamente no momento do boot é que o kernel calculaestas porções (que ele nomeia como sendo zonas). Estazona mostrada acima (887 MB, que poderia ser qualquernúmero entre 16MB e 896Mb) é utilizada pelo códigodo kernel (unção kmalloc() ). Esta utilização é possíveljá que o kernel pode azer um mapeamento um-pra-umdo endereço ísico da RAM para o endereço lógico dokernel, apenas deasadas com um oset.

Como o próprio kernel, em sistemas x86, az umadivisão de 3Gb para processos do usuário e 1Gb paraele próprio (o kernel x86 pode endereçar mais de 4Gb

devido às extensões), esta dierença (1GB – LOWMEM)é justamente o quanto o kernel usa para suas estruturasde dados (mencionadas acima).

A região que está abaixo dos 16Mb é para uso doDMA (Direct Memory Access ) e de uso dos dispositivosISA. A memória acima dos 896Mb é conhecida comoHIGHMEM sendo que para o kernel utilizá-la é gerado

Mais informações

[1] Documentação sobre interrupçõesda BIOS: http://poli.cs.vsb.cz/misc/rbint/ix/index.html

Alexandre Borges ( [email protected], twitter: @ale_sp_brazil) é Es-

pecialista Sênior em Solaris, OpenSolaris e Linux. Trabalha com desen-

volvimento, segurança, administração e análise de desempenho desses

sistemas operacionais, atuando como instrutor e consultor. é pesquisa-

dor de novas tecnologias e assuntos relacionados ao kernel.

um endereçamento virtual mapeando algumas destasáreas acima de 1Gb para regiões abaixo de 1Gb (nestecaso já não há mais esta paridade um-pra-um com amemória ísica e provavelmente seja usada as unções kmap() ou ainda vmalloc() ). Como dito antes, o uso comumé para processos do usuário e não para o kernel em si.

Fica ácil perceber que algumas poucas linhas doboot do kernel nos trazem muitos conceitos, e destes,surgem outros assuntos bastante reluzentes que podemtrazer dicas de como o kernel unciona. No próximomês eu mostrarei outras pequenas curiosidades a res-peito do boot do Linux. Até mais. ■

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➧➧ Projeto GNU quer criar 

alternativa ao Skype

➧ HP disponibiliza versão

2.1 do SDK do WebOS

➧ Projeto Debian anunciaprimeiro mirror security.

debian.org da América do Sul

O projeto GNU anunciou planos para o GNU FreeCall, que irá oerecer comunicação segura para opúblico em geral e deseja ser tão onipresente eutilizável quanto o serviço de VoIP Skype. Os de-senvolvedores af rmam que o aplicativo será livre,gratuito e estará disponível em todas as plataormas,incluindo smartphones.

 Ao contrário do Skype, este novo sistema utiliza-rá o protocolo peer-to-peer (ponto-a-ponto) SIP, que

necessita apenas de uma rede simples. De acordocom o anúncio, ela adicionará uma dose substancialde segurança à comunicação: não haverá necessida-de de nenhum provedor centralizado de serviços enenhum “protocolo binário secreto e inseguro quepossa conter vulnerabilidades ocultas”.

O projeto será construído sobre o GNU SIP Wi-tch, um serviço de ligação e registro de protocoloSIP. Ao invés de utilizar qualquer provedor ou serviçocentralizado, isso permite múltiplos pontos encon-trarem uns aos outros e a se conectarem. O anúnciodeclara que atuar como uma rede VoIP organizada,sem nenhum controle central, permitirá que a redecontinue uncionando, mesmo que parte substancialdela esteja isolada. O projeto está sendo coordenado

por Haakon Eriksen e projetado por David Sugar.O anúncio encoraja a participação dos usuários esugere três ormas de contato. A primeira é o site doGNU Telephony. Há duas listas de email: a primeirapara o SIP Witch, [email protected]  , e a outra paraquestões gerais e de projeto, a [email protected] . ■

 A HP disponibilizou no dia 18 de março, a ver-são 2.1 do SDK de seu sistema embarcado. A novaversão é compatível com os aplicativos criadospara o Palm Pixi, mas incorpora novas unçõesque serão incorporadas por padrão na versão 3.0do sistema, como o Just Type, o Exhibition e oSynergy. De orma a tornar os programas compa-tíveis com a nova sara de smartphones que serãolançados pela empresa, os aplicativos devem ser

otimizados para serem exibidos em telas de 320x 400 pixels.O WebOS é o sistema embarcado baseado

em Linux da HP, que oi adquirido junto com acompra da Palm, pela empresa e que possibilitaa criação de aplicativos de maneira relativamenteácil através de programação web com HTML,Javascript e CSS, mas que permite também ouso de linguagens como C e C++.

A empresa já declarou anteriormente quedeseja expandir o uso do sistema para compu-

tadores pessoais, notebooks e tablets.■

 O projeto Debian anunciou no início de março a dis-ponibilidade do primeiro mirror  (servidor espelho)security.debian.org of cial da América do Sul. Osecurity.debian.orgcarrega todas as atualizações de se-gurança das versões stable e oldstable do kernel Debian.

Em combinação com o recurso de GeoDNS utili-zado pelo Debian, isso deve aumentar drasticamente avelocidade de download para os usuários nessa regiãogeográf ca. “Este é um avanço muito bem vindo para

uma melhor cobertura mundial em relação a servidoresdedicados of ciais do security.debian.org administradospelo projeto Debian” af rmou Martin Zobel Helas,membro do time de administração do Debian.

“O Debian tem muitos usuários na América do Sul eestamos elizes por podermos contribuir com o projeto De-bian através de hardware e banda de Internet para distribuirlocalmente um conteúdo que estava disponível apenas nohemisério norte”, declarou Carlos Carvalho do C3SL.

O C3SL, responsável pela iniciativa, é o Centro deComputação Científ ca e Sotware Livre, um centro de

pesquisa da Universidade Federal do Paraná.■

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| NOTÍCIASGerais

Linux Magazine #77 | Abril de 2011

➧ Microsoft abre lojavirtual no Brasil

➧ Linux 2.6.38 tem aumentode desempenho

A Microsot abriu sua loja virtual própria no país,

a Microsoft Store . Presente em mais 16 países,a loja brasileira é a primeira da América Lati-na, segundo inormaram alguns sites. Nela, osconsumidores poderão encontrar a maioria dosprogramas mais populares da empresa. Tambémé possível que os compradores açam compara-ções entre os produtos e escrever resenhas comsuas avaliações.

 Não há venda ísica dos produtos e a entrega sedá através de download. O Windows 7 Ultimate,versão mais completa do sistema operacional mais

recente da empresa sai por apenas R$ 669,00, maspor conta de uma promoção de lançamento, emcompras superiores a R$ 150,00, é possível parce-lar o valor em até 10 vezes sem juros, no cartãode crédito. ■

A nova versão do kernel Linux, 2.6.38, já está disponível,

oerecendo aos usuários um aumento do desempenhosobre as versões anteriores.O novo kernel vai um passo além do que os desenvolve-dores orneceram na versão 2.6.37 removendo o últimokernel lock que bloqueava o desempenho do sistema.“Há muitas melhorias de desempenho na versão 2.6.38, oTransparent Hugepages (que permite alocações de quan-tidades grandes de memória) é uma das característicasmais notáveis” af rmou Tim Burke, vice-presidente deengenharia da Red Hat em entrevista ao site Internet-News.com. “Entre outras características da nova versão,

estão o agrupamento automático dos processos (deixan-do o escalonamento mais justo), a escalonabilidade notráego de rede, e o VFS (camada do kernel abaixo dossistemas de arquivos) recebeu melhoria de escalonabili-dade e um cache de de diretórios. ■

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Coluna do Alexandre Santos

Linux e a evoluçãodas espécies A teoria da evolução das espécies aplicada ao Linux.

