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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG

Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro - CEPERJ.

Centro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas - CEEP

PRODUTO INTERNO BRUTO DOS MUNICÍPIOS - 2010

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Dezembro de 2012

Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro – CEPERJ Av. Carlos Peixoto, 54 – Botafogo – Rio de Janeiro – CEP 22.290-090 – Tel 2334-7114

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PRODUTO INTERNO BRUTO DOS MUNICÍPIOS O Centro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas da Fundação CEPERJ, em parceria com o IBGE e órgãos estaduais de estatísticas, divulga o Produto Interno Bruto dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro para o ano de 2010, juntamente com a revisão dos valores do ano de 2009.

A análise do conjunto dos municípios fluminenses, em 2010, mostra uma forte concentração da atividade produtiva dos 92 municípios no setor de serviços, equivalente a 71,5% de toda a economia produzida no estado, enquanto que a Indústria1 responde por 28,1% e a Agropecuária por apenas 0,4%.

Em relação ao desempenho municipal em 2010, cinco municípios destacaram-se na liderança das participações no PIB do Estado, mantiveram suas posições no ranking e concentraram 64,9% da economia fluminense, contra 66,3% em 2009: Rio de Janeiro (48,2% em 2009 e 46,7% em 2010); Duque de Caxias (6,9% e 6,5%); Campos dos Goytacazes (5,7% e 6,2%); Macaé (2,7% e 2,8%) e Niterói (2,8% e 2,7%).

A perda de participação do Rio de Janeiro refletiu, em parte, a moderada recuperação do setor extrativo mineral na maior parte dos municípios produtores de petróleo. Já Duque de Caxias sofreu com o aumento nos preços desta matéria prima, que impactou a atividade de refino, na medida em que expandiu os custos intermediários, reduzindo o valor adicionado do município. A participação do interior retomou sua trajetória de ascensão, passou de 51,8% para 53,3%, registrando acréscimo de 1,5 p.p.

A Região Metropolitana continuou a ter participação preponderante, com 69,1% em 2009 e 67,6% em 2010. Dentre as demais regiões, cinco melhoraram seu desempenho: Norte Fluminense (10,3% em 2009 e 11,2% em 2010); Médio Paraíba (6,4% e 7,2%); Baixadas Litorâneas (5,0% e 5,3%); Costa Verde (2,6% e 2,9%); e Centro-Sul Fluminense (1,0% e 1,1%). Ao contrário, as Regiões Serrana (4,2% e 3,8%) e Noroeste Fluminense (1,0% e 0,9%) registraram perda de participação. Cabe ressaltar que no Norte Fluminense e nas Baixadas Litorâneas é de suma importância o papel desempenhado pela atividade de extração de petróleo e gás. Já, no Médio Paraíba, a atividade automobilística é a que mais influencia o resultado da sua economia.

O maior PIB per capita é o de Porto Real, seguido de Quissamã, São João da Barra, Carapebus e Angra dos Reis, em 2010 e mantiveram as cinco primeiras colocações de 2009. Porto Real se destaca pelas atividades do setor automobilístico, o segundo, terceiro e quarto município, pela exploração do petróleo e gás natural e o quinto, pela geração de energia elétrica - usina nuclear. Os menores PIB per capita encontram-se em Conceição de Macabu, Trajano de Moraes e Aperibé, marcados pela forte presença do setor de Administração Pública. 1 Inclui Indústrias de transformação, extrativa Mineral, Construção civil e Serviços Industriais de Utilidade Pública – SIUP.


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PRODUTO INTERNO BRUTO DOS MUNICÍPIOS

Os cinco municípios que revelaram maiores participações no ranking do PIB em 2010 foram: Rio de Janeiro (46,7%); Duque de Caxias (6,5%); Campos dos Goytacazes (6,2%); Macaé (2,8%); e Niterói (2,8%). As maiores variações de postos ficaram a cargo dos municípios de Itatiaia, Rio Claro e Itaguaí, que avançaram 14, 6 e 5 posições, respectivamente.

