FUTEBOL FERREIRENSE ACABA COM EQUIPA NA 1ª...

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2012.07.27 • semanário regional FUNDADO EM 2006. DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 7 // N: 320 0,70 IVA INCLUÍDO PUB LANÇAMENTO > BIOGRAFIA DE CAMEIRINHA JÁ ESTÁ À VENDA NAS LIVRARIAS FERREIRENSE ACABA COM EQUIPA NA 1ª DISTRITAL FUTEBOL >p12 Negócios do casamento REPORTAGEM > O dia do casamento é o mais ansiado por todos os casais e passa num ápice. Para trás ficam semanas de trabalho que mexem com a economia local! >CERIMÓNIA FAP festeja 60 anos na Base de Beja Se sempre sonhou subir à torre de con- trolo ou experimentar as sensações de con- duzir um avião, marque para o próximo domingo, 29, uma visita à Base Aérea 11, em Beja. A unidade militar vai estar de por- tas abertas para toda a população entre as 10h00 e as 16h00, numa iniciativa integra- da nas comemorações do 60º aniversário da Força Aérea Portuguesa (FAP). >p08 >TOURADA Entradas homenageia Luís Rouxinol A Junta de Freguesia de Entradas e a organização da Corrida de Toiros da Rá- dio Castrense vão homenagear o cava- leiro Luís Rouxinol pelos seus 25 anos de alternativa, que estão a ser assinalados este ano. A cerimónia decorrerá no in- tervalo da corrida que, nesta sexta-feira, 27 de Julho (22h00), vai decorrer naquela vila do concelho de Castro Verde.>p09 A “HERANÇA” DA REFORMA AGRÁRIA Após 35 anos da “Lei Barre- to”, que levou ao fim da Reforma Agrária, a agricultura alentejana enfrenta novos desafios, como o regadio e a necessidade de pro- duzir mais, defendidos por repre- sentantes dos “dois lados da barricada” do movimento. A conversão do sequeiro em regadio, “aprovei- tando o enorme po- tencial” do Alqueva e de outros regadios, é um “desafio essen- cial” para o futuro da agricultura alenteja- na. >p04

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2012.07.27 • semanário regionalFUNDADO EM 2006. DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 7 // N: 320

€0,70IVA Incluído

PUB

LANÇAMENTO > BIOGRAFIA DE CAMEIRINHA JÁ ESTÁ À VENDA NAS LIVRARIAS

FERREIRENSE ACABA COM EQUIPANA 1ª DISTRITAL

FUTEBOL >p12

Negócios docasamento

REPORTAGEM > O dia do casamento é o mais ansiado por todos os casais e passa num ápice. Para trás ficam semanas de trabalho que mexem com a economia local!

>CERIMÓNIA

FAP festeja60 anos naBase de Beja Se sempre sonhou subir à torre de con-trolo ou experimentar as sensações de con-duzir um avião, marque para o próximo domingo, 29, uma visita à Base Aérea 11, em Beja. A unidade militar vai estar de por-tas abertas para toda a população entre as 10h00 e as 16h00, numa iniciativa integra-da nas comemorações do 60º aniversário da Força Aérea Portuguesa (FAP). >p08

>TOURADA

EntradashomenageiaLuís Rouxinol A Junta de Freguesia de Entradas e a organização da Corrida de Toiros da Rá-dio Castrense vão homenagear o cava-leiro Luís Rouxinol pelos seus 25 anos de alternativa, que estão a ser assinalados este ano. A cerimónia decorrerá no in-tervalo da corrida que, nesta sexta-feira, 27 de Julho (22h00), vai decorrer naquela vila do concelho de Castro Verde.>p09

A “HERANÇA” DA REFORMA

AGRÁRIA Após 35 anos da “Lei Barre-to”, que levou ao fim da Reforma Agrária, a agricultura alentejana enfrenta novos desafios, como o regadio e a necessidade de pro-duzir mais, defendidos por repre-

sentantes dos “dois lados da barricada” do movimento.

A conversão do sequeiro em regadio, “aprovei-tando o enorme po-tencial” do Alqueva e de outros regadios, é um “desafio essen-cial” para o futuro da

agricultura alenteja-na. >p04

FERREIRENSE ACABA COM EQUIPANA 1ª DISTRITAL

FUTEBOL >p12

Negócios docasamento

REPORTAGEM > O dia do casamento é o mais ansiado por todos os casais e passa num ápice. Para trás ficam semanas de trabalho que mexem com a economia local!

A “HERANÇA” DA REFORMA

AGRÁRIA Após 35 anos da “Lei Barre-to”, que levou ao fim da Reforma Agrária, a agricultura alentejana enfrenta novos desafios, como o regadio e a necessidade de pro-duzir mais, defendidos por repre-

sentantes dos “dois lados da barricada” do movimento.

A conversão do sequeiro em regadio, “aprovei-tando o enorme po-tencial” do Alqueva e de outros regadios, é um “desafio essen-cial” para o futuro da

agricultura alenteja-na. >p04

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regiÃO >Beja

A renovada Ermida de Santo André, em Beja, foi inaugurada segunda-feira, 23, após trabalhos de conservação, num investimento de 219 mil

euros. A intervenção foi promovida pela Asso-ciação Portas do Território, que reúne a Câmara Municipal e a Diocese de Beja.

ERMIDA DE SANTO ANDRÉ REABRIU DEPOIS DE SER REABILITADA

2 2012.07.27

BAiXOALENTEJO

> cASAMENTOS. O dia do casamento é o mais an-siado por todos os casais e passa num ápice. Para trás ficam semanas de trabalho que mexem (e muito) com a economia local!

CARLOS PINTO TExTO

Há seis meses que Ana Júlia não pára um fim-de-semana! Aos sába-dos percorre dezenas quilómetros para consultar preços e pedir or-çamentos. Aos domingos, senta-se à mesa da cozinha e faz contas… sempre de somar, por vezes de mul-tiplicar, nunca de subtrair ou dividir! Tudo para que nada falte no dia do seu casamento com Luís Carlos. “Tem dado uma trabalheira imensa.

Mas quero que tudo seja perfeito”, confessa.

Ana Júlia casa em meados de Agosto, mas desde Dezembro que anda a preparar a boda. Porque isto de casar à “moda antiga”, com ce-rimónia na igreja, festa no salão e brinde ao luar tem que se lhe diga! São muitos passos a dar, muitos os orçamentos a estudar e muitas as decisões a tomar por noivos, pais e padrinhos. Do outro lado está um verdadeiro negócio, que mexe com diversos sectores de actividade e ainda mais com a economia local. Afinal, um casamento com 150 con-vidados pode custar 17 ou 18 mil euros. Tudo num dia que leva meses a fio planear e depois passa num ápice!

DO ESSENcIAL…Assim que Luís Carlos se ajoelhou em sua frente e fez o ansiado pedi-

do, Ana Júlia começou de imediato a traçar planos na sua cabeça para ter o dia perfeito. E começou por onde começa a maioria dos futuros casais: primeiro escolheu a data da cerimó-nia, depois o local da festa.

Quintas, centros recreativos, sa-lões de festas e hotéis são as opções mais apreciadas pelos noivos, que pagam um valor entre os sete e os 10 euros por pessoa para reservar o local. Também há quem cobre um preço fixo ao dia ou adapte o mon-tante do aluguer às circunstâncias. No mundo dos casamentos, tudo é negociável!

Escolhido o espaço, o próximo passo é escolher a equipa que ser-virá o copo de água. São várias as empresas disponíveis no mercado, oferecendo ao futuro casal um le-que de opções (e ementas) capaz de agradar a todas as bolsas. Por exem-plo, um casamento com almoço e

> A XXXXXXXXXX> POr detrás dOs cAsAmentOs eXiste um negóciO que mOvimentA milhAres de eurOs

Viva os noivos!Casar “à moda antiga” pode representar um custo de 17 ou 18 mil euros em bodas com uma média de 150 convidados. DR

jantar, mais mesas de mariscos e queijos, pode custar entre 55 e 100 euros. Mas normalmente associado ao catering vem sempre o bolo dos noivos, a animação musical e outras surpresas!

Antes da festa vem a cerimónia religiosa e aí também são muitos os gastos. A começar pelo vestido da noiva e o fato do futuro esposo! No caso do primeiro há opções para todos os gostos (e carteiras), mas o preço médio ronda os 1.000 euros. Bem mais acessível é a indumentá-ria do noivo, que optando entre um fato de corte clássico ou um traje mais moderno consegue vestir-se com cerca de 500 euros.

A reportagem fotográfica para memória futura é outros dos requi-sitos indispensáveis a qualquer ca-samento, cujo custo pode ir dos 750 euros (apenas as fotografias de noi-vos e convidados ao longo do dia)

318Casamentos realizaram-se no último ano em todo o Baixo Alentejo, de acor-do com os dados do portal estatístico Pordata. Um número que representa uma quebra de mais de 50% face a 2001, ano em que se registaram na região um total de 646 casamentos.

98Casamentos realizaram-se no último ano em Beja, concelho do Baixo Alente-jo que registou o maior número de bo-das em 2011. Seguiram-se Moura (41), Odemira (40), Serpa (27) e Aljustrel (19). Alvito foi o município com menos casamentos em 2011 – apenas três!

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32012.07.27 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

> INICIATIVA DA CÂMARA MUNICIPAL

Beja no mercadosocial de rendas> AUTARQUIA. Projecto vai disponibilizar imóveis tomados pelos bancos para arrendamentos 30 por cento abaixo dos valo-res de mercado.

A Câmara de Beja vai aderir ao Mercado Social de Arrendamen-to que visa disponibilizar imó-veis tomados pelos bancos para serem alugados, por rendas 30 por cento abaixo dos valores de mercado livre, por pessoas em si-tuação de carência habitacional.

Segundo o Município, os imó-veis destinam-se a ser alugados por pessoas que têm rendimen-tos superiores aos que permitem a atribuição de uma habitação so-cial, mas sem capacidade finan-ceira para arrendarem um imóvel no mercado livre.

A Câmara de Beja explica que estão em curso os procedimen-tos necessários à formalização da adesão da Câmara de Beja ao Mercado Social de Arrendamen-to, como a assinatura do pro-

EMPRESASCÂMARA DE BEJAARRENDA ESPAÇOS

A Câmara de Beja tem dispo-níveis para concessão espaços numa nova fracção do pavilhão das micro-empresas do Parque Indus-trial da cidade para instalação de actividades empresariais e com o objectivo de promover a economia e o emprego. Através da concessão dos espaços, o Município explica que também pretende contribuir para a transferência de pequenas activida-des empresarias situadas em áreas urbanas para o parque industrial e apoiar o desenvolvimento de micro e pequenas empresas e projectos inovadores. Segundo o Município, os espaços serão cedidos em regime de concessão e os interessados terão que apresentar candidaturas, que serão analisadas em função de critérios, como o carácter inovador da empresa, a exequibilidade e viabilidade do projecto e o impacto na criação de postos de trabalho. O período de concessão é de cinco anos, renováveis por períodos de

> E AINDA...

um ano, e o valor da prestação pecuniária é de 316 euros, prevendo-se actualizações anuais em função dos coeficientes de actualização das rendas comerciais.

SOLIDARIEDADEMÉRTOLA PROMOVECAMPANHA DE DOAÇÕES

A Câmara de Mértola apelou a empresas e particulares para doarem bens que já não precisam ao banco de mobiliário, electrodomés-ticos e outros equipamentos de uso doméstico do concelho, que precisa de dádivas. Segundo a autarquia, os pedidos esgotam os produtos reco-lhidos pelo banco “Não precisas tu, preciso eu!”, que “depende da ajuda de todos” e é uma “mais-valia” para as famílias carenciadas do concelho. Os interessados em doar móveis e eletrodomésticos deverão contactar a Câmara de Mértola, directamente ou pelo telefone 961 940 461. O Município irá recolher os equipamentos e depois distribuí-los por quem precisa, a pedido das famílias ou por indicação dos técnicos de acção social.

até aos 3.000 euros (preço que já in-clui produção “especial” antes e de-pois do dia da boda, mais álbum em formato A3, posters e outras ofertas).

A tudo isto tem ainda de se so-mar o preço das alianças (um par em ouro custa em média 250 euros), a maquilhagem e penteado da noi-va (mais 150 euros, no mínimo), o bouquet (perto de 100 euros), a pa-pelada burocrática e, claro está, os convites (mais de 200 euros).