H

á algumas semanas eu estava demonstrando asnovidades do meu desktop Ubuntu 10.10 duran-

te uma aula e um aluno me perguntou por quecada vez que ele me encontrava eu tinha uma versão di-erente de Linux instalada na minha máquina. A respostaseria bem simples se a pergunta não estivesse carregadacom dúvidas sobre a maturidade do sistema operacional.

Não é novidade que sou um grande deensor doGNU/Linux e, para responder a essa pergunta, não po-deria ser dierente. A resposta é simples: assim como aevolução das espécies exige a adaptação dos seres parasobrevivência, a evolução das tecnologias também édef nida pela capacidade de resiliência do ecossistema.

Se observarmos bem ao nosso redor, veremos mi-

lhares de dierentes espécies, cada qual adaptada a umambiente dierente, com características dierentes, mascarregando códigos genéticos (kernels) muito parecidos.Podemos concluir que a teoria da evolução das espé-cies de Darwin [1] nos mostra que orça não é o atoressencial para a sobrevivência, muito menos inteligên-cia. Para conseguir passar pela seleção natural e seguirem rente, a capacidade de adaptação é o que garantea sobrevivência das espécies.

Com o Linux, unciona da mesma maneira. O sistemaoperacional não é o mais orte – não do ponto de vista f -

nanceiro – e não necessariamente precisa possuir as mais

brilhantes mentes trabalhando em sua evolução, mas semdúvida, se olharmos para a árvore genealógica do Linux

[2] , veremos distribuições que entraram em extinção (Co-nectiva, Jurix, linux-t etc.), outras que evoluíram de umascendente comum como a RedHat, Suse ou Slackware ealgumas espécies que acabaram de nascer sem se basear emoutros sistemas como o Android, o QubesOS e o Quirky.

A beleza evolutiva do Linux se dá em razão da acilidadeque cada um de nós possui em criar uma nova distribuiçãoque atenda a uma necessidade peculiar. O sistema ope-racional aberto, permite tanto a criação de uma interacemovida a gestos, que acilitará a vida de def cientes ísicos,até a acilidade de adaptação para se trabalhar com aplica-tivos multitouch ou multi-sensores sendo executados em

variados dispositivos conectáveis ou não a Internet. Algunsdestes aplicativos ainda estão por existir, mas o mais asci-nante de tudo isso é a possibilidade deles mudarem vidas.

Da hereditariedade, mutação, recombinação genética etranserência de código dessas distribuições surgirá, quemsabe em breve, uma espécie ultra-adaptável chamada Li-nux-sapiens, com a única certeza de que a diversidadecontinuará a existir em prol da evolução darwiniana.■ 

A beleza evolutiva doLinux se dá em razão dafacilidade que cada um denós possui em criar uma novadistribuição que atenda auma necessidade peculiar. Alexandre Santos ( [email protected]) é gerente de estratégia e marke-

ting de System z da IBM Brasil.

Mais informações:

 [1] Evolução: http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o 

[2] Árvore genealógica do Linux: http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Li-nux_distributions 

[3] Distribuições demais: http://www.oreilly-net.com/linux/blog/2007/01/so_many_distros_so_little_time.html 

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A invasão dos tablets

Práticos portáteis Entre os dispositivos móveis, os tablets fi guram no topo da lista de

desejos de quem deseja mobilidade com praticidade.

por Flávia Jobstraibizer 

A evolução dos dispositivos portáteis multiuncio-nais cresce a olhos vistos. Desde os e-readers eos primeiros tablets dos anos 2000, muita coisa

mudou. Nos tablets que atualmente invadiram o mer-cado, podemos encontrar recursos tais como: ler livrose revistas digitais, navegar na Internet, eetuar ligações

teleônicas, tirar otos, escutar e armazenar músicas,azer videoconerências e muitas outras coisas.Para os prof ssionais de tecnologia, os tablets que possuem

sistemas operacionais livres são uma onte inesgotável dediversão, conhecimento e inormação, pois tais dispositivossão abertos e conf guráveis, além de permitirem uma am-pla gama de customizações e modif cações personalizadas.

O popular iPad está f cando para trás no que diz res-peito às vantagens de outros tablets “abertos” do mercado.Isso se deve ao ato de que o popular e pioneiro tabletda Apple não permite grandes modif cações e possui di-versos bloqueios que diariamente azem com que seus

usuários procurem opções livres – e menos burocráticas– no mercado. Pensando nisso, nesta edição da LinuxMagazine , você vai conhecer diversas alternativas aoiPad, das mais simples às mais rebuscadas.

Entre as opções impressionantes que o mercado detablets nos oerece atualmente, está o Samsung GalaxyTab, que traz o Android – sistema operacional livre dagigante Google – como sistema operacional, e que porser livre, é outro ponto decisivo no momento da comprade um destes dispositivos. Não deixe de conerir o teste

realizado por nossa equipe neste excelente aparelho.Programar para o Android, também é uma das aci-lidades abordadas nesta edição, em um artigo que iráintroduzi-lo no mundo da programação Android paratablets, agora em sua versão 3.0.

Para quem deseja usuruir ao máximo da capacidadedo seu equipamento, obter aplicativos dos mais variadostipos certamente será um dos seus principais pontos deinteresse. Sendo assim, não deixe de conerir o artigo so-bre a AppUp Center  , loja de aplicativos online da Intel,que possui uma imensa variedade de sotwares livres ecomerciais para tablets, smartphones e netbooks.

Se voce é mais uma entre tantas pessoas que dese-jam arduamente um tablet, ou um ã af ccionado dotablet que já possui, aproveite esta invasão!

Boa leitura! ■

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Matérias de capa

A guerra dos tablets 36

Galáxia portátil 40

Aplicativos em alta 43

Android na bandeja 46

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TUTORIAL | VoIP com Asterisk - parte VI

 Na edição 76 da Linux Maga-zine , apresentamos recursos

como controle remoto, es-tacionamento de chamadas e tem-porização com includes. Nesta sextaparte do tutorial, vamos abordar ouniverso dos ISDNs. Mãos à obra!

Beleza americanaA conexão entre o ISDN (IntegratedServices Digital Network ou RedeDigital Integrada de Serviços) e oAsterisk não pode ser considerada

um caso de amor. Considerandoprincipalmente que o Asterisk éutilizado em linhas analógicas comcabos de cobre. E curiosamente aíestá a origem do sotware. Aindahoje a principal instalação do Aste-risk, nos Estados Unidos, se dá emlinhas analógicas. Isso esclarece por-que, para esse grupo de usuários, atecnologia VoIP signif ca, em geral,um grande salto de qualidade. Em

muitos países europeus, pelo con-

trário, há mais de 20 anos, utiliza-seISDN em larga escala, mesmo em

pequenos escritórios.Analogamente, o novo sistema As-

terisk deve ser conectado não apenascomo VoIP, mas também com ISDN.Ele unciona tanto com placa ISDN,como através de um modem ISDN,conectado em uma entrada USBdo computador, quanto como umaappliance ISDN-to-SIP. Vamos noslimitar neste momento à sua variantemais empregada, que corresponde

à placas ISDN. Será útil o conheci-mento acerca do padrão ISDN [1] ,e em particular sobre as dierençasentre BRI (Basic Rate Interface ) ePRI (Primary Rate Interface ).

