Intertextualidade2

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BOM PARA O JOVEM, MELHOR PARA A EMPRESA…

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A…

INTERTEXTUALIDADE

“...Qualquer texto se constrói como um mosaico de

citações e é a absorção e transformação de um

outro texto”

Kristeva (apud KOCH, BENTES e CAVALCANTE, 2008).

CONCEITO

Para se chegar a uma intepretação mais

completa, é preciso ler também o que não

está escrito, ou seja, devem ser consideradas

possibilidades de interpretação a partir de

universos culturais que se misturam. Ou seja,

nesse sentido intertextualidade é o debate

que se estabelece entre os textos verbais e

não-verbais.

INTERTEXTUALIDADE NA IMAGEM

A primeira pintura acima é o “Retrato do Papa Inocêncio X”,

produzida em 1650 por Diego Velásquez, pintor espanhol do período

barroco. Entretanto, a segunda pintura foi produzida por Francis

Bacon em 1953.

Bacon foi um importante filósofo inglês considerado o fundador da

ciência moderna, e como a maioria dos filósofos e cientistas, era

descrente e tenta através dessa intertextualidade deformar o papa

que é o elemento central da pintura de Velásquez.

INTERTEXTUALIDADE NA MÚSICA

CôroPai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cálice

De vinho tinto de sangueI

Como beber dessa bebida amargaTragar a dor e engolir a labuta?

Mesmo calada a boca resta o peitoSilêncio na cidade não se escuta

De que me vale ser filho da santa?Melhor seria ser filho da outraOutra realidade menos morta

Tanta mentira, tanta força brutaII

Como é difícil acordar caladoSe na calada da noite eu me danoQuero lançar um grito desumano

Que é uma maneira de ser escutadoEsse silêncio todo me atordoa

Atordoado eu permaneço atentoNa arquibancada, prá a qualquer

momentoVer emergir o monstro da lagoa

IIIDe muito gorda a porca já não anda

(Cálice!)De muito usada a faca já não corta

Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!)Essa palavra presa na garganta

Esse pileque homérico no mundoDe que adianta ter boa vontade?

Mesmo calado o peito resta a cucaDos bêbados do centro da cidade

IVTalvez o mundo não seja pequeno (Cale-

se!)Nem seja a vida um fato consumado

(Cale-se!)Quero inventar o meu próprio pecado

(Cale-se!)Quero morrer do meu próprio veneno

(Pai! Cale-se!)Quero perder de vez tua cabeça! (Cale-

se!)Minha cabeça perder teu juízo. (Cale-se!)

Quero cheirar fumaça de óleo diesel (Cale-se!)

Me embriagar até que alguém me esqueça (Cale-se!)

***

http://letras.mus.br/chico-buarque/45121/http://letras.mus.br/pitty/1611577/

INTERTEXTUALIDADE NA POESIA

TEXTO 01 

Canção do exílioMinha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá. 

Nosso céu tem mais estrelas.Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores,[...] 

Gonçalves Dias (1823-1864)

TEXTO 02

Canção do exílioMinha terra tem macieiras da

Califórniaonde cantam gaturamos de

Veneza.Os poetas da minha terra

são pretos que vivem em torres de ametistas,

[...]Nossas flores são mais bonitas

nossas frutas mais gostosasmas custam cem mil réis a

dúzia.[...]

Murilo Mendes. (1901 - 1975)

A "Canção do Exílio", do poeta maranhense Gonçalves Dias, é o maior fenômeno de intertextualidade da cultura brasileira. Escrita em 1843, em Coimbra, onde o poeta estudava, a canção se transformou num ícone múltiplo. Representa, antes de tudo, a saudade e a idealização da terra natal, um sentimento universal e sem idade. Tornou-se também uma expressão do nacionalismo num país que acabara de conquistar sua independência política.

INTERTEXTUALIDADE NO VÍDEO

A propaganda faz uma paródia da história de

Cinderela, adequando-a para um mundo

moderno, em que a carruagem feita de abóbora é

o Audi A3. - billybootleg

http://www.youtube.com/watch?v=ape8_jWIH64

CONCLUSÃO

"Todo texto é produto de criação coletiva: a voz

do seu produtor se manifesta ao lado de um coro de

outras vozes que já trataram do mesmo tema e com

as quais se põe em acordo ou desacordo.” - Fiorin e

Savioli (1996).

BIBLIOGRAFIA

Links ou textos – autores

http://alunospelaeducacao.blogspot.com.br/2010/05/velas.htmlhttp://letras.mus.br/chico-buarque/45121/

http://letras.mus.br/pitty/1611577/