Jornal do Ténis - 19 de Novembro 2010

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Seleçõesjovensem estágio apresentam novoscapitães Emanuel Couto e Ana Catarina Nogueira, dois ex-campeões nacionais, foram em boa hora “repescados” para a primeira linha do té- nis nacional para passarem a assumir o cargo de capitães das seleções nacionais de junio- res masculina e feminina, respetivamente. No passado fim-de-semana, um estágio no Ja- mor reuniu capitães e jogadores das sele- ções nos vários escalões juvenis. FERNANDO CORREIA? D.R. Está a chegar a altura das tradicionais ci- meiras juvenis de final do ano no continente americano – que desembocam no presti- giado Orange Bowl, na Flórida. O contin- gente português é liderado por Frederico Silva e Vasco Mensurado (que, em conjun- to, ganharam o Campeonato Europeu de cadetes em pares) nos rapazes e por Sofia Araújo e Joana Valle Costa nas raparigas. Melhoresjuvenis lusitanos estãoa caminhoda América GIANNI CIACCIA PUBLICIDADE DAEXPO AO JAMORVIALONDRES A recordaçãodavitóriade GustavoKuerten na Masters Cupde2000eaprojeçãodaediçãodeste anodotorneiodosmestres– quecontacom Robin Soderling ,opoderosovikingconfirmadocomo primeiravedetado ESTORILOPEN de2011 PRÓXIMA EDIÇÃO 3 de dezembro Este número do Jornal do Ténis/Record faz parte integrante do n.º 11.545 de 19 de novembro 2010 e não pode ser vendido separadamente

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Jornal do Ténis - 19 de Novembro 2010

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Seleçõesjovensemestágioapresentamnovoscapitães

Emanuel Couto e Ana Catarina Nogueira,dois ex-campeões nacionais, foram em boahora “repescados” para a primeira linha do té-nis nacional para passarem a assumir o cargode capitães das seleções nacionais de junio-res masculina e feminina, respetivamente. Nopassado fim-de-semana, um estágio no Ja-mor reuniu capitães e jogadores das sele-ções nos vários escalões juvenis.

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Está a chegar a altura das tradicionais ci-meiras juvenis de final do ano no continenteamericano – que desembocam no presti-giado Orange Bowl, na Flórida. O contin-gente português é liderado por FredericoSilva e Vasco Mensurado (que, em conjun-to, ganharam o Campeonato Europeu decadetes em pares) nos rapazes e por SofiaAraújo e Joana Valle Costa nas raparigas.

MelhoresjuvenislusitanosestãoacaminhodaAmérica

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02 Sexta-feira, 19denovembrode2010

TÉNISNATV

Liberdadedeimprensa

Match-point JOÃO LAGOS

PRIMEIRODOSMOICANOS.Carlos Moya era daqueles quenão conseguia atuar em esté-reo – tratava-se de um solistaque se transcendia sobretudoem mono, com um estilo as-sente nessa preponderantetrave mestra que era a suaportentosa direita. Apesar dasimples tendência extremista(ou terá sido precisamentepor causa dela?), ganhou emRoland Garros e ainda foi fi-

nalista no Open da Austráliae no Masters – longe da terrabatida/terra prometida dos es-panhóis. A sua atitude sem-pre impressionou pela tran-quilidade e a vontade de ven-cer também em campos maisrápidos estabeleceu quase queum corte epistemológico coma tradição espanhola paracriar novos hábitos: basta di-zer que foi o primeiro maior-quino a ganhar um troféu do

Grand Slam e a ser númeroum mundial, porque já surgiuoutro a seguir-lhe as pisadas.E o momento mais emocio-nante da história do EstorilOpen pertence-lhe: em 2000,na sequência de um título al-cançado na condição de wildcard e após meses a fio de je-jum devido a uma grave lesãonas costas, chorou perante aimprensa. Foi resgatado comuma enorme salva de palmas.

LIVREARBÍTRIO

MIGUELSEABRA

Director: João Lagos. Director adjunto: Rui Oliveira. Editores: Miguel Seabra (JT) e Norberto Santos (Record). Redacção: Manuel Perez, Pedro Carvalho e Carlos Figueiredo.Fotografia: Fernando Correia (editor JT), Paulo César (editor Record), Carlos Rodrigues e Gianni Ciaccia. Departamento Gráfico Record: Eduardo de Sousa (director de arte),João Henrique, José Fonseca e Pedro Almeida (coordenadores gráficos), Cristiano Aguilar (editor Infografia) e Nuno Ferreira (coordenador digitalização).Redacção e Publicidade: Rua da Barruncheira, 6, 2790-034 Carnaxide Telefone: +351 21 303 49 00. Fax: +351 21 303 49 30. E-mail: [email protected]

No mês em que celebramos, porsinal com incontido orgulho pa-triótico, os 10 anos da realizaçãoem Lisboa da Masters Cup, que

levou aos quatro cantos do Mundo ima-gens de uma edição de elevadíssimo stan-dard organizativo, então registada noATP como a melhor de sempre e no Se-nado brasileiro com um voto formal deaplauso à João Lagos Sports, que nas pa-lavras do senador Jorge Bornhausen”…conseguiu extraordinariamente promo-ver uma competição com perfeição, comtodos os detalhes, que permitiram Por-tugal mostrar ao Mundo a sua face mo-derna”, há quem anuncie antecipada-mente a nossa morte.