Placas ISDN entre10 e 1000 eurosInelizmente há tantas placas ISDNquanto areia no mar – placas PRI

a preços exorbitantes e placas BRI

com valores mais em conta, entre10 e 30 euros, em leilões de lojas vir-

tuais. A questão sobre qual a melhorplaca ISDN não é tão simples dese responder. Ainda mais levando-se em conta que uma placa de 30euros de uma pequena loja podeser tão boa quanto uma de 1000euros de um estabelecimento espe-cializado. Entre tantos abricantes,considera-se que o melhor produtose encontra em grandes lojas ou nasmelhores embalagens.

Uma dierença objetiva se en-contra, certamente, no grau de di-f culdade na instalação do driver.E a tendência é de que, quantomais barata uma placa ISDN, maisdemorada é a instalação. Produtosmais caros vêm geralmente comscripts de instalação relativamentemelhores, baixados da Internet, querapidamente atualizam e f nalizama instalação mesmo de versões mais

antigas do Asterisk.

Asterisk descomplicado

VoIP comAsterisk – parte VI

 O sistema telefônico ultrapassado, presente até pouco tempo atrás nas empresas, é prolífi co

em cobranças: cada novo recurso ativado requer uma nova ativação de serviço, com o preçoadicionado ao pagamento mensal. É hora de mudar. É hora de criar sua própria central VoIP.por Stefan Wintermeyer 

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| TUTORIALVoIP com Asterisk - parte VI

Linux Magazine #77 | Abril de 2011

 Exemplo: aplaca DigiumEste artigo naturalmente não tem apretensão de explicar o processo deinstalação para todas as placas ISDN

disponíveis no mercado. Como exem-plo, vamos tratar da placa DigiumB410P [2] , cujas quatro entradasISDN satisazem as necessidades depequenos escritórios ou de usuáriosdomésticos. A placa controla atémesmo o cancelamento de eco [3] do hardware, não sobrecarregandoa CPU e proporcionando qualidadena compensação do eco (quadro 1 ).

Embora a Digium produza e

revenda vários tipos de placas, nãose pode dizer com certeza, se paracada atualização do Asterisk, serápossível encontrar rapidamente umdriver uncional. A oerta de atua-lizações, por parte da Digium, é oúnico caminho viável para que osadministradores de sistema utilizemsempre uma nova versão do Asterisk.

Compilando o Asterisk Nas primeiras partes desse tutorial, já

tratamos da instalação do Asterisk. Ouncionamento de uma placa ISDNdemanda, contudo, um complicadotrabalho de conf guração. As instru-ções a seguir requerem um sistemaDebian recém instalado como base.Atenção: a placa ISDN deve an-tes ser conectada ao computador.Acesse o sistema como usuário root e execute os comandos:

apt-get updateapt-get -y upgradeshutdown -r now

Tenha certeza de que o sistemaesteja uncionando com um kernelatualizado.

Após reiniciar a máquina, entrenovamente como usuário root e exe-cute os pacotes necessários para acompilação (listagem 1 , linha 1 ). Oscomandos da segunda linha são usa-

dos para obter drivers atualizados de

servidores da Digium. Em seguida,compile e instale os pacotes Zaptel(linhas 3 e 4 ). O último make execu-ta o download do pacote MISDN einstala o driver para a placa ISDN.As linhas 5 e 6 compilam o servidor

Asterisk. O make-config é executadoem seguida, com o intuito de que oDebian seja conf gurado para carre-gar automaticamente o Asterisk noprocesso de inicialização.

Placa ISDNconfi gurada por script Para o reconhecimento de uma pla-ca ISDN recém instalada, execute

o script /usr/sbin/misdn-init scan .Será exibido algo como:

[OK] found the following devices:card=1,0x4[ii] run “/usr/sbin/misdn-initconfig” to store this informationto /etc/misdn-init.conf

Caso o sistema tenha reconheci-do corretamente a placa, é possívelpermitir que seja eetuada, com aexecução do utilitário /usr/sbin/

misdn-init config , a conf guraçãoautomática dos dados no arquivo /

etc/misdn-init.conf . A conf guraçãoda placa deve se restringir, nestepasso, à seção intitulada Port set-

tings . Nela, são listadas as opçõesdisponíveis.

Se você quiser que a placa un-cione com um dispositivo multiun-cional e que este esteja conectadoà sua porta 1, deverá então constar

na conf guração a linha te_ptmp=1 .Caso deseje incluir na mesma porta,um aparelho de ax, deve-se retiraro caracter de comentário da linhaoption=1,master_clock . A última li-nha contém uma interrupção quedesigna um maior nível de depura-ção. Ela não causa problemas, en-tão convém deixá-la como debug=1 .

Em seguida, especif que no ar-quivo /etc/asterisk/misdn.conf , os

dados do Asterisk para a porta. Deixe

Quadro 1: Olá, eco! O problema do eco, uma caracte-rística da própria voz, é tão anti-go quanto o telefone. Um circuitohíbrido comparece quase sem-pre como uma causa em telefonia

analógica. Nesse caso, o contatoé feito com dois fi os bidirecionais,em vez de quatro, em que cadapar se responsabilizaria por umadireção. E em um transporte deinformações realizado com doisfi os, é comum que ocorra super-posição – no caso, o fenômenodo eco. Uma pessoa pode perce-ber o eco, mas isso só acontecese ele for alto o sufi ciente e viercom certo atraso. Isso aconteceporque cada pessoa ouve a pró-

pria voz e o cérebro, por conta deum sistema otimizado de cancela-mento de eco.

 Normalmente, o sistema de telefoniaseria responsável pelo cancelamen-to de eco do aparelho. Por ser o últi-mo na cadeia do sistema, geralmen-te deixa-se o problema por conta doAsterisk. Se ele é o único sistema detelefonia empregado – mesmo quese opere somente com dispositivosdigitais –, deve-se resolver o proble-

ma por conta própria.No caso do Asterisk, o cancela-mento de eco, tanto para placasISDN quanto para placas analógi-cas, pode ser efetuado por meio desoftware, caso não haja suporte naprópria placa. É preferível um can-celamento de eco executado pelaprópria placa, por ser um caminhomais fácil e também para não so-brecarregar a CPU. E, para a maio-ria das conversas simultâneas, ocancelamento via software é de fato

o recurso mais conveniente.

O desagradável é que o modo deconfi guração varia de acordo como fabricante. Com o Digium, a coisaé relativamente simples: um simplesechocancel=yes resolve o proble-ma. Para placas mais complicadas,torna-se necessário estudar o códi-go de confi guração desta.

O cancelamento de eco mediantesoftware livre não é menos exigente.