Falta ainda um pormenor indis-pensável para qualquer casal de noi-vos: a lua-de-mel! Hotéis e pousadas são, invariavelmente, a opção toma-da, com os preços a variarem entre os 180 euros por uma noite numa unidade mais requintada e os 60 eu-ros num hotel em ambiente rural e propício ao romance…

… AO ACESSóRIO!Garantido o essencial, há toda uma série de pormenores que marcam a diferença (e o preço) de um casa-mento! A começar pelas flores na igreja e no local do copo-de-água, que em média poderão implicar um investimento a rondar os 500 euros. Ainda na igreja, há quem não dis-pense os missais a entregar aos con-vidados com o “guião” da cerimónia (no mínimo, mais 50/ 75 euros) e um coro para os cânticos (nunca menos de 100 euros).

A reportagem em vídeo de todos os momentos do dia é outros dos “caprichos” de que muitos novos casais já não abdicam (o que custa, no mínimo, 400 euros, incluindo a produção de dois ou mais DVD’s originais), assim como as ofertas que serão entregues a cada um dos convidados, que custam à unidade entre um euro e cinco euros, o que somado por centena e meia de pes-soas resulta numa conta de mais de 150 euros para cima!

Duas ou três ementas em cada uma das mesas do copo-de-água, o livro para os votos de felicidade dos convidados, fogo-de-artifício após o corte do bolo e entretenimento para os mais novos ao longo do dia são outras das opções que os noivos podem requerer para a sua cerimó-nia.

O mesmo sucede com a lua-de-mel: há quem se fique por casa, a arrumar os serviços de jantar e as faianças que recebeu de presente, enquanto que outros preferem voar rumo a praias paradisíacas. Riviera Maya (México), República Domini-cana, Brasil ou as “eternamente ro-mânticas” cidades de Veneza (Itália) e Paris (França) são os destinos mais elegidos, com os preços a variarem entre os 550 euros e os 1.500 euros por pessoa.

Como se pode perceber, preparar um casamento como nos sonhos não é propriamente tarefa fácil ou barata! Mas quem o faz, como Ana Júlia e Luís Carlos, espera que todo o esforço valha a pena.

ANTóNIO MADURO“O Maduro” – empresa de catering

“Fazem-se mais ou menos os mesmos casamentos que anteriormente, mas com muito menos gente. Aí é que está a diferença!”

CÉLIA MOEDAS“Promesso” – boutique para noivos

“Onde se ‘corta’ mais é no número de convidados, enquanto que na questão do vestuário a noiva sempre leva o seu vestido de sonho.”

SÉRgIO CAROCINHO“Foto Baltazar” – fotógrafo

“Gosto bastante do que faço, tenho bastantes cli-entes de norte a sul e não me posso queixar deste ramo.”

Sector Sem criSe A crise parece (ainda) não ter chegado aos profissionais baixo-alentejanos que trabalham nos ca-samentos. “Gosto bastante do que faço, tenho bastantes clientes e não me posso queixar deste ramo. Aliás, nós vivemos praticamente dos casamentos”, revela ao “CA” Sérgio Carocinho, de 35 anos, pro-prietário da Foto Baltazar, em Beja.Com quase duas décadas de expe-riência no sector, o fotógrafo be-jense cobra uma média de 1.200 euros por serviço, trabalhando de norte a sul do país. “Actualmente, 20% dos noivos meus clientes são fora do Alentejo”, adianta Caroci-nho, que em 2011 fez um total de 30 casamentos e este ano já leva mais de 20 marcações, que se es-tendem no calendário até ao Ou-tono.Tal como Sérgio Carocinho, tam-bém Célia Moedas, de 29 anos, não tem sentido a crise afectar o seu negócio. “Ainda estamos a meio de 2012 e já ultrapassámos o número de vestidos de noiva que vendemos o ano passado”, assegura esperan-çosa a proprietária da Promesso, boutique onde é possível encon-trar vestidos de noiva a partir de 250 euros e que abriu portas em Beja no final de 2010.Desde então, garante Célia Mo-edas, “as coisas têm evoluído”, apesar de reconhecer nos últimos tempos “uma quebra na procura”. “Mas do feedback que tenho dos nossos clientes, onde se ‘corta’ mais é no número de convidados. Os noivos acabam por convidar ape-nas os familiares mais próximos e optar por espaços mais económi-cos, enquanto que na questão do vestuário a noiva sempre leva o seu vestido de sonho”, acrescenta.Uma mudança de hábitos que cau-sa grandes “dores de cabeça” a An-tónio Maduro, de 48 anos. “O negócio vai mal, cada vez pior! Fazem-se mais ou menos os mes-mos casamentos, mas com mui-to menos gente. Aí é que está a diferença, pois os casamentos têm agora apenas 60 ou 70 pessoas, quando antes eram sempre 150 ou 200”, frisa o responsável pela em-presa de catering com o seu nome que actua no sector há pratica-mente 10 anos.Por isso, e apesar de já ter mais de uma mão-cheia de marcações para 2012 – onde cobra uma média de 60 euros por pessoa –, António Maduro garante que os tempos das “galinhas gordas” já lá vão. “Já não se vive de fazer casamentos”, afian-ça, garantindo que só há uma for-ma de combater a “concorrência”: “apostar na qualidade”.

tocolo de colaboração com as entidades gestoras.

O projecto Mercado Social de Arrendamento, integrado no Programa de Emergência Social, resulta de uma parceria entre o Estado e entidades públicas e privadas aderentes e à qual se associam municípios, prestando colaboração técnica, administra-tiva e processual.

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BAIXO ALENTEJOREGIÃO

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> há 35 AnOs quE A “lEI BARREtO” EXtInGuIu O pROcEssO dA REfORmA AGRáRIA nO AlEntEJO

A “HERANÇA” DAREFORMA AGRÁRIA> AGRICULTURA. Há exactamente 35 anos a famosa “Lei Barreto” pôs termo ao processo da Reforma Agrária. Hoje, a lavoura do Alentejo “mudou de cara” e os desafios são muito diferentes.

Para muitos, a Reforma Agrária foi “uma revolução dentro da revolu-ção”. Para outros, um erro com sequelas que ainda perduram. FAUSTO GIACCONE

Após 35 anos da “Lei Barreto”, que levou ao fim da Reforma Agrária, a agricultura alente-jana enfrenta novos desafios, como o regadio e a necessidade de produzir mais, defendidos por representantes dos “dois lados da barrica-da” do movimento.

A conversão do sequeiro em regadio, “aproveitando o enorme potencial” do Alque-va e de outros regadios, é um “desafio essen-cial” para o futuro da agricultura alentejana, diz o militante e antigo deputado do PCP José Soeiro, que há 37 anos, em plena Reforma Agrária, dirigia o Sindicato dos Trabalhadores Agrícolas do Distrito de Beja.

Sobretudo no Baixo Alentejo e devido ao Alqueva, “têm sido feitos grandes investimen-

tos no regadio”, o que “dá alguma esperança” à agricultura alentejana, destaca, por seu turno, o presidente da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA), Ma-nuel Castro e Brito.

No entanto, frisa este dirigente e agricul-tor, o regadio do Alqueva “não resolve todos os problemas” da agricultura alentejana, por-que só vai abranger 110 mil dos cerca de 1,8 milhões de hectares de superfície agrícola do Alentejo. Há uma “vasta área” onde os agricul-tores são obrigados a continuar a fazer “uma agricultura extensiva de sequeiro, olhando para o céu, à espera que chova, e dependente de ajudas comunitárias”.

Segundo o comunista José Soeiro, “a agri-

JOSÉ SOEIROdirigente do Sindicato dos Trabalhadores Agrícolas

A agricultura tem sido subvalori-zada em Portugal, que foi em-purrado politicamente para uma situação em que está impedido de produzir o que precisa e é dependente de importações.

cultura tem sido subvalorizada” em Portugal, que foi “empurrado politicamente para uma situação em que está impedido de produzir o que precisa e é dependente de importações”.

Portugal tem “todas as possibilidades de ser auto-suficiente” em produtos agrícolas, frisa Castro e Brito, referindo que o Alentejo, com o “novo regadio”, é a região que “mais pode contribuir” para a auto-suficiência, mas, para isso, é “muito importante” concluir o projecto Alqueva para se produzir mais na região.

Para “assegurar” o futuro da agricultura no Alentejo e contribuir para a “soberania” de Por-tugal em produtos agrícolas é preciso um “pla-no estratégico” para “aproveitar” o potencial da área regada pelo Alqueva, frisa José Soeiro.

Aproveitando o regadio, “é preciso pro-duzir mais e acabar com uma situação ina-ceitável que existe no Alentejo”, ou seja, “há centenas de grandes proprietários que são pagos para não produzir”, diz José Soeiro.

“A culpa não é dos proprietários, mas dos governos que fomentam esta política”, afirma José Soeiro, defendendo a criação de um ban-co de terras para jovens e pequenos agriculto-res terem acesso à terra.

Segundo Castro e Brito, que defende a pro-priedade privada, mas entende que “a terra deve ter uma função social e ser trabalhada”, um banco de terras ou uma intervenção do Estado em regadios que não são aproveitados “poderá fazer sentido”.

Mas “não há necessidade de entrar nessa lógica” no Alentejo, onde “as terras estão ocu-padas e são trabalhadas”, diz, referindo que agricultores da região “têm receio de abor-dar” a criação de um banco de terras devido às lembranças “funestas e tristes” da Reforma Agrária, “um episódio que seria bom que não se repetisse”.

A Reforma Agrária arrancou no final de 1974, com as primeiras experiências de ocu-pação de terras, mas foi em 1975 que ganhou força com o lema “A terra a quem a trabalha”. As ocupações de terras na Zona de Interven-ção da Reforma Agrária (ZIRA), que abrangia os distritos de Beja, Évora, Portalegre e Setú-bal e alguns concelhos dos distritos de Lisboa, Santarém, Faro e Castelo Branco, decorreram entre 1975 e 1976.

A 22 de julho de 1977, o Parlamento apro-vou a chamada “Lei Barreto”, do então mi-nistro da Agricultura do primeiro governo constitucional, António Barreto (PS), que impôs limites à Reforma Agrária, abriu portas ao fim das Unidades Coletivas de Produção (UCPs) e despoletou um longo processo de desocupações e devoluções de terras e poste-riores indemnizações.

CASTRO E BRITOPresidente da FAABA

A terra deve ter uma função so-cial e ser trabalhada. Um banco de terras ou uma intervenção do Estado em regadios que não são aproveitados poderá fazer sentido.

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52012.07.27 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

Vamos conhecer o Beja Eco Pólis

Durante as próximas edições iremos conhecer o programa Beja Eco Pólis e os seus projectos. Tra-ta-se de um programa ambicioso que pretende tornar Beja numa referência regional e nacional no que diz respeito à sustentabilida-de.

Nesse sentido, estão a ser tra-balhados pela Câmara Municipal e pelas suas empresas munici-pais, Inovobeja e EMAS, projec-tos mais sustentáveis, que tocam em áreas tão vastas e complexas, que vão desde a eficiência ener-gética, as energias renováveis e a construção sustentável (no que diz respeito a projectos de longa duração onde se pretende que haja um impacto mais duradou-ro ao longo do tempo) até outros projectos mais curtos, mas que são fundamentais para a dissemi-nação de conhecimentos sobre temas mais amigos do ambiente.

Um dos projectos promovi-dos pela Inovobeja e que tem um enorme impacto na cidade é a programa de microgeração.

A Inovobeja EEM está a reunir esforços na aplicação de sistemas de microgeração e já conta com 14 sistemas o que contribui para que Beja esteja em terceiro lugar na região do Baixo Alentejo e em quarto lugar em todo o Alentejo (segundo dados oficiais do portal “Renováveis na Hora” em relação a Janeiro de 2012).

O que são sistemas de micro-produção? São sistemas combi-nados que resultam da aplicação no mesmo edifício de dois tipos de instalações:

Energia Solar Térmica – É composto por um cilindro (que pode ter variadas dimensões) e painéis solares e tem como prin-cipal função a produção de água

> ESPAÇO VERDE

> AMBIENTE. Beja Eco Pólis tem a ambição de criar a cidade como refe-rência regional e nacional ao nível da sustentabilida-de.

quente sanitária e trabalha com o apoio de sistemas convencionais que aquecem água, como as cal-deiras a gás, caldeiras a gasóleo, etc.