É curioso, este ciclo de décadas. Em1990 lançamos o Estoril Open, em 2000a emblemática Masters Cup… e em2010 vemos anunciado o nosso óbito!Quem nos presenteou com tão doloro-sa punhalada nas costas foi o distinto di-retor do “Jornal de Negócios”, PedroSantos Guerreiro, na sua coluna sema-nal “Abrir o Jogo” no Record, dando ecoa um artigo assinado por Ana Torres Pe-reira e Maria João Gago precisamente

no “Jornal de Negócios”, com um con-junto de afirmações e insinuações gra-víssimas, que não correspondem à ver-dade, só possíveis à sombra de um di-reito de “liberdade de imprensa” quetem permitido, pelo menos neste país, oexercício impune e arbitrário dos maistortuosos defeitos de caráter por algunsprofissionais da comunicação, que de-monstram amiúde não ter gabarito paraexercerem com responsabilidade a im-portante missão que lhes compete.

Que competência tem o dito diretorpara julgar jocosamente a decisão do Eu-romilhões em patrocinaro Lisboa-Dakar?Será igualmente formado em gestão emarketingpara questionar a competênciada equipa de gestão da Santa Casa? Comque direito e fundamento poderá conde-nar o patrocínio do Turismo à realizaçãoem Portugal de um evento de tamanhanotoriedade mundial? Pormim só vislum-bro um fundamento – profunda ignorân-cia sobre a matéria! Dizer que tais inves-timentos são incompreensíveis, que bene-ficiamos ao longo dos anos de “boa von-tade política”, deixando nas entrelinhasespaço para eventual tráfego de influên-

cias é, para além de sinal de muita incom-petência, extremamente grave.

São conhecidas as dificuldades queatravessamos, publicamente assumidasdesde o cancelamento do Lisboa-Dakarem 2008, que naturalmente se agudiza-ram com o eclodir da crise e nos têmobrigado a uma dinâmica constante dereajustamentos internos. Mas dar como“acabado” um projeto que – para alémde estar em sintonia com a estratégia dopaís em anfitriar grandes eventos despor-tivos de impacto à escala mundial – con-tinua a ser perfeitamente viável pese em-bora o gravíssimo contexto de crise, é ir-responsável e só dificulta ainda mais adifícil missão que, como tantos outros,enfrentamos diariamente.

Com baldes de gasolina como este,num período em que não só nós mas opróprio país e centenas de empresas seencontram em alerta de perigo de incên-dio, onde iremos parar? Para já, agravaainda mais a possibilidade de interrup-ção deste nosso projeto editorial “Jornaldo Ténis”, cuja longevidade data de Abrilde 1978 e que integra quinzenalmente ojornal Record desde Abril de 2006. �

VITO

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LONDRES. Os mestres com o primeiro-ministro

Nota: a programação é fornecida pelos respectivos canais, pelo que quaisqueralterações de última hora são da inteira responsabilidade dos emissores.

AFP

24/11 1:10h-3:00h ATP World Tour Finals Londres – 4º Dia25/11 23:30h-1:30h ATP World Tour Finals Londres –

Melhor Encontro do Dia26/11 0:00h-2:00h ATP World Tour Finals Londres –

Melhor Encontro do Dia30/11 0:00h-1:00h ATP World Tour Finals Londres – Resumo6/12 22:30h-0:30h Final Taça Davis 2010 – Sérvia v. França9/12 23:20h-1:20h Final Taça Davis 2010 – Sérvia v. FrançaSPORTTV 219/11 18:30h-19:30h Fed Cup – Best of 2010

22:20h-22:40h Médis Copa Ibérica 2010 – Vilamoura22:40h-0:30h ATP World Tour Finals Londres – Final 2009

20/11 13:50h-14:20h ATP Champions Tour – Paris23:40h-0:00h Médis Copa Ibérica 2010 – Vilamoura0:00h-1:00h Fed Cup – Best of 2010

21/11 9:00h-9:30h ATP World Tour Uncovered13:40h-14:00h Médis Copa Ibérica 2010 – Vilamoura14:00h-16:00h ATP World Tour Finals Londres – 1º Dia23:50h-1:50h ATP World Tour Finals Londres – 1º Dia

22/11 14:00h-16:00h ATP World Tour Finals Londres – 2º Dia19:40h-20:00h Médis Copa Ibérica 2010 – Vilamoura20:00h-21:30h ATP World Tour Finals Londres – 2º Dia0:00h-2:00h ATP World Tour Finals Londres –

Melhor Encontro do Dia23/11 14:00h-15:30h ATP World Tour Finals Londres – 3º Dia

0:50h-2:50h ATP World Tour Finals Londres –Melhor Encontro do Dia

24/11 14:00h-15:30h ATP World Tour Finals Londres – 4º Dia23:50h-0:20h ATP World Tour Uncovered

25/11 14:00h-15:20h ATP World Tour Finals Londres – 5º Dia15:20h-15:50h ATP World Tour Uncovered20:00h-21:30h ATP World Tour Finals Londres – 5º Dia

26/11 13:30h-14:00h ATP World Tour Uncovered14:00h-15:20h ATP World Tour Finals – 6º Dia20:00h-21:30h ATP World Tour Finals – 6º Dia