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54 www.linuxmagazine.com.br 

TUTORIAL | VoIP com Asterisk - parte VI

comentadas todas as linhas e entre,ao f nal, com os seguintes comandos:

[isdn]ports=1context=from-isdn

msns=*

Nesse exato momento, reinicieo sistema com um shutdown -r now para testar se o Asterisk e os driversda placa oram inicializados perei-tamente. Os quatro leds próximosà porta ISDN da placa devem seacender. Logo que o cabo or co-nectado à primeira porta ISDN,deve o seu led permanecer cons-tantemente aceso.

Olá, mundo ISDN!Após a conf guração da placa, deve-mos testá-la com um “Olá, mundo!”,como descrito na listagem 2 . Quan-do qualquer sistema do tipo MSNexecutar uma chamada para essaconexão, o Asterisk será acionado,executará a rase “Olá, mundo!”, eechará, em seguida, o programa.

Para isso, será suf ciente a seguinteentrada em seu arquivo de conf gu-rações extensions.conf :

[from-isdn]exten => 1234567,1,Dial(SIP/2000)

quando, por exemplo, você desejarque seu MSN receba as chamadasde seu teleone interno SIP.

Caso você queira encaminhartodas as chamadas provenientesde teleones internos, no contexo[meu-telefone] , que apresenta um 0 em seu começo, coloque a seguin-te linha no arquivo ``/etc/asterisk/ extensions.con@:

[meu-telefone]exten => _0X.,1,Dial(mISDN/g:isdn/${EXTEN:1})

Observe que, para chamadas in-ternacionais, deve-se remover o :1 e substituí-lo por um zero. Com ozero, normalmente utilizado paraidentif car chamadas de teleonesf xos, há, porém, um problema: alistagem de ligações de seu teleo-ne. Receba uma chamada por meio

de sua rede ISDN, indique correta-mente o número da chamada emseu teleone SIP e o grave tambémem seu teleone. Ao tentar retornara ligação por meio da lista de cha-madas de seu teleone, ocorrerá umaalha. A seguinte entrada, em seuarquivo extensions.conf resolveráo problema:[from-isdn]exten => _X.,1,Set(CALLERID(num)=0${CALLERID(num)})

 Listagem 1: Instalando os pacotes necessários

01 apt-get -y install build-essential libncurses5-dev libcurl3-dev libvorbis-dev libspeex-dev unixodbcunixodbc-dev libiksemel-dev linux-headers-`uname -r` flex bc pciutils libnewt-dev libusb-dev02 cd /usr/src && wget http://downloads.digium.com/pub/asterisk/asterisk-1.4-current.tar.gz && wgethttp://downloads.digium.com/pub/zaptel/zaptel-1.4-current.tar.gz && tar xvzf asterisk-1.4-current.tar.gz

&& tar xvzf zaptel-1.4-current.tar.gz03 cd zaptel-1.4.804 ./configure && make && make install && make b410p05 cd /usr/src/asterisk-1.4.1706 ./configure && make && make install && make samples && make config

 Listagem 2:extensions.conf

01 [from-isdn]02 exten => _X.,1,Answer()03 exten =>_X.,n,Playback(hello-world)04 exten => _X.,n,Wait(1)05 exten =>_X.,n,SayDigits(${EXTEN})06 exten => _X.,n,Hangup()

Sobre o autor Stefan Wintermeyer é o autor doLivro do Asterisk, da editora Addis-son Wesley e primeiro DCAP (Di-gium Certifi ed Asterisk Professio-nal ) alemão. Ele auxilia clientes, por

meio da Amooma GmbH (http://www.amooma.de), a implementar so-luções com Asterisk.

Mais informações

 [1] ISDN: http://de.wikipedia.org/wiki/Integrated_Services_Digital_Network

[2] Digium B410P: http://www.digium.com/en/products/digital/b410p.php

[3] Cancelamento de eco:http://en.wikipedia.org/wiki/Echo_cancellation

Gostou do artigo?Queremos ouvir sua opinião.Fale conosco [email protected]

Este artigo no nosso site: http://lnm.com.br/article/5050

oss

me.co

:

nião.

exten => _X.,n,Dial(SIP/2000)

Na próxima edição da Linux Ma-gazine , você irá conhecer o uncio-namento dos teleones analógicos e

também sobre como trabalhar comax. Até lá! ■

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| TUTORIALVoIP com Asterisk - parte VI

Linux Magazine #77 | Abril de 2011

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| ANÁLISEReal versus virtual

Linux Magazine #77 | Abril de 2011

Realidade aumentada

Real versus virtual A tecnologia da realidade aumentada,

além de fascinar qualquer ser humano,

é um assunto emergente. Neste artigo,

veremos seus princípios básicos.

por Alessandro de Oliveira Faria (Cabelo)

A tecnologia de realidade au-mentada, é def nida como asobreposição, no ambiente

real, de objetos virtuais e tridimen-sionais gerados por computador por

meio de algum dispositivo tecnoló-gico de videocaptura. Esta tecno-logia disponibiliza uma interaçãosem necessidade de treinamento,pois o usuário pode trazer para oambiente real os objetos virtuais,incrementando e aumentando avisão do mundo real. Isso somenteé possível com técnicas de visãocomputacional juntamente comcomputação gráf ca.

Os objetos virtuais introduzidosno ambiente real podem ser mani-pulados com as próprias mãos, assim,proporcionando ao usuário uma inte-ração inovadora e atrativa. Na figura

1 , conf ra uma representação gráf cado recurso e interatividade com atecnologia de realidade aumentada.Os principais recursos da tecnologiade realidade aumentada são:➧Combinar elementos virtuais com

o ambiente real.

➧ Interatividade e processamentoem tempo real➧Ser concebida em três dimensões.

Meu primeiro contato com reali-dade aumentada teve início em se-

tembro de 2008, quando conheci oantástico projeto Levelhead [1]criadopelo designer e programador JulianOliver, o jogo open source é baseadoem um cubo real que utiliza somentebibliotecas de visão computacionalde código aberto para reproduzir ocubo virtual no monitor. Foi preci-so um f nal de semana para baixaros códigos-ontes e compilá-los comtodas as dependências. A jogabilida-

de resume-se a entrar e sair de portasutilizando memória e inteligênciaespacial, o que o levará para outrosambientes onde será necessário resol-ver alguns quebra-cabeças.

ARToolKit Existem diversas bibliotecas e tecno-logias tanto de código aberto, comoproprietárias, para o uso de realidadeaumentada (openCV, Bazar e outras).

Entretanto, uma quantidade signif ca-

tiva de trabalhos de sotware livre sãobaseados ou derivados da bibliotecaARToolKit (figura 2 ), uma bibliotecalivre escrita em C, desenvolvida peloDr. Hirokazu Kato. Atualmente utili-

zada por pesquisadores do LaboratórioTecnológico de Interace Humana,na Universidade de Washington. Abiblioteca surgiu com o objetivo deacilitar a construção de aplicaçõesde realidade aumentada (RA), sendoassim, o seu uncionamento utilizarecursos de visão computacionale processamento de imagens paraprover os recursos de RA.

O que encanta nesta tecnologia, e

a complexidade do desenvolvimentodas aplicações, ou seja, calcular pre-cisamente, em tempo real, o pontode observação do usuário, para so-mente então projetar corretamente osobjetos virtuais no mundo real. Esteé o principal objetivo da bibliotecaARToolKit, rastrear rapidamente ecalcular a posição real da câmerae de seus marcadores de reerênciapossibilitando que o programador

acrescente objetos virtuais sobre es-

AN

ÁLI SE

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ANÁLISE | Real versus virtual

tes marcadores no mundo real, semsacriícios nem magia negra.

