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ESTUDO_DIRIGIDO-4__Gestão_ambiental_e_Planejamento_urbano (1).pdf
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CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – EC3 – MODALIDADE EAD ESTUDO DIRIGIDO 2– ETAPA VII
Componente: Cidade meio Ambiente, segurança e Desenvolvimento Sustentável
1. Impacto Ambiental
Segundo legislação brasileira considera-se impacto ambiental "qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam: I - a
saúde, a segurança e o bem estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a
biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e V - a qualidade dos recursos
ambientais" (Resolução CONAMA 001, de 23.01.1986)
Desde modo, juridicamente, o conceito de impacto ambiental refere-se exclusivamente aos
efeitos da ação humana sobre o meio ambiente. Portanto, fenômenos naturais, como:
tempestades, enchentes, incêndios florestais por causa natural, terremotos e outros, apesar de
poderem provocar as alterações ressaltadas não caracterizam como impacto ambiental.
A nível mundial a conceituação do que seja impacto ambiental sob termos jurídicos datam do
período da revolução industrial e esta tem sido alterada de forma dinâmica. Fato que se deve aos
diferentes tipos de atividades humanas que podem dar origem a formas de matérias e, ou,
Tema: Gestão ambiental e Planejamento Urbano Componente: Cidade meio Ambiente, segurança e Desenvolvimento Sustentável Data: 24/11/2011 Professor Responsável: Fabiana Gobbo
Neste estudo dirigido faremos uma abordagem teórica utilizando temas como:
1. Gestão ambiental e o Impacto Ambiental
2. Licenciamento Ambiental
3. Noções jurídicas – Direito de Construir, Restrições
energias que afetam o meio ambiente. No entanto, a adoção de sistemáticas para a avaliação de
impactos ambientais teve início somente na década de sessenta.
Diante dos reflexos da aplicação do NEPA, organismos internacionais como ONU, BID e
BIRD passaram a exigir em seus programas de cooperação econômica a observância dos
estudos de avaliação de impacto ambiental.
No Brasil, a nível federal, o primeiro dispositivo legal associado a Avaliação de Impactos
Ambientais deu-se por meio da aprovação Lei Federal 6.938, de 31.08.1981. Esta Lei estabelece
a Política Nacional do Meio Ambiente e firma o SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente
como órgão executor.
2. Licenciamento Ambiental
O licenciamento ambiental no Brasil dá-se mediante a concessão de três tipos de
Licenças. Estas são denominadas: Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação,
as quais podem ser expedidas isoladamente ou sucessivamente. Isto dependerá da natureza,
características e fase da atividade impactante em análise.
Um dos países pioneiros na determinação de dispositivos legais para a definição de objetivos
e princípios da política ambiental foi os Estados Unidos. O que se deu por meio da Lei Federal
denominada "National Environment Policy Act - NEPA" aprovada em 1969. Desta forma,
passou-se a exigir que todos os empreendimentos com potencial impactante procedessem,
dentre outras obrigações: (a) a identificação dos impactos ambientais, (b) a caracterização dos
efeitos negativos e (c) a definição de ações e meios para mitigação dos impactos negativos.
Conforme ressaltado acima o Decreto Federal no 88.351, de 01.06.1983, institui o
CONAMA e define suas atribuições. Estas, basicamente, objetivam o estabelecimento de
definições, responsabilidades, critérios básicos e diretrizes gerais para uso e implementação da
Política Nacional do Meio Ambientes. Desta forma, no uso de suas atribuições o CONAMA tem
processado diversas regulamentações por meio de resoluções.
Dentre essas, as Resolução CONAMA 001, de 23.01.1986 e CONAMA 237, de 19.12.1997,
estabelecem definições, responsabilidades, critérios básicos e diretrizes gerais para uso e
implementação da Avaliação e Estudos de Impactos Ambientais.
Segundo o inciso III do artigo terceiro da Resolução CONAMA 237/97 " Estudos Ambientais:
são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização,
instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como
subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de
controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano
de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco".
São descritos a seguir os principais documentos empregados em Processos de Licenciamento
Ambiental no Brasil, que são o EIA/RIMA, o PCA/RCA e o PRAD.
O EIA/RIMA denominado Estudos de Impactos Ambientais acompanhado do Relatório
de Impacto Ambiental são aplicados aos empreendimentos e atividades impactantes citados no
segundo artigo da Resolução CONAMA 001/86. O EIA, fundamentalmente, trata-se do estudo
A Licença Prévia constitui a primeira fase do licenciamento ambiental. Esta deve ser
requerida na etapa preliminar de planejamento do empreendimento e, ou, atividade. A licença
será concedida mediante a análise da localização e concepção do empreendimento; a
apreciação dos requisitos básicos a serem atendidos nas próximas fases e a observância dos
planos municipais, estaduais ou federais para a área de abrangência do empreendimento e, ou,
atividade.