Rio de Janeiro – primeiro colocado no ranking, a capital do Estado manteve sua posição em 2010. Principais setores: Administração pública, responsável por 17,6% do VA total do município; Intermediação financeira (12,0%); e Atividades imobiliárias e aluguéis (10,1%); e Comércio e serviços de manutenção e reparação (10,5%). Duque de Caxias – segundo colocado no ranking, posição adquirida em 2009 e mantida em 2010. Principal polo de produção de derivados de petróleo do Estado, em função das atividades de refino. Principais setores: Indústria de transformação (28,6% do VA total do município); Comércio e serviços de manutenção e reparação (17,6%); Administração pública (14,7%); e Serviços prestados às empresas (7,4%). Campos dos Goytacazes – terceiro colocado no ranking, polo regional, perdeu a segunda posição em 2009 em função da queda no preço do petróleo e manteve esse quadro em 2010. Principal setor: Extração de petróleo e gás natural (70,3% do VA total do município). Macaé – quarto colocado no ranking ganhou uma posição em 2010. Principais setores: Extração de petróleo e gás natural (19,1% do VA do município); Comércio e serviços de manutenção e reparação (16,9%); Indústria de transformação (12,2%); e Administração pública (11,2%). Niterói – quinto colocado no ranking perdeu uma posição em 2010. Principais setores: Administração pública, responsável por 21,4% do VA total do município; Atividade imobiliária e aluguéis (14,8%); Intermediação financeira (8,2%); Comércio e serviços de manutenção e


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reparação (7,5%); Serviços prestados às empresas (7,3%); Construção civil (7,3%); e Indústria de transformação (6,6%). Análise setorial Os municípios responsáveis pelas maiores participações no VA dos setores econômicos no Estado, em 2010, bem como os segmentos que mais contribuíram para estes resultados e as grandes variações de posto no ranking municipal encontram-se discriminados a seguir.

AGROPECUÁRIA O setor primário tem, nas Regiões Serrana e Norte Fluminense, os municípios de maior expressão. As cinco maiores economias tiveram as seguintes participações no ranking do valor adicionado da Agropecuária em 2010: Campos dos Goytacazes (7,8%); Teresópolis (6,2%); São Francisco de Itabapoana (4,9%); Nova Friburgo (4,3 %); e Rio de Janeiro (4,1%). O primeiro e o terceiro município situam-se na Região Norte Fluminense, o segundo e o quarto, na Região Serrana e o Rio de Janeiro na Região Metropolitana. Esses municípios são especializados na produção de cana-de-açúcar, hortaliças e pesca. Ressalte-se que desses, em termos de postos ocupados, Nova Friburgo foi o município que mais galgou posições (2 postos). Os demais mantiveram suas colocações.

Campos dos Goytacazes – primeiro lugar no ranking manteve a posição em 2010. O segmento que mais se destacou foi Lavoura temporária, sendo a cana-de-açúcar o principal cultivo, com participação de 45,5 % do VA do setor no município, contra 50,4% em 2009. Esse aumento de


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participação pode ter sido motivado pela queda de preço do produto. O segundo segmento mais importante foi a criação de bovinos e outros animais com 26,9% de participação.

Teresópolis – segundo lugar no ranking manteve a posição em 2010. No segmento mais importante – Lavoura temporária –, se destacam as hortaliças, com participação de 94,0 % do VA do setor no município.

São Francisco de Itabapoana – terceiro lugar no ranking manteve a posição em 2010. O principal segmento – Pesca –, concentrou 37,1% do VA do setor no município, seguido do cultivo de Hortaliça, com 20,3% e de cana- de- açúcar com 17,9%, ambas de Lavouras temporárias.

Nova Friburgo – quarto lugar no ranking ganhou duas posições em 2010. No segmento mais importante – Lavoura temporária –, se destaca o cultivo de hortaliças, com participação de 44,23 % do VA do setor no município, seguido da Criação de bovinos (Pecuária), com 31,4%. e a Silvicultura com 23,1%.