Para o pereito uncionamentodesta tecnologia, em primeiro lu-gar é preciso transormar o quadro

capturado no video ao vivo, emuma imagem com valores bináriose, somente então, examiná-la paraencontrar regiões quadradas. Aoencontrar um quadrado, a imagemno seu interior é comparada comalgumas imagens pré-cadastradas.Existindo uma similaridade suf -ciente com a imagem, utiliza-se otamanho conhecido do quadradoe a orientação do padrão encontra-do, para calcular a posição real da

câmera em relação à posição realdo marcador.

Instalação dabiblioteca ARToolkit Eetue o download da versão 2.72.1do código onte do projeto no Sour-ceForge [2] e descompacte o pacotecom o tradicional comando tar :

$ tar -zxvf ARToolKit-2.72.1.tgz

Entre na pasta ARToolKit re-cém-criada e execute o comando./configure seguido das respostas(5 ,n ,n ,) onde 5 representa a utilizaçãoda biblioteca GStreamer para acessoaos dispositivos de videocaptura, n caso o sistema operacional seja de64 bits, n novamente para não gerarinormações de debug e y se estivertrabalhando com uma placa NVIDIA

ou ATI. Finalmente, para iniciar a

compilação na íntegra, execute ocomando make .

Se todos os passos oram conclu-ídos com sucesso, entre no diretório/bin para testar os exemplos (sugiroo binário videoTest ). Antes crie a va-

riável do ambiente ARTOOLKIT_CONFIG  para def nir as conf guração do seudispositivo de captura:

$ export ARTOOLKIT_CONFIG=”v4l2srcdevice=/dev/video0 use-fixed-fps=false !ffmpegcolorspace ! capsfiltercaps=video/x-raw- rgb,bpp=24,width=960,height=720 ! identityname=artoolkit ! fakesink”

Se tudo estiver em pereito un-

cionamento, será apresentado umajanela cujo conteúdo será o videoao vivo da sua webcam.

Calibre seu dispositivoAs propriedades padrão da bibliote-ca ARToolKit estão localizadas noarquivo de parâmetro do dispositivode captura. Este arquivo é denomi-nado camera_para.dat e encontra-seno diretório ARToolKit/bin/Data . Oarquivo presente no projeto, apre-

senta um padrão que abrange umamplo conjunto de dispositivos devideocaptura. Porém, sugiro a ca-libragem da câmera conorme asinstruções a seguir.

Para iniciar o processo de calibra-gem, em primeiro lugar devemos

imprimir os arquivos calib_cpara.

pdf e calib_dist.pdf . O arquivo ca-

lib_cpara.pdfé uma grade de linha.Imprima este arquivo na escala ondepreerencialmente as linhas f quemseparadas com uma distância exata

de 40mm.O arquivo calib_dist.pdf possuiuma matriz de 6x4 pontos e, comoilustrado no arquivo pd anterior,também deverá ser impresso na es-cala onde as distâncias entre os pon-tos são exatamente 40mm. Ambosos arquivos deverão ser impressosem papel cartonado ou colados emsuperícies não exíveis.

A calibragem do dispositivo de

captura é obtida a partir das posiçõesdo ponto central, distorções da lentee da distância ocal da câmera. Sendoassim, o binário calib_dist é utiliza-do para calcular o ponto central daimagem e a respectiva distorção dalente. De orma complementar, oprograma calib_param calcula a dis-tância ocal da câmera. Como todoexcelente trabalho de código aberto,os ontes estão disponíveis para estudoe aprendizado. Vale a pena mencio-

nar que devemos primeiro executaro programa calib_dist para depoisexecutar o calib_cparam .

O primeiro passo é executar ocalib_dist e logo em seguida po-sicionar a olha impressa (arquivocalib_dist.pdf ) de tal modo que to-

 Figura 1: Esquema de funcionamentoda realidade aumentada.

Figura 2: A biblioteca ARToolkit é uma das grandes responsáveis peloscalculos necessários ao projeto.

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| ANÁLISEReal versus virtual

Linux Magazine #77 | Abril de 2011

dos os pontos estejam visíveis. En-tão, clique com o botão esquerdodo mouse para congelar a imagem.Após o congelamento, pressione obotão esquerdo do mouse sobre aimagem e desenhe um retângulo

em torno de todos os pontos daimagem (segurando o botão domouse pressionado). Começandopelo ponto localizado no cantosuperior esquerdo da imagem eprossiga até que todos os pontostenham sido desenhados. Repitaeste procedimento de 5 a 10 ve-zes em vários ângulos. Terminea operação pressionando o botãodireito do mouse ou a tecla [ESC].

O programa começará a calcularos valores de distorção da câmera.Para se certif car dos parâmetros

e cálculos da operação, pressioneo botão esquerdo do mouse paramostrar as imagens capturadas,com as linhas vermelhas dese-nhadas, passando pelos pontos decalibragem. Se tudo estiver empleno uncionamento, as linhasdeverão se cruzar no centro decada um destes pontos. Cada vez

que o botão esquerdo do mouse épressionado, a próxima imagemcapturada é mostrada (figura 3 ).

Agora partiremos para o programacalib_cparam , que como mencionadoanteriormente, é usado para encontrara distância ocal da câmera, além deoutros parâmetros. Para continuar-mos, execute o programa e inormeas coordenadas do centro e o atorde distorção disponibilizado pelo

aplicativo calib_dist .Coloque a impressão do arquivocalib_cpara.pdf diante da câmera detal modo que a imagem f que o maisperpendicular possível ao eixo óticoda câmera. Nele também todas aslinhas devem ser visualizadas.

Basta pressionar o botão es-querdo do mouse para capturar aimagem. Logo a seguir será exibi-da uma linha branca horizontal

na imagem. Movimente a linha

branca até cobrir a linha preta notopo e pressione [ENTER]. A li-nha movimenta-se para cima oupara baixo ao utilizar as teclas deseta para cima ou para baixo. Alinha pode ainda ser rotacionada

no sentido horário e anti-horáriousando-se as teclas de setas para adireita e para a esquerda. Repitaesse processo com todas as linhasverticais e horizontais por 5 vezes.Ao terminar, inorme o nome doarquivo (figura 4 ).

Para utilizar o arquivo de calibra-gem recém-criado, basta copiá-lopara a pasta Data com o nome ca-

mera_para.dat ou alterar no código-

onte a variável char *cparam_name .Agora, para testar o uncionamentoda realidade aumentada, execute oprograma simpleTeste veja o resulta-do ao apresentar o arquivo pattHiro.

pdf impresso para a câmera.O aplicativo ExView exibe a visão

externa da câmera e também projetaem tempo real seu movimento em 3dimensões. Para executar este apli-cativo, digite o comando ./exviewnapasta bin (figura 5 ).

Para trabalhar com outros pa-drões, utilize o programa mk_patt .Ao executá-lo, aponte o dispositivode captura para o padrão e rotacioneaté os dois lados vermelho e verdeaparecerem em torno do padrão.Os lados vermelhos do quadradodevem posicionar-se no topo e àesquerda do quadrado. Logo emseguida, clique no botão esquerdodo mouse e inorme o nome do ar-

quivo padrão.