Energia Fotovoltaica – É com-posto unicamente por painéis solares e permite converter a energia libertada pelo sol, sob a forma de radiação solar, directa-mente em energia elétrica.

Onde foram montados estes sistemas pela Inovobeja?

Em 14 instalações municipais foram instalados sistemas de mi-crogeração, todos eles em regime bonificado.

Se por um lado, este regime permite vender a energia que é produzida à entidade reguladora de energia eléctrica, por outro, uma vez que se trata de energia colocada na rede pública, todos podemos usufruir dela.

Os edifícios onde estas uni-dades foram colocadas são os seguintes: cine-teatro Pax Julia, Biblioteca Municipal José Sara-mago, Casa da Cultura, escola EB1 n.º 1, escola EB1 n.º 2 (actuais instalações da PSP), escola EB1 n.º 4, Pavilhão Gimnodesporti-vo, Piscina Coberta Municipal, Parque de Materiais Municipal, Centro Social O Lidador, Merca-do Municipal, centro escolares de Santiago Maior, Santa Maria e São João Baptista. Está já a ser estudada a possibilidade de colo-car também no Cemitério, Casa Mortuária, Parque de Campismo e edifício dos Paços do Concelho.

Para mais informações sobre a rentabilidade destes sistemas ou a sua produção, consulte o nosso site www.inovobeja.pt, no separador “Energia e Ambiente”. No entanto podemos adiantar que a produção total de 2010 foi de 25.319,43 euros e que de 2011 foi de 34.367,74 euros, o que se traduz numa aposta ganha por parte da Inovobeja no que diz respeito às energias renováveis.

Fale connosco! Envie as suas sugestões ou opiniões através do correio eletrónico: [email protected].

Inovobeja Empresa Municipal de Desenvolvimento EEMDICAS AMBIENTAISPROJECTOS SUSTENTÁVEISBOAS PRÁTICAS

> GOVERNO PREPARA REFORMA NO MAPA DO TURISMO

Alentejo perdepólos de turismo

O presidente do Pólo de Desen-volvimento Turístico do Alqueva, Francisco Chalaça, mostrou-se preocupado com a extinção dos pólos de turismo, como aponta o Governo numa proposta de diplo-ma, por considerar que as marcas territoriais ficam desprotegidas.

A proposta de diploma do Go-verno “não prevê a protecção das marcas territoriais e não dá ne-nhum realce às marcas que exis-tem nos territórios e que eram consubstanciadas com a existên-cia destes pólos”, afirmou Fran-cisco Chalaça, em declarações à Agência Lusa.

O responsável falava a propó-sito de uma proposta de diploma discutida entre a tutela e um sin-dicato, que aponta para a extinção das entidades regionais de turis-mo dos pólos do Douro, Serra da Estrela, Leiria-Fátima, do Oeste, do Alqueva e do Alentejo Litoral.

Francisco Chalaça considerou que a proposta do Governo assen-ta num “modelo muito compli-cado e, eventualmente, ferido de constitucionalidade”, defendendo a continuidade dos dois pólos de desenvolvimento turístico da re-gião, o de Alqueva e o do Litoral Alentejano.

“Se o actual Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) ti-nha identificado estes territórios como de elevado potencial e se nenhum destes pressupostos foi alterado, mereciam tratamento diferente no quadro legislativo”, argumentou.

Também em declarações à Lusa, o presidente do Pólo do Lito-ral Alentejano, Carlos Beato, disse querer para a região e para a cos-ta alentejana a “melhor solução”, com “instrumentos de apoio e de trabalho que funcionem e promo-vam a estratégia de um território ímpar e de excelência”.

“Se isso passa por ter uma en-tidade para todo o Alentejo ou por pequenas organizações des-concentradas, como eu acho que devia acontecer, não estou muito

> REFORMA. Líder do Pólo do Alqueva contesta decisão do Governo. Pólo do Alentejo Litoral também vai desaparecer.

Pólo Turístico do Alqueva vai ser extinto. Promoção será incluída na estratégia da Turismo do Alentejo. DR

ção Pública, vai alterar a actual re-gulamentação das áreas regionais de turismo e das entidades regio-nais de turismo.

O documento, a que Agência Lusa teve acesso, justifica a altera-ção legislativa com a necessidade de “adaptação às novas realidades da administração pública, mas igual-mente para assegurar uma maior eficiência no seu funcionamento e na prossecução dos seus fins”.

Neste âmbito, são mantidas as actuais cinco áreas regionais de turismo e são extintas seis entida-des regionais relativas a seis pólos de turismo, por fusão noutras en-tidades de turismo.

preocupado. Estou preocupado é que esta reestruturação não sig-nifique andar para trás”, advertiu.

Por outro lado, o responsável mostrou-se esperançado que o trabalho de três anos do Pólo Tu-rístico do Litoral Alentejano “pos-sa ser aproveitado e não deitado fora”, já que foi considerado por diversos empresários e agentes turísticos como “positivo”.

O ante-projecto de proposta de lei de alteração do regime jurídico das áreas regionais de turismo e das entidades regionais de turis-mo, discutido entre a secretária de Estado do Turismo e o Sindicato dos Trabalhadores da Administra-

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Correio Alentejo n.º 320 de 27/07/2012 Única Publicação

Caros Sócios,

Por solicitação da Direcção, e em conformidade com os Estatutos, ve-nho convocar-vos para a Assembleia Geral Extraordinária a realizar no próximo dia 6 de Agosto de 2012 (segunda-feira) pelas 17.30 horas, nas instalações da Esdime – Casa do S@ber+, em Ferreira do Alente-jo, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1. Movimentação de Sócios;2. Análise e deliberação sobre proposta de constituição de filial;3. Outros assuntos.

Tendo em conta as importantes matérias que vão a deliberação da Assembleia Geral, apelo à vossa participação e envio fraternais Sau-dações Associativas.

O Presidente da Mesa da Assembleia

(assinatura ilegível)(Câmara Municipal de Castro Verde – Francisco Duarte – Presidente)

Nota: Perante a ausência de quórum, a Assembleia iniciar-se-á, com qualquer número de Sócios, às 18 horas.

Convocatória da Assembleia Geral

Extraordinária 06 de Agosto de 2012

(segunda-feira), às 17.30 horas, nas instalações da Esdime,

em Ferreira do Alentejo

Correio Alentejo n.º 320 de 27/07/2012 Única Publicação

A Autoridade Florestal Nacional faz público que, nos termos do art.º 6.º do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de Junho de 1959, aprova-do pelo Decreto n.º 44623, de 10 de Outubro de 1962, O CLUBE DE CAÇA E PESCA DE SANTA CLARA DO LOUREDO requereu, pelo prazo de 10 anos, uma concessão de pesca na albufeira da Misericór-dia, Herdade da Misericórdia, freguesia de Santa Clara de Louredo, concelho de Beja.Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudica-das nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação por escrito devidamente justificada, na Unidade de Gestão Florestal do Baixo Alentejo – Antiga Estrada de Évora – Rua de S. Sebastião – Apartado 6121, 7801-908 Beja no prazo de 30 dias a contar da data de divulga-ção deste Edital.Para consulta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o projecto de Regulamento, proposto pela entidade requerente para vi-gorar na área a concessionar.

Fonte: Carta MIlitar 531 IgeoEÉvora, 27 de Março de 2012

O Director Regional(assinatura ilegível)

(Carlos de Sá Ramalho)

EDITAL

Correio Alentejo n.º 320 de 27/07/2012 Única Publicação

A Autoridade Florestal Nacional faz público que, nos termos do art.º 6.º do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de Junho de 1959, aprovado pelo De-creto n.º 44623, de 10 de Outubro de 1962, O CLUBE DE CAÇA E PESCA DA MINGORRA requereu, pelo prazo de 10 anos, uma concessão de pes-ca na albufeira da MIngorra, Herdade da Mingorra, freguesia de Trindade, concelho de Beja.Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação por escrito devidamente justificada, na Unidade de Gestão Florestal do Baixo Alentejo – Antiga Estrada de Évora – Rua de S. Sebastião – Apartado 6121, 7801-908 Beja no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital.Para consulta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o pro-jecto de Regulamento, proposto pela entidade requerente para vigorar na área a concessionar.

Fonte: Carta Militar 531 IgeoE

Évora, 21 de Maio de 2012

O DIRECTOR REGIONAL(assinatura ilegível)

(Carlos de Sá Ramalho)

EDITAL

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ODEMIRA

LITORAL

> iniciativa

Melides e Carvalhal são as praias do concelho de Grândola que recebem até final de Agosto, das 10h00 às 17h00, a

iniciativa “Biblioteca na Praia”. Trata-se de uma extensão itinerante da Bibliote-ca Municipal de Grândola.

> AuTARcAs DO LITORAL ALEnTEjAnO ExIgEM REspEITO à MInIsTRA DA jusTIçA

LIVROS “VISITAM” AS PRAIAS DE MELIDES E CARVALHAL NO VERÃO

Mapa da discórdia

Os autarcas do Alentejo Litoral exigem respeito à ministra da Justi-ça, Paula Teixeira da Cruz, afirman-do que ao não os ouvir, não está a ouvir 100 mil portugueses. Esta posição surge depois dos presiden-tes das câmaras de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines terem pedido à mi-nistra Paula Teixeira da Cruz uma reunião com carácter de urgência para debaterem o novo mapa ju-diciário, mas a governante recusou recebê-los e propôs serem recebi-dos pelo seu chefe de gabinete.

“É inaceitável, inadmissível e lamentável que um membro do Governo se recuse e não esteja dis-ponível para receber cinco presi-dentes de câmara de uma região que está na linha da frente para o desen-volvimento do país. É uma falta de respeito do poder central para com o poder local”, disse o presidente do Município de Grândola, Carlos Bea-to, em conferência de imprensa re-alizada na passada semana na Casa do Alentejo, em Lisboa.

No “olho do furacão” está o novo mapa judiciário que o Governo está a preparar e que os autarcas consi-deram ser muito penalizador para o Litoral Alentejano. Uma situação que levou mesmo o presidente da Câmara de Odemira, José Alberto Guerreiro, a frisar que estava a re-presentar todas as forças políticas do concelho, porque são todos unâ-nimes na luta contra o novo mapa judiciário.

> JUSTIÇA. Reforma do mapa judiciário não agrada aos autarcas de Alcácer do Sal, Grândola, Odemi-ra, Santiago do Cacém e Sines.

> FEIRA DEcORREu EM sãO TEOTÓnIO

Faceco mostrouimagem renovadade Odemira O lançamento da nova ima-gem institucional da Câmara de Odemira foi um dos pontos altos da Faceco deste ano, onde, simul-taneamente, foi apresentado o novo sítio do Município na Inter-net, que incorpora o Balcão Único Virtual.

A 22ª edição da Faceco – Feira das Actividades Culturais e Eco-nómicas do Concelho de Odemi-ra decorreu entre 20 a 22 de Julho, em São Teotónio, com um forte destaque para os produtos regio-nais, artesanato, colóquios, con-certos e concursos de gado.

A grande novidade da feira foi, de facto, a apresentação do novo sítio, onde a partir do Balcão Único Virtual há uma forte aproximação entre os munícipes e os serviços municipais. Trata-se, ainda, de um sítio específico para o turismo em Odemira “com informações úteis ao turista, desde o alojamento, res-tauração e animação turística”.

Deste modo, disse ao “CA” o vereador Hélder Guerreiro, a Câ-mara pretende “afirmar a marca Odemira” com uma nova imagem

que “enaltece as cores tradicionais e a força” daquele “imenso concelho, entre o mar, a serra e a planície”.

Um dos principais pavilhões da Faceco foi o do artesanato. A Câmara de Odemira sublinha que “mostrar o artesanato genuíno, de qualidade e bastante variado que se faz no concelho tem sido um dos pontos fortes” da feira ao longo dos anos.

Trinta e quatro artesãos, a maio-ria a trabalhar ao vivo, mostraram as suas artes e ofícios. Este ano foi dada especial atenção aos metais, tendo sido privilegiadas as artes e ofícios tradicionais que têm o me-tal como matéria-prima, como é o caso do latoeiro e a joalharia.