27/11 9:30h-10:00h ATP World Tour Uncovered28/11 1:40h-3:30h ATP World Tour Finals Londres – Final29/11 15:40h-16:10h World of Tennis

16:10h-18:10h ATP World Tour Finals Londres – Final1/12 9:30h-10:00h World of Tennis

10:00h-11:00h ATP World Tour Finals Londres – Resumo1:00h-1:30h ATP World Tour Uncovered

2/12 14:00h-14:30h ATP World Tour Uncovered23:40h-0:40h ATP World Tour Finals Londres – Resumo

3/12 13:00h-18:00h Final Taça Davis 2010 – Sérvia v. FrançaSPORTTV 323/11 20:00h-2130h ATP World Tour Finals Londres – 3º Dia27/11 14:00h-16:00h ATP World Tour Finals Londres – ½ Final

21:00h-23:00h ATP World Tour Finals Londres – ½ Final28/11 17:30h-19:30h ATP World Tour Finals Londres – Final4/12 14:00h-17:00h Final Taça Davis 2010 – Sérvia v. França5/12 12:00h-17:00h Final Taça Davis 2010 – Sérvia v. França

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03Sexta-feira, 19denovembrode2010 EstorilOpen

�Robin Soderling já teve fama de fi-gura intratável. Não por granjear afama de tomba-gigantes ao abater aimaculada invencibilidade de RafaelNadal em Roland Garros em 2009 ede condenara sequência de 23 meias-finais consecutivas de Roger Federerem eventos do Grand Slam em Ro-land Garros este ano, mas devido aum episódio passado na edição de2007 em Wimbledon: no arranquedo quinto set face a Rafael Nadal, imi-tou o tique do seu adversário de pu-xar o fundilho dos calções. Rafa aca-baria por ganhar e na conferência deimprensa disse que Soderlingera des-

respeitoso e que ninguém gostavadele no balneário, facto ampliado pelaimprensa latina. O sueco reagiu: “To-dos acham que o Nadal demora de-masiado tempo entre os seus pontoscom todos os tiques. E não estou nocircuito para fazer amigos”. À medi-da que se tornou mais conhecido, per-cebeu-se que não era assim tão maurapaz e atualmente os problemas comNadal estão sanados. Mas o caso re-velou o seu lado iconoclasta: ao con-trário de outros que entravam para ocorte diante de Nadal ou Federer, elenão iria sacrificar-se no altar dos doismelhores do Mundo... �

QUEBROUSÉRIES IMPRESSIONANTESDENADALEFEDERER

TOMBA-GIGANTES. O momento em que Soderling pôs côbro às incríveis séries dos melhores do mundo

IconoclastaemParis

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Magnus Norman em 2000

Umvikingdasquinas� O técnico de Robin Soderling,Magnus Norman, perdeu na segundaronda do Estoril Open em 2000 (parao futuro vencedor, Carlos Moya),num ano em que atingiria o segundolugar do ranking e a final de RolandGarros; regressou para a MastersCup, chegando a treinar com a cami-sola da seleção portuguesa! Outra li-gação lusa: Per Hjertquist, o empre-sário, jogou o primeiro torneio inter-nacional de juniores organizado porJoão Lagos, no início dos anos 80. �

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MIGUEL SEABRA

� Se os portugueses saíram da zonaribeirinha da capital para dar novosmundos ao Mundo, na próxima edi-ção do Estoril Open haverá um po-deroso viking dotado de um estilo dejogo bélico e determinado a repetir asconquistas dos seus antepassados naterra batida do Jamor. É ele Robin So-derling, recentemente promovido anúmero quatro mundial na sequên-cia do seu triunfo no Masters 1000de Paris no passado fim-de-semana.

As analogias guerreiras são inevitá-veis: é que Robin Soderling brande asua raqueta como se fosse o martelode Thor – o deus do trovão na mito-logia nórdica. E o modo como batecom extrema potência o seu serviço,

a sua direita e a sua esquerda – truci-dando Rafael Nadal e Roger Federerem anos consecutivos em RolandGarros – faz mesmo evocar o famo-so tema “Immigrant Song” dos cele-bérrimos Led Zeppelin.

Valhalla.Apesardo poderio da linha-gem viking ao longo das últimas dé-cadas (sobretudo no final dos anos70, em pleno nos anos 80 e em gran-de parte dos anos 90), o Estoril Opennunca foi uma arena privilegiada paraos escandinavos. Os suecos MagnusGustaffson e Magnus Larsson joga-ram os quartos-de-final em 1993, maso melhor de todos os nórdicos foi oinesperado finlandês Jarkko Niemi-nen–que atingiu a final em 2002. Em2000 Magnus Larsson até surgiucomo segundo cabeça-de-série, masnão passou da segunda eliminatória.

O caso de Robin Soderling é dife-rente: tem apresentado uma notávelconsistência ao longo do últimos 18meses e, mesmo nos dias em que estáa jogar mal, a potência pura do seuténis permite-lhe uma boa solidez nos

resultados perante adversários quetêm muito respeitinho por ele. Comoos Led Zeppelin em “ImmigrantSong”, Robin Soderling poderia can-tar “Venho da terra do gelo e da neve,do sol da meia-noite onde regurgitamas quentes nascentes; o martelo dosdeuses permitir-me-á conduzir o meubarco à conquista de novas terras; lu-tando contra a horda, cantem e cho-rem: Valhalla, estou a caminho”.