Motores derenderizaçãoOs motores de renderização são bi-bliotecas e componentes que acili-tam a projeção em 3 dimensões deobjetos ou cenários criados em edi-tores tridimensionais (Blender, porexemplo). Embora o uso de motores

de renderização não sejam obriga-

toriamente necessário, acilitam (emuito) a vida do programador. Claroque nada impede o uso do OpenGLjunto à biblioteca ARToolKit, Open-

CV ou Bazar.A escolha do motor (engine ) derenderização determinará o sucessoou o racasso do projeto. Pois, noque tange à visão computacional,todo processamento deve ser bemdistribuído e projetado. Projetarobjetos em 3 dimensões na web,em games ou apresentações, requeresorço computacional distinto. Porexemplo, um motor de renderiza-ção para games pode apresentar

uma qualidade inerior, uma vezque existem outras tareas mate-máticas a serem cumpridas (eeitosabstratos como ogo e explosões re-sultantes de tiros). A seguir, listo 4entre os muitos motores de renderi-zação existentes.

Figura 3: As linhas vermelhas devempassar pelos pontos doarquivo impresso.

Figura 4: O processo de calibragem,embora demorado, permiteao programa calcular aposição do objeto virtual

em relação ao real.

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ANÁLISE | Real versus virtual

 IrrAR [3] Motor de renderização multipla-

taorma, perormático e de códigoaberto. Ideal para criação de jogos,pois é baseado na Irrlicht, que alémde suportar arquivos do Quake, su-

porta outros diversos ormatos. Estemotor permite o processamento deeeitos abstratos como neve, umaça,ogo, superícies aquáticas e outros.Logo chegaremos a conclusão queele utiliza grande parte do seu proces-samento com eeitos e sendo assim,talvez não proporcione uma rende-rização tão realista em tempo real.

FLARToolkit [4] 

É um porte do código onte dabiblioteca ARToolKit para o ActionScript 3.0 (Flash), eito pelo japonêsSaqoosha sob licença livre. O projetocarrega todas os recursos do projetoem que se baseia: detecta movimento,reconhece uma determinada “marca”e projeta um cenário ou objeto 3D.Utiliza a renderização baseada no Pa-pervision3D e movimenta os objetosde acordo com movimentos reais. Estemotor não apresenta altíssima quali-

dade, pois oi projetado para ser exe-cutado no ambiente web (navegador);esta tecnologia deve estar preparadapara qualquer tipo de equipamento evelocidade de conexão [5] .

AndAR É um projeto que tenho orgulho

de divulgar, pois oi devido a minhasolicitação e contato com o autor, queeste, abriu seu código onte. AndAR

é um projeto também baseado nabiblioteca ARToolKit. Mesmo criadopara equipamentos portáteis, apresentaum excelente desempenho. O autorprojetou com excelência a abstraçãoda biblioteca com JNI e assim, escre-veu muito bem o sotware.

osgART [6] A biblioteca osgART acilita o

desenvolvimento de aplicativos de

realidade aumentada. Ela agrupa as

unções de detecção e rastreamentode marcadores do ARToolKit junto aosrecursos de construção de modelosvirtuais da biblioteca OpenScene-Graph. A OSGART apresenta altaqualidade na renderização dos obje-

tos virtuais, suporte à reprodução devideo e técnicas de renderização desombras. Um boa escolha para apli-cativos voltados para apresentações.

Utilizando a osgART Como seria muito extenso detalhara instalação e utilização de todas astecnologias mencionadas nesse texto,decidi explicar a biblioteca osgARTpelo ato de demonstrar excelente

qualidade de renderização. Sendoassim, para iniciar o trabalho, deve-mos primeiramente baixar, compilare instalar o pacote OpenSceneGraph.

O artigo toma como reerência aversão 1.2, porém, não é obrigatórioo uso desta. O principal motivo dautilização dessa versão é somentemanter a compatibilidade com osestudos do projeto Levelhead, etambém obedecer à versão reque-rida para a biblioteca osgART. Para

iniciar, aça o download no linkhttp://www.artoolworks.com/dist/

osgart/release/1.0/osgART-1.0.tar.

bz2 e em seguida execute:

$ tar-xfzj osgART-x.x.tar.bz2$ cd osgART/bin

Agora compile a biblioteca substi-tuindo o trecho abaixo pela localiza-ção do ARToolKit como parâmetrodo comando make .

$ make -f GNUmakefile ARTOOLKIT_PATH=”[path da bibliotecaARToolKit]”

E os modelos 3D? O pacoteosgExport é um plugin do Blenderque exporta os modelos deseja-dos para o ormato osg (figura 6 ).Esse plugin, é um módulo escritoem Python e pode ser obtido napágina of cial do sotware [7] ou

para os usuários openSUSE, dis-

ponibilizo um rpm no meu repo-sitório [8] . Se resolver eetuar odownload na pagina of cial, bastasalvar o arquivo osgexport-2.42.py 

no diretório [local-do-blender]/blender/.blender/scripts .Em seguida, abra o modelo que

deseja exportar e clique em File/ Export/OpenSceneGraph (.OSG) .Será exibida uma janela de diálogoonde devemos inormar a localiza-ção completa do arquivo a ser salvoe clique no botão Export . Utilize oprograma osgconv que acompanha opacote OpenSceneGraph compiladoe instalado anteriormente, para con-

verter o arquivo .osg para .ive . Estaextensão é apenas a versão bináriado arquivo .osg . Vale a pena men-cionar, que para conerir o arquivo.osg , podemos utilizar o programaosgview que também pertence aopacote OpenSceneGraph.

Agora, f nalmente veremos o re-sultado de todo este trabalho: entreno diredório bin do projeto recém-compilado osgART e execute o pro-

grama osgARTsimpleNPRusando comoparâmetro seu arquivo .ive e o tama-nho e a posição (X Y Z). Lembre-seque a variável ambiental ARTOOLKIT_CONFIG deve existir com as devidasconf gurações, conorme mencio-nado anteriormente.

./osgart_example models/cubo-neti.ive 80 0 0 5

Divirta-se vendo o seu objeto ganhar

vida na tela do seu computador!■

 

Figura 5: Se tudo for feito correta-mente, o ExView exibirá umcubo como o visto acima.

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| ANÁLISEReal versus virtual

Linux Magazine #77 | Abril de 2011

 Figura 6: O osgEXPORT permite que você exporte objetos do Blender parautilizá-los em seus projetos de realidade aumentada.

Mais informações

 [1] Projeto Levelhead: http://selectparks.net/~julian/levelhead/

[2] ARToolkit: http://sourceforge.net/projects/artoolkit/

[3] IrrAR: http://sourceforge.net/projects/irrar/

[4] FLARToolkit: http://saqoosha.net/category/flash/flartoolkit/

[5] Teste do FLARToolkit: http://www.netitec.com.br/alessandro/ra

[6] OSGART: http://osgart.org/

[7] osgEXPORT: http://projects.blender.org/projects/osgexport/

[8] Repositório openSUSE do Cabelo: http://download.

opensuse.org/repositories/home:/cabelo:/osgexport/

Sobre o autor

Alessandro Faria é sócio-proprietário da NETi TECNOLOGIA, fundada em Junho de 1996

(http://www.netitec.com.br ) e especializada em desenvolvimento de software e soluções

biométricas. Consultor Biométrico na tecnologia de reconhecimento facial, atuando na área de

tecnologia desde 1986. Leva o Linux a sério desde 1998 com desenvolvimento de soluções open-

source, é membro colaborador da comunidade Viva O Linux e mantenedor da biblioteca open-source de vídeo captura, entre outros projetos.