No final da feira, o presidente da Câmara de Odemira enalteceu a parceria estabelecida este ano entre a autarquia e a Junta de São Teotó-nio. O número de visitantes do cer-tame aumentou (este ano foram 24 mil pessoas!), o que demonstra que a Faceco “continua atractiva”, subli-nhou José Alberto Guerreiro.

NELSON MEDEIROS

“No caso do Tribunal do Traba-lho, por exemplo, passamos de uma distância de 50 para mais de 100 quilómetros, porque teremos de ir para Beja”, disse o edil odemirense, sublinhando que os autarcas nunca fizeram pressão sobre a ministra, limitando-se a enviar uma carta a pedir a reunião.

Entretanto, fonte do Ministério da Justiça adiantou à Agência Lusa que os autarcas do Litoral Alenteja-no devem ser recebidos até ao final do mês pelo grupo de trabalho que está a tratar da reforma do mapa judiciário nacional e não pela mi-nistra.

Segundo a mesma fonte, duran-te o período de discussão pública “todos os autarcas que peçam uma reunião” serão recebidos pelo gru-

Em Odemira o tribunal vai manter as mesmas competências, mas as ques-tões relacionadas com o trabalho terão de ser tratadas em Beja. DR

po de trabalho, ao qual poderão ex-por “os seus argumentos”. Após esta fase, que termina no final de Julho, “a ministra da Justiça reunirá com a Associação Nacional de Municípios para debaterem o documento”, ex-plicou.

A reforma do mapa judiciário prevê para o Litoral Alentejano a ex-tinção do Juízo Misto do Trabalho e de Família e Menores de Sines, cujas competências passam para Setúbal e para Santiago do Cacém, respec-tivamente. Já Alcácer do Sal perde o seu tribunal, ficando apenas com uma extensão, enquanto que em Odemira os habitantes terão de se deslocar a Beja, bem mais lon-ge que Sines e Santiago do Cacém, onde actualmente tratam dos seus assuntos judiciais.

Presidente da Câmara de Odemira elogia sucesso da Faceco, que em 2012 recebeu 24 mil visitantes. DR

72012.07.27

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8

> Beja

O Teatro Pax Julia, em Beja, recebe sábado, 28, a partir das 22h00, o espectáculo dos bejenses Cantigas do Baú. Fundado em 2011, o grupo é formado por Clara

Palma, João Nunes, Gabriel Costa e Luís Melgueira e “reinventa” o cancioneiro popular português, que “cru-za” com o tango, a bossanova e outras sonoridades.

TEATRO PAX JULIA RECEBE ESPECTÁCULO DOS BEJENSES “CANTIGAS DO BAÚ”

2012.07.27

FIMSEMANADE

TEMPO LIVRECULTURAESPECTÁCULOSCINEMA e TVAGENDA E SERVIÇOSPESSOAS

Porta abertana Base de Beja> FESTA. Iniciativa aberta à popu-lação realiza-se ao longo de todo o dia de domingo, 29 de Julho, e integra-se nas comemorações do 60º aniversário da Força Aérea Portuguesa.

> DOMIngO é DIa DE FEsTa na BasE aéREa 11, na cIDaDE DE BEja

Se sempre sonhou subir à torre de con-trolo ou experimentar as sensações de con-duzir um avião, marque para o próximo domingo, 29, uma visita à Base Aérea (BA) 11, em Beja. Tudo porque a unidade militar vai estar de portas abertas para toda a po-pulação entre as 10h00 e as 16h00, numa iniciativa integrada nas comemorações do 60º aniversário da Força Aérea Portuguesa (FAP).

“É naturalmente um dia que nos dá mui-to agrado e muito importante para a Base Aérea (BA) 11. É uma oportunidade que te-mos de abrir as portas à população, em par-ticular à população de Beja. E também uma oportunidade para mostrarmos as nossas missões, não só da BA 11 mas também da Força Aérea de uma maneira geral”, revela ao “CA” o segundo comandante da BA 11, tenente-coronel piloto-aviador Hélder Re-belo [ver entrevista ao lado].

O “Dia de Base Aberta” em Beja arranca às 10h00 e até às 16h00 vai estar patente uma mostra de modelismo e uma exposi-ção estática de todas as aeronaves que ac-tualmente são utilizadas pelas esquadras de voo da FAP, incluindo os “supersónicos” F-16 e Falcon ou o EH-101, bastante utiliza-do nas operações de socorro e salvamento.

A partir das 10h00 começam também as visitas à torre de controlo e aos bombeiros, assim como as sempre bastante concorri-das sessões de baptismo de voo em simula-dores de aviões Alpha-Jet.

Das 10h30 às 12h00 realizam-se os pas-seios em viaturas tácticas militares e às 10h45 iniciam-se as descolagens, oportu-nidade única para todos aqueles que es-tiverem munidos de máquina fotográfica poderem capturar para a posteridades as manobras no ar de aeronaves como os Al-pha-Jet (utilizados para formar os pilotos

Qual a importância deste “Dia de Base Aberta”? É naturalmente um dia que nos dá muito agrado e muito importante para a Base Aérea (BA) 11. É uma oportunidade que temos de abrir as portas à população, em parti-cular à população de Beja. E também uma oportunidade para mostrarmos as nossas missões, não só da BA 11 mas também da Força Aérea de uma maneira geral.

Esperam uma boa adesão de po-pulares à iniciativa? Habitualmente a população de Beja tem aderido a estes eventos que são abertos ao público. Por isso, esperamos efectiva-mente que estejam presentes muitas pessoas.

Que papel tem actualmente a BA 11 na actividade operacional da Força Aérea? A nossa missão é transversal a todas as unidades base da Força Aérea, ou seja, garantir a prontidão das unidades aéreas atri-buídas, que neste caso particular são três. Temos uma esquadra de instru-ção de Alpha-Jet, que faz a transição dos pilotos que são brevetados na Força Aérea em Epsilon na Base Aérea 1 em Sintra e seguem depois para os F-16 em Monte Real. Temos uma esquadra de helicópteros, com uma componente muito forte de instrução e também operacional, nomeadamen-te em missões de busca e salvamento. E finalmente, a mais recente unidade aérea que temos é a Esquadra 601, que está equipada com a aeronave P-3. E temos outras esquadras de apoio.

Existe a possibilidade da BA 11 acolher futuramente mais esqua-dras de voo? Neste momento esse não é um assunto do dia. Temos estas três unidades e operamos com muita dedicação, cumprindo as missões que nos estão atribuídas.

> EnTREVIsTa

héLDER REBELOTENENTE-CORONEL PILOTO-AVIADOR 2º COMANDANTE DA BA 11

“Dia muito importante para a base”

das esquadras de caça), os Alouette III (que têm como missão formar pilotos para as es-quadras de helicópteros) ou os possantes P-3 (muito utilizados em missões interna-cionais).

Às 11h00 está agendada uma exibição cinotécnica e depois de almoço o progra-ma do “Dia de Base Aberta”, que termina às 16h00, inclui mais visitas à torre de contro-lo e bombeiros e baptismos em simulador de voo, assim como novas demonstrações de aeromodelismo e passeios em viaturas tácticas militares (tudo das 14h00 às 15h30). E a partir das 14h45 recomeçam as descola-gens de aeronaves.

Até às 16h00 vai estar patente na Base Aérea de Beja uma mostra de modelismo e uma exposição es-tática de todas as aeronaves que actualmente são utilizadas pelas esquadras de voo da FAP, incluindo os “supersónicos” F-16 e Falcon ou o EH-101, bastante utilizado nas op-erações de socorro e salvamento.

O “gigantesco” P-3 e o Alouette [em cima] são duas das aeronaves que pode ser vista durante o “Dia de Base Aberta”. DR | JOãO ESPINhO

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92012.07.27 FIMSEMANADE

TEMPO LIVRE

> CORREIO TAURINO

por VÍTOR BESUGOpraçascavaleirosforcaDosaGeNDa

ENTRADASHOMENAGEIAROUXINOL

A Junta de Freguesia de Entradas e a organização da Corrida de Toiros da Rádio

Castrense vão homenagear o cavaleiro Luís

músicaBANDAS DE BARRANcOS E BEjA EM SESIMBRA

as bandas filarmónicas Barranquense (Barrancos) e da sociedade capricho Bejense (Beja) actuam este sábado, 28, na cidade de sesimbra, durante o en-contro de bandas promovido pela Banda Filarmónica sesimbrense.

iniciativaEScOTEIROS AcAMpAM NA cABEçA GORDA

O Perímetro Florestal da cabeça Gorda e salvada recebe a partir desta sexta-feira, 27, a primeira edição do acampamento Regional do sul da aEP – Escoteiros de Portugal. a iniciativa, inte-grada nas comemorações dos 100 anos do escotismo português, vai prolongar-se até terça-feira, 31, e contar com a parti-cipação de cerca de 300 escoteiros dos distritos de Beja e Faro. Provas deorientação e caminhada, travessias aquáticas ou experiências científicas são algumas das iniciativas agendadas.

> E AINDA...

ENTRADAS SEXTA-FEIRA, 27 jULHO | 22H00 seis toiros de varela crujo para os cavaleiros Luís Rouxinol, tito semedo e marcos Bastinhas. Forcados amadores de cascais e de Beja.

BEjASEXTA-FEIRA, 10 AGOSTO | 22H00 toiros de Ernesto castro para os cavaleiros Rui salvador, sónia matias, tito semedo, antónio maria Brito Paes, João moura caetano e João maria Branco. Pegam os forcados de são manços, moura e cascais.

MESSEjANAQUARTA-FEIRA, 15 AGOSTO | 22H30 corrida de Homenagem a manuel de Brito Ruas, antigo presidente da Junta de Freguesia e santa casa da misericórdia locais, falecido em 24 de agosto de 2011. Os cavaleiros Luís Rouxinol, Filipe Gonçalves e João telles Jr. irão lidar seis toiros da ganadaria Lampreia. as pegas estarão a cargo dos grupos de forcados amadores de alcochete e cascais.

> AGENDA

Começaram quarta-feira e vão terminar no domingo – dia 29. Por estes dias, a vila de Entradas cele-bra as suas “Noites em Santiago” com bailes, tasquinhas, exposi-ções, animação de rua, tourada, artesanato e momentos bem diver-tidos para os mais novos, com in-sufláveis, pinturas faciais e outras animações.

Nesta sexta-feira, 27, no pólo da Biblioteca Manuel da Fonseca, abre a Feira do Livro, que decor-rerá durante os dias da festa. À noite, a partir das 22h00, decorre a XIII Corrida de Touros da Rádio Castrense [ver “Correio Taurino”]. A noite termina com um baile, ao som da banda “Diamante”.

No sábado, 28 de Julho, estará em destaque a apresentação do li-vro Fado da autoria do entradense Napoleão Mira, às 17h30, na Feira do Livro. À noite haverá baile com Marcelo Filipe, seguido de um es-

Entradas em festa> “NOITES EM SANTIAGO” DECORREM ATé DOMINGO

GastROnOmiaRESTAURANTES SERvEM GASpAcHOS E TOMATADAS

O gaspacho e a tomatada vão estar em destaque a partir desta sexta-feira, 27, no âmbito da semana Gastronómica promovida pela turismo do alentejo. a iniciativa vai decorrer até 3 de agosto e conta com a adesão de uma centena de restaurantes da região, visando divulgar “a qualidade gastronómica” do alentejo.

FEstacABEçA GORDA AO RITMO DA “OLé SUMMER pARTy”

a aldeia da cabeça Gorda vai estar esta sexta-feira, 27, em festa até ao raiar do sol! tudo porque a partir das 23h00 se realiza a segunda edição da “Olé summer Party”, iniciativa do grupo “De-mónios sobre Rodas”, do cRDc cabeça Gorda e do bar Ritual que promete muita animação e surpresas ao longo de toda a noite. a música estará a cargo de DJ melo, DJ Ezzra e da dupla de DJ’s irmãos sambuka, além de mr. sax.

Rouxinol pelos seus 25 anos de alternativa, que estão a ser assinalados este ano.

A cerimónia decorrerá no intervalo da corrida que, nesta sexta-feira, dia 27 de Ju-lho, a partir das 22h00, vai decorrer naquela vila do concelho de Castro Verde.

Luís Rouxinol, um dos mais conceitua-dos cavaleiros da actualidade, por muitos considerado a principal figura portuguesa no toureio equestre, integra o cartel da 13ª Corrida de Toiros que apresenta ainda, nas lides a cavalo, os alentejanos Tito Semedo e Marcos Bastinhas.