A Licença de Instalação, que corresponde a segunda fase do licenciamento ambiental, é
concedida mediante a análise e aprovação dos projetos executivos de controle de poluição. Esta
licença permite a instalação e, ou, ampliação de um empreendimento. O que permitirá a
implantação do canteiro de obras, movimentação de terra, construção de vias, edificação de
infra-estruturas e instalações de equipamentos.
A Licença de Operação autoriza a operação do empreendimento e, ou, a realização da
atividade impactante. Isto dá-se após a verificação do efetivo cumprimento do que consta as
Licenças Prévia e de Instalação.
detalhado sobre os impactos ambientais associados a um dado tipo de empreendimento. Neste
caso, em sua elaboração são utilizados de diversos recursos científicos e tecnológicos. Fato que
resulta na elaboração de textos técnicos com farto jargão técnico. Deste modo, o EIA presta-se a
análises técnicas a serem elaborados pelo Órgão Licenciador. Enquanto o RIMA, que é um
resumo do EIA, deve ser elaborado de forma objetiva e adequada a compreensão por pessoas
leigas. Sendo que, cópias do RIMA devem ser colocadas a disposição de entidades e
comunidades interessadas.
O PCA/RCA denominados Plano de Controle Ambiental acompanhado do Relatório de
Controle Ambiental são exigidos para empreendimentos e, ou, atividades que não tem grande
capacidade de gerar impactos ambientais. Porém, a estruturação dos documentos possuem
escopo semelhantes aos do EIA/RIMA, no entanto, não são demandados altos níveis de
especificidade em suas elaborações.
Quanto ao PRAD - Plano de Recuperação de Áreas Degradas instituído pelo Decreto Federal
97.632, de 10.04.1989, define em seu Artigo Primeiro que "Os empreendimentos que se destinam
à exploração dos recursos minerais deverão, quando da apresentação do Estudo de Impacto
Ambiental - EIA e do Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, submeter à aprovação do órgão
ambiental competente, plano de recuperação de áreas degradas".
3. Gestão Ambiental nas Empresas
Os problemas ambientais em nível mundial começam a se tornar preocupantes. Como
exemplos significativos, destacam-se o aumento de temperatura da Terra, a destruição da
camada de ozônio, o esgotamento acelerado dos recursos naturais, etc. Todos estes problemas
levam à busca de um novo modelo de crescimento econômico que considere mais a preservação
do meio ambiente.
Está claro que a solução para todos estes problemas deve ocorrer em vários níveis:
Indivíduo: que deve tomar posturas que respeitem mais o meio ambiente a fim
de limitar o consumo e economizar recursos naturais.
Empresas: que devem funcionar reduzindo ao máximo seu impacto ambiental
negativo.
Poder Público: cuja função primordial é regulamentar o modelo final de
funcionamento que respeite o meio ambiente.
Desta forma, as empresas não podem ignorar sua obrigações ambientais: a pressão dos
consumidores e as imposições normativas, obrigam-nas a conceber produtos e sistemas de
produção e distribuição que minimizem os impactos ambientais negativos.
Até poucos anos atrás, as empresas consideravam estas questões como uma imposição dos
sistemas de proteção ambiental, que implicavam aumento de custos.Mas hoje, os aspectos
ambientais começam a ser considerados como fatores competitivos, que podem conceder à
empresa uma vantagem no mercado.
De fato, uma política ambiental bem concebida pode ajudar a reduzir custos, assim como gerar
benefícios marginais pela comercialização dos resíduos, além de conduzir a segmentos de
mercado especialmente rentáveis.
A cada dia fica mais óbvio que, para uma atividade empresarial ser mais eficiente, faz-se
necessária a introdução de critérios ambientais no processo produtivo, e é por este motivo que o
projeto de uma correta gestão ambiental na empresa desempenha um papel fundamental.
Uma das ferramentas ideais para fazer com que as empresas priorizem as políticas de prevenção,
ao invés das de correção, são os Sistemas Voluntários de Gestão Ambiental.
Definitivamente, pode-se afirmar que os custos ambientais das atividades industriais não são
contabilizados. Não obstante, deve-se ter uma idéia clara de que, apesar de significar em curto
prazo um custo para as empresas investir na proteção e na garantia de qualidade de vida, com
toda segurança, este custo será infinitamente inferior ao valor da qualidade de vida e do bem-
estar da humanidade.
Medidas de Proteção Ambiental
As atividades industriais podem interferir no meio ambiente através de diversas maneiras em seus
processos como produção (utilização de matérias primas, energia e água e conseqüente emissão
atmosféricas, efluentes, geração de resíduos sólidos, ruído e vibração), distribuição,
comercialização, etc
Política Ambiental
O primeiro passo que uma empresa deve tomar para a implantação de um Sistema de Gestão
Ambiental, é a implantação de uma política ambiental.