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ANÁLISE | Visão de raio-x

Listagem de hardware

Visão de raio-x  Que componentes fazem parte de seu

computador? A ferramenta lshw revela detalhes

do hardware que você talvez não encontre

nem mesmo na especifi cação do fabricante.por Karsten Günther 

Qualquer tipo de hardwaredetectado pelo kernel e seusmódulos deixarão traços nosarquivos de log ou nos

pseudo arquivos de sistemas /proc e/sys . Obter essas inormações ma-nualmente pode ser um processo

que tomará muito tempo; sendoassim, algumas distribuições tenta-ram – com sucesso variado – tiraresse ônus dos ombros dos usuários.Em contraste a essas erramentas, olshw [1] trabalha bem em qualquerplataorma e exibe os resultados deuma orma inteligente.

O nome lshw é o acrônimo paralist hardware (listar hardware) e oaplicativo descobre todos os deta-lhes dos componentes do hardware,como CPU, módulos de memória ouinteraces IDE, que podem incluirplacas de som, placas gráf cas ou

drives externos. A erramenta podeser executada em linha de comandoe você precisará conf gurar algumasopções para controlá-la (tabela 1 ).

O primeiro grupo de opções con-trola o ormato da saída. Por padrão,as saídas do lshw são em texto planopara um terminal, a partir do qual é

inicializado (listagem 1 ), o que é prá-tico se você precisar arquivar a saídaou processá-la automaticamente (porexemplo, f ltrar e processar as linhasde saída: lshw … | grep size … ).

A opção -xml ornece um com-pleto e interessante documentado

ormatado em XML, que é útil paraarquivamento em base de dados. Pá-ginas HTML são preeríveis se vocêprecisa de uma saída que seja maisamigável para leitura, sendo assim,a opção -html (em minúsculo) deveser usada, nesse caso. O parâmetro-X inicializa uma interace gráf ca.

Para uma rápida visão geral, emvez das incrivelmente detalhadasinormações que o lshw exibe por

padrão, você pode usar as opções-businfo e -short .

DetalhesSem privilégios de root , olshw tem ape-nas acesso limitado as inormações dosistema, então a saída de dados é igual-mente pobre e deixa de exibir muitosdetalhes importantes. Normalmen-te, você irá notar que será necessárioalterar seu acesso para o usuário root 

(sudo lshw ) para executar o comando.

 Figura 1 A interface gráfi ca lshw-gtk facilita o acesso à árvore de informa-ções; no entanto, esta não oferece suporte a todas as opçõesque estão disponíveis na ferramenta em linha de comando.

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| ANÁLISEVisão de raio-X

Linux Magazine #77 | Abril de 2011

 As várias opções permitem quevocê modif que a saída para re etirsuas necessidades. Para azer isso,use classes (tabela 2 ) e execute al-guns testes (tabela 3 ).

A opção -sanitizediz ao lshw parasubstituir inormações conf denciais(como números seriais e endereçosIP) pela string [REMOVED] , ou remo-vido, em português. Essa opção seráutil se você quiser passar inormaçõespara um terceiro, como por exemplo,

se você precisa azer uma perguntaem um órum.

A opção -quiet evita que o lshw envie a saída da classe que ele estátestando no momento para o terminale a opção -numeric az exatamente ocontrário: ela exibe os IDs númericosde dispositivos PCI, USB e outros.

O utilitário lshw exibe a saída paraclasses individuais em uma estruturade árvore. Os “nós” são marcados

com uma das quatro palavras-chaves:➧CLAIMED – (solicitado ou re-

clamado): um driver adequado existee está carregado (o lshw requente-mente exibe a inormação para issodiretamente).➧ UNCLAIMED – (não solicita-

do ou não reclamado): classes paraas quais (atualmente) não existemdrivers.

➧ENABLE – (habilitado): classes

com drivers totalmente operacio-

nais (o lshw requentemente exibe ainormação para isso diretamente).➧DISABLE – (desabilitado): existe

um problema com o driver.Para interpretar os detalhes, você

precisa que as saídas das seções size (tamanho) e capacity (capacidade)dependem da classe. Elas dierem de-pendendo se você estiver analisandouma CPU ou dispositivo de armaze-namento (storage ). A palavras-chaveserial está relacionada aos números

seriais dos dispositivos como discosrígidos, chips de memória, proces-

sadores ou placas-mãe. Ela exibe oendereço MAC para dispositivos derede e o GUID (identif cador único)das partições.

Discos rígidos com múltiplas par-tições lógicas aparecem várias vezes:

como partições lógicas e nas parti-ções estendidas que as contém. Olshw resume os recursos das classesna opção capabilities (recursos);novamente aqui a interpretação de-pende do tipo de dispositivo.

Interface gráfi caUma interace gráf ca está disponívelpara o lshw , chamada de lshw-gtk .Para inicializar a interace gráf ca

diretamente, digite seu nome ouinclua a opção -X no lshw . Uma vi-sualização gráf ca, em ormato deárvore, das inormações coletadaspelo lshw é o resultado exibido. Ainormação está aninhada em trêscamadas e um clique duplo levavocê a próxima camada.

Esse processo somente uncionapara os itens exibidos em negrito, natela, que é a orma que o lshw utilizapara indicar que o item subordinado

existe. A esquerda, a janela exibe asinormações. A interace gráf ca não

Opção Descrição

-html Gera saída em HTML

-xml Gera saída em XML

-short Exibe um pequeno sumário

-businfo Gera saída com informações de barramento

-X Usa a interface gráfi ca

Ação Descrição

-c, -C, -class class Exibe informações de classe

-disable test Não executa testes

-enable test Executa testes

-quiet Esconde a barra de status

-sanitize Esconde informações confi denciais

-numeric Exibe Ids numéricos

  Classe Descrição

address Endereços de memória para extensões de memória de vídeo ou ROM

bridge PCI-to-PCI, AGP, PCMCIA

bus Barramentos, sem nenhum hardware conectado

communication Modem e porta serial

disk Drivers (incluindo fíicos)

display Componentes gráfi cos (sem o display)

generic Outros componentes

input Teclados, mouses e joysticks

memory RAM, BIOS e fi rmware

multimedia Som, TV e placas de vídeo

network Bluetooth, Ethernet, FDDI e WLAN

power Baterias e fontes de energia

printer Impressoras e e dispositivos multifuncionais

processor Controladora de CPU e RAID

storage Controladora IDE e SCSI

system Tipo de sistema: Laptop, Desktop, Servidor ou Computador

tape Dispositivos DAT/DDS

volume Sistemas de arquivos e partições

 Tabela 1 Opções importantes do lshw

Tabela 2 Classes 

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ANÁLISE | Visão de raio-x

suporta todos as opções de linha decomando e você precisa testar paralocalizar entradas específ cas.