Perante um curro de toiros da ganadaria Varela Crujo, irão estar também os grupos de forcados amadores de Cascais e de Beja, capitaneados por Joel Zambujeira e Manuel Almodôvar, respectivamente.

Refira-se que, no final da corrida de toi-ros serão também entregues prémios que distinguirão a melhor pega e a melhor lide a cavalo. Estes prémios têm também o pa-trocínio da Junta de Freguesia de Entradas.

TAUROMAQUIAÉ PATRIMÓNIOEM BEJA A Câmara de Beja declarou a tauroma-quia como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal, pela “importância” cultural, social e económica da “festa dos touros” para o município e por ser “deter-minante para a coesão social e valores da população”.

“A tauromaquia, nas suas mais diver-sas manifestações, engloba um conjunto de tradições e expressões orais de artes do espectáculo, de práticas sociais, rituais e eventos festivos, de conhecimentos e práti-cas relacionadas com a natureza e de apti-dões ligadas ao artesanato tradicional, que se encontram desde há séculos presentes no concelho”, sublinha o Município.

Segundo o Município, após a decisão da Câmara de Beja, que foi tomada por unani-midade na última reunião camarária e de acordo com os critérios da Unesco, são já 33 os municípios que declararam a tauroma-quia como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal.

PRAÇA “NOVA”EM MONFORTE A praça de touros da vila alentejana de Monforte, que beneficiou de obras de re-modelação, vai reabrir a 19 de Agosto, após

ter estado encerrada durante vários anos. A corrida de touros, que assinala a reabertura da praça, decorre a partir das 17h30 e con-ta com a participação dos cavaleiros João Moura, Marcos Bastinhas e Miguel Moura (praticante). As pegas vão estar a cargo dos grupos de forcados amadores de Monforte e Alcochete e vão ser lidados seis toiros da ganadaria Romão Tenório.

pectáculo com o grupo musical “Diapasão”.

No último dia das “Noites em Santiago”, 29 de Julho, o Centro Recreativo de Entradas recebe um almoço-convívio de entradenses para angariar fundos para o Lar Frei Manoel das Entradas.

À tarde decorre um desfile de cante alentejano que celebrará o

terceiro aniversário do Grupo Coral Feminino “As Ceifeiras” de Entra-das. Na iniciativa participarão os grupos “As Rosas de Março” de Fer-reira do Alentejo, “Os Caldeireiros” de São João dos Caldeireiros e da Associação de Cante do Concelho de Alvito. As “Noites em Santiago” terminam com um baile animado por Fábio Lagarto.

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Joana Prior | Notária

Cartório Notarial de Serpa

“Correio Alentejo” nº 320 : Única publicação :: 27.JUL.2012

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que, no dia 16 de Julho de 2012, iniciada a folhas 2 do livro de notas nú-mero 32-A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual Rosa Celeste Carreira Lopes, NIF 107.676.788, divorciada, natural da freguesia de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa, onde reside na Rua dos Cantadores, número 14, alega que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, dos seguintes imóveis sitos na freguesia de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa:UM – prédio rústico de olival e cultura arvense em oli-val, com a área de quatro mil setecentos e cinquenta centiares, denominado “Carapetal”, que confronta: do norte e do nascente com José António Soares, do sul e do poente com Zamora & Zegers – Explorações Agrico-las, Lda, Inscrito na matriz, em nome do antepossuidor Francisco Pedro Soares, sob o artigo 428, da secção E, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de € 538,04, a que atribui o valor de € 2.979,68, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa; DOIS – Prédio rústico de olival e cultura arvense em oli-val, denominado “Sebrosa”, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número dois mil tre-zentos e cinquenta e três, daquela freguesia, inscrito na matriz em nome da antepossuidora Ana Rosa Olivei-ra, sob o artigo 31, da secção I, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de € 2.641,99, a que atribui o valor de 10.742,51s; e TRÊS – Prédio rústico de olival e cultura arvense em olival, denominado “Carapetal”, descrito na citada Conservatória do Registo Predial sob o número mil cento e setenta e seis, daquela fregue-sia, inscrito na matriz, sob o artigo 484, da secção E, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de € 6.955,12, a que atribui o valor de € 12.232,35. Que estes imóveis somam o valor patrimonial tributário total de € 10.135,15 e o atribuído de € 25.954,54.Que apesar dos identificados imóveis indicados em DOIS e TRÊS se encontrarem registados na menciona-da Conservatória, o indicado em DOIS a favor de Ana Rosa Oliveira, viúva, Vila Verde de Ficalho, Serpa, pela apresentação nove, de dezassete de Fevereiro de mil novecentos e setenta e oito, e o referido em TRÊS a favor de Maria do Carmo Paulino Lopes ou Maria do Carmo Paulino, à data casada mas separada judicial-mente de pessoas e bens de Antónia Carreira Almeida, viúva, Praceta Joaquim Moreira Rato, número 40, 2º, direito, Paço de Arcos, Oeiras, Gertrudes Paulino Lo-

pes, casada com Bento Estevens Soares, no regime da comunhão geral, Avenida Marquês de Pombal, 9, 2º, esquerdo, Paço de Arcos, Oeiras, de Bento Pauli-no Lopes, casado com Ana Rosa Carreira, no regime da comunhão geral, Rua dos Cantadores, número 14, Vila Verde de Ficalho, Serpa, da Joaquina Valente Gar-cias, viúva, Ria do Lazareto, número 24, Vila Verde de Ficalho, Serpa, de José Jesus Garcias Paulino, casado com Joaquina Maria Dias Correia Paulino, no regime da comunhão de adquiridos, Rua do Casalinho da Ajuda, número 21, 4º, Lisboa, de Francisco Jesus Garcias Pau-lino, casado com Luzia Dias Garcias Paulino, no regime da comunhão de adquiridos, Estrada Internacional, nú-mero 8, Vila Verde de Ficalho, Serpa, de Lavínia de Je-sus Garcias Paulino Moreira, casada com José Augusto Morais Moreira, no regime da comunhão de adquiridos, Rua do Lazareto, número 24, Vila Verde Ficalho, Serpa, de Miraldina Gomes Monteiro, casada com Bento Feli-zardo Lagarto, no regime da comunhão de adquiridos, Rua da Horta de Baixo, número 7, Vila Verde de Fica-lho, Serpa, de Catarina Godinho Campaniço, viúva, Rua dos Valinhos, número 8, Vila Verde de Ficalho, Serpa, de Maria Inácia Godinho Morgado, casada com Jorge Manuel Fial da Silva, no regime da comunhão de ad-quiridos, Rua dos Valinhos, número 8, Vila Verde de Fi-calho, Serpa, de Nuno José Godinho Morgado, solteiro, maior, Rua dos Valinhos, número 8, Vila Verde de Fica-lho, Serpa, e de António de Jesus Paulino ou António Paulino Lopes, casado com Bárbara dos Santos Grilo, no regime da comunhão geral, Rua do Calvário, número 3, Vila Verde de Ficalho, Serpa, em comum e sem de-terminação de parte ou direito, pela apresentação vinte e um, de um de Outubro de mil novecentos e noventa e sete, desconhecendo-se actualmente o seu paradei-ro, tendo os mesmos e respectivos herdeiros incertos sido previamente notificados pessoalmente e editalmen-te, nos termos do artigo noventa e nove, do Código do Notariado, através das notificações já arquivadas neste Cartório como documentos números oito, nove, dez, onze, doze, treze, catorze, quinze, dezasseis, dezasse-te, dezoito, dezanove, vinte, vinte e um e vinte e dois no maço referente às notificações avulsas do ano corrente. Os mesmos imóveis, são pertença da justificante.Que os identificados imóveis vieram à sua posse por os haver adquirido, o indicado em DOIS por doação verbal da titular inscrita Ana Rosa Oliveira, em dia e mês que ignora do ano de mil novecentos e oitenta, o referido

em TRÊS, por doação verbal de seus pais, os titulares inscritos Bento Paulino Lopes e Ana Rosa Carreira, já falecidos, residentes que foram na dita freguesia de Vila Verde de Ficalho, em dia e mês que ignora do ano de mil novecentos e oitenta e oito, tendo os mencionados seus pais, adquirido o dito imóvel indicado em TRÊS por partilha efectuada com os demais titulares inscri-tos por óbito de Mariana de Jesus Paulino e Francisco João Felizardo, casados na comunhão geral, que forem residentes em Vila Verde de Ficalho, por volta do ano de mil novecentos e oitenta e seis, desconhecendo-se onde a mesma foi realizada, apesar das buscas a que se procedeu, prédios estes adquiridos no estado de ca-sada com Luís Manuel Santos Rosa Galrito, no regime de comunhão de adquiridos, de quem posteriormente se divorciou, e o identificado em UM, através de compra verbal efectuada em dia e mês que se ignora do ano de mil novecentos e setenta e quatro, a Francisco Pedro Soares, viúvo, residente que foi na citada freguesia de Vila Verde de Ficalho, já falecido, no estado de solteira, maior, tendo posteriormente casado com o referido Luís Manuel Santos Rosa Galrito, tendo pago o ajustado pre-ço, não tendo sido celebradas as respectiva escrituras públicas, motivo pelo qual não é detentora de qualquer documento formal que legitime o seu domínio sobre os mesmos imóveis acima indicados.Porém, desde aqueles anos de mil novecentos e oiten-ta, mil novecentos e oitenta e oito e mil novecentos e setenta e quatro e sem interrupção, a justificante entrou na posse dos citados imóveis, cultivando-os e usufruin-do todas as suas utilidades e suportando os respectivos impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de proprie-dade, tendo, por isso, uma posse pública, pacífica, con-tínua e de boa-fé, que dura à mais de vinte anos, pelo que os adquiriu por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhe permita fazer a prova do seu direito de propriedade.Que, desta forma, justifica a aquisição dos menciona-dos imóveis por usucapião.Está conforme o original.Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Ra-quel Prior Neto, dezasseis de Julho de dois mil e doze.A Notária,(assinatura ilegível)