Pesado.Valhalla é o paraíso dosguerreiros viking. E a letra de “Immi-grant Song”, evocativa da antiga reli-

gião nórdica, rapidamente fez comque o som pesado dos Led Zeppelinfosse conotado como “Martelo dosdeuses” (e é esse o nome da biografiado grupo), para além de ter inspira-do o visual clássico das bandas deheavy metal: figuras de cabelos com-pridos e ar agressivo…

O ténis de Robin Soderlin é defini-tivamente heavy metal, mas ele não étão mauzão como se pensa. Os por-tugueses terão a oportunidade de oconstatar na próxima primavera – asua simpatia contrasta com o marte-lar infernal das suas raquetadas. �

SUECONÚMEROQUATROMUNDIALROBIN SODERLINGÉAPRIMEIRAVEDETAANUNCIADAPARAOJAMOREM2011

Em2011,omelhorjogadorescandinavoestreia-senomaioreventotenísticoluso

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POTÊNCIA.O serviço de

Soderlingultrapassa

frequentementeos 200 km/h

DOMINGO.Ganhou oseu título

maisprestigioso

em Bercy

Omartelardosdeuses

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04 Sexta-feiATPWorldTourFinals

MIGUEL SEABRA

�Portugal e Grã-Bretanha formam amais antiga aliança entre países na his-tória da humanidade. É aos portugue-ses que os ingleses devem o seu ritualnacional do “Chá das 5”, já que a es-peciaria fazia parte do dote de D. Ca-tarina de Bragança aquando do seu ca-samento com Carlos II. E o torneio dosmestres que reúne a nata do circuitoprofissional masculino também tran-sitou da beira-Tejo para as margens doTamisa dez anos depois: após Lisboater estreado a década a acolher a gran-de cimeira de final de ano com a Mas-ters Cup que esgotou a lotação do Pa-vilhão Atlântico em 2000, a tempora-da de 2010 fica encerrada com a rea-lização da agora denominada ATP

World Tour Finals na gigantesca are-na O2 em Londres.

O apoteótico evento arranca no pró-ximo domingo e terá por principaisprotagonistas os dois maiores cam-peões da atualidade que são tambémdois dos melhores tenistas de todos ostempos. Rafael Nadal conseguiu noUS Open completar um Grand Slamde carreira e o único grande título queagora falta no seu palmarés é precisa-mente o do torneio dos mestres. Ro-ger Federer tem por objetivo conquis-tar um quinto troféu na competição(que o colocaria a par dos recordistasIvan Lendl e Pete Sampras). Mas aquestão do número um mundial defim de ano há muito que está resolvi-da: o espanhol é o líder inamovível.

Milagre. Em 2000, no PavilhãoAtlântico, ninguém esperaria que Ma-rat Safin fosse desalojado do topo eGustavo Kuerten conseguiu-o graçasa uma prestação algo miraculosa: ten-do iniciado o torneio algo lesionado ecom viagens de familiares a Fátimapelo meio, logrou emergir da fase degrupos para bater consecutivamenteos “monstros sagrados” Pete Samprasnas meias-finais e Andre Agassi na fi-nal – arrebatando o título… e o pri-meiro lugar do ranking no último en-contro dessa época!

Também a vitória da candidaturaportuguesa à organização do cobiça-do evento foi um milagre. Começoucomo um mero exercício de estilo –João Lagos pretendia apenas ficar pordentro dos meandros do processo! Ainiciativa parecia também condenadapor Portugal nunca ter tido qualquerjogador de destaque ou qualquer re-sultado de monta no plano internacio-nal –mas foi valorizada pelo apoio ins-titucional, pela qualidade do palco es-

CUMPREM-SE10ANOSSOBREAFEÉRICAMASTERSCUPREALIZADANOPAVILHÃOATLÂNTICOPERANTEAADMIRAÇÃODOMUNDO

EmLisboa,algoúnico:opostodenúmeroumfoidecididonoúltimoencontrodaépoca!

colhido, pelo historial de sucesso doEstoril Open e pelo extenso currículoda João Lagos Sports.

Público-privado.Mas a candidatu-ra “virtual” de Lisboa foi tão bemmontada que, subitamente, ficou nalinha da frente (juntamente com Bar-celona, Valência, Las Vegas, Milão eRio de Janeiro) entre as 44 cidadesque anunciaram ao ATP a vontade deacolher a prova. E foi num célebre al-moço no Estoril Open de 1999 comMiranda Calha, então secretário deEstado dos Desportos, e Carneiro Ja-cinto, do ICEP, que João Lagos con-fessou estar a pensar abdicar face aotremendo caderno de encargos mo-

netários – a mensagem chegou a Pi-na Moura, ministro da Economia edas Finanças, que imediatamente as-segurou o apoio estatal.