Rio de Janeiro – quinto lugar no ranking, não alterou sua posição em 2010. Sua principal atividade, a Pesca, que representava 61,4% do VA do setor no município em 2009, praticamente se manteve em 2010 (61,7%).

INDÚSTRIA

Os cinco municípios com maiores participações no ranking industrial em 2010 foram: Rio de Janeiro (23,2%); Campos dos Goytacazes (18,8%); Duque de Caxias (8,8%); Macaé (4,5%); e Rio das Ostras (4,4%). As maiores variações de postos ficaram por conta de Maricá que ganhou 19 posições, em decorrência da entrada em operação dos poços de petróleo Lula e Uruguá, e Natividade e Italva que perderam 11 e 10 postos, respectivamente. A Indústria, que é responsável por 28,1% do V.A. encerrou 2010 com aumento de 1,72 p.p. sobre igual período do ano anterior, porém mostrando resultado inferior ao alcançado em 2009 (26,3%).


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Rio de Janeiro – Situado na primeira colocação do ranking. Principal atividade: Indústria de transformação, que equivale a 44,1% do V.A. do setor industrial do município em 2010, contra 53,3% em 2009. Campos dos Goytacazes – Perde, em 2009, a primeira posição no ranking industrial em função da queda no preço do petróleo e assim permanece em 2010. Este município tem como principal atividade: Extrativa mineral – petróleo, concentrando 95,3% do V.A. do setor. Duque de Caxias - terceiro lugar no ranking no ranking industrial. Principal atividade: Indústria de transformação (representa 79,2% do VA do setor). Macaé – situado no quarto lugar no ranking, ganhou uma posição em 2010. Principal Atividade: Indústria extrativa - petróleo, que representa 43,1% do VA do setor. Rio das Ostras – situado no quinto lugar no ranking, perdeu uma posição em 2010. Principal atividade: Extrativa mineral – petróleo, que representou 92,7% do VA do setor.

SERVIÇOS Mantendo os mesmos postos desde 2009, os cinco municípios com maiores participações no ranking dos Serviços em 2010 foram: Rio de Janeiro (50,8%); Duque de Caxias (6,1%); São Gonçalo (3,3%); Niterói (3,2%); e Nova Iguaçu (3,0%). As maiores variações de postos ficaram com Itatiaia, que ganhou 23 posições devido à entrada em operação de empresas, responsáveis por 89,2% das saídas de mercadorias do Município e Barra do Piraí que perdeu 5 posições. As principais atividades que influenciaram os resultados dentre os maiores municípios neste setor foram: Administração pública, Atividades imobiliárias e aluguéis, Comércio e serviços de manutenção e reparação e Serviços prestados às empresas.


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Rio de Janeiro – primeiro lugar no ranking. As principais atividades do setor de serviços foram: Administração pública, que em 2010 concentrou 20,8% do VA total de Serviço do Município contra a 20,0% em 2009; Intermediação financeira (14,2% contra 13,7%); Comércio e serviços de manutenção e reparação (12,4% contra 11,2%) e Atividades Imobiliárias e aluguéis (11,9% contra 12,6%). Duque de Caxias – segundo lugar no ranking. As principais atividades do setor de serviços foram: Comércio e serviços de manutenção e reparação, que concentrou 27,6% do VA total dos serviços em 2010 contra 31,1% em 2009; Administração pública (23,0% contra 20,4%) e Serviços prestados às empresas (11,5% contra 11,0%). São Gonçalo – terceiro lugar no ranking. O desempenho do setor foi influenciado pelos seguintes segmentos: a Administração pública, que participou com 42,9% do VA de Serviços do município contra 41,2% em 2009; as Atividades imobiliárias e aluguéis (18,5% contra 20,1%) e Comércio e serviços de manutenção e reparação (9,7% contra 8,9). Niterói – quarto lugar no ranking. O setor apresentou bom desempenho no ano de 2010. As atividades que mais contribuíram para a expansão do setor foram: Administração pública, que participou com 26,2% do VA de Serviços do município contra 25,3% em 2009 e Atividades imobiliárias e aluguéis (18,1% contra 19,1%). Nova Iguaçu - quinto lugar no ranking. As atividades que mais contribuíram para o bom desempenho do setor foram: Administração pública, que concentrou a maior participação no VA de Serviços do município (39,5% contra 40,0%); Comércio e manutenção de serviços (14,7% contra 13,8%) e Atividades imobiliárias e aluguel (14,4% contra 14,5%).