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Joana Prior | Notária

Cartório Notarial de Serpa

“Correio Alentejo” nº 320 : Única publicação :: 27.JUL.2012

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que, no dia 12 de Julho de 2012, iniciada a folhas 134 do livro de notas número 31-A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual:UM – Américo Francisco Pereira Quaresma, NIF 149.386.095 e mulher Ana Maria Martins Pica, NIF 179.332.457, casados no regi-me da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Vila Nova São Bento, concelho de Serpa, onde residem no Monte da Penteada, Crespo; DOIS – António José Domingos Pereira, NIF 123.358.884 e mulher Maria Joaquina Fernandes, NIF 148.332.951, casados no regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia de Aldeia Nova de São Bento, concelho de Serpa, e ela da freguesia de Santa Maria, concelho de Tavira, residentes na Rua dos Barranco, número 13, fre-guesia de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa; TRÊS – António José Pereira Quaresma, NIF 146.983.483 e mulher Maria Martins Pica Quaresma, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais da dita freguesia de Vila Nova de São Bento, residente na rua do Poço Acima, 24, freguesia dita de Vila Verde de Ficalho, am-bos por si, e ele ainda como procurador de Virgílio António Pereira Quaresma, NIF 101.016.751, casado com Teresa de Jesus Aniceto Inverno Pereira, no regime da comunhão de adquiridos, natural da dita freguesia de Vila Nova de São Bento e residentes na Liebigstr. 12, 89257 Illerstissem, e ela ainda como procuradora de:1 – Ana Maria Pereira Quaresma Guerreiro, NIF 135.579.147, casado com Jacinto Colaço Guerreiro, no regime da comunhão de adquiridos, naturais da dita freguesia de Vila Nova de São Bento, re-sidente na Rua dos Celeiros, 8, Santa Bárbara de Padrões, Castro Verde; 2 – Ana Luísa Pereira Lourenço, NIF 170.450.821 e marido Vitorino Francisco Lourenço, NIF 170.450.813, casados no regime da comunhão geral, naturais da referida freguesia de Vila Nova de São Bento, residentes na Rua Fria, 16, Santa Bárbara de Padrões, Castro Verde; QUATRO – Bento José Pereira Quaresma, NIF 128.441.836, e mulher Manuela Valente Rosário Guerreiro, NIF 188.175.164, casados no regime da comunhão de adquiridos, natu-rais da freguesia, dita de vila Nova de São Bento, onde residem no Bairro Municipal, Rua B, 8, portadores; CINCO – Francisco Pereira Quaresma, NIF 140.684.816, casado com Rosa Caeiro Janeiro, no regime da comunhão de adquiridos, natural da dita freguesia de Vila Nova de São Bento, onde reside na Rua Herói Pedro Rodrigues, 97; SEIS – Ana Maria Quaresma dos Santos Ferreira, NIF 206.828.101, solteira, maior, natural da citada freguesia de Vila Nova de São Bento, residente na praceta Azedo Geneco, bloco H-9, primeiro D, freguesia da Sé, concelho de Faro, portadora do bilhete de identidade número 11625803 emitido em 28-05-2007 pelos SIC de Faro, a qual outor-ga em nome e representação na qualidade de cabeça de casal da herança aberta por óbito de sua mãe MARIA DA ENCARNAÇÃO PEREIRA QUARESMA, falecida em seis de Agosto de dois mil e três, na freguesia da Sé, concelho de Faro, no estado de solteira, maior, natural da freguesia dita de Vila Nova de São Bento, com última resi-dência habitual na Rua 25 de Abril, 10, rés-do-chão, direito, freguesia de Conceição, concelho de Faro, com poderes necessários para o acto como verifiquei por escritura de habilitação de herdeiros lavrada em 10 de Setembro de 2003, no Segundo Cartório Notarial de Faro, exarada a folhas cinquenta e três, do livro de notas número duzentos e dezanove – C; SETE – Silvina Maria Pereira, NIF 145.987.906 e marido João Maria Salvado, NIF 170.388.166, casados no regime da comunhão geral, naturais do concelho de Serpa, ela da Freguesia de Aldeia Nova de São Bentos, e ele da freguesia de Salvador, residen-tes na Rua Júlio Dinis, lote 2, rés-do-chão, direito, freguesia de Quinta do Anjo, concelho de Palmela, OITO – José Domingos Fernandes, NIF 118.156.969, casado com Mariana Evaristo Amaro Fernandes, no regime da comunhão de adquiridos, natural da aludida freguesia de Vila Nova de São Bento, residente na Rua do Calvário, 29, freguesia de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa; NOVE – Manuel Perei-ra Fernandes, NIF 156.907.046, casado com Domingas Grilo Valen-te, no regime da comunhão de adquiridos, natural da dita freguesia de Vila Nova de São Bento, residente na Estrada Internacional, 5, dita freguesia de Vila Verde de Ficalho; DEZ – António Manuel Fer-nandes, NIF 106.638.971, casado com Alexandrina Maria de Sousa Rodrigues Fernandes, no regime da comunhão de adquiridos, natural da mencionada freguesia de Vila Nova de São Bento, onde reside na Rua da Rochinha, 27; ONZE – Georgina dos Anjos Pereira Fernan-des Cavaco, NIF 131.135.252, casada com José Cavaco Cardadeiro Alves Fernandes, no regime da comunhão de adquiridos, natural da referida freguesia de Vila Nova de São, onde reside no Monte Baixo, ALEGAM que, eles e os seus representados, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do direito a METADE indivisa, nas proporções de um/noventa e oito avos indivisos para cada um dos primeiros outorgantes indicados em UM, TRÊS, representado do outorgante marido indicado em TRÊS, representada da outorgante mulher indicada em TRÊS sob o número 1, QUATRO, CINCO, re-presentada da indicada em SEIS, (que perfaz um/catorze avos in-divisos), de um/catorze avos indivisos para cada um dos primeiros outorgantes indicados em UM, DOIS, TRÊS, representados da indi-cada em TRÊS sob o número 2, e SETE, de um/cinquenta e seis avos indivisos para cada um dos primeiros outorgantes indicados em OITO, NOVE, DEZ e ONZE, (que perfaz um/catorze avos indivisos), do prédio rústico, com a área de sete hectares e oito mil e quinhen-tos centiares, denominado “Barranco da Penteada”, sito na aludida freguesia de Vila Nova de São Bento, inscrito na matriz sob o artigo 55, da secção O, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT correspondente à fracção de €1.065,02, direito a que atribuem igual valor para efeitos da presente justificação, descrito na Conservatória

do Registo Predial de Serpa sob o número duzentos e trinta, da-quela freguesia, onde se mostra registada a aquisição de metade a favor dos outorgantes Américo Francisco Pereira Quaresma e mulher Ana Maria Martins Pica e António José Pereira Quaresma e mulher Maria Martins Pica, na proporção de um quarto para cada um, pela apresentação cinco, de um de Agosto de mil novecentos e oitenta e seis, não incidindo sobre o restante direito a metade indivisa, objecto da presente justificação, qualquer inscrição em vigor de transmissão, domínio ou posse.Que o mencionado direito a metade indivisa sobre o qual não inci-de qualquer inscrição em vigor de transmissão, domínio ou posse, veio à posse dos ora justificantes e seus representados nos termos seguintes: A) Um/noventa e oito avos indivisos veio à posse de cada dos primeiros outorgantes indicados em UM, TRÊS, representado do outorgante marido em TRÊS (Virgílio António Pereira Quaresma), representada da outorgante mulher indicada em TRÊS sob 1 (Ana Maria Pereira Quaresma Guerreiro), QUATRO, CINCO, por lhes ter sido adjudicado, nas referidas proporções, cerca do ano de mil no-vecentos e oitenta e sete, mas seguramente à mais de vinte anos, por partilha verbal, entre si, da herança aberta por óbito de seus pais Francisca Maria Pereira e marido Bento José Quaresma, residentes que foram na dita freguesia de Vila Nova de São Bento, sem que todavia tenha sido lavrada a competente escritura; B) Um/noventa e oito avos indivisos do mencionado imóvel fazia parte do património da dita falecida Maria da Encarnação Pereira Quaresma, repre-sentada da primeira outorgante indicada em SEIS, e veio à posse daquela Maria da Encarnação por lhe ter sido adjudicado na partilha verbal por óbito de seus pais Francisca Maria Pereira e marido Bento José Quaresma, por volta do ano de mil novecentos e oitenta e sete, mas seguramente à mais de vinte anos, não tendo sido celebrada a respectiva escritura pública, motivo pelo qual não era detentora de qualquer documento formal que legitime o seu domínio sobre o mesmo, tendo aquela Maria da Encarnação Pereira Quaresma, fa-lecida no estado de solteira, sem testamento ou outra disposição de última vontade, sucedendo-lhe como únicos herdeiros os filhos Ana Maria Quaresma dos Santos Ferreira, a outorgante acima menciona-da, Elizabete dos Anjos Quaresma Duarte, NIF 213.392.933, Fábio Emanuel Quaresma Duarte, NIF 244.093.326, no estado de solteiros, aquela maior e natural da dita freguesia de Vila Nova de São Bento e este menor, natural da dita freguesia da Sé, e Sandra Maria Quares-ma Duarte, NIF 213.599.872, natural da freguesia dita de Vila Nova de São Bento, casada com Alexandre Santos de Rangel Moreira, sob o regime da comunhão de adquiridos, todos residentes na Rua 25 de Abril, 10, rés do chão, direito, freguesia da Conceição, concelho de Faro; C) Um/catorze avos indivisos veio à posse de cada um dos pri-meiros outorgantes indicados em DOIS, representados da outorgante mulher indicada em TRÊS sob o número 2 (Ana Luísa Pereira Lou-renço e marido Vitorino Francisco Lourenço) e SETE, por lhes ter sido adjudicado, nas referidas proporções, cerca do ano de mil novecentos e sessenta e cinco, mas seguramente à mais de vinte, por partilha, verbal, da herança por óbito de sua mãe Maria Francisca, residente que foi na dita freguesia de Vila Nova de São Bento, sem que toda-via tenha sido lavrada a competente escritura; D) Um/catorze avos indivisos veio à posse dos primeiros outorgantes indicados em UM, por compra, verbal, em treze de Maio de mil novecentos e oitenta e oito, a Manuel Domingos e mulher Gertrudes Condeça, já falecidos, residentes que foram em Vila Nova de Bento, tendo pago o ajustado preço mas não tendo sido celebrada a respectiva escritura pública; E) Um/cinquenta e seis avos indivisos veio à posse de cada um dos justificantes indicados em OITO, NOVE, DEZ, e ONZE, por lhes ter sido doado, verbalmente, e nas referidas proporções, por seus pais e sogros Maria Francisca e Manuel António Fernandes, casados que foram no regime da comunhão geral e residentes na dita freguesia de Vila Nova de São Bento, por volta do ano de mil novecentos e oitenta e sete, mas seguramente à mais de vinte anos, sem que todavia te-nha sido celebrada a respectiva escritura pública; e F) Um/ catorze avos indivisos veio à posse dos primeiros outorgantes indicados em TRÊS, por compra, verbal, por volta do ano de mil novecentos e oiten-ta e sete, mas seguramente à mais de vinte anos, a Domingas Maria Pereira, tendo pago o ajustado preço, mas não tendo sido celebrada a respectiva escritura pública. Que, os justificantes e seus represen-tados, desde então entraram na posse do referido prédio rústico, até hoje, sem interrupção, com os demais comproprietários, cultivando-o, usufruindo todas as suas utilidades e suportando os respectivos impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, posse esta continuada pelos referidos herdeiros da referida falecida Maria da Encarnação, após o seu falecimento, e com as mesmas característi-cas, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhes permita fazer prova do seu direito de propriedade.Que, desta forma, justificam a aquisição do mencionado direito a metade indivisa, sobre o imóvel por usucapião.Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, doze de Julho de dois mil e doze.A Notária(Assinatura Ilegível)-Joana Raquel Prior Neto-

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tério desta cidade.

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futebol e modalidades

desPoRto

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Florinhas do vouga vEnCEm Em BEJa A equipa Florinhas do Vouga (Aveiro) venceu a final nacional do Torneio de Futebol de Rua, que se realizou no último fim-de-semana em Beja.

>futebol

Ex-trEinador do alJustrElEnsE suspEnso O Conselho de Disciplina da FPF puniu Eduardo Rodrigues, treinador do Mineiro Aljustrelense em 2011-2012, com um ano de suspensão e multa de 750 euros.

12 2012.07.27

> associação de futebol de beja vai teR “RePescaR” clubes PaRa comPoR o camPeonato

adeus “distritalão”> FutEBol. Ferreirense abdica do futebol sénior por falta de apoios, FC São Marcos e Panóias também podem desistir por não te-rem equipas de formação.

A ameaça feita no final de Ju-nho concretizou-se: o “histórico” Ferreirense abdicou do futebol sénior e não vai participar no pró-ximo campeonato distrital da 1ª divisão. A decisão foi anunciada esta semana pela direcção do clu-be e tem por base a falta de apoios da autarquia local ao emblema le-onino.

“Este ano não vai haver futebol sénior, não porque não queira-mos mas sim porque a autarquia nos cortou a totalidade do apoio para o futebol sénior. Neste mo-mento, a autarquia só vai apoiar as camadas jovens em traquinas, benjamins e infantis”, adianta o presidente João Jones, sem escon-der a sua desilusão com o desfe-cho do processo.

“Não nos passava pela cabeça que isto acontecesse, mas a au-tarquia diz que não tem dinheiro, que não pode apoiar… Até pus a questão se no distrito de Beja a única câmara que não pode apoiar o futebol sénior é a nossa? Temos um único clube a repre-sentar o concelho e mesmo assim não há apoio? E a resposta que me deram é que não há dinheiro, de-rivado à lei de financiamento das autarquias”, acrescenta Jones.

Confrontado com esta decisão drástica do Ferreirense, o presi-dente da Câmara de Ferreira do Alentejo argumenta que a autar-quia “não pode, nem deve ser a única fonte de financiamento” do clube. “E também não é explicável que, pelo facto da Câmara deixar de apoiar o futebol sénior, ele pura e simplesmente deixe de existir no clube”, acrescenta Aníbal Reis Costa.

Lembrando que a autarquia já pagou ao emblema leonino a to-

Esta foi a equipa do Ferreirense que em 2011-2012 alcançou o terceiro lugar. Mas na próxima época não há futebol sénior em Ferreira do Alentejo! DR

João JonEsPresidente do Ferreirense

Este ano não vai haver futebol sénior no Fer-reirense, não porque não queiramos mas sim porque a autarquia nos cortou a totalidade do apoio para o futebol sénior. Neste mo-mento, a autarquia só vai apoiar as camadas jovens.