O resto é história. Da Utopia (nomedo Pavilhão Atlântico na Expo 98)chegou-se à realidade: o evento, mes-mo que os portugueses tenham acor-dado tarde para ele (bilhetes compra-dos em cima da hora) foi um tremen-do sucesso a todos os níveis – organi-zativo, desportivo, mediático – e esta-beleceu um novo padrão de qualida-de na história da prova, como AndreAgassi não se cansou de repetir… mes-mo tendo sido derrotado por GustavoKuerten numa mágica tarde de carna-val que ficou para a posteridade. �

PALMARÉSRECENTECOMREGRESSOEUROPEUAcimeiradefinaldeanocomeçouajogar-seem1970, reunindoexclusivamenteosmelhoresdoanonocircuitopro-fissional masculino numaprovaentão designadade Masterse que apartirde 2000adotou adenominação MastersCup. O nome oficial a partirdo ano passado é BarclaysATP World TourFinals. Oscampeõesda presente década:ANO CIDADE CAMPEÃO FINALISTA RESULTADO2009 Londres Nikolay Davydenko Juan Martin del Potro 6-3, 6-42008 Xangai Novak Djokovic Nikolay Davydenko 6-1, 7-52007 Xangai Roger Federer David Ferrer 6-2, 6-3, 6-22006 Xangai Roger Federer James Blake 6-0, 6-3, 6-42005 Xangai David Nalbandian Roger Federer 6-7, 6-7, 6-2, 6-1, 7-62004 Houston Roger Federer Lleyton Hewitt 6-3, 6-22003 Houston Roger Federer Andre Agassi 6-3, 6-0, 6-42002 Xangai Lleyton Hewitt Juan Carlos Ferrero 7-5, 7-5, 2-6, 2-6, 6-42001 Sydney Lleyton Hewitt Sebastien Grosjean 6-3, 6-3, 6-42000 Lisboa Gustavo Kuerten Andre Agassi 6-4, 6-4, 6-4NOTA:Nãotêmsidomuitasascidadeseuropeiasqueacolheramaprestigiadaprovadesdeoseuarranque,em1970:apenasParis(1971),Barcelona(1972),Estocolmo(1975),Frankfurt(1990-95),Hannover(1996-99),Lisboa(2000)e Londres(2009-10) lograram trazera cimeira para o Velho Continente – na última década, só Lisboae Londres.

DeLisboaaLondr

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05ra, 19denovembrode2010 ATPWorldTourFinals

PREMONIÇÃO. Na altura, foinecessário escolher dois dosoito mestres para o cartazoficial da cimeira lisboeta.Como Pete Sampras tinhaestado lesionado, João Lagosapostou em Gustavo Kuertene Andre Agassi – que jogarama final semanas depois!

OCTETO. Os oito protagonistas da Masters Cup de Lisboa em 2000:Lleyton Hewitt, AlexCorretja, Pete Sampras, Marat Safin, GustavoKuerten, Magnus Norman, Andre Agassie Yevgeny Kafelnikov(Tho-mas Enqvist foi suplente). Só Hewitt ainda não se retirou do circuito

PROTAGONISTASVÃOLUTARPELOQUINTOMAISPRESTIGIADOTÍTULONUMEVENTOSINGULAR

MIGUEL SEABRA

�A edição de 2009 estabeleceu umanova fasquia na história da elitista ci-meira de final de época: nunca anteshouvera um torneio fora dos eventosdo Grand Slam com tamanha assis-tência. Mas já se adivinhava; o regres-so do elitista Torneio dos Mestres àEuropa pela primeira vez desde Lis-boa em 2000 revelou-se desde logoum sucesso antecipado: a candidatu-ra de Londres foi escolhida por apre-sentar um fabuloso recinto (a O2Arena), um title-sponsor de origembritânica (o Barclays Bank), umaperspetiva olímpica (Jogos Olímpicosde 2012) e um público local indefe-tível – de facto, qualquer torneio deténis em particular ou manifestaçãodesportiva em geral granjeia sempreenorme adesão em Inglaterra.

A dois dias do início da competi-ção, já havia sessões de 17.500 espec-

tadores completamente esgotadas (oprograma diário incluía duas sessõesaté à jornada da final) e foram ultra-passados os 300 mil ingressos. Ou-tros torneios londrinos como Wim-

bledon ou o Queen’s têm invariavel-mente casa cheia mas um ambientefleumático e tradicional; a grande di-ferença proporcionada pelo ATPWorld Tour Finals teve a ver com oespírito festivo e animação contem-porânea : na 02 Arena – que tradi-cionalmente acolhe grandes concer-tos musicais – aposta-se muito emmúsica rock e festivais de luzes nosmomentos mortos.

Incrível. Espetacularidade e adesãoà parte, a vertente desportiva foi in-crivelmente equilibrada, com 10 dos15 encontros do torneio decididos so-mente com o recurso a um terceiroset –e deu-se o caso de nas duas pou-les de qualificação haver três jogado-res empatados com duas vitórias eduas derrotas cada!