ConclusãoCom algum conhecimento básico dehardware e um pouco de paciência,o lshw acaba sendo uma erramentaútil, pois possui controles simples. Ousuário tem acesso a uma quantida-de enorme de inormações sobre o

hardware utilizado na máquina locale, em alguns casos, o utilitário revelainormações que as especif cações doabricante deixaram de mencionar.Além disso, ter uma boa conexãode Internet é aconselhável para quevocê possa usá-la para preencher aslacunas, mas o lshw já inclui umagenerosa documentação de ajudaeita por especialistas, em suas saídas.

O acesso a interace gráf ca é ácil

em um primeiro momento, mas, sedepois você precisar executar a er-ramenta em múltiplas máquinas,descobrirá que a linha de comandooerece uma abordagem mais ele-gante e completa.

Depois de conectar um novo hard-ware, a detecção com o lshw rapida-mente criará uma nova entrada emsua base de dados de inormações dehardware, que não poderia ter sido

criada se o mesmo tivesse alhado.

O programa apenas mostrará o queo hardware revela sobre si próprio,sendo assim, os dados nem sempreestarão completos. No caso da placaATI Radeon X1600, usada na máquinaem meu laboratório, por exemplo, olshw inormou os dados corretos doproduto para a porta padrão, massomente a observação ATI Techno-logies Inc , ou seja, o nome do abri-cante, para a segunda. Novamente,

você precisa interpretar os detalhescorretamente se quiser obter resul-tados signif cativos. ■

 Listagem 1: Comando lshw

01 # lshw02 ...03 *-multimedia04 description: Audio device05 product: Azalia Audio

Controller06 vendor: Silicon Integrated

Systems [SiS]07 physical id: f08 bus info: pci@0000:00:0f.009 version: 0010 width: 32 bits11 clock: 33MHz12 capabilities: pm

bus_master cap_list13 configuration: driver=HDA

Intel latency=0maxlatency=11 mingnt=52

14 resources: irq:18memory:d4200000-d4203fff

15 ...16 *-usb:117 description: USB Controller18 product: USB 1.1 Controller19 vendor: Silicon

Integrated Systems [SiS]20 physical id: 3.121 bus info: pci@0000:00:03.122 version: 0f23 width: 32 bits

24 clock: 33MHz25 capabilities: bus_master26 configuration:

driver=ohci_hcd latency=32maxlatency=8027 resources: irq:21memory:d4205000-d4205fff28 *-usb:229 description: USB Controller30 product: USB 2.0 Controller31 vendor: Silicon IntegratedSystems [SiS]32 physical id: 3.3

33 bus info: pci@0000:00:03.334 version: 0035 width: 32 bits36 clock: 33MHz37 capabilities: pm debug bus_master cap_list38 configuration: driver=ehci_hcd latency=32maxlatency=8039 resources: irq:22memory:d4206000-d4206fff40 ...

Teste Descrição

cpuid Analisa o ID da CPU

cpuinfo Dados da CPU

device-tree Árvore de dispositivos OpenFirmware (PowerPC)

dmi Extensões DMI/SMBIOS

ide Dispositivos legados IDE e ATAPI

isapnp Extensões ISA PnP

pci Dispositivos PCI e AGP

pcmcia Extensões de cartão PCMCIA e PC

memory Quantidade de memória heurética

network Interfaces de rede

scsi Dispositivos SCSI reais e simulados

spd Detecção de presença de dispositivo serial [2]

usb Todos os dispositivos USB

 Tabela 3 Testes

Mais informações

[1] Website do lshw: http://ezix.org/project/wiki/HardwareLiSter

[2] Detecção de presença de

dispositivo serial: http://en.wikipedia.org/wiki/Serial_presence_detect

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ssr/ar

e.co

:0

ião.

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| ANÁLISEVisão de raio-X

Linux Magazine #77 | Abril de 2011

Em março de 2010, a Cisco apresentou a plataforma de roteadores CRS-3, alegadamente a mais veloz do mundo

(por enquanto), com um poder de processamento de 322 Terabits por segundo (Tbps).

Este é o tipo de tecnologia que é desenvolvida a cada minuto, e que nos permite usufruir de ferramentas como

áudio e vídeos online, transmissão de televisão via Internet, computação em nuvens, e tantas outras.

Conhecer como funciona um roteador – peça chave no processo de transmissão de dados de um ponto a outro

– e saber como configurá-lo para que desempenhe sua função com eficiência pode ser um grande diferencial na

hora de lançar-se ao mercado em busca de um novo desafio. A demanda por profissionais com este conheci-

mento já está aí. O desafio agora é preparar-se adequadamente para supri-la. Este livro tem por objetivo apresen-

tar ao leitor comandos e técnicas de configuração básica de roteadores Cisco visando atingir alguns objetivos

específicos, tornando o profissional apto a instalar e configurar um roteador de maneira clara e precisa.

Disponível no site www.LinuxMagazine.com.br

Principais comandos de configuraçãode um roteador Cisco

Temas e configurações avançadas

Segurança, dicas, truquese resolução de problemas

Tem novidade na Coleção Academy!

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80

Ç

www.linuxmagazine.com.br 

Nerdson – Os quadrinhos mensais da Linux Magazine

Índice de anunciantesEmpresa Pág.Tecla 02

Plusserver 04, 05

Canonical 09

Othos 11

Central Server 13

UOL Host 15

WatchGuard 17

Globo.com 20, 21

Zarafa 23

Unodata 25

Impacta 31

Konsultex 33

Senac 51

F13 67

Bull 83

Sony 84

Calendário de eventos

Evento Data Local Informações

Web Security Forum 09 e 10 de abril São Paulo, SPwww.websecforum.com.br/ 

evento/ 

Seminário de

Cloud Computing13 de abril São Paulo, SP www.ideti.com.br/cloud/ 

8º CONTECSI 1 a 3 de junho São Paulo, SPhttp://www.tecsi.fea.usp.br/ 

eventos/contecsi/ 

LinuxCon Brasil 201117 e 18 de

novembroSão Paulo, SP

http://events.linuxfoundation.

org/events/linuxcon-brazil

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Linux Magazine Especial

Shell ScriptCHMOD

SSH

Rsync

PASSWD

Ifconfig

Yum

Cron

Su/Sudo

Wireless

O Shell Scriptcontinua presente narotina de nove entredez administradores

de sistemas.Mas qualquer um

também podebeneficiar-se

de seu poder.

Aprenda a usar oterminal de maneirafácil e descomplicada.Adquira o seuexemplar nas bancasde todo o paísou pelo site daLinux Magazine.

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82 www.linuxmagazine.com.br 

Linux Magazine #78

Ubuntu User #22

Segurança

O que você pode azer para protegerseus dados, sua conexão e seu compu-tador contra invasões?A detecção de invasão em sua rede ousistemas, a ormulação de testes espe-cíf cos e políticas internas para pre-venção de ataques e o gerenciamentode inormações críticas que devem ser

mantidas em segurança, são os desta-ques desta edição. ■

Ubuntu 11.04

O novo Ubuntu 11.04, codinome NattyNarwhal, está saindo do orno. Muitasmudanças são esperadas e previstas para

este lançamento. Entre elas, podemosdestacar o novo modo de organizaçãoda área de trabalho, que agora utilizao Unity, interace de usuário padrãoadotada pela versão 10.10 para netbooks,embora o Gnome continue ativo e un-cional no sistema. Os recursos multitou-ch também vêm apereiçoados e commuitas novidades.

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