”talidade do subsídio referente a 2012, o edil não deixa igualmente de criticar o “aventureirismo” de se avançar com uma equipa sé-nior “na conjuntura económico-financeira actual, quando, por exemplo a equipa que competiu no ano desportivo que cessou era composta na sua esmagadora maioria (90%) por jogadores de fora do concelho” e até de fora do distrito.

Nesse sentido, Aníbal Reis Cos-ta reafirma o compromisso da Câmara Municipal em “apoiar os escalões/ equipas de formação” do Ferreirense, assim como de colaborar com a instituição no es-tabelecimento de contactos com algumas das empresas instaladas no concelho, de modo a “tentar encontrar eventuais patrocínios que possam ajudar o clube”.

mais Equipas Em risCoA desistência do Ferreirense pode não ser a única, já que também FC

São Marcos e Panóias têm em ris-co a sua participação na próxima edição do “Distritalão”. No caso destes dois emblemas, a questão não é monetária mas “humana”, já que nenhum dos dois emblemas tem condições nas respectivas localidades para recrutar jovens e inscrever uma equipa nos esca-lões de formação em 2012-2013, como manda o Regulamento de Provas Oficiais da Associação de Futebol de Beja (AFB).

No passado dia 12 de Julho os clubes ainda reuniram em assem-bleia geral extraordinária da AFB para discutir eventuais alterações à legislação vigente, mas a recusa da maioria em alterar as regras actuais colocou grandes dúvidas relativamente ao futuro das equi-pas seniores do FC São Marcos e do Panóias.

Em São Marcos da Ataboeira a palavra final caberá aos associa-dos, que reuniram esta quinta-fei-ra, 26, à noite em assembleia geral

ordinária, já depois do fecho desta edição do “CA”. “Logo se vê o que se vai fazer… Os sócios decidem”, diz apenas o presidente do FC São Marcos, Manuel Batista.

Em Panóias a situação é prati-camente idêntica e dificilmente o emblema local iniciará a época no “Distritalão”. “Ainda não há uma decisão definitiva, pois ainda va-mos ter uma reunião [na próxima terça-feira, 31] com o presidente da Câmara de Ourique para falar do assunto. Mas em princípio será muito difícil fazermos equipa”, adianta ao “CA” Luís Martins.

Desgostoso com a situação, o presidente do Panóias afiança que se o clube for “obrigado” a desistir do campeonato, não irá inscrever a equipa na 2ª divisão distrital nem voltar a pagar “mais um cên-timo que seja à AFB”. “Estou mes-mo muito desiludido. Assim, não há força anímica para continuar a trabalhar em prol do futebol”, conclui.

Guadiana e Sp. Cuba diSponíveiS Confirmada a desistência do Ferreirense, e segundo apurou o “CA”, o Guadiana de Mértola está disposto a estudar a hipótese de se manter na 1ª divisão distrital caso seja convidado para o efei-to pela Associação de Futebol de Beja. Na mesma posição encon-tra-se o Sp. Cuba, que também não rejeita a possibilidade de vir a ocupar a vaga criada pela even-tual desistência de FC São Mar-cos ou Panóias. “Se o Sp. Cuba for chamado para a 1ª divisão, vamos manter os mesmos mol-des, dando prioridade aos joga-dores da terra e tentando fazer um campeonato mais tranquilo que o ano passado”, promete o presidente dos “leões” de Cuba, António Machado.

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132012.07.27 DESPORTOFUTEBOL E MODALIDADES

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Futsal“maratona” vai animar alvito

Realiza-se este fim-de-semana, dias 28 e 29 de Julho, a segunda edição da maratona de futsal de alvito. a competição vai disputar-se no Pavilhão Gimnodesportivo local, sendo que a equipa vencedora receberá um prémio de 2.000 euros. Existirão prémios monetários até ao terceiro classificado, mais troféus.

> E AINDA...

Bttteresa CamPeÃ

BttPasseio em beja

a Câmara de Beja promove esta sexta-feira, 27, a partir das 20h30, um passeio nocturno de Btt pelos

“trilhos” do concelho. a partida será no Parque da Cidade e há dois percursos disponíveis, um com 20 quilómetros e outro de 40 quilómetros.

> PEScA DESPORTIvA

Pescadores de alvito na eslovénia Os jovens Ivo Figueira (de 12 anos), António Nu-nes e Luís Fernandes (ambos de 16 anos), todos naturais de Alvito, participam este fim-de-semana, dias 28 e 29, no Mundial da Juventude de Pesca Desportiva de Competição em água-doce, que se realiza nas cidades eslovenas de Radece e Sevnica.

Ivo Figueira, António Nunes e Luís Fernandes são atletas do Clube Amadores de Pesca Desporti-va do Baixo Alentejo, fundado em 2008, e na Eslo-vénia, ao serviço da Selecção Nacional, prometem tudo fazer para subir aos lugares mais altos do pó-dio. Para tal, contam com o “currículo” adquirido nos últimos anos, uma vez que Ivo é bicampeão nacional de iniciados e António foi campeão do mundo individual e por equipas em 2009, lideran-do um conjunto onde também estava Luís.

“Estou entusiasmado! Acho que tenho hipótese de conseguir um bom lugar”, garantiu mesmo Ivo Figueira na edição do diário desportivo “Record” do passado sábado, 21, um dia antes da partida para o Leste europeu.

> cIcLISMO

joão Portela vence em martingança

O ciclista João Portela, da equipa PeçAmodôvar-Casa do Benfica de Almodôvar, foi o grande ven-cedor do Grande Prémio na categoria de masters realizado no último fim-de-semana em Martin-gança (Marinha Grande). Trata-se da terceira vitó-ria individual consecutiva de Portela, que continua a exibir um grande momento de forma. Em bom plano na prova realizada no centro do país este-ve igualmente o almodovarense Vítor Faria, oita-vo classificado na geral e vencedor no escalão de masters B.

“A equipa está num crescente momento de for-ma, mas a sua força de grupo e a sua união é que tem feito que o grupo continue a ter esta onda de vitórias. Os elementos têm tido um enorme desta-que e um trabalho excelente na ajuda às vitórias finais”, sublinha o director desportivo dos benfi-quistas de Almodôvar, Henrique Revés, que des-taca o papel de Bruno Sousa. “Ele tem carregado a equipa às costas, trabalha incansavelmente, tem um pulmão e um coração enorme e é um jovem espectacular”, acrescenta.

a atleta odemirense tere-sa Fernandes fez a “dobradinha” ao conquistar o título de campeã nacional de XCO, na categoria de veteranas femininas, no campeonato nacional que decorreu a 15 de Julho em Rio de Mouro.

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> Editorial

HAJA TERRAPARA TRABALHAR!Passaram 35 anos e o processo da Reforma Agrária ainda continua a

marcar muita gente. Pela positiva e pela negativa! Não interessa, po-rém, esgrimir aqui os argumentos de uma e outra parte. Mas vale a pena reflectir sobre aquilo que é afirmado nesta edição por José Soeiro, comu-nista e homem muito ligado à Reforma Agrária, e Manuel Castro e Brito, agricultor e destacado dirigente da maior organização de agricultores do sul do país.

As palavras de Soeiro são muito naturais e respeitam todo o seu percur-so ideológico e político. Por seu lado, Castro e Brito prova bem como, ao fim destes anos, foi possível digerir aquilo que foi feito de muito mau e, agora, com outra maturidade e reflexão, abrir caminhos para um modelo diferente, or-ganizado, capaz de fomentar mais dinâmica no sector agrícola e atrair jovens para trabalhar na terra.

Acreditamos que a região e o país estão em condições de dar esse passo, sem diabolizações do passado e com elevação. Não estamos a fa-lar de uma nova Reforma Agrária! Nada disso. Aquilo que faz sentido é, de facto, disponibili-zar terras hoje sem uso para que sejam cultiva-das, regadas por Alqueva e os seus produtos comercializados a partir de organizações empresariais que queiram arriscar e inovar.

Para que isto suceda, faz falta que o Estado, a partir do Ministério da Agricultura, seja um “motor” capaz de suscitar essa dinâmica. Dando liber-dade à iniciativa empresarial mas, ao mesmo tempo, disponibilizando-lhe ferramentas financeiras e de organização que permitam abrir os caminhos. Será isso tão difícil de concretizar?

Aquilo que faz sentido é, de facto, disponibi-lizar terras hoje sem uso para que sejam cultivadas.

Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José Brito Editor: Carlos Pinto. Redacção: Manuela Pina, José Tomé Máximo (fotografia). Paginação: Pedro Moreira. Infografia: I+G - www.imaisg.com . Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Napoleão Mira e Vítor Besugo. Colunistas: Alberto Matos, Ana Ademar, António Sebastião, Jorge Pulido Valente, José Filipe Murteira, Luís Dargent, Margarida Janeiro, Mário Simões, Miguel Madeira, Paulo Arsénio, Teresa Chaves e Vítor Encarnação.Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: [email protected]ão: Empresa Gráfica Funchalense. Distribuição: Jota CBSISSN 1647-1334

Redacção, administração e publicidadeRua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 BejaTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 e-mail: [email protected]

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14 2012.07.27opinião>palavras

“>palavras

BATISTA-BASTOS>”Diário de Notícias” 25.07.2012

“As declArAções dos ministros levAm-nos A con-siderAr que, Antes dA suA AusPiciosA APArição, estAvA tudo errAdo. nA AdministrAção, nA sAúde, nA educAção, nAs finAnçAs, nA gestão vulgAr dA ‘res PublicA’, A somA erA um conjunto de erros.”

TÍTULO DE NOTÍCIA> Ionline.pt 25.07.2012

“AlemAnhA de cAbeçA PerdidA AmeAçA AtenAs com ArtilhAriA PesA-dA.”

PAULO GAIÃO> expresso.pt 25.07.2012

“PAssos sAbe, Aliás, muito bem que As PróximAs eleições AutárquicAs, que A ‘troikA’ quer reAlizAr já com menos freguesiAs e concelhos, têm tudo PArA serem o mAior terrAmo-to eleitorAl de semPre PArA o Psd.”

MAIS DO MESMO!

As questões relacionadas com o Serviço Na-cional de Saúde apresentam recorrente-

mente motivo de inquietação para quem se preocupa com o distrito de Beja, as suas popu-lações e o seu futuro.

Mais uma vez as inquietações são fundamen-tadas. Os responsáveis pela gestão dos serviços de saúde não escondem a sua preocupação com o sub-financiamento da unidade local e com a dificuldade de atracção de técnicos. As insufi-cientes transferências por parte do Ministério da Saúde determinam uma grande preocupa-ção para com a capacidade de funcionamento, mas determinam também uma procura de an-gariação de doentes/utentes que utilizavam até aqui outras unidades de saúde. O actual modelo que se foi consolidando nos serviços de saúde, em que é aplicada uma lógica empresarial à ges-tão de serviços a que todos os portugueses têm direito e devem ter acesso, empur-raram as unidades de saúde para uma perspectiva concorrencial. Nesta lógica os doentes são vistos como fontes de receita, o que leva a que as unidades concorram en-tre si para os atrair, mas também, como já ouvimos da ARS do Alente-jo, as diferentes regiões concorrem entre si pelos mesmos técnicos. É esta lógica que leva a que o distri-to tenha dificuldade na captação de pessoal, nomeadamente médi-co, em que áreas como a medici-na geral e familiar, a psiquiatria, a medicina interna ou a anestesia, apresentam carências de grande gravidade. Estas carências têm expressão por exemplo ao nível da consolidação dos cuidados de saúde primários, que deveriam ser a base do Serviço Nacional de Saúde e ter uma capacidade de intervenção ainda maior num período de re-tracção da rede hospitalar, como o que vivemos, onde amiúde vão surgindo problemas e onde não são maiores graças ao contrato existente com o Estado cubano. Também não deixa de ser caricato que esteja praticamente concluída uma unidade de psiquiatria em que não haverá especialistas em número suficiente para refor-çar a intervenção, nem mesmo para garantir o funcionamento do internamento. Como o PCP

A receita para a saúde é sempre a mesma e infelizmente já bem conhecida. Mas esta receita não é inevitável, bastaria aplicar no Serviço Na-cional de Saúde o dinheiro que se tem enterrado nas parcerias público-privadas nesta área, com grandes lucros para os grupos económicos que as gerem. O que é inevitável é rasgar esta recei-ta e isso só dependerá da vontade dos portugue-ses.