O Grupo A até proporcionou amaior complicação contabilística nos40 anos da competição, sendo neces-sário estabelecer o desempate da se-guinte maneira: com 5 sets ganhos e4 perdidos, Federer ficou em primei-ro lugar porque ganhou nesses sets44 jogos e perdeu 39, Del Potro ga-nhou 45 e perdeu 43, e Murray ga-nhou 44 e perdeu 43 (ficando foradas meias-finais). O vencedor acaba-ria por sair do Grupo B, o surpreen-dente Nikolay Davydenko que esteano não conseguiu sequer a qualifi-cação para Londres. �

Alicianteformatodacompetiçãoinclui15confrontosentreos8melhores doMundo

BEATLES. NovakDjokovic, Rafael Nadal, Andy Murray e Roger Federer imitam capa do álbum Abbey Road

FESTA Antes do Euro’2004,a Masters Cup foi o eventode maior pedigree jamaisrealizado em Portugal

OTORNEIODOSMILHÕESO apoteótico ATP World Tour Finals ofereceum total de 5,07 milhões de dólares:SINGULARESSuplentes: $70.000*Prémio de participação: $120.000Fase de Grupos: $120.000 porencontro ganhoVitória na meia-final: $380.000Vitória na final $770.000Campeão sem derrotas: $1.630.000PARES (POR DUPLA)Suplentes: $25.000*Prémio de participação: $65.000Fase de Grupos: $22.500 porencontro ganhoVitória na meia-final: $30.000Vitória na final $125.000Parcampeão sem derrotas: $287.500

res

ArenaO2vaivoltaraesgotaralotação

GRUPOA�Rafael NadalEspanha, 2.º ATP24 anos, 1m85, 85 kg2010: 7 títulos em 8 finais (67Vitórias/9 Derrotas)Um ano excecional com três tí-tulos do Grand Slam e a lide-rança incontestada. Óbice paraLondres: não é tão bom em recinto coberto; na suacarreira ganhou 43 encontros e perdeu 26.

�Novak DjokovicSérvia, 4.º ATP23 anos, 1m90, 79 kg2010: 2 títulos em 4 finais (57Vitórias/16 Derrotas)Jogou a terceira final do GrandSlam no US Open, mas perdeucedo o título no recente Mas-ters 1.000 de Paris e poderá estar desconcentradocom a final da Taça Davis. Ganhou a edição de 2008.

� Tomas BerdychRep. Checa, 6.º ATP25 anos, 1m96, 90 kg2010: 0 títulos em 2 finais (44Vitórias/24 Derrotas)Chegou às meias-finais de Ro-land Garros e à final de Wim-bledon, mas desde o verão queas suas prestações têm sido medíocres. Poderá rea-bilitar-se com a rapidez das condições de jogo.

�Andy RoddickEUA, 8.º ATP26 anos, 1m88, 81 kg2010: 2 títulos em 4 finais (48Vitórias/15 Derrotas)Não jogou a edição anterior de-vido a lesão; o potente serviçoe a direita podem fazer a dife-rença e ostenta em 2010 umsurpreendente saldo de 5 vitórias e 0 desaires faceaos companheiros de grupo em hardcourts.

GRUPOB�Roger FedererSuíça, 2.º ATP29 anos, 1m85, 85 kg2010: 4 títulos em 8 finais (60Vitórias/13 Derrotas)Ganhou o Open da Austrália e ésempre um candidato à vitória,especialmente em eventos rea-lizados em recinto coberto. Já ganhou quatro ediçõesda prova.

�Robin SoderlingSuécia, 4.º ATP26 anos, 1m91, 81 kg2010: 2 título em 5 finais (56Vitórias/20 Derrotas)Finalista em Roland Garros erecente campeão no Masters1.000 de Paris, será um perigopara qualquer opositor graças ao seu poder de fogo;foi semifinalista na sua estreia em 2009.

�Andy MurrayEscócia, 4.º ATP23 anos, 1m91, 84 kg2010: 2 títulos em 4 finais (44Vitórias/16 Derrotas))Hiper-talentoso, vai jogar pe-rante o seu público e tentaráapagar o amargo de boca doano passado, já que se quedou pela fase de grupos.Não tem estado bem desde Setembro.

�David FerrerEspanha, 7.º ATP28 anos, 1m75, 72 kg2010: 2 títulos em 5 finais (60Vitórias/ 21 Derrotas)Mais perigoso do que parece,com a sua enorme consistênciae rapidez no fundo do court – etambém com uma excelente resposta ao serviço. Foifinalista surpresa na edição de 2007 em Xangai; ga-nhou recentemente em Valência.

Bolsa de apostasaponta para triunfode Federer em 2010• Naterraem que apostaré um

rito tradicional, quem é que faz fi-gurade favorito paraos correto-res? Face às rápidas condiçõesde jogo e àmaiordificuldade donúmero um Rafael Nadal emconseguiros melhores resulta-dos em recinto coberto (naedi-ção de 2009 perdeu todos ostrês encontros e foi o único anão vencerqualquerset – masestavaentão em crise de con-fiança), RogerFederersurgecomo principal favorito. Acota-ção de Robin Soderling subiuconsideravelmente após o seusucesso no Master1000 de Pa-ris e também pelaprestação nasuaestreiaentre aelite em 2009(perdeu in extremis nas meias-fi-nais com Juan Martin del Potro).Eis as cotações dos oito:

1. Roger Federer . . . . . . . . . 3.252. Rafael Nadal . . . . . . . . . . . 3.743. Novak Djokovic . . . . . . . 5.444. Andy Murray . . . . . . . . . . . 5.605. Robin Soderling . . . . . . 9.546. Andy Roddick . . . . . . . . 20.287. Tomas Berdych. . . . . . . 29.008. David Ferrer. . . . . . . . . . . 36.19

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06 Sexta-feira, 19denovembrode2010

PEDRO CARVALHO

�O último fim-de-semana, para lá daaprovação do Plano de Atividades eOrçamento de 2011 em assembleiageral da Federação Portuguesa de Té-nis (FPT), ficou marcado pelo estágiopromovido entre as seleções juvenisdo ténis luso. No Complexo de Ténisdo Estádio Nacional marcaram pre-sença cerca de 80 atletas, distribuídospelos escalões de Sub-12, Sub-14,Sub-16 e Sub-18.