Essa política ambiental pode ser definida como uma declaração de objetivos, elaborada pela
própria empresa, que exponha o compromisso adotado para melhorar sua atuação em relação ao
meio ambiente. Essa declaração deve ser de conhecimento público.
Responsabilidade Social
As transformações sócio-econômicas dos últimos 20 anos têm afetado profundamente o
comportamento de empresas até então acostumadas à pura e exclusiva maximização do lucro. Se
por um lado o setor privado tem cada vez mais lugar de destaque na criação de riqueza; por outro
lado, é bem sabido que com grande poder, vem grande responsabilidade. Em função da
capacidade criativa já existente, e dos recursos financeiros e humanos já disponíveis, empresas
têm uma intrínseca responsabilidade social.
A idéia de responsabilidade social incorporada aos negócios é. portanto, relativamente
recente. Com o surgimento de novas demandas e maior pressão por transparência nos negócios,
empresas se vêem forçadas a adotar uma postura mais responsável em suas ações.
Infelizmente, muitos ainda confundem o conceito com filantropia, mas as razões por trás
desse paradigma não interessam somente ao bem estar social, mas também envolvem melhor
performance nos negócios e, conseqüentemente, maior lucratividade. A busca da
responsabilidade social corporativa tem, grosso modo, as seguintes características:
É plural. Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas. Muito pelo
contrário. O mercado deve agora prestar contas aos funcionários, à mídia, ao governo, ao setor
não-governamental e ambiental e, por fim, às comunidades com que opera. Empresas só têm a
ganhar na inclusão de novos parceiros sociais em seus processos decisórios. Um diálogo mais
participativo não apenas representa uma mudança de comportamento da empresa, mas também
significa maior legitimidade social.
É distributiva. A responsabilidade social nos negócios é um conceito que se aplica a
toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado por fatores ambientais ou
sociais, mas o conceito é de interesse comum e, portanto, deve ser difundido ao longo de todo e
qualquer processo produtivo. Assim como consumidores, empresas também são responsáveis por
seus fornecedores e devem fazer valer seus códigos de ética aos produtos e serviços usados ao
longo de seus processos produtivos.
É sustentável. Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de
desenvolvimento sustentável. Uma atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade,
não só garante a não escassez de recursos, mas também amplia o conceito a uma escala mais
ampla. O desenvolvimento sustentável não só se refere ao ambiente, mas por via do
fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um todo e por fim leva
ao crescimento orientado. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilita a
prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais.
É transparente. A globalização traz consigo demandas por transparência. Não mais
nos bastam mais os livros contábeis. Empresas são gradualmente obrigadas a divulgar sua
performance social e ambiental, os impactos de suas atividades e as medidas tomadas para
prevenção ou compensação de acidentes. Nesse sentido, empresas serão obrigadas a publicar
relatórios anuais, onde sua performance é aferida nas mais diferentes modalidades possíveis.
Muitas empresas já o fazem em caráter voluntário, mas muitos prevêem que relatórios sócio-
ambientais serão compulsórios num futuro próximo.
Muito do debate sobre a responsabilidade social empresarial já foi desenvolvido mundo
afora, mas o Brasil tem dado passos largos no sentido da profissionalização do setor e da busca
por estratégias de inclusão social através do setor privado.
4. DIREITO DE CONSTRUIR. RESTRIÇÕES CONVENCIONAIS VERSUS RESTRIÇÕES
LEGAIS.
A formação de grandes centros urbanos, as chamadas megalópoles, trazendo consigo
problemas graves de convivência social, de ocupação desordenada de espaços habitáveis etc,
passou a exigir a edição de normas técnicas de planejamento e construção, que pudessem ser
impostas aos membros da comunidade.
Daí o advento do direito urbanístico como ramo do direito público que é destinado ao estudo e
formulação dos princípios que devem reger os espaços habitáveis no seu conjunto cidade-campo.
Como decorre dessa ampla conceituação, que abrange inclusive área rural, excluída, obviamente,
aquela destinada à finalidade agro-pecuária ou extrativa, o direito urbanístico abarca a disciplina
do uso e ocupação do solo urbano e urbanizável, bem como, de seus equipamentos e atividades.
Antes do advento do direito urbanístico era comum as grandes loteadoras, notadamente, a
Companhia City, na cidade de São Paulo, planejar a implantação e desenvolvimento de um
determinado bairro. Esse planejamento era feito segundo a vontade do loteador, ainda que
considerando a presumível presença do ideal de bem servir a comunidade local.
Assim, as próprias vias de circulação assumiam características peculiares, bem
como, diversas restrições ao uso do lote eram averbadas perante o registro de imóveis
competente, de sorte a garantir o desenvolvimento de um projeto arquitetônico visto pela
óptica do loteador. Essas restrições convencionais, registradas no cartório competente,
ensejariam o nascimento de um direito líquido e certo do loteador de ver respeitadas essas
limitações do direito de construir por parte do adquirente do lote, seus herdeiros ou
sucessores.