> ponto CardEaljá defendeu, não basta abrir concursos, são necessárias medidas políticas que permitam a atracção e fixação de técnicos no distrito. E nós aqui bem conhecemos que estas medidas são possíveis e apresentam resultados, pois foi gra-ças ao serviço médico à periferia, uma medida política da década de 80 do século passado, que muitos alentejanos têm hoje médico de família.

Às carências efectivas, somam-se as incer-tezas. E não abordamos as notícias de início de governo de encerramento de maternidades ou de concentração de serviços de oncologia. Abor-damos sim as recentes alterações noticiadas na rede de urgência.

Há cerca de cinco anos determinou-se a cria-ção de Serviços de Urgência Básica em Castro Verde, Moura e em Serpa e a criação de um hos-pital central em Évora (com uma urgência poli-valente) para referenciação de todo o Alentejo. Os serviços de Moura e Serpa ainda não foram instalados e já uma equipa, que se debruça so-bre a restruturação da rede de urgência, apon-ta para o encerramento da urgência de Serpa e para a não instalação da unidade central no Alentejo. Para além disto, ainda aponta para que os doentes do distrito de Beja sejam refe-renciados para o Hospital de Faro. O histórico de referenciação para Lisboa, a articulação dos transportes públicos para Faro (onde recente-mente foi encerrada a ligação ferroviária) e até as dificuldades de resposta do Hospital de Faro, que são infelizmente bastantes vezes foco de

JoÃo RamoSdeputado do PCP

notícia, não nos deixam descansados quando às alterações. E não há nada pior para desmotivar os técnicos, desacreditar os serviços e estimular o consumo de consultas, do que promover alte-rações em cima de alterações.

A receita para a saúde é sempre a mesma e infelizmente já bem conhecida. Mas esta receita não é inevitável, bastaria aplicar no Serviço Na-cional de Saúde o dinheiro que se tem enterrado nas parcerias público-privadas nesta área, com grandes lucros para os grupos económicos que as gerem. O que é inevitável é rasgar esta receita e isso só dependerá da vontade dos portugue-ses.

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152012.07.27 opinião>análise

> linhas direitas

POR UM PUNHADODE AREIA

A praia institucionalizou-se, estratificou-se socialmente e deixou de ser um espaço de liberdade e de contemplação

do infinito e horizontes prateados. Qualquer dia será necessário comprar um pedaço de areia

como quem compra uma campa para não apodrecer ao sol. O areal ficará coberto de lápides, ou jazigos para os mais afor-tunados, que dirão “ aqui jaz fulano e família, nascidos a 15 de Julho e exumados a 31 de Julho”. Para além disso será também obrigatório fazer uma espécie de certificação de competên-cias para que a capitania marítima dê o seu aval à entrada de funcionários públicos, reformados, desempregados e gente remediada.

E só àqueles que se mostrem acomodados às novas leis do usufruto do sol e do parque de estacionamento pago, lhes será permitido transpor as dunas e procurar humildemente um cantinho à beira mar.

A praia está dividida em lotes. Há uma corda que os sepa-ra. Bairro residencial apinhado de gente, vivendas com toldos azuis com jardins de areia, novamente bairro residencial de uma só assoalhada de areia, outra vez vivendas, agora de tol-dos amarelos e guarda ventos.

O casal chegou já o sol fervia, nessa hora em que os bairros residenciais, entalados entre os concessionários, estão abso-lutamente lotados. O homem foi a um dos bairros e depois foi a outro, tentou abrir o chapéu mas já não conseguiu que as varetas se esticassem sem tocar nos chapéus dos vizinhos. Desalentado, contemplou o céu e o mar, abanou a cabeça, encheu o peito de ar e murmurou umas quantas palavras. Talvez tenha dito para si mesmo que é um homem livre. Caminhou resoluto pelo jardim de areia inabitada do con-cessionário azul e a meio desse paraíso de espaço espetou o chapéu-de-sol como quem espeta uma bandeira. Ainda a sombra não se tinha acomodado debaixo do chapéu e já um nadador-salvador o vinha salvar das perigosas águas da sua insurreição. Que ali não podia estar. Que tirava a visão. Que os concessionários pagavam e bem para que os utentes – quase todos loiros – pudessem olhar, sem obstáculos, o horizonte e mais uns iates ancorados nele. Pede desculpa, mas não foi ele que fez as regras. Mas o homem com a sua bandeira de risquinhas verdes desfraldada ao vento, não arredava pé. Que a praia não é propriedade que ninguém. Uma vida inteira a descontar! Que venha o cabo de mar. Nem no tempo do Sala-zar o dobraram, quanto mais agora.

O nadador-salvador, testa de ferro do dono das vivendas de toldos amarelos, tentava a diplomacia. Não se zangue co-migo que eu não sou má pessoa, os meus amigos até me cha-mam Rui Fofinho. Eu só faço o meu papel que é de informá-lo que são quinhentos euros de coima.

As pessoas dos bairros residenciais assobiavam das jane-las, dos vãos de escada, das marquises de alumínio. Revolta-vam-se contra uns terem tanta areia e outros terem tão pouca.

Acredito que o homem se teria amarrado à geleira se tives-se uma corda ali à mão.

Saí da praia antes de chegar o cabo de mar. Mas posso confirmar que no dia seguinte o casal já estava acomodado no bairro residencial.

A areia movediça deste tempo havia engolido mais uma revolução.

> sUl sUaVe

a minguar muito para além do razoável e era necessário compensar as machadadas.

Leituras possíveis: 1. A Câmara de Beja pede aos munícipes que financiem

duas vezes um dos dois grandes acontecimentos culturais da cidade: quando pagam os impostos e quando o evento está já aí e é preciso liquidez...

2. Os funcionários da Biblioteca Municipal deram um par de chapadas de luva branca na cara de quem lhes ten-ta reduzir o projecto: não só conseguem artistas para uma noite inteira de espectáculo, como enchem o teatro com algumas das pessoas que não querem deixar morrer as Andarilhas.

Se no primeiro caso me parece uma perversão brutal da lógica das coisas, o que não me surpreende, mas não deixa de chocar, no segundo caso preocupa-me que as caras em que as chapadas deviam assentar com força se recusem a recebê-las por fugirem ao contacto. São cha-padas perdidas no espaço sideral, metafísicas. Por outro lado, a pergunta que faço é: se agora, com tão pouco, as Andarilhas vão acontecer (devido ao “amor à camisola”),

o que haverá daqui a dois anos? Podemos estar perante um caso semelhante ao do burro do cigano, que quando finalmente se começava a habituar a não comer, morreu.

Ao mesmo tempo que associações culturais e despor-tivas não recebem um tostão de apoio em 2012, o execu-tivo da Câmara Municipal de Beja declara a Tauromaquia Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal. Se não fosse trágico, dava vontade de rir.

Nada tenho contra o amor à camisola, pelo contrário, acho que sem ele – o amor – pouco ou nada se faz. O amor é bonito, romântico, mas também ingénuo e o problema é o aproveitamento que dele se pode fazer quando é óbvio que o nosso amor nos impedirá de deixar morrer as coisas, os projectos, as ideias... porque as amamos.

UM ABRAÇO!

É inegável que as Palavras Andarilhas e o Festival Inter-nacional de Banda Desenhada são os maiores acon-

tecimentos culturais de Beja. O nome da cidade aparece na imprensa nacional e estrangeira, trazem turistas, de-volvem alguma pulsação à cidade, a criatividade e a arte circulam pelas ruas, praças e esquinas, espalhando as se-mentes que as gerações seguintes colherão (que palavra esquisita).

Estas duas iniciativas são da responsabilidade da Câmara Municipal de Beja, através da Biblioteca Municipal e da Casa da Cultura, respectivamen-te. São por isso programados, produzidos, pensados e leva-dos a cabo por funcionários públicos. Ora, nestes casos, o funcionalismo público nada tem que ver com as ideias de laxismo, incompetência ou incúria com que tem sido, desde há anos, rotulado. Pelo contrário. Se quisermos defi-nir o comportamento destes funcionários públicos será com palavras como: dedica-ção, esforço, empenho. Há que louvar e agradecer o esforço destes funcionários públicos da cultura, que honram o título que carregam e são realmente funcionários do público. A ver-dade é que, é também graças a eles que o pouco de cultura existente nesta planície escal-dante ainda não desapareceu. E tudo isto se resume a uma expressão: “amor à camisola” – expressão esta que tem muito que se lhe diga, porque a partir daqui tudo é válido; é por amor à causa. E se no amor e na guer-ra tudo vale, então pisamos um terreno muito pantanoso.

É que por amor, uma pessoa é capaz de tudo.

Nada tenho contra o amor à camisola, pelo contrário, acho que sem ele – o amor – pouco ou nada se faz. O amor é bo-nito, romântico, mas também ingénuo e o problema é o apro-veitamento que dele se pode fazer quando é óbvio que o nosso amor nos impedirá de deixar morrer as coisas, os projectos, as ideias... porque as amamos.

Hesito na leitura possível do que aconteceu a sema-na passada no Pax Julia. Por iniciativa da Biblioteca, foi organizado o espectáculo de angariação de fundos “Um Abraço às Andarilhas”. Porque mesmo depois de se tor-nar um acontecimento bienal, o orçamento continuou

VÍTOR ENCARNAÇÃOprofessor

ANA ADEMARactriz

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sexta. 2012.07.27

Céu geralmente limpo. Vento moderado. Descida da tempera-tura máxima e pequena subida da temperatura mínima. Neblina ou nevoeiro matinal.

TEMPO > previsão para sexta

ÚLTIMAS16

A biografia de Leonel Cameirinha, “um em-preendedor nato, que se tornou o mais impor-tante empresário do distrito de Beja”, escrita pelo jornalista e director do “CA”, António José Brito, foi lançada quinta-feira, 26, em Beja.

Cameirinha - A Biografia, que é editada no âmbito das celebrações dos 60 anos de vida empresarial de Cameirinha, conta a história da vida do empresário, com um percurso feito no comércio de automóveis e na hotelaria e que actualmente, com 86 anos, é “um dos principais produtores de vinho e azeite do Baixo Alentejo”.

A obra, a primeira publicada pela editora Jota CBS, apresenta “uma intensa viagem” pela vida de Cameirinha, “desde a infância feliz na cidade de Beja e na escola, os laços familiares e o sig-nificativo grupo empresarial que construiu a partir do zero”, explica o autor do livro, António José Brito.

A passagem pela política, a presença em vá-rias associações de Beja, a relação com figuras da região e do país são outros pontos do livro, que também desvenda “segredos que nunca fo-ram revelados” e uma “interessante colecção de fotografias pessoais”.

Biografia de Cameirinhalançada na cidade de Beja

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> LIVRO LANÇADO QUINTA-FEIRA – DIA 26 – já PODE sER ENcONTRADO NAs LIVRARIAs

CampaNhaSenSiBilização amBiental

a Tetra pak, empresa líder mundial em soluções de tratamento e embalagem de ali-mentos, iniciou esta quinta-feira, 26, mais uma etapa da sua campanha “Sim, é no amarelo”, agora em parceria com a amCaL – associa-ção de municípios do alentejo Central que inclui os municípios de alvito, Cuba, portel, Viana do alentejo e Vidigueira, totalizando uma população de cerca de 26 mil habitantes. Fonte da empresa adianta ao “Ca” que o ob-jectivo da iniciativa é “esclarecer a população local sobre a forma correcta de proceder à reciclagem das embalagens de cartão da Tetra pak, lembrando que estas devem ser sempre depositadas no ecoponto amarelo”.

LaNÇamENTOnoVo liVRo De FalCão

O livro No Caminho sob as Estrelas – Santiago e a Peregrinação a Com-postela, coordenado por José antónio Falcão, foi apresentado quarta-feira, 25, em Santiago do Cacém “Trata-se de uma obra de fundo, com colaboração de 26 investigadores portugueses e espanhóis, que oferece uma síntese renovadora – incluindo muitas pistas inéditas – acerca da história da peregrinação a Compostela”, revelou uma fonte da Diocese de Beja.

> E AINDA...

Leonel Cameirinha e a esposa Catarina. Livro apresenta uma interessante colecção de fotografias. DR