Apesar do balanço sempre positi-vo a retirar de tais encontros, o des-taque recaiu, naturalmente, em duasestreias ao nível das equipas técni-cas. Os antigos campeões nacionaisabsolutos Ana Catarina Nogueira(1999, 2000 e 2004) e EmanuelCouto (1993, 1994, 1995 e 2000)foram, finalmente, chamados a daro seu contributo à modalidade a ní-vel das instâncias oficiais, respetiva-mente nos sectores femininos e mas-culinos de Sub-18.

Inesperado. Face ao convite rece-bido há cerca de duas semanas, AnaCatarina Nogueira mostrou-se felizcom a aposta, embora surpresa. Afi-nal, a sua disponibilidade para seme-lhante cargo desde sempre foi dadaa conhecer a partir do momento emque decidiu colocar um ponto finalna carreira profissional, há dois anos:“Sinceramente foi algo inesperado.Depois de deixar de jogar e semperspetivas concretas de trabalho,acabei por me ir desligando aos pou-cos do ténis, mas é óbvio que fiqueicontente e espero corresponder damelhor forma.”

Até surgir o atual convite, a por-tuense, de 32 anos, fez pela vida e de-pois da saída atribulada do Comple-xo de Ténis de Espinho passou seismeses na Decathlon, deu uso à licen-

ciatura em Educação Física em diver-sas escolas primárias, saltitando entreginásios com colaborações pontuais.Há cerca de um ano assumiu o postode técnica desportiva do Inatel, noPorto, e aí pretende manter-se. “Serádifícil conciliar as duas atividades,mas acredito que serei capaz de o fa-zer”, afiança, deixando o retrato atualdo escalão que irá dirigir. “Algumasdas jogadoras que integram a seleção,cheguei a conhecê-las ainda do meutempo de jogadora e depois comotreinadora. Mas o panorama não é omais animador. Temos pouca gente a

jogar, e no ténis feminino isso é aindamais evidente e não é de agora. Fal-tam referências que possam chamarmais praticantes e o nosso nível é bai-xo, quando comparado com o que láfora se passa no mesmo escalão.”

Sucessão.Tal como nas “meninas”,onde a disponibilidade do anteriorcapitão Miguel Sousa diminuiu porforça dos compromissos no ClubeInternacional de Ténis de Leiria,também nos “rapazes” a chamada deEmanuel Couto surgiu depois donovo rumo profissional tomado porBernardo Mota – anterior timoneirodos Sub-18, agora técnico de RuiMachado. E, segundo Pedro Cordei-ro, a sua chamada mais não foi do

que a manutenção deuma linha estratégica.“Sempre defendemosuma forte ligação entreos Sub-18 e os seniores,pelo que é importante

ter à frente das equipas antigos joga-dores com o máximo de experiênciainternacional de alta competição”,frisa o coordenador nacional das se-leções seniores e juniores.

À semelhança do caso de “Nogui”,também a nomeação de EmanuelCouto – envolvido em projetos pes-soais ligados ao ténis, sobretudo namargem Sul – surge cerca de um mêsapós a reportagem publicada no “Jor-nal do Ténis” de 15 de outubro, de-dicada ao esquecimento no qual ha-viam caído alguns nomes grados dahistória da modalidade e alertando

para a necessidade de recuperar vá-rias referências afastadas da primeiralinha da modalidade. Na altura, o te-tracampeão nacional absoluto deixa-ra o lamento pela falta de “interesse,de quem de direito, em juntar todasas experiências acumuladas por vá-rios antigos jogadores, no sentido dese poder ajudar o ténis português”.Felizmente, a realidade parece estar amudar e espera-se, agora, que saia be-neficiado desta nova aposta o futurodo ténis português. �

�Dado o tiro de partida na prepara-ção para a temporada de 2011 no ca-pítulodas seleçõesnacionais, JoséCar-los Santos Costa fez um balanço mui-topositivodoestágioocorridonopas-sadofim-de-semanano Jamor. “Comohabitualmente, correumuitobem.Es-tiveram presentes alguns dos jogado-resmais conhecidosdos respetivos es-calões – pelo menos os que não esta-vamemtorneios–eoutrosqueos res-ponsáveis aproveitaram para conhe-cermelhordepois de apontados pelos

diferentes coordenadores.” Especialatenção foi dada também aos Sub-16e Sub-18, antecipando-se a reuniãoem uma semana tendo em vista uma“melhor preparação de atletas que,nesta reta final do ano, vão competirnos EUAe aproveitaram para treinar-se nos campos cobertos já a pensarnessa situação.”