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PIB per capita

Assim como nos anos anteriores, o maior PIB per capita do Rio de Janeiro é o de Porto Real (R$ 290.834,08), em função das atividades do setor automobilístico. Na sequência, aparecem Quissamã (R$153.769,90), São João da Barra (R$106.348,05), Carapebus (R$83.859,53) e Angra dos Reis (R$ 60.119,62), que mantiveram os mesmos postos de 2009. Os três primeiros municípios, beneficiados pelas atividades de exploração de petróleo e gás natural e o último, em grande parte, pela geração de energia elétrica – Usina Nuclear. Por outro lado, os menores PIB per capita encontram-se em Conceição de Macabu (R$ 8.727,37), Trajano de Moraes (R$8.912,09), e Aperibé (R$ 8.946,10), onde há predominância do setor de serviços, fortemente influenciado pela Administração pública.

Maiores Perdas

Rio de Janeiro – Pelo fraco desempenho da Indústria de Transformação (Fabricação de máquinas e equipamentos para a indústria de petróleo) que responde por 29% do VA industrial do estado.


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Duque de Caxias – O aumento nos preços do petróleo prejudica Duque de Caxias que tem sua economia fortemente baseado na atividade de Refino. Com o preço maior do petróleo cru os custos intermediários do setor aumentam e consequentemente o valor adicionado no município tende a diminuir. Petrópolis – A principal atividade, a Indústria de transformação (manutenção e reparação de máquinas e equipamentos para aeronaves), sofreu uma queda de participação de 2,1 p.p. no VA total do município de 2009 para 2010. Teresópolis – O município sofreu uma queda significativa na atividade de Comércio e serviços de manutenção e reparação (-8,9 p.p) no VA total do município de 2009 para 2010.

Maiores ganhos

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Campos dos Goytacazes – A principal atividade, Extração de petróleo e gás natural, responsável por 70,3% do VA total do município, obteve aumento de participação de 2,2 p.p. na passagem de 2009 para 2010.

Resende – A principal atividade, a Indústria de transformação, responsável por 55,6% do VA total do município, obteve aumento de participação de 9,1 p.p. na passagem de 2009 para 2010. São João da Barra – A principal atividade, Extração de petróleo e gás natural, responsável por 81,7% do VA total do município, obteve aumento de participação de 4,8 p.p. na passagem de 2009 para 2010. Cabo Frio – A principal atividade, Extração de petróleo e gás natural, responsável por 51,2% do VA total do município, obteve aumento de participação de 4,6 p.p. na passagem de 2009 para 2010. Macaé – As principais atividades são: Extração de petróleo e gás natural (responsável por 20,0% do VA total do município); Comércio e serviços de manutenção e reparação (16,9%); e Indústria de transformação (12,2%). Essas atividades obtiveram aumento de participação de 1,6 p.p., 0,7 p.p. e 0,01p.p. na passagem de 2009 para 2010, respectivamente. * A diferença entre VA e o PIB é que o último agrega os impostos.


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Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro - CEPERJ Av. Carlos Peixoto, 54 – Botafogo CEP 22290-090 Rio de Janeiro RJ. Tel 21 2334-7115/7311 Presidente – Jorge G. de Mello Barreto Centro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas - CEEP Diretora – Monica Simioni Coordenadoria de Políticas Econômicas – COPE Equipe Técnica – Seráfita Azeredo Ávila, Ana Cristina Xavier Andrade, Armando de Souza Filho e Rodrigo Santos Martins. Elaboração do mapa – Marta Bebiano Costa

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