Ainda segundo o secretário-geralda FPT e também diretor técnico na-cional, o estágio permitiu aferir umnível global “médio/bom, tendo en-

tre os mais novos sido possível veri-ficar uma qualidade técnica bastanteevoluída”. Sobre os novos capitães,Emanuel Couto e Ana Catarina No-gueira, Santos Costa frisou “a contri-buição que podem dar num escalãode transição para o profissionalismo,apoiados na experiência internacio-nal recolhida ao longo das suas car-reiras”. Tal como todos os outros ca-pitães, também “Nogui” e Emanueltêm vínculo de um ano com FPT, re-novável anualmente. �

JOSÉCARLOSSANTOSCOSTAAVALIAAREUNIÃODECAPITÃESEJOGADORESSELECIONÁVEIS

FAMÍLIA. Imagem que reúne os jogadores e responsáveis do estágio

DTNfazbalançopositivo

D.R.

CAMPEÕES. Ana Catarina Nogueira e Emanuel Couto são os novos capitães das equipas de juniores

Recuperarreferênciasparaaprimeiralinha:umabatalhadesempredoJornaldoTénis

VÍTOR

CHI

FERN

ANDO

CORR

EIA

CARASNOVASMASCOMMUITAEXPERIÊNCIAASSUMEMLIDERANÇANOESCALÃODESUB-18

QUADRODEHONRADASSELEÇÕESPARA2011José Carlos Santos Costa – Coordenador técnico nacionalPedro Cordeiro – Coordenadornacional Taça Davis, Fed Cup e seleções Sub-18Nuno Mota – Coordenadornacional PNDTe seleções Sub-12, 14, 16Paulo Santiago – Capitão Sub-12 masculinosAntónio Moreira – Capitão Sub-12 femininosJosé Mário Silva – Capitão Sub-14 masculinosGonçalo Neves – Capitão Sub-14 femininosVítorFerreira – Capitão Sub-16 masculinosPedro Pereira – Capitão Sub-16 femininosEmanuel Couto – Capitão Sub-18 masculinosAna Catarina Nogueira – Capitã Sub-18 femininos

FinalmenteEmanuele“Nogui”

SeleçõesNacionais

Page 7: Jornal do Ténis - 19 de Novembro 2010

07Sexta-feira, 19denovembrode2010

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InternacionaisJuvenis

MANUEL PEREZ

�Quatro meses após a conquista dotítulo europeu de pares no escalão deSub-16, Frederico Silva e Vasco Men-surado iniciam, na próxima semana,a presença numa série de três torneiosno continente americano. Os dois pri-meiros, em Mérida (México) e Bra-

denton (EUA), são da categoria jú-nior (Grupo 1) e só no Orange Bowl,ao largo de Miami (Key Biscayne),voltam a competir no escalão a queainda pertencem –com elevadas pers-petivas de alcançarem bons desempe-nhos e com o desejo de se afirmaremfora do Velho Continente.

Frederico, de 15 anos, já disputoueste ano oito torneios de Sub-18, ob-tendo um título em quatro finais, sur-

gindo atualmente na 178.ª posição doranking ITF; nos cadetes, ocupa o14.º lugar da tabela da Tennis Euro-pe com apenas três provas, destacan-do-se a final do Mondial Paris Cadetse os quartos-de-final no Europeu. Vas-co, de 16 anos, venceu um torneio dejuniores e figura na 198.ª posiçãomundial, sendo o 41.º europeu deSub-16, também depois de ter pon-tuado em somente três eventos.

Raparigas. A comitiva portuguesainclui ainda os cadetes Diogo Rochae Rodolfo Pereira e o júnior Francis-co Ramos, enquanto a representaçãofeminina está a cargo de duas joga-doras dos Sub-16: Sofia Araújo e Joa-na Vale Costa. No famoso OrangeBowl (cuja edição de 2007 ofereceuao ténis português uma das maioresproezas de sempre, através do títulode Michelle Larcher de Brito, entãocom 14 anos, no quadro de Sub-18)juntam-se-lhes mais dois elementos:João Barra (Sub-16) e a campeã na-cional de Sub-14, Daniella Silva, naprova do seu escalão. �

SUCESSÃODETORNEIOSCOMEÇAPARAASEMANA

PériploficaconcluídonoOrangeBowl,

campeonatomundialoficiosodejuvenis

GASTOSASSUMIDOSPELAFPT

Campanhacustaquase17mileuros� À exceçãode RodolfoPereira (cujos“fundos” mo-netários esgo-tou no decor-rer de outrasd igressõesesta época),Frederico Silva, Vasco Mensura-do, Diogo Rocha, Francisco Ra-mos, Sofia Araújo (na imagem) eJoana Valle Costa viajam com oapoio da Federação Portuguesade Ténis – com custos estimadosnum total de 16.800 €. A acom-panhá-los estarão dois técnicos doCAR/Jamor, Pedro Cartaxo e LuísLopes, sendo que Pedro Felner,treinador de Frederico Silva, in-tegra a representação lusitana atítulo particular. �

ÀconquistadoMundo

ESPERANÇA. Frederico Silva é o mais cotado elemento da comitiva

AGENDACOMPETITIVA20 A 27 DE NOVEMBROYucatan World Cup 2010-11Mérida/MéxicoJuniores/Grupo 129 NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBROEddie Herr InternacionalBradenton/Florida/EUAJuniores/Grupo 16 A 12 DE DEZEMBROOrange BowlKey Biscayne/Florida/EUAJuniores (Grupo A) e cadetesNota: O escalão de Sub-14 do Orange Bowldecorre em Coral Gables de 14 a 23

CARL

OSRO

DRIG

UES

CARL

OSRO

DRIG

UES

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